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SEMIOLOGIA

VETERINÁRIA

Conceitos de semiologia

Semiologia é a parte da medicina que estuda e interpreta os métodos, os exames clínicos e pesquisa dos sinais
clínicos reunindo-os, dessa forma os elementos necessários para construir o diagnóstico e presumir a evolução da
enfermidade.

Semeion = sintomas e sinais.


Logia = estudo.

Saúde x Doença

A Saúde é o estado do individuo cuja funções orgânicas, físicas e mentais estão em situação normal. Já a Doença é o
vento biológico que se caracteriza por alterações anatômicas, fisiológicas ou bioquímicas, isoladas ou associadas.

Sintomas e sinais clínicos

Controvérsias entre conceitos de sintomas:

1. Sintoma é um indício de doença; sinal e o raciocínio feito após a observação de um determinado sintoma.
2. Sintoma é a manifestação anormal revelado pelo animal este sinal é composto por informações coletadas
durante o exame clínico e complementar.
3. não existe sintoma uma vez que o animal não consegue expressar verbalmente o que sente, existem apenas
sinais clínicos.

Sinal clínico

1. Local: Manifestação circunscrita e relacionada com o órgão envolvido. (Ex.: Claudicação);


2. Geral: Manifestação patológica resultante do comprometimento orgânico como todo. (Ex.: Endotoxemia);
3. Principal: te leva à uma ideia de qual sistema orgânico está envolvido (Ex.: Dispneia);
4. Patognomônico: sinais que só pertencem ou representam uma enfermidade. são raros (Ex.: andar plantígrado
em gatos).

Temos sinais clínicos conforme sua evolução:

1. Iniciais: primeiros indícios da doença;


2. Tardios: aparecem no período de estabilização ou declínio da doença;
3. Residuais: animal aparentemente recuperado porém ainda apresenta determinado sinal (Ex.: Mioclonia em
alguns casos de cinomose).

Sinais clínicos conforme o mecanismo de ação:

1. Anatômicos: alteração de um órgão ou tecido. (Ex.: Esplenomegalia);


2. Funcionais: alteração na função de algum órgão ou tecido. (Ex.: claudicação);
3. Reflexos: sinais distantes, longe da área do principal sintoma. (Ex.: sudorese por cólica, icterícia por hepatite).

Síndrome

é um conjunto de sinais clínicos, de múltiplas causas que afetam diversos sistemas e que quando em conjunto podem
caracterizar determinada enfermidade.

Exemplo: Febre e cólica.

Diagnóstico

Se trata de reconhecer uma enfermidade por suas manifestações clínicas e prever seu possível prognóstico.

Tipos de diagnóstico:

Diagnóstico clínico ou nosológico:

Feito através do exame clínico (anamnese, exame físico e ou complementares, sendo a conclusão sobre a
enfermidade).

Diagnóstico Terapêutico:

Após a avaliação, suspeita-se de determinada doença e faz-se a medicação, e em caso de melhora fecha-se o
diagnóstico.

Diagnóstico anatômico:

Modificação anatômica na estrutura de forma macroscópica (Ex.: Fratura).

Diagnóstico Etiológico:

Conclusão através da descoberta do fator/agente causador da doença (Ex.: Clostridium Tetani, Erlichia Canis).

Diagnóstico histopatológico:

Conclusão através da análise macro e microscópica de um tecido ou material.

Diagnóstico radiográfico, ultrassonográfico, eletrocardiográfico, laboratorial, sorológico, endoscópico, etc.:

Todos esses diagnósticos podem estar relacionados entre si.

Diagnóstico Provável, presuntivo e provisório:

São termos utilizados quando não se consegue estabelecer um diagnóstico exato da enfermidade de imediato.

Principais causas de erros de Diagnóstico:

1. Anamnese incompleta ou preenchida erroneamente;


2. Exame físico superficial ou feito às pressas;
3. Avaliação insuficiente dos métodos dos exames físicos disponíveis;
4. Conhecimento insuficiente dos métodos dos exames físicos disponíveis;
5. Impulso precipitado em tratar o paciente antes de estabelecer o diagnóstico.

Prognóstico

é o ato de prever a evolução da patologia e suas prováveis consequências.


1. Favorável: quando se espera uma evolução satisfatória.
2. Desfavorável: quando se prevê o término fatal ou possível óbito.
3. Reservado/Duvidoso/Incerto: quando o curso é imprevisível.

Tratamento

Conjunto de meios empregados visando a debelar uma doença ou proporcionar ao doente cuidados paliativos.

Tipos:

Meios cirúrgicos - (Ex.: Fraturas);


Medicamentosos - através de fármacos;
Dietéticos - tratamentos por meio da alimentação;
Paliativos - proporcionar qualidade de vida para o paciente sem solucionar a causa base.

Exemplos de Tratamentos:

1. Causal: tratamento direto da causa da patologia (Hipocalcemia - administra-se cálcio);


2. Sintomático: Trata somente o sinal (hipertermia);
3. Patogênico: procura modificar o mecanismo de desenvolvimento da doença no organismo (uso de soro
antitetânico, antiofídico);
4. Vital: procura-se evitar o aparecimento de complicações que possam fazer o animal correr risco de morte
(transfusão sanguínea).

Exames físicos

Inspeção:

Sentido utilizado: Visão.

“Antes de manipular o animal observe”.

O que observar:

1. Estado mental;
2. Postura e marcha;
3. Condição física ou corporal;
4. Estado dos pelos e pele;
5. Forma abdominal.

é preciso ter uma visão panorâmica e focal.

Inspeção Direta:

1. observa-se

Pelos, pele, mucosas, movimentos respiratórios, secreções, aumento de volume, cicatrizes, claudicações, ETC.

Inspeção Indireta:

Com o auxílio de aparelhos por exemplo: otoscópio, laringoscópio, Oftalmoscópio, raio x, microscópios,
ultrassonografias.

Palpação:

Sentido utilizado: Tato.


1. Com a mão espalmada: 1 ou 2 mãos;
2. com a mão espalmada usando apenas as polpas digitais e parte ventral dos dedos;
3. Usando-se o polegar e o indicador, formando uma pinça;
4. com o dorso dos dedos ou das mãos (específico para temperatura);
5. Pesquisa de flutuação: com a palma da mão sobre a tumefação.

Digito pressão:

realizada com a polpa do polegar ou indicador

indica dor;
sinal de godet positivo (edema).

Vitro pressão: com lamina de vitro.

Ex.: diferenciar eritema de púrpura.

Eritema some com a pressão da lamina, púrpura permanece.

Tipos de consistência:

mole: volta a forma normal após cessar a pressão, macia (ex.: tecido adiposo);
Firme: cede a pressão, mas acaba voltando ao seu estado original (Fígado, músculo);
Dura: Estrutura não cede à pressão (tecidos calcificados, ossos, tumores);
Pastosa: Cede facilmente à pressão e permanece a impressão do objeto (edema: sinal de godet positivo);
Flutuante: Acumulo de líquido (pus, sangue, soro) resulta em movimento ondulante;
Crepitante: quando algum tecido possui ar ou gás em seu interior (Enfisema subcutâneo);
Frêmito: “ruído palpável” vibração perceptível ao tato (vibração da artéria uterina na gestação).

Auscultação

Sentido utilizado: Audição

1. Direta: Ouvido diretamente no órgão escutado.


2. Indireta: utilizando aparelhos (estetoscópio, fonendoscópio, Doppler).

Ruídos detectados na Ausculta:

Aéreos: movimento de massas gasosas (mov. inspiratórios);


Hidroaéreos: movimentação de massas gasosas em um meio líquido (borborigmo intestinal);
Líquidos: movimentação de massas líquidas em uma estrutura (sopro anêmico);
Sólidos: deve-se ao atrito de duas superfícies sólidas rugosas, como o esfregar de duas folhas de papel
(pericárdio nas pericardites).

Percussão
é feito através de pequenos golpes ou batidas, aplicados a determinada parte do corpo, que torna-se possível obter
informações sobre a condição dos tecidos adjacentes (porções mais profundas).

é realizada geralmente de duas formas:

Dígito-digital;
Martelo-plessimétrica.

Tipos de sons:

Claro: Órgãos com ar que possam se movimentar, som de média intensidade, duração e ressonância. Ex.:
Pulmão.
Timpânico: órgão cavitários ocos repletos de ar ou gás que produzem som de maior intensidade e ressonância,
como se fosse um tambor. Ex.: Estômago.
Maciço: Regiões compactas, poucas ressonâncias, curta duração e fraca intensidade. Ex.: Fígado.

Olfação

Sentido utilizado: Olfato

Alguns odores podem direcionar diagnósticos. Ex.: odor urêmico sugerem problemas renais, odor pútrido,
sugere miíase, parvovirose.

Contenção

Objetivo: restringir, tanto quanto possível, a atividade física do animal, na tentativa de realizar a avaliação do paciente
e/ou a execução de outros procedimentos (curativos, administração de medicamentos). Proteger o examinador, o
auxiliar e o animal. Evitar fugas e acidentes como fraturas.

Recomendações:

evitar movimentos bruscos e precipitados.


tentar ganhar a confiança do paciente.
iniciar com a contenção padrão mais simples para a espécie quando necessário evolui para métodos mais
enérgicos e radicais.

Contenção química:

Anestésicos - acrepran

Bloqueador neuropática - gabapentina

Contenção Física:

- Mãos

- Cambão

- Mordaça e focinheiras

- Bolsas de Contenção

- Gaiolas de Contenção

Exame físico
Porque um bom exame físico geral é importante?

os animais são incapazes de se comunicar, não sabem dizer o que sentem, onde dói;
muitas vezes a queixa principal do proprietário não corresponde ao problema real do animal;
permitir reconhecer o comprometimento de outros sistemas;
avaliar o estado geral do animal;
É um passo decisivo para o exame físico específico.

Níveis de consciência:

1. Alerta (normal);
2. Diminuído (deprimido, apático);
3. Aumentado (excitado).

Exame Físico - Postura e locomoção:

1. Normal ou anormal - sugerindo dor localizada, fratura, luxação ou doença neurológica;


2. Observe o animal em movimento e em repouso.

Exame Físico - Condição física ou corporal: Escores 1-5

1. Caquético;
2. Magro;
3. Normal;
4. Gordo ou sobrepeso;
5. Obeso.

Exame Físico - Pelame: "pele é o espelho da saúde"

1. Limpos, brilhantes ou eriçados.


2. Presença de ectoparasitas.

Exame Físico - Forma abdominal:

1. Normal
2. Anormal - ascite, timpanismo, abaulamento.

Exame Físico - Características respiratórias:

1. Eupneia -respiração normal.


2. Dispneia - ortopneia - taquipneia - bradipneia, secreção nasal (aspecto).

Outros: apetite, sede, defecação, vomito, secreções (vaginal, nasal, ocular micção, etc).

Exame Físico - Temperatura retal °C

Cão adulto - 37.5°C a 39.2°C


Gatos - 37.8°C a 39.2°C

Exame Físico - Frequência respiratória:

Cão jovem 20 a 20mpm


Cão Adulto 18 a 36 mpm
Gatos 20 a 30 mpm

Exame Físico - Frequência cardíaca:

Cão - 60 a 160 Bpm


Gato - 120 a 240 Bpm

Exame Físico - Tempo de preenchimento Capilar - TPC

Normal - rósea clara - 2s


Vasoconstrição- roséa pálida- 1s a 2s
Hipóxia - cianótica - 3s - 4s
Sequestro sanguíneo - congesta - >3s
Diminuição da pressão arterial - vermelho tijolo - >6

Exame Físico - Grau de Desidratação

Exame Físico - Exames das mucosas:

1. Conjuntiva palpebral superior e inferior;


2. pálpebra (membrana nictitante);
3. Conjuntiva (bulbar ou esclerótica);
4. Nasal;
5. Bucal;
6. Vulvar/prepucial;
7. Anal (raramente).

Obs.: observar coloração, ulcerações, hemorragias e secreções (aspecto).

Congestão: ingurgitamento dos vasos sanguíneos por processo infeccioso ou inflamatório, local ou sistêmico.
Cianose: coloração azulada da pele e mucosas indica a falta de oxigenação do tecido diminuição de
hemoglobina (não confundir com anemia ou choque).
Icterícia: é resultado da retenção de bilirrubina nos tecidos. Aparece nas patologias hepáticas, sistema biliar e
afecções hemolíticas.
Mucosas hipo e hipercoradas, normocoradas.

Obs.: mucosas anêmicas (errado), anemia a terminologia usada para exame hematológico.
Corrimentos:

Observar-se é uni ou bilateral. se for unilateral o indicativo é que a patologia seja local já se for bilateral é indicativo de
seja algo mais interno no trato respiratório.

Tipo de corrimento:

1. Fluido: líquido, aquoso, pouco viscoso e transparente.


2. Seroso: mais denso que o fluido, mais ainda transparente (processos virais, alérgicos e precede a secreção de
infecções ou inflamações).
3. Catarral: mais viscoso, pegajoso, esbranquiçado.
4. Purulento: mais denso e com coloração variável (amarelo esbranquiçado, amarelo esverdeado) indica
processos infecciosos, corpos estranhos).
5. Sanguinolento: vermelho vivo ou enegrecido (traumas, distúrbios hemorrágicos sistêmicos, processos
patológicos agressivos).

Linfonodos:

Características examináveis dos linfonodos.

1. Tamanho
2. Sensibilidade
3. Consistência
4. Mobilidade
5. Temperatura

Linfonodos palpáveis:

cães

mandibiulares +

pré-escapulares +
poplíteos +

mamários - somente quando infartados

inguinais +

gatos

mandibiulares +

pré-escapulares +-

poplíteos +

mamários - somente quando infartados

inguinais +-

Semiologia da pele

Funções da pele

1. Reservatório: água, vitaminas, ác.graxos, CHO, proteínas, etc.


2. imunorregulação: celular e humoral para controlar infecções.
3. Pigmentação: melanina.
4. Secreção: Glândulas sudoríparas e sebáceas.
5. Identificação
6. Percepção: tato: sensação de toque, calor e frio.

Outras funções da pele são: proteção contra percas, proteção contra injúrias, produção de substâncias
queratinizadas, flexibilidade e termorregulação.

Obs.: o sistema tegumentar é composto por epiderme, derme e hipoderme.

Examinando a pele:

1. Identificar o paciente.
2. Resenha:
Espécie
Idade
Demodicose e impetigo canino (cães jovens)
quadros hormonais (cães e gatos entre 6 e 10 anos)
raça
sexo
coloração.

Anamnese

queixa principal
antecedentes
procedência do animal (geográficos)
parentesco (predisposição genética)
início do quadro e tempo de evolução
tratamentos efetuados e suas consequências
periodicidade (alergias sazonais)
ambiente, manejo e hábitos (produtos de limpeza, calor de apoio, frequência de banhos, acesso à rua, tipo de
alimentação).
contactantes (mesma sp., outras sp.) (se vive no mesmo ambiente com outros animais).
presença de ectoparasitas

Calos de apoio - Manejo

Exame físico específico

Inspeção direta:

1. A primeira avaliação deve ser feita a distância (+/-2M), observando o todo, para depois se examinar de perto.
2. Ambiente muito bem iluminado com a luz branca ou natural;
3. observar a presença ou não de prurido. (lembre-se que o estresse pode ocultar prurido).

Prurido: tentar escalar de 0-10

intensidade
localidade
manifestação

Severo - Escabiose, atopia, hipersensibilidade alimentar, DAPE (dermatite alérgica a picada de pulga).

Moderado - demodicose (com contaminação), dermatofitose (com contaminação), piodermite.

Leve/ou Sem - Demodicose, dermatofitose, D.Hormonais Imunomediadas.

Exame físico específico

Inspeção indireta:

1. Observar se há falhas na pelagem (não confundir com diferenças raciais e trocas sazonais de pelo).
2. Observar a coloração da pele (icterícia, hiperemia).
3. Observar detalhadamente as lesões para caracterizar e classificá-las.

Identificar Raças

Classificação de lesões cutâneas:

1. Distribuição:
Localizada de 1 a 5 lesões cutâneas individualizadas.
Disseminada: +5 lesões cutâneas individualizadas.
Generalizada: acometimento difuso de mais que 60% da superfície corporal do animal.
Universal: comprometimento total da superfície corporal.
2. Topografia:
simétrica ou assimétrica.
Quadro hormonais, alopecias simétricas.
nem toda lesão simétricas é hormonal!! - DAPE.
3. Profundidade:
Superficiais ou profundas;
casos mais brandos → lesões superficiais.
casos mais graves → lesões mais profundas.
4. Configuração:
forma ou contorno;
algumas formas são características da dermatopatia apresentada;
Ex.: forma circular - dermatofitose.
5. Morfologia:
Alterações de cor:

Eritema: avermelhado (vasodilatação);


Enantema: eritema de mucosa;
Exantema: eritema disseminado e agudo;
Cianose: arroxeado (congestão);
Icterícia: pele amarelada (acúmulo de bilirrubinas);
Púrpura: extravasamento de hemácias na pele.

Eritema: animais com ausência de pigmento fica mais perceptível.

Classificação das púrpuras:

Petéquias (1cm);
Equimoses (>1cm);
Hipocromia: diminuição de pigmento;
Acromia: ausência de pigmento (vitiligo);
Hipercromia: excesso de pigmento;

Púrpuras - Petéquias e Equimoses:

Acromia - Vitiligo

1. formações sólidas
Processos:
inflamatório.
infeccioso.
neoplásico.
Pápulas: circunscrita e elevada (<1cm);
Placa: Elevada (>2cm);

Nódulos: circunscrito saliente ou não (1 a 3 cm);

Nodosidade ou tumor: circunscrito, saliente ou não (>3cm).

Semiologia do sistema digestório

Função do TGI: captação, digestão, absorção.

Os carnivoros não mastigação, apenas laceram os alimentos.

Fome é a desagradável sensação de vazio no estômago.

É a necessidadedo alimento. É um fenômeno físico.

Apetite: é o desejo por alimento (paladar).

Fenômeno psíquico, mental.

O apetitedeve se chegado na anmnese e/ou oferecendo alimentos ao animal. Apetite normal: normorexia.

Alterações no apetite:

Aumentado - polifagia
Diminuído - inapetencia
Perverdido - parorexia

Anorexia x Inapetência

Anorexia: total falta de apetite.

Inapetência: diminuição do apetite.

Investigar na anamnese se o animal apresenta apetite seletivo (caprichoso).


Se a Anorexia for acompanhada de emagrecimento progressivo ou febre (suspeita de doença sistêmica).

Ingestão de água:

Variável.

- Ingestão normal: normodispsia.

- Ingestão aumentada: polidipsia.

- Ingestão diminuída: Oligodipsia

- Ausencia de ingestão: adpsia.

Obs.: Cães e gatos ingerem aproximadamente 100ml/kg/dia de água.

HALITOSE:

É o odor alterado, desagradavel do ar expirado (hálito).

Decorrente de doencas bucais: como a presença de cálculo dentário, corpos estranhos e neoplasias.
Secundária a doenças que cursem com má digestão e uremia. Como: coprofagia, dieta rica em proteínas. Hálito
urêmico: probl. Urinário, odor de maçã verde (cetoacidose).

Disfagia:

Dificuldade ou impossibilidade de deglutição.

Características clinicas:

Dificuldade de mastigação
Engasgos
Sialorreia
Halitose
Apetite voraz

Identificação e localização:

Oferecer alimento e observar o animal comendo.


Inspeção cav. Oral
Palpação da região cervical.

Regurgitação:

É a eliminação retrograda e passiva do conteúdo esofágico.

O tutor chega geralmente com queixa de vômito: cabe ao veterinário diferenciar.


O material eliminado caracteriza-se por alimento não digerido.

Material em forma tubular (esofágica) é comum em gatos.


Escore corporal 1-2 (caquexia) indica insuficiência na alimentação.
RX normalmente leva à um diagnóstico (corpos estranhos dilatação esofágica - megaesôfago).

Vômito:

Êmese é a ejeção forçada de conteúdo gástrico pela boca.

Precedido por sinais prodrômicos:

Inquietação
Ansiedade
Náuseas
Aumento da FR

Presença de bile: vômito amarelo (conteúdo duodenal).

Mímica do vômito: contrações abd. Rítmicas e retidas, extensão do pescoço, abertura da boca e expulsão do
conteúdo gástrico.

Agudo: até 2 semanas.

Crônico:

De semanas há anos.
É secundário a doenças crônicas
Inspeção: o estado nutricional e aparência sugerem o tempo de evolução e gravidade do processo.

Hematêmese

Presença de sangue no vômito.

Diferenciar de hemoptise (tosse com sangue).

Geralmente é causada pro ulcerações gastroduodenal.

Coloração: desde de sangue vivo até uma coloração escura (borra de café).

E agora doutores? É vômito ou regurgitação?


Constipação:

Passagem de fezes dificultada, infrequente ou ausentes.

Sinais clínicos:

Esforço ao defecar
Palpação abdominal: acúmulo de fezes secas e endurecidas no cólon e reto.

Incontinência fecal = incapacidade de controlar a eliminação das fezes (relaxamento do esfíncter anal).

Diarreia:

Aumento anormal do volume fecal, da frequência e conteúdo liquido das fezes.

Anamnese

Aguda X crônica ⁰

Crônico: persiste por longos períodos, refratária a tratamento tradicionais. Sinal Clinico: Animais magros,
desidratados, pelos secos, quebradiços (desnutridos).

Agudo: até 2 semanas, geralmente são autolimitantes, respondendo bem a terapia. Sinal Clínico: Vômito, depressão,
febre, dor abdominal.

Origem: ID e IG.

Tenesmo e Disquezia:

Tenesmo: esforços improdutivos e repetidos defecação.


Animal assume a postura de defecar.

Elimina uma pequena quantidade de fezes e ainda permanece na posição.

Pode haver presença de muco/sangue.

Disquezia: É a defecação dolorosa.

Causada por lesão obstrutiva ou inflamatória do reto ou cólon distal.

Em felinos secundário a inflamação uretral

Exame físico: Palpação abd.

Hematoquezia e Melena

Hematoquezia: sangue vivo nas fezes (IG)

Estrias na superfície (cólon descendente/reto)

Misturado ao bolo fecal (cólon transverso/ascendente)

Melena: coloração escura das fezes resultante da presença de sangue digerido (estômago ou duodeno).

Dor abdominal:

Taquicardia

Taquipneia

Midríase

Depressão

Inapetência

Posicionamento anormal ("postura de prece").

Caquexia e Ascite:

Icterícia:

Coloração amarelada da pele, mucosas e esclera.

Exame físico

Identificação do paciente: espécie, raça idade.

Anamnese: procedência, ambiente, dieta e sinais clínicos.

Exame físico Geral: escore corporal, comportamento, atitude, postura, secreções, mucosas, formato abdominal.

Peso (escore corporal)


Estado nutricional
Temperatura
Fc e FR

Exame físico específico: localização dos sinais específicos como vômito, diarreia, regurgitação, Constipação.

Inspeção, palpação abdominal, percussão + ausculta e exame complementar - avaliação do fluído abdominal,
exames de imagem como RX e US.

Inspeção de abdome

Forma e perímetro - avaliando se existe simetria.

Fluidos ou gases em órgãos cavitários xomo estômago, intestino - abaulamentos assimétricos, fluidos tendem a se
depositar ventralmente, gás: posição dorsal.

Palpação do abdome

Posição quadrupedal.

Utilizam-se as duas mãos do examinador (toda região palmar e ponta dos dedos).

Avalia-se:

1. Sensibilidade;

2. Conteúdo abdominal;

3. Tentativa de identificação de regiões dolorosas.


Semiologia do sistema locomotor

Músculos
tendões e ligamentos
ossos
articulações
nervos

Postura e locomoções normais.

EXAME ORTOPÉDICO

Identificação do paciente
Anamnese
Habitat
Piso, acesso a rua, terrenos acidentados obstáculos (escada).
Frequência de exercícios;
Adestramentos prematuros
Alimentação
Alimentos caseiros na idade de crescimento. (Muito p e pouco Ca).
Doenças Sistêmicas
Cinomose, Erliquiose.

Indícios de doenças ortopédicas:

Claudicação:
Queixa + frequência.
Definição: Apoio parcial/cuidadoso do membro;
interfere na locomoção normal (passada + curta);
Evolução:
Aguda ou crônica;
Intermitente (Relacionada com exercício).
Impotência funcional:
Elevação do membro ao solo;
incapacidade de apoio do membro no solo (processo doloroso intenso)
Fratura, luxação, entorse, neoplasia.
Quando acontece em + de um membro.
doenças do disco intervertebral.
Somente MP’s de surgimento agudo.
Fratura de pelve ou compressão neurológica.
Impotência Funcional:

Paresia X Plegia

Paralisia: por definição é a perda da capacidade de movimento voluntário de um grupo muscular (Sinal plegia)
por disfunção neurológica.
Paresia: perda parcial do movimento (fraqueza), por disfunção motora (a porção sensorial está normal).

Alguns conceitos: Paraparesia (perda de tudo, neurológica e motora), paraplegia (fraqueza motora, neurológia e
muscular), tetraparesia e tetraplegia.

Indícios de doenças ortopédicas:

Esternal (agudo): compressões medulares por fraturas, luxações ou deslocamentos do disco IV (intervertebral).
Lateral (crônico): Doenças sistêmicas (cinomose, caquexia acentuada) e trauma cerebral - espinhal.

Exame físico ortopédico:

animal em estação e em marcha.


Postura
soluções de continuidade.
Hematomas
Onicogrifose generalizada ou parcial.
Assimetria: alterações inflamatórias ou infecciosas, neoplasias.

obs.: A atrofia patológica.

Alterações posturais:

decúbito
elevação do membro ao solo
déficit proprioceptivo (denervação do membro).
Semi-flexão do membro.
Apoio da face anterior das falanges distais.
Lesões ulcerativas na área de atrito.

Palpação:

Auxílio na localização da dor.


avaliação de tumefações.
mobilidades ósseas
instabilidades articulares.

Obs.: Sempre analisar o membro contralateral.

tumefações
temperatura local
proeminências ósseas
ossos longos
verifica-se a presença de fraturas com movimento de alavanca.
Coluna
cabeça
movimento de flexão e extensão
Articulações
ligamentos
teste de gaveta, teste patelar.

Exames complementares - Imagem:


Radiografia
Ultrassonografia
Tomografia
Ressonância Magnética

Semiologia do sistema urinário

Anatomia - S. U.

Superior:
rins e ureteres.
Inferior:
bexiga e uretra.
Espécie:
canina (dálmata);
felina.
Raça.
Idade:
Adulto;
Filhote;

Anamnese

Procurar indícios de doenças sistêmicas.


Apetite, vômito, fezes.
Específicos:
Urina (q, coloração, sangue);
Micção (freq, postura, dor);
Ingestão de água (freq, vol);
Doenças urinárias (histórico).

Anamnese - Específica:

Volume urinário?
Dificuldade em urinar?
Idas frequentes ao local de urinar?
Coloração da urina?
Presença de sangue?
Presença de Urólitos na urina?
Animal lambe a genitália com frequência?
Ingestão de água?

Deve-se ter atenção nos seguintes aspectos:

Coloração da urina.
Ingestão de água - cães.
Ingestão de água - gatos

Exame físico

Exame físico - Inspeção

micção:
1. frequência
2. postura
3. Retenção
4. Incontinência
Ex. Físico nos cães

1. posição, tamanho, consistência e dor


i. uretra: feminina
2. Secreção uretral ou prepucial
3. Tamanho, forma e consistência das porções palpáveis
4. anormalidades Peri uretrais.

Volume urinário diário:


Semiologia do sistema visual

Anatomia:
obs.: humor aquoso*.

Exame clínico

Exame clínico:

extensão do exame físico geral.


Sinais bilaterais: indicativo de patologia sistêmica.
Sinais unilaterais
Doenças locais.

Ex. Clínico oftalmológico:

Histórico e Anamnese:
Olho vermelho, secreção, tamanho do olho, etc.
Cegueira (bater em obstáculos).
Exame deve ser sistemático (bilateral).
Suspeita de cegueira (fazer o animal andar pelo consultório e observar se colide em objetos).
Inspeção:
Observar a região periocular (assimetria, aumentos de volume).
Presença de secreções (uni ou bilateral, qualificar).
Olho vermelho - eritema
pálpebras e margens palpebrais: mal posicionamento dos cílios.
entrópio;
ectrópio;
distiquíase;
triquíase;
cílio ectópico.
terceira pálpebra: protusão, corpos estranhos.
Sist. lacrimal: epífora (lacrimejamento), dacriocistite.
Obstrução do ducto lacrimal, abscesso.

Alterações que devem ser observadas:

Conjuntiva: eritema, quemose (edema na conj.), secreção ocular, hemorragias, neoplasia, calázio (hordéolo -
semelhante a terçol);
Córnea: perda de transparência, vascularização, alteração da superfície (úlceras), descemetocele (úlceras
profundas);
Esclera: Neoplasia, ruptura escleral, eritema, inflamação e pigmentação.

distriquiase

SEMIOLOGIA DO SISTEMA CARDIO RESPIRATORIO

PRINCIPAIS INDICIOS AO EXERCICIO

Simetria das narinas.

TIPOS DE RESPIRAÇÃO

OSCILACOES PATOLOGICAS DA FR

RITMO RESPIRATORIO

DISPINEIA INSPIRATORIA

SEMIOLOGIA DO SISTEMA NEUROLÓGICO

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