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RESUMO PATOLOGIA

Patologia: Estudo das causas e alterações provocadas pela doença


Etiologia (por que a doença surge?) = causa da doença
Patogênese ou patogenia (como a doença se desenvolve?) = mecanismos que
levam ao aparecimento das alterações que caracterizam a doença

Importância Clínica: A natureza das alterações morfológicas e sua distribuição em


órgãos ou tecidos, influenciam sua funcionalidade e determinam manifestações
clínicas como sinais e sintomas, a evolução e prognóstico da doença.

Agente etiológico: infecções, toxinas, traum, anormalidade

Doença: mal estar causado por distúrbio físico (orgânico)


mental ou social que aumenta o risco de consequências
adversas.

Diagnóstico
● Feito a partir de uma combinação de ferramentas
● Técnicas morfológicas, moleculares, microbiológicas,
imunobiológicas
● Identificam alterações na morfologia das células e tecidos,
alterações bioquímicas em resposta à lesão.

Homeostase: é uma condição no qual o meio interno do corpo permanece dentro


de certos limites fisiológicos e as células mantêm um estado de equilíbrio na sua
faixa de função.

Alteração Celular
● Estresses fisiológicos mais excessivos ou estímulos patológicos podem
acarretar diversas adaptações celulares fisiológicas e morfológicas.
● Se os limites da resposta adaptativa a um estímulo forem ultrapassados, ou
quando a adaptação é impossível, uma lesão celular é causada.
● A lesão pode ser reversível até certo ponto, se o estímulo persistir ou for
intenso o suficiente, a célula sofre a lesão celular irreversível e morte celular.

Lesão reversível: estímulo leve e transitório, a célula consegue voltar


Lesão irreversível: estímulo intenso e progressivo, podendo levar à
necrose ou apoptose.

Causas da Lesão Celular


1. Hipóxia ou deficiência de oxigênio
● Oxigenação inadequada do sangue, como na pneumonia.
● Redução da capacidade do sangue em transportar o oxigênio,
como na anemia ou envenenamento por CO (monóxido de carbono).
2. Agentes Químicos
● Várias substâncias químicas podem lesar a célula.
● Glicose, sal, água se absorvidas ou administradas em excesso
● Venenos
● Oxigênio em altas concentrações é tóxico

3. Agentes Infecciosos
● Vírus, bactérias, protozoários, tênias, fungos.

4. Agentes Imunológicos
● Reações autoimunes contra os próprios tecidos
● Reações alérgicas contra substâncias ambientais
● Artrite e alergias

5. Fatores Genéticos
● Defeitos genéticos
● Síndrome de Down (malformação congênita)
● Anemia Falciforme (substituição de um único aminoácido na hemoglobina)

6. Desequilíbrios nutricionais
● Deficiências nutricionais (ex: proteico-calórica, vitaminas)
● Excessos nutricionais (ex: obesidade→ DM2; dietas ricas em gordura
animal→ aterosclerose, câncer)

7. Agentes físicos
● Traumas; Radiação; Extremos de temperatura; Choque elétrico; Alterações
bruscas na pressão atmosférica;

8. Envelhecimento
● Envelhecimento celular → alterações na replicação e reparo das células e
tecidos → diminuição da capacidade de recuperação ao dano → morte das
células e do organismo

Mecanismos da Lesão
Dependência: tipo de agressão, duração e intensidade;
Consequências dependem: tipo, estado e adaptabilidade da
célula agredida;
Efeito x Duração da lesão
● Função celular pode ser perdida antes da morte
celular (lesão reversível)
● Mais intenso o estímulo ou mais tempo, mais a célula
funciona inadequadamente até chegar na morte celular

Isquemia: redução do fluxo sanguíneo


3 tipos de respiração celular
1- Glicólise; 2- Fosforilação oxidativa; 3- Ciclo de Krebs;

1- Isquemia diminui a fosforilação oxidativa, que diminui a


produção de ATP, alterando a bomba de NA+, causando
maior entrada de cálcio e sódio e saída de potássio.
Sódio atrai água, inchando a célula, promovendo a
tumefação celular.
2- Redução de ATP, aumenta a glicólise anaeróbica,
diminuindo o glicogênio, aumentando o Ác. lático,
diminui o pH e promove a condensação da cromatina.
3- Redução do ATP, destacamento do ribossomo,
diminui a síntese de proteínas.

Lesão Reversível
● Se o estímulo nocivo para, a célula retorna a normalidade
● Estágios iniciais ou formas leves de lesão
● Alterações significativas na estrutura e na função, a lesão
ainda não progrediu para a morte celular
2 principais características morfológicas
1)Tumefação celular: É a incapacidade de manter a homeostase iônica e hídrica;
-Células edemaciadas, tumefeitas, aumentadas de volume;
-Órgão aumentado de volume, tamanho, peso, pálido (compressão
de capilares, diminuição do aporte sanguíneo = palidez)
-Pequenos vacúolos claros dentro do citoplasma

2) Degeneração gordurosa: Acúmulo anormal de TG dentro das células do


parênquima.
-Exemplo: hepatócitos e células miocárdicas.

Lesão Irreversível
Persistência do dano, lesão torna-se irreversível, célula não pode se recuperar e
morre
2 tipos de morte celular: Necrose e Apoptose
Apoptose: Ocorre quando a célula morre mediante a ativação de um programa de
suicídio controlado internamente. Desmontagem dos componentes celulares
destinada a eliminar células indesejáveis.
Alterações celulares: São padrões morfológicos de lesão celular aguda induzidos
por vários estímulos.

Alterações Fisiopatológicas
1. Adaptação celular
● As células conseguem manter seu funcionamento apesar das condições
alteradas ou de agentes de estresse.
● São alterações reversíveis.
● Se as mudanças forem intensas ou prolongadas podem destruir as células.
● A célula utiliza sua reserva para manter o funcionamento ou sofre alterações
adaptativas.
1. Adaptações fisiológicas: respostas celulares à estimulação normal pelos
hormônios ou mediadores químicos endógenos. Exemplo: aumento da mama
e do útero, induzido por hormônio, durante a gravidez
2. Adaptações patológicas: são respostas ao estresse que permitem que as
células modifiquem sua estrutura e função, sem provocar uma lesão

2. Atrofia
● Diminuição do tamanho da célula pela perda de substância celular
● Diminuição do tamanho do tecido ou órgão envolvido
● Pode ocorrer quando as células enfrentam uma carga reduzida ou desuso,
fluxo sanguíneo insuficiente, má nutrição, ou estimulação nervosa hormonal
reduzida.
● Tem sua função diminuída mas não estão mortas.
● Adaptação fisiológica ou patológica.

3. Hipertrofia
● Aumento do tamanho de célula ou órgão devido ao aumento de trabalho.
● Não existem células novas, apenas células maiores contendo quantidade
aumentada de proteínas estruturais e de organelas.
● 3 tipos básicos:
1. Fisiológica: aumento de carga não provocado por doenças.
Ex: aumento do músculo do útero durante a gestação;
2. Compensatória: Quando o tamanho da célula aumenta para
compensar células não funcionais. Ex: crescimento de um rim em
resposta a perda do outro.
3. Patológica: Resposta à doença. Ex: Hipertrofia do miocárdio por
hipertensão ou estenose de uma valva.

4. Hiperplasia
● Aumento do número de células
● Provocada por carga aumentada, estimulação hormonal, ou densidade
tissular (tecidual) diminuída.
1. Fisiológica: Resposta a alterações normais. Ex: proliferação do epitélio
da mama na puberdade e na gravidez
2. Compensatória: Ocorre para substituir o tecido removido ou destruído
de um órgão. Ex: hepatectomia parcial
3. Patológica: Causada por estimulação excessiva hormonal ou por
fatores de crescimento. Ex: Excesso de estrogênio – hiperplasia do
endométrio (sangramento menstrual anormal); Fatores de crescimento
associada a algumas infecções virais (ex: papilomavírus que causam
verrugas e lesões na pele)

5. Metaplasia
● Substituição de um tipo celular por outro, para que o tecido possa reagir
melhor ao agente etiológico.
● Na tentativa de adaptar o tecido às lesões.
● Ativação de nova via de diferenciação celular
1. Fisiológica: Resposta normal a condições alteradas e em geral é
transitória. Na resposta normal do corpo às inflamações, os monócitos
saem da corrente sanguínea, migrando para os tecidos inflamados e
transformando-se em macrófagos.
2. Patológico: Uma resposta a toxina ou agente de estresse extrínseco,
em geral irreversível. Exemplo: metaplasia de células epiteliais de
fumantes.

6. Displasia
● Diferenciação anormal das células em divisão, resultando em células
anormais quanto ao tamanho, forma e aspectos.
● Pode gerar má-formação de um tecido ou órgão de qualquer parte do corpo
humano.

7. Lesão Celular
● Podem causar doenças à medida que a célula perde
a sua capacidade de adaptação

8. Degeneração Celular
● Tipo de dano celular não letal que costuma ocorrer
no citoplasma e não afeta o núcleo.
● Afeta órgãos com células metabolicamente ativas
como o fígado, os rins e o coração.
9. Envelhecimento celular
● No processo normal de envelhecimento, as células perdem a sua função.
● Ocorrem em todos os sistemas corporais
● Diminuição da elasticidade dos vasos sanguíneos, da motilidade intestinal, da
massa muscular e da gordura subcutânea.

10. Morte celular


● Pode ser causada por um agente intrínseco ou extrínseco
● Agente de tensão muito forte
● Célula não consegue se adaptar e morre

Resposta Subcelular
1. Autofagia: processo celular fisiológico para degradação e reciclagem de
componentes do citosol e organelas celulares danificadas.
● Degradam porções do seu próprio citoplasma.
● Eliminam toxinas responsáveis pelo seu envelhecimento.
2. Indução do RE
● REL produz lipídios, RER produz produz proteína
● desintoxicar e armazenar substâncias.
3. Alterações mitocondriais: faz com que as mitocôndrias parem de funcionar
corretamente e, com isso, uma quantidade cada vez menor de energia é
gerada dentro das células. Podendo levar a lesão da membrana.
4. Anormalidades citoesqueléticas:

Radicais livres
Moléculas liberadas pelo metabolismo do corpo com elétrons altamente instáveis e
reativos, que podem causar doenças degenerativas de envelhecimento e morte
celular. Resultante do metabolismo de O2.
ERO: Espécies reativas de oxigênio
Efeito patológico da ERO: lesão e morte celular.
ERO reage com:
● Ácidos graxos -> oxidação -> produção de peroxidases lipídicas ->
rompimento da membrana plasmática e das organelas
● Proteínas -> oxidação -> perda da atividade enzimática, dobramento anormal.
● DNA -> oxidação -> mutações, quebra.
Radicais Livres
● O2*, OH*
● Antioxidante
Enzimas de combate
Superóxido dismutase (SOD):Enzima capaz de agir como importante defesa
contra a oxidação das células.
Catalase (H2O2 à H2O e O2): Enzima que neutraliza a ação tóxica do peróxido de
hidrogênio. Importante para atividade dos rins e fígado.
Sistema antioxidante da glutationa (GPO e GPR): Antioxidante mais abundante
no sistema de combate aos radicais livres. Tem papel ativo na recuperação celular e
na eliminação de toxinas.
Vitaminas A, C e E: Recuperam as células e previnem o surgimento de câncer.

Estresse oxidativo: desequilíbrio entre a geração de compostos oxidantes e a


atuação dos sistemas de defesa antioxidante.
Prevenção da aparição de radicais livres: bons hábitos alimentares, prática de
exercício físico, uso regular de filtro solar, ingerir antioxidantes, entre outros.

Hipóxia: condição na qual não chegam O2 suficientes às células e tecidos do nosso


corpo.
Anóxia: ausência de oxigenação
Causam:
● Diminuição na síntese de ATP
● Acúmulo de ADP (Adenosina difosfato) e AMP (Adenosina monofosfato)
● Alteração na bomba de sódio e potássio
● Diminui a síntese celular
● Aumenta tgc intracelular
Resposta e Amplificação
● Ativação do sistema imune
● Atuação de anticorpos contra antígenos
● Ligação de superfície e alteração da função
● Sistema complemento
● Marcação antígeno-anticorpo
● Células mortas - fagocitose - reparo

Resposta Sistêmica
Reação inflamatória desencadeada pelo organismo frente a qualquer agressão
infecciosa ou não-infecciosa.
● Principais medidores: IL-1 TNF alfa e IL-6
● Alteração na síntese protéica hepática
● Redução do Fe++ ( faz parte da molécula de hemoglobina)
● Proteína C Reativa (PCR)

● Liberação de adrenalina
● Glicogenólise: causa a degradação do glicogênio a fim de atender as
necessidades metabólicas do organismo
● Trabalho cardíaco aumenta
● Vasodilatação arteriolar - mm esquelético

● Liberação de glicocorticóides: suprimem a inflamação através de


mecanismos celulares e moleculares
● Catabolismo protéico
● Síntese de Glicose

● Pirógenos endógenos: produzida pelo organismo em resposta ao estímulo de


exógenos, que são provenientes de bactérias, fungos e vírus.
● Criogênicos: redução de temperatura
● Função da febre: indicar processo inflamatório
● Crescimento de microrganismos.

● IL-1 TNF alfa inibem sono e apetite


● Febre, Hipertermia, sensação de frio, tremores, taquicardia.
● Sudorese (suor) e diurese (urina)

● Endorfinas - Aumenta limiar de dor


● Corticóides - Reprime ação da célula T
● Endorfina - Modula célula T
● Adrenalina - Linfocitose
● IL-1, TNFa e IL-6 estimulam resposta imune.

Lesão irreversível e Morte celular


Necrose
1. Dano às membranas é acentuado
2. Enzimas extravasam dos lisossomos
3. Entram no citoplasma e digerem a célula (autólise)
4. Resultando em NECROSE

Conteúdos celulares também extravasam através da membrana plasmática lesada


iniciam uma reação inflamatória.

Características
● Tumefação Celular
● Núcleo: picnose, cariorrexe, cariólise
● Membrana plasmática rompida
● Conteúdos celulares extravasados
● Inflamação adjacente
● Papel patológico

NECROSE é sempre um processo patológico

Principal via de morte em lesões encontradas:


● Isquemia
● Exposição de toxinas
● Várias infecções
● Trauma
Aparência morfológica:
● Digestão enzimática das células
● Desnaturação das proteínas

Alterações Nucleares - Três padrões (devido à degradação inespecífica do DNA)


Picnose: retração nuclear - DNA se condensa em uma massa sólida e encolhida);
Cariorréxis: (núcleo picnótico sofre fragmentação)
Cariólise: (basofilia pode esmaecer - provavelmente devido à atividade de Dnase)
Dentro de 1-2 dias, o núcleo da célula morta desaparece totalmente

Padrões de Necrose Tecidual


Necrose de um conjunto de células em um tecido ou órgão - vários padrões
morfológicos

Necrose de Coagulação
● Preservação do contorno básico da célula
● textura firme do tecido
● Lesão desnatura proteínas estruturais e enzimas
● Alterações Nucleares
● Principal causa: Isquemia

Necrose Liquefativa
● Área de necrose de consistência mole
● Resposta inflamatória - infecção bacteriana ou fúngica – acúmulo de
leucócitos e liberação de enzimas
● Não há reconhecimento do tecido = células mortas rapidamente digeridas
● Produzida por enzimas lisossômicas
● Principal causa: Anóxia
● Uso do medicamento lifosfonato pode causar também
● ex: necrose do rim por fungo

Necrose Caseosa
● Encontrada mais frequentemente em focos de infecção tuberculosa;
● “Caseoso” = aspecto macroscópico de queijo fresco (aparência friável
esbranquiçada da área de necrose);
● Arquitetura do tecido é completamente destruída
● (resposta inflamatória crônica)
● Cariorrexe
Necrose Gordurosa
● Necrose no tecido adiposo
● (liberação de lipases pancreáticas no pâncreas e cavidade peritoneal)
● Saponificação gordurosa
● ex: tecido adiposo peripancreático na pancreatite aguda

Necrose Gangrenosa
● Gangrena: associado às modificações que os tecidos mortos sofrem pela
exposição ambiental
● (necrose modificada pela ação do ar ou de bactérias)
● Cor escura e azulada (pigmentos de hemoglobina)
1. Gangrena seca: características de isquemia (coagulação) = ressecamento e
embebição hemoglobínica
ex: membros, pele, nariz, orelha (tecido enegrecido)
2. Gangrena úmida: presença de infecção bacteriana associada

Necrose Fibrinóide
● Visível à microscopia óptica
● Observada em reações imunes, paredes dos vasos : antígenos e anticorpos
são depositados nas paredes das artérias
● Fibrina extravasada dos vasos (róseo-brilhante pela coloração)

Apoptose
Ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e proteínas nucleares e
citoplasmáticas
● Via de morte celular, induzida por um programa de suicídio estritamente
regulado
● Dissolução do núcleo
● Membrana plasmática permanece intacta
● Sem resposta inflamatória

Características
● Tamanho da célula reduzido
● Núcleo fragmentado
● Membrana plasmática intacta
● Conteúdos celulares intactos - podem ser liberados corpos apoptóticos
● Sem inflamação
● Sempre fisiológica mas pode ser patológica

Visa eliminar células indesejáveis, velhas ou potencialmente prejudiciais (redução


da mama após desmame, morte células que já cumpriram seu papel –
neutrófilos).
Visa eliminar células lesadas de modo irreparável, sem produzir reação do
hospedeiro, limitando, assim, lesão tecidual adicional (dano no DNA, proteínas mal
dobradas).

Inflamação
Resposta protetora destinada a eliminar a causa inicial da lesão celular, bem como
as células e tecidos necróticos e iniciar o processo de reparo
● Elimina agentes etiológicos
● Na tentativa de eliminar o agente pode causar lesão tecidual ao redor, por
tentar reparar o tecido que foi atingido.
● Migração de células de defesa no local
Sem a inflamação, as infecções se desenvolveriam descontroladamente, as feridas
nunca cicatrizariam.
Agentes infecciosos causam a inflamação
Moléculas e as células de defesa, leucócitos e proteínas plasmáticas
circulam no sangue.
Células envolvidas na inflamação: principais
● Neutrófilos
● Eosinófilos
● Linfócitos
Objetivo da reação inflamatória: é trazê-las para o local da infecção ou lesão
tecidual

Neutrófilos:
● Primeiras células que alcançam a área lesada atraídos pela quimiocinas
(IL-8)
● Estimula a fagocitose e eliminação de agentes bacterianos
Macrófagos
● Derivados dos monócitos, quando os monócitos saem da corrente sanguínea
e vão até a área lesada recebem o nome de macrófagos
● Fagocitose, regula a resposta inflamatória
Mastócitos
● Possuem receptores para IgE, atuando contra a reação alérgica
● Liberação de Histamina
1. Vasodilatação
2. Passagem de proteínas do plasma para o interstício
3. Sintetizam e liberam: prostaglandinas, leucotrienos, citocinas e
quimiocinas
Eosinófilos
● Bilobulados
● Reage com infecções parasitárias e alergia
Linfócitos
● Produzem citocinas que influenciam no comportamento das demais células;
● Agem contra infecções virais
● Linfócitos T e B
Plasmócitos
● Derivados dos linfócitos B
● Produzem anticorpos
Células Dendríticas
● Ponte entre sistema imune
● Estimulam o sistema imune a capturar as substâncias estranhas (antígenos)
para que sejam eliminados
● Capturam e processam o antígeno
Células Endoteliais
● Após ativada produzem
● Substâncias que atuam na coagulação
● Substâncias que atuam na aderências de leucócitos
● Vão estimular leucócitos para chegar na área lesada

Causas:
1. Infecções: bacterianas, virais, fúngicas, parasitárias
2. Necrose (isquemia, trauma, lesão física, química)
3. Trauma, agentes físicos e químicos (queimadura, frio, radiação, toxicidade de
substâncias químicos ambientais)
4. Corpos estranhos (fios de sutura, farpas, cristais de colesterol)
5. Reações imunes (doenças autoimunes, alergias)

Característica do processo inflamatório: reação dos vasos sanguíneos que leva ao


acúmulo de fluido e leucócitos nos tecidos extravasculares

Inflamação Aguda
● Curta duração
● Leve e transitória
● Predomínio de neutrófilos
● leva leucócitos e proteínas plasmáticas para os locais da lesão
● caracteriza-se pelos sinais cardinais da inflamação (calor, rubor, inchaço, dor
e perda de função)
Alterações vasculares
1. Dilatação de pequenos vasos = aumento no fluxo sanguíneo (vasodilatação);
2. Aumento de permeabilidade vascular, que permite que as proteínas do
plasma e os leucócitos saem da circulação;
Eventos Celulares
3. Emigração de leucócitos da microcirculação, seu acúmulo no foco da lesão e
sua ativação para eliminar o agente agressor.
1. 1º Mediador Inflamatório que vai sinalizar a inflamação - Histamina
2. Histamina promove aumento do fluxo sanguíneo
3. Aumento do fluxo sanguíneo - vasodilatação
4. Células endoteliais se separam na vasodilatação
5. Permitindo passagem de dentro das substâncias para fora
6. Eventos celulares: emigração dos leucócitos para a área lesada, neutrófilos +
proteínas

Sinais cardinais da inflamação


Tumor (inchaço): Proeminência causada pela vasodilatação, exsudato (plasma rico
em proteínas) infiltrando os tecidos
Rubor: Aumento da vasodilatação e do fluxo sanguíneo. Coloração avermelhada.
Calor: Vasodilatação corresponde a um maior fluxo de células com metabolismo
mais acentuado e consequente maior produção de energia (calor).
Dor: liberação de substâncias que servem de estímulos às terminações nervosas.
mediadores químicos (histamina).

Edema: Acúmulo de líquido no espaço intersticial (entre os vasos sanguíneos) rico


em proteínas.
Exsudato: líquido rico em proteínas (na inflamação)
Transudato: acúmulo de líquido pobre em proteínas

Vasos Linfáticos
● Participam da resposta inflamatória
● Fluxo da linfa é aumentado auxilia na drenagem do fluido do edema.
● Totalmente ligado nos vasos sanguíneos
● Reações inflamatórias mais severas → transporta o agente lesivo
contribuindo para sua disseminação

Fases da Inflamação
1. Calor geral: Todo o organismo reage. Liberação de substância
pirogênicas por germes. Modifica o controle da temperatura no hipotálamo.
2. Alterativa: Corresponde às consequências diretas da agressão. Atinge o
parênquima, podendo levar a processos degenerativos e/ou necrose (ex.:
queimadura)
3. Exsudato-vascular: 1ª resposta dos tecidos ao agente agressor (edema
local). Visa neutralizar, limitar e eliminar o agente agressor.
4. Proliferativa: Tentativa do organismo em reparar as alterações consequentes
às duas primeiras fases.

Migração dos leucócitos da luz vascular até


o tecido mediado e controlado por moléculas
de adesão e mediadores químicos
Inflamação aguda: predomínio de neutrófilos até 48h (pico 24h), seguidos de
monócitos (a partir de 24h)
Leucócitos recrutados para o local da agressão: intuito de fazer fagocitose e eliminar
o agente agressor

Padrões Morfológicos Inflamação Aguda:


1. Inflamação Serosa: Extravasamento de um fluído aquoso relativamente pobre
em proteínas dentro ou embaixo da epiderme cutânea.
● Bolha cutânea (ex: queimadura, infecção viral)
2. Inflamação Fibrinosa: Lesões mais graves, maior permeabilidade vascular,
moléculas grandes (como o fibrinogênio) atravessam a barreira endotelial.
● Líquido extravasado rico em proteínas.
● Exsudato fibrinoso é característico da inflamação no revestimento de
cavidades corporais, rico em fibrinogênio. ex: meninges, pleuras, pericárdio.
3. Inflamação Supurativa/Purulenta: Grande quantidade de exsudato purulento
(ou pus).
● Microrganismos formam pus, principalmente bactérias (piogênicos)
● Abscesso: excessos de pus localizado
4. Úlcera: Escavação da superfície de um órgão ou tecido.
● Ocorre quando existe tecido necrótico e inflamação na superfície próximo a
ela

Mediadores da Inflamação
Substâncias que iniciam e regulam as reações inflamatórias
● Tempo de vida curto
● Podem estimular outros mediadores
➔ Aminas vasoativas (histamina e serotonina)
➔ Produtos lipídicos (prostaglandinas, leucotrienos e lipoxinas, prostaciclina e
tromboxano)
➔ Citocinas
➔ Produtos da ativação do sistema complemento
● Produzidos de maneiras diferentes
● Presentes em grânulos dos leucócitos ou rapidamente sintetizados
Os mediadores podem ser produzidos localmente pelas células no local da
inflamação ou circular no plasma (sintetizados pelo fígado) como precursores
inativos que são ativados no local da inflamação

Aminas Vasoativas
Histamina: Primeiros mediadores a serem liberados na inflamação;
➢ Armazenada como moléculas pré-formadas: Mastócitos, plaquetas, basófilos;
➢ Liberadas em resposta: injúria física (trauma, frio, calor), entre outras
➢ Causa dilatação vascular, contração do endotélio.
Dilatação das arteríolas e aumenta a permeabilidade das vênulas (principal
mediador da fase imediata de aumento na permeabilidade vascular)
Serotonina: Induz a vasoconstrição durante a coagulação
➢ Pré-formada presente em plaquetas, algumas células neuroendócrinas
➢ Liberada durante a agregação plaquetária
➢ Evita formação de coágulo, evita perda de sangue.

Metabólitos de Ácido Araquidônico


Estimulam reações vasculares e celulares
● Síntese aumentada no local da inflamação
● Leucócitos, mastócitos, células endoteliais e plaquetas são as principais
fontes de metabólitos do AA na inflamação.
Duas principais vias enzimáticas:
Cicloxigenase: síntese de prostaglandina, prostaciclina e tromboxano
1. Prostaglandina: vasodilatação e potencializa a formação de edema, dor e
febre
2. Prostaciclina: vasodilatador e inibidor de agregação plaquetária
3. Tromboxano: vasoconstrição e promove agregação plaquetária
Lipoxigenase: produção de leucotrienos e lipoxinas
1. Leucotrienos A4, C4, D4 e E4: vasoconstrição, broncoespasmo, aumento de
permeabilidade vascular;
2. Leucotrieno B4: agente quimiotático para neutrófilos
3. Lipoxinas: Inibe quimiotaxia de neutrófilos e aderência de neutrófilos ao
endotélio, Mediadores anti-inflamatórios;

Efeitos Sistêmico da Inflamação


Citocinas TNF, IL-1 e IL-6
➢ Principais mediadores da inflamação aguda
➢ Ativação endotelial (no endotélio)
➢ Efeito sistêmico: febre, leucocitose, aumento de proteínas de fase aguda,
diminuição do apetite
➢ São produzidas pelos leucócitos (e outros tipos celulares) em resposta a
infecção ou reações imunes, sendo liberadas na circulação

Febre = IL-1 e TNF + prostaglandina


Leucocitose (aumento dos leucócitos no sangue) - IL-1 e TNF

Mediadores de Proteínas Plasmática


Sistema Complemento
● Proteínas plasmáticas
● Papel importante na defesa (imunidade) do organismo
● Diferentes proteínas revestem as partículas para fagocitose e destruição
● Contribuem: aumento da permeabilidade vascular, vasodilatação e
quimiotaxia dos leucócitos
Sistema de coagulação das cininas
Moléculas ativadas durante a coagulação sanguínea, capazes de disparar múltiplos
aspectos da resposta inflamatória.
➢ Bradicinina: aumento da permeabilidade vascular, dilatação arteriolar,
contração do músculo liso dos brônquios e dor
➢ Trombina: ativação de plaquetas e aumento de aderência de leucócitos;
➢ Plasmina: aumento da vasodilatação e da permeabilidade vascular
RESULTADO DA INFLAMAÇÃO AGUDA
Resolução: injúria é eliminada ou de curta duração ou quando houve pouca
destruição tecidual as células danificadas podem se regenerar. Envolve a remoção
dos restos celulares e micróbios, reabsorção do exsudato (edema) pelos linfáticos.
Transição para inflamação crônica: quando a resposta inflamatória aguda não pode
ser resolvida, persistência do agente injuriante ou de alguma interferência com
processo normal de cura.
Cicatrização (fibrose): extensa destruição tecidual, injúria inflamatória envolve
tecidos que são incapazes de regeneração ou quando existe exsudação de fibrina
no tecido e cavidades serosas. Em todas essas situações, o tecido conjuntivo
cresce dentro de áreas de dano ou exsudato, convertendo –se em tecido fibroso.

Inflamação Crônica
Resposta de duração prolongada, inflamação, lesão tecidual e tentativas de reparo
coexistem.
● Pode suceder a inflamação aguda
● Começar de forma lenta, processo latente, sem sinais de uma reação aguda
anteriormente.
Causas:
Infecções persistentes: microbactérias, alguns vírus, fungos
Exposição prolongada agentes tóxicos: Agentes exógenos (ex: silicose) e
agentes endógenos (ex: cristais de colesterol)
Doenças Inflamatórias: Doenças auto-imunes, (ex: artrite, psoríase) e doenças
alérgicas (ex: asma brônquica)

Conjunto de alterações
1. Infiltração dos macrófagos, linfócitos e plasmócitos (em segundo caso).
2. Destruição tecidual induzida pelo agente ofensivo persistente ou pelas
células inflamatórias
3. Tentativas de cura, troca do tecido danificado por tecido conjuntivo, pela
angiogênese ou fibrose.

Infiltração de células
Macrófagos: Vão agir na fagocitose, derivados dos monócitos, secreção de citocinas
e fatores de crescimento atuam sobre várias células, destruindo invasores e tecidos
estranhos, e ativando Linfócitos T
2 principais vias de ativação:
Clássica: Induzidos por produtos microbianos (agentes infecciosos) e citocinas
➢ Ativando macrófagos a produzirem enzimas lisossômicas
➢ Aumenta a capacidade de eliminar organismos e secretar citocinas que
estimulam a inflamação.
Alternativo: Iniciado por mediador inflamatório,citocinas,
➢ Função de reparo tecidual,
➢ Estimulam angiogênese,
➢ Ativam fibroblastos e síntese de colágeno.

Agente agressor eliminado = macrófagos desaparecem, acaba a inflamação.


Inflamação Crônica = persiste o acúmulo de macrófagos.

Linfócitos T e B: amplificam e propagam a inflamação crônica


Os linfócitos B ativados e os plasmócitos produtores de anticorpos
Linfócitos T CD4+ promovem a inflamação e influenciam a natureza da reação
inflamatória

Inflamação granulomatosa: padrão de inflamação crônica induzida pela ativação


de linfócitos T e macrófagos, em resposta a um agente resistente à erradicação.

Inflamação Crônica específica


➢ Formação de acúmulos nodulares com limites precisos (granuloma)
➢ Presença de infiltrado inflamatório macrofágico.
➢ Presença de infiltrado inflamatório macrofágico.

Inflamação Crônica inespecífica


➢ Ausência de fatores que elucidem a causa.
➢ Presença de tecido conjuntivo fibroso.
➢ vasos neoformados.
➢ Infiltrado linfomononuclear.

Agentes Inflamatórios
Agente inerte: Granuloma de corpo estranho
Agente Piogênico: Inflamação supurativa crônica, Abscesso crônico
Agente não-piogênico: Inflamação inespecífica crônica;
Agente antigênico: Difícil digestão = inflamação crônica específica (granuloma)
Fácil digestão = Inflamação crônica inespecífica

Regeneração Tecidual
Resposta inflamatória: elimina microrganismos e tecidos lesados e inicia processos
inflamatórios.
➢ Regeneração de células teciduais (não lesadas)
➢ Deposição do tecido conjuntivo -> cicatriz.

Regeneração: lesão leve e superficial


● Substituir células lesadas e voltar ao estado normal.
Células-tronco teciduais: restauração dos tecidos lesados.
Células remanescentes do tecido lesado: restaurar a estrutura normal
Células endoteliais vasculares: Criam novos vasos que fornecem os nutrientes
necessários para o processo de reparo.
Fibroblastos: Fonte de tecido fibroso que forma a cicatriz

Cicatriz: substituição das células lesadas por tecido conjuntivo, usado em


associação à cicatrização de feridas.
Cicatriz → é uma resposta que “remenda” em vez de restaurar o tecido
Regeneração → substituição dos componentes do tecido

1. Após uma lesão, forma-se o tampão hemostático por plaquetas - Interrompe


o sangramento
2. Inflamação - Eliminação dos agentes agressores e células necróticas
3. Proliferação celular - Várias células e fibroblastos migram para fechar a ferida
● Angiogênese: novos vasos sanguíneos a partir dos existentes
● Migração e proliferação de fibroblastos no local da injúria
● Deposição de proteínas da MEC - Promove a cicatrização → aumentar a
força e contração

Fatores que impedem o reparo


1. Infecção: Prolonga a inflamação e aumenta a lesão local
2. Nutrição: Deficiência de proteínas e vitamina C (inibe a síntese de colágeno)
3. Corpos estranhos: Fragmentos de aço, vidro, osso, etc
4. Fatores mecânicos: Aumento da pressão ou torção local
5. Perfusão deficiente: Aterosclerose, diabetes, obstrução de drenagem venosa

Cicatrização Anormal
Queloide = acúmulo de quantidade excessiva de colágeno pode gerar uma cicatriz
proeminente e elevada
Fibrose = deposição excessiva de colágeno e outros componentes da MEC em um
tecido

DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Vasos Sanguíneos:
➢ Artérias: vaso que sai do coração e leva o sangue arterial
➢ Veias: vaso que chega no coração, trazendo sangue dos tecidos.
➢ Capilares: vasos sanguíneos que se ramificam, formam uma rede de
capilares, conecta as artérias e as veias. Trocas rápidas de substâncias entre
o sangue e o tecido
Artérias: Paredes são mais espessas que as veias, diâmetro menor que as veias,
suporta o fluxo e altas PA.
Veias: maior diâmetro e lúmen, paredes mais finas.

Vasos Sanguíneos - constituição


● Tubo central com células endoteliais revestindo
o lúmen
● Células musculares lisas e matriz extracelular (MEC)

Células endoteliais: correspondem ao revestimento tanto


dos vasos sanguíneos quanto dos vasos linfáticos e
constituem a camada interna desses vasos.

Pressão Arterial
Pressão que o sangue vai exercer sobre a parede arterial
Pressão Sistólica: valor mais alto da PA (contração)
Pressão Diastólica: valor mais baixo da PA (relaxamento)
Determinada pelo débito cardíaco e resistência vascular periférica, influenciadas por
múltiplos fatores genéticos e ambientais.

Baixa pressão arterial


Hipotensão: perfusão inadequada dos órgãos,
levando à disfunção orgânica ou à morte tecidual
Alta pressão arterial
Hipertensão: danos em órgãos e vasos terminais, principais fatores de risco para a
aterosclerose.

Hipertensão: distúrbio comum associado à morbidade, afeta muitos órgãos


inclusive o coração
● Hipertrofia dos miócitos resposta adaptativa a sobrecarga de pressão
● Hipertensão persistente pode evoluir para Insuficiência cardíaca congestiva
(ICC) e levar a morte
● Afeta mais frequentemente o lado esquerdo do coração

x ARTERIOSCLEROSE “endurecimento das artérias” perda de elasticidade x


ATEROSCLEROSE: acúmulo de gordura (placa de ateroma), formada por um cento
mole de lipídios, revestida por uma cápsula fibrosa.
● Acúmulo de colesterol na artéria, impossibilitando a passagem de sangue rico
em O2.
● Alteração na camada íntima da artéria ou vaso
Placas de ateroma obstruem o lúmen vascular podendo evoluir para infarto do
miocárdio, AVC, etc.

Hiperlipidemia: Aumento de lipídios na corrente sanguínea


LDL (Lipoproteína de baixa densidade): Leva o colesterol nos tecidos periféricos
HDL (Lipoproteína de alta densidade): Leva o colesterol até o fígado, para a
excreção biliar

Aterosclerose - Patogenia
Resposta inflamatória crônica da parede arterial à lesão endotelial
➢ Lesão e disfunção endotelial
➢ Acúmulo de lipoproteínas (LDL) na parede do vaso
➢ Adesão de monócitos e plaquetas ao endotélio

Complicações
Hemorragia intraplaca: ruptura da capa fibrosa = hemorragia.
Ateroembolismo: ruptura - pode soltar resíduos ateroscleróticos na corrente
sanguínea, produzindo microêmbolos;
Calcificação: complicações em idosos ou com aterosclerose grave de grande
extensão da aorta

ANEURISMA = dilatação dos vasos sanguíneos ou do coração.

Acometem as 3 camadas da artéria


● Íntima, média e adventícia ou uma parede frágil do coração
Patogenia: Estrutura ou a função do tecido conjuntivo é comprometida pelos
seguintes fatores
1. Síntese inadequada ou anormal de tecido conjuntivo
2. Degradação excessiva do tecido conjuntivo
3. Perda das células musculares lisas
2 principais causas de aneurisma aórtico: ATEROSCLEROSE e HIPERTENSÃO

Aneurisma Aorta Abdominal (AAA)


➢ Aterosclerose é a principal
➢ Frequente em homens tabagistas depois dos 50 anos
➢ Obstrução de um vaso ramificado da aorta, resultando em isquemia
➢ Taxa de mortalidade em casos de ruptura do AAA é de aproximadamente
50%

Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)


Incapacidade do coração de atuar adequadamente como bomba, déficit de
contração(sistólica) ou de relaxamento (diastólica), comprometendo o
funcionamento do organismo.
Ventrículo esquerdo geralmente está hipertrofiado e pode estar dilatado.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➢ Dispnéia (= falta de ar)
➢ Astenia (= diminuição da força muscular)
➢ Tosse
➢ Edema

DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS
São alterações na corrente sanguínea

Sistema circulatório
● Coração, vasos sanguíneos, capilares, sistema linfático.

Sistema linfático: reabsorvem o excesso de líquidos na microcirculação, drena o


exsudato

Distúrbios que acometem a irrigação sanguínea


● Alterações hídricas intersticiais: Edema
● Alterações por obstrução intravascular: Embolia, trombose, isquemia
● Alterações no volume sanguíneo: Hiperemia, Hemorragia

Hiperemia e congestão: aumento do volume sanguíneo em um tecido, têm


diferentes mecanismos de base

Hiperemia Ativa
Dilatação arteriolar e aumento do fluxo sanguíneo
➢ Fisiológica: por maior necessidade
➢ Patológica: Ex: inflamações agudas

Congestão - Processo Passivo


Comprometimento do fluxo de saída do sangue venoso de um tecido
● Redução do retorno venoso
Ex: insuficiência cardíaca
● Obstrução extrínseca ou intrínseca
Ex: Compressão do vaso, trombose, etc

Congestão Crônica
Comprometimento do fluxo sanguíneo por hipóxia ou isquemia levando a morte
celular e a fibrose tecidual
Ruptura dos capilares, podem causar pequenos focos hemorrágicos. Grande
concentração de sangue parado.
Edema: 15% de água no interstício, não inflamatório recebe o nome do local que
está o edema
Acúmulo de líquido no interstício ou em cavidades
Causas do edema não inflamatório:
➢ Aumento da pressão hidrostática: desordens que comprometem o retorno
venoso
➢ Retorno venoso comprometido
➢ Pressão osmótica plasmática reduzida: redução da concentração de
albumina plasmática
➢ Obstrução linfática: compromete a reabsorção de fluidos (condição
inflamatória ou neoplásica)
➢ Retenção de sódio: excessiva retenção de sódio (água associada), devido
ao aumento da PH
Morfologia
● Facilmente reconhecido a inspeção geral
● Mais encontrado em tecidos subcutâneos, pulmão, cérebro

Hemorragia: extravasamento de sangue dos vasos, ocorre devido a lesões aos


vasos sanguíneos ou à formação defeituosa do coágulo
Diferentes aparências e consequências clínicas:
● Hematoma: Acúmulo de sangue dentro do tecido
● Petéquia: Hemorragias diminutas na pele, redução das plaquetas
● Púrpura: hemorragia ligeiramente maior, por trauma, inflamação vascular.
● Equimoses: são hematomas subcutâneos maiores, contusões.

Importância Clínica
Qualquer hemorragia depende:
1. Velocidade de sangue perdido
2. Volume de sangramento
3. Local do sangramento
Perdas maiores podem causar choque hemorrágico (hipovolêmico)

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