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Treinamento em manutenção preditiva

por análise de vibrações


Módulo I – PARTE II

Ministrantes: Prof. Adailton Silva Borges


Prof. Adriano Silva Borges
Formas de Descrição da
Amplitude

Formas de descrição da Amplitude

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Formas de Descrição da
Amplitude
Valor de Pico-a-Pico (PP):
 Dado pela diferença entre os valores máximo e mínimo que o
sinal alcança;
 Parâmetro bastante utilizado em casos onde é necessário
acompanhar alterações na distância relativa entre partes críticas
da máquina, tais como a vibração relativa entre o eixo e o mancal;

Vibração forçada sem amortecimento:


Consiste no desvio entre a posição de equilíbrio e o máximo (ou
mínimo) do sinal;
Bastante difundido na Europa e pode ser usado nas mesmas
aplicações em que se emprega o valor de pico-a-pico;

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Formas de Descrição da
Amplitude
Valor Médio:
 Consiste na média do sinal calculada em relação a um
determinado intervalo de tempo;
Importante quando é necessário conhecer o comportamento das
propriedades estatísticas do sinal ao longo do tempo

Valor Eficaz ou Efetivo (Root Mean Square – RMS):


Permite avaliar a energia contida no sinal, sendo dado pela área
sob a sua curva, o que leva em consideração a amplitude e o
tempo;
É o parâmetro mais utilizado para a avaliação da condição de
máquinas

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Relações entre Deslocamento,
Velocidade de Aceleração
Relações entre deslocamento, velocidade e aceleração

x  Csen n t 

x  n C cos n t 

x  n2Csen n t 


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Relações entre Deslocamento,
Velocidade de Aceleração

Relação entre medidas em Deslocamento, Velocidade


e Aceleração (BRÜEL & KJAER) 6
Relações entre Deslocamento,
Velocidade de Aceleração

Deslocamento:
 Consiste no desvio entre a posição onde o corpo estava
quando a medição foi realizada e o ponto de equilíbrio do
movimento de oscilação;
A unidade mais usual é o m (10-6 m) ou o mil (10-3 polegadas);
Ideal para medição de vibrações que ocorrem a baixas
freqüências, ou seja, abaixo de 10 Hz;
Vibrações em baixas freqüências produzem velocidades
moderadas e acelerações muito baixas;
Diversos defeitos em máquinas podem ser bem diagnosticados
utilizando-se medições em deslocamento, tais como:
desbalanceamento, desalinhamento e folgas mecânicas

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Relações entre Deslocamento,
Velocidade de Aceleração
Velocidade:
Fornece o valor da velocidade com a qual um ponto se move em
relação a sua posição de equilíbrio;
A unidade de medição mais usual é em mm/s;
A medição em velocidade é uma escolha muito sensata para
uma faixa de freqüência entre 10 Hz e 1000 Hz;
É considerada o melhor parâmetro para avaliar a severidade de
vibração em máquinas;
A maior parte dos defeitos mecânicos tais como
desbalanceamento, desalinhamento, folgas, problemas elétricos e
problemas em sistemas de transmissão por correias, podem ser
diagnosticados adequadamente em velocidade (10 Hz a 1000 Hz);

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Relações entre Deslocamento,
Velocidade de Aceleração
Aceleração:
 Fornece o valor da aceleração do ponto de medição em relação ao
seu ponto de equilíbrio;
As unidades de medidas mais empregadas são o m/s2 e o g (9.81
m/s2);
É bastante recomendada para diagnosticar defeitos que se
manifestam em alta freqüência, principalmente acima de 1000 Hz,
pois o seu gráfico é amplificado nesta região, facilitando a análise;
Muito importantes principalmente na detecção e no diagnóstico de
defeitos em rolamentos, engrenamentos e impactos

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Instrumentos para a Medição de
Vibração
Acelerômetros:
 Atualmente, são os transdutores mais empregados em manutenção
preditiva por análise de vibrações, pois são robustos, compactos e
leves. Além disso, podem ser empregados em uma larga faixa de
freqüência;
São instrumentos sísmicos dedicados a medição de vibração
absoluta e partes rígidas;
Em geral, são compostos por uma massa muito pequena montada
em um cristal piezelétrico, que age como se fosse uma mola. Desta
forma, quando o acelerômetro está sujeito a vibração a massa exerce
uma força variante no tempo sobre o cristal piezelétrico, que produz
um sinal diretamente proporcional à aceleração;

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Instrumentos para a Medição de
Vibração - Acelerômetros

Tipos de Acelerômetros - (BRÜEL & KJAER) 11


Instrumentos para a Medição de
Vibração - Acelerômetros

Métodos de Fixação - (BRÜEL & KJAER) 12


Instrumentos para a Medição de
Vibração - Acelerômetros

Métodos de Fixação - (BRÜEL & KJAER) 13


Instrumentos para a Medição de
Vibração - Acelerômetros

Exemplos de Acelerômetros disponíveis no mercado


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Instrumentos para a Medição de
Vibração
Materiais Piezelétricos
Os materiais piezelétricos mais utilizados são constituídos das três classes
primárias das cerâmicas piezelétricas policristalinas, que são: zirconato
titanato de chumbo, o metaniobato de chumbo, e o titanato de bário.

Através da aplicação de campos elétricos elevados, enquanto a cerâmica é


submetida a temperaturas elevadas, os cristais são orientados de tal forma
que o material se torna anisotrópico. O material permanece com uma
polarização macroscópica residual após a retirada do campo elétrico, o que
conduz a características piezelétricas a temperatura ambiente.

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Instrumentos para a Medição de
Vibração
Materiais Piezelétricos
O efeito piezelétrico direto é caracterizado pelo fenômeno que, quando um material
piezelétrico é submetido a um carregamento externo, uma distribuição de cargas
elétricas é produzida em sua superfície.

explorado na construção de sensores de deformação e para medidas indiretas


de força e pressão

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Instrumentos para a Medição de
Vibração
Materiais Piezelétricos
O efeito piezelétrico inverso é observado quando o material piezelétrico é
submetido a um campo elétrico e então são observadas variações em suas
formas e dimensões.

Explorado na construção de atuadores e geradores de movimento


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Instrumentos para a Medição de
Vibração
Materiais Piezelétricos
Sistema Viga-Pzt

Santana, 2007

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Instrumentos para a Medição de
Vibração
Materiais Piezelétricos
Sensor piezelétrico

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Instrumentos para a Medição de
Vibração
Materiais Piezelétricos
Atuador piezelétrico

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Diagnóstico de problemas mecânicos
com base em Análise de Vibrações

Objetivos:
 Determinar quais as freqüências existentes, bem como
as relações entre estas com as freqüências de excitação
próprias da operação do Equipamento;

 Determinar as amplitudes de cada pico presente no


espectro de freqüências;

 Determinar como os picos estão relacionados entre si;


 Caso haja picos com amplitudes significantes,
determinar a sua fonte;
Diagnóstico de problemas mecânicos
com base em Análise de Vibrações
Diagnóstico de problemas mecânicos
com base em Análise de Vibrações

Desbalanceamento

É uma das causas mais comuns de vibração excessiva


em equipamentos rotativos. É causado por uma
distribuição de massa não uniforme em torno do
eixo de rotação;
Diagnóstico de problemas mecânicos
com base em Análise de Vibrações

Desbalanceamento
Possíveis causas:
 Porosidades no material;
 Densidade não uniforme;
 Tolerâncias de manufatura;
 Ganho ou perda de material durante a operação;
 Atividades de manutenção, tais como substituição de
rolamentos.
 Troca de parafusos de partes rotativas;
 Atividades de usinagem;
 Presença de materiais intrusos em cavidades, como barro
ou água;
 Acoplamentos;
Diagnóstico de problemas mecânicos
com base em Análise de Vibrações

Desbalanceamento Estático
Diagnóstico de problemas mecânicos
com base em Análise de Vibrações

Desbalanceamento Dinâmico
Diagnóstico de problemas mecânicos
com base em Análise de Vibrações

Caracteriza-se pela presença de um pico na


freqüência de rotação do eixo que aparece nas
duas direções: axial e radial.
Desbalanceamento
Como Diagnosticar

 Caracterizado pela presença destacada de um pico na


mesma freqüência de rotação do eixo (1X RPM)
 A vibração é predominante na direção Radial, podendo
aparecer também na direção axial para rotores em
balanço;
 A vibração aumenta aproximadamente com o
quadrado da Velocidade;
 Pode originar altos esforços axiais e radiais nos
mancais;
Desbalanceamento
Como Diagnosticar
Desalinhamento
Causas
Ocorre quando os eixos do acionamento e do
equipamento acionado não compartilham a
mesma linha de centro.
Existem 2 tipos básicos:
 Angular;
 Paralelo;

Obs: Na verdade, o mais comum é encontrar uma


combinação entre ambos;
Desalinhamento
Angular
Desalinhamento
Angular Diagnóstico
 Caracterizado por altos
Níveis de vibração na direção
Axial;
 Geralmente aparecem picos
predominantes em 1 e 2
vezes a rotação do eixo;
 Algumas vezes aparece
também picos em 1,2 e 3
vezes a freqüência de
rotação do eixo;
 Estes sintomas podem
indicar problemas de
acoplamentos;
Desalinhamento
Paralelo
Desalinhamento
Paralelo Diagnóstico

 Níveis de vibração elevados na


Direção Radial;
 Condições mais severas de
desalinhamento podem provocar
o aparecimento de harmônicas
de ordem elevada (4x – 8x)
 O pico de 2X a rotação do eixo
aparece geralmente maior do
que o pico correspondente a
rotação do eixo;
 As características de projeto do
acoplamento podem influenciar
a forma do espectro;
Folgas Mecânicas

Folgas Mecânicas (Tipo A)


Folgas Mecânicas

Folgas Mecânicas (Tipo B)


Folgas Mecânicas Tipo A

Causas Diagnóstico
• Causado por fragilidade
estrutural dos pés da
maquina, base ou apoio,
também aparece mais
pronunciadamente na
direção do apoio ;
• Pode ser causada
também por deterioração
dos apoios ou da base;
Folgas Mecânicas Tipo B

Causas Diagnóstico
Geralmente é causado
por folgas nos
parafusos de fixação
no apoio da base ou
por trincas na
estrutura do
pedestal do mancal;
Folgas Mecânicas
Folgas Mecânicas (Tipo C)
Folgas Mecânicas (Tipo C)
Causas Diagnóstico
 Normalmente é
provocado por ajuste
inadequado entre o eixo
e os rolamentos, ou
entre as partes girantes
e seus suportes;
 Caracteriza-se pela sua
instabilidade, podendo
ser diferente para cada
partida da maquina.
Possui caráter altamente
direcional;
Diagnóstico de Problemas
Mecânicos por Análise de Vibração

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Treinamento em manutenção preditiva
por análise de vibrações
Módulo I – PARTE II

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