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FISIOPATOLOGIA
O que é patologia?
É definido como o estudo do sofrimento humano, estuda a origem, os
mecanismos e a natureza das doenças.
O que é patogenia?
Etiologia:
Estuda a causa e a origem das doenças. Estas podem ser:
1- intrínsecas ou genéticas
2- adquiridas (infecciosa, nutricional, química, física)
O que é Hipóxia?
É o baixo teor de oxigenação no sangue ou dos tecidos, podendo ser
consequência da interrupção da circulação local, como nos infartos. É uma
causa comum de lesão e morte celulares. Geralmente, a hipóxia decorre de
uma isquemia ou uma hemorragia, no entanto, outros fatores podem
desencadeá-la como, por exemplo, falência cardiorespiratória, anemia,
envenenamento por monóxido de carbono.
Em alguns casos, pode ser causada pelo deslocamento para grandes
altitudes, pois nestas situações o ar é mais rarefeito, ou seja, a quantidade de
oxigênio no ar que respiramos é diminuída.
Seus efeitos sentem-se principalmente no cérebro sob forma de
confusão, inquietação, alucinações e perda da consciência. Cada tecido
possui uma resistência diferenciada para a hipóxia tecidual, por exemplo, o
músculo esquelético resiste a aproximadamente 15 minutos sem oxigênio e os
neurônio a 3 minutos. Após este tempo, ocorre lesões irreversíveis.
De acordo com a severidade da lesão, o tecido passa pelas seguintes
etapas:
1. Adaptação
2. Lesão 3. Morte
Existem quatro tipos de hipóxia:
hipóxica (quando a pressão de O2 no sangue arterial é baixa);
anêmica (quando há pouca hemoglobina para o transporte de O2
no sangue);
de estagnação (causada por intensa vasoconstrição local ou por
débito cardíaco);
histotóxica (causada por cianeto, impede a utilização do O2).
O que é isquemia?
É a Interrupção do fluxo sanguíneo para determinado tecido ou órgão,
muitas vezes levando à hipóxia tecidual letal.
Isquemia transitória
É a interrupção transitória de aporte sanguíneo a um tecido ou órgão
sem sequelas permanentes, pois, esta interrupção pode não durar tempo
suficiente de hipóxia para levar a um infarto.
O que é infarto?
O que é necrose?
É o conjunto de alterações morfológicas que se seguem à morte
tecidual. Dois processos ocorrem simultaneamente durante a necrose: *a
desnaturação das proteínas; *a digestão enzimática das células (autólise).
Apoptose:
É a morte celular programada, processo importante na regulação de
populações celulares, criando condições fisiológicas de substituição por novas
células. Diferente do que ocorre em uma necrose, a apoptose não deixa
resíduos celulares e também não gera reações inflamatórias. Sua interrupção
pode ser um determinante no crescimento de neoplasias
Agentes infecciosos:
Vírus
Bactérias
Fungos
Parasitas
Reações Anafiláticas:
São denominadas alergias, ocorre quando uma determinada substância
ou composto desencadeia em um indivíduo uma resposta imunológica
inesperada e forte podendo levar até a
morte.
Alterações nutricionais
Alterações nutricionais como deficiências proteico-calóricas e
vitamínicas também podem causar lesões celulares; nos casos de excessos,
estas alterações podem causar obesidade, aterosclerose.
O que é a INFLAMAÇÃO?
BENÉFICAS OU DANOSAS?
Sem a inflamação, as infecções não seriam sustadas, as feridas jamais
cicatrizariam e os órgãos transformar-se-iam em chagas. Entretanto, este
processo de inflamação pode ser danoso ao organismo, como em reações de
hipersensibilidade, doenças crônicas (artrite reumatóide, aterosclerose),
fibrose (obstrução intestinal, imobilidade articular). A inflamação pode ser
classificada em aguda e crônica:
Edema
É um excesso de líquido no interstício, pode ser um exsudato ou um
transudato (líquido com baixo teor proteico, não decorre de um desequilibro
na permeabilidade).
Inflamação Crônica
É o processo inflamatório de longa duração, que se origina da evolução
de uma inflamação aguda, quando persistem os fatores patogênicos. Na
inflamação crônica há presença de macrófagos, linfócitos e plasmócitos,
ocorre a destruição tecidual; e após reparação do tecido lesado – substituição
por tecido conjuntivo, pela proliferação de novos vasos e por fibrose.
Agudo X Crônico
✓ sintomas severos e curta duração. ✓ Doença de longa duração envolvendo
muitas mudanças lentas.
O que é INFECÇÃO?
“Contaminação ou invasão do corpo por um microrganismo parasito,
que pode ser um agente patogênico ou não, principalmente vírus, bactérias,
fungos, protozoários ou helmintos.”. Uma infecção gera uma inflamação,
porém, nem toda inflamação é resultado de uma infecção. A partir do
momento em que o organismo percebe uma infecção, ocorre uma série de
eventos que desencadeiam a inflamação:
Quimiotaxia
É a migração orientada de células de defesa, que irão combater o
invasor e após realizar a reconstituição, reparação e cicatrização do
tecido lesado.
Mediadores Químicos
São substâncias responsáveis pelos eventos da inflamação. Originam-
se do plasma ou de células, e ligam-se a receptores específicos em células-
alvo.
Geralmente estes mediadores têm vida curta, e a maioria causa efeitos
danosos.
Exemplos de mediadores químicos:
HISTAMINA: Atua na microcirculação, possui ampla distribuição
tecidual, especialmente através dos mastócitos, presentes no tecido
conjuntivo adjacente aos vasos sanguíneos.
HISTAMINA: Considerada o principal mediador da fase imediata, dilata
arteríolas e aumenta permeabilidade venosa.
SEROTONINA: Propriedades semelhantes à histamina, presente nas
plaquetas.
SISTEMA DO COMPLEMENTO: Sistema composto de 20 proteínas,
que tem importante papel na resposta imune encontrado no plasma. Aumenta
permeabilidade vascular, realiza quimiotaxia e opsonização.
OUTROS
Substâncias derivadas do ácido araquidônico, produzidas por linfócitos
e macrófagos, geralmente estão presentes em processos inflamatórios,
causam dor, febre etc:
Prostaglandinas
Alterações Celulares
O que é Hiperplasia?
“Aumento quantitativo ou anormal de um órgão, de um tecido ou de
uma linhagem celular, que decorre principalmente do aumento do número de
células que aí se encontram”.
Frequentemente, a hipertrofia e a hiperplasia estão associadas e
ocorrem simultaneamente (crescimento fisiológico do útero grávido). Nestes
casos as células são estimuladas a produzir maiores quantidades de
proteínas.
Hiperplasia: Fisiológica
Hormonal: proliferação do epitélio glandular da mama feminina na
puberdade e na gestação, útero grávido.
Compensatória: hepatectomia parcial.
Hiperplasia: Patológica
Na hiperplasia patológica, há excessiva ação hormonal ou dos fatores
de crescimento, sem que mecanismos reguladores intervenham pra limitar
esse crescimento.
O que é Hipertrofia?
“Aumento do volume anormal de uma célula ou das células de um
tecido, em geral sem aumento numérico”.
O órgão hipertrofiado não tem novas células, apenas células maiores, e
devido ao aumento de tamanho de suas células, o órgão se desenvolve
excessivamente. É causada por um aumento da demanda funcional ou por
estimulação hormonal específica, como por exemplo, na musculação, neste
caso, as células têm o metabolismo estimulado fisiologicamente e por isso se
desenvolvem mais.
O que é Displasia?
“Anomalia de desenvolvimento anatômico ou histológico, em que
células epiteliais (principalmente de revestimento) ou mesenquimais sofrem
proliferação e alterações citológicas atípicas, tanto na forma como no tamanho
e na organização”. Ou seja, são mitoses anormais; estas frequentemente
aparecem nos brônquios dos fumantes, são as primeiras alterações celulares
observadas em uma neoplasia.
O que é Metaplasia?
“Alteração reversível em que um tipo de célula adulta (epitelial ou
mesenquimal) é transformado em outro tipo, também adulto”. Ex: Substituição
do epitélio colunar ciliado da traqueia e brônquios por células escamosas
estratificadas, em fumantes crônicos.
Esta pode ser uma manifestação precoce de uma alteração maligna,
porém, pode regredir se abolidas as suas causas.
O que é um Tumor?
No conceito tradicional, toda lesão caracterizada por um aumento de
volume localizado, hoje, sinônimo de neoplasma: na oncologia – oncos
(grego) = tumor.
Sinônimo de neoplasia, os tumores podem ser considerados uma
proliferação exagerada e anormal dos elementos celulares de um tecido
organizado, que é desencadeada por um determinado estímulo e
prosseguindo mesmo depois que esse estímulo tenha desaparecido.
O que é Neoplasia?
“Tecido anormal e sem significação fisiológica, formado pela
multiplicação contínua de células cuja reprodução deixou de ser regulada
pelos mecanismos homeostáticos,
O que é Anaplasia?
“Ausência ou perda da diferenciação observada geralmente nas células
parenquimatosas das neoplasias malignas”.
Diferenciação: grau de semelhança entre as células neoplásicas e as
células normais, tanto morfologicamente quanto funcionalmente.
Os neoplasmas malignos compostos de células indiferenciadas são
ditos anaplásicos, a falta de diferenciação ou anaplasia é considerada um
marco da transformação maligna.
Diferenciação
TAXA DE CRESCIMENTO
Em geral, a maioria dos tumores benignos cresce lentamente durante
um período de anos, enquanto a maioria dos cânceres cresce rapidamente, às
vezes a uma velocidade errática. Alguns
MILAGRES???
Ocasionalmente, os cânceres podem ser observados diminuindo de
tamanho, e até mesmo desaparecendo espontaneamente, porém o “estoque
de milagres” é escasso.
INVASÃO LOCAL
A maioria dos tumores benignos permanece situada em seu local de
origem, sem capacidade de se infiltrarem, invadirem ou metastatizarem para
lugares distantes como os cânceres. O crescimento dos cânceres é
acompanhado de infiltração progressiva, invasão e destruição do tecido
vizinho, e tal invasividade torna a ressecção cirúrgica difícil – cirurgia radical.
METÁTASES
São implantes tumorais descontínuos em relação ao tumor primário, é a
transferência da doença de um órgão para outro que não esteja diretamente
conectado ao primeiro, em geral, através da via sanguínea ou linfática. Com
poucas exceções, todos os cânceres podem fazer metástases, os neoplasmas
benignos não metastatizam.
O que é?
Como se desenvolve?
O desenvolvimento da trombose venosa é complexo, podendo estar
relacionado a um ou mais dos três fatores abaixo:
Estase venosa: situações em que há diminuição da velocidade da
circulação do sangue. Por exemplo: pessoas acamadas, cirurgias
prolongadas, posição sentada por muito tempo (viagens longas em espaços
reduzidos - avião, ônibus).
Lesão do vaso: o vaso sanguíneo normal possui paredes internas lisas
por onde o sangue passa sem coagular (como uma mangueira por onde flui a
água). Lesões, rupturas na parede interna do vaso propiciam a formação de
trombos, como, por exemplo, em traumas, infecções, medicações
endovenosas.
Hipercoagulabilidade: situações em que o sangue fica mais suscetível à
formação de coágulos espontâneos, como por exemplo, tumores, o uso de
anticoncepcionais e diabetes.
Embora possa acometer vasos de qualquer segmento do organismo, a
trombose venosa acomete principalmente as extremidades inferiores (coxas e
pernas).
Algumas pessoas estão sob maior risco de desenvolver trombose
venosa quais sejam: varizes, paralisia, anestesias gerais prolongadas,
cirurgias ortopédicas, fraturas, obesidade, quimioterapia, imobilização
prolongada, uso de anticoncepcionais, entre outros.
O que se sente?
Como é diagnosticado?
Quando a trombose venosa se apresenta com sinais e sintomas
clássicos é facilmente diagnosticada clinicamente. Na maioria das vezes isso
não acontece e são necessários exames complementares específicos, tais
como: flebografia, ecodoppler a cores e ressonância nuclear magnética.
Como se trata?
Como se previne?
O fato de a trombose venosa ocorrer em pacientes hospitalizados que
ficam muito tempo acamados ou em cirurgias grandes faz com que a
prevenção seja necessária. Portanto, nestes casos, utilizam-se medicações
anticoagulantes em baixas doses para prevenir.
Já para pessoas em geral o simples fato de caminhar já é uma forma
de prevenção. Ficar muito tempo parado, sentado propicia o aparecimento da
trombose venosa. Portanto, sempre que possível, não ficar muito tempo com
as pernas na mesma posição. Para os que já tem insuficiência venosa e, por
conseguinte, maior risco de trombose, o uso de meias elásticas é
recomendado.
VARIZES E MICROVARIZES
O que é?
Varizes, ou veias varicosas, são veias dilatadas, com volume
aumentado, tornando-se tortuosas e alongadas com o decorrer do tempo.
Microvarizes, ou telangiectasias, são varizes intradérmicas, superficiais
e, por esse motivo, adquirem uma coloração mais avermelhada ou arroxeada.
São mais comuns em mulheres do que em homens.
Como se desenvolve?
O que se sente?
Dor, cansaço e sensação de peso nas pernas são os sintomas mais
frequentes, mas podem ocorrer também, ardência, edema (inchaço), câimbras
e dormência. São mais acentuados no final do dia, em dias de temperatura
elevada.
Como se trata?
O tratamento das varizes pode ser conservador, em alguns casos, e
consiste no uso de meias elásticas e utilização de medicamentos que
melhoram o fluxo venoso. Entretanto, a cirurgia de varizes, sem dúvida, é
sempre o tratamento ideal para se evitar
Como se previne?
Praticar exercícios físicos, evitando sempre o uso demasiado de peso
nas pernas durante os mesmos. Usar meias elásticas, principalmente durante
a gestação, ou em atividades em que se permaneça muitas horas em pé,
além de manter um peso corporal adequado.
CICATRIZAÇÃO
A cicatrização é a substituição do tecido lesado por tecido conjuntivo
fibroso.
Para que a cicatrização se efetue são necessárias a eliminação do
agente agressor, a ativa manutenção do potencial de proliferação das células,
complementadas pela irrigação e nutrição
TECIDO DE GRANULAÇÃO:
A resposta dos tecidos à injúria é um acúmulo de células inflamatórias
na região atingida. Dentro das primeiras 24 horas, estas células acumuladas
são principalmente polimorfonucleares. Posteriormente, os macrófagos
tornam-se mais numerosos, e por volta
a) Fibroblastos:
As principais atividades do fibroblasto na inflamação são: a) síntese
de substância fundamental e fibras.
b) Fatores de crescimento:
São fatores que estimulam a proliferação celular.
0l) EGF - Fator de Crescimento Epidérmico: polipeptídio de 6.045
daltons.
Mitogênico para células epidérmicas e fibroblastos.
02) PDGF - Fator de Crescimento Derivado das Plaquetas: Proteína
altamente catiônica armazenada nos grânulos α das plaquetas e liberado na
ativação plaquetária. Também é produzido por macrófagos, endotélio, células
tumorais. Estimula proliferação de fibroblastos e céls musculares lisas.
03) FGF - Fator de crescimento dos Fibroblastos: estimula fibroblastos
e angiogênese.
04) TGFα e TGFβ - Fatores de Crescimento Transformadores:
Acreditavase que transformavam células normais em malignas. O TGFα tem
propriedades semelhantes ao EGF.
O TGFβ é um inibidor da proliferação celular. Estimula produção de
colágeno e fibronectina, e inibe degradação do colágeno, favorecendo a
fibrogênese. O TGFβ pode ser produzido por várias células, como plaquetas,
endotélio, LT, macrófagos.
05) IL-1 e FNT - fator de necrose tumoral: Participam da remodelação
do tecido conjuntivo.
06) Inibidores do crescimento TGFβ, α-interferon, PGE2, Heparina.
Inibem fibroblastos. 07) Os macrófagos podem secretar: PDGF, FGF, IL-1, FNT
ou inibidores como TGFβ, PG.