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São variáveis (palavras que admitem flexão ou mudança, por exemplo em género
e em número) os substantivos, os adjectivos, os artigos, os numerais, os
pronomes; os verbos, que se combinam com morfemas gramaticais que
expressão número, género; e para os verbos, em tempo, modo, aspecto, número e
pessoa.
São invariáveis (palavras que não admitem a flexão ou mudança, por exemplo em
género ou em número) os advérbios, as preposições, as conjunções e as
interjeições.
AS 10 CLASSES GRAMATICAIS
1. SUBSTANTIVO
Substantivação
Substantivo primitivo é aquele que não se forma de nenhuma outra e que, pelo
contrário, permitem que delas se originem novas palavras numa língua. Ex: fumo,
terra, novo, árvore, folha, flor, carta, dente.
Substantivo simples é aquele que possui apenas um único radical, seja primitivo,
seja derivada. Ex: mar; novidade, fumo, fumaça, terreno.
Substantivos comuns são nomes de coisas, animais, pessoas não únicas ou não
individuais. Ex: homem, montanha, professor, mulher, planeta, país, rio, animal,
estrela, flor, etc.
São, segundo Rodrigues Lapa, aqueles que a sua coisa nomeada atinge pelo
menos um dos cinco sentidos humanos (visão, audição, olfacto, paladar e tacto).
Ex: armário, cidade, formiga, sereia, abacateiro, etc.
Substantivos abstratos são nomes de coisas pertencentes ao mundo não físico.
Indicam noções, estados, qualidades, sentimentos ou acções.
São, segundo Rodrigues Lapa, aqueles que a sua coisa nomeada não atinge
nenhum dos cinco sentidos humanos (visão, audição, olfacto, paladar e tacto). Ex:
dor, tristeza, amor, pureza, maturidade, lealdade, atenção, clareza, honestidade,
conquista, paixão, etc.
Substantivos biformes
Os substantivos que mudam de forma para indicar seres humanos ou animais
pertencentes aos gêneros oposto: uma forma para o masculino e outra para o
feminino, podem apresentar um mesmo radical ou radicais diferentes; no primeiro
caso, a formação do feminino está ligada principalmente à forma da terminação da
palavra: maior parte dos substantivos terminados em -o forma o feminino pela
substituição desse -o por -a; ex: menino/menina; gato/gata; pombo/pomba; etc.
Maior parte dos substantivos terminados em -ão forma o feminino pela substituição
de -ão por -ã. Ex: cidadão/cidadã; órfão/órfã; anfitrião/anfitriã.
Outros terminados em -ão forma o feminino pela substituição de -ão por –ao. Ex:
leão/leoa, patrão/patroa, leitão/leitoa. Nos aumentativos, a substituição é por -ona:
sabichão/sabichona, valentão/valentona; excepto nos pares sultão/sultana;
cão/cadela; ladrão/ladra; perdigão/perdiz; barão/baronesa.
Além do determinante artigo, pode ser usado determinantes pronomes. Ex: meu
dentista / minha dentista; aquele estudante / aquela estudante.
Formação do plural
Plural dos Substantivos simples
¹ Exceções: aval (avais, avales), cal (cais, cales), cônsul (cônsules), fel (féis,
feles), mal (males), mel (méis, meles), mol (móis, moles).
² Cuidado com réptil e projétil, pois tais palavras também podem ser oxítonas
(reptil e projetil), logo há dois plurais para cada: reptis/répteis; projetis/projéteis. O
plural de til é tiles ou tis.
Ainda, por força da tradição, se recomenda que tais palavras não variem!
Veja mais!
– Aquela aluna passou na prova dos noves, com dois oitos consecutivos. Não
houve um isso que a reprovássemos.
Obs.: Os numerais terminados em -s (três) e em -z (dez) não geralmente se
pluralizam.
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen
costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a
seguir:
O diminutivo sintético pode não indicar apenas tamanho. É evidente também seu
valor afectivo. No uso efectivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau
são normalmente empregadas para conferir valores afectivos aos seres nomeados
pelos substantivos. Observe formas como: amigão, partidão, bandidaço,
mulheraço; livrinho, ladrãozinho, entre outros. o que interessa é transmitir dados
como carinho, admiração, ironia ou desprezo, e não noções ligadas ao tamanho
físico dos seres nomeados.
2. ARTIGO
O Artigo é uma classe gramatical que funciona sempres como determinante 1, visto
que vem sempre antes do nome. Ele pode ser: definido ou indefinido.
Artigo indefinido emprega-se para indicar seres não conhecidos e do não domínio
da pessoa que fala. Ex: Um rapaz viu um filme. Neste exemplo, tanto rapaz como
o filme aparecem como não identificados, são apresentados como não conhecidos.
O Artigo pode indicar afetividade, familiaridade, intimidade. Por essa razão, aos
nomes de pessoas célebres da história e àquelas as quais se quer demonstrar
respeito, não se deve usar antes deles um artigo, excepto se antes do nome
aparecer o título.
O artigo (quer definido quer indefinido) pode aparecer contraído com algumas
preposições: a + o = ao; a +a = à; de + os = dos; em + o = no; per + o = pelo; per +
as = pelas; em + uma = numa; de + um = dum; etc.
3. ADJECTIVOS
1
- Além do artigo, funcionam como determinantes os pronomes possessivos, demonstrativos,
indefinidos e interrogativos quando postos antes do nome sem o papel anafórico ou catafórico.
muitas situações, a distinção entre ambos só é possível a partir de elementos
fornecidos pelo contexto:
a) o jovem angolano tomou-se participativo;
b) o angolano jovem enfrenta dificuldades para ingressar no mercado de trabalho.
Classificação
Adjectivos pátrios
Os adjectivos referentes a países, estados, regiões, cidades ou localidades são
conhecidos como adjectivos pátrios.
Conhecê-los é importante para evitar erros e construir frases mais concisas. Por
isso, leia com atenção as relações de adjectivos pátrios colocadas a seguir.
Adjectivos biformes
Possuem uma forma para o género masculino e outra para o género feminino. A
formação do feminino desses adjectivos costuma variar de acordo com a
terminação da forma masculina, de modo semelhante ao que acontece com os
substantivos.
Os adjectivos terminados em -ão trocam essa terminação por -a, -ona e, mais
raramente, por -oa: – são/sã, chorão/chorona, beirão/beiroa, catalão/catalã,
comilão/comilona
Nos adjectivos compostos por dois adjectivos, apenas o último elemento sofre
flexão: – cidadão luso-brasileiro, cidadã luso-brasileira, casaco verde-escuro, saia
verde-escura;
Normal
Comparativo
Superlativo
4. PRONOME
Classificação
1. Pronomes pessoais
Na língua culta, formal - falada ou escrita -, esses pronomes não devem ser
usados como complementos do verbo. Como em: "Vi ele na rua"; "Encontrei ela na
praça", "Trouxeram eu até aqui". Devem ser usados os pronomes oblíquos
correspondentes: "Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".
Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos exercem normalmente função de
complemento directo, complemento indirecto, e raramente outras funções
sintáticas. O lhe(s) pode exercer normalmente função de objecto indirecto, e
raramente outras. Por sua vez, os pronomes átonos o, a, os, as exercem função
de complemento directo
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes
o, os, a, as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas;
lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
2. Pronomes oblíquos tónicos: aqueles que soam mais: mim, ti, si, ele/ela,
comigo, contigo, consigo, (singular), vós nós eles, elas, si, connosco e
convosco (plural). Os pronomes do caso oblíquo tónicos são sempre usados
depois de uma preposição, diferente dos pronomes pessoais do caso recto:
Ex: Não existe nada entre mim e ti; isto foi dito a mim na quarta-feira.
Note que as orações podem ser desdobradas, o que daria origem a "Trouxeram
vários livros para que eu lesse" e "Não saia sem que eu permita". Não resta dúvida
de que o pronome a ser empregado é mesmo do caso recto (eu).
Ênclise
Obs.: Os POAs “-lo, -la, -los, -las” virão sempre enclíticos aos infinitivos não
flexionados antecedidos da preposição a: “Estou inclinado a perdoá-lo. / Apesar
de tudo, continuo disposto a ajudá-la.” Com palavra atrativa: ver Casos
Facultativos, mais abaixo.
Próclise
É o nome que se dá à colocação pronominal antes do verbo. É usada nos casos
em que aparece um elemento atrativo antes do verbo, tais como:
Obs.: Após pausa (vírgula, ponto e vírgula... entre qualquer palavra atrativa e o
verbo), usa-se a ênclise: Não; esqueça-se de mim!
* já, talvez, só, somente, apenas, ainda, sempre, talvez, também, até, inclusive,
mesmo, exclusive, aqui, hoje, provavelmente, por que, onde, como, quando etc.
* que, se, como, quando, assim que, para que, à medida que, já que, embora,
consoante etc.
Mesóclise
É o nome que se dá à colocação pronominal no meio do verbo (extremamente
formal); ela é usada nos seguintes casos:
2. Pronomes possessivos
3. Pronomes demonstrativos
4. Pronome indefinido
Invariáveis (alguém, ninguém, cada, tudo, nada, outrem, algo, mais, menos,
demais, etc.
Como se verifica, por exemplo, na frase: alguém esteve lá durante minha ausência
e levou os documentos.; não é difícil constatar que o pronome alguém faz
referência a uma pessoa da qual se fala (uma terceira pessoa, portanto), porém de
forma imprecisa, vaga. É um termo que indica um ser humano de cuja existência
se tem certeza, todavia sua identidade não é conhecida.
5. Pronomes interrogativos
– Que é isso? (pergunta direta), – Quero saber que é isso. (pergunta indireta); – Quem é esse
rapaz? (pergunta direta), – Não sabemos quem é esse rapaz. (pergunta indireta); – De qual
pintura você está a falar? (pergunta direta), – Perguntaram qual é a altura dela. (pergunta
indireta); – Por quanto você vende esta garrafa? (pergunta direta), – Procurou saber quanto
custava o ingresso. (pergunta indireta).
6. Pronomes relativos
Variáveis (qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas quanto, quantos,
quantas).
Que é, sem dúvida, o pronome mais usado. Por isso, e/e é chamado relativo
universal. Usa-se com referência a pessoa ou coisa, no singular ou no plural, e
pode iniciar orações adjectivas. Ex: não diga nada que não seja sobre o trabalho.
Nunca se usa artigo antes ou depois do pronome cujo, mas quando o verbo da
oração na qual pertence o elemento possuído for regido de preposição, tal
preposição é de uso obrigatório antes do pronome cujo, como se nos dois últimos
exemplos apresentados acima.
Quem refere-se a pessoa ou a algo personificado. Ex: a mim, quem ensinou foi o
sofrimento; O computador a quem prezo meu respeito ajuda-me muito.
Onde é pronome relativo quando equivale a em que, no qual; deve ser usado,
portanto, unicamente na indicação de lugar. Ex: tu andaste a passear nas terras
onde cresci.
Quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando usados depois dos
pronomes indefinidos tudo, todos ou todas. Ex: trouxe tudo quanto me pediram.