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Exp 01

Laboratório de Princípios de Comunicação


Aulas Remotas
Experimento 01 – Potência, filtros, mixers

Pré-requisitos

1. Leitura dos tutoriais de uso do GRC: uso e configuração da GUI e entendimento da


necessidade do bloco “Throttle”.
• https://wiki.gnuradio.org/index.php/GUI_Hint
• https://wiki.gnuradio.org/index.php/Guided_Tutorial_GRC
2. Domínio dos conceitos básicos de cálculo de potência e filtros.

Instruções gerais

• Organize os arquivos em um diretório específico para o laboratório em seu


computador. Os arquivos serão usados como evidência da participação em sala. Use
nomes de arquivos do GRC com o formato

Matricula_ExpXX_ARYY.grc → Exemplo: 12345678_Exp01_AR01.grc

• O relatório (gabarito de respostas) será enviado em formato “.pdf” usando a


nomenclatura

Matricula_ExpXX_Rel.pdf → Exemplo: 12345678_Exp01_Rel.pdf

• Envie um arquivo compactado com o formato “.zip” com todos os arquivos


relacionados ao experimento, contendo os arquivos “.grc” e “.pdf”.

Matricula_ExpXX.zip → Exemplo: 12345678_Exp01.zip

• Preferencialmente (mas não obrigatoriamente) use GUI do tipo “QT”.

• Edite o gabarito de respostas (.doc) seguindo a sequência indicada antes de imprimi-


lo em PDF.
▪ Deixe uma linha em branco para itens sem respostas para facilitar a
correção.
✓ A1a) bla bla bla
✓ A2a)
✓ A2b) bla bla bla

ENE 0295 Prof. Judson


Exp 01

Atividade 01 – Cálculo de Potência no Domínio do Tempo e da


Frequência

Conceitos preliminares

No domínio do tempo, o valor eficaz, ou RMS, de um sinal v(t) é calculado por

e a sua potência por

Para sinais periódicos de período 𝑇0 , basta realizar a integração em um único período do


sinal:

Formas de onda típicas têm seus valores RMS pré-calculados, em função de seus
parâmetros de amplitude. A tabela a seguir apresenta algumas formas de onda e seus
respectivos valores RMS.

Onda quadrada, duty cycle 50%

Onda senoidal (sen ou cos)

Onda triangular

Note que em todos os casos, o valor da excursão do sinal (pico-a-pico) é de 2A e que não
há nível DC. Com as fórmulas acima, pode-se calcular a potência a partir do valor eficaz
da forma de onda.

O conceito geométrico de ortogonalidade, usado em vetores, pode ser aplicado a


funções. Dizemos que dois sinais reais x(t) e y(t) são ortogonais se

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Por outro lado, sabe-se que a potência também pode ser calculada no domínio da
frequência. Para sinais periódicos de período 𝑇0 ,

onde 𝐷𝑛 são os coeficientes da série de Fourier na forma exponencial e 𝑓0 = 1/𝑇0 . Da


teoria, sabemos que a fórmula acima resulta da ortogonalidade das funções

Portanto, se pudermos medir com um analisador de espectro a magnitude dos


coeficientes 𝐷𝑛 , é possível obter a potência de um sinal no domínio da frequência.

A propriedade de ortogonalidade entre sinais pode ser usada para calcular a potência
da soma de dois sinais. Das definições acima, é fácil verificar que

e que

Assim, quando dois sinais são ortogonais, a potência de sua soma é a soma de suas
potências.

Medida de potência no GRC

O GRC permite a medição do valor RMS de um sinal. O bloco está disponível em AB


→“Math Operators”. Alternativamente, também é possível medir a potência utilizando
o analisador de espectro virtual. No exemplo a seguir, o valor RMS é mostrado junto ao
osciloscópio.

Uma observação com relação ao bloco “Throttle”: este bloco é usado para não
sobrecarregar o sistema operacional com o processamento numérico, quando usamos o
GRC apenas para simulação. A partir deste experimento, utilizaremos o “Throttle” (só é

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necessário um deles em um diagrama) em todas as simulações, para limitar o uso da


CPU.

Para observar o efeito da correlação entre sinais, é interessante implementar um atraso


no sinal do gerador de funções. Como o GRC trabalha com sinais discretos no tempo, o
atraso é implementado usando como unidade básica o número de amostras.

Suponha que a frequência de amostragem seja 𝑓𝑆 = 32 ksps e que uma senoide gerada
no GRC tenha uma frequência 𝑓0 = 1/𝑇0 = 1 kHz. Em um ciclo da senoide, temos um
total de N = 32 amostras, ou seja, as fases podem ser indexadas por um inteiro n:

Para implementar um atraso de fase configurável (em número de amostras), basta usar
o bloco AB→ Misc → Delay. Uma sugestão está apresentada na figura a seguir.

Atividade 02 – Utilizando Filtros no GRC

Conceitos preliminares

No ambiente GRC, utilizam-se filtros digitais para fins de processamento dos sinais.
Assim como no domínio analógico, os filtros digitais são representados
matematicamente por uma função racional com polos e zeros. Para os propósitos do
laboratório, basta para o momento compreender as funções básicas de um filtro, e saber
quando é necessária sua utilização dentro do escopo da disciplina. Detalhes de projeto
serão vistos na disciplina de Sistemas e Sinais de Tempo Discreto (SSTD).

Filtros são definidos por sua resposta em magnitude e fase. Na etapa do laboratório, os
parâmetros básicos são:

• Valores das faixas de passagem, transição e de rejeição (em Hz);


• Atenuação desejada na faixa de rejeição.

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Para as simulações no GRC, há várias maneiras de inserir filtros:

• Escolhendo uma implementação de filtro pré-definida (mas configurável) na AB;


• Utilizando uma ferramenta para projetar filtros digitais com base em suas
características no domínio da frequência: banda de passagem, banda de rejeição e
atenuação na banda de rejeição.

Vamos utilizar neste experimento os blocos configuráveis. Em AB→Filters→Low-Pass


Filter, arraste para a AT e configure como na Figura

Essencialmente, estamos construindo um filtro passa-baixas, com frequência de corte de


1 kHz e transição de 200 Hz. Nesta modalidade, não é permitida a opção de escolher a
atenuação na faixa de rejeição.

Verifique o qualitativamente efeito no domínio do tempo e da frequência. Como


sugestão, use o diagrama de blocos a seguir. Observe mudança na amplitude e fase do
sinal filtrado, observando simultaneamente os sinais de entrada e saída do filtro.

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Atividade 03 – Misturadores de Frequência


Em sistemas de comunicação, misturadores de frequência têm a função de deslocar o
espectro de um sinal para uma faixa de frequências específica. São usados
principalmente nos processos de modulação, para elevar as frequências de um sinal em
banda-base, e na demodulação para retornar o espectro de um sinal em banda passante
para a banda-base. Os mixers também são usados para fazer a elevação (ou redução) de
frequências em múltiplos estágios, nos quais os espectros ficam posicionados nas
chamadas frequências intermediárias.

Um misturador ideal é modelado matematicamente como um elemento que produz à


sua saída o produto de suas entradas. Se as entradas forem caracterizadas por suas
frequências, como no exemplo da figura, o mixer produz à sua saída um sinal contendo
a soma e diferença das frequências dos sinais de entrada.

Tipicamente, uma das entradas tem frequência única (chamada de oscilador local), e a
outra entrada é de um sinal cujo espectro será transladado para o entorno da frequência
do oscilador local. No caso da figura, o espectro (bilateral) de 𝑥(𝑡) foi deslocado para o
entorno da frequência 𝑓𝑐 .

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Relatório
Apresente seu relatório exclusivamente com os dados solicitados no roteiro e no gabarito
de respostas. Deixe uma linha em branco para itens sem respostas.

AR 01

Setup da simulação AR01

Taxa de amostragem 72 ksps


Instrumentos virtuais Osciloscópio
Analisador de Espectro
Geradores de Sinais com atraso variável
Medidores RMS
Observações adicionais Configurar a forma de onda (2) para fase variável
com passo de 5o
Utilizar bloco “Throttle”

Observando a descrição dos sinais abaixo, utilize os instrumentos virtuais e blocos


adicionais que julgar necessários. Preencha as tabelas ao final do roteiro exportando a
folha para seu relatório.

Sinal Descrição
(1) Seno, frequência 1kHz, amplitude 1 V, offset 0 V
(2) Cosseno, frequência 1kHz, amplitude 2 V, offset 0 V, fase variável
(3) Onda quadrada de 1 kHz, VMAX = -VMIN = 1 V
(4) Onda triangular de 1 kHz, VMAX = -VMIN = 1 V
(5) Soma dos sinais (1) e (2)
(6) Soma dos sinais (2) e (3)
(7) Soma dos sinais (2) e (4)

Faça um print (Fig. 1.1) do esquema (diagrama de blocos) e da forma de onda (Fig. 1.2-
1.4) dos sinais (5, 6 e 7).

Preencha a Tabela 1.1 para a configuração do sinal (2) em fase 0 graus.

T1a) Escreva a equação analítica da potência média do sinal (5) em função da fase
variável do sinal (2).

Para os sinais (5, 6 e 7), verifique para quais deslocamentos de fase do sinal (2) a potência
atinge seus valores mínimos e máximo, e em qual valor de fase os sinais componentes
da soma são ortogonais entre si. Preencha a Tabela 1.2.

A1a) Interprete o resultado.

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Exp 01

AR 02

Setup da simulação AR02

Taxa de amostragem 32 ksps


Instrumentos virtuais Osciloscópio
Analisador de Espectro, 4096 pontos, janelamento
“None” ou “Rectangular”, opção espectro unilateral
Gerador de Sinal Ruído Branco Gaussiano,
amplitude de 1 Vrms
Medidor RMS
Observações adicionais Utilizar filtros pré-definidos (passa-baixas, passa-
altas e passa-bandas)
Utilizar bloco “Throttle”
Uma maneira rápida de levantar a magnitude da resposta em frequência de um filtro é
inserindo em sua entrada um sinal que contenha todas as frequências. Este tipo de sinal
é chamado de ruído branco.

O GRC tem disponível este tipo de sinal. Use uma fonte de ruído branco (AB→ Noise
Source) para injetar nos filtros um sinal n(t) com múltiplas frequências e apresentar a
resposta em frequência dos seguintes filtros:

• Passa-baixas, frequência de corte em 4 kHz, transição de 200 Hz


• Passa-altas, frequência de corte em 10 kHz, transição de 1 kHz
• Passa-faixas, frequências de corte em 6 kHz e 8 kHz, transição de 500 Hz

Verifique, pelo analisador de espectro, a saída de cada filtro. Faça um print (Fig. 2.1) do
esquema (diagrama de blocos) e do espectro da saída de cada filtro (Fig. 2.2-2.4).

A2a) Interprete o resultado, verificando se o formato do ruído filtrado corresponde com


a especificação do filtro projetado.

Usando os medidores RMS, meça as potências dos sinais filtrados e complete a Tabela
2.1.

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AR 03

Setup da simulação AR03

Taxa de amostragem 200 ksps


Instrumentos virtuais Osciloscópio
Analisador de Espectro
Observações adicionais Utilizar bloco “Throttle”

Implemente o diagrama de blocos a seguir.

Faça um print do esquema completo (Fig. 3.1). Para os pontos indicados, apresente:

• O espectro dos sinais (Fig. 3.2a-i). Faça um zoom entre 0 e 1000 Hz para os sinais
em A e I. Para os outros, escolha intervalos de frequência adequados para boa
observação das raias espectrais, sempre no lado positivo das frequências;
• As formas de onda no tempo (Fig. 3.3a-i);
• As potências correspondentes (Tabela 3.1).

A3a) Interprete os resultados e comente qual a função dos misturadores em cada ponto
da cadeia de comunicação.

Adicionalmente, verifique simultaneamente os pontos A e I no osciloscópio e no


analisador de espectro. Ajuste o ganho do filtro passa-baixas para que o sinal do ponto I
tenha a mesma amplitude do sinal do ponto A.

A3b) Compare os sinais nos pontos A e I e interprete as diferenças.

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Exp 01

Relatório do Experimento 1: Potência, filtros, mixers

Identificação
Turma Matrícula Nome

Análise Teórica
T1A.

Tabelas
Tabela 1.1 – Parâmetros dos sinais. Considere o sinal (2) em fase 0 graus.

Valor RMS Potência


Sinal

Medido no Domínio do Medida (DEP No domínio da


domínio do tempo (RMS2) no analisador frequência
Calculado Calculado |𝑃𝑠,𝑓 − 𝑃𝑠,𝑡 |
tempo (RMS de espectro), (DEP), linear
observado) 𝑃𝑠,𝑡 dB 𝑃𝑠,𝑓
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)

Tabela 1.2 – Parâmetros dos sinais com variação de fase do sinal (2).

Potência máxima Potência mínima Ortogonalidade


Sinal
𝜃(rad) 𝑃𝑀𝐴𝑋 𝜃(rad) 𝑃𝑀𝐼𝑁 𝜃(rad) 𝑃𝑆
(5)
(6)
(7)

Tabela 2.1 – Parâmetros dos sinais filtrados

Sinal Pot. P (linear), V2 Larg de Banda B (Hz) Razão P/B (V2/Hz)


𝑛(𝑡)
𝑛𝐿𝑃 (𝑡)
𝑛𝐻𝑃 (𝑡)
𝑛𝐵𝑃 (𝑡)

Tabela 3.1 – Potências dos sinais em diferentes pontos

Sinal em A B C D E F G H I
Potência média

Figuras
Fig. 1.1-1.4, Fig. 2.1-2.4, Fig. 3.1, Fig. 3.2a-i, Fig. 3.3a-i.

Análises
A1a, A2a, A3a e A3b.

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