Você está na página 1de 13

Semiologia de Pequenos animais

Exame físico + Raciocínio clínico + Solicitação de Exames + Diagnóstico +


Abordagem terapêutica = Melhora clinica
Conceitos gerais
SINAIS
• Não se limita à observação da manifestação anormal apresentada pelo animal;
envolve, principalmente, a avaliação e a conclusão que o clínico retira do(s)
sintoma(s) observado(s) e/ou a partir de métodos físicos de exame. É um
elemento de raciocínio. Ao palpar uma determinada região com aumento de
volume, na qual se forma uma depressão que se mantém mesmo quando a
pressão é retirada, por exemplo, o diagnóstico sugestivo é de edema, resultando
no que se chama de sinal de Godet positivo.
• O sintoma, nesse caso, é o aumento de volume, que, por si só, não o
caracteriza, pois pode ser tanto um abscesso quanto um hematoma.
O examinador, por meio de um método físico de exame (palpação), obtém uma
resposta e utiliza o raciocínio para concluir que se trata de um edema.
SINTOMAS
• É todo fenômeno anormal, orgânico ou funcional, pelo qual as doenças se
revelam no animal (tosse, claudicação, dispneia).
• Diversos tipos de classificação de sintomas são descritos na literatura, dentre
os quais se destacam: sintomas locais; gerais; principais; e patognomônicos.
SINTOMAIS LOCAIS
• Manifestações patológicas aparecem claramente circunscritas e em estreita
relação com o órgão envolvido (claudicação em casos de artrite séptica
interfalángica distal; hiperemia da conjuntiva palpebral por irritação).
SINTOMAS GERAIS
• Manifestações patológicas resultantes do comprometimento orgânico como um
todo (endotoxemia) ou por envolvimento de um órgão ou de um determinado
sistema, levando, consequentemente, a prejuízos de outras funções do
organismo (neoplasia mamária com posterior metástase para pulmões).
SINTOMAS PRINCIPAIS
• Fornecem subsídios sobre o provável sistema orgânico envolvido (dispneia nas
afecções pulmonares; alterações comportamentais por envolvimento do sistema
nervoso)
SINTOMAIS PATOGNOMÔNICOS
• Os quais somente pertencem ou representam uma determinada enfermidade.
Em medicina veterinária, se existem, são extremamente raros.
• Um exemplo descrito como clássico é a protrusão da terceira pálpebra em
equinos, nos casos de tétano.
SÍNDROME
• É o conjunto de sintomas clínicos, de múltiplas causas e que afetam diversos
sistemas; quando adequadamente reconhecidos e considerados em conjunto,
caracterizam, por vezes, determinada enfermidade ou lesão (síndrome de Schift
Sherrington, síndrome cólica).
• EX: febre - ocorre ressecamento da boca, aumento da frequência respiratória
e cardíaca, perda parcial de apetite, oligúria, dentre outros, sendo a elevação de
temperatura (hipertermia) o sintoma preponderante.
CLASSIFICAÇÃO DE SINTOMAS QUANTO A PRODUÇÃO
1 ANATÔMICOS
Dizem respeito à alteração do formato de um órgão ou tecido (esplenomegalia,
hepatomegalia)
2 FUNCIONAIS
• Estão relacionados com a alteração na função dos órgãos (claudicação)
3 REFLEXOS
• São chamados, também, de sintomas distantes, por serem originados longe da
área em que o principal sintoma aparece (sudorese em casos de cólicas;
taquipneia em caso de uremia; icterícia nas hepatites
CLASSIFICAÇÃO DE SINTOMAS QUANTO A EVOLUÇÃO
1 INICIAIS
• são os primeiros sintomas observados ou os sintomas reveladores da doença
2 TARDIOS
• Quando aparecem no período de plena estabilização ou declínio da
enfermidade
3 RESIDUAIS
• quando se verifica aparente recuperação do animal, como as mioclonias que
ocorrem em alguns casos de cinomose
DIAGNÓSTICO
• NOSOLÓGICO OU CLÍNICO: O reconhecimento de uma doença com base nos
dados obtidos na anamnese, no exame físico e/ou exames complementares
animal (p. ex, pneumonia, tétano, raiva).
• TERAPÊUTICO: Não são incomuns os casos em que, após avaliar o animal,
em caso de suspeita de determinada enfermidade, o próximo passo seja a
realização de um procedimento medicamentoso e, se houver resposta favorável,
fecha-se o diagnóstico (p. ex, animal magro, pelos eriçados, deprimido, mucosas
pálidas: vermifugo).
• ANATÔMICO: Determinadas doenças produzem modificações anatômicas que
podem ser encontradas no exame macroscópico dos órgãos, tornando possível
estabelecer o diagnóstico, no qual se especifica o local e o tipo de lesão (p. ex.,
artrite interfalângica distal, fratura cominutiva do fêmur, lesão da válvula
tricúspide).
• ETIOLÓGICO: a conclusão do clínico sobre o fator determinante da doença (p.
ex., botulismo:
Clostridium botulinum; tétano:Clostridium tetani)
• ANATOMOPATOLÓGICO: o exame macro e/ou microscópico de peças
cirúrgicas, biopsias ou o exame post mortem, englobando os diagnósticos
anatômico e histopatológico.
• RADIOLÓGICO: A utilização rotineira dos raios X como auxiliar nas rotinas
clínica e cirúrgica.
• LABORATORIAL, SOROLÓGICO, ELETROCARDIOGRÁ FICO,
ULTRASSONOGRAFICO, ENDOSCÓPICO, etc..
DIAGNÓSTICO PROVÁVEL, PRESUNTIVO OU
PROVISÓRIO
• Em várias ocasiões, nem sempre é possivel estabelecer, de imediato, o
diagnóstico exato da enfermidade que ora se manifesta.
• Com a evolução do caso, deve-se tentar estabelecer o diagnóstico por
exclusão, eliminando-se, aos poucos, algumas hipóteses diagnósticas
inicialmente presumidas, pelas características do quadro sintomático
apresentado dia a dia e pela realização de exames complementares.
PRINCIPAIS ERROS PARA SE OBTER UM DIAGNÓSTICO
• Anamnese incompleta ou preenchida erroneamente
• Exame físico superficial ou feito às pressas
• Avaliação precipitada ou falsa dos achados clínicos
• Conhecimento ou domínio insuficiente dos métodos dos exames físicos
disponíveis
• Impulso precipitado em tratar o paciente antes mesmo de se estabelecer o
diagnóstico.
RESOLUÇÃO DE CASOS
• Elaboração de hipóteses
• Avaliação das hipóteses obtidas. Em geral, a elaboração de hipóteses domina
a parte inicial da investigação clínica, ao passo que a avaliação das hipóteses
se sobrepõe nos estágios finais do exame clínico.
• Informações mínimas sobre o caso
PROGNÓSTICO
• Consiste em se prever a evolução da doença e suas prováveis consequências.
A palavra é oriunda do grego (prognósticos = aquilo que deve acontecer).
• O prognóstico é orientado a partir de três aspectos:
• (1) perspectiva de salvar a vida; FAVORAVEL
• (2) perspectiva de recuperar a saúde ou de curar o paciente; DESFAVORAVEL
• (3) perspectiva de manter a capacidade funcional do(s) órgão(s) acometido(s).
RESERVADO
TRATAMENTO OU RESOLUÇÃO
• É o meio utilizado para combater a doença.
• Do conhecimento do estado do animal pelo exame clínico, surge a inspiração
das medidas necessárias para a solução do processo patológico.
• É possível utilizar meios cirúrgicos, medicamentosos e dietéticos; às vezes,
ocorre uma combinação desses recursos; em outras, o tratamento é feito
individualmente, de acordo com cada caso.
• Quanto à finalidade, o tratamento pode ser:
1 CASUAL: quando se opta por um meio que combata a causa da doença
(hipocalcemia: administra-se cálcio)
2 SINTOMÁTICO: quando visa combater apenas os sintomas (anorexia:
antipireticos, vitaminas) ou abrandar o sofrimento do animal (analgésicos
3 PATOGÊNICO: procura modificar o mecanismo de desenvolvimento da doença
no organismo (tétano: usa-se soro antitetânico antes que as toxinas cheguem
aos neurônios)
4 VITAL: quando se procura evitar o aparecimento de complicações que possam
fazer o animal correr risco de morte (transfusão sanguínea em pacientes com
anemia grave).
MÉTODOS GERAIS DE EXPLORAÇÃO CLÍNICA
Inspeção
"Nos olhos se concentra a turba dos sentidos". (William Shakespeare)
• Utilização da visão
• Inicia antes da anamnese
• Avaliação externa (pele, pelo formato abdominal, secreções, etc)
• Pode ser divida em: panorâmica (como um todo), localizada (regional), direta
(visão) e indireta (auxílio de aparelhos).
Palpação
"O sentir é indispensável para se chegar ao saber". (Antônio Damásio)
"O que o olho vê, a mão afaga".
• Utiliza-se o tato que complementa a inspeção
• Sensibilidade, temperatura, textura, formatos, dimensões, oleosidade
• Palpação abdominal, transretal, etc.
Tipos de consistência:
- Mole (tecido adiposo)
- Firme (músculo, figado)
- Dura (ossos, alguns tumores)
- Pastosa (edema - Godet positivo)
- Flutuante (líquidos)
- Crepitante (ar ou gás em interior)
Auscultação
• Avaliação de ruídos que os órgãos produzem
• Aplicada ao sistema cardiovascular, respiratório e digestório
• Pode ser direta ou imediata: quando se aplica o ouvido, protegido por um pano,
diretamente na área examinada, evitando, assim, o contato com a pele do
animal; ou indireta ou mediata: utilizam aparelhos (estetoscópio, Doppler)
• Tipos de ruídos audíveis:
- Aéreos: Passagem de ar pelas vias respiratórias
- Hidroaéreos: movimentação de gás em meio líquido (borborigmos)
- Líquidos (sopro anêmico)
- Sólidos (atrito de duas superfícies sólidas - pericardite)
Percussão
• Trata-se de um método físico de exame, em que, por meio de pequenos golpes
ou batidas, aplicados em determinada parte do corpo, torna-se possível obter
informações sobre a condição dos tecidos adjacentes e, mais particularmente,
das porções mais profundas.
• Pode ser:
- Direta ou imediata (digito-digital)
- Indireta ou mediata (martelo-pletismográfica)
• Tipos de sons:
-Claro
- Timpânico
- Maciço
- Sons especiais: metálico
Quadro de Fusão dos sons
Timpânico Hiper Encontrado quando se percutem áreas repletas de ar ou gás
Claro sonoro e cujas paredes estejam distendidas. Observado, por
exemplo, nos casos de pneumotórax, fases iniciais de
timpanismo gasoso etc.
Maciço Submaciço Quando a onda percutora atinge uma área com ar no seu
interior, estando sobreposta ou sobrepondo uma região sólida,
compacta. Observado com facidade na percussão nos limites
entre visceras maciças e ar (p. ex., porção do figado, em que
o rebordo pulmonar "repousa)

Nível de consciência
• Apático (diminuído)
• Normal
• Coma (ausente)
• Excitado (aumentado)
Postura
• Sentado: paralisia espástica
• Foca: paralisia fláscida
• Cavalete: tétano
• Normal
Estado nutricional
'Informe-se com seu médico veterinário sobre a utilização da tabela.
ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL • CÃES
• Caquético
• Magro
• Normal
• Obeso

Avaliação da pele
• Órgão extenso e complexo
• Reflete a saúde sistêmica
• Relação com o estado nutricional, emocional e manejo
• Pelagem, elasticidade da pele, espessura, hidratação
• Lesões: localizadas, generalizadas, única, múltiplas, simétricas ou
assimétricas.
• Hidratação: Tempo de prega cutânea
• Internação: 2x ao dia
• Cuidado: cães com excesso de pele, idosos.
DESIDRATAÇÃO GRAU EXAME FISICO
<5% Assintomática sem alterações físicas;
histórico/observação de perdas ou não
Ingestão de líquidos
perda discreta da elasticidade da pele
5 a 6% Leve (para a espécie canina, se assemelha à elasticidade
do felino hígido)
7 a 9% Moderada perda da elasticidade da pele, TPC discretamente
elevado, discretas enoftalmia e xerostomia
10 a 12% Severa perda acentuada da elasticidade da pele
(pregueamento prolongado), TPC elevado,
enoftalmia e xerostomia obvias; taquicardia e
alterações de puto podem estar presentes
13 a 15% Critica a sintomas definidos de choque (hipotermia,
muito seria taquicardia, pulso filiforme):óbito eminente
Avaliação de parâmetros vitais
Valores normais da frequência cardíaca em animais adultos
Espécie Batimentos por minuto (Bpm)
Cães 60 a160
Gatos 120 a 240
Equinos 28 a 40
Bovinos 60 a 80
Caprinos 95 a 120
Ovinos 90 a 115

Avaliação da respiração
Espécie Movimentos respiratórios por minuto
Caes 18 a 36
Gatos 20 a 40
Equinos 8 a 16
Bovinos 10 a 30
Caprinos 20 a 30
Ovinos 20 a 30

Avaliação de mucosas
• Identificação de doenças locais: tumores, inflamação, edema
• Indica saúde geral ou pode ser reflexão de doenças de outros
sistemas
• Utilizar local com boa iluminação ou luz artificial
• Mucosas avaliadas: oculopalpebrais, nasal, oral, vulvar, prepucial e anal
• Hidratação
Quadro 4.5 Avaliação do tempo de preenchimento capitar.
Animal sadio: 1a 2s
Animal desidratado: 2a4
Animal gravemente desidratado: » 5s

• Coloração de mucosas:
->Pálida -> Hiperemia
->Hipocorada
->Congesta
->Normocorada -> Cianótica
Causas da Coloração
Denominação Coloração Significado Principais causas
Pálida Esbranquiçada Anemia Ecto ou endoparasitose
Aplasia medular
Insuficiência renal
Falência circulatória periférica
Congesta ou Hiper Avermelhada Aumento da Inflamação ou infecção local
êmica permeabilidade Febre
vascular Congestão pulmonar
Endocardite
Pericardite traumática
Cianótica Azulada Distúrbios na Anafilaxia
hematose Obstrução de vias respiratórias
Exposição ao frio
Edema pulmonar
Insuficiência cardíaca congesta

Icterícia Amarelado Hiperbilirrubinemia Estase biliar (obstrução)


Anemia hemolítica imune
Isoeritrólise neonatal
Anemia hemolítica microangiopática
- Babesiose
- Anaplasmose
- Hemobartonelose
Hepatite tóxia elou infecciosa

Icterícia
Pré-hepática: Anemia hemolítica-> Anaplasmose, Babesiose, Hemobabesiose
Hepática: Hepática -> Bacteriana, viral, tóxica
Pós-hepática:
Avaliação de linfonodos
• O sistema linfático constitui uma via acessória pela qual os líquidos podem fluir
dos espaços intersticiais para o sangue
• A dilatação ou hipertrofia anormal dos linfonodos, que ocorre na maioria dos
processos infecciosos e inflamatórios
• Podem comprometer órgãos vizinhos
• Inspeção/palpação
• É necessário avaliar tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade e
temperatura de todos os linfonodos examináveis e sempre bilateralmente, para
que seja possível determinar se o processo é localizado (uni ou bilateral) ou
generalizado.
Linfonodos examináveis na rotina dínica.
• Mandibulares ou maxilares, cervicais superficiais ou pré-escapulares Subiliacos
(pré-femorais ou pré-crurais) Popliteos
Mamários
• Inguinais superficial ou escrotais
Avaliação de linfonodos
• Tamanho
• Sensibilidade
• Consistência
• Mobilidade
• Temperatura
Avaliação da temperatura corporal
• Palpação externa: aplicação do dorso das mãos
• Materiais: termômetros de mercúrio, termômetros digitais
• Técnica: lubrificação com vaselina e introdução do bulbo lateralmente no reto
• Glossário termométrico:
- Normotermia
- Hipertermia
- Febre ou pirexia (Síndrome)
- Hipotermia
Classificação da febre de acordo com o grau de elevação de
temperatura
Tipo Equinos Bovinos Cães
Febrícula 38 a 39° 39,5 a 40° 39,3 a 40°
Febre 39,1 a 40° 40,1 a 41° 40,1 a 41°
mediana
Febre alta 40,1 a 41° 41,1 a 42° 41,1 a 41,5°
Febre muito >41° >42° >41,5
alta

Semiologia do Sistema Respiratório- Sintomas


• Espirros • Tosse
• Secreção nasal • Disfonia
• Espirro reverso • Hemoptise
• Deformidade facial • Epistaxe
• Ronco • Dispneia
• Estridor • Ortopneia
• Cianose
Secreção Nasal
-Bilateral ou Unilateral
Tipos de Corrimentos
- Fluido
- Seroso
- Catarral
- Purulento
- Sanguinolento – Epistaxe -> unilateral
Hemoptise- Bilateral (geralmente relacionada com lesão pulmonar)
Deformidades
Muito comum em doenças como Esporocricose e Criptococose
Estridor Laríngeo
O estridor é um som ofegante durante a inalação, resultante de uma obstrução
parcial da garganta (faringe), caixa de voz (laringe) ou traqueia.
Ortopneia
Em cães, a ortopneia normalmente inclui elevação e alongamento do pescoço e
abdução dos membros anteriores (para abrir a entrada torácica)
Cianose
Língua do chow chow é geneticamente roxa
Exame físico geral
• Inspeção
-Unilateral
- Bilateral
- Secreções: serosa, mucosa, purulenta, hemorrágica.
• Frequência respiratória: 20 a 30 mpm
-bradipneia
-taquipneia
-apneia
• Ritmo respiratório: rápida, superficial, profunda
Tipo de respiração
- Costoabdominal - típica de cães e gatos
• Palpação
- Reflexo de tosse
- Lesões
• Auscultação
- Desafios: ronronar, hiperventilação
Quadro 8.4 Recomendações quanto à auscultação pulmonar em cães e gatos.
• Fazer a auscultação em sala silenciosa Manter o animal preferencialmente em estação
sobre a mesa Delimitar o campo pulmonar a ser auscultado Auscultar o tórax da frente para
trás e de cima para baixo (de maneira sistemática) Procurar auscultar, no mínimo, dois
movimentos respiratórios em cada ponto de auscultação Fazer auscultação comparativa
entre cada lado do tórax Toda área de anormalidade deverá ser auscultada novamente (para
ter certeza da alteração) e comparada com áreas normais

• Sons:
- Sibilos (ruídos contínuos e agudos - assovio)
- Estridor
- Crepitações
• Percussão torácica: som timpânico, submaciço e maciço.

Você também pode gostar