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comunicação, som e vídeo

o som
O som é um fenômeno físico provocado A frequência é o que determina o tom da
plea vibração de matéria, que causa onda sonora e é normalmente medida em
alterações na pressão atmosférica. Essas Hertz (Hz) – 1 Hz = 1 onda que completa 1
alterações de pressão prolongam-se pelo ciclo por segundo
ar - ou por outro meio condutor - em
movimentos ondulatórios (em formas de Exemplo: uma onda
ondas) até serem captadas pelo ouvido sonora de 20 Hz de
humano. Dessa forma, a propagação do frequência apresenta
som depende do meio, ou seja, não há 20 ciclos completos
som no vácuo; por segundo.

O ouvido humano é capaz de detectar uma


vasta gama de frequências de sons (desde
aproximadamente 20 Hz a 20.000 Hz)
1000 Hz = 1 kHz (um quilohertz)
1000000 Hz = 1 MHz (um mega-hertz)
Uma onda sonora descreve um Quanto ao movimento da onda, se este for
movimento longitudinal à sua direção de mais rápido será caraterizado por um som
propagação e varia em forma sinusoidal agudo (frequência mais elevada); se for mais
(obedece a função seno ou cosseno). A lento, será caracterizado por um som mais
pressão exercida pelo som na atmosfera grave (frequência menos elevada).
muda no tempo e no espaço, atenuando
uma onda. Por essa razão, a velocidade
de propagação varia de meio para meio e
até de acordo com a própria temperatura
daquele meio (por exemplo: ar = 340m/s;
água=1500 m/s; aço = 5 000m/s) Intensidade: a intensidade do som é
caracterizada pela quantidade de
energia que as ondas transferem em um
segundo em uma determinada área, ou
seja, a intensidade é usada para medir o
fluxo de energia transportado por uma
onda sonora. A intensidade é conhecida
como o volume, a amplitude ou a altura
As principais características do som: do som e é medida em decibéis (dB). A
Frequência: é o número de ciclos por amplitude ou altura de uma onda
segundo, número de vezes por designa a distância entre a pressão mais
segundo que a onda oscila um ciclo alta e a pressão mais baixa da onda em
completo (exemplo: apresenta 20 um mesmo ciclo (ou seja, é um valor que
ciclos completos por segundo). pode ir se alterando).
Quanto maior a amplitude de uma onda, Abaixo de uma gama audível, sitam-se o
mais alto será o som que se escuta. que são chamados de infra-sons e acima
O decibel (dB) é a utilizada em produção dessa, os ultra-sons.
de áudio para medir fisicamente a Um indivíduo com a gama audível
intensidade sonora. saudável consegue escutar entre 20 Hz e
Quanto maior a variação de pressão 20 kHz
“instantânea”, maior a intensidade
Ondas sonoras compostas
Raramente ouvimos ondas sonoras de
apenas uma frequência - ou frequência
simples. O som que ouvimos corresponde
sempre às variações da pressão sonora
que resultam da sobreposição de ondas
sonoras de diferentes frequências e
O aumento da intensidade sonora se dá
intensidades, ou seja, ondas compostas.
em escala logarítmica:
Se duas fontes são iguais, provocam
um aumento na intensidade de 3 dB
Se as duas fontes forem diferentes,
o valor deste aumento não chega a
Áudio analógico
3 dB, ou seja, são menores que isso
Registro e reprodução de áudio tomam
Quanto maior a diferença nos valores
forma a partir da analogia entre pressão
da intensidade de duas fontes, menor o
sonora e as variações de uma grandeza
incremento e ou aumento da
física que passa a descrever as mesmas.
intensidade provocado pela sua
Há uma analogia contínua no tempo (ie)
simultaneidade.
entre a pressão sonora e a grandeza
Timbre: o timbre é a qualidade do
elétrica que a conduz.
som que permite reconhecer e
identificar a sua origem, também
conhecido como a modelação da
amplitude ou a forma de uma onda
sonora. É o tipo de som
correspondente da onda composta.
Áudio
Áudio digital
O som no computador obriga o processo
de digitalização. Esse processo implica que
a onda sonora seja codificada numa
sequência de "zeros" e "uns" - os bits -
para que seja processada, editada e
Também conhecido como gama audível
armazenada.
de frequências, o áudio é o conjunto de
A partir da edição, a analogia com a
frequências sonoras que o ouvido humano
pressão sonora é quebrada e passamos a
é capaz de detectar (música, voz, ruídos).
ter valores dsicretos e não-contínuos no Frequência de amostragem
tempo. A frequência de amostragem é definida
Na digitalização, nunca é possível ter uma pelo número de vezes por segundo em que
reconstrução exata da onda sonora é lido e registrado - amostrado - o valor de
original. Por outro lado, uma onda digital pressão sonora (Sampling rate).
é sempre exatamente igual à onda digital Quanto maiores os valores de
original. frequência de amostragem, melhores
O processo de digitalização de uma onda as representações da onda sonora
se faz através de um processo original, ou seja, melhores qualidades
denominado amostragem, onde se de som
capturam períodos regulares de valores Em um mesmo ficheiro de áudio, a
de pressão sonora - amostras - dessa frequência de amostragem é um valor
onda. constante ao longo do tempo.
Ex: o formato CD-Audio tem uma
frequência de amostragem de 44,1 kHz –
contém 44100 amostras de valores de
pressão sonora em cada segundo.

O processo de amostragem, então, será


responsável por ler e registrar os valores
de pressão sonora da onda original, a
intervalos iguais, decodificando-se em
bits.
Assim, um ficheiro de áudio é uma
A frequência de amostragem refere-se ao
sequência de códigos que representam
número de amostras que se recolhem e
valores de pressão sonora.
armazenam por segundo, no processo de
digitalização. É completamente diferente
de frequência sonora.
Tamanho de amostra
O tamanho de uma amostra (Bith depth) é
definido pelo número de bits utilizado para
codificar cada amostra do valor de
pressão sonora recolhida da onda original.
Por essa razão, tem impacto na precisão
Sistema de áudio digital da codificação, ou seja, na maior ou menor
Digitalização feita a partir do uso de um proximidade do valor codificado com o
ADC (Analog-to-Digital Converter). valor original - resolução sonora (para um
A reprodução de áudio é feita através de mesmo ficheiro de áudio, o tamanho de
um DAC (Digital-to-Analog Converter) amostra é valor constante
Quanto maior o tamanho de amostra, Erros de quantização
maior será o número de códigos digitais Todos os processos de digitalização estão
disponíveis e, por consequência, maior é a sujeitos a erros intevitáveis, que são os
proximidade à onda original. erros de quantização.
8 bits dividem o espectro sonoro em Têm origem na impossibilidade teórica e
2 elevado a 8 = 256 valores (códigos) prática de garantir que haja um código
diferentes de pressão sonora digital para cada possível valor de pressão
16 bits estabelecem 2 elevado a 16 = sonora da onda física real – recordemos
65536 valores que a pressão sonora é uma grandeza
24 bits estabelecem 2 elevado a 24 = contínua, com uma infinidade de possíveis
16777216 valores valores.
32 bits estabelecem 2 elevado a 32 = Os valores codificados (e guardados) são
4294967296 valores os mais aproximados possível, mas estão
quase sempre sujeitos a uma espécie de
‘arredondamento’
Os erros de quantização são mais
sentidos em valores menores de
tamanho de amostra, porque ao
reduzirmos o tamanho da amostra, há
maiores arrendondamentos
A cada amostra recolhida, o ADC atribui, ANALOGIA DECIMAL: Se pretendêssemos
de entre os disponíveis, o código de registar um valor de amostragem
pressão sonora mais aproximado do valor equivalente a 5.32 usando apenas uma
que se verifica na onda original. Vejamos escala de 10 níveis (com apenas os valores
um exemplo com 4 bit de tamanho de inteiros de 0 a 9), teríamos que o
amostra. arredondar ao valor 5 e 0.32 seria o erro
de quantização. Se aumentássemos a
escala para 20 níveis (0 a 9.5, com
incrementos de 0.5), arredondaríamos
esse mesmo valor para 5.5, cometendo um
erro de 0.18 (menor!). Ou seja: quanto
maior o tamanho da amostra, existirão
mais níveis de registo (codificados), maior
a aproximação à onda sonora original e
menor é o erro de quantização,
melhorando a fidelidade sonora.
Gama de frequências O clipping é considerado um erro grave,
“Certain topics in Telegraph Transmission pois acarreta a perda irreversível de
Theory”. informação.
A Frequência de Nyqvist (postulada no Quando ocorre um erro de clipping, o
Teorema de Nyqvist) é um dos conceitos som para além do topo da onda é
introduzidos nesse artigo: literalmente cortado (clipped), como
«A representação digital eficaz de uma se tivesse sido usada uma tesoura. As
dada frequência sonora exige um valor de amostras ‘cortadas’ soam distorcidas.
frequência de amostragem que lhe seja,
pelo menos, duas vezes superior»
Ex: a frequência sonora 22 kHz exige uma
frequência de amostragem de 44 kHz…
Determinação de frequência de
amostragem mínima
Escala decibélica invertida
Gama dinâmica
Relaciona-se com a gama
O tamanho da amostra tem influência
dinâmica e serve para medir a
direta na gama dinâmica.
intensidade e recaliona-se
A gama dinâmica é definida pela
também com o clipping.
diferença entre o maior e o menor valor
Chama-se invertida porque se
de pressão sonora reproduzível pelo
toma o valor 0 dB como o
sistema.
máximo de pressão sonora
representável antes da distorção
(antes do clipping) e os restantes
valores apresentam sinal
negativo, medindo, no fundo, a
‘distância à distorção’ (ou
Headroom)
Por exemplo, com uma gama
dinâmica de 96 dB, teríamos, na
A gama dinãmica disponível também tem escala invertida:
impacto na qualidade sonora perceptível, • 0 dB = 96 dB reais
porque limita a gama de valores de • -6 dB = 90 dB reais (a 6 dB da
pressão sonora que podem ser utilizados distorção)
por um sistema de áudio • -12 dB = 84 dB reais (a 12 dB da
Clipping distorção)
• -90 dB = 6 dB reais (a 90 dB da
O clipping é a distorção dinâmica, um
distorção)
erro, que ocorre quando se ultrapassa a
gama dinâmica disponível - diferença Áudio digital
entre maior e menor valor de pressão Tamanho da amostra determina
sonora reproduzível por um sistema. gama dinâmica disponível
quando determinada amostra da onda Frequência de amostragem
tem valor superior a esta gama dinâmica determina gama de frequências
disponíveis
"Então que frequência de amostragem e Depois da digitalização, aumentar os
tamanho de amostra usar?" valores de frequência de amostragem e de
Quanto ao Tamanho de Amostra há tamanho de amostra não vai aumentar a
algumas razões principais para usar qualidade sonora!
valores elevados: A diminuição do tamanho de amostra tem
Maior gama dinâmica impacto auditivo bastante mais
Menor distorção de quantização significativo do que a diminuição da
Melhor performance na edição frequência de amostragem.
Maior headroom (distância ao Débito binário
clipping) Necessidade de ler/transmitir/decodificar
Menor afetação de ruído dados áudio em tempo real levanta essa
eletromagnético questão, que diz sobre a quantidade de
Atualmente há um (relativo) consenso que informação em bits que é necessária ler e
aponta para o valor ideal de 24 bits. Os processar em cada segundo para tocar
32 bits são usados principalmente no sem falhas (bps - bits por segundo)
processamento interno do hardware e na O débito binário começou por ser um
mistura de ondas. problema de processamento (sobrecarga
Quanto à Frequência de Amostragem há no CPU) passou a ser um problema de
três principais valores adotados na leitura de dispositivos (cd-rom, por
produção e pós-produção áudio: exemplo) e transformou-se num problema
48 kHz de transmissão/receção de dados via
96 kHz internet (capacidade de largura de banda
192 kHz para transmitir/ receber a informação em
A eventual ‘preferência’ por 96 kHz deve- tempo-real, através da rede) – o
se a uma melhor resposta na gama audiostreaming. Este problema levou à
audível, pois está mais distante do limite necessidade da compressão de dados
superior da gama de frequências sonoras áudio.
a digitalizar – mas muito hardware não
Compressão de dados áudio
supera os 48 kHz.
Problemas revelvantes para o áudio
Adopta-se, idealmente, 96 kHz, mas, na
digital:
prática, acaba por se trabalhar mais
Excesso de custos de memória e
frequentemente com 48 kHz.
armazenamento
Áudio digital vs memória
Excesso de riquisitos de débito binário
Um ficheiro de áudio digital é uma
Para tentar resolver esse problema, é
sequência de um dado número por
possível: (dois caminhos que chegam aos
segundo de amostras de pressão sonora,
resultads esperados
codificadas e x bits.
Diminuir a quantidade de dados que
A qualidade sonora tem um elevado custo
represente a "mesma" informação de
de memória (bytes)
áudio
> amostras por s x bits x 60 s (1 minuto)
Diminuir a quantidadde de
Para aumentar a eficácia, usam-se fontes
informação a transmitir/receber
sonoras de boa qualidade e digitaliza-se
com a melhor qualidade disponível
Compressão de dado áudio As técnicas que exploram a redundância
A compressão de dados áudio é aplicada simples tendem a obter uma compressão
na onda digital para que ocupe menos SEM perdas objetivas e subjetivas, ou
espaço quando a mesma for guardada. seja, podem ser consideradas técnicas de
No momento da reprodução, a onda compressão LOSSLESS
comprimida é transformada numa onda Já aquelas que exploram a irrelevância,
sem compressão para que o DAC consiga originam compressão COM perdas
converter em sinais elétricos analógicos objetivas mas sem perdas SUBJETIVAS,
ou, seja, consideradas técnicas LOSSY.

A técnicas de compresão procuram Compressão lossless: re-codificação


partindo de duas realidades: de onda sonora digital de tal modo
A redundância: existêcia de áudios que seja possível reconstruir na
"repetidos", codificando a informação totalidade a informação digital de
de um modo comprimido 4:1, mais partida sem qualquer perda lógica ou
limitada. audível. Dessa forma, a representação
A irrelevância: a existência de dados digital pré-compressão pode ser
áudio que potencialmente não são integralmente reconstituída. Apesar
ouvidos ou interpretados pelo ser disso, apresenta taxas de compressão
humano; descarta-se as partes do muito menores do que as obtidas com
sinal sonoro que são irrelevantes para compressão lossy
o ouvido humano, mantendo-o Compressão lossy: re-codificação de
aparentemente sem perdas uma onda sonora digital de um modo
(eliminação de frequências fora do destrutivo, em que há eliminação de
espectro humano audível são informação mas que o impacto sonoro
eliminadas, frequências fora da gama tende a ser minimzado. A
mais sensível [1 kHz – 5kHz] são representação digital pré-compressão
representadas por menor número de nunca pode ser integralmente
bits e frequências mascaradas são reconstituída. Apresenta taxas de
eliminadas) - taxas de compressão compressão muito maiores do que as
superiores a 10:1 mas exige maior obtidas com compressão lossless. Essa
trabalho ao cérebro humano técnica é re-aplicada de cada vez que
As técnicas mais modernas combinam se grava um ficheiro, degradando um
estes dois caminhos de compressão. pouco mais a sua qualidade
Na produção usam-se sempre formatos CODECS
sem compressão. Se, por alguma razão, Designa genericamente um algoritmo -
for necessário um formato com conjunto de regras lógicas - para
compressão essa será a última operação a comprimir ou descomprimir dados
efetuar – guardando previamente o audiovisuais que pode tanto ser aplicado
formato sem compressão! por componentes de hardware ou de
software
Formatos sem compressão
COder (responsável pela codificação
Destinam-se a arquivos sonoros e na
cpmprimida)
produção áudio quando o espaço de
DECoder (responsável pela
armazenamento não é o problema
descompressão e decodificação dos
Não exigem tempo de compressão ou
dados, que não coexistem
descompressão
obrigatoriamente em um mesmo
Potencialmente têm melhor
sistema - a existência de um não
qualidade sonora, mas ocupam muito
implica obrigatoriamente a existência
espaço e memória.
do outro
WAV, AIFF, AU
Produção de áudio digital
Formatos com compressão lossless
Esse processo é realizado e resumido em 4
Destinam-se a arquivos sonoros,
etapas:
quando o tempo de descompressão
Captação/digitalização: captar do
não é problema
melhor modo possível a fonte sonora
Exigem tempo de compressão e
e codificá-la da forma adequada. Tem
descompressão
o objetivo de tentar obter o registro
Mantêm a qualidade sonora original,
de uma fonte sonora de forma mais
enquanto também poupam espaço
fiel possível á realidade (depende dos
ALE, WMA LOSSLESS, FLAC
microfones usados, posicionamento e
Formatos com compressão lossy orientação - evitar ruídos, escolher
Destinam-se a partilha ou
melhor local para gravar, isolar a
transmissão sonora, quando a largura
fonte sonora a se captar). o objetivo
da banda é ou pode ser problema
da digitalização é o de tentar codificar
Exigem tempom de compressão e
os sinais sonoros anteriormente
descompressão
captados de modo a obter a menor
Degradam - em maior ou menor grau
perda possível de qualidade sonora
- a qualidade sonora original,
(Conversores AD dedicados (usados
poupando espaço, até mais que
nos estúdios profissionais) • Mesas de
formatos e técnicas de compressão
mistura USB • Microfones USB •
lossless
Gravadores digitais • Placas de som
NÃO DEVEM SER UTILIZADOS NA
dos computadores). Desse modo, para
PRODUÇÃO DE ÁUDIOS
a digitalização é necessário ter
PROFISSIONAIS
cuidados como o ajuste correto dos
MP3, WMA, AAC, Ogg-Vorbis, AC-3
níveis de gravação (efeitos elevaos
causam clipping), não gravar em
formatos com compressão, usar a gama Normalização do áudio digital
dinâmica do AD de melhor modo a A normalização tem o objetivo de definir
recolher o tamanho da amostra mais uma norma de volume entre diferentes
conveniente, garantir que a frequência de peças sonoras, sendo assim o último passo
amostragem se ajusta à gama de da produção sonora.
frequências a gravar, não gravar por cima Norma: EBU-R128
de gravações anteriores. Processamento dinâmico
Edição e efeitos: a partir dos sons Compressor: “comprime” valores altos
digitalizados, é a etapa em que se de potência sonora, reduzindo o seu
corta, cola, copia, processa efeitos e volume. Por isso, diminui a diferença
altera características. Consiste em de volume entre o som mais forte e o
alterar um som com um determinado som mais fraco. Se o som é fraco
propósito - geralmente melhorar intensifica-o; se o som é forte, torna-o
aspectos, atuar criativamente e mais fraco. Diminui a gama dinâmica
alterar sequências. Nessa etapa, é do sinal.
possível combinar o processamento
de efeitos, que consiste em alterações
de volume quer das ondas sonoras
quer de algumas frequências ou
canais (amplitude - alteram a pressão
sonora de uma onda, ou seja, seu
volume ou partes de uma onda - fade
in e fade out; processamento
dinãmico - aplicam o ganho a uma
dada onda sonora de modo variável
ao longo do tempo - curva de ganho -
positivo ou negativo; equalização de
frequências - aplicação de ganho
positivo ou negativo a uma dada
gama de frequências; delay - atraso Limitador (Limiter): Limita o valor de
na onda ou em um canal (R/L) e echo saída de modo que nunca ultrapasse
- criado pelo delay, reverb, um determinado volume (no exemplo
modulação... -10 dB).
Mistura: serve para dar sequência,
sobrepor, acertar volumes e misturar
diferentes sons para a realização de
umapeça áudio
Pós-produção e masterização: fase
final que serve como retoque da peça
áudio e garante a coerência sonora
no conjunto das outras peças.
Expansor (Expander): É o inverso de Reverb
um compressor, expandindo a gama Desempenha função na maneira como
dinâmica. Tende a atenuar sons mais ouvimos o som. É resultado das reflexões
fracos e a intensificar sons mais dos sons produzidos pelas fontes nas
fortes. superfícies circundantes. Assim, o
prolongamento do som ajuda o cérebro no
processo de audição, se for realizado da
maneira correta

Noise Gate: serve para deixar passar


apenas os sinais com amplitude
superior a um dado valor (chamado
threshold).

A reverberação é configurada através de


uma série de parâmetros:
Reverb time: determina o tempo de
duraçaõ do reverb (ms)
Reverb type: define o tipo de reverb
pretendido para simular o local
desejado.
Convolution delay: permite aplicar a
um sinal áudio a reverberação de um
Equalizador gráfico dado espaço.
Mistura
Consiste na junção de diversos objetos
sonoros que afinal contribuirão para a
peça final, cotrolando sua sequenciação,
ritmo e simultaneidade
São cinco os tipos de procupações
Permite controlar individualmente o principais durante a etapa de mistura:
volume de diversas gamas de frequências.
Balanço: usam-se controladores de 2. Desvantagens: são mais caros, exigem
volume para combinar a relação entre alimentação elétrica extra, preferidos em
os volumes dos diversos componentes estúdio, frágeis e pouco resistentes a
a fazê-los ouvir todos na medida quedas
exata
Frequência: uso de equalizadores
para separar bem as frequências
entre componetntes e com clareza
sonora.
Imagem sonora: volume e
panorâmicas para colocar os diversos
objetos no espaço sonoro de modo
estático ou dinâmico
Dinâmico: processadores dinâmicos
Microfones dinâmicos ou bobine
estabelecem o comportamento dos
móvel:
volumes ao longo do tempo
1. Vantagens: ao serem menos
Profundidade: reverb e delay
sensíveis, lidam melhor com volumes
utilizados para definir o tipo de
elevados, mais baratos, resistentes e
espaço em que se envolve a onda
duráveis, não necessitam de
sonora
alimentação extra, adequados para
Masterização uso externo e em palco
Etapa que se responsabiliza por limar 2. Desvantagens: resposta mais lenta -
pormenores depois da mistura estar membrana mais pesada; menos
concluída. É nesta fase que se dão os precisos, resposta pouco detalhada
retoques na equalização final corrigindo em agudos
excessos de graves ou de agudos
Car test, meio do trânsito para definir
o equilíbrio da peça áudio
Microfones
O princípio de qualquer microfone é
converter a variação de pressão do ar,
detetada por uma membrana, num sinal
elétrico diretamente proporcional. Para
isso usa um componente eletrónico
denominado transdutor.
Microfones condensadores: melhores Características dos microfones
especificações técnicas Tamanho do diafragma
1. Vantagens: sensibilidade, resposta em Padrões de polaridade ou diretividade
frequência, gama dinâmica e nível de Resposta em frequência
ruído; boa capacidade de resposta em Ruído
frequência, maior linearidade, Gama dinâmica
resposta rápida, melhor detalhe
sonoro com mais "brilho"
Tamanho do diafragma Cardióides: privilegiam sons vindos da
Grande: diafragma grande (> 1 pol) frente, reduzindo o volume dos que
Mais sensíveis vem de outras direções e anulando os
Menos ruído eletromagnétcio sons que vem de trás. Aumenta a
maior gama dinâmica captação de graves à medida que a
Captam mais ruídos e vibrações distância à fonte diminui, criando
Melhor resposta nos graves vozes mais poderosas, mas precisam
Qualidade sonora global ser colocados de modo preciso. Quase
Pequeno: e diafragma pequeno (< 1 pol = todos os microfônes dinâmicos são
2,54 cm) cardióides (nome refere-se a figura em
Oferecem melhor resposta a formato de coração)
frequências agudas
Resposta mais rápida
Mais portáveis, resistentes e duráveis
Sensíveis a ruídos e a sopros
Mais tolerantes às consoantes
plosivas (“p”, “b” e “t”)
Hipercardióides: refinamento do
Diretividade
modelo anterior, com grande
Determina a direção dos sons captados
Omnidirecional: captam de modo diminuição das componentes
igual o som vindo de todas as omnidirecionais e laterais,
direções, levando a uma ambiência aumentando a direcionalidade ao
mais realista e natural, além de extremo. Microfones de cinema -
captarem mais ruídos circundantes. shotgun
São quase todos de condensadores.

Microfones multipadrão
Alguns microfones apresentam um
Bi-direcionais (figure of eight): sons
comutador do padrão de diretividade,
da frente e de trás captados pela
permitindo diversos modos de captação.
membrama de igual modo. Ideal para
Contudo, são muito caros quando
entrevistas com duas pessoas, pois é
comparados aos microfones de padrão
possível ter a anulação de ruídos que
único.
vem das laterais
Resposta em frequência
É a característica que determina como o
microfone reage às diferentes frequências
sonoras que o estimulam. Se não captar
todas as frequências de igual modo, a
relação entre diversos harmônicos é
alterada, mudando o timbre da onda.
Por essa razão, normalmente se deseja SPL Max: valor mais intenso que
que a resposta em frequência seja loinear, designa o nível sonoro máximo que o
para que o som fique o mais fiel possível, microfone pode suportar antes da
não discreiminando nem favorecendo distorção. Exemplo: se um microfone
nenhuma gama de frequências. tiver SPL Max de 130 dB e um ruído
Por outro lado, pode-se querer que o som de 20 dB, então terá uma gama
captado seja melhor que o da realidade. dinâmica de 110 dB (130-20).
Exemplo: a resposta em frequência de um Acessórios
microfone com um grau elevado de Podem ter papel fundamental ma
linearidade nas frequências vocais, mas qualidade do som captado ao permitir a
com maior presença nas altas frequências redução de ruídos indesejáveis.
(para captar uma flauta, por exemplo) Suspensão: visa a diminuição dos
ruídos mecânicos propagados pela via
estrutural. Isola a estrtura de suporte
do próprio microfone e diminui as
vibrações mecânicas que chegam por
essa via.
Widscreens: ação de fortes fluxo de ar
Exemplo: a resposta em frequência de um
- ventos, sopros - na membrana do
microfone de fita (figure of eight) com
microfone provoca a captação de
maior atenuação nas altas frequências
ruídos. Para melhorar esse problema,
(para tornar a voz mais ‘quente’, por
surge esse acessório, normalmente de
exemplo
espuma sintética (reportagens,
gravações de filmes), Provocam uma
ligeira atenuação nos agudos
Popscreens: espécie de compressores
acústicos para consoantes plosivas,
retirando-lhes a potência sonora.
Protegem o microfone da humidade
da respiração e de fragmentos de
saliva (gravação de canção em
Ruído estúdio, utilizados por artistas)
Sempre existe um ruído eletromagnético, Cinema e TV: Perche/Boom pole -
além dos captados pelo microfone na vara comprida para a suspensão de
fonte sonora, que vêm de dentro do microfone LAV; microfone Lavalier, de
próprio microfone. Dessa forma, o ruído lapela (com ou sem fio); camera
eletromagnético representa a quantidade mount mic: microfone com acessório
de ruído que o microfone captaria se de encaixe para câmara de
fosse colocado numa sala totalmente filmar/fotografa
silenciosa db(A)
Altofalantes
Gama dinâmica Funcionam de modo inverso ao dos
A gama dinâmica representa a diferença diafragmas - corrente elética move a
entre o som mais intenso e o som mais membrana.
fraco que o microfone pode captar.
Nas colunas existe um dispositivo vídeo
chamado crossover que faz a divisão de Conjunto de imagens (frames) que,
frequências pelos diferentes altifalantes: quando mostradas em rápida sequência
• o woofer é o altifalante maior, por um dispositivo eletrônico, criam
responsável pelos graves ailusão de movimento. As imagens podem
• o tweeter é o altifalante menor, estar sincronizadas com uma informação
responsável pelos agudos Quando existe áudio.
uma coluna apenas para a reprodução de Vídeo digital
graves, ela possui um altifalante de Representação eletrônica das imagens
grandes dimensões, chamado subwoofer. segundo uma lógica binária (bits). Sendo
Headphones: tipo de altofalantes assim, uma sequência de pixeis agrupados
Quanto ao seu isolamento acústico em imagens, com/sem sincronização com
temos: sequências de valores digitais de pressão
Close-back – headphones fechados, sonora.
implementados com isolamento Digitalização de vídeo analógico:
acústico do exterior. cada vez menos usada, através de
Open-back – headphones abertos, placa ou dispositivo de captura de
que permitem que o utilizador ouça o vídeo, que é controlado por um
que se passa fora e que o som que computador, que terá que possuir um
emitem também se ouça no exterior. software para realizar a tarefa e
Permitem, normalmente, um som configurar os parâmetros de
mais natural. digitalização - tamango de imagem,
Quanto à forma temos: tamamho da amostra, frame-rate.
Circum-aurais – a almofada toca na Tem de ser feito em tempo real.
cabeça à volta das orelhas Captura de imagens vídeo com
Supra-aurais – a almofada repousa câmera digital: digitalizção ocorre no
sobre a orelha momento da filmagem na câmera.
In-ear – o altifalante é colocado
dentro do ouvido (cada vez mais
usados em palco, para substituir a
monição).
Colunas e posição

Nas câmeras digitais, o processo de


digitalização ocorre num componente do
sensor após a conversão da luz em
impulsos elétricos num mapa digital de
cores
Sensores: a luz transforma-se em Tecnologia dos sensores
impulsos elétricos no sensor, que O sensor CMOS equipa a maioria dos
determina o tamanho (px) da imagem produtos de consumo corrente que
captada, ou seja, a resolução da câmera. tenham câmaras incorporadas, pois são
Tamanho de sensor: Full-frame - baratos e consomem pouca energia.
impressionado pela luz numa área O sensor CCD é usado apenas nas
equivalente ao de um filme de câmara câmaras topo-de-gama de qualidade
analógica. Trazem melhor qualidade de profissional ou para necessidades de
imagem, até em condições dde luz menos miniaturização.
favoráveis, mas apresentam um preço Imagens de síntese
bem mais elevado. Medium-format - É um processo ‘nativo digital’, isto é, não
sensor tem sensivelmente o dobro do se dá a digitalização do vídeo – ‘apenas’
tamanho full-frame. um minucioso e demorado processo
Crop factor: razão entre full-frame e integralmente digital, no qual se dá o
tamanho em questão. desenho e texturização 3D de ambientes,
personagens e objetos, seguido de
geração de vídeo (render). Exemplo: live
action - O rei leão
Parâmetros básicos do vídeo digital
Tamanho de imagem (ou resolução),
medido em pixel. Ex: 768 x 576 pixel.
Nota: no vídeo analógico o tamanho
de imagem mede-se através do
número de linhas e de colunas de
cada imagem. Tem impacto no
resultado visível do vídeo, na
qualidade de imagem e na escolha do
equipamento display. É um valor
fixopara um dado ficehiro de vídeo.
Tamanho de amostra, medido em
bits. Ex: 24 bits (8 bits para cada
componente RGB). Nota: este
parâmetro só existe no vídeo digital.
BIT DEPHT - número de px usados
para descrever a dor de um pixel e te
m impacto na fidelidade às cores reais
e na qualidade de imagem
A noção de Bits per channel complementa
o entendimento do tamanho de amostra,
quando este é de 24 bits.
Bits per channel refere-se ao número de
bits usados em cada canal de cor (Red,
Green, Blue).
Deste modo, bits per pixel (bpp) é a soma
do número de bits de todos os canais de
cor usados para representar um único
Frame rate
pixel. Cadência, frame rate ou resolução
Ex: 24 bits per pixel = 8 bits per channel = temporal corresponde ao número de
16 milhões de cores imagens de uma sequência de vídeo por
Asim, o tamanho de amostra define o segundo (fps). Quanto maior o frame rate,
espaço cromático disponível, ou seja, a maior a sensação e suavidade durante a
quantidade de cores que uma imagem ilusão de movimento.
pode usar em simultâneo.
Standards da TV analógica
Principais standards:
• NTSC: usado nos Estados Unidos,
Canadá e América Central
• PAL: usado na Europa, Ásia, Austrália e
boa parte da África
• SECAM: usado na França e nas suas ex-
colónias, Rússia, Bielorrússia… Misturar
vídeo dos dois sistemas ou tentar usar
imagens de um em aparelhos destinados
ao outro, causa problemas.
As diferenças mais significativas ocorrem
ao nível de:
• Frame-rate: n.º de imagens (frames) por
segundo - fps
• Tamanho da imagem (medido em linhas)
Por razões históricas (que se prendem
com a frequência da corrente elétrica)…
Cadência ou Número de imagens por
• O frame-rate nos sistemas PAL/SECAM
segundo (frame rate) ou Resolução
é de 25 fps – a corrente elétrica é de 50
Temporal (Temporal resolution) Ex: 25
Hz.
fps (frames per second). Nota: este
• E o frame-rate nos sistemas NTSC é de
parâmetro também se aplica ao vídeo
29,97 fps – a corrente elétrica é de 60 Hz
analógico
Em equipamentos de TV antigos existe
Pixel aspect radio (PAR) também um problema relacionado com o
Grandeza matemática que compara a
tamanho visível da imagem: a
largura de um pixel com a sua altura.
overscanned region.
A overscanned region existe porque os Modos de contrução de imagem
aparelhos de TV analógicos projetam a A imagem de um ecrã de televisão (e de
imagem para além dos limites do ecrã um monitor) é composta por uma série de
(menos notório nos ecrãs planos). linhas horizontais (também chamadas
A overscanned region levou à definição de campos – par e ímpar / odd eeven), que
duas safe areas, que importa respeitar, são iluminadas pela passagem da corrente
mesmo se a produção for digital. elétrica.
Text safe area: Garante que o texto Atualmente há (ainda) dois modos
fica na zona estável e linear do ecrã – diferentes dos equipamentos (TVs,
não sofre distorções. monitores, …) apresentarem no ecrã as
Action safe area: Define uma segunda linhas que constituem uma frame:
zona em que é possível ocorrer • Modo entrelaçado (interlaced scan– i)
alguma distorção, que não prejudica o • Modo progressivo (progressive scan)– p
fundamental da imagem No modo entrelaçado (que surgiu com os
primeiros sistemas analógicos de
transmissão de televisão) a imagem é
construída projetando alternadamente as
suas linhas, pelo que são necessárias duas
passagens:
• A 1ª passagem constrói todas as linhas
ímpares
• A 2ª passagem constrói todas as linhas
pares

Porque o ponto de ecrã que foi iluminado


brilha durante algum tempo…
Percebeu-se que se podem transmitir
apenas “meias-imagens”, que o olhos (e o
cérebro) acabam por “agregar” numa
única – isto é, enviam-se apenas as linhas
pares de uma frame e as ímpares da
seguinte! Assim, o modo entrelaçado usa
apenas metade da informação para criar a
ilusão de movimento.
Deste modo, é ainda usado nos sistemas A proporcionalidade típica 4:3 dos ecrãs
digitais como forma de compressão. Este Standard-TV implicou: Dimensão H = 576
modo de construção do ecrã pode criar o x 4/3 = 768 Se PAR = 1, a imagem PAL =
efeito de ‘flickering’, sobretudo notório 768 x 576 pixel.
em cenas de movimento ou com vestuário Mas, como o olho humano é bastante
listado horizontalmente. tolerante à perda de informação
horizontal, mas também por uma questão
de compressão, chegou-se ao consenso de
usar 720 x 576 pixel, com PAR = 1,067
(‘mais largos’)– foi este o tamanho de
imagem adotado pelo formato DVD, o
primeiro que, em larga escala, fez a
transição do analógico para o digital.
No caso de NTSC o consenso fixou um
tamanho de 720 x 480, com PAR = 0,83
(‘mais altos’)
Nos formatos e dispositivos digitais usam-
Os problemas do modo entrelaçado
se as letras “i” e “p” para identificar o
desaparecem com o modo progressivo
modo de desenho de ecrã utilizado.
(progressive scan). Os modernos
Conjugado com o tamanho de imagem (ou
aparelhos HDTV e monitores usam este
resolução), passamos a conhecer as
modo.
características do vídeo digital ou a
Todas as linhas de uma imagem são
capacidade de um ecrã.
desenhadas no ecrã em simultâneo,
Por exemplo, 1080p significa que um
causando maior suavidade e detalhe
dado ficheiro de vídeo tem 1080 pixel de
visual, com ganhos no movimento.
altura. Um ecrã com capacidade 1080p
Percebe-se que a conversão p para i é
consegue exibir em modo progressive
muito mais fácil que o contrário (basta
aquele ficheiro, sem necessidade de o
retirar linhas a cada frame completa). Por
alterar
exemplo, acontece atualmente nas
É importante notar que, no modo
“caixas” conversoras TDT.
interlaced, o tamanho real corresponde a
metade do tamanho referido, pois a
imagem nunca é projetada na íntegra,
mas sim “às metades” (ora a ímpar/ora a
par). Quando se refere uma resolução de
1080i, na verdade, são apenas 540 pixel
Compatibilidade analógico digital de altura por imagem
A compatibilidade analógico/ digital
obtém-se convertendo em pixel cada
linha de uma imagem: as 576 linhas PAL
são, assim, convertidas em 576
sequências horizontais de pixel. Mas qual
a dimensão em pixel de cada uma dessas
sequências horizontais?
No modo progressive a resolução real A qualidade dessa conversão depende do
corresponde à resolução anunciada, pois ecrã e é um fator a ter em conta quando
são sempre projetadas imagens inteiras. se adquire ou seleciona equipamento. O
Assim, em termos de quantidade de pixel processo inverso chama-se downscaling e
em altura de uma imagem projetada (com a sua qualidade também depende do
impacto na sua qualidade visual), temos: hardware.
480i < 720i < 480p < 1080i < 720p <
1080p, ou seja 240 < 360 < 480 < 540 <
720 < 1080 pixel em altura efetivamente
presentes em cada frame
Isto provoca um entendimento (errado)
do senso-comum que, no que toca ao
tamanho da imagem, temos: (480i=480p)
< (720i=720p) < (1080i=1080p)
Proporcionalidade e tamanho dos
formatos
Refere-se ao formato da imagem, no que
A proporcionalidade de ecrã tem
respeita à proporção entre a sua largura e
implicações na produção pois importa,
a sua altura. As proporcionalidades mais
logo à partida, estar consciente do tipo de
frequentes são:
dispositivos a que se destina o vídeo a ser
produzido (cinema, youtube, TV, …).
Esta razão condiciona os formatos de
filmagem e de edição a adotar.
Por razões estéticas há quem,
independentemente da proporcionalidade
da imagem, adote um look cinemático
Não confundir com o pixel aspect ratio! através da inclusão de duas barras negras
(uma no topo e outra em baixo), que
garantem uma proporcionalidade visual
de 2.39:1.

A conversão necessária para que um Vídeo vs memória


ficheiro de vídeo seja exibido num ecrã de A grande quantidade de dados associada
maior resolução chama-se upscaling e é ao vídeo digital levanta questões tais
realizada pelo hardware do próprio ecrã. como:
Processamento Técnica temporal ou interframe:
Armazenamento relaciona cada frame com outros da
Fluxo de dados (data-rate) mesma sequência, analisando as
Tal como no áudio, os formatos de diferenças que ocorrem ao longo do
compressão em vídeo buscam o melhor tempo. Analisam as diferenças que se
compromisso com a qualidade de imagem verifica na sucessão de imagens,
ou de som, a fluidez de dados no liminando as redundâncias
videostream - data-rate, e o tamanho do encontradas.
ficheiro. Essa compressão se faz através 1. Sempre técnicas lossy e dependem da
da aplicação de CODECs - conjunto de quantidade de movimento no vídeo
técnicas combinadas que visam a (MPEG-1, MPEG-2, WMV, H.264,
compressão e descompressão de H.265)
informação vídeo (atuam ao nível I-Frames
hardware e outros ao nível do software, P-Frames
sendo os primeiros mais eficazes e mais B-Frames
caros. I-Frames
Integridade dos dados Imagens independentes, podem ser
Técnicas lossless: não há perdas descodificadas independentemente de
irreversíveis. qualquer outra. A I-Frame resulta de um
1. Eficazes apenas em situações NÃO frame original que sofreu compressão
FOTO-REALÍSTICAS (podem reduzir espacial (lossless ou lossy). As técnicas
até 50% de ficheiros) - ILUSTRAÇÕES lossless baseiam-se na utilização de
ANIMADAS apenas I-Frames com compressão lossless
Técnicas lossy: há perdas O número de frames existente entre duas
irreversíveis, mas que tentam ser as i-frames consecutivas chama-se GOP-Size
menores possíveis (Group Of Pictures) e tem impacto na
2. Sempre que há compressão, as perdas qualidade do vídeo, mas também no
aumentam - IMAGENS FOTO- tamanho do ficheiro.
REALÍSTICAS (podem reduzir 10% o A evolução das técnicas levou a que entre
tamanho original do ficheiro) duas I-Frames se encontrem frames
Âmbito da compressão calculadas com base em técnicas
Técnica espacial ou infraframe: atua preditivas que tomam I-frames como
em cada frame, não analisando a sua referência (P-Frame ou B-Frame)
relação com as outras frames. P-Frames
1. Criam apenas sequências de vídeo Imagens codificadas tomando a I-Frame
comprimidas, porque são anterior (anchor-frame) como referência.
independentes da quantidade de Na compressão só saõ guardadas no
movimento do vídeo (Motion JPEG, ficheiro as fiferenças entre uma P-Frame e
Microsoft RLE) a sua anchor-frame.
2. Técnicas que podem ser tanto lossy No momento da descodificação (para ver
como lossless (depende da o vídeo) soma-se a P-Frame à anchor-
implementação em cada frame) frame para construir a imagem visível
correspondente
Esta técnica de P-Frames - temporal - memória
acarreta efeitos indesejáveis quando há Não indicado para vídeo-telefonia ou
mudanças drásticas no vídeo (ex: videoconferência
movimentos rápidos na ação, mudança de Maior dificuldade de edição
cenário com grande alteração de cor, …). Data rate: 0,015 bit por pixel
B-Frames Compressão e data-rate
A codificação dessas imagens resulta da Limitações na velocidade de leitura de
comparação entre a frame a codificar e a alguns dispositivos (leitores DVD, por
I-Frame anterior ou a P-Frame posterior. exemplo)
Tem duas anchor-frames de referência, Limitações na velocidade de transmissão
mas guarda apenas o vetor de movimento de dados via rede informática (internet ou
da menor das diferenças verificadas que outra; em contexto de produção: satélite,
serve para a construção da imagem cabo, etc)
durante a descodificação. Constant bit rate (CBR): limita a variação
do tamahho das amostras de vídeo,
definindo um valor fixo de fluxo de dados
que será respeitado durante o processo de
codificação. Há a diminuição da qualidade
das sequeências de maior movimento -
maior compressão.
É útil quando se deve assegurar o uso
constante da largura de banda quando
esta tem limitações, porque garante uma
taxa de transmiossão mais segura.
Técnicas de compressão
STREAMING VIDEO
I-Frames única e exclusivamente:
NÃO EM DIRETO, pois a segunda
Menos compressão
passagem poderia acarretar atrasos
Codificação e descodificação rápidas
NÃO DEVE SER ARMAZENADO, pois
- simétricas
sacrifica a qualidade das sequências mais
Maior facilidade de edição
exigentes.
Data rate: 1 bit por pixel em cada
Num primeiro momento (1.ª
frame
passagem) todos os dados são
I-Frames e P-Frames:
processados para realizar cálculos
Compressão moderada
acerca da melhor compressão possível
Codificação e descodificação mais
(mapeamento da informação);
lentas, C > D tempo
Num segundo momento (2.ª
Atraso nas transmissões em direto
passagem) a informação recolhida é
Certa facilidade de edição
efetivamente usada para processar e
Data rate: 0,1 bit por pixel em cada
codificar o vídeo. O grande ganho de
frame
qualidade é obtido à custa de um
I-Frames, P-Frames, B-Frames
processo de compressão mais moroso.
Maior compressão elevada e eficaz
Quality Based VBR: consiste na
Codificação e descodificação lentas
especificação de um valor de qualidade
que exigem grande quantidade de
desejada na codificação que será
constante ao longo de toda a duração do CODEC. O H.264 é usado em Blu-Ray e é
vídeo. Atua numa única passagem e a base do AVCHD (formato proprietário
produz grandes streams de dados da Sony/Panasonic).
compromidos. HEVC / H.265
NÃO SE ADEQUAM À TRANSMISSÃO Também é referido como MPEG-H Part 2.
VIA INTERNET O H.265 é o CODEC que melhor se
DOWNLOADS posicionou para suceder ao H.264 e já
Unconstrained VBR: compressão com o suporta resoluções de 8K (8192×4320),
valor de qualidade mais alto possível apresentando elevados ganhos de bit-
Não impõe um limite máximo ao tamanho rate.
de cada amostra individual de dados, Tal como H.264 e, antes dele o MPEG-2,
desde que, no final, não seja ultrapassada o HEVC usa três tipos de frames: I-, P- e
a média da taxa de transferência de B-Frames.
dados pré-definida. Depois da 1.ª
Correção de cor
passagem, se a média for ultrapassada,
Modificação de características de luz e
escolhe as sequências de frames a
cor. Correção de cor procura corrigir
comprimir na 2.ª passagem.
problemas relacionados à qualidade visual
Peak-Constrained VBR: igual ao anteror
das imagens. Já a gradação de cor
mais adiciona valor de pico.
apresenta uma via mais criativa a pintar a
Os métodos CBR produzem ficheiros
imagem de um novo modo.
com bit-rate constante em toda a sua
extensão.
Os métodos VBR variam o bit-rate de
acordo com a complexidade das
imagens (e do som), mas procuram
atingir um valor médio de bit-rate.
CODECs e formatos
Um CODEC é o conjunto de regras de
compressão (no render) e
descompressão (na leitura). Ex:
MPEG-2, H.264, DIVX
Um formato (ou container) é uma Tipos de correção de cor
implementação específica de Correção primária: dedica-se a
informação vídeo, que usa um dado acertar na totalidade da imagem
CODEC. Daí a possível confusão. Ex: características como a tonalidade
MKV, MOV, AVI, VOB, … geral, o contraste, a saturação ou o
Codecs mais utilizados: MPEG4 – balanço cromático.
Parte 10 (H.264) e MPEGH – Parte 2 Correção secundária: os acertos
(H.265) realizados neste tipo de correção
MPEG-4 afetam apenas uma área específica
AVC (Advanced Video Coding) e H.264 da imagem, uma gama tonal
são duas outras designações que (sombras, meios-tons e highlights) ou
identificam o standard associado a este uma gama cromática (cor).
Fases da correção de cor Tipos de sons
1. Com o auxílio do YC Waveform (ou, O som diegético refere-se aos sons
na sua falta, de histogramas) corrigir que fazem parte de uma cena, sendo
a exposição e o contraste (luma); escutados tanto por quem o assite,
2. Com o auxílio de um Vectorscope tanto pelos personagens.
YUV corrigir a cor e a saturação O som não diegético inclui todos os
(chrominance) sons que contribuem para a narrativa
Correção de exposição e contraste: mas que não pertencem ao espaço
acertos em níveis de preto, branco, físico de cena ilustrada em um filme,
gamas intermédias ou seja, os personagens não os
1. No YC Waveform temos uma escutam
representação da distribuição da luz, O som meta-diegético é o som que diz
correspondendo o valor 0 ao preto e o respeito ao mundo interior de uma
valor 100 ao branco. É com base nesses personagem que tem conhecimento
valores que devem ser feitas as correções. do mesmo.
Este gráfico ajuda a tornar a correção Técnicas narrativas clássicas
objetiva, que é assim menos influenciada Silêncio: técnica de expressão
pelas condições de luz da sala, pela dramática, para acentuar um clima de
qualidade do monitor ou pela perceção do suspense ou expectativa.
colorista. Máscara auditiva: consiste em
sobrepor sons numa cena de modo
que outros sons - diálogos - fiquem
imperceptíveis. São, assim,
fundamentais para dar um clímaz á
história.
2. No Vectorscope YUV vemos a Som interior: técnica que simula a
concentração dos pixel da imagem por percepção sonora interna a um
zona de cor, distribuída no círculo por personagem, permitindo que se
Red, Green, Blue, Magenta, Yellow e ouçam sons que normalmente são
Cyan. Uma imagem que seja neutra, em inaudíveis - respiração, pensamentos,
termos de distribuição de cor, terá maior batimentos cardíacos.
concentração de cor no centro do círculo. Sobreposição: também chamada de
ponte sonora, consiste na ligação
entre uma cena e outra por meio de
elementos sonoros comuns.
Antecipação: estabelece ligação entre
Som no cinema duas cenas de modo que os sons da
Tem funções tais como criar cena seguinte já são ouvidos antes
predisposição para a cena, gerindo mesmo da transição. Difere da
emoções, estabelecendo pontos de sobreposição, uma vez que o
escuta; ajuda a interpretação, sincroniza elemento sonoro de ligação não
os sentidos, direciona atenções, cira “pertence” às duas cenas.
expectativas, amplia possibilidades Split second: consiste na introdução
criativas e da valor expressivo ao silêncio. de um rápido momento de silêncio
entre um acontecimento e outro, Foley art
aumentando o efeito emocional e Arte de produzir sons em pós-prodição
expectativa dessa sequência (exemplo: que sejam complementares a um filme
segundo de silêncio antes de uma para melhorar a sua expressividade e
explosão). ampliar a experiência auditiva (portas a
Animation motion: movimentos bater, vidro a quebrar)
sincronizados com sons musicais
Soundmotif: associação de um tema
musical ou um efeito sonoro a uma
dada personagem, file mou ação.
Produção e pós produção
A pós-produção é responsável por 80%
sod sons que escutamos em um filme
(100% se for animação!)
Diálogos e vozes: quase sempre
gravados em estúdio pata evitar
problemas técnicos de gravação e de
continuidade sonora e substituir a
performance vocal
Efeitos sonoros: paisagem sonora =
que contextualiza a cena e é editada
de modo a simplificar; efeitos
especiais = para cirar sons que não
existem na vida real - PÓS-
PRODUÇÃO;
Música: elemento sonoro criado com
o objetivo de conduzir
emocionalmente a audiência e gerar
sentimentos. Assim, a música é capaz
de alterar a percepção de um filme e
ter função narrativa também.
Na fase final da pós-produção,
normalmente manipula-se a
espacialização dos efeitos sonoros
(paisagens e efeitos especiais):
• Em stereo: panorâmicas (lateralidade) e
volume (profundidade)
• Em surround-sound: colocação mais
flexível e precisa de cada fonte sonora no
espaço envolvente, dependendo da
configuração do sistema (5.1, 6.1, 7.1,
etc)

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