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PORTUGUÊS - MÓDULO 5

 CLASSES DE PALAVRAS: IDENTIFICAÇÃO


E EMPREGO

Documento realizado por discentes do IFSul Campus


Camaquã. Revisado por Sandra Beatriz Salenave de
Brito, Doutora em Letras pela UFRGS.  
PORTUGUÊS - MÓDULO 5 
REVISADO POR SANDRA BEATRIZ SALENAVE DE BRITO DOUTORA EM LETRAS PELA 
UFRGS 
 
PORTUGUÊS - Módulo (5) 
 
Classe de Palavras 
 
Na  Língua  Portuguesa,  existem  10  classes  gramaticais,  ou  classes  de 
palavras,  sendo  elas:  Substantivo,  Verbo,  Adjetivo,  Pronome,  Artigo, 
Numeral,  Preposição,  Conjunção,  Interjeição  e  Advérbio.  Destas,  6  são 
do tipo variáveis, e as restantes são do tipo invariáveis. 
Como  o  nome  já  sugere,  as  classes  do  tipo  variáveis  se  flexionam,  indo 
ao  plural,  feminino  e  também  aumentativo e diminutivo, ou seja, variam 
em  número,  gênero  e  grau.  São  elas:  ​Substantivo,  Adjetivo,  Numeral, 
Artigo, Pronome e Verbo​.  
Já  as  do  tipo  invariáveis  possuem  a  característica  de  não  sofrerem 
variações. São elas: ​Preposição, Interjeição, Advérbio e Conjunção.​. 
 
 
 
Substantivo 
 
Basicamente,  substantivo  é  a  classe  gramatical  que  denominam 
objetos,  pessoas,  fenômenos,  lugares,  sentimentos,  estados, 
qualidades,  ações,  dentre  diversos  outros.  O  substantivo  geralmente 
está  relacionado  diretamente  com  o  verbo  da  oração  e  atua  como 
núcleo  das  funções  sintáticas  onde  está  inserido  (núcleo  do  sujeito, 
núcleo  do  objeto  direto,  núcleo  do  objeto  indireto  e  núcleo  do  agente 
da passiva). Os substantivos podem ser classificados em:  
 
Substantivos Simples 
 
Formados por apenas um radical, ou seja, apenas por uma palavra:  
Exemplo:​ amor, casa, cidade, pessoa, cachorro. 
 
Substantivo Composto 
 
Formados  por  dois  ou  mais  radicais,  ou  seja,  por  duas  ou  mais 
palavras.  
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Exemplo:  arco-íris,  segunda-feira,  passatempo,  planalto  (“plano  +  alto”, 
nesse  caso  o  substantivo  é  composto  por  aglutinação,  junção  de  duas 
palavras). 
 
Substantivo Comum 
 
Palavras  que  designam  os  seres  de  uma  mesma  espécie,  com 
características semelhantes, de uma forma genérica, ou seja, sem haver 
algum tipo de especificação.  
Exemplo:​ Cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. 
 
Substantivo Próprio 
 
Palavras  que  designam  os  seres  de  uma  mesma  espécie  de  uma  forma 
particular,  fazendo  com  que  sejam  distinguidos  dos  restantes.  Escritos 
com a primeira letra da palavra em maiúsculo.  
Exemplo: ​Londres, Paulo, Roberta, Tietê, Brasil. 
 
Substantivo Concreto 
 
São  substantivos  que  nomeiam  seres  com  existência  própria,  sendo 
independentes de outros seres. 
Exemplo: ​Homem, mulher, cadeira, mesa, cachorro. 
 
Substantivo Abstrato 
 
São  substantivos  que  nomeiam  seres  que  são  dependentes  de  outros 
seres  para  existir.  Elas  nomeiam  conceitos,  qualidades,  noções, 
estados, ações, sentimentos e sensações de outros seres. 
Exemplo: ​Pobreza, beleza, saudade. 
Para  entender melhor o conceito, pegaremos um exemplo. A beleza não 
existe  por  si  só,  ela  precisa  de  um  outro  ser  para  poder  caracterizar, 
pois alguém ou algo possui beleza. 
 
Substantivo Coletivo  
 
São  substantivos  comuns  que  designam  um  conjunto  de  seres  da 
mesma espécie.  
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Exemplo:  ​Arquipélago  (conjunto  de ilhas), cardume (conjunto de peixes), 
constelação  (conjunto  de  estrelas),  pomar  (conjunto  de  árvores  de 
fruto), rebanho (conjunto de ovelhas). 
O  coletivo  é um substantivo singular, mas com ideia de plural. Também, 
na  maioria  dos  casos,  a  forma  coletiva  se  constrói  a  partir  da 
adaptação  do  sufixo  da  palavra,  por  exemplo:  Arvoredo  (de  árvores), 
cabeleira (de cabelos) e freguesia (de fregueses). 
 
 
Substantivo Primitivo 
 
Substantivos  que  não  são  derivados  de  nenhuma  outra  palavra  da 
própria  Língua  Portuguesa.  Esses  substantivos  originam  os 
substantivos derivados.  
Exemplo: ​Folha, chuva, algodão, pedra, quilo. 
 
Substantivo Derivado 
 
Substantivos  que  são  derivados  de  outras  palavras,  ou  seja,  derivam 
dos substantivos primitivos. 
Exemplo: ​Folhagem, chuvada, pedregulho. 
 
Substantivo Comum de Dois Gêneros 
 
Substantivos que apresentam apenas uma forma para ambos gêneros.  
Exemplo:  ​O  ​estudante  /  a  estudante,  o  jovem  /  a  jovem,  o  artista  /  a 
artista. 
 
Substantivo Sobrecomum 
 
Substantivos  que  nomeiam  pessoas  e  apresentam  um  só  gênero  para 
masculino e feminino. 
Exemplo: ​A vítima, a pessoa, a criança, o gênio, o indivíduo. 
 
Substantivo Epiceno 
 
Substantivos  que  nomeiam  animais  e  apresentam  um  só  gênero  para 
masculino e feminino. 
Exemplo: ​A baleia, o besouro, o crocodilo, a formiga, a mosca. 
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Substantivo de dois números 
 
Substantivos que apresentam uma só forma para o singular e plural. 
Exemplo: ​O lápis / os lápis, o tórax / os tórax, a práxis / as práxis. 
 
Substantivos de Gênero vacilante 
 
São  objetivos  que,  ao  ocorrer  oscilação  de  gêneros,  são  usados  pelos 
falantes tanto no feminino quanto no masculino, apresentando o  
 
 
mesmo  significado.  Alguns  casos  é  correto  o  uso  de  somente  um  dos 
gêneros, em outros é aceitável o uso dos dois gêneros. 
Exemplo:  Substantivos  masculinos:  ​o  guaraná,  o  champanhe,  o  caudal. 
Substantivos  femininos:  ​A  alface,  a  dinamite,  a  grafite.  ​Substantivos 
usados  tanto  no  feminino  como  no  masculino:  ​O  personagem  /  a 
personagem, o sabiá / a sabiá, o sósia / a sósia.  
 
 
 
Adjetivo 
 
Adjetivos  são  palavras  que  irão  expressar  uma  característica  ao  ser, 
irão  ser  ligadas  diretamente  ao  substantivos,  “modificando”  o  sentido 
deles,  pois  os  adjetivos  irão  qualificá-los,  atribuir  características  para 
um  entendimento  completo  da  oração.  É  possível  classificar  os 
adjetivos  em  ​explicativos  ​e  ​restritivos​.  ​Explicativos  ​são  aqueles  que 
irão  explicar  características  que  são  próprias  daquele  ser,  por 
exemplo:  “A  neve  é  fria”,  apenas  está  explicando  uma  característica 
explícita  da neve, porque afinal toda neve é fria. ​Restritivos ​são aqueles 
que  irão  exprimir  características  que  não  são  próprias  daquele  ser, 
mas  que  no  momento  se  encontram  nessa  situação,  por  exemplo:  “A 
noite  é  fria”,  sabemos  que  nem  toda  noite  é  fria,  mas  a  frase  está 
restringindo  essa  característica  para  uma  determinada  noite,  e  não 
todas.  
 
Adjetivo Simples 
 
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Formado por somente uma palavra. 
Exemplo: ​claro, escuro, magro, alto. 
 
Adjetivo Composto 
 
Formado por duas ou mais palavras. 
Exemplo:​ castanho-escuro, rosa-choque. 
 
Adjetivo Primitivo 
 
Adjetivo que dá origem a outros adjetivos. 
Exemplo: ​belo, bom, feliz. 
 
 
 
Adjetivo Derivado 
 
Adjetivo que deriva de substantivos, verbos ou outros adjetivos. 
Exemplo: ​belíssimo, bondoso, formoso. 
 
Adjetivo Pátrio 
 
Adjetivo que indica a nacionalidade ou o lugar de origem de um ser. 
Exemplo adjetivo pátrio simples: ​Acre - acreano, Brasília - brasiliense. 
Exemplo  adjetivo  pátrio  composto:  ​Negociações  entre  Europa  e 
Estados Unidos - Negociações euro-americanas. 
Para  formar  adjetivos  pátrios  compostos,  eles  assumem  a  forma 
reduzida, menos o último adjetivo, que se mantém da mesma forma. 
 
Locução Adjetiva 
 
Locução  adjetiva  é  a  característica  para  expressar  duas  ou  mais 
palavras  quando  o  objetivo  é  contar  alguma  coisa.  Podem  ser 
formados  por  uma  preposição  e  um  substantivo  ou  preposição  e 
advérbio.  
Exemplo: ​Aves ​da noite -> ​Aves ​noturnas​, pneu ​de trás ->​pneu ​traseiro.  
O queijo ​de Minas Gerais​ é o mais gostoso. 
 
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Porém,  nem  sempre  a  locução  adjetiva  poderá  ser  substituída  por  um 
substantivo correspondente: 
Exemplo: ​As árvores da casa de Regina estavam​ ​sem flores. 
 
Flexão dos adjetivos 
 
O  adjetivo  varia  em  gênero,  número  e  grau.  No  caso  de  gênero,  eles 
concordam  com  o  substantivo  na  qual  se  referem,  masculino  ou 
feminino.  
 
No  caso  do  ​Gênero  Uniforme​,  o  adjetivo  possui  a  mesma  forma  para 
qualquer  gênero,  como  é o exemplo do adjetivo “feliz”, que é usado com 
a  mesma  escrita  tanto  para  masculino  quanto  para  feminino.  Quando 
o  adjetivo  for  uniforme,  composto  e  também  sofrer  uma  flexão  de 
gênero,  ficará  invariável  no  feminino:  ​conflito  político-social  ​e 
desavença político-social​. 
 
 
 
No  caso  do  ​Gênero  Biforme,  ​o  adjetivo  possui  duas  formas  :  Uma  para 
o  masculino  e  a  outra  para  o  feminino:  ​lindo  ​e  ​linda,  aberto  ​e  ​aberta, 
baixo  ​e  ​baixa.  ​Quando  o  adjetivo  for  biforme,  composto  e  também 
sofrer uma flexão de gênero, terá alguns diferentes casos:  
 
- Se  o  adjetivo  composto  for  formado  apenas  por  adjetivos,  o 
segundo elemento é variável: 
o moço norte-americano, a moça norte-americana.  
- Se  o  adjetivo  composto  for  formado  por  substantivo  e  adjetivo, 
ou adjetivo e substantivo, é invariável: 
amarelo-limão, o pássaro amarelo-ouro, a gaivota amarelo-ouro. 
- Há também casos de exceção:  
surdo-mudo ​e ​surda-muda​. 
 
Na  flexão  de  número,  os  adjetivos  simples  irão  para  suas  formas 
plurais  normais:  ​feliz  e  felizes,  dourado  e  dourados​.  Se  um  substantivo 
estiver  qualificando  um  elemento,  irá  se  transformar  em  adjetivo  e não 
irá variar: ​camisas cinza, ternos cinza. 
 
 
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Numeral 
 
Numeral  é  a  palavra  que  atribui  quantidades  a  algo  ou  coloca  em 
alguma  sequência.  É  importante  diferenciar  numeral  (escrito  em 
palavras) de algarismo (representado por números). 
 
Cardinais:  ​Apenas  nomeiam  o  número  de  seres,  indicam  contagem, 
medida. ​Um, dois, dez, cem, mil… 
Os  cardinais  que  variam  em  gênero  são:  ​um/uma,  dois/duas  e  os  que 
indicam centenas de duzentos/duzentas em diante. 
Os  cardinais  que  variam  em  número  são:  ​milhão  (milhões),  bilhão 
(bilhões), trilhão (trilhões), etc… 
Os demais cardinais são invariáveis. 
 
 
Ordinais:  ​Indicam  ordem  ou  lugar.  ​Primeiro,  segundo,  terceiro, 
quinquagésimo… 
Os ordinais variam em gênero e número. 
Exemplo:  ​primeiro  e  primeira,  segundos  e  segundas,  terceiros  e 
terceira, quinquagésimo e quinquagésima.  
 
Fracionários​: ​Indicam a parte de um inteiro. ​Meio, terço, um décimo… 
Os fracionários flexionam-se em gênero e número. 
Exemplo: ​Um meio, duas terças partes, quatro décimos. 
 
Multiplicativos:  ​Indicam  ideias  de  multiplicação,  mostrando  quantas 
vezes algo foi multiplicado. ​Dobro, triplo, quádruplo… 
Os  multiplicativos,  quando  empregados  em  função  de  substantivos, 
são invariáveis.  
Exemplo: ​Ana fez o dobro de gols, porém o triplo de faltas.  
Porém,  quando  empregados  em  funções  de adjetivos, eles flexionam-se 
em gênero e número.  
Exemplo: ​Teve de tomar doses triplas do medicamento. 
 
Coletivos:  ​Indicam  o  conjunto  de  algo,  determinando  a  quantidade 
desse conjunto. ​Dezena, dúzia, centena… 
Os coletivos flexionam-se em número. 
Exemplo: ​Uma dúzia, duas dezenas. 
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Para  designar  papas,  reis,  imperadores,  séculos  e  partes  em  que  se 
divide  uma  obra,  utilizam-se  os  ordinais  até  ​décimo  e  a  partir  daí  os 
cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo. 
 
Para  designar  leis,  decretos  e  portarias,  utiliza-se  o  ordinal  até  ​nono  e 
o cardinal de ​dez ​em diante: 
 
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) 
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) 
 
Ambos/ambas,  empregados  para  retomar  pares  de  seres  aos  quais  já 
se fez referências, também são considerados numerais. 
 
 
  
Artigo 
 
Artigo  é  a  palavra  que  se  posiciona  antes  de  um  substantivo  em  uma 
oração,  com  a  função  de  definir  um  nome  ou  então  indefinir.  Logo,  o 
artigo pode ser classificado como definido ou indefinido.  
  
Artigos definidos:​ ​a, o, as, os.  
Artigos indefinidos:​ ​uma, um, umas, uns. 
 
Com  isso,  é  possível  perceber  que  os  ​artigos  definidos  particularizam 
os  substantivos,  determinando-os  precisamente,  enquanto  os  ​artigos 
indefinidos ​deixam os substantivos de maneira vaga.  
 
“Eu  vi  o  menino”​.  Nesse  exemplo,  o  artigo  definido  deixa  claro  qual 
menino  foi  visto,  pois  em  um  contexto,  já  parte  de  que  sabe  quem  é  o 
menino.  
 
“Eu  vi um menino”​. Já neste exemplo, o artigo indefinido não deixa claro 
qual  foi  o  menino  visto.  A  pessoa  viu  um  menino, mas não sabe quem é 
o menino.  
 
Às  vezes  o  uso  do  artigo  na  Língua  Portuguesa  não  se  faz  necessária, 
podendo ser ocultado ou substituído.  
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“Aquela pessoa estava lavando seu carro”  
 
O  pronome  demonstrativo  “Aquela”    ​substitui  o  uso  do  artigo  definido 
“A”  sem  deixar  de  determinar  precisamente  quem  é  a  pessoa.  Logo 
depois  na  frase,  o  artigo  definido  “o”  é  oculto,  pois  o  pronome 
possessivo  “seu”  mais  o  artigo  deixaria  um  tanto  quanto  redundante  a 
frase, pois se é de alguém, está especificando.  
 
 
 
 
 
 
Pronome 
 
Pronomes  são  palavras  usadas  para  substituir,  determinar  ou 
acompanhar  substantivos.  Os  pronomes  apenas  irão  possuir  um 
significado  em  um  contexto,  não  possuindo  um  significado  próprio,  ou 
fixo.  Vale  lembrar  que  os  pronomes  apresentam  formas  diferentes 
relacionados  com  qual  pessoa  do  discurso  está se referindo. Caso seja 
a  primeira  pessoa  do  singular,  os  pronomes  podem  ser  ​“meu,  minha…”, 
caso  seja da terceira pessoa do singular, os pronomes podem ser “​dele, 
dela…”.  ​Esses  pronomes  previamente  apresentados  fazem  parte  dos 
pronomes  pessoais,  que  é  uma  das  diferentes  classes  que  serão  vistas 
neste módulo.   
 
Pronomes  Pessoais:  ​São  aqueles  que  substituem  os  substantivos  e 
indicam  a  pessoa  do  discurso.  São  divididos  em  três  classificações: 
Pronome Reto, Pronome Oblíquo ​e ​Pronome de Tratamento​. 
 
Pronome  Pessoal  Reto:  ​Esse  tipo  de  pronome  pessoal  irá  assumir  a 
função  de  sujeito  da  oração.  Os  exemplos  são:  ​Eu,  tu,  ele,  ela,  nós, vós, 
eles, elas.  
 
Eu ​comprei uma bicicleta. 
Tu ​compraste uma bicicleta. 
Ela (ele) ​comprou uma bicicleta. 
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Nós ​compramos uma bicicleta. 
Vós ​comprastes uma bicicleta. 
Elas (eles) ​compraram uma bicicleta.  
 
Os  pronomes  pessoais  podem  ficar  ocultos  em  uma  frase  quando  já 
mencionados antes, para que repetiçõe sejam evitadas. 
 
(Eu) ​comprei uma bicicleta. 
 
Percebe-se  que  fica  nítido  pela  sentença  que  quem  comprou  uma 
bicicleta foi a primeira pessoa do singular.   
 
Pronome  Pessoal  Oblíquo:  ​Esse  tipo  de  pronome  pessoal  irá  substituir 
os  substantivos  e complementar os verbos. Podem se dividir em ​tônicos 
e ​átonos​. 
 
Átonos:  ​Não  ​são  precedidos  de  preposição  e  substituem  os 
substantivos  que  possuem  função  de  objeto  direto  ou  indireto.  Os 
exemplos são: ​Me, te, o, a, se, lhe, nos, vos, os, as, se, lhes. 
 
Eu comprei-​a ​numa loja na internet -> objeto direto. 
Eu comprei-​lhe​, mas ele não aceitou -> objeto indireto. 
 
OBS:​ Lhe ​e ​lhes ​sempre exercem a função de objeto indireto na oração.  
 
Tônicos:  ​São  sempre  precedidos  por  preposições  (a,  para,  de,  com…), 
exercendo  a  função  de  objeto  indireto  da  oração.  Os  exemplos  são: 
mim,  comigo,  ti,  contigo,  ele,  ela,  si,  consigo,  nós,  conosco,  vós, 
convosco, eles, elas.  
 
Você comprou esta bicicleta para ​mim​? -> Objeto indireto. 
Eu comprei porque gosto de ​ti​ -> Objeto indireto. 
 
  Caso  Caso Oblíquo Átono  Caso Oblíquo 
Reto  tônico 

1ª pessoa do singular  Eu  Me  Mim, comigo 

2ª pessoa do singular  Tu  Te  Ti, contigo 

3ª pessoa do singular  Ela/Ele  A, o, se, lhe  Ela, ele, si, consigo 


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1ª pessoa do plural  Nós  Nos  Nós, conosco 

2ª pessoa do plural  Vós  Vos  Vós, convosco 

3ª pessoa do plural  Elas/Eles  As, os, se, lhes  Elas, eles, si, 
consigo 
 
Há também os ​Pronomes Reflexivos ​que funcionam como objetos direto 
e  indireto  e  também  referem-se  ao  sujeito  da  oração,  ou  seja,  indica 
que o sujeito pratica e recebe a ação.  
 
Eu não ​me ​orgulho disso. 
Maria conversou ​consigo​ mesma. 
 
Pronome  Pessoal de Tratamento: ​São formas mais corteses de se dirigir 
à  pessoa  com  quem  ou  de  quem  está  falando.  Os  exemplos  são:  ​você, 
senhor,  senhora,  senhorita,  Vossa  Senhoria,  Vossa  Excelência,  Vossa 
Eminência,  Vossa  Santidade,  Vossa  Reverendíssima,  Vossa  Alteza, 
Vossa  Majestade,  Vossa  Magnificência,  Vossa  Paternidade,  Vossa 
Majestade Imperial, Vossa Onipotência. 
 
A​ Vossa Excelência ​aceita meu convite para a cerimônia?  
 
Pronomes Possessivos 
 
Os  pronomes  possessivos  são  aqueles  que  transmitem  a  ideia  de 
posse, na qual gênero e o número concordam com o objeto possuído.  
 
Esta é a ​minha ​nova​ ​casa. 
Nós  trouxemos  ​nossas  ​roupas,  ​nossos  ​móveis  e  também  ​nossos 
eletrodomésticos. 
 
Além  de  sentido  de  posse,  os  pronomes possessivos podem apresentar 
outros sentidos. 
 
Oh, ​meu​ senhor, eu faço isso para você. -> respeito. 
Minha ​filha, por favor, não vá! -> afeto. 
Eu acho que a D. Helena já tem ​seus ​50 anos. -> cálculo aproximado. 
Seu ​irresponsável, nunca mais faça isso! -> ofensa.   
 
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Porém, é preciso ter cuidado com alguns outros casos. 
 
Agarrei-​lhe  ​a  sua  orelha  (Agarrei  a  sua  mão  ->  aqui,  apesar  de  ser  um 
pronome oblíquo, ele possui sentido de posse) 
Então  está  tudo  entendido,  ​seu  ​Jorge?  (A  palavra  ​seu  não  é  um 
possessivo) 
 
  Singular  Plural 

1ª pessoa singular  Meu/Minha  Meus/Minhas 

2ª pessoa singular  Teu/Tua  Teus/Tuas 

3ª pessoa singular  Seu/Sua  Seus/Suas 

1ª pessoa plural  Nosso/Nossa  Nossos/Nossas 

2ª pessoa plural  Vosso/Vossa  Vossos/Vossas 

3ª pessoa plural  Seu/Sua  Seus/Suas 

 
 
 
 
Pronomes Demonstrativos 
 
Os  pronomes  demonstrativos  são  utilizados  para  indicar  algo. Reúnem 
palavras  ​variáveis  (esse,  este,  aquele,  essa,  esta,  aquela)  e  ​invariáveis 
(isso,  isto,  aquilo).  Possuem  a  função  de  situar  alguém  ou  algo  no 
tempo, espaço ou no discurso. 
 
Este,  esta,  isto,  etc  ​são  usados  quando  o  que  está sendo demonstrado 
está perto da pessoa que fala ou no tempo presente. 
 
Esta ​caneta aqui é minha. 
 
Diferentemente,  os  casos  de  ​esse,  essa,  isso,  etc,  ​são  usados  ao  se 
referir ao destinatário, a pessoa a quem se fala. 
 
Essa ​caneta aí é sua. 
 
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Aquele,  aquela,  aquilo,  etc,  ​são  usados  quando  o  que  está  sendo 
demonstrado está longe de quem fala e da pessoa a quem se fala. 
 
Aquela ​caneta ali é dele.  
 
Outras  palavras  também  podem  atuar  como  pronomes 
demonstrativos. 
 
O,  a,  os,  as:  ​Quando  acompanharem  os  pronomes  “que”  e  “qual”  e 
podem  ser  substituídos  por  “aquele”,  “aquela”,  “aqueles”,  “aquelas”  e 
“aquilo”. 
 
Esse celular não é ​o​ que eu comprei. 
Essa loja não é ​a ​que eu te indiquei. 
 
Mesmo(s),  mesma(s),  próprio(s),  própria(s),  semelhante(s),  tal,  tais: 
Referem-se a coisas citadas anteriormente. 
 
Ela ​mesmo ​escreveu o artigo. 
Os ​próprios ​professores foram à rua. 
Não compre ​semelhante ​computador. 
Em ​tais ​momentos, é difícil acreditar em você. 
 
 
 
Pronomes Indefinidos 
 
São  empregados  na  3ª  pessoa  do  discurso  e  substituem  ou 
acompanham o substantivo de maneira vaga ou imprecisa. 
 
Alguém ​abriu a geladeira e tomou o suco. 
 
Pronomes  Indefinidos  Substantivos:  ​Assumem  o  lugar  do  ser  ou  da 
quantidade  aproximada  de  seres  na  frase.  ​algo,  alguém,  fulano, 
sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. 
 
Esta bicicleta é de ​alguém​? 
 
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REVISADO POR SANDRA BEATRIZ SALENAVE DE BRITO DOUTORA EM LETRAS PELA 
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Pronomes  Indefinidos  Adjetivos:  ​Qualificam  um  ser  expresso  na  frase, 
dando noção de quantidade aproximada. ​Cada, certo(s), certa(s)​. 
 
Certos ​momentos são inesquecíveis. 
 
 
Variáveis  Invariáveis 

algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns,  alguém, 


nenhumas, todo, toda, todos, todas, muito, muita, muitos,  ninguém, 
muitas, pouco, pouca, poucos, poucas, vário, vária, vários,  outrem, 
várias, tanto, tanta, tantos, tantas, outro, outra, outros,  tudo, nada, 
outras, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer,  algo , cada. 
quaisquer. 
 
Pronomes Relativos 
 
Os  pronomes  relativos  se  referem  a  um  substantivo  já  dito 
anteriormente na oração. Podem ser palavras variáveis e invariáveis. 
 
Oração simples: ​Eu comprei a bicicleta. Ela é vermelha. 
Oração com pronome relativo: ​Eu comprei a bicicleta que é vermelha. 
 
Além  de  substantivos,  as  palavras  com  os  quais  os  pronomes  relativos 
se  relacionam  podem  ser  substantivo,  pronome,  adjetivo,  advérbio  ou 
oração.  Contudo,  os  pronomes  “quem”  e  “onde”,  é  possível  que  sejam 
utilizados  sem  a  palavra  antecedente,  sendo  chamado  de  pronome 
relativo indefinido.  
 
Variáveis  Invariáveis 

O qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos,  Quem, que, onde. 


cuja, cujas, quanto, quantos, quanta, quantas. 
 
Pronome Interrogativo 
 
São  palavras  variáveis  e  invariáveis  empregadas  para  formular 
perguntas  diretas  e  indiretas.  Referem-se  à  3ª  pessoa  do  discurso  de 
modo impreciso. 
 
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Variáveis  Invariáveis 

Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.  quem, que. 


 
Quem  ​venceu  o  jogo?  ->  Interrogação  direta  / Diga-me ​quem venceu o 
jogo. -> Interrogação indireta. 
Qual  ​é  o  nome  do  projeto?  ->  Interrogação  direta  /  Gostaria  de  saber 
qual ​é o nome do projeto. -> Interrogação indireta. 
 
Quantas  ​pessoas  moram  em  Camaquã?  ->  Interrogação  direta  / 
Pergunte quantas pessoas moram em Camaquã. -> Indireta 
 
Verbo 
 
Verbos  são  palavras  que  indicam,  principalmente,  uma ação, mas além 
disso  podem  indicar  estado,  ou  a  mudança  de  um  e  fenômeno  da 
natureza.  Os  verbos  podem  se flexionar em número, ou seja, podem ser 
singular  (quando  possui  apenas  um  sujeito)  ou  plural  (quando  possui 
vários  sujeitos),  com  isso,  também  podem se flexionar em primeira (eu e 
nós),  segunda  (tu  e  vós)  ou  terceira  pessoa  (ele/ela  e  eles/elas).  Os 
verbos  se  flexionam  também  no  tempo,  podendo  ser  no  passado  (algo 
que  já  aconteceu),  presente (algo que está acontecendo no momento) e 
futuro (algo que irá acontecer).  
Além  dessas  flexões,  os  verbos  podem  também  ser  indicativo, 
subjuntivo  e  imperativo,  e  para  cada  modo  verbal,  há  alguns  tempos 
verbais correspondentes. 
 
Indicativo:​ ​Ação que certamente será concluída. 
Eu ​saio​ com meus amigos no final de semana. 
 
Tempos verbais do modo indicativo: 
Presente do: ​Ação que ocorre no momento da narração. 
Pretérito imperfeito: ​Ação ocorrida no passado de forma duradoura. 
Pretérito  perfeito:  ​ação  ocorrida  em  um  momento  específico  do 
passado. 
Pretérito  mais-que-perfeito:  ​Ação  ocorrida  antes  de  outra  ação 
passada. 
Futuro do presente: ​Ação ocorrerá em um momento futuro. 
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Futuro  do  pretérito:  ​Ação  poderia  ter  ocorrido  após  uma  ação 
passada. 
Pretérito  perfeito  composto:  ​Ação  que  ocorreu  no  passado  e  se 
prolonga até o momento presente. 
Pretérito  mais-que-perfeito  composto:  ​Ação  ocorreu no passado, antes 
de outra ação também no passado. 
Futuro do presente composto: ​Ação ocorrerá no futuro, mas que estará 
terminada antes de outra ação, também no futuro, começar. 
Futuro  do  pretérito:  ​Ação  poderia  ter  ocorrido.  É  condicionada  por 
uma ação passada.  
 
Subjuntivo:​ Ação duvidosa, que não sabe se será concluída. 
Talvez eu ​saia ​com meus amigos no final de semana. 
 
Presente: ​Ação que expressa hipóteses e desejos. 
Pretérito  imperfeito:  ​Ação  que  expressa  possibilidades  e  desejos,  na 
qual uma ação é condicionada por outra. 
Futuro  do  Subjuntivo:  ​Ação  que  expressa  a  possibilidade  de acontecer 
no futuro. 
Pretérito perfeito composto: ​Ação passada já totalmente concluída. 
Pretérito  mais-que-perfeito  composto:  ​Ação  anterior  a  outra  ação  já 
terminada no passado. 
Futuro  composto:  ​Ação  no  futuro  que  estará  terminada  antes de outra 
ação no futuro. 
 
Imperativo:​ ​Ação que indica ordem. 
Saia ​com seus amigos no final de semana. 
 
O  modo  imperativo  é  composto  por  afirmativo  e  ​negativo​, sendo que o 
afirmativo nunca é conjugado na 1ª pessoa do singular.  
Os  verbos  apresentam  diferentes  formas  nominais,  que  são:  ​infinitivo 
(verbo  não  conjugado:  amar,  fazer,  rir),  ​gerúndio  ​(verbo  que  apresenta 
uma  continuidade,  sempre  acompanhado  pela  terminação  “-ndo”: 
amando,  fazendo,  rindo)  e  ​particípio  (​verbo  que  apresenta  uma  ação 
concluída, geralmente terminado por “ado” ou “ido”: amado, feito, rido). 
 
Verbo regular​ é aquele verbo que o radical não muda, sempre é igual. 
Confiar: confi​-ar, ​confi​-as, ​confi​-am. 
 
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Verbo  irregular  ​é  aquele  verbo  que  o  radical  muda,  é  diferente  em 
alguns casos. 
Saber: ​Sei, sabes, sabe. 
 
Verbo anômalo ​é aquele verbo que não apresenta padrão.  
Ser: ​Sou, és, é. 
 
Locução  verbal  é  uma  sequência  de  dois  verbos  que  juntos  indicam 
apenas uma ação verbal: ​Vou andando, estão ajudando, tenho feito… 
 
A  Regência  verbal  ​indica  o  tipo  de relação que o verbo estabelece com 
seus  complementos.  Os  ​Verbos  transitivos  diretos  ​estabelecem 
regência  com  o  objeto  direto,  não  precisando  de  preposição  (“Assisti  o 
filme”).  Os  ​Verbos  transitivos  indiretos  ​estabelecem  regência  com  o 
objeto indireto, necessitando de uma preposição (“Andei de bicicleta”). 
 
Há  três  vozes  verbais  atuantes  que  indicam  a  posição  do  sujeito  na 
ação. 
 
Voz Ativa: ​O sujeito é o agente da ação. 
O garoto feriu seu irmão. 
 
Voz passiva: ​O sujeito é o paciente da ação. 
O garoto foi ferido por seu irmão. 
 
Voz reflexiva: ​O sujeito é o agente e paciente da ação. 
O garoto feriu-se. 
 
 
 
 
 
Preposição 
 
Preposição  é  uma  palavra  invariável  que  liga  dois  termos  da  oração 
que  são  subordinados  um  ao  outro,  estabelecendo  uma  certa  relação 
de  dependência  entre  elas.  Geralmente,  a segunda oração subordina a 
primeira,  ou  seja,  o  segundo  termo  explica  o  sentido  do  primeiro.  São 
elas,  as  preposições,  que  de  certo  modo  dão  coesão  e  estrutura  dos 
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textos,  tornando  possível  uma  maior  compreensão.  O  termo 
introduzido por preposição pode se referir a um verbo ou a um nome. 
 
Esta é uma música ótima ​para ​escutar. 
Os pais ​de ​Pedro moravam ​em ​Manaus. 
 
O uso de preposição então forma aquilo chamado de regência, na qual 
o  primeiro  elemento  (antecedente)  é  o  que  rege,  e  o  segundo 
(consequente) é o que cumpre o regime solicitado pelo antecedente.  
 
O celular caiu ​por ​aqui 
 
Por  ​é  a  preposição,  ​caiu  ​é  o  termo  antecedente  que  rege  a  frase  “por 
aqui” e ​aqui ​é o consequente, regido pela construção “caiu por”. 
 
Apesar  das  preposição  serem  invariáveis,  elas  podem  se  ligar  com 
outras  palavras  da  língua  e  estabelecer  relação  de  concordância  em 
gênero e número com as palavras às quais se ligam.  
 
de  +  o  =  do;  por  +  a  =  pela;  a  +  aquele  =  àquele;  a  +  a  =  à,  a  +  os  =  aos, 
entre diversas outras 
 
Preposições essenciais: ​Apenas funcionam como preposições. 
Preposições  acidentais:  ​Funcionam  como  preposições,  mas  também 
pertencem a outras classes gramaticais. 
 
Preposições essenciais  Preposições acidentais 

a, ante, após, até, com, contra, de, desde,  afora, como, conforme, consoante, 
em, entre, para, por, perante, sem, sob,  durante, exceto, feito, fora, mediante, 
sobre, trás.  menos, salvo, segundo, senão, tirante, 
visto. 
 
Locução  Prepositiva:  ​É  o  conjunto  de  palavras  que  servem  como 
preposições.  A  locuções  prepositivas  sempres  são  terminadas por uma 
preposição:  abaixo  de,  ​acerca  de, acima de, a fim de, além de, antes de, 
ao  invés  de,  ao  lado  de,  a  par  de,  apesar  de,  a  respeito  de,  atrás  de, 
através  de,  de  acordo  com,  debaixo  de,  de  cima  de,  dentro  de,  depois 
de,  diante  de,  em  frente  de,  em  lugar  de,  em  vez  de,  graças  a,  perto de, 
por causa de, por entre, etc... 
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Emprego das preposições: 
 
Assunto  Adoro falar ​sobre​ literatura com você 

Autoria  Essa música é ​de​ James Arthur. 

Causa  Eu estou cansado ​de ​correr. 

Companhia  Irei viajar ​com​ meus avós neste final de semana. 

Conteúdo  Guarde essa lata ​com​ achocolatado. 

Destino  Eu estou indo ​para ​a escola. 

Distância  Camaquã fica ​a ​60 km de Tapes. 

Especialidade  Gabriel formou-se ​em​ Técnico em Informática. 

Finalidade  Ganhei esses fones ​para​ escutar músicas. 

Instrumento  Lucas apresentou-se ​com​ violão. 

Lugar  Não estou ​em ​casa agora. 

Matéria  Minha casa é ​de ​tijolos. 

Meio  Vou sempre para a escola ​de ​ônibus. 

Modo  A decisão foi feita ​por ​votação. 

Oposição  O Internacional venceu o jogou ​contra ​o Grêmio. 

Origem  Este óculos veio ​da​ China. 

Posse  Esta caneta é ​da​ professora. 

Preço  Comprei este livro ​por​ apenas R$ 15,00. 

Tempo  Nossa família não viajou ​durante​ as férias do meu pai. 


 
Interjeição 
 
A  interjeição  é  uma  palavra  invariável  que  representa  um  recurso  da 
linguagem  que  expressa  sentimentos,  sensações,  estados  de  espírito, 
sendo  sempre  acompanhadas  de  um  ponto  de  exclamação  (!).  Muitas 
vezes  são  compreendidas  sozinhas,  sem  precisar  de  uma  frase 
antecedente  propriamente  dito,  sendo  conhecida  então  como 
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“palavra-frase”.  É  muito  comum  de  aparecer  em  histórias  de 
quadrinhos,  narrativas,  poesia,  músicas,  entre  outros.  Pode  ocorrer 
interjeições  iguais  para  diferentes  situações,  fazendo  com  que  seu 
sentido  seja  dependente  do  contexto  que  é  inserida  e  também  da 
entonação que é pronunciada.  
 
Locução  Interjetiva:  ​Ocorre  quando  duas  ou  mais  palavras  formam 
uma  expressão  com  sentido  de  interjeição:  Ora  bolas!,  Meu  Deus!  e 
Graças a Deus são alguns exemplos. 
 
Advertência  Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!, Calma!, 
Devagar!, Sentido!, Alerta!, Vê bem!, Volta aqui! 

Afugentamento  Fora!, Toca!, Xô!, Xô pra lá!, Passa!, Sai!, Roda!, Arreda!, 
Rua!, Cai fora!, Vaza! 

Agradecimento  Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito obrigada!, 


Valeu!, Valeu a pena! 

Alegria  Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Olé! Eta!, Eita!, Eia!, 
Uhu!, Que bom! 

Alívio  Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora! 

Ânimo  Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Eia!, Vamos!, Firme!, 


Inteirinho!, Bora! 

Apelo  Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia! 

Aplauso  Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!, 
Boa!, Apoiado!, Ótimo!, Viva!, Fiufiu!, Hup!, Hurra! 

Chamamento  Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó! 

Concordância  Claro!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois não!, 
Tá!, Hã-hã! 

Contrariedade  Droga!, Porcaria!, Credo! 

Desculpa  Perdão!, Opa!, Desculpa!, Desculpe!, Foi mal! 

Desejo  Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!, Quem me dera! 

Despedida  Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã! 

Dor  Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim! 

Dúvida  Hum?, hem?, hã?, Ué!, Epa! 


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Espanto  Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!, 


Xi!, Meu Deus!, Senhor Jesus!, Ui!, Crê em Deus pai! 

Estímulo  Ânimo!, Coragem!, Adiante!, Avante!, Vamos!, Eia!, Firme!, 


Força!, Toca!, Upa!, Vai nessa! 

Medro  Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Barbaridade!, Socorro!, 


Francamente!,, Que medo!, Jesus!, Jesus Maria e José! 

Satisfação  Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom!, Upa!, Ah! 

Saudação  Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve!, Ave!, Viva! 

Silêncio  Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Chega!, Calado!, Quieto!, Bico 


fechado! 
 
 
Advérbio 
 
Advérbios  são  palavras  que  modificam  um  verbo,  adjetivo  ou  até 
mesmo  um  outro  advérbio. Eles indicam em qual circunstância tal ação 
ocorreu.  
 
Meu pai chegou ​cedo. 
Aquele filme era ​muito ​ruim. 
Senti-me ​bem feliz ​ao receber aquela notícia.  
 
Flexão do Advérbio 
 
Grau comparativo de inferioridade (​menos + ​advérbio ​+ que) 
Ela digita ​menos lentamente que​ eu. 
 
Grau comparativo de superioridade (​mais + ​advérbio ​+ que) 
Ela digita ​mais rapidamente que​ eu. 
 
Grau comparativo de igualdade (​tão + ​advérbio ​+ quanto/como/quão) 
Ela digite ​tão lentamente quanto​ eu. 
 
Grau superlativo sintético: Advérbio ​+ sufixo 
Esse prédio é ​altíssimo. 
 
Grau superlativo analítico: ​Acompanhado de outro ​advérbio 
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Esse prédio é ​muito alto  
 
Classificação dos Advérbios 
 
Os  advérbios  são  divididos  em  diversas  classificações, dependendo da 
função que eles estão exercendo na oração.  
 
 
  Advérbio  Locução Adverbial 

Lugar  Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo,  À esquerda, à 
embaixo, acima, adentro, dentro, afora, fora,  frente, ao lado, em 
defronte, atrás, detrás , atrás, além, aquém,  cima, por perto, em 
antes, algures, nenhures, alhures, aonde,  volta. 
longe, perto. 

Tempo  Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde,  Pela manhã, de 
antes, ontem, tarde, breve, cedo, depois, enfim,  noite,de dia, à 
entrementes, ainda, jamais, nunca, sempre,  tarde, em breve, às 
doravante, outrora, primeiramente,  vezes, de vez em 
imediatamente, antigamente, provisoriamente,  quando, hoje em 
sucessivamente, constantemente.  dia, nunca mais. 

Modo  Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior,  Em silêncio, de cor, 


depressa, devagar, acinte, debalde e grande  ao contrário, às 
parte das palavras que terminam em "-mente":  pressas, à vontade, 
cuidadosamente, calmamente, tristemente,  passo a passo, em 
dentre outros.  vão, em geral. 

Afirmação  Sim, deveras, indubitavelmente,  Com certeza, sem 


decididamente, certamente, realmente,  dúvida, por perto, 
decerto, certo, efetivamente.  de fato. 

Negação  Não, nem, tampouco, nunca, jamais.  De forma alguma, 


de modo algum, de 
jeito nenhum, de 
maneira nenhuma. 

Dúvida  Possivelmente, provavelmente, acaso,  Com certeza, quem 


porventura, quiçá, será, talvez, casualmente.  sabe, por certo. 

Intensidade  Muito, demais, pouco, tão, quão, demasiado,  De muito, de pouco, 


bastante, imenso, demais, mais, menos,  de todo, em 
quanto, quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo.  excesso. 

Exclusão  Salvo, senão, somente, só, unicamente,   


apenas. 

ordem  Primeiramente, ultimamente, depois.   

inclusão  Inclusivamente, também, mesmo, ainda.  Além disso. 


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Interrogação  Por que?, onde?, como?, quando?..   
 
Conjunção 
 
A conjunção, assim como a preposição, é um importante elemento para 
fazer  conexão  entre  as  orações.  Logo,  a  conjunção  que  liga  duas 
orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.  
 
A criança baixou um jogo ​e​ jogou ​quando​ chegou em casa.  
 
Com este exemplo, podemos analisar três informações: 
 
- A criança baixou um jogo; 
- A criança jogou o jogo; 
- A criança chegou em casa. 
 
A  segunda  oração  está  ligada  à  primeira  pela  conjunção  “e”,  e  a 
terceira  está  ligada  à  segunda  por  meio  da  conjunção  “quando”.  Logo, 
“e” e “quando” ligam as orações. 
 
Locução  conjuntiva:  ​Ocorre  quando  duas  ou  mais  palavras  exercem  a 
função  de  conjunção:  ainda  que,  desde  que,  assim  que,  uma  vez  que, 
antes que, logo que, contanto que, se bem que, a fim de que… 
 
Ela irá estudar para o vestibular ​assim que​ chegar em casa. 
 
Classificação das Conjunções: 
 
As  conjunções  podem  ser  classificados  em  ​coordenativas  ​e 
subordinativas.  ​Serão  coordenativas  quando  os  elementos  ligados 
pela  conjunção  podem  ser  isolados  um  do  outro  e  permanecer  o 
sentido  da  frase. Serão subordinativas quando cada um dos elementos 
ligados pela conjunção depende da existência do outro.  
 
Conjunções Coordenativas 
 
O  Feriado  começou  ensolarado  ​e  ​as  crianças  invadiram  o  parque  da 
cidade.  
 
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Veja  como  isolando  as  duas  orações  por  um  ponto,  o  sentido 
permanece: 
 
O  feriado  começou  ensolarado.  As  crianças  invadiram  o  parque  da 
cidade. 
 
Aditivas:  Exprimem  uma  relação  de  soma,  adição,  continuidade  com  a 
oração anterior. 
Conjunções aditivas: e, nem (=e não), não, só … mas também. 
 
Exemplo:  ​O  deputado  denunciou  o  fato  ​e  ​apresentou  as  provas 
incontestáveis.  
 
Adversativas:  ​Exprimem  uma  ideia  contrária  à  da  outra  oração;  uma 
oposição, um contraste 
Conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto. 
 
Exemplo: ​A noite estava muito fria, ​mas ​as crianças brincavam na rua. 
Alternativas:  ​Estabelece  uma  opção  entre  dois  fatos,  de  tal  forma  que, 
ocorrendo um deles, o outro não se realiza. 
Conjunções alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer. 
 
Exemplo:  Ou  ​você  resolve  o  problema  sozinho,  ​ou  ​pede  ajuda  a  seus 
amigos. 
 
Conclusivas:  ​Exprimem  uma  conclusão,  ou  seja,  uma  continuidade 
lógica do fato referido na oração anterior. 
Conjunções  conclusivas:  logo,  portanto,  por  isso,  por  conseguinte,  pois 
(colocado após o verbo). 
 
Exemplo:  ​Tudo  foi  bem  planejado,  ​portanto  ​não  haverá  surpresas 
desagradáveis. 
 
Explicativas:  ​Exprimem  uma  explicação,  uma  justificativa  para o que se 
diz na outra oração coordenada. 
Conjunções explicativas: porque, que, pois (colocado antes do verbo). 
 
Exemplo: ​Leticia deve estar doente, ​porque ​faltou às aulas hoje. 
 
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Conjunções Subordinativas 
 
A festa já tinha terminado ​quando​ ela saiu. 
 
Perceba  que  não  é  possível  isolar  as  orações,  pois  elas  perderão  o 
sentido, logo, uma necessita da outra.  
 
Conjunções  subordinativas  integrantes:  ​Introduzem  uma  oração  que 
atua  como  sujeito,  objeto  direto,  indireto  e  predicativo, e que completa 
o sentido da oração principal. 
Conjunções integrantes: que, se. 
 
Exemplo: ​Espero que ela saia logo.  
 
Conjunções  subordinativas  adverbiais:  ​Indicam  que  a  oração 
subordinada  por  elas  exerce  a  função  de  adjunto  adverbial  da 
principal. Se classificam em:  
 
Casuais:  ​A  oração  subordinada  é  causa  da  ocorrência  da  oração 
principal. 
Conjunções  causais:  porque,  que,  como  (no  início  da  frase),  pois  que, 
visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que. 
 
Exemplo: ​Ele não fez o trabalho ​porque ​seu computador estragou. 
 
Concessivas:  ​A  oração  subordinada  apresenta  uma  ideia  de  contraste 
e contradição do acontecimento da oração principal. 
Conjunções  concessivas:  embora,  conquanto,  ainda  que,  mesmo  que, 
se bem que, posto que. 
 
Exemplo:  Embora  ​não  aceite,  farei  isso  pois  foi  decidido 
democraticamente.  
 
Condicionais:  ​A  oração  subordinada  indica  uma  hipótese  para 
ocorrência da oração principal. 
Conjunções  condicionais:  se,  caso,  contanto  que,  salvo  se,  a  não  ser 
que, desde que, a menos que, sem que. 
 
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Exemplo:  ​Não  irei  jogar  essa  semana,  ​a  não  ser  que  ​consiga  terminar 
meus trabalhos.  
 
Conformativas:  ​A  oração  subordinada  apresenta  uma  ideia  de 
conformidade em relação ao acontecimento da oração principal. 
Conjunções conformativas: conforme, como, consoante, segundo. 
 
Exemplo: ​Arrumei a casa ​conforme​ minha mãe pediu. 
 
Finais:  ​A  oração  subordinada  expressa  a  finalidade,  ou  o objetivo, com 
que se realiza a oração principal. 
Conjunções  finais:  para  que,  a  fim  de  que,  que,  porque  (quando  com  o 
mesmo sentido de que). 
 
Exemplo:  ​Fiz  a  leitura  atenciosamente  ​para  que  pudesse  entender 
corretamente. 
 
Proporcionais:  ​A  oração  subordinada  apresenta  uma  ideia  de 
proporcionalidade com o acontecimento da oração principal. 
Conjunções  proporcionais:  à  proporção  que,  à  medida  que,  ao  passo 
que, quanto mais… mais. 
 
Exemplo:  À  medida  que  ​eu  fazia  a  prova,  mais  coisas  do  conteúdo  eu 
lembrava. 
 
Temporais:  ​A  oração  subordinada  acrescenta  uma  circunstância  de 
tempo ao fato expresso na oração principal.  
Conjunções  temporais:  quando,  enquanto,  antes  que,  depois  que,  logo 
que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que. 
 
Exemplo:  ​O  time  de  futebol  começou  a  treinar  mais  ​depois  que  ​foi 
rebaixado.  
 
Comparativas:  ​A  oração subordinada apresenta uma comparação com 
o acontecimento da oração principal. 
Conjunções comparativas: como, assim como, tal, qual, tanto como. 
 
Exemplo: ​Quero fazer matemática assim como quero fazer história.  
 
PORTUGUÊS - MÓDULO 5 
REVISADO POR SANDRA BEATRIZ SALENAVE DE BRITO DOUTORA EM LETRAS PELA 
UFRGS 
 
Consecutivas:  ​A  oração  subordinada  expressa  a  consequência  da 
oração principal. 
Conjunções  consecutivas:  de modo que, de forma que, de jeito que, que 
(tendo  como  antecedente  na  oração  principal  uma  palavra  como  tal, 
tão, cada, tanto, tamanho). 
 
Exemplo:  ​Dormiu  tanto  durante  o  dia  que  não  conseguiu  dormir  de 
noite. 
 
Vale  lembrar  que  muitas  conjunções,  apesar  de  aparecer  em  uma 
classificação, elas podem aparecer com um outro sentido, ou seja, para 
classificar  corretamente  é  muito  mais  válido  perceber  o  contexto  do 
que decorar cada conjunção e sua classificação.  
 
Exemplo: ​Fez tudo diferente e nada mudou. 
 
Nesse  caso,  percebemos  que  a  conjunção  ​e  “​pertence”  a  classificação 
aditiva  das  conjunções  coordenativas,  porém  neste  contexto  que  está 
inserido,  faz  parte  da  adversativa.  Ao  trocar  ​e  ​por  ​mas  ​percebemos 
isso. 
 
Exemplo: ​Fez tudo diferente, mas nada mudou.  
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
NEVES,  Flávia.  ​Classes  gramaticais:  as  10  classes  de  palavras. 
Disponível  na  internet  em: 
https://www.normaculta.com.br/classes-gramaticais/​; 
 
MONTENEGRO,  Letícia  Gomes.  ​Classes  Gramaticais.  ​Disponível  na 
internet  em: 
https://www.infoescola.com/portugues/classes-gramaticais/​; 
 
PORTUGUÊS - MÓDULO 5 
REVISADO POR SANDRA BEATRIZ SALENAVE DE BRITO DOUTORA EM LETRAS PELA 
UFRGS 
 
Morfologia.  ​Disponível  na  internet  em: 
https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ 
 

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