 AE4- CARCATERÍSTICAS DO SOM 
Objetivo geral: Investigar características de um som, a partir da observação de sinais elétricos resultantes
da conversão de sinais sonoros.
Introdução
Para atingir o objetivo geral proposto nesta
atividade, o procedimento experimental que se
sugere passa por:
 Identificar sons puros e sons complexos.
 Comparar amplitudes e períodos de
sinais sinusoidais;
 Comparar intensidades e frequências de
sinais sonoros a partir da análise de
sinais elétricos:
 Medir períodos e calcular frequências
dos sinais sonoros. compara-los com
valores de referência e avaliar a sua
exatidão:
 Medir comprimento de onda de sons.
Fundamentos teóricos da atividade
Um sinal sonoro no ar resulta da vibração das
partículas do meio, em volta da fonte emissora
do som.
A intensidade de um som permite distinguir
um som forte de um som fraco (amplitude).-
NOTA: Por forma a obter sinais sonoros
mais intensos (fortes) e menos intensos
(fracos), basta percutir as hastes
do diapasão aplicando uma força mais
ou menos intensa, respetivamente
A altura de um som permite distinguir um
som alto de um som baixo(frequência).
NOTA: Para obter sinais com diferentes
alturas podem ser utilizados diapasões de
frequências diferentes.
O timbre permite distinguir dois sons com a
mesma altura e intensidade produzidos por
fontes sonoras diferentes.- O timbre resulta do
facto de cada instrumento produzir um som
complexo, que é composto por diferentes
componentes harmónicas de ordem superior à
frequência fundamental que caracteriza a nota
musical.
NOTA: Um modo de obter sinais sonoros
com timbres diferentes é serem emitidos
sons semelhantes por pessoas diferentes
(por exemplo, alunos diferentes).
É possível analisar estas características
(frequência, intensidade, comprimento de onda e
timbre) por conversão dos sinais sonoros em
sinais elétricos, utilizando microfones. Assim, o
microfone é ligado ao osciloscópio para que o
sinal elétrico produzido pelo microscópio possa
ser registado.
A observação dos sinais elétricos resultantes
desta conversão pode ser feita utilizando um
osciloscópio, um computador com software de
edição do som ou outros sistemas de aquisição
automática de dados.
O som emitido por um diapasão é um som
puro ou simples e esta associado a uma onda
sonora com uma frequência bem definida,
enquanto, por exemplo, o som emitido pelas
nossas cordas vocais é um som complexo. Este é
o resultado da sobreposição de vários sons puros.
Uma forma de produzir sons com frequências e
intensidades variáveis é recorrendo a um
gerador de sinais ligado a um altifalante. Este
transforma sinais elétricos em sinais sonoros.
Num osciloscópio, na escala vertical é medido o
valor da tensão elétrica e obtém-se o valor da
amplitude do sinal elétrico. Na escala horizontal
é medido o tempo e obtém-se o período do sinal
elétrico.
A função do(s) altifalante/auscultadores é
transformar o sinal elétrico emitido pelo gerador
de sinais em sinais sonoros e, por isso, tem de ser
ligado a um aparelho que produza um sinal
elétrico, ora é essa a função do gerador de sinais.
Material necessário
• Osciloscópio com dois canais
• Cabos de ligação (fichas BNC/jack)
• Gerador de sinais
• Dois microfones
• Diapasão e martelo
• Altifalante (pode ter amplificador
acoplado)
• Régua (1 m)
Procedimento experimental
1.° parte - Observação de sons puros e complexos
• Ligue um microfone à entrada de um
osciloscópio com a função AT (auto trigger ou
disparo automático) ativada.
• Com o martelo percuta um diapasão de forma
a produzir um som.
Ajuste os botões da base de tempo,
TIME/DIV, e da tensão, VOLTS/DIV, de
forma a obter no ecrã do osciloscópio a
representação da onda sonora gerada
pelo diapasão.
•Registe o período da onda(distância entre duas
cristas consecutivas) bem como a respetiva
incerteza de leitura associada, e calcule a
respetiva frequência
. Alterando a intensidade de um som no gerador
•Repita o procedimento anterior, percutindo o
diapasão com mais ou menos intensidade, e
registe as alterações observadas.
• Produza um som com a sua voz, por exemplo,
a letra "a", observe e registe o sinal.
• Repita o procedimento anterior com a voz de
outros colegas.
• Ligue o gerador de sinais simultaneamente ao
osciloscópio e a um altifalante.
Selecionar no gerador de sinais a
frequência pretendida e ajustar o sinal à
origem do referencial do osciloscópio.
(botões VOLT/div e TIME/div)- a escala
escolhida define a medida correspondente
a cada quadrícula no ecrã, esta deve
permitir a leitura do sinal no ecrã de
forma mais expandida possível
reduzindo a sua incerteza.
• Escute o som produzido no altifalante e
observe o sinal correspondente no osciloscópio.
•Registe o período e a respetiva incerteza
absoluta de leitura.
• Altere, no gerador de sinais, a frequência do
sinal e a intensidade, e verifique o que acontece
no ecrã do osciloscópio. Compare com o que
acontece em termos sonoros.
2° parte - Medição de comprimentos de onda de
sons
• Ligue dois microfones ao osciloscópio e
coloque-os bem alinhados em frente ao
altifalante, de modo que os dois sinais obtidos
fiquem sobrepostos no ecrã.
•Marque a posição dos microfones sobre a mesa
de trabalho e afaste progressivamente um deles.
• Meça a distância mínima que teve de deslocar
o microfone para observar de novo os sinais com
os seus máximos alinhados no ecrã.
REFLEXÕES
1ª PARTE:
de sinais, a onda vaia a sua amplitude, mas
mantêm o período de oscilação. Sendo que um
aumento de amplitude(quando se liga ao
a,tifalante) leva ao aumento da intensidade de
um som produzido.
Ao alterara a frequência:
-INFRAÇÕES- a onda estende-se no osciloscópio
e não produz qualquer som, estando abaixo do
limite de audibilidade (frequência inferir a 10
Hz)
Ao aumentar a frequência a onda é cada vez
mais compacta e o som mais agudo, e tem
período cada vez menor, podendo se tornar em:
-SONS AUDÍVEIS- 20 Hz a 20 000Hz
-ULTRASSONS- superior a 20 000 Hz
2ª PARTE:
A distância entre os microfones corresponde ao
comprimento de onda, m, da onda sonora.
Quando alinhamos dois microfones à mesma
distância e perpendicularmente à fonte sonora os
sinais destes dois microfones ficam sobrepostos.
No entanto, se deslocarmos um dos microfones,
afastando-o da fonte sonora, os sinais dos dois
microfones ficam desfasados. Se afastarmos de
novo o microfone até os dois sinais ficarem
novamente sobrepostos no ecrã os microfones
estão em fase. (com os seus máximos/mínimos
novamente alinhados, ou seja, com as mesmas
características) Para isso acontecer, foi necessário
que um dos microfones percorresse a mesma
distância que o sinal sonoro perfaz no intervalo
de tempo correspondente ao período, ou seja, um
comprimento de onda.
A amplitude de um sinal diminui à medida que
a distancia entre o emissor e o recetor aumenta
erro percentual
 AE5- velocidade DO SOM 
Objetivo geral: determinar a velocidade de propagação de um sinal sonoro.
INTRODUÇÃO
Pretende-se:
• determinar a velocidade de propagação de
uma onda sonora a partir da medição da
distância de propagação e do respetivo intervalo
de tempo;
• comparar o valor obtido para a velocidade
do som com o tabelado e avaliar a sua
exatidão.
Fundamentos teóricos da atividade
No ar, como em outros fluidos, as ondas sonoras
são ondas mecânicas longitudinais, uma vez
que as partículas do meio ficam sujeitas a
deslocações na direção em que a onda se
propaga. A sua velocidade de propagação vai
depender do meio em que as ondas sonoras se
propagam e, no mesmo meio, depende da
temperatura.
Quando um sinal sonoro se propaga no ar,
resulta uma onda longitudinal que se forma por
sucessivas compressões e rarefações do meio. As
compressões do meio são zonas com maior
número de partículas, por unidade de volume, e
a pressão é maior do que a pressão atmosférica.
As rarefações do meio são zonas com menor
número de partículas, por unidade de volume, e
a pressão é menor do que a pressão atmosférica.
Há variações periódicas de pressão no tempo e
no espaço. A onda sonora é uma onda de
pressão.
Velocidade de propagação do som
Podem afetar a exatidão do resultado:
• O método utilizado;
• O operador (ex.: dificuldade na leitura
dos valores medidos no
osciloscópio/dificuldade de ajuste dos
instrumentos);
• A calibração do aparelho de medida
utilizado.
NOTA: Os valores obtidos dependem do
equipamento disponível, do procedimento e das
leituras efetuadas pelo operador.
A velocidade do som num meio homogéneo é
constante e o módulo da sua componente escalar
na direção de propagação (intensidade) pode
𝑑
ser determinado pela expressão 𝑉 = 𝚫𝐭, sendo d
a distância percorrida pela onda sonora e Δt o
intervalo de tempo que a onda sonora leva a
percorrer essa distância.
Quando a onda sonora é gerada por uma fonte
periódica, forma-se uma onda periódica- a
periodicidade da onda no espaço é caracterizada
pelo comprimento de onda, m, e a
periodicidade temporal é caracterizada pelo
período, T.
Durante um período (Δt = T), uma onda
propaga-se a uma distância igual ao
comprimento de onda (d = m).
Assim, a intensidade da velocidade de uma
onda periódica para uma onda periódica, pode
ser escrita como:
 Material necessário •Alinhar o microfone e a regra
perpendicularmente ao altifalante e ligar.
• Osciloscópio •Colocar os dois sinais em fase
• Gerador de sinais • Deslocar o microfone ao longo da régua, e
• Cabos de ligação medir o desfasamento entre as duas ondas em
•Microfone diversos pontos.
• Microfone com amplificador EX:
• Altifalante
•2 placas de madeira
• Sensor de temperatura
• Suporte universal, garra, nozes
• Tubo de PVC com 120 cm, tapado num dos
lados
• Régua.
•
.Procedimento experimental Converter as leituras do osciloscópio em tempo
Procedimento I

• Com um termómetro meça a temperatura do

ar e registe o seu valor.
• Meça o comprimento do tubo de PVC, tapado
numa das extremidades, e segure-o
num suporte universal.
•Na entrada do tubo coloque um microfone. •Traçar gráfico do deslocamento em função do
• Ligue o microfone à entrada de um tempo, cujo declive corresponde à velocidade.
osciloscópio na função NORM (normal).
• Produza um sinal sonoro forte e rápido com as
placas de madeira perto do microfone (que deve
estar ligado a um amplificador) e observe o
sinal obtido.
• Sempre que necessário, para observar o sinal
produzido (este aparece no ecrã quando o som é
produzido, mas depois desaparece) use o botão
LEVEL.
• Ajuste os botões da base de tempo, TIME/DIV,
e da tensão, VOLTS/DIV, de forma a obter no
ecrã do osciloscópio a representação da onda REFLEXÕES
sonora gerada.
A geração de uma onda mecânica requer um
Procedimento II meio constituído por partículas que possa ser
••Com um termómetro meça a temperatura do perturbado (meio elástico). Um meio elástico é
ar e registe o seu valor. aquele que sofrendo a deformação sob a ação de
Ligar o gerador de sinais, que produz uma uma força retoma a sua forma quando a
frequência audível. mesma deixa de atuar (sob a ação da
•Ligar o gerador a dois canais: ao osciloscópio perturbação a posição relativa dos seus pontos
(irá interpretar o sinal sonoro) e ao materiais altera-se, mas quando essa
altifalante(irá reproduzir o sinal sonoro). perturbação cessa, retomam à posição relativa
•Escolher a escala do osciloscópio e escolher a inicial).
apresentação dos dois canais em simultâneo- um
canal será o sinal original produzido pelo A intensidade da velocidade do som é tanto
gerador e o segundo pop sinal depois de maior quanto menor é a compressibilidade do
amplificado pelo microfone. meio. Em geral, a velocidade é maior nos sólidos
não porosos do que nos líquidos e, por sua vez,
maior do que nos gases. Pela mesma ordem de
ideias, é maior nos líquidos do que nos gases.
A intensidade da velocidade do som aumenta
linearmente com o aumento da temperatura.
Uma vez que a velocidade de propagação do som
emitido não depende de sua frequência ou da sua
intensidade, quer os sons sejam graves ou agudos, ou
sejam fortes ou fracos, estes propagam-se com
velocidades iguais. A velocidade de propagação do
som depende do meio em que ele se propaga e da
temperatura a que esse meio se encontra.
Desfasamento entre sinais observados no osciloscópio
Um dos sinais elétricos é o sinal produzido pelo
gerador de sinais que está ligado diretamente ao
osciloscópio. O outro sinal resulta da transformação
do sinal sonoro em sinal elétrico (sinal produzido
pelo gerador de sinais, convertido em sinal sonoro
pelo altifalante e captado pelo microfone). O
desfasamento temporal que se observa no
osciloscópio entre os dois sinais corresponde ao
intervalo de tempo que o sinal sonoro demora a
percorrer a distância entre o altifalante e o microfone
e a ser registado como sinal elétrico no osciloscópio
O intervalo de tempo corresponde ao intervalo de
tempo que o sinal emitido pelo altifalante demora a
percorrer o tubo até ser captado pelo microfone. O
seu valor é medido no osciloscópio e corresponde ao
desfasamento temporal entre os dois sinais,
visualizados no ecrã do osciloscópio.

erro percentual

Podem afetar a exatidão do resultado:

• O método utilizado;
• O operador (ex.: dificuldade na leitura
dos valores medidos no osciloscópio
devido à sobreposição de
ruído/dificuldade de ajuste dos
instrumentos);
• A calibração dos aparelhos de medida
utilizado.