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Por Vitória Mansur,

Editora do Blog Comunidade Rock Content e estudante de Publicidade.

Substantivos são termos responsáveis por nomear seres, objetos, ações, lugares,
etc. Existem 9 tipos de substantivos: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto,
composto, simples, derivado e primitivo. E eles são flexionados em gênero, número
e grau.

As palavras da língua portuguesa são distribuídas entre dez classes gramaticais:


preposição, pronome, interjeição, artigo, substantivo, adjetivo, verbo, advérbio,
conjunção e numeral.

Dentre todas elas, a mais numerosa é a dos substantivos. Por isso, entender
bem os seus conceitos e variações é de fundamental importância para escrever
bem.

Neste post, você conhecerá melhor os substantivos, bem como seus tipos e
classificações gramaticais.

 O que são os substantivos?


 Tipos de substantivos:
 1. Substantivo comum
 2. Substantivo próprio
 3. Substantivo coletivo
 4. Substantivo abstrato
 5. Substantivo concreto
 6. Substantivo composto
 7. Substantivo simples
 8. Substantivo derivado
 9. Substantivo primitivo
 Flexão do substantivo
 Como flexionar substantivos?
 Flexão de gênero
 Flexão de número
 Flexão de grau
 A qual área da gramática o substantivo pertence?
 Quais são as funções sintáticas dos substantivos?

O que são os substantivos?


Os substantivos são uma classe de palavras responsáveis por nomear seres,
objetos, ações, sentimentos, lugares, ideias, etc. São flexionados em gênero,
número e grau e classificados por tipos, por exemplo: substantivo comum,
coletivo e próprio.
Sendo assim, podemos classificar o significado de “substantivo” como uma
variável que existe para dar nome:

 às pessoas (Maria, Carlos, João, Luiza…);


 às qualidades (a beleza da mulher, a teimosia do menino, a grandeza da
vida…);
 aos sentimentos (amizade, raiva, rancor…);
 aos objetos (tênis, mesa, cigarro, caixa…);
 aos lugares (casa, escritório, corredor, aeroporto, Alemanha, São
Paulo…);
 aos seres reais e imaginários (homem, fada, Papai Noel, cachorro…);
 às ações (tapa, corrida, piscadela, movimento…).

Os substantivos podem ser precedidos por numerais (uma menina), pronomes (a


menina), ou adjetivos (linda menina).

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Tipos de substantivos:
De acordo com a norma culta, os substantivos são classificados em nove tipos
diferentes: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto, composto, simples,
derivado e primitivo.

Cada uma das 9 classificações serão explicadas e exemplificadas a seguir:

1. Substantivo comum
O substantivo comum refere-se a qualquer ser ou objeto de uma determinada
espécie sem particularizá-lo.

Exemplos:

 mulher;
 gato;
 cachorro;
 caneta;
 jornal;
 cidade.

2. Substantivo próprio
O substantivo próprio particulariza e destaca algum ser em particular dentro de
determinada espécie. Geralmente, é escrito com letra maiúscula.

Exemplos:

 Maria;
 Japão;
 Ceará;
 Atlético.

3. Substantivo coletivo
O substantivo coletivo existe para designar um conjunto ou pluralidade de seres
da mesma espécie.

Exemplos:

 flora;
 multidão;
 cardume;
 floresta;
 manada.

4. Substantivo abstrato
O substantivo abstrato nomeia ações, qualidades, sentimentos e estados que
dependem de outro ser concreto para existir.

Exemplos:

 beleza;
 ensino;
 bravura;
 pobreza;
 alegria.

5. Substantivo concreto
O substantivo concreto serve para nomear seres que possuem existência própria
e independente.

Exemplos:

 lápis;
 mulher;
 cachorro;
 gato.

6. Substantivo composto
O substantivo composto é formado por mais de um elemento, por meio da
“composição de palavras”.

Exemplos:

 couve-flor;
 louva-a-deus;
 guarda-roupa.

7. Substantivo simples
O substantivo simples representa nomes formados por apenas uma palavra.

Exemplos:

 terra;
 sapato;
 água;
 amor;
 cheiro.

8. Substantivo derivado
O substantivo derivado é formado a partir de outras palavras.

Exemplos:

 livraria;
 noitada;
 aguaceiro;
 pedregulho.

9. Substantivo primitivo
Ao contrário do derivado, o substantivo primitivo é único e não deriva de outras
palavras, mas pode originar diferentes termos.

Exemplos:

 livro;
 noite;
 água;
 pedra.
Como você pode perceber, é possível que um mesmo substantivo possua
várias classificações diferentes.

Flexão do substantivo
O substantivo pode flexionar-se em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e grau (diminutivo e aumentativo).

Muitas dessas variações já são conhecidas por serem usadas com frequência na
nossa rotina. A palavra “gato”, por exemplo (que é singular e masculina), tem
várias versões para indicar:

 Plural: gatos.
 Feminino: gata.
 Aumentativo: gatarrão.
 Diminutivo: gatinho.

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Como flexionar substantivos?


Por se tratarem de palavras com muitas variações, é indicado que você aprenda
algumas dicas que o ajudarão a flexionar substantivos. Afinal, é quase impossível
esperar que alguém decore todos eles e as suas múltiplas possibilidades de
flexão, mas há uma série de regras e truques que podem ser aplicados para
descobrir exatamente como deve ser feita a aplicação de um substantivo.

Vamos falar aqui, em profundidade, sobre a flexão de gênero, de número e de


grau.

Flexão de gênero
Uma confusão muito comum para quem está aprendendo sobre substantivos
ocorre geralmente com os conceitos de “sexo” e “gênero”. Nunca pense que os
dois são a mesma coisa!

Os gêneros dizem respeito a todos os substantivos da língua portuguesa, sejam


eles dotados de sexo ou não. Por exemplo:
o gato, a gata, a mesa, a mulher, o telefone e o caderno.
São considerados masculinos os substantivos que geralmente seguem os artigos:

 “o”;
 “os”;
 “um”;
 “uns”.

Já os femininos costumam ser precedidos dos artigos:

 “a”;
 “as”;
 “uma”;
 “umas”.

Até mesmo alguns substantivos referentes a animais ou pessoas apresentam uma


discrepância entre gênero e sexo: “cônjuge”, por exemplo, sempre será uma
palavra masculina, ainda que o termo esteja se referindo a uma pessoa do sexo
feminino.

O principal instrumento que temos para classificar um substantivo quanto ao


gênero é o artigo. É ele que diferencia quando um substantivo como “estudante”
é feminino ou masculino, visto que a palavra em si não deixa isso explícito.

Temos, na língua portuguesa, dois gêneros e substantivos uniformes e biformes.


Chamamos de uniformes aqueles que têm uma forma única para ambos os
gêneros, como é o caso dos comuns-de-dois, como “estudante”. Neles, o gênero
precisa ser diferenciado pelo artigo, caso contrário, será desconhecido.

Outros exemplos de substantivos que se comportam assim são:

 a capitalista, o capitalista;
 o cliente, a cliente;
 o agente, a agente;
 o colega, a colega;
 a dentista, o dentista;
 a doente, o doente;
 o fã, a fã;
 o gerente, a gerente;
 a imigrante, o imigrante; e
 a jornalista, o jornalista.

Não é complicado entender ou flexionar estes quanto ao gênero, bastando aplicar


o artigo adequado. Entretanto, é nos substantivos biformes que temos o máximo
de variação. E, por isso, é para eles que devemos estar mais atentos.

São substantivos biformes a maioria daqueles que terminam em “o” e “a”, “ão”
ou “ã”, “or”, “ês”, “l” e “z”. Ainda temos aqueles cuja última sílaba é “esa”,
“essa” e “isa” e formações que não se encaixam em absolutamente nenhum
desses grupos.

É que dentro dos substantivos biformes temos palavras de formação irregular,


como “ateu”, “ator”, “avô”, “embaixador”, “europeu”, “guri”, “judeu”,
“mandarim”, “rei”, “galo”, “sultão” e “pigmeu”, por exemplo. Cada um desses
tem uma forma particular de se transformar em substantivo feminino,
respectivamente “atéia”, “atriz”, “avó”, “embaixatriz”, “europeia”, “guria”,
“judia”, “mandarina”, “rainha”, “galinha”, “sultana” e “pigmeia”.

Em casos como esses, apenas conhecendo ambas as palavras você conseguirá


flexionar seu gênero. Uma boa forma de sanar dúvidas ao aplicar termos como
estes nas suas redações é consultando um dicionário. Ali sempre estarão contidas
tanto feminino quanto masculino de uma palavra.

Consultar um dicionário pode ser especialmente útil no caso dos substantivos


biformes que têm palavras diferentes para masculino e feminino. Essa categoria
de palavras é um grande desafio para quem está aprendendo português pela
primeira vez. E a única forma que temos de familiarizar-nos com elas é
conhecendo-as.

Ler bastante vai ajudar. Entretanto, preparamos uma lista dos principais
substantivos biformes que são exclusivos para cada gênero abaixo:

 genro, nora;
 pai, mãe;
 homem, mulher;
 zangão, abelha;
 bode, cabra;
 boi, vaca;
 cavalo, égua;
 cavalheiro, dama;
 cavaleiro, amazona; e
 carneiro, ovelha.

Por último, dentro dos substantivos biformes temos aqueles que significam coisas
diferentes quando aplicados em um gênero diferente. Isso é algo importante de se
saber porque pode mudar drasticamente o sentido das suas frases. Veja, por
exemplo:

 Antônio é o cabeça do negócio (chefe);


 A minha cabeça está doendo (parte do corpo);
 Entrei com o capital para me tornar sócio da empresa (dinheiro);
 São Paulo não é a capital do país, mas sim sua maior cidade (localização);
 Há muito tempo não ouço o rádio (aparelho); e
 Adoro sintonizar essa rádio (estação).
Flexão de número
Provavelmente a mais fácil de se fazer, a flexão substantiva de número diz
respeito a colocá-los no singular ou no plural. De maneira geral, na língua
portuguesa, o plural é demonstrado com a inclusão da letra “s” no fim das
palavras, mas, como é típico do nosso idioma há exceções para essa regra.

Se o plural de “colega” é “colegas” e o plural de “menina” é “meninas”, a mesma


regra não pode ser dita para aquelas palavras que terminam com as letras “al”,
“el”, “ol” e “ul”. Nessas devemos trocar a letra “l” por “is”. Na prática:

 papel – papéis;
 jornal – jornais;
 barril – barris;
 anzol – anzóis;
 anel – anéis; e
 azul – azuis;

Todavia, como os substantivos são muitos e podem terminar, basicamente, com


qualquer letra do idioma temos exceções também naqueles cujas últimas letras
são “r” e “z”. Para flexioná-los devemos adicionar o sufixo “es”:

 amor – amores;
 dor – dores;
 luz – luzes; e
 cruz – cruzes;

Se temos paroxítonas terminadas em “s”, o plural é sempre invariável. Por isso


palavras como “ônibus” são idênticas quando flexionadas. Substantivos em “x”
também não variam, portanto “o xérox” e “os xérox” são a maneira certa de se
escrever.

Mas caso essas palavras terminadas em “s” sejam oxítonas, elas ganham o sufixo
“es” para se tornarem plurais. Pense, por exemplo, em “país” que flexiona-se
como “países”.

Todos os substantivos terminados em “n” formam plural em “es” ou “s”. É o


caso de “pólen” e “pólens”. Os terminados em “m”, flexionam-se com adição do
“ens”, como “armazém” que vira “armazéns”.

Por último, tudo que termina em “ão” pode virar “ões”, “ães” ou “ãos”. Depende
da palavra que estamos flexionando. “Eleição” vira “eleições”, mas “pão” vira
“pães” e “cidadão” transforma-se em “cidadãos”.

Se o plural dos substantivos simples parece complicado, o dos compostos pode


fazê-lo se sentir um pouco mais perdido. Por isso reforce os conhecimentos
acima antes de começar a estudá-los.
Flexão de grau
A flexão de grau é aquela que identifica a grandeza de um determinado
substantivo. Ou seja, o seu aumentativo. Ela existe para que não precisemos fazer
construções como “ele era um gato grande” o tempo todo. E para que possamos,
em seu lugar, optar pelo simples “ele era um gatão”.

Embora comumente criadas com os sufixos “ão” e “ona”, como em nosso


exemplo anterior, também podem ser feitas com “inho” e “inha”, quando
queremos indicar pequeneza.

Os dois graus do substantivo são, portanto, aumentativo e diminutivo. Mas ainda


que, na flexão, a nossa tendência seja estudá-los enquanto componentes das
palavras eles também podem aparecer associados a elas. Um “menininho” é a
forma sintética de dizer “menino pequeno”, que, por sua vez, é a forma analítica
de expressar a mesma grandeza.

Alguns dos exemplos de flexão de grau mais comuns são:

 amigo – amigão – amiguinho;


 boca – bocarra – boquinha;
 moça – mocetona – moçoila; e
 povo – povaréu – poviléu.

A qual área da gramática o substantivo


pertence?
Os substantivos fazem parte da morfologia, que é uma área responsável pelo
estudo da formação, estruturação, flexão e classificação de todas as palavras
da língua portuguesa.

Um diferencial dessa área é que ela realiza um estudo detalhado de palavras e


termos isolados, e não agrupados em frases, orações ou períodos. É justamente a
análise morfológica que cataloga todas as palavras que conhecemos naquelas dez
classes gramaticais que você viu na introdução.

Quais são as funções sintáticas dos


substantivos?
Você já sabe que a nossa língua possui uma quantidade muito grande de
substantivos que podem assumir funções diferentes, dependendo do contexto em
que se encontram.

A função sintática de cada substantivo representa o papel que aquela palavra


desempenha dentro de uma oração, levando em consideração todas as outras
palavras que o acompanham naquele contexto (diferente da morfologia, que
estuda o substantivo sozinho).
Sendo assim, o substantivo pode atuar como núcleo dentro das seguintes funções
sintáticas:

1. Sujeito (José foi embora; cigarros causam câncer);


2. Predicativo (ela é um anjo; o primeiro colocado foi João);
3. Objeto (preciso de um livro novo; procurei algumas flores lá fora);
4. Complemento nominal (a leitura do livro é necessária para a prova);
5. Vocativo (Pai, vamos embora!);
6. Adjunto (o rosto de Maria é muito bonito; comprei arroz no
supermercado);
7. Aposto (Fernanda Silva, a vítima, morreu na hora);
8. Agente da passiva (fui assaltado por aquele homem).

Substantivos podem ter sentidos amplos e complicados à primeira vista, mas todo
bom leitor e escritor precisa dominá-los e conhecer a morfologia das palavras
para saber explorar as possibilidades que tem em um texto.

Com o tempo, você verá que não se trata de memorizar tantas especificações,
mas compreendê-las e saber como aplicá-las.

Gostou do post? Agora que você já sabe tudo sobre os pronomes, é hora de
aprofundar ainda os estudos com nosso Guia prático e atualizado de português e
gramática. 😉

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