Você está na página 1de 1108

1

2
3
4
SUMÁRIO

14. A TECNOLOGIA DIGITAL COMO ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO EM SAÚDE DURANTE A PANDEMIA


DE COVID 19
16. ANÁLISE DA PECULIARIDADE DO SONO DE HOMENS EM UM INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR
17. AVALIAÇÃO TOXICOLOGICA DO NASTURTIUM OFFICINALE R. BR (AGRIÃO) FRENTE A ARTEMIA
SALINE LEACH
19. ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA FRENTE A PACIENTES EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA
21. CONSTRUÇÃO DE UMA CARTILHA EDUCATIVA SOBRE BOAS PRÁTICAS OBSTÉTRICAS PARA
APLICAÇÃO NA CONSULTA PRÉ-NATAL
27. ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO A PACIENTE COM PARALISIA CEREBRAL EM AMBIENTE HOSPITALAR:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
29. USO DO AVALIAÇÃO FOCALIZADA COM ULTRASSONOGRAFIA EM TRAUMA (FAST) NO ATENDIMENTO
DE URGÊNCIA EM SAÚDE
31. IMPLICAÇÕES NA SEGURANÇA DO PACIENTE RELACIONADO A SARS-COV-2 EM UM CTI: VISÃO DO
ENFERMEIRO
33. PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
35. SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE
40. RESTRIÇÃO DO MOVIMENTO DA COLUNA VERTEBRAL NO TRAUMA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
45. TRAUMATISMO FACIAL EM IDOSOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
47. INFLUÊNCIA DO FUMO PASSIVO NO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
49. MONITORIA DE CLINICA DE REABILITAÇÃO I EM TEMPOS DE PANDÊMIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
51. SÍNDROME DO X FRÁGIL: A RELEVÂNCIA DO RASTREAMENTO GENÉTICO EM PACIENTES COM
DISTÚBIOS COMPORTAMENTAIS
53. IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS INDICATIVOS DE ALEGAIS RESPIRATÓRIAS EM CRIANÇAS
55. CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NOS IMPACTOS À
SEGURANÇA DO PACIENTE
57. ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA NO ESTADO DO PARÁ NOS ANOS DE 2015 A 2020
59. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PARTO HUMANIZADO: REVISÃO DE LITERATURA
62. O USO DA NOVA CRANIOPUNTURA DA YAMAMOTO NA ABORDAGEM DA DOR MIOFASCIAL ASSOCIADA
À DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR.
63. REESTRUTURAÇÃO DA COMISSÃO ESPECIAL DE AVALIAÇÃO TÉCNICA DE ARTIGOS MÉDICO-
HOSPITALARES
65. EFICÁCIA DO TREINAMENTO DA MUSCULATURA DO ASSOALHO PÉLVICO NO TRATAMENTO DA
INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA GESTAÇÃO
67. CONSEQUENCIAS E IMPLICAÇÕES DA SÍNDROME DA RESPIRAÇÃO ORAL NA QUALIDADE DE VIDA:
UMA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR
69. TRATAMENTO CIRÚRGICO DO TUMOR DE WARTHIN: REVISÃO DE LITERATURA
70. A ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA NO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA
72. IMPACTO DA LASERTERAPIA PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS COM MUCOSITE
74. NÚMERO DE ÓBTOS INFANTIS POR FEBRE HEMORRÁGICA DEVIDO À DENGUE 2010 ATÉ 2020 –
REVISÃO DE LITERATURA
76. BATE-PAPO SAÚDE: PROJETO DE EXTENSÃO INTERINSTITUCIONAL. RELATO DE EXPERIÊNCIA PÓS
PANDEMIA, INSERÇÃO NO PRESENCIAL
78. O IMPACTO DA DEPRESSÃO NA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM FIBROMIALGIA
80. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS POR TRANSTORNO MENTAL E
COMPORTAMENTAL NO BRASIL, 2012 A 2021
88. AÇÕES DO ENFERMEIRO EM CASO DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
94. VIVENCIANDO A PSICOLOGIA PERINATAL NA GRADUAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
96. OS DESAFIOS DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUE PRESTAM ATENDIMENTO DOMICILIAR AOS
PACIENTES COM TRANSTORNO MENTAL
98. PERFIL CLÍNICO DOS IDOSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA
99. IMPORTÂNCIA DA PESQUISA DE Streptococcus agalactiae EM GESTANTES NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
NEONATAIS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
101. CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE SOBRE O FORMULÁRIO TERAPÊUTICO
NACIONAL
103. ANÁLISE DE CASOS DE DERMATOSES OCUPACIONAIS NO ANO DE 2022: UM PANORAMA NACIONAL.
104. ATIVIDADE ANTI-CANDIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Melaleuca alternifolia: UMA PROSPECÇÃO
CIENTÍFICA
106. MARCAPASSO VERSUS CARDIODESFIBRILADOR CARDÍACO: REVISÃO DE LITERATURA
109. UMA AVALIAÇÃO DO SINAN FRENTE AO IMPACTO DO COVID-19
111. ATENÇÃO PRIMÁRIA NA SAÚDE MENTAL DURANTE A PANDEMIA POR COVID-19
113. HORDÉOLO: UMA AVALIAÇÃO DESCRITIVA DOS TRATAMENTOS CLÍNICOS

5
115. O EMPODERAMENTO DA ENFERMAGEM NA ORIENTAÇÃO DE CUIDADORES DE IDOSO COM DOENÇA DE
ALZHEIMER
122. A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NO PERÍODO GESTACIONAL: UMA REVISÃO LITERÁRIA
124. ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES DIABÉTICOS SUBMETIDOS A
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO.
126. REFLEXÃO SOBRE O USO ABUSIVO DE ANABOLIZANTES: UMA ABORDAGEM NA PERSPECTIVA DE
REDUÇÃO DE DANOS
138. CONHECIMENTOS DE NUTRIÇÃO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO PROFISSIONALIZANTE DE UM
MUNICÍPIO DO CEARÁ
140. DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE DO SONO
142. OSTEOSSARCOMA EM MANDÍBULA
144. A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL NA PREVENÇÃO DA PRÉ ECLÂMPSIA
146. INTERVENÇÃO PSICOEDUCATIVA EM UMA UNIDADE CANGURU: RELATO DE EXPERIÊNCIA
148. COMO AS MULHERES PERCEBEM A ATENÇÃO DA ENFERMAGEM NO CLIMATÉRIO: Uma Revisão Integrativa
da Literatura
150. MEMÓRIA CARDÍACA: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL POUCO DISCUTIDO NA CARDIOLOGIA
152. MEDIDAS COMPORTAMENTAIS E FARMACOLÓGICAS NO TRATAMENTO DA ENXAQUECA
154. A VITAMINA D COMO UMA ALIADA NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DA COVID-19
156. DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO EM CRIANÇAS
158. QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE.
163. IMPACTOS E DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM QUADROS DE TRANSTORNO DE
ANSIEDADE GENERALIZADO (TAG)
167. USO MEDICINAL DO CANABIDIOL NO TRATAMENTO REFRATÁRIO DA EPILEPSIA
169. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E TRATAMENTO DO GRANULOMA PIOGÊNICO: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
171. RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DEVIDO AO USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PARA
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS
174. FRATURA EM DENTES ANTERIORES: ETIOLOGIA E PREVENÇÃO – UMA REVISÃO DE LITERATURA
175. A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DO SERVIÇO E ESTRUTURA DO BLOCO CIRÚRGICO: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
177. BRUXISMO NA INFÂNCIA
178. TRATAMENTO CIRÚRGICO DA LIMITAÇÃO DE ABERTURA BUCAL CAUSADA POR HIPERPLÁSIA DO PROCESSO
CORONOIDE: REVISÃO DE LITERATURA
179. FRATURA DE MANDIBULA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
180. PLASTICIDADE CELULAR EPIGENÉTICA: PARCEIROS EM TODOS OS MOMENTOS
182. MANEJO INICIAL MEDIANTE AS EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
184. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DOENÇA FALCIFORME: UMA REVISÃO NARRATIVA DA
LITERATURA
186. AS RECOMENDAÇÕES ATUALIZADAS DE TRATAMENTO DA PSORÍASE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
188. SIMPLIFICANDO O TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
190.ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE COM COLECISTECTOMIA POR VIDEOLAPARASCÓPIA:
REVISÃO INTEGRATIVA
192. OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA E ENTRAVES NO TRATAMENTO DE FERIDAS CRÔNICAS NO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE
194. ELEMENTOS PARA CONSTRUÇÃO DE INICIATIVAS HUMANIZADAS NA ASSISTENCIA NUTRICIONAL EM
UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO
196. USO DE ANNONA MURICATA NO TRATAMENTO DE CÂNCER: UMA REVISÃO
198.APLICAÇÃO BIOTECNOLÓGICA DO Ziziphus joazeiro Mart (JOAZEIRO) PARA SAÚDE HUMANA
200. RECURSOS VEGETAIS APLICADOS AO TRATAMENTO DA DIABETES: UM ESTUDO PROSPECTIVO DOS
ÚLTIMOS CINCO ANOS
202. OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A HIPERTENSÃO GESTACIONAL: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
204. SÍNDROME DE GOLDENHAR: RELATO DE UM CASO CLÍNICO
206. INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE NO ESTADO DE SANTA CATARINA: TENDÊNCIA TEMPORAL ENTRE 2011
E 2021
208. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA FRENOTOMIA EM LACTENTES
209. FATORES QUE INFLUENCIAM NA SEGURANÇA DO RECÉM NASCIDO EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA NEONATAL: REVISÃO INTEGRATIVA
211.PREVALÊNCIA DA CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS
213. AS REPERCUSSÕES DA MASTECTOMIA NA PERCEPÇÃO DA MULHER SOBRE A AUTOIMAGEM
217. IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E TRATAMENTO DA PERICORONARITE ASSOCIADA AOS TERCEIROS
MOLARES: UMA REVISÃO DE LITERATURA
219. PTERÍGIO: PROCESSO DE IRRITAÇÃO OCULAR CRÔNICO E ANÁLISES DE INTENÇÃO DE TRATAMENTO
221. TERAPIAS NATURAIS COMO ATENUANTE DA LEISHMANIOSE EM HUMANOS
222. CUIDADOS COM TRATAMENTOS PALIATIVOS: DIFERENTES ASPECTOS QUE AUXILIAM OS ENFERMOS
228. APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DA BIOLOGIA MOLECULAR COMO MÉTODO DE DIAGNÓSTICO DAS
DERMATOFITOSES: REVISÃO DE LITERATURA
234. TRANSFORMAÇÕES HORMONAIS E SUAS INFLUÊNCIAS SOBRE A PELE EM PACIENTES NA MENOPAUSA
236. CARACTERISTÍCAS DAS MORTES POR AIDS EM IDOSOS RESIDENTES NO ESTADO DE GÓIAS
238. AFETO E EMOÇÕES NA COGNIÇÃO SOCIAL: COMO OS SENTIMENTOS INFLUENCIAM O PENSAMENTO?
243. TRATAMENTO DA HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

6
244. OCORRÊNCIA DE COMPLICAÇÕES NA GASTROSTOMIA POR VIA ENDOSCÓPICA.
246. SAÚDE ATRAVÉS DAS GRADES: ATENDIMENTO À SAÚDE DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA NO BRASIL
248. PACIENTES DIABÉTICOS SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO:
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM APLICADOS NO INTRA-OPERATÓRIO
250. ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA PREVENÇÃO DE DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS
AO TRABALHO
258. MANEJO DE DIABETES MELLITUS TIPO 1 NA GRAVIDEZ
260. PREVALÊNCIA DA OBESIDADE E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA POR RENDIMENTO DOMICILIAR PER
CAPITA NO BRASIL
262. PERFIL DAS INTERNAÇÕES PEDIÁTRICAS EM CARÁTER DE URGÊNCIA EM UMA CAPITAL DA REGIÃO
AMAZÔNICA
264. REGULAMENTAÇÃO DA LAQUEADURA TUBÁRIA NO BRASIL: SIGNIFICADOS NA PERSPECTIVA DE
GÊNERO
272. NUTRIÇÃO EM PACIENTES COM DOENÇA DE CROHN
274. A INFLUÊNCIA DO USO DE ANTICONCEPCIONAIS ORAIS NA SAÚDE PERIODONTAL DA MULHER
276. RELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES POSTURAIS DA COLUNA CERVICAL E DISFUNÇÕES NA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR
278. RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA
280. HUMANIZAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E PERCEPÇÃO DOS CUIDADOS PALIATIVOS POR
FISIOTERAPEUTAS
288. REMODELAÇÃO ÓSSEA E TECIDUAL FACIAL POR MEIO DA BIOIMPRESSÃO TRIDIMENSIONAL
291. EPIDEMIOLOGIA DOS CASOS DE HANSENÍASE NO TOCANTINS NOS ANOS DE 2017 A 2022
293. IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS QUE PODEM OCORRER DURANTE A
GESTAÇÃO
295. LINFOMA INTRAVASCULAR DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: UM SUBTIPO RARO DE UMA CONDIÇÃO
COMUM
297. A DAPAGLIFOZINA COMO MEDICAÇÃO PROTETIVA NA DOENÇA RENAL CRÔNICA
299. A IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO-DENTISTA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
301. FRAGILIDADE MULTIDIMENSIONAL EM IDOSOS SEGUNDO A ESCALA DE LAWTON: UMA REVISÃO
306. ALTERAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS APRESENTADAS POR PACIENTES PRÉ CIRURGIA BARIÁTRICA:
RELATO DE CASOS
308.REPERCUSSÕES DA MASCTECTOMIA NA VIDA DAS MULHERES: UMA REVISÃO NARRATIVA
310.TRICOMONÍASE E COMPLICAÇÕES EM GESTANTES: REVISÃO DA LITERATURA
312. DESAFIOS PARA FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM CENTRO CIRÚRGICO: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
316. ASPIRINA COMO TRATAMENTO PROFILÁTICO PARA PRÉ ECLAMPSIA EM GESTANTES: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
318. A RELAÇÃO ENTRE A MÁ ALIMENTAÇÃO, OBESIDADE E OS RISCO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
320. DEPRESSÃO PÓS-PARTO E SUAS IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
322. QUALIDADE DE VIDA EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE: ANÁLISE RELACIONADA APÓS ATUAÇÃO NA
COVID-19
324. A RELEVÂNCIA DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
326. ANÁLISE DOS MOTIVOS DE EVASÃO À COLETA DO EXAME CITOPATOLÓGICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
328. IMPACTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DA MATERNIDADE NA VIDA DA MULHER
333. OSTEOPATIA, CICATRIZAÇÃO E TRATAMENTOS: REVISÃO DE LITERATURA
335. IDOSOS (AS) EM MOVIMENTO: (RE) CONSTRUINDO E RESSIGNIFICANDO O PROCESSO DE
ENVELHECIMENTO POR MEIO DA DANÇA DE SALÃO
344. ENSINO REMOTO NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NA PANDEMIA POR COVID-19: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
348. SAÚDE DO IDOSO INSTITUCIONALIZADO: UM ABANDONO NA SENIORIDADE – REVISÃO DE
LITERATURA
350. CÉLULAS POLIPLOIDES CANCERÍGENAS GIGANTES: DA ORIGEM À IMORTALIZAÇÃO
352. CORRELAÇÃO ENTRE COVID-19 E ANOSMIA
354. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS A
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO.
356. PADRÃO DE RECORRÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA RELACIONADO AOS GENES
BRCA1 E BRCA2
358. QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS PORTADORAS DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)
360. A INTUBAÇÃO SUPRAGLÓTICA COM MÁSCARA LARÍNGEA PELO ENFERMEIRO EMERGENCISTA
362. FISIOPATOLOGIA E MANEJO CLÍNICO DA DEPRESSÃO: UMA REVISÃO DA LITERATURA.
364. MANEJO DE OSTEORRADIONECROSE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
366. EFEITOS DO TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR
OBSTRUTIVA CRÔNICA: REVISÃO INTEGRATIVA
368. DESENVOLVIMENTO DE NANOPARTÍCULAS LIPÍDICAS COM NISTATINA PARA UMA AÇÃO
ANTIFÚNGICA
370. O IMPRESCINDÍVEL PAPEL DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA PARA A CONSTRUÇÃO DE UM
ATENDIMENTO HOLÍSTICO NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
373. CÂNCER DE PELE EM IDOSOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
375. IMPORTÂNCIA DO AUTOMANEJO PARA PACIENTES COM BRONQUIECTASIAS
377. PAPEL DA EQUIPES DE SAÚDE NO ATENDIMENTO A PACIENTES COM ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO

7
379. DIFICULDADES ENCONTRADAS NA VIVENCIA DE MÃES DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN
381. A APLICAÇÃO DO PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS) NA GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE DO
TRABALHADOR
383. A VIDA MICROBIANA NA FORMA PLANCTÓNICA E SÉSSIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
385. A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM ÚLCERA VENOSA E ARTERIAL
387. AVALIAÇÃO DA SEXUALIDADE FEMININA APÓS A UTILIZAÇÃO DA TERAPIA HORMONAL
389. EDUCAÇÃO SEXUAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE MENTAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
391. SEGURANÇA DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO
396. CUIDADOS DE ENFERMAGEM APLICADOS NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES COM PERFURAÇÕES
POR ARMA BRANCA E HISTÓRICO DE AUTOMUTILAÇÃO
398. ATUAÇÃO EXTENSIONISTA NO RASTREIO DA SÍFILIS NO AMBIENTE CARCERÁRIO: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
403. CONSEQUÊNCIAS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NA SAÚDE POPULACIONAL: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
405. ACESSO DE ADULTOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
407. SUPLEMENTAÇÃO COM PROBIÓTICOS NA PROFILAXIA DE TRANSTORNOS DEPRESSIVOS: PESQUISA
BIBLIOMÉTRICA
419. ALTERAÇÕES DECORRENTES DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E MÉTODOS UTILIZADOS NA
PREVENÇÃO DE QUEDAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
423 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL NA PREVENÇÃO DE DISFUNÇÕES
DO ASSOALHO PÉLVICO
425. A IMPORTÂNCIA DA TRIAGEM NEONATAL NO RASTREAMENTO DA FENILCETONÚRIA
427. DISFUNÇÃO MIOCÁRDICA INDUZIDA POR SEPSE E O AUXÍLIO DA ECOCARDIOGRAFIA PARA O
PROGNÓSTICO DE PACIENTES.
431. AGRANULOCITOSE RELACIONADA AO USO DE DIPIRONA
433. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: REVISÃO
INTEGRATIVA
435 FERRAMENTA PEDAGÓGICA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM ÉTICA MÉDICA EM UNIVERSIDADE
FEDERAL DO LESTE MINEIRO
437. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS
EM ENFERMEIROS NO BRASIL
441. GRAU DE CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS A RESPEITO DAS MANIFESTAÇÕES ORAIS DOS
TRANSTORNOS ALIMENTARES
443. MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
445. FRATURA TARDIA DE MANDÍBULA ASSOCIADA A EXODONTIA DE TERCEIRO MOLAR
446. ATENDIMENTO EMERGENCIAL AO PACIENTE PORTADOR DE POLITRAUMATISMOS DE FACE: REVISÃO
DE LITERATURA
449. REVISÃO INTEGRATIVA APLICADA AOS ESTUDOS ETNOBOTÂNICOS DAS PLANTAS MEDICINAIS DA
CAATINGA NO SEMIÁRIDO NORDESTINO
453. FISSURA LABIOPALATAL: ASPECTOS CLÍNICOS E TRATAMENTO
454. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM APLICADOS NO INTRA-OPERATÓRIO DE PACIENTES COM
PERFURAÇÕES POR ARMA BRANCA POR AUTOMUTILAÇÃO
456 OZONIOTERAPIA NA DOR MIOFASCIAL
458. FISIOPATOLOGIA DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.
460. MORTALIDADE POR MELANOMA CUTÂNEO NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA LITERATURA
463 INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO BRASIL
465. O USO DE CÉLULAS- TRONCO NO TRATAMENTO DA PSORÍASE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.
468. VIVÊNCIAS DE DISCENTES DE ENFERMAGEM ACERCA DAS AÇÕES DE SAÚDE VOLTADAS PARA
POPULAÇÃO IDOSA
470 LUTO E SÁUDE: AÇÃO SOCIAL COM ÊNFASE MULTIDICIPLINAR NO CEMITÉRIO RECANTO DA PAZ
472. RELEVÂNCIA DA DISCIPLINA DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS NA FORMAÇÃO ODONTOLOGICA: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
474. ACOMPANHAMENTO DOMICILIAR DE ENFERMAGEM AO PACIENTE IDOSO PORTADOR DE ALZHEIMER
476. CONHECIMENTO EM NUTRIÇÃO E LETRAMENTO NUTRICIONAL DOS ADOLESCENTES DO ENSINO
MÉDIO DO INTERIOR DO CEARÁ
478. ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA): EPIGENÉTICA COMO UMA FONTE DE RESPOSTAS
481. HIPERPLASIA GENGIVAL INDUZIDA POR BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
483. IMPACTO DO ESTRESSE GESTACIONAL NO DESENVOLVIMENTO FETAL: UMA REVISÃO DA
LITERATURA
485 DESAFIOS DA ADESÃO AO EXAME CITOPATÓLOGICO QUANDO REALIZADO POR ACADÊMICO DE
ENFERMAGEM DO SEXO MASCULINO
490. APLICAÇÃO DA LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE LESÕES POR PRESSÃO
496. RESILIÊNCIA FORTALECIDA PELA ESPIRITUALIDADE NOS ADOECIDOS POR NEOPLASIA MALIGNA NA
BUSCA DE QUALIDADE DE VIDA
497. IMPORTÂNCIA E IMPASSES NA PRÁTICA DO ACOLHIMENTO HUMANIZADO NA ATENÇÃO BÁSICA
502. NECESSIDADES BÁSICAS FISIOLÓGICAS ALTERADAS EM PESSOAS IDOSAS COM DEMÊNCIA: REVISÃO
DA LITERATURA

8
504 CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 NO CONTEXTO CARCERÁRIO: RELATO DE
EXPERIÊNCIA.
509. VALOR DE INTERNAÇÃO INFANTIL DEVIDO À ASMA DOS ANOS DE 2012 ATÉ 2022 - REVISÃO
EPIDEMIOLÓGICA
511 RISCOS DO USO OFF LABEL DA METFORMINA E FLUOXETINA PARA EMAGRECIMENTO: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
513. SINAIS DE COMPLICAÇÕES DECORRENTES DA CISTITE EM MULHERES
515. YAMAMOTO NEW SCALP ACUPUNCTURE: ABORDAGEM DA DOR MIOFASCIAL ASSOCIADA À
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR.
517. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS UMA REVISÃO NARRATIVA DA
LITERATURA
522. DETERMINANTES EM SAÚDE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO PRÉ-PANDEMIA DE COVID-19
534. PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA DE DOR NEUROPÁTICA EM PACIENTES COM CÂNCER DE CABEÇA E
PESCOÇO
536. PRINCÍPIOS GERAIS DO TRATAMENTO DAS FATURAS FACIAIS
537. PERIODONTOPATIA E O MAL DE ALZHEIMER: UM ELO EM ESTUDO
539. PERFIL DE INTERNAÇÕES PEDIÁTRICAS DE URGÊNCIA POR ASMA NO ACRE, 2014-2018
541. A INFLUÊNCIA DA HIDROCEFALIA NO DESENVOLVIMENTO MOTOR EM PACIENTES COM SÍNDROME DE
DANDY-WALKER
543 SEPTICEMIA FÚNGICA OCASIONADA POR CANDIDÍASE ORAL EM PACIENTE INTERNADO EM ÂMBITO
DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE CASO
551. RELEVÂNCIA DO RASTREAMENTO PRECOCE DO CÂNCER DE COLO UTERINO
553. DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE E PRINCÍPIOS FORMAIS DO DIREITO NO DOCUMENTÁRIO “SICKO”
557 Contribuição sobre infecção do trato urinário: uma revisão de literatura
559. A PRÁTICA HOLÍSTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR.
565 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DE ANTIRETROVIRAIS E OUTROS MEDICAMENTOS EM PACIENTES
INFECTADOS PELO VIRÚS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA
567. O USO DA LAVANDULA ANGUSTIFOLIA MILL. NO ÂMBITO DA AROMATERAPIA PARA O TRATAMENTO
DA ANSIEDADE
570. DEPRESSÃO EM CUIDADORES DE PACIENTES ONCOLÓGICOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
572. ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE NEUROPLASTICIDADE EM PACIENTES COM DEPRESSÃO
574. ÓBITOS INFANTIS NA REGIÃO CENTRO-OESTE DEVIDO À DENGUE DE 2012 ATÉ 2022 - REVISÃO
EPIDEMIOLÓGICA
575. POTÊNCIAIS TERAPÊUTICOS DOS COMPOSTOS BIOATIVOS DA Vitis vinifera L.
577. ASPECTOS ÉTICOS DO CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO NAS PESQUISAS EM AMBIENTE
VIRTUAL: ESTUDO REFLEXIVO
579 INFLUÊNCIA DA RELIGIÃO NA EDUCAÇÃO SEXUAL DE ADOLESCENTES: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
581. MANEJO CLÍNICO QUANTO AOS PROBLEMAS MAMÁRIOS DURANTE O ALEITAMENTO MATERNO
583. CUIDADOS IMEDIATOS DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO E A PROMOÇÃO DO VÍNCULO MÃE E
BEBÊ
585. GESTANTES INFECTADAS E CRIANÇAS EXPOSTAS: MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA A TRANSMISSÃO
VERTICAL DO HIV
587. TRABALHANDO AS EMOÇÕES: UMA EXPERIÊNCIA DE SALA DE ESPERA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE
589. ÍNDICE DE PUBLICAÇÕES DE ARTIGOS SOBRE BULIMIA EM PAÍSES DAS AMÉRICAS
593 IMPACTO DO PILATES NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA:
REVISÃO SISTEMÁTICA
595. USO DE EUPHORBIA TIRUCALLI NO TRATAMENTO DE CÂNCER: UMA REVISÃO
597 USO DE TECNOLOGIA LEVE-DURA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA.
602. IMPORTÂNCIA DA ESCALA DE GLASGOW NO DIAGNÓSTICO DE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO
ASSOCIADO AO TRAUMA FACIAL
604. A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM CRIANÇAS COM A DOENÇA FALCIFORME
606 PARTICULARIDADES DOS FATORES DE RISCO DA DOENÇA CARDIOVASCULAR NO SEXO FEMININO
608. VALOR EM INTERNAÇÕES INFANTIS POR INFECÇÃO MENINGOCÓCICA NOS ÚLTIMOS 10 ANOS NO BRASIL – REVISÃO
EPIDEMIOLÓGICA
610. ABALOS PSICOLÓGICOS DA MASTECTOMIA EM MULHERES DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE MAMA
612. ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES DIABÉTICOS SUBMETIDOS A CIRURGIA DE
REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA
614. MENINGITE CRIPTOCÓCICA EM PACIENTES COM HIV/AIDS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
617. GRUPOS PSICOTERAPÊUTICOS EM HABILIDADES SOCIAIS PARA ESTUDANTES DA FACISA/UFRN:
RELATO DE UMA PRÁTICA GRUPAL
619. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES ENVOLVENDO A LAGARTA DO GÊNERO LONOMIA EM
MINAS GERAIS: ESTUDO DOCUMENTAL
625. INFLUÊNCIA DA PLASTICIDADE CEREBRAL NO DESENVOLVIMENTO DE TUMORES MALIGNOS DE
SISTEMA NERVOSO CENTRAL NA INFÂNCIA
628. A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DOS ADOLESCENTES: UMA
REVISÃO DA LITERATURA
630. BIOSSEGURANÇA: MÉTODOS E PREVENÇÃO NO CONTROLE DE CONTAMINAÇÃO EM INTERVENÇÕES
CLÍNICAS ODONTOLÓGICAS
632. O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

9
636. PRINCIPAIS FATORES QUE CORROBORAM A RECUSA FAMILIAR À DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS
PARA TRANSPLANTE
638. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES COM MENINGITES VIRAIS
644. BENEFÍCIOS DA INTERVENÇÃO PRECOCE NA CRIANÇA AUTISTA
646. A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE CRIANÇAS COM
FIBROSECÍSTICA
647. RETRATAMENTO ENDODÔNTICO CIRÚRGICO: RELATO DE CASO
649. A RELEVÂNCIA DA HIPERMOBILIDADE ARTICULAR PARA MULTIPROFISSIONAIS DA SAÚDE
650. MORTALIDADE NEONATAL POR CAUSAS EVITÁVEIS NO MUNICÍPIO DE ITUMBIARA -GO
652. ANÁLISE DA MORTALIDADE DE MOTOCICLISTAS NO BRASIL NO PERÍODO PRÉ E PÓS-PANDEMIA DE
COVID-19
654. ANÁLISE DA MORTALIDADE DE MOTOCICLISTAS NO BRASIL NO PERÍODO PRÉ E PÓS-PANDEMIA DE
COVID-19
656. RELAÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO
658. HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA EM HOMENS IDOSOS
659. PACIENTES COM PERFURAÇÕES POR ARMA BRANCA E AUTOMUTILAÇÃO: DIAGNÓSTICOS DE
ENFERMAGEM APLICADOS NO PÓS OPERATORIO
661 COMPREENSSÃO DA IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE ACOLHIMENTO ADEQUADO À VÍTIMA DE
VIOLÊNCIA.
663. FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE MAMA NA POPULAÇÃO FEMININA
665 DIAGNÓSTICO, MANEJO E COMPLICAÇÕES DA FRATURA PENIANA E O ATENDIMENTO NAS UNIDADES
DE EMERGÊNCIA
667. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO NA SALA DE PARTO:REVISÃO INTEGRATIVA
669. RELAÇAO ENTRE A INTERLEUCINA-6 E CAQUEXIA ASSOCIADA AO CÂNCER
671. A INFLUÊNCIA DO USO DE TELAS NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO PÚBLICO INFANTO-
JUVENIL
672. USO DE MORINDA CITRIFOLIA NO TRATAMENTO DE CÂNCER: UMA REVISÃO
674. BANCOS DE DADOS ONCOLÓGICOS E SEUS IMPACTOS
676. INTERLOCUÇÕES ENTRE REJUVENESCIMENTO E SENESCÊNCIA: CAMINHOS ÀS INOVAÇÕES EM SAÚDE
678. AS CAUSAS DE TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP) EM IDOSOS
680. VARÍOLA SÍMIA (MONKEYPOX): O PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
681. CÂNCER COLORRETAL E SEUS FATORES DE INFLUÊNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE
LITERATURA
683. EMBOLIA GORDUROSA POR FRATURA DE OSSOS LONGOS: UMA ANÁLISE DAS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E PROGNÓSTICOS
685. ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES DIABÉTICOS SUBMETIDOS A CIRURGIA DE
REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA
687 A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE ACERCA DO LUTO NOS CUIDADOS PALIATIVOS
690. O DESPREPARO DA ABORDAGEM PALIATIVISTA, NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE
692. AVALIAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DE ABERTURA BUCAL ANGULAR E
LINEAR
694 BATE-PAPO SAÚDE: PROJETO DE EXTENSÃO INTERINSTITUCIONAL. RELATO DE EXPERIÊNCIA NA
PANDEMIA DO COVID-19
696. PARESTESIAS OROFACIAIS NA ODONTOLOGIA E SUAS TERAPIAS
699. ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS DADOS ACERCA DE PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO 2018-2020
701. PREVALÊNCIA POPULACIONAL DOS ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS NO
TOCANTINS DURANTE PANDEMIA DE COVID-19
703. ÉTICA DA PESQUISA NA RESOLUÇÃO 466 DE 2012: ESTUDO REFLEXIVO
722. O IMPACTO DA ACUPUNTURA AURICULAR NA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DE ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS
723. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM PLAQUETOPENIA SUBMETIDO AO TRANSPLANTE DE
CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS
730. DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE UM HIDROGEL COM NANOPARTÍCULAS LIPÍDICAS
CONTENDO NISTATINA
732. TIPOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
734. ACIDEZ DO WHISKY NO ENSINO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO: UM EXPERIMENTO DA BIOQUÍMICA
741 PERFIL DE USUÁRIOS DE TERAPIA NUTRICIONAL DE SISTEMA FECHADO ATENDIDOS NA UPA DE
OLINDA
743. O CUIDADO DE ENFERMAGEM NA PERSPECTIVA DE GÊNERO EM SAÚDE DA MULHER: REFLEXÕES E
SIGNIFICADOS
750. CARCINOMA GÁSTRICO E SUA RELAÇÃO COM A HELICOBACTER PYLORI
752. FATORES RELACIONADOS A SÍFILIS CONGÊNITA: UMA REVISÃO DA LITERATURA.
754. SÍNDROME DE BURNOUT EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE
756. O MANEJO CLÍNICO DA ESQUIZOFRENIA: UMA REVISÃO DA LITERATURA.
758. AÇÕES VOLTADAS À PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA AOS IDOSOS LONGEVOS: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
760. AUDITORIA INTERNA DA QUALIDADE E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A ASSISTÊNCIA EM UM SERVIÇO
DE SAÚDE
762. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES OFÍDICOS OCORRIDOS NO ESTADO DE PERNAMBUCO: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA

10
767. EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES OFÍDICOS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
768. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO POR MEIO DO PROTOCOLO DE MANCHESTER
770. TRANSEXUALIDADE E SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL: SAÚDE E DIREITOS DA POPULAÇÃO TRANS
772 A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE NO ENFRENTAMENTO À COVID-19
774. ENFERMIDADES DETECTADAS COM A APLICAÇÃO DA TÉCNICA DO TESTE DO PEZINHO AMPLIADO
774. EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE PRIMEIROS SOCORROS NO AMBIENTE ESCOLAR POR UNIVERSITÁRIOS:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
777. ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL NO ÂMBITO DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA
779. OBESIDADE INFANTIL GRAU III: UM DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
781. REVISÃO NARRATIVA ACERCA DA INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE NA SAÚDE CARDIOVASCULAR:
UMA REVISÃO
783. COMPREENDENDO A HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR
785. IMPORTÂNCIA DO CUIDADO HUMANIZADO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.
789. CONHECIMENTO TEÓRICO DOS ENFERMEIROS DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA QUANTO A
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E REANIMAÇÃO.
791. ALTERAÇÃO DA LEI DO PLANEJAMENTO FAMILIAR NO BRASIL – EFETIVAMENTE UM AVANÇO?
793. OS IMPACTOS DO COVID-19 EM INDIVIDUOS COM DOENÇA CARDIOVASCULAR.
797. EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
799. USO DE FIBRAS DIETÉTICAS NA EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE MULHERES COM DIABETES
MELLITUS GESTACIONAL
801. CONSULTA COMPARTILHADA: DIABETES GESTACIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
803. A INFLUÊNCIA DA ODONTOLOGIA HOSPITALAR EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA – REVISÃO DE
LITERATURA
805. EFEITOS DO USO DE CIGARROS ELETRÔNICOS NA POPULAÇÃO ADULTA JOVEM: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
807. O USO DE LASERTERAPIA NA CONSULTA DE ENFERMAGEM A PUÉRPERA: O TRATAMENTO DAS
FISSURAS MAMÁRIAS
809. MASTECTOMIA PROFILÁTICA CONTRALATERAL NA REDUÇÃO DO RISCO DE CÂNCER DE MAMA
811. COMPLICAÇÕES DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO NA GRAVIDEZ: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
813. O CUIDADO HUMANIZADO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
815 O ENFERMEIRO NA CONSULTA DE PUERICULTURA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
817. DETECÇÃO DAS SÍNDROMES PSICOSSOMÁTICAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA.
819. INFECÇÃO URINÁRIA NA GESTAÇÃO: UMA REVISÃO DA LITERATURA
821. CANDIDÍASE VULVOVAGINAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
823. ABORDAGEM DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A CARIOGÊNESE E ALIMENTAÇÃO EM CRIANÇAS: UMA
REVISÃO
825. Assistência de enfermagem a paciente com lúpus
826. IMPORTÂNCIA DA ODONTOLOGIA EM ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
828 O VÍRUS CHIKUNGUNYA COMO POTENCIAL FATOR ETIOLÓGICO DA ARTRITE REUMATOIDE
830. DOENÇA PERIODONTAL EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
832. A CONSULTA DE ENFERMAGEM À SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
834.AVALIANDO A PRESENÇA DO FARMACÊUTICO EM UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ESTRATÉGIA DE
SAÚDE DA FAMÍLIA
836.ALTERAÇÕES DECORRENTES DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E MÉTODOS UTILIZADOS NA
PREVENÇÃO DE QUEDAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
840. PREVENÇÃO DE INCIDENTES INTRAVENOSOS EM PACIENTES NO EXAME DE TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
852. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA:
REVISÃO INTEGRATIVA
857. CUIDADOS DE ENFERMAGEM À GESTANTE COM SÍFILIS
859. ASPECTOS RELACIONADOS AO DESLOCAMENTO RESIDÊNCIA/TRABALHO DOS SERVIDORES TÉCNICOS
ADMINISTRATIVOS DO IFMA - CAXIAS
864. SÍNDROME DE BURNOUT EM ENFERMEIRAS QUE TRABALHAM EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA:
REVISÃO INTEGRATIVA
876. ASPECTOS DA MORFOLOGIA E COMPREENSÃO DAS MALFORMAÇÕES CARDÍACAS CONGÊNITAS ‘AN
UPDATE’
878. IMPACTOS DA PANDEMIA NA SAÚDE MENTAL: REVISÃO INTEGRATIVA
883. IMPORTÂNCIA DO RACÍOCINIO CLÍNICO DIANTE DAS MULTIPLAS FACES DO EVENTO
TRAUMÁTICO:UMA REVISÃO DA LITERATURA.
885. TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: Qual o papel do enfermeiro na prevenção durante a gestação?
887. ARTETERAPIA: O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO BEM ESTAR DE CRIANÇAS
HOSPITALIZADAS
897. BIOLOGIA MOLECULAR E EVOLUÇÃO - O MUNDO DO RNA E A ORIGEM DA A HIPÓTESE DO MUNDO DO
RNA
899. TRAQUEOSTOMIA DE EMERGÊNCIA POR OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA EM ANGINA DE LUDWIG:
REVISÃO DE LITERATURA

11
900. FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO ORBITAL E SUAS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS: REVISÃO DE
LITERATURA
901. PERFIL DA MORTALIDADE NEONATAL NO ESTADO DE SANTA CATARINA EM 2011 E 2021
904. EXAME ESPECIALIZADO DE ENFERMAGEM FADIGA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM DISFUNÇÃO
CARDÍACA
906. SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE AO COVID-19: ESTRATÉGIAS DE CUIDADO AO
TRABALHADOR
908. ATUAÇÃO DAS TIOSSEMICARBAZONAS COMO FÁRMACOS ANTINEOPLÁSICOS
910. MARKETING E ESTRATÉGIAS DIGITAIS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
913. PROMOÇÃO DE SAÚDE PELA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS DA
AMAZÔNIA LEGAL
915. EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
917. PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES SUBMETIDAS À EPISIOTOMIA
919. RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR COMO VIVÊNCIA PRÁTICA DO CURSO DE ODONTOLOGIA: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
921. GRUPOS TERAPÊUTICOS “DIÁRIO DAS EMOÇÕES” E O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
926. NARINGINA COMO CARDIOPROTETORA APÓS A LESÃO DE REPERFUSÃO DO IAMCSST EM RATOS
928. FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIA
930. ATUALIZAÇÕES SOBRE FORMAS DE TRATAMENTO DO SARCOMA DE KAPOSI ASSOCIADO AO HIV:
REVISÃO DE LITERATURA
932. SAÚDE BUCAL NA GRAVIDEZ
934. A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO DIANTE DA INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE NO AUTOCUIDADO
APOIADO A PACIENTES ONCOLÓGICOS
935. IMPORTÂNCIA DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO ÂMBITO ACADÊMICO E SOCIAL DOS UNIVERSITÁRIOS:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
937. EVIDÊNCIAS DA DOENÇA PERIODONTAL E SUA ASSOCIAÇÃO COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL
939. MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS ASSOCIADAS À COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA
942. COMPORTAMENTO INFANTIL NO AMBIENTE ODONTOLÓGICO: ASPECTOS PSICOLÓGICOS E SOCIAIS
944. FATORES RELACIONADOS À OCORRÊNCIA DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR DURANTE
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
946. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE EM HEMOTERAPIA
952 EFEITOS DO CIGARRO ELETRÔNICO E RISCO POTENCIAL DE CARCINOMAS ORAIS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
954. ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE BUCAL ÀS PESSOAS COM LESÕES ORAIS
957 PROPOSTA DE PRONTUARIO DA GESTANTE ATENDIDA NA ESF 22 NA CIDADE DE ITUMBIARA – GO.
959. A RELAÇÃO ENTRE O USO DE BISFOSFONATO E A OSTEONECROSE DE MAXILA E MANDÍBULA: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
961. CORRELAÇÃO DO TRAUMA DE FACE E ACIDENTES DE TRÂNSITO: ESTUDO COMPARATIVO
963. AS BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID-19: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
965 EPIDERMÓLISE BOLHOSA: REVISÃO DE LITERATURA
968. A RELEVÂNCIA DA MONITORIA DE CLINICA DE REABILITAÇÃO I: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
970. ABORDAGEM NÃO FARMACOLÓGICA NO TRATAMENTO DE CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS COM TDAH
972 PRÁTICAS ASSISTENCIAIS AO PACIENTE NEONATAL E SUA CORRELAÇÃO COM SEPSE TARDIA:
REVISÃO DE LITERATURA
974. USO FITOTERAPICO DO NASTURTIUM OFFICINALE R. BR. (AGRIÃO) NO CONTROLE DE DOENÇAS
BUCAIS
979. APARELHOS ELETRÔNICOS NA INFÂNCIA E A SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
981. FISIOPATOLOGIA DO ESTRESSE ASSOCIADO AOS TRABALHADORES DA SAÚDE DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
983 QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DOS PACIENTES OBESOS COM COMPULSÃO ALIMENTAR
985. CRISE CONVULSIVA FEBRIL: DOS SINTOMAS AO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
990. EQUIPES DE SAÚDE E SUA IMPORTÂNCIA NA IDENTIFICAÇÃO DO CISTO RENAL
992. A IMPORTÂNCIA DA LAVAGEM NASAL EM CRIANÇAS
994. VIVÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA SALA DE VACINA NO CONTEXTO DA PANDEMIA
POR COVID-19
1001.DOENÇA DE PEYRONIE: FISIOPATOLOGIA
1003.O SABER DAS REZADEIRAS E A SUA PARTICIPAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DE CURA
1005.ESTÁGIO COM UM GRUPO DE IDOSAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM PARNAIBA PIAUI
1007.ACOMPANHAMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE AOS PORTADORES DO HPV
1009.TRANSTORNOS PSÍQUICOS E SUA RELAÇÃO COM TENTATIVAS DE SUICÍDIO
1011.AUTOCUIDADO E ENFERMAGEM EM DOENÇAS RARAS: UMA ANÁLISE DA LITERATURA ATUAL.
1013.HIPERTROFIA CARDÍACA E SUA RELAÇÃO COM O USO DE ANABOLIZANTE
1015.RELATO DE EXPERIÊNCIA EM COLETA DE DADOS CIENTÍFICOS: CONTRIBUIÇÕES PARA A PESQUISA E
VIDA PESSOAL
1017.A IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO-DENTISTA NA SÍNDROME DA ARDÊNCIA BUCAL
1020.USO DE CANNABIS PARA TERAPIA DE PACIENTES COM ARTRITE
1023.USO DA ATIVIDADE FÍSICA PARA MANEJO DA DOR EM PACIENTES IDOSOS COM OSTEOARTRITE

12
1025.MORTALIDADE INFANTIL: TENDÊNCIA TEMPORAL DE ASFIXIA PERINATAL NA CIDADE DE RIO
BRANCO-AC
1027.AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE SAÚDE (IMAGEM CORPORAL, SONOLÊNCIA E FADIGA) EM ALUNOS DE
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIAS
1031.TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO DO CORDÃO UMBILICAL PARA FINS TERAPÊUTICOS
1034.TRATAMENTOS EXISTENTES PARA HANSENÍASE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
1036.RELATO DE EXPERIÊNCIA: CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE FAMÍLIA ACERCA DAS TÉCNICAS DE
PRIMEIROS SOCORROS.
1038.EFEITOS TERAPÊUTICOS DA INGESTÃO DE CREATINA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO
II: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1041.CUIDADOS INTENSIVOS AO PACIENTE COM CETOACIDOSE METABÓLICA
1043.DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA FRENTE A LUXAÇÃO DA ATM
1056.A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO FRENTE AO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA
1058.POLIMORFISMOS DOS GENES TP53 E MDR-1, SUSCEPTIBILIDADE E RESPOSTA À QUIMIOTERAPIA
1060.DETERMINANTES EM SAÚDE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO DURANTE E PÓS-PANDEMIA DE COVID-19
1073.SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
1075. ENFRENTAMENTO DE PROBLEMÁTICA DO CÂNCER DE MAMA NA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA
1077.COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS DO TRANSPLANTE RENAL
1079.ABORDAGEM BIBLIOMÉTRICA COM NUTRACÊUTICOS NA PROFILAXIA DA ENXAQUECA
1091.VITILIGO E SEU DIAGNÓSTICO EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
1093.ENVELHECIMENTO PRECOCE BUCAL: UMA CONDIÇÃO CONTEMPORÂNIA
1095.O RISCO DO USO DE BENZODIAZEPÍNICOS PELA POPULAÇÃO IDOSA
1097. USO INDISCRIMINADO SEM RECEITA MÉDICA DE ANTIBIÓTICOS NA POPULAÇÃO ADULTA DE
LAGARTO EM SERGIPE
1098.AGILIDADE MULTIDISCIPLINAR: ATENDIMENTO AO PACIENTE COM SUSPEITA DE INFARTO DO
CORAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO ELETROCARDIOGRAMA
1100.O ZIKA VÍRUS COMO INTERVENÇÃO DO CÂNCER CEREBRAL: UM TRATAMENTO EFICAZ?
1102.PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE IDOSOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM DIFERENTES REGIÕES
DO BRASIL
1104.DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SICOSE VULGAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA
1106.LESÃO MUSCULAR: FISIOPATOLOGIA E TRATAMENTO POR MEIO DA TERAPIA COM CÉLULAS TRONCO
MESENQUIMAIS

13
A TECNOLOGIA DIGITAL COMO ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO EM
SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

¹Simone Santos Souza

¹Mariane Teixeira Dantas Farias


²Paulo de Tássio Costa de Abreu
1Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, Bahia, Brasil; 2Universidade Salvador
(UNIFACS), Salvador, Bahia, Brasil.

Eixo temático: TEMAS LIVRE EM CIÊNCIAS DA SAÚDE


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: simonessouza18@hotmail.com
INTRODUÇÃO: No início de 2020, a Organização Mundial da Saúde decretou estado de pandemia devido
a doença infecciosa ocasionada pelo SARS-CoV 2. Neste contexto, houve uma vertiginosa evolução da
tecnologia digital, que foi se reinventando, adaptando-se ao novo normal. O isolamento social intensificou
assim o uso das tecnologias digitais. OBJETIVO: identificar as métricas disponíveis para as ferramentas
digitais que propagam a informação sobre a covid-19 na população brasileira. METODOLOGIA: Foi
realizada uma pesquisa em diferentes plataformas disponíveis na internet a fim de encontrar sites e
aplicativos móveis responsáveis em passar as informações sobre a covid-19 e o estado de pandemia no
Brasil. Posteriormente, foram estabelecidas métricas, utilizando a ferramenta SimilarWeb, que auxiliassem
a determinar a frequência de uso e a aceitação dessas ferramentas pela população. No que diz respeito aos
sites, a busca foi realizada no Google e Yahoo Buscas. Para aplicativos móveis, a busca ocorreu na
plataforma Google Play. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No que diz respeito aos sites brasileiros, em
primeiro lugar, com o maior número de acessos, encontra-se a página do Ministério da Saúde, do Governo
Federal, com uma média de 68 milhões de acessos por mês. O SimularWeb ainda afirma que essa é a 3ª
página relacionada ao Governo mais procurada no Brasil. No que diz respeito aos aplicativos, os mais
acessados e baixados na Play Store são: Coronavírus SUS e o aplicativo Dados do Bem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse contexto, as ferramentas digitais tornaram-se o aliado ideal para a
aquisição de novas informações, e assim promover a prevenção, o autocuidado, como a auto triagem e
autoavaliação, e o controle do vírus, trazendo diversos benefícios a saúde. Atualmente, o desenvolvimento
de aplicativos móveis e do site estão em ascensão. Os dispositivos também auxiliam para que as
informações sejam passadas de forma mais rápida, utilizando linguagem acessível e elementos atrativos.

Palavras-chave: Covid-19, Comunicação, Comunicação em Saúde, Tecnologia Digital.

14
REFERÊNCIAS:

MARIANO, M. T. L.; OLIVEIRA, L. R.; COSTA, I. P. O uso de aplicativos e tecnologias digitais:


ferramentas que favorecem a saúde e bem-estar do idoso. Caderno Impacto em Extensão. Campina
Grande, s.l, v.2, n. 1, 2022. Disponível em:
https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/231. Acesso em: 13 dez. 2022.
RAMOS, Sonia Gabriela Apaza; CARRASCO, Jenny Maribel Moscoso. Herramientas digitales como un
aliado informativo en el Perú para el autocuidado en tiempos de COVID-19. Rev. cuba. inf. cienc. salud,
La Habana, v.32, n.2, e1680, jun. 2021. Disponível em:
<http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2307-21132021000200002&lng=es&nrm=iso>.
Acesso em: 13 dez. 2022.
RIBEIRO, M.; FERNANDES, N. Discussão Integrada de Casos Clínicos Usando Plataformas Digitais
Durante a Pandemia da COVID-19. Revista Moçambicana de Ciências de Saúde, Moçambique, vol.7,
no 1, p.47-48, 2021.
SILVA, Diego de Sousa; FERREIRA, Bianca da Silva; MARINHO, Camila Silva. Saberes e práticas de
cuidado em saúde sobre a covid-19: uma análise baseada em interações de pessoas em comunidade virtual.
Reciis – Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 16,
n. 2, p. 247-265, abr.-jun. 2022.
SOUZA, Simone Santos et al. Condutas da enfermeira em centro cirúrgico no cenário da pandemia por
COVID-19. Nursing, São Paulo, v.25, n.291, p.8394–8403, 2022.

15
DOI 10.29327/1192726.1-46

ANÁLISE DA PECULIARIDADE DO SONO DE HOMENS EM UM


INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR
¹Jaynne dos Santos Saraiva
¹Naianny Viana Tavares
¹Romana Cris Ferreira Canuto
²Marcelo de Moura Carvalho
1Faculdade Estácio de Teresina. Teresina, Piauí, Brasil; 2Faculdade Estácio de Teresina. Teresina,
Piauí, Brasil.
Eixo temático: Enfermagem
Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: ennya@hotmail.com
INTRODUÇÃO: O sono é categorizado como uma das funções fundamentais fisiológicas do organismo
e quando se tem um padrão desregulado atinge diretamente na vida social, mental e física dos
indivíduos. Encontram-se diversos fatores que podem gerar e auxiliar para a instabilidade do sono dos
indivíduos do sexo masculino, como uso excessivo de eletrônicos, bebidas alcoólicas, drogas, afinidade
amorosa, condições sociais e econômicas, entre outras coisas. OBJETIVO: Analisar as características
da qualidade do sono de homens entre 20 a 59 anos em um Instituto de Ensino Superior do estado do
Piauí. METODOLOGIA: Refere-se a uma pesquisa de campo, do tipo descritiva-explicativa, com
abordagem quantitativa e qualitativa, realizado em um Instituto de nível superior, localizado no
município de Teresina (PI). Para a realização deste estudo, foram respeitados os preceitos estabelecidos
pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 510/2016 de 07 de abril de 2016, que
complementa a Resolução n.º 466/12 no que se refere aos cuidados éticos que envolvem pesquisa
envolvendo seres humanos, buscando preservar o anonimato dos participantes do estudo, como: a
elaboração um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), exigido pelos Comitês de Ética
em Pesquisa da Faculdade Estácio do Amapá (CEP: 68.908-126) com o CAAE de número:
53752121.1.0000.5021 e a garantia da confidencialidade, da privacidade, da proteção da imagem, da
não estigmatização e da não utilização de informações em prejuízo das pessoas. RESULTADOS: O
estudo foi realizado com 60 homens de 20 a 59 anos que possuem algum vínculo com a IES referida,
sendo 83,4 alunos, 16,6 funcionários e 0% professor. Dessa forma, 80% dos participantes são jovens de
até 29 anos, 68,3% são pardos, 83,4 são solteiros. CONCLUSÃO/ CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim,
de acordo com os dados supracitados, pode-se concluir que a má qualidade do sono prevaleceuentre os
indivíduos de faixa etária entre 20 e 29 anos, entre os que possuem uma jornada dupla de estudoe trabalho,
e nos indivíduos pardos, quando comparado às raças, no entanto, quando comparado ao estado civil não
foram encontradas diferenças significativas.
Palavras-chave: Escala de Epworth1, Qualidade do Sono2, Saúde do Homem3.

REFERÊNCIAS:
ALVES, E.S., et al. Duração do sono noturno e desempenho cognitivo de idosos da comunidade. Revista
Latino-Americana de Enfermagem. São Paulo, 2021.
ARAÚJO, M.F.S., et al. Qualidade do sono e sonolência diurna em universitários: prevalência e associação
com determinantes sociais. Revista Brasileira de Educação Médica. Brasília, 2021.
BARROS, M.B.A., et al. Qualidade do sono, saúde e bem-estar em estudo de base populacional. Revista
Saúde Pública. São Paulo, 2019.
BORGES, M.A., ALVES, D.A.G., GUIMARÃES, L.H.C.T. Qualidade do sono e sua relação com
qualidade de vida e estado emocional em professores universitários. Revista Neurociências. 2021.

16
AVALIAÇÃO TOXICOLOGICA DO NASTURTIUM OFFICINALE R. BR
(AGRIÃO) FRENTE A ARTEMIA SALINE LEACH

¹Sara Mirian Ferreira Silva ¹Júlia Cordeiro de Farias


² Risonildo Pereira Cordeiro
³Patrícia Lins Azevedo do Nascimento

1Centro Universitário Tabosa de Almeida. Caruaru, Pernambuco, Brasil. 2 Centro Universitário


Tabosa de Almeida. Caruaru, Pernambuco, Brasil. 3 Centro Universitário
Tabosa de Almeida. Caruaru, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor:

saramirian30@gmail.com

INTRODUÇÃO: Fitoterapia é o nome que se dá ao tratamento ou à prevenção de doenças através do uso


de plantas medicinais. Segundo a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Planta Medicinal
é toda a planta ou parte dela que tenha substâncias ou classes de substâncias responsáveis pela ação
terapêutica. Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, 80% da população faz uso de algum tipo de
erva medicinal. Com base nessas informações, é visto que o interesse nas plantas que possuem princípios
ativos só tende a crescer. O Nasturtium officinale R. Br., conhecido popularmente como agrião e
pertencente à família Brassicaceae, representa uma importante contribuição para o desenvolvimento de
fitoterápicos, possui indicações de uso no tratamento de icterícia e em doenças periodontais como as
gengivites, justificando a utilização dos extratos brutos vegetais como um método de controle de doenças
bucais. OBJETIVO: Verificar o perfil toxicológico por meio do Bioensaio de Artemia salina Leach da
espécie Nasturtium officinale para contribuir com os estudos acerca da espécie e da produção de forma
farmacêutica, como alternativa terapêutica segura e acessível para população. METODOLOGIA: O estudo
possui delineamento transversal do tipo laboratorial experimental, realizado nos laboratórios do Centro
Universitário Tabosa de Almeida (Asces-Unita). Foi utilizado 1L do extrato fluido da Nasturtium officinale,
produto certificado pela ANVISA. Lote: 04090115/22. O Extrato Fluido teve sua solução etanólica extraída
em evaporação sob temperatura de 70 ºC em Banho Maria. A determinação da Concentração Letal Média
(CL50) seguiu a metodologia descrita e validada por Meyer et al., (1982) no qual os ovos de Artemia salina
Leach foram incubados em solução marinha, submetidos a iluminação artificial (lâmpada de 40W) e
temperatura constante de 28ºC por um período de 48 horas. Foram pesados em um cadinho 50 mg da
amostra do extrato seco de Nasturtium officinale e diluido em 1mL de soro fisiológico 0,9%. A solução foi
adicionada de água salina com pH de 7, completada para 5 ml e homogeneizado. Posteriormente foram
retiradas alíquotas de 500, 375, 250, 125, 50 e 25µL com o auxílio de pipetas automáticas e transferidas
para tubos de ensaio que já continham 5mL de água salina, obtendo-se concentrações de 1000, 750, 500,
250, 100 e 50 mg.mL-1 para a amostra. RESULTADOS: Nasturtium officinale R. Br. possui inúmeras
propriedades, esta erva possui atividades antibacterianas, antiescorbúticas, colagoga e propriedades
expectorantes. O agrião é há muito tempo utilizado na medicina popular iraniana para tratar hipertensão,
hiperglicemia e cólica renal. Há indicações de uso no tratamento de icterícia e em doenças periodontais
como as gengivites. O agrião possui expressiva atividade antimicrobiana, o que justifica o seu emprego
como importante e alternativo coadjuvante ao controle mecânico da placa bacteriana. A atividade
antimicrobiana do agrião (Nasturtium officinale R. Br.) é atribuída aos glucosinolatos e aos flavonoides.
Tanto para extratos etanólicos, quanto aquosos com valores de CL50 menores que 249 μg/mL apresentam

17
alta toxicidade, CL50 entre 250 e 499 μg/mL apresentam toxicidade moderada, CL50 entre 500 e 1000
μg/mL apresentam leve toxicidade, e CL50 acima de 1000 μg/mL são considerados atóxicos. Enquadrando
nosso resultado como um extrato de toxicidade leve. Alguns fatores devem ser considerados para obtenção
deste resultado, assim como método de extração, solvente utilizado e parte do vegetal. Não foram
encontrados dados comparativos na literatura. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Após a
verificação da toxicidade da espécie percebemos que sua toxicidade é leve, sendo um ótimo resultado para
progredirmos em novas pesquisas visando o uso fitoterápico do agrião.

Palavras-chave: Toxicity1, phytotherapy2, natural products3.

REFERÊNCIAS:

BUFFON, M., et al. estudo do efeito do extrato de nasturtium officinale, r. br. no controle do crescimento
de microrganismos presentes na cavidade bucal e placa dentária in vitro. Visão Acadêmica, v. 6, n. 1, 2005.

CARVALHO, J.; MIGUEL, O. Contribuição ao estudo fitoquímico e analítico do Nasturtium officinale R.


BR., Brassicaceae. Visão Acadêmica, v. 3, n. 2, 2002.

LOGGIA, R. D. Piante officinali per infuse e tisane. Organizzazione Editorale Medico Farmacêutica, 3 ed.,
p. 354, 1993.

MATTOS, G., et al. Plantas medicinais e fitoterápicos na Atenção Primária em Saúde: percepção dos
profissionais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 3735-3744, 2018.

MELO, A. Alimentação e Longevidade: as especiarias e suas propriedades terapêuticas. Olinda: Livro


rápido editora, 3 ed., p. 236, 2019.

18
DOI 10.29327/5208636.2-1

ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA FRENTE A PACIENTES EM


TRATAMENTO ONCOLÓGICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
ACTION OF THE DENTAL SURGEON FRONT OF PATIENTS UNDER
ONCOLOGICAL TREATMENT: AN INTEGRATIVE REVIEW

LARAH DOMINGOS ALVES SANTANA 1


Graduanda em Odontologia pela Faculdade Estacio Juiz de Fora.
AMANDA DE OLIVEIRA SANTOS 2
Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal De Sergipe.
FELIPE GONÇALVES BEZERRA 3
Doutorando em Biologia Celular e Molecular Aplicada pela Universidade de Pernambuco

RESUMO

OBJETIVO: Diante do exposto, o presente estudo, objetiva analisar a produção científica acerca da atuação
cirurgião dentista diante de pacientes oncológicos. METODOLOGIA: Para tanto, realizou-se uma
investigação de cunho bibliográfico que se utilizou da revisão integrativa como método de estudo. A busca
de dados foi realizada nas bases de dados Bibliografia Brasileira de Odontologia (BBO), Literatura Latino-
americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scielo, sendo encontrado inicialmente 106 artigos
científicos, contudo após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, bem como, leitura de título e
resumo e exclusão dos artigos repetidos, restaram 06 artigos para análise. RESULTADOS: A análise dos
artigos, permitiu apreender que o tratamento odontológico previamente ao tratamento oncológico é de suma
importância para a melhora do estado de saúde do paciente, sendo as principais alterações relacionadas a
xerostomia, mucosite, osteorradionecrose e cárie, direta ou indiretamente (efeito tardio). CONCLUSÃO:
Com isso, destaca-se que o cirurgião-dentista deve estar presente na equipe multiprofissional e envolvido
no tratamento da neoplasia, pois isso pode impactar positivamente na qualidade de vida dos pacientes ao
prevenir e tratar problemas orais decorrentes das terapias oncológicas, através de protocolo de atendimento
odontológico que inclua medidas de condicionamento do meio bucal prévias à terapia.

Palavras chaves: Oncologia; Odontologia; Cirurgião Dentista.

ABSTRACT

OBJECTIVE: In view of the above, the present study aims to analyze the scientific production about the
dentist's performance in cancer patients. METHODOLOGY: To this end, a bibliographic investigation was
carried out using the integrative review as a study method. The data search was carried out in the
Bibliografia Brasileira de Odontologia (BBO), Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences
(LILACS) and Scielo databases, initially finding 106 scientific articles, however after applying the
inclusion criteria and exclusion, as well as title and abstract reading and exclusion of repeated articles,
remaining 06 articles for analysis. RESULTS: The analysis of the articles allowed us to understand that
dental treatment prior to cancer treatment is of paramount importance for the improvement of the patient's
health status, with the main alterations related to xerostomia, mucositis, osteoradionecrosis and caries,
directly or indirectly (effect late). CONCLUSION: With this, it is emphasized that the dental surgeon must
be present in the multidisciplinary team and involved in the treatment of the neoplasm, as this can positively
impact the quality of life of patients by preventing and treating oral problems resulting from oncological
therapies, through dental care protocol that includes conditioning measures of the oral environment prior to
therapy.

Keywords: Oncology; Dentistry; Dentstry.

19
REFERÊNCIAS

ALVES, L. D. B. et al. Panorama atual dos Programas de Residência Multiprofissional em Oncologia para
Cirurgiões-Dentistas do Brasil. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 66, n. 3(e-021047), p. 1-9, 2020.

ARANEGA, A. M. et al. Qual a importância da odontologia hospitalar? Revista Brasileira odontologia,


v. 69, n. 1, p. 3-90, 2012.
,
BARILLARI M. E.; GOULART, M. N.; GOMES, A. C. P. Complicações das terapias antineoplásica:
prevenção e tratamento da mucosite oral. Investigação, v. 14, n. 6, p. 121-4, 2015.

BRASILEIRO, M. M. M. S. et al. Assistência odontológica ao paciente oncológico pós-terapia


antineoplásica. Research, Society and Development, v. 10, n. 6 (e33210615679), p. 1-6, 2021

DANIEL, F.I. et al. Carcinoma de células escamosas em rebordo alveolar inferior: diagnóstico e tratamento
odontológico de suporte. J Bras Patol Med Lab, v. 42, n. 4, p. 279-283, 2006.

DEVI, S.; SINGH, N. Dental care during and after radiotherapy in head and neck cancer. National Journal
of Maxillofacial Surgery, v. 5, n. 2, p. 117–125, 2014.

FARIAS, T. D. M. et al. Perfil de cirurgiões-dentistas e demandas de qualificação em UNACON e CACON


no estado Rio de Janeiro. Arq. Odontol, v. 52, n. 3, p. 136-144, 2016.

FLORIANO, D. F. et al. COMPLICAÇÕES ORAIS EM PACIENTES TRATADOS COM


RADIOTERAPIA OU QUIMIOTERAPIA EM UM HOSPITAL DE SANTA CATARINA. Rev. Odontol.
Univ. Cid, v. 29, n. 3, p. 230-6, 2017.

FRANCESCHINI, C.; JUNG, J. E.; AMANTE, C. J. Mucosite oral pós-quimioterapia em pacientes


submetidos à supressão de medula óssea. Rev Bras Patol Oral, v. 2, n. 1, p. 40-43, 2003.

GOURSAND, D. Et al. Sequelas bucais em crianças submetidas a terapia antineoplasica: causas e


definicção do papel do cirurgião dentista. Arq Odontol., v. 42, n. 3, p. 180-9, 2016.

HESPANHOL, F. L. et al. Manifestações bucais em pacientes submetidos à quimioterapia. Ciência &


Saúde Coletiva, v. 15, n. (supl. 1), p. 1085-1094, 2010.

INCA. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020: incidência do câncer
no Brasil. 2019. Rio de Janeiro: Inca; 2019. Disponível em: https://bit.ly/38MyYUb

INCA. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2016: incidência de câncer
no Brasil. 2015. Rio de Janeiro: Inca; 2015. Disponível em https://bit.ly/33hkjzg

LIMA, A.A.S. et al. Conhecimento de alunos universitários sobre câncer bucal. Rev Bras Cancerol, v. 51,
n. 4, p. 283-288, 2005.

MELO, B. B. C. et al. CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL DE PACIENTES ONCOLÓGICOS. Odontol.


Clín.-Cient, v. 20, n. 1, p. 25-29, 2021.

MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Uso de Gerenciador de referências


bibliográficas na seleção dos estudos primários em revisão integrativa. Texto & Contexto Enfermagem,
v. 28, n. 1, p. 1-13 2019.

National Cancer Institute. Oral complications of cancer and cancer therapy. Disponível em: http://
cancerweb.ncl.ac.uk/cancernet/302904.html.

OMS. World Health Organization. Cancer. Geneva: WHO; 2018. Disponível em: https://bit.ly/2w7peGG

20
DOI 10.29327/5208636.2-2

CONSTRUÇÃO DE UMA CARTILHA EDUCATIVA SOBRE BOAS PRÁTICAS


OBSTÉTRICAS PARA APLICAÇÃO NA CONSULTA PRÉ-NATAL
CONSTRUCTION OF AN EDUCATIONAL BOOKLET ON GOOD
PRACTICES OBSTETRICS FOR APPLICATION IN PRENATAL
CONSULTATION

JOCILENE DA SILVA PAIVA 1


Mestranda em enfermagem. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
JANYELLE JERONIMO DE SOUSA SILVA 2
Graduação em enfermagem. Centro Universitário Fametro

MARIA DA PAZ COSTA DUARTE 3


Graduação em enfermagem. Centro Universitário Fametro

DAYANE PEREIRA DA SILVA 4


Graduada em enfermagem. Universidade Estadual do Ceará.

ANA MARÍLIA ANCELMO OLIVEIRA LIMA 5


Graduanda em enfermagem. Universidade Estadual do Ceará.

ANA CRISTINA SANTOS ROCHA OLIVEIRA 6


Graduanda em enfermagem. Centro Universitario Alfredo Nasser.
SADI ANTONIO PEZZI JUNIOR 7
Graduanda em enfermagem. Universidade Estadual do Ceará.

TEREZINHA ALMEIDA QUEIROZ 8


Doutora. Universidade Estadual do Ceará.

RESUMO

Objetivo: construir uma cartilha educativa com conteúdo destinado à informação da gestante sobre o uso
das boas práticas obstétricas durante o trabalho de parto e parto. Metodologia: trata-se de um recorte de
Trabalho de Conclusão de Curso, onde foi realizado um estudo metodológico realizado de agosto a
novembro de 2018, onde as buscas bibliográficas foram realizadas na Biblioteca virtual da saúde (BVS-
BIREME), nas bases de dados LILACS, SciELO em setembro de 2018. Resultados e Discussão: a
composição da cartilha de tema “Boas práticas no nascimento. Mais que escolhas seus direitos!”, permite
aproximação do leitor e foi pensada de forma a incentivar os direitos que a parturiente detém. Além disso,
no material foi evidenciada a importância da figura materna ressaltando sobre métodos não
farmacológicos para alívio da dor, por exemplo. Considerações Finais: a proposição final da criação deste
material educativo foi trazer dar um auxílio aos profissionais de enfermagem nesse processo de
divulgação dos direitos das futuras parturientes.

Palavras-chave: Assistência; Gestante; Enfermagem.

ABSTRACT

21
Objective: to build an educational booklet with content aimed at informing pregnant women about the use
of good obstetric practices during labor and delivery. Methodology: this is an excerpt from the Course
Completion Work, where a methodological study was carried out from August to November 2018, where
bibliographic searches were carried out in the Virtual Health Library (BVS-BIREME), in the databases
LILACS, SciELO in September 2018. Results and Discussion: the composition of the theme booklet “Good
practices at birth. More than choosing your rights!”, allows the reader to approach and was designed to
encourage the rights that the parturient protects. In addition, no material evidenced the importance of the
maternal figure, emphasizing non-pharmacological methods for pain relief, for example. Final
Considerations: the final proposal for creating this educational material was to help nursing professionals
in this process of disseminating the rights of future mothers.

Keywords: Assistance; Pregnant; Nursing.

1 INTRODUÇÃO

A utilização das boas práticas obstétricas é um dos maiores desafios na assistência ao parto e se caracteriza
por adotar condutas que permitam que a mulher seja a protagonista durante todo o processo de trabalho de
parto, sendo respeitada e que possa desfrutar das políticas públicas voltadas à assistência do binômio mãe-
filho, para que se obtenha um parto com excelência (CARVALHO; GOTTEMS; PIRES, 2015).

Um progresso na assistência à parturiente se deu através da publicação da Organização Mundial da Saúde


(OMS), do relatório “Guia para atenção ao parto normal” no ano de 1996, fruto de conferências
internacionais baseados em evidências científicas concluídas por meio de pesquisas realizadas no mundo
todo. Esse documento trata de recomendações sobre práticas obstétricas adequadas e as que devem ser
evitadas (OMS, 1996).

Dessa forma, foram classificadas em quatro categorias, sendo elas: A) ações comprovadamente úteis
devendo ser estimuladas; B) ações claramente prejudiciais ou ineficazes e que devem ser eliminadas; C)
ações sem evidências suficientes para apoiar uma recomendação clara devendo ser utilizadas com cautela
até que mais pesquisas esclareçam a questão e D) ações frequentemente usadas de modo inadequado (OMS,
1996). Esse incentivo foi um marco na promoção do nascimento saudável e combate às elevadas taxas de
morbimortalidade materna e neonatal.

Ademais, existem evidências científicas de que inúmeras ações como, alimentação e movimentação durante
o trabalho de parto e parto, uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor e monitoramento do
trabalho de parto pelo programa, na assistência à gestação e ao parto, promovem melhores resultados
obstétricos e são efetivas para a redução de desfechos perinatais negativos. Porém, o uso inadequado de
tecnologias ou a realização de intervenções desnecessárias, como por exemplo, o uso de cateter venoso,
ocitocina para acelerar o trabalho de parto, amniotomia, manobra de Kristeller e episiotomia, podem trazer
prejuízos para a mãe e seu concepto (LEAL et al., 2014; MONGUILHOTT, 2018).

Mesmo com as substanciais evoluções e incentivo à adesão às boas práticas obstétricas, ainda há lacunas
na assistência ao parto e nascimento, com a utilização de ações desnecessárias e potencialmente
iatrogênicas, requerendo a consolidação e atualização dos profissionais de saúde sobre as condutas viáveis
na assistência ao parto, contribuindo para um nascimento saudável. Nesse
contexto, diversas políticas foram criadas pelo ministério da saúde objetivando o fortalecimento das

22
boas práticas obstétricas, como a Rede Cegonha. Ela foi criada em 2010 com o intuito de garantir e assegurar
através dessa política a assistência qualificada fundamentada na humanização, garantindo os direitos
das gestantes e do recém-nascido (BRASIL, 2011).
A (CONITEC) Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, afirma que a postura
humanizada adotada pelo profissional enfermeiro na assistência à mulher no pré-parto, especialmente
durante o pré-natal, e parto trouxe um aumento na escolha por parte das mulheres pela assistência prestada
pela categoria. Ainda, afirma que o enfermeiro obstetra traz muitos benefícios na assistência ao parto
humanizado, com menos intervenções e maior satisfação da parturiente (COELHO; ROCHA; LIMA,
2017).

A enfermagem atua proporcionando à mulher durante o parto, maior segurança e conforto, sempre com
uma escuta ativa e atenciosa, sendo assim de suma importância à atuação dos enfermeiros na redução da
ansiedade das gestantes e parturientes. A criação de vínculo com a paciente é primordial para perceber as
suas necessidades e então saber quais as ações a serem realizadas (ALMEIDA; GOMES; BAHIANA,
2015).

Dessa forma, a relação dos enfermeiros com suas pacientes demanda dinamismo, para que
os saberes da paciente sejam incorporados ao conhecimento científico e sua autonomia seja preservada.
Nesse viés, o enfermeiro reconhece a relevância da prestação de uma assistência adequada e de qualidade,
por isso procura sempre está acolhendo a mulher, proporcionando segurança, reconhecendo fatores que
geram estresse, criando um ambiente de cuidado e conforto tanto para parturiente como para a família.
Destarte, a enfermagem vem cada vez mais construindo uma história diferenciada na assistência ao parto
humanizado (ALMEIDA; GOMES; BAHIANA, 2015; HANUM, 2017).

Com base nessas premissas, a proposta neste estudo foi à construção de uma cartilha educativa sobre as
boas práticas obstétricas para ser implementado durante a consulta do pré-natal no terceiro trimestre,
considerando a participação do profissional enfermeiro e as gestantes.

A construção da cartilha educativa contempla ações informativas sobre Boas Práticas Obstétricas na
Estratégia Saúde da Família, entre essas: informar essas mulheres a respeito da importância da aplicação
das boas práticas obstétricas como: os métodos não farmacológicos para alívio da dor, a presença do
acompanhante, o contato pele a pele, para uma boa evolução do trabalho de parto e parto e informá-las
quanto à realização de intervenções desnecessárias como: taxas de episiotomia, administração de ocitocina
de forma indiscriminada, uso da manobra de kristeller, dentre outras (CHAVES, 2016).

2 METODOLOGIA

O presente estudo se trata de um recorte de Trabalho de Conclusão de Curso, onde foi realizado um estudo
metodológico por evidenciar o desenvolvimento, avaliação e aperfeiçoamento de instrumento ou estratégia
que possa aprimorar uma metodologia (POLIT; BECK, 2019).
A finalidade desse tipo de estudo consiste em elaborar, validar e avaliar os instrumentos e técnicas de
pesquisa, confiáveis que possam ser utilizados posteriormente por outros pesquisadores (LOBIONDO-
WOOD; HABER, 2001).

23
A pesquisa foi realizada no período de agosto a novembro de 2018, sendo desenvolvido em três etapas: a
sistematização do conteúdo, construção das ilustrações e composição final do conteúdo, baseado em artigos
e documentos ministeriais selecionados em que se destacou o uso das boas práticas obstétricas no parto e
nascimento para a construção de uma cartilha educativa para uso na consulta pré-natal das mulheres no
terceiro trimestre de gestação.

As buscas bibliográficas foram realizadas na Biblioteca virtual da saúde (BVS- BIREME), nas bases de
dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SciELO (Scientific
Electronic Library Online) em setembro de 2018, utilizando como descritores: “Parto Humanizado”,
“Atenção Básica” e “Boas práticas obstétricas”.

Dessa forma, foram selecionados artigos a partir do ano de 2013 até o ano de 2018, e que continha um dos
descritores. Foi ainda, adotado os seguintes critérios de inclusão: artigos escritos em português, com
disponibilidade de texto completo em suporte eletrônico, publicados em periódicos nacionais entre 2013 a
2018, manuais ministeriais; e os de exclusão: livros, capítulos de livros, anais de congressos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O tema da cartilha “Boas práticas no nascimento” permite aproximar o leitor do material educativo. Além
disso, apresenta-se a imagem da personagem gestante, que ressalta o conteúdo da cartilha e público- alvo
com os seguintes tópicos: Métodos não farmacológicos para o alivio da dor, contato pele a pele,
acompanhante de livre escolha, liberdade de posição e movimento. Esse tópico traz um convite à leitura e
aquisição de novos conhecimentos de maneira didática e lúdica.

Na página após o tópico de apresentação, é mostrada a figura dos personagens, a gestante e seu
companheiro, em um diálogo no qual o assunto era o uso das boas práticas no nascimento, ocorrido com
sua amiga durante seu trabalho de parto. Dessa forma, nota-se a necessidade de disponibilização de
materiais impressos e bem elaborado, objetivo, didático e acessível para o público alvo (COSTA, 2016).

Ao longo da cartilha, observa-se uma enfermeira, onde ela ressalva a importância da consulta pré-natal
do terceiro trimestre de gestação. A mesma ainda orientou que as boas práticas no nascimento compreende
a aplicação de algumas ações dos profissionais da saúde que irão lhe acompanhar no momentodo parto.
Diante disso, profissionais de saúde são coadjuvantes na assistência ao parto, desempenhando um papel
satisfatório ao colocar seu conhecimento a serviço do bem-estar da mulher e do bebê, ajudando-os no
processo de parturição e nascimento de forma saudável (VIEIRA et al., 2016).

Para Coelho, Rocha e Lima (2017), a técnica da massagem quando utilizada no início do trabalho de parto
tem se mostrado mais eficaz no alívio da dor, já que a mesma proporciona uma redução do estresse e a
ansiedade. Ademais, a técnica do banho revitaliza e estimula a circulação, reduzindo o desconforto das
contrações, promovendo o relaxamento, diminuindo assim as dores lombossacrais, favorecendo a dilatação
cervical.

Outrossim, a utilização da bola, requer que a gestante adote uma posição vertical sentada, promovendo o
balanço da pelve, com o objetivo de trabalhar os músculos do assoalho pélvico. Dessa forma, o propósito

24
do exercício de deambulação é reduzir a dor durante o trabalho de parto, não sendo explicada e nem havendo
comprovações científicas como pode ocorrer. Esses métodos não só foram comprovados para o alivio da
dor como também aumenta o vínculo entre a gestante e seu acompanhante, reduzindo assim a exposição
desnecessária aos fármacos e seus efeitos colaterais (COELHO; ROCHA; LIMA, 2017).

Realizou-se um estudo no Estado de Goiás, Brasil onde os resultados o revelaram que (67%) das entrevistas
em mulheres foram informadas sobre o trabalho de parto durante o pré-natal, mas não sobre os métodos
não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto (HANUM et al., 2017).

Ao longo da cartilha, evidenciou-se que durante a assistência pré-natal, a enfermeira destacou a importância
da participação do parceiro nas consultas de pré-natal, onde o mesmo tem direito de acompanhar e
proporcionar bem-estar físico e emocional à mulher, favorecendo uma boa evolução no período gravídico-
puerperal, uma vez que a presença do acompanhante passa segurança durante todo o processo parturitivo,
o que pode minimizar as complicações na gestação, parto e puerpério, e o tempo de hospitalização do
binômio mãe e filho (HANUM et al. 2017).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conteúdo exposto na cartilha traz conhecimento as gestantes sobre as práticas que podem ser exercidas
pela equipe que irá assisti-la, e conta com informações sobre direitos adquiridos em lei como o do
acompanhante de livre escolha. Dar ênfase nos métodos não farmacológicos para alívio da dor, orientando-
a sobre a existência de alguns métodos, os quais ela pode fazer uso no auxílio ao trabalho de parto e parto.

O conteúdo presente no material é relevante e de fácil compreensão, apresentando-se como novo material
de ensino nas atividades de educação em saúde, com o objetivo de instruir e motivar as gestantes sobre esse
tema de bastante destaque para este público, e auxiliar o profissional enfermeiro na orientação e preparação
da mulher para o trabalho de parto e parto na consulta pré-natal no terceiro trimestre.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, S. C.; GAMA, E. R.; BAHIANA, M. P. Humanização do Parto: Atuação dos


enfermeiros. Rev Enferm Contemp, Bahia, v. 4, n. 1, p. 79-90, Jan./Jun, 2015.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria Nº 1459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do


Único de Saúde – SUS-, a Rede Cegonha. Brasília (DF), 2011.

CARVALHO, E. M. P. D.; GOTTEMS, L. B. D.; PIRES, M. R. G. M. Adesão às boas


práticas na atenção ao parto normal: construção e validação de instrumento. Rev Esc Enferm USP, São
Paulo, v. 6, n. 49, p. 890-898, Fev./ Set., 2015.

CHAVES, C. C. Elaboração, validação e efeitos de intervenção educativa e voltada ao controle da sífilis.


2016. 272 f. Tese (Doutorado em Enfermagem. Área de Concentração: Enfermagem na Promoção da
Saúde)-Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza,
2016.

25
COELHO, K. C.; ROCHA, I. M. S.; LIMA, A. L. S. Métodos não farmacológicos para alivio da dor durante
trabalho de parto. Revista Recien., São Paulo, v. 7, n. 21, p.14- 21, Abr., 2017.

HANUM, S. P., et al. Estratégias não farmacológicas para o alívio da dor no trabalho de parto: Efetividade
sob a ótica da parturiente. Rev enferm UFPE on line., Recife, v. 11, supl. 8, p. 3303-9, Ago., 2017.

LEAL, M. C., et al. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de
risco habitual. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 30, supl. 1, p. S17-S32, 2014.
LOBIONDO-WOOD, G.; HABER, J. Pesquisa em Enfermagem: métodos, avaliação crítica e utilização.
4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001

MONGUILHOTT, J. J. C., et al. Nascer no Brasil: a presença do acompanhante favorece a aplicação das
boas práticas na atenção ao parto na região Sul. Rev Saúde Pública, Santa Catarina, v. 1, n. 52, p. 1-11,
2018.

POLIT, D. F.; BECK, C. T. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a


prática de enfermagem. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.

VIEIRA, M. J. O.; SANTOS, A. A. P.; SILVA, J. M. O.; SANCHES, M. E. T. L.


Assistência de enfermagem obstétrica baseada em boas práticas: do acolhimento ao parto.
Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 18, jun. 2016.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Saúde Reprodutiva e da Família. Unidade de Maternidade Segura.


Saúde Materna e Neonatal. Assistência ao parto normal: um guia prático. Brasília
(DF): Ministério da Saúde, 1996.

26
ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO A PACIENTE COM PARALISIA
CEREBRAL EM AMBIENTE HOSPITALAR: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA

1
Yasmin Ribeiro Alves de Abreu
1
Maria Elivânia Alves de Oliveira
1
Valdeida Gabriela Braga Moreira
1
Yago Cavalcante Andrade de Almeida
1
Roberta de Sousa Abreu
1
Maria Júlia Pessoa Romão
1
Rallyson Azevedo Gomes
1
Hélvia Menezes Vasconcelos Diógenes

1 Centro Universitário INTA- UNINTA. Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Apresentação pôster

E-mail do 1º autor: yasmin14771@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Paralisia Cerebral (PC) é uma desordem não progressiva da postura e do movimento,
causada por uma lesão no sistema nervoso central. É definida por alterações neurológicas permanentes que
atinge o desenvolvimento cognitivo e motor. Pode ser considerada a forma mais comum de deficiência
neuromotora que se manifesta em crianças. As alterações são consequência de uma lesão no cérebro em
desenvolvimento que podem ocorrer no momento da gestação, nascimento ou no período neonatal,
ocasionando limitações nas atividades mais simples do cotidiano. As principais alterações observadas são
direcionadas as estruturas ósseas onde apresentam deformidades além de possuirem movimentos
involuntários, chamados de espasmos. O tratamento varia de acordo com o grau de comprometimento
cerebral de cada paciente tornando-se fundamental que a criança seja atendida por uma equipe
multidisciplinar capaz de suprir suas necessidades nos campos motor, cognitivo e mental. Logo, o papel do
cirurgião dentista é crucial para prevenir e controlar a automutilação presente nos movimentos involuntários
responsáveis por gerar mutilação labial levando a ocorrências de sangramentos e hemorragias, risco da
aspiração, sufocamento, pneumonias recorrentes e piora do comprometido sistêmico do paciente. O manejo
odontológico desses pacientes tem caráter preventivo, portanto, é importante propor alternativas
preventivas adequadas para cada paciente. OBJETIVO: Relatar e discutir a abordagem odontológica
realizada em um paciente infantil com paralisia cerebral, em ambiente hospitalar. METODOLOGIA:
Paciente D,M.S., 10 anos, sexo masculino, paralisia cerebral, traqueostomizado e gastrectomizado com boa
condição sistêmica internado por automutilação na língua onde chegou no hospital com hemorragia lingual.
Depois de já ter realizados os procedimentos para conter a hemorragia lingual retornou no mesmo dia da
alta por nova lesão e rompimento da sutura. Devido o ocorrido a equipe médica solicitou intervenção
odontológica urgente, pois o paciente se encontrava com alto risco de complicações sistêmicas devido a
hemorragia lingual, visto que expressava movimentos repetitivos e involuntários na região afetada. Foi
necessário realizar uma contenção física local para evitar novos traumas que venham a ser causados pelos
próprios elementos dentários do paciente. Realizou-se uma intervenção cirúrgica sob anestesia geral e
anestesia local infiltrativa : alphacaine para a exodontia de oito elementos dentários relacionados ao trauma:
13,14,15,16,43,44,45,46, seguido de sutura e laserterapia para uma cicatrização mais rápida. Ao final dos
procedimentos foi prescrita medicação para dor e exercido um acompanhamento do paciente até a remoção
da sutura após 7 dias. RESULTADOS: Embora a conservação e manutenção de cada dente seja a primeira
indicação, ainda que tenham sido desenvolvidas novas técnicas com essa finalidade, a exodontia continua

27
sendo um procedimento amplamente praticado e necessário para prevenção de lesões na cavidade oral em
pacientes com deficiência neurológica. CONCLUSÃO: A extração dentária, apesar de questionável, como
tratamento para automutilação oral em pessoas com dente íntegros, no caso de pacientes com alterações
neurológicas, como é o caso da paralisia cerebral, que possuem impossibilidades para utilizar os dentes de
forma funcional, se configura como a alternativa mais rápida e eficaz para melhorar a qualidade de vida de
seus pacientes e cuidadores.

Palavras-chave: Exodontia, Hospitalar, Paralisia Cerebral.

REFERÊNCIAS:

SILVA, E. L. M. S. D.; GÓES, P. S. A.; VASCONCELOS, M. M. V. B.; JAMELLI, S. R.; EICKMANN,


S. H.; MELO, M. M. D. C.; LIMA, M. C. Cuidados em saúde bucal a crianças e adolescentes com paralisia
cerebral: percepção de pais e cuidadores. Ciencia & saude coletiva., v. 25, n. 10, p. 3773–3784, 2020.

TOMASIN, M. F.; DE SANT'ANNA, G. R.; HOSHI, A. T.; DUARTE, D. A. Dental procedures cause
stress in children with cerebral palsy?.Journal of clinical and experimental dentistry., v. 13, n. 11, p. 1112–
1117, 2021.

SEDKY, N.A. Assessment of oral and dental health status in children with cerebral palsy: an exploratory
study. Int J Health Sci., v. 12, n. 1, p. 4-14, 2018.

28
USO DO AVALIAÇÃO FOCALIZADA COM ULTRASSONOGRAFIA EM
TRAUMA (FAST) NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA EM SAÚDE

¹Hoctávio Pereira de Sá

¹Ana Carolina Maia Duarte

¹Felipe Augusto de Oliveira

¹Maria Eduarda Dantas dos Santos

¹Milena D’Almeida Lins

¹Mariana Carla Mendes


1Centro Universitário de Mineiros (UNIFIMES), campus Trindade. Trindade, Goiás,
Brasil.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: hoctaviosa@gmail.com

INTRODUÇÃO: O trauma é responsável por altas taxas de morbimortalidade nos últimos tempos,
principalmente entre jovens adultos, sendo a principal causa de morte em pessoas abaixo dos 45 anos de
idade no Brasil. As lesões hemorrágicas são responsáveis por grande parte desses óbitos, sendo necessário
uma rápida e minuciosa avaliação dos indivíduos traumatizados para identificar a presença de líquido
intraperitoneal, principalmente em casos de trauma abdominal fechado conhecido ou presumível. Frente a
isso, o protocolo de Avaliação Focalizada com Ultrassonografia em Trauma (FAST) tem sido amplamente
utilizada no atendimento das vítimas de trauma devido a sua rapidez e precisão, além de não ser invasiva e
não exigir um meio de contraste, evitando ainda a exposição de profissionais e pacientes à radiação,
podendo ser feito à beira leito, o que agiliza a identificação de danos potencialmente fatais, direcionando a
um manejo adequado do paciente. OBJETIVO: Este estudo tem por finalidade analisar a aplicabilidade,
benefícios e indicações do FAST no atendimento de urgência em saúde. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão da literatura que utilizou como base de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), foram
utilizados os seguintes descritores: “central venous access” e “Ultrasound-guided”. Foram critérios de
inclusão, todas as produções nos idiomas português e inglês, publicados entre os anos de 2018 e 2022, que
abordassem o tema proposto e que estivessem disponíveis na íntegra, e online. Foram excluídos, outros
tipos de revisão, dissertações e teses. Com base nisso, foram selecionados 5 trabalhos a serem revisados.
RESULTADOS: Neste estudo, foram incluídos cinco trabalhos literários, os quais corroboram com a tese
de que a utilização do FAST tem relevância significativa na avaliação e tratamento de pacientes com
suspeita de lesões traumáticas, sendo sua utilização primordial na detecção precoce de complicações pós
traumas. Um dos estudos mostram que a sensibilidade, especificidade e precisão gerais do FAST foram de
69,8%, 92,1% e 80,8%, respectivamente. Os trabalhos mostram ainda que devem ser reconhecidas as
limitações deste método, tendo em vista que tem uma menor precisão quando se trata de traumas com
quadros hemorrágicos menos significativos. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Tendo em vista
os aspectos observados, conclui-se que o FAST, por se tratar de um exame rápido e de baixo custo,
juntamente com os dados clínicos do paciente dentro do cenário de urgência, proporciona dados importantes
para que se possa conduzir um diagnóstico mais rápido, guiando o paciente para a terapêutica mais
adequada. Ademais hoje considera-se o FAST como uma extensão da avaliação inicial do paciente,
ocupando um papel central e imprescindível na decisão sobre o encaminhamento urgente do paciente a
procedimentos cirúrgicos, por se tratar de um exame com boa sensibilidade e alta especificidade na detecção
de liquido livre na cavidade abdominal. Diante disso, o FAST torna-se um recurso bastante plausível no
manejo de pacientes críticos.

Palavras-chave: Trauma, Ultrassonografia, Urgência.

29
REFERÊNCIAS:

BLOOM B. A., GIBBONS R.C. Focused Assessment with Sonography for Trauma. Treasure Island (FL):
StatPearls Publishing, 2022. Acesso em 12 nov. 2022. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK470479/.

DESAI N.; HARRIS T. Extended focused assessment with sonography in trauma. BJA Educ, 2018. Acesso
em 12 nov. 2022. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7807983/.

ENGLES S.; SAINI N.S.; RATHORE S. Emergency Focused Assessment with Sonography in Blunt
Trauma Abdomen. Int J Appl Basic Med Res, 2019. Acesso em 12 nov. 2022. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6822327/.

OTA, Koshi et al. Focused Assessment with Sonography for Trauma (FAST) training for first-year resident
physicians at a university hospital in Japan: A longitudinal, observational study. SAGE open medicine vol.
9, 2021. Acesso em 12 nov. 2022. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8422809/.

STENGEL D, et. al. Point-of-care ultrasonography for diagnosing thoracoabdominal injuries in patients
with blunt trauma. Cochrane Database Syst Ver, 2018. Acesso em 12 nov. 2022. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6517180/.

30
IMPLICAÇÕES NA SEGURANÇA DO PACIENTE RELACIONADO A
SARS-COV-2 EM UM CTI: VISÃO DO ENFERMEIRO
1
Laís Silva Sales do Amaral
1
Profª. Dra. Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva
1
Prof.ª Dr.ª Eliane Ramos Pereira
2
Fernanda Santa Rita Marques
2
Verônica Cristina Vieira Barbosa
1Universidade Federal Fluminense (UFF) Niterói ,Rio de Janeiro, Brasil; 2Hospital Universitário Gaffree
e Guinle-Tijuca- Rio de Janeiro,Brasil.

Eixo temático:relato de experiência

Modalidade: apresentação oral

Email do 1º autor: laislaislais@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO:Em tempos de avanço científico e tecnológico nos deparamos com uma Emergência em
Saúde Pública de Importância Nacional o vírus SARS-CoV-2. Implementar ações para o enfrentamento e
a minimização do aumento do número de casos era preciso, onde se buscava conscientizar a população e
difundir medidas de prevenção para conter e reduzir a curva de crescimento da doença.Nesse ensejo, a
enfermagem se posiciona com a excelência de uma profissão de autêntico nível superior, atuando em
diversas frentes no combate à pandemia. Colocando-se em risco para realizar assistência à saúde, expondo-
se ao vírus SARS-CoV-2, diante das longas jornadas de trabalho.OBJETIVO:Descrever experiência
vivenciada por enfermeiros em CTI de um hospital Federal do Rio de Janeiro, e suas implicações frente à
assistência de enfermagem na ótica do Enfermeiro relacionado a agentes estressores diante do pioneirismo
da Pandemia.RELATO DE EXPERIÊNCIA:Naquele primeiro momento, o único pensamento era o
empático, o de cuidar do próximo sem medir qualquer esforço e sem pensar nas consequências a respeito
da própria saúde no que se trata de uma doença desconhecida. Vivíamos em um cenário de guerra, onde
éramos soldados sem experiências e perdidos no meio de tanta morte e incertezas no que tange o manejo
das complicações da Covid-19, onde éramos privados de água, comida e de ao menos realizar nossas
eliminações fisiológicas pela paramentação preconizada. Causando ainda mais desgaste emocional, físico
e biológico, por mudanças de fluxos repentinos, fica nítido a vulnerabilidade do processo de trabalho, onde
carregamos fardo da responsabilidade de um cuidado seguro para o paciente, para si e para toda equipe.
Onde se fez necessário árduos treinamentos ministrados pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar,
com diversas mudanças de manejo clínicos levando-se em conta que se tratava de uma doença com muitos
viés para a população científica.CONCLUSÃO:Espera-se que este relato de experiência faça compreender
a importância do profissional enfermeiro nos serviços de saúde, considerando fatores que contribuem para
os sofrimentos mentais, que estão relacionadas às condições de trabalho. Sugerem-se estratégias de
promoção e valorização da profissão por meio de seus órgãos representativos e públicos,visando uma
prática segura e qualificada, contribuindo para um ambiente com menor índice de danos causado pela
assistência.

Descritores:infecção por corona vírus,segurança do paciente,cuidado de enfermagem.

Referências:

BITENCOURT,JVOV,MESCHIAL,WC;FRIZON,G;BIFFI,P;SOUZA,JB.Protagonismo do enfermeiro na
estruturação e gestão de uma unidade específica para COVID-19. Texto Contexto Enferm [Internet].[acesso
29 de março 2020]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2020-0213.

BRASIL.Ministerio da Saúde.Portaria Nº 356, de 11 de março de 2020: dispõe sobre a regulamentação e


operacionalização do disposto na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que estabelece as medidas para
enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus

31
(COVID-19) [Internet]. Brasília, DF(BR): MS; 2020 [acesso 2020 Mar 29]. Disponível
em:http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-356-de-11-de-marcode-2020-247538346.

CARDOSO LSP, SILVA, AA;JARDIM,MJA. Atuação do Núcleo de Segurança do Paciente no


Enfretamento da Covid-19 em uma Unidade Hospitalar. Rev Enf Foco 2020;11(1)Especial:217221.[acesso
29 de março 2020]. Disponível em: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2020.v11.n1.ESP.3782

MELO CMM, MUSSI,FC; SANTOS,TA;MORAES,MA. Pandemia da Covid-19: Algo de novo no


trabalho da enfermeira? Rev baiana enferm. 2021;35:e337479.[acesso 29 de março 2020]. Disponível em:
https: DOI: https://doi.org/10.18471/rbe.v35.37479.

32
PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
1Lorena Rocha Batista Carvalho
2Marcelo de Moura Carvalho
3Leide Marisa Soares Sousa
4Maria Nauside Pessoa da Silva
5Marcia Lais Fortes Rodrigues Mattos
6Manuelle Rodrigues da Silva
7Layanne Cavalcante de Moura
8Everton Moraes Lopes

1,4,5,6,7,8 Centro de Educação Tecnológico de Teresina - Faculdade CET. Teresina ,Piauí, Brasil.
2 Faculdade Estácio. Teresina ,Piauí, Brasil.
3Centro Universitário Uninovafapi. Teresina ,Piauí, Brasil.

Eixo Temática: Medicina

Modalidade: Poster
E-mail para correspondência: lorenarochabc@gmail.com

Introdução: Os estudantes de medicina tem alta incidência de transtornos físicos e mentais. A vida
acadêmica e a responsabilidade durante o processo de construção social da profissão médica na qual é
atividade nobre que salva vidas, vem regado de escolha, doação de conhecimentos infalíveis e renúncias
familiares, uma carreira de sucesso e bem-sucedida geram pressões e expectativas muitas vezes
contraditórias e distante da realidade, causando frustações. Por conta disso, os estudantes de medicina têm
apresentado taxas mais elevadas de sofrimento psíquico, esgotamento, doença mental diagnosticada,
ideação suicida e tentativa de suicídio em relação à população em geral. Objetivo: Relatar a experiência de
estudantes de medicina acerca da vivência na vida acadêmica. Metodologia: Trata-se de um estudo
descritivo, do tipo relato de experiência, realizado no mês de Novembro de 2022, pelos acadêmicos de
medicina de uma faculdade do Piauí. Resultados: A sensação desagradável que vem acompanhada de tensão
ou apreensão, podendo ser confundida com medo ou nervosismo, pode ser conhecida como ansiedade.,
sendo caracterizada por alguns acontecimentos positivos ou negativos que podem contribuir para o seu
surgimento, principalmente quando os indivíduos enfrentam experiências difíceis e aversivas. O desgaste
físico e psicológico, pode levar ao adoecimento e impactar a qualidade de vida dos estudantes de medicina
desencadeando quadros de depressão e de ansiedade. Os desgastes se apresentam como insônia, fadiga,
irritabilidade, esquecimentos, dificuldades de tomar decisão e de se concentrar, além de queixas somáticas
como alteração de apetite, tremores, dores de cabeça, má digestão. O sentimento de culpa, de desvalia e de
impotência, medo de errar, depressão e vontade de abandonar o curso ou, até mesmo, o suicídio, são
condições que os estudantes relatam, na qual também podem estar associados as outras atividades
estressoras na graduação tais como carga horária intensa e extensa, dificuldade em conciliar a vida pessoal
e acadêmica, competitividade entre os estudantes, privação do sono, realização de exame físico em paciente,
bem como o medo de adquirir doenças e de cometer erros. Conclusão: Diante do exposto pôde-se observar
a importância de trabalhar a promoção da saúde mental dos estudantes de medicina, tendo em vista a
necessidade de acompanhamento, associado a terapias, pesquisas para compreender e intervir junto a essa

33
problemática, adotando uma perspectiva psicossocial para analisar e enfrentar as condições de adoecimento
de estudantes de medicina, tratando sintomas característicos do transtorno de ansiedade e orientado quanto
à importância da prática de medidas de alivio em períodos de crise, bem como a busca pelo serviço de
saúde, melhorando assim sua qualidade de vida, impactando positivamente nos processos de estudos.

Palavras-chave: Saúde mental, estudante, medicina.

REFERÊNCIAS:
BARBOSA-MEDEIROS, M. R.; CALDEIRA, A. P.. Saúde mental de acadêmicos de medicina: estudo
longitudinal. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 45, n. Rev. bras. educ. med., 2021 45(3), 2021.

CONCEIÇÃO, L. DE S. et al.. Saúde mental dos estudantes de medicina brasileiros: uma revisão
sistemática da literatura. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), v. 24, n.
Avaliação (Campinas), 2019 24(3), set. 2019.

DAMASO, Juliana Gomes Bergo et al . É muita pressão! Percepções sobre o desgaste mental entre
estudantes de medicina. Rev. bras. orientac. prof, Florianópolis , v. 20, n. 2, p. 29-41, dez. 2019.

34
SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1
Patrícia Perez
1
Matheus Donato
1
Joseli Mota
1
Paola Amaral
1
Camila Fernanda Costa Dalla Mutta Resende
1
Iara Guimarães Rodrigues
1
Lucivânia Marques Pacheco

Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos (IMEPAC). Itumbiara, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Temas livres

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1º autor: patiperezcv@gmail.com

Resumo

A palavra burnout surgiu pela primeira vez em 1974 e foi postulada por um psicólogo chamado Helbert
Freudenberger, que abordou a insatisfação profissional relacionada ao estresse emocional do trabalho. Os
profissionais de saúde são parte dos grupos mais afetados pelo Burnout visto que atuam na área de
assistência aos pacientes e, com isso, têm um contato contínuo com pessoas que se encontram em situações
de vulnerabilidade. Esse artigo trata-se de um estudo de Revisão de Literatura, tendo como objetivo avaliar
a prevalência e fatores associados à Sindrome de Burnout entre os profissionais de saúde. A amostra final
desta revisão foi constituída por 5 artigos científicos, selecionados pelos critérios de inclusão e exclusão
previamente estabelecidos. Concluiu-se que são necessárias pesquisas bem como estudos que abranjam
outras profissões, uma vez que é preciso saber se, de fato, essas áreas são as mais atingidas pela síndrome
ou se seus índices parecem maiores por serem as mais pesquisadas.

Palavras-chave: Burnout; síndrome; profissionais da saúde.

Eixo temático: Temas Livres

Modalidade: Apresentação oral

1 INTRODUÇÃO

As transformações decorrentes da globalização impactam todo o mundo, inclusive nos cenários de


trabalho em que a competitividade e a produtividade ganham gradualmente mais estímulo para suprir as
necessidades dos consumidores e da economia. O capital torna-se mais importante que o trabalhador. Nesse
contexto, os trabalhadores são pressionados a serem mais produtivos e qualificados, e essa cobrança e

35
desvalorização podem ocasionar um desgaste e estresse, impactando seriamente sua saúde. (LIMA et al.,
2018)

O termo estresse pode ser entendido como a reação que um indivíduo produz diante de uma inespecífica
situação estressora. A resposta pode ser benéfica ( eustress ) ou nociva ( distress ), dependendo de como o
indivíduo a percebe.” (LIMA et al., 2018)

Nesse contexto, a palavra burnout surgiu pela primeira vez em 1974 e foi postulada por um
psicólogo chamado Helbert Freudenberger, no seu artigo intitulado "Staff Burnout" em que abordou a
insatisfação profissional relacionada ao estresse emocional do trabalho. A expressão "burnout" tem origem
inglesa e significa "queimar-se'' ou o estado de ser "consumido pelo fogo''. E, dessa maneira, começou a ser
utilizada metaforicamente para se referir ao estado de exaustão emocional. (LIMA et al., 2018)

A síndrome pode ser entendida como um conceito multidisciplinar sociopsicológico e envolve três
componentes de forma independente: exaustão emocional (escassez de energia, frustração e tensão),
despersonalização (insensibilidade emocional e tratamento desumanizado para com os demais) e baixa
realização profissional. (LIMA et al., 2018)

Os profissionais de saúde são parte dos grupos mais afetados pelo Burnout visto que atuam na área
de assistência aos pacientes e, com isso, têm um contato contínuo com pessoas que se encontram em
situações de vulnerabilidade, dor, doença, angústia e morte. Se já não fosse o suficiente, a situação pode ser
ainda mais agravada pela escassez de recursos materiais e humanos e baixa remuneração, contexto hoje
presente em muitas regiões brasileiras. (FRANCESCHINI et al., 2017)
Assim, este artigo tem como objetivo avaliar a prevalência e fatores associados à Síndrome de
Burnout entre os profissionais da saúde. Compreender a prevalência da Síndrome poder ajudar os gestores
da área da saúde a desenvolver estratégias direcionadas a minimizar o Burnout, bem como preveni-lo
precocemente.

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de Revisão de Literatura. Para o levantamento dos artigos na literatura,


realizou-se uma busca na seguinte base de dados: BVS. Foram utilizados, para busca dos artigos, os
seguintes descritores e suas combinações na língua portuguesa: burnout AND depressão; burnout AND
tratamento; burnout AND profissionais de saúde.

Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: artigos publicados em
português; artigos originais na íntegra que retratassem a temática referente à revisão e artigos publicados e
indexados no referido banco de dados nos últimos 5 anos.

Os critérios de exclusão definidos para a seleção dos artigos foram: artigos não originais,
dissertações e teses, artigos de revisão de literatura e artigos que não apresentaram "Burnout" no título e
que não tivessem ligação com profissionais de saúde.

A análise e a síntese dos estudos selecionados foram realizadas de forma descritiva, possibilitando
observar, contar, descrever e classificar os dados, com o intuito de reunir o conhecimento produzido sobre
o tema explorado na revisão.
A amostra final desta revisão foi constituída por 5 artigos científicos, selecionados pelos critérios
de inclusão e exclusão previamente estabelecidos.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

36
Profissionais de saúde expostos a processos crônicos de exposição a situações estressante de
trabalho, são propensos a desenvolver síndrome de Burnout. Essa patologia desencadeia, no profissional da
saúde, exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional. (LIMA; FARAH;
BUSTAMANTE-TEIXEIRA, 2018)

Estudos como o de Sobral et al., (2018), realizado com 281 participantes (38 enfermeiros e 243
auxiliares e técnicos de Enfermagem) evidenciou que a prevalência total de SB nos profissionais de
Enfermagem entrevistados foi de 5,7% (6,2% entre os auxiliares e técnicos de Enfermagem; e 2,6% entre
os enfermeiros). Outro fator relevante revelado pelo estudo foi que 26% dos enfermeiros e 21% dos
auxiliares e técnicos possuem dois empregos, o que pode contribuir para a sobrecarga laboral desses
profissionais, que precisam equilibrar as demandas de dois ou mais locais de trabalho.

Como agravante para a síndrome de Burnout, a população estudada revelou, ainda, falta de
incentivo no trabalho, bem como condições precárias, falta de equipamentos de tecnologia, falta de suporte
à saúde na execução das tarefas e na comunicação clara e efetiva, com hierarquia, mas sem autoritarismo,
e possibilidade de diálogo e mudanças, comprovando que as instituições deixam de cumprir seu papel
fundamental no que diz respeito a cuidar da organização do trabalho, identificação dos estressores laborais
e oferta de suporte às estratégias de promoção da saúde do trabalhador. (SOBRAL et al., 2018)

Em estudo semelhante, Franceschini e Santoro (2017) avaliaram os níveis de estresse em 54


profissionais, de saúde, de ambos os sexos que atuam na área assistencial de unidade de oncologia, e, ao
comparar qualidade de vida e nível de ansiedade ou depressão entre os diferentes subgrupos de
funcionários, os autores observaram muitos profissionais possuem grau moderado ou alto de estresse
profissional e que isso se associou com maior ansiedade e depressão e pior qualidade de vida.

Moreira e Lucca (2020), com o objetivo de identificar os fatores biopsicossociais no trabalho


associados à Síndrome de Burnout em profissionais da saúde mental, investigaram uma população de 293
trabalhadores dos serviços de saúde de mental da rede pública de um município, no interior do estado de
São Paulo. Chegaram a conclusão que 33,8% dos participantes trabalhavam em atividades com baixas
demandas e controle e baixo apoio social (trabalho passivo). Em relação aos trabalhadores administrativos,
27,6% exerciam atividades de trabalho de alto desgaste, 26,4% trabalho passivo, 25,3% trabalho ativo e
20,7% trabalho de baixo desgaste. Já os profissionais assistenciais 36,9% exerciam atividades de trabalho
passivo, 28,1% em situação de trabalho de baixo desgaste, 23,3% em trabalho de alto desgaste e 11,7% em
trabalho ativo. O apoio social foi mais prevalente entre os trabalhadores administrativos (62%), comparado
aos assistenciais (42,2%). (MOREIRA E LUCCA. 2020)

Os tipos de tarefas influenciam no desenvolvimento de burnout; os trabalhos mais estressantes


como o cuidado direto ao paciente provocam maior estresse físico e psicológico. Altas demandas de
trabalho, baixo controle sobre o processo de trabalho e falta de apoio social, exaustão emocional
influenciam significativamente na satisfação do profissional. O estudo revelou que a maioria dos casos de
Burnout ocorreu entre os profissionais em situações de trabalho denominadas de alto desgaste,
caracterizados por ter elevada demanda de trabalho e baixa autonomia, além disso, as atividades de trabalho
com demandas psicológicas elevadas e baixo controle sobre as tarefas foram os principais fatores
psicossociais associados à Síndrome de Burnout. (MOREIRA E LUCCA. 2020)

Outo local propício para o desenvolvimento da síndrome de Burnout entre profissionais de saúde
são as unidades de terapia intensiva, pois exigem dos profissionais o desenvolvimento de habilidades que
os capacitem a equacionar demandas inerentes a dois polos de atuação: o técnico/científico e o relacional.

Um estudo empreendido por Tironi et al., (2016) com 180 médicos intensivistas constatou elevada
prevalência da síndrome de burnout nessa população. A maioria (50,3%) tinha carga horária semanal de
trabalho entre 49 e 72 horas, e o tipo de vínculo mais frequente foi empregado assalariado. Níveis elevados
de exaustão emocional, despersonalização e ineficácia foram encontrados em 50,6%, 26,1% e 15,0%,
respectivamente. A prevalência de burnout foi de 61,7%, entre esses profissionais.

Dentre os fatores estressantes elencados pelos profissionais Tironi et al., (2016) destacam: lidar
com a angústia dos familiares (67,8%); pouco tempo para lidar com as necessidades emocionais dos
pacientes (52,8%); possibilidade de complicações no atendimento aos pacientes (51,4%); e quantidade de
pacientes por profissional (48,6%). Além disso foram mencionados ruídos excessivos (56,5%); problemas

37
administrativos (49,7%); falta de recursos materiais (47,4%) e obrigação de lidar com questões simultâneas
(47,2%). Por fim foram citados o comprometimento da equipe (43,7%).

Os resultados do estudo de Tironi et al., (2016) evidenciam alta prevalência de burnout entre
médicos intensivistas, e sugerem como causa tanto a sobrecarga do trabalho sob variados tipos de pressão,
quanto um desequilíbrio entre a preparação técnica e a interpessoal. Os autores acreditam que pode existir
uma lacuna na formação psicoemocional dos intensivistas, de maneira que a preparação técnica, mesmo de
qualidade, pode não ser suficiente para que o intensivista lide com as demandas emocionais do dia a dia de
uma UTI.

Por fim, diante de todos os estudos elencados, percebe-se que três aspectos interdependentes são
frequentes na síndrome de Burnout, quais sejam, exaustão emocional, despersonalização e ineficácia. Esses
sintomas são observados principalmente em decorrência de trabalhos estressantes com altas jornadas
laborais e baixa remuneração, e possuem uma alta incidência em profissionais da saúde, por isso a
importância de atenção à essa população.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A queda na qualidade do trabalho, o aumento do absenteísmo, da rotatividade e do número de


acidentes tem se tornado constantes devido à Síndrome de Burnout. Os impactos como um todo são
abrangentes. São necessárias pesquisas bem como estudos que abranjam outras profissões, uma vez que é
preciso saber se, de fato, essas áreas são as mais atingidas pela síndrome ou se seus índices parecem maiores
por serem as mais pesquisadas. Com isso, os dados serão mais consistentes e instruirão intervenções mais
eficazes nas instituições de saúde para combater o burnout.

REFERÊNCIAS

FRANCESCHINI, Juliana Pereira; SANTORO, Ilka Lopes. Síndrome de burnout: prevalência em


profissionais da saúde que atuam na área de oncologia. O Mundo da Saúde, v. 40, n. A, p. 447-460, 2017.

LIMA, Amanda de Souza; FARAH, Beatriz Francisco; BUSTAMANTE-TEIXEIRA, Maria Teresa.


Análise da prevalência da síndrome de burnout em profissionais da atenção primária em saúde. Trabalho,
Educação e Saúde, v. 16, p. 283-304, 2017.

MOREIRA, Amanda Sorce; LUCCA, Sergio Roberto de. Fatores psicossociais e Síndrome de Burnout
entre os profissionais dos serviços de saúde mental. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 28,
2020.

SOBRAL, Renata Cristina et al. Burnout ea organização do trabalho na Enfermagem. Revista Brasileira
de Medicina do Trabalho, v. 16, n. 1, p. 44-52, 2018.

TIRONI, Márcia Oliveira Staffa et al. Prevalência de síndrome de burnout em médicos intensivistas de
cinco capitais brasileiras. Revista brasileira de terapia intensiva, v. 28, p. 270-277, 2016.

38
39
DOI 10.29327/1192726.1-18

RESTRIÇÃO DO MOVIMENTO DA COLUNA VERTEBRAL NO TRAUMA:


UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

¹ Isabella Lusvardi do Pinho Mellado

¹Emily Belchior do Nascimento dos Santos


2
Roberta Teixeira Prado

1Faculdade Santos Dumont (FSD). Santos Dumont, Minas Gerais, Brasil; 2 Universidade Federal de Juiz
de Fora (UFJF). Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Revisões de literatura


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: isabella.lusvardi@outlook.com
INTRODUÇÃO: Desde o ano 1970 a imobilização da coluna vertebral completa com colar cervical (CC),
blocos laterais e prancha rígida vem sendo aplicada a todas as vítimas de trauma com potencial lesão
raquimedular, independentemente do seu estado clínico. Nos últimos anos a prática de Restrição do
Movimento da Coluna (RMC) começou a ser questionada na literatura científica. OBJETIVOS: Levantar
evidências científicas atuais a respeito da RMC e responder às questões clínicas como o atual estado da arte
para a RMC, existência de evidências científicas que respaldam a imobilização tradicional da coluna
vertebral e os efeitos adversos associados a esta prática. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo
revisão sistemática da literatura, realizado nas bases indexadoras National Library of Medicine (MedLine)
e Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). Foram
selecionados trabalhos entre os anos de 2015 e 2019 nos idiomas inglês, espanhol e português e que
estivessem disponíveis na íntegra. RESULTADOS: Foram encontrados 220 artigos, sendo 132 na MedLine
e 89 na BIREME. Após a revisão de duplicatas e aplicação dos critérios de exclusão, 32 foram avaliados
para elegibilidade nesta revisão. A partir de meados de 2013 a prática de RMC começou a ser questionada
por estudos científicos, que apontam que a imobilização da coluna deverá ser mais seletiva e ter como
referência primordial o exame físico do paciente. De modo que a RMC precisa ser uma prática
individualizada e contar com ferramentas e protocolos. Conclusão: É essencial que os socorristas estejam
em constante aprimoramento de suas funções e que sejam realizadas capacitações voltadas principalmente
para a temática de RMC, buscando tornar o atendimento cada vez mais científico, com vistas a aprimorar
o olhar clínico e crítico dos mesmos e trazer conhecimento das ferramentas que lhe possa auxiliar durante
a dinamicidade do atendimento pré-hospitalar.

Palavras-Chave: Assistência pré-hospitalar; Coluna vertebral; Imobilização .

1 INTRODUÇÃO

A utilização da prancha rígida e colar cervical têm sido um dos pilares do atendimento pré-hospitalar de
pacientes com potencial lesão raquimedular desde 1970 com a realização de imobilização completa do
movimento da coluna.Nos últimos anos, a técnica não seletiva, vem sendo questionada através de estudos
e protocolos trazendo à tona um novo paradigma de Restrição do Movimento da Coluna (RMC).Ao

40
questionar a técnica operacional tida até então como padrão, novas possibilidades e equipamentos para
serem utilizados durante o atendimento das vítimas de trauma surgem, propiciando maior proteção de
injúrias às vítimas com menores riscos de eventos adversos relacionados ao cuidado. Vale ressaltar que os
estudos também pontuam o termo errôneo antes utilizado, uma vez que a imobilização da coluna vertebral
pelos equipamentos e técnica operacional tradicional não é nula, e se torna impossível e inviável a
imobilização total do movimento da coluna vertebral. De acordo com essa linha de pensamento o termo
apropriado seria Restrição do Movimento da Coluna (RMC), uma vez que o movimento residual não é
cessado independente da técnica utilizada. Estudos indicam que apenas em 2-4% dos eventos traumáticos
ocorrem lesão medular e esta pode ser identificada durante a avaliação criteriosa dos socorristas através dos
critérios trazidos no Nacional Emergency X-Radiography Utilization Study (NEXUS) e Canadian Cervical
Spine Rule (CCR). A avaliação da cinemática do trauma e do próprio paciente, tal como a investigação do
seu nível de consciência através da escala de coma de Glasgow e seu nível de dor na região cervical durante
a extração, devem ser levados em conta, a fim de trazer novas possibilidades aos socorristas buscando
viabilizar uma assistência que envolva um menor tempo e risco para o paciente e equipe envolvida
considerando os mais variados contextos e cenários . Visto que, a imobilização tradicional da coluna
vertebral acarreta para os socorristas um maior tempo na cena, além de potencial aumento da pressão
intracraniana, diminuição das capacidades respiratórias e por tempo prolongado aumenta a predisposição
de lesão por pressão relacionada ao uso da prancha rígida, principalmente na população idosa.Sob essa
perspectiva novos protocolos e evidências investigam distintas técnicas de extração do paciente da cena,
entre elas está à auto extração podendo ser realizada com ou sem a utilização do colar cervical através da
orientação do paciente; a restrição manual do movimento da coluna vertebral, a restrição minimalista do
movimento da coluna vertebral e a restrição completa da coluna vertebral . Partindo do pressuposto que a
ciência é mutável e os conhecimentos tal como as tecnologias leve-duras, dadas nesse contexto como
protocolos e técnicas operacionais, precisam se renovar . Diante dessa perspectiva, o presente estudo teve
como objetivo levantar evidências científicas atuais a respeito da RMC e responder as questões clínicas
como o atual estado da arte para a RMC, se existem evidências científicas que respaldem a imobilização
tradicional da coluna vertebral e os efeitos adversos associados a esta prática. Desta forma responder às
questões delineadas através da estratégia de pesquisa PICO 11; acrônimo cujo o “P” corresponde ao
paciente ou população investigada no estudo, “I” à intervenção efetuada , “C” à comparação ou controle e
o “O” corresponde ao desfecho ou resultado encontrado.Os estudos levantados pela pesquisa contemplaram
as vítimas de trauma com potencial lesão raquimedular; a intervenção investigada foi a RMC; sendo
comparada a imobilização tradicional da coluna com a estabilização seletiva e o desfecho investigado foi a
lesão raquimedular e dano neurológico secundário.

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão sistemática da literatura por proporcionar uma análise
sistemática de múltiplos estudos. A fim de propor rigor à pesquisa foram utilizados os critérios do protocolo
Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analysis (PRISMA P), buscando propor
replicabilidade e o esclarecimento da questão proposta por essa revisão. Partindo do levantamento de
evidências científicas que possam dar suporte aos profissionais em suas práticas e apontar lacunas ainda
existentes sobre a temática que carecem de novos estudos para serem sanadas.Foram usadas as seguintes
bases indexadoras: National Library of Medicine (MedLine) e Centro Latino-Americano e do Caribe de
Informação em Ciências da Saúde (BIREME) .Utilizou-se a frase de pesquisa: Trauma OR Traumas OR
“Emergency Medical Services” OR “Emergency Service Medical” OR “Medical Emergency Service” OR
“Medical Emergency Services” OR “Emergency Medical Service” OR “Prehospital Emergency Care” OR
“Emergency Care” OR “Emergency Health Services” OR “Emergency Health Service” AND Emergency
Medical Services AND Immobilization OR “Spinal stabilization” na base Medline com os filtros: “Free

41
full text”, ”full text”, “in the last 5 years” analisando os artigos cuja língua fosse inglês, português ou
espanhol conforme os critérios de inclusão. Os termos de pesquisa foram levantados inicialmente conforme
a lista de Descritores de Ciências da Saúde (Decs) e ampliados com a lista de sinônimos encontrados no
Medical Subject Headings (MeSH), sistema apoiado na base de dados Medline. Na BIREME os termos e
boleanos utilizados para os levantamentos de estudos foram imobilização AND cervical AND trauma,
utilizando os seguintes filtros: português, inglês e espanhol e publicados nos últimos 5 anos. A busca e o
levantamento dos artigos analisados por essa revisão ocorreram entre os meses de maio e junho do ano de
2020. Os descritores desse estudo são: Traumatismo da Medula Espinhal, estabilização e trauma, definidos
conforme a lista do Decs. Foram selecionados trabalhos entre os anos de 2015 e 2019 relacionados às novas
práticas de RMC que possuam publicação ou tradução nos idiomas inglês, espanhol e português e que
estivessem disponíveis na íntegra. Foram excluídos artigos cuja publicação tenha mais de 5 anos, que não
estivessem diretamente relacionados ao objetivo deste estudo ou que estivessem em outros idiomas. Estudo
descritivo, do tipo revisão sistemática da literatura, realizado nas bases indexadoras National Library of
Medicine (MedLine) e Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde
(BIREME). A busca e o levantamento dos artigos analisados por essa revisão ocorreram entre os meses de
maio e junho do ano de 2020.Na bases MedLine e BIREME, utilizando os descritores “assistência pré-
hospitalar, capacitação, coluna vertebral, imobilização, protocolo” e os operadores boleanos AND e OR nas
frases de pesquisa Trauma OR Traumas OR “Emergency Medical Services” OR “Emergency Service
Medical” OR “Medical Emergency Service” OR “Medical Emergency Services” OR “Emergency Medical
Service” OR “Prehospital Emergency Care” OR “Emergency Care” OR “Emergency Health Services” OR
“Emergency Health Service” AND Emergency Medical Services AND Immobilization OR “Spinal
stabilization” na base Medline com os filtros: “Free full text”, ”full text”, “in the last 5 years”, analisando
os artigos cuja língua fosse inglês e português conforme os critérios de inclusão e na BIREME os termos
e boleanos utilizados para o levantamentos de estudos foram imobilização AND cervical AND trauma,
utilizando os seguintes filtros: português, inglês e espanhol e 5 anos, foram encontrados 220 artigos, sendo
132 deles na base MedLine e 89 deles na base BIREME.De modo que 32 artigos foram avaliados para
elegibilidade nesta revisão. Foram analisados na revisão estudos do tipo caso clínico, revisão integrativa,
revisão sistemática e protocolos.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Desde 1970 a Imobilização da coluna vertebral completa com colar cervical, blocos laterais e prancha rígida
tem sido aplicada a todas as vítimas de trauma com potencial lesão raquimedular, independentemente do
seu estado clínico. A partir de meados de 2013 a prática começou a ser questionada através de vários estudos
científicos. Esses estudos apontam que a Imobilização da Coluna deverá ser mais seletiva e ter como
referência primordial o exame físico do paciente, ou seja, a RMC passa a ser uma prática individualizada
que conta com o olhar clínico dos socorristas e de outras ferramentas, tal qual NEXUS, CCR e o mnemônico
MARSHAL para que essa decisão seja fundamentada.Sendo assim, nesse estudo de revisão sistemática
foram selecionados artigos que possam refletir o estado da arte presente da literatura sobre a RMC,
abrangendo os novos protocolos, a utilização da prancha, do colar cervical, a imobilização em 20º, o trauma
penetrante e a autoextricação controlada. Os novos protocolos de RMC visam garantir que o atendimento
pré-hospitalar seja cada vez mais individualizado e pautado em ferramentas práticas, como o NEXUS e o
CCR. Ambos trazem critérios para serem investigados na avaliação clínica, através do olhar treinado dos
socorristas para que possam tomar a decisão clínica de realizar ou não a RMC e como essa prática deverá
ser realizada em cada caso. Os estudos selecionados destacam que a RMC deverá se tornar mais
individualizada e seletiva, lançando mão de ferramentas que possam guiar os socorristas para uma decisão
clínica embasada por evidências científicas tais como o CCR e NEXUS e o mnemônico MARSHAL. Burd
et al. (2018) apontou como resultado de pesquisa que, na população investigada, 71,4% sofreram alguma
falha dos socorristas ao realizar a RMC, mesmo que rapidamente compensados pelos mesmos, que
poderiam lhes causar algum evento adverso relacionado. Apenas 50% desses lapsos foram notados por

42
algum membro da equipe pré-hospitalar, esse ponto do estudo traz à tona a discussão da importância de um
dos membros da equipe ser direcionado para a RMC e nenhuma outra função ser atribuída a este.Já o estudo
desenvolvido por Hopgood et al. (2018) apresentou a importância do desenvolvimento de mais estudos
voltados pro atendimento de trauma da população com idade superior a 60 anos visto que representam a
taxa de 15,4% de lesões raquimedulares sofridas e uma taxa de mortalidade mais alta quando comparada à
população mais jovem. O estudo foi do tipo relato de caso do tipo retrospectivo e contou com um follow
up de 4 anos. Ao comparar a taxa de déficit neurológico, internação hospitalar e mortalidade entre os
pacientes em que foram realizadas imobilização total da coluna vertebral ou que todos os dispositivos não
foram utilizados, a diferença entre os dois grupos não foi significativa.Ho et al. (2016) apresentam por meio
de uma revisão retrospectiva desenvolvida com o follow up de quatro anos a importância do CC e da
imobilização como um todo ao assistir pacientes que foram acometidos por disparos de arma de fogo na
região da cabeça e pescoço, considerando que a lesão penetrante por si só causa instabilidade na coluna
vertebral da vítima. Foram eleitos para este estudo pacientes adultos que compareceram no centro de trauma
nível 1 no qual a pesquisa estava sendo conduzida, entre o período de 26 de janeiro de 2010 a 19 de janeiro
de 2014. Revisão da literatura desenvolvida por Damiani (2017), cujo objetivo principal foi discutir a
utilização e efetividade do uso do CC no paciente politraumatizado, analisou artigos publicados entre 1998
e 2016, aponta como lacuna a ausência de estudos científicos prospectivos que comprovem a real eficácia
do colar cervical e o efeito de proteção de lesões secundárias que a utilização destes e dos blocos laterais
teriam. Ademais, salienta-se que o CC isolado ou utilizado juntamente com os blocos laterais, permite à
vítima o movimento residual da coluna cervical como demonstram Quinn et al. (2019)16.Além de discutir
a utilização do CC no APH, os autores perpassam por diversos cenários de RMC analisados em sua revisão
e abordam questões de igual importância, tais como a potencial insuficiência respiratória que pode ser
causada pelo uso do CC combinado com a prancha rígida; a utilização do CC de forma inadequada pelos
socorristas seja em tamanho inadequado ou posicionamento que torne a RMC ineficaz; a compressão da
veia jugular pelo CC, podendo causar o aumento da Pressão Intracraniana (PIC).Traz como ressalva baseado
pelo modelo CCR que o declínio do score “Escala de Como de Glasgow” aumenta o risco da vítima possuir
uma lesão medular, em contrapartida apresenta que vítimas com TCE que apresentarem um declínio
neurológico em uso do CC podem agravar mais ainda seu quadro clínico, uma vez que com o aumento de
4-5 mmHg da PIC aumentará também o edema cerebral podendo resultar em danos neurológicos
secundários ao trauma.White CC, et al. (2014) e Fischer PE, et al. (2018), afirmam que estudos apoiam
o uso de técnicas de restrição da coluna, mas estas não devem ser aplicadas a todos os casos de trauma de
maneira rotineira, como era feito no passado.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estudos mostram que a RMC precisa ser uma prática individualizada e contar com ferramentas e protocolos
com intuito de melhorar o cuidado pré-hospitalar que se refere ao estado clínico e ao mecanismo de lesão
da vítima.

Tendo em vista que a mortalidade por eventos traumáticos ocorre prevalentemente nas primeiras quatro
horas após o evento, é de suma importância que a assistência prestada nesse primeiro momento seja efetiva
e o deslocamento do paciente até o ambiente intra-hospitalar seja rápido, obedecendo ao princípio da “hora
de ouro”.Visto que, a imobilização tradicional da coluna vertebral acarreta para os socorristas um maior
tempo na cena, além de potencial aumento da pressão intracraniana, diminuição das capacidades
respiratórias e por tempo prolongado aumenta a predisposição de lesão por pressão relacionada ao uso da
prancha rígida, principalmente na população idosa.Sendo assim, os achados do estudo tornaram o uso da
RMC e CC controverso, uma vez que aumentou o tempo na cena o que pode acarretar um prognóstico pior
à vítima, posto que o tratamento definitivo necessário demore mais a acontecer, impediu que a lesão
penetrante fosse visualizada pelos socorristas, induziu a dor no local e aumentou a PIC.Portanto, nesses
casos, a imobilização total do movimento da coluna não só é desnecessária como também causa danos e
aumenta a morbimortalidade no atendimento pré-hospitalar, dado que, ao aumentar o tempo de resposta,
pode ser fator preditor para o desequilíbrio hemodinâmico do paciente e este ser dificilmente revertido no

43
ambiente pré-hospitalar.É evidente a necessidade de abandonar a abordagem universal à vítima de trauma
e adotar uma abordagem individualizada, relacionada com o estado clínico da vítima e com os mecanismos
envolvidos a fim de evitar efeitos adversos associados à estabilização da coluna, sendo a grande maioria
associados à colocação do colar cervical. Contudo, trata-se de uma tarefa ininterrupta que deverá contar
com a atenção total do profissional durante todo o atendimento pré-hospitalar.

REFERÊNCIAS:

PHTLS Atendimento Pré-hospitalizado ao Traumatizado. 9ª ed. Jones &amp; Bartlett Learning, 2018.

Gonçalves RBM. Tecnologia e organização social das práticas de saúde. São Paulo/Rio de Janeiro:
Hucitec/Abrasco; 1994.

Daniel D. Uso rotineiro do Colar Cervical no politraumatizado: revisão crítica. Rev Soc Bras Clin Med
2017;15(2):131-6.

Kreinest M, Scholz M, Trafford P. On-scene treatment of spinal injuries in motor sports. Eur J Trauma
Emerg Surg 2017;43(2):191-200.

Underbrink L, Dalton AT, Leonard , Bourg PW, Blackmore A, Valverde H, Candlin III T, Caputo LM,
Duran C, Peckham S, Beckman J, Daruna B, Furie K,Hopgood D. New Immobilization Guidelines Change
EMS Critical Thinking in Older Adults With Spine Trauma. Prehosp Emerg Care 2018;22:5.

44
TRAUMATISMO FACIAL EM IDOSOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Geovana Gonçalves de Oliveira

¹Maria de Lourdes dos Santos


1
Felipe Porto Domingues
1
Cecília Luiz Pereira Stabile
1 Universidade Estadual de Londrina. Londrina, Paraná, Brasil

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: geovana.goncalves@uel.br

INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo acima de 60
anos, sendo o Brasil o sexto país com maior número de idosos no mundo. Com o envelhecimento
populacional, os traumatismos faciais vêm aumentando na população idosa, uma vez que eles tendem a ser
mais vulneráveis em diversos aspectos físicos e mentais. Somado a esse fato, com o avanço da tecnologia
e exigência atual por um estilo de vida mais ativo, esse grupo de pessoas está mais suscetível ao trauma,
sendo necessário que a equipe de saúde esteja preparada para atender esses pacientes. OBJETIVO: Diante
do envelhecimento populacional o presente trabalho tem como objetivo trazer uma revisão na literatura
sobre os traumas bucomaxilofaciais em idosos, as alterações sistêmicas mais frequentes e também os
principais aspectos que devem ser levados em consideração para o atendimento desses pacientes.
METODOLOGIA: Para tal, foi produzido um levantamento bibliográfico nas bases de dados Pubmed,
Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores “fratura facial”, “trauma facial”,
“características epidemiológicas”, “lesões associadas às fraturas faciais”, “tipo de fratura facial” e
“etiologias trauma facial”, “idosos” e “geriátrico”. Foram selecionados artigos entre 2015 e 2022, devido a
quantidade de itens presentes nas bases de dados, que eram escassos. Dessa maneira, foram incluídos apenas
estudos que margeavam o tema. RESULTADOS: A OMS afirma que o trauma é um problema de saúde
pública que precisa de intervenções terapêuticas preventivas. Grande parte dos idosos faz uso crônico de
medicamentos, pelo fato serem portadores de doenças que limitam a fisiologia do seu organismo. Dessa
forma, deve-se considerar as alterações anatômicas e funcionais da idade, tanto na prevenção quanto no
tratamento do trauma em idosos. Em um estudo retrospectivo avaliando 1334 pacientes acima de 70 anos
que sofreram fraturas faciais, 66% dos pacientes relataram uma ou mais comorbidades, sendo a hipertensão
e a diabetes as doenças mais comuns nessa faixa etária, o que pode favorecer os acidentes e trazer
dificuldades no manejo das fraturas. As fraturas do complexo zigomático
foram as mais frequentes, seguidas por fraturas mandibulares e orbitais. A idade do paciente pode alterar
diversos fatores em um tratamento e conduta, sendo necessário cuidados específicos, já que muitos desses
pacientes têm condições médicas pré-existentes. Isso gera uma preocupação e um cuidado especial diante
desses problemas, sendo utilizadas condutas e tratamentos mais conservadores. É necessário, inicialmente,
acalmar o paciente para que se consiga obter informações precisas durante a realização da anamnese e
estabelecer um diagnóstico preciso e confiável, por meio de perguntas simples sobre onde, como e quando
ocorreu o traumatismo. Tratamento individualizado é importante, pois comorbidades e limitações inerentes
podem indicar modalidades de tratamento menos invasivas quando comparado a faixas etárias mais jovens.
CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que os idosos necessitam de um atendimento diferenciado, com uma
equipe multiprofissional capacitada e ciente de suas limitações. É importante que seja levado em
consideração também, a escassez do assunto na literatura, principalmente em relação ao manejo adequado
desses pacientes. Adaptações de ambiente e mobilidade, além de campanhas de conscientização, podem ser
alternativas para a prevenção do trauma entre os idosos.

Palavras-chave: Trauma; Fratura; Idosos; Facial.

45
REFERÊNCIAS:

BRUCOLI, Matteo et al. Epidemiologia do trauma maxilofacial em idosos: um estudo multicêntrico


europeu. Journal of stomatology, oral and maxillofacial surgery , v. 121, n. 4, pág. 330-338, 2020.

GIACOMIN, Mateus et al. Trauma facial em idosos: uma análise retrospectiva de 10 anos. Revista
Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 20, p. 618-623, 2017

GOMES, Ana Claúdia Amorim et al. Tratamento conservador do idoso vítima de trauma facial: relato de
caso. Odontol. clín.-cient, p. 341-345, 2008. RODRIGUES, Thiago Nobre. A ETIOLOGIA DO TRAUMA
DE FACE NO IDOSO E NÃO IDOSO. In: ANAIS DO I CONGRESSO NORTE. p.

SOUSA, Rayanne Izabel Maciel de et al. Traumas faciais como marcadores de violência física contra
idosos. 2015.

46
INFLUÊNCIA DO FUMO PASSIVO NO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER
DE PULMÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Lorenzo Fernandes Alves


¹Lara Oliveira de Carvalho
¹Sara Luiza Costa Silva
¹Millena Cardoso Sales Santos
²Mariana Silva Guimarães
1
Universidade de Rio Verde (UniRV). Goiânia, Goiás, Brasil; 2Universidade Federal de Goiás (UFG).
Goiânia, Goiás, Brasil;

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Pôster/Apresentação oral
E-mail do 1°autor: lorenzofalves@gmail.com
INTRODUÇÃO: O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais recorrentes entre os índices de
incidência e mortalidade por câncer, sendo o tabagismo um dos principais fatores de risco para o
desenvolvimento dessa neoplasia. Do cigarro, exalam duas fumaças distintas: a corrente primária, inalada
pelo tabagista, e a corrente secundária, sendo a fumaça liberada do cigarro. Salienta-se ainda que a liberação
da fumaça do cigarro no ambiente contém um teor nocivo mais elevado em relação à que foi tragada pelo
fumante. Logo, o fumo passivo estabelece uma maior toxicidade e desempenha um fator causal no câncer
de pulmão. OBJETIVO: Demonstrar a influência do fumo passivo no desenvolvimento do câncer de
pulmão. METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa nas bases de dados Scielo, PubMed e Google
Acadêmico. Os critérios de inclusão foram estudos clínicos, estudos epidemiológicos, revisões de literatura
e metanálises nos idiomas inglês e português. Os critérios de exclusão foram artigos com fuga do tema
escolhido e indisponibilidade de acesso ao texto completo. No PubMed, foram usados os descritores
“secondhand smoking AND lung cancer” que totalizou seis artigos, dos quais dois foram selecionados. Já
na plataforma Scielo, os descritores “passive smoking AND lung cancer” foram utilizados, resultando seis
artigos, dos quais cinco foram descartados por já estarem presentes na pesquisa realizada no PubMed. No
Google Acadêmico, foram utilizados os descritores “inalação passiva AND câncer de pulmão” totalizando
2 artigos. RESULTADOS: O fumo passivo ocorre a partir da inalação das toxinas da fumaça do cigarro, a
qual possui um teor tóxico devido à variedade de substâncias nocivas que ela contém. Essa fumaça provoca
danos ao organismo do tabagista e da pessoa não fumante que inala as toxinas presentes no produto,
acometendo principalmente crianças e mulheres. Entre essas repercussões, é importante citar o
desenvolvimento de carcinogênese no pulmão, seios, nasofaringe e laringe, a aceleração da aterosclerose,
a inflamação crônica e obstrução das vias aéreas e o desenvolvimento de distúrbios reprodutivos. Ademais,
evidencia-se que pessoas não tabagistas que convivem com fumantes são significativamente mais propensas
a desenvolver comorbidades cardiovasculares e respiratórias, sendo a mais preocupante o câncerde pulmão.
Isso ocorre devido ao desequilíbrio da associação da oxigenação com a perfusão, que prejudicaa homeostasia
da função pulmonar com a circulatória. Somado a isso, foi averiguado que mais de ⅓ da população mundial
sofre o impacto secundário da exposição à fumaça e a história clínica de muitos pacientes não fumantes
acometidos pelo câncer de pulmão se relaciona ao fumo passivo, evidenciando queos efeitos do tabagismo
não se restringem aos fumantes. CONCLUSÃO: Observou-se uma relação causal entre o fumo passivo e o
câncer de pulmão, haja vista que os nunca fumantes com história de tabagismo passivo tem maior
probabilidade de um diagnóstico subsequente de câncer de pulmão. Além disso, torna- se evidente que o
fumo passivo pode estar associado com diversas outras doenças. Portanto, urge o desenvolvimento de
pesquisas que explorem a influência dessa inalação passiva no desenvolvimento do câncer de pulmão para
maior esclarecimento e aperfeiçoamento de políticas preventivas na área da saúde.

Palavras-chave: Fumo Passivo, Câncer de Pulmão, Tabagismo Passivo.

47
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, C. P. B.; SILVA, D. R. Tabagismo passivo e câncer de pulmão de pulmão: revisão integrativa
de metanálises. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, [s. l], v. 6, n. 2, p. 1924-1934, 2015. Disponível em:
https://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/3036. Acesso em: 15 nov. 2022.
FRANCO-MARINA, F. et al. Role of active and passive smoking on lung cancer etiology in Mexico City.
Salud Pública de México, [S.L.], v. 48, p. 75-82, 2006. Disponível em:
https://scielosp.org/article/spm/2006.v48suppl1/s75-s82/. Acesso em: 15 nov. 2022.
ABDEL-RAHMAN, O. et al. Incidence and Mortality of Lung Cancer Among Never Smokers in
Relationship to Secondhand Smoking: findings from the plco trial. Clinical Lung Cancer, [S.L.], v. 21, n.
5, p. 415-420, set. 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32389507/. Acesso em: 15 nov.
2022.
STEPANEK, L. et al. Public Health Burden of Secondhand Smoking: case reports of lung cancer and a
literature review. International Journal of Environmental Research and Public Health, [S.L.], v. 19, n.
20, p. 415-420, 13 out. 2022. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36293731/. Acesso em: 15
nov. 2022.
KIM, A. S. et al. Exposure to Secondhand Smoke and Risk of Cancer in Never Smokers: a meta-analysis
of epidemiologic studies. International Journal of Environmental Research and Public Health, [S.L.],
v. 15, n. 9, p. 1981, 11 set. 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30208628/. Acesso em:
15 nov. 2022.

48
MONITORIA DE CLINICA DE REABILITAÇÃO I EM TEMPOS DE
PANDÊMIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

¹ Maria Elivânia Alves de Oliveira


1
Yasmin Ribeiro Alves de Abreu
1
Rayane Lima dos Santos
1
Wesley Ferreira Costa
1
Janice Dávila Rodrigues Mendes

1 Centro Universitário INTA- UNINTA. Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Apresentação pôster

E-mail do 1º autor: elivaniao39@gmail.com

INTRODUÇÃO: A monitoria acadêmica é um processo educacional que desenvolve o aprendizado e


habilidades necessarias para iniciar à docência, pois durante a partilha de conhecimentos pode desfrutar
da vivencia de ensino-aprendizagem, na qual busca se aprofundar em determinada área e qualificar-se
ainda mais durante sua graduação. É uma excelente chance para os acadêmicos aprimorarem suas
habilidades didáticas, aprofundar seus conhecimentos específicos e auxiliar no ensino dos alunos
monitorados estimulando e orientando o desenvolvimento de habilidades,
o dicente consegue aprofundar conhecimentos, pois fortalece o que já sabe, aprende novas coisas e vai
desenvolvendo e consolidando a percepção da mesma. Durante o periodo de pandemia da COVID 19 foi
necessário uma adaptação nas formas de ensino, na qual foi inserida as plataformas digitais como Google
meet, e Google forms, afim de manter contato e exercitar o ensino. OBJETIVO: Apresentar a experiência
de uma dicente monitora de Clinica de Reabilitação I, do curso de Odontologia do Centro Universitário
INTA/ UNINTA. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de 6 meses no modulo de
Clinica de Reabilitação I, durante a pandemia da COVID 19 envolvendo aulas teóricas e praticas na qual
houve participação em aulas teóricas via Google meet e posteriormente acompanhamento dos alunos
durante o atendimento e processos de laboratoriais, foram feitas revisões de conteúdo teórico online
através da plataforma Google Meet para que os alunos tirassem suas possivéis dúvidas nas avaliações
parciais. RESULTADOS: O progama de monitoria durante o período de pandemia mostrou-se eficaz na
contribuição do aprendizado dos alunos, principalmente daqueles que possuíam maiores dificuldades
visto que ouve inicialmente uma dificuldade de adaptação ao novo modode ensino, e que o modulo por
ser clinico foi necessario meios de interação com o monitor, pois após a teória os alunos iriam
confeccionar protese dentaria, tanto protese total como PPR, na pratica o monitor auxilia no atendimento
clinico e processos laboratoriais como vazamento de gesso, montagem em articulador, confecçãoo de
moldeira, plano de orientaçao de cera e delineamento. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, a
importancia da presença de um monitor pois a monitoria na modalidade remota foi uma experiência de
grande aprendizado e descoberta para os professores e alunos, visto as limitaçõesem modulo clinico, que
necessita de maior desempenho e o monitor juntamente com o professor responsavel, conseguiu
execultar com exito as atividades necessarias.

Palavras-chave: Ensino remoto, Prótese dentária, Reabilitação oral.

REFERÊNCIAS:

COSTA, B. M. M.; LIMA, S. E.; CAMPOS, F. A. T.; ARNAUD, R. R. Tecnologia digital como

49
ferramenta na monitoria acadêmica do curso de Odontologia em tempos de pandemia COVID-19 .
Revista da ABENO., v. 21, n. 1, p. 1187, 2021.

SANTOS, G. V.; FERREIRA, J. G.; HONORATO, M. C. T. M.; PEREIRA, L. L. Desafios da monitoria


acadêmica de Estomatologia frente à pandemia COVID-19: relato de experiência. Revista da ABENO.,
v. 21, n. 1, p. 1221, 2021.

LIMA, L. V. L.; PINHEIRO, A. R.; FERREIRA, A. B. A MONITORIA QUANTO AO PROCESSO


DE ENSINO-APRENDIZAGEM: DISCIPLINA DE CONTABILIDADE GERAL. Encontro de
Extensão, Docência e Iniciação Científica (EEDIC)., v. 3, n. 1, 2017.

50
DOI 10.29327/1192726.1-42

SÍNDROME DO X FRÁGIL: A RELEVÂNCIA DO RASTREAMENTO


GENÉTICO EM PACIENTES COM DISTÚBIOS COMPORTAMENTAIS

¹Maria Clara Batista


²Daniely Mendes da Silva
²Marcos Gabriel Rodrigues Melo
²Maria Virgínia Amorim Rocha Brito
²Thainá de Souza Lopes
³Maria Carolina Batista
1Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Recife, Pernambuco, Brasil; 2Centro Universitário
Maurício de Nassau (UNINASSAU). Recife, Pernambuco, Brasil; 3Médica pela Universidade Católica
de Pernambuco. Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: claraabatista98@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Síndrome do X Frágil (SXF) é uma condição genética determinada pela mutação de
um gene específico (Fragile Mental Retardation 1 ou FMR1) localizado no braço longo do cromossomo
X. Ela ocasiona um bloqueio na produção da proteína FMRP (Fragile Mental Retardation Protein),
levando a alterações comportamentais no indivíduo afetado. Tal condição é caracterizada por ser a causa
mais frequente de deficiência intelectual hereditária no sexo masculino, com incidência média de 1/4000
em homens e 1/6000 em mulheres, além de ser o principal fator genético para o desenvolvimento do
Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Todavia, a síndrome é subdiagnosticada na população, devida
a alta variabilidade fenotípica e a baixa realização do rastreamento genético, resultando, comumente, no
diagnóstico inicial de distúrbio do comportamento, sem etiologia estabelecida — o que repercute em
diagnósticos e condutas terapêuticas imprecisas. OBJETIVO: Compilar informações presentes na
literatura em relação à SXF, enfatizando a relevância do aconselhamento genético no diagnóstico assertivo
acerca da etiologia do retardo mental. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura norteada
pela seguinte pergunta condutora: “Os distúrbios comportamentais podem ser oriundos da Síndrome do X
frágil?”. Para isso, utilizou-se como base de dados a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e a SciELO, em
conjunto com informações fornecidas pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Os descritores
DeCS/MeSH utilizados foram: “Transtorno Autístico”, “Síndrome do Cromossomo X Frágil”e “Disfunção
Cognitiva”, além de seus correspondentes em inglês e espanhol. Como critérios de inclusão,utilizou-se:
trabalhos completos publicados entre 2017-2022 e nos idiomas português, espanhol ou inglês. Foram
excluídos teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso. RESULTADOS: Nota-se que a SXF está
intimamente correlacionada com alterações comportamentais, colocando em destaque o Autismo, pois
60% dos pacientes com tal condição genética recebem o diagnóstico de TEA, sendo, nesses casos, a
Síndrome do X Frágil precursora desse transtorno. Nessa perspectiva, a SXF ainda é uma condiçãopouco
difundida, evidenciando a relevância do acompanhamento genético em casos de atrasos no
desenvolvimento intelectual. Tal acompanhamento é fundamental para o diagnóstico preciso, pois há
variações funcionais nos sintomas de cada quadro clínico que devem ser abordadas de maneiras diferentes
para obtenção de êxito no prognóstico do paciente e consequente na sua qualidade de vida. Ademais, é
válido enfatizar que, no Brasil, estima-se uma média de 2 milhões de autistas. Contudo, cerca de 2% a 5%
dessa parcela populacional podem ter a SXF, compreendendo, aproximadamente, 100 mil pessoas, além
da grande maioria provavelmente não ter diagnóstico estabelecido, inviabilizando condutas terapêuticas

51
efetivas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa permitiu concluir que o rastreamento genético é crucial
para guiar profissionais do âmbito da saúde acerca do diagnóstico diferencial da Síndrome do X Frágil e
o Autismo, visando realizar uma terapêutica precoce e intervenção comportamental adequada para cada
quadro clínico. Tal medida deve ocorrer em conjunto com uma orientação doméstica a respeito dos riscos
de recorrência na família.

Palavras-chave: Transtorno Autístico; Disfunção Cognitiva; Síndrome do Cromossomo X Frágil.

REFERÊNCIAS:

SANTOS, S. C. et al. Identificação de alterações genéticas relacionadas à síndrome do X frágil e ao


transtorno de espectro do autismo por meio de ferramentas de bioinformática. Revista de Ciências Médicas
e Biológicas, v. 19, n. 2, p. 292-297, 2020.

MONTES, G. L. et al. Hacia un diagnóstico diferencial temprano en el trastorno del espectro autista y el
síndrome de X frágil. Una revisión sistemática. Revista de Neurología, v. 75, n. 8, p. 213-223, 2022.

NIU, M. et al. Autism symptoms in fragile X syndrome. Journal of child neurology, v. 32, n. 10, p. 903-
909, 2017.

VIDAURRI, G. N.; CARRILLO, L. G. D. Síndrome de X frágil. Acta médica Grupo Ángeles, v. 17, n. 3,
p. 259-262, 2019.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Transtorno do espectro autista.


Disponível em: < https://www.paho.org/pt/topicos/transtorno-do-espectro-autista>. Acesso em:
13 jan. 2023.

52
IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS INDICATIVOS DE ALEGAIS
RESPIRATÓRIAS EM CRIANÇAS

¹ Alessandro Ruan Silva de Souza

2
Darlly Tavares Leitão

3
Lizandra Ellem Silva de Souza

4
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário

5
Andréa Márcia soares da Silva

6
Igor Marcelo Ramos de Oliveira

1 Centro Universitário de Juazeiro do Norte– UNIJUAZEIRO, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil; 2


Faculdade de Ciências de Timbaúba, Timbaúba, Pernambuco, Brasil; 3 Centro Universitário de Juazeiro
do Norte– UNIJUAZEIRO, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil;
; 4 Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU - Campina Grande, Parnaíba, Brasil; 5-6
Estácio de Teresina, Teresina, Brasil;

Eixo temático: Transversal

Modalidade: Apresentação Oral

E-mail do 1° autor: jipoia111@gmail.com

INTRODUÇÃO: A renite alérgica, amas e bronquite são consideradas as doenças respiratórias mais
prevalentes entre as crianças, onde a presença de uma pode dar evolução na piora da outra quando esses
indivíduos são diagnosticados com as duas patologias. Essas são consideradas doenças que se não tratadas
corretamente podem evoluir para piora do quadro trazendo complicações que podem levar ao óbito do
paciente. Por conta dos seus grandes números são doenças que traz preocupações aos serviços de saúde.
OBJETIVO: Identificar os sinais e sintomas que demonstram quadros de alergias respiratórias em crianças.
METODOLOGIA: A pergunta norteadora foi: quais os sinais que indicam alergias respiratórias em
crianças? Optou-se pelo tipo de estudo revisão de literatura. A busca ocorreu em janeiro de 2023. As bases
de dados utilizadas foram Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Sistema Online de Busca e
Análise de Literatura Médica (MEDILINE). Utilizaram-se os descritores da saúde, alergias respiratórias
and crianças. Foram incluídos estudos publicados entre 2019 a 2023, nos idiomas português, inglês e
espanhol, nacionais e internacionais, com acesso gratuito e com total relevância para o estudo. E excluídos
aqueles fora dos critérios de elegibilidade estabelecido. RESULTADOS: Foram identificados 178 artigos
que após aplicação dos critérios restaram 83 que foram analisados por uma leitura minuciosa do objetivo e
resultados optando pela escolha de 10. Verificou-se que os sinais existentes que merecem atenção e que são
indicativos de alergias respiratórias são: espirros frequentes, tosse, irritabilidade das vias aéreas, coriza,
falta de ar, coceira nos olhos e nariz e dor de cabeça. Esses são sinais que merecem atenção, principalmente
quando identificados de forma frequente. Quando identificados é ideal a visita aos serviços de saúde para
se evitar grandes complicações que coloquem em risco a vida dessas crianças. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Percebe-se que são vários os sinais de alergias respiratória e a importância na sua detecção que ao
serem reconhecidas passam a contribuir para o tratamento eficaz. Os profissionais de saúde com os
familiares têm papel importante nessa detecção e devem ficar sempre atento a piora do quadro de alergias
respiratórias.

53
Palavras-chave: Alergias respiratórias; saúde da criança; Saúde.
REFERÊNCIAS:
ARAÚJO, Rafael Sousa. Infecção respiratória alta em crianças (IVAS). Revista Ibero-Americana de
Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 5, p. 509-521, 2022.
DOS SANTOS, V. A. G et al. Avaliação de Sinais e Sintomas Respiratórios em Crianças e Adolescentes
em Período Escolar/Evaluation of Respiratory Signs and Symptoms in Children and Adolescents in School
Period. Saúde em Foco, v. 5, n. 2, p. 70-87, 2019.
LINS, J. N. M et al. Avaliação de doenças respiratórias prevalentes na infância em Unidades de Saúde do
Município de Juazeiro-BA, Brasil. Research, Society and Development, v. 11, n. 14, p. e202111436083-
e202111436083, 2022.

54
CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: ATUAÇÃO DA
ENFERMAGEM NOS IMPACTOS À SEGURANÇA DO PACIENTE

Jocilene da Silva Paiva1

Geovana Aparecida dos Reis Cirino2

Ana Marília Ancelmo Oliveira Lima3

Claúdia Aparecida Godoy Rocha4

Dandara Lima Santos5

Ana Cristina Santos Rocha Oliveira6

Rainnymarie Beatriz Silva Silva7

Edmara Chaves Costa8

1
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Fortaleza, Ceará, Brasil;
2
Centro Universitário Presidente Antônio Carlos, Barbacena, Minas Gerais, Brasil; 3Universidade
Estadual do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil; 4CEEN Educacional, Goiânia, Goiás, Brasil; 5Universidade
Federal do Pará, Belém, Pará, Brasil; 6Centro Universitário Alfredo Nasser, Goiânia, Goiás, Brasil;
7
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Fortaleza, Ceará, Brasil;
8
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Fortaleza, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Eixo transversal.

Modalidade: Pôster

E-mail do 1º autor: enferjocilene@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Central de Material e Esterilização (CME) é responsável pelo processamento e


distribuição de artigos e equipamentos para a assistência em saúde. Suas atividades se dão através de um
processo metódico envolvendo etapas monitoradas por um controle de qualidade dotado de testes e
indicadores aplicáveis aos instrumentais a fim de eliminar agentes infecciosos e garantir a máxima
segurança ao paciente. Para o sucesso desse setor é imprescindível que a equipe de enfermagem esteja
devidamente capacitada e qualificada para execução dos serviços. Dessa forma, a equipe da CME assume
a corresponsabilidade pela proteção do paciente, uma vez que suas ações estão relacionadas a uma
assistência segura. OBJETIVO: descrever como o trabalho da enfermagem na CME impacta na segurança
do paciente e no controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão narrativa da literatura de caráter descritivo e exploratório sobre a atuação da
enfermagem na CME. Para isso, realizou-se a análise de artigos coletados nas bases de dados Lilacs,
SciELO e Medline no mês de dezembro de 2022, onde foram selecionados estudos disponíveis na íntegra
no período entre 2018 e 2022 que contassem com informações acerca do referido problema de pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram incluídos 10 artigos na composição deste estudo. A Enfermagem
é essencial para o funcionamento da CME, sendo responsável pelo gerenciamento e operacionalização de
todas as etapas do processamento dos materiais. Nesse sentido, o enfermeiro deve dispor de conhecimentos
específicos dos artigos processáveis, bem como saber gerenciar sua equipe em prol do bom desempenho do
setor e da qualidade dos serviços executados. Há múltiplas atribuições ao enfermeiro quanto a garantia da
proteção e segurança do paciente, as quais são divididas em três principais blocos: atividades gerenciais,
educacionais e assistenciais. No que diz respeito às competências gerenciais, cabe ao enfermeiro
supervisionar e controlar o recebimento e devolução dos materiais consignados; gerenciar os recursos

55
humanos; acompanhar a realização de testes nos insumos e equipamentos; acompanhar o fluxo e
programação de cirurgias para a entrega pontual dos instrumentais e equipamentos necessários;
acompanhar, avaliar e controlar o estoque de materiais e insumos, a manutenção dos equipamentos e a
viabilidade de testes indicadores; elaborar protocolos que regem o exercício dos serviços do setor;
estabelecer diagnósticos situacionais periódicos, propondo melhorias e correções necessárias e realizar o
controle da produtividade da unidade. Acerca das atividades educativas, cabe acompanhar, planejar e
realizar treinamentos e capacitações continuadas com a equipe a fim de aprimorar os serviços. Por fim, no
que concerne à atuação assistencial, cabe ao enfermeiro atender as demandas das unidades consumidoras
assegurando a devida operacionalização das etapas de processamento e também prestar cuidados essenciais
para a proteção contra riscos e agravos à saúde do paciente, mesmo que indiretamente. CONCLUSÃO: A
CME é determinante para o controle de IRAS e, consequentemente, para a segurança e qualidade da
assistência prestada ao paciente. Para isso, ressalta-se a importância do papel do enfermeiro como líder e
gestor dos processos de trabalho, possibilitando o funcionamento e bom desempenho desse setor.

PALAVRAS-CHAVE: Equipe de enfermagem; Esterilização; Segurança do Paciente.

REFERÊNCIAS:

JOST, Marielli Trevisan et al. Sistematização da assistência de enfermagem perioperatória: avaliando os


processos de trabalho no transoperatório. Enfermagem em Foco, v. 10, n. 7, 2019.

MORAIS LMC, Serrano SQ, Santos AN, Oliveira JMD, Melo JTS. Processo de esterilização sob a ótica
dos profissionais do centro de material e esterilização. Rev Sobecc 2018;23(2):61-8. Doi:
10.5327/z14144425201800020002

SOUZA SS, et al. Desafios na implantação de boas práticas na Central de Material e Esterilização e a
segurança do paciente. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2020; 12(11): e4760.

SOUZA SS, da Silva SBS, Silva MJ do N, Formigosa LAC. Desafios na implantação de boas práticas na
Central de Material e Esterilização e a segurança do paciente. REAS [Internet]. 27nov.2020 12(11):e4760.
Available from: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/4760

CAVALCANTE, Francisco Marcelo Leandro et al. O TRABALHO DO ENFERMEIRO NO CENTRO DE


MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: uma revisão integrativa. Sobecc, São Paulo, v. 3, n. 25, p. 171- 178,
set. 2020.

COSTA, Ricardo da et al. Papel dos trabalhadores de enfermagem no centro de material e esterilização:
revisão integrativa. Escola Anna Nery, [S.L.], v. 24, n. 3, p. 1-13, jan. 2020. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2019-0316.

SANTOS, Luanna Batista Azevedo et al. ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UM


CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO: relato de experiencia. In: CONBRACIS, 2., 2017, [S.I].
Anais [...]. Internet: Realize, 2017. p. 1-6. Disponível em:
https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conbracis/2017/TRABALHO_EV071_MD4_SA4_ID136
3_02052017182810.pdf. Acesso em: 23 jan. 2023.

FROZZA SALVI, E. S.; POMPERMAIER, C.; SASSANOVICZ, R. A IMPORTÂNCIA DO SETOR DA


CENTRAL DE MATERIAS E ESTERILIZAÇÃO NO AMBITO HOSPITALAR E A ATUAÇÃO DO
PROFISSIONAL ENFERMEIRO NESTE AMBIENTE. Anuário Pesquisa e Extensão Unoesc Xanxerê,
[S. l.], v. 5, p. e26533, 2020. Disponível em: https://periodicos.unoesc.edu.br/apeux/article/view/26533.
Acesso em: 23 jan. 2023.

56
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA NO ESTADO DO
PARÁ NOS ANOS DE 2015 A 2020

1
Karina Franco Bueno
1
André Gomes Araújo
1
Ingrid Jordana B Ferreira
2
Jackeline Ribeiro dos Santos
3
Lilian Raquel Lima Roseno Wanzeler
4
Ana Cristina dos Santos Doria
1
Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida (FESAR). Redenção, Pará, Brasil; 2 Instituto
Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC). Palmas, Tocantins, Brasil; 3 Instituto Tocantinense
Presidente Antônio Carlos Porto (ITPAC). Porto Nacional, Tocantins, Brasil. 4 Universidade Federal do
Pará (UFPA). Belém, Pará, Brasil.

Eixo temático: Epidemiologia


Modalidade: Pôster/Apresentação oral

E-mail do 1º autor: Karinafranco10@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a neoplasia que mais acomete mulheres no Brasil e é a primeira causa
de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do país, exceto na região Norte, ondeo câncer
do colo do útero ocupa essa posição. Cerca de 66.280 casos novos foram estimados no Brasil em 2021, com
um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres, com uma taxa de mortalidade em torno de 11,84
óbitos/100.000 mulheres em 2020. Os fatores de risco para tal doença são mulheres com idade acima de 40
anos, tabagismo, etilismo, obesidade, menarca precoce, primeira gestação antes dos 30 anos, menopausa
após 55 anos e histórico familiar. A recomendação do Ministério da Saúde (MS), como da Organização
Mundial da Saúde (OMS), o rastreio deve ser feito através da mamografia em mulheres de50 a 69 anos
sendo realizado uma vez a cada dois anos. No entanto, há dificuldade de oferta de todos os procedimentos
ainda faz com que a maioria dos casos sejam diagnosticados em estágios avançados prejudicando o
prognóstico. Portanto, percebe-se que a taxa de mortalidade é um problema em ascensão noBrasil, e em
especifico nas regiões Norte e Nordeste devido a falta de recursos e acesso da população feminina.
OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico das pacientes com neoplasia maligna de mama, diagnosticados
no estado de Pará, entre 2015 e 2020. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico analítico
longitudinal, retrospectivo e quantitativo utilizando os dados disponibilizados pelo Departamento de
Informação e Informática do SUS (DATASUS), sobre a detecção do câncer de mamano período de janeiro de
2015 a dezembro de 2020. RESULTADOS: É constatado um aumento significativo da realização de
mamografias no estado do Pará de 78,12% nos anos de 2016 para 2015, 59,93% dos anosde 2016 para 2017,
16,98% de 2017 para 2018, 9,83% de 2018 para 2019 e de 2019 para 2020 houve uma diminuição de 5,10%
no número de mamografias realizadas. A faixa etária que mais apresentou número decasos foi em torno dos
50 anos, já que 80% dos diagnósticos acontecem nessa idade. O aumento abrupto aos 40 anos é atribuível
à mamografia de rastreamento de rotina. Notou-se, que o número de ignorados foiabsurdamente significante
dificultando uma análise concisa dos dados. O número de exames da população com ensino fundamental
incompleto foi o maior, não seguindo o padrão de que quanto mais baixo o nível de instrução com o
desconhecimento da importância do exame como medida profilática menor o número de exames e
diagnóstico favorecendo um estadiamento tardio da neoplasia. CONCLUSÃO: Portanto, o conhecimento
sobre os fatores de risco, prevenção, rastreamento e detecção precoce é fundamental para diminuir a
incidência do câncer de mama no Pará e no Brasil. Além disso, existe a necessidade de políticas públicas
que alcancem essas mulheres não só na época do Outubro Rosa, mas durante todo o ano, sobre a importância
do câncer de mama e da realização da mamografia.

57
Palavras-chave: Neoplasia da mama, Epidemiologia, Mamografia.

REFERÊNCIAS:

Batista, G. V., Moreira, J. A., Leite, A. L., & Moreira, C. I. H. (2020). Câncer de mama: fatores de risco e
métodos de prevenção. Research, Society and Development, 9(12), e15191211077-e15191211077.
Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2021. Parâmetros técnicos para rastreamento do câncer de mama.
Rio de Janeiro: INCA, 2021.

Sechopoulos, I., Teuwen, J., & Mann, R. (2021, July). Artificial intelligence for breast cancer detection in
mammography and digital breast tomosynthesis: State of the art. In Seminars in Cancer Biology (Vol. 72,
pp. 214-225). Academic Press.
Sun, YS, Zhao, Z., Yang, ZN, Xu, F., Lu, HJ, Zhu, ZY, ... & Zhu, HP (2017). Risk factors and prevention
of breast cancer. International Journal of Biological Sciences, 13 (11), 1387

58
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PARTO
HUMANIZADO: REVISÃO DE LITERATURA

¹Maria Victória Azevedo Xavier


²Francieli Cristina de Lima Bento

³Juliana Silva Siqueira Santos


4
Maria Eduarda da Silva Bastos
5
Simone Fernandes Monteiro
6
Talita Bianca Lima da Paixão
7
Andrea Rosane Sousa Silva
1-6
Graduandas em Enfermagem, pela Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, Pernambuco.
7
Doutora em Enfermagem, pela Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE)

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: mariavictoriaxavierr@gmail.com

RESUMO
INTRODUÇÃO: Humanizar a assistência ao parto e ao nascimento acarreta mudanças de atitudes e
consequentemente condutas, a humanização necessita ir além do tratar bem os indivíduos, envolvendo a
valorização e respeito às singularidades de cada indivíduo. Desse modo, para que o profissional de
enfermagem possa oferecer um parto e nascimento humanizados, primeiramente faz-se necessário dar voz
às mães, isto é, ouvir suas queixas, anseios, dúvidas e expectativas, a partir disso traçar as mudanças
necessárias na cena do parto como um todo. OBJETIVO: Analisar nas literaturas a importância do papel
da enfermagem na assistência ao parto humanizado. METODOLOGIA: Revisão integrativa realizada em
fevereiro de 2023, subsidiada pela seguinte pergunta norteadora: ‘’Qual a atuação da enfermagem na
assistência ao parto humanizado?’’. Os filtros aplicados para definir os critérios de inclusão foram: texto
completo; últimos 10 anos: 2013-2023; base de dados: BVS, LILACS e BDENF; idioma português;
assuntos principais: parto humanizado, enfermagem obstétrica, enfermeiras obstétricas, parto normal,
cuidados de enfermagem, papel do profissional de enfermagem, parto. E, como critério de exclusão: artigos
duplicados e que não respondem à pergunta de pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O parto é um
processo natural, singular e único onde a mulher sofre transformações significativas. O entendimento do
parto humanizado vai além da ideia de conforto e a diminuição da dor no momento do parto, mas abrange
diversas medidas desde o pré-natal até o pós-parto com objetivo de proporcionar a mulher um elevado grau
de satisfação, autonomia e segurança. Desta maneira, é necessário que a gestante seja acolhida por um
profissional de enfermagem capacitado, de forma que venha a proporcionar o que for de sua vontade e
necessidade, garantindo um parto de forma tranquila e saudável. É de suma importância o suporte que os
profissionais da saúde oferecem durante o processo do parto às mulheres mostrando-se próximos,
preocupados, dispostos a cuidar e escutar a parturiente para criação de laços de confiança e afeição,
facilitando o processo e fazendo deste um momento de cuidado e conforto. CONCLUSÃO: Este estudo
permite concluir que o papel da enfermagem é indispensável e essencial para a prática do parto humanizado,
pois a atuação desses profissionais permite contribuir à parturiente uma atuação individualizada e com a
aplicação das boas práticas favorece ainda mais o empoderamento da mulher sobre seu próprio corpo.

1. INTRODUÇÃO
Humanizar a assistência ao parto e ao nascimento acarreta mudanças de atitudes e consequentemente

59
condutas, através de uma assistência que venha garantir respeito e a sensibilidade com binômio mãe-filho
e sua família. A humanização necessita ir além do tratar bem os indivíduos, envolvendo a valorização e
respeito às singularidades de cada indivíduo.
Entender o que significa a humanização do parto e as implicações positivas na vida da mulher é ter um
posicionamento voltado para a atenção aos usuários. Desse modo, para que o profissional de enfermagem
possa oferecer um parto e nascimento humanizados, primeiramente faz-se necessário dar voz às mães, isto
é, ouvir suas queixas, anseios, dúvidas e expectativas, a partir disso traçar as mudanças necessárias na cena
do parto como um todo.

2. OBJETIVO
Analisar nas literaturas a importância do papel da enfermagem na assistência ao parto humanizado.
3. METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura subsidiada pelos descritores: ‘’Parto humanizado’’, ‘’Papel
do enfermeiro’’, ‘’Enfermagem obstétrica’’, sendo todos os descritores combinados com o operador
booleano AND. Tendo em vista os descritores, surgiu-se a seguinte pergunta norteadora: ‘’Qual o papel do
enfermeiro na assistência do parto humanizado?’’. Os artigos foram extraídos em fevereiro de 2023, através
das bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF).
Os filtros aplicados para definir os critérios de inclusão foram: texto completo, últimos 10 anos: 2013-2023,
base de dados: BVS, LILACS e BDENF, idioma português, assuntos principais: parto humanizado,
enfermagem obstétrica, enfermeiras obstétricas, parto normal, cuidados de enfermagem, papel do
profissional de enfermagem, parto. E, como critério de exclusão: idioma inglês e espanhol, publicações que
antecedem o ano de 2013 e fuga da temática.
Antes da filtragem foram encontrados 18 artigos, após a filtragem nº= 13. A partir do total de artigos
filtrados, realizou-se uma leitura criteriosa e detalhada dos artigos com o objetivo de selecionar apenas os
que coincidissem com a temática apresentada e subsequente aos descritores. Por fim, 7 foram excluídos por
fugirem da temática, restando 5 artigos em que tiveram uma leitura completa da íntegra.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A combinação dos descritores resultou em 18 publicações. Com a aplicação dos critérios de inclusão,
exclusão e fuga da temática foram selecionados 5 estudos para análise crítica.

PARTO HUMANIZADO
O parto é um processo natural, singular e único onde a mulher sofre transformações significativas. O
entendimento do parto humanizado vai além da ideia de conforto e a diminuição da dor no momento do
parto, mas abrange diversas medidas desde o pré-natal até o pós-parto com objetivo de proporcionar a
mulher um elevado grau de satisfação, autonomia e segurança. Desta maneira, é necessário que a gestante
seja acolhida por um profissional de enfermagem capacitado, de forma que venha a proporcionar o que for
de sua vontade e necessidade, garantindo um parto de forma tranquila e saudável.
Como forma de proporcionar conforto à mulher durante o parto, existem tecnologias que auxiliam no
trabalho de parto e nascimento, vale salientar que durante todo o processo deve-se estimular a própria
autonomia da mulher. Dentre as tecnologias que não necessitam da intervenção de métodos farmacológicos:
banho quente para o alívio da dor, massagens, estímulo para respiração tranquila e exercícios perianais, de
modo a facilitar a saída do bebê. No que se refere a progressão da apresentação fetal: manter a mulher
relaxada, calma, concentrada, incentivo a adoção de posições verticais para proporcionar uma maior
dilatação cervical e consequentemente menor uso de analgesia.
Torna-se importante pontuar que, promover uma assistência humanizada no parto significa atribuir à mulher
espaços para a mesma desenvolver a sua autonomia durante todo o processo, fazendo com que ela seja
protagonista da sua história, e dentre as formas de promoção: permitir um acompanhante à sua escolha,
ouvir suas necessidades, vontades e medos, esclarecer os procedimentos aos quais será submetida, e caso a
mesma aceite, realizar técnicas não invasivas de cuidado.

PAPEL DA ENFERMAGEM
A atuação da enfermagem obstétrica se mostra de grande importância no que se refere a diminuição das
práticas de intervenção na assistência ao parto e a adoção do modelo humanizado, dado que, a importância
de sua atuação foi demonstrada em vários estudos, sendo reconhecida pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), possibilitando a redução da morbimortalidade perinatal. A equipe deve estar treinada e capacitada
para desenvolver ações e fazer com que as tecnologias de alívio da dor proporcionem maior eficácia às
parturientes. Partindo deste princípio, a enfermagem tem uma importância significativa, uma vez que sua

60
prática compreende o cuidado humanizado, integral e empático à mulher e ao bebê, além da boa
comunicação com seus familiares.
Os enfermeiros obstetras que acompanham as parturientes durante o processo de parto devem entender a
importância da comunicação em sua prática sabendo ouvir as necessidades das parturientes, valorizando
sua história de vida, incluindo aspectos sociais, psicológicos e emocionais que podem influenciar de modo
significativo na vivência do parto, promovendo vínculo entre equipe multiprofissional e parturiente. É de
suma importância o suporte que os profissionais da saúde oferecem durante o processo do parto às mulheres
mostrando-se próximos, preocupados, dispostos a cuidar e escutar a parturiente para criação de laços de
confiança e afeição, facilitando o processo e fazendo deste um momento de cuidado e conforto.

5. CONCLUSÃO
O presente estudo permite concluir que o papel da enfermagem é indispensável e essencial para a prática
do parto humanizado, pois a atuação desses profissionais permite contribuir à parturiente uma atuação
individualizada e com a aplicação das boas práticas favorece ainda mais o empoderamento da mulher sobre
seu próprio corpo. Percebe-se ainda que, os profissionais devem compreender a sua função já que são
facilitadores do processo em que devem assumir uma postura respeitosa quanto aos desejos e necessidades
da mãe, levando sempre em consideração sua saúde física, mental e seu bem-estar durante o trabalho de
parto.

REFERÊNCIAS

Braz IMA, Paiva MTG, Feitosa KMA, Mendes MES, Feitosa TMA, Silva SL. Interdisciplinaridade na
assistência ao parto: percepção dos enfermeiros obstetras. Rev enferm UFPE on line. 2019;13:e241715
DOI: https://doi.org/10.5205/1981- 8963.2019.241715

GOMES, Cleidiana Moreira; OLIVEIRA, Marilucia Priscilla Silva; LUCENA, Glaucia Pereira de. O papel
do enfermeiro na promoção do parto humanizado. Revista Recien - Revista Científica de Enfermagem,
[S.L.], v. 10, n. 29, p. 180-188, 31 mar. 2020. Revista Recien - Revista Cientifica de Enfermagem.
http://dx.doi.org/10.24276/rrecien2358-3088.2020.10.29.180-188.

Lopes LCS, Aguiar RS. Aplicabilidade das boas práticas de atenção ao parto: revisão integrativa de
literatura. REVISA. 2020; 9(1): 133-43. Doi: https://doi.org/10.36239/revisa.v9.n1.p133a143

OLIVEIRA, Julyenne Dayse Gomes de et al. PERCEPÇÃO DE ENFERMEIROS OBSTETRAS NA


ASSISTÊNCIA À PARTURIENTE. Rev Enferm Ufpe On Line, Recife, p. 3868-3875, 2016.

SILVA, Esther Lima da; ANDRADE, Maria Eduarda Arnaud de; CARVALHO, Sarah Stefany de Lima;
LEONHARDT, Valéria; BEZERRA, Maria Luiza Rêgo. Parto humanizado: benefícios e barreiras para sua
implementação. Research, Society And Development, [S.L.], v. 10, n. 15, p. 1-10, 2 dez. 2021. Research,
Society and Development. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i15.23275.

61
O USO DA NOVA CRANIOPUNTURA DA YAMAMOTO NA
ABORDAGEM DA DOR MIOFASCIAL ASSOCIADA À
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR.

DANIELA DE AZEREDO MONTEIRO


GILSON KAZUO WATINAGA
Eixo temático: Odontologia
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: daniazeredo@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A disfunção temporomandibular (DTM) é a segunda dor músculo esquelética mais


prevalente na população, podendo afetar os músculos da mastigação, a articulação temporomandibular e as
estruturas associadas. Sua etiologia está associada a cinco fatores principais: condição oclusal, trauma,
estresse emocional, parafuncão e estímulos dolorosos profundos. A síndrome de dor miofascial é um tipo
de dor musculoesquelética não articular, caracterizada por dor regional e tensão muscular, podendo
apresentar nódulos hipersensíveis. A acupuntura pela técnica Yamamoto New Scalp Acupuncture (YNSA)
foi desenvolvida no Japão pelo médico Toshikatsu Yamamoto no início da década de 70. Emprega agulhas
de acupuntura, subcutaneamente, em pontos situados bilateralmente no crânio, agrupados em: básicos,
sensoriais e Y. Os pontos básicos estão relacionados aos aspectos motores enquanto os sensoriais aos órgãos
sensoriais e os Y aos órgãos internos. A agulha deve permanecer em posição por um intervalo de tempo
que varia entre 5 a 60 minutos em sessões semanais. A eletro estimulação das agulhas pode ser feita, mas
não é essencial. A técnica é particularmente indicada no manejo da dor, de disfunções neurológicas e
orgânicas. Uma busca inicial nas bases de dados MEDLINE via Pubmed, Cochrane Central Register of
Controlled Trials e Google Scholar identifica ainda poucos artigos sobre essa técnica, porém todos
sugerindo efetividade para controle de migrânea, dor cervical crônica e aumento do limiar de dor.
OBJETIVO: desenvolver uma metodologia de emprego da YNSA para manejo da dor miofascial associada
à DTM. METODOLOGIA: selecionar, baseado em artigos e livros sobre a técnica, os pontos da YNSA
mais adequados para manejo da dor associada à DTM. RESULTADOS: após o levantamento bibliográfico,
os pontos básicos A (YIN)- relacionado com todas as condições crânio cervicais como neuralgia trigeminal,
migrânea, paralisia facial, alívio de dor - e B (YIN) indicado no controle de dores no ombro, pescoço e
braços, áreas atualmente relacionadas aos quadros de DTM, são os mais indicados para o manejo da DTM
muscular. CONCLUSÃO: Por sua simplicidade, baixo custo e sugerida efetividade, a técnica YNSA parece
ser uma abordagem interessante no manejo da dor miofascial associada à DTM muscular, empregando-se
os pontos básicos A (YIN) e B (YIN) em sessões semanais.

Palavras-chave: Acupuntura, Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular,


Cervicalgia, Craniopuntura

REFERÊNCIAS:^

CORREIA, L. M. F.; ALBERTI, D.; LOPES, S. S. Evaluation of chronic head and neck myofascial pain
control with Yamamoto New Scalp Acupuncture in eight weeks follow-up period. Revista Dor, v. 16, n.
2, 2015.

RÉUS, J. C. et al. Association between primary headaches and temporomandibular disorders. The
Journal of the American Dental Association, v. 153, n. 2, p. 120-131.e6, fev. 2022.

SHALADI, A; FRANCESO C; STEFANO, T; TERESA, T. Treatment of neck pain using Yamamoto


new scalp acupuncture (YNSA). Medical acupuncture, v.22, n.1, 2010.

UMLAUF, R. The influence of new scalp acupuncture according to Yamamoto on changes of pain
threshold. Acupuncture in medicine, v. 9, n. 1, 2018.

YAMAMOTO, T et al. Yamamoto new scalp acupuncture, Medical Tribune, Tokyo, 2003.

62
REESTRUTURAÇÃO DA COMISSÃO ESPECIAL DE AVALIAÇÃO TÉCNICA DE
ARTIGOS MÉDICO-HOSPITALARES
1,2
Cristiane Rocha Magalhães
1
Marcela Dutra da Silva
1
Evely Socorro Campos Pinheiro
1
Adriana Fernandes da Cruz
1
Roberto Ribeiro Malveira

1
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Rio de Janeiro, Brasil; 2 Instituto de
Medicina Social Hesio Cordeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Eixo temático: Levantamentos

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1° autor: crsmagal@gmail.com

INTRODUÇÃO: As demandas processuais na compra de materiais podem acarretar em dificuldade no


tratamento e/ou diagnóstico da doença e até mesmo perda de vidas. Neste contexto, a aquisição de artigos
hospitalares necessita de celeridade e qualidade para segurança do atendimento. Na busca de uma
ferramenta eficaz para o gerenciamento de risco surgiu a proposta de pré-qualificação de artigos médico-
hospitalares. OBJETIVO: Analisar se a reestruturação da Comissão Especial de Avaliação Técnica de
Artigos Médico-Hospitalares (CEAT) alcançou os objetivos esperados pela instituição dando maior
celeridade e qualidade processual para a aquisição de artigos médico-hospitalares. METODOLOGIA:
Estudo descritivo sobre a reestruturação da Comissão Especial de Avaliação Técnica de Artigos Médico-
Hospitalares (CEAT) do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) com
implementação de novas rotinas e processos de trabalho para avaliação e aquisição de artigos médico-
hospitalares para a instituição. Foi realizado um levantamento quantitativo do número de processos que
passaram pela CEAT no período de Outubro de 2019 até Novembro de 2021. Todos os dados foram
retirados Sistema Eletrônico de Informações (SEI) disponível para todas as unidades Federais. Portanto,
não houve necessidade de aprovação do Comitê de ética. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com
os dados retirados do SEI, nesse período foram tramitados 7581 processos de qualificação de materiais.
Dividindo esse número em períodos semestrais, pudemos observar que devido ao empenho de trabalho da
equipe, no primeiro semestre o número de processos era de 3318 e passou para 307 no último semestre
avaliado neste estudo. Em relação ao tempo de tramitação dos processos, tivemos uma queda considerável,
passando de uma média de 90 dias do processo em andamento na CEAT no primeiro semestre para 14 dias
no último semestre. Nesse período foram ainda gerados 11.367 documentos pela equipe (despachos e
pareceres técnicos) e anexados 20.735 documentos externos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A quantidade
de processos tramitados decresce ao longo dos períodos, pois, conforme o trabalho da equipe foi se
desenrolando e evoluindo, tornou-se possível a saída do acúmulo de processos no setor. Percebe-se a
importância da formação de uma Comissão para avaliação de produtos médicos hospitalares em cada
instituição e que estas possuam profissionais com conhecimento destes artigos na área específica da sua
aplicação na assistência à saúde.

Palavras-chave: Pré-qualificação, artigos médico-hospitalares, processos, gerenciamento, qualidade da


assistência.

REFERÊNCIAS:

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Grupo de Trabalho (Portaria No. 314)
materiais/UTVIG/NUVIG/ANVISA. Pré-qualificação de artigos médico-hospitalares: Estratégia de
vigilância sanitária de prevenção. Brasília, 2008.

63
BRASIL, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Plano estratégico do INCA 2020-
2023: conectados podemos ser melhores! / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. –
Rio de Janeiro: INCA, 2020.
CHAVES, LCAA. A pré-qualificação de marcas como ferramenta de garantia de qualidade nas compras
públicas. Revista JML de licitações e contratos, Paraná, 9(36), p. 11-19, 2015.
FREIRE, AL. Pré-qualificação nas licitações públicas. Enciclopédia jurídica da PUC/SP.
CAMPILONGO, CF; GONZAGA, AdeA; FREIRE, AL (coords.). Tomo: Direito Administrativo e
Constitucional. NUNES JR, VS; ZOCKUN, M; ZOCKUN, CZ; FREIRE, AL (coord. de tomo). 2. ed. São
Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2021. Disponível em:
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/523/edicao-2/pre-qualificacao-nas-licitacoes-publicas

64
EFICÁCIA DO TREINAMENTO DA MUSCULATURA DO ASSOALHO
PÉLVICO NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA
GESTAÇÃO

¹Ana Clara de Sousa Santos

1Universidade Federal de Pernambuco. Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Fisioterapia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: draanaclarasousafisio@gmail.com

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é definida pela International Continence Society (ICS) e
pela International Urogynecological Association (IUGA) como qualquer queixa de perda involuntária de
urina . Os exercícios físicos podem e devem ser recomendados para todas as gestantes saudáveis, sendo
o treinamento da musculatura do assoalho pélvico um dos exercícios mais aconselháveis para esse
distúrbio. OBJETIVO: Verificar a eficácia do treinamento da musculatura do assoalho pélvico no
tratamento da incontinência urinária na gestação. METODOLOGIA: tratou-se de uma revisão integrativa
de literatura, que buscou verificar a eficácia do treinamento da musculatura do assoalho pélvico no
tratamento da incontinência urinária na gestação, por meio de um levantamento de periódicos com
evidência científica nas bases de dados: PubMed, BVS e Scielo no mês de fevereiro de 2023, utilizando
os descritores: “Urinary incontinence”, “Pregnant Women”, “Exercise”, sendo incluídos estudos do tipo
ensaio clínico, coorte, corte transversal e caso-controle publicados na íntegra na língua portuguesa ou
inglesa, no período de 2018 a 2023 cujo objetivo foi verificar a eficácia do treinamento da musculatura
do assoalho pélvico no tratamento da incontinência urinária na gestação e excluídos estudos com
abordagem qualitativa ou mista, que não eram relatos de pesquisa e que disponibilizaram apenas o
resumo. RESULTADOS: Foram triados 93 artigos, entre eles, foram selecionados dois artigos para
compor a amostra desta revisão. Após análise, observou-se que a realização de um programa de
exercícios com inclusão do treinamento da musculatura do assoalho pélvico no pré natal teve um efeito
protetor na IU três meses após o parto, levando a uma prevalência significativamente menor,
principalmente em mulheres com IU desde o início do estudo. Além disso, verificou-se uma redução
significativa da perda de urina, aumento do grau de contração muscular e uma melhoria significativa da
qualidade de vida. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que é imprescindível a
realização de um trabalho direcionado para o fortalecimento do assoalho pélvico com o intuito de reduzir
os efeitos que a IU pode causar, englobando problemas de ordem social e psicológica que impede e
prejudica as mulheres a ter uma vida mais prazerosa após o parto.

Palavras-chave: Incontinência urinária, Gestante, Exercício.


REFERÊNCIAS:

ABRAMS, P. et al. Standardisation of terminology of lower urinary tract function. Neurourology and
Urodynamics, v. 7, n. 5, p. 403–427, 1988.

HAYLEY, B. T. et al. An International Urogynecological Association (IUGA)/International Continence


Society (ICS) joint report on the terminology for female pelvic floor dysfunction. Int Urogynecol, v. 21, n.
1, p. 5-26, 2010.

PIRES, T. F. et al. Effects of pelvic floor muscle training in pregnant women. Porto Biomed J, v. 5, n. 5,
2020.

65
JOHANNESSEN, H. H. et al. Regular antenatal exercise including pelvic floor muscle training reduces
urinary incontinence 3 months postpartum-Follow up of a randomized controlled trial. Acta Obstet Gynecol
Scand, v. 100,n. 2, p. 294-301, 2021.

66
DOI 10.29327/1192726.1-38

CONSEQUENCIAS E IMPLICAÇÕES DA SÍNDROME DA RESPIRAÇÃO


ORAL NA QUALIDADE DE VIDA: UMA PERSPECTIVA
INTERDISCIPLINAR
1
Ana Clara Câmara Rodrigues
2
Bruno Henrique Vieira
2
Bruno Santiago Menezes
3
Telma Geralda de Andrade Câmara Rodrigues

1 Faculdade de Minas – FAMINAS BH. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; 2 Faculdade Ciências
Médicas de Minas Gerais – FCMMG. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; 3 Universidade Federal dos
Vales Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM. Diamantina, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Resumo simples
E-mail do 1º autor: aninha.dtna@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Respiração Bucal é um dos distúrbios respiratórios mais frequentemente


encontrado em crianças, e, por sua alta prevalência e complexidade, é considerada um grave problema
de saúde pública. Esta patologia é reconhecida como uma síndrome porque se apresenta como um conjunto
de sinais e sintomas, podendo produzir alterações que envolvem diversos órgãos, estruturas e sistemas,
dependendo da sua intensidade, frequência e duração podendo, inclusive, levar à morte. Estas
consequências durante o crescimento e desenvolvimento infantil, afetam a vida da criança, com impactos
em sua vida pessoal, psicológica e social, que comprometem sua qualidade de vida até a fase adulta.
Segundo a literatura científica, podem ser observadas modificações musculoesqueléticas no
desenvolvimento craniofacial, com alterações no sistema estomatognático e que comprometem a saúde
bucal, além do comprometimento a nível sistêmico. Os problemas advindos desta síndrome têm sido motivo
de preocupação de profissionais de várias áreas da saúde, como médicos, dentistas, psicólogos,
nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, o que contribui para a realização de estudos
multidisciplinares e atualização constante. Ainda de acordo com a literatura, a melhor forma de prevenção
é o aleitamento materno, por estabelecer, durante o ato, uma sincronia entre sucção, deglutição e respiração,
conduzindo a uma perfeita harmonia no crescimento muscular e ósseo do complexo crânio facial.
OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo elencar as principais consequências da Síndrome da Respiração
Bucal consequências e implicações na qualidade de vida, em uma perspectiva interdisciplinar-
METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura dos últimos 5 anos, utilizando-se as bases de
dados do Scholar Google, SciELO e PubMed, utilizando como palavras-chaves “Mouth breathing”, “
Mouth breathing syndrome”, “Respiração bucal”, “Respiração oral”, “ Síndrome da respiração bucal”,
tendo como critério de inclusão, publicações que abordassem o objetivo deste estudo, e como critério de
exclusão, aquelas que não fossem em português, inglês e espanhol. RESULTADOS: Foram selecionadas
diversas publicações como amostra final desta revisão, as quais mostraram modificações na estrutura
craniofacial, com alterações no sistema estomatognático, incluindo ossos, mal oclusão, deglutição atípica,
cárie, língua, saliva, gengiva e musculatura perioral. Foram encontrados estudos que mostram alterações
sistêmicas como: alterações no sono, ronco e apneia, alterações posturais, função cognitiva,
comportamento, associação com TDAH, função pulmonar, alimentação, crescimento e qualidade de vida.
CONCLUSÃO: São várias as consequências produzidas pela Síndrome da Respiração Bucal tanto no
complexo craniofacial quanto a nível sistêmico, o que implica dizer que o diagnóstico e o tratamento
precoce, numa perspectiva interdisciplinar, são de fundamental importância, possibilitando reduzir ou
mesmo impedir suas sequelas e contribuir para melhoria da qualidade de vida do indivíduo.
Palavras-chave: Diagnóstico; Respiração Bucal; Respiração Oral; Síndrome da respiração bucal,
Síndrome da respiração oral.

REFERÊNCIAS:

67
LEE, Kyung-Jin et al. EEG signals during mouth breathing in a working memory task. International
Journal of Neuroscience, v. 130, n. 5, p. 425-434, 2020.

JUNG, Ju-Yeon et al. Investigation of functional connectivity differences between voluntary respirations
via mouth and nose using resting state fMRI. Brain Sciences, v. 10, n. 10, p. 704, 2020.
NEIVA, Patricia Dayrell et al. Postural disorders in mouth breathing children: a systematic
review. Brazilian journal of physical therapy, v. 22, n. 1, p. 7-19, 2018.

68
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO TUMOR DE WARTHIN: REVISÃO
DE LITERATURA
¹Dayane Carolyne da Silva Santana
2
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
3
Leonardo Ramalho Marras
4
Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,4,5,6Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
3Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, Pernambuco, Brasil;

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: santanadayane2011@gmail.com

INTRODUÇÃO: O tumor de Warthin é considerado o segundo tumor benigno mais corriqueiro da


glândula parótida, exibido exclusivamente como uma massa assintomática no qual cresce lentamente, onde
localiza-se comumente na porção inferior da glândula parótida. Ademais, esse tumor é frequentemente
associado ao tabagismo, tem maior incidência no sexo masculino e ocorre entre 60 e 70 anos de vida. Quanto
ao tratamento mais indicado na literatura, encontra-se a parotidectomia com dissecção completa donervo
facial e seus ramos ou a dissecção extra capsular. OBJETIVO: Deste modo, o presente trabalho temcomo
objetivo discorrer sobre o tratamento cirúrgico para remoção do tumor de Warthin na glândula parótida.
METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão de literatura narrativa tendo como base uma procuraeletrônica
no portal Google Acadêmico, Scielo e na biblioteca virtual de saúde (BVS) utilizando descritores
“Adenolinfoma”, “Cirurgia Bucal” e “Odontologia”. Adotaram-se como critérios de inclusão trabalhos
publicados nos últimos cinco anos, em português que corresponderam ao objetivo da pesquisa. Foram
excluídos livros, estudos pilotos, estudos com animais e artigos irrelevantes ao tema da pesquisa. Para a
composição da amostra final, restaram-se 03 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Desta forma, o
tratamento cirúrgico com a técnica de dissecção extra capsular consiste na exérese da neoplasia com uma
margem de tecido saudável à volta da lesão, sem a pré-identificação do nervo facial, podendo reduzir o
risco de paralisia do nervo facial. No entanto, afirma-se que tumores de até 4 cm pode ser retirado através
da dissecção extra capsular, entretanto, lesões maiores devem ser tratadas por parotidectomia parcial, sendo
considerada uma cirurgia radical. Na parotidectomia parcial, a glândula parótida tem sua função perdida,
por causa da impossibilidade da manutenção do ducto de Stenon, ou também por problemas
transoperatórios. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que existem dois tipos de excisão cirúrgica
quando se refere ao tumor de warthin, sendo a dissecção extra capsular menos invasiva, podendo ser
utilizada para lesões de até 4 cm e a parotidectomia parcial considerada a mais radical, usada para lesões de
maior tamanho. Com isso, observa-se a importância da sabedoria do cirurgião dentista para escolha certa do
tratamento vindo a depender da situação do tumor.

Palavras-chave: Adenolinfoma, Cirurgia Bucal, Odontologia.

REFERÊNCIAS:
CHEDID, Helma Maria et al. Tumor de Warthin da glândula parótida: estudo de 70 casos. Revista do
Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 38, p. 90-94, 2011
FERNANDES, Breno dos Reis et al. Tratamento cirúrgico conservador para tumor de Warthin: relato de
caso. Arch. health invest, p. 388-391, 2018.
LEE, Dong Hoon et al. Estratégia de tratamento cirúrgico no tumor de Warthin de glândula
parótida. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 85, p. 546-550, 2019.

69
A ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA NO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO
PÓS-ANESTÉSICA

¹Thiago Rodrigues dos Santos


¹Camila Cristina Gregório de Assis
1 Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: thiagorsantos01@gmail.com
INTRODUÇÃO: A enfermagem perioperatória destina-se a assistência à pacientes cirúrgicos utilizando
como instrumento o Processo de Enfermagem (PE) de maneira sistematizada nos períodos pré, trans e pós-
operatório. Neste cenário, a recuperação pós indução anestésica com bloqueio álgico geral ou locorregional
compreende um momento delicado em que pode haver várias intercorrências: diminuição do nível de
consciência, depressão respiratória, depressão cardíaca, hipertermia maligna ou hipotermia, diminuição da
função renal e outros. O cuidado de enfermagem direcionado visa identificar estas alterações na evolução
pós-anestésica, de forma a definir um plano de ação por meio de condutas assertivas e é inerente a
assistência nesta área, sendo fundamental para a manutenção e garantia das funções vitais orgânicas do
paciente. OBJETIVO: Descrever as ações de enfermagem perioperatória no processo de recuperação pós-
anestésica em Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) na Unidade de Internação (UI) de um hospital
de atenção secundária. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, ocorrido em
SRPA da UI de um hospital de atenção secundária de Juiz de Fora, Minas Gerais, por período que
compreendeu de setembro de 2021 a janeiro de 2022 realizado por acadêmico de Enfermagem em estágio
extracurricular supervisionado. RESULTADOS: O hospital possuía serviço de internação 24 horas e
Hospital Dia. Todos os pacientes submetidos a algum procedimento cirúrgico precedido de qualquer tipo
de anestesia: locorregional (epidural, peridural ou raquianestesia) ou geral, após o findar era encaminhado
da Sala Operatória em Centro Cirúrgico à SRPA na UI sob a responsabilidade do médico anestesiologista
e enfermeiro perioperatório. As ações de cuidado concentravam-se em atividades assistências e
administrativas como: avaliação contínua e monitorização dos sinais vitais (SSVV), exame físico
direcionado, identificação clínica de disfunções orgânicas decorrentes do procedimento cirúrgico e
anestésico como hipovolemia, aumento ou diminuição súbitos de temperatura corporal, sinais de confusão
mental, mensuração de eliminações e perda hídrica e balanço hidroeletrolítico para manutenção de função
renal e, ainda, manejo da dor pós-operatória com medicações analgésicas prescritas por médico
anestesiologista e a sua administração por via endovenosa pelo enfermeiro. Ao retornar ao estado fisiológico
normal o paciente era novamente acompanhado pelo enfermeiro perioperatório até a EnfermariaCirúrgica ou
apartamento, onde o mesmo era assistido por este, avaliando a necessidade de cuidados especiais com
drenos, cateteres e curativos, e recebia os cuidados de enfermagem delegados a um técnico de enfermagem
da equipe que era designado àquele paciente. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ante o exposto,
as ações realizadas pelo enfermeiro perioperatório são fundamentais para a garantia da qualidade de
assistência e segurança do paciente frente a um procedimento invasivo e a indução anestésica, visto que este
é um momento de extrema vulnerabilidade em período de pós-operatório imediato. O conhecimento
adequado, a proficiência e o correto dimensionamento de pessoal e ações adequadas devem ser primordiais
uma vez que a equipe de enfermagem será responsável pelo paciente em todo o período pré, trans e pós-
operatório.

Palavras-chave: Enfermagem, Anestesia, Sala de Recuperação.


REFERÊNCIAS
DO MONTE SOUZA, C. D.; DA SILVA, A. A.; DE JESUS BASSINE, C. P. A importância da equipe de
enfermagem na recuperação pós-anestésica. Faculdade Sant'Ana em Revista, v. 4, n. 1, p. 4-13, 2020.

70
PORTES, C. M.; BISPO, D.; NOGUEIRA, L. D. P. Assistência de enfermagem na sala de recuperação pós
anestésica: uma revisão da literatura. Revista Enfermagem em Evidência, v. 3, n. 1, p. 172-189, 2019.
PREARO, M.; FONTES, C. M. B. Sistematização da assistência de enfermagem na sala de recuperação
pós-anestésica: revisão integrativa. Enferm. Foco (Brasília), v. 10, n. 7, p. 135-140, 2019.

71
IMPACTO DA LASERTERAPIA PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS COM
MUCOSITE

1
Nívia Castro Binda

2
Lucas Martins de Oliveira Fiúza

3
Àquila de Oliveira Afonso

4
Genilson Campos da Silva

5
Caio Muniz Carvalho
6
Evanio da Silva
7
Alexandra de Lima Pereira
8
Sueli Spolidoro Galisse

1 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Vitória, Espírito Santo, Brasil. 2 UNINOVAFAPI,
Brasil. 3 Universidade Evangélica de Goiás (UniEvangélica), Goiás, Goiânia, Brasil. 4 UNICSUL, Brasil.
5 Centro Universitário Euro-Americano (UNIEURO), Brasil. 6 UNINASSAU, Brasil. 7 Centro
Universitário Fametro, Brasil. 8 Instituto Universitário ciências da saúde Cespu, Porto, Portugal.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Pôster

E-mail principal: nivia_sgp@hotmail.com

INTRODUÇÃO: a mucosite oral é um dos efeitos adversos enfrentados por pacientes oncológicos
submetidos a tratamento radioterápico e/ou quimioterápico. Além de causar forte dores, a mucosite também
pode gerar outros problemas que afetam as necessidades fisiológicas básicas, tais como alimentação e
deglutição. OBJETIVOS: Dessa forma, o objetivo deste estudo é realizar uma revisão na literatura e
examinar de qual forma a laserterapia impacta na qualidade de vida para pacientes oncológicos com
mucosite. METODOLOGIA: refere-se a uma revisão da literatura, utilizando as bases de dados BIREME
e MEDLINE/PubMed. Considerou-se como critério de inclusão os artigos completos disponíveis na íntegra
no idioma português e publicados entre os anos de 2016 e 2022. Os critérios de exclusão foram: artigos
incompletos, duplicados, resenhas, resumos e que não possuem relação com o objetivo do presente estudo.
RESULTADOS: A principal complicação que acomete pacientes oncológicos em tratamento
antineoplásico é a mucosite. Isso ocorre, pois, a radiação é capaz de gerar danos celulares no epitélio, na
mucosa oral e em glândulas salivares, o que prejudica suas funções. Ademais, os resultados dos estudos
utilizados nesta revisão mostram que a laserterapia de baixa intensidade possui capacidade de promover
alívio das dores nos pacientes, a partir de ação analgésica, anti-inflamatória e biomodeladora. Estudos ainda
mostram que a utilização dessa modalidade melhora, além das dores, as funções fisiológicas básicas das
pacientes, tais como deglutição, mastigação, fala, paladar e salivação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a
utilização da laserterapia em pacientes oncológicos é uma modalidade de tratamento promissora, pois

72
melhora a qualidade de vida após as sessões. Nota-se, dessa forma, que a melhoria tem sido relacionada
principalmente a redução da dor, melhora na deglutição, mastigação, fala, paladar e salivação.

Palavras-chave: Mucosite oral, Qualidade de vida; Quimioterapia; Radioterapia.

REFERÊNCIAS

CAMPOS, L. et al. Laserterapia no tratamento da mucosite oral induzida por quimioterapia: relato de caso.
Revista da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas, v. 67, n. 2, p. 102–106, 2013.
DAUGĖLAITĖ, G. et al. Prevention and Treatment of Chemotherapy and Radiotherapy Induced Oral
Mucositis. Medicina (Kaunas, Lithuania), v. 55, n. 2, jan. 2019.
REOLON, L. Z. et al. Impacto da laserterapia na qualidade de vida de pacientes oncológicos portadores de
mucosite oral. Revista de Odontologia da UNESP, v. 46, n. 1, p. 19–27, 2017.

73
NÚMERO DE ÓBITOS INFANTIS POR FEBRE HEMORRÁGICA DEVIDO À
DENGUE, 2010 ATÉ 2020 - REVISÃO EPIDEMIOLÓGICA
Mariana Nader Teixeira, Maryana Oliveira Curti, Jailson Antônio da Luz Júnior, Arthur Costa Sanches,
Vitória Aires Barbosa De Andrade e Borba, Paola Ochoa Michelon, Pedro Paulo Caixeta Canedo,
Marcela Rassi Nader Teixeira.

Eixo Temático: Saúde da criança.

Modalidade: Apresentação oral

E-mail: mariananader1@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Em 2022, foram registrados 1.016 óbitos por dengue no Brasil. Algo que não era visto
desde a década de 1980. Concomitantemente, o aumento de casos de dengue hemorrágica é uma realidade.
Assim, tido que essa forma é mais frequente em crianças bem novas, porque elas têm menor reserva
fisiológica, urge a necessidade de destacar a pauta para informe da população e alarde das autoridades
capacitadas a agir. OBJETIVO: Avaliar o número de óbitos infantis por febre hemorrágica decorrente de
um quadro de dengue, durante um período de 10 anos, abarcando os anos de 2010 a 2020, em crianças
maiores de um ano até dezenove anos. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo observacional, do tipo
revisão epidemiológica, utilizando dados obtidos a partir da plataforma DATASUS, nos anos de 2010 a
2020. Foram considerados a taxa de óbitos de todas as regiões do Brasil, de acordo com o Capítulo I,
Algumas doenças infecciosas e parasitárias, Grupo das febres por arbovírus e febres hemorrágicas virais,
da Categoria A91, febre hemorrágica devido ao vírus da dengue, do CID-10. Foram consideradas a faixa
etária maior que 1 ano até 19 anos de idade, contemplando todas as categorias de sexo, cor/raça.
RESULTADOS: Durante o estudo, feito pela plataforma Tabnet do DATASUS, foi traçado o perfil
epidemiológico do Brasil quanto a temática “Taxa de óbitos infantis por febre hemorrágica devido à
dengue”. Na análise, foram obtidos resultados segundo: a região (Nordeste, Sul, Centro-Oeste, Sudeste e
Norte) a faixa etária (1 a 19 anos), a cor/raça (branca, preta, amarela, parda e indígena) e o sexo (feminino
e masculino) . Nesse viés, por região, a maior taxa de mortalidade foi no Nordeste, com um total de 212
óbitos. Já a menor taxa de mortalidade foi na região Sul com 9 óbitos. Ao analisar a faixa etária, de 1 a 4
anos houve a menor mortalidade, sendo 71 mortes, em contrapartida, de 5 a 9 e de 15 a 18 anos as maiores
mortalidades, sendo de 140 e 139, respectivamente. Ao visualizar a cor/raça, houve um total de 268 pessoas
pardas mortas, 149 brancos e 29 pretos. Os indígenas obtiveram 1 morte, enquanto os amarelos 2 óbitos.
Por fim, ao analisar o sexo, houve 255 homens mortos e 217 mulheres. CONCLUSÃO: Diante do exposto,
ficou evidente a significância do número de óbitos da faixa etária de 1 a 19, mostrando, assim, que medidas
de combate e prevenção devem ser realizadas. A região Nordeste se mostrou com uma maior taxa de óbitos
em contraste com a região Sul, a qual apresentou uma menor taxa de mortes. Em relação a cor/raça a que
teve um maior número de mortes foram as pessoas pardas e os indígenas os com o menor número de mortes.
Já a maior mortalidade foi observada na faixa etária de 5 a 9 anos de idade e, em relação ao sexo, os homens
foram os que mais morreram.

Palavras chave: Dengue; Registros de Mortalidade; Febre Hemorrágica da Dengue

REFERÊNCIAS:

1- Informações de Saúde (TABNET) – DATASUS. Disponível em:


<https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/>

2- Brasil registra mais de mil mortes por dengue em 2022 e bate recorde histórico. Disponível em:
<https://g1.globo.com/google/amp/saude/noticia/2023/01/13/brasil-registra-mais-de-mil-mortes-por-
dengue-em-2022-e-bate-recorde-historico.ghtml>. Acesso em: 4 mar. 2023.

74
3- ALVES DE OLIVEIRA, D. et al. FEBRE HEMORRÁGICA PELO VIRUS DA DENGUE. [s.l: s.n.].
Disponível em: <https://www.inesul.edu.br/revista_saude/arquivos/arq-
idvol_4_1337869560.pdf#:~:text=Febre%20Hemorr%C3%A1gica%20da%20Dengue%20%28FHD%29
%20tem%20as%20mesmas>. Acesso em: 5 mar. 2023.

75
BATE-PAPO SAÚDE: PROJETO DE EXTENSÃO INTERINSTITUCIONAL.
RELATO DE EXPERIÊNCIA PÓS PANDEMIA, INSERÇÃO NO PRESENCIAL
1
Maria Eduarda Maurício Pimentel
2
Taciana Carla dos Santos Ferreira
3
Jessica Fonseca Abreu
4
Heloísa Helena dos Santos Barbosa Corrêa
1
Hemily Vitória Lopes Corrêa
1
Luísa Bose Ximenes Pedrosa
5
Marcos Vinicius Ferreira dos Santos
1
Priscila Sanchez Bosco
1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; 2 Universidade
São Miguel (UNISÃOMIGUEL). Recife, Pernambuco, Brasil; 3 Universidade Salgado de Oliveira
(UNIVERSO). Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. 4 Universidade Veiga de Almeida (UVA). Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro, Brasil. 5 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, Espírito Santo, Brasil

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do autor: mempuniversitaria@gmail.com

INTRODUÇÃO: O projeto Bate-Papo Saúde, criado em 2020 em meio as Fakes News da pandemia do COVID-
19, passou por transformação no seu meio de atuação, abordando diversas temáticas no eixo da saúde. Sendo
assim, a partir de 2021 o projeto, por meio das redes sociais, iniciou a realização de ações educativas em saúde
sobre diversos temas, como o calendário vacinal infantil e o HIV e, a partir de 2022, passou a atuar
presencialmente na Policlínica Piquet Carneiro da UERJ, com atividades educativas nas salas de espera
discutindo temas como o Outubro Rosa e o Dezembro Vermelho. OBJETIVO: Divulgar informações
fidedignas de maneira acessível, objetivando a educação e promoção saúde, além do empoderamento da
população acerca dos seus direitos no quesito saúde. METODOLOGIA: O público-alvo é a população, os
profissionais e acadêmicos de saúde, lideranças comunitárias e/ou religiosas, trabalhadores dos serviços de
apoio à saúde, os familiares e pacientes da Policlínica Piquet Carneiro. Com isso, visamos promover o
conhecimento e a saúde por meio de atividades tanto presenciais quanto online. Na esfera presencial,
abordamos a saúde de maneira didática e acessível, através de diálogos, perguntas e demonstrações práticas. Já
na esfera online, desenvolvemos a educação em saúde por meio de posts, lives, quizzes, vídeos explicativos,
relatos e entrevistas. RESULTADOS: Tal experiência tem como resultado, conferir a todos os indivíduos
atingidos a capacidade de desenvolver conhecimentos, se empoderando no eixo da saúde e dos seus direitos,
passando a ser um multiplicador, além de se aprimorar no autocuidado. Sendo assim, o objetivo é alcançado
por meio da promoção e educação em saúde. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A educação em
saúde desenvolvida pelo projeto tanto no meio online quanto presencial é de extrema importância para a
população atingida, uma vez que o conhecimento empodera e transforma (PAES, 2016). A desinformação
acerca da saúde leva a propagação de fake News, podendo desenvolver pensamentos e práticas danosas, como,
por exemplo, a não vacinação (DE SOUZA, 2020; SANCHES, 2018). Por isso, educar vai além de levar
informações verdadeiras e acessíveis, educar em saúde é promover dignidade e cuidado. Portanto, a produção
de atividades nas redes sociais e na Policlínica Piquet Carneiro mitiga os impactos das doenças e da
desinformação, elevando o bem-estar individual e social, promovendo e recuperando a saúde.

Palavras-Chave: Conscientização; Empoderamento; Promoção em Saúde; Educação em Saúde

REFERÊNCIAS:

76
DE SOUZA, T. S.et al. Mídias sociais e educação em saúde: o combate às Fake News na pandemia da COVID-
19. Enfermagem em Foco, v. 11, n. 1. ESP, 2020. Disponível em:
http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/3579. Acesso em: 28 dez. 2022.

PAES, Caila Carolina Duarte Campos; DOS PASSOS PAIXÃO, Alvaneide Nunes. A importância da
abordagem da educação em saúde: revisão de literatura. Revista De Educação Da Universidade Federal Do
Vale Do São Francisco, v. 6, n. 11, 2016. Disponível em:
https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/38. Acesso em: 28 dez. 2022.

SANCHES, Samyra Haydêe Dal Farra Naspolini; CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Direito à
saúde na sociedade da informação: a questão das fake news e seus impactos na vacinação. Revista Jurídica,
v. 3, n. 52, p. 448-466, 2018. Disponível em:
http://revista.unicuritiba.edu.br/index.php/RevJur/article/view/3227. Acesso em: 28 dez. 2022.

77
O IMPACTO DA DEPRESSÃO NA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES
COM FIBROMIALGIA

¹Bhrisa Avlis Ferraz

¹Ana Beatriz Galindo de Oliveira Ovelar

¹Satie Andretta Vigiato Kosin Gamarra

²Evilanna Lima Arruda

¹Universidade de Rio Verde (UNIRV). Rio Verde, Goiás, Brasil; ²Universidade de Rio Verde (UNIRV).
Goianésia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Clínica Médica

Modalidade: Apresentação Oral

E-mail do 1º autor: Bhrisa.avlisferraz@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Fibromialgia (FM) é uma síndrome reumática complexa, com causas multifatoriais e
caracterizada por dor musculoesquelética difusa crônica, além da presença de pontos dolorosos à palpação.
A FM apresenta diversas manifestações clínicas que interferem na qualidade de vida dos pacientes
acometidos, entre as queixas mais comuns tem-se fadiga, rigidez muscular e anormalidades do sono. Diante
desse quadro, o impacto negativo da fibromialgia no funcionamento diário dos indivíduos aumenta a
probabilidade de sintomas depressivos, implicando em um ciclo de má saúde física e mental. OBJETIVO:
Avaliar a relação dos sintomas depressivos e a qualidade de vida em pacientes com Fibromialgia.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, através da busca de artigos publicados nos
últimos 7 anos nas bases de dados SciELO e Google Acadêmico. Foram utilizados 5 artigos em português
e inglês neste trabalho, usando os descritores: “fibromialgia” AND “depressão” AND “qualidade de vida”.
RESULTADOS: A Fibromialgia é uma condição dolorosa não inflamatória crônica que ocorre
principalmente em mulheres, com início de sintomas geralmente entre 25 e 65 anos. É uma síndrome
composta por dores generalizadas e constantes em várias regiões do corpo, associada a outras manifestações
não relacionadas ao aparelho locomotor. A dor crônica prejudica a qualidade de vida e a condição
psicológica dos pacientes, sendo a depressão a comorbidade psiquiátrica mais prevalente no momento do
diagnóstico da fibromialgia. Tais fatores geram uma percepção do estado de saúde como imprevisível,
fomentando sentimento de insegurança, frustração e sintomas depressivos, elevando, assim, a severidade e
cronicidade da dor. Essas limitações adaptativas também podem levar a problemas relacionados com o
desenvolvimento da carreira profissional e econômica, uma vez que reduz o funcionamento da esfera física

78
e social. Dessa forma, a FM enquanto condição multidimensional, com a dor crônica e as alterações de
ordem psicológica, influencia na experiência da dor, resultando na manutenção dos sintomas e modificando
o estilo de vida dos doentes. CONCLUSÃO: Portanto, é evidente como a depressão pode atingir a vida de
pessoas com fibromialgia, sendo necessário mais pesquisas envolvendo essa área, tendo em vista a carência
de evidências científicas referentes à doença e suas formas de tratamento. Torna-se imprescindível a adoção
de estratégias de tratamentos multidisciplinares, objetivando o autoconhecimento de como as reações
dolorosas são desencadeadas e intensificadas, a fim de minimizar o sofrimento vivenciado por estes
pacientes.

Palavras-chave: Depressão, Fibromialgia, Qualidade de Vida.

REFERÊNCIAS:

COELHO, Charlotte. Ansiedade e Depressão na Fibromialgia. Psicologia. pt, p. 1-16, 2016.

CONTE, Mariana Storino et al. Fibromialgia: atividade física, depressão e qualidade de vida. Medicina
(Ribeirão Preto), v. 51, n. 4, p. 281-290, 2018.

GALVEZ-SÁNCHEZ, Carmen M. et al. Depression and trait-anxiety mediate the influence of clinical pain
on health-related quality of life in fibromyalgia. Journal of affective disorders, v. 265, p. 486-495, 2020.

GOULART, Rubens; PESSOA, Cinthia; LOMBARDI JUNIOR, Império. Aspectos psicológicos da


síndrome da fibromialgia juvenil: revisão de literatura. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 56, p. 69-
74, 2016.

RODRIGUES, Gisele Fogaça; BRISKY, Iolanda Amélia; DE LARA SOCZEK, Kelly. A relação entre
fibromialgia e depressão. Trabalhos de Conclusão de Curso-Faculdade Sant'ana, 2016.

79
DOI 10.29327/5208636.2-3

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS POR


TRANSTORNO MENTAL E COMPORTAMENTAL NO BRASIL, 2012 A 2021

EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF PATIENTS HOSPITALIZED FOR


MENTAL AND COMPORTAMENTAL DISORDERS IN BRAZIL, 2012 TO 2021

DINETE LEILANE RODRIGUES


Faculdade de Enfermagem e Medicina Nova Esperança

FRANCISCA SAMYA SILVA DE FREITAS


Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente

ANA NAYANNA GOMES DE CARVALHO


Faculdade de Enfermagem e Medicina Nova Esperança

ANA YASMIN GOMES DE CARVALHO MAIA


Faculdade de Enfermagem e Medicina Nova Esperança

ALICE MARIA TAVARES CAVALCANTE


COORD Russas/SRLES/Secretaria da Saúde do Estado do Ceará

IVONETE PEREIRA CAVALCANTE VIEIRA


Mestre em Gestão em Saúde

JOSÉ PASCOAL DA SILVA JUNIOR


COORD Russas/SRLES/Secretaria da Saúde do Estado do Ceará

MÁRCIA LÚCIA DE OLIVEIRA GOMES


Doutora em Odontologia/Orientadora

RESUMO
O enfraquecimento das práticas assistenciais desumanas e violentas no cuidado de pessoas em sofrimento
psíquico foram impactadas pelo Movimento Social da Luta Antimanicomial e a Reforma Psiquiátrica, assim
como, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) têm assegurado atendimento integral e humanizado. Mesmo
com tantos avanços nessa área, por vezes é inevitável a internação psiquiátrica, principalmente em pacientes
graves. As variáveis que se associam a esse tipo de internação são relevantes para o entendimento e
planejamento em saúde mental, desse modo questiona-se: Qual o perfil epidemiológico dos pacientes
internados por transtornos mentais nas cinco regiões do Brasil? Objetivo: Caracterizar o perfil dos
pacientes de internações hospitalares por transtornos mentais e comportamentais das cinco regiões
brasileiras. Metodologia: Estudo exploratório, quantitativo e descritivo com abordagem retrospectiva. A
coleta dos dados ocorreu em janeiro de 2023, referentes aos anos de 2011 a 2020, das cinco regiões
brasileiras, utilizando o Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS), extraído através do Tabnet
do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Os dados foram inseridos em planilhas Microsoft®
Excel® 2019 MSO (Versão 2206 Build 16.0.15330.20216) para tabulação dos dados e em seguida foi
avaliada a série histórica. Resultados e Discussão: Em 2012 foram registrados 273.607 casos de
internações no Brasil, porém em 2021 foram 203.386 casos, totalizando um decréscimo de 26%. Todavia,
observa-se que no período de 2019 a 2020 esse declínio foi mais expressivo, coincidindo com o período de
pandemia mundial. O Sudeste foi a região do país com maior número de internados, e a região com menor
número foi a Norte, com uma diferença de cerca de doze vezes menos internações. A etnia que teve destaque
para as internações foi a cor branca, seguida pela parda. Considerações Finais: As informações sobre o
perfil de pacientes internados em hospitais psiquiátricos são imprescindíveis para a compreensão das
características epidemiológicas e clínicas dos transtornos mentais mais comuns que motivam internamento
hospitalar, por meio destas, é possível intervir no adoecimento antes da agudização dos casos, e assim,

80
delimitar estratégias para melhoria e fortalecimento da rede de assistência aos pacientes com transtornos
mentais.

Palavras chaves: Internações Psiquiátricas; Saúde Mental; Rede de Atenção Psicossocial.

ABSTRACT
The weakening of inhumane and violent care practices in the care of people in psychological distress were
impacted by the Social Movement of the Anti-asylum and the Psychiatric Reform, as well as the
Psychosocial Care Network (RAPS) which have ensured comprehensive and humanized care. Even with so
many advances in this area, psychiatric hospitalization is sometimes inevitable, especially in critically ill
patients. The variables that are associated with this type of hospitalization are relevant for understandingand
planning in mental health, thus asking: What is the epidemiological profile of patients hospitalized for
mental disorders in the five regions of Brazil? Objective: To characterize the profile of patients hospitalized
for mental and behavioral disorders in the five Brazilian regions. Methodology: Exploratory, quantitative
and descriptive study with a retrospective approach. Data collection took place in January 2023, referring
to the years 2011 to 2020, from the five Brazilian regions, using the SUS Hospital Information System
(SIH/SUS), extracted through the Tabnet of the SUS Department of Informatics (DATASUS). Data The
weakening of inhumane and violent care practices in the care of people in psychological distress were
impacted by the Social Movement of the Anti-asylum and the Psychiatric Reform, as well as the
Psychosocial Care Network (RAPS) which have ensured comprehensive and humanized care. Even with so
many advances in this area, psychiatric hospitalization is sometimes inevitable, especially in critically ill
patients. The variables that are associated with this type of hospitalization are relevant for understanding and
planning in mental health, thus asking: What is the epidemiological profile of patients hospitalized for
mental disorders in the five regions of Brazil? Objective: To characterize the profile of patients hospitalized
for mental and behavioral disorders in the five Brazilian regions. Methodology: Exploratory, quantitative
and descriptive study with a retrospective approach. Data collection took place in January 2023, referring
to the years 2011 to 2020, from the five Brazilian regions, using the SUS Hospital Information System
(SIH/SUS), extracted through the Tabnet of the SUS Department of Informatics (DATASUS). Data were
entered into Microsoft® Excel® 2019 MSO spreadsheets (Version 2206 Build 16.0.15330.20216) for data
tabulation, and then the historical series was evaluated. Results and Discussion: In 2012, 273,607 cases of
hospitalizations were registered in Brazil, but in 2021 there were 203,386 cases, totaling a decrease of 26%.
However, it is observed that in the period from 2019 to 2020 this decline was more expressive, coinciding
with the period of the global pandemic. The Southeast was the region of the country with the highest number
of hospitalizations, and the region with the lowest number was the North, with a difference of about twelve
times fewer hospitalizations. The ethnic group that stood out for hospitalizations was white, followed by
brown. Final Considerations: Information on the profile of patients hospitalized in psychiatric hospitals is
essential for understanding the epidemiological and clinical characteristics of the most common mental
disorders that motivate hospitalization, through these, it is possible to intervene in the illness before the
exacerbation of cases, and thus, defining strategies for improving and strengthening the care network for
patients with mental disorders.

Keywords: Psychiatric Admissions; Mental health; Psychosocial Care Network.

1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, o modelo institucionalizado e excludente, centrado em práticas assistenciais


desumanas e centralizadas em instituições e métodos violentos de cuidado tem entrado em declínio,

81
sobretudo devido ao marco histórico da luta em defesa dos direitos humanos e da busca pela cidadania de
pessoas em sofrimento psíquico. Todavia, esse processo de mudança começa a se expressar especialmente
por meio do Movimento Social da Luta Antimanicomial e de um projeto democrático visando a mudança
no modelo de atenção e de gestão do cuidado, intitulado de Reforma Psiquiátrica (BRASIL, 2001).
Esses movimentos colocam em discussão a doença mental como problema social e desperta a
urgência de Política Públicas com foco na Saúde Mental. Como avanço desse desafio surge a Rede de
Atenção Psicossocial (RAPS) a qual envolve o cuidado, visando assegurar às pessoas com sofrimento ou
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de drogas, o acesso a um atendimento integral e
humanizado, com foco no acolhimento, acompanhamento contínuo e vinculação à rede (NÓBREGA;
SILVA; SENA, 2016).
Desse modo, a RAPS é composta por elenco de serviços e de ações que se organizam de maneira
ordenada dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), criando possíveis caminhos para o usuário, envolvendo,
comunicação, apoio e acompanhamento (DESIVAT, 2018).
Mesmo diante do importante papel desempenhado pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS),
a internação psiquiátrica por vezes é inevitável, sobretudo em casos graves (ZANARDO et al., 2017).
Portanto a internação psiquiátrica é tema de relevância global, pois suscita discussões sobre as
diferentes abordagens e entendimentos do cuidado com a saúde de pessoas em sofrimento mental e suas
implicações na sociedade. Tornando-se necessário caracterizar o perfil dos pacientes internados e identificar
variáveis que se associam a esse tipo de internação, cujos resultados proporcionarão a obtenção de dados
relevantes para o planejamento na área de saúde mental.

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo exploratório, quantitativo e descritivo com abordagem retrospectiva. A


coleta dos dados ocorreu em janeiro de 2023, quando foram extraídos os dados referentes aos anos de 2012
a 2021, todos de acesso público, das cinco regiões brasileiras.
Inicialmente foram coletadas e analisadas as produções do Sistema de Informação Hospitalar do
SUS (SIH/SUS), de livre acesso e abrangência nacional, extraído através do TABNET do Departamento de
Informática do SUS (DATASUS) do Ministério da Saúde - MS (BRASIL, 2023).
Foram analisados os dados dos anos de 2012 a 2021 para que fosse possível obter uma série
histórica robusta referente às internações hospitalares resultante de transtornos mentais e comportamentais
(CID 10).
Foi utilizada a produção validada pelo MS, extraída do SIH/SUS, por ano de processamento, por
regiões brasileiras. O SIH/SUS possui o objetivo de capturar e processar informações das internações
hospitalares. A produção é captada através de Autorização de Internação Hospitalar (AIH).

82
Os dados extraídos dos sistemas de informação supracitados foram informados por todos
estabelecimentos hospitalares que realizam internações através do SUS, durante os anos de 2012 a 2021.
Os dados foram inseridos em planilhas Microsoft® Excel® 2019 MSO (Versão 2206 Build
16.0.15330.20216) para tabulação dos dados e em seguida foi avaliada a série histórica de internações
hospitalares. Nas planilhas continham as internações realizadas, a quantidade apresentada ao MS pelo
estabelecimento.
A base de dados foi construída exclusivamente com dados secundários dos SIH/SUS e pode ser
reproduzida em qualquer tempo a partir das bases de dados disponíveis na página da internet do DATASUS
pelo TABNET (BRASIL, 2023).
O estudo não foi submetido ao Conselho de Ética e Pesquisa, visto que foi realizado a partir de
dados secundários, extraídos de sistemas de acesso público.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante das mudanças provocadas pelo redirecionamento da atenção à saúde mental no Brasil, fez-
se necessário conhecer a amplitude e o alcance dos avanços decorridos nos últimos dez anos. Este trabalho
se propôs a analisar um banco de dados nacional que possibilitou o conhecimento do perfil das internações
ocorridas nos hospitais públicos psiquiátricos.
Em 2012 foram registrados 273.607 casos de internações no Brasil, porém em 2021 foram 203.386
casos, totalizando um decréscimo de 26 %. Todavia, observa-se que no período de 2019 a 2020 esse declínio
foi mais expressivo, coincidindo com o período de pandemia mundial, e no Brasil o número de casos de
internações por essa nova patologia eram alarmantes, tal contexto fragilizou as internações em saúde mental,
uma vez que a rede pública, principalmente, direcionou os investimentos públicos para internaçõesgerais, a
fim de atender as demandas urgentes ocasionadas pela COVID- 19.
Com o presente estudo foi possível observar que a região do país com maior número de internados
foi a Sudeste, e a região com menor número foi a Norte, com uma diferença de cerca de doze vezes menos
internações. Ademais a etnia que teve destaque para as internações foi a cor branca, seguida pela parda.
Conforme pode ser observado na Tabela 1.

Tabela 1 - Perfil dos pacientes internados por transtornos mentais e/ou comportamentais pelo SUS,
Brasil, 2012-2021
Pacientes N %
Região
Norte 74.356 3,2
Nordeste 407.373 17,7

83
Sudeste 904.352 39,4
Sul 718.994 31,3
Centro Oeste 189.991 8,3
Sexo
Feminino 866.885 37,7
Masculino 1.428.181 62,3
Cor/raça
Branca 938.353 40,1
Preta 126.914 5,5
Parda 623.914 27,2
Amarela 25.720 1,1

Tabela 1 - Perfil dos pacientes internados por transtornos mentais e/ou comportamentais pelo SUS,
Brasil, 2012-2021 (continuação)

Indígena 699 0,03


Não informada 580.159 25,2
TOTAL 2.295.066 100

FONTE: DATASUS (SIH/SUS)

Há estudos, a exemplo de Pinheiro et al., que apontam a prevalência masculina na procura de


serviços emergenciais, bem como farmácia e pronto-socorro. Talvez os homens preferiram utilizar esses
equipamentos por entenderem que eles atendem suas necessidades imediatistas de forma mais rápida e
menos burocrática. Ainda de acordo com o autor os homens demoram mais a buscar serviço de saúde e com
isso são os que mais apresentam comorbidades. Assim, é possível inferir que a demora em buscar tratamento
agrava o quadro clinico, implicando num maior número de internações e complicações da condição de
saúde desse grupo.

No que tange a taxa de internação por transtorno mental e comportamental, levando se em


consideração a população residente, a região de destaque para o maior prevalência é da região Sul e
permanece a região Norte com a menor taxa. Representado no gráfico 1.

Gráfico 1 – Taxa de internações por transtorno mental e comportamental por região, Brasil,
2012-2021.

84
Taxa de internações por transtorno mental e comportamental por
região, Brasil, 2012-2021
8,00
Taxa de Internações

6,00

4,00
2,00

0,00
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Série histórica/Anos

1 Região Norte 2 Região Nordeste 3 Região Sudeste


4 Região Sul 5 Região Centro-Oeste

FONTE: DATASUS (SIH/SUS)

Embora apresente declínio na taxa de internação por transtorno mental e comportamental a região
Sul lidera esse perfil com uma sustentação superior ao dobro das demais regiões.

Gráfico 2 – Taxa de internação por ranstorno mental e comportamental por internações


gerais, Brasil, 2012-2021.

Taxa de internação por ranstorno mental e comportamental por


internações gerais, Brasil, 2012-2021.
14,00%
Taxa de Internação

12,00%
10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Série histórica/Anos

1 Região Norte 2 Região Nordeste 3 Região Sudeste


4 Região Sul 5 Região Centro-Oeste

FONTE: DATASUS (SIH/SUS)

Outra situação que merece destaque é quanto às morbidades mais prevalentes que motivaram a
internação do usuário. Conforme apresentado no Tabela 2. A esquizofrenia foi a causa de maior prevalência
na s internações, seguida transtornos de humor.

Tabela- 2 Causa de internação por Grupo CID-10, Brasil, 2012-2021

85
Lista Morbidade CID-10 N %

Demência 27.175 1,1

391.187 17
Transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de
álcool
Transtornos comportamentais devido ao uso de outra 418.224 18,2
substância psicoativa
Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes 745.564 32,5

Transtornos de humor (afetivos) 492.663 21,5

Tabela- 2 Causa de internação por Grupo CID-10, Brasil, 2012-2021 (Continuação)

Transtornos neuróticos e relacionados com stress 25.335 1,1


somáticos

Retardo mental 493.387 21,5

144.847 6,3
Outros transtornos comportamentais
TOTAL 2.295.066 100

FONTE: DATASUS (SIH/SUS)

Um estudo publicado por Silva et al., que avaliou o perfil de 240 internações psiquiátricas de
homens e mulheres, trazem a acentuada diferença entre os gêneros em relação ao tipo de transtorno. No
estudo supracitado, observou-se que 65,4% dos homens se internaram por problemas relacionados ao uso
de substâncias psicoativas, enquanto 79,8% das mulheres se internaram por conta de transtornos do humor,
esquizotípicos e delirantes. Tais resultados mostraram-se semelhantes aos do presente estudo, no que tange
a um maior número de pacientes do sexo masculino e as causas principais de internações, em que
predominou a esquizofrenia (32,5%) e o transtorno de humor afetivos (21,5%).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Haja vista a dimensão das implicações das internações psiquiátricas - sejam elas
de impacto econômico e/ou da qualidade de vida - as informações sobre o perfil de
pacientes internados em hospitais psiquiátricos são imprescindíveis para a compreensão
das características epidemiológicas e clínicas dos transtornos mentais mais comuns que
motivam internamento hospitalar, bem como intervir no adoecimento antes da agudização
dos casos. Com posse dessas informações, também é possível delimitar estratégias para
melhoria e fortalecimento da rede de assistência aos pacientes com transtornos mentais,

86
estabelecendo-se medidas preventivas para evitar internamentos para os usuários da
RAPS.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde do. Lei n.º 10216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os
direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Brasília, 5.ed. amp., 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde do. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde -DATASUS.
Tecnologia da Informação a Serviço do SUS. Informações de Saúde – Tabwin. 2023. Disponível em:
<http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Acesso em: 27 jan 2023.

NÓBREGA, M. P. S. S.; SILVA, G. B. F.; SENA, A. C. R. Funcionamento da Rede de Atenção


Psicossocial-RAPS no município de São Paulo, Brasil: perspectivas para o cuidado em Saúde Mental.
Investigação Qualitativa em Saúde, v. 2, p. 41 – 49, 2016.

DESVIAT, M. Coabitar a Diferença: Da Reforma Psiquiátrica à Saúde Mental Coletiva. São Paulo:
Zagodoni, 1ª ed, p. 248, 2018.

ZANARDO, G. L. P.; SILVEIRA, L. H. C.; ROCHA, C. M. F & ROCHA K. B. Internações e reinternações


psiquiátricas em um hospital geral de Porto Alegre: características sociodemográficas, clínicas e do uso da
Rede de Atenção Psicossocial. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.20, n.3, p. 460-474, 2017.

PINHEIRO, R.S.; VIAVACA, F.; TRAVASSOS, C.; BRITO, A.S.; Gênero, morbidade, acesso e utilização
de serviços de saúde no Brasil. Ciênc Saúde Coletiva., v. 7, p. 687-707, 2002.

SILVA, T. L. et al. Perfil de internações hospitalares em unidade psiquiátrica de um hospital geral. Rev
Min Enferm. 2014.

87
AÇÕES DO ENFERMEIRO EM CASO DE PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA

¹Brena Silva dos Santos

1São Lucas Grupo Afya Educacional (UNISL). Porto Velho, Rondônia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: brenasilva1600@gmail.com

Resumo

As doenças cardiovasculares por causas externas apresentaram crescimento nos últimos anos, sendo
responsáveis pela alocação de recursos públicos em hospitalizações e permanência hospitalar prolongada.
A parada cardiorrespiratória é caracterizada pela perda abrupta da função cardíaca e pulmonar em indivíduos
acometidos ou não por doenças cardiológicas. Os profissionais de saúde, principalmente aqueles que atuam
no cuidado direto ao paciente, como a equipe de enfermagem, devem saber não só reconhecer os sinais de
PCR, mas também prestar o atendimento de Suporte básico de vida (SBV) e manter-se atualizados sobre
este assunto. O presente artigo trata sobre o tema ações do enfermeiro em caso de parada cardiorrespiratória,
tendo como objetivo geral analisar quais as ações que o enfermeiro desenvolve durante uma parada
cardiorrespiratória. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa de caráter descritivo e será realizada
por meio de bibliografia. Após toda a análise, foram selecionados 8 artigos para compor esse o referencial
deste trabalho. Para os critérios de inclusão foram usadas publicações em português, espanhol e inglês, entre
os anos de 2018 a 2022. Os materiais dos estudos que foram encontrados e que combinavam com os critérios
de inclusão e de exclusão da pesquisa foram expostos em formato de textos e delimitados por tópicos. O
enfermeiro, como líder da equipe de Enfermagem, se encontra na linha de frente do atendimento à PCR e
do sucesso da reanimação cardiopulmonar junto à atuação médica. Assim, tem um importante papel a
desenvolver, que não inclui apenas a previsão e provisão dos recursos materiais e humanos para as
intervenções em situações de emergência, mas também a promoção de treinamento específico da equipe,
com a finalidade de assegurar a competência nas áreas cognitivas, psicomotora, afetiva e também a agilidade
no atendimento, de modo a alcançar um prognóstico livre de sequelas.

Palavras-Chave: Enfermagem, Parada Cardiorrespiratória, Ressuscitação Cardiopulmonar, Ação


do enfermeiro.

88
1. INTRODUÇÃO

A parada cardiorrespiratória é caracterizada pela perda abrupta da função cardíaca e pulmonar em


indivíduos acometidos ou não por doenças cardiológicas. Essa disfunção é desencadeada pela arritmia
cardíaca desenvolvida no processo de parada. A PCR tem sido um motivo de alerta para a saúde pública,
uma vez que esse evento acomete inúmeras pessoas, desencadeando uma preocupação por parte dos
profissionais de saúde. (SANTOS; MARQUES, 2021).

De acordo com Patel, Hipskind e Akers (2022) a parada cardíaca (súbita) é a interrupção repentina
da atividade cardíaca de modo que a vítima não responde, sem respiração normal e sem sinais de circulação.
Se medidas corretivas não forem tomadas rapidamente, esta condição progride para morte súbita. Parada
cardíaca deve ser usada para significar um evento conforme descrito acima, que é revertido, geralmente por
RCP e/ou desfibrilação ou cardioversão, ou estimulação cardíaca.

Os profissionais de saúde, principalmente aqueles que atuam no cuidado direto ao paciente, como
a equipe de enfermagem, devem saber não só reconhecer os sinais de PCR, mas também prestar o
atendimento de Suporte básico de vida (SBV) e manter-se atualizados sobre este assunto (GUSKUMA et
al., 2019).

Entre as intervenções que os enfermeiros atuam, a ressuscitação cardiopulmonar é uma das mais
complexas e decisivas para a sobrevivência do paciente. A rapidez, segurança e eficácia dasintervenções
dos profissionais de saúde podem garantir adequado retorno da ventilação e da circulação espontâneas,
modificando a possibilidade de sobrevivência. Para essa intervenção as equipes de saúde necessitam ser
preparadas e ajustadas sendo que o enfermeiro é essencial nesse atendimento e deve estar preparado para
iniciar o suporte básico de vida e auxiliar no avançado (BARBOSA et al., 2019).

A atuação do enfermeiro no atendimento da PCR pode definir a situação futura do paciente no que
se refere aos danos decorrentes, caso as condutas e medidas não sejam antecipadas para prevenir ou diminuir
esse risco (ALMEIDA et al., 2018).

Para nortear o estudo elaborou-se a seguinte questão de pesquisa: “quais as ações de enfermagem
em casos de parada cardiorrespiratória intra e extra hospitalar?". O presente artigo trata sobre o tema ações
do enfermeiro em caso de parada cardiorrespiratória, tendo como objetivo geral analisar quais as ações que
o enfermeiro desenvolve durante uma parada cardiorrespiratória. Trata-se de uma pesquisa de natureza
qualitativa de caráter descritivo e será realizada por meio de bibliografia. Após toda a análise, foram
selecionados 8 para compor esse trabalho. Para os critérios de inclusão foram usadas publicações em
português, espanhol e inglês, entre os anos de 2018 a 2022. Os materiais dos estudos que foram encontrados
e que combinavam com os critérios de inclusão e de exclusão da pesquisa foram expostos em formato de
textos e delimitados por tópicos.

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa de caráter descritivo e será realizada por meio de
bibliografia. Para atender as questões levantadas neste artigo, a metodologia foi dividida em duas etapas,
sendo a 1º etapa o levantamento bibliográfico e a 2º etapa a análise dos dados encontrados.

Na primeira etapa foi realizada um levantamento acerca de produções científicas que abordassem
o tema da pesquisa, para isso contou-se com o auxílio da ferramenta de pesquisa Descritores em Ciências
da Saúde (DeCS): (https://decs.bvsalud.org/), possibilitando assim, que fossem encontrados os descritores
mais frequentemente utilizados para a pesquisa em questão, conseguindo, com isso, uma filtragem mais
eficiente, baseada no objetivo da revisão. Os descritores encontrados foram: “Enfermagem”; “Parada
Cardiorrespiratória”; “Assistência de enfermagem”; “Suporte Básico de Vida”, “Ações do enfermeiro” e
“Ressuscitação cardiopulmonar”.

No segundo momento foram identificados 22 estudos que versavam sobre o tema e após serem
analisadas foram escolhidos 14 materiais para leitura na íntegra, sendo excluídos 6 após leitura completa,
após toda a análise, foram selecionados 8 para compor esse trabalho. Para os critérios de inclusão foram
usadas publicações em português, espanhol e inglês, entre os anos de 2018 a 2022.

89
Os critérios de exclusão foram as publicações em outras línguas diferentes da portuguesa e inglesa
e não estarem disponíveis na íntegra para consulta. Para a coleta de dados foram utilizados: revistas, jornais
e artigos em literatura indexada como os bancos de dados eletrônicos SciElo, ScienceDirect, Biblioteca
virtual de saúde e Medscape.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As doenças cardiovasculares por causas externas apresentaram crescimento nos últimos anos,
sendo responsáveis pela alocação de recursos públicos em hospitalizações e permanência hospitalar
prolongada. A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como uma condição súbita e inesperada de
deficiência absoluta de oxigenação tissular, seja por insuficiência circulatória ou por cessação da atividade
respiratória (ALMEIDA et al., 2018).

A parada cardiorrespiratória é definida como o cessar súbito da atividade cardíaca, associada à


ausência da respiração e a um elevado índice de complicações decorrentes, no entanto pode ser reversível
mediante um atendimento imediato. Portanto, é uma das principais emergências clínicas que ameaçam a
vida de um indivíduo, e a equipe de saúde necessita estar apta a reconhecer e prestar uma assistência
adequada, seja em ambiente intra ou extra hospitalar (CRUZ; REGO; LIMA, 2018).

A parada cardíaca é a emergência clínica mais grave e com pior prognóstico, entretanto, pode ser
um estágio transitório, reversível, com possibilidades de pacientes se recuperarem e retornarem às suas
atividades (SANTOS; MARQUES, 2021).

A PCR ocorre em quatro modalidades dos ritmos cardíacos: fibrilação ventricular, taquicardia
ventricular sem pulso, que são ritmos desfibrilháveis e assistolia e atividade elétrica sem pulso, ritmos não
desfibrilháveis (ALMEIDA et al., 2018).

A parada cardiorrespiratória tem sido um motivo de alerta para a saúde pública, uma vez que esse
evento acomete inúmeras pessoas, desencadeando uma preocupação por parte dos profissionais de saúde.
Em muitos pacientes, os sintomas de alerta podem preceder uma parada cardíaca (SANTOS; MARQUES,
2021).

No entanto, muitas vezes esses sintomas não são reconhecidos ou ignorados pelo indivíduo. Muitos
pacientes que sobrevivem à parada cardíaca têm amnésia, não permitindo a lembrança dos sintomasantes de
um evento. Dados obtidos de quem não teve amnésia, de familiares e/ou de quem presenciou o evento
mostram que o sintoma mais comum foi a dor torácica (PATEL; HIPSKIND; AKERS, 2022).

2.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM


Durante toda a vivência hospitalar, o enfermeiro se depara com dilemas éticos e legais
relacionados às suas responsabilidades profissionais. Nesse contexto, lhe é incumbido proporcionar a
assistência a pacientes críticos que são submetidos a procedimentos complexos e que demandam um
elevado nível de conhecimento técnico-científico, no qual deve haver rapidez e destreza na sua realização
(SANTOS; MARQUES, 2021).

O enfermeiro, por prestar assistência ao paciente durante 24 horas por dia e possuir habilidades
técnicas e conhecimentos científicos é, na maioria das vezes, o primeiro profissional a identificar esse
agravo. Por isso, deve ser um profissional ágil, com raciocínio clínico rápido, como também possuir
habilidades técnicas e controle emocional para atuar em uma situação de emergência (BARBOSA et al.,
2019).

A avaliação da vítima e seu atendimento devem ser efetivos para proporcionar a diminuição de
sequelas e aumentar as chances de sobrevida da vítima. Sobretudo, o atendimento imediato e adequado
reduz a mortalidade e contribui de forma expressiva à prevenção cardíaca e cerebral da vítima em PCR. As
habilidades dos enfermeiros em desempenhar seu papel de forma apropriada e a capacidade de realizar as
manobras de RCP influenciam diretamente sob o índice de mortalidade e morbidade (ALMEIDA et al.,
2018).
Assim, na equipe de enfermagem, é privativa do enfermeiro a realização da classificação de risco.
Dessa forma, o reconhecimento dos sinais clínicos da PCR é imprescindível para iniciar a cadeia de

90
sobrevivência, a saber, identificação da PCR, a mobilização do serviço médico de urgência e manobras de
RCP, desfibrilação e SAV (ASSALIN et al., 2019).

Sendo assim, o enfermeiro deve estar apto a reconhecer quando um paciente está em franca PCR
ou prestes a desenvolvê-la, pois este período representa a mais grave emergência clínica que se pode
deparar. No que diz respeito à assistência durante a RCP, deve haver o suporte básico de vida para
restabelecer a oxigenação e a circulação, até a chegada da equipe médica para as intervenções avançadas
(CRUZ; REGO; LIMA, 2018).

No ambiente hospitalar, o enfermeiro tem a responsabilidade de organização do material adequado


do carro de emergência, mantendo-o completo para preparação de medicação e utilização dos equipamentos
e insumos de forma correta e sistematizada (CRUZ; REGO; LIMA, 2018).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A busca resultou em 8 artigos que passaram pelo crivo dos critérios de inclusão e exclusão,
baseados na questão da pesquisa “quais os cuidados de enfermagem prestados a pacientes com meningites
virais?”. A partir da aplicação do método de análise foram detectados diferentes aspectos quanto ao papel
do enfermeiro na prestação de ações nos casos de parada cardiorrespiratória. Assim, faz-se necessário
descrever as principais características dos estudos antes de discutir as categorias que reverberam os
principais resultados encontrados.

Almeida et al., (2018) analisa que a PCR, por ser uma intercorrência às vezes inesperada, requer
da equipe de enfermagem a identificação e reconhecimento precoce do paciente em tal situação, domínio
frente ao diagnóstico prévio, habilidade e treinamento para o atendimento eficaz.

Assalin et al. (2019), trás como foco principal o fato de que a educação permanente em Saúde é
uma estratégia que objetiva transformar e qualificar a atenção à saúde, aos processos formativos e às
práticas de educação em saúde, ressaltando a importância da capacitação de todos os profissionais que
atuam nessa área, independentemente da complexidade do atendimento.

Barbosa et al. (2019), afirma em seu estudo que para a prática de enfermagem o estudo fornece
evidências acerca do uso da simulação como ferramenta pedagógica para a formação de enfermeiros,
contribuindo com o ganho na autoconfiança e maior segurança para atuação em contextos de complexidade
extrema, como o de parada cardiorrespiratória.

Barros e Neto (2019), o estudo possibilitou identificar que o enfermeiro, no âmbito de seu trabalho,
é um dos principais profissionais de saúde com autonomia e capacitação para agir no momento de uma
PCR, sendo este, de fundamental importância, assim como toda a equipe de enfermagem, manter-se
atualizados e capacitados para prestar assistência às prováveis emergências e proporcionar capacitações
teóricas e práticas com os outros membros da equipe.

Cruz, Rêgo e Lima (2018) afirmam que os desafios cotidianos vivenciados por enfermeiros no
cuidado às vítimas de PCR em ambiente hospitalar são diversos e dentre eles destacaram-se a falta de
capacitação dos profissionais, a falta de investimento em educação permanente em saúde e a falta de
atendimento imediato, sistematizado e de qualidade, são fatores que possui um elevado risco de
complicações e óbito no cenário brasileiro é elevado.

Guskuma et al., (2019) afirma que os achados de seu estudo concorrem para que as instituições de
saúde promovam e incentivem a capacitação contínua e periódica dos profissionais de enfermagem, bem
como reavaliem o conhecimento e suas habilidades, com a intenção de rever e elaborar estratégias de ensino
voltadas às reais dificuldades dos profissionais para atendimento à PCR, pois a RCP adequada e a rápida
desfibrilação são fatores determinantes dos índices de sobrevivência destes indivíduos.

Patel, Hipskind e Akers (2022) tinham como objetivo principal em seu estudo definir o papel do
enfermeiro em um evento de parada cardíaca. O sucesso no processo de reanimação cardiorrespiratória –
RCP, depende de uma série de ações encadeadas, chamada de “corrente da sobrevida” pela American Heart
Association (AHA). Dentre as medidas apresentadas, de acordo com a (AHA) a desfibrilação precoce
tornou-se essencial para a ressuscitação cardiopulmonar.

91
Santos e Marques (2021) destacam em seu estudo que diante da complexidade do atendimento ao
paciente em PCR e da importância da assistência do enfermeiro no atendimento extra-hospitalar, destaca-
se a necessidade de capacitação nessa área, uma vez que, entre as principais dificuldades enfrentadas no
âmbito assistencial, o conhecimento deficiente dificulta o atendimento da equipe, ocasionando o insucesso
na reanimação cardiopulmonar, o que implica a sobrevida do paciente.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O enfermeiro, como líder da equipe de Enfermagem, se encontra na linha de frente do atendimento


à PCR e do sucesso da reanimação cardiopulmonar junto à atuação médica. Assim, tem um importante
papel a desenvolver, que não inclui apenas a previsão e provisão dos recursos materiais e humanos para as
intervenções em situações de emergência, mas também a promoção de treinamento específico da equipe,
com a finalidade de assegurar a competência nas áreas cognitivas, psicomotora, afetiva e também a
agilidade no atendimento, de modo a alcançar um prognóstico livre de sequelas.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, D. C. et al. Ação do enfermeiro frente à parada cardiorrespiratória intra-hospitalar. Revista


Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 11, Vol. 06, pp. 199-212 Novembro
de 2018. ISSN:2448-0959

ASSALIN, A. C. et al. Programa de Treinamento Teórico/Prático In Loco para Enfermagem Acerca das
Manobras Básicas em Ressuscitação Cardiopulmonar. Revista pesquisa, cuidado é fundamental, v.1, n.2,
p.495-501, 2019. Disponível em:
<http://seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/6408/pdf>.

BARBOSA, G. S. et al. Eficácia da simulação na autoconfiança de estudantes de Enfermagem para


ressuscitação cardiopulmonar extra-hospitalar: um estudo quase experimental. Scientia Médica, v.29, v.1,
p.1.10, 2019. Disponível em:
<https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/32694/17918>.

BARROS, F. R. B.; NETO, M. L. Parada e reanimação cardiorrespiratória: conhecimento do enfermeiro


baseado

nas diretrizes da American Heart Association 2015. Enfermagem em Foco, v.9, n.3, p.8-12, 2018.
Disponível em: <file:///C:/Users/thiag/Downloads/1133-8140-1-PB.pdf>.

CRUZ, L. L; RÊGO, M. G; LIMA, E.C. O enfermeiro frente à parada cardiorrespiratória em ambiente


hospitalar: desafios do cotidiano. REFACI, Brasília, 2018. Disponível em:
<https://dspace.uniceplac.edu.br/bitstream/123456789/82/1/Lidiane%20Cruz_0000748_Marina%20R%C
3%AAgo_0000089.pdf>.

GUSKUMA, E. M.; LOPES, M. C. B. T.; PIACEZZI, L. H. V.; OKUNO, M. F. P.; BATISTA, R. E. A.;
CAMPANHARO, C. R. V. Conhecimento da equipe de enfermagem sobre ressuscitação cardiopulmonar
em um hospital universitário. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, Goiás, Brasil, v. 21, p. 52253,
2019. DOI: 10.5216/ree.v21.52253. Disponível em: <https://revistas.ufg.br/fen/article/view/52253>.

PATEL, K.; HIPSKIND, J. E.; AKERS, S. W. Cardiac Arrest (Nursing) [Updated 2022 Aug 8]. In:
StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022 Jan-. Available from:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK568720/>.

92
SANTOS, A. P. C.; MARQUES, P. B. Atuação do enfermeiro frente à parada cardiorrespiratória em
ambiente extra-hospitalar. Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 9, n. 9, p. 07-15, jul./dez. 2021.
Disponível em: <https://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2021/08/atuacao-do-enfermeiro-
frente-a-parada-cardiorrespiratoria-em-ambiente-extra-hospitalar-v-9-n-9.pdf>.

93
VIVENCIANDO A PSICOLOGIA PERINATAL NA GRADUAÇÃO:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

¹Ingrid Jonária da Silva Santos

¹Maria Luciane Bezerra da Silva


¹Sebastião Elan dos Santos Lima
1Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) / Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi
(FACISA). Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil;
Eixo temático: Psicologia
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: ingridjonaria@gmail.com
INTRODUÇÃO: A psicologia enquanto profissão vem cada vez mais abrangendo cenários de trabalhos
para além dos muros da clínica tradicional, especialmente com as políticas públicas e inserção nos serviços
de saúde, como por exemplo a Maternidade. Um cenário no qual a atuação do psicólogo vem em constante
crescimento e valorização, por fornecer subsídios teóricos que contribuem para auxiliar no cuidado das
mães, pais e familiares, ao ajudar a compreender e refletir acerca do momento pelo qual estão vivenciando,
fornecendo escuta acolhedora e qualificada como estratégias de enfrentamento das angústias, medos e
inseguranças, comum no ciclo gravídico puerperal, a fim de propiciar maior segurança. Ajudando a
fortalecer a relação entre mãe e seu bebê, tornando esse momento o mais positivo possível. OBJETIVO:
Discutir acerca da experiência de estágio em Psicologia Perinatal e sua importância na graduação em
Psicologia. METODOLOGIA: Esse relato de experiência é fruto do estágio obrigatório em psicologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), realizado no contexto hospitalar, na área da
Psicologia Perinatal, no período de Abril a Julho de 2022. A prática transcorreu na Maternidade Escola
Januário Cicco (MEJC), Natal/RN, um hospital universitário federal vinculado à UFRN que se constitui de
um importante centro de formação acadêmica de prestação e de serviços à comunidade. O estágio ocorreu
especificamente no setor da “Unidade de Cuidados Intermediários Canguru”. As atividades realizadas
durante a execução do estágio foram: anamnese, evolução do prontuário e práticas de psicoeducação, dentre
outras. Todas as atividades foram destinadas às mães dos bebês pré-termo. RESULTADOS: As ações foram
desenvolvidas no período de flexibilização da pandemia, pós-vacinação, em que houve um retorno gradual
às atividades “normais”. No entanto, a Maternidade ainda contava com regras mais rígidas quanto a
biossegurança, o que nos permitiu uma inserção em um contexto específico e cheio de particularidades. O
trabalho com as puérperas demandou um estudo das peculiaridades do processo da maternidade e um
aperfeiçoamento da aplicação da anamnese, adaptada ao cenário em questão. Enriquecendo assim o olhar
das estagiárias enquanto profissionais, proporcionando uma maior segurança em sua atuação. Também foi
uma experiência desmistificadora quanto ao trabalho da psicologia no Hospital, sobre esse novo contexto,
saindo da teoria e vivenciado a prática. A possibilidade de trabalhar em uma equipe multiprofissional foi
enriquecedora e essencial para o desenvolvimento profissional das estagiárias, principalmente nesse
contexto, pois é importante ter essa visão e cuidado integral com as puérperas que possuem uma abrangente
complexidade de demandas. CONCLUSÃO: Por fim, é importante salientar que a experiência em
Psicologia Perinatal durante a graduação, amplia as perspectivas profissionais do estudante e ajuda a
desbravar esse campo em ascensão. Conhecendo o contexto da maternidade e vivenciando a importância
da psicologia, reitera-se assim a relevância de sua inserção nesse ambiente, evidenciada no processo de
trabalho das estagiárias, que observaram a demanda advinda das puérperas, durante os atendimentos, e
salientada pela equipe multiprofissional, com a finalidade de minimizar o sofrimento provocado pela
hospitalização.

Palavras-chave: psicologia perinatal, maternidade, estágio.


REFERÊNCIAS:

94
LIMA, Sebastião Elan dos Santos. Maternidade prematura, apoio social e necessidades de mães de
neonatos hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. 2020. Dissertação de Mestrado.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

MORAES, Maria Helena Cruz. Psicologia e psicopatologia perinatal: sobre o (re)nascimento psíquico.
[S. l.]: Appris Editora, 2021. 205 p. ISBN 978-6525004389.

QUEIROZ, Lorrayne Leandro Galdino et al. A psicologia na maternidade hospitalar: um relato de


experiência. Fractal: Revista de Psicologia, v. 32, 57-63, 2020.

95
OS DESAFIOS DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUE PRESTAM
ATENDIMENTO DOMICILIAR AOS PACIENTES COM TRANSTORNO
MENTAL

¹Mateus Sério de Paula


²Mauricio Sério de Paula

³Renata Kimura

1Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Paranavaí, Paraná, Brasil.; 2Universidade Estadual do


Paraná (UNESPAR). Paranavaí, Paraná, Brasil.; 3Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras
(FAFIPA). Paranavaí, Paraná, Brasil.

Eixo temático: Ciências da Saúde


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do
1°autor:Mateusserio105@gmail.com

INTRODUÇÃO: Os Profissionais de enfermagem que prestam atendimento domiciliar a pacientes com


transtorno mental enfrentam vários desafios. Um deles é a falta de recursos e capacitação para lidar com
pacientes que apresentam comportamento agressivos ou que estão em crise. Além disso, muitas vezes esses
profissionais precisam lidar com falta de suporte familiar e social para com o paciente, o que pode
comprometer o sucesso do tratamento. OBJETIVO: Analisar os desafios enfrentados pelos profissionais de
enfermagem que prestam atendimento domiciliar aos pacientes com transtorno mental. METODOLOGIA:
Para tanto, foi utilizado como método para coleta de dados a pesquisa bibliográfica, através do estudo
levantado no referencial teórico sobre os dilemas e os desafios dos profissionais enfermeiros.
RESULTADOS: A partir da análise de dados foi possível perceber os desafios específicos que incluem a
falta de estrutura e rotina do ambiente doméstico, a necessidade de trabalhar com a família do paciente e
outras pessoas próximas, e a dificuldade em estabelecer uma relação terapêutica em um ambiente menos
formal do que o hospital. Além disso, pacientes com transtornos mentais podem apresentar comportamentos
agressivos ou autodestrutivos, o que pode colocar os profissionais de enfermagem em risco. Os estudos
mostraram que é importante ressaltar a atuação dos enfermeiros em atendimento domiciliar onde deve ser
pautada em uma abordagem humanizada e individualizada, apesar desses desafios, os profissionais de
enfermagem que prestam atendimento domiciliar aos pacientes com transtorno mental também enfrentam
muitas recompensas. Eles têm a oportunidade de fornecer cuidados altamente personalizados e adaptados,
e ajudar a melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Enfim, por meio de todo o estudo realizado e das sugestões pedagógica foi possível confirmar que
os profissionais que prestam atendimento domiciliar para pacientes com transtorno mental, enfrentam
diversos desafios em seu trabalho, incluindo a necessidade de habilidades específicas de comunicação, a
capacidade de trabalhar em equipe multiprofissional, o gerenciamento de risco para pacientes e o cuidador,
e a necessidades de adaptar o tratamento a um ambiente domiciliar. Reforçando a necessidade do
aprimoramento dos serviços de saúde, onde é necessário o esforço em conjunto de diversas partes
interessadas, incluindo profissionais, gestores, governo, pacientes e comunidades locais.

Palavras-chave: Saúde Pública, Desafios, Transtorno mental.


REFERÊNCIAS: ANDRADE, A. M. et al. Atuação do enfermeiro na atenção domiciliar: uma revisão
integrativa da literatura. Rev. Bras. Enferm. Brasília, v. 70, n. 1, p. 210-9, jan./fev. 2017. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0214>. ISSN 1984-0446. https://doi.org/10.1590/0034-7167-
2016-0214.

96
MOURA, P. M. M. et al. O protagonismo do enfermeiro na equipe de atenção domiciliar. Revista Eletrônica
Acervo Saúde, v. 13, n. 5, p. e6825-e6825, 2021.
MALHEIRO, I. D. C. "A qualidade da assistência do profissional de enfermagem durante a visita
domiciliar." (2016).
PAZ, A. A.; Santos, B. R. L. Programas de cuidado de enfermagem domiciliar. Revista Brasileira de
Enfermagem [online]. 2003, v. 56, n. 5 [Acessado 23 Fevereiro 2023], pp. 538-541. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0034-71672003000500014>. Epub 26 Ago 2011. ISSN 1984-0446.
https://doi.org/10.1590/S0034-71672003000500014.

97
PERFIL CLÍNICO DOS IDOSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA

¹Lígia Layre da Costa

¹Joana Darc Chaves Cardoso

1Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Eixo temático: Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: ligia_layre@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A longevidade da população é uma realidade nos países em desenvolvimento, como o


Brasil. O crescente número de idosos é preocupante, visto que o avançar da idade eleva a prevalência de
doenças crônicas. O desenvolvimento de atividades físicas permitem aos idosos serem mais ativos,
auxiliando no controle e prevenção de complicações ocasionadas pelas morbidades. Acredita-se que
estudar essas alterações permite identificar suas principais demandas de saúde e, assim, subsidiar
intervenções específicas direcionadas à elas. OBJETIVO: Identificar as condições de saúde dos idosos
de um Centro de Convivência. METODOLOGIA: Estudo transversal, com 109 idosos que realizavam
atividade física em Centro de Convivência para Idosos no município de Cuiabá. Foram incluídas pessoas
com 60 anos que realizavam pelo menos uma atividade física. Foram excluídas pessoas que
apresentavam dificuldade cognitiva e mental verificada a partir do Mini Exame do Estado Mental
(MEEM). As informações foram coletadas por meio de um instrumento, contendo 31 questões fechadas
e abertas sobre a autoavaliação do estado de saúde atual, problemas de saúde autorreferidos, uso regular
de medicamentos, problemas de visão e audição e dificuldade motora. Os dados foram coletados de junho
a agosto de 2019, por meio de entrevistas semiestruturadas, com questionário contendo perguntas sobre
e analisados de forma descritiva. RESULTADOS: Metade dos idosos autoavaliaram sua saúde como
ótima ou boa. Problema visual foi referido por 88,24% e auditivo por 33,82%. Dificuldades motoras foi
mencionada por 32,35% dos idosos, dentre elas, as principais foram dificuldades eram subirno ônibus
(90,91%) e levantar da cama ou cadeira (63,64%). A frequência de problema de saúde nos idosos
estudados foi de 95,59%, com média de morbidades de 3,05 (DP=1,48). As morbidades com maior
prevalência foram hipertensão arterial (72,31%), doenças reumáticas (55,38%) e diabetes mellitus
(41,54%). A utilização regular de medicamentos foi apontada por 88,24% dos entrevistados, com média
de medicamentos em uso de 2,77 (DP=1,39). Entre os medicamentos de uso regular, os anti-
hipertensivos, os hipoglicemiantes/insulina e vitaminas foram os mais utilizados (71,67%, 31,67% e
31,67%, respectivamente). CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados obtidos mostram
que a maioria dos idosos ativos possuem morbidades crônicas que podem impactar na realização de
atividades físicas, com potencial de comprometer sua autonomia e independência. Além disso, há de se
considerar que muitos idosos apresentam dificuldades motoras, que podem impedir que eles se
mantenham ativos. Essas informações podem contribuir para que os profissionais de saúde atendam os
idosos de maneira adequada, considerando as suas reais necessidades e condições de saúde.

Palavras-chave: Envelhecimento, Centro de Convivência, Perfil de Saúde.

REFERÊNCIAS:

BARBOSA, R. L. et al. Perfil sociodemográfico e clínico dos idosos de um Centro de Convivência.


Revista Kairós-Gerontologia, v. 21, n. 2, p. 357-373, 2018. DOI: https://doi.org/10.23925/2176-
901X.2018v21i2p357-373.

MÉLO, M. C. S. et al. Cognitive and health profile of elderly of a Coexistence Center. Research, Society
and Development, v. 10, n. 12, p. 1-11, 2021. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20512.

OLIVEIRA, C. E. S. et al. Vulnerabilidade clínico-funcional de idosos em um centro de convivência.


Acta Paulista de Enfermagem, n. 33, p. 1-8, 2020. DOI: 10.37689/acta-ape/2020AO0172.

98
IMPORTÂNCIA DA PESQUISA DE Streptococcus agalactiae EM GESTANTES
NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES NEONATAIS: REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA

¹Wellia Adriany Bernardo Vieira Santos


2
Ana Cristina Silva Santos
3
Yslla Adriana Silva Sousa
4
Thiago Nobre Gomes
1,2
Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). Parnaíba, Piauí, Brasil; 3Christus Faculdade
do Piauí (CHRISFAPI). Piripiri, Piauí, Brasil; 4Universidade Federal do
Ceará (UFC). Fortaleza, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Temas Livre em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: weelia1303adriane@gmail.com
INTRODUÇÃO: Os Estreptococos do grupo B (EGB), representados especialmente por Streptococcus
agalactiae, são componentes da microbiota de mucosas de seres humanos e animais, presentes
principalmente nos tratos gastrointestinal e geniturinário. A relevância médica da colonização por EGB em
gestantes representa um risco grave para neonatos, tendo em vista a possibilidade destes desenvolverem
quadros graves de septicemia, pneumonia e meningite. OBJETIVO: Analisar a literatura científica expondo
aspectos importantes do rastreamento de S. agalactiae, considerando os riscos para recém-nascidos a partir
da colonização em gestantes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, a partir de
publicações indexadas nas bases de dados PubMed, SciELO e no portal de Periódicos CAPES. Os
descritores utilizados para busca foram os termos “Streptococcus agalactiae”, “gestantes” e “neonatos”,
nos idiomas português e inglês. Como critérios de inclusão, foram considerados artigos científicos originais,
que tratavam sobre a relação do S. agalactiae com doenças perinatais e seu devido diagnóstico, publicados
no recorte temporal de 2013 a 2023. Como critérios de exclusão, foram desconsiderados os trabalhos fora
do recorte temporal estabelecido, bem como aqueles que não tratavam da temática em questão.
RESULTADOS: A partir da leitura dos trabalhos encontrados e exclusão daqueles que não se adequavam
aos critérios propostos, foram selecionados 12 artigos. Os EGB possue capacidade de produzirzonas de
hemólise completa, sendo denominados como β-hemolíticos. A hemólise é causada pela proteína
hemolisina, capaz de formar poros e lisar células do hospedeiro, tendo importante papel como fator de
virulência nas infecções. Em gestantes, o S. agalactiae está associado a cistite, pielonefrite, endometrite,
além de comprometimento na evolução da gestação. Esta bactéria tem enorme importância para gestantes,
uma vez que sua presença, especialmente no momento do parto, oferece grande risco de transmissão para
o recém-nascido, podendo desencadear complicações como sepse, síndrome de angústia respiratória,
pneumonia e meningite. A forma precoce da infecção por S. agalactiae manifesta-se nas primeiras 24 horas
ou até o sétimo dia após o nascimento, e corresponde a 85% das infecções neonatais. Como o perfil de
colonização retovaginal pela bactéria é transitório, a triagem de EGB deve ser realizada em todas as
gestantes, entre a 35º e a 37º semana de gestação. O exame baseia-se na cultura das secreções vaginal e
retal, colhidas por swab. O método padrão para a pesquisa de EGB consiste na cultura das amostras em
caldo Todd Hewitt, inibindo a crescimento de microrganismos não-EGB. Em caso de cultura positiva, a
paciente deve ser submetida à antibioticoprofilaxia intraparto, a qual tem se mostrado eficiente na
prevenção da transmissão vertical dos EGB. No entanto, é importante conhecer o perfil de sensibilidade do
microrganismo aos antimicrobianos, para que se realize uma escolha adequada do melhor fármaco a ser
usado. CONCLUSÃO: Devido os riscos que a infecção por S. agalactiae representa para neonatos, destaca-
se a necessidade da pesquisa profilática para EGB em todas as grávidas, permitindo assim, buscar
alternativas eficazes de tratamento materno, reduzindo a transmissão vertical deste patógeno e diminuindo
os casos de infecções neonatais.
Palavras-chave: Streptococcus do Grupo B, Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas, Infecções
Estreptocócicas.

99
REFERÊNCIAS:

CAPELLIN, G.; RODRIGUES, A. D.; BORTOLINI, G. V. Prevalência de Streptococcus agalactiae em


gestantes atendidas em clínicas particulares em Caxias do Sul/RS. Journal of Health & Biological
Sciences, v. 6, n. 3, p. 265, 2 jul. 2018.

RAABE, V. N.; SHANE, A. L. Group B Streptococcus (Streptococcus agalactiae). Microbiology


Spectrum, v. 7, n. 2, 22 mar. 2019.

RIOS SENGER, F. et al. PREVALÊNCIA DA COLONIZAÇÃO POR Streptococcus agalactiae EM


GESTANTES ATENDIDAS NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DE SANTO ÂNGELO – RS. Revista de
Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 6, n. 1, 28 fev. 2016.

100
CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE SOBRE O
FORMULÁRIO TERAPÊUTICO NACIONAL

1 Amanda de Oliveira Santos


2 Ranielly de Almeida Lima
3 Larah Domingos Alves Santana
4 Felipe Gonçalves Bezerra

1 Universidade Federal de Sergipe, Lagarto/SE/ Brasil; 2 Universidade Federal de Sergipe;


Lagarto/SE/ Brasil; 3 Faculdade Estácio/ Juiz de Fora/Minas Gerais/Brasil; 4 Universidade
Federal de Pernambuco, Pernambuco/PE/Brasil

Eixo temático: Saúde


Modalidade: Apresentação oral
E-mail: amandaoliveira1864@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O Formulário Terapêutico Nacional (FTN) é uma ferramenta que contém informações
científicas orientadas para a clínica com vistas a promover Uso Racional de Medicamentos (URM). A
utilização do FTN auxilia o processo de tomada de decisão clínica dos profissionais de saúde,
especialmente, os prescritores e dispensadores de medicamentos. Nesta perspectiva, é essencial que os
futuros profissionais da área da saúde conheçam e utilizem, ainda durante a graduação, o FTN. OBJETIVO:
O objetivo foi identificar o conhecimento dos universitários da área de saúde sobre o FTN.
METODOLOGIA: Foi realizado estudo transversal durante o mês de outubro de 2020. O link do
questionário google docs foi encaminhado para os estudantes matriculados nos cursos de medicina,
enfermagem, odontologia e farmácia da Universidade Federal de Sergipe campus Lagarto (UFS-Lag).
Foram coletados dados sócio-demográficos e sobre o conhecimento a respeito do FTN. Os dados foram
computados em uma planilha do Excel e analisados no programa BioEstat 5.0 e Statcalc do Epi-info versão
3.3 for Windows. Foram listadas a frequência, às medidas de tendência central e variabilidade das variáveis
coletadas. RESULTADOS: Foram obtidas 53 respostas, destas, 37,7% e 30,1% correspondem,
respectivamente, aos estudantes de medicina e farmácia. Dentre as fontes de informação utilizadas (96,2%),
62,3% afirmaram utilizar as Bases de Dados como fontes de busca de informações sobre medicamentos.
Por outro lado, 60,4% dos pesquisados não conheciam o FTN e 62,3% não sabem qual a sua função. Quanto
a utilização do FTN como fonte de busca sobre medicamento apenas 35,8% já tinham utilizado durante a
graduação. Apesar disso, 83% acreditam que farão uso do FTN como fonte de informação no futuro
profissional. O estudo demonstrou que os estudantes da área da saúde não conhecem o FTN, mas afirmam
a sua utilização quando estiverem atuando. CONCLUSÃO: A capilarização da importância e utilidade do
FTN nos cursos de graduação em saúde interfere significativamente na promoção do URM, na minimização
de riscos previsíveis e potencialização de resultados terapêuticos na prestação do cuidado em saúde.

Ethics Committee approval protocol: 31727120.8.0000.5546

PALAVRAS CHAVES: Formulário Terapêutico Nacional, Medicina Baseada em Evidência,


Universitários, Uso Racional de medicamentos.

REFERÊNCIAS

101
COTTA, Rosângela Minardi Mitre; MENDONÇA, Érica Toledo de; COSTA, Glauce Dias da. Portfólios
reflexivos: construindo competências para o trabalho no Sistema Único de Saúde. Revista Panamericana
de Salud Pública, v. 30, p. 415-421, 2011.

LIMBERGER, Jane Beatriz. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem para educação farmacêutica: um


relato de experiência. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 17, p. 969-975, 2013.

SATURNINO, Luciana Tarbes Mattana et al. O Internato Rural na formação do profissional farmacêutico
para a atuação no Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 2303-2310, 2011.

102
ANÁLISE DE CASOS DE DERMATOSES OCUPACIONAIS NO ANO DE 2022:
UM PANORAMA NACIONAL.

¹MACENA, Giovanna Bárbara Carvalho Mendes


¹ CERICATTO, Caroline Felber.
¹LIMA. Mariana Kely Diniz Gomes de
¹ Centro Universitário Maurício de Nassau Campus Cacoal - (UNINASSAU CACOAL).

Eixo temático: Estudos documentais


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: ¹giovannamacena@gmail.com

Introdução: As dermatoses ocupacionais são afecções na pele ou anexos, causadas e mantidas por agentes
irritativos presentes na matéria laboral ou no ambiente ocupacional, sendo um causador de incapacidade
entre os trabalhadores. Objetivo: analisar epidemiologicamente e clinicamente as fichas de notificação
compulsória de dermatose ocupacional no país no ano de 2022. Metodologia: Estudo descritivo utilizando
dados secundários extraídos do DATASUS. Foram avaliados casos notificados no Brasil no ano de 2022.
Para análise comparativa, utilizou-se os dados epidemiológicos e clínicos dos casos notificados no país,
como sexo, idade, raça, estado, agente, afastamento laboral e as lesões. Resultados: Mediante análise de
dados, evidenciou-se 268 casos no período de 2022 em todo o país. Os estados que mais notificaram foram
Tocantins, com 42 casos (15,67%), seguido de Minas Gerais e Paraná, ambos com 36 (13,43%); diante de
uma visão epidemiológica, destaca-se que 51% (139) dos casos foram ambos no sexo feminino e em
indivíduos pardos. 33% (89) dos casos notificados são de trabalhadores entre 20 a 34 anos. Além disso,
dentre as lesões mais frequentes, predominam as em membro superior e mãos, correspondendo a 36% (97)
e 16% (44), respectivamente. Não obstante, evidenciou-se, também, a maior exposição aos agentes
químicos como solventes e cromo, correspondente a 13% (37) das dermatoses, além das notificações
causadas por madeira, correspondendo a 9,34% (25). Todavia, apesar do conhecimento sobre as frequentes
dermatoses ocupacionais, cabe ressaltar a dificuldade na coleta dos dados relacionados aos principais
agentes causadores, posto que 65%(176) das notificações tiveram o agente causador ignorado ou em branco.
Diante do exposto, o agravo teve 20% (56) de curados, 16%(43) de incapacidade temporária e 0,74% (02)
incapacidade permanente, que, por fim, gerou uma média de afastamento de 1,2% (03) por ano dos
trabalhadores de sua atividade laboral. Conclusão:os casos de dermatoses ocupacionais são um grave
problema de saúde pública, visto que causam afastamento laboral e consequências permanentes para os
atingidos. Para tanto, fica evidente a necessidade de ações preventivas voltadas para essa classe, além do
correto preenchimento das fichas de agravo e notificação;

Palavras-chave: Dermatoses-ocupacionais; Doenças-profissionais; CID-10 L:24


REFERÊNCIAS:

1. Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Disponível em


http://www.datasus.gov.br [Acessado em 19 de fevereiro de 2023 .

2. Miranda, Fernanda Moura D’Almeida, et al. “Dermatoses Ocupacionais Registradas Em Sistema de


Notificação Na Região Sul Do Brasil (2007 a 2016).” Revista Brasileira de Medicina Do Trabalho, vol.
16, no. 4, 2018, pp. 442–450, https://doi.org/10.5327/z1679443520180261. Accessed 19 Feb 2023.

3. Alchorne, Alice de Oliveira de Avelar, et al. “Dermatoses Ocupacionais.” Anais Brasileiros de


Dermatologia, vol. 85, no. 2, Apr. 2010, pp. 137–147, https://doi.org/10.1590/s0365-
05962010000200003.

103
ATIVIDADE ANTI-CANDIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Melaleuca
alternifolia: UMA PROSPECÇÃO CIENTÍFICA

¹Wellia Adriany Bernardo Vieira Santos


2
Bianca Silva Cunha
3
Samara de Carvalho Costa Marques
4
Samira Maria Ferreira de Almeida
5
Yslla Adriana Silva Sousa
6
Ayara Almeida Souza Cabral
7
Thiago Nobre Gomes
1,2
Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). Parnaíba, Piauí, Brasil; 3Centro
Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU). Recife, Pernambuco,
Brasil; 4Instituto de Ensino Superior Múltiplo (IESM). Timon, Maranhão,
Brasil; 5Christus Faculdade do Piauí (CHRISFAPI). Piripiri, Piauí, Brasil;
6
Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém, Pará, Brasil;7Universidade
Federal do Ceará (UFC). Fortaleza, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Temas Livre em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: weelia1303adriane@gmail.com
INTRODUÇÃO: O tratamento de infecções fúngicas tem se tornado cada vez mais complexo devido à
resistência a antifúngicos. Nesse cenário, as infecções por Candida spp. ganham espaço nessa problemática,
e em frente a dificuldade terapêutica de casos mais graves, os populares óleos essenciais apresentam-se
como uma promissora alternativa. Diversas substâncias apresentam atividade antimicrobiana, e dentre
muitas existentes, o óleo de Melaleuca alternifolia (TTO, Tea Tree Oil) vem se popularizando devido suas
comprovadas ações bactericida e antifúngica. A literatura científica apresenta comprovações da ação do
TTO sobre diferentes fungos, e nesse contexto destaca-se Candida spp. Esse gênero vem se tornando alvo
de muitos estudos promissores, já que, possivelmente, a ligação dos terpenos aos ácidos graxos da
membrana lipídica desencadeia mudanças na permeabilidade e fluidez da mesma, prejudicando suas
funções. OBJETIVO: Reunir informações existentes na literatura científica recente acerca da ação do TTO
frente à Candida spp. METODOLOGIA: Trata-se de uma prospecção científica, a partir da busca de
publicações indexadas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Science Direct e PubMed. Os descritores
utilizados para busca e suas combinações nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola foram os termos
“Melaleuca alternifolia”, “Candida” e “atividade antifúngica”. Como critérios de inclusão, foram
analisados os artigos científicos publicados entre os anos de 2000 e 2022, que abordassem a ação do TTO
sobre diferentes espécies de Candida spp. Como critérios de exclusão, foram desconsiderados os trabalhos
fora do recorte temporal estabelecido, bem como aqueles que não tratavam da temática em questão.
RESULTADOS: A partir da leitura dos trabalhos encontrados e exclusão daqueles que não se adequavam
aos critérios propostos, foram selecionados 10 artigos. A literatura destaca inúmeras confirmações da
eficácia do TTO frente à Candida spp., incluindo inibição fúngica, danos membranares e redução de
biofilmes. Foi observado que, após submeterem cepas clínicas de C. albicans com resistentência ao
fluconazol a concentrações variantes entre 0.06% a 0.5% de TTO, os valores do teste de concentração
inibitória mínima (CIM) do medicamento reduziu de uma média de 244,0 μg/mL para 38,46 μg/mL,
demonstrando a eficácia da combinação de ativos naturais e drogas convencionais para o tratamento de
infecções graves. Ao se testar a eficácia do TTO sobre dois tipos de cepas selvagens de Candida albicans
(ATCC10231 e SC5314), foi demonstrado que o óleo foi efetivo na diminuição significativa da adesão de
ambas as cepas, assim como apresentou atividade fungicida com CIM de 0.375% para ATCC10231 e de
0.093% para SC5314. Na investigação dos efeitos do TTO sobre C. albicans, uma concentração mínima de
erradicação do biofilme (CMEB) de 12,5% do óleo foi capaz de eliminar um biofilme do fungo formado

104
in vitro. CONCLUSÃO: Considerando os achados da literatura, o TTO mostra-se um meio fitoterápico
potencial para a terapêutica de infecções causadas por Candida spp., porém estudos mais aprofundados
ainda se fazem necessários para implementá-lo como potencial antifúngico.

Palavras-chave: Melaleuca , Candida spp., Óleo de Melaleuca alternifolia.

REFERÊNCIAS:

MERTAS, A. et al. The Influence of Tea Tree Oil (Melaleuca alternifolia) on Fluconazole Activity against
Fluconazole-Resistant Candida albicans Strains. BioMed Research International, v. 2015, 2015.

RASTEIRO, V.M.D.C. et al. Essential oil of Melaleuca alternifolia for the treatment of oral candidiasis
induced in an immunosuppressed mouse model. BMC Complementary and Alternative Medicine, v. 14,
n.1, p. 489, 2014.

TOBOUTI, P. L. et al. Influence of melaleuca and copaiba oils on Candida albicans adhesion.
Gerodontology, v. 33, n. 3, p. 380-385, 2016.

105
MARCAPASSO VERSUS CARDIODESFIBRILADOR CARDÍACO: REVISÃO
DE LITERATURA

1
Talita Bianca Lima da Paixão

2
Maria Eduarda da Silva Bastos

3
Maria Victória Azevedo Xavier

4
Nalva Kelly Gomes de Lima

1,2,3
Graduandas em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, Pernambuco, Brasil; 4
Doutora em Enfermagem pelo Programa Associado de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade
de Pernambuco e Universidade Estadual da Paraíba UPE, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: talita.paixão@upe.br

RESUMO
INTRODUÇÃO: O coração é um órgão essencial para a manutenção da vida. As arritmias cardíacas são
ocasionadas quando o sistema elétrico cardíaco não funciona adequadamente, comprometendo sua função.
Dessa maneira, a depender do caso é indicado um dispositivo cardíaco eletrônico implantável (DCEI). Há
vários tipos de dispositivo, entre eles destacam-se o marcapasso e o cardiodesfibrilador implantável (CDI).
OBJETIVOS: Comparar a funcionalidade do marcapasso e do desfibrilador cardíaco de acordo com a
necessidade de cada paciente. METODOLOGIA: Revisão integrativa de literatura, baseada na pergunta
norteadora “Qual o critério de escolha para decidir qual dispositivo cardíaco o paciente está precisando?”.
Três descritores foram selecionados e combinados usando os cruzadores booleanos AND/ OR, são eles:
“Arritmias cardíacas”, “Qualidade de vida”, “Desfibriladores Implantáveis" e "Marca-Passo Artificial”. Os
estudos foram extraídos das bases de dados: MEDLINE, BDENF e LILACS por meio da Biblioteca Virtual
de Saúde (BVS). Os critérios de inclusão elencados foram: artigos completos na íntegra, gratuitos, nos
idiomas português, inglês ou espanhol, publicados entre 2018 a 2023. Foram excluídos artigos pagos,
repetidos e que não responderam à questão norteadora. Dos 31 artigos obtidos foram selecionados quatro.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: marcapasso é um pequeno dispositivo que melhora a qualidade de vida
e reduz a mortalidade em pacientes com bradiarritmia ou bloqueio cardíaco. Há dois tipos: o marcapasso
padrão e o sem eletrodos. Já os cardioversores desfibriladores implantáveis (CDIs) é o dispositivo de
escolha quando há taquicardia ventricular e fibrilação ventricular. CONCLUSÃO: A necessidade da
realização do implante de um dos DCEI depende dos sintomas e da gravidade da arritmia. O tratamento é
direcionado às causas e necessidades do paciente.

Palavras-chaves: Arritmias cardíacas; Qualidade de vida; Dispositivos cardíacos

106
INTRODUÇÃO
O coração é um órgão essencial para a manutenção da vida. Funciona como uma bomba,
promovendo a circulação sanguínea, e seu sistema elétrico controla o ritmo e a frequência. Quando esse
sistema elétrico não funciona adequadamente, desencadeia arritmias que comprometem sua função. Dessa
maneira, a depender do caso é indicado o dispositivo cardíaco eletrônico implantável (DCEI) mais
adequado.
Os pacientes que possuem um DCEI apresentam limitações físicas decorrentes de sua condição
clínica prévia. Muitos pacientes apresentam palpitações, dor torácica, dispnéia, fadiga, entre outros
sintomas. Dessa forma, espera-se que os sintomas melhorem a qualidade de vida após o implante do DCEI
adequado. Há vários tipos de dispositivo, entre os quais pode-se destacar o marcapasso e o
cardiodesfibrilador implantável (CDIs).
O tratamento com um DCEI é recomendado de acordo com a necessidade, seja ela uma
bradicardia, taquicardia ventricular, fibrilação ventricular ou para insuficiência cardíaca quando a terapia
medicamentosa falha. Esses dispositivos reduziram acentuadamente a mortalidade durante os últimos anos.
Entretanto, por mais que seja altamente eficaz na prevenção da morte arrítmica, há uma alta prevalência do
desencadeamento de doenças psicológicas, como por excentricidade a ansiedade e depressão.

OBJETIVOS
Este estudo tem como objetivo comparar a funcionalidade do marcapasso e do desfibrilador
cardíaco de acordo com a necessidade de cada paciente.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que contemplou a seguinte pergunta norteadora:
“Qual o critério de escolha para decidir qual dispositivo cardíaco o paciente está precisando?”. Para a busca
dos artigos na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), três descritores foram selecionados e combinados usando
os cruzadores booleano AND/ OR, são eles: “Arritmias cardíacas”, “Qualidade de vida”, “Desfibriladores
Implantáveis" e "Marca-Passo Artificial”. Dessa forma, por meio da BVS, artigos das bases de dados:
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Banco de Dados em Enfermagem
– Bibliografia Brasileira (BDENF) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) foram selecionados para compor esse estudo.
Como critérios de inclusão utilizou-se artigos completos na íntegra, gratuitos, nos idiomas
português, inglês ou espanhol, publicados entre 2018 a 2023. Foram excluídos artigos pagos, repetidos e
que não responderam à questão norteadora.
A princípio, foram encontrados 31 artigos, e com isso procurou-se filtrá-los de acordo com o
objetivo do estudo. Nessa perspectiva, após a leitura do título e resumo foram excluídos aqueles que não
condizem com o critério de inclusão, totalizando assim 9 artigos pré-selecionados. Com isso, após a análise
minuciosa de cada um 4 foram selecionados para compor os resultados e discussões desta revisão.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
MARCAPASSO CARDÍACO VERSUS CARDIOVERSORES DESFIBRILADOR
A literatura encontrada demonstra que o marcapasso é um pequeno dispositivo implantado na
subclávia que melhora a qualidade de vida e reduz a mortalidade em pacientes com bradiarritmia ou
bloqueio cardíaco, isto é, frequência cardíaca abaixo de 60bpm. Existem dois tipos de marcapassos: o
primeiro, considerado padrão, é o transverso. Este tem como característica a presença de eletrodos, ou seja,
a fios que ligam o dispositivo inserido na subclávia ao coração. Esses fios podem ser conectados tanto no
ventrículo direito quanto no septo interventricular. Um dos pontos negativos dessa escolha é a possibilidade
de fraturar devido a traumas mecânicos, causando, assim, mau funcionamento e interrupções no isolamento,
resultando em estimulação e função sensorial anormais.
O segundo tipo desse dispositivo é o marcapasso sem eletrodos, esse, segundo as recentes

107
diretrizes da European Society of Cardiology de 2021, é utilizado quando a estimulação do marcapasso
transvenoso padrão estiver impedida, por exemplo: quando houver obstrução da via venosa usada para
implantação e quando houver risco de infecção na bolsa do dispositivo estiver aumentada, como em
pacientes com infecções de bolsa anteriores ou naqueles em hemodiálise.
No tocante aos cardioversores desfibriladores implantáveis (CDIs), foi destacado que os mesmos
são eficazes na prevenção de morte súbita cardíaca, tanto em pacientes que sobreviveram a uma arritmia
com risco de vida (prevenção secundária) quanto em pacientes com risco aumentado de arritmias com risco
de vida (prevenção primária). A CDIs é o dispositivo de escolha quando há, por exemplo, uma taquicardia
ventricular e fibrilação ventricular, ou seja, frequência cardíaca acima de 100bpm.
O CDI é inserido no subcutâneo ou subpeitoral, com eletrodos inseridos por via transvenosa até o
ventrículo direito e, algumas vezes, também no átrio direito. Um CDI biventricular também tem uma
derivação epicárdica ventricular esquerda colocada através do sistema venoso do seio coronário ou por
meio de toracotomia para permitir a estimulação na terapia de ressincronização cardíaca (TRC-D). Os
geradores de impulso para CDI duram tipicamente cerca de 5 a 7 anos.
A avaliação eletrônica do DCEI deve analisar o estado da bateria, dos limiares de estimulação e
sensibilidade, e das impedâncias. Deve incluir ainda a recuperação e a análise de eventos armazenados,
assim como a análise das terapias aplicadas. A programação do DCEI envolve: a escolha do modo de
estimulação, a determinação da energia de saída calculada com base no limiar de estimulação e na
maturação da interface cabo-eletrodo, a margem de sensibilidade, baseada na medida de sinais
intracavitários e possíveis interferências eletromagnéticas (miopotenciais ou outras causas), a determinação
de intervalos básicos, e a ativação de funções conforme necessidades específicas. O ajuste de sensores de
resposta em freqüência pode requerer a realização de teste ergométrico ou ergoespirométrico.

CONCLUSÃO
A necessidade da realização do implante de um dos DCEI depende dos sintomas e da gravidade da
arritmia. O tratamento é direcionado às causas e necessidades do paciente. Se necessário, utiliza-se a terapia
antiarrítmica direta, incluindo fármacos antiarrítmicos, cardioversão-desfibrilação, cardiodesfibriladores
implantáveis (CDIs), marca-passos (e uma forma especial de estimulação, terapia de ressincronização
cardíaca), ablação com cateter, cirurgia ou uma combinação desses procedimentos.

REFERÊNCIAS

BERG, Selina Kikkenborg et al. Both mental and physical health predicts one year mortality and
readmissions in patients with implantable cardioverter defibrillators: findings from the national denheart
study. European Journal Of Cardiovascular Nursing, [S.L.], v. 18, n. 2, p. 96-105, 2018.
BJERRE, Jenny et.al. Driving following defibrillator implantation: development and pilot results from a
nationwide questionnaire. Bmc Cardiovascular Disorders, [S.L.], v. 18, n. 1, p. 1-10, 20 nov. 2018.
GILL, Jashan. Emerging Technologies in Electrophysiology: from single-chamber to biventricular leadless
pacemakers. Cardiology, [S.L.], v. 147, n. 2, p. 179-190, 2022.
GONÇALO, Sumaya dos Santos et al . HEALTH-RELATED QUALITY OF LIFE OF PATIENTS WITH
PERMANENT CARDIAC PACING. Texto contexto - enferm., 29, e20180486, 2020.

108
UMA AVALIAÇÃO DO SINAN FRENTE AO IMPACTO DO COVID-19

¹Leonardo de Oliveira Assis

¹Mateus dos Santos Rios Matos


¹Rudy Alisson de Miranda Almeida

¹Pedro Igor Jerônimo Silva

¹Keyla Regina da Silva Taliari

1Universidade Brasil (UB). Fernandópolis, São Paulo, Brasil.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: leoassis314159@gmail.com

INTRODUÇÃO: O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) é uma ferramenta


essencial ao planejamento das três esferas do governo no que se refere às tomadas de decisão que
envolvem a questão epidemiológica brasileira, principalmente em meio à pandemia de COVID-19
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022). Esse estudo vem diagnosticar o impacto que o novo coronavírus tem
na redução de número de notificaçções de doenças e agravos, visando compreender a influência queexerce
na promoção em saúde. OBJETIVO: Estabelecer análise comparativa das notificações de doenças e
agravos até 2023 pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), tendo em vista a
continuidade da pandemia do COVID-19, no Brasil. METODOLOGIA: O estudo em questão
caracteriza-se como ecológico e se desenvolveu sob a perspectiva analítica transversal para determinar
quantitativamente a incidência de todas as doenças de notificação e suas decorrências nos últimos três
anos no Brasil. Partindo disso, foi utilizado o banco de dados do sistema de informações em saúde da
plataforma DATASUS/TABNET, onde se analisaram retrospectivamente os dados numéricos dos grupos
de indicadores a respeito da epidemiologia durante os anos de 2020 a 2023. Desse modo, utilizou-se as
variável do número de casos novos de acordo com o ano de notificação. RESULTADOS: Foram
consultados os dados referentes ao COVID-19 e de todas as doenças e agravos de notificação sob tutela
do Ministério da Saúde. Dentre todas analisadas, quando em comparação ao período anterior à pandemia,
vinte doenças tiveram queda alarmante de notificações. Enquanto isso, inversamente proporcional houve
um aumento da incidência de COVID-19 no Brasil. A queda do número de notificações verificada se deu
da seguinte forma: acidentes por animais peçonhentos, de 2020 a 2021, 5,77%; botulismo, de 2020 a
2021, 80%; coqueluche, de 2019 a 2020, 85,64%; dengue, de 2019 a 2021, 64,70%; difteria, de 2019
a 2020, 66,66%; doença de Chagas aguda, de 2019 a 2020, 53,12%; febre de Chukungunya, de 2019 a
2021, 22,77%; febre maculosa, de 2019 a 2020, 38,35%; febre tifoide, de 2019 a 2021, 79,10%; hepatite,
de 2019 a 2020, 48,71%; intoxicação exógena, de 2019 a 2021, 73,96%; leishmaniose visceral, de 2019
a 2020, 22,10; malária, de 2019 a 2021, 86,75%; meningite, de 2019 a 2021, 61,88%; paralisia flácida
aguda, de 2019 a 2020, 49,17; sífilis adquirida, de 2019 a 2021, 59,32%; sífilis congênita, de 2019 a
2021, 52,96%; sífilis em gestante, de 2019 a 2021, 51,29%; tétano acidental, de 2019 a 2020, 24,43%;
zika vírus, de 2019 a 2021, 38,75%. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Tendo em vista
o apresentado numericamente por meio de modelos gráficos, é possível concluir que houve um
decréscimo importante do número de notificações das principais doenças e agravos advindos da
plataforma do SINAN o que corrobora a hipótese de alto impacto do COVID-19 no que se refere à saúde
pública de forma geral no país, notadamente pela redução de notificações de praticamente todas as
doenças e agravos.

Palavras-chave: Agravos, Eventos, Saúde Pública, Covid-

19.

109
REFERÊNCIAS:

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ministério da Saúde. Disponível em:


http://www.portalsinan.saude.gov.br/funcionamentos/43-institucional. Acesso em: 14 dez. 2022.

SINANWEB. SINAN. Disponível em: www.portalsinan.saude.gov.br/o-sinan. Acesso em: 14 dez.


2022.

DATASUS. Ministério da Saúde. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-


tabnet/. Acesso em: 14 dez. 2022.

110
ATENÇÃO PRIMÁRIA NA SAÚDE MENTAL DURANTE A PANDEMIA POR
COVID-19

¹Naila Costa Sousa Santos

¹Michelle Kristine Bispo dos Santos


1
Flavia Pedro dos Anjos Santos
1
Joana Angélica Andrade Dias

1Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Jequié,


Bahia, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: nailacosta06@gmail.com

INTRODUÇÃO: A infecção respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2 foi identificada pela primeira
vez na China em dezembro de 2019, sendo que em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde
caracterizou como pandemia esta infecção aguda de elevada transmissibilidade e potencialmente grave.
Tais aspectos dessa doença (COVID-19) não afeta apenas a saúde física das pessoas como também gera
impactos a saúde mental, considerando um cenário econômico e psicossocial desordenado. Diante disso,
a Atenção Primária à Saúde, a qual é caracterizada como porta de entrada dos usuários no sistema de
saúde tem o papel fundamental de garantir o cuidado e o conhecimento relacionado a saúde física e
mental da população, uma vez que as ações de distanciamento social, uso de máscaras e reforços das
medidas de higiene foram essenciais para evitar a transmissão do vírus, porém reduziram a interação
social da comunidade. OBJETIVO: Identificar as ações da Atenção Primária à Saúde relacionadas à
saúde mental durante a pandemia por COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
integrativa, que iniciou-se pela seguinte questão de pesquisa: “Quais as ações desenvolvidas pela
Atenção Primária na saúde mental da população durante a pandemia por COVID-19?”. Em seguida,
realizou-se a busca e seleção de artigos no Portal da Biblioteca Virtual em Saúde mediante a utilização
dos seguintes descritores: Saúde Mental, COVID-19 e Atenção Primária à Saúde, interconectados pelo
operador booleano AND, gerando uma estratégia de busca que permitiu a obtenção de 80 artigos. Após
a aplicação dos filtros: publicações entre 2020 e 2022 e artigos completos no idioma português e espanhol
pertencentes a base de dados MEDLINE, LILACS e BDENF, foram selecionados 12 artigos para
construção deste estudo. RESULTADOS: De acordo com a literatura analisada, durante a pandemia por
COVID-19, a Atenção Primária à Saúde teve papel fundamental na identificação da situação de saúde
dos membros das famílias assistidas através do reconhecimento dos riscos para o adoecimento mental;
articulação intersetorial para que as necessidades de saúde das pessoas mais vulneráveis ao sofrimento
mental fossem atendidas, no que se refere a segurança, alimentação e abrigo; atuação dos Agentes
Comunitários de Saúde para identificação de vulnerabilidades, apoio e acolhimento por telefone na
tentativa de buscar identificar além dos sinais e sintomas da infecção, os sinais de adoecimento mental;
ações de apoio e orientação a comunidade concernente aos fatores estressores e de ansiedade, com
elaboração de estratégias como: teleconsultas com usuários, capacitação dos profissionais da Atenção
Primária à Saúde para gerenciameto de crises e auxilio comunitário para pessoas que moravam sozinhos
durante a quarentena; além da assistência às famílias que vivenciaram o luto em virtude da COVID-19
oferecendo apoio, reconhecendo o sofrimento delas e encaminhado-as a psicólogos e terapeutas.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Tais resultados reforçam a importância de ações
intersetoriais, diagnósticas, educativas, e de apoio e acolhimento na prevenção dos transtornos mentais

111
durante a pandemia pela COVID-19 sendo a Atenção Primária à Saúde primordial nesse cuidado seja
em âmbito individual e/ou coletivo.

Palavras-chave: Saúde Mental, COVID-19, Atenção

Primária à Saúde.

REFERÊNCIAS:

NABUCO, G; OLIVEIRA, M.H.P. P; AFONSO, M.P.D. O impacto da pandemia pela COVID-19 na


saúde mental: qual é o papel da Atenção Primária a Saúde? Revista Brasileira de Medicina de Família
e Comunidade. v. 15, n. 42, p.25-32, 2020.

SILVA, E.P.R. O et al. Fatores de risco e prevenção do suicídio na Atenção Primária a Saúde em tempos
de pandemia por COVID-19: revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira de Medicina de
Família e comunidade. v. 17, n. 44, p. 31-64, 2021.

FERNANDEZ, M.C. Repercusiones de la pandemia de la COVID-19 en la salud mental de la poblácion


general. Reflexiones y propuestas. ELSEVIER Atenção Primária. v. 53, n. 10, p. 21-43, 2021.

TURELLO, A.L.C. Impacto da covid-19 sobre questão de gênero, redes sociais de apoio a saúde mental:
reflexões e propostas. Revista de psicologia. n. 27, p. 189-208, 2022.

DUARTE, M.Q. et al. COVID-19 e os impactos na saúde mental: uma amostra do Rio Grande do Sul,
Brasil. Ciências & Saúde Coletiva. v. 25, n. 9, p 3401-3411, 2020.

112
HORDÉOLO: UMA AVALIAÇÃO DESCRITIVA DOS TRATAMENTOS
CLÍNICOS

¹ Beatriz Modesto Silva Magalhães


¹ Lara Gabrielle Franca Santana

¹ Marcelli Anália Dâmaso Lisbôa Costa

¹ Jaim Simões de Oliveira

¹Centro Universitário Tiradentes (UNIT). Maceió, Alagoas, Brasil.

Eixo temático: Oftalmologia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: beatriz.modesto@souunit.com.br

INTRODUÇÃO: O hordéolo se trata de um edema localizado agudo, de início súbito da pálpebra, sendo
considerado um dos tumores inflamatórios palpebral mais frequente. Pode se manifestar de forma interna
ou externa, sendo mais frequente os hordéolos externos, causados por uma infecção bacteriana por
Staphylococcus aureus. Além disso, podem acometer pessoas de todas as idades, porém, são mais
frequentes nas crianças e em adolescentes, devido a alterações hormonais. Assim, há diversas formas de
tratamento, desde cuidados básicos de higiene a necessidade cirúrgica. OBJETIVO: Relacionar os
possíveis tratamentos para os casos de hordéolo e sua eficácia no quadro clínico. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão sistemática integrativa realizada nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual
em Saúde, até 22 de agosto de 2022, que utilizou o descritor “hordeolum”. Foram encontrados 391
trabalhos, dos quais 5 artigos foram selecionados conforme critérios metodológicos, incluindo resultados
em português, inglês e espanhol, que avaliavam os tratamentos do hordéolo e a redução de seus sintomas,
e excluindo trabalhos que não abordavam o hordéolo como foco e que não indicavam os impactos do
tratamento no quadro clínico. RESULTADOS: A maioria dos hordéolos é caracterizada por dor, inchaço
e vermelhidão na área afetada, sensibilidade à luz, prurido, lacrimejamento, desconforto ao piscar, pela
afecção ao folículo ciliar e às glândulas sebáceas e sudoríparas, localizadas nas pálpebras. Para tanto,
cuidados iniciais devem ser feitos em casa, com a limpeza da região e compressas de água quente, ou em
casos mais avançados lenços umedecidos com ácido hipocloroso. No entanto, há situações mais graves,
em que é indicado o uso de antibioticoterapia, apesar de ter limitações associadas a resistência bacteriana,
além de terapias mais invasivas como a aplicação de anestesia local, via transconjuntiva, para fazer a
drenagem do hordéolo. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Sendo assim, apesar de não
existirem evidências de tratamentos eficazes para o hordéolo, é possível concluir que o quadro clínico,
quando devidamente acompanhado, pode ter redução de sintomas e complicações, por meio de limpeza
da região, e, em alguns casos, de intervenções com antibióticos orais, incisão e drenagem. Ademais,
notou-se que os antibióticos tópicos são geralmente ineficazes e que as lesões, na maioria das vezes,
resolvem-se espontaneamente com o tempo.

Palavras-chave: Hordéolo; Tratamento; Oftalmologia.

REFERÊNCIAS:

ALSOUDI, A. F. et al. “Efficacy of Care and Antibiotic Use for Chalazia and Hordeola.” Eye & contact
lens, vol. 48, p.162-168859, 2022. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35296627/. Acesso em:
22 de ago. 2022

113
LINDSLEY, K., NICHOLS, J. J., & DICKERSIN, K. Non-surgical interventions for acute internal
hordeolum. The Cochrane database of systematic reviews, vol.1, n.1, CD007742, 2017. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5370090/. Acesso em: 22 de ago. 2022.

LOTH, C., et al. Precisely Defined Aptamer-b-Poly(phosphodiester) Conjugates Prepared by


Phosphoramidite Polymer Chemistry. Ophthalmologe. v. 119. E. 1. p. 97 - 108. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34379160/. Acesso em: 22 de ago. 2022.

MURTAZA, F. et al. “Safety and Efficacy of BroadBand Intense Pulsed Light Therapy for Dry Eye Disease
with Meibomian Gland Dysfunction.” Clinical ophthalmology , vol. 15 3983-3991, 2021.Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8495232/ . Acesso em: 22 de ago. 2022.

YANG, S. et al. “The Microbiome of Meibomian Gland Secretions from Patients with Internal Hordeolum
Treated with Hypochlorous Acid Eyelid Wipes. Disease markers ,vol. 7550090, 2022.Disponível em :
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8894068/ . Acesso em: 22 de ago. 2022.

114
DOI 10.29327/5208636.2-4

O EMPODERAMENTO DA ENFERMAGEM NA ORIENTAÇÃO DE


CUIDADORES DE IDOSO COM DOENÇA DE ALZHEIMER

THE EMPOWERMENT OF NURSING IN THE GUIDANCE OF CAREGIVERS


OF ELDERLY PEOPLE WITH ALZHEIMER'S DISEASE

JOCILENE DA SILVA PAIVA


Enfermeira. Mestranda em Enfermagem.
SADI ANTONIO PEZZI JUNIOR
Graduando em Enfermagem.
ANA MARÍLIA ANCELMO OLIVEIRA LIMA
Graduanda em Enfermagem.
DULCE HELENA DE SOUSA
Enfermeira. Especialista em Centro de Terapia Intensiva.
TEREZINHA ALMEIDA QUEIROZ
Enfermeira. Doutora em Cuidados Clínicos em Saúde.
DAYANE PEREIRA DA SILVA
Enfermeira.
ANA CAROLINE MORAIS PAIVA
Graduanda em Enfermagem.
EDMARA CHAVES COSTA
Médica Veterinária. Pós-Doutora em Ciências Agrárias.

Resumo
Objetivo: Explorar e descrever quanto a importância do empoderamento do profissional de enfermagem
acerca da orientação de cuidadores de pessoas idosas que sofrem com a doença de Alzheimer.
Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada de Setembro de 2022 a Dezembro de 2022
com abordagem qualitativa de caráter descritivo e exploratório. Resultados e Discussão: A necessidade de
entendimento da doença de Alzheimer é uma constante presente na maioria dos casos. Nesses casos, o
diagnóstico tardio leva a um prognóstico desfavorável ao paciente e aos familiares. A enfermagem por sua
natureza doutrinária, traz como objetivo de suas atuações as necessidades do paciente, dos familiares e da
comunidade. Processos de orientações orientada por método de problematização, que permitem a discussão
entre cuidadores e profissionais. O empoderamento dos profissionais tem importância relevante, sendo estes
a fonte de recursos necessário desse entendimento integral para os cuidadores e familiares. Considerações
finais: A enfermagem é a ciência e a arte que tem como centro e objeto de sua existência o cuidado com os
pacientes, com a família e a comunidade. Orientar os cuidadores e familiares de idosos com essa doença,
na busca de permitir aos idosos e aos familiares um envelhecimento com maior qualidade de vida.

Palavras-chave: Informação; Cuidadores; Doença de Alzheimer.

ABSTRACT

Objective: To explore and describe the importance of empowering nursing professionals regarding the
guidance of caregivers of elderly people suffering from Alzheimer's disease. Methodology: This is a
bibliographical research carried out from September 2022 to December 2022 with a qualitative approach
of a descriptive and exploratory nature. Results and Discussion: The need to understand Alzheimer's
disease is a constant present in most cases. In these cases, late diagnosis leads to an unfavorable prognosis
for the patient and family members. Nursing, due to its doctrinal nature, aims to meet the needs of patients,
family members and the community. Guidance processes guided by the problematization method, which
allow for discussion between caregivers and professionals. The empowerment of professionals is of great
importance, as they are the necessary source of resources for this comprehensive understanding for
caregivers and family members. Final considerations: Nursing is science and art that has as its center and

115
object of existence the care of patients, family and community. Guiding caregivers and family members of
elderly people with this disease, seeking to allow elderly people and their families to age with a better
quality of life.

Keywords: Information; Caregivers; Alzheimer's disease.

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo fisiológico, próprio dos organismos vivos, caracterizado pelo


acometimento das funções orgânicas, e dos sistemas que formam o ser vivo. Esse processo traz consigo
complicações de saúde e adoecimento característico da faixa etária mais avançada (FREITAS, 2017).
Muitas são as alterações biológicas que surgem durante o processo de envelhecer: redução da
massa muscular e óssea, alterações estruturais a nível celular, expressos por marcadores específicos da
função genética de síntese proteica, um mecanismo importante para a manutenção vital das células e tecidos
(FREITAS, 2017).
Doenças cerebrovasculares e neurodegenerativas estão entre as mais comuns causas de
adoecimento e perda da qualidade de vida da pessoa idosa. Hábitos de vida, qualidade da alimentação, e
manutenção de atividades sociais estão entre os aspectos mais importantes para prevenção do aparecimento
de doenças como acidente vascular encefálico, aneurismas, isquemia e mal de Parkinson (BRAGA, et al,
2022).
Entre os idosos, as mortes causadas por doenças cardíacas foram as mais comuns no ano de 2016.
Entre as causas mais comuns encontram-se: infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, arritmias,
e embolia pulmonar (BRAGA, et al, 2022). Em 2019, em virtude da pandemia de Covid-19, a síndrome
respiratória aguda grave se apresentou como a maior causa morte em pacientes idosos.
Apesar dos avanços tecnológicos e científicos que permitem a expectativa de vida muito além das
observadas há décadas atrás, o movimento científico não permitiu ainda a cura de muitas patologias, uma
delas muito presente no processo de envelhecimento humano: o mal de Alzheimer, uma doença sem cura e
que possui como tratamento o controle de suas manifestações clínicas mais importante: o déficit de
memória. O mal de Alzheimer ou doença de Alzheimer é uma forma de demência neurodegenerativa que
acomete, na maior parte dos casos, idosos (SALES, et al, 2019).
Tem causa desconhecida, no entanto a hipótese mais evidente está relacionada à causa genética,
uma vez que a doença se instala a partir do acúmulo de porções de proteínas que tiveram seu processo de
síntese prejudicado ou alterado, levando a erros de clivagem (cortes), ficando esses pedaços de proteínas
acumuladas dentro dos neurônios, e em suas sinapses (VARELLA, 2011).
Anatomicamente, essas proteínas tóxicas acumulam-se em maiores quantidades em neurônios do
hipocampo, região do cérebro responsável pela memória recente, o que leva o paciente portador desta
doença a apresentar como sintoma característico a perda da memória recente. Seguido desse importante
sintoma, tem-se ainda repetição de fala, dificuldade de elaborar raciocínio lógico, dificuldade de
comunicação, incapacidade psicomotora, e déficit cognitivo (VARELLA, 2011).
A doença de Alzheimer afeta aproximadamente 10% dos indivíduos com idade superior a 65 anos.
Em faixa etária mais avançada a incidência aumenta consideravelmente. Em indivíduos acima de 80 anos,

116
a incidência sobe para 40%. Estima-se que até 2050, em torno de 25% da população mundial será idoso, o
que aumentará a prevalência da doença (NICOLETTI, et al, 2021).
Nesse contexto, fica evidente a necessidade de profissionais de saúde para essa demanda de
cuidado com paciente idoso, uma realidade já existente em nosso cotidiano de saúde. A enfermagem, por
sua natureza de cuidar, e atender as necessidades individual e familiar, tem papel importante e estratégico
na atenção aos idosos portadores dessa comorbidade (BRAGA, et al, 2022).
Os cuidados de enfermagem dispensados ao idoso acometido pela Doença de Alzheimer são
essenciais para melhorar seu estado de saúde, promovendo, dessa forma, uma melhor qualidade de vida e
autonomia, aumentando sua sobrevida e o fortalecimento do seu convívio familiar e social (BRAGA, et al,
2022).
A busca por conhecimento é uma necessidade constante, desde que nossa civilização passou a
interagir de forma efetiva no meio em que vive, buscando assim entender e melhorar as condições de vida,
atuando no ambiente. Nesse contexto, a enfermagem como ciência responsável pelo cuidado, torna-se uma
área de conhecimento indispensável no entendimento e no empoderamento do cuidado com pacientes
portadores de Alzheimer.
Entenda-se como empoderamento, a busca por conhecimento e habilidades, apoderando-se desses
para a prática profissional. Esse empoderamento permitirá aos profissionais de enfermagem a ampliação do
entendimento das doenças, e o melhor relacionamento entre os pacientes, seus familiares e cuidadores.
O objetivo do estudo é descrever a atuação de enfermagem na orientação aos cuidadores de idoso
com Alzheimer, e evidenciar os achados relacionados à atuação da enfermagem na orientação dos
cuidadores.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa de caráter descritivo e


exploratório.
A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de
pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de
categorias teóricos já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se
fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos
estudos analíticos constantes dos textos (SEVERINO, 2017).
Foram pesquisados em sites de busca de conteúdo acadêmico: google acadêmico e scielo, artigos
relacionados ao tema com os seguintes descritores: orientações, cuidadores de idosos, Alzheimer e
enfermagem. Buscou-se por artigos publicados no período de 2009 a 2022, utilizando-se como critério de
inclusão publicação em revistas de importante relevância da área de saúde, e que contivesse achados
importantes relacionados ao tema, como estratégias e experiências relacionadas à temática.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

117
A necessidade de entendimento da doença de Alzheimer é uma constante presente na maioria dos
casos. Os familiares e cuidadores, sabem muito pouco da doença, em alguns casos confundem com e
associam o quadro patológico ao processo fisiológico do envelhecimento (GIRONDI et al, 2021).
Nesses casos, o diagnóstico tardio leva a um prognóstico desfavorável ao paciente e aos familiares.
Em muitos casos isso se dá pela busca tardia dos serviços de saúde, quando então o idoso é diagnosticado
com doença de Alzheimer (GIRONDI et al, 2021).
A enfermagem por sua natureza doutrinária, traz como objetivo de suas atuações as necessidades
do paciente, dos familiares e da comunidade como componente coletivo que se relaciona diretamente com
os condicionantes e determinantes de saúde (GIRONDI et al, 2021).
Desse modo, essa área de conhecimento profissional e científico está diretamente comprometida
com os cuidados do pacientes idosos, que por suas características biológicas estão vulneráveis às diversas
patologias típicas das faixas etárias mais avançadas, e que são por si o maior público eletivo a internamentos
e a necessidades de cuidados domiciliares específicos, uma vez que suas atividades de vida diária são causas
básicas de suas primeiras necessidades que demandam atenção de profissionais de saúde, familiares e
cuidadores (GIRONDI et al, 2021).
Em determinadas patologias que acometem o indivíduo idoso suas atividades de vida diária são
progressivamente acentuadas, o que traz como consequência necessidades cada vez mais presentes o que
leva os paciente e familiares a conflitos decorrentes da ausência de conhecimentos de como proceder em
cada uma dessas necessidades apresentadas (BURLÁ, et al, 2014).
A doença de Alzheimer é uma das patologias que têm maior incidência nesses indivíduos e que
demandam necessidades e cuidados importantes. A capacidade de autodeterminação, tão valorizada na
sociedade contemporânea, acomete os pacientes com essa patologia, colocando naqueles que cuidam a
responsabilidade, de exercer esse inalienável direito de autonomia em prol desses pacientes (BURLÁ, et al,
2014).
No entanto promover a autonomia e atender as necessidades desse paciente requer o embasamento
de conhecimento buscando ao máximo preservar sua individualidade e, assim, fazendo do cuidado a obra
e a arte humana de prosseguir na construção do outro como forma de promover felicidade de viver com
dignidade e não apenas sobreviver por meio do combater a doença, a dor, o sofrimento e vencer a própria
morte (BURLÁ, et al, 2014). .
A equipe de enfermagem fundamental no desenvolvimento de uma assistência de qualidade tem o
papel fundamental na orientação e cuidados de enfermagem ao paciente e sua família, desde o diagnóstico,
acompanhando a progressividade da doença, na identificação de novas necessidades apresentadas
(BRAGA, et al, 2022).
Para isso é importante possuir conhecimentos, habilidades, técnicas e humanização para o manejo
dos casos, que podem ser otimizados por meio do empoderamento desse conhecimento, buscando aplicá-
lo em sua prática profissional, otimizando-o para alcançar uma qualidade de vida melhor aos pacientes e
familiares (BRAGA, et al, 2022).
Estudos revelam que os cuidadores não possuem uma visão completa do processo de
envelhecimento de modo geral, bem como tem uma compreensão reduzida do processo da demência. Há
uma necessidade de orientação ou outras estratégias que possam promover o entendimento do processo do

118
envelhecimento, do prognóstico e das características da doença de Alzheimer e como esta pode trazer aos
idosos novas necessidades. Nesse processo, a enfermagem tem atuação fundamental (SANTANA, et al,
2009).
Processos de orientações orientada por método de problematização, que permitem a discussão
entre cuidadores e profissionais, tendo como objetivo o ensino-cuidado, proporciona uma valorização do
sujeito cuidador, em relação às suas dúvidas, motivando-o a participar de grupos e promover a qualidade
de vida de seus idosos (SANTANA, et al, 2009).
O processo de ensino-cuidado através da discussão de casos, temas, e dúvidas relacionada à doença
de Alzheimer, permite assim aos cuidadores e familiares uma maior gama de conhecimento que podem ser
aplicados para melhorar a qualidade de vida dos idosos com essa patologia, assim como melhor entender
seu prognóstico, suas necessidades, permitindo um relacionamento mais saudável em seu ambiente
doméstico (PESTANA, et al, 2009).
De posse do conhecimento técnico, os profissionais de enfermagem atuam de forma ativa nesse
processo de orientação, permitindo aos cuidadores, familiares a tornarem-se sujeitos importantes e inseridos
em todo o processo de terapêutico que pode permitir maior longevidade e retardo das necessidades, levando
o idoso paciente a uma condição de melhor convivência com essa patologia que ainda não tem cura
definitiva (PESTANA, et al, 2009).
A enfermagem como gerente do cuidado, ao conhecer o nível das fases do processo saúde doença,
permite aos profissionais de enfermagem a planejar e executar diversas atividades para o cuidado com o
idoso, paciente e a família, e para o suporte necessário, por meio do comportamento do idoso com essa
doença de Alzheimer (BRAGA, et al, 2022).
As reações que o cuidador terá diante desses comportamentos e o grau intensidade das fases da
doença, influenciam na criação estratégias de manejo do cuidador para com o paciente, promovendo ações,
educação em saúde, e em unidade com o cuidador, além de buscar práticas que desenvolvam o diálogo,
confiança e, assim, melhore o que se enquadre diante da realidade de cada um (BRAGA, et al, 2022).
Atuar no esclarecimento junto à família sobre os processos da doença de Alzheimer e seus
respectivos sintomas e reconhecimento e gerenciamento precoce de sintomas em idosos para que a família
e os cuidadores possam se sentir mais seguros no cuidado com esses idosos, é estratégia fundamental da
enfermagem no processo de atenção aos cuidadores (FERNANDES, 2018).
Dessa forma, permite-se assim a elaboração de formas de cuidado eficientes, que trazem benefícios
para a família e para o idoso, proporcionam modos de evitar depressão e estresse tanto por parte dos idosos
como por parte dos cuidadores e são formas não farmacológicas de tratar a doença e minimizar os efeitos
agressivos desta patologia, para que a família se sinta segura do cuidado e o idoso possa ser tratado da
melhor forma possível por aqueles que lhe são amados (FERNANDES, 2018).
Fica evidente após as análises realizadas dos estudos, que o empoderamento dos profissionais de
enfermagem na orientação aos cuidadores de idosos com doença de Alzheimer, traz benefícios diversos ao
paciente, aos familiares, e aos cuidadores, uma que estes agentes envolvidos no processo saúde doença
decorrentes do envelhecimento, necessitam de conhecimento e esclarecimentos relacionados ao

119
prognósticos desses pacientes, desde o diagnóstico ao estado avançado da doença de Alzheimer
(FERNANDES, 2018).
Conhecer o processo de envelhecimento, suas características se faz necessário a fim de se
diferenciar as alterações fisiológicas das patologias, para que se possa ser direcionado o cuidado e as ações
de atenção às necessidades dos pacientes idosos (BERNARDO, et al, 2018).
Nesse processo o empoderamento dos profissionais tem importância relevante, sendo estes a fonte
de recursos necessário desse entendimento integral para os cuidadores e familiares (BERNARDO, et al,
2018). Dessa forma, torna-se necessário, com tudo, ouvir os idosos em sua perspectiva de envelhecer, como
forma de prevenção ao surgimento de doenças do envelhecimento (BERNARDO, et al, 2018).
Cada idoso é protagonista se sua própria história de envelhecimento, e ao procurar conhecer a
história do envelhecimento, é possível identificarmos as transformações vivenciadas dentro dos processos
singulares do envelhecimento (BARROSO, 2021).
À medida que acessamos as subjetividades do idoso, suas expectativas, seus desejos, suas paixões,
além de nos ocuparmos de contexto social histórico, também nos ocupamos do passado, de modo que
podemos repensar experiências e identidades ratificadas por sistemas de representações que afirmam outras
identidades possíveis àquele que envelhece (BARROSO, 2021).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A enfermagem é a ciência e a arte que tem como centro e objeto de sua existência o cuidado com
os pacientes, com a família e a comunidade. Em um contexto atual no qual a população idosa tende a
aumentar mundialmente, diversas patologias decorrentes do envelhecimento aparecem com maior
incidência e demanda dos profissionais de enfermagem o conhecimento necessário para atender às
necessidades dos agentes envolvidos no cuidado desses idosos.
A doença de Alzheimer aparece como uma das mais incidentes e de maior limitação da autonomia
da pessoa idosa por ela acometida. Assim é de fundamental importância e de extrema necessidade que esses
profissionais busquem o empoderamento dos conhecimentos sobre as doenças a fim de poder garantir a
promoção do cuidado através da propagação desse conhecimento.
Orientar os cuidadores e familiares de idosos com essa doença, na busca de permitir aos idosos e
aos familiares um envelhecimento com maior qualidade de vida, melhores relacionamentos no convívio
intrafamiliar, identificando e inserindo o idoso no contexto do seu próprio processo de envelhecimento é
uma função de extrema importância, ao qual o enfermeiro tende a desenvolver rotineiramente.
Pode-se assim concluir com este trabalho que o empoderamento dos profissionais na orientação
aos cuidadores de idosos com doença de Alzheimer é uma estratégia que permite melhor qualidade de vida
ao idoso portador dessa doença, por meio de melhor entendimento da família e dos cuidadores em relação
ao processo de envelhecimento e ao prognóstico da doença de Alzheimer, promovendo assim o
entendimento e ao atendimento às necessidade que os pacientes idosos podem apresentar à medida que a
doença progride no organismo.

120
Busca-se com este, contribuir para que os profissionais, estudantes, e pesquisadores de
enfermagem possam tomar conhecimento da necessidade do empoderamento dos profissionais na
orientação dos cuidadores de idosos com Alzheimer, para que estes pacientes e suem familiares possam
melhor gerir suas necessidades, seus relacionamentos, promovendo melhor qualidade de vida aos
envolvidos nesse processo.

REFERÊNCIAS

BARROSO, E. P. Reflexões sobre a velhice: identidades possíveis no processo de envelhecimento na


contemporaneidade. Revista História Oral, v. 24, n. 1, p. 9-27, jan./jun. 2021.
BERNARDO, L. D. Idosos com doença de Alzheimer: uma revisão sistemática sobre a intervenção da
Terapia Ocupacional nas alterações em habilidades de desempenho. Caderno Brasileiro de Terapia
Ocupacional, São Carlos, v. 26, n. 4, p. 926-942, 2018.
BEZERRA, A.K. S; BEZERRA, E. K. S; N, E. C; ALMEIDA, J. P.S; RAMOS, L. S; MARTINS, M.C. V.
O idoso portador de Alzheimer e o cuidador familiar: contribuições da teoria de alcance de metas de
Imogene King Research, Society and Development, v. 11, n. 3, e1611326083, 2022.
BRAGA, T. R. O; SILVA, M. L; ROLIM, B. A; SOUZA, K.C; RODRIGUES, S.C; FEITOSA, A.N. A. A
importância dos cuidados de enfermagem aos pacientes portadores de Alzheimer. Research, Society and
Development, v. 11, n. 3, e36011326625, 2022.
BURLÁ, C; PESSINI, L; SIQUEIRA, J. E; NUNES, R. Envelhecimento e doença de Alzheimer: reflexões
sobre autonomia e o desafio do cuidado Revista bioética (Impr.). 2014; 22 (1): 85-93
FERNANDES, L.M. L; BEZERRA, M.M; MEDEIROS, F.A. L Atuação da enfermagem junto à cuidadores
de idosos com Alzheimer: uma revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira de enfermagem. 2018
FREITAS, E. V. Tratado de geriatria e gerontologia/Elizabete Viana de Freitas, Ligia Py. – 4. Ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
GIRONDI, J. B. R; Escandiel, J; THOLL, D. A; ALMEIDA, K. S. H; SEBOLD, L. B; Silva, B. H.
Sistematização da Assistência de Enfermagem para pessoas com deficiência intelectual em processo de
envelhecimento: revisão integrativa. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.6, p. 54639-
54652 jun. 2021.
NICOLETTI, G. M. S; Souza, G. S. Perfil epidemiológico dos números de casos de Alzheimer:
caracterização do processo evolutivo e fatores de risco. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4,
n.2, p. 8185-8197 mar./apr. 2021
PESTANA, L. CARDOSO; C. P. C. Cuidados de enfermagem ao idoso com Demência que apresenta
sintomas comportamentais. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília 2009 jul-ago; 62(4): 583-7.
SALES, J. N. F: SANTOS, K. M. A. O; MIRANDA, R.N. C; SALVA, M.A. S; BATISTA, E.S; et al. A
enfermagem no cuidado com o idoso portador de Alzheimer. Revista Eletrônica Acervo Saúde,
Electronic Journal Collection Health. 2019.
SANTANA, F. R; ALMEIDA, K.S; SAVOLDI, N.M. Indicativos de aplicabilidade das orientações de
enfermagem no cotidiano de cuidadores de portadores de Alzheimer. Revista escola de enfermagem usp
2009; 43(2):459-64
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico [livro eletrônico] Antônio Joaquim Severino. – 2.
ed. – São Paulo: Editora Cortez, 2017 4,4 Mb; ePub.
VARELLA, D. Doença de Alzheimer, Biblioteca virtual em Saúde, Ministério da Saúde, https://bvsms.
saude.gov.br/doenca-de-alzheimer-3/2011.

121
A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NO PERÍODO GESTACIONAL:
UMA REVISÃO LITERÁRIA

¹João Pedro Cuzzullin


¹Andréa Carmen Guimarães
1Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). São João del Rei, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: jpcuzzullin@gmail.com

1 INTRODUÇÃO

A gravidez, referida como um momento sui generis em suas abrangências físicas e psicológicas,
proporciona alterações no organismo materno voltadas ao crescimento embrionário, englobando adaptações
fisiológicas, mudanças hormonais e desenvolvimento uterino. Atrela-se a tal fato o exercício físico, que,
durante a gestação, apresenta um efeito protetor contra parto prematuro, reduz edemas em gestantes e
diminui o risco de desenvolvimento de diabetes gestacional. Contudo, a persistência de dúvidas e receios
não fundamentados sobre a qualidade de vida das gestantes revela a disparidade entre os avanços clínicos
relacionados à saúde da mulher e a desinformação por parte da população.

2 OBJETIVO

O presente estudo objetiva desconstruir a percepção distorcida de que a prática de atividades física
deve ser evitada por mulheres grávidas, e elucidar a relevância que categorizações acerca dos cuidados
físicos exercem na vida das mulheres em período de gravidez. Para tanto, utilizou-se a fundamentação dos
conceitos que abrangem a atividade física na fase gestacional. As observações expostas almejam o
estabelecimento de um diagnóstico adequado ao direcionamento terapêutico e ingerências sociais
satisfatórias no tocante aos benefícios que o treinamento físico proporciona à gestante.

3 METODOLOGIA

Realizou-se uma revisão literária nas bases de dados Scielo e Capes, com os termos-chave:
“exercícios físicos”, “gestantes”, "pregnancy exercises” e “benefits of physical exercises for pregnant
women”. Foram selecionados quatro artigos e um estudo, publicados entre 2012 e 2018, nos idiomas inglês
e português. Descartaram-se publicações pouco relacionadas ao tema ou que destoavam das palavras-chave
propostas.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

122
O exercício físico, caracterizado como atividade física sistematizada, visa a melhoria da saúde e a
manutenção da aptidão física. O exercício físico as gestantes deve ser planejado consoante ao período da
gestação, e quando realizado de forma orientada e planejada por um profissional da área da saúde,
juntamente com o acompanhamento médico, proporciona a manutenção tanto da aptidão física quanto da
saúde da gestante, bem como a diminuição dos sintomas gravídicos. A prática graduada de exercícios de
intensidades leve à moderada, pela gestante, por 30 minutos ao dia, pode prevenir o risco de diabetes
gestacional, além de não ser prejudicial para o feto e/ou recém-nascido. Soma-se a tais benefícios a redução
da incidência de sintomas indesejáveis durante a gravidez, como edema, cãibras e fadiga. Além disso, a
atividade física moderada, na gravidez, contribui na redução do ganho de peso, melhora da capacidade
funcional e diminuição da intensidade da dor lombossacral. Em termos fisiológicos, tal atividade
proporciona maior oxigenação à gestante e, devido ao mecanismo compensatório de redistribuição do fluxo
sanguíneo, o feto terá um suporte adequado de sangue e oxigênio.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

À luz do contingente populacional de gestantes no Brasil, além dos fatores de risco fisiológicos e
psicológicos presentes nessa população, é fundamental que se realizem pesquisas aprofundadas sobre a
relevância do exercício físico moderado para mulheres grávidas, haja vista a importância da estabilidade da
saúde da mulher durante a gravidez. Assim, é presumível que, futuramente, tanto a mentalidade sobre as
atividades quanto a prática das mesmas estarão amplamente fecundadas nos indivíduos.

Palavras-chave: Gestação; atividade física; saúde da mulher.

REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, S. L. DO; et al. Recomendações para a prática de exercício físico na gravidez: uma revisão
crítica da literatura. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 36, n. Rev. Bras. Ginecol. Obstet.,
2014 36(9), set. 2014.
NOGUEIRA, L. F.; DOS SANTOS, F. P.. Benefícios do exercício físico para gestantes nos aspectos
fisiológicos e funcionais. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa, [S.l.], v. 28, n. 54,
p. 11-20, jul. 2018.
LIMA, J. M.; BISPO, W.; CORDEIRO, A. L.. Influência da atividade física sobre a qualidade de vida de
gestantes: um estudo transversal. Revista Pesquisa em Fisioterapia, [S. l.], v. 6, n. 4, 2016.
SILVEIRA, L. C. DA .; SEGRE, C. A. DE M.. Physical exercise during pregnancy and its influence in the
type of birth. einstein (São Paulo), v. 10, n. einstein (São Paulo), 2012 10(4), out. 2012.
SOARES, D. S. C.; SOARES, J.J.; GRAUP, S.; STREB, A.R.. Atividade física na gestação: uma revisão
integrativa. R. Perspect. Ci. e Saúde, 2017;2(2). p. 71-84.

123
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES
DIABÉTICOS SUBMETIDOS A CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO
MIOCÁRDIO.

¹Milene Silva Santos


¹Janaína Pinheiro dos Santos

¹Amanda Ferreira dos Santos


¹Larissa Neves Santana

¹Michèle Correia Malaquias


¹Juliane Pereira Dos Santos
²Mirthis Sento Sé Pimentel Magalhães

²Simone Souza Santos


¹Centro universitário Jorge Amado (UNIJORGE). Salvador, Bahia, Brasil; ²Centro Universitário Jorge
Amado (UNIJORGE), Professora do Curso de Bacharelado em Enfermagem. Salvador, Bahia, Brasil

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: Milene_14@Outlook.com


INTRODUÇÃO: O diabete melito (DM) é uma doença endócrino-metabólica de etiologia heterogênea,
que envolve fatores genéticos, biológicos e ambientais, é uma patologia causada pela produção insuficiente
ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose. Caso a glicose apresente o valor a partir de 300
mg/dL, considerado muito acima do padrão (70 a 99 mg dL), o organismo entra em cetoacidose diabética,
induzindo alterações celulares como a oxidação do Lipoproteína de baixa densidade (LDL), que promovem
a formação da aterosclerose que contribui para o surgimento de Doenças Arteriais Coronarianas (DAC),
como, por exemplo, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), sendo uma complicação que exige a
revascularização do miocárdio para existir melhora do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco.
OBJETIVO: Descrever os diagnósticos de enfermagem aplicados no pós-operatório de pacientes
diabéticos submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa de revisão integrativa de literatura, sendo utilizado como critérios de inclusão artigos completos,
publicados em português nos últimos 10 anos, disponíveis na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde.
RESULTADOS: Foram escolhidos 2 artigos publicados, de acordo com os critérios estabelecidos. Como
principais diagnósticos de enfermagem foram identificados: conforto prejudicado relacionado ao pós-
operatório evidenciado pelo medo de morrer, risco de tromboembolismo venoso evidenciado pela
imobilidade cirúrgica e idade acima de 60 anos, risco de lesão por pressão evidenciado pela pele ressecada
e posicionamento perioperatório. Como intervenções de enfermagem, pode-se citar: conversar com o
paciente para acalmá-lo; aplicar musicoterapia; trabalhar com massagens terapêuticas; assisti-lo com bom
humor. Orientar o paciente para hidratação; aplicar o uso de meias de compressão; colocar o paciente em
posição Trendelemburg para diminuir a pressão hidrostática; acompanhar os níveis de plaquetas do sangue;
observar se há cianose; observar se há queda de saturação de oxigênio; monitorar os sinais vitais; atentar-
se para a dieta do paciente; orientar para movimentação dos membros inferiores; orientar para hidratação
da pele; mudança de decúbito. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A enfermagem tem um papel fundamental
quanto à assistência do paciente diabético no perioperatório, pois é necessário se atentar a todos os
parâmetros estabelecidos para se suceder uma cirurgia segura. Ademais, isto requer do enfermeiro
competências técnico científica e uma visão holística para definir os diagnósticos de enfermagem e,
posteriormente, determinar cada intervenção necessária para proporcionar melhor conforto ao paciente em
sua reabilitação.

124
Palavras-chave: Enfermagem, Cuidados de Enfermagem, Revascularização do Miocárdio
REFERÊNCIAS:

HORTA, V. A. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU, 1979. Acesso em: 15 out. 2022.

NANDA, North American Nursing Diagnosis Association International. Diagnósticos de enfermagem


da NANDA: definições e classificação 2009 - 2011. Porto Alegre (RS): Artmed; 2010. Acesso em: 15 out.
2022.

PROTOCOLO, Clínico e Diretrizes Terapêuticas compreende o conteúdo da Portaria Conjunta


SAES/SCTIE nº dia 17, de 12 de novembro de 2019. Modo de acesso: World Wide Web:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_terapeuticas_diabete_melito.pdf.Acesso em:
15 out. 2022.

125
DOI 10.29327/5208636.2-5

REFLEXÃO SOBRE O USO ABUSIVO DE ANABOLIZANTES: UMA


ABORDAGEM NA PERSPECTIVA DE REDUÇÃO DE DANOS

REFLECTION ABOUT ABUSIVE USE OF ANABOLIC AGENTS:AN


APPROUCH FROM THE PERSPECTIVE OF HARM REDUCTION

WILLIAM DIAS RIBEIRO


Licenciatura em Química, Instituto de Química (IQ), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

ANNA CAROLINE S. GAMA LEMGRUBER


Mestranda em Ensino de Química, Programa de Pós-graduação em Ensino de Química (PEQui), Instituto
de Química (IQ), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

LARISSA RANGEL MIRANDA


Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Química, Instituto de Química (IQ),
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

PRISCILA TAMIASSO-MARTINHON
Instituto de Química (IQ) e Docente do Programa de Pós-graduação em História das Ciências e das
Técnicas e Epistemologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

CÉLIA REGINA SOUSA DA SILVA


Instituto de Química (IQ), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Resumo

A utilização de produtos químicos pelos jovens continua sendo um problema em todo mundo. O sistema de
ensino brasileiro utiliza normas e parâmetros para levar temas sociais importantes para o ambiente escolar,
alterando sua forma de abordagem ao longo dos anos. A partir das novas orientações da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) sobre o uso abusivo de substâncias químicas, foi investigado o padrãoesperado
para tratar o tema em ambiente escolar. Levando em consideração que nas últimas décadas o corpo tornou-se
alvo de uma atenção redobrada, influenciado pela sociedade de consumo que eleva a importância da
aparência corporal, o uso abusivo de esteroides anabolizantes tem sido crescente e gera preocupação,
principalmente com jovens, sendo necessária uma atenção especial para prevenção do uso destas
substâncias. A política de Redução de Danos, se apresenta como um possível caminho pedagógico para
trabalhar a temática educação sobre drogas e mais especificamente os anabolizantes. Nesse caminho, foram
avaliados trabalhos que utilizam essa abordagem e sinalizam um caminho promissor para levar temas
sensíveis da sociedade para a escola e que contribuam com o ensino, utilizando a educação popular como
forma de oportunizar a troca de saberes cotidianos e dialogar com os saberes científicos.

126
Palavras-chave: Educação sobre drogas 1; Anabolizantes 2; Redução de danos 3; Educação popular 4.

ABSTRACT

The use of chemicals products by young people remains a worldwide problem. The Brazilian education
system uses norms and parameters to bring important social issues to the school environment, changing the
approach over the years. Based on the new guidelines of the National Common Curricular Base (BNCC)
on the abusive use of chemical substances, the expected standard for work on the topic in the classroom
was investigated. Considering that recently the body has become the target of increased attention,
influenced by the consumer society that raises the importance of body appearance, the abusive use of
anabolic steroids has been increasing and generates concern, especially with young people, being necessary
special attention to prevent the use of these substances. The Harm Reduction policy can be a possible
pedagogical path to work on the theme of drug education and more specifically anabolic steroids. In this
way, based on popular education to provide opportunities for the exchange of everyday knowledge and
dialogue with the scientific knowledge, references that use this approach were evaluated and indicate a
promising path to take sensitive topics favoring the teaching of chemistry. In this way, works that use this
approach were evaluated and they indicate a promising path to bring sensitive themes from society to school
and that can also contribute to teaching, using popular education as a way to create opportunities for the
exchange of everyday knowledge and dialogue with scientific knowledge.

Keywords: Drug education 1; Anabolic steroids 2; Harm reduction 3; Popular education 4.

1 INTRODUÇÃO

Para estudar e promover a educação sobre drogas é importante entender que esse problema não é
recente. A utilização de substâncias que provocam alterações na percepção, no humor e no sentimento foi
comum na história da humanidade, ocorrendo em diferentes civilizações e culturas. Mesmo após muito
tempo, o consumo de tais substâncias ainda é grande, o que nos leva a perceber que drogas de forma geral
não deixarão de serem consumidas tão cedo. Portanto é importante utilizarmos medidas preventivas, em
especial nos jovens, trazendo esse tema para o contexto escolar e tratando com respeito e cuidado para gerar
um impacto social positivo e duradouro (CARLINI, 2011; COELHO, 2019).

Com o intuito de estabelecer diretrizes para tornar mais favorável a qualidade de vida dos jovens, os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 1998) apresentam informações sobre drogas para
ressaltar a importância do tema. O documento também apresenta outros temas, definindo-os como
importantes para serem abordados em sala de aula, na questão das drogas, destaca a busca pelo
conhecimento que está ligado a saúde. Contudo, esse tema não é exclusivo da saúde, a educação também
entra nessa discussão (MOREIRA; SILVEIRA; ANDREOLI, 2006)

A partir de 2018, foi implementada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2017),
documento com o intuito de atualizar e substituir os PCN a partir de novas políticas e ideais, alinhadas
principalmente com um novo governo que segue uma diferente visão política e social, alinhada a ideais
conservadores, apresentando diretrizes atreladas ao capital e ao mercado de trabalho (SILVA; COELHO,
2022).

Dentre as diversas competências presentes na BNCC, educação sobre drogas, especificamente não
aparece no documento, porém há a preocupação com a interdisciplinaridade entre os temas, apresentando

127
competências específicas de cada grupo de estudo com temáticas variadas, dentre elas, inserida a questão
da saúde e bem-estar. O emprego da temática de uso abusivo de substâncias aparece em algumas
competências curriculares, apesar de não haver um destaque para questões de educação sobre drogas. É
possível entender que este tema está contido nas temáticas gerais ligadas à saúde.

1.1 No contexto da educação sobre drogas: os anabolizantes

As drogas lícitas são permitidas por lei, por isso são as mais consumidas e as que mais resultam em
fatalidades diárias, podendo promover alterações no organismo de forma que o indivíduo perca o controle
das ações. Podem ser consideradas drogas lícitas quaisquer substâncias que contenha álcool, nicotina,
cafeína, medicamentos sem prescrição médica, anorexígenos, anabolizantes entre outros (COELHO, 2019).

É perceptível, hoje, a crescente importância atribuída à perfeição estética. Com a valorização do


corpo cada vez mais significativa e incontestável na sociedade atual, homens e mulheres investem cada vez
mais tempo e recursos financeiros na busca pelo corpo perfeito. A insatisfação com o corpo pode levar um
indivíduo a uma busca constante por mudanças, já que não considera sua própria aparência adequada para
essa sociedade que faz culto ao corpo. Dessa forma, o sujeito recorre a diversas alternativas, muitas vezes
arriscadas e audaciosas, que podem colocar em risco sua própria saúde.

Os indivíduos que buscam mudanças estéticas, sejam relacionadas a perda de peso ou a hipertrofia,
realizam na maioria dos casos treinamento com pesos. Essa busca pela modificação estética, fator
importante para o uso de algumas substâncias, pode ocasionar que praticantes de musculação façam uso de
suplementos alimentares e esteroides anabolizantes, essa junção desencadeia o aumento de massa muscular,
atingindo o objetivo principal desse público (PARRA; PALMA; PIERUCCI, 2011; OLIVEIRA; NETO,
2018).

Dentre as possíveis alternativas para alcançar uma mudança corporal ou aumento de desempenho
em atividades esportivas, pode ser apontado o uso indevido ou abusivo de esteroides anabolizantes.

O crescente aumento do número de usuários de anabolizantes fez com que o problema seja caso de
saúde pública, abrindo, portanto, a possibilidade de diferentes estratégias para a diminuição do consumo.
No trabalho de Hoffman (2008), sobre suplementação nutricional e o uso de esteroides anabolizantes em
adolescentes, o autor conclui o seguinte:

A aparente disposição dos adolescentes em usar um suplemento que pode


prejudicar sua saúde ou encurtar sua vida destaca a necessidade de maior
envolvimento de professores, treinadores e médicos para fornecer educação
continuada sobre os riscos e benefícios associados à suplementação nutricional
e uso de esteroides anabolizantes. (HOFFMAN, 2008, p. 15, tradução nossa).

Portanto, diante do cenário atual, com a adesão de jovens ao uso de tais substâncias, é importante a
escola estar preparada para lidar com essa prática. Dentre as alternativas possíveis, neste trabalho

128
destacamos a educação com base na redução de danos como um caminho possível para trabalhar o tema
com os jovens na sala de aula.

1.2 Redução de Danos

No debate de educação sobre drogas, ou seja, na temática de abuso de diferentes substâncias como
os anabolizantes, há diferentes ideias sobre a forma de trabalhar esse problema social.

Podemos destacar dois modelos que se consolidaram: o modelo clássico e tradicional conhecido
como proibicionista que tem como base a ideia de que drogas são danosas à saúde e à sociedade, então não
se deve permitir o consumo, prevalecendo a proibição, com leis e medidas rígidas para controle do uso
destas substâncias (COELHO, 2019).

O outro modelo que tem tido destaque nos últimos anos é o de Redução de Danos (RD), este é
centrado na ampliação e aprofundamento de conhecimentos e informações sobre as causas sociais e
malefícios atreladas ao uso de drogas, com a intenção de que o usuário possa desenvolver a capacidade de
escolha do uso conforme sua própria consciência, minimizando os danos causados pelo uso, arcando com
as possíveis consequências que pode lhe causar, mesmo que o seu cotidiano e suas experiências de vida
pessoais possam influenciar nas suas escolhas (COELHO, 2019).

Ao falar sobre a RD, relacionada ao uso de anabolizantes e outros produtos que potencializam o
corpo e a transformação estética, é preciso compreender o aspecto histórico do tema.

O uso de substâncias e produtos para diferentes fins acompanha a história da humanidade, isso faz
parte da evolução e do avanço tecnológico que se desenvolve ao longo da história, esse fato já traz um alerta
sobre a guerra instaurada contra as drogas, o que não acompanha a evolução da ciência, nesse ponto deve-
se atentar que a guerra deve ser contra o abuso, a desinformação ou a falta de conhecimento (COELHO,
2019).

Consequentemente, muito preconceito e desinformação acompanham essa evolução, nos tempos


atuais com a proibição e controle do uso de diversas substâncias, tratar o tema com usuários torna-se
desafiador já que a própria sociedade oprime e afasta esse cidadão.

Portanto, é importante os participantes do processo de ensino terem consciência dos desafios em


aproximar os conceitos técnico-científico dos saberes populares e dos fatores culturais nos quais os alunos
e jovens estão inseridos.

Para conseguir realizar essa aproximação é possível imaginar uma valorização da troca de saberes,
do diálogo, da utilização de um ensino em um ambiente que permite a discussão e a opinião, para assim
poder levantar reflexões e críticas que levam ao pensamento e lógica científica, revelando a importância da
ciência e sua influência no cotidiano, podendo então atrair a atenção a temas antes não conectados com a
realidade.

129
Este tipo de ideia, foi amplamente explorada por Paulo Freire, e a partir dele diversos outros
trabalhos de pesquisa e experimentos foram desenvolvidos e discutidos, tornando os conceitos mais
conhecidos pela sociedade e utilizados na educação brasileira.

Neste trabalho temos como objetivo apresentar reflexões com base em documentos e artigos na
perspectiva de redução de danos e educação popular, sobre uso abusivo de substâncias, com ênfase em
esteroides anabolizantes.

2 METODOLOGIA

Foram selecionados trabalhos de autores que abordam o tema de uso abusivo de substâncias,
partindo de uma análise ampla acerca da interpretação das normas da educação brasileira, que já a muito
tempo, marca esse tema como importante no processo de ensino.

Dentro da abordagem de educação sobre drogas, é tido como foco do trabalho os esteroides
anabolizantes, apresentando a influência sociocultural no abuso deste tipo de substância e em seguida
destacando algumas características que podem ser exploradas no ensino de ciências, como química e
biologia.

A partir deste grupo de substâncias selecionadas, é utilizada a perspectiva da política de Redução de


Danos para abordagem do tema, alguns autores como Acselrad (2017), Coelho (2019) e Monteiro (2019)
são utilizados para avaliar essa forma de abordagem e suas principais características.

Associada a Redução de Danos, foi levantada a Educação Popular como práxis para relacionar a
temática com alunos em sala de aula, avaliando as possibilidades de utilizar os saberes populares como
forma de levar discussões do cotidiano com novas informações e perspectivas na busca de uma educação
significativa, de valor social, mantendo a qualidade técnico-científica.

Na tabela 1 são relacionadas as etapas utilizadas para permitir a reflexão sobre a utilização da
Redução de danos no contexto da temática educação sobre drogas com destaque aos anabolizantes.

Tabela 1 – Etapas de cada tópico utilizado para pesquisa bibliográfica.


Etapa Tópico abordado
1 Educação sobre drogas
2 Anabolizantes
3 Redução de Danos
Fonte: autoria própria

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme as etapas estabelecidas na metodologia aplicada ao trabalho, os resultados foram


apresentados em cada etapa, de forma que evidencie suas especificidades e relações com os outros temas.

3.1 Etapa 1 – Educação sobre drogas

130
Com o intuito de estabelecer diretrizes para uma favorável qualidade de vida aos jovens, os PCN
apresentam informações sobre drogas, demonstram preocupação com o tema e destaca a importância de
trabalhá-lo no âmbito da educação.

Apesar de demonstrar preocupação com o tema das drogas, é possível perceber que os PCN
apresentam um texto com foco nas drogas como o alvo do problema, relatando as consequências do uso e
classificando-as pelos seus efeitos, grau de dependência ou até pela sua legalidade, portanto observamos
elementos que podem caracterizar a utilização de uma política proibicionista, a qual destaca os efeitos e
possíveis ilegalidades.

Já ao avaliar os novos documentos que atualizaram os parâmetros curriculares, a BNCC não aborda
diretamente o tema da educação sobre drogas, sendo possível encontrar temas correlatos em diferentes
partes do texto. Destacamos a seguir os fragmentos onde é possível encontrar conexão com a temática
educação sobre drogas.

Nos conteúdos de ensino médio, na área de ciências da natureza e suas tecnologias, são apresentadas
competências especificas das disciplinas, encontra-se no documento a seguinte competência:

Identificar, analisar e discutir vulnerabilidades vinculadas às vivencias e aos


desafios contemporâneos aos quais as juventudes estão expostas, considerando
os aspectos físico, psicoemocional e social, a fim de desenvolver e divulgar
ações de prevenção e de promoção da saúde e do bem-estar. (BRASIL, 2017,
p. 557)

Encontramos uma abordagem mais específica sobre produção, uso e efeitos de medicamentos ou
substâncias sintéticas nas habilidades do componente curricular de ciências para o 6° ano do ensino
fundamental:

(EF06CI04) Associar a produção de medicamentos e outros materiais


sintéticos ao desenvolvimento científico e tecnológico, reconhecendo
benefícios e avaliando impactos socioambientais.
(EF06CI10) Explicar como o funcionamento do sistema nervoso pode ser
afetado por substâncias psicoativas. (BRASIL, 2017, p. 345)

Como observado, a BNCC não traz uma discussão especifica sobre drogas, apresenta apenas a
preocupação geral com a saúde e o social onde deve-se utilizar multidisciplinaridade e contextualidade para
contemplar o conteúdo.

Apesar do documento abordar o uso de substâncias, o tema se apresenta enclausurado na disciplina


de ciências naturais, além de indicar o estudo dos efeitos e impactos causados pelo uso. Não está presente
no texto uma abordagem sobre o abuso, com foco nos problemas biopsicossociais que levam a utilização
dos mais diversos tipos de substâncias.

Conforme já apontado por Silva e Coelho (2022) as questões entre educação sobre drogas frente ao
novo ordenamento legal, podemos observar que ao manter o conteúdo dentro do eixo das ciências naturais,

131
o documento que deveria atualizar a abordagem de um tema sensível e importante para a sociedade, tendo
tido em todo mundo diversos avanços para outros campos da ciência, permanece conforme o conteúdo
tradicional drogacêntrico, preso em classificações de causas e efeitos. Perde-se a oportunidade de indicar
uma abordagem social, levando em considerações os saberes cotidianos e as experiências de vida dos
jovens, podendo utilizar de diversas vivências reducionistas (SILVA; COELHO, 2022).

3.2 Etapa 2 – Anabolizantes

No trabalho de Silva e colaboradores (2002), são apresentados conceitos e efeitos dos esteroides
anabolizantes, além de diversas informações acerca do uso e o vínculo com o esporte. Com base na
abordagem dos autores foi possível sintetizar informações que destacam a importância da discussão sobre
este tipo de substâncias, a fim de utilizar no ensino escolar.

Os esteroides anabolizantes são compostos produzidos a partir do hormônio testosterona, um


esteroide derivado do colesterol (SILVA et al., 2002).

A testosterona, da classe dos hormônios esteroides, é sintetizada em maior proporção pelos testículos
e por isso caracteriza-se como um hormônio masculino. As ações da testosterona podem ser divididas em
duas categorias principais: efeitos androgênicos, relacionados com a função reprodutora e com as
características sexuais secundárias (como força, pelos e engrossamento da voz, velocidade de recuperação
muscular, nível e distribuição da gordura corporal) e efeitos anabólicos, que de forma geral atua na
estimulação da síntese proteica nos tecidos do corpo promovendo divisão e crescimento muscular (SILVA
et al., 2002).

Além dos esteroides androgênicos endógenos, existem os esteroides anabolizantes ou também


conhecido como esteroides anabólicos androgênicos (EAA). Estas substâncias sintéticas, formadas a partir
da testosterona ou um de seus derivados são utilizadas na medicina há décadas para diversas finalidades,
por exemplo, em quadros como hipogonadismo e deficiência do metabolismo proteico.

A manipulação da molécula original de testosterona para formulação dos EAA pode influenciar sua
farmacocinética, biodisponibilidade e o balanço da atividade androgênica a favor da anabólica, buscando
obter o melhor efeito desejado pelos usuários (CUNHA, 2004).

Estas diferentes moléculas possibilitam a utilização da temática dos anabolizantes para trabalhar
diversos tópicos em disciplinas como biologia e química no ensino médio, sendo, portanto, um possível
caminho que pode partir de um problema social até atingir um conteúdo científico, ou de modo contrário,
partindo de um conteúdo científico para tocar num tema sensível da sociedade.

Apesar da abordagem utilizada neste trabalho ser baseada em redução de danos, o qual não tem
intenção de trazer fatos que possam afastar o usuário como ponto central da discussão do assunto, apresentar
os efeitos e consequências da utilização de substâncias podem afastar os usuários do centro do problema,
porém para vincular ao ensino de ciências e no que tange a saúde, é importante apresentar tais informações.

Foi utilizado um livro que pertence a uma coletânea desenvolvida pela Sociedade Brasileira de
Química (SBQ), intitulado “A química e o controle de dopagem no esporte”, onde os autores relacionam o

132
estudo da química com o controle de dopagem, sendo, portanto, apresentada diversas informações sobre
esteroides anabolizantes.

O livro lançado em edição comemorativa, além de distribuição gratuita, utiliza linguagem voltada
para todos os públicos, podendo ser aproveitado para atividades escolares, portanto apresentando-se como
uma boa referência para buscar informações relevantes e educativas sobre o tema.

Conforme Pereira e colaboradores (2010), fisiologicamente, os EAA têm diversas ações no


organismo, algumas diferentes no homem e nas mulheres, podendo ser utilizadas para tratamento de muitas
doenças ou responsável pela causa de outras.

Os EAA têm muitas indicações clínicas, por muito tempo foram usados no tratamento de alterações
hormonais específicas no homem, como a hipergonadotrofia, ou seja, o crescimento exagerado das gônadas.
Outras terapias nas quais são utilizados incluem o controle da natalidade (contracepção) e o tratamento de
doenças crônicas, como a doença pulmonar obstrutiva e a infecção por HIV.

Os EAA têm sido usados para promover a reposição muscular depois de queimaduras, cirurgias e
terapias com radiação. Eles também podem ser usados no tratamento da osteoporose, em doenças hepáticas,
na cura de ferimentos, na anemia e em algumas desordens psiquiátricas (PEREIRA et al., 2010).

O abuso no consumo dos EAA pode acarretar malefícios à saúde fisiológica, física e comportamental
em seus usuários e podem manifestar-se em ambos os sexos. O uso indiscriminado de EAA, entre atletas,
e não atletas, está se tornando cada vez mais comum, contribuindo para uma preocupação sócio-
governamental, dentro e fora do meio desportivo (PEREIRA et al., 2010; ROSSI; RICARDI, 2021).

Os efeitos adversos dos EAA estão geralmente associados com o uso abusivo, principalmente por
longos períodos de tempo em doses excessivas. Os EAA, em homens, podem reduzir a fertilidade
(azoospermia), provocar a diminuição dos testículos, a impotência, o crescimento das mamas
(ginecomastia) e o estreitamento da uretra.

Em mulheres podem provocar a masculinização, como pelos corporais excessivos, calvície de


padrão masculino, hipertrofia de clitóris, irregularidade ou ausência do ciclo menstrual, voz rouca e acne.
Além de outros possíveis efeitos adversos como problemas cardiovasculares, disfunção hepática, tumores
no fígado, desordens psiquiátricas, acidente vascular cerebral e embolia pulmonar (PEREIRA et al., 2010;
ROSSI; RICARDI, 2021).

3.3 Etapas 3 – Redução de Danos

Após um panorama geral de educação sobre drogas e anabolizantes, trazemos essa discussão para o
ambiente escolar, avaliando as possibilidades de trabalhar os temas de forma mais eficiente, em busca de
conseguir impactar a vida dos jovens levando conhecimento aliado a saúde, bem-estar e respeito ao
próximo.

Conforme podemos observar no trabalho de Coelho (2019) e Monteiro (2019), mesmo com bases
curriculares educacionais que destacam a contextualização e sugerem uma abordagem reducionista sobre

133
abuso de substâncias, essa orientação não segue em outras áreas da sociedade, que proíbe e reprime o
consumo (COELHO, 2019).

Isso se reflete no ambiente escolar, local onde reúne jovens que precisam de informação, mas
também querem se expressar, se descobrir, nesse cenário a educação deve-se se encaixar como o caminho
para fomentar conhecimentos que servirá de base para as decisões futuras do cidadão em formação, portanto
o caminho da RD na escola é relacionado com diálogos, trocas, conhecimentos, informações e entre outros
aspectos de ligar o saber ao fazer, servindo como referência na vida do estudante. (ACSELARD, 2017;
COELHO, 2019; COELHO; MONTEIRO, 2019).

No âmbito escolar é de fundamental importância abordar esse tema no sentido de aprofundar o


conhecimento dos alunos e da comunidade escolar, possibilitando novas perspectivas que possam reduzir
os danos causados por uso de substâncias.

Trabalhar temas onde há interesse do aluno e que podem colaborar para um problema social é
essencial. Problemas sociais onde há preconceitos ou envolve criminalização pode parecer desafiador para
o professor, porém é através da educação onde o foco é o conhecimento, no sentido de todos trocarem suas
experiências e colaborarem para uma melhora do coletivo, o professor tem a oportunidade de criar um
ambiente onde exista informações atreladas a transformações sociais.

Desta forma destaco que o papel da escola, conforme Maldaner & Araújo (1992):

É o de investigar, problematizar e discutir os fatos, situações e acontecimentos


presentes no dia a dia dos alunos de modo a lhes possibilitar novas formas de
compreensão das realidades vividas, à luz e através do acesso ao saber
estruturado, a ciência. (MALDANER; ARAÚJO, 1992, p. 20).

Portanto, considerando este desafio de relacionar a ciências com o cotidiano, na busca da escola
alcançar uma mudança social e impactar uma comunidade, que através da ação educativa não só o
estudante, mas toda comunidade possa se relacionar com esse canal de informações.

Devemos então entender a escola como um ambiente participativo, onde as relações são mútuas,
aberta para sociedade, relacionando os saberes científicos com os saberes populares, buscando diálogo com
respeito a cada ideia e reflexão, oportunizando o acesso à novas informações e novas perspectivas sobre
diversos problemas cotidianos, este modelo de práxis para educação, desenvolvido e explorado por Freire,
ficou conhecido como Educação popular (FREIRE, 2003; FREIRE, 2011)

A educação popular permite apresentar novas perspectivas e visões sobre a realidade, podendo
portando trabalhar diversos temas e assuntos com base nos saberes populares. Nesse sentindo, utilizar temas
sensíveis a sociedade, em casos que podem envolver violência ou malefícios a saúde, o diálogo e a troca de
ideias se apresenta como uma solução muito acessível para poder debater tais assuntos.

O abuso de substâncias, sendo uma prática comum entre jovens, torna-se então um tema onde há
muitas experiências para serem compartilhadas, portanto gerando oportunidade para um trabalho de
conscientização com abordagem inclusiva e redutora de danos.

134
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho abordou uma temática no contexto de educação sobre drogas, no qual foi dado ênfase
nos anabolizantes, a fim de apontar um possível caminho para ser utilizado na abordagem de uso abusivo
de substâncias com foco nos esteroides anabolizantes.

A partir da pesquisa bibliográfica apresentada, foi possível levantar diversas informações e


conteúdos que demonstram a relevância da discussão do tema, apontando para um problema social que
atinge a nossa sociedade e invade o ambiente escolar, o que se torna um desafio para os participantes do
processo de ensino.

A utilização de uma abordagem reducionista aliada como a educação popular se mostra como uma
possibilidade para trabalhar a temática educação sobre drogas.

A partir da revisão das referências selecionadas, foi possível perceber as novas perspectivas sobre o
abuso e às consequências da falta de conhecimento, ressaltando a importância de levar o debate às escolas
e à comunidade, aproximando o meio acadêmico ao escolar a fim de reduzir danos de graves problemas
sociais.

REFERÊNCIAS

ACSELRAD, G. Drogas nas escolas... O que fazer? In: LEAL, E.M., ESCUDERO, R. (Orgs.). Problemas
globais, enfrentamentos locais e a universidade pública: O Centro Regional de Referência em Álcool
e outras Drogas da UFRJ Macaé e outros Projetos
extensionistas. Macaé: Ed. UFRJ. p.193 – 217, 2017.

BRANDÃO, C. R. e FAGUNDES, M. C. V. Cultura popular e educação popular: expressões da proposta


freireana para um sistema de educação. Educar em Revista [online]. v. 00, n. 61, pag. 89-106, 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Temas contemporâneos transversais na BNCC - propostas de


práticas de implementação. Brasília: MEC/SEB, 2019.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros


curriculares nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Saúde. Brasília, DF: MEC/SEF,
1998.

BRASIL, Ministério da educação. Base Nacional Comum Curricular-BNCC. Brasília, DF: MEC, 2017.

CAMPANHA alerta para os riscos do uso dos anabolizantes. Jornal do Brasil. Ciência e Tecnologia. Rio
de Janeiro, 17 de set. de 2016. Disponível em: <http://www.jb.com.br/ciencia-e
tecnologia/noticias/2016/09/17/campanha-alertapara-os-riscos-do-uso-dos-anabolizantes/>. Acessado em:
26 de jul. 2022.

135
CARLINI, B. Drogas: Cartilha para Educadores. Brasília. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
(SENAD). 2 ed. – Brasília: Ministério da Justiça, Secretaria nacional de políticas sobre drogas, 2011.

COELHO, F. J. F. Educação sobre drogas e formação de professores: uma proposta de ensino a


distância centrada na redução de danos. Curitiba, PR. Brazil Publishing, 2019.

COELHO, F. J. F.; MONTEIRO, S. Como abordar o uso do álcool no ensino de Química e demais Ciências
Naturais? Perspectivas educativas centradas na redução de danos. Revista de Educação, Ciências e
Matemática. v. 9, n. 1, p. 129-142, jan./abr, 2019.

CUNHA, T. S., CUNHA, N. S., MOURA, M. J. C. S., MARCONDES, F. K. Esteróides anabólicos


androgênicos e sua relação com a prática desportiva. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. v.
40, n. 2, p. 165-179, 2004.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43 ed. Rio de


Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2011.

HOFFMAN, J. R., FAIGENBAUM, A. D., RATAMESS, N. A., ROSS, R., KANG, J. I. E., &
TENENBAUM, G. Nutritional supplementation and anabolic steroid use in adolescents. Medicine &
science in sports & exercise. 40(1), 15-24, 2008

MALDANER, O. A., & ARAÚJO, M. C. P. A participação do professor na construção do currículo escolar


em ciências. Espaços da Escola. Ijuí: UNIJUI, 1(3), 18-28. 1992.

MOREIRA, F. G., SILVEIRA, D. X. D., & ANDREOLI, S. B. Redução de danos do uso indevido de drogas
no contexto da escola promotora de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 11, p. 807-816. 2006.

OLIVEIRA, L. L.; NETO, J. L. C. Fatores sociodemográficos, perfil dos usuários e motivação para o uso
de esteroides anabolizantes entre jovens adultos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. v. 40, p. 309-
317, 2018.

PARRA, R. M. T., PALMA, A. & PIERUCCI, A. P. T. R. Contaminação de suplementos dietéticos usados


para prática esportiva: uma revisão de literatura. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. v. 33, n. 4,
p. 1071-1084, 2011.

PEREIRA, H. M. G., PADILHA, M. C., & DE AQUINO NETO, F. R. A Química e o Controle de Dopagem
no Esporte Coleção. Coleção Química no Cotidiano Volume 3. Sociedade Brasileira de Química, 2010.

ROSSI, M. P., & RICARDI, E. S. Uso de esteroide anabolizante no esporte e seus efeitos colaterais. Revista
Científica, 1(1), 2021.

136
SCARPA, D. L., SASSERON, l. H., & SILVA, M. D. O ensino por investigação e a argumentação em
aulas de ciências naturais. Tópicos Educacionais. Recife, v. 23, n.1, p.7-27, jan/jun. 2017.

SILVA, P. R. P. da; DANIELSKI, R.; CZEPIELEWSKI, M. A. Esteroides anabolizantes no esporte.


Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v. 8, p. 235-243, 2002.

SILVA, M. de L. da; COELHO, F. A educação sobre drogas no Brasil diante do novo ordenamento legal.
Linhas Críticas. [S. l.], v. 28, p. e42176, 2022.

137
CONHECIMENTOS DE NUTRIÇÃO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO
PROFISSIONALIZANTE DE UM MUNICÍPIO DO CEARÁ

¹José Anderson Mendes Rodrigues

¹Huany Beatriz Rabelo Oliveira

¹Érica Maria Gomes Vidal

¹Joyce Keller Freire dos Santos

¹Bruna Yhang da Costa Silva

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Limoeiro do Norte, Ceará,
Brasil.

Eixo temático: Nutrição

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1° autor: jose.anderson.mendes07@aluno.ifce.edu.br

INTRODUÇÃO: A nutrição impacta significativamente na saúde presente e póstera dos adolescentes (de
10 a 19 anos). Uma alimentação nutricionalmente saudável na adolescência pode restringir déficits
nutricionais e defeitos no desenvolvimento contínuo produzidos nos primeiros 10 anos de vida, podendo
amenizar as atitudes deletérias que favorecem o desencadeamento de afecções na fase adulta. Dedicar-se à
saúde do adolescente resulta em proventos tríplices: melhora da saúde dos adolescentes, melhora da
satisfação e rendimento na idade adulta e perigos de saúde limitados para sua prole (WHO, 2018). O
aperfeiçoamento dos conhecimentos de nutrição (CN), que possuem grande demanda de ações interventivas
para promovê-los a estudantes adolescentes, consegue refletir favoravelmente na forma que o sujeito
alimenta-se, levando-o a ponderar quanto a sua alimentação, consequentemente capacitando-o com o
entendimento e soberania para efetuar seleções salutíferas que terão potencial de suscitar hábitos
alimentares apropriados, tornando sua condição alimentar mais saudável e promovendo um efeito protetor
contra doenças vindouras (ASSIS et al., 2014; VIANA et al., 2018). OBJETIVO: Avaliar o grau de
conhecimentos de nutrição dos estudantes do ensino médio integrado (EMI) de um campus do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). METODOLOGIA: Estudo do tipo transversal,
de caráter quantitativo, descritivo e analítico, realizado no período de junho de 2022 a janeiro de 2023, com
uma amostra de 104 participantes. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do
IFCE (parecer N° 4.533.545). Para avaliar o grau de CN, aplicou-se um formulário eletrônico (FONSECA,
2017), contendo perguntas acerca dos conhecimentos sobre nutrição dos adolescentes. Utilizou-se o teste
de Mann-Whitney para verificar se existia diferença nas medianas de pontuação de CN entre estudantes dos
cursos de química e eletrotécnica. O Teste T de amostras independentes foi aplicado para comparar
pontuação de CN conforme sexo. RESULTADOS: Dos estudantes que responderam à pesquisa, 47,12% (n
= 49) pertenciam ao sexo feminino e 52,88% (n = 55) ao gênero masculino, apresentando idade média de
16 anos (DP = 0,932). As médias parciais revelaram 9,12 pontos (DP = 1,752) e 8,96 pontos (DP = 1,753)
para CN, para o sexo feminino e masculino, respectivamente. A média total atingiu o escore de 9,04 pontos
(DP = 1,740), e 92,31% (n = 96) apresentaram resultado satisfatório, contudo 7,69% (n = 8) obtiveram
resultado insatisfatório. Acerca da formação técnica dos estudantes, 36,54% (n = 38) cursam eletrotécnica
e 63,46% (n = 66) química. Os discentes do curso de eletrotécnica obtiveram média correspondente a 9,05
pontos (DP = 1,659), e os de química média equivalente a 9,03 scores (DP = 1,797). A pontuação média de
CN foi maior para meninas, mas sem siginificância estatística (p = 0,644 para CN).
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Verificou-se alto grau de CN entre os adolescentes, tendo o
gênero feminino apresentado melhores resultados, com uma ínfima diferença para o sexo masculino (não

138
relevante estatisticamente), como sobre a média geral. Quanto às pontuações médias dos cursos, não foi
verificado diferença significativa, ademais ambos alcançaram médias satisfatórias.

Palavras-chave: Nutrição do Adolescente, Ensino Fundamental e Médio, Conhecimento.

REFERÊNCIAS:

ASSIS, M. M. de et al. Avaliação do conhecimento nutricional e comportamento alimentar após educação


alimentar e nutricional em adolescentes de Juiz de Fora – MG. HU Revista, Juiz de Fora, v. 40, n. 3 e 4, p.
135-143, 2014.

FONSECA, L. G. Impacto de uma intervenção nutricional com instrumentos imagéticos para a


promoção de práticas alimentares saudáveis entre adolescentes de Brasília-DF. Orientador: Maria
Natacha Toral Bertolin. 2017. 105 p. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana) - Faculdade de Ciências
da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

VIANA, B. A. M. et al. AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM ADOLESCENTES DA


ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JENNY GUÁRDIA. Cadernos Camilliani,
Cachoeiro de Itapemirim, v. 15, n. 3 e 4, p. 489-504, 2018.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guideline: implementing effective actions for improving


adolescent nutrition. Geneva: World Health Organization, 2018. 58 p.

139
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E SUA RELAÇÃO COM A
QUALIDADE DO SONO

¹Milla Pascoal Ferreira Neves Paula

¹Carlos Leone Faria Moreira


1
Laura Fonseca de Lima
1
Lidiane Oliveira de Souza
1
Stella Teixeira de Medeiros
2
Eduardo Stehling Urbano
1
Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, Minas
Gerais, Brasil; 2 Professor Associado da Universidade Federal de Juiz de Fora
(UFJF). Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Pôster/Apresentação oral
E-mail do 1° autor: milla-pascoal@live.com

INTRODUÇÃO: A disfunção temporomandibular (DTM) é uma doença que pode acometer os músculos
da mastigação, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas. Frequentemente, os
indivíduos que possuem essa doença, principalmente quando associada à presença de dor, relatam qualidade
de sono ruim. Por ter uma etiologia multifatorial complexa, a capacitação profunda dos profissionais
responsáveis é fundamental para a abordagem, diagnóstico e tratamentos corretos e eficazes das DTMs.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo, é avaliar, por meio de uma revisão de literatura, a relação entre DTM
e qualidade do sono. METODOLOGIA: O estudo foi realizado a partir de uma busca de artigos nas bases
de dados Scielo, Pubmed e Repositório UNESP, que foram publicados entre 2012 e 2021. Foram
selecionados 10 artigos, após a exclusão dos trabalhos em que o título e resumo delimitaram um viés que
não se adequava ao direcionamento do estudo e dos que apresentavam associação com outros fatores que
pudessem alterar os resultados encontrados. RESULTADOS: A partir dos artigos selecionados para a
elaboração deste estudo, é possível constatar que a DTM, dor e qualidade do sono, são fatores que estão
diretamente relacionados. Pacientes que possuem DTM frequentemente relatam qualidade de sono ruim, e
essa queixa é significativamente maior nos pacientes que possuem a doença associada à sensação dolorosa.
O sono atua produzindo neurotransmissores que agem na modulação da dor e regulação do humor, portanto,
um sono de má qualidade não é capaz de modular a dor causada pelas DTMs. Acredita-se que essa relação
seja bidirecional, a dor é capaz de ocasionar má qualidade do sono e vice-versa. Ademais, a DTM, qualidade
do sono e aspectos psicológicos, também estão associados. Em pacientes com ansiedade, é possível
acontecer o processo de sensibilização e hiperalgesia, que ocasiona aumento e antecipação da dor, atuando
como um fator agravante da DTM. Além disso, pacientes portadores de fatores psicológicos, como
distúrbios do sono, possuem menor controle inibitório da dor. Para avaliação da qualidade do sono e
diagnóstico de distúrbios do sono, a polissonografia se mostra como método objetivo padrão ouro. Baseia-
se no registro simultâneo de parâmetros fisiológicos durante o sono, realizado em laboratório. Dentre as
várias modalidades terapêuticas, o biofeedback audiovisual e o Front Plateau têm mostrado resultados
satisfatórios no que se refere à melhora da dor e qualidade do sono. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A DTM e a qualidade do sono são fatores que estão fortemente associados, porém, mais estudos
devem ser realizados a fim de esclarecer a relação de causa e consequência entre elas. Estudos também
devem ser elaborados para elucidar se os distúrbios do sono são fatores que culminam em sensações
dolorosas, ou se a dor é responsável pelo aparecimento dos distúrbios. A DTM necessita que os

140
profissionais responsáveis tenham conhecimento profundo para definir corretamente a etiologia de cada
caso em específico e escolher a melhor abordagem, com medidas efetivas para o tratamento do paciente.

Palavras-chave: Disfunção Temporomandibular; qualidade do sono; Dor


REFERÊNCIAS:
PUPIM, G.V. et al. O impacto da disfunção temporomandibular e dor orofacial na qualidade do sono.
Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, Maringá, v.12, n.3, set./nov., 2015. Disponível
em:<https://www.researchgate.net/profile/Cleverson-
Silva/publication/341297638_O_IMPACTO_DA_DISFUNCAO_TEMPOROMANDIBULAR_E_DOR_
OROFACIAL_NA_QUALIDADE_DO_SONO/links/5eb9a4e0299bf1287f7faca4/O-IMPACTO-DA-
DISFUNCAO-TEMPOROMANDIBULAR-E-DOR-OROFACIAL-NA-QUALIDADE-DO-SONO.pdf>.
Acesso em:05 ago. 2022.
DAHER, C. R. de M. et al. Limiar de dor, qualidade do sono e níveis de ansiedade em indivíduos com
disfunção temporomandibular. Revista CEFAC [online], Recife, v. 20, n. 4, Jul/Ago. 2018. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/1982-0216201820414417>. Acesso em: 01 ago. 2022.
FERNANDES, K., GUIMARÃES, A.S., MEIRA E CRUZ, M. Efeito do biofeedback na dor e no sono de
paciente com disfunção temporomandibular. Relato de caso. BrJP [online], São Paulo, v. 3, n. 4, out./dez.,
2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/brjp/a/tt5tVnjDRd48yfWtLyGrj7S/abstract/?lang=pt>.
Acesso em: 02 ago. 2022.
LUCCAS, G.R.de et al. Disfunção temporomandibular e sono: revisão integrativa de literatura. Archives
of health investigations, [S. l.], v. 10, n. 5, maio, 2021. Disponível
em:<https://www.archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/5233>. Acesso em: 01 ago. 2022.
ZAVANELLI, A. C. et al. Abordagem, diagnóstico e tratamento das disfunções temporomandibulares –
relato de caso. Archives of health investigations, [S. l.], v. 7, n. 12, mar., 2018. Disponível em:
<https://www.archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/3122>. Acesso em: 6 ago.2022.

141
DOI 10.29327/1192726.1-48

OSTEOSSARCOMA EM MANDÍBULA

¹Ana Caroline Calderaro Farias

¹Andressa Bolognesi Bachesk

¹Rubens Gonçalves Teixeira

¹Marília de Oliveira Coelho Dutra Leal

¹Cláudio Roberto Pacheco Jodas


1 Faculdade São Leopoldo Mandic – Campinas, São Paulo, Brasil

Eixo temático: Relatos de experiência

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: accalderaro@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O osteossarcoma, também referido como sarcoma osteogênico, é um tumor ósseo maligno
raro, mas que representa o sétimo câncer mais comum na infância e adolescência, apresentando altas taxas
de mortalidade. Normalmente acomete ossos longos, como braços e pernas, mas pode aparecer em qualquer
outro osso do corpo. O osteossarcoma de mandíbula é incomum, sendo de 6 a 9% a sua prevalência nos
ossos maxilares. Sua causa exata é desconhecida, porém existem os fatores de risco para o seu
desenvolvimento. O rápido crescimento ósseo é um fator predisponente importante para o osteossarcoma.
Devido à complexidade destas características clínicas, a aparência radiográfica e a sua raridade na prática
clínica diária, o diagnóstico pré-operatório de osteossarcoma é muitas vezes difícil. A taxa de sobrevida
específica da doença em 5 anos é de 62%. O diagnóstico final só pode ser feito após a realização de
investigação anatomopatológica para fechamento de diagnóstico. A recidiva local é comum e muitas vezes
incontrolável, levando muitas vezes à óbito o paciente. OBJETIVO: Relatar o caso clínico de um paciente
jovem diagnosticado com osteossarcoma em mandíbula tardiamente, bem como discutir a importância do
diagnóstico precoce para a melhora no prognóstico dessas lesões. METODOLOGIA: Paciente jovem, sexo
masculino, morador do interior do Pará, apresentou inchaço em mandíbula esquerda, ocasionado por
trauma. Referia dor, “dente solto na boca”, incômodo e dificuldade ao mastigar e deglutir. Referia ainda
dor intermitente, tratada com medicamentos. No exame extraoral observou-se edema difuso que causou
discreta assimetria facial. Os linfonodos esquerdos estavam palpáveis, infartados e sensíveis ao toque. Ao
exame intraoral havia uma lesão ulcerativa entremeada e ao redor de um dente molar “solto” no vestíbulo
mandibular. Realizada radiografia panorâmica verificou-se a avulsão/extrusão do dente, relacionada a uma
massa tumoral, envolvendo tecido mole. RESULTADOS: Os sintomas clínicos e as características
radiográficas nos levaram a sugerir osteomielite ou sarcoma. Foi realizada a biópsia incisional e enviada ao
exame anátomo-patológico, onde constatou-se Osteossarcoma. O paciente foi então submetido a cirurgia
de hemimandibulectomia e traqueostomia, com agendamento para futura quimioterapia como terapia
adjuvante e reconstrução da mandíbula. Entretanto, o paciente acabou indo a óbito antes de iniciar o
processo de quimioterapia. Esses achados corroboram com a literatura, que mostra que o osteossarcoma é
um tumor agressivo que acomete pacientes jovens e com prognóstico ruim. A ressecção cirúrgica é a
principal forma de tratamento para o osteossarcoma mandibular, sendo a radiação e a quimioterapia terapias
adjuvantes. Apesar do paciente relatado ter realizado o procedimento cirúrgico, devido a agressividade da
lesão, acabou evoluindo a óbito antes de dar continuidade ao tratamento.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: O jovem em questão pela inacessibilidade de sua moradia,
além da raridade de profissionais capacitados, acabou sendo diagnosticado tardiamente. Por se tratar de
uma patologia maligna agressiva, o diagnóstico precoce é fundamental para o melhorar prognóstico do
paciente. Vale ressaltar ainda, a importância da capacitação dos profissionais da área da saúde, bem como
a realização de orientações sobre o câncer bucal para os moradores domiciliados em regiões com pouco
acesso a informação.

142
Palavras-chave: Osteossarcoma, Mandíbula, Diagnóstico.

REFERÊNCIAS:

AUGUST, M.; MAGENNIS, P.; DEWITT, D. Osteogenic sarcoma of the jaws: factors influencing
prognosis. Int J Oral Maxillofac Surg., v. 26, n. 2, p. 198-204, 1997.

BENNETT, J.H.; THOMAS, G.; EVANS, A.W.; SPEIGHT, P.M. Osteosarcoma of the jaws: a 30-year
retrospective review. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod., v. 90, n. 3, p. 323-332, 2000.

CHAUDHARY, M.; CHAUDHARY, S.D. Osteosarcoma of jaws. J Oral Maxillofac Pathol., v. 16, n. 2,
p. 233-238, 2012.

KALBURGE, J.V.; SAHUJI, S.K.; KALBURGE, V.; KINI, Y. Osteosarcoma of mandible. J Clin Diagn
Res., v. 6, n. 9, p. 1597-1599, 2012.

NISSANKA, E.H.; AMARATUNGE, E.A.P.D.; TILAKARATNE, W.M. Clinicopathological analysis of


osteosarcoma of jaw bones. Oral Dis., v. 13, n. 1, p. 82-87, 2007.

143
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL NA PREVENÇÃO DA PRÉ
ECLÂMPSIA

¹Juciele Gomes dos Santos

² Betânia de Oliveira Freitas

3 Jeferson de Jesus Costi

¹Acadêmica de Enfermagem, Faculdade (Unime), Salvador, Bahia, Brasil

² Enfermeira pela Faculdade (AESPI), Teresina, Piauí, Brasil

3 Enfermeiro pelo ( CENSUPEG), Curitiba, Paraná, Brasil

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1 autor: jucielegomes443@gmail.com

INTRODUÇÃO: A assistência pré-natal consiste em um conjunto de consultas realizadas por um


profissional de saúde durante todo o período gestacional e é uma importante estratégia que contribui para a
qualidade de vida e saúde do binômio mãe-bebê. A pré-eclâmpsia se refere ao novo início de hipertensão e
proteinúria, ou o novo início de hipertensão e disfunção significativa do órgão-alvo com ou sem proteinúria,
após 20 semanas de gestação, ou pós-parto, em uma mulher previamente normotensa. OBJETIVO:
Descrever a importância da assistência pré-natal na prevenção da pré-eclâmpsia. METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão de integrativa da literatura, o levantamento bibliográfico ocorreu nas bases de dados
Pubmed, Lilacs e Medline, no período de 2022, utilizando os operadores booleanos “AND” e “OR”,onde
foram utilizados com as combinações e empregados de forma controlada. Mediante os Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS/MeSH) “Enfermagem”; Pré eclâmpsia" e “Pré natal”, combinados entre si em
dupla ou trio. Constituíram critérios de inclusão: artigos que contemplassem a temática, disponíveis online
gratuitamente na íntegra, em português e inglês, publicados entre 2017 e 2022. Como critérios de exclusão
artigos repetidos nas bases de dados ou artigos de revisão. Inicialmente os estudos identificados por meio
da busca bibliográfica nas bases de dados compuseram 77 produções, sendo que após aplicação dos critérios
de inclusão e exclusão elegeu-se 5 artigos para compor a análise interpretativa. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Diante do exposto, notou-se que o pré-natal busca assegurar o saudável desenvolvimento
da gestação e possibilitar o nascimento de um bebê saudável, com preservação de sua saúde materna infantil
através das ações preventiva associado à redução de desfechos perinatais negativos e reduzir as chances de
complicações obstétricas, como eclâmpsia.Nessa perspectiva deve ser iniciado o mais precocemente
possível, fortalecendo a adesão da gestante ao acompanhamento sistêmico, e assim, rastrear eventuais
fatores de riscos e queixas. Nessa pesquisa mostrou que a gestante sentiu satisfeita com a assistência
humanizada da enfermagem o que possibilitou seu acesso em todas as consultas, contribuindo para que a
gestação seja conduzida da forma mais saudável, identificando e tratando possíveis complicações,
reduzindo a chance de resultados indesejáveis e protegendo a saúde da mãe e do bebê. O pré- natal
possibilita orientações de todo o ciclo gravídico, gestação, parto e pós parto, das vantagens e benefícios que
este pode lhes trazer. Contudo, o conhecimento técnico/científico contribui no acompanhamento destas
gestantes dentro de uma equipe multidisciplinar. CONCLUSÃO: Diante do exposto, destaca-se a
importância de um pré-natal de qualidade na prevenção de agravos que coloquem em risco o bem-estar e a
vida do binômio mãe-bebê. Portanto o enfermeiro deve ser capaz de prestar e orientar a assistência pré-
natal, identificar e conduzir sobre agravos, construindo uma abordagem educativa, que incentiva o
protagonismo da gestante com foco na promoção e prevenção de doenças. O estudo apresenta limitação em
relação a disponibilidade de estudo publicado sobre a temática, entretanto, é necessário dar continuidade
aos estudos para contribuir na realização efetiva do pré natal prevenindo assim a pré eclâmpsia.

144
Palavras-chave: Enfermagem; Pré Eclâmpsia; Pré Natal.

Referências:

AYALA NK et al. A nudge toward universal aspirin for preeclampsia prevention. Obstetrics &
Gynecology, v. 133, n. 4, p. 725-728, 2019.

FRANÇA AMB et al. Síndromes hipertensivas na gestação: perfil clínico materno e condição neonatal ao
nascer, Revista Baiana de Saúde Pública v. 43, n. 3, p. 599-611, 2019.

TIBES-CHERMAN CM et al. Perfil clínico da gestação tardia em um município brasileiro de fronteira.


Enferma Foco, v. 12, n. 2, p. 223-9, 2021.

145
INTERVENÇÃO PSICOEDUCATIVA EM UMA UNIDADE CANGURU:
RELATO DE EXPERIÊNCIA

¹Maria Luciane Bezerra da Silva

¹Ingrid Jonária da Silva Santos

¹Sebastião Elan dos Santos Lima


1Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) / Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi
(FACISA). Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil;
Eixo temático: Psicologia
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: lucianebzerra@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O Método Canguru refere-se a uma estratégia de humanização na atenção perinatal, que
tem mostrado resultados positivos na recuperação dos bebês prematuros por promover a participação dos
pais e da família nos cuidados neonatais. A execução da posição canguru deve ser incentivado por fortalecer
o vínculo e desenvolvimento psicoafetivo do recém-nascido através do contato pele a pele, que começa de
forma precoce e crescente desde o toque, evoluindo até a posição canguru, podendo ser realizada por ambos
os pais. OBJETIVO: Refletir acerca da intervenção psicoeducativa, realizada pelas estagiárias de
psicologia, em uma unidade do setor Canguru. METODOLOGIA: Esse relato é fruto da intervenção
realizada ao final do estágio obrigatório em psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), realizado no contexto hospitalar, na área da Psicologia Perinatal, no dia 4 de Julho de 2022. A
prática transcorreu no setor da Unidade Canguru na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), Natal/RN.
A atividade realizada constituiu-se de uma psicoeducação sobre o Método Canguru para as mães que
acompanhavam seus recém-nascidos pré-termo. A primeira etapa foi a construção da cartilha, para isso
ocorreu uma intensa pesquisa acerca do método e a seleção das melhores informações para serem levadas
até as mães. A atividade foi realizada leito a leito, ou seja, as mães foram visitadas em seus respectivos
quartos. Seguindo o mesmo modelo de conduta em todos os quartos, motivando a participação através de
perguntas e fomentando uma autoanálise sobre sua experiência na enfermaria. Foi abordado o conceito do
método, caracterizando como se dava a posição “canguru”, suas etapas e, por fim, as vantagens. Tudo isso
com o apoio de uma cartilha elaborada pelas estagiárias e baseada no material do Ministério da Saúde sobre
o Método Canguru. A motivação para realizar a atividade surgiu a partir da vivência do estágio, em que
ficou evidente que muitas mães que passavam pelo setor não possuíam conhecimento acerca da utilidade e
importância do método. Ao todo a atividade contemplou oito mães. RESULTADOS: A atividade foi
concluída com êxito pois alcançou os seus objetivos, de informar e discutir, de troca de experiências sobre
o método com as mães. As participantes interagiram muito durante as visitas aos leitos, relacionaram as
falas com sua própria vivência e até se divertiram no processo. Durante a execução da atividade verificou-
se que havia um desconhecimento por parte das mães acerca da existência e importância do método. Elas
abordaram mais sobre as vantagens da técnica (melhorias no aleitamento materno e controle térmico), pois
era isso que as motivava, sinalizando assim a importância de espaços de diálogos como esse.
CONCLUSÃO: No geral foi um momento muito rico de troca com essas mães, deixando um sentimento
positivo de ter contribuído com o processo dessas puérperas. Diante do exposto fica a sugestão da
implementação nas maternidades de mais atividade psicoeducativas sobre o método canguru voltada às
mães de bebês pré-termo. Em resumo, foi uma ótima experiência de inserção profissional no método
Canguru.

Palavras-chave: método canguru, psicoeducação, estágio, psicologia.

146
REFERÊNCIAS:

LIMA, Sebastião Elan dos Santos. Maternidade prematura, apoio social e necessidades de mães de
neonatos hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. 2020. Dissertação de Mestrado.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

MIGUEL, G.; SANTOS, I.; NOVAIS, M.; BARBOSA, D.; SOUSA, L. (2021). Alcance e assertividade de
acolhimentos com o auxílio da psicoeducação como estratégia de humanização em um hospital de urgência
de Goiânia durante a pandemia da COVID-19. SciELO Preprints. Disponível em:
https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/3205.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção humanizada ao recém-nascido método canguru manual técnico.


3. ed. Brasília - DF: Secretaria de Atenção à Saúde, 2017. 342 p. ISBN 978-85-334-2525-5.

147
COMO AS MULHERES PERCEBEM A ATENÇÃO DA ENFERMAGEM NO
CLIMATÉRIO: Uma Revisão Integrativa da Literatura
¹Valeria Coutinho da Silva
¹Rosilda Modesto Menezes

1São Lucas Grupo Afya Educacional (UNISL). Porto Velho, Rondônia, Brasil; 2São Lucas Grupo Afya
Educacional (UNISL). Porto Velho, Rondônia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: silvavaleria249@gmail.com

INTRODUÇÃO: O climatério é definido como um período de transição entre fases biológicas e não um
processo patológico, caracterizada pela transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida
da mulher. Na Atenção Primária de Saúde, os profissionais da saúde devem atuar frente os sinais e sintomas
que emergem quanto ao climatério, a fim de identificar casos que necessitam de acompanhamento, visando
à promoção da saúde, diagnóstico precoce, tratamento imediato dos agravos e a prevenção de danos.
OBJETIVO: Descrever a assistência da enfermagem Atenção Primária de Saúde às mulheres em climatério.
METODOLOGIA: Foi desenvolvida uma revisão integrativa da literatura (RIL), realizada nas bases de
dados da Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online
(SCIELO), a partir da inclusão de artigos científicos disponíveis na íntegra, em livre acesso, publicados no
período entre janeiro de 2017 a julho de 2022, relacionados à temática do estudo. Os descritores utilizados
estão de acordo com os Descritores em Ciências da saúde (DECS) e incluíram: Climatério. Assistência de
Enfermagem. Atenção Primária à Saúde. A pergunta norteadora foi a seguinte: Como é a assistência da
enfermagem na Atenção Primária de Saúde às mulheres em climatério? Onze estudos subsidiaram a revisão
de literatura. De posse de todo o material coletado pode-se avaliar os estudos incluídos na revisão integrativa
através de uma leitura crítica. Para análise, foi utilizado o programa de computação do Excel®, onde os
mesmos foram a presentados sob a forma de tabelas para melhor visualização e interpretação dos resultados.
Os resultados referidos dos dados qualitativos verificados na investigação, no período delimitado foram
expressos por meio da análise descritiva. RESULTADOS: Ao observar os resultados e a literatura
consultada que referenciou este estudo identificaram-se alguns pontos determinantes da Assistência de
enfermagem, destacando-se: a realização dos cuidados de saúde, prevenção e promoção da saúde, a
educação em saúde, o suporte emocional, a realização de ações que favoreçam o empoderamento da mulher
nessa fase da vida, identificar inadequações e disfunções sexuais e, prescrever e implementar os cuidados de
enfermagem voltados a melhorar e adequar hábitos de vida saudável, com fim de levar a mulherem climatério
alcançar sensação de bem estar físico, psicológico e aumentar sua qualidade de vida. Estudos apontam que
ainda necessita-se de incentivos aos profissionais da enfermagem para aprender sob atendimento em
climatério e capacitação aos funcionários das unidades, todavia, os referidos profissionais tem consciência
da importância de desenvolver ações específicas de atenção à mulher no climatério no próprio contexto da
APS, sendo necessário demandar tempo para esse atendimento específico, uma vez que a ESF tem outras
prioridades. CONCLUSÃO: Espera-se que, a partir dos resultados aqui encontrados, contribua-se para a
produção de novos estudos promovendo a contínua produção de conhecimento, com fins de melhorar a
qualidade do atendimento, além de servir como estímulo a enfermagem a prestar uma assistência adequada
à saúde da mulher nesse período contribuindo com redução dos impactos gerados por esse processo de
inúmeras alterações físicas e psíquicas.

Palavras-chave: Climatério, Assistência de Enfermagem, Atenção Primária à Saúde.

REFERÊNCIAS:

148
ALCANTÂRA, D. S. A Vivência do Climatério por mulheres atendidas em uma Unidade Básica de Saúde
no município de Gurupi - TO. Revista Amazônia Science & Health. [Internet], 2017. Disponível em:
http://www.ojs.unirg.edu.br/index.php/2/article/view/1735/pdf. Acesso em: 10 de Jun. 2020.
ARANHA, J. S. Climatério e menopausa: percepção de mulheres usuárias da estratégia saúde da família.
Temas em Saúde. v.16, n. 2. 2016. Disponível em: http://temasemsaude.com/wp-
content/uploads/2016/08/16232.pdf. Acesso em: 06 de jun. 2020.
ANDRADE, A. R. L. et al. Conhecimento dos Enfermeiros da Atenção Primária à Saúde sobre Sexualidade
no Climatério. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, [S. l.] , v. 11, n. 3, p. e10011326244, 2022. DOI:
10.33448/rsdv11i3.26244. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26244. Acesso
em: 15 nov. 2022.
ANDRADE, D. B. S. et al. O papel do enfermeiro nos cuidados de enfermagem com mulheres no período
climatérico. Rev. Cient. Sena Aires. v.7, n.1:2018. Disponível em:
file:///C:/Users/JANETE/Downloads/299-661-2-PB.pdf. Acesso em: 06 de Jun. 2020.
BESSA, A. D.; BARBOSA, T. L.; DELFINO, S. O. Climatério segundo a percepção de mulheres em
uma instituiçãoprivada d e ensino superior do DF. 1º Simpósio de TCC e Seminário de IC, Distrito
Federal, 2016. Disponível em: file:///C:/Users/tetec/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/climaterio.pdf
Acesso em: 22 de Jun. 2020.
BRASIL, Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual de Saúde. Climatério. Brasília, 2020. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/1090-climaterio/. Acesso em: 10 de Jun. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Instituto Sírio-
Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília: 2016. Disponível
em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_m ulheres.pdf. Acesso
em: 10 de Jun. 2020.
CAMPOS, P. F; MARÇAL, M. E. A.; ROCHA, L. S.; CARVALHO, V. P. S.; SILVA, J. M. O Climatério
e menopausa: conhecimento e condutas de enfermeiras que atuam na Atenção Primária à Saúde. Rev.
Enferm. UFSM, v.12, p.1-21, 2022.
OLIVEIRA, Z. M.; VARGENS, O. M. C.; ACIOLI, S.; SANTOS, R. S. Cuidado de enfermagem no
Climatério: Perspectiva desmedicalizadora na Atenção Primária de Saúde. Rev enferm UFPE on line.
Recife, 11(Supl. 2):1032-43, fev., 2017.
PIERETTE, P. C.; ARAUJO, T. R. G. A saúde da mulher no climatério: Promoção e Ações educativas
na Estratégia de Saude da Família. Trabalho de Conclusão de Curso no formato Projeto de Intervenção
aplicado na perspectiva da Atenção Primária à Saúde. UNASUS, 2020.
SARTI, T. D. et al. Qual o papel da Atenção Primária à Saúde diante da pandemia provocada pela COVID-
19? Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 29, n. 2, 2020. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S223796222020000200903&lng=en&nrm=iso.
Acesso em: 05 Jul. 2020.
SILVA, A. P. A. A.; PONTES, L. S. Assistência de Enfermagem a Mulheres no Climatério. Artigo
apresentado como requisito para conclusão do curso de Bacharelado em enfermagem pelo Centro
Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos Uniceplac.2020.
SILVA, C. B. et al. Atuação de enfermeiros na atenção às mulheres. Rev enferm UFPE on line, v 9(supl.
1), 2015. Disponível em: 10.5205/reuol.5221-43270-1- RV.0901supl201508. Acesso em: 06 de jun. 2020.

149
DOI 10.29327/1192726.1-25

MEMÓRIA CARDÍACA: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL POUCO


DISCUTIDO NA CARDIOLOGIA
Amanda Catharina Piazza¹
Marcela Camila de Andrade¹
Luiz Flávio Franqueiro¹
1Universidade Brasil (UB), Fernandópolis, São Paulo, Brasil
Eixo temático: Cardiologia
Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: piazzamanda@gmail.com

INTRODUÇÃO: A memória cardíaca (MC) ou fenômeno de Chatterjee, é um fenômeno não raro, porém
ainda pouco discutido e relatado em estudos, e ainda menos conhecido na prática clínica. Esse fenômeno se
apresenta como alterações reversíveis da repolarização ventricular da onda T no eletrocardiograma (ECG).
O conhecimento dessa entidade é de extrema importância para um correto diagnóstico e para assim
diferenciá-lo de outros diagnósticos com desfechos mais graves, como a isquemia miocárdica.
OBJETIVO: Este resumo apresenta como objetivo fornecer uma visão geral da MC, e os mecanismos
envolvidos nesta alteração eletrocardiográfica. Além disso, esta pesquisa tem como intuito conscientizar
médicos e estudantes de medicina quanto a existência deste fenômeno como diagnóstico diferencial na
cardiologia. METODOLOGIA: Para a elaboração deste resumo, foi realizada a revisão bibliográfica de
publicações encontradas no PubMed. Para garantir que o fenômeno seja descrito de maneira abrangente e
completa, foram escolhidos artigos em português, inglês e espanhol. Para certificar que a pesquisa fosse
precisa e atual, foi aplicado um filtro para a data de publicação, sendo preferencialmente abrangidos artigos
publicados na última década. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: Disfunção no sistema de condução
cardíaca é uma manifestação comum na cardiologia, sendo a memória cardíaca uma das menos conhecidas.
Esse fenômeno foi descrito em 1969 por Kanu Chatterjee, mas foi reconhecido por memória cardíaca apenas
em 1982 por Mauricio Rosenbaum, que nomeou o evento como “mudanças pós-taquicárdicas na onda T”.
A MC pode ser definida como uma remodelação especializada pois trata-se de um achado
eletrocardiográfico ou vetorcardiográfico transitório, que pode ser registrado durante ativação ventricular
normal, induzida por um período de ativação anormal. A MC pode ser decorrente de um bloqueio transitório
do ramo esquerdo, estimulação ventricular por marcapasso, extrassístole ventriculares, pré-excitação
ventricular ou episódios de taquicardia. O diagnóstico de memória cardíaca apresenta sensibilidade de 92%
e especificidade de 100% quando o eletrocardiograma constata as seguintes características: onda T positiva
na derivação AvL, positiva ou isoelétrica na derivação I, e tensão máxima de inversão da onda T nas
derivações precordiais mais elevadas que na derivação III. Contudo, no contexto clínico, o diagnóstico é já
validado pela presença da onda T negativa após uma estimulação fisiológica, a qual coincide com a
polaridade do QRS após um estímulo ventricular anormal. O. diagnóstico é validado quando excluídas
outras doenças que apresentam inversão de onda T, como a isquemia miocárdica, prolapso da válvula mitral,
hipertrofia ventricular esquerda, pericardite, embolia pulmonar, contusão miocárdica, miocardite,
hipertrofia do septo apical, medicamentos etc. CONCLUSÃO: Conclui-se que é de suma importância
aprofundar o conhecimento dos profissionais da saúde quando a memória cardíaca. A conscientização sobre
este evento, pode garantir um diagnóstico precoce e uma menor chance de aplicar métodos invasivos
desnecessários nestes pacientes. Este fenômeno deve ser suspeitado frente a a alteração eletrocardiográfica
descrita acima. O diagnóstico de MC é baseado na exclusão de outros eventos, assim como na identificação
da causa da inversão da onda T. Uma das causas mais comumente descritas é pós estimulação ventricular
por marcapasso.

Palavras-chave: Eletrocardiografia, Marca-Passo Artificial, Isquemia Miocárdica

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

150
JEYARAJ, Darwin; ASHWATH, Mahi; ROSENBAUM, David. Pathophysiology and clinical
implications of cardiac memory. Pacing Clin Electrophysiol, 3(3): 346–352, março 2010.

KUMAR, Rajan; SINHA, Archana. Cardiac Memory T Cells: A Benign Phenomenon. Missouri: EC
Pulmonology and Respiratory Medicine, 2018.

OLIVEIRA, Margarida; AZEVEDO, Olga; CALVO, Lucy; FARIA, Bebiana; RIBEIRO, Sílvia;
LOURENÇO, António. Memória Cardíaca, um Diagnóstico Esquecido. Int. J. Cardiovasc. Sci., v. 30, n.
4, p. 359-362, 2017.

PAULA, Waldo; LÓPEZ, Frank; SOTO, Ramón; PAULA, Wilmer; ISSAKA, Ismael. El fenómeno de la
memoria eléctrica como simulador de isquemia miocárdica. Villa Clara: CorSalud, 2021.

PATBERG, Kornelis; SHVILKIN, Alexei; PLOTNIKOV, Alexei; CHANDRA, Parag; JOSEPHSON,


Mark; ROSEN, Michael. Cardiac memory: Mechanisms and clinical implications. Heart Rhythm, 2005.

151
MEDIDAS COMPORTAMENTAIS E FARMACOLÓGICAS NO
TRATAMENTO DA ENXAQUECA

MARIANO, Ester Emanuela1


MARTINS, Idel de Oliveira1
COQUEIRO, Ingrid Brandão2
SILVA, Maria Eduarda Barbosa3
MORAIS, Ana Caroline da Silva4
DOS SANTOS, Medley Ferreira5
PEREIRA, Isadora Lara Santana6
FELIPE, Kárita Misaele Sousa7
1,2,3,4,5,6Discente na Universidade de Rio Verde (UniRV). Goianésia, Goiás, Brasil; 1Discente na
Universidade de Rio Verde (UniRV). Rio Verde, Goiás, Brasil; 7Docente na Universidade de Rio Verde
(UniRV). Goianésia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Doenças neurológicas

Modalidade: apresentação oral

E-mail do 1° autor: esteremanuelamarianoe@gmail.com

INTRODUÇÃO: A enxaqueca é altamente prevalente e por afetar a qualidade de vida, é considerada uma
doença debilitante. Os pacientes com crises agudas frequentemente procuram o serviço de urgência, são
hospitalizados e medicados. O tratamento geralmente inclui associação de medidas comportamentais e
farmacológicas. Dentre elas, respectivamente, alimentação e uso de anti-inflamatórios. OBJETIVO:
Compreender os efeitos na qualidade de vida dos indivíduos que possuem enxaqueca, atitudes alimentares
que influenciam as crises e a associação de medicamentos como tratamento. METODOLOGIA: Foi
realizada uma revisão de literatura integrativa, do tipo descritiva nas seguintes bases de dados: SCIELO,
PUBMED. Os descritores utilizados foram: “transtornos de enxaqueca” e “cefaleia” encontrando, assim 2
estudos inclusos no SCIELO e 3 inclusos no PUBMED, totalizando 5 estudos selecionados. Com filtragem
de artigos em português, inglês e espanhol dos últimos 5 anos, sendo excluídos os estudos duplicados e os
que não abordavam o assunto. RESULTADOS: A enxaqueca ou migrânea é uma cefaleia primária muito
relevante entre a população e consiste em sintomas característicos como vômitos, náuseas, intolerância a
estímulos sensoriais e fortes dores de cabeça. Durante as crises, os pacientes experimentam dificuldades
cognitivas, alterações na concentração e são incapazes de lidar com suas tarefas. A sintomatologia agrava-
se com os movimentos da cabeça, obrigando o indivíduo a interromper seus afazeres e submeter-se ao
repouso. É indispensável que, todo médico atuante em serviços de urgência e emergência, como unidade
de pronto atendimento e pronto socorro estejam aptos para o acolhimento desses pacientes, uma vez que, o
número de acometidos é elevado e a maioria procuram esses serviços de urgência, sendo uma das queixas
mais comuns no dia a dia dos neurologistas. Vários medicamentos têm mostrado eficácia, por exemplo,
triptanos, ergotamina, dentre outros. Esteroidais têm sido amplamente utilizados como monoterapia ou
tratamento complementar, especialmente em crises agudas. Corticosteroides apresentam-se benéficos na
crise, já que inibem a ativação trigemial, diminuindo, assim, a intensidade da dor e a duração das crises.
Foram identificados também gatilhos alimentares e, portanto, várias dietas têm sido recomendadas como:
de eliminação, epigenética e própria para a enxaqueca. Aceita-se que a migrânea é sensível à dieta e alguns
alimentos desencadeiam as crises. Dietas de eliminação consiste na identificação do ingrediente provocante
da crise e sua eliminação, as específicas foram desenvolvidas juntamente com as de eliminação e a
epigenética consiste na adição de alimentos que ajudem na patogênese da doença. É válido ressaltar que
realizar atividade física pela manhã, dormir bem, evitar alimentos desencadeantes, evitar uso inconsciente
de analgésico e repouso em ambiente tranquilo e silencioso contribuem para evitar as crises.
CONCLUSÃO: Sendo assim, tendo em vista os aspectos analisados, observa-se a necessidade de estudos
mais aprofundados e qualificação dos médicos quanto à doença, visto que alguns sintomas e
comportamentos relatados pelos pacientes ainda não são totalmente compreendidos. Considerando todos os
prejuízos causados pela doença, é preciso uma rápida intervenção para retardar os malefícios, como um
diagnóstico preciso, medicamentos eficazes e mais investigações sobre os resultados benéficos das dietas
no tratamento da enxaqueca.

Palavras-chaves: enxaqueca, cefaleia, crises

152
REFERÊNCIAS:
DODICK, David W . Migraine. National Library of medicine, 2018. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29523342/. Acesso em: 22 nov. 2022.
MARTINS, Isabelo Pavão. Cognitive performance in chronic migraine: Desempenho cognitivo na
enxaqueca crônica. Scielo, 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/anp/a/SpLtJP5vDQ6zJKKHTjn3DZj/?lang=en. Acesso em: 22 nov. 2022.
GAZERANI, Parisa. Migraine and Diet. National library of medicine, 2020. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32503158/. Acesso em: 22 nov. 2022.
CHARLES, Andrew. The pathophysiology of migraine: implications for clinical management. National
library of medicine, 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29229375/. Acesso em: 22
nov. 2022.
BUONANOTTE, Carlos-federico. Corticoesteroides: su utilidad en el abordaje farmacológico de la crisis
de migraña: Steroids: their role in migraine attack pharmacological management. Scielo, 2021. Disponível
em: https://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0717-92272022000200167&lang=pt.
Acesso em: 22 nov. 2022.

153
A VITAMINA D COMO UMA ALIADA NA PREVENÇÃO E NO
TRATAMENTO DA COVID-19

1
Maria Eduarda Mendes Pires

2Camila Pires Marinho

1Universidade De Rio Verde (UniRV), Aparecida de Goiânia, Goiás, Brasil; 2Hospital Regional da Asa
Norte (HRAN), Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1º autor: mariamendespires@outlook.com

INTRODUÇÃO: O ano de 2019 foi marcado pelo início de uma nova emergência de saúde pública de
importância internacional, a COVID-19. A cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da
China foi o berço de tal moléstia que, apesar de todo o esforço da comunidade científica, ainda não possui
tratamento. A maior letalidade da SARS-CoV-2 relaciona-se a pacientes idosos, imunossuprimidos com
complicações associadas a desdobramentos pulmonares, cardiovasculares, renais e neurológicos. Nesse
contexto, estudos objetivaram encontrar um recurso terapêutico que atuasse em tais desdobramentos da
infecção pelo Coronavírus Disease 19. Dentre as intervenções testadas, o uso da vitamina D teve maior
destaque. OBJETIVOS: Avaliar as vantagens do uso da vitamina D como prevenção e/ou tratamento da
COVID-19. METODOLOGIA: O presente estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, na qual
se optou pela análise de artigos científicos nas bases de dados SciELO, LILACS e Google Acadêmico,
visando estudar a relação entre a reposição da vitamina D e a prevenção e o melhor prognóstico da infecção
pela SARS-CoV-2. Os critérios de inclusão foram: artigos com delineamento observacional e experimental
publicados a partir de 2020 na língua portuguesa, inglesa e espanhola com aspectos qualitativos e
quantitativos. Os descritores utilizados foram “Vitamina D” e “COVID-19”, unidos pelo operador booleano
“AND”. Não houveram critérios de exclusão. RESULTADOS: A vitamina D, apesar do nome consagrado,
classifica-se de forma mais coerente como um pré-hormônio, pois é produzida pelo próprio organismo. Tal
substância pode ser obtida a partir de precursores de origem vegetal e animal, como cogumelos, salmões,
sardinhas, ovos e ostras, além de ser sintetizada pelo sistema endógeno por ação da radiação ultravioleta B.
Por muito tempo esse esteróide foi tido como útil apenas na regulação do metabolismo do cálcio e do fósforo
e na mineralização óssea, entretanto, com a descoberta do seu efeito sobre a regulação do sistema renina-
angiotensina-aldosterona a da existência do receptor de vitamina D em diversas células do sistema imune,
como macrófagos, neutrófilos, monócitos, células dendríticas e linfócitos T e B, tal substância passou a ser
tida como uma importante reguladora do sistema imune inato e adquirido. O reconhecimento desse efeito
foi um marco no que tange a realidade pandêmica marcada pela busca de tratamentos preventivos e da cura
para a COVID-19. Estudos mostram que a infecção pelo SARS-CoV-2 dá-se pela entrada desse vírus nas
células através do receptor ECA-2, que é, também, uma enzima responsável pela regulação do sistema
renina-angiotensina-aldosterona. O alinhamento negativo de tal enzima posterior à infecção é tido como uma
das causas das complicações pulmonares, cardiovasculares, renais e neurológicas, que se relacionam à
maioria dos casos letais. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A manutenção dos níveis de
vitamina D parece relacionar-se com um melhor prognóstico dos infectados pela SARS-CoV-2 ao evitar as
complicações responsáveis pela maioria dos óbitos. O mecanismo de ação desse esteróide, no que tange a
fisiopatologia da COVID-19, é baseado na manutenção do sistema renina-angiotensina- aldosterona, assim
como no fortalecimento do sistema imune. Entretanto, mais estudos são necessários.

154
Palavras-chave: COVID-19, Vitamina D, SARS-CoV-2

REFERÊNCIAS

1. LIMA, J. O papel da vitamina D na pandemia de COVID-19: revisão integrativa. Revista de Saúde


Pública do Paraná, v. 3, n. 2, p. 169-178, 9 abr. 2021.

2. MOREIRA, THIAGO POSS ; COSTA, VICTOR DE SOUZA ; FERRETO, LIRANE ELIZE DEFANTE
; WENDT, GUILHERME WELTER . Efeitos da vitamina D na prevenção e tratamento da COVID 19: uma
revisão sistemática. RESEARCH, SOCIETY AND DEVELOPMENT , v. 9, p. e32191211174, 2020.

3. OLIVEIRA, E. de S.; MATOS, M. F. .; CAVALCANTE, O. S. S. .; SILVESTRE, J. V. C. .; SOUZA, D.


E. M. de .; MORAIS, A. C. L. N. de . As duas faces da vitamina D como terapia adjuvante na covid-19.
InterAmerican Journal of Medicine and Health, [S. l.], v. 3, 2020. DOI: 10.31005/iajmh.v3i0.95. Disponível
em: https://www.iajmh.com/iajmh/article/view/95. Acesso em: 30 nov. 2022.

4. ESCOBAR, Ana Lúcia; RODRIGUEZ, Tomás Daniel Menéndez; MONTEIRO, Janne Cavalcante.
Letalidade e características dos óbitos por COVID-19 em Rondônia: estudo observacional. Epidemiol.
Serv. Saúde, Brasília, v.30, n.1, e2020763, mar.202 Disponível em
<http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
49742021000100010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 30 nov. 2022. Epub 07-Dez-2020.
http://dx.doi.org/10.1590/s1679-49742021000100019.

5. MARTINEZ-RODRIGUEZ, Erick J. et al . Evaluación de la utilidad de la vitamina D como predictor de


mortalidad en pacientes con COVID-19. Gac. Méd. Méx, Ciudad de México , v. 158, n. 1, p. 32-37, feb.
2022 . Disponible en <http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0016-
38132022000100032&lng=es&nrm=iso>. accedido en 30 nov. 2022. Epub 25-Abr-2022.
https://doi.org/10.24875/gmm.21000390.

155
DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DO TÚNEL DO
CARPO EM CRIANÇAS

¹Ísis Oliveira Ribeiro


²Emmanuel Rubim Pereira do Amaral

¹Michelle Cristina Sales Almeida Barbosa

1Universidade Federal de Juiz de Fora. Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil;


2Universidade do Vale do Rio Doce. Governador Valadares, Minas
Gerais, Brasil

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Apresentação
oral
E-mail do 1° autor: isisoliveira.ribeiro@estudante.ufjf.br
INTRODUÇÃO: A síndrome do túnel do carpo (STC) é uma neuropatia caracterizada pela compressão
do nervo mediano, no canal do carpo, que acomete adultos e crianças. Nesta população em específico,
sabe-se que é uma condição clínica rara, sendo relatados apenas 52 casos em revisão extensa da literatura,
e acontece com mais frequência de forma secundária a outras causas, como malformações e doenças
congênitas raras. Sabe-se que a STC é de difícil diagnóstico, devido aos sintomas atípicos na infância e
pouca colaboração do paciente, sendo a investigação importante para a prevenção de danos, que incluem
disfunção do movimento dos dedos e atrofia muscular relacionada ao nervo mediano. OBJETIVO:
Revisar as principais dificuldades do diagnóstico da STC em crianças pelo médico ortopedista.
METODOLOGIA: revisão bibliográfica por meio de pesquisas na base de dados Pubmed, utilizando os
descritores "carpal tunnel syndrome”, "children", "kids” e o operador booleano “AND”. Dessa busca
foram encontrados 196 artigos, os quais foram posteriormente submetidos aos critérios de seleção. Os
critérios de inclusão foram: artigos no idioma inglês; publicados no período de fevereiro de 2013 a
fevereiro de 2023, artigos de ensaio clínicos, randomizados. Foram excluídos livros, revisões
bibliográficas, artigos duplicados e que não atendiam aos demais critérios de inclusão. Assim, ao final,
foram selecionados cinco artigos. RESULTADOS: Os sintomas da síndrome do túnel do carpo incluem
dor, parestesia na região e diminuição da sudorese. Em crianças, o diagnóstico pode ser dificultado, uma
vez que a doença pode se manifestar acompanhada ainda por sinais de mordidas dos dedos radiais devido
à insensibilidade à dor e reações eritematosas graves. Ademais, o estado cognitivo da criança e sua idade
são fatores que dificultam o diagnóstico na infância, devido a uma menor facilidade na realização da
anamnese adequada e no relato dos sintomas pelo paciente. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A complexidade dos casos clínicos, a dificuldade na anamnese e a pouca colaboração do
paciente nessa faixa etária corroboram para o diagnóstico dificultoso e tardio. A hipótese clínica, nessas
situações, é de grande importância, visto que a síndrome do túnel do carpo, quando provoca
sintomatologia intensa e sem resolução por meio medicamentos e uso de imobilizadores, requer
tratamento cirúrgico adequado para prevenir danos ao nervo mediano axonal e futuras complicações.

Palavras-chave: Carpal tunnel syndrome, Children, Kids.

REFERÊNCIAS:

ACCIARO, A. L. et al. The carpal tunnel syndrome in children. Musculoskeletal Surgery, Italy, v. 102,
p. 261-265, 2018.

156
ALI, S.M et al. Carpal tunnel syndrome in children: a case report. The Pan African Medical Journal,
Tunisia, v. 41, p. 116, 2022.

BATDORF, N.J et al. Idiopathic carpal tunnel syndrome in children and adolescents. The journal of hand
surgery, North State Street, v. 40, p. 773-777, 2015.

DAVIS, L. et al. Carpal tunnel syndrome in children. Pediatric Neurology, North State Street, v. 50, p.
57-59, 2014.

RUSCH, C. T et al. Etiology of Carpal Tunnel Syndrome in a Large Cohort of Children. Children,
Switzerland, v. 8, p. 624, 2021.

157
QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM CÂNCER DE BOCA E
OROFARINGE.

¹Aline Barbosa dos Santos


2
Jamile de Oliveira Azevedo
2
Márcio Campos de Oliveira

1Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, Bahia, Brasil, 2Universidade Estadual de Feira de
Santana (UEFS). Feira de Santana, Bahia, Brasil.

Eixo temático: PATOLOGIA BUCAL

Modalidade: Apresentação
oral

E-mail do 1° autor:

alineebarbosaa@hotmail.com

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os cânceres de boca e orofaringe estão entre as neoplasias mais frequentes da região de
cabeça e pescoço e ocorrem em regiões responsáveis por funções básicas como respiração, deglutição e
fonética. As alterações nessas estruturas, desencadeadas pelo tumor e pelo tratamento, afetam diretamente
a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. OBJETIVO: Analisar comparativamente a qualidade de
vida e níveis de ansiedade e depressão em pacientes com câncer de boca e orofaringe. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de corte transversal, utilizando dados secundários dos últimos cinco anos, de
pacientes atendidos no Hospital Otorrinos/MULTICLIN, Feira de Santana, Bahia, Brasil, submetidos ao
questionário de Avaliação da Qualidade de Vida da Universidade de Washington (UW-QOL).
RESULTADOS: A amostra foi composta por 91 pacientes com câncer de boca ou orofaringe, com média
de idade de 61,18 ± 10,79 anos, e prevalência do sexo masculino (72,5%). Na análise da qualidade de vida,
a maioria dos domínios não apresentou diferença significativa, com escore total de p=0.5162 entre as
localizações anatômicas estudadas. O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, sendo uma
das principais causas de morte na maioria dos países. A prevalência mundial em acometimento do câncer
na cavidade bucal e orofaringe está representada principalmente por indivíduos do sexo masculino e faixa
etária entre 45 e 69 anos. O tabagismo, o consumo excessivo de álcool estão presentes na maior parte dos
pacientes diagnosticados. Os achados mostraram uma maior incidência para o câncer de boca comparada
ao de orofaringe e a maioria no estádios III e IV, comprometendo o prognóstico. Os tumores originários em
orofaringe são caracterizados por pior prognóstico, devido a localização de difícil acesso, a associação

158
a metástases cervicais e o padrão oligossintomático no início. A dor, a deglutição, a mastigação, a fala e o
paladar são funções que mais sofrem alterações devido ao crescimento do tumor e/ou do tratamento,
resultando em pior qualidade de vida aos pacientes acometidos. CONCLUSÃO: Esse estudo não evidenciou
diferença significativa para os domínios analisados, embora orofaringe tenha apresentado baixas
pontuações para os domínios aparência, atividade, fala, humor e ansiedade. Apesar de não ter sido
demonstrado diferença expressiva nos achados, as duas neoplasias apresentaram qualidade de vida ruim,
com impactos negativos associados às sequelas funcionais e sociais devido ao surgimento e
desenvolvimento desses tumores.

Palavras-chave: Câncer oral, Câncer orofaríngeo, Qualidade de vida.

REFERÊNCIAS:

1. INCA - Instituto Nacional de Câncer [Internet]. Estatísticas de câncer; [citado 05 fev 2023].
Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer.
2. Cunha MD da, Terto DS, Diniz J et al. "Avaliação da função gustativa em pacientes com câncer de
cavidade oral e orofaringe avançado." Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2020;32(6). doi:
https://doi.org/10.1590/2317-1782/20202019122.
3. Moro JS, Maroneze MC, Ardenghi TM, et al. Câncer de boca e orofaringe: epidemiologia e análise
da sobrevida. Einstein, São Paulo. 2018;16(2):eAO4248. doi: https://doi.org/10.1590/S1679-
45082018AO4248.
4. Oliveira DFG de, Cavalcante DRA, Feitosa SG. Qualidade de vida dos pacientes com câncer oral:
Revisão integrativa da literatura. SANARE. 2020 Jan/Jun; 10:121-130. doi:
https://doi.org/10.36925/sanare.v19i1.1313.
5. Santos ALB, Dib JE, Souza LBA de. Importância do diagnóstico precoce no tratamento do câncer de
orofaringe: Estudo de caso. Revista Amazônia Science & Health. 2020; 8(2). doi:
10.18606/23181419/amazonia.sci.health.v8n2p100109.
6. INCA- Instituto Nacional de Câncer [Internet]. Câncer de boca; 26 ago 2021 [citado 30 ago 2021].
Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-boca.
7. Majid A, Sayeed BZ, Khan M et al. "Assessment and improvement of quality of life in patients
undergoing treatment for head and neck cancer." Cureus Journal. 2017 May;9(5): e1215. doi:
10.7759/cureus.1215.
8. American Cancer Society [Internet]. Information and Resources about for Cancer: Breast, Colon,
Lung, Prostate, Skin; Early Throat Cancer. [citado 25 fev 2020]. Disponível
em: https://www.cancer.org/cancer/laryngeal-and-hypopharyngeal-cancer/detection-diagnosis-
staging.html.
9. Krebber AH, Van Uden-Kraan CF, Melissant HC et al. A guided self-help intervention targeting
psychological distress among head and neck cancer and lung cancer patients: motivation to start,
experiences and perceived outcomes. Support Care Cancer. 2017 Jan;25(1):127-135. doi:
10.1007/s00520-016-3393-x.

159
10. Roick J, Danker H, Dietz A, et al. Predictors of changes in quality of life in head and neck cancer
patients: a prospective study over a 6-month period. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2020 Feb;277(2):559-
567. doi: 10.1007/s00405-019-05695-z.
11. Parkar SM, Shah MN. A relationship between quality-of-life and head and neck cancer: A systemic
review. South Asian J Cancer. 2015 Oct-Dec;4(4):179-82. doi: 10.4103/2278-330X.175955.
12. Schaller A, Dragioti E, Liedberg GM, et al. Quality of life during early radiotherapy in patients with
head and neck cancer and pain. Journal of Pain Research, J Pain Res. 2017 jul;2017(10):1697–1704. doi:
10.2147/JPR.S138113.
13. Jungerman I, Toyota J, Montini NP, et al. Patient Concerns Inventory for head and neck cancer:
Brazilian cultural adaptation. Rev. da Associação Médica Brasileira, Rev. Assoc. Med. Bras. 2017 apr;63(4).
doi: https://doi.org/10.1590/1806-9282.63.04.311.

14. Andrade JOM, Santos CAST, Oliveira MC. Fatores associados ao câncer de boca: um estudo de caso-
controle em uma população do Nordeste do Brasil. Rev. Bras. Epidemiol., 2015 Dec;18(04). doi:
https://doi.org/10.1590/1980-5497201500040017.
15. Goiato MC, Amoroso AP, Silva B, et al. The Impact of Surgery and Radiotherapy on Health-Related
Quality of Life of Individuals with Oral and Oropharyngeal Carcinoma and Short-Term Follow up after
Treatment. Asian Pac J Cancer Prev. 2020 May 1;21(5):1227-1234. doi: 10.31557/APJCP.2020.21.5.1227.
16. Santos LP de S, Carvalho FS de, Carvalho CAP de, et al. Características de Casos de Câncer Bucal
no Estado da Bahia, 1999-2012: um Estudo de Base Hospitalar. Rev. Bras. Cancerol. 31 de março de 2015;
61(1):7-14. doi: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2015v61n1.350.
17. Pedra RC, Silva CL da, Bernardes IE, et al. Factors associated with advanced-stage oral and
oropharyngeal squamous cell carcinoma in a Brazilian population. Braz. J. Oral Sci. 2021
Jun;20(00):e219638. doi: https://doi.org/10.20396/bjos.v20i00.8659638.
18. Scheufen RC de, Almeida FCS, Silva DP da, et al. Prevenção e Detecção Precoce do Câncer de Boca:
Screening em Populações de Risco. Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada.
2011;11(2):245-249. doi: 10.4034/PBOCI.2011.112.15.
19. Xavier HV, Rodrigues ALG, Tourinho LHP, et al. Características epidemiológicas do câncer oral no
estado do Acre. Braz. J. of Develop., Curitiba, 2020;6(10):80491-80507. doi:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n10-462.
20. Fernandes MRCC, Luz GOA, Lima CCM de, et al. Câncer bucal: Voz e qualidade de vida pós mutilação.
Rev. Pesq. Cuid. Fundam.2021;13:1082-1088 doi: https://doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v13.9978.
21. Leite RB, Marinho ACO, Costa BL, et al. A influência do tabaco e do álcool no câncer bucal: revisão
da literatura. J. Bras. Patol. Med. Lab., 2021;57. doi: https://doi.org/10.5935/1676-2444.20210001.
22. Quinsan ICM, Costa CG, Priante AVM, et al. Resultados funcionais e sobrevida de pacientes com
câncer oral e orofaríngeo após glossectomia total. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. 2020 Sep-
Oct;86(5):545-551. doi: https://doi.org/10.1016/j.bjorl.2019.02.005.
23. Angelo AR, Medeiros AC, Biase RCCG. Qualidade de vida em pacientes com câncer na região de
cabeça e pescoço. Rev Odontol UNESP.2010jan/fev;39(1):1-7. Disponível:
https://www.revodontolunesp.com.br/article/588018a97f8c9d0a098b4d64.

160
24. Torabi M, Jahanian B, Afshar MK. Quality of Life in Iranian Patients with Oral and Head and Neck
Cancer. Association of Support to Oral Health Research – APESB. 2021; 21:e0062. doi:
https://doi.org/10.1590/pboci.2021.016.
25. Wu Y, Lin P, Chien C, et al. Anxiety and depression in patients with head and neck cancer: 6-month
follow-up study. Neuropsychiatric Disease and Treatment, 2016 april;12:1029-1036. doi:
https://doi.org/10.2147/NDT.S103203.
26. Crescenzi D, Laus M, Radici M, et al. TNM classification of oral cavity carcinomas: suggested
modifications Otolaryngol Pol. 2015;69(4):18-27. doi:10.5604/00306657.1160919.
27. Gobbo M, Bulo F, Perinetti G, et al. Características terapêuticas e diagnósticas associadas a
modificações nos resultados da qualidade de vida entre um e seis meses após cirurgia de grande porte
para câncer de cabeça e pescoço. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2016 Sep-Oct;82(05): 548-557. doi:
https://doi.org/10.1016/j.bjorl.2015.10.013
28. Liao L, Hsu W, Lo W, et al. Health-related quality of life and utility in head and neck cancer survivors.
BMC Cancer, 2019 may;19(425):1-10. doi :10.1186/s12885-019-5614-4.
29. Weschenfelder JLP, Gonçalves LF, Mituuti CT, et al. Deglutição e nutrição em pacientes com câncer
de orofaringe: Uma revisão sistemática. Research, Society and Development, 2021;10(9). doi:
http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17630.
30. Bonzanini LIL, Soldera EB, Ortigara GB, et al. Effect of the sense of coherence and associated factors
in the quality of life of head and neck cancer patients. Braz. Oral Res. 2020;34. doi:
https://doi.org/10.1590/1807-3107bor-2020.vol34.0009.
31. Cramer JD, Johnson JT, Nilsen ML. Pain in Head and Neck Cancer Survivors: Prevalence, Predictors,
and Quality-of-Life Impact. Otolaryngol Head Neck Surg. 2018 Nov;159(5):853-858. doi:
10.1177/0194599818783964.
32. Rogers SN, Travers A, Lowe D, et al. Importance of activity and recreation for the quality of life of
patients treated for cancer of the head and neck. Br J Oral Maxillofac Surg. 2019 Feb;57(2):125-134. doi:
10.1016/j.bjoms.2018.10.001.
33. Dzebo S, Mahmutovic J, Erkocevic H. Quality of Life of Patients with Oral Cavity Cancer. Mater
Sociomed. 2017 Mar; 29(1): 30-34. doi: 10.5455/msm.2017.29.30-34.
34. Pires MB, Paim ED, Wochnicki GR, et al. Perfil da qualidade de vida três meses ou mais após o
término da radioterapia adjuvante utilizada para o tratamento do câncer de cabeça e pescoço em um centro
de assistência de alta complexidade em oncologia. 2021;45(1):308-17. doi: 10.15343/0104-
7809.202145308317.
35. Sapir E, Tao Y, Feng F, et al. Predictors of dysgeusia in patients with oropharyngeal cancer treated
with chemotherapy and intensity modulated radiation therapy. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2016 Oct
1;96(2):354-361. doi: 10.1016/j.ijrobp.2016.05.011
36. Togni, L, Mascitti M, Vignini A, et al. Treatment-related dysgeusia in oral and oropharyngeal cancer:
a comprehensive review. MDPI J Nutrients. 2021 Sep;13(10):1-11. doi:
https://doi.org/10.3390/nu13103325.
37. You Q, Jing X, Fan S, et al. Comparison of functional outcomes and health-related quality of life one
year after treatment in patients with oral and oropharyngeal cancer treated with three different

161
reconstruction methods. Br J Oral Maxillofac Surg. 2020 Sep;58(7):759-765. doi:
10.1016/j.bjoms.2020.01.010.
38. Rajeev-kumar, G, Moreno J, Kelley A, et al. Emotional quality of life after radiation. Advances in
Radiation Oncology, 2019 Oct-Dec;4:674-682. doi: 10.1016/j.adro.2019.05.001.
39. Van Beek FE, Jansen F, Mak L, et al. The course of symptoms of anxiety and depression from time
of diagnosis up to 2 years follow-up in head and neck cancer patients treated with primary (chemo)radiation.
Oral Oncol. 2020 Mar; 102:104576. doi: 10.1016/j.oraloncology.2020.104576.
40. Lee YH, Lai YH, Yueh B, et al. Validation of the University of Washington Quality of Life Chinese
Version (UWQOL-C) for head and neck cancer patients in Taiwan. J Formos Med Assoc. 2017
Apr;116(4):249-256. doi: 10.1016/j.jfma.2017.01.002.

162
IMPACTOS E DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
QUADROS DE TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADO (TAG)

¹Stephany Paula da Silva Canejo


1
Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG). Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem.


Modalidade: Pôster.
E-mail do 1° autor: stephany.canejo@hotmail.com.

Resumo
O Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG) rapidamente se tornou uma das patologias mais
predominantes e incapacitantes das últimas décadas, afetando a rotina e realização de atividades de vida
diária da população. A assistência, o tratamento e evolução do quadro podem ser afetados por diversos
fatores, especialmente pela assistência recebida pela enfermagem nesses quadros. O presente estudo
objetivou investigar as principais características clínicas apresentadas na TAG e como a assistência de
enfermagem pode impactar diretamente na evolução dos quadros. Trata-se de revisão integrativa da
literatura com levantamento bibliográfico realizado em janeiro de 2023 nas bases de dados Scientific
Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Library e PubMed. Após as etapas de leitura e seleção,
constituiu-se a amostra de análise em um total de 07 artigos. Ao longo da revisão bibliográfica, observou-
se que o enfermeiro ocupa a linha de frente do cuidado a pacientes com sofrimento mental e/ou psiquiátrico,
especialmente na Atenção Primária à Saúde. Percebe-se, neste contexto, que a enfermagem utiliza
ferramentas e tecnologias leves, permitindo a continuidade das ações de saúde, maior engajamento do
paciente e sua família no seu cuidado e menores índices de evasão de tratamentos e/ou acampamentos de
usuários. Pode-se observar que a enfermagem atualmente, com as ferramentas e qualificação necessárias, é
capaz de investigar informações quanto à subjetividade do quadro ansioso de cada paciente. Os achados
apontam a importância da assistência do profissional de enfermagem no cuidado a pacientes com quadros
mentais na manutenção e evolução dos quadros e na indispensabilidade da qualificação destes profissionais
para melhor condução desses casos.

Palavras-chave: Ansiedade; Cuidados de Enfermagem; Saúde Mental.


Eixo Temática: Enfermagem.
Modalidade: Pôster.

1 INTRODUÇÃO
O transtorno de ansiedade é caracterizado pela sensação constante de alerta, preocupação
exacerbada e sensações físicas desconfortáveis, acompanhada de diversas outras manifestações físicas
(ALBUQUERQUE; ALMEIDA, 2020). Quando encontrada dentro dos níveis esperados no organismo, a
ansiedade pode ser considerada uma emoção humana normal e saudável, sendo responsável pela função
essencial de preparo do ser humano para lidar com situações cotidianas através da execução do mecanismo
popularmente conhecido como "luta ou fuga" (LOPES et al., 2021; ANDRADE et al., 2019).
Comumente a intensidade e duração da ansiedade varia de acordo com a situação vivenciada, a
capacidade de adaptação do indivíduo e com sua aptidão física. O que a diferencia do estado patológico da
ansiedade é a intensidade em que se apresenta e como afeta a capacidade do indivíduo na realização das
Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) (ALBUQUERQUE; ALMEIDA, 2020). Isto é, o quanto
o nível da ansiedade impede o paciente de ter sua rotina inalterada por um estado permanente de apreensão
(ANDRADE et al., 2019).
A etiologia do transtorno de ansiedade é caracterizada pela interação de inúmeros fatores, tais
como aspectos psicossociais, ambientais e genéticos, compreendendo em sua fisiopatologia maior resposta
do sistema nervoso autônomo e elevação da frequência cardíaca. Além disso, vários neurotransmissores,
como a serotonina e dopamina, podem ser comprometidos na patogenia da ansiedade (ANDRADE et al.,
2019; LOPES et al., 2021). A epidemiologia da condição já a define como muito habitual, de início precoce

163
e resistente ao longo da vida. Correspondendo à segunda mais importante causa de incapacitação entre
quadros mentais, os quadros de ansiedade se mantiveram em posições mais relevantes quando analisados
em comparação com todas as patologias físicas e mentais mais predominantes nos últimos 25 anos
(MANGOLINI; ANDRADE; WANG, 2019).
A assistência, o tratamento e evolução do quadro podem ser afetados por diversos fatores. Entre
estes, destacam-se o preconceito, o estigma, falta de apoio familiar e a conduta porventura indevida de
profissionais de saúde podem afetar negativamente o bem-estar biopsicossocial e a procura por cuidados de
saúde (LOPES et al.,2021; LOPES; SANTOS, 2018). Desta maneira, revela-se a importância do
profissional de saúde habilitado como fator catalisador do progresso nos quadros de ansiedade.
Considerando que a enfermagem está na linha de frente nos cuidados relativos à saúde mental,
especialmente na atenção primária e emergências, é fulcral que tais profissionais estejam habilitados para
ofertar uma experiência positiva, livre de estigmas e apoiada por protocolos e normativas que os permitam
prestar uma assistência de qualidade (LOPES et al., 2021; LOPES; SANTOS, 2018). Possibilita-se, dessa
maneira, que o paciente se sinta acolhido e estimulado a procurar o serviço de saúde em futuras
oportunidades (LOPES et al., 2021). A importância que a assistência de enfermagem de qualidade prestada
a pacientes com quadros ansiosos possui torna imperativo que se busque entender como se caracteriza
esse/tal transtorno e ferramentas mais utilizadas pela enfermagem frente à condição. Com base nessa
percepção, objetivou-se com esta pesquisa identificar e analisar bibliograficamente quais são os impactos
que a assistência de enfermagem pode ter em pacientes com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

2 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, metodologia que propicia a formulação de um
apanhado teórico-analítico geral que permite indicar quão reproduzível são os resultados encontrados dos
estudos analisados (GONÇALVES, 2019). O artigo foi conduzido pela seguinte pergunta norteadora: “Qual
o impacto que a assistência de enfermagem pode ter em pacientes com Transtorno de Ansiedade
Generalizada?”. O levantamento dos artigos foi realizado em janeiro de 2023, nas bases de dados: Scientific
Electronic Library Online (Scielo); Cochrane Library; e PubMed. Tal levantamento se realizou através do
cruzamento dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde-Biblioteca Virtual de Saúde (DECS-BVS):
Ansiedade AND Cuidados de Enfermagem AND Saúde Mental, e seus equivalentes em Inglês e Espanhol,
cruzados através do operador booleano “AND”.
Foram definidos os seguintes critérios de inclusão: fontes que abordaram as temáticas de maneira
satisfatória ao tema e objetivos propostos neste trabalho; pesquisas realizadas em português, entre os anos
de 2018 e 2022, que estavam disponíveis na íntegra e com acesso gratuito. Foram descartados os trabalhos
cujos resumos não abordavam satisfatoriamente o objetivo proposto ao tema, que abordavam outros temas,
que se encontravam em outras línguas e/ou que estavam duplicados nas bases de dados.
Foram encontrados 8.201 trabalhos sem aplicação de filtros nas bases de dados e sem a aplicação
dos critérios de inclusão e exclusão, e 293 com a aplicabilidade destes. A segunda fase da seleção foi
realizada por meio da análise da pertinência dos trabalhos pelos seus títulos, tendo ocorrido nesta fase o
descarte de 14 trabalhos duplicados nas bases de dados e o descarte de 107 artigos cujos títulos não atendiam
ao tema proposto. A terceira etapa foi destinada ao descarte após a leitura dos resumos dos trabalhos
restantes, 21 foram selecionados para a leitura na íntegra. A partir destes, 07 estudos, por final, foram
selecionados após a leitura de seus conteúdos. O Gráfico 1, a seguir, mostra o fluxograma da estratégia de
seleção dos artigos.

Gráfico 1 – Fluxograma com estratégia de seleção dos artigos.

164
Fonte: Autora.

No quadro 2 a seguir estão descritos cada uma das pesquisas selecionadas, exibindo a
caracterização da avaliação dos estudos quanto a seus respectivos títulos, anos de publicação, e revistas nas
quais foram publicados, respectivamente.
Quadro 2 – Detalhamento das características dos artigos incluídos.
Ano de
Título
publicação
A interseção entre ser enfermeiro e ser terapeuta em saúde mental 2020
Atitudes de enfermeiros frente ao envolvimento da família nos
2020
cuidados à pessoa com transtorno mental
Cuidado de enfermagem às pessoas atendidas na
2019
emergência por tentativa de suicídio
Enfermeiros de atenção primária à saúde:
2021
atitudes frente à pessoa com transtorno mental
Desafios do cuidado de enfermagem na reabilitação psicossocial: um estudo sob a perspectiva
2021
construcionista
Implantação do processo de enfermagem na saúde mental:
2020
pesquisa convergente-assistencial
Importância das famílias nos cuidados à pessoa com transtorno mental: atitudes de
2018
enfermeiros
Fonte: Autora.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O transtorno da ansiedade é caracterizado por apresentar manifestações que variam de paciente
para paciente, tornando mais complexo o processo de identificação e diagnóstico da condição (FONTÃO
et al., 2018). Considerando o conceito de Transtorno Misto Ansioso e Depressivo (TMAD), estabelecido
pela Classificação Internacional de Doenças (CID 10), por exemplo, com certa frequência os casos de
ansiedade e/ou depressão não preenchem os critérios de diagnóstico deste quadro (LOPES; SANTOS,
2018). Percebendo-se, de tal maneira, a necessidade de um protocolo diagnóstico mais amplo para captação
desses pacientes, considerando-se a subjetividade e individualidade do paciente e, portanto, do seu quadro
ansioso (BOSSATO; LOYOLA; OLIVEIRA, 2021).
Especialmente na Atenção primária à Saúde, o enfermeiro ocupa a linha de frente do cuidado a
pacientes com sofrimento mental e/ou psiquiátrico. Tendo sua atitude frente a estes quadros afetados pelo
tempo de experiência na área, afinidade pessoal do enfermeiro com o setor e o tempo de formação do
profissional, o enfermeiro pode adotar atitudes mais negativas ou mais positivas com relação ao paciente
com sofrimento mental. Dessa maneira, impacta-se diretamente a evolução do quadro destes, além de levar
a um aumento de sua procura pelo serviço de saúde (NÓBREGA et al., 2021).
Devido às muito distintas sintomatologias da ansiedade, avalia-se a importância do uso de
ferramentas e tecnologias que se destacam no cuidado ao paciente em sofrimento mental (SILVA et al.,
2020). Entra elas, pode-se citar a tecnologia leve, caracterizada pela escuta qualificada, pela formação de
um forte vínculo entre paciente e profissional de saúde e pela comunicação eficaz (SILVA et al., 2018).
Tais tecnologias estão sendo cada mais amplamente agregadas aos serviços de saúde, em especial na
enfermagem. Entende-se, com base nisso, que as tecnologias no cuidado devem ser implementadas em
todos os serviços de saúde e em todos os níveis de cuidado, visto que permitem continuidade das ações de
saúde, maior engajamento do paciente e sua família no seu cuidado e menores índices de evasão de
tratamentos e/ou acampamentos de usuários (NÓBREGA et al., 2020; SOUZA et al., 2020; FERNANDES
et al., 2018).
Pode-se observar que a enfermagem atualmente é capaz de investigar informações quanto à
subjetividade do paciente, a fim de implantar métodos de avaliação do estado geral individual e medidas
assistenciais e de gestões de casos (SILVA et al., 2020). O estudo de Elias, Tavares e Muniz (2020) propõe
que os enfermeiros com especialização em saúde mental poderiam ser psicoterapeutas, considerando que a
psicoterapia é uma atividade aberta a diversas profissões e que o profissional enfermeiro já possuiria a base
do conhecimento requerida. Ou seja, entende-se que, com as ferramentas e qualificação necessárias, o
profissional de enfermagem deve assumir o protagonismo do cuidado a quadros ansiosos e mentais,
expandindo a qualidade dos serviços de saúde psiquiátricos e mentais e reduzindo a quantidade de quadros
sem acompanhamento profissional.

165
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atitudes e medidas adotadas pelo profissional de enfermagem em quadros mentais repercute
diretamente na continuidade do cuidado, na procura pelo serviço de saúde e na evolução de cada caso.
Revelando, dessa forma, a relevância deste profissional frente a pacientes em sofrimento mental em todos
os níveis de assistência à saúde. Para que ocorra a expansão do papel do enfermeiro no cuidado a quadros
mentais, é fundamental que estes estejam qualificados e devidamente preparados para lidar com as
demandas de tais quadros. Tal formação expandida e multidisciplinarmente integrada pode levar ao
aumento de casos atendidos de forma mais humanizada e hábil – e, portanto, atingir-se-á uma melhora da
qualidade de vida destes pacientes.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Roberto Nascimento de; ALMEIDA, Duanny Karen Vieira de. A enfermagem e o
transtorno de ansiedade: uma revisão narrativa. Revista da Saúde da AJES, v. 6, n. 12, p. 1–16, 2020.

ANDRADE, João Vitor et al. Ansiedade, um dos problemas do século XXI. Revista de Saúde da
ReAGES, v. 2, n. 4, p. 34-39, 2019.

BOSSATO, Hércules Rigoni; LOYOLA, Cristina Maria Douat; OLIVEIRA, Rosane Mara Pontes de.
Desafios do cuidado de enfermagem na reabilitação psicossocial: um estudo sob a perspectiva
construcionista. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, p. 1-8, 2021.

ELIAS, Andréa Damiana da Silva; TAVARES, Cláudia Mara de Melo; MUNIZ, Marcela Pimenta. A
interseção entre ser enfermeiro e ser terapeuta em saúde mental. Revista Brasileira de Enfermagem, v.
73, p. 1-8, 2020.

FERNANDES, Carla Sílvia Neves da Nova et al. Importância das famílias nos cuidados à pessoa com
transtorno mental: atitudes de enfermeiros. Escola Anna Nery, v. 22, n. 4, p. 1-8, 2018.

FONTÃO, Mayara Cristine et al. Cuidado de enfermagem às pessoas atendidas na emergência por tentativa
de suicídio. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, p. 2329-2335, 2018.

GONÇALVES, Jonas Rodrigo. Manual de artigo de revisão de literatura. Brasília (DF): Editora
Processus, 2019.

LOPES, Amanda Brandão et al. Transtorno de ansiedade generalizada: uma revisão narrativa. Revista
Eletrônica Acervo Científico, v. 35, p. 1-7, 2021.

LOPES, Keyla Crystina da Silva Pereira; SANTOS, Walquiria Lene dos. Transtorno de ansiedade. Revista
de Iniciação Científica e Extensão - REIcEn, v. 1, n. 1, p. 45-50, 2018.

MANGOLINI, Vitor Iglesias; ANDRADE, Laura Helena; WANG, Yuan-Pang. Epidemiologia dos
transtornos de ansiedade em regiões do Brasil: uma revisão de literatura. Revista de Medicina, v. 98, n.
6, p. 415-422, 2019.

NÓBREGA, Maria do Perpétuo Socorro de Sousa et al. Atitudes de enfermeiros frente ao envolvimento da
família nos cuidados à pessoa com transtorno mental. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, p. 1-8,
2020.

NÓBREGA, Maria do Perpétuo Socorro de Sousa et al. Enfermeiros de atenção primária à saúde: atitudes
frente à pessoa com transtorno mental. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 42, p. 1-9, 2021.

SILVA, Tatiana Gomes da et al. Implantação do processo de enfermagem na saúde mental: pesquisa
convergente-assistencial. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, p. 1-9, 2020.

SOUZA, Joyce Wadna Rodrigues de et al. Tecnologias leves na atenção básica: discurso dos enfermeiros.
Revista Saúde & Ciência online, v. 9, n. 3, p. 18-28, set.-dez. 2020.

166
USO MEDICINAL DO CANABIDIOL NO TRATAMENTO REFRATÁRIO
DA EPILEPSIA

¹José Victor Lima de Souza

¹Adolpho Dias Chiacchio

²João Vitor Brito Miglioli

³ Renata Ferreira Chagas


4
Gabriel Silva Ferreira
5
Juliana Marinho Barbosa
6
Victória Araújo Oliveira
7
Lucas Luiz Menezes Lacerda

1234567 Universidade de Gurupi (UNIRG).

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster/Apresentação oral

E-mail do 1° autor: josevlsouza@unirg.edu.br

INTRODUÇÃO: A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico em que o paciente manisfesta crises


epilépticas de maneira recorrente. Diante desse contexto, a fisiopatologia da epilepsia se baseia em um
desequilíbrio entre os mecanismos de excitação (glutamato) e inibição (GABA) do Sistema Nervoso
Central. Nesse sentindo, o tratamento da doenç é feito através de medicamentos que evitam as descargas
elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Por conseguinte a Cannabis sativa,
amplamente estudada em decorrência de suas propriedades medicinais, apresenta algumas de suas
substâncias, como o canabidiol (CBD), que podem ser efetivas no tratamento de algumas doenças
neurológicas - dentre elas, a epilepsia. Dessa forma, estudos comprovam que o CBD tem efeito antiepilético
reconhecido podendo desempenhar um papel importante no tratamento desta patologia. OBJETIVO: O
objetivo deste trabalho é evidenciar o efeito e a eficácia do cannabidiol no tratamento da epilepsia.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura que utilizou a base de dados do Scientific
American Library Online (SciELO), PubMed e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com
os descritores "Canabidiol" e “epilepsia” e “Cannabis sativa”. Limitou-se a busca a artigos com até cinco
anos de publicação, na língua portuguesa e inglesa, obtendo um total de 13 artigos.. RESULTADOS: Os
trabalhos analisados neste estudo tendem a revelar significativa eficácia com a utilização do cannabidiol
em pacientes com epilepsia, uma vez que o tratamento farmacológico padrão não está sendo efetivo.
Consoante a isto, o CBD possui potencial terapêutico de controlar as descargas de neurotransmissores nos
neurônios pré-sinápticos, protegendo estes neurônios dos danos causados durante as crises epilépticas, além
de reduzir a inflamação do cérebro e auxiliar na redução das convulsões quantitativamente e
qualitativamente. A epilepsia é uma doença neurológica crônica e progressiva definida como disfunção do
cérebro caracterizada por uma predisposição permanente para gerar crises epilépticas, devido à atividade
neuronal anormal excessiva ou sincrônica no cérebro, causando crises repetidas que levam o paciente a
apresentar convulsões. Posto isso, o canabidiol tornou-se foco de estudos experimentais, uma vez que foram
comprovadas suas propriedades farmacológicas como a ação analgésica e redutora de crises convulsivas,
sendo este utilizado no tratamento da epilepsia. No entanto, atualmente no país não há registros de

167
medicamentos que contenham o CBD, sendo necessária a importação por países autorizados, o que dificulta
o tratamento destes pacientes que necessitam da droga. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Diante do exposto, por meio deste trabalho é possível inferir que o CBD apresenta aplicabilidade terapêutica
relevante, mediante ação no sistema nervoso central, podendo ser efetivo no tratamento de epilepsia,
principalmente a refratária. Seu uso tem como principal finalidade a redução das crises convulsivas e a
melhora da estabilidade do quadro clínico dos pacientes com epilepsia refratária ao tratamento
convencional, apresentando capacidade de reduzir sequelas causadas pelas crises e atenuar os possíveis
efeitos adversos dos fármacos utilizados no tratamento convencional, possibilitando, desta forma, uma
melhor qualidade de vida.

Palavras-chave: Canabidiol, Epilepsia, Tratamento.

REFERÊNCIAS:

NITRINI.R; BACHESCHI.L.A. A Neurologia que Todo Médico Deve Saber. 2o edição. São Paulo:
Atheneu, 2003. Disponível em <Biblioteca Centro Universitário Metodista Izabela Hendix.>. Acesso: 17
de outubro de 2022.
TAVARES.A.L.A, FIORIO.P.P, BERNARDINI.S.T, BONI.V.H.F. O Perfil da Epilepsia no Brasil. II
Congresso de Pesquisa e Extensão de FSG. 2014. Disponível em: <
http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao/article/view/822-825 >. Acesso: 17 de outubro de 2022.
AMERICAN ASSOCIATION OF NEUROLOGICAL SURGEONS. Neusosurgical Conditions and
Treatments: Epilepsy. Disponível em: < http://www.aans.org/en/Patients/Neurosurgical-Conditions-and-
Treatments/Epilepsy>. Acesso: 17 de outubro de 2022.
BELEM. B; SAVINO.D; RESENTE.M; LANDUCCI.R. Uso de Canabidiol em doenças neurológicas.
Boletim Informativo da Farmácia Universitária do Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. V. 01, n.201701. 2017. Acesso: 17 de outubro de 2022.
Fisher RS, van Emde Boas W, Blume W, Elger C, Genton P, Lee P, et al. Epileptic seizures and epilepsy:
definitions proposed by the International League Against Epilepsy (ILAE) and the International Bureau for
Epilepsy (IBE). Epilepsia. 2005;46:470-472.
ASSUNÇÃO, D. A. S. et al. Eficácia do canabidiol na melhora da qualidade de vida de pacientes com
epilepsia. RUNA - Repositório Universitário da Ânima - Itabira, junho de 2022. Disponível em: RUNA -
Repositório Universitário da Ânima: Eficácia do canabidiol na melhora da qualidade de vida de pacientes
com epilepsia (animaeducacao.com.br). Acesso: 25 nov. 2022.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa simplifica importação de Canabidiol, janeiro
de 2020. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/noticias?anvisa-simplifica-importacao-decanabidiol
Acesso em: 20/11/2022.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Canabidiol: importação é aperfeiçoada pela ANVISA.
Disponível em: < https://www.gov.br/anvisa/ptbr> Acesso em: 20/05/2022.
DE CARVALHO, C. R. et al. Canabinoides e epilepsia: potencial terapêutico do canabidiol. Vittalle Revista
de ciências da saúde, v. 29, n.1, p.54-63, 2017. Acesso: 18 nov 2022.
SANTOS, A. B.; SCHERF, J. R.; MENDES, R. C. Eficácia do Canabidiol no tratamento de convulsões e
doenças do sistema nervoso central: revisão sistemática. Acta Brasiliensis, v. 3, n.1, p. 30-34, 2. janeiro de
2019. Disponível em :http://revistas.ufcg.edu.br/ActaBra/index.php/actabra/article/download/131/6 0/
Acesso: 23/11/2022.

168
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E TRATAMENTO DO GRANULOMA
PIOGÊNICO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Leonardo Ramalho Marras


²Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
3
Dayane Carolyne da Silva Santana
4
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1, 5, 6
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil; 2,3,4Centro Universitário
Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: leonardo.marras@ufpe.br

INTRODUÇÃO: O granuloma piogênico (GP) é uma lesão benigna não-neoplásica de crescimento lento
que pode afetar pessoas de qualquer faixa etária, sendo mais comum na segunda e terceira década de vida.
Essa lesão é mais prevalente em mulheres em virtude da influência hormonal sobre a proliferação vascular.
Por esse motivo, há um aumento em sua incidência no período gestacional em mulheres. É mais frequente
na porção anterior da maxila e o local de acometimento mais prevalente é a região gengival, no entanto,
pode surgir em lábios, língua, mucosa jugal e outras áreas da mucosa bucal e pele. OBJETIVO: Desta
forma, o objetivo dessa revisão de literatura é analisar as características clínicas e o tratamento do
granuloma piogênico. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura de artigos completos em
português, inglês ou espanhol, realizada nas bases de dados Pubmed/Medline, BVS e Google Acadêmico.
Foi utilizado um recorte temporal de 2018 a 2022. Foram utilizados descritores dos Descritores em Ciências
da Saúde (DECS): “Granuloma Piogênico”, “Sinais e Sintomas”, “Cirurgia”. Foram incluídos estudos
correspondentes ao objetivo da pesquisa. Foram excluídos livros, estudos piloto, estudos com animais e
artigos irrelevantes ao tema da pesquisa. 05 artigos foram selecionados para compor os resultados.
RESULTADOS: O GP se manifesta clinicamente como uma lesão exofítica, séssil ou pediculada de caráter
eritematoso, com superfície lobulada ou lisa, indolor, podendo conter úlceras em sua superfície e com
tendência à sangramento espontâneo por ser altamente vascularizada. Em casos de ulceração superficial, a
lesão é recoberta por uma membrana fibrinopurulenta. Quando a lesão se localiza em gengiva, o tratamento
recomendado é a realização de raspagem e alisamento radicular seguido de biópsia excisional. A excisão
incompleta do GP ou falha na remoção dos fatores etiológicos irritantes pode ocasionar uma recidiva da
patologia. A terapia fotodinâmica com laser Nd: YAG de alta intensidade, escleroterapia com tetradecil
sulfato de sódio e a crioterapia são opções coadjuvantes ao tratamento do GP. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Com isso, é válido destacar que o manejo do granuloma piogênico requer, primeiramente, o
conhecimento do Cirurgião-Dentista no seu diagnóstico, bem como um tratamento que remova a lesão e os
fatores irritantes locais de forma satisfatória, com o intuito de reduzir as chances de recidiva.

Palavras-chave: Granuloma Piogênico, Sinais e Sintomas, Cirurgia.

REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Gabrielly Melo; CABRAL, Lioney Nobre; VASCONCELOS II, Antônio Jorge Araújo de.
Granuloma Piogênico em Lábio de Paciente Senil: Relato de Caso. Arch Health Invest, v. 11, n. 1, p. 44-
49, 2022.
BORGES, Eduardo Francisco de Deus; FERREIRA, Lorena Mendonça; NETO, João Nunes Nogueira; et
al. Granuloma piogênico em assoalho bucal: relato de caso. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac, p. 32–35,
2021.
CALDAS, Daniele Rodrigues Coelho; SILVA, Bianca Fernanda Siqueira da; NETO, Djalma Dutra de
Barros; et al. APARECIMENTO DE GRANULOMA PIOGÊNICO NA GRAVÍDEZ: REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA. Ciências Biológicas e de Saúde Unit, v. 4, n. 1, p. 9-16, 2018.

169
GOMES, Maira Janiely Porto; SATIRIO, Maria Aparecida dos Santos; SÁ, Melka Coelho; et al. Granuloma
piogênico oral: relato de caso clínico. Research, Society and Development, v. 10, n. 16, p. e589101623876,
2021.
PEÑA, Carlos Alberto; PEÑA, Diego M. Hemangioma capilar lobular: granuloma piógeno en lengua. Rev.
Círc. Argent. Odontol, p. 14–18, 2022.

170
RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DEVIDO AO USO INDISCRIMINADO DE
ANTIBIÓTICOS PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS

¹Natália Rodrigues da Silva

²Caroline Marinho de Araújo

³Eduardo Alves da Silva Júnior

⁴Giselle Evelyn Souza da Silva


⁵Mabel Martins Lima

⁶Rebeca Netilde Rodrigues de Oliveira Soares Silva

1Christus Faculdade do Piauí (CHRISFAPI), Piripiri, Piauí, Brasil; 2Estácio Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil;
3 Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil;
4Instituto Pernambucano de Ensino Superior, Recife, Pernambuco, Brasil; 5Faculdade Paulo Picanço,
Fortaleza, Ceará, Brasil; 6Centro Universitário Brasileiro- UNIBRA, Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Apresentação Oral


E-mail do 1° autor: eunataliarodrigues5@gmail.com

RESUMO

Introdução: A resistência de bactérias aos antibióticos é considerada atualmente como sendo uma das
maiores ameaças à saúde mundialmente, o uso indiscriminado de antibióticos para a prevenção de doenças
contribui significativamente para acelerar o processo de resistência bacteriana. Objetivos: Verificar na
literatura sobre a resistência bacteriana devido ao uso indiscriminado de antibióticos para prevenção e
tratamento de doenças. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada por meio
das bases de dados LILACS e MEDLINE. Realizou-se a combinação do operador booleano “AND” para
unir os termos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) aos descritores: “Antimicrobianos”, “Resistência
Bacteriana a Antibióticos” e “Saúde pública”, selecionados por meio dos Descritores em Ciências da Saúde
(DeCS). Teve como critérios de exclusão artigos incompletos, resumos, monografias, teses e estudos que
não comtemplasse a temática proposta. Foram inclusos na pesquisa, artigos originais, publicados nos anos
de 2018 a 2022 no idioma da língua inglesa que contemplasse a temática proposta. Ao final da amostragem
foram selecionados 0 estudos para compor a revisão. Resultados e Discussão: Observou-se que, a
resistência do uso de antibióticos para o tratamento de doenças ocorre pela falta de informações por parte
das pessoas, como consequência as bactérias se tornam cada vez mais forte a serem combatidas,
aumentando a sua multiplicação e modificação genética, deste modo é importante a monitorização por parte
dos profissionais farmacêuticos, na hora de vender uma medicação sem prescrição, pois o consumo de
forma aleatória pode ser prejudicial para saúde do paciente quanto para a saúde global. Conclusão:
Mediante ao que foi exposto faz-se necessário a realização de educação em saúde dentro dos ambientes
como Unidades Básicas de Saúde (UBS) hospitais e escolas, através de palestras e exposição de folders
com informações que despertem aos usuários sobre os riscos de não fazer a utilização correta dos
medicamentos.

171
Palavras-Chave: Antimicrobianos; Resistência Bacteriana a Antibióticos; Saúde pública.

Eixo Temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Apresentação Oral

1 INTRODUÇÃO

Existem microrganismos formados por uma única célula, esses são normalmente denominados
como organismos unicelulares, por serem muito pequenos não podem serem vistos a olho nu, somente com
uso instrumentos específicos como por exemplo o microscópico que pode ampliar o tamanho e até mesmo
identificar a sua estrutura celular, com isso são chamados de microoganismos, germes e/ou micróbios.

As bactérias são células procarióticas, ou seja, não possuem núcleo. Esse ser vivo podem atuar no
organismo humano de forma benéfica, como o consumo de probióticos para o tratamento de patologias
intestinais como a constipação, porém elas tem um poder ainda maior quando estão relacionados à doenças.
As bactérias são seres altamente adaptáveis podendo sobreviver em ambientes úmidos, frios e até mesmo
em altas temperaturas.

Esses organismos tem a capacidade de crescerem e se multiplicarem rapidamente, estima-se que


elas podem dobram o seu número em até 20 minutos, algumas delas convivem no organismo dos seres
humanos sem causar nenhum problema, por outro lado há outras espécies de bactérias causadoras de
doenças, estão a tuberculose, meningite, cólera, leptospirose entre outras. A resistência antimicrobiana
(RAM) coloca em risco a eficácia da prevenção e do tratamento de um quantidade cada vez maior de
infecções virais, bacterianas e parasitarias. Como isso o resultado dos medicamentos se tornam ineficazes
no controle de infecções, aumentando o risco de propagação a outras pessoas.

2 METODOLOGIA

Esse estudo trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, a busca pelos estudos procedeu-se
em novembro de 2022. Diante disso, fundamentou-se a seguinte questão norteadora: Quais os riscos do uso
indiscriminado de antibióticos para prevenção e tratamento de doenças? Para tanto, as buscas pelos os
artigos foram realizadas por meio das bases de dados: Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde
(LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Realizou-se a
combinação do operador booleano “AND” para unir os termos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) aos
descritores: “Antimicrobianos”, “Resistência Bacteriana” a “Antibióticos e Saúde pública”, selecionados
por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).
Incluiu-se na pesquisa, artigos disponíveis na integra no idioma inglês e português, com o recorte
temporal dos últimos 5 anos que contemplasse a temática proposta. Teve como critérios de exclusão artigos
incompletos, duplicados, resumos, monografias, teses e dissertações. Após aplicação dos critérios de busca
o resultado total foram de 163 estudos, sendo selecionado 04 artigos para discorrer o estudo de revisão,
sendo 01 artigo selecionado na LILACS e 03 artigos na MEDLINE de acordo com objetivo do tema
proposto.
3 RESUTADOS E DISCUSSÃO:

A resistência antimicrobiana consiste na capacidade que as bactérias, parasitas, vírus e fungos têm
em resistir aos efeitos dos medicamentos destinados a combatê-las. É um processo que ocorre de forma
natural através de mutações genéticas. No entanto esse fenômeno tem se tornado alarmante devido ao uso
indiscriminado de antibióticos, por meio de prescrições desnecessárias, automedicação, interrupção precoce
e uso inadequado durante o tratamento (MITRE et al., 2017).
Os profissionais da saúde possuem um papel preponderante no combate para esse problema de
saúde pública, atuando em ações para prevenir doenças infecciosas, através da vacinação e da prescrição
de fármacos de maneira responsável monitorando a sua utilização feita pelo paciente e sensibilizando a
população sobre o perigos em consumir antibióticos de forma abusiva (KOTWANI et al., 2021).
O uso incorreto dos medicamentos para o tratamento de doenças fazem com que bactérias mais
resistentes se proliferem, com isso os efeitos dos antibióticos tem diminuído cada vez mais, esse problema
pode ser influenciado pela presença de antibióticos em alimentos mesmo que em pouca quantidade e até na
água, devido ao descarte inadequado desses medicamentos (PALLARES, 2021).

172
A utilização indiscriminada de antibiótico pode dificultar as diferença de patógenos virais ou
bacterianos, ou seja, associação de febre às infecções tratáveis e prescrição de quaisquer antimicrobianos
sem avaliação mais detalhada mostra-se irracional e potencialmente perigoso. Por tanto, nem sempre é
possível a identificação definitiva de uma infecção bacteriana antes de iniciar o tratamento (MOHAMMED;
GORSKI, 2021).

4 CONCLUSÃO:

Portando, é necessário que as pessoas que fazem o uso inadequado de antibióticos seja informadas
pelos os profissionais de saúde sobre os riscos que isso pode trazer para a saúde da pessoa que se
automedica, e sobre o descarte correto em farmácias ou nas unidades de saúde destes medicamentos quando
estiverem fora do prazo de validade ou quando interromperem o tratamento, isso faz- com que haja o
controle de novas infecções e menos resistência aos antimicrobianos.

REFERÊNCIAS:

KOTWANI, Anita et al. Is the education of human and animal healthcare professionals about
antimicrobial resistance and stewardship adequate during their pre-service training?. Indian Journal of
Medical Microbiology, v. 39, n. 4, p. 439-445, 2021.

PALLARES, Christian et al. Impact of antimicrobial stewardship programs on antibiotic consumption


and antimicrobial resistance in four Colombian healthcare institutions. BMC Infectious Diseases, v. 22,
n. 1, p. 1-8, 2022.

MITRE, Gabriella Silva et al. Perfil de prescrição de antimicrobianos nas unidades básicas de saúde
conveniadas com a universidade de Itaúna/MG. Rev Med Minas Gerais, p. 1-6, 2017.

MOHAMMED, Shafii; GORSKI, Lisa. Antimicrobial Resistance and Antimicrobial Stewardship in


Home Healthcare. Home Healthcare Now, v. 39, n. 5, p. 238-246, 2021.

173
FRATURA EM DENTES ANTERIORES: ETIOLOGIA E PREVENÇÃO – UMA
REVISÃO DE LITERATURA
¹Dayane Carolyne da Silva Santana
2
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
3
Leonardo Ramalho Marras
4
Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,4,5,6Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
3Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil;

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: santanadayane2011@gmail.com

INTRODUÇÃO: O trauma dentário alveolar é uma lesão que remete as estruturas dentárias que se difere
em tipos de danos. A emergência desse caso é frequente nas clínicas odontológicas, apresentando maior
incidência em região de dentes anteriores e superiores, principalmente, em reflexo de sua proeminência
anatômica. Traumas em que acometem os dentes anteriores exigem um tratamento imediato vindo o
profissional. Isto pois, além do comprometimento estético e consequentemente refletindo no convívio social
do paciente, lesões como essas podem levar perda total do elemento dentário. METODOLOGIA:Realizou-
se uma revisão de literatura narrativa tendo como base uma procura eletrônica no portal Google Acadêmico
e Scielo utilizando descritores “Fraturas dos Dentes”, “Lesões Acidentais” e “Odontologia”. Adotaram-se
como critério de inclusão trabalhos publicados em português e espanhol que corresponderamao objetivo da
pesquisa. Foram excluídos livros, estudos pilotos, estudos com animais e artigos irrelevantesao tema da
pesquisa. Para a composição da amostra final, restaram-se 03 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
principal fator etiológico que causa trauma dentário é a queda que resulta em lesões criadas através de
trauma físico. De acordo com estudos, as lesões ocorrem frequentemente em crianças e jovens adultos
apresentando como principais fatores etiológicos as quedas da própria altura, atividades esportivas,
acidentes em geral, agressões físicas, térmicas e químicas sendo as menos frequentes. Ademais no que se
refere a prevalência de acordo com o sexo e a idade, a literatura apresenta que as lesões dentárias traumáticas
são mais frequentes em crianças do sexo masculino de 8 a 12 anos de idade, sendo elas causadas
principalmente por quedas de bicicleta, da própria altura e atividades esportivas. Desta forma, afirma-se
que medidas de proteção devem ser tomadas no público mais afetado, dentre elas encontram-se o uso e
obrigatoriedade de equipamentos de proteção em esportes e atividades que coloquem em risco a estrutura
dentária e fiscalização dos responsáveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, compreende-se que a
ocorrência da lesão dentária traumática é mais frequente em crianças do sexo masculino entre 8 e 12 anos
de idade, com principais fatores etiológicos as quedas e atividades esportivas. As mudanças de
comportamento e de atitudes são elementos importantes na diminuição da ocorrência e gravidade do trauma
dento alveolar. Contudo, enfatiza-se que a prevenção da lesão dentária traumática ainda não se é possível
por completo, isto pois, mesmo tendo ciência de todos os fatores de riscos que se associa ao trauma, na
maioria das vezes ocorre em decorrência de acidentes.

Palavras-chave: Fratura dos Dentes, Lesões Acidentais, Odontologia.

REFERÊNCIAS:
BARROS, Íris Régia Ventura et al. Traumatismos dentários: da etiologia ao prognóstico, tudo que o
dentista precisa saber. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 45, p. e3187-e3187, 2020.
PAVANELLI, Edivânia Sementino; ROSSI, Roberta Mirandola Mile. FRATURA EM DENTES
ANTERIORES. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 10, p. 499-
510, 2022.
SANABE, Mariane Emi et al. Urgências em traumatismos dentários: classificação, características e
procedimentos. Revista Paulista de Pediatria, v. 27, p. 447-451, 2009.

174
A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DO SERVIÇO E ESTRUTURA DO
BLOCO CIRÚRGICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

¹Sadi Antonio Pezzi Junior


²Jocilene da Silva Paiva
³Beatriz Sampaio de Matos
4
Kayllane Vieira Machado
5
Priscila Gomes dos Santos
6
Ana Clécia Silva Monteiro
7
Jamille Felismino Vasconcelos
8
Edmara Chaves Costa

¹Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza, Ceará, Brasil; ²Universidade da Integração


Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Redenção, Brasil; ³Curso Técnico em Enfermagem
na Merithus em Horizonte. Horizonte, Ceará, Brasil. 4Curso Técnico em Enfermagem na
Merithus em Horizonte. Horizonte, Ceará, Brasil. 5Curso Técnico em Enfermagem na Merithus
em Horizonte. Horizonte, Ceará, Brasil. 6Pós Graduanda em estomaterapia-UNIQ.
Quixeramobim, Ceará, Brasil; 7Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira. Redenção, Brasil; 8Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira. Redenção, Brasil

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: sadi.pezzi@aluno.uece.br
INTRODUÇÃO: A Central de Material (CME) se caracteriza por ser uma unidade rotativa, onde há um
constante fluxo de materiais de baixa, média e alta complexidade contendo uma diversa gama de
equipamentos para atender a todas as etapas de processamento desses insumos. Por seu complexo papel na
unidade hospitalar, a CME favorece o combate e controle das infecções relacionadas à assistência (IRAS)
prestando uma assistência indireta e segura. OBJETIVO: Relatar, de forma crítica, reflexiva, a experiência
da metodologia ativa vivenciada por estudantes do curso técnico em enfermagem, durante a disciplina de
Centro Cirúrgico. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência do tipo descritivo e reflexivo,
sobre a vivência de alunos do curso técnico em enfermagem ofertado por uma instituição de ensino
particular no período de outubro a dezembro/2022 em uma unidade especializada em saúde.
RESULTADOS: A experiência se deu através de visitas a uma unidade especializada em saúde, na ocasião
os alunos foram acompanhados por uma enfermeira docente com a utilização de metodologias ativas de
ensino-aprendizagem, implementadas na Enfermagem em Centro Cirúrgico. O Bloco Cirúrgico visitado é
composto por sala de espera, sala de observação, consultório clínico, central de material e esterilização, área
de preparação e sala de pequena cirurgia. Nesta unidade a enfermagem assiste o paciente desde a sua chegada
até a sua saída, conforme fluxo do atendimento ao paciente em processo de pequena cirurgia estabelecido
na instituição. Os estudantes puderam observar a rotina em todos os setores citados. Nesta unidade de saúde
são aplicados formulários que visam a garantia de um atendimento seguro, de qualidade e o cumprimento
de todas as normas estabelecidas para oferecer ao paciente a melhor experiência possível durante os
atendimentos. CONCLUSÃO: Dessa forma, constatou-se que o acompanhamento na unidade
especializada gerou diversos conhecimentos acerca da importância da garantia do planejamento e do fluxo
dos materiais, assim como da mensuração da efetividade do serviço para compreensão do alcance do
atendimento à população, tendo em vista o principal objetivo, que é de garantir um atendimento qualificado,
dentro de um ambiente adequado.

Palavras-Chave: Enfermagem, Centro Cirúrgico, Centro de Material.

REFERÊNCIAS:

175
DALTRO, M. R; FARIA, A. A. Relato de experiência: Uma narrativa científica na pós-modernidade.
Estudos e pesquisas em psicologia, v. 19, n. 1, p. 223-237, 2019. Disponóvel em:
<https://www.redalyc.org/journal/4518/451859860013/451859860013.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2022.

GATTI, Y. A. M. et al. Intensidade de ruídos e conscientização da equipe de enfermagem no centro de


materiais e esterilização. Revista SOBECC, v. 25, n. 4, p. 197-203, 2020.

CAVALCANTE, F. M. L; BARROS, L. M. O trabalho do enfermeiro no centro de material e


esterilização: Uma revisão integrativa. Revista SOBECC, v. 25, n. 3, p. 171-178, 2020.

176
BRUXISMO NA INFÂNCIA
¹Cintia Romania Martins
¹Israel Henrique de Freitas
²Rodrigo Scalfoni Gavina

1 Centro Universitário Multivix, Vitória, Espírito Santo, Brasil; 2 São Leopoldo Mandic, Campinas, São
Paulo, Brasil.

Eixo temático: Saúde


Modalidade: Pôster/Apresentação oral
E-mail do 1° autor: romaniacintia@gmail.com

INTRODUÇÃO: O bruxismo é uma desordem muscular parafuncional mastigatória de origem central e de


causa multifatorial, caracterizada pelo apertamento e ranger dos dentes. As crianças podem desenvolver
esse hábito por diversos motivos, o que atrapalha o equilíbrio entre função e desenvolvimento, podendo
acarretar danos ao sistema mastigatório e desordens temporomandibulares. A resolução pode ser possível,
muitas vezes sem a determinação da causa sendo necessário controle e acompanhamento multidisciplinar.
OBJETIVO: O presente trabalho visa realizar uma revisão de literatura sobre a etiologia e tratamento do
bruxismo na infância. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura nas bases de dados SCIELO,
LILACS e PUBMED, de artigos publicados entre os anos de 2017 e 2021, utilizando os descritores
“Bruxismo”, “Ansiedade” e “Comportamento”. RESULTADOS: A literatura destaca a maior incidência de
bruxismo infantil em crianças a partir dos 2 anos, de modo que, essas crianças podem exibir um
comportamento ansioso, hiperativo e/ou agressivo. O aumento das forças oclusais geradas pelo bruxismo
impacta todo sistema estomatognático, causando danos negativos a ATM, músculos da mastigação,
periodonto e oclusão. As características clínicas frequentemente encontradas são, desgastes oclusais ou
incisais, fraturas em pontas de cúspides, hipersensibilidade e mobilidade dental. O tratamento do bruxismo
é muito discutido na literatura, devendo visar primeiramente a eliminação dos fatores causais, sendo
necessário uma abordagem multidisciplinar do diagnóstico ao tratamento, envolvendo profissionais como
pediatras, psicólogos, odontopediatras e otorrinolaringologistas. Na ausência de um tratamento direcionado
a causa, o cuidado com o bruxismo concentra-se em prevenção da progressão do desgaste dental, melhora
do desconforto muscular e a disfunção mandibular nos casos mais severos. Os tratamentos podem envolver
proteção dos desgastes dentais, por meio de placas oclusais, acompanhamento multifatorial, a fim de
solucionar e aliviar fatores psicológicos, como ansiedade, hiperatividade entre outros. Utiliza-se também a
“higiene do sono”, visando mudanças nos hábitos, redução do estresse, proporcionando um estilo de vida
mais saudável, melhorando os níveis de ansiedade e qualidade do sono. CONCLUSÃO: Os estudos
concluem que o bruxismo na infância tem sido mais recorrente e associado geralmente a ansiedade e estresse
sendo o controle, seja por supervisão, seja por proteção associado à investigação médica de fatores causais
e adoção de práticas de “higiene do sono”, acompanhamento multidisciplinar e placas oclusais, compõem
a estratégia mais adequada para o tratamento desta condição.
PALAVRAS-CHAVE “Bruxismo”, “Ansiedade” e “Comportamento”.
REFERÊNCIAS:

Rédua RB, Kloss PCA, Fernandes GB, Silva PLF. Bruxismo na infância – aspectos contemporâneos no
século 21 – revisão sistemática. Full Dent. Sci. 2019; 10(38):131-137. DOI: 10.24077/2019;1038-131137
Rédua RB, Rédua PCB, Lira AO (2021) Prevalence of Sleep Bruxism in Brazilian children and association
with type of delivery, breastfeeding period and oral habits with follow-up in 3 decades. J Neonatol Clin
Pediatr 8: 086.
Rios LT, Aguiar VNP, Machado FC, Rocha CT, Neves BG. Bruxismo infantil e sua associação com fatores
psicológicos – revisão sistemática da literatura. Rev. Odontol. Univ. Cid. São Paulo 2018 jan-mar; 30(1):
64-76
Moresca, RC. Bruxismo em Criança: etiologia e tratamento- revisão de literatura. Monografia, 2016.
Bulanda S, Ilczuk-Rypuła D, Nitecka-Buchta A, Nowak Z, Baron S, Postek-Stefańska L. Sleep Bruxism in
Children: Etiology, Diagnosis, and Treatment-A Literature Review. Int J Environ Res Public Health. 2021
Sep 10;18(18):9544. doi: 10.3390/ijerph18189544. PMID: 34574467; PMCID: PMC8471284.
Casazza E, Giraudeau A, Payet A, Orthlieb JD, Camoin A. Management of idiopathic sleep bruxism in
children and adolescents: A systematic review of the literature. Arch Pediatr. 2022 Jan;29(1):12-20. doi:
10.1016/j.arcped.2021.11.014. Epub 2021 Dec 23. PMID: 34955303.

177
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA LIMITAÇÃO DE ABERTURA BUCAL
CAUSADA POR HIPERPLASIA DO PROCESSO CORONOIDE: REVISÃO DE
LITERATURA
1
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
2
Dayane Carolyne da Silva Santana
3
Leonardo Ramalho Marras
4
Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,4,5,6Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
3Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: daylfs2017@gmail.com

INTRODUÇÃO: A hiperplasia do processo coronoide é uma condição relativamente incomum,


conceituada como um alongamento anormal do processo coronoide, formado por tecido ósseo
histologicamente normal. A principal característica clínica é a limitação da abertura bucal, no qual pode
ocorrer de forma lenta e progressiva, embora nem todos os pacientes apresentem como queixa principal
padrão. A etiologia, embora já relatada várias teorias, como disfunção da articulação- temporomandibular,
anquilose, traumas, estímulos endócrinos, hiperatividade muscular do músculo temporal e até mesmo
fatores genéticos, ainda permanece desconhecida. OBJETIVOS: Desta forma, o presente estudo tem como
objetivo descrever o tratamento cirúrgico da limitação de abertura bucal causada por hiperplasia do processo
coronoide. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura, com os dados colhidos nas bases de dados
PubMed e SciElo, selecionando artigos entre o ano de 2015 – 2022, de língua inglesa e portuguesa,
disponíveis para download nas bases de dados citadas, utilizando os descritores: Hiperplasia; Transtornos
Craniomandibulares; Cirurgia Bucal. Quanto os critérios de elegibilidade, utilizou-se como critérios de
exclusão pesquisas que antecediam os últimos 8 anos, trabalhos de conclusãode curso, publicações em anais
de congresso e informações repetidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A hiperplasia do processo
coronoide, quando existeve, apresenta prevalência no sexo masculino de maneirabilateral, sendo relatada na
proporção 5:1 entre homens e mulheres, e desenvolve-se principalmente no período da puberdade, em que
é quando o processo coronoide alcança um crescimento capaz de ocasionar a limitação da abertura bucal.
Como tratamento, a abordagem cirúrgica de coronoidectomia por acesso intra-oral é visto como tratamento
de escolha na maioria dos casos, com o alcance do aumento significativoda abertura bucal, devolvendo ao
paciente uma melhor qualidade de vida e bem-estar. Contudo, há relatos na literatura de ressecções
realizadas via extrabucal e via submandibular como método de intervenção. No entanto, a coronoidectomia
por via intrabucal tem sido considerada o tratamento de eleição para os casos de hiperplasia do processo
coronoide. CONCLUSÃO: Desta forma, compreende-se que a técnica de coronoidectomia por acesso
intraoral é rápida, eficaz e pouco traumática para o tratamento das hiperplasiascoronoideas. No entanto, essa
condição ainda deve ser mais estudada, a fim de que se compreendam melhor seus fatores etiológicos e,
assim, se estabeleça um diagnóstico precoce, para que uma terapia adequada possa ser aplicada, permitindo
ao paciente uma melhor qualidade de vida.

Palavras-chave: Hiperplasia; Transtornos Craniomandibulares; Cirurgia Bucal.

REFERÊNCIAS:
AZNAR, Lauren Cardoso Alves et al. Hiperplasia do processo coronoide: relato de caso clínico. Revista
da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas, v. 69, n. 4, p. 405-409, 2015.
DE ALMEIDA NETO, Luis Ferreira et al. Tratamento multidisciplinar de Hiperplasia do Processo
Coronoide. Research, Society and Development, v. 9, n. 9, p. e256997375-e256997375, 2020.
DE SOUZA, Thiago Carvalho et al. Hiperplasia do processo coronóide: um relato de caso incomum. E-
Acadêmica, v. 3, n. 2, p. e2132154-e2132154, 2022.
SCHULZ, M. et al. Abordagem cirúrgica da anquilose de atm em paciente pediátrico: relato de
caso. Revista de Odontologia da UNESP, v. 46, n. Especial, p. 0-0, 2018.

178
FRATURA DE MANDÍBULA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
¹Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
2
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
3
Dayane Carolyne da Silva Santana
4
Leonardo Ramalho Marras
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,3,5,6
Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
4
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livres em ciências da saúde.


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rogeria-rafaelly@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O único osso móvel da face é a mandíbula e além de manter a oclusão dos dentes, também
está envolvida em funções básicas como mastigação, fonação e deglutição. Conforme à sua topografia,
anatomia e projeção no terço inferior da face, é frequentemente traumatizada e pode levar a fraturas,
principalmente em acidentes de trânsito, agressões físicas, quedas ou acidentes esportivos. OBJETIVO:
Desta forma, tem-se como objetivo entender a etiologia e as opções de tratamento da fratura mandibular.
METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão de literatura narrativa através da busca eletrônica nas bases de
dados SciElo e PubMed utilizando os descritores: “Odontologia”, “Traumatismos faciais” e “Traumatismos
mandibulares”. Foram utilizados como critérios de inclusão trabalhos publicados entre 2017 à 2022 em
inglês e português. E adotados como critérios de exclusão pesquisas que antecediam os últimos 05 anos,
trabalhos de conclusão de curso e estudos com informações repetidas. RESULTADOS EDISCUSSÃO:
As fraturas mandibulares são a maioria das lesões tratadas pelos serviços de Cirurgia e Traumatologia Buco-
Maxilo-Facial, mais comumente no gênero masculino. Por ser um osso grande e grosso em sua espessura,
a mandíbula é fraturada com uma maior frequência e é responsável por cerca de dois terços das fraturas
faciais e perde apenas para o osso nasal. As fraturas são classificadas em categorias como: localização
anatômica da fratura (condilo, de ângulo, sinfisária, alveolar, de ramo, de copo mandibular e processo
coronoide), por tipo ("galho verde", simples, cominutivas e compostas), favorável ou desfavorável, direta
ou indireta, parcial e completa, aberta e fechada, anterior e posterior. Devido a trauma na mandíbula, o
paciente pode sofrer lesão nos nervos, causando uma parestesia ou disestesia, como também podem ocorrer
devido à luxação ou perda óssea não recuperada, alterações na oclusão de dentes ou articulações
temporomandibular (ATM). Fraturas perceptíveis ao exame físico não precisam de radiografias, mas se não
forem identificadas clinicamente o uso de radiografia panorâmica evidenciará a presença e o local da fratura.
O tratamento visa restaurar a estrutura e a função da mandíbula, para isso, são necessárias a correta redução
e fixação anatômicas para garantir a consolidação dos fragmentos da fratura. Dentre as opções de tratamentos
propostos, tem-se o tratamento conservador e o tratamento cirúrgico. Além de uma ampla gama de
equipamentos, incluindo amarrações e materiais sintéticos, incluindo fios de aço, placas e parafusos de
titânio e placas absorvíveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, a fratura mandibular pode ocasionar
deformidade, seja por luxação ou perda óssea não recuperada, alterações na oclusão dos dentes ou da ATM.
Se não forem devidamente identificadas ou tratadas, essas lesões podem levar a graves sequelas, tanto
estéticas quanto funcionais.

Palavras-chave: Odontologia. Traumatismos faciais. Traumatismos mandibulares.

REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, Rodrigo Oliveira Prais de. Relação entre exodontia de terceiros molares e fratura de mandíbula.
2021.
FLANDES, Marcelle Pelegrino; DIAS, Leonardo Braun Galvão Máximo; JUNIOR, Walter Paulesini.
Fratura de mandíbula. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, v. 31, n. 2, p. 205-
212, 2019.
LIMA, Leandro Costa; FABRIS, André Luís Da Silva. FRATURAS BILATERAL DE MANDÍBULA:
REVISÃO DE LITERATURA. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n.
5, p. 1043-1064, 2022.

179
PLASTICIDADE CELULAR E EPIGENÉTICA: PARCEIROS EM TODOS OS
MOMENTOS

¹Bárbara Candida Batista

¹Ana Clara Alves Soares

¹Débora Ribeiro Nalesso

¹Matheus Correia Casotti

¹Rahna Gonçalves Coutinho da Cruz

¹Iúri Drumond Louro

¹Débora Dummer Meira

¹Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Vitória, Espírito Santo, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde.

Modalidade: Pôster.

E-mail do 1° autor: barbaracbatista22@gmail.com.

INTRODUÇÃO: As células perpassam, constantemente pelo desafio de manter em equilíbrio a estabilidade


e a plasticidade de seus estados de desenvolvimento. Para tanto, um programa de expressão bem definido
e controlado é de extrema importância, sendo ajustado de forma estável para novos destinos celulares.
Assim, a epigenética exibe uma capacidade de conferir robustez à expressão gênica, direcionar novos
destinos, reverter a determinação celular e impactar sobre a reprogramação nuclear, desdiferenciação,
transdiferenciação e diversos outros processos demonstrando um papel crucial para elucidar doenças,
estratificar riscos de doenças, compreender processos evolutivos celulares e promover o desenvolvimento
de novas terapias e intervenções direcionadas para doenças e processos biológicos diversos. OBJETIVO:
Caracterizar as correlações entre a epigenética e a plasticidade celular e seus inúmeros impactos.
METODOLOGIA: Estudo de revisão bibliográfica integrativa, através da seleção de artigos pelo Google
Acadêmico e PUBMED, sem prioridade de data para os artigos inclusos, utilizou-se as palavras-chave
(descritores): “epigenetics” AND “plasticity” AND “biology”, foram incluídos trabalhos de livre acesso,
experimentais e de revisão e que correlacionavam os descritores selecionados. E excluiu-se os trabalhos
que não seguiam tais critérios de inclusão. RESULTADOS: Dados epidemiológicos, experimentais e
clínicos consideráveis foram acumulados, salientando o papel da epigenética sobre a capacidade de
respostas plásticas feitas pelo organismo em desenvolvimento como uma estratégia evoluída visando
responder às circunstâncias imediatas ou previstas, para aumentar a aptidão em uma variedade de ambientes
potencialmente enfrentados. Assim, os mecanismos epigenéticos são destacados como sendo pontos-chave
na plasticidade, permitindo que a exposição ambiental molde a futura expressão gênica. Com base nisto, a
evolução passa a ser observada como uma transformação sistêmica da organização epigenética espaço-
temporal, havendo uma manutenção do estágio adulto final estável, que leva à obtenção do estágio final por
meio da alternância de conjuntos de trajetórias epigenéticas. Dessa maneira, novas evidências empíricas vêm
surgindo como pilar teórico para definir os inúmeros processos de plasticidade celular como uma estrutura
filogenética evolutiva mais ampla de processos degenerativos ou regressivos subjacentes às

180
transições hierárquicas. Dessa forma, diversas áreas se tornam alvos potenciais para melhores elucidações
biológicas. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, conclui-se que a plasticidade celular
acoplada à epigenética evidencia uma complexidade inata ao organismo de forma acessível a novos estudos
empíricos, tais como: (i) aprimorar o entendimento acerca dos distúrbios hereditários que levam a defeitos
de desenvolvimento; (ii) elucidar a epigenética do câncer; (iii) estratificar o risco de doenças; (iv) esclarecer
sobre a transmissão transgeracional de informações epigenéticas e entender a interface entre epigenética e
evolução; (v) fornecer novas abordagens de tratamentos direcionados que possam prevenir e tratar doenças
humanas comuns; (vi) elucidar as possíveis ligações e correlações entre os níveis ontogenético e
filogenético; (vii) basear o desenvolvimentos de novos modelos de diferenciação celular de células-tronco
informativos para estudar as mudanças celulares que acompanham a perda de pluripotência e diferenciação
terminal; e diversos outros potenciais estudos e pesquisas.

Palavras-chave: Plasticidade celular, Epigenética, Biotecnologia.

REFERÊNCIAS:

DUNCAN, Elizabeth J.; GLUCKMAN, Peter D.; DEARDEN, Peter K. Epigenetics, plasticity, and
evolution: How do we link epigenetic change to phenotype?. Journal of Experimental Zoology Part B:
Molecular and Developmental Evolution, v. 322, n. 4, p. 208-220, 2014.

FEINBERG, Andrew P. Phenotypic plasticity and the epigenetics of human disease. Nature, v. 447, n.
7143, p. 433-440, 2007.

GLUCKMAN, Peter D.; HANSON, Mark A.; LOW, Felicia M. The role of developmental plasticity and
epigenetics in human health. Birth Defects Research Part C: Embryo Today: Reviews, v. 93, n. 1, p. 12-
18, 2011.

IURATO, Giuseppe; IGAMBERDIEV, Abir U. The reversibility of cellular determination: An evolutive


pattern of epigenetic plasticity. Biosystems, v. 221, p. 104774, 2022.

MOHN, Fabio; SCHÜBELER, Dirk. Genetics and epigenetics: stability and plasticity during cellular
differentiation. Trends in Genetics, v. 25, n. 3, p. 129-136, 2009.

181
MANEJO INICIAL MEDIANTE AS EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

¹Ana Cristina Santos Rocha Oliveira

²Raquel Pereira da Cruz Silva

³Jhenniffer Roberta Jorge Lucena

⁴Anne de Paula Tsuboi

1 Centro Universitário Alfredo Nasser , Aparecida de Goiânia, GOIÁS, Brasil; 2 Faculdade Adventista
da Bahia, Cachoeira, Bahia Brasil; 3 Faculdade Anhanguera, Guarulhos, São Paulo, Brasil; 4 Graduada
em Enfermagem na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: sanacristina071@gmail.com

INTRODUÇÃO: A emergência hipertensiva é caracterizada pela elevação crítica da pressão arterial (PA)
que se manifesta com níveis de PA sistólica (PAS) ≥180 mmHg e/ou diastólica (PAD) ≥120 mmHg
e que podem resultar em lesões de órgãos alvo como o coração, cérebro e rins. Em vista disso, a detecção
e o tratamento precoce nesses casos é essencial para evitar sequelas e redução do risco de óbito.
OBJETIVO: Descrever acerca do manejo inicial das emergências hipertensivas. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada por meio das bases de dados da Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS): Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Foram utilizados os
Descritores em Ciências da Saúde, em cruzamento como o operador booleano AND da seguinte forma:
Emergência hipertensiva and Manejo and Cuidados, encontrando 13 artigos. Como critérios de inclusão,
foram considerados artigos publicados na íntegra em texto completo, nos últimos cinco anos, 2017 a
2022, nos idiomas inglês, português e espanhol, foram utilizados 3 artigos. RESULTADOS: As crises
hipertensivas podem ser classificadas em: urgências e emergências hipertensivas; o primeiro sem lesão
de órgão-alvo e no segundo há comprometimento neurológico, miocárdico, renal ou retiniano, entre
outros, apresentando uma deterioração que em alguns casos é irreversível. Clinicamente, é importante
realizar anamnese cautelosa, levando em consideração os sinais e principais sintomas como dispneia, dor
torácica, cefaléia e sintomas neurológicos, de forma que o usuário possa ser imediatamente encaminhado
a uma unidade hospitalar. As recomendações de tratamento podem exigir esquemas terapêuticos que
levam em consideração a lesão do órgão alvo, sendo a principal droga de escolha, o nitroprussiato de
sódio que funciona como um potente vasodilatador de curta duração, reduzindo a PA de forma rápida.
CONCLUSÃO: A emergência hipertensiva requer cuidados imediatos, necessidade de diagnóstico
precoce e manejo rápido, para que seja possível diminuir a pressão arterial, de forma controlada, além de
profissionais qualificados para que estes consigam detectar precocemente os casos de hipertensão,
intervindo imediatamente, a fim de evitar outras complicações.

Palavras-chave: Hipertensão, Administração dos Cuidados ao Paciente, Gerenciamento Clínico.

182
REFERÊNCIAS:

FLORES, B.S. et al. Caracterización de las Crisis Hipertensivas en adultos de la Emergencia del Hospital
José Félix Valdivieso, Enero 2016 a Diciembre 2018. Revista Médica HJCA, v. 12, n. 2, p. 119–124,
2020.

MELLO, A.B.Q.B. et al. Como se portar frente a emergência hipertensiva. Revista Caderno de
Medicina, Rio de Janeiro, n. 1, v. 1, 2018.

ZHAO, J. et al. Manejo da hipertensão em idosos com hemorragia intracerebral grave. ANNALS of
Clinical and Translational Neurology, v. 08, n. 10, 2021.

183
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DOENÇA FALCIFORME: UMA
REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA

¹Tuanny Beatriz dos Santos Lima


¹Maria Letícia Vale Aragão
²Jonathan de Jesus
³Deivyd Vieira Silva Cavalcante
4
Poliana Bezerra de Souza Sckelemberg
5
Ana Flávia de Oliveira Toss
6
Cleide laranjeira da Silva
7
Juliana Marino Maia

1Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil; 1Centro Universitário Maurício De Nassau.
Fortaleza,
Ceará, Brasil; 2Universidade Federal da Grande Dourados. Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil;
3Universidade Ceuma. São Luís, Maranhão, Brasil; 4 Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia,
Brasil; 5Instituto de Ensino Superior- Materdei. Manaus, Amazonas, Brasil; 6Universidade Federal do
Pará. Belém, Pará, Brasil; 7Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com

INTRODUÇÃO: A Anemia Falciforme (AF) é caracterizada por um defeito genético que causa a produção
de uma forma anormal de hemoglobina. Esta hemoglobina anormal (HbS) é responsável pela formação dos
glóbulos vermelhos em formato de foice, causando a oclusão de pequenos vasos sanguíneos, levando a
crises dolorosas, isquemia, e hemólise precoce crônica. Diante dessa exposição, AF é uma doença genética
comum no Brasil e no mundo, sendo mais prevalente entre descendentes de negros. Essa temática justifica-
se, em razão de a AF ser uma patologia de caráter hereditário, sem cura. Deste modo, o diagnóstico precoce
e o tratamento são de grande relevância. Assim, a pesquisa sobre a AF é essencial para o desenvolvimento
de programas eficazes de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. OBJETIVO: Discorrer com base
na literatura científica sobre o diagnóstico e tratamento da doença falciforme. METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão narrativa da literatura, realizada com avaliação de referencial bibliográfico de revistas,
artigos e dissertações publicados entre o período de 2017 a 2022. Após uma leitura seletiva, foram
designados três estudos para comporem o corpus do estudo. A análise dos artigos foi realizada por meio do
levantamento de dados, tais como: tema, objetivo, metodologia, resultados, conclusão e contribuição. Os
artigos foram analisados para identificar tendências, temas e resultados comuns, bem como padrões de
interação entre eles. RESULTADOS: Os principais sintomas da Anemia Falciforme são crises dolorosas,
cansaço e fadiga, além de ocorrência de infecções e problemas respiratórios como pneumonia e bronquites.
Além disso, a AF pode causar danos em órgãos como o fígado, o baço, os pulmões e as articulações. O
diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue, como hemoglobina e hemograma completo, que
possibilitam detectar a presença da hemoglobina S. Ainda, pode-se realizar uma análise de DNA para
confirmação do diagnóstico. Entre os tratamentos disponíveis, destacam-se medidas preventivas, tais como
vacinação, atividades físicas moderadas, ingestão de ferro e ácido fólico, uso de antibióticos para prevenir

184
infecções, além dos tratamentos convencionais, como a administração de medicamentos específicos,
transfusões de sangue e oxigenoterapia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É importante que o paciente seja
acompanhado por um médico hematologista para monitorar os sintomas e as complicações da doença. O
acompanhamento multidisciplinar também é fundamental para o sucesso do tratamento, pois inclui não só
o tratamento clínico, mas também o acompanhamento psicológico, o suporte social e o acompanhamento
nutricional, além disso, o paciente deve ser estimulado a adotar hábitos saudáveis.

Palavras-chave: Anemia Falciforme, Diagnóstico Precoce, Hemoglobina Falciforme, Tratamento


Farmacológico.

REFERÊNCIAS:

PIMENTEL, E. D. V.; et al. Anemia falciforme: percepção dos profissionais de saúde e gestores acerca da
estruturação da rede de atenção. Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online)., v. 13, n. 1, p. 510-516,
2021.
MACHADO, R. A. F.; et al. Dor em crianças e adolescentes com doença falciforme: estudo observacional.
Rev. Pesqui. Fisioter., v. 11, n. 2, p. 382-392, 2021.

ROMAN, C.; et al. Doença Falciforme e a busca por cuidados terapêuticos: políticas públicas e acesso a
medicamentos. Rev. baiana saúde pública., v. 45, n. 2, p. 246-248, 2021.

185
AS RECOMENDAÇÕES ATUALIZADAS DE TRATAMENTO DA PSORÍASE:
UMA REVISÃO DE LITERATURA

1
.Marcela Gonçalves Adriano
1.
Geovanna da Mata e Castro
2.
Geovanna Teotônio Barros
3.
Guilherme Guerra Ferreira
4.
Luiza Stábile de Oliveira
5.
Vitória Magalhães Quireze
6.
Marcela Barbosa Souza

1-6 Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Dermatologia

Modalidade: Pôster/Apresentação oral

Email do 1° autor: marcelagadriano@gmail.com

INTRODUÇÃO: A psoriase é um distúrbio inflamatório multissistêmico, relatado em cerca de 3% da


população, que traz manifestações não só dermatológicas e pode ser manejada por clínicos, reumatologistas,
além de demais profissionais da área da saúde. Devido a rápida evolução da doença e de suas repercussões
sistêmicas, o tratamento deve ser individualizado de acordo com o caso clínico apresentado pelo paciente,
e sempre levando em consideração as diversas linhas de tratamento. Dada a importância desse tratamento,
são constantemente estudadas novas linhas de manejo da doença, para um combate que englobe a condição
de maneira severa e baseado em estudos científicos confiáveis. OBJETIVOS: Identificar as principais
recomendações para o tratamento de pacientes com psoriase. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
de literatura a partir da base de dados PubMed. A pesquisa foi realizada utilizando os descritores "psoriasis"
e "treatment", associados ao operador booleano "AND". Foram selecionados artigos cientificos de revisão
e de revisão sistemática no idioma inglês, publicados no último ano. Foram encontrados 18 artigos, dos
quais todos foram selecionados para leitura do texto completo. O parâmetro utilizado para a seleção dos
artigos foi a relação com o tema a ser estudado e o objetivo descrito. RESULTADOS: O tratamento para a
psoriase consiste na interrupção da via de sinalização IL-23/Th 17 e redução do risco de desenvolver
aterosclerose e doenças cardiometabólicas. Atualmente, a terapia tópica e a sistêmica são modalidades
terapêuticas de primeira linha, sendo a terapia tópica usada para o tratamento de formas precoces de
psoriases através da administração de vitamina D3 ou glicocorticoides complementados com fototerapia, e
a terapia sistemica. para os pacientes com psoriase avancada. Neste caso, geralmente utiliza-se de
metotrexato (MTX), ciclosporina A ou bioterápicos direcionados a citocinas (por exemplo, infliximabe,
adalimumabe, etanercepte e ustequinumabe). Todavia, observações clínicas mostraram que a maioria dos
pacientes com psoriase que receberam terapia sistêmica tem infecção do trato respiratório superior ou
infecção do trato urinário, tornando necessário o design e desenvolvimento de uma nova estrategia de
tratamento eticaz com baixa toxicidade a fim de melhorar os resultados terapeuticos desses pacientes.
Ademais, observou-se a existencia de medidas nao farmacologicas e estrategias de tratamento consideradas
não convencionais e não aprovadas pelos orgaos reguladores para o manejo da psoriase: medidas gerais de
estilo de vida (perda de peso, parar de fumar, praticar exercícios), nutrição (suplementos como vitamina D.
ácido fólico e probióticos), terapia com células-tronco, incluindo células T reguladoras, transplante de
células-tronco hematopoiéticas e células estromais mesenquimais. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: O tratamento da psoriase consiste em interromper as vias de sinalização envolvidas na patogenia
da doença e evitar o desenvolvimento de comorbidades associadas. O tratamento de primeira linha é
composto pela terapia tópica, usada no tratamento precoce, através de glicocorticoides e vitamina D3,

186
complementados com fototerapia, e a terapia sistêmica, associada a forma avançada. Foram desenvolvidas
medidas não farmacológicas, como mudanças no estilo de vida, de modo que é necessário a avaliação
individual de cada paciente. Estudos investigaram o uso de terapias com células-tronco mesenquimais para
a psoriase. entretanto, ainda são necessarios mais estudos.

Palavras-chave: Psoríase, tratamento, administração tópica.

REFERÊNCIAS:

COATES, Laura C. et al. Group for Research and Assessment of Psoriasis and Psoriatic Arthritis
(GRAPPA): updated treatment recommendations for psoriatic arthritis 2021. Nature Reviews
Rheumatology, v. 18, n. 8, p. 465-479, 2022.

WU, J. J. et al. Psoriasis and metabolic syndrome: implications for the management and treatment of
psoriasis. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, v. 36, n. 6, p. 797-806, 2022.

NEEMA, Shekhar et al. Unconventional treatment options in psoriasis: A review. Indian Journal of
Dermatology, Venereology and Leprology, v. 88, n. 2, p. 137-143, 2022.

MASSON REGNAULT, Marie et al. Time to relapse after discontinuing systemic treatment for psoriasis:
a systematic review. American Journal of Clinical Dermatology, v. 23, n. 4, p. 433-447, 2022.

CORBETT, Mark et al. Biomarkers of systemic treatment response in people with psoriasis: a scoping
review. British Journal of Dermatology, v. 187, n. 4, p. 494-506, 2022.

187
SIMPLIFICANDO O TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
1 Lorena da Cunha Silva Diderot.
2 Gabrielly de Oliveira Alves.
3 Gabriela
Oliveira Bais.

4 Amanda Mota
Pereira.

1, 2, 3, 4 Universidade de Rio Verde. Goiânia, Goiás Brasil.

Eixo temático: Pediatria

Modalidade: Pôster/Apresentação oral


E-mail do 1°autor:
lorenacunhasilva92@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde (OMS), define o traumatismo craniano (TCE) como
qualquer agressão que provoque lesão e comprometimento funcional do parênquima cerebral e estruturas
subjacentes. Essas lesões são recorrentes nas emergências pediátricas, visto que, comumente, crianças e
adolescentes sofrem traumas por meio de acidentes. OBJETIVO: Simplificar o manejo do TCE na infância.
METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura através da base de dados LILACS, os
descritores utilizados para a seleção dos artigos foram: “TCE, infância, manejo”. Foram encontrados um
total de 6 artigos, porém apenas 4 se alinharam com o objetivo da pesquisa. RESULTADOS: Na infância,
o trauma tem sido a causa mais comum de morte e incapacidade motora-cognitiva, fazendo do trauma um
importante problema de saúde pública. Quando se trata de trauma, o mais comum na infância, é o trauma
cranioencefálico (TCE), sendo a faixa etária de até 5 anos, os mais acometidos. A maior parte dos TCEs na
população pediátrica advêm de acidentes com veículos motorizados, maus-tratos, acidentes de bicicleta e
quedas. O TCE pode ser classificado quanto a gravidade, morfologia e mecanismo. A classificação de
gravidade é dada pela escala de coma de Glasgow (ECG), podendo ser leve (14-15), moderada (9-13) ou
grave (3-8). Quanto ao mecanismo, as lesões podem ser de cunho penetrante ou fechadas. Já a morfologia
se separa em lesões extracranianas, fraturas do crânio e lesões intracranianas. Devemos nos atentar entre as
diferenças do TCE em crianças e adultos, como por exemplo, a melhor resposta das crianças ao trauma,
exemplo disso é que por causa das suturas cranianas abertas e das fontanelas, os lactentes são mais tolerantes
a expansão craniana devido derrame sanguíneo na região extracraniana, podendo ocultar sinais clínicos de
hipertensão intracraniana (HIC), os vômitos e amnésia são comuns após lesões em crianças e não implicam
necessariamente aumento da pressão intracraniana, contudo, se o vômito é persistente vira uma preocupação
e exige tomografia computadorizada (TC). As convulsões são mais comuns e geralmente limitadas, mas
também necessita de TC. As crianças apresentam menos lesões em massas, mas possuem mais HIC, devido
isso, as crianças politraumatizadas devem sempre ter um parecer neurocirúrgico antes de passar por
procedimentos gerais. E por fim, deve-se lembrar que as dosagens dos medicamentos são referentes ao seu
peso, e a ECG é modificada para menores de quatro anos. CONCLUSÃO:As lesões comuns no TCE, são
as primárias e secundárias, sendo a primeira resultado direto da lesão mecânica provocada pelo trauma, e a
segunda é a lesão causada pela resposta ao trauma (ex: hipóxia, hipercapnia, HIC). O manejo desses
pacientes necessita de ser rápido e preciso, contendo o ABCDE do trauma, e procedimento neurocirúrgico
imediato se necessário. O acompanhamento desse paciente é focado na prevenção da lesão cerebral
secundária, sendo a intubação orotraqueal precoce o melhor método de evitar esse tipo de lesão. Quanto a
consequência tardia, temos a lesão cerebral devido edema ou sangramento, causando PIC, ocasionando
diversas sequelas, dentre elas, a motora e a psicológica.
Palavras-chave: TCE, Criança, Tratamento.
REFERÊNCIAS:
Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole, 2017.

188
Advanced Trauma Life Support for Doctors. 10. ed. ATLS – Chicago: Committee on Trauma, 2018.
CARVALHO, Luís Fernando Andrade et al. Traumatismo Cranioencefálico Grave em Crianças e
Adolescentes. 1. ed. Revista Brasileira de Terapia Intensiva: Janeiro - Março, 2007. v. 19.
AMORIM, Elizabeth De Souza Amorim et al. Perfil Epidemiológico de Crianças Vítimas de Trauma
Cranioencefálico. 10. ed. Revista Enfermagem UFPE on line: Outubro, 2017. v. 11.

189
DOI 10.29327/1192726.1-53

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE COM


COLECISTECTOMIA POR VIDEOLAPARASCÓPIA: REVISÃO
INTEGRATIVA

¹ Vitória Araújo de Sousa Macêdo, 2 Francisco Barbosa, 3 Midian Pereira dos Santos, 4 Jadson Nilo Pereira
Santos.
1
Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, Piauí, Brasil. ² Universidade Federal do Piauí (UFPI),
Teresina, Piauí, Brasil. 3 Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, Piauí, Brasil. 4 Universidade
Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, Sergipe, Brasil.
Eixo temático: Assistência de Enfermagem
Modalidade: Apresentação em Pôster
E-mail do 1° autor: vitoriaaraujo1034567@gmail.com
INTRODUÇÃO: A cirurgia de colecistectomia por videolaparoscopia é um procedimento cirúrgico
minimamente invasivo, realizado sob anestesia geral. São realizadas pequenas incisões e, em seguida são
introduzidos nos trocânteres, pelos quais são inseridas as pinças para a realização da operação. A ação da
videolaparoscopia possui baixo dano tecidual e rápida recuperação pós-operatória, por isso a laparoscopia
é regularmente recomendada, tendo em vista que o abdômen fica menos exposto e não há tanta perda de
sangue ao longo do procedimento. Os cuidados de enfermagem são necessários aos pacientes que serão
submetidos a um procedimento cirúrgico como esse. Nesse sentido, o uso da Sistematização da Assistência
de Enfermagem (SAE) é importante para organizar o trabalho do Enfermeiro, de maneira a qualificar a
assistência de enfermagem aos pacientes. Ela operacionaliza o processo de Enfermagem (PE) conforme
preconizado na Resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem. OBJETIVO: Avaliar a
assistência de enfermagem a paciente com colecistectomia por videolaparoscopia. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa norteada primeiramente pela seguinte questão: Qual a assistência de
enfermagem ao paciente com colecistectomia por vídeo laparoscopia? Foi realizado o levantamento do
corpus literário nas seguintes bases de dados: LILACS e SciELO, utilizando os seguintes descritores:
Colecistectomia, Assistência de enfermagem, Sistematização da Assistência de Enfermagem. Foram
realizadas associações usando o operador booleano and, aplicada da seguinte forma: “Colecistectomia” and
“Assistência de enfermagem” and “Sistematização de Enfermagem”. Para selecionar a amostra, adotaram-
se os seguintes critérios: incluídas publicações que estivessem disponibilizadas na íntegra, no idioma
português, publicadas no período de 2018 a 2022, e excluídas as temáticas não relevantes ao alcance do
objetivo da revisão e repetição na mesma base ou em mais de uma base de dados, contemplando 13 artigos.
RESULTADOS: Entre os principais cuidados de enfermagem ofertados para o paciente com
Colecistectomia estar: promover conforto e repouso; controlar rigorosamente o balanço hídrico; avaliar
estado geral; avaliar acessos venosos e cuidados com a pele em geral. Ressaltando a antissepsia da incisão
cirúrgica, que é um ponto fundamental na assistência para que não ocorra infecção, promovendo uma
recuperação rápida ao indivíduo, consequentemente uma alta hospitalar. Salientando que as principais
condutas vão depender da necessidade do paciente, como uso de medicações se necessário para alívio da
dor, e uso de manta térmica para reduzir risco de hipotermia. CONCLUSÃO: A Enfermagem tem um papel
importante nos cuidados a pacientes submetido a cirurgias do trato digestivo, principalmente através dos
seguintes cuidados: monitoramento dos sinais vitais, administração de medicamentos, controle de ingestão
e eliminação de líquidos, avaliação da incisão cirúrgica, utilização de manta térmica, procedimentos básicos
e prevenção de lesões por pressão, embasado em cuidados com evidência científica.
Palavras-chave: Colecistectomia, Assistência de Enfermagem, Sistematização da enfermagem.
Referências:

CORDEIRO, J. L. M. et al. Análise de videolaparoscopia e laparotomia para colecistectomia: uma revisão


integrativa da literatura Videolaparoscopy and laparotomy analysis for cholecystectomy: an integrative
literature review. CEP, v. 46140, 2022.

190
FELÍCIO, S. J. O. et al. Mortalidade da colecistectomia videolaparoscópica de urgência versus operação
eletiva para colecistite aguda. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), v. 30, p. 47-
50, 2017.

GARCIA, T. R. (org.). Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE): versão 2019, 280
p.

ROBAZZI, Maria Lúcia do Carmo Cruz et al. Diagnósticos de enfermagem: atribuição feita por graduandos
de enfermagem a pacientes internados com alterações neurológicas. Revista Latino-Americana de
Enfermagem, v. 6, p. 37-46, 1998.

191
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA E ENTRAVES NO
TRATAMENTO DE FERIDAS CRÔNICAS NO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE

Érica de Andrade Alves da Silva1


(ericaandradesilva12@gmail.com)1
Leandro Maia Leão2
(leandro-maia-@hotmail.com)2

Carla Gouveia3
Centro Universitário Cesmac, Maceió, Alagoas,
Brasil1,2,3

Introdução: O Ministério da Saúde define feridas como a perda da continuidade do tegumento, que pode
ser representada não apenas pela ruptura da pele mas também em casos mais críticos a amostra de tendões,
músculos e ossos.Sob essa perspectiva desde 1622 a oxigenoterapia hiperbárica (HBO) é empregada no
tratamento de lesões tendo como objetivo reestabelecer padrões de normalidade dos tecidos, através da
administração de jatos de oxigênio próximos ao ar puro 100% que provoca o aumento da pressão arterial e
por conseguinte promove efeito fisiologicamente terapêuticos na cicatrização e reconstrução celular
tecidual .Objetivo: Analisar e descrever a relevância da oxigenoterapia hiperbárica para tratamento de
feridas crônicas. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, com análise

reflexiva, descritiva e qualitativa. Foram utilizados 08 artigos disponibilizadas nas Bases de Dados
de Enfermagem (BDEnf), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs),
Scintific Eletronic Library Online (SciELO) a partir do cruzamento dos descritores “cicatrização,
“oxigenação hiperbárica’’ e “enfermagem” sendo pareados ao booleano AND. Resultados: A
caracterização das feridas tratadas com HBO são aquelas que advém de doenças crônicas como por exemplo
o diabetes mellitus, que o paciente tem fisiologicamente um retardo para sua recuperação caso não hajam
intervenções e que na maioria das vezes em situações críticas acabam sendo submetidos ao processo de
amputação de membros, apesar de sua importância no setor de saúde, ainda existem precariedades no que
diz respeito a informação sobre a utilização desse método como forma terapêutica, visto que há uma escassez
de estudos científicos nas bases de dados sobre a temática e a ausência de recursos financeiros governamentais
para sua aplicabilidade no sistema único de saúde de forma mais acessível para as pessoas que necessitam
dessa terapêutica. Conclusão: A técnica HBO no tratamento de feridas crônicas é viável e tem caráter
positivo, principalmente, em situações que são desafiadoras para a equipe de saúde, como por exemplo em
casos de feridas complexas,como úlceras venosas e arteriais, pé diabético entre outras que acometem com
maior freqüência cidadãos com condições de vida mais precárias e que em sua maioria não sabem qual
tratamento resolutivo buscar, tornando assim um ciclo vicioso em fazer e retirar curativos sem
sintomatologia de melhora no quadro clínico, encontram-se entraves na aplicabilidade do HBO pela
escassez de câmaras hiperbáricas no sistema único de saúde que tornam a cura das feridas crônicas cada
vez mais distante da realidade da população mais carente e pela não periodicidade de

192
capacitações da equipe de saúde para autonomia na execução da técnica nos casos de sua aplicabilidade em
instituições de privatizadas.

Palavras-Chave: Cicatrização. Oxigenação hiperbárica. Enfermagem.


TIPO DE ESTUDO: Revisão de literatura.

REFERÊNCIAS

ALVES, Paulo et al. Oxigenoterapia hiperbárica no processo de cicatrização de feridas: revisão de


literatura. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 93, n. 31, 2020.

ANDRADE, Sabrina Meireles de; SANTOS, Isabel Cristina Ramos Vieira. Oxigenoterapia hiperbárica
para tratamento de feridas. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 37, 2016.

CASAGRANDE, Maria Eugênia Costa et al. Oxigenoterapia Hiperbárica como adjuvante no tratamento de
feridas. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 2, p. 7154-7158, 2021.

DE BARROS LIMA, Edgard et al. O papel da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento da gangrena gasosa
clostridiana e da fasciite necrotizante. Jornal Vascular Brasileiro, v. 2, n. 3, p. 220-224, 2020.

LACERDA, Elias Pereira de et al. Atuação da enfermagem no tratamento com oxigenoterapia


hiperbárica. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 14, p. 118-123, 2006.

LIANDRO, Camila Lopes et al. Oxigenoterapia hiperbárica como tratamento adjuvante para feridas: estudo
de prevalência. Enfermagem em Foco, v. 11, n. 2, 2020.

MONGE, Lilliam Arteaga; SCHMITZ, Gerald; GONZÁLEZ, Xiomara Arias. Oxigenoterapia


hiperbárica. Revista Médica de Costa Rica y Centroamérica, v. 68, n. 599, p. 393-399, 2011.

TIKAMI, Kátia Fumika et al. Perfil dos pacientes com gangrena de Fournier utilizando a oxigenoterapia
hiperbárica como tratamento adjuvante. Medicina (Ribeirão Preto), v. 53, n. 1, p. 21-25, 2020.

193
ELEMENTOS PARA CONSTRUÇÃO DE INICIATIVAS HUMANIZADAS NA
ASSISTENCIA NUTRICIONAL EM UMA UNIDADE DE PRONTO
ATENDIMENTO

¹Aparecida Barboza de Araujo

²Julie Marcelle Moreira da Fonseca

²Luana Maria da Silva Alves

³Zulema Martins Farias

2Gesika Assunção do Nascimento


1Faculdade de Comunicação e Turismo de Olinda, Olinda, Pernambuco, Brasil; 2Centro Universitário
Mauricio de Nassau, Recife,Pernambuco, Brasil; 3Universidade Federal de
Pernambuco, Recife Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Estudo de experiência

Modalidade: Pôster

E-mail do 1°

autor:aparecidabarbozadearaujo@gmail.com

INTRODUÇÃO: O processo de humanização da assistência busca o reencontro entre o acolhimento e o


diálogo. O acolhimento consiste em recurso essencial, por permitir a abertura à escuta do outro, destacando
a importância da dimensão dialógica do encontro, não sendo o profissional um mero transmissor de discurso
técnico-científico. Para um cuidado humanizado, apontou-se a possibilidade de escolha do tipo de refeição
e preparações, caracterizando mais uma vez a individualização da atenção, como relatado anteriormente.
Outras ações como, pedidos especiais pelos pacientes, escolha de uma refeição diferenciada e sua troca de
horário, fazem parte da rotina do serviço humanizado. Salientando que, todas as unidades são contempladas
com o serviço de nutrição, entretanto, nem todos possuem um setor de nutrição bem estruturado com a
assistência nutricional implantada, e não dispõe de suporte nutricional via oral, enteral e refeição
diferenciada. Nosso protocolo de assistência nutricional contempla Triagem e avaliação nutricional na
admissão, acompanhamento no curso da internação com visitas subseqüentes e nova triagem e avaliação
nutricional de acordo com o protocolo da instituição, indicação de terapia nutricional oral ou enteral,
orientação em beira de leito e de alta hospitalar. OBJETIVO: Identificar iniciativas de humanização na
assistência nutricional a partir da percepção dos nutricionistas e seus pacientes de uma unidade de pronto
atendimento de Olinda/PE. METODOLOGIA: Foi realizada uma abordagem qualitativa, com entrevista
dos componentes do serviço de nutrição (SN) e aplicado questionários de avaliação de satisfação do SN
para os pacientes e acompanhantes. RESULTADOS: No período de fevereiro a julho de 2022 houve um
total de 2.710 atendimentos em beira do leito nas alas de internação Amarela adulto, Amarela SRAG,
Amarela pediátrica e sala Vermelha. Nesse período referenciado teve uma média de 12.500 refeições
servidas pelo SN. Através de questionários, houve a possibilidade de analisar e reestruturar a assistência
nutricional e qualidade das refeições dos pacientes assistidos. O conforto e o respeito ao seus hábitos
alimentares, aliados aos serviços oferecidos e à segurança higiênico-sanitária, foram um dos principais
aspectos acompanhados. Além de acompanhar melhor a apresentação das refeições em marmitas térmicas
e personalizar as embalagens. Os colaboradores que compõe o serviço passaram por treinamento interno
para melhor manejo e prestação do serviço. Isso rendeu um resultado de 76,52% de aprovação pelos
pacientes, após as avaliações dos questionários aplicados em beira leito. CONCLUSÃO: As iniciativas de

194
humanização destacadas revelaram aspectos das necessidades dos usuários e dos profissionais. Na presente
pesquisa, a percepção da humanização da alimentação hospitalar envolveu a individualização do
atendimento considerando dimensões sensoriais, simbólicas e a qualificação do serviço. O conjunto destas
ações requer interação dos profissionais envolvidos, apoio institucional e individualização da atenção.

palavras-chaves: Humanização, Serviço de nutrição, Alimentação hospitalar.

REFERÊNCIAS:

WESTERGREN A, et al. Malnutrition prevalence and precision in nutritional care differed in relation to
hospital volume: a cross-sectional survey. Nutr J. 2009 Maio. Disponível em: http:// doi:10.1186/1475-
2891-8-20. Acesso em: 16 Jun 2023

2 GARCÍA A, et al. Conclusiones del II Foro de Debate SENPE sobre desnutrición hospitalaria. Nutr
Hosp. 2005; 20(2):82-7.

3 GOTTRAUX S, et al. Screening and treatment of malnutrition: European Council Resolution and its
potential application in Switzerland. Rev Med Suisse Romande. 2004;124(10):617-23.

4 KONDRUP J, et al. Incidence of nutrition risk and causes of inadequate nutritional care in hospitals.
Clin Nutr. 2002; 21(6):461-8.

195
USO DE ANNONA MURICATA NO TRATAMENTO DE CÂNCER: UMA
REVISÃO
1
Amanda Mourato de Souza Lima
1
Sabrina Vasconcelos Lima
1
Valdeline Atanazio da Silva

1 Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST),
Serra Talhada, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Biologia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1º autor: amanda.mourato@ufrpe.br

INTRODUÇÃO: A medicina complementar configura uma série de opções de terapias e alternativas de


tratamento para as enfermidades, com aspectos diferentes da medicina convencional, uma dessas
alternativas é a utilização de plantas medicinais. A espécie Annona muricata é um vegetal da família
Annonaceae, com ampla utilização medicinal, inclusive como antitumoral no tratamento de câncer, uma
doença caracterizada pelo crescimento irregular das células, podendo se espalhar para outras regiões do
corpo e formar tumores e metástases. OBJETIVO: Registrar como a A. muricata pode ser utilizada no
tratamento de câncer. METODOLOGIA: Esse estudo trata-se de uma revisão de literatura, onde o
levantamento dos dados bibliográficos foi feito através de buscas nas bases de dados Scielo, PubMed,
Scopus e Google Acadêmico, usando os seguintes descritores: “A. muricata” and câncer; “A. muricata” and
fitoterapia e “A. muricata” and medicinal. Foram selecionados artigos publicados a partir de 2008 em inglês,
português ou espanhol cujo conteúdo concordasse com o tema da pesquisa, não sendo considerados os
trabalhos de revisão bibliográfica ou experimentos para composição dos dados a serem analisados.
RESULTADOS: O levantamento resultou em um total de 25 trabalhos, dos quais foram selecionados 15. As
partes da planta mais utilizadas2 são a folha e o fruto, onde 40% das pesquisas indicam uso dos dois, 33,3%
indicam somente as folhas, 6,7% indicam somente os frutos e 20% não deixam claro qual parte da planta é
usada. A forma de uso mais frequente é a infusão ou chá das folhas, citada em 66,7% dos trabalhos, seguida
do suco ou da polpa do fruto, forma citada em 33,3% dos trabalhos, 6,7% apresentam o uso do fruto in
natura e 26,7% não especificam uma forma de uso para tal planta. Apenas 6,7% das pesquisas traz uma
forma mais detalhada de uso, afirmando que pode ser ingerido 1L do chá das folhas por dia ou uma xícara
do chá uma ou duas vezes ao dia. Infelizmente somente 20% dos trabalhos apresentam os tipos de câncer
em que a planta pode auxiliar no tratamento, sendo eles os cânceres de mama, próstata, útero, pâncreas
pulmão, estômago e pele. 80% dos dados não deixam claro o tipo de câncer tratado. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A partir das informações obtidas é possível concluir que a graviola é uma planta bastante utilizada
no tratamento do câncer por pacientes acometidos pela doença, sendo então uma provável aliada no seu
combate. Com isso, torna-se importante e necessário a produção de novas pesquisas para comprovar a
eficácia da A. muricata contra neoplasias.

Palavras-chave: Fitoterapia, Oncologia, Plantas Medicinais, Graviola.


REFERÊNCIAS:

AMANCIO, G. S., et al. A utilização da Annona muricata L.: uma revisão sobre os estudos e testes
antitumorais. Revista Multidisciplinar de Educação e Meio Ambiente, v. 1, n. 1, 2020.

196
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (Brasil). O que é câncer? 2022. Disponível em:
<https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/o-que-e-cancer>. Acesso em: 01 de novembro de 2022

YAJID, A. I., et al. Potential Benefits of Annona muricata in Combating Cancer: A Review. The
Malaysian Journal of Medical Sciences, 2018.

197
APLICAÇÃO BIOTECNOLÓGICA DO Ziziphus joazeiro Mart (JOAZEIRO)
PARA SAÚDE HUMANA
¹Allany Trajano Nascimento
¹ Isabelly Dálete Ferreira Ribeiro
Universidade Federal Vale do São Francisco (UNIVASF). Petrolina, Pernambuco, Brasil.
Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: allany_nt@hotmail.com

O Ziziphus joazeiro é uma espécie arbórea que possui importância socioeconômica e ecológica, sobretudo
na região semiárida do Nordeste. A espécie é utilizada a fins de paisagismo, além de possuir propriedades
nutricionais, utilizada na alimentação humana, também apresenta ampla empregabilidade na medicina
popular através de sua casca, folhas, frutos e raiz no tratamento de tosses, úlceras gástricas, expectorante,
saúde dental e doenças da pele, bem como potencial antimicrobiano de seus extratos que são considerados
recursos promissores no tratamento de enfermidades. Objetivou-se mapear as principais aplicações
biotecnológicas do Ziziphus joazeiro Mart voltados a saúde humana através da bioprospecção. Realizou-se
uma busca nas bases Google Patents (GP), Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), European
Patent Office (EPO) e da World Intellectual Property Organization (WIPO). Buscou-se por “Zizyphus
joazeiro AND health” como descritor. Foram analisados somente os arquivos que apresentassem o termo
no título e/ou descrição, não foi aplicada nenhuma restrição quanto ao período (anos) de publicação. Os
dados foram dispostos no Microsoft Excel para triagem e avaliação dos dados. Inicialmente na resposta das
buscas foram obtidos 138 resultados para o Google Patents, 74 resultados para WIPO, 60 resultados para
EPO e na base do INPI não houveram resultados. Ao verificar os documentos viu-se que alguns destes não
contemplavam o objeto de estudo ou o descritor utilizado. Ao triar os documentos de patentes cabíveis; dez
documentos foram obtidos diante a EPO, seis documentos para o GP e cinco documentos no WIPO. Em
relação aos depositantes para EPO 90% dos depósitos foram de aplicantes de iniciativa privada e apenas
10% pertencente a Universidade. No GP o total de 66% (quatro documentos) eram relativos a aplicantes do
Brasil, sendo três destas patentes oriundas de Universidades. No WIPO todos os depósitos pertenciam a
aplicantes de iniciativa privada. A Colgate Palmolive Co. foi o único aplicante com ocorrência em todas as
bases, tendo maior incidência na base do WIPO. Para base de dados da EPO os anos de 2012, 2019 e 2020
abrangeram 60% dos documentos obtidos, o WIPO diante ao ano de 2012 apresentou dois documentos
(40%) e GP teve como destaque o ano de 2021 com 50% das publicações. De acordo com a Classificação
Internacional de Patentes (CIP) foi possível observar que o GP teve a maioria de seus documentos (66,6%)
voltados a subseção A61K que dispõe de Ciência médica ou veterinária; higiene: preparações para fins
médicos, dentários ou de toalete (Seção A – Necessidade humana), bem como o EPO apresentou todos os
resultados pertencentes a subseção A61K e o WIPO com 90% dos resultados para a referida subseção.
Nesse sentido observa-se que os documentos de patente elucidam os cuidados com a saúde bucal ou capilar
na maioria dos resultados obtidos. Além disso há uma representatividade de patentes desenvolvidas por
aplicantes do Brasil e Estados Unidos. Embora o Joazeiro seja uma espécie com diversas utilidades é visto
que seu potencial biotecnológico é pouco explorado em outras vertentes e sua aplicabilidade está
direcionada principalmente ao desenvolvimento tecnologias abrangendo a saúde bucal.
Palavras-chave: Jóa, Semiárido, Bioprospecção; Saúde Bucal.
REFERÊNCIAS:

ARAÚJO, N. D.; AGRA M. F. 2018. Ziziphus joazeiro: Juazeiro. In: CORADIN, L.; CAMILLO, J.;
PAREYN, F. G. C. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas
para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, Cap. 5, 2018, p. 961-968 il. Disponível em: <
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/189688/1/Livro-Nordeste-1-2018.pdf>. Acesso em:
fevereiro. 2023.

SILVA, T. C. L. et al. Atividades antioxidante e antimicrobiana de Ziziphus joazeiro Mart. (Rhamnaceae):


avaliação comparativa entre cascas e folhas. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, v.
32, n. 2, 2011.

198
DANTAS, F. C. P.; TAVARES, M. L. R.; TARGINO, M. D. S.; COSTA, A. D.; DANTAS, F. O Ziziphus
joazeiro Mart. -Rhamnaceae: características biogeoquímicas e importância no bioma Caatinga. Revista
Principia, v. 2, n. 25, p. 51-57, 2014.

199
RECURSOS VEGETAIS APLICADOS AO TRATAMENTO DA DIABETES:
UM ESTUDO PROSPECTIVO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

¹Allany Trajano Nascimento


¹Isabelly Dálete Ferreira Ribeiro

1Universidade Federal Vale do São Francisco (UNIVASF). Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: allany_nt@hotmail.com

A biodiversidade do planeta é vasta, e nela podem existir curas e melhores formas de tratar doenças que
afetam o ser humano, assim como soluções para a vida moderna. Nesse sentido recursos vegetais passaram
a ser grande importância para subsistência e sobrevivência humana, além de ser capaz de reduzir impactos
de doenças como a diabetes, que geralmente possui terapias onerosas. O diabetes é um alvo interessante na
busca de novos tratamentos, principalmente que possam utilizar os diversos recursos propiciados pelas
plantas. Nesse sentido buscou-se realizar um estudo prospectivo de alternativas vegetais para o tratamento
da diabetes nos últimos cinco anos. Uma prospecção tecnológica dos pedidos de patentes foi realizada na
base de dados nacional do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), e nos bancos de dados do
European Patent Office (EPO) e da World Intellectual Property Organization (WIPO). Os dados foram
coletados entre os dias 17 e 18 de fevereiro de 2023. Buscou-se por “diabetes mellitus AND herbal
medicine” e “diabetes mellitus AND phytotherapic” como descritores. Foram analisados somente os
arquivos que apresentassem esse termo no título e/ou descrição, dos documentos que houvessem sido
depositados entre 2019 a 2023. Os dados foram dispostos em tabelas no Microsoft Excel para triagem e
avaliação dos dados. A busca utilizando o termo “diabetes mellitus AND phytotherapic” nas bases de dados
não foi efetiva, pois os documentos relacionados não estavam direcionados a aplicação da fitoterapia para
diabetes, sendo descartada a avaliação dos dados para este. Enquanto diante a utilização do descritor
“diabetes mellitus AND herbal medicine” das 2.100 patentes encontradas, 1,185 foram localizadas no
WIPO, no EPO foram obtidos 915 documentos, porém apenas 88 documentos contemplavam o objeto de
estudo. Para o INPI nenhum dado foi obtido. Verificou-se que os Estados Unidos da América é o país que
possui o maior número de documentos para a base WIPO com 37% (438 documentos), enquanto que na
base da EPO a China foi responsável por 66% dos depósitos (58 documentos). Diante ao obtido no WIPO
notou-se que todos os aplicantes se caracterizavam como empresas/companhias, para o EPO 88% dos
aplicantes se caracterizam como empresas/companhias e 11% pertinentes a depósitos por Universidades.
Quanto a distribuição das patentes segundo a Classificação Internacional de Patentes - CIP, a base do WIPO
apresentou 70% dos documentos estão relacionados a subseção A61 que dispõe ciência médica ou
veterinária; higiene (seção A Necessidades Humanas) soma o maior número de depósitos, para EPO a A61
também foi a subseção com maior número de depósitos 64%. Diante aos anos de publicação para WIPO
2021 foi o ano com o total de 341 documentos (29%) e EPO com destaque para 2022 com 25 documentos
(28%). Pode-se destacar que são existentes respostas diante os últimos cinco anos quanto desenvolvimento
tecnologias com base em alternativas vegetais se mostram bastante promissoras para tratar ou atenuar a
diabetes, no entanto, percebe-se uma maior concentração no estímulo da aplicação dessas inovações em
áreas geográficas da Ásia e América Central.
Palavras-chave: Patentes, Diabetes mellitus, Plantas.
REFERÊNCIAS:

NETO, G. G.; PASA, M. C. Estudo etnobotânico em uma área de cerrado no município de Acorizal, Mato
Grosso. Flovet, v. 1, p. 5-32, 2009.
SANTOS, M. M.; NUNES, M. G. S.; MARTINS, R. D. Uso empírico de plantas medicinais para tratamento
de diabetes. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 14, p. 327-334, 2012.

200
ARAUJO, H. F. L.; DA SILVA, A. M.; DA SILVA, V. J. Biotecnologia vegetal no desenvolvimento da
terapia de doenças humanas. Revista Multidisciplinar de Educação e Meio Ambiente, v. 2, n. 3, p. 53-
53, 2021.

201
OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A HIPERTENSÃO
GESTACIONAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹ Luanny de Souza Santos

² Marília Sousa dos Reis

³ Clara Mylene da Silva


4
Rebeca Ferreira Nery
5
Karen Ruth Michio Barbosa
6
Romulo Mendes de Souza
7
Thaís da Natividade Pereira
8
Jadson Nilo Pereira santos

¹ Faculdade Metropolitana São Carlos. Bom Jesus do Itabapoana, Rio de Janeiro,


Brasil.

² Centro Universitário Inta (UNINTA) . Sobral, Ceará, Brasil.

³ Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.


4
Faculdade São Francisco da Paraíba (FASP), Cajazeiras, Paraíba, Brasil.
5
Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, Espírito Santo, Brasil.
6
Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba. Parnaíba, Piauí, Brasil.
7
Universidade Estácio do Recife. Recife, Brasil.
8
Universidade Federal de Sergipe. Aracaju, Sergipe, Brasil.

Eixo temático: Saúde da Mulher


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: luannysantos.med@gmail.com
INTRODUÇÃO: A síndrome hipertensiva da gravidez é uma das mais importantes complicações durante
o ciclo gravídico-puerperal por apresentar grandes riscos de morbidade e mortalidade para o binômio mãe-
filho. Apresenta sérias complicações maternas e principalmente incluindo piora do quadro hipertensivo,
pré-eclâmpsia sobreposta, restrição do crescimento fetal, parto prematuro e possivelmente descolamento
prematuro da placenta. Destacando-se as questões emocionais que cercam a maternidade em uma situação
de alto risco gravídico. OBJETIVO: Analisar na literatura os principais fatores de risco para hipertensão
na gravidez. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura, apresentando como questão
norteadora: Quais os fatores de risco para hipertensão arterial no período gestacional? Foi realizado o
levantamento do corpus literário nas seguintes bases de dados: Scielo e PubMed, utilizando os seguintes
descritores: Hipertensão Gestacional, Fatores de Risco e Hipertensão Arterial. Foram realizadas
associações usando o operador booleano and, aplicada da seguinte forma: “Hipertensão Gestacional” and
“Fatores de Risco” and “Hipertensão Arterial”. Para selecionar a amostra, adotaram-se os seguintes
critérios: incluídas publicações que estivessem disponibilizadas na íntegra, no idioma português e inglês,
publicadas no período de 2018 a 2022, e excluídas as temáticas não relevantes ao alcance do objetivo da
revisão e repetição na mesma base ou em mais de uma base de dados, contemplando 16 artigos. Revisão
realizada no último semestre de 2022. RESULTADOS: A hipertensão gestacional, nomeada Síndrome
Hipertensiva Gestacional (SHG), abrange um conjunto de patologias associadas ao aumento da pressão

202
arterial, entre elas: hipertensão sistêmica crônica, pré-eclâmpsia, eclâmpsia e a síndrome HELLP. Tais
doenças, caracterizam-se por níveis de pressão sistólica acima de 140 mmHg ou diastólica superior a 90
mmHg. Os estudos apontam que no Brasil a idade da genitora acima de 30 anos, a primiparidade e a
hipertensão crônica prévia são os principais desencadeantes da SHG. Ademais, diabetes mellitus, patologia
renal, obesidade e história familiar positiva são descritos como relevantes fatores de risco. Ainda, a
literatura ressalta que a condição socioeconômica é uma causa primordial de SHG, em razão do impacto do
difícil acesso à saúde e à dieta adequada. Outros agravantes relatados, porém, menos frequentes, são a
hidropsia fetal, a neoplasia trofoblástica e o grupo sanguíneo AB. CONCLUSÃO: Conclui-se que fica
evidente a importância de uma análise dos principais fatores de risco para a hipertensão na gravidez, tendo
como principal causa a idade avançada de uma genitora, a primiparidade e a hipertensão crônica prévia.
Diante disso, é recomendado medidas que impeçam uma gravidez tardia e que ajudem no rastreamento da
hipertensão crônica ou uma possível relação da SHG com a condição socioeconômica, a fim de evitar
complicações para a criança e para a mãe.

Palavras-chave: Hipertensão Gestacional, Fatores de Risco, Hipertensão Arterial.


REFERÊNCIAS:
ASSIS, Thaís Rocha; VIANA, Fabiana Pavan; RASSI, Salvador. Estudo dos principais fatores de risco
maternos nas síndromes hipertensivas da gestação. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 91, p. 11-
17, 2008.

CORREIA, Junior MD; SANTOS, BMRTD; ROVEDA; JRC; SILVA, LCMV; GUIMARÃES, LS;
GONÇALVES, SCL. Improving the Management of High-Risk Pregnancies with the Use of the
Robson Classification. Rev Bras Ginecol Obstet. 2020 Aug;42(8):448-453. English. doi: 10.1055/s-0040-
1713910. Epub 2020 Sep 8. PMID: 32898911.

LINS, Eduarda Valentina Duarte et al. Hipertensão gestacional e o risco de pré-eclâmpsia. Research,
Society and Development, v. 11, n. 8, p. e29111831197-e29111831197, 2022.

MARTINS, Luciana Carvalho et al. Predição de risco de complicações cardiovasculares em gestantes


portadoras de cardiopatia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 106, p. 289-296, 2016.

203
SÍNDROME DE GOLDENHAR: RELATO DE UM CASO CLÍNICO

¹ Maria Elivânia Alves de Oliveira


1
Yasmin Ribeiro Alves de Abreu

¹ Ana Letícia Loiola de Oliveira

¹ Rallyson Azevedo Gomes

¹ Rayane Lima dos Santos

¹ Roberta de Sousa Abreu

¹ Luis Henrique dos Santos Nogueira

1 Centro Universitário INTA- UNINTA. Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Apresentação pôster

Email do 1° autor: elivaniao39@gmail.com

INTRODUÇÃO: A síndrome de Goldenhar é uma anomalia congênita de característica rara, com sua
etiologia ainda não definida, é conhecida como Síndrome do Primeiro e Segundo Arcos Branquiais,
Displasia Oculo-aurículo-vertebral, Microssomia Hemifacial, Disostose Mandibulo facial, Displasia
Facial Lateral. Acomete mais no sexo masculino (cerca de 3:2), podendo variar de formas leves a mais
graves. Dentre as diversas alterações que podem ser encontradas, destaca-se a macrostomia, mordida
cruzada e/ou aberta, mordida profunda, palato alto, fissura labiopalatal, paralisia facial,
micrognatia/retrognatia, e entre outras. OBJETIVO: O objetivo do trabalho foi relatar um caso clínico
sabre a síndrome de Goldenhar, que apresenta diversas características congénitas no corpo de forma
especial na face, nas orelhas e vertebras (Ryan,1988). 0 trabalho pretende descrever a síndrome e as suas
características predominantes, com a observação clínica durante o tratamento odontologico realizado no
CEO (centro de especialidades odontológicas) de ubajara ce. METODOLOGIA: O estudo foi realizado
com uma criança, do género masculino, com diagnostico da síndrome de Goldenhar. Para o estudo foi
realizada anamnese e o paciente foi submetido as avaliações de ordem clínica, uma vez que a criança
não colaborou para exames radiológicos. RESULTADOS: Foram observadas as seguintes alterações:
dificuldade de selamento labial, dentes muitos destruídos por processos cariosos, fenda palatina, olhos
assimétricos, mordida aberta anterior, micrognatia, respiração bucal, dificuldade de fala e audição.
CONCLUSÃO: Pode-se concluir que um paciente com a síndrome de Goldenhar deve receber um
tratamento geral, que tenha suporte, auxílio e acompanhamento multidisciplinar, para um melhor
resultado de tratamento.

Palavras-chave: Síndrome de Goldenhar, Paciente especial, Odontológico.

REFERÊNCIAS:

FERREIRA, J. M .; GONZAGA, J. Síndrome de Goldenhar. Revista Brasileira de Oftalmologia., v.


75, n. 5, 2016.

FARIAS, J. G.; OLIVEIRA, C.; SANTIAGO, H. B.; CAMPOS, P. S. F.; CARNEIRO, G. G. V. S.;
MEIRELLES, M. M. Síndrome de Goldenhar: relato de caso. Revista de Ciências Médicas e
Biológicas., v. 4, n. 1, p. 77–82, 2005

204
SILVA, R.C.L.; ALVES, F.F.S.; NETTO, S.S.G.; SILVA, C.M. As alterações fonoaudiologicas na
sindrome de Goldenhar - relato de caso. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia v. 13, n.
3, 2008.

205
INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE NO ESTADO DE SANTA CATARINA:
TENDÊNCIA TEMPORAL ENTRE 2011 E 20211

¹Heloísa Marquardt Leite

¹Bruna Fabris
1
Caroline Dallacorte
1
Maria Aparecida Lucca Caovilla
1
Claudio Alcides Jacoski

1Universidade Comunitário da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Chapecó, Santa Catarina, Brasil.

Eixo temático: Estudo de campo

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: heloisamarquardt@gmail.com

INTRODUÇÃO: A transição epidemiológica é marcada pela diminuição das doenças infectocontagiosas e


aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Embora atualmente as cargas globais de doenças
sejam decorrentes principalmente das DCNT, a incidência de tuberculose ainda é prevalente, especialmente
em populações mais vulneráveis. Segundo a Agenda 2030, pretende-se acabar com a epidemia de
tuberculose no Brasil e no mundo como uma das metas do desenvolvimento do milênio. No Brasil foram
notificados 69.304 e 73.049 casos novos de tuberculoses em 2020 e 2021, respectivamente. Dessa forma,
se faz necessária a investigação desse problema de saúde pública nos estados brasileiros visto a importância
do acompanhamento e cumprimento da meta do milênio.OBJETIVO: Descrever a tendência temporal da
incidência de tuberculose no estado de Santa Catarina (SC), por mesorregião, no período de 2011 a 2021.
METODOLOGIA: Foi realizado um estudo descritivo de série temporal com coleta de dados secundários
do número de casos novos de tuberculose obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) e da população residente estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As
informações foram coletadas para todos os municípios e estado de SC nos anos de 2011 à 2021. A incidência
de tuberculose foi calculada dividindo-se o número de casos novos pela população residente estimada de
cada ano multiplicado por 100.000 habitantes. As análises foram realizadas no software Stata 17.0.
RESULTADOS: No período entre 2011 e 2021 foram notificados 19.344 casos novos de tuberculose no
estado de SC. A maior ocorrência de casos novos ocorreu na mesorregião Vale do Itajaí (31,5%), seguidas
pelas mesorregiões: Grande Florianópolis (25,0%), Norte (18,6%), Sul (14,7%), Oeste (6,9%) e Serrana
(3,2%). A incidência de tuberculose no ano de 2011 e 2021 foi de 28,02 e 22,93 casos a cada 100.000
habitantes, respectivamente, ou seja, foi observada uma queda de 18,2% no período analisado. Em 2011 a
incidência de tuberculose a cada 100.000 habitantes foi a seguinte para cada mesorregião: Grande
Florianópolis (25,7), Vale do Itajaí (18,0), Sul (17,9), Norte (17,2) Oeste (6,8) e Serrana (4,8). Já em 2021
foram encontradas os seguintes valores de incidência: Sul (18,2), Grande Florianópolis (15,8), Norte (13,7),
Vale do Itajaí (12,4) Serrana (10,6) e Oeste (7,5). A maior queda na incidência de tuberculose foi na
mesorregião Grande Florianópolis (38,6%) seguido por Vale do Itajaí (30,9%) e Norte (20,2%). Já para as
mesorregiões Serrana, Oeste e Sul houve aumento na incidência de tuberculose (123,4%; 9,9% e 1,6%,
respectivamente). CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Houve um declínio da incidência de
tuberculose no estado de SC entre 2011 e 2021. Entretanto, considerando as diferentes mesorregiões do
estado, houve um aumento na incidência nas regiões Serrana, Oeste e Sul e diminuição nas regiões Grande

1 Trabalho realizado com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa
Catarina (FAPESC) e do Pollen Parque Científico e Tecnológico.

206
Florianópolis, Vale do Itajaí e Norte. Em SC as medidas de controle da tuberculose como vacinação,
diagnóstico precoce e tratamento adequado, têm sido efetivas e isso reflete no declínio geral da incidência
de tuberculose no estado. Entretanto, o aumento da incidência em algumas regiões mostra que essas ações
devem ser fortalecidas e priorizadas em populações mais vulneráveis.

Palavras-chave: Tuberculose, Desenvolvimento Sustentável, Atenção à Saúde.

REFERÊNCIAS:

PAZ, L. C. et al. Análise da sazonalidade da tuberculose nas capitais brasileiras e Distrito Federal, Brasil,
no período de 2001 a 2019. Cad. Saúde Pública. v. 38, n.7, 2022. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/0102-311XPT291321

PEREIRA, A. et al. Série histórica da taxa de incidência de tuberculose em Santa Catarina: análise de
uma década, 2010-2019. Epidemiol. Serv. Saúde. v. 31, n.3, 2022. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S2237-96222022000300002

ONU BR – NAÇÕES UNIDAS NO BRASIL – ONU BR. A Agenda 2030. 2015. Disponível em:
<https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/>

207
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA FRENOTOMIA EM LACTENTES
¹Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
2
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
3
Dayane Carolyne da Silva Santana
4
Leonardo Ramalho Marras
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,3,5,6
Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
4
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livres em ciências da saúde.


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rogeria-rafaelly@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A anquiloglossia, trata-se de uma anomalia congênita, que pode ser parcial ou total, onde
o frênulo lingual apresenta características curto e delgado, influenciando na limitação de seus movimentos.
É uma condição que restringe o movimento normal da língua e pode dificultar a amamentação, pois a
deglutição e sucção estão diretamente relacionadas a este processo. Consequentemente a criança pode ter
dificuldades de ganhar peso, a mãe pode sentir dor imensa nos mamilos no ato da amamentação, bem como,
o movimento da língua pode ter limitações durante o choro e na fala. OBJETIVO: Desta forma, objetiva-
se abordar as características clínicas, diagnóstico e tratamento da frenotomia em lactentes.
METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão de literatura narrativa através da busca eletrônica nas bases
de dados SciElo e PubMed utilizando os descritores: “Freio Lingual”, “Anquiloglossia” e “Bebês”. Foram
utilizados como critérios de inclusão trabalhos publicados entre 2017 à 2022 em inglês e português. E
adotados como critérios de exclusão pesquisas que antecediam os últimos 05 anos, trabalhos de conclusão
de curso e estudos com informações repetidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para o sucesso da
amamentação a língua desempenha um papel importante na sucção, deglutição e transporte de alimentos.
A membrana que conecta a língua ao assoalho da boca, é o frênulo da língua e a sua má formação é chamada
de anquiloglossia (língua presa). Sua etiologia patogênica é desconhecida, mas existem estudos
relacionando a anquiloglossia a mutações genéticas, com ou sem outras alterações congênitas, como fenda
palatina e hipodontia. Clinicamente o freio lingual apresenta-se curto, com dificuldade na elevação dalíngua
e para tocar o palato, durante o momento de protrusão da língua apresenta um formato de coração, bem
como dificuldade na sua protrusão lingual e em movimentos de lateralidade lingual. Os bebês e lactentes
que são diagnosticados com o frêunulo lingual alterado, geralmente são submetidos a frenotomia, que é um
procedimento cirúrgico destinado a uma incisão linear anteroposterior do freio lingual, sem remover o
tecido. A técnica usada na frenotomia é feita por meio de uma anestesia local da mucosa do frênulo lingual,
seguida de uma incisão de 3 a 4 milímetros de profundidade, na área mais fina do mesmo, devido a pouca
vascularidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, a anquiloglossia trata-se de uma anomalia que
pode ser facilmente diagnosticada e tratada cirurgicamente pelo cirurgião-dentista, ao qual de suma
importância deve-se fazer presente uma equipe multidisciplinar para o diagnóstico e tratamento. As
vantagens do procedimento para o bebê incluem melhor posicionamento e movimento da língua e melhor
posição dos lábios, o que ajuda a garantir os benefícios da amamentação, como ganho de peso e
positivamente, a amamentação torna-se mais prazerosa para a mãe, pois não haverá dor.

Palavras-chave: Freio Lingual; Anquiloglossia; Bebês.

REFERÊNCIAS: ARAUJO, Maria da et al. Evaluation of the lingual frenulum in newborns using two
protocols and its association with breastfeeding. Jornal de pediatria, v. 96, p. 379-385, 2020.
GANESAN, K.; GIRGIS, S.; MITCHELL, S. Lingual frenotomia em recém-nascidos: passado, presente e
futuro. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, v. 57, n. 3, p. 207-213, 2019.
PROCOPIO, Iryana Marques Sena; COSTA, Vanessa Polina Pereira; LIA, Erica Negrini. Frenotomia
lingual em lactentes. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, v. 22, n. 1, 2017.
DE OLIVEIRA, Millena Teles Portela et al. Frenotomia lingual em bebês diagnosticados com
anquiloglossia pelo Teste da Linguinha: série de casos clínicos. Revista da Faculdade de Odontologia-
UPF, v. 24, n. 1, p. 73-81, 2019.

208
FATORES QUE INFLUENCIAM NA SEGURANÇA DO RECÉM NASCIDO
EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: REVISÃO
INTEGRATIVA

1Juciele Gomes dos Santos


2Karla Kamylla dos Santos Nascimento
3Marcela Souza de Freitas
4Watina Rodrigues Dias
5Gabrielly Dantas Barros
6Júlia Lião Serra
7Naiane Cristina Santos de Jesus
8Natália Rodrigues da Silva
1 Faculdade Unime Lauro de Freitas, Bahia, Brasil; 2 Faculdade da Escada, Recife, Pernambuco,
Brasil; 3 Centro Universitário Celso Lisboa, Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, Brasil; 4 Universidade Estadual Unitins,
Augustinópolis, Tocantins, Brasil; 5 Universidade Regional
da Bahia, Arapiraca, Alagoas, Brasil, 6 Universidade Estácio
de Sá, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 7 Centro
Universitário Ruy Barbosa Wyden, Lauro de Freitas, Bahia,
Brasil; 8 Enfermeira pela Faculdade Christus, Nossa Senhora
de Nazaré, Piauí, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: jucielegomes443@gmail.com


INTRODUÇÃO: A assistência aos neonatos passou por avanços nas últimas décadas, por meio da
produção e difusão do conhecimento científico aliado ao desenvolvimento tecnológico. Apartir da
implantação das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) houve detecção precoce das situações de
risco neonatais, contribuindo significativamente para segurança da sobrevivência deste. Contudo cabe
destacar que os recém-nascidos estão expostos a maiores riscos devido a fatores particulares, como a
extrema fragilidade fisiológica e sistemas orgânicos em desenvolvimento, os quais prejudicam sua
segurança por demandarem cuidados específicos. OBJETIVO: Analisar e identificar na produção
científica fatores que influenciam a segurança do recém nascido em uma unidade de terapia intensiva
neonatal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada no período de
outubro de 2022, utilizando-se para busca e seleção dos estudos as bases de dados LILACS, SciELO,
PUBMED e BDENF. " A escolha da temática deste estudo se baseia na identificação dos fatores que
influenciam na segurança do recém nascido em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Diante disso,
este estudo busca responder. Quais fatores podem influenciar na segurança do recém nascido em uma
unidade de terapia intensiva neonatal?. Ademais, foram incluídos artigos disponíveis na íntegra
gratuitamente, publicados em português, inglês, espanhol, com recorte temporal de 2015 a 2022, utilizando
os descritores em saúde (DeCs): “Segurança do paciente”, "Assistência de enfermagem" e "Recém nascido''.
Constituíram como critérios de exclusão: publicações repetidas, estudos de revisão, resumos de congressos,
anais, editoriais, monografias, dissertações, teses, além de estudos que não respondessem ao objetivo ou à
questão norteadora de pesquisa delineada. Inicialmente os estudos identificados por meio da busca
bibliográfica nas bases de dados compuseram 45 produções, sendo que após aplicação dos critérios de
inclusão e exclusão elegeu-se 6 artigos para compor a análise interpretativa. RESULTADOS E

209
DISCUSSÃO: Identificou-se a infraestrutura inadequada, ausência ou deficiência na comunicação,
materiais de má qualidade, equipamentos antigos e sem manutenção periódica e a sobrecarga de trabalho
por diminuição no quadro de funcionários, incidentes no uso medicamentoso, na medida em se utiliza de
iluminação inapropriada no local da preparação dos medicamentos, distrações e interrupções no processo
do preparo. Nesse sentido, ressalta-se, que a implantação de uma UTIN dentro de uma instituição, deve ser
detalhadamente planejada, considerando as rotinas de cuidados e fluxo do serviço para oferecer condições
adequadas para a segurança dos profissionais e pacientes. CONCLUSÃO: Tendo em mente a
complexidade do tema, percebe-se a necessidade de maior discussão entre as equipes de saúde que atuam
dentro da UTIN tratando-a como foco da prestação de cuidados para garantir a segurança do recém nascido.
Salientam-se, como principais contribuições desta pesquisa, o reconhecimento dos erros na assistência e da
responsabilidade atribuída durante a hospitalização; estratégias para minimizar os erros que coloca a
segurança dos neonatos em riscos; e, consequentemente, o desenvolvimento de uma assistência com
segurança.

Palavras-chave: Segurança do paciente; Assistência de enfermagem; Recém nascido.

FERÊNCIAS:

LANZILLOTTI L.S et al. Eventos adversos e outros incidentes na unidade de terapia intensiva neonatal.
Ciência coletiva, v. 20, n. 3,p. 1-10, 2015.

SILVA, TRG et al. Cuidado centrado na família na perspectiva de enfermeiras da Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal. Rev Rene, v. 17, n. 5, p. 1-8, 2016.

TOMAZONI, A. Segurança do paciente na percepção da enfermagem e medicina em unidades de terapia


intensiva neonatal. Rev Gaúcha Enferm, v. 38, n 1, p. 1-8, 2017.

210
PREVALÊNCIA DA CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA EM RECÉM-
NASCIDOS PREMATUROS
¹Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
2
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
3
Dayane Carolyne da Silva Santana
4
Leonardo Ramalho Marras
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,3,5,6
Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
4
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rogeria-rafaelly@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A Candidose, ou “candidíase”, é uma infecção fúngica causada por leveduras do gênero
Candida. C. Albicans, fungo que compõe a micro-floral oral. É popularmente conhecida como sapinho, que
na maioria das vezes atingem indivíduos que possuem o sistema imunológico comprometido ou pouco
desenvolvido, como em recém-nascidos(RN) prematuros. OBJETIVO: Abordar os fatores etiológicos
dessa patologia, bem como suas características clínicas, tratamento e prevenção em neonato, salientando a
importância do cirurgião-dentista no diagnóstico precoce dessa patologia. METODOLOGIA: Realizou-
se uma revisão de literatura narrativa através da busca eletrônica nas bases de dados SciElo e PubMed
utilizando os descritores: “Candidíase bucal”, “Patologia bucal” e “Diagnóstico”. Foram utilizados como
critérios de inclusão trabalhos publicados entre 2017 à 2022 em inglês e português. E adotados como
critérios de exclusão pesquisas que antecediam os últimos 05 anos, trabalhos de conclusão de curso e
estudos com informações repetidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Sua patogênese inicia quando as
leveduras se unem aos resíduos de açúcar na mucosa bucal ou às proteínas da matriz extracelular das células
epiteliais. O baixo peso ao nascer e o tempo prolongados dos RN prematuros em internação hospitalar,
desencadeiam a ocorrência dessa patologia. Clinicamente a candidíase do tipo pseudomembranosa, é a mais
comum em RN e suas características clínicas abrangem a presença de placas ou nódulos brancos na região
da mucosa oral, com uma consistência gelatinosa e amolecida, que são facilmente removidas. Sua
localização aparecem nas regiões de palato, na mucosa jugal e na língua, como também pode surgir em
qualquer outra área da cavidade oral. Na maioria dos casos, essa patologia é assintomática, mas em alguns
casos pode ocorrer dor e ardência, onde há presença de ulcerações. O diagnóstico é feito através dos sinais
e sintomas clínicos, onde o cirurgião-dentista utiliza a cultura microbiológica, citologia exfoliativa, pesquisa
direta de fungos, como complemento ao diagnóstico clínico. O tratamento consiste na higiene oral, com
terapia tópica e sistémica. Na prevenção, deve-se aplicar um protocolo de cuidados bucais, a lavagem
rigorosa das mãos, higienização da boca utilizando hastes de algodão ou gaze embebida em uma solução
antimicrobiana, diminuindo os riscos de aspiração de secreções orais elevando a cabeça do paciente e usar
o mecanismo de aspiração sempre quando for necessário, com a finalidade de minimizar a colonização do
biofilme bucal por patógenos e prevenir possíveis complicações sistêmicas nos RN.CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Portanto, o diagnóstico precoce de candidíase bucal em RN prematuro é de fundamental
importância pois favorece o imediato tratamento tópico com higienização, a eliminação de
pseudomembranas e aplicação tópica de antifúngicos, prevenindo que a situação clínica do RN se agrave.

Palavras-chave: Candidíase Bucal; Patologia Bucal; Diagnóstico.

REFERÊNCIAS: GAMA, Michelly Rodrigues Dantas et al. Candidíase Pseudomembranosa oral em


neonato: relato de caso. Revista da AcBO-ISSN 2316-7262, v. 7, n. 2, 2017.
GÓMEZ-MORENO, G.; VALERÓN-RODRÍGUEZ, F. Pseudomembranous oral candidiasis resolved with
a mouthwash containing 0.05% chlorhexidine+ 0.05% cetylpyridinium chloride. European Review for
Medical and Pharmacological Sciences, v. 25, n. 18, p. 5725-5728, 2021.
LUZ, Gabriela Alves; SCHNEIDER, Gabriela Coleta; DO CARMO, Monique Santos. Candidíase e
candidemia neonatal: Revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 10, n. 4, p.
e53710414326-e53710414326, 2021.

211
HELLSTEIN, John W.; MAREK, Cindy L. Candidiasis: red and white manifestations in the oral cavity.
Head and neck Pathology, v. 13, n. 1, p. 25-32, 2019.

212
AS REPERCUSSÕES DA MASTECTOMIA NA PERCEPÇÃO DA MULHER
SOBRE A AUTOIMAGEM

Maria Eduarda da Silva Bastos1;

Talita Bianca Lima da Paixão2;

Juliana Silva Siqueira Santos3;

Maria Victória Azevedo Xavier4;

Simone Fernandes Monteiro5;

Maria Benita Alves da Silva Spinelli6

1,2,3,4,5
Graduanda em Enfermagem, Universidade de Pernambuco (UPE)

6
Enfermeira. Mestre em Saúde Materno Infantil pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando
Figueira

Eixo temático: Temas livres

Modalidade: Pôster

RESUMO

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a segunda maior neoplasia maligna diagnosticada no mundo e possui
uma alta frequência no sexo feminino. O seu tratamento depende do estadiamento da doença, podendo ser
realizado por meio de cirurgias. Dentre os atos cirúrgicos mais frequentes está a mastectomia, que consiste
na remoção parcial ou total da mama, linfonodos e músculos peitorais. Este ato cirúrgico é cercado por
vivências dolorosas, ligadas a sensação de perda de um órgão que reflete a simbologia da feminilidade e
sexualidade, podendo interferir diretamente na percepção da mulher sobre sua autoimagem.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, utilizando os artigos identificados nas bases de
dados MEDLINE, BDENF e LILACS, por meio dos descritores “Neoplasias da mama”, “Mastectomia” e
“Autoimagem”. Foram utilizados como critérios de inclusão os textos gratuitos e completos na íntegra, nos
idiomas inglês e português, publicados nos últimos 10 anos. A partir dos 31 estudos apontados, 7 foram
considerados capazes de responder a questão norteadora: “Como a mastectomia impacta na autoimagem da
mulher?”. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: A partir dos estudos selecionados, pôde-se observar o temor
relatado pelas mulheres frente ao diagnóstico do câncer de mama e o tratamento por meio da mastectomia,
com a perspectiva da perda da feminilidade, o que pode interferir em questões relacionadas a sexualidade
da mulher, como também sobre a maternidade, pela recusa em ter filhos. Além disso, a retirada desse órgão
também reflete na visualização da autoimagem de forma negativa, como uma mulher mutilada, deformada
e estranha. CONCLUSÃO: Logo, nota-se que a mastectomia traz consequências que perpassam o aspecto
físico, afetando o psíquico da mulher, trazendo o sentimento de mutilação e incompletude. Também
percebe-se a necessidade de mais estudos sobre a temática, para que sejam disponibilizados mais dados
sobre os impactos que esse ato cirúrgico pode causar na qualidade de vida da mulher.

213
Palavras-chaves: Neoplasias da mama; Mastectomia; Autoimagem

INTRODUÇÃO

O câncer de mama é uma doença que ocorre devido ao desenvolvimento anormal das células da
mama, sendo a segunda maior neoplasia maligna diagnosticada no mundo. Devido à alta incidência, o
câncer de mama é o mais temido pelo sexo feminino, principalmente pelas consequências advindas do
tratamento que podem acarretar em efeitos psicológicos que afetam a percepção da sexualidade e da própria
imagem pessoal.
O tratamento do câncer de mama, a depender do estadiamento clínico e histológico, pode ser
realizado cirurgicamente. Estas cirurgias são realizadas basicamente para estabelecer o controle sobre o
tumor, com a remoção das células que sofreram mutação. O tipo de cirurgia pode variar a depender do caso,
podendo ocorrer desde uma tumorectomia até uma mastectomia radical.
A mastectomia consiste na remoção da mama podendo ou não abranger tecidos circundantes,
retirada dos linfonodos da região axilar e músculos peitorais. Embora este procedimento cirúrgico seja
eficiente, ele também revela-se estigmatizante para as mulheres, pois há a retirada de um órgão que carrega
a simbologia da feminilidade e sexualidade, impactando diretamente na autoimagem e na autoestima da
mulher.
O diagnóstico por si só provoca forte impacto na vida das mulheres e de seus familiares, que
precisam lidar com emoções como raiva, angústia e ansiedade, além do receio sobre o futuro incerto da
doença. Atrelado a isso, está o tratamento por meio da mastectomia, um ato cirúrgico que é cercado de
vivências excessivamente dolorosas ligadas à sensação de perda, que provoca na mulher a alteração da sua
percepção corporal e faz com que ela não consiga visualizar o novo corpo, uma vez que a sua feminilidade
está ameaçada.
Dessa forma, compreende-se que as modificações corporais, advindas da mastectomia, podem
acometer não só na esfera física da mulher, mas também na emocional e social, refletindo a
supervalorização que o corpo possui. Considerando que a autoestima e a autoimagem são fatores
preponderantes na relação do indivíduo consigo mesmo e com os outros, justifica-se a necessidade de
compreender como este ato cirúrgico pode afetar a percepção da mulher sobre si mesma.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura cuja finalidade é sintetizar resultados obtidos em pesquisas
sobre um tema ou questão, permitindo a combinação de dados de literatura teórica e empírica, a fim de
proporcionar a compreensão mais completa do tema de interesse. A partir disso, partiu-se do seguinte
questionamento para a operacionalização deste estudo: “Como a mastectomia impacta na autoimagem da
mulher?”.
Foram realizadas as buscas nas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System
Online (MEDLINE), Banco de Dados em Enfermagem – Bibliografia Brasileira (BDENF) e Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), através dos descritores em saúde
“Neoplasias da mama”, "Mastectomia" e "Autoimagem", utilizando o operador booleano AND.
Para critérios de inclusão utilizou-se artigos completos na íntegra, gratuitos, nos idiomas português
e inglês, publicados entre 2013 a 2023. Optou-se por este corte temporal devido às limitações de artigos
publicados sobre a temática. A partir disso, foram excluídos artigos pagos, repetidos e que não responderam
à questão norteadora.
Inicialmente foram encontrados 31 estudos, e após a leitura do título e resumo, além da inserção
dos critérios de inclusão e exclusão, foram pré-selecionados 12. Por fim, após a análise desses estudos, 7
foram selecionados para compor os resultados e discussões desta revisão.

214
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O temor sobre o câncer e a mastectomia


A retirada da mama poderia apresentar-se para a mulher mastectomizada como uma resolução do
problema, visto que está relacionado com a doença oncológica que a acometia. No entanto, nota-se que há
o receio de perceber a sua autoimagem mutilada, associada à retirada da mama, devido a uma visão
aterrorizante acerca da mastectomia, fazendo a mulher vivenciar sentimentos como frustração, vergonha,
desvalorização da autoimagem e não aceitação da condição atual.
Há, sobretudo, um receio de, após a realização da cirurgia, não ser aceita fisicamente e não
conseguir retornar ao seu convívio social, por sentir-se diferente das outras pessoas, tendo a sensação de
incompletude, fazendo com que o sentimento de angústia torne-se presente e afete a sua vivência com a
doença e a perspectiva do tratamento pela mastectomia. Percebe-se que vai além de uma percepção física
sobre si mesma, é algo que interfere no psíquico da paciente, alterando a sua qualidade de vida e
demonstrando a necessidade do planejamento e avaliação do cuidado por parte de uma equipe de saúde
multidisciplinar, visando promover um plano de cuidados no processo de reabilitação, objetivando o bem-
estar da mulher mastectomizada e o aumento da sua autoestima.

A perspectiva da perda da feminilidade com a retirada da mama


Percebe-se que a imagem corporal é um dos fatores mais afetados com o tratamento por meio da
mastectomia, pois para muitas mulheres a perda da mama significa a perda de sua feminilidade. Isto é, a
sociedade atribui a mama uma simbologia sexual, e a mastectomia, por vezes, faz com que a mulher se
retraia devido a sua percepção da autoimagem, evitem a nudez e não sintam-se emocionalmente
estruturadas para encarar as cicatrizes e a ausência da mama, podendo ser um dos fatores de distanciamento
afetivo e físico entre a mulher e seu parceiro sexual.
Além disso, a mama também está relacionada com a maternidade e a lactação. A partir disso, o
surgimento do câncer pode ocasionar até na renúncia ao desejo de ter filhos, o que também pode acarretar
em danos à saúde mental dessa mulher, pois sabe-se que, embora não seja um sentimento universal, muitas
mulheres têm o desejo de tornarem-se mães, vivenciando todas as fases da vida da criança e entende-se,
ainda, a importância da amamentação para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê, não poder
oferecer isso ao próprio filho também pode gerar sentimentos conflitantes para essa mulher.

A percepção da autoimagem mutilada


Observa-se que a mulher mastectomizada percebe sua autoimagem de forma negativa, retratando
falas repulsivas sobre si mesma. Sua percepção de autoimagem, por muitas vezes, é de uma mulher
mutilada, deformada e estranha. A mulher enfrenta o fato de habitar um corpo que representa a sua nova
imagem, e por muitas vezes, ao se olharem no espelho, se sentem incompletas e almejam recuperar o espaço
corporal perdido por meio de cirurgias plásticas que as façam sentir a mesma novamente.
A perda de uma parte do seu corpo também pode trazer um adoecimento psíquico, que pode
propiciar o desencadeamento do processo de luto. Isso pois, ao olhar-se no espelho e visualizar as marcas
presentes no seu corpo, remete a uma perda permanente. Além disso, há dificuldades em lidar com a
autoimagem pós-mastectomia, fazendo com que não suportem observar seu corpo ou, até mesmo, tocá-lo,
impactando negativamente na qualidade de vida da mulher.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao descobrir o câncer de mama, a mulher vivencia a expectativa de um futuro incerto, o medo do


desconhecido, da morte e da mutilação. É evidenciado um receio de ter que realizar uma mastectomia e
como isso pode interferir na sua percepção sobre si mesma, na crença da perda da feminilidade, da

215
sexualidade e do rompimento da ligação de si mesma com a maternidade, visto que a mama traz essa
simbologia por ser a fonte de alimento da criança, fazendo com que sintam-se incompletas e impotentes
diante da sua atual situação.
Dessa forma, percebe-se que a mastectomia traz consequências que perpassam o aspecto físico,
afetando o psíquico da mulher, provocando sentimentos nas mulheres mastectomizadas que retratam uma
percepção de autoimagem negativa, como de uma mulher mutilada, deformada, acarretando em
dificuldades para se readaptar a essa nova perspectiva de um corpo diferente, que ainda é seu mas que pode
não lhe representar mais.
Logo, pode-se observar que não há muitos estudos na literatura que abordam especificamente os
impactos da mastectomia na autoimagem das pacientes, como isso interfere na sua autoestima e em seus
relacionamentos, expondo o sentimento de mutilação, de incompletude e como isso prejudica a qualidade
de vida das pacientes mastectomizadas, trazendo um novo olhar a comunidade científica e possibilitando a
idéia de novos estudos acerca da temática.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALVES, Vanessa Lacerda. et al. Assessment of the quality of life and self-esteem of mastectomized patients
submitted or not to breast reconstruction. Brazilian Journal of Plastic Surgery. v. 32, n. 2, 2017.

LIMA, Maria Monica Galdino de. et al. SENTIMENTOS VIVENCIADOS PELAS MULHERES
MASTECTOMIZADAS. Rev enferm UFPE on line. v. 12, n. 5, p. 1216-24, 2018.

MAIRINK, Ana Paula Alonso Reis. et al. Vivência de Mulheres Jovens diante da Neoplasia Mamária.
Revista Brasileira de Cancerologia. v. 66, n. 4, 2020.

OLIVEIRA, Francisco Braz Milanez. SILVA, Felipe Santana e. PRAZERES, Amanda da Silva Brasil dos.
IMPACTO DO CÂNCER DE MAMA E DA MASTECTOMIA NA SEXUALIDADE FEMININA. Rev
enferm UFPE on line. v. 11, suppl. 6, p. 2533-40, 2017.

PAIVA, Andyara do Carmo Pinto Coelho. et al. Cuidado de enfermagem na perspectiva do mundo da vida
da mulher que vivencia linfedema decorrente do tratamento de câncer de mama. Escola Anna Nery. v. 24,
n. 2, 2020.

216
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E TRATAMENTO DA PERICORONARITE
ASSOCIADA AOS TERCEIROS MOLARES: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
¹Leonardo Ramalho Marras
²Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
3
Dayane Carolyne da Silva Santana
4
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1, 5, 6
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil; 2,3,4Centro Universitário
Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil
Eixo temático: Odontologia
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: leonardo.marras@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A pericoronarite é uma infecção de origem odontogênica que consiste no acúmulo de


restos alimentares e bactérias que ficam alojados no espaço entre a gengiva sobreposta de um terceiro molar
inferior parcialmente irrompido e a coroa desse elemento dentário. Trata-se de uma condição que acomete
com maior frequência adolescentes e adultos jovens. A etiologia varia desde o acúmulo de bactérias até o
trauma oclusal envolvendo o dente antagonista, caracterizando uma origem não infecciosa. OBJETIVO:
Desta forma, o objetivo dessa revisão é analisar as implicações clínicas bem como o tratamento da
pericoronarite associada aos terceiros molares. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura de
artigos completos em português, inglês ou espanhol, realizada nas bases de dados Pubmed/Medline, BVS
e Google Acadêmico. Foi utilizado um recorte temporal de 2019 a 2022. Foram utilizados descritores dos
Descritores em Ciências da Saúde (DECS): “Pericoronarite”, “Sinais e Sintomas”, “Cirurgia”. Foram
incluídos estudos correspondentes ao objetivo da pesquisa. Foram excluídos livros, estudos piloto, estudos
com animais e artigos irrelevantes ao tema da pesquisa. 05 artigos foram selecionados para compor os
resultados. RESULTADOS: Pacientes que apresentam pericoronarite normalmente apresentam
manifestações clínicas como a dor localizada acompanhada de calor, eritema, edema local, perda de função,
trismo, odor fétido, disfagia e febre. Em casos mais avançados, o paciente pode necessitar de cuidados
hospitalares e medidas rápidas de tratamento, principalmente quando envolve obstrução parcial de vias
aéreas e risco de desenvolver sepse. Isso ocorre quando o processo infeccioso se dissemina para os espaços
fasciais subjacentes. O manejo da pericoronarite é através da eliminação da fonte etiológica associada à
antibioticoterapia. Intervenção cirúrgica para extração do dente associado a pericoronarite se faz necessário,
juntamente com a drenagem do exsudato purulento decorrente do abscesso, com o intuito de prevenir a
reagudização da inflamação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pericoronarite é uma patologia recorrente
e o tratamento varia de acordo com a sua gravidade. Em casos de hospitalização do paciente, faz-se
necessário o acompanhamento com o cirurgião bucomaxilofacial para o manejo dessa condição.

Palavras-chave: Pericoronarite, Sinais e Sintomas, Cirurgia.

REFERÊNCIAS:
CAYMAZ, Mehmet Gagari; BUHARA, Oğuz. Association of Oral Hygiene and Periodontal Health with
Third Molar Pericoronitis: A Cross-Sectional Study. BioMed Research International, v. 2021, 2021.
IBRAHIM, Gabriela Marian Flud; DE MENDONÇA, José Carlos Garcia; PELISSARO, Gustavo Silva; et
al. Pericoronarite de Grandes Proporções. Relato de Caso / Pericoronitis of Large Proportions. Case report.
Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 5, p. 20755–20764, 2021.
SCHALCH, Tânia Oppido; MARTIMBIANCO, Ana Luiza Cabrera; GONÇALVES, Marcela Leticia Leal;
et al. Interventions for Early-Stage Pericoronitis: Systematic Review of Randomized Clinical Trials.
Antibiotics, v. 11, n. 1, p. 71, 2022.
SCHMIDT, Jan; KUNDEROVA, Martina; PILBAUEROVA, Nela; et al. A Review of Evidence-Based
Recommendations for Pericoronitis Management and a Systematic Review of Antibiotic Prescribing for
Pericoronitis among Dentists: Inappropriate Pericoronitis Treatment Is a Critical Factor of Antibiotic

217
Overuse in Dentistry. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 18, n. 13,
2021.
WEHR, Chelsea; CRUZ, Gianncarlo; YOUNG, Simon; et al. An Insight into Acute Pericoronitis and the
Need for an Evidence-Based Standard of Care. Dentistry Journal, v. 7, n. 3, p. 88, 2019.

218
PTERÍGIO: PROCESSO DE IRRITAÇÃO OCULAR CRÔNICO E
ANÁLISES DE INTENÇÃO DE TRATAMENTO

¹ Beatriz Modesto Silva Magalhães


¹ Lara Gabrielle Franca Santana

¹ Marcelli Anália Dâmaso Lisbôa Costa

¹ Jaim Simões de Oliveira

¹Centro Universitário Tiradentes (UNIT). Maceió, Alagoas, Brasil.

Eixo temático: Oftalmologia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor:

beatriz.modesto@souunit.co

m.br

INTRODUÇÃO: Pterígio consiste em uma lesão benigna causada pelo espessamento fibrovascular da
conjuntiva na área de exposição ocular, que se estende do ângulo interno do olho em direção à córnea.
Não é uma doença ocular infecciosa, mas cresce de forma lenta durante a vida, podendo afetar a visão
caso ultrapasse a região central da córnea. Ademais, apresenta como sinais e sintomas clínicos olho
vermelho, fotofobia, lacrimejamento, sensação de corpo estranho e ardor ocular. Além disso, há
evidências que os principais fatores de risco são a exposição à luz ultravioleta (UV), olho seco, poeira,
vento, fatores hereditários, imunológicos e inflamatórios. É frequente em adultos entre 20 e 40 anos e
mais comum em homens. OBJETIVO: Identificar a patogenicidade, fatores de risco e tratamento para o
pterígio. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados PubMed e
Biblioteca Virtual em Saúde, até o dia 10 de setembro de 2022, com os descritores: pterygium e risk
factors. Foram encontrados 151 artigos, sendo 5 selecionados, incluindo-se resultados dos últimos 5 anos
que avaliavam o pterígio e seus fatores de riscos, excluindo os que não abordavam impactos ao quadro
clínico. RESULTADOS: A patogenicidade do pterigio está relacionada a proliferação de células-tronco
límbicas, gerando uma metaplasia epitelial e um tecido fibrovascular ativo, de modo a ocasionar uma
inflamação e ruptura na região de Bowman. Entre os fatores de risco, estão a exposição à luz UV, que
induz alterações nos fibroblastos estromais. Ademais, a hereditariedade pode amplificar e agravar
quadros de agentes virais. Para isto, são usados métodos cirúrgicos de tratamento, como autoenxerto
conjuntival ou conjuntival-limbal, apesar de haver um alto índice de recidiva da lesão. Utiliza-se também
membrana amniótica com cola biológica e drogas que inibem o crescimento celular como a mitomicina
C, além de agentes anti-fator de crescimento endotelial vascular. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Dessa forma, a patogenicidade do pterígio é causada pela proliferação de células-tronco, tendo
como fatores de risco a exposição aos raios UV, envelhecimento, doença do olho seco, fatores genéticos
e o sexo masculino. Para pterígios pequenos e assintomáticos não é necessário tratamento, enquanto
moderados e inflamatórios precisam do uso de colírios e compressas de água fria. Com seu agravamento,
indica-se intervenção cirúrgica.

Palavras-chave: Análise de intenção de tratamento;


fatores de risco; pterígio.

219
REFERÊNCIAS:

CORONEO, M. T. et al. Handing it to pterygium: Explaining pterygium laterality. The ocular surface, v.
19, p. 63–67, 2021.Disponível em :https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33975560/. Acessado em : 10 de set.
2022

DE GUIMARÃES, J. A. et al. Transcriptomics and network analysis highlight potential pathways in the
pathogenesis of pterygium. Scientific reports, v.12, p. 286, 2022.Disponível em :
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34997134/. Acessado em : 10 de set. 2022

GHIASIAN, L. et al. Recurrent Pterygium: A Review. Journal of current ophthalmology, v. 33,p. 367–
378, 2022.Disponível em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35128181/. Acessado em : 10 de set. 2022

SHAHRAKI, T., ARABI, A., & FEIZI, S. Pterygium: an update on pathophysiology, clinical features, and
management. Therapeutic advances in ophthalmology, v.13, 2021.Disponível
em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34104871/.Acessado em : 10 de set. 2022

WANZELER, A., et al. Impact of pterygium on the ocular surface and meibomian glands. PloS one,v.14,
2019.Disponível em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31513590/.Acessado em : 10 de set. 2022

220
TERAPIAS NATURAIS COMO ATENUANTE DA LEISHMANIOSE EM
HUMANOS

¹Allany Trajano Nascimento


¹ Isabelly Dálete Ferreira Ribeiro
Universidade Federal Vale do São Francisco (UNIVASF). Petrolina, Pernambuco, Brasil.
Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: allany_nt@hotmail.com

A leishmaniose é tida como uma das principais doenças mais negligenciadas no mundo, que afeta
principalmente as populações de países em desenvolvimento. Existe uma grande preocupação na busca de
fármacos que se tornem acessíveis a este tipo de população. Nessa vertente a utilização de terapias naturais
se fazem atrativas, uma vez que, suas fontes podem ser abundantes e seus custos possam ser menos onerosos
do que as terapias através de drogas convencionais. Além disso é existente um entrave nas buscas de
alternativas terapêuticas em função de compostos que não apresentem toxicidade e possam contribuir de
forma efetiva, deste modo a exploração de informações através da comunidade científica se torna um aliado
imprescindível diante a estes processos. Assim, objetivou-se realizar uma busca quanto as principais
alternativas terapêuticas atenuantes da leishmaniose, com foco nos últimos sete anos. A pesquisa se deu
através da busca das palavras-chave: “natural therapy AND Leishmaniasis” por meio das bases de dados
Lilacs e SciELO. Todas as publicações encontradas foram gerenciadas em fichamento. Foram identificados
e selecionados artigos completos relacionados a temática. Para otimizar a busca escolheu-se somente
estudos publicados no período de 2017 a 2023. Foi utilizado o Microsoft Excel e do gerenciador Zotero
para inserção dos dados e organização de informações como: título, autor, ano de publicação, alternativa de
tratamento e efeitos do estudo. Mediante as buscas executadas diante as plataformas foram obtidos os
seguintes: para base Lilacs dez estudos foram encontrados, no entanto três destes foram excluídos por não
envolver saúde humana e terapia natural, assim totalizando sete estudos obtidos. Para SciELO foram obtidos
quatro estudos, porém dois encontravam-se em duplicidade com os obtidos na base Lilacs e os outros dois
não contemplavam o objetivo do estudo, desse modo foram considerados apenas os resultados para
plataforma Lilacs. A maior parte dos estudos tiveram suas publicações no ano 2019 (42,85%), seguidode
28,57% das publicações para os anos de 2017 e 2018 cada. Dentre os periódicos encontradas observou-se
que o Journal of Venomous Animals and Toxins including tropical foi o único periódico que se repetiu
dentre os trabalhos obtidos. Entre as alternativas observadas é possível elevar o uso de compostos de plantas,
óleos essenciais, plantas medicinais e compostos derivados. Diante aos trabalhos avaliados quatro dos
estudos apresentaram de forma direta o potencial de três espécies a Nectandra oppositifolia Nees, Protium
ovatum Engl. e Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz. Além disso, a maior parte dos estudos avaliaram
os efeitos in vitro dos compostos e utilizaram de métodos moleculares para uma avaliação mais concisa e
obtiveram resultados positivos ou em potencial quanto ao efeito antileishmanial, enquanto os demais
estudos apresentam um perfil de revisão destacando as alternativas capazes de serem desenvolvidas. Desse
modo é possível estimar que a utilização de terapias alternativas principalmente a base de vegetais e seus
derivados são capazes de oferecer um tratamento atenuante de forma efetiva e segura para humanos diante
aos casos de Leishmania.
Palavras-chave: Leishmania, Plantas, alternativas terapêuticas.
REFERÊNCIAS:
CECÍLIO, P.; CORDEIRO-DA-SILVA, A.; OLIVEIRA, F. Sand flies: Basic information on the vectors of
leishmaniasis and their interactions with Leishmania parasites. Communications biology, v. 5, n. 1, p. 305,
2022.

CRUZ, A. K. et al. Current treatment and drug discovery against Leishmania spp. and Plasmodium spp.: a
review. Current drug targets, v. 10, n. 3, p. 178-192, 2009.
WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Leishmaniasis. 2023. Disponível em:
<http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs375/en/> Acesso em: fevereiro. 2023.

221
DOI 10.29327/5208636.2-9

CUIDADOS COM TRATAMENTOS PALIATIVOS: DIFERENTES ASPECTOS


QUE AUXILIAM OS ENFERMOS

PALLIATIVE TREATMENT CARE: DIFFERENT ASPECTS THAT HELP


THE SICK

JÚLIA LIMA SIMONINI


Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais - FCMMG
ÁLEX ROSADO PINHEIRO DE CARVALHO
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais - FCMMG

BRUNO LUCAS BAHIA CARVALHO


Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais - FCMMG

JOSÉ MARCELO FERREIRA GUIMARÃES CRUVINEL


Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais - FCMMG

222
RESUMO

Introdução: Os cuidados paliativos têm papel fundamental no processo de melhora da qualidade de vida dos
pacientes e familiares por meio do cuidado biopsicossocial e espiritual do indivíduo. Objetivo: Analisar o papel e
impacto do tratamento paliativo multidisciplinar em suas diversas formas de abordagem no bem-estar dos
enfermos. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos das bases de dados Scielo, PubMed e
DynaMed entre os anos de 2000 e 2022 em português e inglês com os descritores “cuidados paliativos”,
“espiritualidade” e “psicossocial”, bem como no site da Organização Mundial da Saúde e livros consagrados da
literatura mundial e médica/acadêmica. Resultados e discussão: Vemos que os aspectos sociais, psicológicos,
espirituais e religiosos desempenham um papel relevante na qualidade de vida dos pacientes, e específico para
cada um de acordo com a doença e o contexto em que está inserido. Conclusão: A equipe multidisciplinar deve
se atentar na promoção de um ambiente favorável para o bem-estar biopsicossocial dos indivíduos com uma
atenção individualizada e personalizada para cada caso.

Palavras-chave: Cuidados paliativos; Biopsicossocial; Espiritual.

ABSTRACT

Introduction: Palliative care plays a fundamental role in the process of improving the quality of life of patients
and their families through the biopsychosocial and spiritual care of the individual. Objective: To analyze the role
and impact of multidisciplinary palliative treatment in its various forms of approach on the well-being of patients.
Methodology: A bibliographic review was carried out of articles from the Scielo, PubMed and DynaMed
databases between the years 2000 and 2022 in Portuguese and English with the descriptors “palliative care”,
“spirituality” and “psychosocial”, as well as on the website of the World Health Organization and world-class and
medical/academic literature. Results and discussion: We see that the social, psychological, spiritual and religious
aspects play an important role in the quality of life of patients, and specific to each one according to the disease
and the context in which it is inserted. Conclusion: The multidisciplinary team must pay attention to promoting a
favorable environment for the biopsychosocial well-being of individuals with individualized and personalized
attention for each case.

Keywords: Palliative care; Biopsychosocial; Spiritual.

223
INTRODUÇÃO

Os cuidados paliativos na medicina têm cada vez mais ganhado espaço e relevância, especialmente com o
aumento da prevalência de doenças limitantes e fatais, como cânceres e doenças neurodegenerativas, que
têm, em sua maioria, um prognóstico ruim e podem gerar complicações e alterações na vida do paciente de
forma crônica.
Assim, é necessário conceituar adequadamente os cuidados paliativos a fim de evitar certos equívocos.
Segundo a OMS, o tratamento paliativo consiste em uma busca por melhorar a qualidade de vida dos
pacientes e familiares, prevenindo e aliviando o sofrimento por meio da identificação precoce, avaliação e
tratamento da dor e outros problemas de origem física, psicossocial e espiritual que deve ser aplicado o
mais cedo possível a partir da identificação de uma doença crônica que pode levar à morte.
Dessa forma, entende-se que esse tipo de tratamento não está destinado apenas a pacientes em estágio
terminal, mas se amplia para melhorar a qualidade de vida do enfermo durante e após o tratamento curativo,
como Moritz et al. (2011) mostra no gráfico abaixo. Portanto, os cuidados paliativos não visam apenas
manejo da dor, mas de tudo o que possa causar sofrimento e piora no bem-estar durante e após o tratamento
curativo, como problemas psicossociais e espirituais que podem assolar a pessoa enferma e a família durante
o processo da doença e, inclusive, após a morte do paciente, acolhendo e auxiliando-os a lidar como luto.

Figura 1: Etapas do tratamento curativo e paliativo.

Para isso, deve-se compreender que um dos principais pilares no tratamento paliativo deve ser a abordagem
total do sujeito, sendo essencial o cuidado multidisciplinar e multiprofissional, de modo a garantir uma
melhora na qualidade de vida do ser humano em sua plenitude e complexidade.
Tendo em vista a importância desse tema, esse trabalho propõe, por meio de uma revisão de literatura,
compreender a dinâmica do adoecimento para além do componente biofísico, analisando cada aspecto do
tratamento paliativo e o seu papel na qualidade de vida do enfermo, bem como suas repercussões na família
envolvida, a fim de garantir, assim, a saúde em seu conceito mais amplo.

METODOLOGIA

Para tal fim, foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados Scielo, PubMed e DynaMed entre
os anos de 2000 e 2022 em português e inglês com os descritores “cuidados paliativos”, “espiritualidade”
e “psicossocial”, bem como no site da Organização Mundial da Saúde e livros consagrados da literatura
mundial e médica/acadêmica acerca das diversas formas de abordagem dos cuidados paliativos e seus
respectivos efeitos no bem-estar e saúde dos pacientes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

224
Dentre as diversas demandas do paciente submetido aos cuidados paliativos, o controle da dor assume
importante papel. Diversos artigos trazem atenção para esse problema como central na perda da qualidade
de vida dos pacientes, especialmente quando ela se torna crônica.
Em pacientes oncológicos, o tratamento da dor pode influenciar no êxito do tratamento curativo, uma vez
que os estímulos nociceptivos aumentam os níveis de citocinas, o que pode resultar em aumento e
prolongamento da própria dor, bem como promover o crescimento tumoral e o surgimento de metástases,
como explica Dunlop e Chambel (2000).
Ademais, o artigo supracitado explica como a dor, a depressão e a ansiedade podem levar à síndrome da
caquexia/anorexia, que atinge cerca de 90% dos pacientes oncológicos, causando perda de apetite, perda de
peso, enjoos e alterações no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. Dessa forma, dificulta- se o
sucesso do tratamento curativo e prejudica-se o bem-estar geral do paciente.

ASPECTOS SOCIAIS.

A dimensão social dos pacientes é também um dos focos dos cuidados paliativos, uma vez que a perda da
sua função social pode ser um fator de risco para a piora de seus indicadores de saúde. Além disso, a
abordagem profissional não se volta só para o doente, mas também para aqueles mais próximos a eles, vide
amigos e familiares, que atuam como corpo social ligado ao indivíduo, que também adoecem com ele.
Tendo essa questão em evidência, os relatos dos pacientes em internação hospitalar entrevistados pelo grupo
reafirmaram estes aspectos da essência humana intrínsecos ao adoecimento, já que, dentro de suas principais
angústias, destacam-se aquelas relacionadas com o afastamento do ambiente de trabalho, com uma possível
perda de funcionalidade e com o medo de tornar-se um fardo para os familiares. Logo, é importante que os
cuidados paliativos abordem estes temas em seu plano terapêutico.
Dessarte, os cuidados paliativos podem utilizar vários artifícios para restituir ao paciente uma sensação de
integralidade com o meio social. Nesse sentido, a possibilidade do tratamento domiciliar deve ser sempre
avaliada, bem como a aplicação da terapia ocupacional, que objetiva facilitar a realização das tarefas diárias,
melhorando a mobilidade e aumentando a independência do enfermo por meio de adaptações, tais como a
instalação de barras de apoio no ambiente doméstico, as medidas de prevenção a quedas, as estratégias
específicas para minimizar a fadiga, além de facilitar o alcance a ferramentas e equipamentos domésticos
que o doente possa vir a precisar.
Assim, a depender da situação, o paciente terá maior autonomia e poderá desempenhar seu ofício ordinário
no trabalho ou ocupações domésticas, bem como no serviço ao próximo. Além dos benefícios supracitados,
as atividades de vida diárias são, ainda, medidas frequentemente utilizadas para avaliar a capacidade
funcional do indivíduo.
Portanto, quanto maior a dificuldade que o paciente encontra para realizar tais tarefas, mais grave é a
limitação de sua autonomia e funcionalidade e, diante disso, a ajuda da família torna-
se essencial. Por isso, é importante observar e orientar sobre a forma com que a rede de apoio do indivíduo
lida com o auxílio nas atividades diárias, extremamente relevante em casos nos quais os núcleos familiares,
a partir do diagnóstico de uma doença, tendam a formar uma proximidade limitadora à liberdade do enfermo
e, paradoxalmente, acabem reduzindo sua autonomia.
Outrossim, a família tem papel importante no contexto social e de melhora do indivíduo, sendo ela também
alvo de adoecimento. Comumente, junto com a descoberta de uma nova enfermidade, relaciona-se o
aparecimento de sintomas depressivos, ansiedade, negação, sentimento de inutilidade e culpa por parte dos
familiares. Por vezes, esses sentimentos persistem, pois não há um espaço para compartilhar sobre o
impacto causado pela doença nos parentes dos enfermos.
Nesse sentido, compreende-se a importância de uma boa comunicação entre médico, equipe de saúde,
paciente e família, proporcionando uma comunicação clara entre os indivíduos envolvidos, para que as
necessidades do doente sejam atendidas e suas queixas recebam a devida atenção. Por isso, cabe também
aos profissionais de saúde mediar as relações familiares, buscando orientar até que ponto as vontades do
indivíduo devem ser preservadas e em quais momentos o apoio familiar é essencial. Portanto, a presença

225
de psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos e terapeutas é imprescindível na equipe, para superação
de possíveis conflitos existentes neste âmbito.

ASPECTOS PSICOLÓGICOS

A maioria dos pacientes em cuidados paliativos sofrem com algum grau de ansiedade, que pode ser causada
pela presença dos sintomas, avanço da doença, questões existenciais, falta de apoio social e histórico de
ansiedade prévio. Essas questões podem se manifestar de diversas formas, como através de fobias,
transtorno obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático, síndrome do pânico e tanatofobia (medo da
morte).
Sendo assim, algumas medidas podem e devem ser tomadas. Algumas delas são a administração de
fármacos como os benzodiazepínicos e antidepressivos, a possibilidade de frequentar grupos de apoio
social, de modo que o paciente possa compartilhar sua vivência com pessoas que estão passando por uma
situação semelhante e, por fim, a oportunidade de realizar terapia psicológica com profissional adequado
para ajudar a lidar com a realidade da doença e com a possibilidade de uma morte próxima.
Outros grandes problemas enfrentados são a depressão e o suicídio. Pacientes com história patológica
pregressa e história familiar positivas para depressão são mais propensos a sofrer com esse transtorno e,
então, devem ser acompanhados mais de perto, bem como pacientes mais jovens e em estágios mais
avançados de doença com prognóstico ruim. Assim, é fundamental colocar em prática as medidas
necessárias para tratá-lo, tais como a utilização de medicamentos em caso de necessidade, como, por
exemplo, os inibidores da monoamino-oxidase e tricíclicos, além de psicoterapia adequada. Essa é uma das
principais medidas tanto preventivas quanto terapêuticas da depressão, podendo ser indicada para o enfermo
e para a família também. Ademais, a literatura médica indica que uma simples comunicação eficaz e aberta
com o paciente por parte dos profissionais da saúde, visando compreender seus sentimentos e preocupações,
é considerada uma forma de evitar o problema da depressão e do suicídio nesse contexto de cuidados
paliativos e enfermidades graves.
Ainda num contexto de hospitalização prolongada, temos um ambiente que propicia o paciente a ficar
destituído de si. A ruptura da rotina produtiva do enfermo e o ambiente não familiar quebram o senso de
referência do indivíduo, que junto da perda de autonomia e da institucionalização do sujeito, gera
desconforto e angústia, fatores que influenciam no processo de adoecimento. Com isto, o paciente vê-se
como um “número", uma “estatística", pois o foco passa a ser a doença, esquecendo-se das influências
subjetivas, sociais, econômicas e culturais que permeiam o ser humano.

ASPECTOS ESPIRITUAIS E RELIGIOSOS

Podemos visualizar a espiritualidade como ferramenta terapêutica extremamente útil no cuidado paliativo,
já que ela propicia o senso de controle e ameniza o sofrimento vivido. Assim, a busca por uma
transcendência pelos pacientes é muito benéfica na compreensão e na vivência da doença, pois a crença na
continuidade da vida auxilia na manutenção da esperança e na construção de perspectivas de futuro, bem
como na redução do medo da morte. Então, a partir disto, os indivíduos também podem desenvolver um
senso de sentido para suas vivências de sofrimento, fenômeno descrito por Frankl, que afirma a
possibilidade de se encontrar sentido em qualquer contexto humano, até mesmo diante da “tríade trágica”,
constituída pela dor, culpa e morte, por meio da submissão da mente a um entendimento ontológico da vida,
que não pode ser destituído em hipótese alguma, demonstrando que não é preciso buscar a felicidade em si,
mas a razão para ser feliz, que permanece em qualquer circunstância. Desta forma, a vivência da morte
iminente torna-se uma possibilidade de encontro de sentido, material e transcendental, para a vida.
Percebe-se, portanto, que a espiritualidade e religiosidade são aspectos primordiais a se considerar para
compreender como o paciente percebe sua própria situação. Tal aspecto molda a forma com que o enfermo
interpreta, interage e lida com o processo de adoecimento e é, portanto, crucial que seja levado em
consideração na abordagem terapêutica paliativa. Para isso, é importante que o indivíduo tenha acesso ao
suporte de sua comunidade religiosa para que a sua identidade religiosa seja fortalecida diante desse
contexto e para que as decisões terapêuticas médicas sejam condizentes com a fé do enfermo em particular.

226
CONCLUSÃO

A partir do exposto, buscamos demonstrar o papel dos cuidados paliativos em pacientes com enfermidades
limitantes e possivelmente fatais, e elucidar os diversos aspectos desse tipo de tratamento, que vão muito
além do tratamento da dor em indivíduos com doenças terminais, como é comumente associado pela
sociedade, sendo dever da equipe multiprofissional se atentar a essas realidades e prestar um serviço
individualizado e personalizado para cada enfermo.
Além disso, evidencia-se uma visão diferente da medicina, que não se foca única e exclusivamente na cura
de doenças, mas busca causar o bem-estar geral da pessoa, entendendo que o aspecto biofísico é apenas um
dos componentes do ser humano e o cuidado com a vida em toda a sua complexidade é o principal e maior
desafio da medicina atual.

REFERÊNCIAS

ALVES, C. et al. ARTIGO ARTICLE 1924 Cad. v. 23, n. 8, 1924.


BROTTO, A. M.; GUIMARÃES, A. B. P. A influência da família no tratamento de pacientes com
doenças crônicas. Psicologia Hospitalar, v. 15, n. 1, p. 43–68, 1 jan. 2017.
DUNLOP, R. J.; CAMPBELL, C. W. Cytokines and Advanced Cancer. Journal of Pain and Symptom
Management, v. 20, n. 3, p. 214–232, 1 set. 2000.
DUZHANG, J.-M.; AN, J. Cytokines, Inflammation, and Pain. International Anesthesiology Clinics,
v. 45, n. 2, p. 27–37, 2007.
FRANKL, VIKTOR. A presença ignorada de Deus. Petrópolis: Vozes, 1992.
GUERRERO, G. P. et al. Relação entre espiritualidade e câncer: perspectiva do paciente. Revista
Brasileira de Enfermagem, v. 64, p. 53–59, 1 fev. 2011.
IMANISHI, H. Despersonalização nos hospitais: o estádio do espelho como operador teórico
Despersonalization in hospitals: the mirror stage as theoretical operator.
KELLEY, A. S.; MORRISON, R. S. Palliative Care for the Seriously Ill. New England Journal of
Medicine, v. 373, n. 8, p. 747–755, 20 ago. 2015.
MÜLLER, R. et al. Chronic pain, depression and quality of life in individuals with spinal cord injury:
Mediating role of participation. Journal of Rehabilitation Medicine, v. 49, n. 6, p. 489–496, 28 jun.
2017.
OLVER, I. N. Evolving definitions of hope in oncology. Current Opinion in Supportive and Palliative
Care, v. 6, n. 2, p. 236–241, 1 jun. 2012.
RAYNER, L. et al. The development of evidence-based European guidelines on the management of
depression in palliative cancer care. European Journal of Cancer, v. 47, n. 5, p. 702–712, mar. 2011.

227
DOI 10.29327/5208636.2-10

APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DA BIOLOGIA MOLECULAR COMO


MÉTODO DE DIAGNÓSTICO DAS DERMATOFITOSES: REVISÃO DE
LITERATURA

APPLICATION OF MOLECULAR BIOLOGY TECHNIQUES AS A


DIAGNOSIS METHOD OF DERMATOPHYTOSES: LITERATURE REVIEW

FELIPE GONÇALVES BEZERRA 1


Doutorando em Biologia Celular e Molecular Aplicada pela Universidade de
Pernambuco
LARAH DOMINGOS ALVES SANTANA 2
Graduanda em Odontologia pela Faculdade Estácio Juiz de Fora
AMANDA DE OLIVEIRA SANTOS 3
Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal de Sergipe

RESUMO

OBJETIVO: O atual estudo, propôs descrever, por meio de um levantamento bibliográfico de revisão
literatura, aplicar técnicas da biologia molecular como método de diagnóstico das dermatofitoses.
METODOLOGIA: Para tanto, as informações foram obtidas na seleção de artigos dos últimos 5 anos. O
instrumento utilizado para coleta de dados incluiu-se a utilização de consulta na base de dados do Bireme,
PubMed e Scielo nos idiomas português e inglês de forma gratuita. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os
resultados aqui descritos, evidenciaram três técnicas moleculares (PCR, PCR-RFLP e Multiplex PCR) que
foram utilizadas em combinação com as técnicas convencionais na identificação de dermatófitos, e que,
cada uma delas, apresentaram ser mais sensíveis, específicas e rápidas em comparação as técnicas usadas
na rotina laboratorial. CONCLUSÃO: Nesse sentido, conclui-se que as técnicas da biologia molecular,
podem ser um meio mais preciso no diagnóstico das dermatofitoses.

Palavras-chave: Dermartomicoses; Infecção por Dermatófitos; Técnicas de Diagnóstico Molecular.

ABSTRACT

OBJECTIVE: The current study proposed to describe, through a bibliographic survey of literature review,
the application of molecular biology techniques as a method of diagnosing dermatophytoses.
METHODOLOGY: For this purpose, information was obtained from the selection of articles from the last
5 years. The instrument used for data collection included the use of queries in the Bireme, PubMed and
Scielo databases in Portuguese and English, free of charge. RESULTS AND DISCUSSION: The results
described here evidenced three molecular techniques (PCR, PCR-RFLP and Multiplex PCR) that were used
in combination with conventional techniques in the identification of dermatophytes, and that, each of them,
proved to be more sensitive, specific and fast in comparison to the techniques used in the laboratory routine.
CONCLUSION: In this sense, it is concluded that molecular biology techniques can be a more accurate
means of diagnosing dermatophytoses.
Keywords: Dermartomycoses; Dermatophyte Infection; Molecular Diagnostic Techniques.

1 INTRODUÇÃO

228
As dermatofitoses, são micoses da pele causadas por fungos pertencentes ao grupo dos
dermatófitos, dividido em três gêneros: Epidermophyton, Microsporum e Trichophyto (SILVESTRE;
FERNANDES, 2021). Os dermatófitos têm afinidade por estruturas queratinizadas como pelo, cabelo, unha
e pele (ARAGÃO et al., 2020). A principal espécie que causa infecções em humanos e animais são as tineas
(MALDONADO et al., 2022).
A severidade das infecções causadas por esse grupo de fungo, depende das características do
patógeno, fatores socioeconômicos relacionados ao hospedeiro e condições ambientais (DOSHI et al.,
2020). A doença é considerada um problema de saúde pública, principalmente por causarem infecções
invasivas em pacientes imunocomprometidos (OHNISHI et al., 2022). A variabilidade clínica das infecções
em pacientes imunocomprometidos pode dificultar o diagnóstico e retardar o início do tratamento. O quadro
clínico inclui despigmentação, placas anulares, perda de cabelo e coceira (SANTOS; FIGUEIREDO, 2021).
Os métodos convencionais de diagnóstico das dermatofitoses como exame direto, culturas em
meio Saboraud dextrose e urease, são bastantes demorados, além de apresentarem baixa especificidade e
sensibilidade (ANDRADE; ROSSI, 2019; SILVESTRE; FERNANDES, 2021). A variação nas
características fenotípicas das espécies fúngicas, como a formação de conídios, também podem gerar dúvida
na hora de diferenciar uma amostra da outra (MOREIRA et al., 2022).
O progresso nos estudos da biologia molecular, abre novos horizontes para a interpretação de
diferentes fenômenos biológicos e patológicos que acometem os indivíduos (ANTUNE et al., 2022). Os
métodos de diagnóstico molecular baseados na detecção do DNA fúngico têm sido desenvolvidos, com a
vantagem de serem mais rápidos, sensíveis e específicos do que as técnicas convencionais utilizadas na
rotina laboratorial (LEAL et al., 2019; CIESIELSKA; STĄCZEK, 2019).
Diante disso, esse estudo tem como objetivo descrever, por meio de um levantamento bibliográfica
de revisão de literatura, aplicar técnicas da biologia molecular como método de diagnóstico das
dermatofitoses.

2 METODOLOGIA

O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica de literatura que através de pesquisas de
modo geral e específico, busca esclarecer e ressaltar sobre a importância do tema abordado.
Para a coleta de dados foram utilizadas as seguintes palavras chaves e seus descritores:
dermartomicoses, infecção por dermatófitos e técnicas de diagnóstico molecular.
Os bancos de dados utilizados para a pesquisa foram principalmente Bireme, PubMed e Scielo
com indexação de artigos de revistas em nível mundial.
Os critérios definidos para inclusão de artigos para a pesquisa bibliográfica foi o período de
publicação entre os últimos 5 anos, e que tenham os descritores dermartomicoses, infecção por dermatófitos
e técnicas de diagnóstico molecular, tendo sua publicação em português e inglês.
Como critérios de exclusão foram utilizados trabalhos que não tenham autor, publicações fora do
período definido e não sejam publicados nas línguas portuguesa ou inglesa.

229
Os títulos de todas as publicações armazenadas foram lidos, e, quando necessário, as seções de
introdução e/ou resultados e discussão foram cuidadosamente investigadas para garantir que as publicações
atendessem aos critérios de inclusão/exclusão.
Dentre os critérios observados foram considerados os seguintes aspectos: disponibilidade do texto
integral do estudo e clareza no detalhamento metodológico utilizado.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao realizar o levantamento bibliográfico, foram encontrados na busca dados com palavras-chave,


um total de 18 artigos de acesso gratuito, online, dos últimos 5 anos, na versão completa e em vias de
publicação nos idiomas português e inglês que corresponderam diretamente ao tema, é atenderam com todos
os critérios de inclusão e exclusão. Desses 18, 8 artigos foram selecionados para a construção dos resultados.
Foram selecionados autores que trabalharam com PCR, PCR-RFLP e Multiplex PCR. O quadro1, mostra os
artigos que foram utilizados para descrever a técnica molecular segundo o autor, base de dadoe idioma.

Quadro 1. Representação da pesquisa em banco de dados segundo a técnica molecular utilizada.

Autor Base de dado Idioma Técnica molecular


Ciesielska e Stączek (2019) PubMed Inglês PCR
Frost, Schick e Mount (2022) Bireme Inglês PCR
Gnat et al. (2019) PubMed Inglês Multiplex PCR
Haghani et al. (2019) PubMed Inglês PCR-RFLP
Leal et al. (2019) Scielo Português PCR
Ngo et al. (2022) PubMed Inglês PCR-RFLP
Parkhi et al. (2021) Bireme Inglês Multiplex PCR
Xia et al. (2022) Bireme Inglês PCR
Fonte: Próprio autor, 2023.

3. 1. Polymerase Chain Reaction (PCR)

A Reação em Cadeia da Polimerase ou Polymerase Chain Reaction (PCR), é uma técnica da


biologia molecular que amplificar uma única ou poucas cópias de um pedaço de DNA, baseando-se no
processo de replicação in vivo. A técnica é a mais sensível que existe no momento e permite a detecção de
10 a 100 moléculas de DNA por amostra (MENÊSES; TORALLES; MENDES, 2019).
Em um estudo realizado por Leal et al. (2019) com 48 amostras clínicas de cães e gatos, 14
amostras foram positivas na cultura fúngica para Microsporum canis. Dessas 14, 10 amostras foram
identificadas na PCR. A comparação entre os resultados da cultura fúngica e PCR, revelou uma
sensibilidade de 71,4% e uma especificidade de 100%, respectivamente. Segundo o autor, esses resultados,
representa uma boa concordância entre as técnicas.

230
Em outro estudo realizado Frost, Schick e Mount (2022) com 615 amostras clínicas de animais
(cães e gatos). A comparação entre os resultados da PCR e cultura fúngica, revelou uma sensibilidade de
72,4% para 77,8% e uma especificidade de 98,7% para 92,0%, respectivamente. Nesse estudo, a PCR
apresentou-se menos sensível e mais específico. Com isso, o autor sugere uma combinação entre as técnicas
para uma maior confiabilidade no diagnóstico.
Corroborando com os estudos, Xia et al. (2022) realizou uma pesquisa com 34 amostras de escama
e fluido de bolha em pacientes ambulatoriais. Ambas as amostras foram positivas para dermatofitose, sendo
que, pela cultura fúngica, foram identificados 14 casos de fungos no fluido da bolha e 8 nas escamas. Já na
PCR, foram identificados 22 casos de fungos no fluido da bolha e 10 nas escamas.

3. 2. Restriction Fragment Length Polymorphism (PCR-RFLP)

O Polimorfismo de Comprimento de Fragmentos de Restrição ou Restriction Fragment Length


Polymorphism (PCR-RFLP), é uma técnica que amplifica o DNA por uma PCR convencional, seguida de
um processo de ação enzimática, capaz de reconhecer sítios de restrição específicos. Essa técnica é mais
barata e mais rápida em relação a PCR convencional, sendo considerada como o padrão ouro na
identificação das espécies de dermatófitos (MENÊSES; TORALLES; MENDES, 2019).
De acordo com os estudos Ngo et al. (2022), a PCR-RFLP mostrou-se a mais vantajosa e confiável
na identificação das espécies de dermatófitos. Entretanto, é importante ressaltar, que o desempenho da
técnica depende de fatores interferentes pré-analíticos, incluindo da data da coleta, transporte, manuseio,
armazenamento e qualidade das amostras.
Em um estudo realizado por Haghani et al. (2019) com onicomicose em amostras de unhas de 257
pacientes, a PCR-RFLP foi positiva em 180 (70,03%) dos casos, sendo 51,1% causados por fungos não
dermatófitos, 35% por leveduras e 10,6% por dermatófitos.

3. 3. Multiplex PCR

A Multiplex PCR é outra variação da PCR convencional, que permite à amplificação de vários loci
em uma única reação (uso de dois ou mais pares de primers na mesma reação). A técnica é utilizada na
identificação de diferentes patógenos, permitindo à amplificação simultânea de mais de uma sequência de
DNA-alvo presente na amostra analisada (MENÊSES; TORALLES; MENDES, 2019).
Os estudos de Parkhi et al. (2021) realizaram uma comparação entre a Multiplex PCR com as
técnicas histomorfologicas para a identificação do agente etiológico definitivo da dermatite granulomatosa
infecciosa. Em 62 casos, a Multiplex PCR obteve uma alta taxa de sensibilidade, sendo capaz de identificar
em uma única amostra a turberculose, lesihmaniose e infecção fúngica.
Os resultados da Multiplex PCR correspondem à uma diversidade de características não
observadas nas identificações fenotípicas. Os achados sobre as infecções múltiplas causas por dermatófitos
são desafiadoras. Anteriormente, usava apenas características morfológicas, isolando o fungo para obter o
diagnóstico. A nova descoberta, encoraja a aplicação de uma técnica mais específica, barata, de análise mais
ampla em menor período de tempo (GNAT et al., 2019).

231
4 CONCLUSÃO

Diante dos resultados obtidos neste estudo, as publicações de artigos em revistas de nível mundial,
revelaram que existe uma variedade de técnicas moleculares que podem ser utilizadas na identificação de
dermatófitos, e que cada autor, apesar de objetivos diferentes, alcançou resultados promissores, sendo
consideradas mais sensíveis, específicos e rápidos do que aquelas que se baseavam nas técnicas
convencionais. Nesse sentido, conclui-se que as ferramentas da biologia molecular podem ser um meio
mais preciso no diagnóstico das dermatofitoses.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, V; ROSSI, G. A. M. Dermatofitose em animais de companhia e sua importância para a Saúde


Pública – Revisão de Literatura. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal, v. 13, n. 1, p. 142 –
155, 2019.

ANTUNE, S. D. B. et al. iGENE: Aplicativo para identificação genômica de fungos filamentosos e


leveduras. Research, Society and Development, v. 11, n. 2 (e13011225103), p. 1-11, 2022.

ARAGÃO, A. C. et al. dentificação de fungos queratinofílicos obtidos dosolo de recintos de mamíferos


selvagens. Diversitas Journal, v. 5, n. 4, p. 2735-2745, 2020.

CIESIELSKA, A; STĄCZEK, P. A new molecular marker for species-specific identification of


Microsporum canis. BrazJ Microbio, v. 51, n. 4, p. 1505-1508, 2020.

DOSHI, B. et al. Cross‑sectional study on assessing quality of life of patients diagnosed with superficial
dermatophytosis in South‑West India. Indian Journal of Health Sciences and Biomedical Research
KLEU, v. 13, n. 2, p. 160-164, 2020.

FROST. K; SCHICK. A; MOUNT. R. A retrospective analysis of the concordance of in-house fungal


culture and a commercial quantitative PCR from 16 dermatology referral practices across the USA (2018–
2019). Veterinary Dermatology, v. 33, n. 5, p. 392-397, 2022.

GNAT, S. et al. Multiple-strain Trichophyton mentagrophytes infection in a silver fox (Vulpes vulpes) from
a breeding farm. Medical Mycology, v. 57, n. 2, p. 171-180, 2019.

HAGHANI, I. et al. Molecular identification and antifungal susceptibility of clinical fungal isolates from
onychomycosis (uncommon and emerging species). Mycoses, v. 62, n. 2, p. 128-143, 2019.

LEAL, C. A. S. et al. Padronização de uma PCR para diagnóstico molecular de Microsporum canis em
amostras de pelos e crostas de cães e gatos. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec, v. 71, n. 4, p. 1143-1148, 2019.

MALDONADO, I. et al. Trichophyton benhamiae, an emergent zoonotic pathogen in Argentina associated


with Guinea pigs: Description of 7 cases in Buenos Aires. Revista Argentina de Microbiología, v. 54, n.
3, p. 203-208, 2022.

MENÊSES, M. S. L; TORALLES, M. B. P; MENDES, C. M. C. Evolução da técnica de PCR: sua


contribuição no diagnóstico da infecção por HPV. Rev. Ciênc. Méd. Biol, v. 18, n. 3, p. 361-366, 2019.

MOREIRA, F. M. et al. Identificação de fungos filamentosos em indústrias farmacêuticas: uma revisão


integrativa da literatura. Rev. Cient. UBM, v. 24, n 46, p. 124-144, 2022.

NGO, T. M. C. et al. Nannizzia incurvata in Hue city - Viet Nam: Molecular identification and antifungal
susceptibility testing. Journal of Medical Mycology, v. 32, n. 3, p. 101-110, 2022.

232
OHNISHI, Y. O. et al. Doenças fúngicas sistêmicas em pacientes internados em um hospital público de
referência em Belém, estado do Pará, Amazônia brasileira. Rev Pan Amaz Saude, v. 54, n. 13
(e202200950), p. 1-10, 2022.

PARKHI, M. et al. Diagnostic Utility of Biplex/Multiplex Polymerase Chain Reaction in Infectious


Granulomatous Dermatitis in North Indian Population. The American Journal of Dermatopathology, v.
43, n. 8, p. 567-573, 2021.

SANTOS, E. F; FIGUEIREDO, E. F. G. Criptococose: consequência da infecção por Cryptococcus


neoformans em pacientes com AIDS no Brasil. Research, Society and Development, v. 10, n. 15
(e150101522591), p. 1-10, 2021.

SILVESTRE, E. C. A; FERNANDES, G. M. Q. Fungos dermatófitos e resistência a antifúngicos. InterAm


J Med Health, v. 4, n. (e202101021), p. 1-11, 2021.

XIA, H. et al. Comparison of samples of blister fluid and scales in the diagnosis of dermatomycosis.
Mycoses, 65, n. 10, p. 969-975, 2022.

233
TRANSFORMAÇÕES HORMONAIS E SUAS INFLUÊNCIAS SOBRE A PELE
EM PACIENTES NA MENOPAUSA

1
Bruna Batista Santana
2
Ana Beatriz Campos de Oliveira
3
Giulia Morais Leandro de Carvalho
4
Juliana Reis de Sousa Zacarias
5
Ronair Rosa Dias Filho
6
Marcela Barbosa Souza

1,2, 3, 4, 5, 6Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil;

Eixo temático: Dermatologia

Modalidade:

Pôster/Apresentação oral

brunabsantana19@gmail.com

INTRODUÇÃO: À medida que o envelhecimento humano ocorre, a pele é o órgão que mais exibe sinais
desse processo, com transformações degenerativas que variam de acordo com a etnia, classificadas como
intrínsecas e/ou extrínsecas. O envelhecimento extrínseco inclui fatores ambientais, como o estilo de vida
e exposição à radiação UV, o qual pode levar ao envelhecimento precoce da pele. Já o envelhecimento
intrínseco está associado as alterações genéticas e metabólicas, sendo inerente ao tempo. Nesse sentido, a
menopausa está essencialmente ligada ao processo de envelhecimento da pele, devido ao declínio da função
ovariana e redução dos níveis de estrogênio, gerando principalmente atrofia cutânea. OBJETIVO:
Compreender as variações hormonais causadas pela menopausa e seus impactos sobre a pele madura.
METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, realizada por meio das bases de
dados científicas United States National Library of Medicine (PUBMED), Online Scientific Electonic
Library (SCIELO) e Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS). Para a
inclusão dos estudos foram utilizados, nas bases supracitadas, os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS):
Climacteric, Skin Aging e Hormones no PUBMED e Climatério, Envelhecimento da pele e Hormônios na
SCIELO e LILACS, foi utilizado o auxílio do operador booleano “AND” entre os unitermos nas três bases
de dados. Foram incluídos os artigos que abrangiam os termos citados nos últimos 10 anos, entre 2013 e
2023, free full text, nos idiomas português inglês e espanhol. Foram obtidos 21 artigos na busca, porém, 3
não estavam de acordo com o objetivo da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em relação ao
envelhecimento intrínseco, o declínio da função ovariana causada pelo climatério leva a diminuição dos
níveis séricos de estrogênio, o que prejudica a matriz extracelular cutânea (ECM), que é observado por meio
da diminuição da espessura da epiderme, degeneração das fibras elásticas, perda de elasticidade, redução
das fibras colágenas, desidratação, prejuízo na cicatrização e consequentemente, piora da saúde psicológica
da mulher. Tais consequências podem ser melhoradas com a terapia de reposição hormonal, a qual avaliou
uma redução de rugas em 22% e a perda de pele em 24% com o desenvolvimento de um creme contendo
moduladores seletivos do receptor de estrogênio em um estudo. Contudo, o tratamento ainda apresenta
controvérsias a respeito dos seus efeitos adversos possíveis relacionado a eventos cardiovasculares e deve
ser avaliada por especialista. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O processo de envelhecimento natural da
mulher progride com transformações negativas para toda a constituição da pele, tanto da derme quanto
epiderme, o que repercute na qualidade de vida das mulheres e demanda o desenvolvimento de métodos
seguros para melhora cutânea, como a terapia hormonal eficaz.
Palavras-chave: Saúde da Mulher, Envelhecimento, Climatério.

234
REFERÊNCIAS:

BORDA, L.J.; WONG, L.L.; TOSTI, A.; Bioidentical hormone therapy in menopause: relevance in
dermatology. Dermatology online journal vol. 25,1 13030/qt4c20m28z. 15 Jan. 2019

LEPHART, E.D.; NAFTOLIN, F.; Menopause and the Skin: Old Favorites and New Innovations in
Cosmeceuticals for Estrogen-Deficient Skin. Dermatol Ther (Heidelb) vol. 11,1 (2021): 53-69.
doi:10.1007/s13555-020-00468-7

OWEN, C. M. et al. Effects of hormones on skin wrinkles and rigidity vary by race/ethnicity: four-year
follow-up from the ancillary skin study of the Kronos Early Estrogen Prevention Study. Fertility and
sterility vol. 106,5 (2016): 1170-1175.e3. doi:10.1016/j.fertnstert.2016.06.023

TAO, L. et al. Recent advances in the anti-aging effects of phytoestrogens on collagen, water content, and
oxidative stress. Phytotherapy research : PTR vol. 34,3 (2020): 435-447. doi:10.1002/ptr.6538

235
Características das mortes por AIDS em idosos residentes no estado de
Goiás

¹Paola Amaral Queiroz Moreira


¹Luiza Martins Paresoto
¹Matheus Mendes Donato
¹Matheus Perfeito Frigo
¹Taynara Ramos Batista
¹Vinícius Antônio de Paula
¹Iara Guimarães Rodrigues

1Instituição Master de Ensino Antônio Carlos (IMEPAC). Itumbiara, Goiás, Brasil;

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Pôster/Apresentação oral
E-mail do 1° autor: paola.moreira@aluno.imepac.edu.br
INTRODUÇÃO: De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil será o sexto país do mundo em
número de idosos, fato que requer atenção para a qualidade de vida e a saúde dessa população,
principalmente no contexto da sexualidade, pois, como se pode constatar, por meio do estudo da Secretaria
de Vigilância em Saúde (2005) houve um progressivo aumento no número de casos de infecções
sexualmente transmissíveis, em especial o HIV, entre os idosos. No Brasil, a população que vive com HIV
corresponde a 830.000 mil indivíduos, de acordo com os últimos boletins epidemiológicos (UNAIDS
2016). A mortalidade pelo vírus é de 15 mil pessoas anualmente, segundo o Ministério da Saúde (FARIA;
CABRAL; SABINO, 2017, p.2). Dessa forma, no estado de Goiás, entre os idosos, os homens são os mais
acometidos, sendo que, entre os anos de 2016 a 2020 foram registrados 105 óbitos de 60 a 69 anos, 25 de
70 a 79 anos e 4 de 80 ou mais, totalizando 134 óbitos. Além disso, a população idosa da raça parda são os
mais suscetíveis, registrando 89 mortes. (DATASUS, 2022). OBJETIVO: Descrever a taxa de mortalidade
pelo vírus HIV em idosos residentes em Goiás nos últimos cinco anos; Quantificar os óbitos por sexo, faixa
etária, escolaridade e estado civil; Relacionar a taxa de mortalidade por HIV com o respectivo ano de
ocorrência; Descrever a frequência de óbitos ocorridos por HIV nos últimos 5 anos. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo com fins de identificar a taxa de mortalidade
por HIV entre idosos do Estado de Goiás. Os dados serão extraídos do Sistema de Informação de
Mortalidade SIM - Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). RESULTADOS
ESPERADOS: Espera-se que este estudo contribua com o cenário de óbito por HIV, revelando possíveis
desajustes no processo de notificação efetiva e promovendo melhores direcionamentos de políticas de saúde
nesse contexto, melhorando assim, a expectativa e qualidade de vida de idosos vulneráveis a este cenário.
Palavras-chave: Aids; Idosos; Goiás.

REFERÊNCIAS:
ALENCAR, Rúbia Aguiar; CIOSAK, Suely Itsuko. Aids em idosos: motivos que levam ao diagnóstico
tardio. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 69, p. 1140-1146, 2016.

236
AGUIAR, Rosaline Bezerra et al. Idosos vivendo com HIV–comportamento e conhecimento sobre
sexualidade: revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 575-584, 2020.

BORGES, João Pedro Moraes et al. Evolução do perfil epidemiológico da aids entre idosos no brasil
entre 2009 até 2019. Revisa Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 10, p. e9148, 2021.

DE MEDEIROS CARLOS, Arthur et al. O perfil epidemiológico da HIV/AIDS em idosos no Brasil,


entre 2015 e 2019/The epidemiological profile of HIV/AIDS in elderly patients using datasus’ health
information system, between 2015 and 2019. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 2, p. 13046-
13055, 2022.

CAMARGO, Antonio Benedito Marangone. Mortalidade por Aids entre idosos no Brasil. In. XX
Encontro Nacional de Estudos Populacionais. 2016. Foz do Iguaçu. Anais... p. 1-19.

237
AFETO E EMOÇÕES NA COGNIÇÃO SOCIAL: COMO OS SENTIMENTOS
INFLUENCIAM O PENSAMENTO?

¹Jeferson Luis Lima da Silva


1Faculdade Faveni, Venda Nova do Imigrante, Espírito Santos, Brasil.

Eixo temático: Psicologia


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: prof.jefersonlima@gmail.com

Resumo
Há evidências crescentes de que as reações afetivas das pessoas foram moldadas por processos
evolutivos e têm uma influência adaptativa na forma como a informação é processada. Existem agora
evidências extensas dos benefícios adaptativos do afeto positivo e negativo para a maneira como as
pessoas pensam e processam informações sociais. Com base em uma pesquisa bibliográfica de
natureza descritiva, o presente estudo apresentou evidências as quais mostram um amplo espectro
de influências afetivas na memória, atenção, inferências, associações e julgamentos, bem como a
maneira como os comportamentos sociais mais complexos são planejados e executados. Conclui-se
que todos os estados afetivos, incluindo os negativos, conferem benefícios adaptativos significativos,
servindo como insumos úteis para estratégias de processamento de informações. Essas descobertas e
teorias que ligam o afeto e a cognição têm importantes implicações práticas para a compreensão de
como os estados afetivos influenciam o pensamento e o comportamento cotidianos.
Palavras-chave: Afetividade; Humor; Pensamento social.
Eixo Temático: Psicologia.

Modalidade: Apresentação oral.

1 INTRODUÇÃO

As últimas décadas de pesquisa no campo da psicologia que o pensamento humano é tudo menos
racional Segundo Oliva et al, (2006), o Homo sapiens é uma espécie altamente emocional, e os sentimentos
das pessoas geralmente são primários e influenciam tudo o que pensam e fazem.
A questão de como a emoção influencia a cognição tem intrigado filósofos, escritores e artistas
por séculos. No entanto, a maioria das pesquisas psicológicas sobre esse tópico é relativamente recente.
Essa negligência pode refletir uma convenção ocidental de longa data de separar as faculdades psicológicas
humanas em afeto, cognição e conação. Dentro desse sistema tripartido, o afeto foi visto por muito tempo
como uma faculdade mais básica, primitiva e intratável (PLATÃO, 2000) que tem uma qualidade invasiva
e incontrolável influenciando os pensamentos e comportamentos das pessoas (FREUD, 2003).

238
Como Blaise Pascal argumentou famosamente, “O coração tem suas razões que a razão
desconhece”. Embora muitas normas e instituições sociais desde o Iluminismo sejam baseadas na suposição
esperançosa da racionalidade humana, este estudo objetivou compreender sobre como os sentimentos e as
emoções impactam o pensamento.

2 METODOLOGIA

O estudo foi realizado por meio da pesquisa bibliográfica, de natureza descritiva. A primeira etapa
ocorreu com uma identificação clara do problema que o estudo está abordando e do propósito da revisão.
Dessa forma, uma busca foi realizada nas seguintes bases de dados online: Scientific Electronic Library
Online (SciElo) e Google Acadêmico.
Para a busca dos estudos, foi utilizado o operador booleano ‘AND’ em todas as palavras chaves
para combinar com o termo ‘afeto’. Desse modo, para auxiliar na busca por resultados que respondam
questões levantadas neste trabalho, as palavras chaves utilizadas foram: cognição AND afeto; pensamento
social AND afeto; emoções AND afeto; humor AND afeto. Não foram aplicados delimitadores
metodológicos e cronológicos.
No que se refere ao tratamento dos dados e tendo em vista o cenário de realização desta pesquisa,
a abordagem qualitativa foi utilizada para compreender a realidade da problemática levantada de forma
holística em sua singularidade e especificidade. Portanto, para interpretação dos dados, foi utilizada a
técnica de Leitura Flutuante de Bardin (2004), técnica utilizada para leitura de conteúdos em pesquisas
qualitativas, em que a princípio, foi realizado um primeiro contato com os artigos e estudos coletados
através do processo de busca anteriormente descrito. Com o material triado, foi realizada uma leitura
analítica e análise descritiva dos achados, levando em consideração a problemática e objetivos elencados
no estudo.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A congruência afetiva é uma das consequências mais onipresentes do afeto na cognição. Conforme
descrito por Bower (1981, apud VICTORIA & SOARES, 2007), o afeto pode influenciar a cognição ao
preparar seletivamente conteúdos de memória ligados a um estado afetivo, que são mais prováveis de serem
usados em tarefas cognitivas construtivas subsequentes. Por exemplo, as pessoas que experimentam humor
feliz ou triste após a indução hipnótica do humor são mais propensas a se lembrar de episódios congruentes
de humor de sua infância e eventos congruentes de humor de seu passado recente.
Neste sentido, a congruência de afeto também influencia julgamentos construtivos sobre uma
interação da vida real. Aqueles que se sentiam bem viram comportamentos mais habilidosos e positivos e
aqueles com humor negativo identificaram mais ações negativas no mesmo encontro filmado (FERREIRA
et al, 2014).
A congruência afetiva também está sujeita a algumas condições limitantes e é mais robusta quando
(a) o estado afetivo é claro e significativo; (b) a tarefa cognitiva é autorreferencial; e (c) é adotado um
pensamento mais aberto, elaborado e construtivo (BOWER & MAYER, 1989). Paradoxalmente, muitas
vezes são as tarefas cognitivas mais exigentes que exigem um pensamento mais aberto que são mais
tendenciosas em uma direção congruente com o afeto, como por exemplo, a memória.
A dependência do estado de afeto ocorre quando as informações aprendidas em um estado afetivo
correspondente, em vez de um estado afetivo não correspondente, são mais fáceis de lembrar (MARQUES
et al, 2023). Por exemplo, uma lista de palavras aprendidas enquanto estava feliz é lembrada melhor quando
se sente feliz novamente. Em casos extremos de dependência do estado de afeto, como coma alcoólico,
depressão crônica, transtorno dissociativo e estados bipolares, as pessoas só podem se lembrar de
informações quando o mesmo estado extremo é restaurado.
A literatura aponta que a percepção social, incluindo a autopercepção, também está sujeita a
influências afetivas. Ideias familiares, centrais e bem ensaiadas sobre si mesmo tendem a ser processadas
mais rapidamente e são menos propensas a serem influenciadas pelo afeto (NAUJORKS, 2021). Em

239
contraste, auto concepções mais vagas e “periféricas” requerem um processamento mais elaborado e
mostram maior congruência afetiva.
O traço de autoestima também desempenha um papel porque as pessoas com autoestima elevada
têm mais certeza sobre suas qualidades e são menos influenciadas por estados afetivos (SCHULTHEISZ &
APRILE). Portanto, sugere-se que indivíduos menos seguros são mais influenciados por como eles se
sentem em suas autoavaliações.
Ressalta-se que os julgamentos de atribuição também mostram um viés congruente de afeto claro.
Exemplificando, alunos em um estado afetivo positivo reivindicam mais crédito pelo sucesso em uma
avaliação recente, mas são menos propensos a se culpar pelo fracasso. Isso se deve ao fato de que segundo
Cunha (2012), o processamento construtivo que acompanha a maioria dos autojulgamentos é crítico na
produção de percepções de sucesso pessoal congruentes com o humor.
Comportamentos sociais estratégicos requerem processamento construtivo de informações e
mostram congruência de afeto. Segundo Ramires (2003), o afeto positivo estimulando pensamentos
positivos deve promover comportamentos mais confiantes e cooperativos, enquanto o humor negativo deve
produzir comportamentos mais evitativos e defensivos.
Além de influenciar a valência e o conteúdo da cognição, o afeto também regula como as pessoas
pensam. O estudo de Cagnin (2008) sugere que as pessoas em estados afetivos positivos decidem mais
rapidamente, usam menos informações, evitam o pensamento sistemático e esforçado, mas, ironicamente,
também mostram maior criatividade e flexibilidade O afeto negativo, em contraste, promove um
processamento mais esforçado, sistemático e vigilante.
Em sua teoria integrativa, Bless; Fiedler; Forgas (2006) sugeriram que a função evolutiva do afeto
não é simplesmente regular o esforço de processamento, mas, em vez disso, desencadear estilos de
processamento igualmente esforçados, mas qualitativamente diferentes, com afeto positivo sinalizando
segurança e familiaridade, e afeto negativo funcionando como um sinal de alarme suave.
Usando uma distinção piagetiana, o modelo distingue entre dois estilos de processamento
complementares, assimilação e acomodação, desencadeados por afeto positivo e negativo, respectivamente
(PIAGET, 2020). Dessa forma, a assimilação promove a confiança no conhecimento existente e maior
flexibilidade e criatividade, enquanto a acomodação envolve maior atenção a novas informações externas.
A teoria de ampliar e construir de Fredrickson (2004 apud ESTRADA & MARTÍNEZ, 2014)
também sugere que o afeto positivo sinaliza segurança e familiaridade e promove um pensamento mais
aberto, criativo e exploratório. Ao reduzir o foco nas necessidades imediatas e nos estressores, o afeto
positivo promove a aquisição de novas habilidades que ampliam o repertório mental e comportamental e,
assim, melhoram o potencial adaptativo de uma pessoa. Nesta perspectiva teórica, o afeto positivo pode
produzir um ciclo virtuoso aumentando a confiança e melhorando os relacionamentos e o bem-estar.
No entanto, emoções positivas qualitativamente diferentes podem ter consequências cognitivas
sutilmente diferentes. Emoções positivas com baixa motivação de abordagem, como contentamento,
ampliam a atenção, mas emoções positivas intensas, como euforia, desencadeiam motivação de abordagem
e pensamento mais restrito. Da mesma forma, certas emoções negativas podem ampliar a atenção, indicando
diferenças específicas de emoção e contexto no efeito ampliar e construir (FREDRICKSON, 2001).
Os efeitos negativos do humor são mais confiáveis, facilitando o processamento mais atento de
novas informações externas, melhorando o desempenho da memória, reduzindo erros de julgamento e
melhorando a eficácia de alguns comportamentos sociais, como a comunicação persuasiva e a
autorrevelação (LUIS et al, 2015).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreender as influências afetivas no pensamento e no comportamento social está entre as

240
questões mais fascinantes da psicologia. Neste contexto, as evidências revisadas neste estudo apoiam
amplamente a ideia evolutiva de que a afetividade humana foi moldada pela seleção natural. Os estados
afetivos podem influenciar tanto o conteúdo (valência) quanto o processo e estilo de pensamento,
desencadeando estilos de processamento qualitativamente diferentes, mais ou menos assimilativos versus
acomodativos.
Uma melhor compreensão da complexa interação entre afeto e cognição continua sendo uma das
tarefas mais importantes para a psicologia como ciência na busca pela compreensão da natureza humana.
Muito foi alcançado nas últimas décadas, mas, em certo sentido, o empreendimento mal começou. A
principal implicação dessa linha de pesquisa é que aceitar toda a gama de reações afetivas, incluindo as
negativas, pode ser mais propício ao bem-estar humano do que focar apenas na busca de estados afetivos
positivos.

REFERÊNCIAS

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 3ª. Lisboa: Edições, v. 70, n. 1, p. 223, 2004.

BLESS, Herbert; FIEDLER, Klaus; FORGAS, J. P. Mood and the regulation of information processing and
behavior. Affect in social thinking and behavior, v. 6584, 2006.

BOWER, Gordon H.; MAYER, John D. In search of mood-dependent retrieval. Journal of social Behavior
and Personality, v. 4, n. 2, p. 121, 1989.

CAGNIN, Simone. Algumas contribuições das neurociências para o estudo da relação entre o afeto e a
cognição. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v. 8, n. 2, p. 473-504, 2008.

CUNHA, Andreia Sofia Marques Melrinho. A relação entre os pensamentos automáticos e o


ajustamento psicológico na adolescência. 2012. Tese de Doutorado.

ESTRADA, Ahmad Ramsés Barragán; MARTÍNEZ, Cinthya Itzel Morales. Psicología de las emociones
positivas: generalidades y beneficios. Enseñanza e investigación en psicología, v. 19, n. 1, p. 103-118,
2014.

FERREIRA, Maria Madalena Belard Frazão et al. A identificação organizacional e a recordação de


acontecimentos afetivos nas organizações. 2014. Tese de Doutorado.

FREDRICKSON, B. El papel de las emociones positivas. En psicología positiva: la teoría de ampliar y


construir las emociones positivas. American Psychologist, v. 56, n. 3, p. 218-226, 2001.

FREUD, Sigmund. Beyond the pleasure principle. Penguin UK, 2003.

LUIS, Susana Maria Faustino et al. Contribuição para a validação da escala de positividade: emoções
positivas e emoções negativas. 2015. Dissertação de Mestrado.

MARQUES, Louise et al. Uma revisão dos modelos mnêmicos e evidências sobre o efeito dos afetos e do
contexto na memória. Revista Psicologia em Pesquisa, v. 17, n. 1, p. 1-19, 2023.

NAUJORKS, Carlos José. TEORIAS DA IDENTIDADE E CORRESPONDÊNCIA


IDENTITÁRIA. Psicologia em Revista, v. 27, n. 1, p. 268-287, 2021.

OLIVA, Angela Donato et al. Razão, emoção e ação em cena: a mente humana sob um olhar evolucionista.
Psicologia: teoria e pesquisa, v. 22, p. 53-61, 2006.

PIAGET, Jean. Relações entre a afetividade e a inteligência no desenvolvimento mental da criança.


Digitaliza Conteudo, 2020.

PLATÃO, Anon. A república. In: A República. 2000. p. 320-320.

241
RAMIRES, Vera Regina Röhnelt. Cognição social e teoria do apego: possíveis articulações. Psicologia:
Reflexão e Crítica, v. 16, p. 403-410, 2003.

SCHULTHEISZ, Thais Sisti De Vincenzo; APRILE, Maria Rita. Autoestima, conceitos correlatos e
avaliação. Revista Equilíbrio Corporal e Saúde, v. 5, n. 1, 2013.

VICTORIA, Maria Sizino da; SOARES, Adriana Benevides. Estados emocionais e processamento
cognitivo: Sistemas dependentes?. Revista Psicologia em Pesquisa, v. 1, n. 1, 2007.

242
TRATAMENTO DA HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
¹Dayane Carolyne da Silva Santana
2
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
3
Leonardo Ramalho Marras
4
Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,4,5,6Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
3Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil;

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: santanadayane2011@gmail.com

INTRODUÇÃO: A hiperplasia fibrosa inflamatória se assemelha a uma proliferação tecidual e lesão


benigna característico do tecido conjuntivo fibroso, que se desenvolve em decorrência de fatores irritantes
de intensidade baixa, mas de maior constância, como traumas mecânicos provocados por dentes fraturados,
restos dentários sobre a mucosa bucal e próteses mal ajustadas como a de maior ocorrência. De forma
clínica, geralmente localiza-se na região anterior da maxila, sendo de cor semelhante a mucosa, exofítica,
de crescimento lento, podendo também ser pediculada. OBJETIVO: Deste modo, o presente trabalho tem
como objetivo apresentar sobre o tratamento da hiperplasia fibrosa inflamatória relatados na literatura.
METODOLOGIA Realizou-se uma revisão de literatura narrativa tendo como base uma procura eletrônica
no portal Google Acadêmico utilizando descritores “Condutas terapêuticas”, “Hiperplasia” e
“Odontologia”. Adotaram-se como critério de inclusão trabalhos em português que corresponderam ao
objetivo da pesquisa. Foram excluídos livros, estudos pilotos, estudos com animais e artigos irrelevantes ao
tema da pesquisa. Para a composição da amostra final, restaram-se 03 artigos. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Sendo assim, o tratamento consiste na remoção do agente que ocasionou ou através de
procedimentos cirúrgicos. Portanto, quando se associa com a presença da prótese se faz necessário a
remoção do agente dentro de um período que pode variar de 7 a 15 dias para que possa ter a reavaliação da
lesão. Geralmente, o procedimento de remover a lesão através de cirurgia é realizado logo depois da
extinção do causador irritante, sustentando uma pequena margem de segurança e encaminhando o material
ao exame histopatológico, visto que a biopsia excisional é a terapêutica cirúrgica consagrada na literatura.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante fatos descritos, entende-se a consequência do uso errado da prótese
total. Além do mais, uma consulta precoce faz com que ocorra um tratamento favorecido e um prognóstico
positivo, fazendo assim a ré estabilização da função fonética, estética e mastigatória do paciente.

Palavras-chave: Condutas terapêuticas, Hiperplasia, Odontologia.

REFERÊNCIAS:
DA MATA SANTOS, Danielly Porphirio et al. Hiperplasia fibrosa inflamatória em mucosa oral: relato
de caso. Archives Of Health Investigation, v. 10, n. 2, p. 292-295, 2021.
FALCÃO, Antônio Fernando Pereira et al. Hiperplasia fibrosa inflamatória: relato de caso e revisão de
literatura.
ZIMMERMANN, Bruna Lucas et al. REABILITAÇÃO PROTÉTICA APÓS REMOÇÃO DE
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA: RELATO DE CASO CLÍNICO. RECIMA21-Revista
Científica Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, v. 3, n. 12, p. e3122346-e3122346, 2022.

243
OCORRÊNCIA DE COMPLICAÇÕES NA GASTROSTOMIA POR VIA
ENDOSCÓPICA.
¹Júlia Batista Moura Alves
¹Marília Timo Pinheiro de Almeida
¹Emanuela Victoria Lira Corrêa de Morais
¹Maryana Silva Maia
¹Claudia Elaine Cestari
1Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT). Cáceres, Mato Grosso, Brasil.
Eixo temático: Medicina.
Modalidade: Pôster.
E-mail do 1° autor: julia.moura@unemat.br
INTRODUÇÃO: A gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) é o método mais comum de nutrição
enteral prolongada. As diretrizes da American Gastroenterological Association a recomendam apenas em
pacientes com expectativa de sobrevida maior que 30 dias após o procedimento. Existem duas técnicas que
inserem endoscópio transiluminado para determinar o local da punção na parede abdominal, sendo que a
de tração introduz um fio-guia por punção na parede e retira-se através da cavidade oral. Assim, o tubo PEG
conecta-se ao fio-guia e é reinserido pela boca, puxado para baixo e extraído na parede abdominal. Enquanto
a técnica do introdutor utiliza-se um dispositivo de gastropexia e trocarte para penetrar a parede abdominal.
Após punção gástrica, o tubo PEG é inserido na parede abdominal e fixado enchendo o balão. OBJETIVO:
Identificar na literatura ocorrência de complicações da gastrostomia endoscópica percutânea.
METODOLOGIA: Buscou-se artigos através da base de dados BVS, utilizando-se dos descritores
“Gastroscopia” AND “Gastrostomia” AND “Complicações Pós-Operatórias” AND “Risco” no idioma
Inglês no período de 2013-2023 disponíveis gratuitamente. Foram selecionados 2 artigos: um estudo
transversal retrospectivo e uma revisão de literatura. RESULTADOS: Pih (2018) classificou as
complicações pós-procedimento em dois grupos: agudas, que desenvolveram-se 7 dias após a PEG, e
crônicas aquelas que ocorreram depois. No estudo, a técnica de inserção do tubo não se associou a maiores
taxas de complicações agudas ou crônicas, com exceção da obstrução do tubo e íleo paralítico. A taxa de
obstrução do tubo foi significativamente maior com o tipo introdutor do que a tração. Idade avançada e
diabetes mellitus foram fatores de risco associados a complicações crônicas. As crônicas relacionadas à
infecção representaram 21%. Ademais, o vazamento do tubo foi a segunda complicação crônica mais
comum. Houve aumento significativo nas complicações crônicas associadas à cicatrização de feridas em
pacientes diabéticos. As complicações agudas mais comuns foram pneumoperitônio, sangramento e íleo
paralítico, não estando associados a inflamação ativa ou infecção. A mortalidade em 30 dias foi associada
a altos níveis de PCR, baixa contagem de plaquetas e doenças neurológicas (acidente vascular cerebral e
doença de Parkinson). Rahnemai-azar (2014) expõe que qualquer órgão intra-abdominal, cólon e intestino
delgado estão sob risco de lesão durante o procedimento. Sendo comum entre pacientes idosos devido à
frouxidão do mesentério colônico. Ademais, poucos casos de laceração completa do estômago foram
relatados na literatura. Sobre a Síndrome do bumper enterrado, ocorre pela tensão excessiva entre os
amortecedores interno e externo causando necrose isquêmica da parede gástrica e subsequente migração do
tubo em direção à parede abdominal. Já a infecção local é a complicação menor mais comum. A prevalência
varia entre 5%-25% em diferentes estudos e, em algumas séries, chega a 65%. O vazamento periostomal,
sendo mais comum entre pacientes debilitados, cirurgia gástrica prévia e em pacientes com atraso na
cicatrização de feridas, geralmente ocorre nos primeiros dias após o procedimento. CONCLUSÃO: A partir
da análise dos estudos é notório que há complicações maiores e menores pós procedimento e grupos de
risco associados, destacam-se: diabetes e cicatrização da ferida subsequentemente o vazamento periestomal.

Palavras-chave: Gastroscopia; Gastrostomia; Complicações Pós-Operatórias; Risco.

REFERÊNCIAS:
RAHNEMAI-AZAR, Ata A. et al. Percutaneous endoscopic gastrostomy: indications, technique,

244
complications and management. World journal of gastroenterology: WJG, v. 20, n. 24, p. 7739, 2014.
PIH, Gyu Young et al. Risk factors for complications and mortality of percutaneous endoscopic
gastrostomy insertion. BMC gastroenterology, v. 18, p. 1-10, 2018.

245
SAÚDE ATRAVÉS DAS GRADES: ATENDIMENTO À SAÚDE DA
POPULAÇÃO CARCERÁRIA NO BRASIL

¹José Luiz do Nascimento Silva

¹Josué Tadeu Lima de Barros Dias

²Talyta Rezende Silva

³Andreza de Souza Pereira

4
Guilia Rivele Souza Fagundes

5
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil; 1Universidade Federal do Vale do


São Francisco - UNIVASF. Teresina, Piauí, Brasil; 2Universidade Federal do Tocantins (PPGE/UFT).
Palmas, Tocantins, Brasil; 3Faculdade de Direito de Garanhuns. Arcoverde, Pernambuco, Brasil;
4Universidade do sudoeste da Bahia - UESB. Matina, Bahia, Brasil; 5Faculdade Unibras da Bahia.
Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde

Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com

INTRODUÇÃO: O atendimento à saúde da população carcerária é um assunto de grande importância para


o Estado. A saúde dos presos deve ser considerada de forma igualitária à saúde dos cidadãos da sociedade
em geral, uma vez que o Estado tem o dever de resguardar o direito à saúde de todos os seus cidadãos. Para
isso, é necessário que as instituições prisionais ofereçam aos presos acesso à assistência médica e
odontológica de qualidade, isso significa que os serviços de saúde oferecidos dentro das instituições devem
ser equivalentes aos serviços oferecidos à população em geral, além disso, é necessário que os presos
tenham condições de acesso às unidades prisionais de atendimento médico e odontológico, assim como ao
tratamento de saúde mental, tão necessário para a saúde física e psicológica dos presos. OBJETIVOS:
Descrever com base na literatura, sobre a realidade do atendimento à saúde da população carcerária no
Brasil. METODOLOGIA: Consistiu em uma revisão narrativa da literatura, elaborada através de artigos
publicados em Revistas Científicas Indexadas, com busca na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde -
BVS, com os seguintes descritores em ciências da saúde: Área Carente de Assistência Médica; Saúde
Pública; População Privada de Liberdade. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos publicados
no período de 2013 a 2023, escritos em língua portuguesa. RESULTADOS: No Brasil, a saúde da população
carcerária é um tema de grande preocupação, pois esta população é extremamente vulnerávela doenças. O
sistema prisional brasileiro é marcado por superlotação, falta de higiene e condições inadequadas de saúde.
Uma das medidas mais importantes é a disponibilização de serviços médicos adequados, com profissionais
qualificados e especializados, além disso, é importante que se faça a conscientização da população
carcerária, para que ela possa ter acesso aos cuidados necessários, como vacinas, exames preventivos e
informações sobre saúde. Outra medida importante é o acesso a medicamentos essenciais, que deve ser
garantido a todos os presos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, é importante que sejam realizados
programas educacionais, com o objetivo de promover uma melhor qualidade de vida para a população
carcerária. Esses programas devem abordar temas como alimentação saudável, práticas de higiene e
cuidados com a saúde. Essas medidas são essenciais para garantir o

246
atendimento à saúde da população carcerária no Brasil, permitindo que os presos tenham acesso aos
cuidados necessários para manter o bem-estar da saúde dentro da sua realidade.

Palavras-chave: Área Carente de Assistência Médica, Saúde Pública, População Privada de


Liberdade.

REFERÊNCIAS:

BATISTA, M. A.; Assistência à saúde das pessoas privadas de liberdade provisória: análise da efetividade
do plano nacional de saúde do sistema penitenciário. Arquivos de ciências da saúde da UNIPAR
(Impresso)., v. 23, n. 2, p. 71-80, 2019.
COSTA, A. P. A. M.; Assistência farmacêutica prisional paraense: fatores determinantes ao acesso aos
medicamentos e ao direito à saúde. Ciência & saúde coletiva (Impresso): Cien Saude Colet., v. 27, n. 12,
p. 4579-4588, 2022.
LÔBO, N. M. N.; Análise do cuidado em saúde no sistema prisional do Pará, Brasil. Ciência & saúde
coletiva (Impresso): Cien Saude Colet., v. 27, n. 12, p. 4423-4423, 2022.

247
PACIENTES DIABÉTICOS SUBMETIDOS À CIRURGIA DE
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: DIAGNÓSTICOS DE
ENFERMAGEM APLICADOS NO INTRA-OPERATÓRIO

1
Bianca de Souza Oliveira e Oliveira
1
Hilda Lorena Mota Freitas
1
Janaí Ribeiro das Virgens
1
Sheila Oltramare Rocha
1
Juliane Pereira dos Santos
1
Mirthis Sento Sé Pimentel Magalhães
1
Simone Santos Souza
1
Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) – Campus Paralela. Salvador, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: bianca199613@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A revascularização do miocárdio pode ser afetado diretamente pela diabetes,


ocasionando a cardiomiopatia diabética (CD), sendo esta, se indevidamente tratada, possivelmente
responsável por um comprometimento progressivo da função cardíaca. OBJETIVO: Descrever os
diagnósticos de enfermagem aplicados no intra-operatório de pacientes diabéticos submetidos à cirurgia
de revascularização do miocárdio. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa
de literatura, realizada nos meses de setembro e outubro de 2022, sendo utilizado como critérios de
inclusão: artigos completos, publicados em português nos últimos 10 anos, utilizando os seguintes
descritores: enfermagem and revascularização do miocárdio and cuidados de enfermagem. A base de
dados utilizada foi a da Biblioteca Virtual em Saúde. Foram excluídos artigos repetidos e fora do
tema.RESULTADOS: Foram encontrados 4 artigos publicados, de acordo com os critérios
estabelecidos, nos anos de 2013, 2014, 2018 e 2019. Como pricipais diagnósticos de enfermagem no
intra-operatório os autores citaram: glicemia instável relacionada a diabetes tipo I descompesada
evidenciado pela monitorização glicêmica; risco de hipotermia perioperatória evidenciado por cirurgia
de revascularização imediata e débito cardíaco diminuído relacionado insuficiência cardíaca congestiva
evidenciado por bradicardia. Como intervenções, os estudos trazem que é importante que os profissionais
de enfermagem realizem a monitorização glicêmica; avaliem os sinais de cianose e sudorese; administrar
medicamento caso prescrito. O diagnóstico de enfermagem é uma etapa que consta na Sistematização da
Assistência de Enfermagem, função esta que é privativa do enfermeiro e é utilizada a fim de organizar e
otimizar o trabalho da equipe de enfermagem. Ao identificar corretamente os diagnósticos, o enfermeiro
tem condições de prescrever intervenções que visem melhorar e reabilitar a saúde do paciente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: É de suma importância implementar os cuidados de enfermagem no
intraoperatório de forma segura e eficiente para o controle de surgimento de intercorrências no momento
e no pós-cirúrgico.

Palavras-chave: Cuidados de enfermagem, Revascularização do miocárdio, Enfermagem.

REFERÊNCIAS:

248
T. H. HERDMAN e S. KAMITSURU. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: Definições e
Classificação - 2021-2023 – 12 edição- Ed.Artmed.

MARCELINO, C. A. G.; PRADO, L. B.; ALMEIDA, A. F. S. Cuidados de enfermagem ao paciente

submetido à revascularização cirúrgica do miocárdio. São Paulo: Martinari, 2014. p.626-653.

249
DOI 10.29327/5208636.2-11

ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA PREVENÇÃO DE DISTÚRBIOS


OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO

PERFORMANCE OF PHYSIOTHERAPISTS IN THE PREVENTION OF


WORK-RELATED CUMULATIVE TRAUMA DISORDERS

ELAÍNE BRITTO DE CASTRO


Fisioterapeuta, Mestre em Epidemiologia (UNIFESP), Programa de Pós-graduação em
Desenvolvimento Local (Doutorado) da Universidade Católica Dom Bosco
ISRAEL VITOR BONFIM RODRIGUES
Fisioterapeuta, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local (Mestrado) da
Universidade Católica Dom Bosco

ADRIANE PIRES BATISTON


Fisioterapeuta, Doutora em Ciências da Saúde (UnB), docente do Programa de Pós-
graduação em Saúde da Família (UFMS)

DOLORES PEREIRA RIBEIRO COUTINHO


Doutora em Ciências Sociais (PUC-SP), docente e pesquisadora do Programa de Pós-
Graduação em Desenvolvimento Local (UCDB)

250
RESUMO

Introdução: Um dos grandes problemas que afetam a classe trabalhadora são as lesões por desordem
ocupacional. As Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares relacionados ao trabalho
(LER/DORT) são um conjunto de doenças causadas pela realização de atividades contínuas e repetitivas.
Objetivo: Apontar os benefícios da fisioterapia na prevenção dos distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho através de uma revisão integrativa.. Metodologia: Foi conduzida uma revisão
integrativa a partir de artigos encontrados em quatro plataformas científicas online: Lilacs, SciELO, BVS
e PubMed. Resultados: Foram encontrados 1366 artigos no total, destes, 8 foram selecionados para
discussão, e 1358 artigos foram descartados de acordo com os critérios de seleção. Considerações finais:
LER/DORT são decorrentes da utilização excessiva do sistema musculoesquelético sem que haja tempo
suficiente para sua recuperação. Sua etiologia é multifatorial, pois envolve fatores físicos, biológicos,
químicos, mecânicos e ergonômicos.

Palavras-chave: DORT; Fisioterapia; Saúde do trabalhador.

ABSTRACT

Introduction: One of the major problems that affect the working class are occupational disorders.
Repetitive strain injuries or work-related musculoskeletal disorders (RSI/DORT) are a set of conditions
caused by performing continuous and repetitive activities. Objective: To point out the benefits of
physiotherapy in preventing work-related musculoskeletal disorders. Methods: An integrative review was
conducted based on studies found in four online scientific platforms: Lilacs, SciELO, BVS and PubMed.
Results: 1366 articles were found, of which 8 were selected for discussion, and 1358 articles were discarded
according to the selection criteria. Conclusion: Work-related musculoskeletal disorders result from
excessive use of the musculoskeletal system without enough time for its recovery. Its etiology is
multifactorial, as it involves physical, biological, chemical, mechanical and ergonomic factors.

Keywords: Overuse Injuries; Physiotherapy; Occupational Health.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente um dos grandes problemas que afetam a classe trabalhadora são as lesões por desordem
ocupacional. As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) são um conjunto de doenças causadas pela
realização de atividades contínuas e repetitivas ou como melhor definida pela Previdência Social desde
1988, DORT - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (BRASIL, 2012).

Nos últimos anos, os grupos diagnósticos com maiores prevalências de benefícios do tipo auxílio-doença
foram doenças osteomusculares. Sendo estes um dos principais problemas de saúde pública, ocupando a
segunda posição das doenças ocupacionais no Brasil. Esse tipo de acometimento pode levar a perda de
funcionalidade e dificuldade de movimentos ao trabalhador (ALCÂNTARA; NUNES; FERREIRA, 2011).
Com os avanços tecnológicos, as atividades laborais vem se modificando e exigindo cada vez mais dos
trabalhadores, devido à alta cobrança da qualidade de seus produtos e serviços os quais são oferecidos à
sociedade. Diante disso, a organização do trabalho vê a necessidade de acelerar os processos do trabalho
modificando alguns aspectos como ritmo do trabalho, aumento de hora-extra e acumulação de tarefas
levando os trabalhadores a adotarem posturas inadequadas e realizar esforços físicos e mentais excessivos,
acarretando piores desfechos na saúde dos trabalhadores (MEDEIROS; SEGATTO, 2012).

Existem várias denominações em diferentes países para os agravos nas estruturas do sistema
musculoesqueléticos que atingem inúmeras categorias profissionais, entre elas, síndrome cervicobraquial
ocupacional, afecções musculoesqueléticos relacionadas ao trabalho (AMERT) e lesões por trauma
cumulativo (LTC), porém as denominações oficiais adotadas pelo Ministério da Saúde e da Previdência
Social no Brasil são Lesões Por esforços repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho (DORT) usando para designá-lo a sigla LER/DORT (SANTOS, 2003).

251
A expressão LER caiu em desuso e foi substituída pela sigla DORT (Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho) em 1988 pela Previdência Social. Alguns autores preferem essa nomenclatura
“guarda-chuva” por sugerir a possibilidade de haver sintomas sem a ocorrência de machucados ou lesões,
não se restringindo a uma só localização (BRASIL, 2001).

As doenças ocupacionais podem se desenvolver devido ao uso repetitivo das estruturas do sistema
musculoesquelético sem que haja tempo suficiente para sua recuperação. Possuem causas multifatoriais e
se caracterizam pela ocorrência de diversos sintomas, síncronos ou não, de aparecimento insidioso, tais
como dor, parestesia, fadiga, sensação de peso e cansaço. Afecções neuro-ortopédicas definidas como
tenossinovites, sinovites, compressões de nervos periféricos também podem estar presentes. O
acometimento de mais de um desses agravos neuro-ortopédicos são comuns e a presença de quadros mais
inespecíficos, com diversos sintomas e síndromes (ALMEIDA; ROSAS, 2018).

Contribuem para seu aparecimento a execução de algumas tarefas, como: repetição de movimento, esforço
físico, pressão mecânica, vibração, ritmo de trabalho acelerado, monotonia de tarefas, trabalho muscular
estático, choques, retraimento de tensões, ausência de intervalos de descanso, aspectos ambientais, posturas
estáticas irregulares por longos períodos de tempo. Quanto mais fatores estiverem presentes na tarefa
desempenhada, mais riscos existem para o desenvolvimento de doenças ocupacionais (DORT) (MORAES;
BASTOS, 2013).
A ergonomia no local de trabalho refere-se às interações entre os trabalhadores e outros elementos do
ambiente de trabalho, tratando-se essencialmente de adequar o trabalho ao trabalhador. O design
ergonômico refere-se ao design dos equipamentos e do ambiente de trabalho (HOE et al., 2018).
Os preceitos da ergonomia indicam que os postos de trabalho devem atender aos requisitos básicos de
prevenção, conforto, segurança e condições ambientais adequadas para a realização do trabalho, como
citado na NR-17, propõe a criação de locais adequados e de apoios ao trabalho, a criação de métodos
laborais e sistemas de retribuição de acordo com o rendimento, a determinação de horários e ritmo de
trabalho. Portanto, não é o trabalhador que deve se adaptar às condições de trabalho, mas as condições de
trabalho que devem ser adaptadas ao trabalhador, não somente as questões físicas, mas as suas
características psicofisiológicas (MAAS et. al, 2020).

Sendo assim, sabe-se que, quando a ergonomia é aplicada na empresa, proporciona um ambiente favorável
na jornada de trabalho de seus funcionários, diminuindo cansaço, estresse, evitando lesões e contribuindo
na redução de gastos com afastamento (FERREIRA, 2008).

Devido à importância da prevenção da DORT entre as doenças ocupacionais, a atuação da fisioterapia nas
empresas cresce a cada dia, principalmente pela descoberta da importância do investimento em ações de
promoção da saúde e outras estratégias preventivas no combate aos distúrbios osteomusculares relacionados
ao trabalho (MELO et al., 2017).

Desta forma, este trabalho tem como objetivo apresentar o benefício da fisioterapia preventiva nos
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho através de uma revisão integrativa.

2 METODOLOGIA

Os artigos selecionados para discussão foram coletados através de uma pesquisa em quatro bases
de dados online: Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO
(Scientific Electronic Library Online), PubMed e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), utilizando os
seguintes descritores: “DORT”, "ginástica laboral” e “saúde do trabalhador”. Os descritores foram
combinados de forma binária ao realizar a busca em cada plataforma. Os artigos encontrados passaram por
um 1º filtro, que consistiu na leitura do título e pelo 2º filtro, que caracterizou-se pela leitura do resumo.

Critérios de inclusão: Artigos publicados em português, inglês e espanhol no período de 2011 a


2021, cujo título e/ou resumo sejam relevantes em relação aos objetivos deste trabalho.

Critérios de exclusão: Capítulos de livro, artigos de revisão da literatura, monografias,


dissertações e teses, metanálises e demais publicações que não se enquadrem nos critérios de inclusão.

252
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A busca por artigos foi realizada em quatro plataformas científicas online: Lilacs, SciELO, BVS e PubMed.
Foram encontrados 1366 artigos no total, destes, 8 foram selecionados para discussão, e 1358 artigos foram
descartados de acordo com os critérios de seleção supracitados (Tabela 1).

Tabela 1 - Resultado da busca de artigos por plataforma

Artigos/Plataforma Lilacs SciELO BVS PubMed Total

Encontrados 113 18 331 904 1366

Selecionados 1º filtro 57 13 65 41 176

Selecionados 2º filtro 5 3 0 0 8

Descartados 108 15 331 904 1358

A busca foi realizada através das possíveis combinações binárias dos três descritores cadastrados no DeCS
(Descritores em Ciências da Saúde): “DORT”, “Ginástica laboral” e “Saúde do trabalhador” (Tabela 2).

Tabela 2 - Resultados da busca por combinação dos descritores

Combinação de descritores Lilacs SciELO BVS PubMed Total

DORT/Ginástica laboral 12 0 16 13 41

DORT/Saúde do trabalhador 52 11 62 887 1012

Ginástica laboral/Saúde do trabalhador 49 7 253 4 313

Total encontrados 113 18 331 904 1366

Selecionados 1º filtro 57 13 65 41 176

Selecionados 2º filtro 5 3 0 0 8

Um estudo analisou a eficácia de um programa de ginástica laboral que acarretou na redução de atestados
médicos (LAUX et al,2016), outro mostrou os efeitos da ginástica laboral na dor nas costas e nos hábitos
posturais adotados no ambiente de trabalho (CANDOTTI; STROSCHEIN; NOLL, 2011). Já o estudo
realizado por Grande et al, (2013) comparou diferentes intervenções de promoção à saúde do trabalhador,
enquanto Santos et al, (2020) apontam para a mudança nos hábitos de trabalhadores participantes de um
programa de ginástica laboral.

253
Segundo Lopes et al. (2017), através de leitura dos prontuários de trabalhadores de uma empresa
metalúrgica, os DORT foram localizados nos MMSS e, em especial na coluna lombar, e concluíram que há
ligação entre a repetitividade, o esforço físico e os sintomas de dor na coluna; o que reforça a necessidade
de intervenções nesse ambiente para minimizar o trabalho repetitivo e o esforço físico excessivo visando a
prevenção e promoção da saúde destes trabalhadores.

Em um estudo de caso com abordagem qualitativa, Dale e Dias (2018) realizaram entrevistas com 9
participantes, os quais possuíam diagnóstico de LER/DORT. Mencionaram problemas relacionados à
ergonomia, os distúrbios osteomusculares dependem do tipo de atividade exercida pelos trabalhadores,
certos sintomas seguiram um padrão; em todos os entrevistados foram verificadas dores nos ombros,
inflamações em nervos e nos músculos. Este estudo também ressalta o impacto psicológico no cotidiano
destas pessoas, a qual os serviços mais pesados eram feitos por pessoas com menos escolaridade e informais
no mercado de trabalho.

As atividades laborais exigem ritmos excessivos de trabalho, monotonia e esforços repetitivos e a postura
assumida pelos trabalhadores influi em todos os aspectos do sistema músculo esquelético. A postura
sentada, pode ocasionar alterações biomecânicas, como desequilíbrio muscular entre força extensora e
flexora do tronco e diminuição da estabilidade e mobilidade do complexo lombo-pelve-quadril,
responsáveis pelo desenvolvimento de dores na porção inferior da coluna (BARROS; ÂNGELO; UCHÔA,
2011).

O corpo humano, que deveria ser um meio utilizado para produção e realização de atividades prazerosas e
construtivas está, por vezes, submetido a trabalhos desgastantes, que podem impedir ou limitar a realização
de tarefas pessoais (DALE; DIAS, 2018).

De acordo com Rossato et al. (2013), as ações que estimulem práticas corporais e atividade física nos locais
de trabalho são bem aceitas, no intuito de promover a qualidade de vida do trabalhador e reduzir os custos
relacionados ao afastamento temporário ou permanente dos trabalhadores.

Segundo Laux et al. (2016), outro fator que talvez possa explicar a redução de trabalhadores afastados por
doenças osteomusculares evidencia-se na diminuição da intensidade e frequência das dores nos grupos
musculares envolvidos nas atividades diárias. Os autores observaram que, 90 dias após a implantação do
programa de ginástica laboral, uma vez que esses trabalhadores tiveram um decréscimo de 90% dos casos
de atestado médico e que, além disso, o programa de ginástica laboral diminuiu consideravelmente também,
os atestados por doenças sistêmicas.

Os resultados de Laux et al. (2016) corroboram com a literatura atual, que enfatiza a importância da
ginástica laboral como meio de prevenção de doenças, diminuição de absenteísmo, melhora da relação
interpessoal e, consequentemente, diminuição de custos relacionados ao afastamento do trabalhador de sua
função.

A fim de determinar a importância da fisioterapia preventiva, Candotti, Stroschein e Noll (2011), realizaram
um estudo onde foram implementadas sessões de ginástica laboral com duração de 15 minutos, três vezes
na semana no período de três meses, priorizando os MMSS e a coluna cervical para trabalhadores que ficam
por longos períodos na posição sentada. Os resultados afirmaram o benefício da ginástica laboral na
diminuição da intensidade e frequência da dor, influenciando na correção dos hábitos posturais, sugerindo
ser uma ferramenta capaz de produzir efeitos benéficos sobre a dor nas costas de trabalhadores.

Para analisar os efeitos da ginástica laboral compensatória na redução do estresse e das dores
musculoesqueléticas, Freitas-Swerts e Robazzi (2014) desenvolveram uma pesquisa quasi-experimental
com análise quantitativa dos dados, em 30 funcionários administrativos de uma instituição de ensino
superior pública. A pesquisa ocorreu em três etapas: pré-teste onde aplicaram questionários aos
trabalhadores, ginástica laboral duas vezes por semana, com duração de 15 minutos, no período de 10
semanas e a pós teste, onde os trabalhadores responderam novamente aos questionários.

Segundo Freitas-Swerts e Robazzi (2014), os profissionais que participaram da ginástica laboral


compensatória mostraram redução das dores musculoesqueléticas nos segmentos corporais avaliados, na
redução da intensidade da dor e ausência de sintomas em todos os segmentos no pós-teste, porém não foi
observada redução nos níveis de estresse ocupacional.

254
A ginástica laboral compensatória é realizada no próprio local onde o trabalhador executa sua atividade e
tem como objetivo fazer trabalhar os músculos correspondentes e relaxar os músculos em contração durante
a atividade laboral, já a ginástica laboral de relaxamento, utilizada ao fim do expediente tem como objetivo
de promover um momento de calma e relaxamento antes do trabalhador ir para casa, reduzindo o estresse
e aliviando as tensões (LIMA; NOGUEIRA, 2018).

Grande et al. (2013) conduziram um estudo com trabalhadores de 4 empresas diferentes do estado do
Paraná, realizaram uma conscientização sobre qualidade de vida e saúde, baseadas em evidências
científicas, por intermédio de mensagens diárias que apareciam na tela dos computadores, por cartazes
colados em diferentes partes das empresas além da realização de ginástica laboral, concluíram que apenas
três meses de intervenção são insuficientes para observar melhoras significativas nos domínios da saúde e
na percepção de qualidade de vida dos trabalhadores.

Santos et al. (2020) buscaram identificar possíveis mudanças nos hábitos de 41 trabalhadores de um hospital
de ensino da cidade de Santa Cruz do Sul, após a implantação de um programa de ginástica laboral. As
sessões foram compostas por alongamentos, exercícios posturais, resistência muscular, atividades lúdicas
e relaxamento.

Atividades educativas e de conscientização sobre promoção da saúde e qualidade de vida dentro e fora do
ambiente do trabalho apresentaram resultados positivos na saúde geral dos trabalhadores, se mostrando
eficaz e eficiente para a mudança e aquisição de hábitos saudáveis por parte dos funcionários, mesmo em
curto prazo de tratamento (SANTOS et al., 2020).

Em um estudo realizado por Martins, Zicolau e Cury-Boaventura (2015), onde investigaram o efeito de um
programa de ginástica laboral (PGL) na flexibilidade, força e sintomas osteomusculares em 26
trabalhadores dos setores de almoxarifado e administrativo, que consistiu na aplicação de exercícios de
aquecimento, alongamento e relaxamento de membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII),
de questionários e avaliação da flexibilidade e força de preensão manual antes e após o PGL.

Martins, Zicolau e Cury-Boaventura (2015) concluíram que a implementação do PGL acarretou em redução
dos sintomas musculoesqueléticos e melhorias na flexibilidade e força de preensão durante o período de
intervenção de 6 meses e constatam a importância da implementação e manutenção de programas de
promoção da saúde e no ambiente de trabalho.

Ao analisar os estudos selecionados e suas diferentes propostas e abordagens, observa-se que um estudo
abordou os efeitos dos exercícios compensatórios no local de trabalho (FREITAS-SWERTS; ROBAZZI,
2014), enquanto outro mostrou um programa de ginástica laboral na melhora da flexibilidade e força de
preensão (MARTINS; ZICOLAU; CURY-BOAVENTURA, 2015).

Um estudo apresentou o risco ergonômico e distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho em


trabalhadores de fabricação de máquinas e equipamentos (LOPES et al, 2017), enquanto outro abordou a
extravagância de trabalhar doente em indivíduos com diagnóstico de LER/DORT (DALE; DIAS, 2018).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são decorrentes da utilização excessiva


do sistema musculoesquelético sem que haja tempo suficiente para sua recuperação. Sua etiologia é
multifatorial, pois envolve fatores físicos, biológicos, químicos, mecânicos e ergonômicos.
No campo fisioterapêutico verificou-se que a Ginástica Laboral pode trazer benefícios tanto para os
trabalhadores, que terão uma melhora na qualidade de vida e mudanças de hábitos, quanto para as empresas
que irão dispor de uma maior produtividade de seus funcionários e diminuição dos afastamentos médicos
por problemas ocupacionais e consequentemente, um maior retorno financeiro para as empresas.

REFERÊNCIAS

255
ALCÂNTARA, M. A.; NUNES, G. S.; FERREIRA, B. C. M. S. Distúrbios osteomusculares relacionados
ao trabalho: o perfil dos trabalhadores em benefício previdenciário em Diamantina (MG, Brasil). Ciência
& Saúde Coletiva, v. 8, n. 16, p. 3427-3436, 2011.

ALMEIDA, T. B.; ROSAS, R. F. A incidência dos distúrbios osteomusculares junto ao funcionalismo


público no setor da secretaria de saúde na cidade de Lauro Müller-SC. Inova Saúde, v. 8, n. 2, p. 158-171,
2019.

BARROS, S. S.; ÂNGELO, R. D. C. O.; UCHÔA, E. P. B. L. Lombalgia ocupacional e a postura sentada.


Revista Dor, v. 12, n. 3, p. 226-230, 2011.

BRASIL. Lesões Por Esforços Repetitivos (LER) Distúrbios


Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Editora do Ministério da Saúde, Brasília, 2001.

BRASIL. Dor relacionada ao trabalho. Lesões por esforços repetitivos (LER) Distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Editora do Ministério da Saúde, Brasília, 2012.

CANDOTTI, C. T.; STROSCHEIN, R.; NOLL, M. Efeitos da ginástica laboral na dor nas costas e nos
hábitos posturais adotados no ambiente de trabalho. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 33, n.
3, p. 699-714, 2011.

DALE, A. P.; DIAS, M. D. A. A 'extravagância' de trabalhar doente: o corpo no trabalho em indivíduos


com diagnóstico de LER/DORT. Trabalho, Educação e Saúde, v. 16, n. 1, p. 263-282, 2018.

FERREIRA, M. C. A ergonomia da atividade se interessa pela qualidade de vida no trabalho?: Reflexões


empíricas e teóricas. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, v. 1, n. 11, p. 83-99, 2008.

FREITAS-SWERTS, F. C. T.; ROBAZZI, M. L. C. C. Efeitos da ginástica laboral compensatória na


redução do estresse ocupacional e dor osteomuscular. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 22,
n. 4, p. 629-636, 2014.

GRANDE, A. J.; SILVA, V.; MANZATTO, L.; ROCHA, T. B. X.; MARTINS, G. C.; VILELA JUNIOR,
G. B. Comparação de intervenções de promoção à saúde do trabalhador: ensaio clínico controlado
randomizado por cluster. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 15, n. 1,
2013.

HOE, V. C. W.; URQUHART, D. M.; KELSALL, H. L.; ZAMRI, E. N.; SIM, M. R. Ergonomic
interventions for preventing work-related musculoskeletal disorders of the upper limb and neck among
office workers. Cochrane Database Of Systematic Reviews, v. 2018, n. 10, p. 1-102, 2018.

LAUX, R. C.; PAGLIARI, P.; EFFTING JUNIOR, J. V.; CORAZZA, S. T. Programa de Ginástica Laboral
e a Redução de Atestados Médicos. Ciencia & Trabajo, v. 18, n. 56, p. 130-133, 2016.

256
LIMA, F. V. B.; NOGUEIRA, R. J. C. C. A efetividade do programa de ginástica laboral. Revista de
Administração de Roraima - RARR, v. 7, n. 2, p. 297-309, 2018.

LOPES, S. A. P.; PELAI, E. B.; FOLTRAN, F. A.; BIGATON, D. R.; TEODORI, R. M. Risco ergonômico
e distúrbio musculoesquelético relacionado ao trabalho em trabalhadores da fabricação de máquinas e
equipamentos. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 25, n. 4, p. 743-750, 2017.

MAAS, L.; MALVESTITI, R.; MERINO, E. A. D.; GONTIJO, L. A. Norma Regulamentadora 17:
considerações para sua revisão. Human Factors in Design, v. 9, n. 17, p. 137-162, 2020.

MARTINS, P. F. O.; ZICOLAU, E. E. A.; CURY-BOAVENTURA, M. F. As pausas de alongamento no


ambiente de trabalho melhoram a flexibilidade e a força de preensão e reduzem as queixas
musculoesqueléticas. Motriz: Revista de Educação Física, v. 21, n. 3, p. 263-273,2015.

MEDEIROS, U. V.; SEGATTO, G. G. Lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios osteomusculares
(Dort) em dentistas. Revista Brasileira de Odontologia, v. 69, n. 1, p. 49-54, 2012.

MELO, B. F.; SOUZA, A. C. A. G.; FERRITE, S.; BERNARDES, K. O. Atuação do fisioterapeuta nos
Centros de Referência em Saúde do Trabalhador: indicadores das notificações dos DORT. Fisioterapia e
Pesquisa, v. 24, n. 2, p. 136-142, 2017.

MORAES, P. W. T.; BASTOS, A. V. B. As LER/DORT e os fatores psicossociais. Arquivos Brasileiros


de Psicologia, v. 65, n. 1, p. 2-20, 2013.

ROSSATO, L. C.; DEL DUCA, G. F.; FARIAS, S. F.; NAHAS, M. V. Prática da ginástica laboral por
trabalhadores das indústrias do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Educação Física e
Esporte, v. 27, n. 1, p. 15-23, 2013.

SANCHES, E. N.; CUTOLO, L. R. A.; SOARES, P.; SILVA, R. M. Organização do trabalho,


sintomatologia dolorosa e significado de ser portador de LER/DORT. Psicologia Argumento, v. 28, n. 63,
2010.

SANTOS, H. H. Abordagem clínica e psicossocial das Lesões por Esforços Repetitivos LER / DORT.
Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 28, n. 105, p. 105-115, dez. 2003.

SANTOS, C. M.; ULGUIM, F. O.; POHL, H. H.; RECKZIEGEL, M. B. Mudança de Hábitos de


Trabalhadores em Programa de Ginástica Laboral. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, v. 18, n.
1, p. 66-73, 2020.

257
DOI 10.29327/1192726.1-35

MANEJO DE DIABETES MELLITUS TIPO 1 NA GRAVIDEZ

1
Ana Clara Lima Machado;

2
João Victor Benevenuto de Queiroz e Ataídes;

3
Roberpaulo Anacleto Neves.

1,2
Graduando em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia, Goiás;

3
Docente pelo Curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia,
Goiás.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor:

anaclaralm14@gmail.com

INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus é a condição médica pré-existente mais comum na gravidez,


afetando 1,5% das gestações, sendo metade o diabetes tipo 1 (DM1). Sua prevalência em jovens dobrou
nas últimas duas décadas, o que significa que, no futuro, ainda mais mulheres entrarão na gravidez com
diabetes tipo 1, requerendo ainda mais atenção para esse entrave. Nesse contexto, o diabetes prévio
envolve inúmeras complicações e aumenta o risco de resultados adversos para o binômio mãe-feto, dentre
os quais se destacam a pré-eclâmpsia, defeitos congênitos, parto pré-termo, macrossomia e natimorto,
entre outros. Outros relatos evidenciaram, ainda, que a exposição fetal ao diabetes durante a gravidez
pode também levar a gestações de longo termo, além do maior potencial para ocorrência de síndrome
metabólica na idade adulta – e, consequentemente, de acometimentos cardiovasculares –, do maior risco
de internamentos hospitalares e do aumento da mortalidade, além de prejudicar o desenvolvimento
neurológico, com risco aumentado de autismo e distúrbio de déficit de atenção/hiperatividade, em
comparação aos descendentes de mães sem diabetes preexistente. Diante disso, conhecer as estratégias
de manejo do DM1 na gravidez é essencial para atingir uma melhor qualidade de vida aos pacientes nesse
momento tão significativo. OBJETIVO: Descrever como ocorre o manejo da DM1 em pacientes
gestantes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, cujos estudos foram
selecionados na base de dados PubMed. Foram utilizados os descritores “(diabetes type 1) AND
(pregnancy) AND (treatment)”, e em seguida os descritores “(diabetes type 1) AND (pregnancy) NOT
(gestational diabetes)”, associados ao filtro “free full text”, sendo considerados somente artigos de revisão
dos últimos 5 anos. RESULTADOS: Evidenciou-se a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso
da glicemia de mães diabéticas pré-existentes ao longo da gravidez, já que a gestação confere um estado
fisiológico de mudanças no padrão glicêmico, caracterizando-se inicialmente pelo aumento da
sensibilidade insulínica e, posteriormente, pelo aumento da resistência insulínica. Demonstrou-se que o
controle glicêmico falho, no momento da concepção e durante o primeiro trimestre de gestação, está
diretamente ligado à teratogênese e ao desenvolvimento de anomalias congênitas. Portanto, foram
explicitados largos benefícios promovidos pelo Monitoramento Contínuo de Glicose (CGM), que
consiste no uso de um sensor subcutâneo, que envia medidas de glicemia a um dispositivo receptor
autônomo via Bluetooth. Esse sistema permite até 300 medições

258
diárias, sendo exitoso na garantia de que as metas glicêmicas estão sendo atingidas, bem como na
prevenção da necessidade de ajustes na terapia medicamentosa e dietética, por fornecer informações
detalhadas sobre o tempo no intervalo alvo, além dos padrões de flutuações de glicose, alertando quanto
a eventos de hipoglicemia e hiperglicemia antes mesmo de acontecerem.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prevalência e gravidade na patogênese do DM1
evidenciam a relevância do melhor manejo terapêutico a pacientes gestantes, visando a impedir danos ao
binômio mãe-feto. Assim, destaca-se a inovadora tecnologia do CGM, que permite acesso mais amploe
mais frequente às taxas glicêmicas, bem como ao seu padrão de alterações durante o dia, possibilitandoum
maior controle sobre a doença e simplificando seu manejo.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus tipo 1, Gravidez, Monitorização fetal.


REFERÊNCIAS:

ALEXOPOULOS, A.-S.; BLAIR, R.; PETERS, A. L. Management of Preexisting Diabetes in


Pregnancy. JAMA, v. 321, n. 18, p. 1811, 14 maio 2019.

CHOUDHURY, A. A.; DEVI RAJESWARI, V. Gestational diabetes mellitus - A metabolic and


reproductive disorder. Biomedicine & Pharmacotherapy, v. 143, p. 112183, nov. 2021.

SCHAEFER-GRAF, U.; NAPOLI, A.; NOLAN, C. J. Diabetes in pregnancy: a new decade of challenges
ahead. Diabetologia, 22 jan. 2018.

MURPHY, H. R. Intensive Glycemic Treatment During Type 1 Diabetes Pregnancy: A Story of (Mostly)
Sweet Success! Diabetes Care, v. 41, n. 8, p. 1563–1571, 23 jun. 2018.

259
PREVALÊNCIA DA OBESIDADE E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA POR
RENDIMENTO DOMICILIAR PER CAPITA NO BRASIL

¹Levy Teodoro Alves


¹Bruno Antônio Cruz Nogueira
1,2
Edna Joana Cláudio Manrique

1Pontifíca Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). Goiânia, Goiás, Brasil.; 2Laboratório Estadual
de Saúde Pública Dr Giovani Cysneiros (LACEN-GO)

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: levyteodoro@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Atualmente, sabe-se que a obesidade está associada à comorbidade cardiometabólica e


psicossocial, bem como à mortalidade prematura em adultos. Evidências relatam que o desenvolvimento e
a prevalência da obesidade estão fortemente ligados à falta de atividade física, além da renda familiar. Nesse
sentido, pesquisas mostram que as pessoas que vivem em países desenvolvidos, como a Coréia, têm o dobro
do risco de desenvolver obesidade do que aquelas em países de baixa e média renda. Visto isso, o Brasil
possui 20,3% de sua população adulta composta por obesos, dados de 2020, pela Pesquisa de Vigilância de
Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Desse modo,
justifica-se a realização de estudo detalhado para relacionar a obesidade, a prática adequada de exercício
físico e a renda domiciliar per capita. OBJETIVO: Verificar a prevalência da obesidade e da prática
adequada de exercícios físicos no lazer, por rendimento domiciliar per capita, no Brasil. METODOLOGIA:
Estudo epidemiológico descritivo, com dados obtidos do Painel de Indicadores de Saúde - PNS, 2013 e
2019. As variáveis analisadas foram obesidade e prática adequada de atividade física no lazer, ambas por
rendimento domiciliar per capita. Os resultados de prevalência foram apresentados em valores absolutos.
O estudo por usar dados público dispensou a apreciação ética. RESULTADOS: Em relação ao desfecho da
variável obesidade, a prevalência na faixa até meio salário mínimo foi de 17,9 (2013) e 24,0 (2019); na
faixa de meio até um salário mínimo, observou a prevalência de 20,4 (2013) e 25,8 (2019); na faixa de um
até dois salários mínimos, identificou a prevalência de 22,1 (2013) e 27,6 (2019); na faixa de dois até três
salários mínimos, a prevalência foi de 22,4 (2013) e 28,5 (2019); todavia, na faixa acima de três salários
mínimos, constatou a prevalência de 22,4 (2013) e 23,2 (2019). Ao verificar a variável prática adequada de
atividade física no lazer, a prevalência na faixa até meio salário mínimo foi de 15,7 (2013) e 21,8 (2019);
na faixa de meio até um salário mínimo, certificou a prevalência de 17,7 (2013) e 25,4 (2019); na faixa de
um até dois salários mínimos, identificou a prevalência de 23,7 (2013) e 30,9 (2019); na faixa de dois até
três salários mínimos, a prevalência foi de 27,6 (2013) e 38,4 (2019); na faixa acima de três salários
mínimos, constatou a prevalência de 40,5 (2013) e 48,8 (2019). CONCLUSÃO / CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Nota-se maior prevalência de obesidade na população que vive nas faixas de um até três salários
mínimos em ambos os anos do estudo. Em 2019, a faixa acima de três salários apresentou a menor
prevalência de obesidade. Destaca, a maior prevalência de prática adequada de atividade física no lazer, a
faixa acima de três salários mínimos e a prevalência crescente nas outras faixas de salário, em 2013 e 2019.
Portanto, percebe-se a necessidade de políticas públicas que forneçam opções de atividade física no lazer
para pessoas de baixa renda, além de medidas que promovam a alimentação adequada e saudável da
população geral.

Palavras-chave: Obesidade, Exercício físico, Renda per capita.

260
REFERÊNCIAS:

JEBEILE, H. et al. Obesity in children and adolescents: epidemiology, causes, assessment, and
management. The Lancet. Diabetes & Endocrinology, v. 10, n. 5, p. 351–365, 2022.

KYE, S. Y. et al. Associations of physical activity at work and household income with obesity: a cross-
sectional study among rural adults in Korea. Epidemiology and Health, v. 43, p. e2021003, 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde, Vigitel Brasil 2020: vigilância de fatores de risco e proteção para
doenças crônicas por inquérito telefônico. Fundação Oswaldo Cruz. Painel de Indicadores de Saúde –
Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Disponível em: <https://www.pns.icict.fiocruz.br/painel-de-
indicadores-mobile-desktop/>. Acesso em 15 de fev. de 2023.

261
PERFIL DAS INTERNAÇÕES PEDIÁTRICAS EM CARÁTER DE URGÊNCIA
EM UMA CAPITAL DA REGIÃO AMAZÔNICA

¹Lorran de Alcântara Coelho

¹Anderson José de Oliveira

¹Mariana Ramos Barbosa

¹Kárenn Klycia Pereira Botelho

¹Kelvyn Lucas Costa Albuquerque

¹Larissa Cunha Cordeiro

¹Antonio Avelino Mendes Filho


1
Júlio Cézar Medeiros Dias Tavares

1Universidade Federal do Acre (UFAC). Rio Branco, Acre, Brasil;

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1º autor: lorrancruzcoelho@gmail.com

INTRODUÇÃO: A alta demanda pelo serviço de emergência pediátrica com a baixa oferta de atendimento
é um problema que se torna visível na complexidade de assistência à saúde no Brasil. A necessidade de
organização de fluxogramas de triagem no atendimento se torna quase indispensáveis à boa prática médica1.
No Brasil, estudos demonstram que doenças do aparelho respiratório se apresentam como principal causa
de hospitalização em crianças abaixo de quatro anos2. No Acre, Rio Branco, pesquisas demonstraram uma
tendência na diminuição na mortalidade infantil, porém ainda assim muito elevada frente à marcadores
internacionais. Visualizar e entender o perfil de internação em um determinado serviço se tornam
fundamentais para intervenções eficientes, seja no serviço terciário, emergência, ou na atenção primária 3.
OBJETIVO: Caracterizar as causas de hospitalizações pediátricas de urgência do Município de Rio Branco,
Acre. MÉTODOLOGIA: Estudo descritivo com dados secundários das internações de pacientes pediátricos
residentes na capital acreana, em 2018. Obtiveram-se os dados no Sistema de Informação Hospitalar do
Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), disponíveis no endereço eletrônico do Departamento de Informática
do SUS (DATASUS). As informações incluíram o número de internações por idade, categorizada em
intervalos, e os grupos de causas, como capítulos da Classificação Internacional de Doenças - 10ª Revisão
(CID-10). Realizou-se a análise de dados no Programa Excel. RESULTADOS: Em 2018 foram registradas
9.298 internações de urgência, sendo 1.816 (19,5%) casos de 0 a 19 anos. As faixas etárias mais acometidas
foram 15 a 19 anos (47,2%) e menores de 1 ano (28,0%). “Gravidez, parto e puerpério” foi a causa mais
frequente de hospitalização (29,0%), com destaque para adolescentes de 15 a 19 anos (95,4%) e 10 a 14
anos (4,6%). Em segundo lugar sobressaíram as “afecções do período perinatal” (19,7%), sendo estas
motivo de 70,3% dos registros em menores de 1 ano. Nas crianças de 1 a 4 anos, as principais morbidades
foram “doenças do aparelho respiratório” (22,1%), seguidas de “causas externas” (18,0%) – estas,
entretanto, são as primeiras disfunções até os 14 anos, seguidas por “doenças do aparelho digestivo”. As
doenças infecto-parasitárias foram mais frequentes em menores de 10 anos: 80,1% dos hospitalizados por
tal grupo. CONCLUSÃO: As internações infantojuvenis de urgência em Rio Branco diferem pela idade e
causa, sendo maiores nos extremos da faixa etária, por causas gestacionais e do período perinatal. Isso
evidencia a necessidade de maior acesso à Atenção Primária, a qual as duas condições são sensíveis.

262
Ademais, em detrimento da limitação dos dados, sujeitos à subnotificação, faz-se necessário mais estudos
para detalhamento das morbidades e evolução temporal delas.

Palavras-chave: Pediatria, Emergências, Região Amazônica.

Referências:
1. Amthauer, C., & Cunha, M. L. C. da .. (2016). Manchester Triage System: main flowcharts,
discriminators and outcomes of a pediatric emergency care. Revista Latino-americana De
Enfermagem, 24(Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2016 24). https://doi.org/10.1590/1518-
8345.1078.2779
2. CAUSAS de hospitalização no SUS de crianças de zero a quatro anos no Brasil. Causas de
hospitalização no SUS de crianças de zero a quatro anos no Brasil, São Paulo, 13 fev. 2010.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/QnpGnSMwKyyYgFZ3JdtDhmG/?format=pdf.
Acesso em: 19 fev. 2023.
3. Ramalho AA, Andrade AM, Martins FA, Koifman RJ. Tendência da mortalidade infantil no
município de Rio Branco, AC, 1999 a 2015. Rev Saude Publica. 2018;52:33.

263
DOI 10.29327/5208636.2-12

REGULAMENTAÇÃO DA LAQUEADURA TUBÁRIA NO BRASIL:


SIGNIFICADOS NA PERSPECTIVA DE GÊNERO

REGULATION OF TUBE TERMINATION IN BRAZIL: MEANINGS FROM


THE GENDER PERSPECTIVE

MARCELA DUTRA DA SILVA


Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva

CRISTIANE ROCHA MAGALHÃES


Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva

LUANA SENA PIMENTA


Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva

DANIELLE DIAS CORREIA DA SILVA


Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva

ADRIANA FERNANDES DA CRUZ


Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva

EVELY SOCORRO CAMPOS PINHEIRO


Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva

NÉBIA MARIA DE ALMEIDA FIGUEIREDO


Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

264
Resumo

Objetivo: Analisar a trajetória da regulamentação da laqueadura tubária no Brasil à luz da perspectiva


de gênero. Metodologia: Trata-se de um estudo teórico-reflexivo, com objetivo crítico. Elaborado com base
nos pressupostos teóricos de Gênero, e subsidiado na leitura crítica da política pública de atenção à saúde da
mulher e seu arcabouço legal no país. Resultados e Discussão: Muitos atendimentos prestados infelizmente
acabam enfocando preferencialmente a questão reprodutiva, de forma isolada e reducionista.A
institucionalização e regulamentação da laqueadura tubária no Brasil traduz o retrato da desigualdade de
gênero e assimetria de poderes. No decorrer da história identificamos momentos cruciais em que, o
instrumento legal e a política pública de certa forma chancelaram tal desigualdade, e não conseguiram de
fato empregar um olhar integral sobre a figura da mulher e promover maior autonomia. Asleis e políticas
públicas em sua maioria são elaboradas por homens, e muitas vezes sem perceber acabam privilegiando
uma representação social dominante na sociedade. Considerações Finais: A mulher é um ser individual, e
assim como qualquer indivíduo deve poder exercer sua cidadadania, direito de escolha e poderde decisão em
situação de equidade na sociedade. O cenário atual tem caminhado a passos lentos no sentidode contribuir
para maior autonomia da mulher. A retrospectiva da evolução da esterilização definitiva é umexemplo em
que a assimetria de poder social perpassa de modo sutil, pela política pública e letra fria de lei aparentemente
igualitária e justa.
Palavras-chave: Esterilização feminina; Teoria de Gênero; Saúde da Mulher.

ABSTRACT
Objective: To analyze the trajectory of the regulation of tubal ligation in Brazil from the perspective of
gender. Methodology: This is a theoretical-reflective study, with a critical objective. Elaborated based on
the theoretical assumptions of Gender, and subsidized in the critical reading of the public policy of attention
to women's health and its legal framework in the country. Results and Discussion: Many services provided
unfortunately end up focusing preferentially on the reproductive issue, in an isolated and reductionist way.
The institutionalization and regulation of tubal ligation in Brazil translates the picture of gender inequality
and asymmetry of powers. In the course of history, we have identified crucial moments in which the legal
instrument and the public policy, in a certain way, sanctioned such inequality, and did not actually succeed
in employing a comprehensive look at the figure of women and promoting greater autonomy. Laws and
public policies are mostly made by men, and often without realizing it, they end up favoring a dominant
social representation in society. Final Considerations: The woman is an individual being, and just like any
individual, she should be able to exercise her citizenship, right to choose and decision-making power in a
situatio.n of equity in society. The current scenario has taken slow steps towards contributing to greater
autonomy for women. The retrospective of the evolution of definitive sterilization is an example in which
the asymmetry of social power permeates in a subtle way, through public policy and the cold letter of an
apparently egalitarian and fair law.
Keywords: Female sterilization;Gender Theory; Women’s Health.

1 INTRODUÇÃO

A primeira laqueadura a qual se tem registro oficial ocorreu, durante uma cesárea em 1880 nos
Estados Unidos da América (USA). À vista que, a primeira vasectomia catalogada se deu em 1899 no
mesmo país visando esterilizar criminosos, a fim de não procriarem e consequentemente transmitir tal
defeito genético para futuras gerações. Cabe observar que a vasectomia se constitui em um procedimento
muito menos complexo e invasivo, quando comparado à laqueadura. A laqueadura permaneceu limitada até
1960 devido sua complexidade multifatorial, porém a partir da década de 70 ganhou maior popularidadenos
EUA, Europa, América Latina e Ásia (YAMAMOTO, 2017). Paralelamente no Brasil, a laqueadura se dava
em um cenário mais vago, sem critérios definidos e até de clandestinidade, pois ainda não havia
regulamentação e política pública voltada para tal questão.
A laqueadura tubária é um procedimento cirúrgico que consiste na esterilização feminina, através
da oclusão da tuba uterina também conhecida como trompa de falópio, com a finalidade de interromper sua
permeabilidade visando exclusivamente à contracepção (BRASIL, 2013). Salientamos que a laqueadura é

265
um método que não oferece proteção contra doenças sexualmente transmissíveis, e todas as autoridades de
Prevenção e Educação em Saúde ressaltam o uso do preservativo como via de proteção.
No que tange à utilização de métodos contraceptivos, a Divisão de Estatísticas das Nações Unidas
(United Nations Statistics Division - UNSD) indica que o pouco acessoà informação, o casamento precoce
e a falta de poder de decisão das mulheres casadas ou em união contribuem para elevação do risco de
contraírem doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), gravidez indesejada e o aborto inseguro levando a
um total de 63.693 de óbitos de mulheres em idade fértil no Brasil. Por tais motivos, é uma temática tratada
tanto pelo CMIG (Conjunto Mínimo de Indicadores de Gênero) da UNSD, quanto pela Agenda 2030 e o
Consenso de Montevidéu (BRASIL, 2018).
De uma forma geral, vários países da América Latina incluindo o Brasil, têm apresentado nos
últimos anos uma crescente queda da fecundidade. De acordo com o último Censo (2010) no Brasil, as
regiões menos desenvolvidas (Norte e Nordeste) apresentaram taxas de fecundidade mais elevadas (2,4 e
2,0), do que quando comparadas às regiões Sul e Sudeste (1,8 e 1,7). Estudos apontam que em países
desenvolvidos há um aumento pela escolha pormétodos de contracepção reversíveis. Estatísticas mostram
que a taxa de esterelizaçãofeminina são maiores nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Geralmente, a
esterelização feminina é mais comum em mulheres de baixos níveis de renda e escolaridade (CAMPOS;
BORGES, 2015). Tal achado, corrobora com o fato de que mulheres com menores níveis de esclarecimento
e informação possuem menos propriedade e robustez, quando autoras de suaprópria história.
A anticoncepção de uma forma geral deve ser analisada em uma perspectiva mais abrangente,
profunda e contextualizada. Pois, envolve amplamente inúmeras facetas do feminino, muito além da
biológica, bem como a emocional, psicológica, religiosa, cultural e social da mulher. Este fenômeno deve
ser compreendido, salientando a mesma como ser em sua integralidade, bem como as relações com seu
corpo, saúde física emental, não excluindo as interferências e dinamismos do meio social em que vive
(MARQUES; CARDOSO; NEVES, 2022).

2 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo teórico-reflexivo, com objetivo crítico. Elaborado com base na pesquisa da
regulamentação do procedimento da laqueadura tubária no Brasil, subsidiado na leitura crítica do seu
arcabouço legal e política pública, analisados à luz dos pressupostos teóricos de Gênero. Assim como, na
literatura científica que discorre sobre o cuidado e seu dinamismo com a figura da mulher no cenário social.
Constituído pela percepção das autoras sobre a temática numa abordagem totalmente qualitativa.
O percurso metodológico partiu do estudo do cuidado e atendimento à mulheres em planejamento
familiar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com a descrição de questões e lacunas a serem
discutidas no contexto da esterilização feminina; seguido de um levantamento bibliográfico sobre a temática
gerando uma reflexão crítica com vistas a trazer ao estudo uma ponderação da perspectiva social, na qual o
tema está inserido. Foram pesquisados a fim de subsidiar a reflexão, artigos nas bases de dados LILACS,
BIREME, ELSEVIER e Biblioteca Virtual em Saúde pela busca dos descritores: laqueadura tubária, gênero
e saúde da mulher.
Por se tratar de um artigo reflexivo e não de revisão de literatura, não houve seleção de critérios
de exclusão e inclusão específicos para material bibliográfico. Os referenciais teóricos aqui utilizados são

266
apontados pelas próprias autoras, levando em consideração a abordagem do tema, independentemente do
recorte temporal, como se configuram no texto clássico ao tratar do assunto.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A laqueadura feminina teve crescimento expressivo no Brasil até 1996, constituindo-se no método
contraceptivo mais utilizado, quando a Lei 9.263 de 12 de janeiro do referido ano foi sancionada (BRASIL,
1997) e, denominada como “Lei do Planejamento Familiar”. Esta, juntamente com a Portaria nº 144 de
1997, substituída posteriormente pela Portaria nº 48 de 1999, formam o arcabouço que rege atualmente suas
diretrizes legais no país. Tal lei regulamenta com detalhes a realização da laqueadura, estabelecendoa
necessidade do atendimento à critérios para sua realização (BRASIL, 1996). Se por um lado, visou diminuir
a realização de cesáreas sem indicações clínicas, por outra ótica, restringiu o acesso da população feminina
ao método.
Um dos critérios imprescindíveis para realização da laqueadura tubária é o consentimento do
cônjuge da mulher. Em seu artigo 10º a Lei 9.263 trata pontualmente das situações de esterelização
voluntária, dentre inúmeras proibições e condições estabelecidas, em seu inciso 5º diz: “Na vigência de
sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges” (BRASIL,
1996).
A criação da lei objetivou regulamentar o inciso 7º do artigo 226 da Constituição Federal:
“Fundado nos princípios da dignidade da pessoahumana e da paternidade
responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao
Estado propiciar recursoseducacionais e científicos para o exercício desse
direito, vedada qualquer forma coercitiva porparte de instituições oficiais ou
privadas” (BRASIL, 1988).

O acesso ao planejamento familiar é pautado em letra de lei, no princípio da dignidade do ser


humano. Como a mulher pode ser respeitada em sua dignidade,condicionando o exercício da escolha sobre
o seu corpo à permissão de outra pessoa?
De igual forma, o trecho utiliza o termo: “paternidade responsável”, revelando a escolha somente
de apenas uma palavra, do gênero masculino, no que se refere a gerar filhos para representar todo este
processo. Deste modo, observa-se a total supressão da participação feminina no que tange à maternidade;
em específico, ao direito à tomada de decisão legal; bem como, da sua participação enquanto verdadeira
protagonista do processo da anticoncepção, gerar e maternar. Expressando assim, a assimetria de gênero,
onde há o predomínio da figura paterna sobre a materna, denotando a submissão do feminino ao masculino,
espelhando as imbricações social e cultural na escrita da lei.
De semelhante forma, o trecho seguinte trata: “...o planejamento familiar é livredecisão do casal...”,
no qual, a figura feminina encontra-se velada neste movimento; à sombra do masculino, caracterizando as
relações assimétricas de poder. A mulher constitui o gênero que proporcionalmente mais utiliza métodos
contraceptivos, porém ainda assim permanece sem total autonomia no que tange à livre escolha do mesmo.
A posição de subalternização social da mulher ao homem não advém do período pós-moderno e, sim de
uma longa construção histórica (HEILBORN e RODRIGUES, 2018).
É salutar que procuremos compreender como no campo dos estudos da saúde, quer na elaboração
de leis, projetos de leis e políticas públicas de saúde podem de forma sutil e sequer (não) intencional

267
privilegiar uma representação social dominante. E assim imprimir uma violência simbólica ao ato, a partir
do momento que reforça-se a manutenção de assimetrias relacionada às mulheres, em decorrência da
construção social degênero. Assim, não trata de forma “desigual” classes e/ou indivíduos “desiguais”
socialmente. Com um olhar abrangente, complexo e ao mesmo tempo específico da problemática em que
uma maioria que detém poder e autonomia no campo das relações (MARQUES; CARDOSO; NEVES,
2022).
A importância do corpo na sociedade brasileira, principalmente o feminino, requer uma
análise mais profunda e crítica. O mesmo pode ser visto como signo de hierarquiasocial, objeto de desejo
extremamente sexualizado e sensualizado; e, muitas vezes objeto de “propriedade” do masculino, e não da
mulher que efetivamente habita e compõe este corpo. Para Beauvoir (2017) “a objetificação sexual do corpo
das mulheres desempenha um papel importante na perpetuação de sua opressão”. O corpo sexuado é
transformado em corpo social através da cultura, inserido em diferentes teias de significados. É importante
desconstruirmos a ideia de um corpo natural, mas compreendermos como dimensão produzida pelos
imperativos da cultura. A concepção do que significa corpo, sexualidade, saúde varia conforme o universo
e inserção social do indivíduo (HEILBORN, 2018).
A Lei 11.340 de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) em seu artigo 7º, inciso III
conceitua violência sexual:
“entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar,
a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação,
ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de
qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à
prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que
limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos” (BRASIL,
2006).

A violência sexual praticada por parceiro íntimo é uma das formas mais prevalentes de violência
contra a mulher (OMS, 2015) (ONU BRASIL, 2021). Aproximadamente 1 em cada 3 mulheres no mundo
(35%) já sofreu violência física e/ou violência sexual por companheiro íntimo ou violência sexual. Nas
Américas, a OMS estima que 30% das mulheres já tenham sofrido violência física e/ou sexual praticada
pelo parceiro e 11% sofreram violência sexual praticada por um agressor desconhecido (ONU BRASIL,
2021). Conforme Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2022) apenas entre março de 2020, mês que
marca o início da pandemia de covid-19 no Brasil, e dezembro de 2021, último mês com dados disponíveis,
foram 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro e estupro de vulnerável de vítimas do gênero feminino.
A violência sexual também pode ser entendida a partir do momento que a mulher não consegue
exercer esta livre escolha. Ao sofrer coação ao propor o uso do condom, ou se veem “sem alternativa”, e
acabam por adotar métodos hormonais contra a sua vontade devido a efeitos colaterais, o poder ocorre de
forma velada, discreta e no ambiente privado. Assim, como a Lei do planejamento familiar de 1996
condiciona a realização da laqueadura ao consentimento do cônjuge (regulamenta o controle dos corpos e
chancela a violência); alguns anos depois, a Lei Maria da Penha avança um pouco, pois reconhece que o
impedimento do uso qualquer método contraceptivo é caracterizado como violência sexual. Porém, este
impedimento não ocorre de modo claro, com o emprego de força bruta, mas muitas vezes sem pronunciar
uma só palavra, de forma velada e silenciosa. Neste cenário as relações de poder desiguais se configuram,

268
e a submissão da mulher se estabelece.
A atenção integral à saúde da mulher é entendida a partir de uma compreensão ampliada do
contexto de vida, considerando suas singularidades e condições como sujeito capaz e responsável por suas
escolhas. As políticas públicas visam atender de forma igualitária a diferentes sujeitos, os quais possuem
distintas e inúmeras variáveis sociais: eis aí um ambíguo objeto de reflexão e aprofundamento. Compreendo
tal questão como um importante exemplo no campo saúde,em que o pilar do Sistema Único de Saúde (SUS)
que corresponde à equidade se faz aplicável e necessário, pois vivemos em uma sociedade em que as
relações de poder sãodesiguais, e a dominação impera de modo vertical e massacrante (BRASIL, 2013).
A forma com que a mulher é vista, abordada e tratada dentro do contexto do Programa de
Atenção á Saúde da Mulher nada mais é do que a consequência e reflexo da sociedade, sua cultura, história,
educação e realidade social. Esses fatores exercem influência direta, mas muitas vezes veladas, no que tange
ao estabelecimento de políticas públicas, formulação de diretrizes, normas, elaboração deparâmetros e
referências pelo sistema de saúde e estabelecimento do cuidado.
Encontrava-se em tramitação na Câmara dos Deputados desde 2014, o Projeto de Lei 7.364/2014,
o qual pretendia alterar a Lei do Planejamento Familiar. O mesmo foi transformado em Norma Jurídica, dia
05 de setembro do ano corrente originando a Lei 14.443, de 02 de setembro de 2022 (Publicada em Diário
Oficial da União em 05/09/2022, Edição 169, Seção 1 e Página 5). O texto “Altera a Lei nº 9.263, de 12 de
janeiro de 1996, para determinar prazo para oferecimento de métodos e técnicas contraceptivas e
disciplinar condições para esterilização no âmbito do planejamento familiar.”
Salientamos que em nossa visão particularmente, se constitui o ápice e maior contribuição da Lei
14.443/2022: a revogação do § 5º do artigo 10, que trata do consentimento do cônjuge como condição sine
qua non para sua realização. Assim, o novo texto dispensa a exigência da ciência ou autorização do
respectivo cônjuge. Muito embora, o consentimento formal ou legal não seja mais necessário para o Estado
e instituição de saúde, tal negociação se dará no ambiente privado. Tal decisão ainda permanecerá, agora
de forma mais velada ainda com os homens.
Conforme Beauvoir (2017), “A gente não nasce mulher, torna-se mulher”; O conceito de sexo
primariamente refere-se à natureza; fenônemo este, que detém como apropriador do estudo e saber, o campo
de estudo da biologia. Já o gênero estáatrelado às construções culturais /sociais, de características dadas
como femininas e masculinas. Essas, geralmente, relacionam-se com a biologia, mas não derivam dela, e
podemsofrer variações conforme o contexto social na qual encontram-se inseridas (PSCITELLI, 2012).
Desta forma, características biológicas não são determinantes de comportamentos e papéis sociais.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No contexto deste estudo, portanto, refletimos que a expressão “planejamento familiar” não dê
mais conta, e esgote a complexidade do poder do homem sobre a mulher. Talvez a abordagem desta temática
na práxis, tenha se reduzido até então no planejamento em sua forma negativa: “não ter filhos”, “não
engravidar”. Entretanto devemos compreender que a laqueadura é um método de intervenção na vida da
mulher e, portanto deve considerar a unidade familiar de uma forma ampla. A fase do ciclo de vida da
família como um todo deve ser avaliado, assim como suas crenças, valores e convicções prévias. A
anticoncepção deve ser conduzida no contexto do programa, tornando o sujeito (usuário) parte ativa do
processo e protagonista do cuidado.

269
Diante do exposto, é imprescindível ressaltar que as relações entre homens e mulheres, o
planejamento familiar e a decisão de laquear deve realmente seguir não só critérios bem estudados,
elaborados e respaldados sobre aspectos técnicos e científicos em saúde e educação, mas em conjunto por
questões culturais e sociais de desigualdade. Além da necessidade de ampliação das pesquisas no cuidado
à saúde da mulher, esta proposta de estudo permeia inúmeros aspectos que envolvem o planejamento
familiar e laqueadura, nas suas variáveis macros que abarca a política pública relacionada à regulamentação
e realização da laqueadura até seus aspectos micros, relacionada à realização em si do planejamento familiar
em nível local, que abrange diretamente a equipe de enfermagem. Desenhar tal cenário social, e envolver a
cliente neste redesenho visa contribuir para um cuidado muito mais individualizado e equanime, sob o olhar
de quem se submeterá a tal método contraceptivo, e ao mesmo tempo para quem o cuidado é dispensado.

REFERÊNCIAS

BEAUVOIR, S. de. O segundo sexo: fatos e mitos. 4 ed. Rio de Janeiro: NovaFronteira, 2017. 904
p.

BRASIL. Lei nº 9.263 de 12 de Janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que
trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. Brasília, DF, 1996.
Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm> Acesso em: 30 Dez. 2022.

BRASIL, Lei nº 11.340 de 07 de Agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e
familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de
Execução Penal; e dá outras providências. Brasília, DF, 2006. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2006/lei/l11340.htm> Acesso em: 03 Jan. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde
sexual e saúde reprodutiva. Caderno de Atenção Básica, nº26, 1ªed. Brasília: DF, 2013. 300 p.

CAMPOS, M. B.; BORGES, G. M. Projeção de níveis e padrões de fecundidade no Brasil. In ERVATI, L.;
BORGES, G. M. (dir.) Mudança Demográfica no Brasil no Início do Século XXI. Estudos e Análises
Informação Demográfica e Socioeconômica, IBGE, n. 3, 2015.

HEILBORN, L.; RODRIGUES, M. C. Gênero: breve história de um conceito. Aprender - Caderno de


Filosofia e Psicologia da Educação, [S.l.], n. 20, dez. 2018. Disponível em: <
https://doi.org/10.22481/aprender.v0i20.4547> Acesso em: Nov.2022

MARQUES, J.M.D.; CARDOSO, A.L.B.C.; NEVES, A.L.M. A esterelização compulsória em mulheres

270
vulneráveis como “medida de segurança pública”: reflexões sobre o controle do corpo, gênero e
sexualidade. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais, v. 8, n. 2, p.423-442, 2022.

NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Casa ONU Brasil. Brasília, DF, 2021. Disponível em: <
https://brasil.un.org/> Acesso em: 01 Dez. 2022.

PISCITELLI, A. Sexo e Gênero. Antropologia e direito: temas antropológicos para estudos jurídicos. /
coordenação geral [de] Antonio Carlos de Souza Lima. – Brasília / Rio de Janeiro/Blumenau: Associação
Brasileira de Antropologia / laced / Nova Letra, 2012.

271
NUTRIÇÃO EM PACIENTES COM DOENÇA DE CROHN

¹Ana Beatriz Galindo de Oliveira Ovelar


¹Bhrisa Avlis Ferraz
¹Satie Andretta Vigiato Kosin Gamarra
²Evilanna Lima Arruda
¹Universidade de Rio Verde (UNIRV). Rio Verde, Goiás, Brasil; ²Universidade de Rio Verde (UNIRV).
Goianésia, Goiás, Brasil

Eixo temático: Clínica Médica


Modalidade: Apresentação oral
Email do 1º autor: bia.ovelar@gmail.com
INTRODUÇÃO: A doença de Crohn (DC) é intestinal, inflamatória e crônica, de etiologia desconhecida
e que pode afetar qualquer parte do trato gastrintestinal (TGI) - “da boca ao ânus”. É uma disfunção
autoimune com predisposições genéticas e influência de fatores ambientais e imunológicos, acometendo
principalmente o íleo terminal e o cólon, acarretando em hemorragia crônica a partir do trato digestivo,
baixa absorção intestinal de vitaminas e restrições dietéticas. Nesse contexto, as questões nutricionais
relacionadas com a alimentação são consideradas fundamentais na monitorização de doentes com DC.
OBJETIVOS: Analisar o estado nutricional do paciente com DC e a terapêutica nutricional na doença.
METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, por meio de uma análise na base de dados do
Google Acadêmico, selecionando artigos dos últimos 13 anos e utilizando os descritores: Doença de Crohn;
Doença Inflamatória Intestinal; Terapia Nutricional. Neste trabalho foram usados 5 artigos. REVISÃO DE
LITERATURA: Não há definição sobre a alimentação como a causa da DC, mas, estudos afirmam que a
mudança dos hábitos alimentares em conjunto com hábitos de vida, principalmente em países
desenvolvidos, influencie na atividade da doença, como maior consumo de açúcar, fast-foods, enlatados e
tabagismo. Além disso, os sintomas da DC são heterogêneos e incluem dor abdominal, diarreia, perda de
peso, indisposição, anorexia, que se associam a deficiências nutricionais, oscilando de leve a severa, devido
a diminuição da ingestão energética, a presença de inflamação ativa e perdas gastrointestinais de nutrientes,
em períodos ativos da doença, notando-se também durante a fase de remissão. Ademais, a via enteral é
usada na terapia nutricional por muitas décadas, ajustada conforme o tipo da doença, idade do paciente,
clínica e tratamento; por outro lado, a alimentação parenteral é uma alternativa para pacientes com
contraindicação ou intolerância a nutrição enteral, utilizando naqueles com sintomas de desnutrição grave.
CONCLUSÃO: Torna-se conclusivo que cuidar da nutrição de pacientes com DC, fornecendo dieta
adequada às necessidades particulares de cada caso, são necessários para evolução do tratamento e para
conter os déficits nutricionais. Dessa forma, a terapia nutricional auxilia na indução e manutenção da
remissão da DC, aplicando estratégias a cada caso e a fase da doença, estabelecendo vias de administração
que evitem sintomas desagradáveis após alimentação.

Palavras-chave: Doença de Crohn; Doença Inflamatória Intestinal; Terapia Nutricional.


Referências Bibliográficas:
APOLINÁRIO, Poliana Braga; LEITE, Juliana Brovini; LYRA, Yuri Carvalho. CARÊNCIA
NUTRICIONAL EM PACIENTES COM DOENÇA DE CROHN: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA. Revista Saber Digital, v. 12, n. 2, p. 99-110, 2019.
MARTINS, Inês Silva Bastos de. Doença de Crohn: implicações nutricionais: Monografia: Crohn´s
Disease: nutritional implications. 2009.

272
OLIVEIRA, Carina et al. Suporte nutricional na doença de Crohn. Associação Portuguesa de Nutrição,
Portugal, v. 10, p. 44-48, 2017.
OLIVEIRA, Joana Andreia de Sousa. Doença de Crohn e terapêutica nutricional: revisão das
recomendações. 2012.
SANTOS, Amanda Luizy Camara et al. Terapia nutricionais nas doenças inflamatórias intestinais: Doença
de Crohn e Retocolite Ulcerativa. Research, Society and Development, v. 10, n. 7, p. e11410716660-
e11410716660, 2021.

273
A INFLUÊNCIA DO USO DE ANTICONCEPCIONAIS ORAIS NA SAÚDE
PERIODONTAL DA MULHER

1Wellen Oliveira Borges

2Juciele Gomes dos Santos

3 Aline Fernandes Oliveira de Lima

1Acadêmica de Odontologia, Centro Universitário de Ciências e Tecnologia, Maranhão, São Luís, Brasil.

2 Acadêmica de Enfermagem, Faculdade (Unime), Salvador, Bahia, Brasil

3 Enfermeira, Faculdade Venda Nova do Imigrante, Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Oral

E-mail do 1 autor: wellenborges04@icloud.com

INTRODUÇÃO:Os anticoncepcionais orais são produzidos à base de hormônios sexuais sintéticos


(estrógeno e progesterona), sendo assim sua atuação promove alterações hormonais semelhantes a gravidez.
Diante disso, todas as alterações hormonais drásticas na gestação ocorrem igualmente em mulheres que
fazem uso de contraceptivos orais. Os tecidos periodontais possuem receptores para os hormônios
esteróides e por isso são considerados tecidos-alvo, podendo apresentar alterações clínicas do periodonto
durante os períodos de flutuação hormonal. OBJETIVO: Analisar e discutir acerca das influências dos
contraceptivos orais na doença periodontal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de
literatura, realizada em fevereiro de 2023, por meio das bases de dados: BDENF, LILACS e MEDLINE,
através da BVS. Para a busca foram utilizados os seguintes descritores: Anticoncepcionais Orais; Saúde
Bucal; Periodontia, em cruzamento com os operadores booleanos “AND” e “OR”. Adotaram-se como
critérios de inclusão: artigos que contemplassem a temática, disponíveis gratuitamente na íntegra, em
português e inglês, publicados nos últimos cinco anos. E como critérios de exclusão: artigos repetidos nas
bases de dados supracitadas. Emergiram-se na pesquisa 05 estudos. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Diante do exposto, foi possível analisar que a doença periodontal é caracterizada por um processo
inflamatória aguda que acomete a gengiva e o periodonto, causada por microrganismos que colonizam a
superfície dentária supra ou subgengivalmente. Contudo alterações hormonais, como aumento dos níveis
de estrogênio e progesterona pelo uso de contraceptivos orais, aceleram o fluxo sanguíneo nos tecidos do
periodonto tornando-os assim sensíveis e inchados. Além disso, as mudanças clínicas observadas na
gengivite induzida por placa são acentuadas por esses níveis circulantes dos hormônios sexuais através de
mecanismos como supressão imune parcial, aumento do exsudato, estimulação da reabsorção óssea e da
atividade sintética de fibroblastos. Diante disso, é possível identificar outra modificação importante que
ocorre na microbiota gengival, com o aumento nos níveis de bactérias anaeróbicas Gram-negativas, tais
como a Prevotella intermedia, principal espécie patogênica envolvida na periodontite agressiva. Sendo
assim, a elevação no número destes microrganismos pode estimular a síntese de prostaglandinas pelos
monócitos e alterar o sistema vascular, desencadeando a formação de edema, eritema, exsudativo e
sangramento gengival. Ademais, ocorre as alterações salivares, com a diminuição na concentração de
proteínas, ácido siálico, hexosaminas, fucose, íons hidrogênio e total de eletrólitos. O fluxo salivar mostrou-
se aumentado num estudo realizado e diminuído em menos da metade dos indivíduos. Entretanto, a
inflamação gengival relacionada ao uso sucessivo de contraceptivos orais pode tornar-se crônica ao
antagônico do que acontece na gravidez, na qual a inflamação é aguda devido ao tempo de exposição ao
grande nível de estrógeno e progesterona. CONCLUSÃO: É notório que as alterações hormonais estão
interligadas a doenças periodontais, sendo a gengivite a principal manifestação clínica da doença
periodontal em mulheres. Com isso, torna assim imprescindível uma atenção maior na condição de sua

274
saúde bucal, visto que esta é sujeita aos efeitos das variações hormonais, por isso, a anamnese cuidadosa é
uma ferramenta fundamental para estabelecer correlações patológicas, planejamento e condução terapêutica
eficiente.

Palavras-chave: Anticoncepcionais Orais; Saúde Bucal; Periodontia.

Referências:

ALMEIDA, Ana Paulo Ferreira de; ASSIS, Marianna Mendes de. Efeitos colaterais e alterações fisiológicas
relacionadas ao uso contínuo de anticoncepcionais hormonais orais. Rev Eletron Atualiza Saúde, v. 5, n.
5, p. 85-93, 2017

Couto PLS, Gomes AMT, Pereira AB, Carvalho JS, Silva JK, Boery RNSO.Use of hormonal contraceptives
by prostitutes: correlation with markers of social vulnerability. Acta Paul Enferm. [Internet], v. 32, n. 5,
p. 507-513, 2019.

SOUSA, Ismael Carlos de Araújo de; ÁLVARES, Alice da Cunha Morales. A trombose venosa profunda
como reação adversa do uso contínuo de anticoncepcionais orais. Revista de Divulgação Científica Sena
Aires, v. 7, n. 1, p. 54-65, 2018.

275
RELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES POSTURAIS DA COLUNA CERVICAL E
DISFUNÇÕES NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

¹Ronei Diniz de Carvalho

1 Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo (FAMESP) Ribeirão Preto, São Paulo.

Eixo Temático: Fisioterapia

Modalidade: Pôster

Email do 1° autor: roneidc15@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A disfunção temporomandibular (DTM) é uma condição prevalente que acomete cerca
de 40% da população brasileira e se caracteriza como uma série de alterações multifatoriais que atingem a
articulação temporomandibular (ATM) e regiões adjacentes. Tem sido discutido que alterações posturais
na coluna cervical, podem gerar distúrbios significativos na ATM, ou vise versa, sendo importante a busca
por evidências atuais que analisem a relação destas regiões e suas consequências, direcionando as formas
de avalição e tratamento desses sintomas. OBJETIVO: Analisar as influências das alterações posturais da
coluna cervical para a ATM de pacientes com DTM. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão
integrativa da literatura nas bases de dados: SciELO, Pumed e BVS, utilizando os descritores em inglês:
“Temporomandibular disorders”, “Rehabilitation” e “posture”, a fim de incluir publicações entre os anos
de 2013 e 2021, com texto completo disponível na íntegra. RESULTADOS: Foram incluídos 11 estudos
que em sua maioria, descrevem a importância da realização de uma avaliação abrangente do paciente, que
não considere apenas a região temporomandibular, mas também as regiões e estruturas subjacentes, como
as regiões do ombro, torácica alta e principalmente cervical. Essa necessidade se justifica pela interação
entre cadeias musculares, ligamentos, nervos e fáscias, que em conjunto estruturam a postura adequada dos
indivíduos, envolvendo também a região da face. Os autores apontam, ainda, que a maioria dos pacientes
com DTM, possuem alterações no posicionamento de ombros e cabeça, sendo a mais prevalente a
anteriorização da cervical, que muitas vezes se apresenta como resposta a encurtamentos dos músculos
esternocleidomastóideo e escalenos, que consequentemente, provocam um alongamento contínuo dos
músculos pterigoideos laterais que tem seus mecanorreceptores ativados, gerando uma resposta reflexa de
espasmos musculares, assim, impactando na restrição do movimento do disco articular da ATM,
predispondo a alterações sensitivas, lesões, ponto-gatilhos e dores. Além disso, os autores enfatizam a
ligação das complexas interações biomecânicas geradas pelas fáscias, que em uma situação de má postura
da cervical, podem transmitir tensões musculares principalmente do esternocleidomastóideo para o
masseter através da fáscia massetérica, podendo ocasionar tensões e pontos de dor, predispondo a DTM,
por se tratar de um músculo importante para o fechamento da boca. Com essas alterações, os estudos citam
a importância do relaxamento muscular dos músculos da região cervical e face, além da liberação miofascial
ao longo de toda a fáscia massetérica e demais fáscias, além da correção da protusão de cabeça e demais
alterações posturais da região do pescoço CONCLUSÃO: A posição de equilibrio e repouso da ATM é
essencial para favorecer o bom funcionamento e relaxamento da musculatura, sendo totalmente dependente
do correto posicionamento da cervical, que quando interiorizada pode repercutir em consequências
neuromusculares importantes para a musculatura envolvida na ATM, propiciando o acometimento de
tensões, encurtamentos, pontos gatilhos e dores, favorecendo assim a instauração de uma DTM.

Palavras-chave: Disfunção temporomandibular, Fisioterapia, Cervical.

276
REFERÊNCIAS:

SILVA, H. C. S. et, Analysis of the interrelationship between tmd and posture using rdc, electromyography
and postural assessment. Rev Brazilian Journal of Development. Vol. 7 No. 2. 2021

TAVARES, L. F. Dor, controle neuromotor e postura em indivíduos com disfunção temporomandibular


com e sem queixas otológicas: um estudo transversal. Dissertação - Universidade Federal do Rio Grande
do Norte. Natal, p. 65. 2020.

NEGRÃO, K. S. DE A. et al. Evaluation of the cervical spine, breathing mode and burnout syndrome in
university students with temporomandibular disorder. Manual Therapy, Posturology & Rehabilitation
Journal, v. 18, n. April, p. 1–6, 2020.
WIEST, D. M. et al. Severidade da disfunção temporomandibular e sua relação com a postura corporal.
Fisioterapia e Pesquisa. 2019, v. 26, n. 2

277
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA NA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA

1
Lorena Rocha Batista Carvalho
2
Bruna Sâmya Cacau da Costa Abreu
3
Eva Borges de Sousa
4
Lourdes Yumi Costa Kamada Melo
5
Itallo da Silva Coelho
6
Rhyan Sávio Cacau da Costa
7
Rodrigo Shayd Berto Virgino
8
Marcelo de Moura Carvalho

1,2,3,4,5,6,7
Faculdade Unifacid. Teresina, Piauí, Brasil.
8
Faculdade Estácio. Teresina, Piauí, Brasil.
Eixo Temática: Medicina
Modalidade: Poster
E-mail para correspondência: lorenarochabc@gmail.com

Introdução: A Estratégia Saúde da Família visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com
o Sistema Único de Saúde, o Ministério da Saúde, gestores estaduais e municipais tem como estratégia de
expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de
trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de
ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma
importante relação custo-efetividade. Objetivo: Relatar a experiência dos acadêmicos do quinto período de
medicina da Faculdade Unifacid em Teresina Piauí na estratégia saúde da família. Metodologia: Trata-se
de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado no mês de Novembro de 2022, pelos
acadêmicos de medicina da Faculdade Unifacid, na Estratégia de Saúde da Família na cidade de Teresina,
Piauí. Resultados: O Programa Saúde da Família foi criado em 1994, gradualmente tornou-se a principal
estratégia para a mudança do modelo assistencial e a ampliação do acesso de primeiro contato aos serviços
de saúde no sistema único de saúde. A equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo,
4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade.
Recomenda-se que o número de pessoas por equipe analise o grau de vulnerabilidade das famílias daquele
território, sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por
equipe. A Política Nacional de Atenção Básica, foi elaborada e aprovada em 2006, a Saúde da Família como
modelo preferencial de reorganização da atenção primária. A atenção básica é um conjunto de açõesde saúde
desenvolvidas em âmbito individual e coletivo que abrangem a promoção e proteção da saúde, prevenção
de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. Essas ações são desenvolvidas por
meio de uma equipe multidisciplinar, em um território geograficamente definido e com sua respectiva
população, tornando-se o primeiro ponto de contato da população com o sistema de saúde.

278
Conclusão: Percebe-se a necessidade das políticas voltadas a atenção básica, direcionar o planejamento,
dos gestores para a organização da atenção na estratégia saúde da família. Dessa forma, possibilita-se criar
condições favoráveis à integralidade do cuidado e à promoção da saúde individual e coletiva. Os estudos
mostram a importância dos profissionais na atenção básica e a realização de novas pesquisas que possam
aprofundar as fragilidades e potencialidades para a implantação da assistência de qualidade na estratégia
saúde da família.

Palavras-chave: Medicina, saúde da família, atenção primária em saúde.

REFERÊNCIAS
FERREIRA, R. A. D. A. Avaliação da atenção primária à saúde: comparação entre modelos
organizativos. Interações (Campo Grande), v. 23, n.(2), abr. 2022.
MACINKO, J.; MENDONÇA, C. S.. Estratégia Saúde da Família, um forte modelo de
Atenção Primária à Saúde que traz resultados. Saúde em Debate, v. 42, n. 42(spe1), set.
2018.
PINTO, L. F; GIOVANELLA, L.D Programa à Estratégia Saúde da Família: expansão do acesso
e redução das internações por condições sensíveis à atenção básica (ICSAB). Ciência & Saúde
Coletiva [online]. 2018, v. 23, n. 6 , pp. 1903-1914.

279
DOI 10.29327/5208636.2-13

HUMANIZAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E PERCEPÇÃO DOS


CUIDADOS PALIATIVOS POR FISIOTERAPEUTAS

HUMANIZATION IN THE INTENSIVE CARE UNIT AND PERCEPTION OF


PALLIATIVE CARE BY PHYSIOTHERAPISTS

ISRAEL VITOR BONFIM RODRIGUES


Fisioterapeuta, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local (Mestrado) da
Universidade Católica Dom Bosco

ELAÍNE BRITTO DE CASTRO


Fisioterapeuta, Mestre em Epidemiologia (UNIFESP), Programa de Pós-graduação em
Desenvolvimento Local (Doutorado) da Universidade Católica Dom Bosco
ADRIANE PIRES BATISTON
Fisioterapeuta, Doutora em Ciências da Saúde (UnB), docente do Programa de Pós-graduação em
Saúde da Família da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOLORES PEREIRA RIBEIRO COUTINHO


Doutora em Ciências Sociais (PUC-SP), docente e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação
em Desenvolvimento Local da Universidade Católica Dom Bosco

280
RESUMO

Introdução: Cuidados paliativos são um conjunto de abordagens que promovem


qualidade de vida a pacientes e familiares diante de doenças que ameaçam a
continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. Objetivo: Analisar
a percepção dos fisioterapeutas em relação à prática de cuidados paliativos (CP) no
contexto das Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Metodologia: Os artigos para
discussão foram coletados através de uma pesquisa em três bases de dados online: Lilacs,
SciELO e BVS, utilizando combinações binárias dos seguintes descritores: “cuidados
paliativos”, “fisioterapia” e “UTI” e selecionados por meio de um processo de filtragem em duas
etapas. Resultados: Foram encontrados 632 artigos no total, destes, quatro foram
selecionados para discussão. Considerações finais: Observou-se que os fisioterapeutas
relatam falta de conhecimento técnico por parte da equipe multidisciplinar das UTIs,
falta de padronização dos procedimentos e de protocolos específicos, ausência de uma
percepção mais profunda sobre a aplicação, indicação e os dilemas éticos em relação
aos CP.

Palavras-chave: Cuidados paliativos; Fisioterapia; Unidade de Terapia Intensiva.

ABSTRACT
Introduction: Palliative care is a set of approaches that promote quality of life for patients and
their families facing illnesses that threaten the continuity of life, through prevention and relief of
suffering. Objective: To analyze the perception of physiotherapists regarding the practice of
palliative care in the context of Intensive Care Units (ICU). Methods: The studies selected were
collected through a search in three online databases: Lilacs, SciELO and BVS, using binary
combinations of the following keywords: “palliative care”, “physiotherapy” and “ICU” and then
selected through a two-step filtering process. Results: A total of 632 articles were found, of which
four were selected for discussion. Conclusion: It was observed that physiotherapists report lack
of technical knowledge as part of the multidisciplinary team of the ICUs, lack of standardization
of procedures and specific protocols, and also a deeper perception about the application,
indication and ethical dilemmas in relation to palliative care.

Keywords: Palliative care; Physiotherapy; Intensive Care Unit.

1 INTRODUÇÃO
Um dos paradigmas da medicina paliativa no contexto atual é afirmar que a morte é parte
da vida, ou seja, um fenômeno fisiológico que, quando inicia seu processo, cursa de forma
irreversível. O desafio principal é a boa avaliação do doente e identificação de parâmetros
que apoiem de forma científica e clínica o diagnóstico deste processo, mitigando a
desumanização (KAMDAR et al., 2016; SEAMAN et al., 2017).
A desumanização consiste em tratar alguém como um “objeto” ao invés de uma “pessoa” e é
associada com a perda de dignidade da pessoa humana, que pode ocorrer por meio da perda de
identidade, controle, respeito, privacidade, individualidade e isolamento social. No contexto do
cuidado intensivo, a desumanização ocorre quando a equipe multidisciplinar falha ao levar em
conta a experiência do paciente como o risco de morte, a incapacidade de falar, a nudez, a
movimentação de pessoas desconhecidas que podem manusear seu corpo sem explicação, ruídos
desconhecidos de alarmes e pessoas conversando, além da ausência de sua família
(BITENCOURT et al, 2007; MARQUES; SILVA; MAIA, 2009; BRASIL, 2011; SOUZA et al.,
2019; WILSON et al., 2019).
A UTI não deve ser um ambiente frio e hostil que se reduz apenas ao fazer técnico e a um espaço

281
físico que comporta uma tecnologia diferenciada e profissionais para assistir os pacientes, pois os
cuidados em UTI devem ser centrados, sobretudo, nas pessoas, ou seja, os profissionais
envolvidos, os pacientes e seus familiares; à maneira como se relacionam e interagem entre si, ao
cuidado que uns têm com os outros, fazendo com que todos se sintam parte do ambiente e do
processo de cuidados oferecido (BACKES, 2011; WILSON et al., 2019).
O sofrimento humano, tanto do paciente quando da equipe ou da família pode ser levantado
utilizando o Diagrama de Abordagem Multidimensional (DAM), onde são analisados as
dimensões física, familiar/social, psíquica e espiritual e então poderão ser traçadas condutas ou
atitudes a serem tomadas com objetivo de diminuir o sofrimento (SAPORETTI et al., 2012).
Através da prevenção e alívio do sofrimento, os cuidados paliativos trabalham para melhorar a
qualidade de vida dos pacientes e suas famílias que lidam com doenças que representam uma
ameaça à sua capacidade de viver. Esta abordagem requer a detecção precoce, avaliação e
tratamento da dor, bem como outras questões de natureza física, psicossocial e espiritual. Os
cuidados paliativos são baseados no princípio bioético da autonomia do paciente através do
consentimento informado, possibilitando que ele tome suas próprias decisões, no princípio da
beneficência e da não maleficência, também objetivam o cuidado ao paciente visando à qualidade
de vida e à manutenção da dignidade humana no decorrer da doença, na terminalidade da vida, na
morte e no período de luto (ANCP, 2009; BOEMER, 2009; D’ALESSANDRO et al., 2020).
A definição de cuidados paliativos, estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), traz
que estes são um conjunto de abordagens que promovem qualidade de vida a pacientes e
familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através da prevenção e alívio
do sofrimento, requerendo identificação precoce, avaliação, tratamento impecável da dor e outros
problemas de natureza física, psicossocial e espiritual (OMS, 1990).
Sendo assim, o cuidado paliativo não se baseia em protocolos, mas sim em princípios. Fala-se
agora de uma condição com risco de vida, em vez de uma doença terminal. O cuidado é sugerido
em decorrência do diagnóstico, ampliando o escopo de atuação. Não falamos também em
impossibilidade de cura, mas na possibilidade ou não de tratamento modificador da doença, desta
forma afastando a ideia de “não ter mais nada a fazer”. Com isso, a família é lembrada e auxiliada
mesmo após a morte do paciente, durante o período de luto. (ANCP, 2009; BOEMER, 2009).
No contexto do Brasil, os cuidados paliativos tiveram seu início na década de 1980 e conheceu
um crescimento significativo a partir do ano 2000, com a consolidação dos serviços já existentes,
pioneiros e a criação de outros não menos importantes. A cada dia vemos surgir novas iniciativas
em todo o Brasil. Ainda temos muito que crescer, levando-se em consideração a extensão
geográfica e as enormes necessidades do nosso país. Desta forma, será maior a responsabilidade
em firmarmos um compromisso para, unidos num único propósito, ajudarmos a construir um
futuro promissor para os cuidados paliativos, para que um dia, não muito distante todo cidadão
brasileiro possa se beneficiar dessa boa prática (D’ALESSANDRO et al., 2020).
Diante do atual cenário, tem-se verificado que a prática dos cuidados paliativos vem tentando
resgatar, na área da saúde, a visão integral do ser humano, com suas dimensões física, psíquica,
social e espiritual, por meio de uma prática multi, inter e transdisciplinar (D’ALESSANDRO et
al., 2020; MANCHOLA et al., 2016).

Embora o papel do fisioterapeuta na UTI já ter sua função bem reconhecida, quando a
assistência se reporta a pacientes em cuidados paliativos, existe muita contradição em
relação às tomadas de decisões e condutas a serem realizadas pela equipe, visto que,
constantemente, a terapêutica utilizada nesse ambiente oferece muitas ameaças ao
conforto do paciente, como também a sua dignidade e capacidade de interagir e usufruir

282
da presença de seus entes queridos (BOEMER, 2009; KAMDAR et al., 2016;
D’ALESSANDRO et al., 2020; SEAMAN et al., 2017; SILVA; LIMA; SEIDL, 2017).
A necessidade de acompanhamento fisioterapêutico de pacientes que se encontram em Unidades
de Terapia Intensiva (UTI) já está bem fundamentada com base nos prejuízos decorrentes da
imobilidade prolongada, como a fraqueza muscular adquirida na UTI (FMAUTI), bastante
comum em doentes críticos, acarretando prejuízos funcionais, desconforto e redução da qualidade
de vida e adiamento da alta hospitalar (KAMDAR et al., 2016; SILVA; LIMA; SEIDL, 2017).

Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar a percepção dos fisioterapeutas em


relação à prática de cuidados paliativos (CP) no contexto das Unidades de Terapia
Intensiva (UTI).

2 METODOLOGIA

Os artigos para discussão foram coletados através de uma pesquisa em três bases
de dados online: Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde),
SciELO (Scientific Electronic Library Online) e BVS (Biblioteca Virtual em
Saúde/BIREME), utilizando os seguintes descritores: “cuidados paliativos”,
“fisioterapia” e “UTI”.
Os descritores foram combinados de forma binária ao realizar a busca em cada
plataforma. Os artigos encontrados passaram por um 1º filtro, que consistiu na leitura do
título e pelo 2º filtro, que caracterizou-se pela leitura completa do artigo.
Os critérios de inclusão foram: artigos publicados em língua portuguesa e inglesa
no período de 2011 a 2022 cujo título e/ou resumo sejam relevantes em relação aos
objetivos deste trabalho.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados 632 artigos no total, destes, quatro foram selecionados para discussão (Tabela
1).
Tabela 1 - Resultado da busca de artigos por plataforma

Artigos/Plataforma Lilacs SciELO BVS Total

Encontrados 385 57 190 632

Selecionados 1º filtro 21 9 6 36

Selecionados 2º filtro 3 1 0 4

Descartados 382 56 190 627

283
As buscas foram realizadas através de combinações binárias dos descritores em cada plataforma
(Tabela 2).
Tabela 2 - Resultados da busca por combinação dos descritores

Combinação de descritores Lilacs SciELO BVS

Cuidados paliativos/Fisioterapia 172 5 14

Cuidados paliativos/UTI 87 12 83

Fisioterapia/UTI 126 40 93

Total encontrados 385 57 190

Selecionados 1º filtro 21 9 6

Selecionados 2º filtro 3 1 0

Silva et al. (2013) realizaram um estudo de campo com abordagem qualitativa realizado na UTI
geral de um hospital público de ensino de Salvador (Bahia). Quatorze profissionais de saúde
participaram de entrevistas, entre eles, quatro fisioterapeutas. Os pesquisadores observaram
atitudes entre os fisioterapeutas que não condizem com os princípios dos cuidados paliativos (CP),
entre eles a falta de conhecimento e preparação sobre os CP, falta de motivação na reabilitação e
a falta de perspectiva de cura do paciente.
Os fisioterapeutas entrevistados na pesquisa de Silva et al. (2013) alegaram falta de preparação
da equipe multiprofissional das UTIs quanto aos CP. Os autores ressaltam também a ausência de
protocolos específicos do cuidado fisioterapêutico na UTI quanto aos CP.
Assim como Silva et al. (2013), Marques et al. (2020) conduziram um estudo descritivo e
qualitativo com onze fisioterapeutas de um hospital público de João Pessoa (Paraíba). Os
fisioterapeutas responderam a um questionário. A maior parte dos profissionais concordaram com
as seguintes afirmações: “CP são destinados à pacientes que apresentam uma condição incurável”
(72,7%), “CP devem ser empregados no alívio da dor e do desconforto, respeitando os desejos e
as decisões do paciente” (100%), “CP são aplicados em pacientes na UTI que necessitem de
conforto físico ou respiratório”.
Segundo Marques et al. (2020), ainda há muitos objetivos a serem conquistados quanto à atuação
da fisioterapia nos CP e citam a falta de padronização dos procedimentos e ausência de protocolos
como obstáculos para os CP em UTI.
Em um estudo onde foi aplicado um questionário online, Alcântara (2021) observou a percepção
quanto aos CP de 50 fisioterapeutas dos estados que abrangem a região do CREFITO-1 - Conselho
Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª Região (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e
Rio Grande do Norte). 68% dos fisioterapeutas afirmou ser extremamente relevante a discussão
de conflitos éticos em equipe, 46% afirmaram que é extremamente importante respeitar a vontade
do paciente.

284
A maior parte dos fisioterapeutas classificam como um conflito ético extremamente relevante
dizer a verdade ao paciente (46%). Quanto à prática fisioterapêutica em relação a pacientes sem
possibilidades terapêuticas de cura em ambiente hospitalar, 54% dos profissionais consideraram
como um conflito extremamente relevante. Observou-se ainda que muitos dilemas estão
relacionados à falta de preparo dos profissionais, pois os conflitos éticos são resolvidos, muitas
vezes, sem muita reflexão (ALCÂNTARA, 2021).
Souza, Lacerda e Lira (2017) analisaram a percepção dos CP através de depoimentos dos
profissionais da equipe multiprofissional da UTI de um hospital da cidade de Petrolina
(Pernambuco). Nove profissionais foram entrevistados: 3 enfermeiros, 3 médicos e 3
fisioterapeutas. Os fisioterapeutas afirmaram que CP são “cuidados que nos ajudam a respeitar a
dignidade humana e a autonomia dos pacientes”, “alguns sintomas físicos observados nos
pacientes sem possibilidade de cura incluem síndrome da imobilidade (ou síndrome do
imobilismo - SI), aparecimento de contraturas e deformidades”.
Nota-se também que, de forma geral, os profissionais da equipe multidisciplinar da UTI deste
hospital mostraram uma compreensão adequada do significado de CP, porém não possuem uma
percepção profunda. Algumas dificuldades observadas foram o pouco tempo de atuação destes
profissionais em terapia intensiva, a ausência do cuidado compartilhado em equipe, conflitos
éticos e ausência de um protocolo específico de CP em UTI (SOUZA; LACERDA; LIRA, 2017).
Com exceção do estudo de Alcântara (2021), que contou com a participação de 50 profissionais,
o número de amostra da população entrevistada foi relativamente pequeno, já que a maior parte
dos estudos contou com a participação de 3 a 11 fisioterapeutas (MARQUES et. al, 2020; SILVA
et al., 2013; SOUZA; LACERDA; LIRA, 2017).
Em relação ao tempo de formação dos fisioterapeutas, alguns estudos citaram médias de
4 anos (SOUZA; LACERDA; LIRA, 2017) e 20 anos (ALCÂNTARA, 2021). Marques et al.
(2020) observaram o tempo de formação de 10 a 15 anos desde a graduação. Já quanto ao tempo
de atuação em UTI, Marques et al. (2020) observa uma taxa de 3 a 15 anos de experiência,
enquanto Souza, Lacerda e Lira (2017) contaram com profissionais menos experientes, com
menos de 2 anos de atuação em UTI.
Alcântara (2021) observou que 32% dos fisioterapeutas participantes do estudo possuíam
pós graduação lato sensu e 24% possuíam pós graduação stricto sensu, enquanto que a amostra
do estudo de Marques et al. (2020) apresentou taxas maiores de fisioterapeutas pós graduados,
com 63% possuindo pós graduação lato sensu e 75% com pós graduação stricto sensu.
A maior parte dos estudos analisados citam a ausência de procedimentos padronizados e
de protocolos específicos para aplicação dos CP em UTI, dificultando não só a atuação do
fisioterapeuta, mas também de toda a equipe multidisciplinar atuante em UTI (MARQUES et. al,
2020; SILVA et al., 2013; SOUZA; LACERDA; LIRA, 2017).
Nota-se a falta de padronização quanto às informações coletadas ao traçar o perfil dos
profissionais. Alguns estudos citam apenas a idade média dos participantes, enquanto outros citam
a idade mínima e máxima. Além disso, a maioria dos estudos não coletou dados relacionados ao
tempo de formação e de experiência dos profissionais entrevistados.
As perguntas presentes nos questionários utilizados diferem bastante entre um estudo e outro,
dificultando a análise e comparação objetiva das opiniões e percepções dos participantes.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

285
O perfil dos fisioterapeutas no contexto dos CP em UTI é bastante diverso. Segundo os estudos
analisados observa-se grande variedade quanto ao tempo de formação dos profissionais, variando
entre 4 anos em média e 20 anos desde a graduação em fisioterapia, entretanto, uma parcela
significativa destes profissionais possuem algum nível de pós-graduação.
Quanto aos cuidados paliativos, os fisioterapeutas relatam ainda falta de conhecimento técnico
por parte da equipe multidisciplinar das UTIs, falta de padronização dos procedimentos e de
protocolos específicos, ausência de uma percepção mais profunda sobre a aplicação, indicação e
os dilemas éticos dos cuidados paliativos.

REFERÊNCIAS
ALCÂNTARA, F. A. Percepção de fisioterapeutas sobre aspectos bioéticos em cuidados
paliativos. Revista Bioética, v. 29, n. 1, p. 107-114, 2021.

ANCP. Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Manual de cuidados paliativos. Rio de


Janeiro: Diagraphic, 2009. 320 p.

BACKES, M. T. S. A sustentação da vida no ambiente complexo de cuidados em Unidade de


Terapia Intensiva. 2011. 390 f. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Centro de Ciências
da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.

BITENCOURT, A. G. V. et al. Análise de Estressores para o Paciente em Unidade de Terapia


Intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 19, n. 1, p.53-59, jan./mar. 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos HumanizaSUS – Volume 3: Atenção Hospitalar.


Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 268 p. (Série B. Textos Básicos de Saúde).

D’ALESSANDRO, M. P. S. et al (org.). Manual de Cuidados Paliativos. São Paulo: Hospital


Sírio-Libanês, 2020. 175 p. Ministério da Saúde.

KAMDAR, B. B.; COMBS, M. P.; COLANTUONI, E.; KING, L. M.; NIESSEN, T.; NEUFELD,
K. J.; COLLOP, N. A.; NEEDHAM, D. M. The association of sleep quality, delirium, and
sedation status with daily participation in physical therapy in the ICU. Critical Care, v. 20, n. 1,
p. 1-9, 2016.

MANCHOLA, C.; BRAZÃO, E.; PULSCHEN, A.; SANTOS, M. Cuidados paliativos,


espiritualidade e bioética narrativa em unidade de saúde especializada. Revista Bioética, v. 24,
n. 1, p. 165-175, 2016.

MARQUES, R. C.; SILVA, M. J. P.; MAIA, F. O. M. Comunicação entre profissionais de saúde


e familiares de pacientes em terapia intensiva. Revista Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v.
1, n. 17, p.91-95, 2009.

286
MARQUES, C. C. O.; PESSOA, J. C. S.; NÓBREGA, I. R. A. P.; FARIAS, R. C.; FAVERO, A.
B. L.; ANDRADE, F. L. J. P. Views of intensive care physical therapists on palliative care.
Revista de Pesquisa Cuidado É Fundamental Online, p. 1241-1246, 2020.

OMS. Organização Mundial da Saúde. Cancer pain relief and palliative care: Report of a WHO
Expert Committee. World Health Organ Tech Rep Ser, n. 804, p. 1-75, 1990.

SOUZA, H. L. R.; LACERDA, L. C. A.; LIRA, G. G. Significado de cuidados paliativos pela


equipe multiprofissional da unidade de terapia intensiva. Revista de Enfermagem UFPE on line,
v. 10, n. 11, p. 3885-3892, 2017.

SAPORETTI, L. A. Diagnóstico e abordagem do sofrimento humano. In: CARVALHO, R. T.;


PARSONS, H. A. (org.). Manual de Cuidados Paliativos ANCP: ampliado e atualizado. 2.
ed. Porto Alegre: Sulina, 2012. Cap. 1.3. p. 42-55.

SEAMAN, J. B.; BARNATO, A. E.; SEREIKA, S. M.; HAPP, M. B.; ERLEN, J. A. Patterns of
palliative care service consultation in a sample of critically ill ICU patients at high risk of dying.
Heart & Lung, v. 46, n. 1, p. 18-23, 2017.

SILVA, C. F.; SOUZA, D. M.; PEDREIRA, L. C.; SANTOS, M. R.; FAUSTINO, T. N.


Concepções da equipe multiprofissional sobre a implementação dos cuidados paliativos na
unidade de terapia intensiva. Ciência & Saúde Coletiva, v. 9, n. 18, p. 2597-2604, 2013.

SILVA, L. F. A.; LIMA, M. G.; SEIDL, E. M. F. Conflitos bioéticos: atendimento fisioterapêutico


domiciliar a pacientes em condição de terminalidade. Revista Bioética, v. 25, n. 1, p. 148-157,
2017.

SOUZA, P. T. L.; FERREIRA, J. A.; OLIVEIRA, E. C. S.; LIMA, N. B. A.; CABRAL, J. R.;
OLIVEIRA, R. C. Basic human needs in intensive care / Necessidades humanas básicas em
terapia intensiva. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, v. 11, n. 4, p.1011-
1016, 2019.

WILSON, M. E.; BEESLEY, S.; GROW, A.; RUBIN, E.; HOPKINS, R. O.; HAJIZADEH, N.;
BROWN, S. M. Humanizing the intensive care unit. Critical Care, v. 23, n. 1, p.1-3, 2019.

287
REMODELAÇÃO ÓSSEA E TECIDUAL FACIAL POR MEIO DA
BIOIMPRESSÃO TRIDIMENSIONAL

¹Rafael Nery Braz


²Karolayne Silva Souza

³Milena Roberta Freire da Silva

⁴Prof. Dr. Antônio Simões de Souoza Filho

1Centro Universitário do Rio São Francisco (Unirios). Paulo Afonso, Bahia, Brasil; 2 Centro
Universitário do Rio São Francisco (Unirios). Paulo Afonso, Bahia,
Brasil; 3 Centro Universitário do Rio São Francisco (Unirios). Paulo
Afonso, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Cirurgia Oral e Crâniofacial.

Modalidade:
Pôster/Apresentação oral

E-mail do 1° autor: rafael-nerybrz@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A bioimpressão é um método fabrico no âmbito da medicina regenerativa que visa


reconstruir, revigorar ou até mesmo substituir tecidos ou órgãos com inópia através de materiais
biocerâmicos e polímeros, uma combinação de métodos celulares, de engenharia e materiais para gerar
tecidos e órgãos artificiais. Essa tecnologia vem contribuindo intrinsecamente com os cirurgiões dentistas
por possibilitar reparos de traumas faciais por meio da regeneração óssea e recuperação tecidual.
OBJETIVO: Analisar mediante literatura a contribuição da utilização da bioimpressão na remodelação
óssea e tecidual facial. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa com abordagem
qualitativa. A partir do estabelecimento dos DeSC: “Bioprinting” “Bone Remodeling”, “Craniofacial
abnormalities”, “Printing, Three-Dimensional”, “Prostheses and Implants”, “Scaffold” e “Tissue
engineering” cruzados por meio do operador booleano AND foram utilizadas as bases de dados Pubmed e
Google Acadêmico para seleção dos estudos, sendo considerado o recorte temporal do período de 2017 até
2022. Foram adotados os seguintes critérios de inclusão: estudos que abordassem a temática, serem
disponíveis de forma gratuita e na íntegra, podendo ser na língua portuguesa, inglesa ou espanhola, em
contrapartida, foram excluídos aqueles estudos que fugiam do tema, sendo utilizados 14 artigos ao final.
RESULTADOS: A bioimpressão acontece por um conjunto tecnológico que englobam a impressão que
pode ser a jato de tinta, assistida por laser ou a microextrusão. A engenharia tecidual fica responsável pela
adequação estrutural da matéria para região de destino, a confecção é realizada através de softwares. O
processo de substituição ou indução de tecidos compõe-se no uso de células isoladas, o uso de materiais
biocompatíveis e o uso de uma combinação de ambas células e biomateriais. A atuação dos polímeros como
materiais de barreira coopera para que as células ósseas e do ligamento periodontal reparam o defeito antes
das células epiteliais. Outrossim as cerâmicas ou metais sintéticos, objetiva melhorar as propriedades
estruturais. Na elaboração das biocerâmicas destinada a área óssea deve-se ter por requisitos a estrutura
óssea respetivamente, cortical na superfície e trabecular no seu interior. É evidente, portanto, que os
biomateriais sintéticos usados na bioimpressão tem a capacidade da promoção da regeneração óssea e várias
outras áreas faciais, sendo as biocerâmicas de fosfato tricálcico e hidroxiapatita, e os polímeros de ácido
polilático (PLA) e ácido poli-lactico-glicolico (PLGA) ótimas alternativas. É de suma importância a correta
escolha desses biomateriais quanto a sua propriedade mecânica, mecanismo de degradação, comportamento
biológico e uma seleção de técnica cirúrgica, Nessa perspectiva, para o sucesso clínico da remodelação por
bioimpressão tridimensional deve-se levar em consideração as características fisiológicas do paciente, além
de interferes como placas bacterianas, se é fumante, a utilização de medicamentos, sobretudo antibióticos,
que por sua vez, podem impedir o processo de regeneração dos tecidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Diante disso, é notório que a utilização da bioimpressão vem possibilitando avanços no processo de
regeneração óssea e tecidual por meio da utilização de materiais biológicos. No entanto, ainda é necessária

288
cautela com a utilização dessa técnica, visto que é preciso levar em consideração as condições fisiológicas
de cada indivíduo, para obtenção do sucesso quando aplicada esta metodologia de remodelação.

Palavras-chave: Bioimpressão, Biomateriai, Remodelação

craniofacial

REFERÊNCIA:

Alblawi A, Ranjani AS, Yasmin H, Gupta S, Bit A, Rahimi-Gorji M. Scaffold-free: A developing technique
in field of tissue engineering. Comput Methods Programs Biomed. 2020 Mar;185:105148. doi:
10.1016/j.cmpb.2019.105148. Epub 2019 Oct 22. PMID: 31678793.

ASHAMMAKHI, Nureddin et al. Bioinks and bioprinting technologies to make heterogeneous and
biomimetic tissue constructs. Materials Today Bio, [S.l.], p. 1-23, 2019.

Biazar E, Najafi S M, Heidari K S, Yazdankhah M, Rafiei A, Biazar D. 3D bio-printing technology for


body tissues and organs regeneration. J Med Eng Technol. 2018 Apr;42(3):187-202. doi:
10.1080/03091902.2018.1457094. Epub 2018 Apr 19. PMID: 29671367.

Choi Y, Kim C, Kim HS, Moon C, Lee KY. 3D Printing of dynamic tissue scaffold by combining self-
healing hydrogel and self-healing ferrogel. Colloids Surf B Biointerfaces. 2021 Dec;208:112108. doi:
10.1016/j.colsurfb.2021.112108. Epub 2021 Sep 12. PMID: 34543778.

COMMUNICATION from the Commission to the European Parliament and the Council on the animal
testing and marketing ban and on the state of play in relation to alternative methods in the field of
cosmetics/* COM/2013/0135 final*/. [2019]. Disponível em: https://eur-lex.europa.eu/legal-
content/EN/TXT/?uri=CELEX:52013DC0135. Acesso em: 10 set. 2019.

Dey M, Ozbolat IT. 3D bioprinting of cells, tissues and organs. Sci Rep. 2020 Aug 18;10(1):14023. doi:
10.1038/s41598-020-70086-y. PMID: 32811864; PMCID: PMC7434768.

DOS SANTOS, Bianca C. et al. Análise in silico da influência de marcadores biológicos para o
desenvolvimento de tecido ósseo em ambiente scaffold-free. (2021)

Dumas BM, Nava A, Law HZ, Smartt J, Derderian C, Seaward JR, Kane AA, Hallac RR. Three-
Dimensional Printing for Craniofacial Surgery: A Single Institution's 5-Year Experience. Cleft Palate
Craniofac J. 2019 Jul;56(6):729-734. doi: 10.1177/1055665618798292. Epub 2018 Sep 10. PMID:
30200785.

Mabrouk M, Beherei HH, Das DB. Recent progress in the fabrication techniques of 3D scaffolds for tissue
engineering. Mater Sci Eng C Mater Biol Appl. 2020 May;110:110716. doi: 10.1016/j.msec.2020.110716.
Epub 2020 Feb 3. PMID: 32204028.

289
Pires, J. W. D. (2021). O uso da bioimpressora 3D em traumatologia da face em imagens de tomografia
computadorizada do Hospital de Urgência de Teresina-PI (Master's thesis, Universidade Brasil).

Rios, R. D. A. (2022). Biomateriais atuais aplicados nos enxertos ósseos em medicina dentária (Doctoral
dissertation).

SILVA, Sofia Brandão Torres et al. Reconstrução cirúrgica por biomateriais: uma revisão integrativa de
literatura. Research, Society and Development, v. 10, n. 12, p. e03101220139-e03101220139, 2021.

Wang MM, Flores RL, Witek L, Torroni A, Ibrahim A, Wang Z, Liss HA, Cronstein BN, Lopez CD, Maliha
SG, Coelho PG. Dipyridamole-loaded 3D-printed bioceramic scaffolds stimulate pediatric bone
regeneration in vivo without disruption of craniofacial growth through facial maturity. Sci Rep. 2019 Dec
5;9(1):18439. doi: 10.1038/s41598-019-54726-6. PMID: 31804544; PMCID: PMC6895073.

Wu Y, Wang Z, Ying Hsi Fuh J, San Wong Y, Wang W, San Thian E. Direct E-jet printing of three-
dimensional fibrous scaffold for tendon tissue engineering. J Biomed Mater Res B Appl Biomater. 2017
Apr;105(3):616-627. doi: 10.1002/jbm.b.33580. Epub 2015 Dec 16. PMID: 26671608.

290
EPIDEMIOLOGIA DOS CASOS DE HANSENÍASE NO TOCANTINS NOS
ANOS DE 2017 A 2022

¹Juliana Marinho Barbosa

¹ Victoria Araújo Oliveira

² Jullia José dos Santos

³Gabriel Cabral de Lima Ferreira


4
Thiarles Juan Oliveira Barros
5
Camila Lúcia da Silva
6
Eduarda Ramos Marques
7
Adolpho Dias Chiacchio

12347 Universidade de Gurupi (UNIRG). Gurupi, Tocantins, Brasil. 5 Centro Universitário Tocantinense
Presidente Antônio Carlos (UNITPAC). Araguaína, Tocantins, Brasil. 6 Universidade de Gurupi
(UNIRG). Paraíso, Tocantins, Brasil.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1° autor: julianambarbosa@unirg.edu.br

INTRODUÇÃO: A Hanseníase é uma doença infecto contagiosa crônica causada pela bactéria
Mycobacterium leprae, na qual pode-se levar a incapacidades. Acomete principalmente a pele e os nervos
periféricos, além de ser de notificação compulsória em todo Território Nacional.¹ No Tocantins a doença é
considerada hiperendêmica, de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde, ocupando 2° lugar no
ranking brasileiro de detecção de novos casos.² Portanto, trata-se então, de uma importante doença no
cenário da saúde tocantinense, sendo, relevante a análise dos dados epidemiológicos dos últimos 6 anos do
estado. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo analisar dados epidemiológicos da prevalência
de hanseníase no Estado do Tocantins no período de 2017 a 2022. METODOLOGIA: Foi realizado um
estudo epidemiológico, quantitativo e retrospectivo com coleta de dados do Departamento de Informática
do Sistema Único de Saúde (DATASUS), abrangendo os últimos 6 anos (2017-2021), no Estado do
Tocantins. A pesquisa foi realizada mediante informações epidemiológicas e de morbidade no grupo de
Casos de Hanseníase (SINAN). Foram analisados dados de ambos os sexos, municípios e anos de
notificação e raça. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foram constatados no período estudado,
6.961 casos de hanseníase no Tocantins. Em relação ao sexo, a manifestação da doença se dá de maneira
mais prevalente no sexo masculino, com 54,56% dos casos de hanseníase. Quanto aos municípios e anos
de notificação, destacam-se as cidades de Palmas com 42,09% e em Araguaína com 9,42%, tendo entre os
anos analisados, 2018 com a maior taxa de casos registrados, e 2021 com a menor. Além disso, em relação
à raça, a doença teve maior incidência em pessoas declaradas pardas com 64,81%, seguido de brancas com
13,27% dos casos totais da enfermidade. Dessa forma, percebe-se como o estudo da epidemiologia da

291
hanseníase se faz importante na compreensão do número de casos, bem como os riscos associados para
cada especificidade descrita, a fim de demonstrar e alertar a seriedade da doença no território nacional.

Palavras-chave: Hanseníase, Tocantins, Epidemiologia,


Saúde Pública.

REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis. Secretaria
de Estado da Saúde do Tocantins. Boletim Epidemiológico de Hanseníase, 2013. Disponível em:
http://www.portal.saude.gov.br.
Monteiro, Lorena Dias et al. Tendências da hanseníase no Tocantins, um estado hiperendêmico do Norte
do Brasil, 2001-2012. Cadernos de Saúde Pública [online]. 2015, v. 31, n. 5, pp. 971-980. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0102-311X00075314>. ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/0102-
311X00075314.
Soares Martins, G., Soares Araujo, F. ., Martins Correia Júnior, A. ., Diniz Oliveira, M. ., Do Nascimento
Souza, B. C. ., Cunha Reis, L. ., & Rangearo Peres, C. A. (2022). ARGUIÇÃO DO PERFIL
EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO TOCANTINS DE 2017 A 2021. Revista De Patologia Do
Tocantins, 9(1), 21–25. https://doi.org/10.20873/10.20873/uft.2446-6492.2022v9n1p21

292
IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS QUE
PODEM OCORRER DURANTE A GESTAÇÃO

¹ Lizandra Ellem Silva de Souza

2
Klecia Nogueira Máximo

3 Alan dos Santos Ferreira

4
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário

1 Centro Universitário de Juazeiro do Norte– UNIJUAZEIRO, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil; 2


Fortaleza, Ceará, Brasil; 3 Uniages, Paripiranga, Bahia, Brasil; 4 Centro Universitário Maurício de
Nassau - UNINASSAU - Campina Grande, Parnaíba, Brasil;

Eixo temático: Transversal

Modalidade: Apresentação Banner

E-mail do 1° autor: lizandraaellem@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O pré-natal é realizado no acompanhamento de mulheres por todo o seu período


gestacional. Nele é realizado o cuidado através de consultas realizadas por profissionais que visam
identificar o estado geral da saúde da mãe e do futuro bebe. O foco desse atendimento é na realização de
exames, acompanhamento do desenvolvimento do feto e também continuidade dos esquemas vacinais
necessários. O objetivo principal do pré-natal é garantir as futuras mães uma gestação saudável e sem
complicações. OBJETIVO: Esse estudo tem como objetivo identificar a importância do pré-natal na
identificação de doenças que afetam a evolução da gestação. METODOLOGIA: Revisão de literatura com
uma abordagem qualitativa. A pergunta que norteou esse estudo foi: Qual a importância do pré-natal da
identificação e diagnóstico de doenças que ocorre durante a gestação? A busca ocorreu nas seguintes bases
de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e a PubMed com uso dos descritores: pré-natal
AND doenças gestacionais. O período de busca ocorreu em fevereiro de 2023. Os critérios de inclusão
foram estudos no idioma português, com acesso gratuito, publicados nos últimos 5 anos e excluídos todos
os que não correspondessem com os critérios de elegibilidade, além de estudos duplicados, teses e trabalhos
de conclusão de curso. RESULTADOS: A busca através dos descritores identificou 198 artigos. Com
aplicação dos critérios de inclusão e exclusão restaram 82, sendo 52 da base de dados SCIELO e 30 da
PubMed. Esses foram lidos e analisados resultando em 8 estudos utilizados para confecção da presente
revisão. Destaca-se que são várias as doenças que podem ser identificadas no período gestacional que
afetam a saúde tanto da mãe como do feto. Essas podem ser identificadas durante o pré-natal graças a busca
rigorosa em que é realizada durante as consultas. Os vários exames solicitados como o acompanhamento
por profissionais têm grande importância na evolução de uma gravidez saudável e sem riscos, como também
contribui para o diagnóstico precoce de doenças e no tratamento em tempo oportuno. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Sabe-se que o pré-natal é realizado por consultas que investigam o estado de saúde gestacional de
mulheres, com isso percebe-se que ele tem grande importância na prevenção e diagnostico de doenças que
podem causar algum desequilíbrio na evolução da gravidez, mostrando eficácia no acompanhamento
durante esse período.

293
Palavras-chave: Gestação; pré-natal; saúde da mulher.
REFERÊNCIAS:
NETO, J. C et al. Fatores de risco e elementos primitivos no desenvolvimento de síndromes hipertensivas
no pré-natal: revisão integrativa. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 12, n. 1, p. e18-e18, 2022.
PIMENTEL, L. G et al. A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL ODONTOLÓGICO: UMA REVISÃO DE
LITERATURA. Jornada Odontológica dos Acadêmicos da Católica, v. 6, 2021.
SAMARA, V. F. L et al. CUIDADO PRÉ-NATAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E
DIMINUIÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DE DOENÇAS EM RECÉM-
NASCIDOS. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar, v. 3, n. 1, p. e311077, 2022.
TEIXEIRA, Jonatas Gomes; DE PASSOS, Sandra Godoi. O PAPEL DO ENFERMEIRO DURANTE O
PRÉ-NATAL NA ORIENTAÇÃO À GESTANTE COM SÍFILIS. Revista JRG de Estudos Acadêmicos,
v. 5, n. 10, p. 135-146, 2022.

294
LINFOMA INTRAVASCULAR DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: UM
SUBTIPO RARO DE UMA CONDIÇÃO COMUM

1
Eduardo Alves da Silva Júnior

¹Yanes Lara dos Santos Saraiva

2
Amanda do Nascimento Rodrigues

3
Wanderson Alves Ribeiro

4
Rubens Barbosa Rezende

5
Gilberto Cesar Macedo Cabeça Filho

6
Aline de Oliveira Cordeiro

7
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, Rio Grande do
Sul, Brasil; 1Centro Universitário Fametro. Manaus, Amazonas, Brasil; 2Universidade Federal do Pará.
Belém do Pará, Pará, Brasil; 3Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil; 4Universidade
Federal de São Paulo. Santos, São Paulo, Brasil; 5Centro Universitário Maurício de Nassau. Belém do
Pará, Pará, Brasil; 6Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces-Unita). Caruaru, Pernambuco, Brasil;
7Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: edu_silvajr@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O linfoma intravascular do sistema nervoso central (LISNC) é uma forma rara de câncer
que acomete o sistema nervoso central. O LISNC se caracteriza pela presença de linfócitos anormais dentro
dos vasos sanguíneos dos tecidos do sistema nervoso central, incluindo o cérebro, a medula espinhal e o
tronco encefálico. É uma doença de etiologia desconhecida, mas é mais comum em pacientes
imunocomprometidos, como aqueles com lúpus eritematoso sistêmico, herpes zoster ou aqueles que
receberam transplante de células-tronco hematopoiéticas. OBJETIVO: Neste contexto, o presente trabalho
tem como objetivo discorrer sobre as manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento do linfoma
intravascular do sistema nervoso central. METODOLOGIA: Revisão narrativa da literatura, elaborada por
artigos científicos, com busca na base de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS), com os seguintes descritores em ciências da saúde: Imagem por Ressonância Magnética,
Linfoma, Sistema nervoso central. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos científicos
publicados nos últimos 10 (dez) anos, escritos em língua portuguesa. RESULTADOS: Os principais
sintomas do linfoma intravascular do sistema nervoso central incluem: alucinações visuais, auditivas ou
táteis, alterações na função motora, estado de confusão, alterações da memória, problemas de equilíbrio,
convulsões, fadiga, problemas de coordenação, fraqueza muscular, falta de ar, náuseas, oclusões de veias e

295
artérias, visão borrada, problemas de aprendizagem, alterações comportamentais, perda de consciência, dor
de cabeça e alterações no sono e humor. Os principais achados de imagem são lesões formadas por células
linfocitárias e/ou plasmocitárias infiltrando a matriz extracelular do Sistema Nervoso Central. O diagnóstico
é baseado em exames radiológicos, como ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC).
Além disso, também pode ser necessário realizar uma biópsia do tumor para confirmar o diagnóstico. O
tratamento do linfoma intravascular do sistema nervoso, depende do estágio da doença e da saúde geral do
paciente. Geralmente, o tratamento envolve quimioterapia, radioterapia ou ambas. Nos casos em que a
doença está mais avançada, pode-se recorrer à terapia de transplante de células- tronco, além disso, a
reabilitação e o tratamento de sintomas podem ser necessários, onde os tratamentos são individualizados
para cada paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O linfoma intravascular do sistema nervoso central é
uma forma rara de linfoma, com um prognóstico geralmente mais favorável do que outras formas de
linfoma. No entanto, o tratamento ainda é desafiador devido à localização limitada de células malignas e à
dificuldade em penetrar nos tecidos do sistema nervoso central. Como tal, o tratamento inclui a combinação
de quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea. Embora ainda não haja cura
para o linfoma intravascular do sistema nervoso central, o tratamento pode ajudar a prolongar a sobrevida
e a melhorar a qualidade de vida.

Palavras-chave: Imagem por Ressonância Magnética, Linfoma, Sistema nervoso central.

REFERÊNCIAS:

BRANDÃO, L. A.; Linfoma primário e secundário do sistema nervoso central. Aspectos de imagem na
ressonância magnética convencional e funcional. CBR - Brazilian College of Radiology and Diagnostic
Imaging., v. 46, n. 2, 2013.
TRINDADE, M. N.; et al. Linfoma primário do sistema nervoso central em paciente imunocompetente: um
relato de caso. Science Direct., v. 43, n. 1, 2021.

REIS, F.; et al. Linfoma do sistema nervoso central: ensaio iconográfico. Ensaios Iconográficos Radiol
Bras., v. 46, n. 2, 2013.

296
A DAPAGLIFOZINA COMO MEDICAÇÃO PROTETIVA NA DOENÇA
RENAL CRÔNICA
¹Suzana Gabrielle da Silva Bezerra

¹Leonardo Arantes Valerio Oliveira

¹Iasmine Andreza Basílio dos Santos Alves

¹Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Caruaru, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: prevenção e qualidade de vida


Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1° autor: suzana.gabrielle@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A Doença Renal Crônica (DRC) possui como um dos principais fatores de risco a
Diabetes Mellitus tipo 2, o que torna o controle glicêmico essencial para evitar a progressão da doença
(HEERSPINK et al, 2020). Entretanto, muitos medicamentos têm restrições em relação à DRC, o que faz
necessário estudar alternativas que atuem com segurança na doença renal. A dapagliflozina, um
hipoglicemiante da classe dos inibidores seletivos do cotransportador de sódio e glicose 2 (SGLT2), surge
nesse cenário como uma droga promissora na proteção contra o avanço da doença renal crônica
(FIORETTO et al, 2018). OBJETIVO: Compreender o papel da Dapaglifozina no contexto da doença renal
crônica. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura por meio da plataforma de
busca PUBMED, buscando responder a seguinte pergunta orientadora: “Quais são os benefícios do uso da
dapaglifozina no contexto da doença renal crônica?”. Foram utilizados os descritores "Renal Insufficiency,
Chronic", "Hypoglycemic Agents" e "dapagliflozin", analisando artigos completos e gratuitos, em inglês e
português, a partir de 2018. A pesquisa retornou 44 artigos, dos quais 32 foram incluídos na revisão após
análise dos títulos e resumos. RESULTADOS: A dapagliflozina é hipoglicemiante que reduz os níveis de
glicose no sangue por meio da glicosúri, independentemente da sensibilidade à insulina e da função
secretora das células β. Estudos randomizados, controlados por placebo, identificaram a redução
significativa da progressão da doença renal crônica com o uso da dapaglifozina. Foi sugerido que a inibição
do SGLT2 melhora a albuminúria principalmente em pacientes com albuminúria moderada a elevada, mas
os benefícios renais parecem ocorrer independentemente da albuminúria inicial. Observou-se que o uso da
dapaglifozina em pacientes com DRC nos estágios 3b-4 proporcionou, independentemente do efeito
hipoglicemiante, a diminuição da albuminúria, pressão arterial sistólica e peso corporal após quatro
semanas de tratamento, o que influenciou a redução do risco de insuficiência renal e morte cardiovascular
em pacientes com DRC com ou sem diabetes tipo 2. Também foi relatada a redução do desfecho composto
de insuficiência cardíaca ou morte cardiovascular em 17%, diminuição significativa do desfecho composto
de declínio da taxa de filtração glomerular e morte renal em 40% e diminuição da mortalidade por todas as
causas, principalmente pela redução em 46% das causas de morte não cardiovasculares.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há evidências de que a dapaglifozina tem ação protetiva na
DRC independentemente do seu efeito hipoglicemiante, o que a torna uma droga oportuna da diminuição
da morbidade e mortalidade por causas renais, cardiovasculares e não cardiovasculares. Entretanto, mais
estudos ainda são necessários para entender os mecanismos de ação que estão envolvidos.

297
Palavras-chaves: Renal Insufficiency, Chronic, Hypoglycemic Agents, dapagliflozin.

REFERÊNCIAS:

DEKKERS, CCJ et al. Effects of the sodium-glucose co-transporter 2 inhibitor dapagliflozin in patients
with type 2 diabetes and Stages 3b-4 chronic kidney disease. Nephrol Dial Transplant, v.33, n.11, 2018.
p.2005-2011.

FIORETTO, P et al. Efficacy and safety of dapagliflozin in patients with type 2 diabetes and moderate renal
impairment (chronic kidney disease stage 3A): The DERIVE Study. Diabetes, Obesity and Metabolism,
v. 20, n. 11, 2018. p. 2532-2540

HEERSPINK, HJL et al. Rationale and protocol of the Dapagliflozin And Prevention of Adverse outcomes
in Chronic Kidney Disease (DAPA-CKD) randomized controlled trial. Nephrology Dialysis
Transplantation, v. 35, n. 2, p. 274-282, 2020.

NEUEN, BL; JARDINE, MJ; PERKOVIC, V. Sodium-glucose cotransporter 2 inhibition: which patient
with chronic kidney disease should be treated in the future? Nephrol Dial Transplant, v.35, n.1, 2020.
p.i48-i55

WHEELER, DC et al. The dapagliflozin and prevention of adverse outcomes in chronic kidney disease
(DAPA-CKD) trial: baseline characteristics. Nephrol Dial Transplant, v.35, n.10, 2020. p.1700-1711

298
A IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO-DENTISTA NA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA

¹Sabrina Fernandes Martins

¹Carla Alves Mattos

¹Laura Vieira de Albuquerque

¹Mayara Martins Barbosa

¹Carlos Leone Faria Moreira

²Roberta Passos do Espírito Santo

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Minas Gerais; Brasil. ² Universidade Federal de Juiz de
Fora. Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: sabrina.fernandes@estudante.ufjf.br

INTRODUÇÃO: A unidade de terapia intensiva é destinada aos pacientes com estado de saúde crítico e
muitas vezes com baixa imunidade. Esses, apresentam um risco aumentado para infecções e patologias
oportunistas. Destacam-se as infecções provenientes da cavidade bucal, podendo ser decorrente da má
higienização. Essas infecções podem se disseminar para o organismo e contribuir para a piora no quadro de
saúde do paciente, resultando em maior tempo de internação associado ao maior custo financeiro.
OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho é elucidar a importância do cirurgião-dentista inserido no
ambiente hospitalar. METODOLOGIA: Os artigos foram pesquisados em três bancos de dados LILACS
(Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), PubMed e SciELO, entre 2009 e 2022,
com texto completo em português ou inglês, que possuíssem os descritores: equipe hospitalar de
odontologia , equipe de saúde multidisciplinar e unidade de terapia intensiva. Foram excluídos artigos sem
relação com a temática e em outros idiomas. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 10 artigos
foram analisados. RESULTADOS: Na literatura é possível evidenciar o aumento do número de pacientes
que necessitam de tratamento odontológico, clínico ou cirúrgico em ambiente hospitalar nos últimos anos.
Os autores também concordam de forma unânime sobre a relevância do cirurgião-dentista no ambiente
hospitalar junto à equipe multiprofissional, visto que, proporciona melhor assistência e tratamento ao
paciente. Ademais, estudos apontaram que a orientação sobre a higiene bucal adequada contribui
significativamente com a redução de pneumonia associada à ventilação mecânica. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Diante do assunto abordado, pode-se concluir que o cirurgião-dentista inserido na equipe de saúde

299
multidisciplinar do hospital é de extrema importância, pois contribui com seus conhecimentos para a
manutenção da saúde bucal e consequentemente da saúde geral, como também, diminui os custos das
instituições hospitalares e o tempo de internação.

Palavras chaves: Equipe hospitalar de odontologia, equipe de saúde multidisciplinar, unidade de


terapia intensiva.

REFERÊNCIAS:

AMARAL, Cristhiane Olívia Ferreira et al. Importância do cirurgião-dentista em Unidade de Terapia


Intensiva: avaliação multidisciplinar. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. São Paulo, vol.67 no.2, p.2-3, Fev.
2013.

GODOI, Ana Paula Terossin et al. Odontologia hospitalar no Brasil. Uma visão geral. Revista de
Odontologia da UNESP. São Paulo, p. 2-4, 38(2): 105-109, Mar, 2009.

GOMES, Rita Fabiane Teixeira; CASTELO, Edilson Fernando. Odontologia hospitalar e a ocorrência de
pneumonia. Rev Gaúch Odontol. Porto Alegre RS, p. 26, Nov, 2019.

SANTANA, Maria Tays Pereira et al. Odontologia hospitalar: uma breve revisão. Research, Society and
Development, Campina Grande, v.10, p. 2-4, Fev, 2021.

MOURA, Anna Maria Jácome. A importância da odontologia hospitalar na saúde bucal e geral dos
pacientes internados. Revista Saúde-UNG-Ser, Guarulhos SP, v. 13, n. 1 ESP, p. 30, 2019.

300
FRAGILIDADE MULTIDIMENSIONAL EM IDOSOS SEGUNDO A ESCALA
DE LAWTON: UMA REVISÃO

¹Roberson Matteus Fernandes Silva

2
Maria Rafaela Dias de Freitas

2
Rafaelle Cavalcante Lira
1Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 2Universidade Federal
de Campina Grande (UFCG). Cajazeiras, Paraíba, Brasil. 3Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG). Cajazeiras, Paraíba, Brasil

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: robersonfernandes023@gmail.com

Resumo

O envelhecimento caracteriza-se como sendo um processo natural da vida o qual estão presentes mudanças
físicas, mentais e sociais que são vividas de maneira singular que depende do contexto social, político,
econômico e cultural em que o idoso está vinculado. Dessa maneira, as alterações fisiológicas podem
provocar limitações significativas às Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) interferindo,
portanto, na qualidade de vida. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo avaliar o nível de
dependência de idosos atendidos em uma unidade básica de saúde no sertão paraibano, segundo a Escala
de Lawton. Portanto, compreende-se que o emprego da Escala de Lawton poderá contribuir para o
entendimento dos fatores que influenciam no surgimento de fragilidades multidimensionais em idosos e,
com isso, possibilitar a prevenção das mesmas. Assim, houve a gênese dos seguintes questionamentos que
nortearão o presente estudo: Quais as principais fragilidades que levam à dependência de idosos e a
aplicação da Escala de Lawton? O presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura
acerca das principais fragilidades que levam à dependência de idosos e a aplicação da Escala de Lawton.
Trata-se de uma revisão da literatura acerca da fragilidade multidimensional em idosos segundo a Escala
de Lawton. Nesse sentindo, para avaliar o risco de dependência do idoso para realizar as suas atividades
instrumentais de vida diária, foi mensurada a Escala de Lawton. Este instrumento busca investigar usar o
telefone, fazer compras, cuidar do dinheiro, preparar a própria refeição, arrumar a casa, fazer trabalhos
manuais domésticos, lavar a roupa, tomar medicamentos e ir a locais distantes utilizando algum meio de
transporte. Como resultado, os scores variam entre 9 e 27 pontos, sendo que, quanto maior a pontuação,
maior a independência do idoso para realizar suas atividades instrumentais. De acordo com os trabalhos
encontrados nas bases de dados mencionadas, as principais fragilidades que levam à dependência de idosos
e a aplicação da Escala de Lawton? são, a saber: o próprio processo de envelhecimento, transição
demográfica, alterações de cognição, coordenação e memória, alterações de equilíbrio, as doenças Crônicas
Não Transmissíveis, lesões cerebrovasculares, obesidade e má nutrição. Dessa maneira, sugere-se a
implementação de investimentos em políticas públicas que possam ser utilizadas para o monitoramento,
bem como, o rastreamento e identificação dos problemas de saúde da população.

301
Palavras-chave: Idoso Frágil; Escala de Lawton; Envelhecimento.

1 INTRODUÇÃO

A Atenção Primária à Saúde (APS) é compreendida como um conjunto de ações que têm como
pilar a promoção da saúde para os usuários, família e comunidade. Além disso, trata-se da porta preferencial
para a entrada do indivíduo no sistema de saúde, a qual é responsável pela gerência do cuidado e
organização do sistema objetivando orientar, solucionar e nortear o sujeito aos serviços de saúde
(MILAGRES et al., 2022).
Dessa forma, a APS torna-se referência para a Rede de Atenção à Saúde (RAS) quando associado
a um sistema de saúde autorregulado e centrado na pessoa, à luz do conceito ampliado de saúde, demonstra
grande poder resolutivo. Assim, a Saúde da Família firma-se como sendo a central coordenadora do cuidado
na RAS, com fins a reestruturação do modelo de assistência à saúde (SOARES FILHO et al., 2022).
Nessa ótica, a APS está em posição do cumprimento de atributos categorizados como essenciais e
derivados. Os atributos essenciais configuram-se como o acesso de primeiro contato, a acessibilidade e
utilização do serviço de saúde quando necessário, a longitudinalidade que fundamenta o cuidado no
decorrer do tempo, favorecendo o vínculo da comunidade à ESF, bem como, a integralidade que possibilita
o acesso aos serviços que estão disponíveis mediante a identificação dos problemas potenciais e de maneira
precoce, assim como a coordenação do cuidado que garante a continuidade deste, direcionando as ações de
saúde. Os atributos derivados estão relacionados à focalização na família, que visa compreender as questões
familiares associadas ao processo saúde-doença, a orientação comunitária que busca entender as
necessidades da população, planejar e avaliar os serviços de saúde, bem como a competência cultural, que
objetiva conhecer as especificidades culturais de cada localidade (MACHADO et al., 2021).
O envelhecimento caracteriza-se como um processo natural da vida o qual estão presentes
mudanças físicas, mentais e sociais que são vividas de maneira singular por cada pessoa que depende do
contexto social, político, econômico e cultural em que o idoso está vinculado (RIBEIRO et al., 2019). Dessa
maneira, as alterações fisiológicas podem provocar limitações significativas às Atividades Instrumentais de
Vida Diária (AIVD) e nas Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD) interferindo, portanto, na qualidade
de vida. As alterações que surgem com a idade acometem diferentes sistemas tais como afecções no sistema
vestibular, musculoesquelético, ósseo e nos sistemas cardiovascular e neurológico (OLIVEIRA; ROSSI,
2019; SOUZA; ROCHA; DINIZ, 2022).
Essa problemática evidencia-se a partir de entraves sociais como o analfabetismo, baixa condição
socioeconômica, desconhecimento ou pouca informação sobre o envelhecimento ativo e saudável,
resultando pouca ou nenhuma adesão aos cuidados necessários. O estilo de vida não saudável que favorece
fatores como a obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse, condições de moradia e organização dos
serviços de saúde, promovem o desenvolvimento de agravos à saúde da pessoa idosa (CASTRO, 2018;
CARNEIRO; AYRES, 2021).
Diante disso, sabendo-se que há instrumentos para presumir o risco de fragilidades
multidimensionais em idosos, a Escala de Lawton é utilizada como ferramenta de prevenção e tem o
intuito de identificar riscos por meio de escores, os quais viabilizam a realização do plano de cuidados
adequado pela equipe multidisciplinar. Assim, é importante a utilização desta ferramenta, a fim de
diminuir a ocorrência, consolidar melhor e cada vez mais a qualidade da assistência prestada,
contribuindo, dessa forma, para uma melhor qualidade de vida dos idosos e a minimização de problemas.
Portanto, compreende-se que o emprego da Escala de Lawton poderá contribuir para o
entendimento dos fatores que influenciam no surgimento de fragilidades multidimensionais em idosos
e, com isso, possibilitar a prevenção e/ou redução destas. Assim, houve a gênese dos seguintes
questionamentos que nortearão o presente estudo: Quais as principais fragilidades que levam à
dependência de idosos e a aplicação da Escala de Lawton?
Dessarte, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura acerca das
principais fragilidades que levam à dependência de idosos e a aplicação da Escala de Lawton.

302
2 METODOLOGIA

Este estudo, trata-se de uma revisão da literatura, cujo intuito foi reunir diferentes estudos
publicados sobre o tema de maneira objetiva e imparcial a fim de responder a pergunta em questão. Diante
disso, foi realizada uma busca nas bases de dados científicas Scientific Electronic Library Online
(SCIELO), LiteraturaLatino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados da
enfermagem. As buscas foram realizadas entre o período de janeiro de 2023 a fevereiro de 2023. Utilizando-
se, nas buscas, os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Doenças crônicas não transmissíveis”, “idoso
frágil”, “Prevalência” e “Fatores de riscos”, utilizando o operador booleano “AND” para o cruzamento dos
descritores.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com os trabalhos encontrados nas bases de dados mencionadas, as principais


fragilidades que levam à dependência de idosos e a aplicação da Escala de Lawton? são, a saber: o próprio
processo de envelhecimento, transição demográfica, alterações de cognição, coordenação e memória,
alterações de equilíbrio, as doenças Crônicas Não Transmissíveis, lesões cerebrovasculares, obesidade e
má nutrição.
O envelhecimento populacional possui relação direta com os processos de Transição Demográfica
e de Transição Epidemiológica. Nesse sentido, em decorrência das mudanças do comportamento da
população e a variação dos níveis de natalidade e de mortalidade, bem como os eventos migratórios, a
população tem se modificação, tornando-se mais envelhecida. No Brasil, o panorama tem mostrado que há
redução da natalidade em virtude da queda significativa da fecundidade, em contra partida, há aumento
progressivo do número de idosos no país (OLIVEIRA, 2019).
O envelhecimento, portanto, trata-se de um processo fisiológico que ocorre durante toda a vida e
é caracterizado como um evento natural, em que as modificações morfofuncionais, bioquímicas e
psicológicas designam um comprometimento da autonomia do sujeito. Visto que, diante de tal
acometimento natural, o indivíduo está mais suscetível a uma maior vulnerabilidade fisiológica, social e
cultural. Outrossim, a velhice é um estado que todo ser humano passa e que se trata de uma fase da vida,
considerada um ciclo biológico, formando uma experiência única e diferenciada (MACENA; HERMANO;
COSTA, 2018).
De acordo com os estudos de Macena e colaboradores (2018), o envelhecimento do sistema
nervoso possui relação com o deterioramento da matéria cinza e branca dos lobos frontal, parietal e
temporal, alterando a função motora primária. Tais alterações estão acompanhadas, geralmente, de
transtornos da cognição, coordenação e memória. Em concordância com os estudos de Cochar-Soares,
Delinocente e Dati (2021), as modificações na cognição são naturais e inerentes ao processo de
envelhecimento, que quando não comprometem a própria cognição, afeta o desempenho nas atividades
básicas e instrumentais de vida diária.
As alterações do sistema nervoso periférico estão voltadas para a perda de sensibilidade, a função motora
e integradora. Dessa maneira, as limitações físicas decorrentes do aumento da idade acarretam em
declínio da força muscular, redução da massa muscular (sarcopenia), lentidão, modificações no equilíbrio
e aumento da dificuldade em realizar as atividades básicas e instrumentais de vida diária. Estes eventos,
claramente, afetam o cotidiano de pessoa senil e acabam por comprometer a qualidade de vida e o nível
de dependência, bem como a autonomia (MACENA; HERMANO; COSTA, 2018; COCHAR-SOARES;
DELINOCENTE; DATI, 2021).

Nesse sentindo, para avaliar o risco de dependência do idoso na realização das suas atividades
instrumentais de vida diária, foi mensurada a Escala de Lawton. Este instrumento busca investigar usar o
telefone, fazer compras, cuidar do dinheiro, preparar a própria refeição, arrumar a casa, fazer trabalhos
manuais domésticos, lavar a roupa, tomar medicamentos e ir a locais distantes utilizando algum meio de

303
transporte. Como resultado, os scores variam entre 9 e 27 pontos, sendo que, quanto maior a pontuação,
maior a independência do idoso para realizar suas atividades instrumentais (MACHADO et al., 2022).
Dos estudos observados, estão agrupadas na categoria de Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT), Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus
(DM), cardiopatias, neuropatias e pneumopatias mostraram-se mais prevalentes, seguido de outras
enfermidades como o mal de Alzheimer, Acidente Vascular Encefálico (AVE), doenças de ordem vascular
periférica, câncer, tabagismo e a obesidade. As doenças cardiovasculares são frequentemente causadas pela
obesidade com a produção de tecido adiposo que reduzirá a vascularização superficial da pele e a limitação
da mobilidade, resultante do sobrepeso (MELO et al., 2023; SOARES et al., 2023; SILVA, 2022) De acordo
com a nutrição, a desnutrição está relacionada diretamente com o surgimento de fragilidades, as quais
corroboram para surgimento de lesão por pressão e dependência total ou parcial (OLIVEIRA et al., 2022;
MUNIZ et al., 2022).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de instrumentos que identifiquem as necessidades e especificidades do idoso


possibilita um cuidado direcionado, o que proporciona ao idoso uma melhor qualidade de vida, diminuindo
os efeitos do processo de envelhecimento e fazendo com que se mantenha inserido no meio social e familiar,
bem como a continuidade na realização das atividades básicas e instrumentais de vida diária, preservando
sua autonomia e independência.
Assim, esta revisão mostrou a importância da avaliação multidimensional da pessoa idosa, a qual
faz-se necessária para a incorporação de medidas educativas em saúde, assim como, a necessidade de
melhorar a qualidade da assistência à saúde ao idoso. Dessa maneira, sugere-se a implementação de
investimentos em políticas públicas que possam ser utilizadas para o monitoramento, bem como, o
rastreamento e identificação dos problemas de saúde da população.

REFERÊNCIAS

CARNEIRO, J. L. S.; AYRES, J. R. C. M. Saúde do idoso e atenção primária: autonomia,


vulnerabilidades e os desafios do cuidado. Revista de Saúde Pública, v. 55, n. 29, 2021.
CASTRO, A. P. R. Promoção da saúde da pessoa idosa: ações realizadas na atenção primária à saúde.
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 21, n. 2, p. 158-167, 2018.
COCHAR-SOARES, N.; DELINOCENTE, M. L. B.; DATI, L. M. M. Fisiologia do envelhecimento:
da plasticidade às consequências cognitivas. Rev Neurociência, v. 29, p. 1-28, 2021.
MACENA, W. G.; HERMANO, L. O.; COSTA, T. C. Alterações fisiológicas decorrentes do
envelhecimento. Revista Mosaicum, v. 27, 2018. Disponível em:
https://revistamosaicum.org/index.php/mosaicum/article/view/64/46. Acesso em 30 de maio
de 2022.
MACHADO, G. A. B. et al. Avaliação de atributos da Atenção Primária à Saúde: a perspectiva dos
profissionais. Acta Paul Enfermagem, v. 34, 2021.
MELO, M. T. B. et al. Prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis em idosos do Nordeste:
uma revisão integrativa. Diversitas jornal, v. 8, n. 1, p. 0431-0444, 2023.
MILAGRES, G. Z. et al. Atuação dos enfermeiros no acolhimento à demanda espontânea em Estratégia
Saúde da Família. Research, Society and Development, v. 11, n. 2, 2022.
MUNIZ, T. R. et al. Avaliação do estado nutricional de idosos institucionalizados em uma região do
norte do Brasil. Saúde em Redes, v. 8, n. 3, 2022.

304
OLIVEIRA, A. S. Transição demográfica, transição epidemiológica e envelhecimento populacional no
Brasil. Hygeia, v. 15, n. 31, p. 69-79, 2019.
OLIVEIRA, A. S.; ROSSI, E. C. Envelhecimento populacional, segmento mais idoso e as atividades
básicas da vida diária como indicador de velhice autônoma e ativa. Geosul, v. 34, n. 73, p. 358-377,
2019.
OLIVEIRA, D. V. et al. Fatores associados ao estado nutricional de idosos da atenção primária à saúde
do município de Maringá, Paraná, Brasil. Caderno de Saúde Coletiva, v. 30, n. 2, 2022.
RIBEIRO, I. A. et al. Síndrome do idoso frágil em idosos com doenças crônicas na Atenção Primária.
Revista Escola de Enfermagem da USP, v. 53, 2019.
SILVA, F. J. A.; VEIGA, D. O. C.; SILVA, T. M.; SILVA, I. F.; COSTA, M. Doenças Crônicas não
transmissíveis como um problema de saúde pública: uma revisão sistemática. Conjecturas, v. 22, n. 16, p.
864-873, 2022.
SOARES FILHO, A. M. et al. Atenção Primária à Saúde no Norte e Nordeste do Brasil: mapeando
disparidades na distribuição de equipes. Ciência & Saúde Coletiva, v. 27, n. 1, p. 377-386, 2022.
SOARES, M. M. et al. A importância de hábitos saudáveis e adequados na prevenção de doenças crônicas
não transmissíveis. Research, Society and Development, v. 12, n.1, e18012139295, 2023.
SOUZA, D. C.; ROCHA, E. S.; DINIZ, T. Avaliação funcional de idosos atendidos na Atenção Básica.
Research, Society and Development, v. 11, n. 1, 2022.

305
ALTERAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS APRESENTADAS POR PACIENTES
PRÉ CIRURGIA BARIÁTRICA: RELATO DE CASOS

¹Millena Rocha Costa


¹Renata Assis Fonseca Brandão
¹ Universidade do Estado da Bahia
(UNEB). Salvador, Bahia, Brasil.
Eixo temático: Relatos de casos clínico - ciências da saúde
Modalidade: Pôster
E-mail do 1ºautor: milr.costa98@gmail.com

INTRODUÇÃO: A cirurgia bariátrica é um dos procedimentos realizados para obtenção de um peso ideal,
e consequentemente a redução das comorbidades associadas à obesidade. Alterações nas estruturas do
sistema estomatognático, composto por: lábios, língua, bochechas, palato, músculos e articulações, podem
interferir nos resultados do procedimento cirúrgico. Dificuldades de mastigação e deglutição, como
trituração ineficaz do alimento e redução dos ciclos mastigatórios são algumas alterações que podem ocorrer
e que dificultam o processo para alcançar a saciedade destes pacientes. OBJETIVO: Descrever as
características físicas e funcionais do sistema estomatognático de pacientes candidatos a cirurgia bariátrica,
bem como o desempenho de sua função mastigatória e de deglutição pré cirurgia. METODOLOGIA: O
Projeto aprovado pelo comitê de ética e pesquisa (CEP), sob o número 45656720.0.0000.0057, teve como
período de execução janeiro de 2020 a fevereiro de 2022. Os dados foram coletados por meio de fotos e
filmagem da avaliação clínica, com base em dois protocolos, que incluíam a execução de movimentos
orofaciais, mastigação e deglutição das quatro participantes voluntárias. Posteriormente, os mesmos foram
organizados em uma tabela de maneira descritiva, possibilitando comparações de alterações
fonoaudiológicas encontradas entre as participantes. RESULTADOS: As quatro participantes
apresentavam uma língua alargada, flácida, e com mobilidade alterada, o que gerava incoordenação na
lateralização do bolo alimentar, dificultando a sua formação, centralização e ejeção. Durante a avaliação do
desempenho das funções, foi evidente a dificuldade de uma das participantes em preparar o bolo alimentar
para deglutição devido a uma inadequação mastigatória de trituração e umidificação, a mesma só efetivou
a deglutição do bolo, após ingestão de água. A ingesta hídrica atrapalha a absorção e saciedade alimentar,
sendo necessário ajuste nas funções antes do período cirúrgico. Outra participante não conseguia centralizar
o bolo alimentar na cavidade oral no momento da deglutição, o que gerava desconforto na fase faríngea da
deglutição. CONCLUSÃO: Os achados deste trabalho, permitem-nos descrever que no pequeno grupo
estudado todas as participantes apresentavam alterações que interferem no seu processo de mastigação e
deglutição, desencadeando desconfortos prévios que, se não reparados, podem persistir e atrapalhar o
processo alimentar após cirurgia. A atuação fonoaudiológica neste grupo de pacientes possibilitaria uma
avaliação das funções do sistema estomatognático e reparação nos casos de alteração, permitindo conforto
e segurança alimentar para a população que necessita do procedimento em questão.

Palavras chaves: Obesidade, Cirurgia Bariátrica, Fonoaudiologia.

REFERÊNCIAS:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME
METABÓLICA. Diretrizes brasileiras de obesidade. 4. ed. São Paulo: ABESO, 2016.
ANDREA PEREIRA. et al. Cirurgia bariátrica e metabólica. In:SANTOS, A. C.; SILVA, Â.; GODOY, C.
Fonoaudiologia e a cirurgia bariátrica e metabólica: abordagem multiprofissional. Rio de Janeiro:
Rubio, 2019. p. 125- 37.
ANDRIOLLI, C.; KUNTZ, M.; MEURER, V.; GONÇALVES, A. Avaliação da redução de excesso de
peso e de carências nutricionais em pacientes pré e pós cirurgia bariátrica. Bras Obesidade, Nutr. e
Emagrecimento. n.11, p.738-47, 2017.

306
SILVEIRA, G.S.A.; CAMARGO, T. C.; TESSITORE, A. A necessidade da avaliação fonoaudiológica no
protocolo de pacientes candidatos à cirurgia bariátrica. Cefac, v.16, n.5, p. 1655-68, 2014.
MORAES, R.; DELGADO, S.; MARTINS, N.; ANDERLE, P.; PASQUALETO, V. et al. Caracterização
dos distúrbios do sono, ronco e alterações do sistema estomatognático de obesos candidatos à cirurgia
bariátrica. Bras Obesidade, Nutr. e Emagrecimento. n.11, p. 64-74, 2017.

307
REPERCUSSÕES DA MASCTECTOMIA NA VIDA DAS MULHERES: UMA
REVISÃO NARRATIVA

¹Eduardo Alves da Silva Júnior

¹Adriana Cerino de Vasconcelos

²Samira Maria Ferreira de Almeida

³José Luiz do Nascimento Silva

4
Bianca Maria de Souza Almeida

5
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, Rio Grande do
Sul, Brasil; 1Instituição de Ensino Superior de Cacoal- FANORTE. Cacoal, Rondônia, Brasil; 2Instituição:
Instituição de Ensino Superior Múltiplo - IESM. Timon, Maranhão, Brasil; 3Universidade Federal de
Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil; 4Faculdade Estácio de Teresina. Teresina, Piauí, Brasil;
5Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com

INTRODUÇÃO: A mastectomia é uma cirurgia realizada para a retirada total ou parcial da mama, usada
como um tratamento para o câncer de mama e outras doenças da mama. Existem vários tipos de
mastectomia, dependendo da quantidade de tecido mamário removido. Algumas das técnicas mais comuns
incluem a mastectomia radical, a mastectomia segmentar (parcial) e a mastectomia subcutânea, além disso,
a mastectomia pode ser seguida por uma reconstrução mamária, na qual um cirurgião plástico reconstrói o
seio removido com próteses de silicone ou outros materiais. OBJETIVO: Dissertar sobre as repercussões
da mastectomia na vida das mulheres. METODOLOGIA: O presente estudo consiste em uma revisão
narrativa da literatura, elaborada por artigos científicos publicados em Revistas Científicas Indexadas com
busca na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, com os seguintes descritores em ciências da
saúde: Mastectomia; Perfil de Impacto da Doença; Saúde da Mulher. Como critérios de inclusão foram
selecionados artigos publicados no período de 2018 a 2023, escritos em língua portuguesa.
RESULTADOS: A mastectomia tem efeitos físicos e emocionais significativos para as mulheres que a
realizam. Fisicamente, pode afetar a aparência corporal, a função da mama e a sensação de conforto. O
procedimento pode causar inchaço, dor, cicatrizes e mudanças na textura da pele. Além disso, a mulher
pode experimentar problemas de imagem corporal e problemas com a roupa. Emocionalmente, a
mastectomia pode afetar a autoestima, a confiança e a qualidade de vida. Pode levar à ansiedade, depressão
e sentimentos de perda, além disso, as mulheres que experimentam essa cirurgia podem enfrentar mudanças
nos relacionamentos, especialmente em relação ao sexo. No entanto, a mastectomia também pode trazer
algumas vantagens, por exemplo, a remoção da mama pode reduzir o risco de recorrência do câncer de
mama e pode oferecer uma sensação de alívio ao saber que o risco de desenvolvimento de câncer de mama
foi reduzido. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Para ajudar as mulheres a lidar com os efeitos da mastectomia,
é importante contar com recursos como terapia, grupos de apoio e outras formas de apoio social. Os
profissionais de saúde também podem ajudar as mulheres a encontrar a melhor maneira de se adaptar às
mudanças físicas e emocionais que acompanham esta cirurgia.

308
Palavras-chave: Mastectomia, Perfil de Impacto da Doença, Saúde da Mulher.

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, I. O.; Impactos psicológicos da mastectomia: Uma análise na Associação de Apoio a Pessoa
com Câncer. Revista baiana de saúde pública (Impresso). v. 46, n.2, 2022.
OLIVEIRA, A. T. M.; Reconstrução mamária em mulheres mastectomizadas por câncer: revisão
integrativa. Revista de enfermagem e atenção à saúde., v. 11, n. 1, 2022.

RODRIGUES, I. B.; Vivência de mulheres após a mastectomia. REVISA (Online)., v. 11, n. 2, p. 200-
209, 2022.

309
TRICOMONÍASE E COMPLICAÇÕES EM GESTANTES: REVISÃO DA
LITERATURA

1
Rebeca Ferreira Nery
2
Rosivalda Ferreira de Oliveira
3
Amanda Damasceno de Macedo
4
Daniel da Silva Braz Gomes
5
Beatriz Angieuski Camacho
6
Selma Nazaré Pelerano Pantoja
7
Tauana Reinstein de Figueiredo
8
Aline Oliveira Fernandes de Lima

1Faculdade São Francisco da Paraíba. Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 2Escola de Enfermagem de Ribeirão
Preto, Ribeirão Preto, Brasil; 3UNIFACEMA. Caxias, Maranhão, Brasil; 4Centro
Universitário Anhanguera de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 5Universidade
Cesumar, Maringa, Paraná, Brasil; 6 Hospital Universitário João de Barros
Barreto, Guamá. Belém, Pará, Brasil; 7Ebserh, Hospital Escola-Ufpel, Pelotas -
Rio Grande do Sul, Brasil; 8Faculdade Venda Nova do Imigrante, Parnamirim,
Rio Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde.


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rebecafnery@outlook.com

INTRODUÇÃO: A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada por um


protozoário chamado Trichomonas vaginalis. Ela atinge tanto homens como mulheres, afetando
principalmente a vagina e o trato urinário. O protozoário pode se hospedar no colo do útero, na vagina e/ou
na uretra, e sua principal forma de transmissão é através do sexo desprotegido. Esta patologia trata-se de
uma doença que pode ser assintomática, ou podendo ainda apresentar alguns sintomas característicos, como
o corrimento vaginal de cor amarelo esverdeado. Mediante este sintoma, é realizada a coleta do muco
vaginal, para análise e posterior diagnóstico. OBJETIVO: Analisar as complicações ocasionadas pela
tricomoníase em gestantes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com
abordagem qualitativa, realizada em janeiro de 2023, por meio das bases de dados: Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online (MEDLINE), foram utilizados os descritores: Trichomonas vaginalis. Tricomoníase e
Gravidez, com o operador booleano And, encontrando 304 artigos. Os critérios de inclusão foram: artigos
disponíveis na íntegra, em texto completo, nos idiomas português, inglês e espanhol, nos últimos cinco anos
(2019-2023), restando 49 artigos. Os critérios de exclusão foram: artigos que não respondiam ao objetivo
do estudo e os duplicados nas bases supramencionadas. Após os critérios de elegibilidade, restaram quatro
artigos para esta revisão. RESULTADOS: A tricomoníase, sem o devido tratamento, é um fator de risco
para a doença inflamatória pélvica (DIP) e para o câncer de colo de útero. Além disso, pode estar por trás

310
de quadros de infertilidade. Quando a patologia acomete a mulher durante a gestação, pode ser um fator
desencadeante de déficit intelectual no seu filho. Além disso, pode acarretar infecção das vias respiratórias
do recém-nascido. Todavia, pesquisas evidenciam essa situação quando ela vem associada com uma
“ruptura prematura de membranas” (quando a bolsa de líquido amniótico é rompida), com o parto prematuro
e o baixo peso da criança ao nascer. Essas condições e a doença podem ser evitadas, porém, uma vez que se
é infectada pela tricomoníase, o tratamento não diminui os riscos de parto prematuro. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Destarte, evidenciou-se que a tricomoníase vaginal ocasiona várias complicações às gestantes, as
quais podemos mencionar: ruptura prematura de membranas, trabalho de parto prematuro e baixo peso do
recém-nascido ao nascer. Nesse sentido, torna-se necessário uma melhor assistência pré-natal, tendo em
vista que a atenção primária desempenha um papel importante na prevençãoe no tratamento de ISTs.

Palavras-chave: Trichomonas vaginalis. Tricomoníase. Gravidez.

REFERÊNCIAS:

GHALLAB, Marwa MI; ALAA, Doaa; MORSY, Salwa M. Multiattribute Analysis of Trichomonas
vaginalis Diagnostics and Its Correlation with Clinical Complaints and Contraceptive Methods in a
Symptomatic Egyptian Cohort. Infectious Diseases in Obstetrics and Gynecology, v. 2021, 2021.

LI, Ruei-Ting; LIN, Hsin-Chung; CHUNG, Chi Hsiang; LIN, Hsin-An; WANG, Jui-Yang; CHEN, Lih-
Chyang; HUANG, Kuo-Yang; SUN, Chien-An; CHIEN, Wu-Chien; CHEN, Chien-Chou. Trichomonas
infection in pregnant women: a nationwide cohort study. Parasitology Research, [S.L.], v. 121, n. 7, p.
1973-1981, 27 abr. 2022.

NGOBESE, Bongekile; SINGH, Ravesh; HAN, Khine Swe Swe-; TINARWO, Partson; MABASO,
Nonkululeko; ABBAI, Nathlee S.. Detection of metronidazole resistance in Trichomonas vaginalis using
uncultured vaginal swabs. Parasitology Research, [S.L.], v. 121, n. 8, p. 2421-2432, 3 jun. 2022.

RAVINDRAN, Jayalakshmi; A RICHARDSON, Barbra; KINUTHIA, John; A UNGER, Jennifer;


DRAKE, Alison L; OSBORN, Lusi; MATEMO, Daniel; PATTERSON, Janna; MCCLELLAND, R Scott;
JOHN-STEWART, Grace. Chlamydia, Gonorrhea, and Incident HIV Infection During Pregnancy Predict
Preterm Birth Despite Treatment. The Journal Of Infectious Diseases, [S.L.], v. 224, n. 12, p. 2085-2093,
23 maio 2021.

311
DESAFIOS PARA FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM
CENTRO CIRÚRGICO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Roberson Matteus Fernandes Silva


2
Cláudia Maria Fernandes
3
Maria Raquel Antunes Casimiro
4
Edineide Nunes da Silva
1Universidade Federal de Campina Grande. Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 2Universidade Federal de
Campina Grande. Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 3Universidade Federal de Campina Grande. Cajazeiras,
Paraíba, Brasil; 4Universidade Federal de Campina Grande. Cajazeiras, Paraíba, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: robersonfernandes023@gmail.com

Resumo

O Centro Cirúrgico (CC) é uma unidade hospitalar que objetiva a execução de procedimentos anestésicos-
cirúrgicos, bem como terapêuticos e de diagnóstico. Além disso, seu funcionamento pode operar de forma
eletiva, quando há organização prévia das cirurgias do dia, ou em urgência/emergência. A formação de
recursos humanos em centro cirúrgico requer qualificação adequada e de qualidade. Portanto, compreende-
se que a gestão do centro cirúrgico e a segurança do paciente tornam-se elementos indispensáveis para a
eficácia da assistência de enfermagem em centro cirúrgico. Assim, houve a gênese do seguinte
questionamento que norteará o presente estudo: Quais os desafios para a formação de recursos humanos em
Enfermagem perioperatória? Dessarte, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão da
literatura sobre a formação de recursos humanos em Enfermagem Perioperatória. Este estudo, trata-se de
uma revisão da literatura, cujo intuito foi reunir diferentes estudos publicados sobre o tema de maneira
objetiva e imparcial a fim de responder à pergunta em questão. De acordo com os estudos encontrados nas
bases de dados supracitadas, os principais desafios para a formação de recursos humanos em centro
cirúrgico na área da Enfermagem são, a saber: salários desproporcionais para a categoria, excesso de
trabalho, má distribuição de pessoal, pouca ou ausência de materiais, baixas condições de trabalho, má
organização do setor e alta rotatividade de turno. Este artigo contribuiu verificando a necessidade dos
processos educativos para sensibilização das equipes na percepção da importância de uma atuação segura
dentro do centro cirúrgico, confirmando que uma atuação conjunta promove assistência e qualidade ao
paciente e equipe. Verificado pela participação ativa dos enfermeiros e percepção sobre o gerenciamento
de riscos na prática do trabalho em centro cirúrgico para melhor assistência.
Palavras-chave: Enfermagem perioperatória; Centro Cirúrgico; Gestão do cuidado.

1 INTRODUÇÃO

O Centro Cirúrgico (CC) é uma unidade hospitalar que objetiva a execução de procedimentos

312
anestésicos-cirúrgicos, bem como terapêuticos e de diagnóstico. Além disso, seu funcionamento pode
operar de forma eletiva, quando há organização prévia das cirurgias do dia ou em urgência/emergência. A
grande complexidade que há dentro do setor cirúrgico, o risco eminente a Segurança do Paciente e da equipe
presente. Assim, o Centro Cirúrgico caracteriza-se por uma local de alto risco, passível de agravos
(Borchhardt, 2022).
Compreender o centro cirúrgico à luz de um espaço indutor de subjetividades de ordem político-
organizacionais torna-se um desafio para a gestão e, quando bem empregado, transforma-se em harmonia
e fluidez do setor. O cerne do CC baseia-se na logística organizacional do fluxo de pessoal – fixos ou por
escala – organizado pela Enfermagem. Evidentemente, ambiente em questão imprime a relação da equipe
interdisciplinar que balizam as diversas particularidades do planejamento do cuidado perioperatório
(MENESES, 2022).
A assistência de Enfermagem prestada durante o período perioperatório, com ênfase na gestão
do cuidado ao paciente através da aplicação científica e a prática baseada em evidências com alicerce
na Sistematização da Assistência de Enfermagem, favorecendo, portanto, a recuperação mais rápida e
eficaz do paciente. Nesse sentido, a excelência das ações do cuidado em enfermagem seja ele direto
ou indireto, mostram a eficácia da assistência sistematizada, integral e diminuem os possíveis erros
durante o ato operatório (BORGES, 2022).
Em 2009 a Organização Mundial de Saúde lançou o programa Cirurgias Seguras Salvam
Vidas que faz parte do 2º desafio global para segurança do paciente. Baseado em estudos que mostram
que metade dos erros e danos pósoperatórios eram evitáveis. Assim o checklist surgiu como proposta
a ser implementada nas instituições para alcançar os objetivos da Organização Mundial de Saúde,
gerenciando por três fases: antes da indução anestésica, antes de início da cirurgia e antes que o
paciente saísse da sala cirúrgica (AMAYA et al., 2015).
A formação de recursos humanos em centro cirúrgico requer qualificação adequada e de
qualidade. Portanto, compreende-se que a gestão do centro cirúrgico e a segurança do paciente tornam-
se elementos indispensáveis para a eficácia da assistência de enfermagem em centro cirúrgico.Assim,
houve a gênese do seguinte questionamento que norteará o presente estudo: Quais os desafios para a
formação de recursos humanos em Enfermagem perioperatória?
Dessarte, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre a formação
de recursos humanos em Enfermagem Perioperatória.

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão da literatura, cujo intuito foi reunir diferentes estudos publicados sobre o
tema de maneira objetiva e imparcial a fim de responder a pergunta em questão. A revisão bibliográfica
também é denominada de Revisão de literatura, é parte de um projeto de pesquisa, que revela explicitamente
o universo de contribuições científicas de autores sobre um tema específico (SANTOS; CANDELORO,
2006).
Diante disso, para levantamento dos artigos, foi realizada uma busca nas bases de dados científicas
Scientific Electronic Library Online (SCIELO), LiteraturaLatino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS) e Base de Dados da enfermagem. As buscas foram realizadas entre o período de janeiro
de 2023 a fevereiro de 2023. Utilizando-se, nas buscas, os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS):
“Enfermagem Cirúrgica”, “Segurança do Paciente”, “Centro Cirúrgico” e “Gestão do cuidado”, utilizando
o operador booleano “AND” para o cruzamento dos descritores.
Os critérios de inclusão foram textos em português e disponível na íntegra. O critério de exclusão
foram artigos que fizeram fuga ao tema.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com os estudos encontrados nas bases de dados supracitadas, os principais desafios

313
para a formação de recursos humanos em centro cirúrgico na área da Enfermagem são, a saber: salários
desproporcionais para a categoria, excesso de trabalho, má distribuição de pessoal, pouca ou ausência de
materiais, baixas condições de trabalho, má organização do setor e alta rotatividade de turno.
A qualidade de vida está relacionada com o ambiente de trabalho e este influencia diretamente
podendo potencializar ou empobrecer através de danos mentais ou físicos. A vivência no ambiente de
trabalho em centro cirúrgico torna-se estressante mediante as más condições laborais, cansaço e estresse.
Ademais, os ganhos salariais também implicam na formação do profissional de enfermagem em centro
cirúrgico uma vez que, quando abaixo do esperado, alteram a qualidade de vida e a própria formação; mas,
quando adequados, transformam-se em motivação. Contudo, lamentavelmente, a categoria da Enfermagem
ainda é uma profissão muito mal remunerada no Brasil. Os honorários baixos da categoria são apontados
como causa da maior insatisfação profissional. (SANTOS, 2019).
Os desafios observados quanto às atividades gerencias no centro cirúrgico são oriundos das
condições intrínsecas do próprio setor, marcados pela imprevisibilidade e a exigência constante de
organização e planejamento das ações. Somado a isso, encontram-se, também, a falta de recursos matérias
e, especialmente, humanos. Além disso, os conflitos entre categorias de trabalham são presentes do
ambiente do centro cirúrgico, o que implica a falta de interesse me especializar-se já área ou sair do setor
(SILVA, 2019; SANTOS, 2022).
O gerenciamento os insumos do centro cirúrgico cabem ao profissional de enfermagem
favorecendo o quantitativo necessário e prestar assistência de qualidade. Contudo, estudos mostram que
participação ativa do enfermeiro está limitada, atentando-se somente a distribuição dos materiais no setor.
Sabe-se que o profissional de enfermagem possui qualificação para desempenhar atividades de
responsabilidade técnica e, portanto, tem competência para participar da aquisição dos materiais à luz do
centro cirúrgico. Quando o processo de trabalho do enfermeiro está prejudicado, a insatisfação se faz
presente, logo, há evasão do setor (MARTINS, 2021).
Enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem que atual em CC vêm
suportando acúmulo de carga de trabalho cada vez maior, com distribuição de pessoa de forma errônea para
cada pacientem. Além disso, a manipulação de sustâncias tóxicas de ordem física, química e biológica,fazem
com que haja diminuição da procura por qualificação na área (RAMOS, 2021).
Outros entraves que permeiam o ambiente de cirurgia são a falta de apoio mediante a demanda
institucional, a comunicação ineficaz, profissionais trabalhando sem qualificação ou atuando em funções
incompatíveis com as suas respectivas responsabilidades. Estes percalços se somam e comprometem a
fluidez do setor, a harmonia entre os profissionais e, evidentemente, fica exposta a má qualidade da
assistência (MIRANDA, 2019). Com vistas aos recursos humanos em centro cirúrgico, outro fator que
influencia na baixa adesão ao ambiente é a alta quantidade de pessoas circulando na sala de cirurgia, o que
leva a maior probabilidade de erros significativos ao paciente. Estudos mostraram que, em média,
acontecem 60 distrações durante o ato operatório devido a alta soma de pessoal circulante (RIBEIRO,
2019).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com este estudo ficou evidente que a formação de recursos humanos em centro cirúrgico é um
desafio para a profissão de enfermagem. Existem inúmeros fatores que influenciam o interesse ou a
formação continuada do profissional enfermeiro no ambiente do centro cirúrgico, o que acarreta em excesso
de trabalho por falta de pessoal. A categoria necessita de reconhecimento salarial, qualidade na gestão e
efetividade quanto ao uso de suas atribuições dentro do centro de cirurgia.
Além disso, vale ressaltar que há necessidade de apoio por parte das gestões institucionais e do
próprio Estado na formulação de um dimensionamento de enfermagem ideal para a necessidade da
instituição, condições de trabalho satisfatórias, distribuição de recursos materiais e humanos, capacitação e
melhorias para um trabalho multiprofissional.
Este artigo contribuiu verificando a necessidade dos processos educativos para sensibilização das
equipes na percepção da importância de uma atuação segura dentro do centro cirúrgico, confirmando que
uma atuação conjunta promove assistência e qualidade ao paciente e equipe. Verificado pela participação
ativa dos enfermeiros e percepção sobre o gerenciamento de riscos na prática do trabalho em centro

314
cirúrgico para melhor assistência.
REFERÊNCIAS

AMAYA, Marly Ryoko et al. Análise do registro e conteúdo de checklists para cirurgia segura. Esc. Anna
Nery, v. 19, n. 2, p. 246-251, 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20150032. Acesso
em: 15 fev. 2023.
BORCHHARDT, S. V. B.; RODRIGUES, S.; SILVA, S. M. S; CALVETTE, A. M.; SIQUEIRA, H. C. H.
Gestão do cuidado para segurança do paciente no centro cirúrgico: contribuições do enfermeiro. Research,
Society and Development, v. 11, n. 6, e25711629075, 2022. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-
v11i6.29075
BORGES, R. M.; SILVA, I. G. L.; FERREIRA, R. L.; MATOS, R. S.; GOMES, J. R. A. A.; ARAÚJO, S.
M. N.; CORGOZINHO, M. M.; OLIVEIRA, E. V. S.; SCHIFFER, R. B. M.; GREGAS, R. S.;
NASCIMENTO, C. M.; BRANDÃO, V. F. Gestão do conhecimento na assistência pelo enfermeiro
perioperatório: revisão sistemática. HRJ, v. 3, n. 4, 2022.
MARTINS, K. N.; BUENO, A. A.; MAZONI, S. R.; MACHADO, V. B.; EVANGELISTA, R. A.;
BOLINA, A. F. Processo gerencial em centro cirúrgico sob a ótica de enfermeiros. Acta Paulista de
Enfermagem, v. 34, eAPE00753, 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.37689/acta-ape/2021AO00753
MENESES, R. O.; DIAS, N. R. A.; ARAÚJO, S. T. C.; FASSARELLA, C. S.; PINTO, C. M. I.;
FIGUEIREDO, N. M. A. Objetivando subjetividades nos agenciamentos da enfermagem na gestão do
centro cirúrgico: estudo observacional. Enfermagem Brasil, v. 21, n. 4, p. 442-461, 2022.
MIRANDA, A. R.; PINHEIRO, M. G.; SILVA, E. R. O processo de trabalho no centro de material e
esterilização: percepção da equipe de enfermagem. Revista Científica de Enfermagem, v. 9, n. 27, p. 33-
45, 2019.
RAMOS, C. S.; SANTOS, I. A. S.; SILVA, A. G. I.; BARROS, R. T. D.; BARROS, R. L. M.; BAILÃO,
T. F. S.; OLIVEIRA, V. M. L. P.; MENDES, L. O.; BRITO, E. M.; OLIVEIRA, B. C.; BARBOSA, J. F.;
CAMPOS, R. C. C.; VALE, K. M.; COUTO, A. M. F. A. Estresse ocupacional presente nas atividades da
equipe de enfermagem em centro cirúrgico: revisão integrativa. Research, Society and Development, v.
10, n. 4, e13310413872, 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13872
RIBEIRO, W. A.; MATTOS, I. F.; MORAIS, M. C.; SOUZA, D. M. S.; COUTO, C. S.; MARTINS, L. M.
Cirurgia segura: a enfermagem protagonizando a segurança do paciente no centro cirúrgico. Revista Pró-
UniversSUS, v. 10, n. 1, p. 66-71, 2019.
SANTOS, Jaqueline da Silva et al. Teste Piloto de Checklist de Cirurgia Segura: Relato de Experiência.
Rev. Enferm UFPI. v. 6, n. 1, p. 76-79, 2017. Disponível em:
http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=BDENF
&lang=p &nextAction=lnk&exprSearch=31977&indexSearch=ID. Acesso em: 15 fev. 2023.
SANTOS, D. A. C.; MORAIS, D. S. V. D.; FRANCO, R. V. B.; GOMES, J. R. A. A. Qualidade de vida
sob a ótica de enfermeiros do centro cirúrgico de um hospital público. Enfermagem em Foco, v. 10, n. 4,
2019.
SANTOS, G. F.; SILVA, B. M. S.; PINHEIRO, B. M.; COSTA, D. G.; ALMEIDA, E. A.; RAMOS, F. A.
S.; SOUZA, J. M.; SARAIVA, L. I. M. A importância da atuação do profissional de Enfermagem no Centro
Cirúrgico. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 23, n. 2, p. 1-9, 2022. DOI:
https://doi.org/10.25248/REAS.e11867.2023
SILVA, M. J. M.; NOGUEIRA, L. S.; FONTES, F. L. L.; SANTOS, A. R. F.; CORADO, J. R.; LACERDA,
A. R. A.; VIANA, V. M. O.; VIANA, V. A. O.; SOARES, J. C.; BARBOSA, S. S.; FREITAS, E. P.;
NUNES, R. E. S.; OLIVEIRA, A. F.; LOPES, M. C. F.; SALES, W. S. Atividades gerenciais
desempenhadas pelo enfermeiro em centro cirúrgico: obstáculos enfrentados pelo profissional no setor.
Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 17, e652, p. 1-6, 2019. DOI:
https://doi.org/10.25248/reas.e652.2019

315
DOI 10.29327/1192726.1-59

ASPIRINA COMO TRATAMENTO PROFILÁTICO PARA PRÉ


ECLAMPSIA EM GESTANTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

¹Laura Elisa Volz


1 Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida (FESAR)

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: laura.volz@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A pré eclampsia é uma condição que se caracteriza pelo aumento da pressão arterial
durante a gestação e que se não tratada pode ocorrer complicações tanto para a gestante como para o
bebê. A aspirina é um medicamento do grupo das AINES utilizada contra dor, febre e inflamação. Este
medicamento tem sido estudado há alguns anos como tratamento profilático de pré
eclampsia.OBJETIVO: Avaliar a eficácia da aspirina como tratamento profilático para pré eclampsia.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados da PUBMED,
utilizando os descritores em ciências da saúde: aspirina e pré eclampsia e suas variantes em inglês. Os
critérios de inclusão foram de publicações nos últimos 5 anos e texto disponível na íntegra e gratuitos
nos idiomas inglês e português; a exclusão baseou-se em duplicidade e artigos não condizentes com o
objetivo da pesquisa. Após a inclusão e exclusão, a amostra total contou com 7 artigos. RESULTADOS:
Observou-se que a eficiência da aspirina depende de vários fatores, principalmente se tiver histórico de
hipertensão arterial sistêmica, a eficácia em mulheres com alto rico e hipertensão crônica são baixas já
em gestantes que desenvolveram hipertensão de estágio 1 tiveram ótimos resultados com a aspirina.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os artigos demonstraram que a aspirina pode sim atuar
como tratamento profilático, entretanto, existem vários fatores que influenciam o quão esse medicamento
pode atuar na gestante. Dentre esses fatores estão a cronicidade de uma hipertensão anterior, a gravidade,
os riscos, quando se inicia o tratamento e o acompanhamento. Logo, é visto que a aspirina traz sim
benefícios para saúde da gestante com risco de pré eclampsia, porém ainda é necessário estudos para
entrar em uma conclusão do quão eficaz ela seria em diferentes grupos de mulheres, para que assim,
fique mais claro na hora de repassar esse medicamento.

Palavras-chave: Aspirina, pré eclampsia, gestação.

REFERÊNCIAS:

Abdi, N., Rozrokh, A., Alavi, A., Zare, S., Vafaei, H., Asadi, N., Kasraeian, M., & Hessami, K. (2020).
The effect of aspirin on preeclampsia, intrauterine growth restriction and preterm delivery among healthy
pregnancies with a history of preeclampsia. Journal of the Chinese Medical Association : JCMA, 83(9),
852–857. https://doi.org/10.1097/JCMA.0000000000000400

Diguisto, C., Le Gouge, A., Marchand, M. S., Megier, P., Ville, Y., Haddad, G., Winer, N., Arthuis, C.,
Doret, M., Debarge, V. H., Flandrin, A., Delmas, H. L., Gallot, D., Mares, P., Vayssiere, C., Sentilhes, L.,
Cheve, M. T., Paumier, A., Durin, L., Schaub, B., … Groupe de Recherche en Obstétrique et Gynécologie
(GROG) (2022). Low-dose aspirin to prevent preeclampsia and growth restriction in nulliparous women
identified by uterine artery Doppler as at high risk of preeclampsia: A double blinded randomized placebo-
controlled trial. PloS one, 17(10), e0275129. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0275129

316
Hauspurg, A., Sutton, E. F., Catov, J. M., & Caritis, S. N. (2018). Aspirin Effect on Adverse Pregnancy
Outcomes Associated With Stage 1 Hypertension in a High-Risk Cohort. Hypertension (Dallas, Tex. :
1979), 72(1), 202–207. https://doi.org/10.1161/HYPERTENSIONAHA.118.11196

Hoffman, M. K., Goudar, S. S., Kodkany, B. S., Metgud, M., Somannavar, M., Okitawutshu, J., Lokangaka,
A., Tshefu, A., Bose, C. L., Mwapule, A., Mwenechanya, M., Chomba, E., Carlo, W. A., Chicuy, J.,
Figueroa, L., Garces, A., Krebs, N. F., Jessani, S., Zehra, F., Saleem, S., … ASPIRIN Study Group (2020).
Low-dose aspirin for the prevention of preterm delivery in nulliparous women with a singleton pregnancy
(ASPIRIN): a randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Lancet (London, England), 395(10220),
285–293. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(19)32973-3

Huai, J., Lin, L., Juan, J., Chen, J., Li, B., Zhu, Y., Yu, M., & Yang, H. (2021). Preventive effect of aspirin
on preeclampsia in high-risk pregnant women with stage 1 hypertension. Journal of clinical hypertension
(Greenwich, Conn.), 23(5), 1060–1067. https://doi.org/10.1111/jch.14149

Mone, F., Mulcahy, C., McParland, P., Breathnach, F., Downey, P., McCormack, D., Culliton, M., Stanton,
A., Cody, F., Morrison, J. J., Daly, S., Higgins, J., Cotter, A., Hunter, A., Tully, E. C., Dicker, P., Alfirevic,
Z., Malone, F. D., & McAuliffe, F. M. (2018). Trial of feasibility and acceptability of routine low-dose
aspirin versus Early Screening Test indicated aspirin for pre-eclampsia prevention (TEST study): a
multicentre randomised controlled trial. BMJ open, 8(7), e022056. https://doi.org/10.1136/bmjopen-2018-
022056

Shen, L., Martinez-Portilla, R. J., Rolnik, D. L., & Poon, L. C. (2021). ASPRE trial: risk factors for
development of preterm pre-eclampsia despite aspirin prophylaxis. Ultrasound in obstetrics & gynecology
: the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology, 58(4), 546–
552. https://doi.org/10.1002/uog.23668

317
A RELAÇÃO ENTRE A MÁ ALIMENTAÇÃO, OBESIDADE E OS RISCO DE
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

¹Emanuela Victoria Lira Corrêa de Morais


¹ Júlia Batista Moura Alves
¹Marília Timo Pinheiro de Almeida
¹Maryana Silva Maia
¹Claudia Elaine Cestari
1. Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT). Cáceres, Mato Grosso, Brasil.
Eixo temático: Medicina
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: manu.v.lira@gmail.com
INTRODUÇÃO: O estilo de vida é vetor de muitas doenças principalmente para a população idosa, inclui-
se a alimentação e a obesidade como indicativos da probabilidade de eventos cardiovasculares. “A
obesidade atinge uma grande parcela de idosos em todo o mundo e é considerada preditora de risco para o
desenvolvimento de doenças crônicas, como as doenças cardíacas, as principais causas de óbito na
população idosa”. (SILVEIRA, 2016). OBJETIVO: Identificar na literatura a prevalência de obesidade e
má alimentação, com o aumento das chances de infarto agudo do miocárdio. METODOLOGIA: Buscou-
se artigos de revisão completos e resumos expandidos por meio da base de dados BVS, utilizando-se dos
descritores “Alimentação” AND “Obesidade” AND “Infarto” AND "Prevalência" nos idiomas Inglês e
Português no período de 2015-2022 que utilizaram instrumentos validados. RESULTADOS: Foram
escolhidos 3 artigos de estudo transversal, e observados alguns dados etiológicos que reforçam a relação
entre o estilo de vida e eventos cardiovasculares. SILVEIRA (2016) apontou que idosos têm uma
prevalência de 49,0% para obesidade, risco 1,87 vezes maior entre as idades de 60-69 anos e 70-79 anos,
como consequência do consumo alimentar favorecendo o risco de doença osteomuscular, diabetes mellitus
e infarto agudo do miocárdio. Já CHAVES (2015) apontou a taxa de prevalência de história de infarto do
miocárdio de 2,6% em um grupo, 67,5% eram do sexo feminino, com índice de massa corporal de 29,7 ±
5,9 kg/m², enquanto as taxas de tabagismo, dieta não saudável, estilo de vida sedentário e estresse
psicológico foram de 29,3 %, 41,2%, 58,2% e 56,6%. Esse estudo demonstrou ainda que a prevalência geral
de obesidade e sobrepeso foi de 79,6%; as taxas de pré-hipertensão e hipertensão sistêmica foram de 39% e
25%, respectivamente. Enquanto, RODRIGUES (2017) demonstrou segundo o Escore de Risco de
Framingham, 84% da população analisada foi considerada baixo risco e 16% de risco intermediário/alto, já
de acordo com o Escore de Risco Global, 18% foram baixo risco, 45% de risco intermediário e 37% de alto
risco para infarto ou morte por doença coronária em 10 anos. CONCLUSÃO: Diante dos estudos analisados
conclui-se a forte relação entre obesidade, alimentação, estilo de vida e o aumento dos riscos de eventos
cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio. O peso corporal se destaca como importante
marcador de risco para esses eventos, fazendo-se necessário atenção na prática clínica. Dessa forma fica
evidente a necessidade de medidas, a nível de saúde primária, de prevenção e promoção de saúde para que
possam diminuir a prevalência dessas doenças e garantir qualidade de vida para pessoas principalmente
idosas, muito acometidas por essas estatísticas.

Palavras-chave: Alimentação; Obesidade; Infarto; Prevalência.


REFERÊNCIAS:

318
CHAVES, Graciela et al. Prevalencia de factores de riesgo cardiovascular en una población adulta
ambulatoria urbana: estudio AsuRiesgo, Paraguay. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 38, n. 2,
p. 136-143, 2015.

RODRIGUES, Juliane Soares et al. Gordura Corporal e Ácido Úrico Estão Relacionados com Escores de
Risco Cardiovascular? Análise Transversal no Programa de Intervenção PROCADIO-UFV. International
Journal of Cardiovascular Sciences, v. 30, p. 313-324, 2017.

SILVEIRA, Erika Aparecida da et al. Obesidade em idosos e sua associação com consumo alimentar,
diabetes Mellitus e infarto agudo do miocárdio. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 107, p. 509-517,
2016.

319
DEPRESSÃO PÓS-PARTO E SUAS IMPLICAÇÕES NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
1Maria Eduarda Mendes Pires
2
Giovanna Metzker de Brito
3
Guilherme Hipólito Cândido da Mata
4
Alana Alves Oliveira
5
Millena Cardoso Sales Santos
6
Heloísa Silva Guerra

1, 2, 3, 4, 5, 6 Universidade de Rio Verde (UniRV). Aparecida de Goiânia, Goiás, Brasil.


Eixo temático: Medicina
Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: mariamendespires@outlook.com
INTRODUÇÃO: A depressão pós-parto (DPP) é uma condição que atinge de 10 a 15% das mulheres após
o nascimento dos filhos. Estudos demonstram que a DPP está associada a alterações importantes na relação
mãe-bebê, desfavorecendo o desenvolvimento infantil, e provocando déficits na saúde mental, cognitiva e
social da criança. OBJETIVO: Estabelecer a relação desfavorável entre DPP e desenvolvimento infantil.
METODOLOGIA: Tal estudo consiste em uma revisão narrativa da literatura, na qual optou-se pela análise
de artigos científicos nas bases de dados Google Acadêmico, LILACS e SCIELO, visando estudar a relação
existente entre a DPP e o desenvolvimento infantil. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre
1997 e 2021 na língua portuguesa, com delineamento observacional e aspectos qualitativos e/ou
quantitativos. Os descritores utilizados foram “depressão pós-parto” e “desenvolvimento infantil”, unidos
pelo operador booleano “AND”. Não houveram critérios de exclusão. RESULTADOS: É de extrema
importância ratificar a diferença existente entre a tristeza puerperal e a depressão pós parto. O primeiro
termo é definido como um distúrbio psíquico leve e transitório que inicia-se entre o 3° e o 4° dia do
puerpério e tem remissão espontânea dentro de uma semana a dez dias. Já a DPP é um transtorno tido como
moderado a severo que tem início insidioso entre a 2° e a 3° semana do puerpério, cuja remissão depende
intimamente de um diagnóstico precoce e de um tratamento adequado. Tal distúrbio, que é marcado por
tristeza profunda, sentimento de culpa, e desinteresse por atividades antes prazerosas, pode ser
consequência de uma gestação complicada. Sabendo-se disso e que a mãe tem um papel extremamente
importante no surgimento e no desdobramento da consciência do bebê, além de participação vital no
processo de aprendizagem, é possível estabelecer uma associação direta entre DPP e impacto no
desenvolvimento infantil. É fato que uma mulher triste, chorosa, abatida, com distúrbios de sono, idéias
suicidas e desinteresse sexual não tem capacidade de oferecer ao seu filho todos os estímulos sensoriais,
afetivos e sociais que ele necessita para ter um bom desenvolvimento, o que culmina em uma criança
insegura, ansiosa, inquieta e apática. É possível exemplificar isso através da situação de uma mãe que não
consegue amamentar devido à DPP: sabe-se que esse ato é responsável por garantir ao bebê a oportunidade
de aprender e praticar a percepção e a orientação, fatores essenciais para um bom desenvolvimento mental,
que fica prejudicado em situações onde não ocorre esse evento. Além disso, uma mãe depressiva não
consegue falar muito com seu filho, o que afeta diretamente o desenvolvimento da fala dessa criança, uma
vez que a voz da mãe oferece estímulos indispensáveis para o desenvolvimento dessa forma de expressão
Diferentemente dos filhos de mulheres acometidas pela DPP, os bebês que recebem um bom apoio materno
rapidamente fixam-se como indivíduos.: CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os agravos
puerperais têm papel importante no binômio mãe-filho, impactando na qualidade de vida de ambos. Desta
forma, perfaz-se que a DPP impacta negativamente na progressão infantil, podendo, consequentemente,
resultar em inseguranças, ansiedade, inquietude e apatia infantil.
Palavras-chave: Depressão pós-parto, Desenvolvimento infantil, Período Pós-Parto.

REFERÊNCIAS

1. BARROS, M. V. Vieira et al. Perfil sociodemográfico e psicossocial de mulheres


com depressão pós-parto: uma revisão integrativa. Revista de Atenção À Saúde,
[S.l.], v. 17, n. 59, p. 122-139, maio 2019.

320
2. DAMACENA, M. P. R. et al. Depressão pós-parto e os efeitos no desenvolvimento
infantil: uma revisão de literatura. Panorâmica, [S. L.], v. 30, p. 124-135, maio 2020.

3. GREINERT, B. R. M.; CARVALHO, E. R.; CAPEL, Hellen; MARQUES, Andréa


Grano; MILANI, Rute Grossi. A relação mãe-bebê no contexto da depressão pós-
parto: estudo qualitativo. Saúde e Pesquisa, [S.L.], v. 11, n. 1, p. 81, maio 2018.

4. MENDES, A. V. et al. Depressão materna e a saúde mental de escolares. Archives


Of Clinical Psychiatry (São Paulo), [S. l.], v. 35, n. 5, p. 178-186, 2008.

321
QUALIDADE DE VIDA EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE: ANÁLISE
RELACIONADA APÓS ATUAÇÃO NA COVID-19
¹Adriano Santos de Farias
²Luiz Eduardo Martins Borella
¹Michele Marinho da Silveira
1Atitus Educação (CESME). Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Brasil; 2Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões (URI). Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul. Brasil.

Eixo temático: Temas livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: adrianofariaas@gmail.com

INTRODUÇÃO: Os estudos relacionados à qualidade de vida se intensificaram, principalmente, em razão


de mudanças com a chegada da pandemia de covid-19. Entre os profissionais da área da saúde percebeu-se
fatores como atuação em ambientes insalubres, necessidade de esforços físicos e manejo das relações
interpessoais, além de extensas cargas de trabalhos que poderiam ser duplas ou até mesmo triplas jornadas
durante o período pandêmico podendo acarretar em menores índices na avaliação da qualidade de vida
destes profissionais. Desde o início da pandemia de covid-19 essa categoria esteve com a atuação no
combate ao vírus, assim, além dos fatores já enfrentados em situação de normalidade, tiveram que lidar com
mais o fator pandemia. OBJETIVO: Verificar a qualidade de vida dos profissionais de saúde durante a
atuação na pandemia de covid-19. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura,
constituída por uma análise, sem necessidade de uma metodologia rigorosa para sua elaboração. Para a
construção foram utilizadas publicações nas bases de dados relacionadas às ciências da saúde (Scielo,
Pepsic e Google Acadêmico) com publicações de 2020 a 2021, com as buscas relacionadas à Qualidade de
vida, Covid-19 e Profissionais de Saúde. RESULTADOS: Os profissionais da área da saúde possuem de
modo geral na sua vida ocupacional em situação de normalidade, índices menores nos domínios de
qualidade de vida “meio ambiente” e “psicológico” no desenvolver de suas atribuições em relação às demais
categorias de profissionais devido ao contato com a dor, sentimentos negativos, lidar com a morte no seu
cotidiano, necessidade de esforços físicos, entre outros. No cenário de pandemia estas atividades são
intensificadas por fatores como o desconhecimento da doença, medo, falta de equipamentos suficientes para
os profissionais e condições adequadas para realizar atendimentos com eficiência, além da necessidade de
cargas horárias extras em algumas categorias como a da enfermagem resultando em sobrecarga de trabalho
e esgotamento físico. Percebe-se diferenças de acordo com a categoria profissional, entre os médicos o
domínio “psicológico” foi o mais afetado, enquanto para a categoria de enfermagem o domínio“meio
ambiente” foi o mais afetado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pandemia de covid-19 trouxe desafios para
toda a população, a categoria de profissionais da saúde, principalmente aqueles atuantes dentro de hospitais
foi mais atingida pelo contato com o vírus. Assim, ao analisar a literatura percebe-se que os domínios de
qualidade de vida no geral obtiveram pontuações menores em relação aos estudos anteriores à pandemia.
Vê-se também diferenças de domínios entre as categorias profissionais. Desse modoé notório que a qualidade
de vida destes profissionais atuantes no combate à pandemia que estiveram em contato com estressores,
necessitam de meios para lidar com possíveis consequências na sua vida pós pandemia como capacitações,
formações e recursos para gestão das emoções, lidar com o estresse entre outros fatores que podem aparecer
com o tempo.

Palavras-chaves: Qualidade de vida; Covid-19; Profissionais de Saúde.


REFERÊNCIAS

322
PIRES, Bruna Maiara Ferreira Barreto et al. CALIDAD DE VIDA DE LOS PROFESIONALES DE LA
SALUD DESPUÉS DEL COVID-19: UN ESTUDIO TRANSVERSAL. Cogitare Enfermagem, v. 26,
2021.

OLIVEIRA, Graziella Lage; RIBEIRO, Adalgisa Peixoto. Relações de trabalho e a saúde do trabalhador
durante e após a pandemia de COVID-19. 2021.

CRUZ, Roberto Moraes et al. COVID-19: emergência e impactos na saúde e no trabalho. Revista
Psicologia Organizações e Trabalho, v. 20, n. 2, p. I-III, 2020.

323
A RELEVÂNCIA DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA

¹Ammanda Hermes De Oliveira

¹Êmile Lopes Nunes

¹Guilherme Torres Queiroz De Magalhães

¹Samara Nunes Santos

²Alana Cristiny Miranda Soares

1 Universidade Federal Do Recôncavo da Bahia. Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brasil; 2 Universidade
Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: ammandaher@gmail.com

INTRODUÇÃO: O desenvolvimento do entendimento de saúde ao longo das décadas resultou no campo da


saúde coletiva, uma área multidisciplinar e que envolve a problemática da saúde sexual e reprodutiva. De início,
as primeiras ações de saúde pública restringiam-se ao cuidado para com a mulher, com enfoque no ciclo
gravídico-puerperal. Ao longo das décadas seguintes, essa cobertura e cuidado foram expandindo-se, mas é só
na década de 90 em que surgem os “direitos sexuais” que visam garantir a liberdade de viver e expressar a
sexualidade e orientação sexual sem distinção ou preconceito. Vale ressaltar que a Portaria N° 2836 de
dezembro de 2011 assegura equidade na promoção dos direitos reprodutivos e sexuais da população
LGBTQIAPN+, assegurando o acesso integral à saúde. Este trabalho aponta a necessidade de ampliar o
conhecimento e a discussão sobre o problema, além da elaboração de intervenções mais coerentes para a
população mais vulnerável. OBJETIVO: Compreender a importância dos saberes da saúde sexual e reprodutiva
que permeia a Atenção Primária no Brasil. METODOLOGIA: O método utilizado foi a revisão bibliográfica e
documental, de forma descritiva com pesquisa qualitativa. Os critérios de inclusão utilizados foram documentos
oficiais produzidos pelo Conselho Federal de Medicina ou Ministério de Saúde, sob os termos “saúde sexual e
reprodutiva" e “atenção primária”, publicados nos últimos 20 anos. Após leitura de resumos dos documentos
encontrados, excluiu-se revisões de literatura, resumos e documentos que possuíam edições mais recentes.
Ademais, buscou-se portarias, documentos complementares de acesso livre no Ministério da Saúde e Conselho
de Medicina na base de dados SCIELO e PubMed que tratavam acerca desses direitos da população
LGBTQIAPN+ e dos adolescentes, publicados nos últimos 20 anos em periódicos nacionais. RESULTADOS:
De acordo com as definições da OMS, a sexualidade é vivida e expressa por meio de pensamentos, fantasias,
desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos. Diante disso,
evidencia-se que a sexualidade está intrinsecamente ligada à qualidade de vida e saúde das pessoas, sendo
aspecto de extrema relevância na atuação dos profissionais de saúde e para isso é essencial a atuação na Atenção
Primária para além do modelo biomédico, fornecendo um ambiente seguro, acolhedor, livre de julgamentos e
cooperando em desmistificar dúvidas e tabus em torno da sexualidade, ISTs, masturbação, identidade sexual,
religiosidade, mudanças da puberdade, entre outros. Outrossim, é relevante mencionar também a inter-relação
entre o planejamento familiar e a Atenção Primária, visto que a escuta qualificada, aconselhamento,
acompanhamento clínico e apresentação do leque de métodos e técnicas anticoncepcionais para os indivíduos
como meio de garantir integralmente a efetivação dos direitos sexuais e reprodutivos. CONCLUSÃO: A
sociedade brasileira ainda caminha com passos tímidos na direção de efetivar os direitos sexuais e reprodutivos
devido a entraves como a desigualdade social, a invisibilidade de determinados grupos sociais e o persistente
enfoque na gestação-parto. Entretanto é possível notar que programas e preceitos da Atenção Primária e da

324
Saúde da Família, sob a perspectiva da saúde coletiva, mostram avanços para assegurar e ampliar tais direitos
por meio do acesso à informação e atendimento humanizado.

PALAVRAS-CHAVE: ATENÇÃO PRIMÁRIA; ANTICONCEPÇÃO; EDUCAÇÃO SEXUAL;


SAÚDE REPRODUTIVA.

ADOLESCÊNCIA, contracepção e ética. Conselho Federal de Medicina: FEBRASGO/ SPP, 2006. Disponível
em: https://portal.cfm.org.br/artigos/adolescencia-contracepcao-e-etica-diretrizes/?lang=en. Acesso em: 3 set.
2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas


Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais, 2009. Brasília. 2009. V.1.
Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/direitos_sexuais_reprodutivos_metodos_anticoncepcionais.pdf>
. Acesso em: 03 set. 2022.

Caderno de atenção domiciliar. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério
da Saúde, 2013. Disponível em: saude_sexual_saude_reprodutiva.pdf. Acesso em: 3 set. 2022.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 2.836, de 11 de dezembro de 2011. Institui, no âmbito do Sistema


Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (Política Nacional de Saúde Integral LGBT). [S. l.], 2011.

325
ANÁLISE DOS MOTIVOS DE EVASÃO À COLETA DO EXAME
CITOPATOLÓGICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

1
Neuma Cunha Medeiros

2
Ayara Almeida Souza Cabral

3
Adryelle Cristine Cândido Santos

4
Monyck Maria da Silva Muniz

5
Raquel Pereira da Costa Silva

6
Lucilene dos Santos Azevedo Melo

7
Lháisa Silva Soares

8
Luana Almeida dos Santos

1
Universidade Regional do Cariri (URCA). Iguatu, Ceará, Brasil;
2
Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém, Pará, Brasil;
3
Universidade Federal de Mato Grosso(UFMT). Cuiabá, Mato Grosso, Brasil;
4
Centro Universitário Estácio. São Luís, Maranhão, Brasil;
5
Faculdade Adventista da Bahia(FADBA). Cachoeira, Bahia, Brasil;
6
Universidade da Amazônia(UNAMA). Belém, Pará, Brasil;
7
Centro Universitário Vértice(UNIVÉRTIX). Matipó, Minas Gerais, Brasil;
8
Universidade do Oeste do Pará(UFOPA). Santarém, Pará, Brasil

Eixo temático: Temas livres em ciências da saúde

Modalidade: Pôster

E-mail 1° autor: Neuma.medeiros@urca.br

INTRODUÇÃO: De acordo com a OMS, o câncer de colo do útero é uma das neoplasias mais frequentes
e que acarreta em grandes taxas de mortalidade entre as mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos. Seu
método de rastreamento é o exame citopatológico, que deve ser realizado nas mulheres nessa faixa etária
com atividade sexual ativa. Esse exame, popularmente conhecido como Papanicolau, é o teste utilizado para
identificar lesões precursoras do câncer de colo de útero, por possuir grande eficiência e especificidade. No
âmbito da atenção primária, as equipes de saúde são responsáveis pelo rastreamento, por ter vínculo com a
população adscrita e possuir maior facilidade para a identificar as mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos
e aquelas que possuem fatores de risco para CA de útero, além de realizar a busca ativa das mulherespara a
realização da coleta. OBJETIVO: Analisar os motivos que levam as mulheres a não realizar o exame
citopatológico do colo uterino na AB. METODOLOGIA: Revisão narrativa de caráter descritivo-
discursivo, feita através das bases de dados online: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura

326
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Google acadêmico e manuais do
ministério da saúde com a utilização dos descritores: Exame Papanicolau, Atenção Primária à Saúde e
Neoplasias do Colo do Útero. Foram selecionados estudos em português, na íntegra e publicados de 2010a
2022 A formulação do presente estudo foi realizada em dezembro de 2022. RESULTADOS: Estudos
evidenciaram que os motivos da baixa adesão das mulheres ao exame citopatológico está atrelado a vários
fatores, tais como: vergonha ou medo da coleta, baixo nível de conhecimento, crenças culturais,
desconhecimento da importância do exame, incompatibilidade de horário, atendimento insatisfatório e
demora na entrega dos resultados. Esses fatores levam as mulheres a não realizar o exame ou então buscar
clínicas particulares, desencadeando em baixos índices de coleta nas unidades básicas de saúde. O tipo de
acolhimento recebido no sistema de saúde são os fatores que mais influenciam a não realização do exame.
Pesquisas mostraram que, a forma em que o profissional aborda a mulher na hora da consulta e como ele
repassa informações são elementos importantes para tranquilizar a mulher e esta perder o medo e vergonha
e tirar dúvidas quanto à sua saúde. Outro impedimento diz respeito ao horário de atendimento das UBS, por
ser em horário comercial, muitas usuárias não podem comparecer por estar no trabalho e muitas preferem
buscar a rede particular pela flexibilidade de horário e pelo resultado mais rápido. CONCLUSÃO: Em
síntese, é notório que os profissionais que atuam na atenção básica deve ter um olhar diferencial para esta
questão atualizando-se sempre pra está preparado para a realização do exame, não fazendo uma coleta
mecânica, atentando-se a uma abordagem acolhedora, respeitando o desconhecimento sobre o tema, as
diferenças culturais, religiosas e socioeconômicas de cada paciente.

Palavras-chave: Exame Papanicolau; Atenção Primária à Saúde; Neoplasias do Colo do Útero.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Falando sobre câncer do colo
do útero. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância
(Conprev)2002.

DE CAMARGOS, José Maria. Causas da não adesão ao exame citopatológico cérvico uterino: uma revisão
bibliográfica. 2013.

TOMASI, Elaine et al. Estrutura e processo de trabalho na prevenção do câncer de colo de útero na Atenção
Básica à Saúde no Brasil: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade–PMAQ. Revista Brasileira de
Saúde Materno Infantil, v. 15, p. 171-180, 2015.

327
IMPACTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DA MATERNIDADE NA VIDA DA
MULHER
¹Francisca Marina Peres Moreira

¹Natália Santos Marques

1 Universidade Federal do Ceará (UFC). Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Psicologia

Modalidade: formato pôster


E-mail: marinaperes246@gmail.com

Resumo

Ao passar dos séculos, o papel da mulher tem sido reduzido à maternidade e aos cuidados voltados à família.
A maternidade tem sido encarada como um instinto presente em todas as mulheres, sendo supostamente
uma característica feminina onipresente. No entanto, quando a maternidade passa a ser indesejada por uma
mulher que, por alguma razão, não se identifica ou deseja cumprir o papel exigido, ela sofre com a pressão
social e o sentimento de auto culpa. O presente trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão acerca do
impacto que a construção histórico-sociológica da maternidade tem na vida da mulher. Para isso, foi feito
uma revisão de literatura, através das plataformas Google Acadêmico e SciElo, em que foi buscado pelas
palavras-chave “maternidade” e “patriarcado”. Dessa busca, resultaram quarenta trabalhos científicos, em
que os seis mais relevantes para a reflexão da problemática foram analisados na íntegra. Com isso, a análise
dos trabalhos indicou que a maternidade é uma construção histórica, influenciada pelo patriarcado e
capitalismo. Embora a experiência de ser mãe esteja ligada diretamente à individualidade da mulher, a
sociedade ignora essa experiência individual em virtude de um dever que deve ser cumprido pelas mulheres
de forma ampla.
Palavras-chave: maternidade; mulher; maternidade indesejada.

1 INTRODUÇÃO

Ao longo da história da civilização humana, a formação da família passou por diversas mudanças e
reformulações, sempre sendo influenciada pelo momento histórico, cultura e sistema econômico
predominante (Lerner, 2019). Nem sempre o papel da mulher, como mãe dedicada e amorosa, e o valor da
maternidade foram definidos como se conhece atualmente. No entanto, com as mudanças sociais,
especialmente com o desenvolvimento do capitalismo, a característica biológica das mulheres de possuírem
a capacidade de gerar uma vida a partir de seu próprio corpo, foi vinculado o papel de cuidar da prole e
reforçou a concepção de maternidade, com as características de amor, cuidado e dedicação incondicional
(Zanello, 2018). A partir disso, a maternidade vem sendo encarada como um destino comum a todas as
mulheres e funcionando como uma norma social que é essencial para compor a identidade feminina.

Nessa perspectiva, mesmo a maternidade sendo imposta às mulheres de forma ampla no mundo ocidental,
muito se fala sobre os impactos da gravidez indesejada na vida da mulher, mas pouco se fala dos impactos
de quando a maternidade é indesejada. Os aspectos da maternidade são tão pouco refletidos que muitas
vezes se associa gravidez à maternidade, mas é valido relembrar que esses dois termos representam
conceitos diferentes. Correia (1998), aborda a diferença entre gravidez e maternidade, enquanto a gravidez
se trata de uma fase temporária de mudança biológica e psicológica, que geralmente dura 42 semanas, a

328
maternidade não se trata de um período biológico, mas sim de uma vivência social, psicológica e pessoal
na vida da mulher que envolve outro indivíduo, o filho, e um papel a ser assumido na família. Quando a
maternidade não é desejada, mas assim mesmo é vivenciada, a mulher sofre diretamente os impactos.

Dessa maneira, o seguinte trabalho tem como objetivo geral fazer um levantamento de literatura sobre os
impactos psicológicos e sociais da maternidade na vida de mulheres mães, e sua relação com a pressão
ideológica do mito do amor materno criado pela sociedade ao longo da história. Então, serão discutidas as
concepções da maternidade presentes na literatura consultada, o quanto a condição social de imposição da
maternidade é destacada na literatura e os impactos listados, do ponto de vista social e psicológico.

2 METODOLOGIA

O presente trabalho tem por base uma revisão bibliográfica de artigos e livros publicados a partir da década
de 1980. Foi usado como fonte de pesquisa as plataformas Google Acadêmico e SciElo. Foram analisados
trabalhos que retornaram de duas buscas de duas palavras-chave: “maternidade” e “patriarcado”, e que
foram classificados por ordem de relevância, de acordo com a plataforma. Na busca da palavra-chave
“maternidade” foram delimitados trinta trabalhos e selecionados cinco. Na busca da palavra-chave
“patriarcado” foram delimitados dez trabalhos, em que foi selecionado um livro, que contribuiu para a
análise histórica de como a maternagem foi imposta às mulheres. Como critério de exclusão, foram
excluídos textos repetidos e em outros idiomas, além dos trabalhos que, apesar de possuir a palavra-chave
“maternidade”, abordassem apenas impactos na saúde física. Os trabalhos científicos selecionados estão
descritos na tabela abaixo e estão organizados de acordo com a ordem alfabética do nome da primeira
autora.

Tabela

Autoras Título Ano de Tipo de Fonte


publicação trabalho
Pretextos -
MATERNIDADE: UMA Revista da
Deborah Kopke CONSTRUÇÃO 2017 Artigo Graduação de
Resende HISTÓRICA SOCIAL Psicologia da
PUC Minas

A criação do patriarcado: Editora


Gerda Lerner história da opressão das 2019 Livro Pensamento-
mulheres pelos homens Cultrix

A maternidade e o
Lucila Scavone feminismo: diálogo com 2001 Artigo Cadernos Pagu-
as ciências sociais SciElo

Revista –
Lucila Scavone As Múltiplas Faces da 1985 Artigo Caderno de
Maternidade Pesquisa
PSAU – Artigos
Maria de Jesus Sobre a maternidade 1998 Artigo em revistas
Correia nacionais
“Tem que ser uma escolha
Naiana Dapieve da mulher”! Psicologia &
Patias e Representações de 2012 Artigo Sociedade -
Caroline maternidade em mulheres SciElo
Stumpf Buaes não-mães por opção

329
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Maternidade: uma construção histórica

Ao longo da Idade Média até o século XVII, as crianças permaneciam vinculadas às famílias como filhos
por pouco tempo. Nas famílias aristocratas, após o nascimento, as crianças eram entregues à uma ama-de-
leite e permaneciam sob seus cuidados, até por volta, dos 8 anos de idade, até que eram enviados para
internatos ou conventos, onde receberiam educação. Enquanto isso, no feudo, as crianças iniciavam cedo o
processo de servidão. Assim, de forma geral, as crianças eram vistas como “pequenos adultos”. Até o século
XVIII, o carinho entre mãe e filho era visto como frouxidão diante da sociedade (Resende, 2016, 2017).
Nesse tempo, em ambas as classes sociais, o papel da mulher não estava diretamente associado aos cuidados
e dedicação exclusiva dos filhos e da família.

No entanto, no século XVIII com a Revolução Industrial e com o desenvolvimento do capitalismo, a mulher
começou a ser responsável pelos afazeres domésticos e a criação dos filhos. A consolidação do capitalismo
fez o Estado começar a se preocupar com a diminuição da taxa de mortalidade infantil, uma vez que a
criança adquiriu um valor mercantil de ser a futura mão de obra nas fábricas (Banditer, 1985). Com base
em um discurso econômico imposto pelos homens da classe dominante, coube às mulheres a
responsabilidade de cuidar da criança até que tenha idade o suficiente para vender a própria força de
trabalho. Dessa forma, o Estado começou a influenciar diretamente no corpo da mulher e que papel ela
deveria assumir para o “desenvolvimento” da sociedade.

O papel da maternidade na era pós-moderna

No século XX, ainda sob a enorme influência do capitalismo, momentos como o “The American Way of
Life”, que ocorreu nos Estados Unidos, foram de relevante importância para o patriarcado, que vinculou a
capacidade biológica da mulher ter filhos à imagem dos afazeres domésticos e criação dos filhos para a
manutenção da auto imagem de uma família feliz e sociedade organizada. Dessa maneira, Scavone (2001),
fala de como a maternidade, ao longo da história, foi mantida como um defeito natural que confina as
mulheres em uma “bio-classe”, que é ser mãe. Assim, é possível observar como a influência cultural
determina uma maternagem, que deve ser cumprida pela mulher a todo custo, mesmo sem ser desejada, as
vezes até mesmo além dos cuidados com os filhos (Zanello, 2018), submetendo a mulher a um dever social
e a um mito do amor materno, imposto pelo patriarcado, sem levar em consideração a individualidade da
mulher como ser humano.

Contudo, no final do século XX e primórdios do século XXI, o feminismo passou a lutar de forma intensa
pelos próprios direitos básicos, como voto, métodos contraceptivos e emancipação. O Movimento de
Libertação das Mulheres (MLM), movimento feminista francês da década de 1970, tinha como uma das
máximas “un enfant, si je, quand je veux” [‘uma criança, se eu quiser, quando quiser’], tinha como objetivo
acabar com a opressão das mulheres pelos homens e nesse viés, obter a pílula contraceptiva e o aborto legal
como direito, para reivindicar a livre escolha da maternidade.

Embora a luta feminista venha crescendo com o avanço da tecnologia, a maternidade ainda é percebida
como um dever natural à todas as mulheres pelo simples fato de serem mulheres. Resende (2017), aborda
que o amor materno não é somente da ordem da natureza, mas requer vontade e desejo pela parte da mulher
que irá gerar e conviver com o filho. No entanto, muitas mulheres são ignoradas tanto na escolha, quanto
na vivência como mãe, e não se identificam com aquele determinado dever. Os impactos psicológicos que
uma maternidade que passa a ser indesejada pode resultar na vida de uma mulher é deixado de lado, uma
vez que, o papel ideal de maternidade imposto deve ser cumprido, afinal, diante da sociedade patriarcal, ela
é mulher e isso é papel de mulher.

Maternidade: os impactos psicológicos sofridos pelas mulheres mães

330
Scavone (1985, p.37) deixa o questionamento “De onde se origina a ansiedade e a culpa que acompanham
o ser mãe, tão frequentemente na nossa sociedade?”. Resultante de uma construção histórica, na atual
sociedade há uma pressão psicológica para as mulheres se tornarem mães e expressarem um amor
incondicional, mesmo que elas não desejem ser mães. A mulher fica enclausurada no destino de ser mãe,
idealizado pelo patriarcado, tentando cumprir essa expectativa para não sofrer julgamento social e moral.

Não se pode negar que a maternidade pode ter tanto experiências negativas quanto positivas na vida da
mulher, no entanto, as experiências podem variar em função da existência de condições de assistência,
qualidade de vida e políticas públicas que envolvam mães e filhos. A falta de apoio por parte do cônjuge é
um aspecto presente em muitos casos, uma vez que a sociedade patriarcal determina o homem como
provedor e à mulher, a dedicação total de ser mãe. Toda essa exigência faz com que as mulheres sofram
uma pressão, que podem, consequentemente, desenvolverem questões relacionadas à ansiedade, baixa
autoestima e falta de realização consigo mesma. No entanto, vale ressaltar que o impacto psicológico
vivenciado pela mulher, além de ser prejudicial para diversos aspectos da vida dela mesma, a criança
também acaba sofrendo os impactos e quando não tem um bom desenvolvimento social e pessoal,
novamente, a culpa cai para a mãe que vive uma maternidade sem apoio.

Rauter (1987) apresenta como um claro exemplo dessa culpabilização de mulheres mães, os discursos
psicológicos, psiquiátricos e psicanalíticos que produzem, sobretudo, uma mãe culpada pelas diversas
patologias que envolvem o desenvolvimento de seus filhos. Assim, Rauter (1987, p.22) afirma que para os
discursos “Psi”, “é na relação mãe-filho que as causas das doenças ou distúrbios mentais encontram seu
lugar privilegiado”. Desta forma, o discurso vindo pelo sistema de saúde que, em teoria, deve ajudar com
a vida psíquica da mulher, produz pautas prescritas para a hiper responsabilização da maternidade e
contribuem para a formação de uma consciência auto julgadora e culpada na mulher que é mãe.

4 CONCLUSÃO

Por mais que a luta feminista continue e os dados demográficos e estatísticos brasileiros apontem para a
diminuição da taxa de natalidade, aumento da escolarização entre as mulheres e aumento da inserção da
mulher no mercado de trabalho, o que se observa socialmente é uma ênfase apenas na escolha da mulher
decidir engravidar ou não. No entanto, pouco se fala a respeito da vida das mulheres mães e que vivenciam
uma maternidade indesejada que afeta a vida dela mesma. Na maioria dos casos, as mulheres são as únicas
a atuarem na maternidade, mesmo quando não sejam mães solteiras. É evidente o apoio psicológico,
familiar e social que as mulheres com filhos precisam para viver a maternidade de forma saudável,
independente de que fase da maternidade estejam, e conseguir transmitir e vivenciar em conjunto com os
filhos o bem-estar da maternidade. Porém, a maternidade continua seguindo como uma “obrigação” imposta
para as mulheres e pouco falada a respeito.

REFERÊNCIAS

BANDITER, E. Um mito do amor materno: um amor conquistado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985. 370 p.

CORREIA, M. J. Sobre a maternidade. PSAU – Artigos em revistas nacionais. V. 16, n.6, p. 365-371,
1998.

LERNER, G. A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. São Paulo:
Cultrix, 2019. 375 p.

PATIAS, N. D. & BUAES, C. S. “Tem que ser uma escolha da mulher”! Representações de maternidade
em mulheres não-mães por opção. Psicologia & Sociedade. v.24, n.2, p.300-306, 2012.

RAUTER, C. Mulher: Reflexões Psicopolíticas. In: Carmem da Poian. (Org.). Homem, Mulher:
Abordagens Sociais e Psicanalíticas – Coletânea. Rio de Janeiro: Taurus, 1987. p 128.

331
RESENDE, D. K. Maternidade: uma construção histórica e social. Pretextos – Revista da Graduação em
Psicologia da PUC Minas. v. 2, n. 4, p. 176-191, jul/dez. 2017.

SCAVONE, L. A maternidade e o feminismo: diálogo com as ciências sociais. Cadernos Pagu, n. 16, p.
137–150, 2016.

SCAVONE, L. As múltiplas faces da maternidade. Caderno de Pesquisa. São Paulo, v. 54, n. 1, p. 37-49,
ago.1985.

ZANELLO, V. Saúde Mental, Gênero e Dispositivos: cultura e processos de subjetivação. 1. Ed.


Curitiba: Appris, 2018. v. 1. 303p.

332
OSTEOPATIA, CICATRIZAÇÃO E TRATAMENTOS: REVISÃO DE
LITERATURA

¹Beatriz Gazzoni Caetano


¹Emilly Real de
Castro
1
Afrânio Cogo
Destefani
1Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM). Vitória,
Espírito Santo, Brasil.

Eixo temático: Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor:
beatrizgazzonicaetano@gmail.com
INTRODUÇÃO: A cicatrização acontece de forma natural como um processo de recuperação tecidual,
contudo, o novo tecido se difere do tecido anteriormente perdido, apresentando maior rigidez e menos
elasticidade devido a variações na quantidade e na origem de colágeno podendo interferir na função do
sistema motor. Além disso, o processo de reabilitação para cicatrização envolve medidas médicas e
fisioterapêuticas, como a osteopatia, que visam restaurar a função do tecido, bem como melhorar a
aparência. OBJETIVO: Identificar abordagens de tratamentos osteopáticos em cicatrizes e entender seus
efeitos para restaurar a funcionalidade da estrutura. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura
elaborada com bibliografias obtidas em bases de dados, como: a “Biblioteca Virtual em Saúde”, “Scielo”
e “PubMed”, sobre osteopatia e cicatrização, abrangendo textos completos somente em inglês dos últimos
5 anos. Encontraram-se um total de 27 artigos, que após análise dos critérios de inclusão e exclusão,
utilizaram-se somente 5 dos artigos pré-selecionados. RESULTADOS: A pele humana apresenta muita
sensibilidade e responde altamente a sinais mecânicos, que exercem um papel importante no
desenvolvimento, homeostase e na reparação do tecido, influenciando na qualidade da cicatrização. A
tensão mecânica da cicatriz é um meio para a diferenciação de fibroblastos em miofibroblastos in vivo e in
vitro, e é essa conversão em miofibroblastos que permite a contração do tecido de granulação gerando novas
forças mecânicas. Dessa forma os fibroblastos irão se orientar conforme todas as forças mecânicas
existentes no local da ferida que está sendo cicatrizada, que fará com que o colágeno seja depositado soba
orientação da força mecânica, sendo essa uma explicação para o comportamento anormal das cicatrizes,
podendo levar a uma grande deformação do corpo ou uma perda da flexibilidade, além de um quadro álgico.
Estudos mostram como o tratamento osteopático permite restaurar a funcionalidade do tecido, seja ela
realizada em um pós-operatório ou em um tratamento oriundo de alguma ferida ou lesão, a fim de garantir
uma cicatrização adequada, podendo proporcionar melhora na correção de cicatrizes. Outros estudos
mostram, através da Escala de Avaliação de Cicatrizes do Paciente-Observador, resultados positivos para
a reabilitação e tratamento à técnica de combinação do laser fracionado ablativo de CO2 com a luz intensa
pulsada, demonstrando estatisticamente que nenhum evento adverso foi relatado. Assim como questionários
da escala aplicados a mulheres submetidas a pelo menos uma cesariana relataram o aumentoda mobilização
elástica, diminuição da rigidez e melhoraram os limites de dor à pressão da cesárea, por exemplo.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, a intenção original deste estudo foi alcançada,
possibilitando analisar a importância do tratamento osteopático em cicatrizes, bem como a sua contribuição
para restabelecer a funcionalidade do tecido em determinadas situações. A terapia osteopática em cicatrizes
permite um aquecimento localizado mais uniforme entre a cicatriz e a área ao redor da cicatriz, indicando uma
mudança na função do tecido conjuntivo. Introduzir forças mecânicas durante o processo

333
de cicatrização pode minimizar a formação de cicatrizes, entretanto, são importantemente necessários mais
estudos que possam esclarecer o difícil mecanismo do processo de cicatrização.

Palavras-chave: Osteopatia, Cicatrização, Tratamento.


REFERÊNCIAS:
Daoud, A. A.; Gianatasio, C.; Rudnick, A.; Michael, M.; Waibel, J. Efficacy of Combined Intense Pulsed
Light (IPL) With Fractional CO2 -Laser Ablation in the Treatment of Large Hypertrophic Scars: A
Prospective, Randomized Control Trial. Lasers in surgery and medicine, v. 51, n. 8, p. 678-685, 2019.

Gilbert, I.; Gaudreault, N.; Gaboury, I. Exploring the Effects of Standardized Soft Tissue Mobilization on
the Viscoelastic Properties, Pressure Pain Thresholds, and Tactile Pressure Thresholds of the Cesarean
Section Scar. Journal of integrative and complementary medicine, v. 28, n. 4, p. 355-362, 2022.

Riquet, D.; Houel, N.; Bodnar, J.L. Effect of osteopathic treatment on a scar assessed by thermal infrared
camera, pilot study. Complementary therapies in medicine, v. 45, p. 130-135, 2019.

334
DOI 10.29327/5208636.2-14

IDOSOS (AS) EM MOVIMENTO: (RE) CONSTRUINDO E


RESSIGNIFICANDO O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO POR MEIO DA
DANÇA DE SALÃO

ELDERLY PEOPLE ON THE MOVE: (RE) BUILDING AND RE-SIGNIFYING


THE AGING PROCESS THROUGH BALLROOM DANCING

OELGNANDES SANTOS JÚNIOR


Especialista em Educação Física Escolar
ETHIENE DA PURIFICAÇÃO DOS ANJOS SANTOS
Doutoranda em Serviço Social – PPGSS/Universidade do Estado do Rio de Janeiro
DEYVISON CARLOS DOS SANTOS SOUTO
Especialista em Biomecânica da Atividade Física na Saúde e Reabilitação
JACKSON EVALDO NASCIMENTO SANTOS
Especialista em Treinamento Desportivo
LEANDRO HENRIQUE CRUZ DA SILVA
Mestrado em Educação
KARINA DA LUZ CRUZ
Licenciada em Educação Física Escolar
RHENAN FERREIRA DE FREITAS
Especialista em Educação Física Escolar e Inclusão
TAYAN ROGÉRIO OLIVEIRA CARNEIRO
Especialista em Educação Física Escolar e Inclusão

335
Resumo
Este trabalho é produto da experiência de pesquisadores/as e profissionais das áreas da Educação Física e
do Serviço Social no campo do reconhecimento dos/as idosos/as como sujeitos/as de direitos e da promoção
do acesso à saúde, lazer e cultura por meio da prática da dança de salão. Tem por objetivo relatar uma
vivência no âmbito do Programa de Extensão Universidade da Terceira Idade (UNITERCI),
especificamente no Projeto Corpo, Movimento e Qualidade de Vida na Terceira Idade, vinculado a
Universidade Federal do Pará (UFPA) - dando ênfase a reflexões sobre a relação entre a dança de salão e o
processo de envelhecimento, e ainda, os benefícios do exercício/do movimento na dimensão biopsicossocial
e no processo de ressignificação e promoção de um envelhecimento ativo e saudável. Os resultados
evidenciam que a prática regular da dança de salão gera fluidez, desperta a capacidade funcional para as
atividades da vida cotidiana, ativa a sensação de bem-estar, resgata lembranças de outras fases da vida,
restabelece motivações para retomar e/ou continuar as atividades cotidianas diante de uma perda ou de
episódios de conflito e auxilia no (re) estabelecimento da autonomia física e psíquica de mulheres e homens
idosos/as. Concluiu-se que a dança de salão viabilizou possibilidades concretas para a ressignificação do
processo de envelhecimento desses/as idosos/as e de suas respectivas realidades, colaborando assim, na
construção de um ideário positivo/otimista da velhice em suas particularidades e em diferentes ciclos
etários.

Palavras- chave: Idoso; Envelhecimento; Dança de salão.

ABSTRACT
This work is the product of the experience of researchers and professionals in the areas of Physical
Education and Social Work in the field of recognizing elderly people as subjects with rights and promoting
access to health, leisure and culture through the practice of ballroom dancing. It aims to report an experience
within the Extension Program of the University of the Third Age (UNITERCI), specifically in the Body,
Movement and Quality of Life in the Third Age Project, linked to the Federal University of Pará (UFPA) -
emphasizing reflections on the relationship between ballroom dancing and the aging process, and also, the
benefits of exercise/movement in the biopsychosocial dimension and in the process of reframing and
promoting an active and healthy aging. The results show that the regular practice of ballroom dancing
generates fluidity, awakens the functional capacity for daily life activities, activates the feeling of well-
being, rescues memories of other phases of life, restores motivations to resume and/or continue activities.
daily activities in the face of a loss or conflict episodes and helps in the (re)establishment of the physical
and psychic autonomy of elderly women and men. It was concluded that ballroom dancing enabled concrete
possibilities for the re-signification of the aging process of these elderly people and their respective realities,
thus collaborating in the construction of a positive/optimistic idea of old age in its particularities and in
different cycles age groups.
Keywords: Elderly; Aging; Ballroom dance.

INTRODUÇÃO

De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2005, o
aumento do índice da população idosa no Brasil situará o país como o sexto território do mundo com o
maior número de pessoas idosos/as até o ano de 2025. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) contínua
–Características dos Moradores e Domicílios publicados em 2018 indicaram que houve expressivo
crescimento da população com sessenta ou mais anos de idade - para mais, apontam que no ano anterior,
2017, o número de idosos/as no território populacional brasileiro chegou há aproximadamente trinta
milhões e duzentos mil habitantes.
Estudos e dados divulgados sobre o envelhecimento no Brasil permitem a visualização de uma
pirâmide demográfica que está sendo modificada paulatinamente, portanto, o Brasil antes considerado um
país jovem, nas últimas décadas tem sofrido uma inversão quanto a sua estrutura demográfica, tornando-se
uma nação envelhecida.

336
Referente à variável sexo, a PNAD - Contínua (2018), apontou que duzentos e sessenta e um mil
e quarenta e um são pessoas do sexo masculino, já no que concerne ao sexo feminino os dados indicam que
duzentos e setenta e três mil e quatrocentos e dezenove são mulheres - assim, ficou evidente que a maior
taxa desta seção etária no Brasil, são de mulheres idosas.
Transpondo para um recorte sobre o índice da população residente por grupo de idade na Região
Metropolitana de Belém, dados da Secretaria Municipal de Planejamento - SEGEP (2020), por meio do
Anuário Estatístico do Município de Belém apontam que no interstício de 2011 a 2020, o índice da
população idosa aumentou consideravelmente, a exemplo, a faixa etária entre sessenta e sessenta e nove
anos em 2011 era de setenta e dois e cinquenta e quatro - aproximadamente uma década depois,
efetivamente no ano de 2020, alcançou o número de cento e quatorze mil quinhentos e noventa e uma
pessoas idosos/as.
Em 2011, no que concerne a faixa etária entre oitenta anos ou mais se tinha quinze mil trezentos e
sessenta e duas pessoas idosas, quantidade que esteve próximo a se duplicar em um decênio, uma vez que
em 2020 o número de idosos/as chegou há vinte e seis mil cento e setenta e oito idosos/as, neste contexto
também há indicadores de que no segmento da população idosa residente há mais mulheres idosas do que
homens idosos no referido município amazônida.
Com base na realidade apresentada por meio dos dados do IBGE, da PNAD Contínua - 2018 e do
Anuário Estatístico do Município de Belém e por meio de reflexões sobre a primordialidade de se discutir
e dar visibilidade sobre a temática do envelhecimento humano, que o presente trabalho tem por objetivo
realizar uma abordagem a partir de uma ótica multidisciplinar sobre a compreensão do envelhecimento
humano como um processo de envolve diferentes fatores/condições da vida cotidiana de sujeitos/as
idosos/as, dentre eles: questão biológica, cultural, social - ou seja, a partir do movimento amplo da realidade
que abarca a sociabilidade em uma dimensão mais profunda, para além do que aparência apresenta.
Atrelado/somatizado a esse escopo, o respectivo artigo traz um relato de experiência vivenciado
no âmbito do Programa de Extensão Universidade da Terceira Idade (UNITERCI), especificamente no
Projeto Corpo, Movimento e Qualidade de Vida na Terceira Idade, executado no espaço da Universidade
Federal do Pará (UFPA). O Projeto mencionado propõe viabilizar a inclusão social de idosos/as belenenses,
o exercício da cidadania e a promoção de um envelhecer saudável, com a perspectiva de melhorar a
qualidade de vida dos/as idosos/as inscritos/as e reconhecer seus valores e direitos na sociedade.
Para mais, no contexto do Projeto as atividades desenvolvidas buscam criar possibilidades
concretas para ressignificar o processo de envelhecimento desses/as idosos/as e suas respectivas realidades
no sentido de reinterpretar noções/ideários de que o envelhecer é se tornar sujeito passivo/inativo - assim,
tendo em vista estimular a construção de um entendimento de que a velhice pode ser ativa e que é possível
contornar os limites impostos pelo corpo envelhecido.
É dentro dessa perspectiva, de uma nuance que acredita na ressignificação de velhice que o ensino
da dança de salão para idosos/as da UNITERCI entra cena, já que a relação entre dança e o envelhecimento
além de promover benefícios físicos e psicossociais aos idosos/as - envolve espaços de interação entre
diferentes camadas sociais, a circulação e movimento de homens e mulheres de etnias e raças distintas em
diferentes fases de vivência da velhice.

337
Para mais, é visível os diferentes mundos sociais que constituem a turma dos/as idosos/as da
UNITERCI, a turma de alunos/as é heterogênea, formada por homens e mulheres, cabe evidenciar que se
tem a predominância feminina nas atividades - mesmo diante da heterogeneidade do grupo e das
dessemelhanças, a experiência lúdica promovida pela dança de salão acaba por ressignificar as diferenças,
aproximando as realidades paralelas e respeitando as particularidades de cada idoso/a que encontra na dança
uma oportunidade de envelhecer de forma ativa, saudável e autônoma.
A proposta de envelhecimento ativo e saudável por meio da dança de salão busca oferecer
qualidade de vida por meio da prática regular de exercícios físicos, da viabilização da convivência social e
da concessão de atividades que promovam e recuperem consciência corporal, prazer, vitalidade, autonomia,
e ainda, independência física e psíquica. Referente aos efeitos benéficos do exercício, Gallahue e Ozmun
(2003), afirmam que a prática do exercício tem influência direta no campo das emoções, no plano
psicológico, dentre as prerrogativas oportunizadas está à sensação de bem-estar e a ascensão da autoestima,
emoções que podem representar e/ou simbolizar mudanças positivas para a vida da pessoa idosa.
Para Sampaio (2013), o exercício da dança situa-se na dimensão do lazer e oportuniza alegria e
diversão, dentro dessa circunstância de promoção se tem novas descobertas e aprendizagens, o entusiasmo
a partir da dança gera fluidez, desperta a capacidade funcional para a realização de atividades de vida diária,
resgata lembranças de outras fases da vida (geralmente de ciclos passados), restabelece motivações para
retomar e/ou continuar diante de uma perda ou de episódios de conflito.
No decorrer das aulas de dança ministradas para os/as idosos/as do Projeto "Corpo, Movimento e
Qualidade de Vida na Terceira Idade", se teve a percepção de que a dança de salão tinha efeito sobre as
dores da vida, tanto na dimensão física quanto na psíquica - as aulas representavam felicidade e diversão,
mas por trás de risos, movimentos e agitação observava-se a superação de problemáticas da vida cotidiana,
como a própria questão da representatividade do envelhecimento.
No espaço da UNITERCI, as aulas promovidas a partir do ensino de várias danças (bolero, brega,
forró, xote, cúmbia, carimbó, bachata, dentre outras) - foram direcionadas pelo professor de dança de salão
Oelgnandes Santos Júnior, professor de Educação Física, egresso da Universidade Federal, que atua em
caráter voluntário no Projeto já mencionado. Além deste profissional, outros/as profissionais
transitam/acompanham as atividades concedidas, dentre eles/as assistentes sociais, estagiários/as da área do
Serviço Social, terapeutas ocupacionais e professores/as de áreas afins.
Ao longo das oficinas de dança de salão foram promovidas atividades de educação corporal,
reconhecimento do corpo, relaxamento, exercícios de memorização e concentração - concomitante a isso,
nas relações estabelecidas nas salas de aula visualizou-se acolhimento, fortalecimento de vínculos,
construção e ressignificação sobre a concepção de “corpo velho”. Colocando assim, em evidência a
necessidade de reconhecer e aceitar os ciclos da vida, do autoconhecimento nesse processo de
envelhecimento, nesse contexto acredita-se que atividade física tem um lugar vital e indispensável na vida
do ser humano - e ainda, fazendo um recorte para o ensino da dança de salão para idosos/as, a respectiva
atividade traz à tona a necessidade de se pensar e problematizar a adoção e concessão de um estilo de vida
ativo na terceira idade (MATSUDO, 2001).
Outra percepção que cabe enfatizar a partir da experiência vivenciada no projeto Corpo e
Movimento foi o envolvimento grupal na realização das atividades, a observação não apenas no decorrer

338
das aulas, mas também no início e no momento posterior ao ensino da dança foi primordial para
compreender a importância da inserção de idosos/as em práticas grupais. Esta reflexão incide na assertiva
de Lafin et al. (2007), que destaca que na elaboração/no planejamento de atividades direcionadas para
idosos/as se deve trabalhar como eixo norteador o trabalho em grupo, uma vez que

[...] propicia para os participantes a possibilidade de interação social [...]


evidenciando a importância do grupo social, pois permite aos seus integrantes
ter uma identidade física, que é a do próprio grupo, sentir e ter compromisso
com algo, sentir reforços sociais provenientes do grupo, poder sentir-se
estimulado a competir, desenvolver um grande grau de amizades com outros
participantes, viver a relação de companheirismo e sentir o apoio de lideranças
(LAFIN et al., 2007, p. 93).

Para mais, ficou evidente que a convivência e o desenvolvimento das atividades em grupo no
Projeto fortaleceram a interação, inclusão social, além de ter se tornado um meio para promoção do resgate,
autonomia e dignidade da pessoa idosa. Sendo assim, notou-se a contribuição que a UNITERCI e o Projeto
Corpo e Movimento tem na vida dos/as idosos/as, cooperando, contribuindo e auxiliando na melhoria da
qualidade de vida, na ressignificação da velhice e da percepção sobre si como sujeitos de direitos.
Cabe salientar que a construção deste trabalho, bem como a vivência profissional no ensino da
dança de salão no âmbito do Projeto possibilitou um olhar mais ampliado sobre o envelhecimento, uma vez
que deve ser concebido como um fenômeno histórico, social e cultural, portanto, multifacetado e
multidisciplinar - este processo atravessa trajetórias de vida pessoal e social e que não pode ser
compreendido desprendido das variáveis de tempo, espaço, classe social, relações de gênero e de etnia,
dentre outras.
Assim, este trabalho a partir de um enfoque multidisciplinar buscou discutir e dar ênfase à
compreensão do envelhecimento humano como um processo que envolve diferentes fatores/condições da
vida cotidiana de sujeitos/as idosos/as. E ainda, pretendeu associar o processo de ressignificação da velhice
ao ensino da dança de salão à idosos/as inseridos/as nas atividades do Projeto Corpo e Movimento, da
UNITERCI.
Por fim, cabe frisar a relevância da temática e a necessidade da produção e aprofundamento de
pesquisas em diferentes áreas do conhecimento, uma vez que como indicado ao longo do trabalho, o país
está envelhecendo e a pirâmide demográfica se invertendo, o envelhecimento e a dança como construção
social devem ser pautas de estudos científicos, como também de agendas/roteiros para a construção de
políticas públicas que viabilizem/garantam o direito de envelhecer com qualidade de vida.

METODOLOGIA

Este artigo é produto da vivência obtida a partir da inserção profissional no Programa UNITERCI,
mais especificamente no Projeto Corpo, Movimento e Qualidade de Vida na Terceira Idade - experiência
essa que culminou em subsídios para se refletir e analisar a realidade de idosos/as residentes da Região
Metropolitana de Belém (RMB) em diferentes esferas da vida cotidiana, na perspectiva de proporcionar a
melhoria do convívio social e de restabelecer e/ou aprimorar habilidades/potencialidades por meio de
atividades culturais, de lazer e esportivas.

339
No que diz respeito ao lócus de execução das atividades - a UNITERCI é um Programa de Extensão
Universitária, vinculado a Faculdade de Serviço Social, curso pertencente ao Instituto de CiênciasSociais
Aplicadas (ICSA), da Universidade Federal do Pará (UFPA). No que diz respeito às inscrições nas turmas,
a quantidade é de aproximadamente sessenta idosos/as - ao realizar um levantamento sobre o perfildos/as
idosos/as inscritos/as no Programa, Silva e Aquino (2016) inferem que a maior porcentagem de matrícula
é de mulheres - considerando a margem que 100% equivale há sessenta alunos/as inscritos no geral - desta
quantidade, 86,65% são mulheres idosas, já os outros 13% são homens.
Outra dimensão que cabe evidenciar sobre o ingresso nas atividades do respectivo Programa e seus
projetos - está o fator saúde, uma vez que a maioria dos/as alunos/as possui algum problema, seja ele de
ordem física ou psicológica, dentre eles: problemas cardiovasculares, hipertensão, diabetes, artrose,
osteoporose, ansiedade, depressão, distúrbios que levam ao esquecimento, dentre outros. Assim, verificou-
se que diante das patologias, o ingresso, o acompanhamento e a participação do/a idoso/a por meio das
atividades realizadas contribuíram para o processo de promoção e acesso à saúde, cultura e lazer - na
perspectiva de viabilizar a habilitação ou reabilitação dos/as mesmos/as.
Ao longo da experiência por meio das aulas de Dança de Salão e da dinâmica proporcionada pelas
atividades de ensino, aprendizado e troca de saberes/vivências ficou evidente o quão a dança
promove/concede benefícios biopsicossociais para a saúde e qualidade de vida das pessoas idosas. Ao longo
das aulas foram realizadas rodas de conversa com o intuito de se aproximar, conhecer e socializar a história
de vida de todos/as idosos/as presentes, bem como indagar e saber sobre a semana de cada um/uma - tal
metodologia de condução contribuiu para se pensar o direcionamento das aulas em grupo, como também o
planejamento e as interlocuções a serem realizadas.
Após essa etapa, realizava-se alongamento inicial para preparar o corpo pra atividade principal,
neste momento, o professor trabalhou a lateralidade, noção de espaço, a extensão e flexão do corpo em
geral dos/as idosos/as. Em seguida, a aula com a dança selecionada era executada com os/as alunos/as
realizando os movimentos demonstrados, movimentos estes repassados de maneira individual e em seguida
de forma coletiva, entre pares, para a execução em sincronia entre os passos da dama e do cavalheiro. Por
fim, após as aulas se estabeleciam conversas/trocas entre professor e alunos/as.
Diante disso, a movimentação, o contato físico e visual entre os/as alunos/as, as atitudes/gestos
nos momentos antes, durante e após as aulas geraram reflexões e inquietações sobre a necessidade de diante
desse cenário problematizar e produzir um estudo sobre a relação entre a dança de salão e o processo de
envelhecimento - foram nesses momentos de introspecção que se firmou a inspiração para se pensar
questões que abarcam essa temática na contemporaneidade.
Portanto, após a experiência vivenciada e as repercussões das reflexões advindas com a prática do
ensino da Dança de Salão para idosos/as - que se buscou aprofundar, enriquecer o arcabouço teórico e a
produção do conhecimento sobre tal temática pouco abordada no âmbito multidisciplinar. Para tanto, tendo
em vista construir pontes com o universo vivenciado no Projeto Corpo e Movimento, decidiu-se produzir
o presente trabalho - a partir de procedimentos metodológicos que culminaram/entrelaçaram inicialmente
a experiência empírica (levando em consideração as vivências no decorrer das aulas de dança); o
levantamento bibliográfico (a partir da pesquisa e leitura de artigos, livros, dissertações e trabalhos de

340
conclusão de curso) e o levantamento documental (a partir de documentos de instituições oficiais,
encontrados em sítios eletrônicos).
Destacados os percursos fundamentais que culminaram na produção deste artigo, se quer enfatizar
que a oferta das aulas de Dança de Salão se configurou como instrumento/mecanismo de reinserção,
redimensionamento e reconstrução da vivência da velhice - escutar, observar, conhecer os anseios e projetos
de vida a partir da prática da dança teve um imensurável valor simbólico, uma vez que ela permitiu a
desconstrução de estereótipos/imaginários impostos a corpos considerados “velhos”, a prática da Dança de
Salão deu subsídios para ressignificar esta fase da vida, proporcionando o entendimento de que é possível
ter uma velhice bem sucedida, ter o prolongamento da longevidade, com qualidade de vida e com o
aproveitamento das potencialidades de sujeitos/as idosos/as.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados são bastante positivos, pois, é nítido a mudança no comportamento dos alunos na
ação locomotora, mobilidade e biomecânica para ações simples do dia a dia, assim como, no quesito
proprioceptivo para contribuir com esse idoso em reconhecer a localização espacial do corpo, posição e
orientação, a força exercida pelos músculos, entre outros. A atividade sempre preenche e até ultrapassa o
número do total de vagas destinadas para a tal atividade. Percebe-se que os idosos são mais alegres e houve
uma mudança positiva na auto-estima deste idoso, melhorou a convivência social deste com a família,
amigos e com a sociedade em geral, assim como, uma melhora significativa na realização de ações do dia
a dia.
Trazer esse público para dentro da universidade é de grande valia para todos, é a Universidade
Federal do Pará fazendo a sua parte, pois, está construindo um diálogo entre o Ensino Superior e o público
idoso através de várias atividades proporcionadas para este público em específico. Assim, a produção de
conhecimento nacional e regional em constante relação com a dinâmica da realidade local, pelo
estreitamento da universidade-sociedade por meios de ações integradas, estudos, atividades que valorizam
o trabalho coletivo, a especificidade e a individualidade biológica do ser humano idoso.
O Programa UNITERCI é uma ação de extrema relevância para o público idoso de Belém do Pará,
precisam-se ampliar ações como esta para toda a região metropolitana de Belém e quem sabe para todo o
território brasileiro. O público idoso necessita de atividades específicas para eles, no intuito de estimular a
mente e o corpo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É necessário ter um novo olhar sobre o processo de envelhecimento. O Projeto Corpo, Movimento
e Qualidade de Vida na Terceira Idade tem estabelecido um “envelhecimento ativo” por meio da prática da
dança de salão, e isto tem proporcionado benefícios que elevam a qualidade de vida dos idosos, promovendo
assim lazer, cultura, bem-estar, sociabilidade e a ressignificação do processo de envelhecimento.
Dessa forma, Almeida (2004), elucida que os grupos de convivência estimulam o indivíduo a
adquirir maior autonomia, melhorar sua autoestima, qualidade de vida e promover sua inclusão social, bem
como para Kist (2008) quando nos fala que estes grupos de convivência, quando envolvem os idosos, se
caracterizam como espaços de inclusão social, ocasionando sua participação, por meio das diversas

341
atividades realizadas, refletindo sobre o processo de envelhecimento, a qualidade de vida e a valorização
da própria vida.
Logo, é necessário que estas iniciativas sejam mais valorizadas e ampliadas na sociedade como
um todo, através de políticas públicas ou pela iniciativa privada. Precisa-se ter um olhar mais cuidadoso
com os idosos, o envelhecer é uma ação natural do ser humano e todos iremos para este caminho. E é assim,
que estaremos promovendo um envelhecimento mais consciente, com cuidado, mas acima de tudo,
valorizando o ser humano idoso.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, D. C. Estatuto do Idoso: real proteção aos direitos da melhor idade? Boletim Jurídico,
Uberaba/MG, a. 1, nº 61. Disponível em https://www.boletimjuridico.com.br/artigos/direitos-
humanos/194/estatuto-idoso-real protecao-aos-direitos-melhor-idade. Acesso em 21 jan. 2004.
AQUINO, R. S; SILVA, E. V. Política Nacional de Saúde e Envelhecimento: A Reflexão dos Idosos do
Programa de Extensão Universidade da Terceira Idade - UNITERCI. Trabalho de Conclusão de Curso.
Faculdade de Serviço Social. Universidade Federal do Pará. - Belém, 2016.
BOUCIER, P. História da dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
BRIKMAN I. A linguagem do movimento corporal. São Paulo: Summus, 1989.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo, Cortez, 1992.
DEBERT, G. G. Reinventando o envelhecimento: socialização e processos de reprivatização da
velhice. 1997. Tese (Livre-Docência) – Universidade Estadual de Campinas.
FREITAS, L. C. Crítica da Organização do Trabalho Pedagógico e da Didática. São Paulo: Papirus,
1995.
GALLAHUE, D. L; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebes, crianças,
adolescentes e adultos [tradução Maria Aparecida da Silva Pereira Araújo]. São Paulo: Phorte Editora,
2003.
GARAUDY, R. Dançar a vida. Prefácio de Maurice Bejárt. Tradução de Antônio Guimarães e Glória
Mariani. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
GOLDMAN, S. N. As dimensões culturais, sociais e políticas do envelhecimento In: Edmund de Andrade
Alves Junior (Org.). Envelhecimento e vida saudável. Rio de Janeiro: Apicuri, 2009.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. PNAD Contínua Número de idosos
cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017. Disponível em: Número de idosos cresce 18%
em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017 | Agência de Notícias (ibge.gov.br). Acesso em jan. de 2023.
JUNIOR, Oelgnandes Santos. ENVELHECIMENTO E DANÇA DE SALÃO: processo de
ressignificação da velhice. In: Congresso Internacional Envelhecimento Humano, 2017. Maceió – AL.
Disponível em: TRABALHO_EV075_MD4_SA12_ID1376_16102017142036.pdf
(editorarealize.com.br). Acesso em: jan. de 2023.
LAFIN, S. H. F.; GUILAMELON, L. F.; HILLEBRAND, M. D. Pelos Caminhos da Gerontologia. Porto
Alegre: Evangraf, 2007.
LOBATO, A. T. G. Serviço social e envelhecimento: perspectivas de trabalho do assistente social na área
da saúde. In: BRAVO, Maria Inês Souza et al (org.). Saúde e Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2004,
p.135-14.
MARQUES, I. Linguagem da Dança: arte e ensino. Salto para o Futuro. Ano XXI. Boletim 2, abr/2012.
MATSUDO, S. M. M. Envelhecimento & atividade física. Londrina: Midiograf, 2001.
MEIRELLES, M. A. E. Atividade física na terceira idade. 3. ed. Rio de 12 janeiro: Sprint, 2000.

342
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Envelhecimento Ativo: uma política de
prefeitura do Município de Belém. Secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão
– SEGEP. Anuário Estatístico do Município de Belém. 2020. Disponível em: Anuário 2020 – Anuário
Estatístico do Município de Belém 2020 (belem.pa.gov.br). Acesso em jan. de 2023.
ROSA, G. J. Os benefícios para a saúde dos idosos praticantes de dança de salão na cidade de
Coromandel - MG. Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção de grau em licenciatura em Educação
Física, Universidade de Brasília Pólo – Coromandel, 2012.
SAMPAIO, M. F. Centro Cultural Cartola: um estudo sobre envelhecimento e migração com alunos
de dança de salão. Dissertação de Mestrado. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de
Psicologia. - 2013, 157 f. Disponível em: BDTD: Centro Cultural Cartola: um estudo sobre envelhecimento
e migração com alunos de dança de salão (uerj.br). Acesso em jan. de 2023.
ZIMERMAN, G. I. Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

343
ENSINO REMOTO NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM
ENFERMAGEM NA PANDEMIA POR COVID-19: RELATO DE
EXPERIÊNCIA

¹Lucielia do Carmo Dias

¹Tayná Valasques Santana


1
Flavia Pedro dos Anjos Santos
1
Joana Angélica Andrade Dias

1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Jequié, Bahia,


Brasil

Eixo temático: Temas Livre em Ciências Da Saúde


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: lucielia.d22@hotmail.com

Resumo: A pandemia por COVID-19, iniciada em março de 2020, ocasionou a hospitalização e morte de
muitas pessoas. Por se tratar de uma doença de transmissão respiratória e de contato, com elevada
propagação e gravidade, toda forma de convivência coletiva teve que ser restringida e reorganizada para o
mínimo de exposição a ambientes essenciais. Nesse momento da pandemia, a atividade substituta da aula
presencial foi a modalidade remota, no intuito de se minimizar os impactos no processo de ensino-
aprendizagem. Objetivo: Relatar a experiência de discentes de graduação em enfermagem sobre o ensino
remoto durante a pandemia por COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato
de experiência que aborda a vivência de discentes sobre implementação do processo de ensino remoto do
Curso de Graduação em Enfermagem de uma universidade pública do interior da Bahia. Ressalta-se que
esta universidade ministrava suas aulas totalmente na modalidade presencial e que em virtude da pandemia
por COVID-19, teve que aderir a modalidade remota. Resultado e Discussão: O ensino remoto implantado
no Curso de Graduação em Enfermagem desencadeou uma série de problemas enfrentados pelos discentes,
sendo necessário que os mesmos tivessem recursos que lhes instrumentalizassem para essa modalidade de
ensino. Mediante o exposto, houve uma situação de dificuldade a ser enfrentada, uma vez que parte dos
discentes não possuíam o equipamento adequado e uma rede de internet satisfatória, ocasionando prejuízos
na compreensão dos conteúdos ministrados pelas disciplinas. Apesar de existir o propósito da instituição
em reduzir as dificuldades vivenciadas por alguns discentes, o ensino remoto gerou distanciamento entre
discentes e docentes bem como a necessidade de se realizar atividades práticas improvisadas, por não ser
possível realizar atividades práticas presenciais. Conclusão: O estudo evidenciou que o ensino remoto
realizado durante a pandemia por COVID-19 ocasionou um déficit irreparável no aprendizado de futuros
enfermeiros tendo em vista que as aulas práticas presenciais se configuram em oportunidade singular para
que os discentes possam conciliar a teoria com a prática.

Palavras-chave: Ensino online; Educação em enfermagem; Covid-19.

1 INTRODUÇÃO

344
A pandemia por COVID-19, iniciada em março de 2020, ocasionou a hospitalização e morte de
muitas pessoas. Por se tratar de uma doença de transmissão respiratória e de contato, com elevada
propagação e gravidade, toda forma de convivência coletiva, em grupos grandes ou pequenos teve que ser
restringida e reorganizada para o mínimo de exposição a ambientes essenciais, mediante protocolos de
biossegurança, com base no distanciamento social, lavagem frequente das mãos, etiqueta respiratória e uso
contínuo de máscaras.

No que concerne ao sistema educacional, durante a pandemia, a atividade substituta da aula


presencial foi a modalidade remota, no intuito de se minimizar os impactos no processo de ensino-
aprendizagem. Por vezes, as aulas eram ministradas ao vivo e disponibilizadas por recursos digitais,
simulando o encontro presencial e buscando, dessa maneira, vencer os desafios do isolamento social e dar
continuidade ao processo formativo com interação entre docente e discente. Ressalta-se que esta
modalidade de ensino difere do Ensino à Distância (EAD), uma vez que esta possui estrutura, metodologia
e modo de funcionamento próprio, na maioria das vezes, assíncrono, autoinstrucional e com apoio de
tutores.

Esta realidade impactou as pessoas que se encontram em processos de formação acadêmica,


gerando a necessidade de adequação das Instituições de Ensino Superior, com a finalidade de manter suas
atividades e diminuição da sensação de estagnação diante do cenário apresentado. Essa adequação se tornou
um desafio, sobretudo em processos educativos que valorizam a proximidade entre os sujeitos. Nessa
direção, alguns centros universitários vivenciaram novas experiências educacionais, mediante a
necessidade obrigatória de docentes e discentes migrarem as atividades, antes presenciais, para a realidade
online, requerendo a transposição de metodologias e práticas pedagógicas, o qual foi designado de ensino
remoto. Esse movimento culminou na reestruturação das salas de aulas convencionais, considerando as
competências essenciais para cada curso, inclusive os da área da saúde, a exemplo do Cursode Graduação em
Enfermagem.

Assim, este estudo tem por objetivo relatar a experiência de discentes de graduação em
enfermagem sobre o ensino remoto durante a pandemia por COVID-19.

2 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência que aborda a vivência de discentes
sobre a implementação do processo de ensino remoto do Curso de Graduação em Enfermagem de uma
universidade pública do interior da Bahia. Ressalta-se que esta universidade ministrava suas aulas
totalmente na modalidade presencial e que em cumprimento ao decreto do governo do estado sobre a
necessidade de isolamento social em virtude da pandemia por COVID-19, teve que aderir a modalidade
remota em 19 de outubro de 2020, a fim de poder retomar as suas atividades de ensino.

Mediante o cenário incerto causado pela pandemia, o Ensino Remoto Emergencial surgiu como
proposta alternativa e foi aprovado em reunião virtual, com a participação de representantes da comunidade
acadêmica. Assim, estudantes e professores, por meio de diretórios, colegiados, departamentos e
administração da Universidade, planejaram coletivamente o retorno do semestre letivo.
As aulas teóricas foram ministradas por meio da plataforma Meet e Classroom bem como foi criado
e-mail institucional para cada discente, sendo que as aulas ficavam gravadas nesse espaço virtual e o
material didático socializado entre docentes, monitores e discentes. O conteúdo teórico da disciplina foi
especificado por datas e título das aulas de acordo com o cronograma da disciplina para auxiliar a
visualização do discente.

Além dessas plataformas foi ainda viabilizado a comunicação por meio de celular e e-mail, para
que os discentes pudessem sanar as dúvidas a respeito das atividades propostas pelo cronograma e
justificassem possíveis ausências nas aulas de forma mais rápida.

Portanto, todas estas alternativas foram úteis para contornar as dificuldades provenientes do ensino
remoto, sendo que em todos os momentos os discentes puderam contar com o auxílio dos monitores e dos
docentes.

345
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O ensino remoto implantado no Curso de Graduação em Enfermagem desencadeou uma série de
problemas enfrentados pelos discentes e docentes deste curso, sendo necessário que os mesmos tivessem
recursos que lhes instrumentalizassem para essa modalidade de ensino, a exemplo de notebook, computador
ou aparelho celular com acesso a rede de internet.

Mediante o exposto, houve uma situação de dificuldade a ser enfrentada, uma vez que parte dos
discentes não possuíam o equipamento adequado e uma rede de internet satisfatória, ocasionando prejuízos
na compreensão dos conteúdos ministrados pelas disciplinas. Na tentativa de solucionar esta situação, a
universidade criou o Plano Emergencial de Inclusão Digital e Acessibilidade para possibilitar que os
discentes em situação de vulnerabilidade econômica e regularmente matriculados em seus cursos de
graduação pudessem participar das atividades do ensino remoto; desse modo, os discentes contemplados
passaram a ter acesso a equipamentos de notebook, valor mensal para pagar o serviço de internet e, em caso
de discentes que residiam em locais que não tinha rede de internet disponível, foi assegurado o auxílio de
transporte para ter acesso à internet.

Apesar de existir o propósito da instituição em reduzir as dificuldades vivenciadas por alguns


discentes, o ensino remoto gerou distanciamento entre discentes e docentes bem como a necessidade de se
realizar atividades práticas improvisadas, pois não era possível realizar atividades práticas em laboratórios,
Unidades de Saúde da Rede Básica e Hospitalar nem em outros ambientes utilizados para a realização de
aulas práticas, ocasionando fragilidades na aprendizagem, pois várias disciplinas deste Curso de Graduação
em Enfermagem não conseguiam estabelecer uma boa articulação entre a teoria com a prática.

Sabe-se da importância dos discentes terem contato direto com os usuários para criar vínculo e
aprimorar suas habilidades, uma vez que a Enfermagem exige habilidades teórico-práticas que não podem
ser desenvolvidas sem o contato direto com o ser humano; entretanto, no ensino remoto foram realizadas
práticas online em casa, com simulação em algum familiar, com registro em vídeo e envio para os docentes
que, após assistirem os vídeos, faziam as correções e enviavam aos discentes os pontos que necessitavam
de aprimoramentos.

Ademais, o ensino remoto foi vivenciado com sobrecarga de atividades provenientes das aulas
síncronas e assíncronas, gerando várias atividades e trabalhos para serem realizadas com o agravante de
que o ambiente familiar trazia dificuldades, pois muitas vezes os familiares não compreendiam que aquele
momento da aula online não podia ser interrompido. Tais circunstâncias exigiam que os discentes
permanecessem muito tempo em frente da tela do notebook, ocasionando fortes dores de cabeça, estresse,
ansiedade e dificuldades para dormir, pois também tinham que conviver com a situação de estresse e medo
gerados pela pandemia, uma vez que muitas vidas estavam sendo ceifadas durante esse período.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora a era digital se encontre em ascensão e em constantes transformações, a pandemia


possibilitou visualizar a importância dos recursos digitais nos ambientes de trabalho, educação e saúde,
porém na formação de futuros enfermeiros, ficou notório não ser possível desvincular as habilidades
práticas do contato direto com os usuários.

Assim, o estudo evidenciou que o ensino remoto realizado durante a pandemia por
COVID-19 ocasionou um déficit irreparável no aprendizado de futuros enfermeiros, tendo em vista que as
aulas práticas presenciais se configuram em oportunidade singular para que os discentes possam conciliar
a teoria com a prática, pois possibilita o apoio dos docentes para os acompanharem na realização de diversos
procedimentos.

Conclui-se, portanto, que essa modalidade de ensino trouxe impactos positivos e negativos para o
processo formativo dos graduados de enfermagem, apontando também para a necessidade da realização de
estudos que possam avaliar os aspectos de saúde física e mental desses discentes que certamente foram

346
comprometidos por questões econômicas, psicológicas, sociais, espirituais desencadeadas durante a
pandemia por COVID-19.

REFERÊNCIAS

ABMES. Portaria nº 1.030, de 1º de dezembro de 2020. Associação brasileira de mantenedoras


de ensino superior. Disponível em:<https://abmes.org.br> . Acesso em: 23 de nov. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Coronavírus COVID 19: o que você precisa saber. 2020. Disponível em:
<https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 22 de nov. 2022.

MOREIRA J.; HENRIQUES S.; BARROS, D. Transitando de um ensino remoto emergencial para uma
educação digital em rede, em tempos de pandemia. Dialogia. 2020[citado em 2020 jun. 30];34(1):351-
64. Disponível em:<http://www.revenf.bvs.br/>. Acesso em: 23 de nov. 2022.

347
SAÚDE DO IDOSO INSTITUCIONALIZADO: UM ABANDONO NA
SENIORIDADE – REVISÃO DE LITERATURA

¹Luys Antônyo Vasconcelos Caetano

¹Danielle Rodrigues Cirino de Moura

¹Marcus Vinícius Pires de Sousa

²Júllia Gabriely Vasconcelos Caetano

³Claudia Aparecida Godoy Rocha

¹ Discentes do curso de Medicina na Faculdade Atenas, Sete Lagoas, MG-Brasil; ² Discente do curso
de

Fisioterapia na Facsete, Sete Lagoas, MG-Brasil; ³ Enfermeira e Preceptora da Universidade do


Estado do Pará, Conceição do Araguaia, PA-Brasil.

Eixo temático: MEDICINA


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: luysantonyo2017@hotmail.com

INTRODUÇÃO: No Brasil, assim como no mundo, o envelhecimento da população é uma realidade.


Envelhecer é um processo gradual e progressivo, com o avançar da idade, as perdas e o declínio das
habilidades podem comprometer a autonomia das pessoas. Diante dessa expectativa, cresce o número de
idosos, e proporcionalmente cresce a quantidade de Instituições de Longa Permanência para Pessoas
Idosas (ILPI), antigos asilos, as ILPI devem proporcionar adequadas condições de assistência em saúde,
devem realizar ações de promoção à saúde, estimulando hábitos e comportamentos saudáveis dos idosos.
OBJETIVO: Investigar, entender e apresentar os fatores que favorecem o crescimento da
institucionalização de idosos e as consequências dessas ações. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura baseada primordialmente de 24 artigos, dos bancos de dados PubMed,
SciElo e BVS. Foram evidenciados com o auxílio dos Descritores em Ciências da Saúde (Decs) “Health
of Institutionalized Elderly”, “Elder Abuse” e “Homes for the Aged”, cruzados com o operador booleano
AND. Critério de inclusão: trabalhos na língua inglesa, portuguesa e espanhola; artigos publicados e
indexados na íntegra e gratuitamente nas bases de dados citadas; trabalhos datados entre 2018 e 2023.
Critério de exclusão: artigos que não contemplassem o objetivo do estudo, revisões de literatura, teses e
dissertações, sendo que trabalhos duplicados não foram contabilizados. Ao final foram selecionados 5
trabalhos para compor o estudo. RESULTADOS: Em ILPI, o planejamento antecipado de cuidados
(ACP) pode estabelecer uma melhor reciprocidade entre os desejos dos residentes e os
cuidados/tratamentos recebidos e garante que os residentes e suas famílias se sintam envolvidos no
planejamento de seus cuidados futuros e tenham certeza de que a atenção será de acordo aos seus desejos.
Para o idoso viver institucionalizado deve ocorrer a reestruturação das suas necessidades que lhe
proporcionem bem-estar e favoreçam a plena qualidade de vida. Quatro temas centrais permitem integrar
o significado do bem-estar nas pessoas idosas institucionalizadas em situação de abandono. 1- Atividades
de vida cotidiana, uma forma de enfrentar a situação de desacompanhamento vem evidenciar a
necessidade de estar ocupado e poder dar continuidade ao cotidiano. 2- Atenção às necessidades físicas,
uma forma de cuidar do outro em um lar de idosos. Necessidades básicas como alimentação e higiene
são atendidas por outra pessoa. As necessidades refletem o cuidado. 3- Coexistência, a convivência com

348
outros idosos, seja na forma de amizade ou relacionamento, cria uma forma de vínculo que fortalece os
idosos em situações semelhantes, refletindo uma forma de relacionamento e bem-estar. 4- Experiência
de espiritualidade é um recurso para o bem-estar. Os idosos refletem em suas falas a necessidade de
acreditar em algo divino. CONCLUSÃO: Conclui-se que as ILPIs devem proporcionar aos idosos
institucionalizados um ambiente acolhedor e seguro. A temática possui relevância social, a abordagem
do tema deve desperta o interesse da comunidade acadêmica para a saúde do idoso institucionalizado,
sem, na maioria das vezes, qualidade de vida e cuidados adequados e contribuir qualitativamente para o
local de publicação, com a análise dos dados pesquisados e revisados.

Palavras-chave: Abandono, Estigma social, Idosos institucionalizados.

REFERÊNCIAS:
ARRIETA, H. et al. Physical activity and fitness are associated with verbal memory, quality of life and
depression among nursing home residents: preliminary data of a randomized controlled trial. BMC
Geriatrics, v. 18, n. 1, 27 mar. 2018.

BALLARD, C. et al. Impact of person-centred care training and person-centred activities on quality of
life, agitation, and antipsychotic use in people with dementia living in nursing homes: A cluster-
randomised controlled trial. PLOS Medicine, v. 15, n. 2, p. e1002500, 6 fev. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

GILISSEN, J. et al. How to achieve the desired outcomes of advance care planning in nursing homes: a
theory of change. BMC Geriatrics, v. 18, n. 1, 14 fev. 2018.

MARTÍNEZ, W. S. N. F. et al. Meaning of well-being of older institutionalized persons in abandonment


situation. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, n. suppl 3, 2020.

349
CÉLULAS POLIPLOIDES CANCERÍGENAS GIGANTES: DA ORIGEM À
IMORTALIZAÇÃO

¹Matheus Correia Casotti

¹Flávio dos Santos Alvarenga

¹Julia Gonçalves Polastrelli

¹Lorena Nascimento Santos Neves

¹Tiago Silva Lirio

¹Willian Bergamo de Moura

¹Iúri Drumond Louro

¹Débora Dummer Meira

¹Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Vitória, Espírito Santo, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde.

Modalidade: Pôster.

E-mail do 1° autor: matheus.c.casotti@gmail.com.

INTRODUÇÃO: O paciente oncológico, por meio de cirurgias e quimioterapias, pode ficar curado da
doença. Contudo, existem exceções perpassadas pelo papel de células poliploides cancerígenas gigantes
(PGCCs) atuando no aprimoramento da resistência e imortalização do tumor, atuando sobre a evolução e
pior prognóstico dessa enfermidade. OBJETIVO: Descrever o impacto e importância do estudo das PGCCs
para o entendimento da agressividade tumoral. METODOLOGIA: Selecionaram-se artigos pelo Google
Acadêmico e PUBMED segundo o uso da palavra-chave (descritor): “polyploidy giant cancer cells”,
priorizando os últimos 5 anos, assim, incluiu-se os artigos que abarcaram a caracterização e correlação aos
desfechos biofísicos, evolutivos e clínicos das PGCCs e foram excluídos os artigos sem acesso ou que não
perpassavam o foco do critério de inclusão. RESULTADOS: As PGCCs apresentam características
compartilhadas entre organismos unicelulares e multicelulares. Ademais, tais células são consideradas um
subtipo numérico caótico, ou seja, é um produto do caos genômico em meio a um ambiente estressado, e,
assim, fornece benefícios evolutivos sobre questões macroevolutivas (re-embaralhamento cariotípico) e
microevolutivas (seleção darwiniana) da progressão do tumor. Ao se destacar a origem de tais células, elas
provêm: (i) endociclo - envolve a alternância entre a fase G e a fase S do ciclo celular; (ii) endomitose -
ocorre na ausência da ruptura do envelope nuclear (NEB) durante a prófase ou sofre NEB, porém, evolui
para anáfase, ou cariocinese, mas não seguida de citocinese; (iii) deslizamento mitótico - ocorre quando as
células realizam uma parada prolongada na metáfase do ciclo celular tornam-se capazes de sair desse estado
sem citocinese, resultando no desenvolvimento de tetraploidização, seguida de poliploidização adicional;
(iv) fusão celular - ocorre de maneira espontânea na grande maioria dos casos entre células tumorais com
checkpoints defeituosos, ou entre células tumorais com diversas outras linhagens, formando híbridos
capazes de divisão e formadores de subpopulações heterogêneas; (v) canibalismo celular - ocorre quando

350
as células tumorais modificam seu comportamento, sendo capaz de fazer a ingestão (ou envolvimento) de
células vivas, resultando no aparecimento de células inteiras incorporadas em grandes vacúolos. Através
destes processos, as PGCCs reprogramam as células cancerígenas sobreviventes para adquirir resistência e
gerar clones aneuploides durante a despoliploidização, o que expande o repertório genético das células
cancerígenas, permitindo-lhes um melhor ajuste e aptidão, maior desenvolvimento e expansão, assim como
uma capacidade de recorrência locorregional ou metástase meses (e até anos) após o tratamento.
CONCLUSÃO: Conclui-se que as PGCCs juntamente com células aneuploides mantêm um equilíbrio
autônomo elegante entre estresse e tolerância durante a evolução adaptativa do câncer. Desta forma,
compreende-se o tumor como um resultado de processos físicos, químicos e biológicos de tentativas de
imortalização e resistência ilimitadas que geram um ciclo vicioso de descontrole. E assim, induz a formação
de PGCCs egoístas que sobrepõem o objetivo coletivo das células por meio de controles genéticos e
epigenéticos capacitadores de reprogramações, auto-organizações e transições filogenéticas entre a
unicelularidade e multicelularidade.

Palavras-chave: Células Poliploides Cancerígenas Gigantes (PGCCs), Poliploidia, Evolução tumoral.

REFERÊNCIAS (3 a 5):

KLOC, Malgorzata et al. Giant Multinucleated Cells in Aging and Senescence - An Abridgement. Biology,
v. 11, n. 8, p. 1121, 2022.

NICULESCU, Vladimir F. Cancer genes and cancer stem cells in tumorigenesis: Evolutionary deep
homology and controversies. Genes & Diseases, 2022.

PIENTA, K. J. et al. Cancer cells employ an evolutionarily conserved polyploidization program to resist
therapy. In: Seminars in Cancer Biology. Academic Press, 2020.

WAS, Halina et al. Polyploidy formation in cancer cells: How a Trojan horse is born. In: Seminars in
Cancer Biology. Academic Press, 2021.

XUAN, Botai; GHOSH, Deepraj; DAWSON, Michelle R. Contributions of the distinct biophysical
phenotype of polyploidal giant cancer cells to cancer progression. In: Seminars in Cancer Biology.
Academic Press, 2021.

351
DOI 10.29327/1192726.1-27

CORRELAÇÃO ENTRE COVID-19 E ANOSMIA

¹Daniela Vianello Brondani

2
Aline Santos Alves

3
Fernanda Delmondes Ferreira

4
Letícia Rodrigues Vasconcelos

5
Maria Cristina Araújo Estrela

6
Mayara Moreira de Deus

1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil; 2Pontifícia Universidade
Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil; 3Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-
GO). Goiânia, Goiás, Brasil; 4Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás,
Brasil; 5Universidade Evangélica de Goiás (UniEvangélica). Anápolis, Goiás, Brasil; 6Pontifícia
Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Otorrinolaringologia

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1° autor: danielabrond@gmail.com

INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 trouxe uma drástica mudança na vivência do ser humano. No
Brasil, o primeiro caso se deu no mês de fevereiro de 2020 e, após essa data, os diagnósticos cresceram
exponencialmente. A COVID-19 é uma condição patológica que se manifesta, principalmente, pelas
alterações respiratórias, variando desde condições leves e autolimitadas até distúrbios graves e óbito. Os
principais sintomas decorrentes da doença descritos foram: febre, tosse, congestão nasal, fadiga, anosmia,
cefaleia e mialgias. Tendo em vista o impacto que a anosmia, definida como a perda total ou parcial do
olfato, causa no cotidiano da pessoa em todos os aspectos, é fundamental entender a relação desse sintoma
com a COVID-19. OBJETIVO: Descrever a correlação entre COVID-19 e anosmia, destacando questões
clínicas, manifestações e índice de prevalência na população. METODOLOGIA: Revisão sistemática de
literatura realizada na base de dados PubMed. Utilizou-se os descritores “COVID-19” e “Anosmia”,
associados pelo operador booleano “AND”. Foram incluídos textos em inglês e português, publicados nos
anos de 2022 e 2023. A pesquisa resultou em 111 artigos, sendo cinco selecionados. RESULTADOS: É
frequente em pacientes adultos com SARS-CoV-2 a perda total ou parcial do olfato, sendo um dos fatores
utilizados para indicar a contaminação viral. Nesse sentido, a disfunção olfatória é um dos sintomas
neurológicos de longo prazo mais importantes da COVID-19, com a maior prevalência observada entre
mulheres, adultos e pacientes ambulatoriais. Estudos mostraram que pacientes com essa disfunção após
COVID-19 podem desenvolver grave perda olfatória (hiposmia ou anosmia grave) mesmo 1 ano após início
dos sintomas, sugerindo um quadro de sequela permanente. Ademais, estudos de ressonância magnética
mostram relação entre redução do epitélio neuronal e atrofia do bulbo olfatório. Danos às células não
neuronais explicam o tempo médio de recuperação de algumas semanas. Essa lesão pode aumentar por uma
resposta imune agressiva, que leva a danos às células neuronais e células‐tronco, induzindo uma anosmia
persistente. Um relatório recente descobriu que a proteína neuropilina 1 (NRP1), abundante nas células

352
olfativas, facilita o dano direto aos neurônios receptores olfativos e ao bulbo olfativo, mediando a entrada
do vírus no organismo. Os autores argumentaram que uma maior expressão de NRP1 pode levar a um maior
risco de disfunção olfativa e a uma maior ativação de células T reguladoras que suprimem as citocinas.
Percebeu-se também que a anosmia não estava relacionada à hospitalização (pior prognóstico), como se
pensou, mas sim à presença de infecção respiratória, gastroenterite, calafrios, odinofagia (dor ao engolir),
mialgia, astenia e anorexia. Ademais, ficou evidente que anosmia e hipogeusia são sintomas frequentes na
SARS-CoV-2 em adultos, mas sua incidência em crianças é desconhecida.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebeu-se relação entre contaminação por COVID-19 e
perda total ou parcial do olfato. Ademais, notou-se que a anosmia ocorre com maior frequência em adultos
do sexo feminino e em pacientes ambulatoriais. Além disso, evidencia-se a necessidade de mais pesquisas
sobre a correlação de hiposmia e anosmia com o COVID-19 em diferentes faixas etárias. Por fim, a proteína
NRP1 é sugerida como um potencial alvo terapêutico para reduzir danos olfativos.

Palavras-chave: Anosmia, COVID-19, Otorrinolaringologia.

REFERÊNCIAS:

ELVAN-TUZ, A; Karadag-Oncel, E; Kiran, S. et al. Prevalence of Anosmia in 10.157 Pediatric COVID-


19 Cases: Multicenter Study from Turkey. Pediatr Infect Dis J. 2022;41(6):473-477.
doi:10.1097/INF.0000000000003526

MCWILLIAMS, M. P; Coelho, D. H; Reiter, E. R; Costanzo, R. M. Recovery from Covid-19 smell loss:


Two-years of follow up. Am J Otolaryngol. 2022;43(5):103607. doi:10.1016/j.amjoto.2022.103607

MENDES PARANHOS, A. C; Nazareth Dias, Á. R; Machado da Silva, L. C. et al. Sociodemographic


Characteristics and Comorbidities of Patients With Long COVID and Persistent Olfactory Dysfunction.
JAMA Netw Open. 2022;5(9): e2230637. Published 2022 Sep 1.
doi:10.1001/jamanetworkopen.2022.30637

MERCIER, J; Osman, M; Bouiller, K. et al. Olfactory dysfunction in COVID-19, new insights from a
cohort of 353 patients: The ANOSVID study. J Med Virol. 2022;94(10):4762-4775.
doi:10.1002/jmv.27918

PÚA TORREJÓN, R. C; Ordoño Saiz, M.V; González Alguacil, E. et al. Smell and Taste Dysfunction in
Pediatric Patients With SARS-CoV-2 Infection. Pediatr Neurol. 2022; 136:28-33. doi:
10.1016/j.pediatrneurol.2022.07.006

353
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO DE PACIENTES
SUBMETIDOS A REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO.

¹Gabrielle Queiroz dos Santos


¹Gabrielle Santana Almeida

¹Adriele Teixeira de Oliveira

¹Ana Clara da Silva Andrade Portugal

¹Juliane Pereira Dos Santos

¹Simone Souza Santos


1
Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE). Salvador, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster/Apresentação oral
E-mail do 1° autor: Gabrielle_araujo14@outlook.com

INTRODUÇÃO: A cirurgia de revascularização do miocárdio, também conhecida como Ponte


de Safena, consiste em criar novos caminhos (pontes) para irrigar o coração. A cirurgia pode ter
enxertos arteriais ou venosos. O procedimento utiliza veias ou artérias saudáveis dos MMII,
braços ou tórax do próprio paciente para criar caminhos alternativos para o sangue chegar ao
coração. Não existe um número máximo de pontes que podem ser feitas, porém, regularmente, 3
ou 4 pontes são necessárias para irrigar o coração. OBJETIVO: Descrever o que tem sido
publicado sobre os cuidados de enfermagem no pré-operatório de cirurgia de revascularização
cardíaca. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa da literatura. A
coleta de dados foi realizada no mês de agosto a novembro de 2022, na base de dados da Biblioteca
Virtual em Saúde, utilizando como critério de inclusão: artigos completos, publicados em
português nos últimos 10 anos, disponíveis na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde,
usando os descritores enfermagem e revascularização do miocárdio. Foram excluídos artigos
repetidos e fora da temática do estudo. RESULTADOS: Foram encontrados 2 artigos publicados
em 2014 e 2013, de acordo com os critérios estabelecidos. Como principais cuidados pré-
operatórios, podemos citar: Avaliar as necessidades de cada cliente para desenvolver um plano de
cuidados individualizado, observar e identificar fatores complicadores que possam gerar riscos;
esclarecer dúvidas sobre o procedimento cirúrgico a ser realizado, verificar: assinatura dos termos
de autorização da cirurgia e Termo de Anestesia e Sedação e Transfusão de hemocomponentes;
transportar o paciente ao centro cirúrgico, atentando-se ao uso dos insumos necessários, pulseira
e ficha de identificação com todos os exames necessários, confirmação do jejum do paciente.
CONCLUSÃO: Esta revisão integrativa possibilitou, observar o pré- operatório imediato de
pacientes submetidos a revascularização do miocárdio, os cuidados e ações da equipe de
enfermagem, identificando as intervenções e diagnósticos de acordo com a necessidade e clínica
de cada indivíduo.O cuidado e planejamento prestado pela enfermagem levasegurança ao paciente
e familiar, tornando-se uma barreira evitando possíveis erros possam ocorrer. A enfermagem
possibilita um atendimento no pré-operatório com ações educativas clarase objetivas, de forma
humanizada, possibilitando que o paciente exponha suas dúvidas e inseguranças em relação ao
procedimento.Pode concluir que é necessário ter profissionais capacitados cientificamente, para
que o cuidado seja realizado de forma individualizada com umacomunicação eficaz e clara para
atender as demandas e evitar possíveis danos no intra e pós- operatório.

354
Palavras-chaves: Enfermagem, SPE, Revascularização do miocárdio.

REFERÊNCIAS:
T. H. HERDMAN e S. KAMITSURU. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: Definições e
Classificação - 2021-2023 – 12 edição- Ed.Artmed. Acesso em 12/10/2022.

MARCELINO, C. A. G.; PRADO, L. B.; ALMEIDA, A. F. S.de. Cuidados de enfermagem ao paciente

submetido à revascularização cirúrgica do miocárdio. São Paulo: Martinari, 2014.

355
PADRÃO DE RECORRÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA
RELACIONADO AOS GENES BRCA1 E BRCA2

¹Karen Ruth Michio


Barbosa
¹Gabriel Mendonça
Santana
¹Livia Cesar Morais
¹Luana Santos Louro
¹Matheus Correia Casotti
¹Raquel Furlani Rocon
Braga
²Thomas Santos Louro
¹Débora Dummer Meira

1 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Vitória, Espírito Santo, Brasil; 2 Escola Superior de
Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM. Vitória, Espírito Santo, Brasil

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde.

Modalidade: Apresentação Oral.

E-mail do 1° autor: karen.r.barbosa@edu.ufes.br.

INTRODUÇÃO: Com o avanço de pesquisas e descobertas sobre a filogenia do câncer de mama, vários
pesquisadores se empenharam em explorar sua suscetibilidade e impactos na frequência de metástases.
Desse modo, é de suma importância, para conhecimento público, a relevância da descoberta do câncer de
mama em fase inicial para maiores chances de tratamento. OBJETIVO: Assim, pretende-se analisar a
literatura existente sobre o impacto da presença de mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 nas mulheres de
diferentes nacionalidades e ancestralidades. Ademais, rever tópicos relacionados à metástase e sua
correlação com os genes citados. METODOLOGIA: Para tanto, em outubro de 2022 foram realizadas
pesquisas no PubMed, selecionando artigos quanto ao tema, estabelecendo critérios como seriedade dos
estudos, dados numéricos relevantes ao resumo e atualidade da pesquisa para inclusão e/ou exclusão de
artigos. Analisando os cinco artigos de 2018, 2020 e 2022, houve, assim, a interpretação dos resultados
obtidos. RESULTADOS: Ao notar um padrão no surgimento de câncer em pessoas na região nordeste
brasileira, descobriu-se que 67% das mulheres afetadas pela doença são afrodescendentes, enquanto as
pessoas brancas correspondem a 26%. Em Porto Rico, 89% dos cânceres de BRCA2 foram encontrados em
pacientes afetados pelo câncer de mama, porém, na Rússia, inferiu-se que a população é caracterizada por
alta incidência de mutações fundadoras de BRCA1, enquanto alelos recorrentes de BRCA2 contribuem
apenas para uma fração menor da incidência de câncer de mama e câncer de ovário. BRCA1 5382insC e
BRCA2 185delAG ocorrem com mais frequência em judeus e eslavos, que povoaram a Polônia,
Bielorrússia, Ucrânia e Rússia. A respeito do processo de desenvolvimento de metástase, ao realizar o
controle do subtipo de câncer de mama, foi constatado que o BRCA2 possui uma frequência maior de
metástases no Sistema Nervoso Central (SNC). Além de que, os padrões de expressão dos subtipos de
câncer de mama são diferentes e isso também se expressa no surgimento de metástases. Da mesma forma,
com o tratamento, a sobrevida em pacientes com metástase cerebral também foi estudada e esta foi maior
em pacientes com BRCA2 mutado (2,2 anos), apesar de pacientes que apresentaram mutação em BRCA1
possuírem sobrevida de apenas 7,8 meses. Ao obter informações como as estudadas aqui, disponíveis a
acadêmicos e população em geral, torna-se possível uma maior taxa de descoberta de cânceres na fase
inicial e, portanto, maiores chances de cura e/ou de sobrevivência. CONCLUSÃO: Conclui-se que a
recorrência do câncer de mama se deve à hereditariedade epidemiológica e que a agressividade da metástase
no Sistema Nervoso se correlaciona com os genes BRCA1 e BRCA2. Os genes pertencentes a ancestrais de
uma população têm relação com a maneira que o câncer de mama se expressa em mulheres pertencentes a
Rússia, Porto Rico e região nordeste brasileira aqui minuciadas. Consequentemente, a frequência com que
esses tipos de cânceres de mama são diagnosticados torna-se cada vez maior e, portanto, as taxas de melhora
em pacientes que iniciam o tratamento em estágios iniciais da doença são boas, enquanto a chance do câncer
se desenvolver com maior agressividade, diminui.

Palavras-chave: câncer de mama recorrente, metástase, epidemiologia, BRCA1, BRCA2.

356
REFERÊNCIAS:

DIAZ-ZABALA, Hector J. et al. A recurrent BRCA2 mutation explains the majority of hereditary breast
and ovarian cancer syndrome cases in Puerto Rico. Cancers, v. 10, n. 11, p. 419, 2018.

FELIX, Gabriela ES et al. Mutational spectrum of breast cancer susceptibility genes among women
ascertained in a cancer risk clinic in Northeast Brazil. Breast cancer research and treatment, v. 193, n.
2, p. 485-494, 2022.

GARBER, Haven R. et al. Incidence and impact of brain metastasis in patients with hereditary BRCA1 or
BRCA2 mutated invasive breast cancer. NPJ breast cancer, v. 8, n. 1, p. 1-8, 2022.

SOKOLENKO, Anna P. et al. Frequency and spectrum of founder and non-founder BRCA1 and BRCA2
mutations in a large series of Russian breast cancer and ovarian cancer patients. Breast Cancer Research
and Treatment, v. 184, n. 1, p. 229-235, 2020.

SONG, Yun et al. Patterns of recurrence and metastasis in BRCA1/BRCA2‐associated breast cancers.
Cancer, v. 126, n. 2, p. 271-280, 2020.

357
QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS PORTADORAS DO VÍRUS DA
IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)

1
Josué Tadeu Lima de Barros Dias

¹Samira Maria Ferreira de Almeida

2
José Luiz do Nascimento Silva

3
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF, Teresina, Piauí, Brasil; 1Instituição de
Ensino Superior Múltiplo - IESM. Timon, Maranhão, Brasil; 2Universidade Federal de Pernambuco,
Recife, Pernambuco, Brasil; 3Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com

INTRODUÇÃO: As crianças portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV) são aquelas que
nasceram infectadas com o vírus. O HIV é transmitido da mãe para o bebê durante a gravidez, o parto ou a
amamentação. As crianças portadoras do vírus da imunodeficiência humana necessitam de cuidados
especiais para se manterem saudáveis. O tratamento consiste em medicamentos antirretrovirais para
controlar a infecção e reduzir a quantidade de vírus no sangue, além disso, é necessário que a criança seja
acompanhada por profissionais especializados para avaliação da saúde. OBJETIVO: Discorrer sobre a
qualidade de vida de crianças portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV). METODOLOGIA:
Consiste em uma revisão narrativa da literatura, elaborada por artigos científicos publicados em Revistas
Científicas Indexadas com busca na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, com os seguintes
descritores em ciências da saúde: Soropositividade para HIV; Infecções por HIV; Saúde da Criança. Como
critérios de inclusão foram selecionados artigos publicados no período de 2018 a 2023, escritos em língua
portuguesa. RESULTADOS: A qualidade de vida de crianças com HIV é um assunto muito importante
que merece atenção e cuidado, a infecção por HIV pode levar à morte, mas, felizmente, crianças infectadas
podem viver longas e saudáveis vidas com tratamento adequado. Uma abordagem importante para melhorar
a qualidade de vida das crianças com HIV é fornecer um ambiente seguro e estável, isso inclui o apoio
emocional dos pais, amigos e outras pessoas significativas, além de acesso a serviços médicos, tratamento
e prevenção. É importante que as crianças com HIV tenham oportunidades de se sentirem seguras e aceitas,
bem como oportunidades de aprender sobre sua doença e sobre como cuidar de si mesmas. Outra abordagem
importante, é garantir que elas tenham acesso à educação, as crianças com HIV devem ter a oportunidade
de frequentar a escola e participar de atividades recreativas e educacionais, a educação pode proporcionar
oportunidades de desenvolvimento e crescimento, bem como a chance de interagir com outras crianças. A
educação também pode ajudar a melhorar a autoestima das crianças e ajudar as famílias a lidar melhor com
a doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Finalmente, é importante fornecer acesso a recursos e serviços
para garantir que as crianças com HIV possam viver vidas saudáveis. Isso inclui acesso a serviços médicos,
medicamentos, alimentos, abrigo e outros serviços essenciais para o bem-estar, esses recursos e serviços
podem ajudar as crianças a viver vidas mais saudáveis e felizes.

358
Palavras-chave: Soropositividade para HIV, Infecções por HIV, Saúde da riança.

REFERÊNCIAS:

COSTA, A. S.; et al. Uso de suplementos nutricionais por crianças vivendo com hiv: revisão narrativa.
Arquivos de ciências da saúde da UNIPAR (Impresso)., v. 27, n. 1, p. 176-199, 2023.

NETO, I. M. D. L. F.; et al. Fatores preditores da transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana
em recém-natos: Uma nova abordagem. Revista da Associação Médica do Rio Grande do Sul., v. 66, n.
1, 2022.
RUFINO, S. O.; et al. Linhas de cuidados em saúde às crianças expostas ao HIV. Revista de enfermagem
UFPE on line., v. 15, n.1, p. 1-14, 2021.

359
A INTUBAÇÃO SUPRAGLÓTICA COM MÁSCARA LARÍNGEA PELO
ENFERMEIRO EMERGENCISTA
¹Fernanda Silva Santos

1
Luís Henrique Benn dos Anjos

1
Simone Santos Souza

1Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE). Salvador, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: nanndas@outlook.com
INTRODUÇÃO: A máscara laríngea (ML) é um dispositivo supraglótico mais utilizado no mundo.
Apresenta como indicações no cenário da emergência onde se faz necessário a proteção e o acesso imediato
das vias respiratórias. A intubação com esse dispositivo pelo enfermeiro emergencista é muito importante,
tendo em vista que esse profissional é o primeiro a chegar perto da vítima, necessitando estabelecer
rapidamente uma via aérea pérvia. OBJETIVO: Descrever o que tem sido publicado cientificamente com
relação a intubação supraglótica com máscara laríngea pelo enfermeiro emergencista. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em outubro de 2022, através da literatura
disponível no Google Acadêmico e na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando as bases de dados da
MEDLINE e da LILACS, aplicando Descritores de Ciência da Saúde com o cruzamento do booleano AND,
da seguinte forma: Intubação AND “Máscara Laríngea” AND Enfermagem. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Foram encontrados cerca de 436 artigos, empregando critérios de inclusão como: artigos
nos idiomas inglês e português, no período dos últimos 10 anos, foram encontrados 354 resultados.
Posteriormente, utilizamos critérios de exclusão, desconsiderando artigos que não contemplavam a
temática, encontrando 8 resultados. Contudo, depois da leitura dos títulos e resumos, foram eleitos cerca de
6 artigos. Resultados: A máscara laríngea tem a função de realizar manutenção da via aérea, substituindo o
tubo orotraqueal, sendo atividade privativa do enfermeiro através do parecer do COFEN n°01//2015. O uso
da ML é recomendado pela sua eficácia em garantir via aérea avançada, principalmente na reanimação
cardiopulmonar em adultos, pela sua rapidez na inserção e baixo risco de complicações. O enfermeiro
emergencista é essencial nessas situações pois possui domínio nas técnicas e autorização legal para essa
atribuição sendo responsável por estar atento aos métodos mais viáveis de ventilação, de acordo com a
condição da vítima, indicação, vantagens e desvantagens. CONCLUSÃO: Visto que o enfermeiro
emergencista tem o primeiro contato ao atender pacientes no âmbito pré ou intra-hospitalar, é essencial a
educação permanente em saúde para capacitá-los a fim de termos resultados assertivos na identificação de
quando usar os dispositivos, como utilizá-los e realizar o manejo do mesmo para oferecer a melhor
assistência em saúde.
Palavras-chave: Enfermeiros; Intubação; Máscara Laríngea.
REFERÊNCIAS:

BORGES, I. B. DE S. et al. Systematic review and meta-analysis comparing ventilatory support in


chemical, biological and radiological emergencies. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 28,
n. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v.28, n.1, 2020.

FRANÇA, T. C. M. L.; TENÓRIO, H. A. S. Manuseio das vias aéreas com uso da máscara laríngea por
enfermeiro em situações de emergência: revisão integrativa. Revista Brasileira de Revista de Saúde, v.
6, n.1, pág. 886–897, 2023.

360
KUNZ, R. A.et al. Percepção dos enfermeiros sobre o uso de máscara laríngea no atendimento intra-
hospitalar. Investigação, Sociedade e Desenvolvimento, s.l., v.11, n. 16, pág. e217111638098, 2022.

361
FISIOPATOLOGIA E MANEJO CLÍNICO DA DEPRESSÃO: UMA REVISÃO
DA LITERATURA.

¹Ana Klara Rodrigues

Alves
2
Lívia Filomena Castelo Branco Machado
3
Daniella Pineli Chaveiro Costa
2
Natatscha Allende Costa de Souza Pereira
2
Katariny Maria Leal Santos
4
Aline Alves Silva
4
Ellen Gonçalves Araújo
5
Maria Júlia Arbo Souza

¹Universidade Estadual do Piauí (UESPI);²Centro Universitário Uninovafapi.; ³ Instituto de Educação


Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP); 4 Faculdade R.Sá; 5Centro Universitário São Francisco de
Barreiras - UNIFASB .

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1°
autor:klaraphb@outlook.com

INTRODUÇÃO: Milhões de indivíduos sofrem de transtornos depressivos em todo o mundo e 40% dos
pacientes não respondem adequadamente aos medicamentos antidepressivos. Segundo Organização
Mundial Saúde, em 2017, foram registrados 332 milhões de casos de depressão no mundo, no Brasil
foram registrados 12 milhões de casos. Os transtornos depressivos são diversos e diferenciam-se de
acordo com os aspectos de duração, momento ou etiologia presumida. No entanto, todos os quadros
assemelham-se pela presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas
e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo. OBJETIVO:
Analisar na literatura a fisiopatologia e o manejo clínico da depressão. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão integrativa da literatura, que é uma construção de uma análise ampla da literatura, realizada
através da Pubmed, foram encontrados 8.495 artigos, selecionados 10, através do cruzamento simultâneo
entre os descritores “depression”, “pathophysiology” e “treatment”. Quanto aos critérios de inclusão,
introduziram-se artigos escritos na língua portuguesa e inglesa publicados entre 2017 e início de 2022.
RESULTADOS: A depressão é considerada um problema de saúde pública, tendo uma prevalência de
2-3% nos homens e de 5-9% nas mulheres. Está associada ao aumento da morbilidade e mortalidade,
através não só da via do suicídio, mas também pela possibilidade de aumentar o risco ou piorar o
prognóstico de outras doenças crônicas ditas “orgânicas”, como a doença coronária e a diabetes mellitus
de tipo 2 exemplos já bem estabelecidos. Os transtornos depressivos (TD) possuem fisiopatologia
complexa que envolve fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais. No entanto, evidências sugerem
que desregulações nos sistemas dopaminérgico e glutaminérgicos são a base da fisiopatologia de vários
transtornos psiquiátricos, incluindo esquizofrenia e depressão. O sistema glutamatérgico passou a ser

362
implicado na regulação do humor, principalmente a partir da observação da ação antidepressiva de
antagonistas dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA). A plena atividade dos neurotransmissores
serotonina (5-HT), noradrenalina (NA), dopamina (DA), glutamato e GABA é essencial para a
modulação das atividades cerebrais, como o comportamento motor, a cognição e as emoções. Alterações
genéticas e estruturais, como polimorfismos dos receptores do sistema dopaminérgico e glutaminérgicos,
provocam um desequilíbrio nas projeções nervosas e uma consequente hiperatividade das vias cerebrais
integrativas. Estudos identificaram uma hiperatividade no córtex pré-frontal e na amígdala com o
correlato da depressão. Portanto, a terapia deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia,
mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
depressão se caracteriza como um transtorno altamente prevalente. Compreender a fisiopatologia da
depressão é de extrema importância para que o manejo clínico da mesma seja efetivo e que pacientes
tenham uma melhor qualidade de vida atrás do tratamento realizado de forma mais precoce possível, é
essencial que ocorra a capacitação dos profissionais para que os mesmos realizem o diagnóstico
diferencial dos pacientes. Por fim, identificar biomarcadores confiáveis de diagnóstico e resposta ao
tratamento no TD tem sido um desafio, dada a heterogeneidade clínica desse distúrbio e a ampla
variabilidade da resposta ao tratamento. Sendo necessário mais estudos voltados para a compreensão dos
mecanismos fisiopatológicos da depressão.

Palavras-chave: Depressão, Manejo clínico, Fisiopatologia.

REFERÊNCIAS:

AKIL, H., GORDON, J., HEN, R., et al. Treatment resistant depression: A multi-scale, systems biology
approach. Neurosci Biobehav Rev., v.84, p.272-288, 2018.

BEUREL, E., TOUPS, M., NEMEROFF, C.B. The Bidirectional Relationship of Depression and
Inflammation: Double Trouble. Neuron., v.107, n.2, p.234-256, 2020.

BORBÉLY, É., SIMON, M., FUCHS, E., et al. Novel drug developmental strategies for treatment-resistant
depression. Br J Pharmacol., v.179, n.6, p.1146-1186, 2022.

363
MANEJO DE OSTEORRADIONECROSE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
1
Nívia Castro Binda

2
Geraldo Soprani Júnior

3
Àquila de Oliveira Afonso

4
Genilson Campos da Silva

5
Caio Muniz Carvalho
6
Kimberly Damazio Tiburcio
7
Evanio da Silva
8
José Lopes de Oliveira Neto

1 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Vitória, Espírito Santo, Brasil. 2 Centro Universitário
do Espírito Santo (UNESC). Espírito Santo, Brasil. 3 Universidade Evangélica de Goiás (UniEvangélica),
Goiás, Goiânia, Brasil. 4 UNICSUL, Brasil. 5 Centro Universitário Euro-Americano (UNIEURO), Brasil.
6 Centro Universitário Pitágoras Unopar de Niterói, Brasil. 7 UNINASSAU, Brasil. 8Cirurgião-Dentista.
Residente de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial do Hospital dos Fornecedores de Cana de
Piracicaba. São Paulo, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Pôster

E-mail principal: nivia_sgp@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O tratamento para neoplasias malignas que envolvem a região de cabeça e pescoço
consiste nas modalidades de cirurgia e/ou quimioterapia e/ou radioterapia. Dentre as alterações provocadas
pela radioterapia (RT), destaca-se a osteorradionecrose (ORN), na qual é caracterizada pela desvitalização
dos ossos faciais, sobretudo da maxila, com necrose dos tecidos moles adjacentes. OBJETIVOS: Revisar a
literatura acerca do manejo de osterradionecrose em pacientes oncológicos. METODOLOGIA: trata-se de
uma revisão narrativa de literatura nas bases de dados BIREME e MEDLINE/PubMed. Considerou-se como
critério de inclusão os artigos completos disponíveis na íntegra no idioma português e publicados entre os
anos de 2015 e 2022. Os critérios de exclusão foram: artigos incompletos, duplicados, resenhas, resumos e
que não possuem relação com o objetivo do presente estudo. RESULTADOS: Entre as medidas terapêuticas
para a osteorradionecrose, concorda-se que a prevenção da necrose óssea é a melhor conduta. Entretanto,
algumas propostas conservadoras têm sido propostas, tais como antibioticoterapia, analgésicos,

364
higiene bucal e ressecção cirúrgica. Quando a ORN é diagnostica de forma precoce e/ou encontra-se em
baixo grau, deve-se priorizar pelo manejo conservador ou, ainda, pela associação de terapias. Em estágios
mais avançados, é recomendado o tratamento cirúrgico. CONCLUSÃO: Adotar estratégias preventivas no
pré-operatório é a melhor conduta para diminuir a probabilidade de ocorrência de ORN em pacientes
oncológicos que serão submetidos a radioterapia.

Palavras-chave: Câncer de Cabeça e Pescoço, Osteorradionecrose; Radioterapia.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, C. R.; SIMONATO, L. E. Manejo Terapêutico E Preventivo Da Osteorradionecrose. Revista


Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 4, p. 1893–1904, 2022.
MAYLAND, E. et al. Impact of preoperative and intraoperative management on outcomes in
osteoradionecrosis requiring free flap reconstruction. Head & neck, v. 44, n. 3, p. 698–709, mar. 2022.
RICE, N. et al. The management of osteoradionecrosis of the jaws--a review. The surgeon : journal of the
Royal Colleges of Surgeons of Edinburgh and Ireland, v. 13, n. 2, p. 101–109, abr. 2015.

365
EFEITOS DO TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO EM
PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:
REVISÃO INTEGRATIVA

¹Felipe Andrade de Oliveira

¹Wesley Douglas Oliveira Bezerra

¹Elivelton Sousa Montelo

¹Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). Parnaíba, Piauí, Brasil.

Eixo temático: Fisioterapia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: feandoli@outlook.com

INTRODUÇÃO: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada por alterações


fisiopatológicas nos pulmões, culminando em limitação crônica do fluxo aéreo, em alterações nas trocas
gasosas e, consequente, redução da qualidade de vida. Assim, entre os tratamentos destacam-se as terapias
medicamentosas e a reabilitação respiratória, onde engloba-se o treinamento muscular inspiratório (TMI) e
pode ser incluído para potencializar os efeitos terapêuticos com diferentes cargas. Tendo isso, o TMI
apresenta uma abordagem não farmacológica e segura que promove efeitos no sistema cardiopulmonar,
podendo ser uma alternativa resolutiva e adicional ao tratamento da DPOC. OBJETIVO: Caracterizar os
efeitos do treinamento muscular inspiratório na força muscular inspiratória e dispneia em pacientes com
doença pulmonar obstrutiva crônica através de uma revisão integrativa. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa, desenvolvida com a busca nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e
PEDro. A pesquisa foi desenvolvida com abordagem do acrônimo PICOS, sendo P (População) - Pacientes
com DPOC; I (Intervenção) - TMI; C (Comparador) - Reabilitação pulmonar, outras terapias; O
(Outcome/Desfecho) - Melhora da função muscular inspiratória e dispneia; e S (Study/Estudos) - Ensaios
clínicos. Adotaram-se descritores conforme os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), “exercícios
respiratórios”, “terapia respiratória”, “treinamento muscular inspiratório”, “doença pulmonar obstrutiva
crônica”, “obstrução do fluxo pulmonar crônico” no idioma inglês, somados aos operadores booleanos
AND e OR. Incluíram-se os artigos desenvolvidos entre 2018 a 2023, sendo eles ensaios clínicos com ou
sem acesso livre que apresentassem uso de TMI. RESULTADOS: Foram encontrados 829 estudos, somente
sete ensaios clínicos foram selecionados dentro dos critérios para incorporar esta revisão. Somaram-se 865
participantes, em sua predominância homens (64,50%), com média de idade geral de 63,48 anos. Utilizou-
se o TMI de forma isolada, associada e em comparação com intervenções como: treino de endurance,
programa de reabilitação pulmonar e terapia manual (TM). O tempo de duração das intervenções foi de três
a 12 semanas. Utilizou-se para o TMI os aparelhos Threshold e PowerBreathe com uso de carga de 30 a
50% da pressão inspiratória máxima (PImax) inicial. Para verificação da força muscular inspiratória
avaliou-se com um medidor de pressão portátil MicroRPM e PowerBreathe HK2. Os efeitos foram
observados com uso do TMI isolado ou adicional às intervenções, obteve-se a melhora da função muscular
inspiratória, com aumento em até 37%, como apresenta um dos estudos. A dispneia foi avaliada de acordo
com a escala modificada de Borg e Medical Research Council e apresentou redução significativa com o uso
do TMI. Um estudo verificou a dispneia conforme o Questionário de Avaliação do Perfil de Dispneia
Multidimensional. Um estudo recomendou que o TMI não pode ser adicionado ao programa de reabilitação
pulmonar de três semanas para todos os pacientes com DPOC. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Observa-se que o TMI de forma isolada ou adicional a outras intervenções repercute uma melhora
na qualidade da função pulmonar em pacientes com DPOC, como desfecho no aumento da força muscular
inspiratória e redução da dispneia.

366
Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Terapia Respiratória, Exercícios
Respiratórios.

REFERÊNCIAS:
BEAUMONT, Marc et al. Effects of inspiratory muscle training on dyspnoea in severe COPD patients
during pulmonary rehabilitation: controlled randomised trial. European Respiratory Journal, v. 51, n. 1,
2018.

BURAN CIRAK, Yasemin; YILMAZ YELVAR, Gul Deniz; DURUSTKAN ELBASI, Nurgül.
Effectiveness of 12‐week inspiratory muscle training with manual therapy in patients with COPD: A
randomized controlled study. The Clinical Respiratory Journal, v. 16, n. 4, p. 317-328, 2022.

CUTRIM, Ana Lídia Carvalho et al. Inspiratory muscle training improves autonomic modulation and
exercise tolerance in chronic obstructive pulmonary disease subjects: A randomized-controlled trial.
Respiratory Physiology & Neurobiology, v. 263, p. 31-37, 2019.

LANGER, Daniel et al. Inspiratory muscle training reduces diaphragm activation and dyspnea during
exercise in COPD. Journal of applied physiology, v. 125, n. 2, p. 381-392, 2018.

SAKA, Seda; GURSES, Hulya Nilgun; BAYRAM, Mehmet. Effect of inspiratory muscle training on
dyspnea-related kinesiophobia in chronic obstructive pulmonary disease: A randomized controlled trial.
Complementary therapies in clinical practice, v. 44, p. 101418, 2021.

SCHULTZ, Konrad et al. Inspiratory muscle training does not improve clinical outcomes in 3-week COPD
rehabilitation: results from a randomised controlled trial. European Respiratory Journal, v. 51, n. 1, 2018.

TOUNSI, Bilel et al. Effects of specific inspiratory muscle training combined with whole-body endurance
training program on balance in COPD patients: Randomized controlled trial. Plos one, v. 16, n. 9, p.
e0257595, 2021.

367
DOI 10.29327/1192726.1-50

DESENVOLVIMENTO DE NANOPARTÍCULAS LIPÍDICAS COM


NISTATINA PARA UMA AÇÃO ANTIFÚNGICA
1
Cecília Carina Saraiva do Nascimento
1
Filipa Manuela Braga Teixeira de Sousa
2
Maria de La Salette de Freitas Fernandes Hipólito Reis Dias Rodrigues
1,3
Paulo Jorge Cardoso da Costa

1 UCIBIO - Applied Molecular Biosciences Unit, MEDTECH, Laboratory of Pharmaceutical


Technology, Department of Drug Sciences, Faculty of Pharmacy, University of Porto (FFUP), R. Jorge
Viterbo Ferreira 228, 4050-313 Porto, Portugal; 2 LAQV, REQUIMTE, Laboratory of Applied
Chemistry, Department of Chemical Sciences, Faculty of Pharmacy, University of Porto, Portugal -
Address: Rua Jorge Viterbo Ferreira, 228, 4050-313 Porto, Portugal; 3 Associate Laboratory i4HB -
Institute for Health and Bioeconomy, Faculty of Pharmacy, University of Porto, R. Jorge Viterbo Ferreira
228, 4050-313 Porto, Portugal

Eixo temático: Farmácia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: up202002722@edu.ff.up.pt

INTRODUÇÃO: As doenças fúngicas afetam atualmente quase um quarto da população mundial. As


infeções fúngicas causadas por Candida albicans, são consideradas uma relevante questão de saúde pública
pois este fungo é responsável por diversas doenças, como candidíase vulvovaginal, candidíase oral ou
mucosite. O aumento de mecanismos de resistência de antifúngicos é um dos grandes entraves ao tratamento
dessas mesmas doenças. A nistatina (NIS), fármaco antifúngico, pertence à classe IV do Sistema de
Classificação Biofarmacêutica (apresenta baixa solubilidade aquosa e baixa permeabilidade intestinal).
Assim a sua formulação e administração na forma livre apresenta-se como um grande desafio. A
nanotecnologia tem vindo a destacar-se atualmente no caso da administração de fármacos e as
nanopartículas lipídicas tornaram-se atrativas ao longo dos anos devido às suas promissoras propriedades
de vectorização de uma grande variedade de fármacos. Uma das várias vantagens das nanopartículas
lipídicas sólidas (SLN) é ser capaz de aumentar a estabilidade química de compostos que são sensíveis à
luz, hidrólise e oxidação como NIS. OBJETIVO: Formular SLN com NIS através da homogeneização a
elevada velocidade e ultrassonicação com otimização de vários parâmetros. METODOLOGIA: Estudaram-
se inicialmente 3 lípidos (Compritol 888 ATO, Palmitato de Cetilo e Precirol ATO 5) e procedeu-se ao
estudo de diversos parâmetros físico-químicos. Em termos de tamanho (por Dynamic Light Scattering), os
lípidos, Compritol 888 ATO, palmitato de cetilo e Precirol ATO 5, sem fármaco, apresentaram um diâmetro
médio de 0,335 µm, 0,385 µm e 0,248 µm, respetivamente. Os termogramas dos lípidos (por Differential
Scanning Calorimetry), demonstraram que o palmitato de cetilo apresentava polimorfismo pois mostrou a
existência de uma forma cristalina adicional; os outros lípidos apresentaram ciclos de
aquecimento/arrefecimento sucessivos coincidentes, ou seja, sem alteração da sua estrutura cristalina
original. Deste estudo preliminar escolheu-se, o Precirol ATO 5 pois foi o que apresentou resultados mais
satisfatórios. RESULTADOS: O método desenvolvido revelou ser linear, com uma equação da reta de y =
0,5572x - 2,1587 e um valor de r de 0,995, com repetibilidade e específico. Estudou-se a estabilidade física
e química de SLN PREC-NIS durante 30 dias. Os valores de eficácia de encapsulação (EE) foram de 67,8%
(dia 0), 43,66% (dia 15) e 43,57% (dia 30). O diâmetro médio das nanopartículas sem fármaco, ao dia 0,
15 e 30, foi, respetivamente, 0,302 µm, 0,312 µm, 0,392 µm, e com fármaco, foi, respetivamente, 0,260
µm, 0,250 µm, 0,280 µm. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: As SLN demonstram um potencial
inegável como novos sistemas farmacêuticos, especialmente os que têm em vista a melhoria do efeito
terapêutico para doenças fúngicas. Neste campo destacam-se as SLN para vectorização de NIS devido às
suas características hidrofóbicas. Neste trabalho, as SLN com fármaco demonstraram ser mais estáveis que
as SLN sem fármaco. Verificou-se que as nanopartículas que não contêm fármaco tiveram um ligeiro

368
aumento de diâmetro médio ao fim de 30 dias, que pode ser justificado pela possível aglomeração das
nanopartículas. As partículas coloidais têm tendência para sofrer agregação ao longo do tempo,
principalmente quando são conservadas sob a forma de dispersões aquosas.

Palavras-chave: Fungos, nistatina, nanopartículas, SLN, estabilidade.


REFERÊNCIAS

MAYER, F. L.; WILSON, D.; HUBE, B. Candida albicans pathogenicity mechanisms. Virulence, v. 4, n.
2, p. 119-128, 2013.

BENAVENT, C.; GARCIA-HERRERO, V.; TORRADO, C.; TORRADO-SANTIAGO, S. Nystatin


antifungal micellar systems on endotracheal tubes: development, characterization and in vitro evaluation.
Pharmazie, v. 74, n. 1, p. 34-38, 2019.

UNER, M.; YENER, G. Importance of solid lipid nanoparticles (SLN) in various administration routes and
future perspectives. Int J Nanomedicine, v. 2, n. 3, p. 289-300, 2007.

369
DOI 10.29327/5208636.2-15

O IMPRESCINDÍVEL PAPEL DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA PARA A


CONSTRUÇÃO DE UM ATENDIMENTO HOLÍSTICO NA AMAZÔNIA
OCIDENTAL

THE ESSENTIAL ROLE OF THE SCHOOL HEALTH PROGRAM FOR THE


CONSTRUCTION OF A HOLISTIC SERVICE IN THE WESTERN AMAZON

ÂNDREA DE TOLEDO MOLINA DA SILVA¹, JADE GOMES DA COSTA MEDEIROS¹,


CAROLINE DE SOUZA ALOVISI¹, GABRIELLA SIMÕES WALTER¹, ARETHA TOMAZINI
DE FREITAS¹, GISELI NOBRES DA SILVA FREITAS²

Discente Centro Universitário São Lucas- Afya¹

Docente Centro Universitário São Lucas- Afya²


Resumo:
Objetivo: Objetiva-se descrever a experiência de discentes do curso de medicina durante a participação de
encontros práticos de aprendizagem em uma escola municipal visando o Programa Saúde na Escola, com
intuito de promover saúde multidisciplinar através de atendimentos oftálmicos e avaliações do
desenvolvimento e crescimento. Metodologia: Trata-se de uma experiência que descreve de modo
detalhado e contextualizado um relato de experiência com a finalidade de englobar a prevenção da saúde
infantil desenvolvida em uma instituição pública, sendo utilizada como aporte teórico pesquisas
bibliográficas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Scholar. Resultados e Discussão:
Acadêmicos de medicina, em 2022, realizaram atividades práticas na disciplina de Saúde da Criança e
Adolescente em uma unidade escolar municipal de Porto Velho, visando o programa de Saúde na Escola.
Abrangeram os estudantes do ensino fundamental avaliando a acuidade visual dos mesmos. Foi constatado
diversos casos de dificuldade ainda não observados, exaltando a necessidade de uma consulta
oftalmológica. Além disso, também foram realizadas avaliações do desenvolvimento e crescimento dos
alunos utilizando o peso, altura e IMC da criança e comparando nos gráficos da caderneta infantil. Assim,
foi possível avaliar a necessidade de assistência à saúde oferecida pelo SUS. Considerações Finais:
Considera-se assim, a importância de instigar e reforçar programas como esses para a população,
contribuindo não só para o bem estar geral, como também gerando conhecimento para os futuros
profissionais da saúde.

Palavras- chave: Serviços de Saúde Escolar; Assistência Integral à Saúde; Aprendizagem; Promoção da
Saúde

Objective: The objective is to describe the experience of medical students during their participation in
practical learning meetings in a municipal school, aiming at the Health at School Program, with the aim of
promoting multidisciplinary health through ophthalmic consultations and assessments of development and
growth.Methodology: This is an experience that describes in a detailed and contextualized way an
experience report with the purpose of encompassing the prevention of child health developed in a public
institution, being used as theoretical support bibliographical research in the Virtual Health Library (VHL)
and Google Scholar. Results and Discussion: Medical students, in 2022, carried out practical activities in
the discipline of Child and Adolescent Health in a municipal school unit in Porto Velho, aiming at the
Health at School program. They covered elementary school students assessing their visual acuity. Several
cases of difficulty not yet observed were found, highlighting the need for an ophthalmological consultation.
In addition, assessments of the development and growth of the students were also carried out using the
child's weight, height and BMI and comparing the graphs in the children's booklet. Thus, it was possible to
assess the need for health care offered by the SUS. Final Considerations: Thus, it is considered the
importance of instigating and reinforcing programs like these for the population, contributing not only to
general well-being, but also generating knowledge for future health professionals.

370
Keywords: School Health Services; Comprehensive Health Care; Learning; Health promotion

1. Introdução:

O art 227 da Constituição Federal delega a sociedade em geral o dever de proporcionar tudo que for
necessário para o bem estar físico, mental e social de nossas crianças e adolescentes, isso implica que somos
cidadãos responsáveis em atuar como pessoas e acadêmicos do curso de medicina nas instituições escolares
do país com o desenvolvimento de atividades que estão na grade curricular acadêmica e projetos
extracurriculares. Na região amazônica, o cuidado deve ser ainda mais amplo e por isso o Programa Saúde
na Escola (PSE) é de suma importância, os acadêmicos são chamados a servir a população e, ao mesmo
tempo, são ensinados a como exercer os mais diversos programas oferecidos pelo SUS (Sistema Único de
Saúde) e, dessa forma, proporciona melhor qualidade de vida e garante os princípios básicos inerentes ao
desenvolvimento da pessoa humana. O atendimento é realizado para agregar e fortalecer a rede de
assistência às crianças e adolescentes, proporcionando melhor qualidade de vida e garantindo os princípios
básicos inerentes ao desenvolvimento da pessoa humana.

2. Metodologia:

A construção do estudo foi estruturada a partir de pesquisa bibliográfica nas bases de dados Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) e Google Scholar. Para desenvolvimento do relato de experiência, foram
estabelecidas etapas específicas: Delimitação do tema a ser discutido, pesquisa por meio de descritores
específicos, definição de critérios de inclusão e exclusão, análise e interpretação dos resultados para
construção da revisão.

Vale ressaltar que, o tema delimitado foi educação em saúde nas escolas. Assim, a estratégia de busca
restringiu-se a descritores com palavras chave, tais como: “Serviços de Saúde Escolar”; “Assistência
Integral à Saúde”; “Aprendizagem”; “Promoção da Saúde” associadas a operadores Boolereanos E e OU.
Sendo assim, priorizou-se artigos disponibilizados nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol. Por fim, o
uso de critérios de inclusão foram publicações entre 2019-2022. E exclusão aqueles artigos que não
abordaram o assunto proposto ou ainda com datas destoantes da determinada.

3. Resultados e Discussão:

No primeiro semestre de 2022, foram realizadas atividades práticas envolvendo o Programa Saúde na
Escola, em uma unidade escolar municipal de Porto Velho, voltado ao aprendizado de discentes de medicina
e, consequentemente, atendimento à população. Dentre as práticas, foi feito um atendimento às crianças do
ensino fundamental com foco na acuidade visual daqueles estudantes.

Foi observado, inúmeros casos em que há necessidade de um acompanhamento oftalmológico frequente e


que, até dado momento, não tinha sido observado. Vale pontuar ainda, que foi avaliado o desenvolvimento
e crescimento dos alunos através da aferição de peso e altura, além do IMC (Índice de Massa Corporal)
através dos gráficos na caderneta da criança. Com isso, o Programa Saúde na Escola visa facilitar e
intermediar o acesso da população até o serviço de saúde. Ademais, o programa é uma peça fundamental
dentro da assistência oferecida pelo SUS, já que proporciona à Equipe De Saúde da Família visualizar as
patologias mais acometidas na região e focalizar um acolhimento mais especializado para as
vulnerabilidades daquela localização (DA SILVA JACOB, 2019).

Nesse sentido, é notável que as atividades desenvolvidas pelos discentes por meio do PSE foram de suma
importância para contribuir não apenas a oportunizar o acesso integral à saúde por meio de atendimentos
que avaliaram desde de o desenvolvimento e crescimento até mesmo aos oftalmológicos, mas também
corroboraram para construir futuros profissionais holísticos, que não se limitam ao modelo biomédico da
medicina e sim procuram atuar de forma preventiva afim de contribuir para que o conceito de saúde como
estado de bem estar biopsicossocial sejam implementados (SILVA, 2019).

Vale ainda ressaltar que, a implementação de ações que visem a universalidade do acesso à educação em
saúde possibilita a construção de uma sociedade mais consciente e além disso, tendem a ter uma qualidade
de vida mais razoável (MIRANDA, 2019).

371
5. Conclusão:

Por fim, vê-se que a região da Amazônia Ocidental, apresenta ainda um quadro de vulnerabilidade e
extremos desiguais. Dessa forma, a oportunidade de prestar serviço à população por meio do PSE, além de
enriquecedora para os discentes no âmbito do aprendizado foi um desafio na busca por estabelecer um
acesso a saúde integral, universal e com equidade como preconizado pelo SUS.

6. Referências:

DA SILVA JACOB, Lia Maristela et al. Ações educativas para promoção da saúde na escola: revisão
integrativa. Saúde e pesquisa, v. 12, n. 2, p. 419-427, 2019.
MIRANDA, Daniel Nunes; MARCH, Claudia; KOIFMAN, Lilian. Educação e saúde na escola e a
contrarreforma do ensino médio: resistir para não retroceder. Trabalho, Educação e Saúde, v. 17,
2019.
SILVA, Carlos dos Santos. Saúde na escola: Intersetorialidade e promoção da saúde. Editora
Fiocruz, 2019.

372
CÂNCER DE PELE EM IDOSOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Ana Beatriz Campos de Oliveira


2
Bruna Batista Santana
3
Giulia Morais Leandro de Carvalho
4
Juliana Reis de Sousa Zacarias
5
Marcela Barbosa Souza

1-5 Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Dermatologia

Modalidade:

Pôster/Apresentação oral

E-mail do 1° autor: abcoliveira.med@gmail.com

INTRODUÇÃO: O câncer (CA) de pele é o tumor mais frequente no mundo, correspondendo a 30% das
neoplasias no Brasil. Embora seja uma doença que pode afetar indivíduos de qualquer faixa etária, o CA de
pele é mais predominante na população branca e idosa. O tipo mais comum de CA de pele é o carcinoma
basocelular (CBC), seguido do carcinoma espinocelular (CEC). O terceiro tipo é o Melanoma que, apesar
de menos comum entre os outros, está relacionado a maior morbidade e mortalidade. O aumento da
expectativa de vida populacional levou a um aumento esperado na incidência de câncer de pele em pacientes
idosos e o seu manejo pode exigir um complexo processo de tomada de decisões. OBJETIVO: analisar os
fatores associados à neoplasia de pele melanoma e não melanoma de indivíduos idosos.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando artigos publicados entre os anos de
2016 a 2022, nas línguas portuguesa e inglesa que foram publicados de forma íntegra nos bancos de dados
PubMed, SCIELO e BVS. Para seleção dos estudos elegíveis foram utilizados, os descritores “skin cancer”
AND “elderly”. Após a busca, foram selecionados 5 artigos para serem explorados neste trabalho.
RESULTADOS: Há associação significativa entre a idade, histórico familiar e tabagismo com o câncer de
pele, enquanto os indivíduos com tendência a serem acometidos apresentam maior risco mesmo quando
submetidos à exposição solar leve. Um estudo avaliou a importância da prevenção primária e secundária,
intervenção precoce e terapias alternativas que podem auxiliar na diminuição da incidência de câncer de
pele e complicações pós-tratamento em pacientes idosos. Evitar exposição solar, uso de proteção solar
(protetor solar, roupas e óculos de proteção solar) e a realização de exames regulares da pele por um médico
dermatologista podem diminuir o número de cânceres de pele observados em pacientes idosos. Em relação
ao tratamento, um estudo de coorte confirma que a idade não é por si só uma contraindicação para o
tratamento de cânceres de pele em pacientes idosos. A abordagem varia de acordo com as preferências do
paciente, comorbidades, adesão e possíveis eventos adversos. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: É evidente que o CA de pele em idosos está associado à fatores individuais e ambientais, logo, as
prevenções primárias e secundárias são imprescindíveis para diminuir a sua incidência na população. Além
disso, o manejo da malignidade deve ser uma decisão compartilhada em que o interesse dos pacientes deve
ser considerado juntamente com os objetivos individuais do tratamento de cada paciente pelo médico. Por
fim, são necessários mais estudos que evidenciem o melhor manejo do paciente idoso com câncer de pele.

Palavras-chave: cancer de pele, neoplasia, envelhecimento.

REFERÊNCIAS:

373
GARANI, R.; VICENTINI DE OLIVEIRA, D.; DELEFRAFE MURADAS SERVIUC, S. A.; DIAS
ANTUNES, M.; SCHUNK SILVA, E.; MARQUES GOMES BERTOLINI, S. M. Fatores associados ao
câncer da pele em indivíduos de meia idade e idosos. Saúde (Santa Maria), [S. l.], v. 48, n. 1, 2022.
Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/63774.

LAI M, PAMPENA R, MIRRA M, RAUCCI M, BENATI E, BORSARI S, LOMBARDI M, BANZI M,


CASTAGNETTI F, PALMIERI T, PIANA S, RAMUNDO D, PELLACANI G, LONGO C. Characteristics
and management of skin cancers in very elderly patients: A real-world challenge for clinicians. Exp
Dermatol. 2022 Oct;31(10):1554-1562. doi: 10.1111/exd.14627. Epub 2022 Jun 26. PMID: 35723894.

374
IMPORTÂNCIA DO AUTOMANEJO PARA PACIENTES COM
BRONQUIECTASIAS

¹Hilana Costa Oliveira


¹Amanda Souza Araujo Almeida
1Faculdade Rodolfo Teófilo (FRT). Fortaleza, Ceará, Brasil; 2Faculdade Rodolfo Teófilo (FRT).
Fortaleza, Ceará, Brasil;

Eixo temático: Prevenção e qualidade de vida


Modalidade: Pôster/Apresentação oral
E-mail do 1° autor: hilanacosta@gmail.com
INTRODUÇÃO: A bronquiectasia é caracterizada por uma dilatação anormal e irreversível dos brônquios,
com destruição das paredes das vias aéreas, que ocorre por meio de infecções e inflamações recorrentes
causadas por infecções respiratórias graves ou repetidas, resultando em prejuízo do clearance, acúmulo de
secreção nas áreas afetadas e favorecendo a colonização bacteriana. Prevalente em mulheres de meia-idade,
suas principais manifestações clínicas são tosse crônica, comumente associada à expectoração purulenta de
odor fétido, predominantemente pela manhã; dispneia; hemoptise; febre; fadiga e perda de peso. A
incidência de bronquiectasias tem diminuído progressivamente, principalmente nos países desenvolvidos.
Essa redução está associada ao uso da antibioticoterapia e tecnologia que tornou bem menos frequente as
bronquiectasias de origem pós-infecciosas. Em países em desenvolvimento, ou em comunidades pobres, as
bronquiectasias pós-infecciosas continuam sendo um importante problema de saúde pública. O treinamento
do automanejo é feito a partir da combinação da educação em saúde do paciente, fazendo parte
frequentemente do programa de reabilitação pulmonar e treinamento físico. OBJETIVO: Elucidar a
importância do automanejo em pacientes com bronquiectasias. METODOLOGIA: O presente estudo
consiste em uma revisão de literatura, realizada no período de Janeiro de 2023, produzido através de uma
busca sistematizada nas bases de dados SciELO, PEDro e BVS. Foi utilizada a seguinte estratégia de busca
com os descritores DeCS e operadores Booleanos Bronquiectasias OR Automanejo nas bronquiectasias
AND Automanejo AND Educação em saúde AND Saúde pública. A busca foi realizada com os descritores
em português e inglês. Foram selecionados cinco artigos e três foram incluídos neste trabalho, de acordo
com os critérios de exclusão e inclusão definidos para o direcionamento desta pesquisa. RESULTADOS:
O tratamento das bronquiectasias inclui: tratar a causa específica, administrar antibióticos para tratamento
da exacerbação, promover a higiene brônquica, controlar a hemorragia brônquica e remover cirurgicamente
segmentos ou lobos extremamente danificados. Nesse caso o automanejo visaria em aumentar a confiança
dos pacientes no manejo da sua própria condição patológica, juntamente com a reabilitação pulmonar
considerada como essencial nesse acompanhamento terapêutico, tido como uma intervenção
individualizada, abrangente e multidisciplinar que envolve uma avaliação minuciosa seguida por terapias
adaptadas ao paciente, assim, compostas de treinamento físico, educação em saúde e mudança
comportamental melhorando a autonomia, condição física, psicológica, social, mental e promover a adesão
aos comportamentos saudáveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os pacientes com bronquiectasias tem sua
qualidade de vida diminuída, por conta das suas manifestações clínicas que atrapalham o seu dia a dia.
Dessa maneira o automanejo tem um papel importante na vida desses pacientes de forma a melhorar sua
autonomia sobre sua patologia, sabendo o que fazer para facilitar seu bem estar social e mental, assim, com
essa autonomia o paciente tem uma melhor qualidade de vida, diminui o risco de internações por
exacerbação da bronquiectasia, e os gastos em saúde pública.

Palavras-chave: Autogestão 1, Bronquiectasias 2, Saúde pública 3.

375
REFERÊNCIAS:
DE TARSO ROTH DALCIN, Paulo; PERIN, Christiano; SALDANHA MENNA BARRETO, Sérgio.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS BRONQUIECTASIAS: UMA ATUALIZAÇÃO. Revista
HCPA, [S. l.], p. 52-60, 27 jan. 2007.
OLIVEIRA SIMAS, Theila; MARTINS NETO , Carlos; LORENA MALUF GUARÁ BESERRA, Olga;
SILVA BRITO, Emerson; VICTOR MOTA, João; FERRAZ REIS BARROSO, Maysa. QUALIDADE
DE VIDA DE PACIENTES COM BRONQUIECTASIA EM ACOMPANHAMENTO
AMBULATORIAL. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, [S. l.], p. 2-7, 16 mar. 2018.
E. O'DONNELL, MD, Anne. Bronquiectasia: BMJ Best Practice. In: W. IND, Philip; COLEMAN, Meg;
MESSINGER, Amanda; KUSCHNER, Ware. Bronquiectasias. [S. l.], 14 out. 2022. Disponível em:
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-
br/1007#:~:text=Os%20planos%20de%20automanejo%20visam,infec%C3%A7%C3%B5es%20recorrent
es%20com%20Pseudomonas%20aeruginosa. Acesso em: 26 jan. 2023.

376
PAPEL DA EQUIPES DE SAÚDE NO ATENDIMENTO A PACIENTES COM
ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO

¹ Lizandra Ellem Silva de Souza


2
Luciana de Brito Carvalho
3
Amanda do Nascimento Rodrigues
4
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário
5
Daniele Vieira da Silva Blamires
6
Darlly Tavares Leitão
1 Centro universitário de Juazeiro do Norte– UNIJUAZEIRO, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil; 2 UESPI.
Teresina, Piauí, Brasil; 3 Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU - Campina Grande,
Parnaíba, Brasil; 4 Universidade Federal do Pará, Pará, Brasil; 5 Universidade Federal do Piauí, Piauí,
Brasil; 6 Faculdade de Ciências de Timbaúba, Timbaúba, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Transversal

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1° autor: lizandraaellem@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Em decorrência de eventos que ocorrem de forma estressora, as pessoas tendem a


desencadear o estresse pós-traumático que acaba causando prejuízos principalmente a saúde mental. O
estresse pode ocorrer em situações bastante intimidadoras, catastróficas, e que causam medo. Pode surgir
imediatamente após a ocorrência ou um tempo depois. Os sintomas encontrados são divididos em três
categorias, sendo critério A: encontra-se medo exacerbado, critério B: desassociação com o evento causador
e critério C: revivência da situação. OBJETIVO: Esse estudo te com objetivo apresentar o papel das equipes
multiprofissionais de saúde no acolhimento a pacientes com estresse pós-traumático. METODOLOGIA:
Tipo de estudo, revisão de literatura com uma abordagem qualitativa norteado pela seguinte pergunta: Qual
o papel das equipes de saúde no atendimento a pessoas diagnosticadas com estresse pós-traumático? O
período de realização do estudo foi em janeiro a fevereiro de 2023. As bases de dados utilizadas foram
MEDLINE e Scientific Electronic Library Online (SCIELO) utilizando os seguintes descritores: equipes de
saúde AND estresse pós-traumático. Foram incluídos estudos publicados entre 2019 a 2023, priorizando os
mais atualizados, no idioma português, com acesso gratuito e excluídos estudos duplicados, fora do contexto
da presente pesquisa, teses e trabalhos de conclusão de curso. RESULTADOS: A busca resultou em 201
achados. Em seguida foram inseridos os critérios de inclusão e exclusão, totalizando 92 estudos, analisados
através da leitura do título e resumo, sendo utilizados 3. Aponta-se que o trabalho realizado a pacientes com
estresse pós-traumático deve ser realizado por uma equipe multiprofissional que deve agir na identificação
dos sintomas, diagnostico, no encaminhamento as especializações necessárias para o caso, e no
acompanhamento da recuperação. O primeiro passo ideal realizado por essas equipes é a avaliação do quadro
em que é feito através de uma anamnese detalhada tendo em foco a história da saúde mental dessaspessoas,
onde através disso é possível seguir com o tratamento necessário. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estresse
pós-traumático causa no indivíduo sintomas mentais que são prejudiciais ao seu cotidiano, podendo afetar
também outras áreas de sua saúde, com isso observou-se que as equipes de saúde devem trabalhar em
conjunto para a recuperação desses pacientes tanto na identificação dos sintomas como também no
tratamento e reabilitação.

Palavras-chave: Equipes multiprofissionais; estresse pós-traumático; saúde.


REFERÊNCIAS:

377
CRUZ S. V et al. TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO NO CONTEXTO DA COVID-
19. Revista Brasileira de Saúde Funcional, v. 8, n. 2, p. 6, 2020.
ALBUQUERQUE D. G, et al. Prevalência de transtorno de estresse pós-traumático em profissionais do
serviço de atendimento móvel de urgência de Maceió-AL. Brazilian Journal of Development, v. 7, n.
11, p. 103973-103984, 2021.
PRADO, A. D et al. A saúde mental dos profissionais de saúde frente à pandemia do COVID-19: uma
revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 46, p. e4128-e4128, 2020.

378
DIFICULDADES ENCONTRADAS NA VIVENCIA DE MÃES DE CRIANÇAS
COM SÍNDROME DE DOWN

¹ Lizandra Ellem Silva de Souza

2
Alvim João Faust

3
Katia Cristina Barbosa Ferreira

4
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário

5
Andréa Márcia soares da Silva

1 Centro Universitário de Juazeiro do Norte– UNIJUAZEIRO, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil; 2


Universidade Maria Auxiliadora, Palmas, Paraná, Brasil; 3 Universidade Estadual da Paraíba, Paraíba,
Brasil;

; 4 Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU - Campina Grande, Parnaíba, Brasil; 5


Estácio de Teresina, Brasil;

Eixo temático: Transversal

Modalidade: Apresentação Banner

E-mail do 1° autor: lizandraaellem@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A síndrome de Down é uma alteração genética consequente da existência de um


cromossomo a mais do par 21. Crianças com essa condição apresenta deficiências cognitivas e possuem
características físicas similares. Elas precisam de maior atenção das mães e precisam de adaptações no seu
cotidiano que contribuam para seu desenvolvimento. OBJETIVO: Esse estudo traz como objetivo a
identificação das principais dificuldades de mães de filhos com síndrome de Down. METODOLOGIA: É
uma revisão de literatura com abordagem qualitativa. O período de busca ocorreu entre dezembro e
fevereiro de 2023. A pergunta norteadora foi: Quais as dificuldades encontradas por mãe do convívio com
os filhos com síndrome de Down? A busca foi realizada nas bases de dados Scientific Electronic Library
Online (SCIELO), Google acadêmico e Medline com uso dos descritores da saúde: síndrome de down AND
dificuldades. Os critérios de inclusão foram estudos publicados nos últimos 5 anos, no idioma português e
com total relevância para o estudo. Foram excluídos estudo com acesso pago, duplicados nas bases de
dados, e que não estivessem de acordo com os critérios exigidos. RESULTADOS: Foram identificados 309
artigos que após aplicação dos critérios restaram 192. Na SCIELO foram identificados 92, Google
acadêmico 117 e Medline 100. Esses foram analisados por uma rápida leitura no objetivo e resultados
optando pela escolha de 12. As principais dificuldades identificadas por mães como filhos portadores da
síndrome de down foram à adaptação ao cotidiano e na exigência de tempo que a condição exige dessas
mulheres para o acompanhamento da criança. Durante a adaptação é possível identificar dificuldades
financeiras, psicológicas além do enfrentamento ao preconceito que muitos ainda tem. Uma problemática
também encontrada é na falta de acesso dessas mulheres aos serviços de saúde especializado no atendimento
das crianças dificultando ainda mais o dia a dia desses indivíduos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As
demandas existentes no acompanhamento de crianças com síndrome de Down são muitas, tornando

379
essencial a adaptação dessas mães a esses casos. É uma questão que causa muitas dificuldades, pois sempre
tem que está havendo adaptações ao cotidiano da criança e as suas novas fases.

Palavras-chave: Sindrome Down; Transtorno cromossômico; Trissomia do 21.


REFERÊNCIAS:
BENEVIDES, C. B. L et al. Vivência de mães com filhos diagnosticados com síndrome de down. Nursing
(São Paulo), v. 23, n. 263, p. 3745-3750, 2020.
DE PELLEGRINI, Maria Luiza; BATISTA, Aline Kruger; UNFER, Beatriz. Síndrome de Down na
Odontologia: Conhecimentos e práticas de mães e cuidadoras. STOMATOS, v. 26, n. 50, 2020.
GONÇALVES, L. F et al. Dificuldades da amamentação em crianças com Síndrome de Down. Research,
Society and Development, v. 9, n. 10, p. e7569109359-e7569109359, 2020.

380
A APLICAÇÃO DO PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS) NA
GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE DO TRABALHADOR

¹Géssica Priscila de Gusmão Silva


¹Mayara Lunayani Monteiro da Silva
¹Darlan Rafael Santos Silva
¹Marco Viegas da Matta de Souza
¹Thais Rodrigues Jordão

UNIMED CARUARU. Caruaru, Pernambuco, Brasil.


.

Eixo Temático: Temas Livre em Ciências da Saúde

Modalidade: Apresentação Oral

E-mail do 1º autor: gessica.gusmao@gmail.com

INTRODUÇÃO: O trabalho é, indiscutivelmente, parte importante da trama social, responsável não só pela
subsistência, bem como pela produção de relações sociais e da criação da identidade. No que se refere às
ações em Saúde do Trabalhador, o desafio para as equipes multiprofissionais que as integram, seja no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) ou da iniciativa privada, é a construção de um diálogo transversal
que supere a referência e a contrarreferência. A aplicação de ferramentas como o Projeto Terapêutico
Singular (PTS) pode ser uma resposta a esse desafio, como forma de garantir o cuidado integral, contínuo,
de maneira resolutiva e humanizada. OBJETIVO: Demonstrar como o PTS pode ser utilizado por equipes
interdisciplinares que atuam na Saúde do Trabalhador. METODOLOGIA: Este estudo apresenta a atuação
de uma equipe multidisciplinar no atendimento a trabalhadores de empresas dos segmentos da indústria e
comércio de um município de grande porte do agreste pernambucano. A partir do Relato de Experiência,
será discutido como a equipe vem tecendo a intervenção em agravos de Saúde Mental do trabalhador, por
meio da criação de PTS. RESULTADOS: Compreendendo que a acomodação em rotinas de prestação de
serviços pode resultar na manutenção do adoecimento, a equipe do Programa Viver Bem Empresas (PVBE)
da UNIMED Caruaru, tem articulado junto aos trabalhadores e suas empresas mecanismos de cuidado
(realizados na esfera privada, mediante acesso a plano de saúde). A partir do acolhimento empático e da
formação do vínculo a equipe tornou-se referência na atenção à saúde, o que facilita a incursão de novas
propostas, como o PTS, que é, geralmente, aplicado em casos mais complexos da Saúde Mental. Tais
trabalhadores compõem um grupo heterogêneo, de diferentes empresas, imersos em diferentes contextos,
com diversas demandas, desde o uso inadequado de psicotrópicos, a baixa adesão à psicoterapia, dificuldade
no controle de impulsos, potencial de autolesão até o abuso de substâncias. O PTS é um convitepara uma
postura ativa, que protagoniza o próprio cuidado e requer certa crença na capacidade que o sujeitotem de
mudar sua relação com a vida. CONCLUSÃO: Quando compreendem o conjunto singular que é o
autocuidado, estes trabalhadores e sua rede de apoio tornam-se agentes da própria “cura”, diminuindo o
absenteísmo, o risco de cronificação dos casos e os longos períodos de afastamento das atividades laborais.
Chama a atenção neste estudo, a percepção de que a saúde não depende apenas do trabalhador sozinho,
também do empenho do meio organizacional em apoiar seus processos de cuidado, no tocante a ausências

381
para consultas, ações preventivas e de promoção de saúde, observância cuidadosa de manifestações de
sintomas e a articulação interna de estratégias de cuidado.

Palavras-chave: Saúde do Trabalhador; Equipes Interdisciplinares; Projeto Terapêutico Singular.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular. 2º ed.
Brasília, 2007. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_2ed.pdf

LUIZ, C. C. A. et. al. A atenção interdisciplinar à Saúde do Trabalhador no contexto de uma empresa de
economia mista: os desafios na construção de redes de suporte. In: Anais do III congresso de Saúde Mental
da UFScar, 2021, São Paulo. Disponível em:
https://fai1uploads.s3.amazonaws.com/1/others/f486517b06958624c08f2fc0fd70e84c42f42216.pdf

FERNANDES, M. A. et al. Mental illness and its relationship with work: a study of workers with mental
disorders. Revista Brasileira Medicina do Trabalho. 16(3):277-86, 2018 Disponível em:
https://cdn.publisher.gn1.link/rbmt.org.br/pdf/v16n3a04.pdf

382
A VIDA MICROBIANA NA FORMA PLANCTÓNICA E SÉSSIL: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
1
Felipe Gonçalves Bezerra
2
Larah Domingos Alves Santana
3
Amanda de Oliveira Santos
1
Universidade de Pernambuco (UPE), João Pessoa, Paraíba, Brasil; 2Faculdade Estácio Juiz de Fora, Juiz
de Fora, Minas Gerais, Brasil; 3Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, Sergipe, Brasil.

Eixo temático: Biologia


Modalidade: Apresentação oral
E-mail: felipebiomedicina@outlook.com

INTRODUÇÃO: As bactérias são organismos mais antigos da terra e nenhuma outra forma de vida tem
tanta importância no suporte e manutenção da vida no planeta como elas. Na natureza, elas estão presentes
no solo, no ar e na água, habitando na pele, nas mucosas e o trato intestinal de homens e animais, estando
intimamente ligado à vida dos organismos e aos diversos ambientes em que habitam. Por várias gerações,
acreditou-se que as bactérias viviam apenas de forma isolada, planctônica. No entanto, estudos tem revelado
que a maioria das bactérias não cresce apenas como seres individuais, mas também em comunidades
estruturadas, fixadas a uma superfície. OBJETIVO: Realizar um levantamento bibliográfico de revisão de
literatura sobre a vida microbiana na forma planctónica e séssil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
de revisão de literatura. As informações foram obtidas por meio de um levantamento bibliográfico. O
instrumento utilizado para coleta de dados incluiu-se a utilização de consulta na base de dados do Google
acadêmico, Scielo, Bireme e Biblioteca Virtual em Saúde de forma gratuita. RESULTADOS: Na natureza,
os microrganismos encontram-se no ambiente aquoso, tanto na forma planctónica com na forma séssil. As
bactérias que vivem livres em um meio líquido, onde estão dispersas, são chamados de bactérias
planctônicas. As principais vantagens que a bactérias podem desempenha na sua forma planctónicas é a
aderência em superfícies em poucos minutos, a formação de microcolónias em um período de 2 a 4 horas
e a sua matriz que se forma em 6 a 12 horas. Quando as bactérias planctônicas estão aderidas a uma
superfície, passam a ser chamadas de bactérias sésseis. No estado séssil estas bactérias se diferem da sua
forma planctônica, porque vivendo em comunidades estruturadas passam a adquirir algumas vantagens de
sobrevivência. As bactérias sésseis já vêm sendo estudada em diversos estudos, elas crescem em superfícies,
têm limitações de nutrientes, podem crescer mais lentamente e apresentar mobilidade restrita. Em
comparação com as bactérias planctônicas que estão mais susceptíveis aos efeitos de antibióticos e aos
fatores ambientais, as bactérias sésseis possuem a capacidade de resistir tais fatores destrutivos, formando
agregados, modificando sua composição e aproveitando as falhas nos mecanismos de defesa do hospedeiro.
CONCLUSÃO: Acredita-se que forma preferencial das bactérias seja a forma séssil. A bactéria na forma
planctónica se torna mais vulneráveis aos efeitos extrínsecos da natureza em relação forma séssil.

Palavras-chave: Bactérias, Comunidade Microbiana, Microbioma.

REFERÊNCIAS:

AGUIAR, A. L. R. Efeito do butirato de sódio sobre células planctônicas e sésseis de Trichosporon


asahii E T.inkin. 2018. 83f. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Médica) - Programa de Pós
graduação em Microbiologia Médica, UFC, Fortaleza.

HATWIG, C. Obtenção de cepas multirresistentes de Candida glabrata através de indução de


resistência à anidulafungina em células planctônicas e de biofilme. 2017. 78f. Dissertação (Mestrado
em Ciências Farmacêuticas) - Programa de Pós graduação em Ciências Farmacêuticas, UFRGS, Porto
Alegre.

PRADO, R. R. Influência da vida séssil e planctônica no perfil de resistência antimicrobiana de


campylobacter jejuni isoladas de carcaças de frangos comercializadas no Brasil. 2017. 78f.
Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Programa de Pós graduação em Ciências Veterinárias,
UFU, Uberlândia.

383
SANTOS, S. P. Cinética de crescimento de Salmonella Heidelberg planctônica e sésseis. 2018. 54f.
Dissertação (Mestrado em Bioexperimentação) - Programa de Pós graduação em Bioexperimentação,
UPF, Passo Fundo.

384
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES
COM ÚLCERA VENOSA E ARTERIAL
¹Brena Silva dos Santos
1São Lucas Grupo Afya Educacional (UNISL). Porto Velho, Rondônia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: brenasilva1600@gmail.com
INTRODUÇÃO: As úlceras venosas e arteriais são dois tipos de feridas abertas encontradas no corpo. Eles
costumam se formar nas extremidades inferiores, como pernas e pés, podendo apresentar diversas alterações
na vida das pessoas que as possuem, em decorrência da dor, dificuldade de locomoção, exsudato, odor, entre
outras. A conduta do profissional enfermeiro é fundamental para a evolução ou não da ferida, sendo que as
escolhas dos cuidados ofertados podem contribuir para a melhora ou piora do quadro clínico. A enfermagem,
desde a sua concepção, tem na sua prática rotineira o cuidado a pessoas com feridas. E, na busca por
qualificar essa assistência prestada, deve-se utilizar o processo de enfermagem como instrumento
metodológico e sistemático para a prestação do cuidado às pessoas com úlcera venosa e arterial.
OBJETIVO: Compreender qual a importância da assistência de enfermagem no manejo clínico dos
pacientes com úlcera venosa e arterial. METODOLOGIA: Foi utilizado o método de revisão integrativa de
literatura, realizada através de estudos em periódicos e nas bases de dados: Scientific Electronic, Library
Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF) e
Medscape. O artigo foi dividido em duas etapas distintas, sendo desenvolvida na primeira etapa a seleção
das bibliografias consideradas importantes que estavam associadas ao objetivo apresentado. Como critérios
de inclusão estabeleceram-se artigos com texto completo, artigos no idioma português e inglês, publicados
no período de 2018 a 2023. Para a realização desta revisão, foram aplicadas as seguintes etapas: busca,
avaliação crítica e a síntese das evidências disponíveis do tema investigado. Na segunda etapa foram
selecionados 15 artigos para leitura completa, apenas 12 foram selecionados para a composição do artigo.
RESULTADOS: Diante da complexidade da assistência a pessoas com úlcera venosa e arterial, o
enfermeiro deve contar com uma abordagem holística de modo a contemplar o indivíduo em sua plenitude,
sobretudo por se tratar de um ser humano especificamente fragilizado, biopsicossocialmente impactado.
Para que o enfermeiro possa tratar de pacientes com úlceras da perna, como a úlcera venosa, é necessário
compreender o processo de reparo tecidual, identificar as doenças de base e suas implicações, além de
conhecer as características clínicas e histopatológicas das úlceras, a fim de direcionar a assistência
adequada. Um dos objetivos da enfermagem ao prestar cuidados aos pacientes com úlceras de perna é
sistematizar a assistência, com levantamento dos diagnósticos a fim de planejar as intervenções e avaliar a
qualidade dos cuidados prestados. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tratamento da úlcera
venosa e arterial é um desafio a ser enfrentado pelos profissionais de saúde, dada sua alta incidência e sua
característica crônica e recorrente, ocasionando tratamentos longos e complexos. Suas especificidades
exigem um tratamento adequado, com condutas específicas e um profissional com conhecimento técnico e
científico capacitado para o acompanhamento do processo de cicatrização. Dada a complexidade da lesão
e suas consequências na vida do paciente, a atenção integral torna-se essencial, os fatores biopsicossociais
podem influenciar no autocuidado e na adesão ao tratamento, sendo destacado dessa forma o impacto
causado pela assistência do profissional enfermeiro.
Palavras-chave: Úlcera venosa, Úlcera arterial, Assistência de enfermagem.
REFERÊNCIAS:

ALEXANDRESCU, V. A. et al. Ischemic and Venous Wound Identification: What We Look For.
Endovascular Today, v.16, n.5, p. 41 – 42, 2017.

ALLEN, G. et al. Vascular Ulcers. MEDSCAPE, 2018. Disponível em: <


https://emedicine.medscape.com/article/1298345-overview#a9>. Acesso em: 18 de junho, 2020.

385
ANTHONY, K. Arterial and Venous Ulcers: What’s the Difference?. Healthline. 2018. Disponível em:
<https://www.healthline.com/health/arterial-vs-venous-ulcers>. Acesso em: 18 de junho, 2020.

DENDALE, A. Arterial ulcer. 2016. DERMNET NZ. Disponível em:


<https://dermnetnz.org/topics/arterial-
ulcer/#:~:text=An%20arterial%20ulcer%20is%20an,15%25%20of%20all%20leg%20ulcers.>. Acesso
em: 18 de junho, 2020.

GRASSE, A. P. et al. Nursing diagnoses and interventions for the person with venous ulcer. SciELO. Acta
Paulista de Enfermagem, v. 31, n.3, São Paulo, 2018.

JOAQUIM, F. L. et al. Impacto das úlceras venosas na qualidade de vida dos pacientes: revisão integrativa.
SciELO. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, n.4, Brasília, 2018.

MEDLINEPLUS. Medical Encyclopedia. Ischemic ulcers - self-care. Disponível em:


<https://medlineplus.gov/ency/patientinstructions/000742.htm#:~:text=Ischemic%20ulcers%20(wounds)
%20can%20occur,can%20be%20slow%20to%20heal>. Acesso em: 18 de junho, 2020.

TANG, Y. et al. Desenvolvimento de um programa de enfermagem preciso, baseado na função em úlceras


venosas crônicas da perna: protocolo para correspondência do status da função com as intervenções de
enfermagem usando a pesquisa Delphi, Frontiers of Nursing. SCIENDO. Fronteiras da Enfermagem,
v.5, 2018.

UNIVERSITY SURGEONS. Wound Care. Ischemic Ulcer. Disponível em:


<https://www.utsurgery.com/woundcare_ischemiculcer.php>. Acesso em: 18 de junho, 2020.

VETTORI, T. N. B. Úlcera venosa: abordagem do enfermeiro no cuidado ao paciente. Portal PEBMED,


2019. Disponível em: <https://pebmed.com.br/ulcera-venosa-abordagem-do-enfermeiro-no-cuidado-ao-
paciente/>. Acesso em: 18 de junho de 2020.

WOUND SOURCE. What Is a Venous Leg Ulcer? (2019). Disponível em:


<https://www.woundsource.com/blog/what-venous-leg-ulcer>. Acesso em: 16 de junho, 2020.

WOUND SOURCE. Arterial Ulcers. Disponível em:


<https://www.woundsource.com/patientcondition/arterial-ulcers>. Acesso em: 18 de junho, 2020.

386
AVALIAÇÃO DA SEXUALIDADE FEMININA APÓS A UTILIZAÇÃO DA
TERAPIA HORMONAL
1
Alceste Pomar Schiochet

¹Geraildo de Andrade Lira Júnior

2
Rubens Barbosa Rezende

3
Lyana Belém Marinho

4
Danielle Almeida Santos Paes Ferreira

5
Karine Honorato dos Santos

6
Domingos Gilvan Gomes Moreira Junior

7
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Centro Universitário Fametro. Manaus, Amazonas, Brasil; 1Centro Universitário UNIFACISA. Campina
Grande, Paraíba, Brasil; 2Universidade Federal de São Paulo. Santos, São Paulo, Brasil; 3Universidade
Federal de Uberlândia. Uberlândia, Minas Gerais, Brasil; 4Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil; 5UNIESAMAZ. Belém do Pará, Pará, Brasil; 6Faculdade de
Ciências Médicas do Pará - Facimpa. Marabá, Pará, Brasil; 7Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia,
Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: alcestepomar@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A terapia hormonal é um tratamento comum para mulheres que sofrem de sintomas
relacionados à menopausa, como ondas de calor, mudanças na libido, mudanças de humor e outras
alterações na saúde mental. Embora a terapia hormonal possa ajudar a aliviar esses sintomas, ela também
pode ter um impacto na saúde sexual das mulheres. Os efeitos da terapia hormonal sobre a função sexual
feminina são controversos, avaliar os efeitos da terapia hormonal sobre a sexualidade feminina é uma tarefa
complexa, uma vez que os resultados variam de acordo com a mulher e com a dosagem do medicamento.
Assim, a avaliação após a utilização da terapia hormonal requer uma investigação individualizada.
OBJETIVO: Discorrer sobre a avaliação da sexualidade feminina após a utilização da terapia hormonal.
METODOLOGIA: O presente trabalho trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca na
base de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Realizada
durante o período de fevereiro de 2023, dentro do recorte de tempo estabelecido, 2018 e 2023. Foram
identificados 13 artigos, conforme os critérios de inclusão: artigos escritos em português, publicados nos
últimos cinco anos e critérios de exclusão: trabalhos publicados em anais de congressos e artigos escritos
em outros idiomas. RESULTADOS: De acordo com estudos, a terapia hormonal parece aumentar a libido
de algumas mulheres, além de melhorar a lubrificação vaginal e a atividade sexual. Algumas mulheres
também relatam que experimentam orgasmos mais intensos durante o uso da terapia hormonal, estes efeitos
positivos têm sido observados em vários estudos clínicos, entretanto, algumas pesquisas sugerem que a

387
terapia hormonal pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o câncer de
mama, além de afetar negativamente a libido, onde algumas mulheres experimentam menos lubrificação
vaginal e menos desejo sexual após o início da terapia hormonal. Portanto, antes de iniciar a terapia
hormonal, é importante discutir os riscos e benefícios deste tratamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No
geral, a terapia hormonal pode ser uma ferramenta eficaz para melhorar a saúde feminina por meio de seus
efeitos sobre o corpo, contribuindo com a prevenção e melhora dos sintomas da menopausa e outras
condições relacionadas à saúde sexual. No entanto, é importante lembrar que os efeitos da terapia hormonal
variam de pessoa para pessoa, e que os resultados podem variar dependendo do tipo de tratamento e da
gravidade dos sintomas.

Palavras-chave: Saúde da Mulher, Sexualidade, Terapia de Reposição de Estrogênios, Terapia de


Reposição Hormonal.

REFERÊNCIAS:

BELIZÁRIO, R. D.; et al. Conhecimento das mulheres sobre a terapia de reposição hormonal / Women's
knowledge about hormone replacement therapy. Revista médica do Paraná., v. 79, n. 1, p. 14-18, 2021.

NASHA, E. A. P.; et al. Terapêutica hormonal: benefícios, riscos e regimes terapêuticos / Hormonal
therapy: benefits, risks and therapeutic regimens. Femina., v. 47, n. 7, p. 443-448, 2019.
SAMPAIO, J. V.; et al. Hormônios e mulheres na menopausa / Hormones and women in menopause /
Hormonas y mujeres en la menopausia. Psicologia, ciência e profissão (Impresso)., v. 41, n. 1, 2021.

388
EDUCAÇÃO SEXUAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE MENTAL:
UMA REVISÃO DE LITERATURA

1
Taiane de Jesus dos Santos

1
Ana Luiza Bonfim Farias

1
Vinícius Gabriel Souza Diniz

1
Samara Nunes Santos

2
Alana Cristiny Miranda Soares

1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brasil; 2
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Feira de Santana, Bahia, Brasil

Eixo temático: Psicologia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: taianesantos@aluno.ufrb.edu.br

INTRODUÇÃO: A educação sexual é imprescindível para informar sobre os aspectos físicos, psicológicos
e socioculturais que abarcam o campo da sexualidade. Todavia, o déficit de conhecimentos sobre essas
questões pode ocasionar diversos impactos na saúde física e principalmente na saúde psíquica dos
indivíduos. OBJETIVO: Analisar como a saúde mental é impactada pela falta de educação sexual.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa, realizada nos portais digitais SciELO,
Google Acadêmico e CAPES. Para a busca dos artigos utilizou-se as palavras-chaves “Saúde Mental” e
“Educação Sexual”, sendo selecionado sete artigos publicados no período de 2016 a 2022. RESULTADOS:
Ao analisar pacientes que recebem diagnósticos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), é
perceptível que tal circunstância pode despertar sentimentos ansiosos, de culpa, rejeição, vergonha,
preocupação com opinião de terceiros e medo. Ademais, o desrespeito em relação à população
LGBTQIAPN+ relaciona-se à tabus ainda presentes na sociedade brasileira, sendo responsável por
violências físicas e verbais contra essa comunidade. Consequentemente, a LGBTQIAPN+fobia afeta
demasiadamente a saúde mental dessa comunidade, visto que homossexuais e transexuais possuem maiores
chances de desenvolverem transtornos depressivos e distúrbios de ansiedade do que os sujeitos
heterossexuais. Outro ponto a ser considerado é que a escassez de informações sobre os métodos
contraceptivos e planejamento familiar é responsável por um grande número de gravidez indesejada, por
conseguinte, a gestante enfrenta momentos de medo, ansiedade, autocrítica e julgamentos da sociedade,
contexto que pode evoluir para um transtorno depressivo. Promover educação sexual para crianças e
adolescentes é essencial, também, para orientar sobre o reconhecimento de comportamentos sexualmente
violentos, além de explicitar as formas de denúncias contra esses atos. Isso porque um contexto de violência
sexual corrobora para o desenvolvimento de depressão, ansiedade, transtornos alimentares, distúrbios do
sono, estresse pós traumático e abuso de álcool e drogas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mediante o exposto,
compreende-se que a falta de educação sexual resulta em impactos psicológicos negativos, principalmente
relacionados à sexualidade, e que poderiam ser evitados caso a educação sexual fosse uma realidade no
âmbito familiar e escolar no Brasil. Visto que crianças e adolescentes seriam instruídos a identificar e
denunciar abusos sexuais e seriam orientados sobre os cuidados necessários para a prevenção das ISTs e
gravidezes indesejadas. Outrossim, constata-se que a conscientização sobre o respeito à diversidade de
gêneros e identidades reduziria a LGBTQIAPN+fobia ainda presente no Brasil. Todavia, enquanto esse
contexto ainda não é uma realidade, urge redefinir o processo formativo de profissionais da educação –
como meio para promover a educação sexual – e da saúde mental a fim de evitar atos e discursos que

389
intensificam o sofrimento psíquico dos afetados pela falta de educação sexual no país. Dado que,
comumente, há uma recusa nas buscas por acolhimento e atendimento para o cuidado mental devido ao
despreparo dos profissionais para lidarem com os casos de vítimas de LGBTQIAPN+fobia e abusos sexuais.
Por essa razão, é fundamental uma formação acadêmica contínua que desperte nos futuros profissionais da
educação e saúde mental um olhar atento, respeitoso e acolhedor diante dos indivíduos quecruzarão seu
percurso de atuação profissional.

Palavras-chave: Educação sexual, Saúde mental, Sexualidade.

REFERÊNCIAS:

ALVES, Rayssa Stéfani Sousa et al. “Pode gritar, ninguém vai acreditar em você”: A saúde mental de
vítimas de violência sexual. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, v. 9, n. 11, pág. e1509119652-
e1509119652, 2020.

DETOMINI, Vitor Corrêa et al. Sexualidade e saúde mental: construindo sentidos entre pessoas usuárias
de um CAPS. 2016. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17709.

PIMENTA, Tatiana. HIV e saúde mental: uma relação de apoio durante o tratamento. Vittude Blog. 31 de
agosto de 2021. Disponível em: https://www.vittude.com/blog/hiv-saude-mental-apoio-tratamento/

PINHEIRO, Hismayla. Homofobia e suas consequências psicológicas. Roraima em tempo, Roraima, 19 de


julho de 2022. Disponível em: https://roraimaemtempo.com.br/momento-terapia/homofobia-e-suas-
consequencias-psicologicas/

390
SEGURANÇA DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO

1
Aline Oliveira Fernandes de Lima
2
Renata Mendes do Nascimento
3
Samara Dantas de Medeiros Diniz
4
Monyck Maria da Silva Muniz

1Faculdade Venda Nova do Imigrante. Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil; 2Universidade Federal
do Rio Grande do Norte. Natal, Rio Grande do Norte, Brasil; 3Faculdade Venda
Nova do Imigrante. Natal, Rio Grande do Norte, Brasil; 4Centro Universitário
Estácio. São Luis, Maranhão, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: enfalinefernandes@hotmail.com

RESUMO

INTRODUÇÃO: O centro cirúrgico (CC) é descrito como uma unidade complexa e de grande interface
no ambiente hospitalar, sendo constituído ainda, por diversas áreas interdependentes, visando ótimas
condições para a realização dos procedimentos cirúrgicos. Nas condições assépticas necessárias, o CC
objetiva a promoção da segurança para o paciente, além de estrutura e conforto para a equipe que o assiste.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a segurança do paciente é definida como “a
redução do risco de danos desnecessários associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável”.
Nesse sentido, é compreendido como mínimo aceitável aquilo que é viável diante do conhecimento atual,
dos recursos disponíveis e do contexto em que a assistência foi realizada. Dessa forma, há necessidade
constante de planejar ou replanejar as ações que favoreçam a assistência segura, tendo em vista os altos
índices de ocorrência de eventos adversos (EA) durante a prestação de cuidados. OBJETIVO: Destacar a
importância da adesão às ações e estratégias que garantem a segurança do paciente no centro cirúrgico.
METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura, realizada em fevereiro de 2023, por meio de
levantamento bibliográfico nas bases de dados: BDENF, LILACS e MEDLINE, através da BVS.
Utilizaram-se os descritores: “Segurança do Paciente”, “Centro Cirúrgico Hospitalar” e “Enfermagem de
Centro Cirúrgico”, em cruzamento com o operador booleano and. Adotaram-se como critérios de inclusão:
artigos nos idiomas português e inglês, disponíveis gratuitamente, em texto completo, publicados nos
últimos cinco anos e que respondessem ao objetivo proposto. E como critérios de exclusão adotaram-se os
estudos duplicados nas bases supramencionadas, além de resumos, monografias, dissertações, teses e,
artigos que não abordassem a temática. Emergiram-se na pesquisa 08 estudos. FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA: Mediante os estudos analisados, evidenciou-se que a adesão às principais ações para ao
desenvolvimento de práticas seguras no centro cirúrgico consistem inicialmente das notificações dos erros
ocorridos e identificação das falhas, visando assim, a diminuição de tais ocorrências. Nesse sentido, para
garantia de procedimentos seguros, faz-se necessário a adoção de medidas para a redução dos riscos ao
paciente, destacando a utilização de instrumentos e estratégias para assegurar a qualidade da assistência.
Assim, evidenciou-se a necessidade da utilização de protocolos e manuais sobre cirurgia segura, visto que
garante melhorias no atendimento e na eficácia do cuidado ofertado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em

391
síntese, as práticas voltadas para a segurança do paciente, no contexto do centro cirúrgico, revelaram
fragilidades de comunicação, especialmente relacionadas à resposta punitiva aos erros. Além disso,
observou-se também que a utilização de checklists e protocolos foram importantes para garantir à segurança
do paciente, favorecendo à identificação e notificação de erros. Nesse sentido, faz-se necessário a
implementação de estratégias para incentivo à capacitação dos profissionais, fortalecendo principalmente,
a cultura não punitiva, estimulando assim, a comunicação e notificação de eventos adversos.

Palavras-chave: Segurança do Paciente, Centro Cirúrgico Hospitalar, Enfermagem de Centro


Cirúrgico.
Eixo Temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

1 INTRODUÇÃO

O centro cirúrgico (CC) é descrito como uma unidade complexa e de grande interface no ambiente
hospitalar, sendo constituído ainda, por diversas áreas interdependentes, visando ótimas condições para a
realização dos procedimentos cirúrgicos. Nas condições assépticas necessárias, o CC objetiva a promoção
da segurança para o paciente, além de estrutura e conforto para a equipe que o assiste (GALATTI;
PANZETTI, 2022).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a segurança do paciente é definida como
“a redução do risco de danos desnecessários associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável”
(OMS, 2011). Nesse sentido, é compreendido como mínimo aceitável aquilo que é viável diante do
conhecimento atual, dos recursos disponíveis e do contexto em que a assistência foi realizada (BOHOMOL;
MELO, 2019). Dessa forma, há necessidade constante de planejar ou replanejar as ações que favoreçam a
assistência segura, tendo em vista os altos índices de ocorrência de eventos adversos (EA) durante a
prestação de cuidados (MUCELINI et al., 2021).

A segurança do paciente envolve atitudes e competências grupais e individuais, que determinam


o grau de comprometimento, levando em consideração que a incorporação de práticas seguras depende do
compromisso da gerência e dos profissionais. Nessa perspectiva, nota-se que o CC é um dos ambientes
hospitalares onde ocorre um elevado número de EA, com causas multifatoriais, relacionados principalmente
à complexidade do procedimento, interação entre a equipe e trabalhos exaustivos e sob pressão (ABREU et
al., 2019).

Diante desta temática, temos como base a Portaria do Ministério da Saúde nº 529/2013 que cria a
Política Nacional de Segurança do Paciente, e o Manual da ANVISA “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”
(RIBEIRO et al., 2019). Além disso, destaca-se a Aliança Mundial para Segurança do Paciente,
desenvolvida pela OMS em 2004, com o objetivo de melhorar a segurança, através do desenvolvimento de
políticas e estratégias na atenção à saúde (LOPES et al., 2019).
Frente ao exposto, este estudo justifica-se, tendo em vista que os resultados da análise sobre a
segurança do paciente facilitariam a identificação das principais dificuldades enfrentadas durante os
procedimentos cirúrgicos, e auxiliariam no planejamento institucional, visando adotar ou manter ações que
levam às práticas seguras. Outrossim, objetiva-se destacar a importância da adesão às ações e estratégias
que garantem a segurança do paciente no centro cirúrgico.

392
2 METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa (RI) de literatura, de abordagem qualitativa,
desenvolvida a partir de levantamentos bibliográficos. A RI consiste na síntese do resultado de pesquisas
anteriores, possibilitando assim, obter novas conclusões, analisando o conteúdo investigado (DIAS; JESUS,
2021).
A busca pelos artigos foi realizada em janeiro de 2023, nas bases de dados: Bases de Dados em
Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), através da Biblioteca Virtual de
Saúde (BVS) e por meio de literatura complementar realizada na Scientific Eletronic Library Online
(SciELO). Para busca, utilizaram-se os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Segurança
do Paciente”, “Centro Cirúrgico Hospitalar” e “Enfermagem de Centro Cirúrgico”, os quais foram
combinados com o operador booleano “AND” no cruzamento. Com isso, resultando na estratégia de busca:
“Segurança do Paciente” AND “Centro Cirúrgico Hospitalar” AND “Enfermagem de Centro Cirúrgico”

Foram utilizados como critérios de inclusão os artigos nos idiomas português e inglês, disponíveis
gratuitamente, em texto completo, publicados nos últimos cinco anos e que respondessem ao objetivo
proposto. E como critérios de exclusão adotaram-se os estudos duplicados nas bases supramencionadas,
além de resumos, monografias, dissertações, teses e, artigos que não abordassem a temática.

Durante a busca foram encontrados 125 artigos científicos. Posterior a coleta dados, estes foram
analisados de acordo com o método de Bardin (2011) que consiste nas seguintes etapas: pré-análise,
exploração de todo o material, e tratamento dos resultados. Assim, selecionou-se 35 artigos, que além de
estarem em consonância com os critérios de inclusão estabelecidos, responderam adequadamente à
temática, após a leitura do título, resumo e texto completo. Esses foram avaliados, lidos na íntegra, e
respondendo os objetivos propostos, sendo selecionados 08 estudos, mediante análise de conteúdo e
segundo os critérios de inclusão e exclusão.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Mediante os estudos analisados, constatou-se que a adesão às principais ações para ao


desenvolvimento de práticas seguras no centro cirúrgico consistem inicialmente das notificações dos erros
ocorridos e identificação das falhas, visando assim, a diminuição de tais ocorrências. Nesse sentido, as
ocorrências de EAs, podem estar divididos em duas formas: relacionados diretamente com à assistência ao
paciente ou com à organização do serviço, referindo-se assim à gestão de recursos materiais, planejamento,
manutenção de equipamentos, entre outros (CASTRO et al., 2018).

Nesse sentido, para garantia de procedimentos seguros, faz-se necessário a adoção de medidas para
a redução dos riscos ao paciente, destacando a utilização de instrumentos e estratégias para assegurara
qualidade da assistência. Assim, evidenciou-se a necessidade da utilização de protocolos e manuais sobre
cirurgia segura, visto que garante melhorias no atendimento e na eficácia do cuidado ofertado (RIBEIRO
et al., 2019).

Frente ao exposto, observou-se também, que diante da constatação de um erro, faz-se necessário
a imediata notificação, visando a implementação de estratégias preventivas, no intuito de minimizar os
prejuízos causados. Porém, nota-se que a baixa adesão a comunicação pode relacionar-se à abordagem
punitiva dos erros. Tendo em vista que, a identificação dos culpados, não tem levado a diminuição dos

393
erros, e consequentemente tem favorecido à subnotificação, acarretando, dessa forma, na dificuldade de
implementação de protocolos preventivos de EAs (ABREU et al., 2019).

Outro aspecto observado, refere-se à melhoria da comunicação entre os membros da equipe


cirúrgica, visando à qualidade e continuidade de boas práticas assistenciais. Levando em consideração que
a cultura de segurança do paciente objetiva um trabalho coletivo, superando questões culturais do ambiente
hospitalar, como: hierarquização dos cargos, punição dos profissionais, ocultação das falhas e práticas
inadequadas (GUTIERRES et al., 2018).

Ressalta-se, nesse sentido, a importância que a adoção de protocolos e checklists vem


representando para a equipe, auxiliando na prevenção de ocorrência, bem como a não repetição de erros já
ocorridos, estimulando ações corretivas, através da capacitação de toda a equipe (LOPES et al., 2019).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em síntese, as práticas voltadas para a segurança do paciente, no contexto do centro cirúrgico,


revelaram fragilidades de comunicação, especialmente relacionadas à resposta punitiva aos erros. Além
disso, observou-se também que a adesão à utilização de checklists e protocolos foram estratégias
importantes para garantir à segurança do paciente, favorecendo à identificação e notificação de erros. Nesse
sentido, faz-se necessário a implementação incentivo à capacitação dos profissionais, fortalecendo
principalmente, a cultura não punitiva, estimulando assim, a comunicação e notificação de eventos
adversos.

REFERÊNCIAS

ABREU, Ingrid Moura de; ROCHA, Ruth Cardoso; AVELINO, Fernanda Valéria Silva Dantas;
GUIMARÃES, David Bernar Oliveira; NOGUEIRA, Lidya Tolstenko; MADEIRA, Maria Zélia de Araújo.
Cultura de segurança do paciente em centro cirúrgico: visão da enfermagem. Revista Gaúcha de
Enfermagem, [S.L.], v. 40, p. 1-8, 2019. http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2019.20180198.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011, p.229.

BOHOMOL, Elena; MELO, Eliana Ferreira de. Cultura de segurança do paciente em centro cirúrgico:
percepção da equipe de enfermagem. Revista Sobecc, [S.L.], v. 24, n. 3, p. 132-138, 23 set. 2019.
http://dx.doi.org/10.5327/z1414-4425201900030004.

CASTRO, Regiane Soares; AMORIM, Thaís Vasconselos; BITTENCOURT, Jaqueline Ferreira Ventura;
SOUZA, Rafael Carlos Macedo de; SALIMENA, Anna Maria de Oliveira. SEGURANÇA DO PACIENTE
EM CENTRO CIRÚRGICO NO CENÁRIO BRASILEIRO: uma revisão integrativa. Revista de
Enfermagem da Ufjf, [S.L.], v. 4, n. 1, p. 69-75, 21 dez. 2018. http://dx.doi.org/10.34019/2446-
5739.2018.v4.14018.

394
DIAS, Edna Santos; JESUS, Carla Viviane Freitas de. Aplicação de metodologias ativas no processo de
ensino em enfermagem: revisão integrativa. Revista Saúde e Desenvolvimento, [s. l], v. 15, n. 21, p. 19-
31, 19 maio 2021.

GALATTI, Elisângela Lopes; PANZETTI, Tatiana Menezes Noronha. Segurança do Paciente no Centro
Cirúrgico: estudo bibliométrico. Research, Society And Development, [S.L.], v. 11, n. 6, p. 1-8, 29 abr.
2022. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29265.

GUTIERRES, Larissa de Siqueira; SANTOS, José Luís Guedes dos; PEITER, Caroline Cechinel;
MENEGON, Fernando Henrique Antunes; SEBOLD, Luciara Fabiane; ERDMANN, Alacoque Lorenzini.
Good practices for patient safety in the operating room: nurses' recommendations. Revista Brasileira de
Enfermagem, [S.L.], v. 71, n. 6, p. 2775-2782, 2018. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0449.

LOPES, Thalyta Mariany Rêgo; MACHADO, Alessandra Valeska Araujo; SILVA, Aurea Silva da;
SANTOS, Terezinha de Jesus Xavier dos; RAIOL, Ianny Ferreira; MIRANDA, Shirley Aviz de; GARCEZ,
Juliana Conceição Dias; ROCHA, Paula Sousa da Silva. Atuação do enfermeiro na segurança do paciente
em centro cirúrgico: revisão integrativa da literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [S.L.], v. 26, p.
1-10, 18 jul. 2019. http://dx.doi.org/10.25248/reas.e769.2019.

MUCELINI, Fernanda Cristina Fernanda Cristina; MATOS, Fabiana Gonçalves de Oliveira Azevedo;
SILVA, Eduardo Beserra da; ALVES, Débora Cristina Ignácio; NISHIYAMA, Juliana Aparecida Peixoto;
OLIVEIRA, João Lucas Campos de. Clima de segurança do paciente em centro cirúrgico: avaliação pela
equipe multidisciplinar. Revista Sobecc, [S.L.], v. 26, n. 2, p. 91-98, 8 jul. 2021.
http://dx.doi.org/10.5327/z1414-4425202100020005.

Organização Mundial da Saúde. Divisão de Segurança do Doente, Departamento da Qualidade na Saúde.


Estrutura conceitual da classificação internacional sobre segurança do doente. Relatório Técnico
Final. Portugal: Organização Mundial da Saúde; 2011.

RIBEIRO, Wanderson Alves; MATTOS, Iago de Freitas; MORAIS, Maicon Costa de; SOUZA, Douglas
Mendes da Silva; COUTA, Carla Souza; MARTINS, Leandro Mendes. Cirurgia segura - a enfermagem
protagonizando a segurança do paciente no Centro Cirúrgico. Revista Pró-Universus, [S.L.], v. 10, n. 1,
p. 66-71, 28 jun. 2019. http://dx.doi.org/10.21727/rpu.v10i1.1684.

395
CUIDADOS DE ENFERMAGEM APLICADOS NO PÓS-OPERATÓRIO DE
PACIENTES COM PERFURAÇÕES POR ARMA BRANCA E HISTÓRICO DE
AUTOMUTILAÇÃO

1
Íris Carvalho de Jesus

1
Lorena Azevêdo Lima Silva

1
Naiara Machado dos Santos

1
Julia Ferreira Santos

1
Mirthis Sento Sé Pimentel Magalhães

1
Simone Santos Souza

1
Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), Salvador, Bahia, Brasil..

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: simonessouza18@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O trabalho da enfermagem no ambiente cirúrgico requer que os profissionais sejam


especializados e tenham habilidade para agir e tomar decisões de forma rápida e efetiva, principalmente
em situação de urgência como nas perfurações por arma branca. OBJETIVO: Este trabalho possui como
objetivo descrever os cuidados de enfermagem aplicados no pós-operatório de pacientes com perfurações
por arma branca. METODOLOGIA: A pesquisa é uma revisão integrativa de literatura. Utilizou-se
como base de dados a Biblioteca Virtual em Saúde e como critérios de inclusão: artigos completos,
publicado nos últimos 10 anos em português e inglês, aplicando Descritores de Ciência da Saúde com o
cruzamento do booleano AND, da seguinte forma: enfermagem and ferimentos perfurantes and
emergência. Foram excluídos textos não relacionados com a temática e artigos duplicados.
RESULTADOS: foram encontrados 5 artigos, s endo que quatro deles foram publicados em inglês e um
em português. Os cuidados de enfermagem descritos nessas publicações foram: estimular a deambulação
e estimular a profilaxia de trombose venosa com a administração de heparina conforme prescrição,
avaliar locais dos dispositivos invasivos; monitorar sinais vitais; supervisionar a pele, evitando umidade;
verificar o local da incisão cirúrgica após cada curativo, estimular movimentação ativa; proporcionar
posição confortável ao paciente e estar atento quanto aos sinais e sintomas de sofrimento emocional,
realizando a escuta ativa, com empatia e os encaminhamentos necessários. CONCLUSÃO: A
implementação dos cuidados de enfermagem, inseridos na Sistematização da Assistência de Enfermagem
possibilita que a enfermeira utilize seus conhecimentos científicos, técnicos a uma prática humanizada,
que visualiza o paciente enquanto um ser único que necessita de uma atenção específica. A humanização
da assistência assegura uma maior segurança aos pacientes e profissionais e uma maior eficácia na
obtenção dos resultados esperados.

Palavras-chave: Sistematização da Assistência de Enfermagem, Cirurgia, Enfermagem.

REFERÊNCIAS:

396
AMIDEI, Christina M. (Clb) et al. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem médico-cirúrgica:
volume 1. 13. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2016.

ROTHROCK, Jane C. Alexander: cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 13 ed. Rio de Janeiro,
RJ: Elsevier, 2008.

T. H. HERDMAN e S. KAMITSURU. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: Definições


e Classificação - 2021-2023 – 12 edição- Ed.Artmed. Acesso em 12/10/2022.

MARCELINO, C. A. G.; PRADO, L. B.; ALMEIDA, A. F. S.de. Cuidados de enfermagem ao paciente

submetido à revascularização cirúrgica do miocárdio. São Paulo, Martinari, 2014.

397
ATUAÇÃO EXTENSIONISTA NO RASTREIO DA SÍFILIS NO AMBIENTE
CARCERÁRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

¹Emily Fernandes Pereira


¹Rillary Amaral Camelo Calheiros
¹Clara Emanuelly Rodrigues Menezes
¹Ingrid dos Santos Silva
¹Thaysa Maria Vieira Justino
²Kalliny Mirella Gonçalves Barbosa
¹Michelle Christini Araújo Vieira

1Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Petrolina, Pernambuco, Brasil.


2Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Feira de Santana, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor:
emily.fernandes@discente.univasf.ed
u.br

1 Resumo

INTRODUÇÃO: compreende-se que o ambiente carcerário, na maioria das vezes, é marcado


pela insalubridade, infraestrutura inadequada e superlotação, fatores estes que corroboram para
manutenção do estado de vulnerabilidade das Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), como
também propiciam o desenvolvimento de agravos à saúde, tais como às Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST), em especial a Sífilis. METODOLOGIA: trata-se de um estudo com
abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, que descreve a vivência de discentes de
enfermagem da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) durante uma ação
de Testagem Rápida para ISTs na Cadeia Pública Feminina de Petrolina-PE. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: Em suma, pôde-se observar que na população de 37 mulheres cis e homens trans,
que representava o percentil de 100%, aproximadamente 25% apresentaram resultados positivos
para sífilis, destas, 8% tiveram o diagnóstico confirmado junto à Unidade Básica de Saúde, sendo
consideradas aptas para a arealização do tratamento. CONCLUSÃO: através da ação
desenvolvida, foi possível observar principalmente a necessidade da população privada de
liberdade em relação a práticas educativas de prevenção contra IST’s, Ademais, vale ressaltar que
a realização periódica da testagem rápida dentro do ambiente prisional é de suma importância,
uma vez que as PPL estão suscetíveis ao desenvolvimento de doenças infectocontagiosas.
Palavras-chave: Sífilis; Prisões; Relações Comunidade-Instituição.

2 INTRODUÇÃO

Sabe-se que é dever do Estado a garantia de assistência integral das Pessoas Privadas de
Liberdade (PPL), seja ela de caráter social, material ou de saúde. Diante dessa perspectiva, surge
a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema
Prisional (PNAISP), com o objetivo de efetivar o direito constitucional à saúde desta população

398
marginalizada. Neste sentido, compreende-se que o ambiente carcerário, na maioria das vezes, é
marcado pela insalubridade, infraestrutura inadequada e superlotação, que corroboram para
manutenção do estado de vulnerabilidade desse segmento populacional, como também, propiciam
o desenvolvimento de agravos à saúde, tais como às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Além disso, fatores como o contato íntimo e prolongado entre as reeducandas, compartilhamento
de objetos perfurocortantes, dificil acesso a preservativos e relações sexuais desprotegidas com
múltiplos parceiros, potencializam o surgimento das ISTs, em especial a sífilis, que é bastante
incidente nesta população (BRASIL, 2014; BRASIL, 2021; LEOCÁDIO; ASSIS; GUIMARÃES,
2020).
Diante disso, ressalta-se a importância da realização de ações de Testagem Rápida (TR)
como ferramenta para o diagnóstico precoce da Sífilis, principalmente quando se trata de casos
assintomáticos, realizando assim o rompimento do ciclo de transmissão e prevenindo possíveis
complicações, que podem evoluir para óbito. Quando se trata da população em situação de
cárcere, o Ministério da Saúde dispõe que a TR para ISTs deve ocorrer com periodicidade
semestral, devido ao ambiente onde se encontram, que se configura como potencializador para o
surgimento de tais agravos à saúde (BRASIL, 2022b).
Portanto, considerando a dificuldade de acesso aos serviços de saúde pelas PPL, como
também a importância do diagnóstico precoce da sífilis para a prevenção de futuros agravos à
saúde. O projeto de extensão intitulado “Saúde da Mulher na Prisão: uma proposta de promoção
à saúde” surge com o intuito de realizar ações de prevenção e promoção à saúde, bem como
colabora para suprir o vazio assistencial desta população marginalizada. O presente estudo tem
como objetivo relatar a experiência de extensionistas do curso de Enfermagem durante a
realização de uma ação de testagem rápida para ISTs em uma Cadeia Pública Feminina.

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, que


descreve a vivência de discentes de Enfermagem da Universidade Federal do Vale do São
Francisco (UNIVASF) durante uma ação de Testagem Rápida para ISTs promovida pelo projeto
de extensão intitulado “Saúde da Mulher na Prisão: uma proposta de promoção à saúde”. O
presente estudo teve como lócus uma Cadeia Pública Feminina, localizada na cidade de Petrolina-
PE. A população da pesquisa é composta por 37 mulheres privadas de liberdade que aceitaram
participar da ação voluntariamente. Vale ressaltar que este número representa um montante de
100% das mulheres residentes na CPFP no momento da ação. Os dados foram obtidos a partir de
uma ação semestral de Testagem Rápida, realizada pelos extensionistas. A atividade foi executada
mediante a pactuação com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), a Coordenação da
Unidade Prisional e a equipe do projeto, e ocorreu durante o mês de Julho de 2022. Este estudo
baseia-se na análise descritiva para melhor interpretação dos dados obtidos, a fim de detalhar a
população de estudo, a ação e a conduta realizada após, com enfoque no que se refere a métodos
de confirmação de diagnóstico e tratamento. O presente estudo está fundamentado nos preceitos
da Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que dispõe sobre diretrizes
éticas específicas para as ciências humanas e sociais. Destaca-se que as atividades de pesquisa
vinculadas ao projeto estão aprovadas pelo Comitê de Ética sob parecer nº 5.246.073 e CAAE
53114221.7.0000.8052.

3 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A ação contemplou 37 mulheres, das quais 9 apresentaram resultado positivo para Sífilis
na TR. Diante desse cenário, considerando os dados clínicos coletados através da anamnese e
exame físico, foram solicitados exames complementares para avaliar a real condição sorológica
das pacientes. Conforme o Ministério da Saúde, o Venereal Disease Research Laboratory (VDRL)
configura-se como um teste imunológico quantificável, que associado à TR e dados clínicos,
possibilita confirmar o diagnóstico de sífilis, seja ela ativa ou na forma latente; constatar cura ou

399
cicatriz sorológica; avaliar resposta ao tratamento por meio do acompanhamento da titulação a
cada 3 meses (BRASIL, 2022c).
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível de caráter sistêmico e notificação
compulsória, que pode progredir para agravos de saúde de caráter crônico, com sequelas
irreversíveis a longo prazo, quando não é realizado o tratamento de forma precoce. No que se
refere às PPL, é observada uma maior incidência dessa IST evidenciada por fatores como o
compartilhamento de objetos de uso pessoal - pinças, alicates, lâminas de barbear, - e relações
sexuais homoafetivas desprotegidas em que ocorre o contato de fluidos como a secreção vaginal
(SOUZA et al ,2022).
No que tange a epidemiologia da sífilis, segundo dados do Sistema de Informações do
Departamento Penitenciário Nacional (SISDEPEN), durante o período de janeiro a junho de 2022
foram registrados 1.089 casos, o que corresponde a 21,15% das patologias gerais do sistema
carcerário, sobretudo o feminino. Logo, o aumento significativo dos números de casos demonstra
a necessidade de reforço das ações de vigilância, prevenção e controle da infecção (BENEDETTI,
2020; BRASIL, 2022a).
No tocante aos estágios da Sífilis, cabe frisar que as manifestações clínicas são
categorizadas em sífilis primária, com o período de incubação de em média 3 semanas,
normalmente acompanhada por uma úlcera no local de entrada da bactéria; sífilis secundária, que
se manifesta depois da cicatrização do cancro, em média de seis semanas a seis meses, e a sífilis
terciária, cujo desenvolvimento se dá a partir das infecções não tratadas. Sinaliza-se, ainda, que o
estágio sífilis latente corresponde ao período no qual não são observados os sinais e sintomas, por
isso surge a necessidade do diagnóstico através dos testes treponêmicos e não-treponêmicos.
(BRASIL, 2022c)
Diante disso, evidencia-se que a sífilis é uma enfermidade que apresenta um longo período
de latência, logo, a maioria das pessoas que possuem essa infecção são assintomáticas. Portanto,
destaca-se a importância do rastreio para sífilis, através da testagem rápida, que se configura como
a principal ferramenta para evitar complicações graves ocasionadas pelo diagnóstico tardio, como
a neurossífilis, uma condição que pode ocorrer em qualquer estágio da doença e que é
caracterizada pelo acometimento do sistema nervoso central, pelo T. pallidum, que ocasiona
sintomas como parestesia geral, envolvimento ocular e auditivo, podendo levar a óbito (BRASIL,
2022b)
Nesta perspectiva, é de suma importância que após a realização do diagnóstico e
tratamento para a doença, também seja efetuado o monitoramento. Este deve acontecer através da
realização do teste sorológico VDRL, com periodicidade trimestral, por um período total de um
ano. Espera-se que exista uma resposta imunológica do organismo ao tratamento realizado,
portanto, é necessário que haja uma queda da titulação em duas diluições em um intervalo de 6
meses, nos casos de sífilis recente, ou 12 meses para sífilis tardia. Caso não aconteça, pode se
tratar de um caso de falha terapêutica, que ocasionou uma recidiva, ou de uma reinfecção; ambos
se configuram como critérios para a realização do retratamento da doença (BRASIL, 2021).
No quadro abaixo foram distribuídas as pessoas em situação de cárcere que obtiveram
resultados reagentes na testagem rápida realizada na CFPP, e a titulação do exame VDRL. Foram
atribuídos nomes de flores para preservar a privacidade das mulheres participantes da pesquisa.
Além disso, Violeta apresentou um estado de negação ao receber o resultado reagente para Sífilis
e não consentiu a realização do exame para confirmação do diagnóstico laboratorial.

Quadro I: pessoas em situação de cárcere com diagnóstico positivo para Sífilis na testagem
rápida de Julho de 2022 e titulação de VDRL.

400
Nome Titulação VDRL

Copo de Leite Não reagente

Girassol 1:2

Violeta Exame não realizado

Jacinto 1:2

Margarida 1:4

Lírio 1:16

Hibisco 1:4

Jasmim Exame não realizado

Flor de Lis Não reagente


Fonte: Autoria Própria.

Diante do resultado do exame laboratorial VDRL, foi possível iniciar o tratamento de


Lírio, que possuía titulação de 1:16 e de Jasmim. Conforme recomendado pelo Ministério da
Saúde, realizou-se o tratamento para Sífilis latente com duração desconhecida, já que Lírio e
Jasmim não apresentavam sintomatologia para a doença e não possuíam informações a respeito
da duração da infecção. O esquema terapêutico utilizado foi de Penicilina G Benzatina 2,4 milhões
UI, IM, semanal, por 3 semanas. Totalizando uma dosagem total de 7,2 milhões UI, IM (BRASIL,
2022b).
Em suma, pôde-se observar que na população de 37 mulheres cis e homens trans, que
representava o percentil de 100%, aproximadamente 25% apresentaram resultados positivos para
sífilis, destas, 8% tiveram o diagnóstico confirmado junto à Unidade Básica de Saúde, sendo
consideradas aptas para a realização do tratamento. Fundamentado nisto, é possível averiguar a
influência do contexto carcerário no que tange a saúde da mulher, sobretudo na transmissão das
infecções sexualmente transmissíveis. É neste sentido que surge a importância da atuação dos
extensionistas, enquanto futuros profissionais de saúde, no tocante à aplicação prática da
promoção à saúde para um grupo em vulnerabilidade social. Outrossim, as atividades promovidas
contribuem para além da formação profissional dos estudantes, minimizando as disparidades
sociais a partir da garantia da integralidade, equidade e universalidade aos serviços de saúde das
pessoas privadas de liberdade.

4 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entende-se que a realização periódica da testagem rápida dentro do ambiente prisional é


de suma importância, uma vez que as PPL apresentam vulnerabilidade frente às doenças
infectocontagiosas. Neste sentido, ressalta-se que, através da vivência extensionista, foi possível
observar que existe uma desarticulação entre a Unidade Básica de Saúde e a Cadeia Pública
Feminina, que resulta em uma dificuldade de acesso aos serviços de saúde pelas reeducandas, o
que potencializa tais agravos de saúde deste segmento populacional.
Logo, destaca-se a relevância da atividade extensionista nesse campo de prática, pois, a
partir dos conhecimentos adquiridos em sala de aula foi possível executar as ações de promoção
e reabilitação da saúde, além de prevenção de agravos, contribuindo assim, para a melhoria da
qualidade de vida e garantia da efetivação do direito constitucional à saúde desta população
marginalizada.

401
5 REFERÊNCIAS

BENEDETTI, M. S. G. et al. Infecções sexualmente transmissíveis em mulheres privadas de


liberdade em Roraima. Revista de Saúde Pública, v. 54, 2020.

BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Secretaria Nacional de Políticas Penais:


Dados Estatísticos do Sistema Penitenciário (SISDEPEN). Brasília, 2022a.

BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de


Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis
– IST [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022b. 211 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas
Privadas de Liberdade no Sistema Prisional. 1ª Ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 60 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de


Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Fluxograma para Manejo
Clínico das Infecções Sexualmente Transmissíveis. 1ª Ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação


Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico].
Brasília: Ministério da Saúde, 2022c.

LEOCÁDIO, A. F.; ASSIS, D. A.; GUIMARÃES, T. M. Infecções Sexualmente


Transmissíveis: vulnerabilidade das mulheres privadas de liberdade. Research, Society and
Development, v. 9, n. 10, p. e7609109021-e7609109021, 2020

SOUZA, A. T. S. et al. Prevalência de sífilis e fatores de risco associados em internos do sistema


prisional do Piauí. Enferm. foco (Brasília), p. 1-7, 2022.

402
CONSEQUÊNCIAS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NA SAÚDE
POPULACIONAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

¹ Michelle Kristine Bispo dos Santos


¹ Felipe Gonçalves Rocha Santana
¹ Joice Brito Moreira
² Simone de Fátima Lima Bispo dos Santos
1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Jequié, Bahia, Brasil; 2 Universidade do
Estado da Bahia (UNEB), Alagoinhas, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Temas livres em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: michellekristine26@gmail.com
INTRODUÇÃO: Segundo a Constituição Federal Brasileira de 1988, o ambiente apresenta-se como fator
determinante para impactos que podem atingir a saúde populacional e de acordo com isso, as diretrizes do
Sistema Único de Saúde (SUS) foram criadas visando a qualidade de vida e bem-estar da população, por
meio de medidas de enfrentamento dos impactos sociais e ambientais que consequentemente podem gerar
malefícios na saúde global. Além disso, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) promove
uma reflexão crítica ao crescimento econômico desordenado devido ao capitalismo, que gera
desmatamentos, poluição na atmosfera, na água e no solo, enchentes, desastres naturais que promovem
surgimento de doenças e a degradação ambiental impactando, principalmente, nas populações em
vulnerabilidades. OBJETIVO: Apresentar as consequências dos impactos ambientais na saúde da
população. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, utilizando o Portal da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) para o levantamento dos dados bibliográficos por meio da utilização
dos Descritores em Ciências da Saúde: impactos ambientais, saúde da população e proteção ambiental,
interconectados pelo operador booleano AND, gerando uma estratégia de busca que permitiu a obtenção de
9 artigos, dos quais restaram apenas 3 após a aplicação dos critérios de inclusão (publicações entre 2012e
2022, artigos completos no idioma português e espanhol, pertencentes a base de dados LILACS e sciELO,
sendo pesquisa qualitativa) e os de exclusão (publicações anteriores ao ano de 2012 e que não atendiam ao
objetivo do estudo). RESULTADOS: Verificou-se, a partir da literatura, que os impactos ambientais geram
malefícios à saúde da população. Diante disso, dentre essas consequências, estão a maior incidência de
contaminação por agentes biológicos, como a malária, além de abranger uma exacerbada prevalência de
doenças diarreicas e respiratórias, ambos os agravos são considerados as principais doenças relacionados
ao ambiente e que geram um aumento excessivo na mortalidade, principalmente a infantil. Além disso,
outro agravo à saúde provocado pela degradação ambiental é o câncer de pele que corresponde a 30% de
todos os tipos de câncer diagnosticados no Brasil, configurando-se como o mais frequente devido a
exposição excessiva aos raios ultravioletas do sol, como também, destaca-se o desmatamento que promove
enfermidades transmitidas por animais e insetos hospedeiros que migram do seu habitat natural para espaços
populacionais. Outrossim, os resíduos dos serviços de saúde geram grande impactos ambientais quando mal
gerenciados, corroborando com um elevado teor de contaminação pelo descarte incorreto dos materiais
biológicos. Nessa perspectiva, os profissionais de saúde precisam se apropriar de temáticas que envolvam
a saúde e o meio ambiente, a fim de promover o desenvolvimento de ações voltadas à sustentabilidade,
equidade e proteção ambiental, além de apoiar movimentos coletivos que visem o direitoà promoção da
saúde através da redução dos impactos ambientais. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-
se que os impactos ambientais são responsáveis por causarem danos à saúde populacional, pois estão
diretamente ligados à qualidade de vida dos indivíduos. Dessa forma, torna-se relevante o fortalecimento
das políticas públicas de saúde para reduzir os agravos, como também o incentivo de estudos abrangentes
à saúde e ao meio ambiente.
Palavras-chave: Impactos ambientais, Saúde da população, Proteção ambiental.

403
REFERÊNCIAS:

1- ALMEIDA, L.S et al. Saneamento, Arboviroses e Determinantes ambientais: impactos na saúde urbana.
Ciência & Saúde Coletiva. v. 25, n. 10, p. 3857-3868, 2020.
2- FORTE, M.P. N et al. Estratégia saúde da família rural do Brasil: percepções de profissionais sobre a
saúde e ambiente. Rev. APS. v.25, n.10, p. 58-69, 2022.
3- SILVA, M.M et al. Ações de saúde ambiental realizadas por enfermeiros da Estratégia de Saúde da
Família. Rev. APS. v. 2, n. 3, p. 495-509, 2019.

404
ACESSO DE ADULTOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

¹Larah Domingos Alves Santana

¹Amanda de Oliveira Santos

³Felipe Gonçalves Bezerra

1 Faculdade Estacio Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil; 2 Universidade Federal de Sergipe,
Sergipe, Brasil; 3 Universidade de Pernambuco, Pernambuco,
Brasil.

Eixo temático: Multidisciplinar em saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: larah.alves16@gmail.com

INTRODUÇÃO: É de grande notoriedade que a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um


problema de extrema relevância no que tange a saúde pública. Atualmente, com os hábitos de
vida modificados, o grupo de adultos, tem se tornado alvo de susceptibilidade da doença.
OBJETIVO: Desse modo, esta temática se tornou alvo da presente pesquisa, objetivando analisar
como é o acesso e controle do tratamento de pacientes adultos portadores de HAS na Unidade
Básica de Saúde (UBS). METODOLOGIA: Afim de averiguar tal notoriedade observada em
âmbito profissional, foi realizada uma análise bibliográfica nas bases de dados, Scielo e Medline,
com buscadores de dados “Hipertensão”, “Adulto Jovem” e “Acesso Efetivo aos Serviços de
Saúde”, no idioma português, utilizando o recurso “AND”. Foram incluídos para a pesquisa
artigos publicados entre os anos de 2010 e 2022, tendo após a análise e leitura, 4 exemplares
selecionados para compor. RESULTADOS: Foi comprovado cientificamente que o número de
adultos hipertensos apresenta uma relevância na população, e que embora seja uma parcela alta
de pessoas, é notório que muitos adultos cessam o tratamento medicamentoso de HAS. Nesse
contexto, foi aferido que o acesso desses pacientes à UBS é pequeno se comparado ao número de
diagnosticados. Diante de tal perspectiva, foi obtido como resultado que a falta de
acompanhamento para o tratamento se da muitas das vezes por “falta de tempo” e “vergonha”
devido a correlação idade-doença. CONCLUSÃO: Conclui-se através dessa revisão bibliográfica
que o acesso de pacientes portadores de HAS nas Unidades Básicas de Saúde é baixo, sendo de
grande relevância a promoção de medidas e ações sociais com intuito de recrutar e orientar esses
pacientes ao retorno do tratamento.

Palavras Chaves: Hipertensão, Adulto Jovem, Acesso Efetivo Aos Serviços de Saúde.

REFERÊNCIAS:

405
CORRÊA-NETO, Victor Gonçalves et al. Hipertensão arterial em adolescentes do Rio de Janeiro:
prevalência e associação com atividade física e obesidade. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 06 pp.
1699-1708, 2014.

FIÓRIO, Cleiton Eduardo et al. Prevalência de hipertensão arterial em adultos no município de São Paulo
e fatores associados. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 23, e200052, 2020.

JULIÃO, Nayara Abreu, Souza, et al. Tendências na prevalência de hipertensão arterial sistêmica e na
utilização de serviços de saúde no Brasil ao longo de uma década (2008-2019). Ciência & Saúde Coletiva,
v. 26, n. 09 pp. 4007-4019, 2021.

V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. Arquivos Brasileiros de


Cardiologia, v. 89, n. 3, pp. e24-e79, 2007.

406
DOI 10.29327/5208636.2-16

SUPLEMENTAÇÃO COM PROBIÓTICOS NA PROFILAXIA DE


TRANSTORNOS DEPRESSIVOS: PESQUISA BIBLIOMÉTRICA

PROBIOTICS SUPPLEMENTATION IN PROPHYLAXIS OF DEPRESSIVE


DISORDERS: BIBLIOMETRIC RESEARCH

FLÁVIA SANTANA LIMA


Centro Universitário Maria Milza-UNIMAM, Governador Mangabeira-BA, Brasil.

FLÁVIA APARECIDA CARDOZO SANTOS


Centro Universitário Maria Milza-UNIMAM, Governador Mangabeira-BA, Brasil.

LÍDIA JÚLIA DOS SANTOS FARIAS


Faculdade de Medicina, ITPAC, Cruzeiro do Sul, AC, Brasil.

THIAGO ALVES SANTOS DE OLIVEIRA


Universidade Federal do Acre-UFAC, Cruzeiro do Sul, AC, Brasil.

ELIZABETH AMÉLIA ALVES DUARTE


Centro Universitário Maria Milza-UNIMAM, Governador Mangabeira-BA, Brasil.
*Faculdade de Medicina, ITPAC, Cruzeiro do Sul, AC, Brasil.

407
Resumo

A depressão é um transtorno mental descrita como uma tristeza persistente e pela perda de vontade
de realizar atividades comuns diárias. Caracterizada pela ocorrência de perda de energia,
mudanças no apetite, aumento ou redução do sono, ansiedade e pensamentos suicidas que podem
acometer qualquer pessoa. Os casos de depressão no mundo atingem mais de 300 milhões e no
Brasil cerca de 11 milhões de pessoas. Sobre a fisiopatologia da depressão, pode estar ligada em
quatro aspectos: mau funcionamento do cérebro, o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), o
sistema imunológico e o eixo intestino-cérebro. Na nutrição, há evidências de que a dieta com
uma ótima qualidade e equilibrada, com o auxílio de probióticos e prebióticos podem afetar o
humor de forma positiva, podendo aliviar os sintomas depressivos. Este trabalho teve por objetivo
geral realizar uma revisão sistemática com metadados sobre o uso de probióticos e aplicação da
terapia nutricional em indivíduos com transtornos depressivos que possam evidenciar a melhora
dos sintomas, tendo como objetivos específicos: verificar quais componentes do eixo MIC
rementem as implicações terapêuticas dos probióticos; caracterizar quais os principais
componentes humorais e metabólitos microbianos associados a modulação do transtorno
depressivo; e identificar quais os probióticos são mais contundentes quanto a melhora da
sintomatologia e terapia/modulação do transtorno depressivo. Tratou-se de um estudo de revisão
sistemática, qualitativa e longitudinal baseado em estudos prévios que correlacionam o uso de
probióticos por pessoas com transtornos depressivos e nos avanços com pesquisas do eixo:
Microbiota-Intestino-Cérebro (MIC), e não será estipulado critério cronológico e temporal nesta
pesquisa inicial para assegurarmos o aspecto histórico e evolutivo das pesquisas na temática desta
pesquisa. Foram excluídos documentos, trabalhos e materiais bibliográficos e científicos
irrelevantes ao tema. Algumas cepas probióticas tem se mostrado com efeitos positivos em relação
a indivíduos depressivos, mas ainda faltam mais evidências em estudos realizados em humanos.

Palavras-chave: Depressão; microbiota intestinal; MIC-microbiota-intestino-cérebro

ABSTRACT

Depression is a mental disorder described as persistent sadness and a loss of desire to perform
common daily activities. Characterized by the occurrence of energy loss; changes in appetite;
increased or reduced sleep; anxiety and suicidal thoughts, this disorder can affect anyone, cases
of depression in the world reach more than 300 million and in Brazil about 11 million people. The
pathophysiology of depression can be linked in four aspects: malfunction of the brain, the

408
hypothalamic-pituitary-adrenal axis (HPA), the immune system and the intestine-brain axis. In
nutrition, there is evidence that a good quality and balanced diet, with the help of probiotics and
prebiotics, can affect mood in a positive way and can alleviate depressive symptoms. This work
has the general objective of conducting a systematic review with metadata on the use of probiotics
and the application of nutritional therapy in individuals with depressive disorders that may show
improvement in symptoms, with the specific objectives: to verify which components of the MIC
axis complement the therapeutic implications probiotics; characterize which are the main humoral
components and microbial metabolites associated with the modulation of depressive disorder; and
to identify which probiotics are most striking in terms of improving symptoms and therapy /
modulation of depressive disorder. This is a systematic, qualitative and longitudinal review study
based on previous studies that correlate the use of probiotics by people with depressive disorders
and on advances in research on the axis: microbiota–gut–brain axis no chronological and
temporal criteria will be stipulated in this initial research to ensure the historical and evolutionary
aspect of research on the subject of this research. Documents, works and bibliographic and
scientific materials irrelevant to the theme were excluded. Some probiotic strains have been
shown to have positive effects in relation to depressed individuals, but there is still a lack of
evidence in studies carried out in humans.

Keywords: Depression; Intestinal microbiota; microbiota–gut–brain axis.

1. INTRODUÇÃO
Depressão é um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente e pela perda de
interesse em atividades que normalmente são prazerosas, acompanhadas da incapacidade de
realizar atividades diárias durante pelo menos duas semanas (OPAS BRASIL, 2020). Segundo
dados epidemiológicos da Organização Mundial da Saúde, o número de casos de depressão no
mundo atinge mais de 300 milhões e no Brasil cerca de 11 milhões de pessoas (CFM, 2018). A
causa exata da depressão não tem um conhecimento ainda concreto, mas certamente pode
envolver a hereditariedade, alterações nos níveis dos transmissores, alteração da função
neuroendócrina e fatores psicossociais (MANUAL MSD, 2018).

Para Liang (2018), a fisiopatologia da depressão pode estar ligada em quatro aspectos: mau
funcionamento do cérebro, o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), o sistema imunológico e
o eixo intestino-cérebro.

A microbiota intestinal saudável exerce o papel na manutenção da homeostase e é responsável


por funções homeostáticas diferentes, como na manutenção da integridade do epitélio intestinal e
proteção da barreira intestinal, equilíbrio metabólico e nutricional e na manutenção da mucosa. E
quando é modificada a microbiota intestinal, pode desenvolver vários distúrbios intestinais como
a disbiose (COMINNETI; COZZOLINO, 2020).

409
A disbiose é o desequilíbrio da microbiota intestinal, que pode estar envolvida com
alterações na ativação de neurotransmissores e, com isso, pode atrapalhar a resposta da microbiota
e do cérebro. Alguns estudos afirmam, sobre a suplementação de probióticos como uma estratégia
terapêutica para distúrbios psiquiátricos, dentre eles a depressão (MORAES et al., 2019;
HERMAN, 2019).

Desse modo, os probióticos modificam e equilibram a microbiota com resultados


benéficos ao organismo dentre os quais melhorando a comunicação do eixo cérebro – intestino
(LIU et al., 2015). Tais distúrbios da microbiota estão associados à padrões alimentares
inadequados com dietas ricas em gorduras saturadas, alimentos industrializados e o baixo
consumo de alimentos in natura.

Sendo assim, uma dieta com uma ótima qualidade e equilibrada, com o auxílio de
probióticos e prebióticos podem afetar o humor de forma positiva. Dietas ricas em fibras dietéticas
e ácidos graxos poli-insaturado podem ter uma relação à redução do risco de desenvolver sintomas
como a depressão, ansiedade e estresse (TAYLOR; HOLSCHER, 2020), a atuar em conjunto com
o equilíbrio ou reposição da microbiota que é feita a partir da suplementação com probióticos. No
Brasil, a ANVISA regulamenta que a quantidade mínima de probióticos para consumo diário é de
108 a 109 UFC (BRASIL, 2015).

O presente estudo justifica-se, já que os probióticos (microrganismos benéficos) que


atuam na síntese e bioconversão de metabólitos e produtos secundários do processo nutricional
configuram como reguladores da microbiota intestinal (por vezes denominada de 2° cérebro). Por
conseguinte, com efeitos positivos e atenuantes de transtornos depressivos que estão sendo
estudados quanto a ação terapêutica. Portanto, a terapia nutricional regulamentada na prescrição
destes probióticos como estratégia terapêutica na prevenção e controle desta patologia e outras
correlacionadas ao MIC (microbiota intestino-cérebro) são abordadas neste estudo.

Neste contexto, foi aplicada a abordagem da pesquisa bibliométrica na prospecção de


metadados da profilaxia com probióticos em indivíduos com transtornos depressivos como
princípio da ‘Nutrição Baseada em Evidencias’. Assim como verificar quais componentes do eixo
MIC rementem as implicações terapêuticas dos probióticos; caracterizando quais os principais
componentes humorais e metabolitos microbianos associados a modulação do transtorno
depressivo e quais os probióticos são mais adotados na terapia/modulação do transtorno
depressivo.

2. METODOLOGIA

410
Foi realizada revisão sistemática a partir da estratégia PICO (RICHARDSON; WILSON;
NISHIKAWA et al., 1995), cujos acrônimos foram fundamentais para elaboração da pergunta
norteada/objetivo deste estudo: probióticos na profilaxia dos transtornos depressivos.

P- Paciente/Problema: Indivíduos que apresentam quadro de depressão.


I - Intervenção: Probióticos associados a redução dos sintomas da depressão.
C- Controle ou Comparação: Uso ou não de probióticos na terapêutica da depressão.
O- Desfecho “outcomes”: MIC – microbiota-intestino-cérebro é o eixo de resposta
para controle dos sintomas da depressão.

Foi consultada a base de dados eletrônicos MEDLINE/PubMed utilizando o vocabulário


controlado para indexação de artigos MeSH - Medical Subject Heading, disponível em
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/MeSH/.

Os resultados obtidos (metadados) foram avaliados pelo método bibliométrico, utilizando


o software R v.4.0.3 (R CORE TEAM, 2021, RStudio v.1.2.5042 (RSTUDIO TEAM, 2020), The
package v3.0.3.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O critério de operação booliano utilizando os conectores restritivo ‘AND’ e aditivo ‘OR’
dos descritores (MeSH Terms) estão apresentados na tabela 1.

411
Tabela 1: Combinação dos descritores booleanos ‘AND’ ‘OR’ obtidos pelo MeSH, PubMed,
2021.

O acrônimo ‘C’ (controle/comparação) foi excluído das análises, pois os ‘Mesh terms’
obtidos caracterizaram viés para validação execução da ‘Intervenção’ aplicada (Tabela 1).
MeSH
PICO Descrição Sinônimos
Terms

Depression OR Depressions OR Depressive Symptons OR


Indivíduo Depressive Symptom OR Symptom Depressive OR
P Depression Symptoms Depressive OR Emotional Depression OR
depressivos Depression, Emotional OR Depressions, Emotional OR
Emotional Depressions

Probióticos
I Probiotics Probiotics OR Probiotic
na depressão
C - -
Gastrointestinal microbiome OR Gastrointestinal
Microbiomes OR Microbiome Gastrointestinal OR Gut
Microbiome OR Gut Microbiomes OR Microbiome Gut OR
Gut Microflora OR Microflora Gut OR Gut Microbiota OR
Gut Microbiotas OR Microbiota Gut OR Gastrointestinal
Flora OR Flora Gastrointestinal OR Gut Flora OR Flora Gut
OR Gastrointestinal Microbiota OR Gastrointestinal
Microbiota OR Microbiota Gastrointestinal OR
Gastrointestin Gastrointestinal Microbial Community OR Gastrointestinal
microbiota– al microbiome Microbial Communities OR Microbial Community
O gut–brain Gastrointestinal OR Gastrointestinal Microflora OR
axis Microflora Gastrointestinal OR Gastric Microbiome OR
Gastric Microbiomes OR Microbiome Gastric OR Intestinal
Microbiome OR Intestinal Microbiomes OR Microbiome
Intestinal OR Intestinal Microbiota OR Intestinal
Microbiotas OR Microbiota Intestinal OR Intestinal
Microflora OR Microflora Intestinal OR Intestinal Flora OR
Flora Intestinal OR Enteric Bacteria OR Bacteria Enteric

Dysbiosis OR Disbioses OR Dys-symbiosis OR Dys


Dysbiosis symbiosis OR Dys-symbioses OR Dysbacteriosis OR
Dysbacterioses OR Disbacteriosis OR Disbacterioses

Foram obtidos 56 documentos a partir dos indexadores utilizados na plataforma de dados


eletrônicos PubMed. Estes resultados geraram um DataBase com 56 documentos, categorizados
em: 26 artigos e 30 revisões, todos os artigos em língua inglesa, com intervalo de tempo (time
span) entre os anos de 2014- 2021 (Figura 1).

412
Figura 1: Tree Map representando o output dos artigos indexados no PubMed para os descritores
(MerSH Terms) usados. Gerado a partir do Database dos indexadores submetidos ao banco de
dados PubMed em março de 2021.

A DataBase obtida também permitiu verificar a distribuição das produções bibliográficas


por países (Figura 2). Um critério relevante para compreensão e aplicação de testes com
probióticos relacionados a depressão na Nutrição Baseada em Evidências, considerando aspectos
étnicos, alimentares, comportamentais e sociodemográficos.

Figura 2: Output por número de publicações com abrangência metodológica (ensaios) e


resultados somente do país de origem SCP e publicações de vários países MCP. Database dos
indexadores submetidos ao banco de dados PubMed em março de 2021.

A temática de pesquisa é representada na figura 2, no qual é possível observar um número


maior de estudos na China devido seus hábitos alimentares, que consistem em uma dieta ocidental

413
com grãos integrais e chás. Justifica-se por ser um país culturalmente pobre, já que a cultura desses
países remete muito no hábito alimentar.

Na figura 3 está representado o mapa de estrutura conceitual, gerado a partir da análise de


correspondência - AC, entre as palavras chaves e termos mais utilizados nos títulos e resumosdos
artigos selecionados pelos MeSH Terms adotados no estudo. No quadrante I e IV estão
categorizados palavras e termos diretamente proporcionais a pergunta norteada à pesquisa.
Sobretudo, comparando a formação de clusters compilaram os termos: microbiota, microbiota
fecal, transtorno depressivo maior (cor verde), relacionados positivamente ao clusters que
agregam os microrganismos difundidos como Bifidobacteria e Lactobacillus (cor laranja) aos
termos microbiota intestinal e eixo intestino cérebro (cor vermelha).

Já nos quadrantes II e III (clusters de indexadores em vermelho), ficaram concentradas


palavras correspondentes ao C (controle), inversamente proporcionais aos indexadores do
quadrante I que reportam a intervenção (I), adotados na estratégia PICO.

Tais indexadores correspondem a prevalência de comportamento, ansiedade, depressão,


disbiose, intestino, inflamação e dieta, aglomerados aos indexadores ‘medicina alterativa’ e
‘prevenção’ que respondem (desfecho-outcome) da pergunta norteadora da pesquisa.

Figura 3: Mapa Conceitual representando a relação (proporção) direta ou indireta dos descritores
e termos adotados neste estudo quanto a pergunta norteadora. Gerados a partir do Database dos
indexadores submetidos ao banco de dados PubMed em março de 2021 e tratados pela análise de
correspondência no Bibliometrix package v3.0.3.

No mapa de redes (figura 4) podemos observar a formação de 3 Cluters nas cores


vermelho, azul e verde. O tamanho dos nós apresenta o número de descritores e suas respectivas
forças de ligação entre os documentos, assim como as correlações temáticas dos documentos entre
eles. Geralmente os clusters tem forte ligação entre si, mantendo assim as interligações por ranks

414
de descritores que norteiam a ideal central: depressão, os maiores nós apresentados no cluster
vermelho. Estes descritores que interligam fortemente o nó em vermelho que é norteador dessa
pesquisa ‘Probiotics and Depression’ designado como a interferência “I” adotando a estratégia
PICO.

Figura 4: Mapa de redes (network) com as cocitações e correlações temáticas dos documentos extraídos a
partir dos indexadores que foram aplicados no banco de dados (PubMed), gerado pelo Bibliometrix package
v3.0.3.

Moludi et al. (2021), apresentou um estudo relacionado aos efeitos anti-inflamatórios e


antidepressivos da cepa probiótica Lactobacillus Rhamnosus G, de forma isolada ou combinada
com algum prebiótico, a inulina, em pacientes que sofriam com doença arterial coronariana.

Portanto, foi realizado um ensaio clínico randomizado e duplo-cego com 96 pacientes


com DAC, onde foi suplementado probióticos e a inulina juntamente por 8 semanas, havendo
efeitos positivos na depressão, ansiedade e nos biomarcadores inflamatórios. E esse estudo teve
mais resultados com a inulina acrescentada ao probiótico do que ambos suplementados
separadamente.

Huang et al. (2016), conduziu três estudos onde foi dividido dois grupos, os participantes
de um estudo foram divididos de forma aleatória em três grupos para receber 100g/dia de iogurte
probiótico e mais uma cápsula de placebo ou uma cápsula de probiótica por dia e mais 100g/dia
de iogurte convencional ou 100g/dia de iogurte convencional com mais uma cápsula de placebo.
Tendo em vista a comparabilidade entre os estudos, uma cápsula de probióticos por dia e mais
100g/dia de iogurte convencional e 100g/ de iogurte convencional com mais uma cápsula de
placebo foram analisadas. Outro estudo dividiu os indivíduos em um grupo com alta dose, um
grupo de baixa dose e um grupo de controle, sendo assim, foi selecionado o grupo de baixa dose,
por ser um dos que era mais próximo do estudo inicial.

415
Kim et al. (2018), apresentou um estudo onde foi realizado uma administração oral de
uma formulação probiótica, consistindo de L. Helveticus e B. Longum ao longo de 30 dias e
demonstrou melhora no humor em voluntários geralmente saudáveis.

E em outro estudo de meta-análise realizado por Mehrabany et al. (2019), uma


combinação de L. Helveticus e B. Longum em uma dose de 10 a 109 UFC melhorou de forma
significativa em pacientes com depressão, e outra experiencia feita com as mesmas cepas em uma
dose menor 3 a 109 UFC não mostrou efeitos antidepressivos significativos.

A maioria dos estudos publicados em relação ao eixo intestino e as prováveis relações


com a saúde mental são pré-clínicos e apontam para o efeito positivo de psicobióticos no
tratamento de pessoas que sofrem com algum problema de saúde mental. Embora, estudos clínicos
sejam escassos, randomizados ou apresentem vieses, os mecanismos de ação dos psicobióticos
como tratamento precisa ser ampliado em estudos clínicos. Em um experimento feito, foi
certificado um coquetel de probióticos alterou a atividade cerebral monitorada por imagens de
ressonância magnética funcional, já o probiótico Bifidobacterium longum alterou a atividade
elétrico cerebral (Dinan e Cryan, 2017).

No estudo de Chen e Vitetta (2019), salientam sobre a mitocôndria ter um desempenho


interessante na relação da microbiota intestinal e a depressão. Com a modulação da microbiota
intestinal, foi aumentado concentrações positivas de butirato no qual poderiam atingir melhoras
na depressão, quando estivessem em níveis concentrados.

Nesse mesmo estudo, foram mencionados por ambos sobre a utilização dos ácidos graxos
de cadeia curta que podem ser válidos para o tratamento do transtorno depressivo de maneira
isolada, porém é necessário de mais estudos relacionados aos seus efeitos diretos.

Portanto, a mitocôndria pode ter um papel importante na ligação da microbiota intestinal


com a depressão, sendo necessários mais estudos científicos concretos.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A literatura, em seus últimos anos, vem trazendo evidências relacionadas à ligação entre
a microbiota intestinal e a depressão, e como a terapia nutricional pode auxiliar no tratamento
deste transtorno.

As evidências científicas, expostas no presente trabalho, salientam o uso dos probióticos


como tratamento adjuvante para tal patologia. Foram comprovados alguns estudos feitos com
cepas probióticas em indivíduos com transtorno depressivo, e com resultados positivos, tanto em
estudos com ratos e em humanos.

416
Portanto, é importante que suceda mais estudos realizados em humanos e na área
nutricional, visto que também através da alimentação pode-se prevenir o transtorno depressivo.

REFERÊNCIAS

BESSA, Marco Antônio. Depressão: vamos conversar? Disponível em:


<https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=27429:2018-02-
06-13-28-15&catid=46> Acesso em: 01 abril. 2021.

COMINETTI, C.; COZZOLINO, S. M. F. Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição: nas


diferentes fases da vida, na saúde e na doença. 2.ed. Barueri: Manole, 2020.

CORYELL, William. Transtornos depressivos. Disponível em:


<https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-
do-humor/transtornos-depressivos> Acesso em: 02 abril. 2021.

DINAN, T.G.; CRYAN, J. F. The microbiome-gut-brain axis in health and disease.


Gastroenterology Clinics, v. 46, n. 1, p. 77-89, 2017.

HERMAN, Anna. Probiotics supplementation in prophylaxis and treatment of depressive and


anxiety disorders – review of current research. Psychiatria Polska, v.53, n.2, p. 459–473, 2019.

HUANG, R.; WANG, K.; HU, J. Effect of probiotics on depression: a systematic review and
meta-analysis of randomized controlled trials. Nutrients, v. 8, n. 8, p. 483, 2016.

KIM, N. et al. Mind-altering with the gut: Modulation of the gut-brain axis with probiotics.
Journal of Microbiology, v. 56, n. 3, p. 172-182, 2018.

417
LIANG, S. et al. Recognizing depression from the microbiota–gut–brain axis. International
journal of molecular sciences, v. 19, n. 6, p. 1592, 2018

LIU, X.; CAO, S.; ZHANG, X. Modulation of Gut Microbiota−Brain Axis by Probiotics,
Prebiotics, and Diet. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 63, p.7885−7895, 2015.

MOLUDI, J. et al. The effects of co-administration of probiotics and prebiotics on chronic


inflammation, and depression symptoms in patients with coronary artery diseases: A randomized
clinical trial. Nutritional Neuroscience, p. 1-10, 2021.

MORAES, A. L. F. et al. Suplementações com probióticos e depressão: estratégia terapêutica?


Revista de Ciências Médicas, v. 28, n. 1, p. 31-47, 2019.

OPAS/Brasil- Organização Pan-Americana de Saúde. Depressão: O que você precisa saber.


Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article

&id=5372:depressao-o-que-voce-precisa-saber&Itemid=822> Acesso em: 23 mar. 2021.

TAYLOR, A. M.; HOLSCHER, H. D. A review of dietary and microbial connections to


depression, anxiety, and stress. Nutritional neuroscience, v. 23, n. 3, p. 237-250, 2020.

418
ALTERAÇÕES DECORRENTES DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E
MÉTODOS UTILIZADOS NA PREVENÇÃO DE QUEDAS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

¹Luiz Eduardo Martins Borella

¹Raquel

Odorcik

¹Caroline Helena Lazzarotto de Lima

1Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), - Campus de Frederico
Westphalen

Eixo temático: Fisioterapia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: luiz.martinsborella@gmail.com

Resumo: O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica acerca das principais
alterações decorrentes do processo de envelhecimento e a eficácia dos métodos utilizados na prevenção de
quedas, através de uma perspectiva fisioterapêutica. O custo financeiro, a demanda por hospitalização,
institucionalização e a influência na qualidade de vida da população idosa que a propensão a quedas causa
são os principais motivos que resultaram na realização desta pesquisa, desenvolvida através das plataformas
Pubmed, SciELO, Google Acadêmico e também pelo IBGE. Na análise dos artigos ficaram evidentes
aspectos como o aumento da população idosa, o destaque da prática de exercício físico como método mais
eficaz na prevenção das quedas e a participação do fisioterapeuta neste cenário.

Palavras chaves: Envelhecimento. Quedas. Idosos.

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento traz consigo uma série de alterações estruturais, que afetam o sistema
muscular, o equilíbrio e a audição. Dentre as alterações mais comuns da senescência, destaca-se a
diminuição da força muscular, decorrente do processo de sarcopenia. Este processo não ocorre de
forma repentina, mas sim evolui gradualmente a partir dos 20 anos de idade, com a perda das fibras
de contração rápida, o que justifica o maior risco de sofrer quedas (ACIOLE E BATISTA, 2018).

Dentre os fatores causadores das quedas, destacam causas intrínsecas e extrínsecas. Idade
avançada, quedas anteriores, fraqueza muscular, problemas de marcha e equilíbrio, hipotensão

419
postural, doenças crônicas e até mesmo o medo de cair se classificam como causas intrínsecas. Já
a organização do lar, como a ausência de corrimão nas escadas ou escadas mal estruturadas,
ausência de barras de apoio nos banheiros, obstáculos, superfícies escorregadias ou irregulares,
uso inadequado do dispositivo auxiliar e uso de medicação psicoativa se enquadram nos fatores
extrínsecos. Em casos de alta predisposição a fatores de risco, a tendência de quedas aumenta e
consequentemente a probabilidade de causar e/ou agravar deficiências. As quedas e suas
consequentes fraturas (também ligadas a fragilidade) são uma ameaça a independência do idoso,
trazendo maiores riscos para a saúde de cada indivíduo e muitas vezes levando a incapacidade
funcional e consequente institucionalização. Ademais, as quedas são o principal fator de injúria,
hospitalização e até mesmo morte, o que traduz uma maior necessidade de atendimento médico e
consequente alto custo (ACIOLE, 2018).

Segundo Lord, et al. (2018), os custos relacionados às quedas podem incluir custos diretos
como visitas médicas, clínicas ambulatoriais, testes de diagnóstico, medicação, atendimento
domiciliar, modificação estrutural e inclusão de equipamentos na residência do indivíduo e custos
indiretos causados pela morbidade e mortalidade do paciente e devido a contratação de cuidadores.

As quedas e suas consequências são um dos maiores problemas de saúde pública devido
à grande prevalência em idosos e o tempo de hospitalização necessário para o tratamento (variando
entre 15 e 20 dias). Além disso, as atividades de vida diária (AVDs) são comprometidas pelo que
se chama de “síndrome pós-queda”, caracterizada pelo impacto psicológico decorrente de um
destes incidentes, fazendo com que o indivíduo sinta medo em repetir o ocorrido (PIMENTEL,
2019).

Nesse contexto, o fisioterapeuta se insere como um dos principais mediadores na


prevenção das quedas, avaliando o equilíbrio do paciente através de escalas como Time Up and
Go, promovendo saúde e devolvendo a sua funcionalidade. As pesquisas encontradas na literatura
demonstram a eficácia de diversos métodos de prevenção das quedas (BLAYLOCK, 2020).

Com a realização deste trabalho, espera-se, através de uma revisão bibliográfica,


descrever as alterações advindas da senescência, quais são inevitáveis e demandam a atenção do
profissional da saúde. Ademais, pretende-se listar e comparar os métodos mais utilizados na
prevenção das quedas, mostrando a importância da fisioterapia na população idosa.

2 METODOLOGIA

Esta é uma revisão de literatura feita a partir da análise de artigos na base de banco de
dados PubMed, pela estratégia de busca: “Aging and Accidental Falls and Accident Prevention”,
cujos critérios incluíram somente àqueles artigos publicados há no máximo cinco anos atrás,
limitados a humanos, em todos os idiomas e de texto completo, totalizando 29 artigos.
Também foi utilizada a base de banco de dados Scientific Electronic Library Online
(SciELO), através da estratégia de busca “Idosos and Incapacidade funcional and Fisioterapia”,
em que só foram admitidos artigos científicos voltados a área das Ciências da Saúde, em todos as
coleções, periódicos e idiomas e sem data de publicação definida, contabilizando 17 artigos.

Alguns artigos científicos também foram encontrados através da plataforma Google


Acadêmico, pelos termos “síndrome pós-queda and Berg and idosos and envelhecimento and risco
and quedas and exercício and sedentary”, classificados por relevância, em qualquer idioma,
contabilizando 9 resultados. Na mesma plataforma, também foram utilizados os termos
“envejecimiento and ejercicio and fisioterapia and músculo and massa muscular and sarcopenia
and funcionalidad and physical therapy and exercise”, cuja busca se baseou na organização por
relevância, com publicação datada em 2019 e em todos os idiomas, incluindo patentes e citações,
com um total de 22 resultados.

420
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A partir dos dados obtidos, observa-se a unanimidade da indicação da prática de


exercícios físicos na prevenção de quedas. Entretanto, Tricco, et al (2018) recomenda a sua
associação com o uso de órteses, assim como o uso de protetores de quadril, modificações na dieta
e suplementação de cálcio e de vitamina D.

Blaylock e Vogtle (2020) indicam os mesmos métodos (revisão de medicamentos, uso de


calçados adequados, modificação na estrutura do lar e educação em saúde). Para Khow (2018) o
treino de equilíbrio é uma ação muito eficaz para a prevenção de quedas em idosos.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando o exposto, observa-se que o envelhecimento humano é um processo


inevitável e que tende a aumentar conforme os anos, devido a mudança na pirâmide etária, na taxa
de fecundidade e no aumento da expectativa de vida. Dentre as alterações decorrentes deste
processo, destaca-se a diminuição da força muscular, o que explica a unanimidade da indicação da
prática de exercício físico como método mais eficaz na prevenção de quedas.

Este cenário implica um aumento na demanda pelos serviços de saúde, incluindo o


fisioterapeuta, que se insere ao promover saúde pela avaliação do equilíbrio do paciente e
fortalecimento muscular, devolvendo a sua funcionalidade.

5 REFERÊNCIAS

ACIOLE, Giovanni Gurgel; BATISTA, Lucia Helena. Promoção da saúde e prevenção de incapacidades
funcionais dos idosos na estratégia de saúde da família: a contribuição da fisioterapia. Saúde em Debate,
Rio de Janeiro, v. 37, p. 10-19, 2018.

BLAYLOCK, Sarah E.; VOGTLE, Laura K. Falls prevention interventions for older adults with low vision:
A scoping review: Étude de portée sur les interventions visant à prévenir les chutes chez les aînés ayant une
basse vision. Canadian journal of occupational therapy, United States, v. 84, n. 3, p. 139-147, 2020.

LORD, Stephen R, et al. Falls in Older People: Risk Factors and Strategies for Prevention. 2. ed.
Cambridge University Press, 2018.

421
PIMENTEL, Renata Martins; SCHEICHER, Marcos Eduardo. Comparação do risco de queda em idosos
sedentários e ativos por meio da escala de equilíbrio de Berg. Fisioter. Pesqui. São Paulo, v. 16, n. 1, p. 6-
10, mar. 2019.

TRICCO, Andrea C. et al. Comparisons of interventions for preventing falls in older adults: a systematic
review and meta-analysis. Jama, v. 318, n. 17, p. 1687-1699, 2018.

422
ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL
NA PREVENÇÃO DE DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO

¹Potyara Leite Farias Raposo


1
Ana Carolina Luna Laurentino
1
Sarah Rayanne dos Santos Bezerra
1
Anna Priscyla Silva Pires
1
Thaís Michely Costa Andrade
1
Anaiza Gomes Ferreira
1
Isabelle Eunice de Albuquerque Pontes Melo Leite
1Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Eixo temático: Fisioterapia na Saúde da Mulher


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: potyara.raposo@aluno.uepb.edu.br
INTRODUÇÃO: O período gestacional é uma fase em que ocorrem diversas alterações, tanto emocionais
quanto físicas e fisiológicas, das quais estão as metabólicas, respiratórias, posturais, e também, as que
apresentam grande destaque, as pélvicas, já que a região do assoalho pélvico fica suscetível a disfunções
de causas multifatoriais como: lesões e alterações biomecânicas. Nessa perspectiva, a atuação
fisioterapêutica tem grande relevância durante a gestação, de modo a auxiliar no ganho de força da
musculatura pélvica, proporcionando um bom preparo para o parto, além de promover controle de
mudanças patológicas e melhora da qualidade de vida das gestantes. OBJETIVO: Verificar a atuação
fisioterapêutica durante a gestação na prevenção de disfunções do assoalho pélvico. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com artigos publicados nas bases de dados PubMed, Scielo
e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre os anos de 2013 e 2023, nos idiomas inglês e português. Para
a busca foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde, em inglês e português: distúrbios do assoalho
pélvico, gravidez, técnicas de fisioterapia e saúde da mulher. Foram encontrados 150 artigos na PubMed e
615 na BVS, totalizando, 765 artigos, dos quais 760 foram descartados. Não foram considerados elegíveis
os estudos que não se enquadraram no objetivo ou que não estivessem disponíveis na íntegra.
RESULTADOS: A partir da busca nas bases de dados, foram elegíveis 5 artigos para o presente estudo. A
inclusão de práticas fisioterapêuticas durante a gravidez parece ser uma maneira de minimizar o
desenvolvimento de patologias no assoalho pélvico, oferecendo o fortalecimento e aumento da flexibilidade
da musculatura da região, melhora do tônus e diminuição de riscos de lacerações durante o parto, pois a
gravidez e o parto são conhecidos como fatores de risco para o enfraquecimento e lesões desta musculatura.
Outrossim, são comprovadas a eficácia na atenuação de sintomas em casos de dispareunia, de incontinência
fecal e, principalmente, urinária, podendo ter um efeito protetor dessa disfunção até 3 meses após o parto.
Os recursos fisioterapêuticos são de extrema importância tanto durante a gravidez, o parto e o período pós
parto. Ademais, destaca-se a atuação fisioterapêutica como uma provedora de informações acerca da
anatomia e das funções pélvicas dessa gestante, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida e um
bom suporte emocional. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A fisioterapia pélvica durante o
período gestacional se mostra como elemento potencial para o cuidado e prevenção de prolapsos do órgão
pélvico, que sofre nessa fase inúmeras mudanças fisiológicas, de tal modo que objetiva promover mudanças
terapêuticas e um aumento do conforto, a partir de um olhar centrado na gestante e nos desdobramentos
encontrados ao longo da gestação.

423
Palavras-chave: Distúrbios do Assoalho Pélvico, Gravidez, Modalidades de Fisioterapia.
REFERÊNCIAS:
BOZKURT, Murat; YUMRU, Ayşe Ender; ŞAHIN, Levent. Pelvic floor dysfunction, and effects of
pregnancy and mode of delivery on pelvic floor. Taiwanese Journal of Obstetrics and Gynecology, v.
53, n. 4, p. 452-458, 2014.
JOHANNESSEN, Hege H. et al. Regular antenatal exercise including pelvic floor muscle training reduces
urinary incontinence 3 months postpartum—Follow up of a randomized controlled trial. Acta Obstetricia
et Gynecologica Scandinavica, v. 100, n. 2, p. 294-301, 2021.
LIMA, Eunice Graziele et al. Intervenções fisioterapêuticas para os músculos do assoalho pélvico no
preparo para o parto: revisão da literatura e proposta de manual de orientação. Fisioterapia Brasil, v. 22,
n. 2, p. 216-232, 2021.
ROMEIKIENĖ, Karolina Eva; BARTKEVIČIENĖ, Daiva. Pelvic-floor dysfunction prevention in
prepartum and postpartum periods. Medicina, v. 57, n. 4, p. 387, 2021.
WOODLEY, Stephanie J. et al. Pelvic floor muscle training for preventing and treating urinary and faecal
incontinence in antenatal and postnatal women. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 5, 2020.

424
A IMPORTÂNCIA DA TRIAGEM NEONATAL NO RASTREAMENTO DA
FENILCETONÚRIA

1
Rebeca Ferreira Nery
2
Juliane Pereira dos Santos
3
Tauana Reinstein de Figueiredo
4
Heloísa Helena de Medeiros Silva
5
Maria Laura Fernandes Alves
6
Rosivalda Ferreira de Oliveira
7
Amanda Damasceno de Macedo
8
Aline Oliveira Fernandes de Lima

1Faculdade São Francisco da Paraíba. Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 2Centro universitário Jorge Amado.
Salvador, Bahia, Brasil; 3Ebserh, Hospital Escola-Ufpel, Pelotas - Rio Grande
do Sul, Brasil; 4Universidade Potiguar. Natal, Rio Grande do Norte, Brasil;
5Centro Universitário Maurício de Nassau. Maceió, Alagoas, Brasil. 6Escola de
Enfermagem de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil;
7UNIFACEMA. Caxias, Maranhão, Brasil; 8Faculdade Venda Nova do
Imigrante. Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde.


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rebecafnery@outlook.com

INTRODUÇÃO: Fenilcetonúria é uma doença resultante de um erro inato do metabolismo de aminoácidos,


que ocorre por herança autossômica recessiva. Isso significa que a criança precisa receber um gene alterado
da mãe e outro do pai para desenvolver o distúrbio. Como os portadores de fenilcetonúria não conseguem
metabolizar a fenilalanina, o excesso dessas moléculas no sangue se transforma num ácido fenilpirúvico,
que exerce ação tóxica em vários órgãos, especialmente no cérebro. No cenário de saúde atual é possível
realizar o diagnóstico por meio dos exames de triagem neonatal. Diante disso, todos os recém-nascidos
devem ser submetidos a este teste para o rastreamento de algumas anormalidades metabólicas, inclusive a
fenilcetonúria, visando o início imediato do tratamento. OBJETIVO: Descrever a importância da triagem
neonatal no rastreamento da fenilcetonúria. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da
literatura, de abordagem qualitativa, realizada em janeiro de 2023, por meio das bases de dados: Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online (MEDLINE), foram utilizados os descritores: Fenilcetonúria Materna,
Rastreamento e Triagem, em cruzamento com o operador booleano and, encontrando 32 artigos. Os critérios
de inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra, em texto completo, nos idiomas português, inglês e
espanhol, nos últimos cinco anos (2019-2023). Os critérios de exclusão foram: artigos que não respondiam

425
ao objetivo do estudo e os duplicados nas bases supramencionadas. Após os critérios de elegibilidade,
restaram quatro artigos para esta revisão. RESULTADOS: Após a leitura dos estudos contemplou-se que
mesmo em meio aos avanços tecnológicos e pesquisas inéditas na área médica, a intervenção dietética com
fenilalanina continua sendo o tratamento mais eficaz para crianças com fenilcetonúria. Todavia, pesquisas
mostram que a triagem neonatal é essencial nas primeiras horas ou dias após o nascimento, pois ajuda a
detectar, promover e prevenir precocemente certos distúrbios, como a fenilcetonúria, evitando assim
sequelas futuras devido à patologia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destarte, tomando como base as
informações identificadas nos estudos garimpados, conclui-se que a triagem neonatal é essencial para a
detecção da fenilcetonúria. Tendo em vista que, o diagnóstico precoce favorece para o início imediato do
tratamento, o que evitará o desenvolvimento do quadro clínico.

Palavras-chave: Fenilcetonúria Materna. Rastreamento. Triagem Neonatal

REFERÊNCIAS:

NOGUEIRA, Zeni Drubi; BOA-SORTE, Ney; LEITE, Maria Efigênia de Queiroz; TORALLES, Maria
Betânia Pereira; AMORIM, Tatiana. Metabolic control and body composition of children and adolescents
with phenylketonuria. Revista Paulista de Pediatria, [S.L.], v. 39, p. 1-9, 2021.

RINK, Britton; DUKHOVNY, Stephanie; TIMOFREV, Julia. Management of Women With Phenylalanine
Hydroxylase Deficiency (Phenylketonuria) ACOG Committee Opinion, Number 802. OBSTETRICS
AND GYNECOLOGY, v. 135, n. 4, p. E167-E170, 2020.

SÁNCHEZ PINTOS, Paula et al. Evaluación y perspectiva de 20 años de cribado neonatal en Galicia.
Resultados del programa. Rev. esp. salud pública, p. 0-0, 2020.

WANG, Lin; YE, Fang; ZOU, Hui; WANG, Kundi; CHEN, Zhihua; HUI, Qin; HAN, Bingjuan; HE, Chun;
LI, Xiaowen; SHEN, Ming. The first study of successful pregnancies in Chinese patients with
Phenylketonuria. Bmc Pregnancy And Childbirth, [S.L.], v. 20, n. 1, p. 1-8, 28 abr. 2020.

426
DISFUNÇÃO MIOCÁRDICA INDUZIDA POR SEPSE E O AUXÍLIO DA
ECOCARDIOGRAFIA PARA O PROGNÓSTICO DE PACIENTES.

¹Beatriz Modesto Silva Magalhães


¹Thiago Torres Terto da Silva

¹Jaim Simões de Oliveira

1Centro Universitário Tiradentes (UNIT). Maceió, Alagoas, Brasil.

Eixo temático: Bases Científicas e Técnicas da Prática Médica


Modalidade: Apresentação oralE-mail do 1° autor: beatriz.modesto@souunit.com.br

Resumo

INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia séptica é um achado relacionado ao quadro clínico de pacientes sépticos,


os quais, devido a uma resposta imune desregulada a uma infecção, podem ser acometidos por lesões
persistentes de órgãos e à mortalidade a longo prazo. Devido a sua recorrência no cenário médico, a
relevância científica no que se refere ao prognóstico de pacientes com essa patologia é importante, uma vez
que esse estado orgânico crítico é frequentemente letal, pois apresentam-se como síndromes clínicas
caracterizadas por disfunção de múltiplos órgãos por uma inflamação desregular ocasionada em resposta a
uma infecção. OBJETIVO: Realçar a importância da ecocardiografia como ferramenta auxiliar para o
prognóstico de pacientes com disfunção miocárdica induzida por sepse. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa realizada nas duas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed,
executada até o dia 18 de novembro de 2022, com os descritores “Ventricular Dysfunction, Right”,
“Echocardiography” e “Shock, Septic” para os trabalhos publicados nos últimos 5 anos, em português, inglês
e espanhol. Foram encontrados 73 resultados, sendo selecionados 10 trabalhos conforme critérios
metodológicos. RESULTADOS: Dessa forma, parâmetros importantes como fração de ejeção e índice de
desempenho miocárdico são essenciais para a definição do prognóstico e tratamento de pacientes nesse
quadro clínico, o que ressalta a importância da ecocardiografia nesse cenário supracitado, uma vez que é por
meio dele que esses dados são obtidos. Outrossim, a disfunção cardiovascular, quando associada à sepse,
pode se manifestar fisiopatologicamente como lesões miocárdicas, arritmias atriais e cardiomiopatia séptica.
CONCLUSÃO: Portato, diversos são os fatores que podem ocasionar uma disfunção ventricular direita, a
exemplo de depressão miocárdica, aumento da pós-carga do ventrículo direito por hipoxemia, hipercapnia e
aplicação de ventilação mecânica na insuficiência respiratória aguda. Sendo assim, esse estudo manifesta a
temática pela relevância científica analisada pela gravidade do cenário clínico, bem como pelos impactos
dessa patologia na mortalidade de pacientes com sepse e choque séptico.

Palavras-chave: Cardiologia; Clínica Médica; Exames Médicos. Eixo

Temática: Temas Livres.


Modalidade: Apresentação oral.

1 INTRODUÇÃO

427
A cardiomiopatia séptica, caracterizada pela redução da contratilidade ventricular pela dilação
da câmar cardíaca, é um achado relacionado ao quadro clínico de pacientes sépticos, os quais, devido a
uma resposta imune desregulada a uma infecção, podem ser acometidos por lesões persistentes de órgãos
e à mortalidade a longo prazo, numa taxa alta de até 30% em países desenvolvidos ou em
desenvolvimento. Isso acarreta repercussões na tomada de decisão clínica, bem como na utilização de
exames para a análise do prognóstico do atendimento, uma vez que a gravidade da disfunção orgânica
apresenta-se de forma preocupante. Sendo assim, a ecocardiografia, exame de ultrassom cardiovascular
que avalia a anatomia e funcionalidade do músculo cardíaco, é utilizada em pacientes sépticos como
parte da rotina, a fim de avaliá-los e possibilitar um tratamento adequado para o caso.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas duas bases de dados: Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS) e PubMed. Executada até o dia 18 de novembro de 2022, a pesquisa utilizou a combinação
dos seguintes descritores para sua realização “Ventricular Dysfunction, Right”, “Echocardiography” e
“Shock, Septic” para os trabalhos publicados nos últimos 5 anos, em português, inglês e espanhol, com
a utilização do operador booleano AND para a formulação das estratégias de busca. Foram encontrados
73 resultados com a análise das duas plataformas de dados, e, após leitura do título e posterior avriguação
dos resumos, restaram 40 para leitura do texto completo. Entre os critérios de inclusão empregados como
filtro dos artigos, foram selecionados os trabalhos que relacionaram o uso da ecocardiografia como
ferramenta auxiliar para a avaliação de casos de pacientes sépticos, bem como os que tratavam da
patologia cardiovascular no que se refere a epidemiologia, etiologia e tratamento. Além disso, foram
excluídos os artigos, conforme critérios metodológicos, que não focavam na disfunção miocárdica
induzida por sepse, e também os trabalhos que não correlacionavam a patologia com o exame
ecocardiográfico. Após isso, foram selecionados 10 artigos para a realização dessa revisão, bem como
utilizado um livro especializado na área de Cardiologia para embasamento teórico.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A sepse, definida como uma disfunção orgânica que possui um alto potencial de fatalidade, ocorre
como uma resposta imune desregulada devido a um quadro infeccioso e, por afetar diversos órgãos,tem alto
índice de mortalidade e de morbidade, principalmente em ambientes como de unidade de terapia intensiva
(UTI). Quando esse estado permanece num alto grau de inflamação, o que pode levar a lesão permanente
no organismo. Entre suas afecções, pode-se citar a disfunção cardíaca induzida por sepse, também
conhecida como cardiomiopatia séptica, que é observada em 20% a 65% dos pacientes em quadroséptico,
manifestada como disfunção sistólica ou diastólica, ventricular esquerda ou direita, ou isolada ou
combinada. A epidemiologia da doença possui variabilidade, considerando uma taxa de prevalência que
varia de 10% a 70%, com alguns fatores de risco, como sexo masculino, idade, altos níveis de lactato na
admissão e alteração no desempenho cardíaco pré-existente. Por ser um aparecimento comum em quadros
sépticos, há a necessidade de observar as repercussões fisiopatológicas e as medidas do atendimento
clínico perante os achados do desempenho cardíaco.
Pela importância desse cenário, faz-se necessário o uso de uma ferramenta que auxilie na
compreensão e diagnóstico dessa patologia, sendo a mais utilizada a ecocardiografia, representada pelo
exame ultrassonográfico que avalia condições como pré-carga e pós-carga, de modo a definir possíveis

428
perturbações hemodinâmicas que afetam o desempenho miocárdico. Anormalidades celulares também são
encontradas na disfunção miocárdica, apesar de ser incerto até que ponto o grau de disfunção miocárdica
afeta o quadro de falência sistêmica de órgãos. Apesar da importância dos parâmetros ecocardiográficos
para avaliação do quadro clínico do paciente, a função desse órgão na cardiomiopatia séptica deve ser
avaliada ao longo do tempo, considerando o contexto hemodinâmico, o qual apresenta considerável
complexidade, reunido a dados laboratoriais. Sendo assim, para identificar e estratificar a cardiomiopatia
séptica, utiliza-se parâmetros combinados, como os clínicos, bioquímicos e hemodinâmicos.
Considerada a abordagem de primeira linha para a avaliação global de pacientes com choque
séptico, a ecocardiografia com doppler possui algumas limitações, uma vez que depende das condições
de carga para a observação de ressuscitação hídrica e vazamento vascular, representadas pela pré-carga,
e vasoplegia e resposta a drogas vasoativas, nesse caso, a pós-carga. Dessa forma, algumas medidas, a
exemplo da fração de ejeção do ventrículo esquerdo, identificada pela ecocardiografia, não possui valor
preditivo para prognóstico dos pacientes sépticos, mas a velocidade do anel tricúspide sistólico miocárdico
do ventrículo direito possui um valor importante para esse prognóstico. Outras medidas, como índice de
desempenho miocárdico e alteração de área fracional do ventrículo direito são importantes para a
observação da funcionalidade cardíaca.
Além disso, estudos afirmam que alterações observadas no ecocardiograma são essenciais para
a mudança no manejo do paciente através de achados importantes, a exemplo do contexto hemodinâmico
e na administração de fluidos. Anornalidades cardíacas inesperadas são encontradas no ecocardiograma
numa frequência de 36% em uma população de UTI não selecionada demonstrada em um estudo, o que
evidencia a necessidade do exame como parte rotineira do manejo da sepse, pelo fato de achados críticos
serem relevantes para os cuidados. A Sociedade Americana de Ecocardiografia define como achados
críticos o tamponamento cardíaco, nova fração de ejeção do ventrículo esquerdo, nova disfunção sistólica
ventricular diretia grave, evidência de dissecção aórtica, novas massas ou trombos cardíacos ou nova
disfunção valvular grave.
Entretanto, apesar da importância do exame para o manejo hemodinâmico no quadro do paciente
séptico, os achados críticos imprevistos no ecocardiograma de rotina são incomuns, o que reduz sua
relevância potencial para os diagnósticos cardíacos tradicionais. Nos pacientes em choque séptico,
também notou-se que a disfunção do ventrículo direito, apesar de menos comum que a disfunção diástolica
do ventrículo esquerdo, foi associada a mortalidade em curto prazo, com desfecho em cerca de 28 dias.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sendo assim, é possível concluir que a ecocardiografia, enquanto exame complentar para a
avaliação do prognóstico dos quadros de sepse, estado frequentemente letal, possui importância no que se
refere ao manejo hemodinâmico e como exame de rotina em pacientes sépticos, o que pode auxiliar na
avaliação do prognóstico, porém são pouco efetivos para a detecção de achados críticos imprevistos, uma
vez que são incomuns para esses diagnósticos. Além disso, medidas como a fração de ejeção do ventrículo
esquerdo não possui valor preditivo para o prognóstico de 28 dias nesses pacientes, porém a velocidade do
anel tricúspide sistólico miocárdico do ventrículo direito é um preditor importante para essa estimativa.
Ainda, apesar da forma comum da disfunção miocárdica ser associada à disfunção ventricular esquerda,
possui uma maior mortalidade quando relacionada à disfunção do ventrículo direito, a curto e a longo prazo,
com aumento de três vezes em 28 dias entre os pacientes sépticos, embora possua uma relação ainda pouco
compreendida e sua aparição independa da disfunção sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo. Por fim,
a alteração do manejo do paciente séptico diante desse achado crítico é importante, entretanto ainda não é
claro, o que não fornece inferências úteis acerca do prognóstico do paciente com essa patologia. Estudos
preventivos e mecanísticos são necessários para a melhoria dos resultados clínicos dessa população.

REFERÊNCIAS

429
BEESLEY, S. J. et al. Unanticipated critical findings on echocardiography in septic patients. The
Ultrasound Journal, v. 12, n. 1, 2 abr. 2020.

CARBONE, F. et al. Septic Cardiomyopathy: From Pathophysiology to the Clinical Setting. Cells, v. 11,
n. 18, p. 2833, 11 set. 2022.

FALCÃO, C. A. Cardiologia : diagnostico e tratamento. Rio de Janeiro: Med Book, 2017. 672 p.

HIRAIWA, H. et al. Clinical impact of visually assessed right ventricular dysfunction in patients with
septic shock. Scientific Reports, v. 11, n. 1, p. 18823, 22 set. 2021.

INNOCENTI, F. et al. Epidemiology of right ventricular systolic dysfunction in patients with sepsis and
septic shock in the emergency department. Internal and Emergency Medicine, v. 15, n. 7, p. 1281–1289,
1 out. 2020.

KIM, J. et al. Association between right ventricle dysfunction and poor outcome in patients with septic
shock. Heart, v. 106, n. 21, p. 1665–1671, 8 jul. 2020.

LANSPA, M. J. et al. Right Ventricular Dysfunction in Early Sepsis and Septic Shock. Chest, v. 159, n.
3, p. 1055–1063, mar. 2021.

LU, N. et al. Study on the relationship between ventricular function parameters obtained by
echocardiography and prognosis of patients with sepsis. Zhonghua Wei Zhong Bing Ji Jiu Yi Xue, v.
34, n. 7, p. 740–745, 1 jul. 2022.

VALLABHAJOSYULA, S. et al. Basic and advanced echocardiographic evaluation of myocardial


dysfunction in sepsis and septic shock. Anaesthesia and Intensive Care, v. 46, n. 1, p. 13–24, 1 jan.
2018.

VALLABHAJOSYULA, S. et al. Impact of Right Ventricular Dysfunction on Short-term and Long-term


Mortality in Sepsis: A Meta-analysis of 1,373 Patients. Chest, v. 159, n. 6, p. 2254–2263, 1 jun. 2021.

VIEILLARD-BARON, A. et al. Right ventricular failure in septic shock: characterization, incidence and
impact on fluid responsiveness. Critical Care, v. 24, n. 1, 1 nov. 2020.

430
AGRANULOCITOSE RELACIONADA AO USO DE DIPIRONA

¹Raquel Pereira da Cruz Silva


²Juciele da Conceição Pereira
³Jhenniffer Roberta Jorge Lucena
⁴Graziane da Silva Portela Pinto
7Rebeca Ferreira Nery
⁶Edilene dos Santos Celestino
⁷Karina de Souza Silva
⁸Isabela Fernanda Ferreira da Silva
1Faculdade Adventista da Bahia (FADBA). Cachoeira, Bahia, Brasil; 2Faculdade Adventista da
Bahia (FADBA). Cachoeira, Bahia, Brasil; 3Faculdade Anhanguera
Guarulhos, Guarulhos, São Paulo, Brasil; 4Universidade Federal do Pará
(UFPA). Belém, Pará, Brasil; 5Faculdade São Francisco da Paraíba
(FASP). Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 6Centro Universitário Ruy Barbosa
(UniRuy), Salvador, Bahia, Brasil; 7Centro Universitário Brasileiro
(UNIBRAS), Recife, Pernambuco, Brasil; 8Universidade Paulista (UNIP).
Distrito Federal, Brasília, Brasil.
Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: raquelcruzsilvs@gmail.com
INTRODUÇÃO: A dipirona começou a ser comercializada no Brasil em 1922, com o nome de Novalgina,
tornou-se mundialmente crescente até a década de 70, a partir daí foram relatados graves casos de
agranulocitose. A agranulocitose é uma doença rara, aguda do sangue, caracterizada pela redução (abaixo
de 500 células por milímetro cúbico de sangue) ou ausência de leucócitos granulosos (neutrófilos, basófilos
e eosinófilos). A letalidade é de aproximadamente 10%. Dentre as manifestações clínicas, as mais comuns
são infecções como tonsilite, faringite, estomatite e pneumonia. OBJETIVO: Analisar acerca da
agranulocitose relacionada ao uso do dipirona. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura do
tipo narrativa realizada em fevereiro de 2023, através das bases de dados: Literatura Latino-Americana e
do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
(MEDLINE) por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Agranulocitose, Dipirona e
Automedicação, pesquisados de forma isolada e combinada utilizando o booleano “and”. Os critérios de
inclusão foram: artigos disponíveis e gratuitos na íntegra. Os critérios de exclusão foram: artigos que não
respondiam ao objetivo do estudo, os duplicados nas bases de dados e não houve delimitação de idioma.
Após a exclusão de artigos repetidos e que não correspondiam ao objetivo do estudo, foi feita a seleção
final de 7 trabalhos. RESULTADOS: Com a análise dos artigos, existem duas classes gerais de
agranulocitose induzidas por medicamentos à primeira classe pode-se caracterizar pela ocorrência de queda
súbita do número de granulócitos, inclui o uso do medicamento, com alguma atividade metabólica do
organismo fundamental para a produção de neutrófilos na medula óssea. Desta forma, o efeito supressor
medular da dipirona na formação de glóbulos brancos foi descrito pela primeira vez em 1934, o qual
impulsionou novas pesquisas e na análise dos resultados geral evidenciou que de fato a reação de
agranulocitose é consideravelmente rara, mas está ligada ao uso crônica do dipirona, apresentando uma
incidência de 3,4 novos casos por milhões de habitantes por ano. Salientando que a agranulocitose não é
uma reação adversa exclusiva da dipirona, pois existe um grande número de substâncias capazes de
provocar essa discrasia sanguínea. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em síntese, após a avaliação dos artigos
pesquisados e com informações de interesse público, pode-se afirmar que a dipirona é um dos fármacos
mais utilizados no país e frequentemente relacionado aos casos de agranulocitose. Ainda assim, são
necessários mais estudos relacionados à temática devido às lacunas existentes na literatura, contudo este

431
estudo pretende impulsionar a construção e efetivação de novas pesquisas.
Palavras-chave: Dipirona1, Agranulocitose3, Reação Adversa4.
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Painel internacional de avaliação da
segurança da dipirona [relatório]. Brasília, 2001. Disponível em:
http://www.pharmanet.com.br/pdf/relatoriodipirona2.pdf. Acessado em 21/09/2020.
ARELLANO, F.; SACRISTAN, J. A. Metamizole: reassessment of its therapeutic role. Eur J Clin
Pharmacol v. 38, p. 617-619, 1990.
ARNEBORN, P.; PALMBLAD, J. Drug-induced neutropenia in the Stockholm region 1973-1975:
frequency and causes. Acta Med Scand n. 204, p. 83-86, 1979FREITAS, I.V
Judicialização da saúde: uma revisão sistemática. Braz J Hea Rev v. 3, n. 4, p. 6244-6251, 2020.

432
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE LUPUS ERITEMATOSO
SISTÊMICO: REVISÃO INTEGRATIVA

¹ Vitória Araújo de Sousa Macêdo,2Francisco Barbosa,3Midian Pereira dos Santos,4Jadson Nilo Pereira
Santos
1
universidade Federal do Piauí,² Universidade Federal do Piauí,3Universidade Federal do
Piauí,4Universidade Federal de Sergipe

Eixo temático: Assistência de Enfermagem


Modalidade: Apresentação em Pôster
E-mail do 1° autor: Vitoriaaraujo1034567@gmail.com
INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, de causa
desconhecida e de natureza autoimune, sistêmica, que se caracteriza por acometer múltiplos órgãos e
apresentar alterações da resposta imunológica, caracterizada pela presença de auto anticorpos dirigidos
contra a proteínas do próprio organismo. O desenvolvimento da doença está ligado à predisposição genética
e aos fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos e uma doença pouco frequente, que
acomete principalmente mulheres jovens, embora possa ocorrer em qualquer idade, e mais frequente em os
20 a 45 anos, com maior incidência próximo aos 30 anos. OBJETIVO: Avaliar a assistência de
enfermagem ao paciente com LES. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa norteada
primeiramente pela seguinte questão: Qual a assistência de enfermagem ao paciente com Lúpus
Eritematoso? Foi realizado o levantamento do corpus literário nas seguintes bases de dados: LILACS e
SciELO, utilizando os seguintes descritores: Lúpus Eritematoso, Cuidados de enfermagem, Papel do
profissional de enfermagem. Foram realizadas associações usando o operador booleano and, aplicada da
seguinte forma: “Lúpus Eritematoso” and “Assistência de enfermagem” and “Papel do profissional de
enfermagem”. Para selecionar a amostra, adotaram-se os seguintes critérios: incluídas publicações que
estivessem disponibilizadas na íntegra, no idioma português e inglês, publicadas no período de 2018 a 2022,
e excluídas as temáticas não relevantes ao alcance do objetivo da revisão e repetição na mesma base ou em
mais de uma base de dados, contemplando 13 artigos. RESULTADOS: Entre os principais cuidados de
enfermagem ofertados para o paciente com lúpus eritematoso estar: promover ambiente calmo para sono e
repouso; controlar rigorosamente o balanço hídrico; verificar peso diariamente em jejum; avaliar estado
geral e nutricional; manter níveis pressóricos adequados; avaliar acessos venosos e cuidados com a pele em
geral. Ressaltando que o autocuidado ao paciente portador de LES é um ponto fundamental na assistência,
promovendo uma independência ao indivíduo no momento de lidar com as alterações relacionadas ao
distúrbio, ao regime terapêutico, as reações adversas medicamentosas e segurança a nível domiciliar.
CONCLUSÃO: A Enfermagem tem um papel importante nos cuidados a pacientes acometidos com a
doença, principalmente através dos seguintes cuidados: monitoramento dos sinais vitais, aplicação de
medicamentos, promoção da segurança do paciente, procedimentos básicos e prevenção de lesões por
pressão, baseando em cuidados com evidencia cientifica.
Palavras-chave: Lúpus Eritematoso, Assistência de Enfermagem, Papel do profissional de
enfermagem.
REFERÊNCIAS:
ALVES, V. L. P. et. al. Significado do Adoecer para pacientes com Lúpus Eritematoso Sistémico: uma
revisão a literatura. Revista Brasileira de Reumatologia.2020. 55 (6) 522-527p.
CARNEIRO, Sueli Coelho da Silva; et al. Doenças Autoimunes de interesse Dermatológico.
Dermatologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, cap. 32, p. 517-526
ROBAZZI MLCC, CARVALHO EC, MENDES MMR, VEIGA EV. Diagnósticos de enfermagem:
atribuição feita por graduandos de enfermagem a pacientes internados com alterações neurológicas. Rev
Latino-am Enfermagem 2021.p.32-48.

433
IYER PW, TAPTICH BJ, BERNOCHI-LOSEY D. Processo e Diagnóstico em Enfermagem. Porto Alegre
(RS): Artes Médicas; 2021.

434
FERRAMENTA PEDAGÓGICA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM ÉTICA
MÉDICA EM UNIVERSIDADE FEDERAL DO LESTE MINEIRO

1
Isabela Fernandes Coelho Cunha
1
Amanda Teixeira Silva
1
Larissa Bouquard de Oliveira
1
Larissa Amaral Rody
1
Nícolas Emanuel Oliveira Reis
2
Paulo Roberto Rodrigues Bicalho
1Universidade Federal de Juiz de Fora. Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil; 2Departamento de
Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora. Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1o autor: isabelafernandes2@hotmail.com
INTRODUÇÃO: A vivência de conteúdos que discutam a questão ética é crucial na formação em saúde,
principalmente considerando a perspectiva da humanização no cuidado. Contudo, estudos recentes
mencionam que ações de ensino-aprendizagem em ética são apontadas pelo estudantes como tímidas,
inefetivas e insatisfatórias. Autores indicam como dificuldades a dissociação do ensino de ética em relação
à prática e a insuficiência do espaço destinado ao tema na grade curricular, evidenciando a necessidade de
uma abordagem transversal e multidisciplinar, que estimule a participação e o interesse dos alunos.
OBJETIVO: Relatar a experiência da implantação de componente curricular de caráter interdisciplinar
voltado para a formação em ética médica no curso de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora
campus Governador Valadares - UFJF-GV. METODOLOGIA: A implantação da disciplina de Temas
Integradores em Ética Médica (TIEM), no quinto período da graduação, foi consolidada com o Plano
Pedagógico do Curso (PPC) de Medicina de 2016, da UFJF-GV. Tal disciplina emprega metodologias
ativas no processo de ensino-aprendizagem, baseando-se na apresentação de situações-problema e no
trabalho em equipe. É válido destacar seu caráter interdisciplinar, pois envolve professores dos cursos de
Medicina e Direito, além de advogados e médicos que atuam em instâncias relativas à ética médica no
município. A disciplina efetiva-se pela discussão de um caso real de conflito ético envolvendo um
profissional médico. Inicialmente, os discentes discutem o caso em grupos de cerca de 10 pessoas, adotando
a ênfase em uma das instâncias que envolvem os processos jurídicos: direito administrativo, civil e penal.
Em uma segunda etapa, os estudantes realizam entrevistas com professores do curso de Direito, com
médicos conselheiros do Conselho Regional de Medicina e do sindicato dos médicos, com o intuito de
expor o caso ao convidado e compartilhar conhecimentos sobre o tema. No terceiro momento, acontece um
encontro de toda a turma com os professores coordenadores da disciplina, para apresentação das conclusões
de cada grupo. RESULTADOS: As discussões e leituras acerca dos dilemas éticos suscitam reflexões sobre
o cuidado, o qual exige conhecimentos para além da doença e das características do paciente. O agir ético
na saúde valoriza a individualidade do ser, reconhecendo os limites de cada abordagem na compreensão
dos processos de saúde-doença. Ademais, a promoção de uma educação médica com foco na
interdisciplinaridade permite que os discentes tenham melhor preparo e engajamento em experiências que
aproximem diferentes vivências, saberes e práticas. É válido ressaltar que, mesmo com a suspensão das
aulas presenciais no contexto da COVID-19, em 2020, a condução da disciplina não foi prejudicada. As
reuniões para apresentação dos conceitos da ética médica, a discussão dos casos e as entrevistas com os
profissionais foram realizadas de forma eficaz. CONCLUSÃO: A disciplina TIEM ocorreu de forma exitosa
em ambiente virtual, possibilitando o aprendizado de conceitos da ética médica, com discussões
aprofundadas, e com a participação de profissionais atuantes no Direito e na Medicina. Indubitavelmente,
a implantação de tal componente curricular foi positiva e agregou muito à formação dos acadêmicos de
Medicina da UFJF-GV.

435
Palavras-chave: Ética médica, Escola de medicina, Aprendizagem ativa.

REFERÊNCIAS:

FAWZI, MM. Medical ethics educational improvement, is it needed or not?! Survey for the assessment of
the needed form, methods and topics of medical ethics teaching course amongst the final years medical
students Faculty of Medicine Ain Shams University (ASU), Cairo, Egypt 2010. J Forensic Leg Med. 2011
Jul;18(5):204-7. doi: 10.1016/j.jflm.2011.02.012. Disponível em:
<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21663867/>. Acesso em 22 abr. 2021.
MENEZES, Márcia Mendes et al. Percepções sobre o ensino de ética na medicina: estudo qualitativo. Rev.
Bioét., Brasília, v. 27, n. 2, p. 341-349, junho 2019. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-
80422019000200341&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 22 abr. 2021.

FARIA, Lina et al. Integração ensino-serviço-comunidade nos cenários de práticas na formação


interdisciplinar em Saúde: uma experiência do programa de educação pelo trabalho para a saúde (pet-saúde)
no sul da Bahia, Brasil. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 22, n. 67, p. 1257-1266, dez. 2018.
FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622017.0226. Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/icse/a/5HN6jk6j7TWRTJ3ZRHzptdJ/abstract/?lang=pt>. Acesso em 23 abr. 2021.

GRACAS, Victor Bruno Andrade das et al. Conhecimento sobre ética médica e resolução de conflitos na
graduação. Rev. Bioét., Brasília, v. 27, n. 4, p. 643-660, Dec. 2019. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198>. Acesso em 29 jun. 2021.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA. Projeto pedagógico do curso de graduação em


medicina. Governador Valadares, 2016. Disponível em:
<https://www.ufjf.br/medicinagv/files/2018/01/PPCMedicinaCorrigidoParecer.pdf>. Acesso em 29 jun.
2021.

436
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM
EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS EM ENFERMEIROS NO
BRASIL

¹Felipe Gonçalves Rocha Santana


¹Michelle Kristine Bispo dos Santos
¹Joice Brito Moreira
²Simone de Fátima Lima Bispo dos Santos

1Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) Jequié, Bahia, Brasil;


2Universidade do Estado da Bahia (UNEB) Alagoinhas, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: felipesanttana27@gmail.com

RESUMO
Os acidentes de trabalho com exposição a materiais biológicos atingem, de maneira potencial, os
profissionais de saúde, em magnitude os enfermeiros, os quais estão expostos cotidianamente, a risco
variados, como contaminação por fluidos, secreções e exposição a patógenos. Este estudo descreve o perfil
epidemiológico dos acidentes de trabalhos com exposição a materiais biológicos em enfermeiros no Brasil,
durante o período de 2011 a 2021, a partir de dados secundários provenientes do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN) disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de saúde
(DATASUS). Para a caracterização do perfil epidemiológico, os achados foram distribuídos segundo as
variáveis: ano de notificação, sexo, faixa etária e evolução do caso. Foi observado um maior índice de
notificações predominantemente na população jovem, feminina e com alta por fonte sorológica negativa.
No geral, o número de notificações para o período analisado mostrou um acréscimo de 6,86% dos casos,
aumentando-se gradativamente. Esses achados se delineiam para a reprodução de tendências e padrões
encontrados nacionalmente, nos atentando para o crescente número de notificações para o agravo em
questão, carecendo assim, o fortalecimento das medidas de biossegurança, como as precauções-padrão, a
fim de reduzir o número de notificações dos acidentes de trabalho com exposição a materiais biológicos.
Palavras-chave: Acidente de trabalho; Material biológico; Enfermagem.
Eixo Temático: Enfermagem

Modalidade: Apresentação oral

1 INTRODUÇÃO

Os acidentes de trabalho (AT) são definidos, conforme o Ministério da Previdência e

437
Assistência Social, como eventos bem configurados no tempo e no espaço que ocorrem no exercício
profissional ou no trajeto a serviço do ambiente de trabalho, que ocasionam malefícios à saúde do
trabalhador, como lesões cutâneas, subcutâneas e a cessação ou diminuição da capacidade de exercer sua
profissão.
Corroborando a isso, os riscos inerentes aos materiais biológicos representam a possibilidade de o
profissional ter contato com sangue, fluidos orgânicos e a exposição de patógenos, sendo o principal meio
de infecção as regiões percutâneas ou através do contato com as membranas mucosas. Paralelo a isso, dentre
os fluidos corporais, tem-se relatado o sangue como o veículo ocupacional mais prevalente de contaminação
e transmissão, principalmente dos vírus das hepatites B e C, como também do HIV.
Além disso, sabe-se que a notificação dos casos de acidentes de trabalho são fundamentais para
que possa adentrar-se em medidas preventivas em prol à saúde do trabalhador. No entanto, percebe-se que
ainda persiste um aumento exacerbado de subnotificação do agravo, devido à falta de informações como
também o medo do profissional de ser alvo de críticas ou até mesmo ser demitido do seu ambiente de
trabalho. Ademais, os profissionais não estão diretamente conscientes dos danos à saúde e das doenças que
o agravo pode trazer, resultando, assim, na não notificação.
Nesse panorama, os enfermeiros estão constantemente, de forma potencial, expostos a sofrer riscos
enquanto exercem suas atividades laborais, posto que o ambiente hospitalar é um meio propício a acidentes,
sejam eles por agentes biológicos ou resultante da organização do processo de trabalho. Dessa maneira, os
enfermeiros necessitam de contato regrado com os seus pacientes em diversos cenários da assistência, por
isso, tem-se um risco elevado de se expor a materiais biológicos.
Diante desse cenário, o presente estudo objetivou-se descrever o perfil epidemiológico dos
acidentes de trabalho com exposição a material biológico em enfermeiros no Brasil, no período de 2011 a
2021.

2 METODOLOGIA

Foi conduzido um estudo exploratório, do tipo ecológico, que teve como aporte metodológico os
dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo
Ministério da Saúde por meio do Departamento de Informação do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
O SINAN abrange uma lista de agravos e doenças de notificação compulsória, no qual através de uma ficha
padronizada são registrados dados de identificação do indivíduo, bem como exames laboratoriais, sintomas
e a necessidade de hospitalização do mesmo.
A população estudada foi organizada por todos os casos notificados e registrados dos acidentes de
trabalho com materiais biológicos em enfermeiros residentes no Brasil, durante o período compreendido
entre 2011 a 2021, apresentando a distribuição desses casos conforme as variáveis: ano de notificação, sexo
(masculino e feminino), faixa etária (20 – 34; 35 – 49; 50 – 64: 65 – 79) e evolução do caso. Com base
nisso, vale destacar que para os casos prováveis, que correspondem aos sem nenhuma identificação
epidemiológica ou afirmação laboratorial, mas que são clinicamente compatíveis, foram inseridas todas as
notificações, exceto os casos descartados. O estudo utilizou dados de domínio público, sendo descartada a
submissão ao comitê de ética e pesquisa.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nas instituições hospitalares, os profissionais de enfermagem atuam prestando os seus serviços


diariamente sem interrupções, possibilitando a continuidade da prática assistencial, o que
consequentemente, resulta na vivência mais direta com o paciente na maior parte da sua jornada
profissional. Nessa perspectiva, observa-se que na maioria das vezes esses profissionais estão expostos a
um elevado risco de contaminação devido a sua ocupação profissional, principalmente no que tange à
exposição aos agentes de caráter biológico. Dessa forma, a literatura científica lista 22 possíveis doenças a
serem adquiridas durante as interações entre o profissional de saúde e o seu paciente, destacando-se os
patógenos que podem ser transmitidos através do sangue como o principal causador de danos à saúde do

438
profissional de saúde, a exemplo do vírus da hepatite B (HBV) e C (HCV) e o vírus causador da
imunodeficiência humana (HIV).
Diante do exposto, registraram-se, no período de 2011 a 2021, 51.497 casos de acidentes de
trabalho com exposição a material biológico em enfermeiros no Brasil. Nessa faixa temporal, observa-se
que, considerando-se o total de casos notificados, houve um período crescente de 6,86% das notificações
para o agravo em questão, sendo a maior concentração se dando no ano de 2021, com 12,4% (n=6.414).
Percebe-se que, além disso, dentre a faixa temporal estudada, o menor número de notificações se deu em
2011 com 5,58% (n=2.871).
Em relação à variável sexo, percebe-se, dentre os 51.497 casos de acidentes de trabalho com
exposição a material biológico em enfermeiros no Brasil, a maior taxa de notificações se fez presente na
população feminina, correspondendo a 87,1% (n= 44.857) dos casos prováveis, em comparação com a
população masculina que se obteve 12,8% (n= 6.632) dos casos. Nessa faixa temporal, apenas 8 (0,01%)
não detalharam o sexo dos indivíduos notificados. Diante o exposto, observa-se que há uma predominância
feminina no número de notificações para o agravo em questão. Isso se deve ao processo histórico da
enfermagem ser exercida majoritariamente por mulheres, pois em diversas culturas o cuidado é considerado
uma função da população feminina.

Além disso, a faixa etária no qual houve o maior índice de notificações foi a de 20 a 34 anos de
idade, com um total de 65,1% (n=33.524) dos casos, seguido pela faixa etária de 35 a 49 anos que obteve
30,2% (n=15.570) das notificações. Em outro panorama, a faixa etária que apresentou o menor número de
notificações foi a de 65 a 79 anos, correspondendo a 0,18% (n=93) dos casos. Diante disso, com base nos
resultados encontrados, o número significativo de casos de acidentes de trabalho com material biológico
está interligado a negligência do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), que está relacionado
a sobrecarga de trabalho, principalmente nas atividades laborais do enfermeiro, que provoca a escassez de
tempo e desmotivação. Ademais, a falta de uma educação permanente e continuada a esses profissionais
acarreta no descuido com os EPI’s devido a carência de capacitação na área da biossegurança.
Ademais, no que tange a evolução dos casos, 36,7% (n=18.905) tiveram alta com fonte sorológica
negativa. Com isso, percebe-se que os profissionais adotaram medidas compatíveis com os acidentes
sofridos, com cuidados primários até o processo de notificação e acompanhamento sorológico. Nessa faixa
temporal, prevaleceram-se, também, os ignorados ou brancos, com 33,3% (n=17.160) das notificações.
Esses achados mostram que os profissionais costumam menosprezar esse tipo de acidente. No entanto, os
materiais biológicos podem, com o passar do tempo, causar danos à saúde, levando a mortes no ambiente
hospitalar. Além disso, dos 51.497 casos notificados, apenas 8 (0,015%) profissionais foram a óbito pelo
agravo em questão.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considera-se, portanto, que na faixa temporal estudada, houve um acréscimo do número de


notificações para acidentes de trabalho com exposição a materiais biológicos envolvendo enfermeiros no
Brasil. Da mesma forma, observou-se que a maior concentração dos casos se deu na população feminina e
na faixa etária de 20 a 34 anos. Desse modo, tendo em vista o aumento do número de notificações para o
agravo em questão, torna-se necessário o fortalecimento dos princípios da biossegurança, como capacitação
e treinamento dos profissionais sobre as medidas de precauções-padrão, a fim de reduzir os riscos inerentes
à contaminação por fluídos, secreções e a exposição a patógenos.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, E. C et al. Análise epidemiológica de acidentes de trabalho com exposição a material biológico
entre profissionais de enfermagem. Sanare, v. 14, n. 1, p. 27-32, 2015.

CARVALHO, D. C et al. Acidentes de trabalho com material biológico na equipe de enfermagem de um

439
hospital do Centro-Oeste brasileiro. Esc Anna Nery, v. 22, n. 1, 2018.

ARAÚJO, T. M et al. Acidentes de trabalho com exposição a material biológico entre os profissionais de
Enfermagem. Revista de Enfermagem Referência, v. 3, n. 7, p. 7-14, 2012.

440
GRAU DE CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS A RESPEITO
DAS MANIFESTAÇÕES ORAIS DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES

¹Victória Vieira de Carvalho

²Carlos Alberto Monteiro Falcão

1 Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Parnaíba, Piauí, Brasil; 2 Universidade Estadual do Piauí
(UESPI). Parnaíba, Piauí, Brasil;

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1° autor: vickidecarvalho@gmail.com

INTRODUÇÃO: Os transtornos alimentares são distúrbios de ordem comportamental resultados de uma


obsessão pelo peso corporal e uma distorção de imagem, seguida por uma busca constante pela magreza
e medo mórbido de engordar. Por apresentarem danos sistêmicos e diversas alterações bucais marcantes
sobre o indivíduo, podem ser diagnosticados previamente pelo cirurgião-dentista, de modo a possibilitar
o manejo e direcionamento apropriado, visando proporcionar a saúde bucal e geral desses pacientes. Para
isso, o profissional deve estar capacitado para identificar estas lesões e diferenciá-las de outras
patologias. Assim, considerando-se a crescente incidência desses transtornos, urge-se o melhor
conhecimento de suas manifestações clínicas, bem como de desordens relacionadas para que o
diagnóstico possa ser realizado mais precocemente, contendo, dessa forma, a evolução dessas doenças.
OBJETIVO: avaliar o grau de conhecimento e alertar os cirurgiões-dentistas sobre seu papel-chave na
prevenção das consequências orais dos transtornos alimentares. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo transversal, descritivo e analítico. A pesquisa foi realizada através da aplicação de um questionário
com perguntas mensuráveis aos 219 cirurgiões-dentistas da cidade de Parnaíba-Piauí, regularmente
cadastrados no Conselho Regional de Odontologia do Piauí, enviado por meio do aplicativoWhatsApp por
meio da base de dados do CRO-PI, com uma amostra de 30% do total de dentistas. RESULTADOS:
Como resultados, 47,3% dos profissionais afirmam ter tido o tema abordado na graduação de forma
superficial, 54,8% relatam não terem estudado o tema durante a pós-graduação, 57,2% já tiveram contato
com pacientes portadores de transtornos alimentares e 47,3% afirmam ter adotado a conduta de tratar as
repercussões orais causadas pelos distúrbios. Segundos os cirurgiões- dentistas, as principais alterações
relatadas foram: erosão dentária, hipersensibilidade dentinária, halitose e alterações na mucosa.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, conclui-se que, muitas vezes tendo o papel de
serem os primeiros profissionais da saúde a fazer o diagnostico destes distúrbios, os cirurgiões-dentistas
ainda necessitam de um maior grau de conhecimento em relação aos transtornos alimentares e suas
manifestações orais, de forma a estarem aptos a realizar um correto diagnóstico e ter sucesso no
tratamento odontológico dos pacientes portadores de distúrbios alimentares.

Palavras-chave: Anorexia nervosa, Bulimia nervosa, Saúde oral, Cirurgião-dentista, Transtorno

alimentar.

REFERÊNCIAS:

AMORAS, D. R. et al. Caracterização dos transtornos alimentares e suas implicações na cavidade bucal.

441
Revista de Odontologia UNESP. Araraquara, p. 241-245, jul./ago. 2010.
MARTINS, I. et al. TRANSTORNOS ALIMENTARES E MANIFESTAÇÕES ORAIS EM
ADOLESCENTES. Revista Ciência Plural, v. 5, n. 3, p. 1–20, 2019. Disponível em:
<https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/19204#:~:text=As%20principais%20manifesta%C3%A7%C
3%B5es%20encontradas%20foram,angular%20(11%2C1%25).>. Acesso em: 1 Mar. 2022.
NAVARRO, V. P. et al. Desordens alimentares: aspectos de interesse na Odontologia. RGO, Porto
Alegre, v. 59, supl. 0, p. 15-18, jan./jun. 2011.

TOLEDO, B. A. S., OLIVEIRA, A. S., CAPOTE, T. S. O. O papel do cirurgião-dentista nas desordens


alimentares: uma revisão de literatura. Investigação, Franca, n. 13, p. 48-51, 2013.

TRAEBERT, Jefferson; MOREIRA, Emília Addison Machado. Transtornos alimentares de ordem


comportamental e seus efeitos sobre a saúde bucal na adolescência. Pesquisa Odontológica Brasileira,
v. 15, n. 4, p. 359–363, 2001. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/pob/a/XxPjtzPKvnKhLKC3QNKxYPg/?lang=pt>. Acesso em: 1 Mar. 2022.

442
MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

1
Lorena Rocha Batista Carvalho
2
Evelyn Dominic Carvalho Sales
3
Naysha Myllene de Lima Gonçalves
4
Omar Almeida Thorpe
5
Sávio Euclides Tôrres Araújo
6
Thomas Santos Oliveira
7
Luciana Rocha Alves
8
Marcelo de Moura Carvalho
1,2,3,4,5,6,7
Faculdade Unifacid. Teresina, Piauí, Brasil.
8
Faculdade Estácio. Teresina, Piauí, Brasil.
Eixo Temática: Medicina
Modalidade: Poster

E-mail para correspondência: lorenarochabc@gmail.com

Introdução: A atenção primária à saúde (APS) representa o primeiro nível de atenção de um sistema de
saúde e tem como prioridade o cuidado integral das necessidades de saúde dos indivíduos, das famílias e
das comunidades. A Medicina de Família é exercida predominantemente na atenção primária à saúde do
SUS. A especialidade foi reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica em 1981, três anos
após a Conferência de Alma-Ata, num contexto caracterizado pelo esforço de diversas nações e da
Organização Mundial da Saúde na busca por saídas para a crise do modelo hegemônico de atenção à saúde,
entendido como fragmentado, caro e ineficiente. Objetivo: Relatar a experiência dos acadêmicos do quarto
período de medicina da Faculdade Unifacid em Teresina Piauí. Metodologia: Trata-se de um estudo
descritivo, do tipo relato de experiência, realizado no mês de Agosto 2022 pelos acadêmicos de medicina
na unidade de atendimento CASI II, disciplina Medicina da Família e Comunidade na cidade de Teresina,
Piauí. Resultados: A comunicação da atenção primária à saúde no Brasil não veio acompanhada de
suficiente acréscimo na formação de médicos e tão pouco na quantidade de especialistas em medicina de
família. Com isso, pode-se destacar grandes dificuldades no preenchimento das vagas para médicos nas
equipes de saúde da família. A qualificação e capacitação em Medicina de Família e Comunidade influencia
no atendimento, na assistência de qualidade e performance da orientação comunitária. Esse profissional,
além de ser um clínico qualificado, é responsável profissionalmente pela comunidade que atende e é
clinicamente competente para prestar a maior parte dos seus cuidados aos pacientes e família. A Medicina
de Família e Comunidade como disciplina e às outras especialidades no campo de conhecimento, enquanto
especialidade médica, vem investindo nos últimos anos na consolidação de um núcleo de conhecimentos e
práticas caracterizado por uma clínica centrada na pessoa e não na doença, no cuidado continuado e na
gestão de planos terapêuticos individuais e familiares. Conclusão: O fortalecimento e a expansão da
Atenção Primária em saúde, a qualificação da rede local de serviços de saúde e consequente consolidação
do Sistema Único de Saúde, mostra que os gestores devem identificar, reconhecer e implementar resultado

443
positivo, buscando identificar este potencial, porém nem sempre identificar significa colocar em prática
políticas que fortaleçam essa potência. O processo de universalização e qualificação do direito à saúde no
país, produz caminhos potentes para a produção de práticas clínicas que defendam, fortaleçam e
qualifiquem a Atenção Primária e o Sistema Único de Saúde.

Palavras-chave: Medicina, saúde da família, atenção primária em saúde.

REFERÊNCIAS:
COELHO, G. C.; ANTUNES, V. H.; OLIVEIRA, A.. A prática da Medicina de Família e Comunidade no
Brasil: contexto e perspectivas. Cadernos de Saúde Pública, v. 35, n. Cad. Saúde Pública, 2019 35(1),
2019.
CORRÊA, R. D.; LEITE, I. C. G.. Qualificação em Medicina de Família e Comunidade e orientação
comunitária da Estratégia Saúde da Família. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 46, n. Rev. bras.
educ. med., 2022 46(1), 2022.
FERREIRA, I. G.; CAZELLA, S. C.; COSTA, M. R. DA .. Preceptoria médica: concepções e vivências
de participantes de curso de formação em preceptoria. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 46, n.
Rev. bras. educ. med., 2022 46(4), 2022.

444
FRATURA TARDIA DE MANDÍBULA ASSOCIADA A EXODONTIA DE
TERCEIRO MOLAR
¹Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
2
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
3
Dayane Carolyne da Silva Santana
4
Leonardo Ramalho Marras
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,3,5,6
Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
4
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rogeria-rafaelly@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A exodontia é um procedimento comum na rotina odontológica e as fraturas


mandibulares são um dos traumas mais comuns aos ossos da face, porém, quando associada à extração de
terceiros molares, essa condição é incomum e pode ocorrer durante ou após a exodontia. Um planejamento
detalhado e o conhecimento do profissional são fatores essenciais na redução de acidentes e complicações
associadas à exodontia de terceiros molares. OBJETIVO: Desta forma, o objetivo desse trabalho é fazer
uma relação da exodontia de terceiro molar inferior com a fratura de mandíbula, abordando seus fatores de
riscos e tratamento. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão de literatura narrativa através da busca
eletrônica nas bases de dados SciElo e PubMed utilizando os descritores: “Cirurgia Maxilofacial”, “Fraturas
Mandibulares” e “Complicações pós-operatórias”. Foram utilizados como critérios de inclusão trabalhos
publicados entre 2017 à 2022 em inglês e português. E adotados como critérios de exclusão pesquisas que
antecediam os últimos 05 anos, trabalhos de conclusão de curso e estudos com informações repetidas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A fratura de mandíbula (FDM) associadas à extração de terceiros
molares é uma complicação rara que pode ocorrer durante ou após a cirurgia. Quando ocorre após a cirurgia,
é chamada de fratura tardia, que geralmente ocorre duas semanas após a cirurgia e durante a mastigação,
pois nesse período ainda não houve a completa formação óssea naquela região e o paciente não apresenta
mais desconforto pós-operatório, conseguindo assim mastigar alimentos mais duros. A fratura apresenta-se
um traço simples, com um mínimo deslocamento dos segmentos ósseos e localizada na área de ângulo
mandibular, ao qual é uma região que tem uma área seccional mais fina, sendo assim uma região de baixa
resistência. Após a exodontia de terceiro molar, existem alguns fatores que influenciam no risco de FDM,
como: a idade, grau de impacção do dente, gênero, angulação e volume do dente, presença de patologias e
doenças sistêmicas. A FDM é diagnosticada por meio de exames de imagem, prevalência de sinais e
sintomas como dor à movimentação, crepitação óssea, edema e equimose, alteração na oclusão, presença
de mobilidade na mandíbula e sangramento local. O tratamento da FDM, após exodontia de terceiro molar,
segue o princípio básico de redução e fixação. Tendo a finalidade de restaurar o contorno mandibular,
oclusão dental e função temporomandibular. Para este tipo de fratura, o tratamento conservador ou
tratamento cirúrgico são os indicados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É fundamental fazer um bom
planejamento cirúrgico, para identificar os possíveis riscos de fratura tanto no pré quanto no pós- operatório.
Orietando o paciente sobre os cuidados no pós-operatório, como forma de prevenção da fratura tardia.

Palavras-chave: Cirurgia Maxilofacial. Fraturas Mandibulares. Complicações Pós-Operatórias.

REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, Rodrigo Oliveira Prais de. Relação entre exodontia de terceiros molares e fratura de
mandíbula. 2021.
PEREIRA, Laís Regina Silva et al. Late mandibula fracture after third molar extraction; literature review
Fratura de mandíbula tardia pós exodontia de terceiro molar; revisão de literatura. Brazilian Journal of
Development, v. 7, n. 6, p. 61874-61881, 2021.
SAGGIN, BEATRIZ ANGÉLICA. FRATURA DE MANDÍBULA SEGUIDA DA EXODONTIA DE
TERCEIRO MOLAR INFERIOR: DISCUSSÃO DE UM CASO CLÍNICO. 2020.

445
ATENDIMENTO EMERGENCIAL AO PACIENTE PORTADOR DE
POLITRAUMATISMOS DE FACE: REVISÃO DE LITERATURA
1
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
2
Dayane Carolyne da Silva Santana
3
Leonardo Ramalho Marras
4
Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,4,5,6Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
3Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: daylfs2017@gmail.com

INTRODUÇÃO: Os cuidados iniciais realizados pelo profissional da saúde ao paciente traumatizado de


face desempenham um papel importante em relação ao prognóstico do mesmo. Ademais, este tipo de trauma
tem como etiologia principal os acidentes automobilísticos, sendo este o responsável por cerca de metade
das mortes em pacientes traumatizados, acarretando em traumas severos. Desta forma, o atendimento de
caráter emergencial torna o processo de tratamento mais eficaz, diminuindo os riscos de mortalidade e de
possíveis sequelas. OBJETIVOS: Com esse entendimento, este estudo tem como objetivo investigar e
descrever o diagnóstico, conferindo noções sobre a maneira correta de prestar atendimento imediato aos
pacientes traumatizados de face. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura, com os dados colhidos
nas bases de dados PubMed e SciElo, selecionando artigos entre 2018 – 2021 de língua portuguesa,
utilizando os descritores: Primeiros socorros; Traumatismo múltiplo; Traumatismos faciais. Quanto os
critérios de elegibilidade, utilizou-se como critérios de exclusão pesquisas que antecediam os últimos 3
anos, trabalhos de conclusão de curso, publicações em anais de congresso e informações repetidas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O termo politraumatismo é conceituado como lesões concomitantes que
afetam mais de uma região do corpo, em que resultam em danos morfológicos, fisiológicos e/ou
bioquímicos. O atendimento desse público é realizado de forma sequencial, de modo quemuitas etapas são
realizadas simultaneamente. No atendimento inicial de um politraumatizado, a atenção está sempre voltada
às lesões mais graves, buscando seu rápido diagnóstico e estabilização imediata. O diagnóstico
propriamente dito deve seguir o protocolo atualizado do XABCDE, considerado como métodopadrão para
o atendimento primário do trauma. Este protocolo tem base nos Estados Unidos, criado pelo Colégio
Americano de Cirurgiões através do ATLS, e tem como objetivo melhorar o atendimento ao paciente
traumatizado. Por vezes, erros grosseiros resultam em sequelas graves ou mesmo em óbito; e, para minimizar
estes problemas, existem alguns princípios a serem seguidos, dentre eles encontram-se que o especialista
precisa ter um conhecimento multidisciplinar, a fim de promover uma melhora na qualidade de vida do
paciente; o cirurgião mais experiente deve assumir a liderança, programando e supervisionando as
manobras; o politraumatizado deve ser visto como um todo, ou seja, deve ser examinado de forma sistêmica,
atendendo às necessidades que ameacem a vida. Ademais, ele também deve ser encarado como portador de
lesão de coluna cervical, até que se prove o contrário, e, portanto, deve-se ter cuidado na sua manipulação.
A prioridade absoluta em qualquer paciente vítima de trauma, de acordo com o XABCDE, é o controle de
hemorragias seguido da desobstrução das vias aéreas superiores, em reflexo da íntima relação das vias
aéreas com a face. Várias são as causas de obstrução das vias aéreas superiores, dentre elas a queda da
língua é a mais frequente. CONCLUSÃO: Desta forma conclui-se que, os primeiros socorros exercem
papel fundamental no prognóstico do politraumatizado, sendo o conhecimento do programa do ATLS
fundamental ao atendimento do paciente. Além disso, erros durante o manuseio do paciente podem ser
decisivos, trazendo complicações e levando até o óbito. Contudo, é necessário uma avaliação criteriosa e
individual, afim de sanar as injurias e suas particularidades.

Palavras-chave: Primeiros socorros; Traumatismo múltiplo; Traumatismos faciais.

REFERÊNCIAS:
AIRES, Brunna Gabrielly Waqued et al. Do primeiro atendimento ao pós-operatório do paciente

446
politraumatizado. Research, Society and Development, v. 12, n. 2, p. e13212240118-e13212240118,
2023.

AMERICAN COLLEGE OF SURGIONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced Trauma Life Suport


- ATLS. 10 ed. , 2018.
DOS SANTOS, Gabriela Alves et al. Abordagens clínicas associadas ao atendimento inicial do paciente
politraumatizado: Revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 10, n. 1, p. e7210111530-
e7210111530, 2021.
FANTINI, M. B. et al. Atendimento inicial do paciente com trauma em face: relato de caso. ARCHIVES
OF HEALTH INVESTIGATION, v. 7, 2018.

447
448
DOI 10.29327/1192726.1-30

REVISÃO INTEGRATIVA APLICADA AOS ESTUDOS


ETNOBOTÂNICOS DAS PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA
NO SEMIÁRIDO NORDESTINO

¹Hélio Souza dos Reis


¹Cristiane Domingos da Paz
¹Fábio Del Monte Cocozza
¹Juliana Gabriela Alves de Oliveira
¹Marcos Antônio Vanderlei Silva

1Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial, Universidade do


Estado da Bahia, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus
III. Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Biologia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: helio_souzareis@hotmail.com

Resumo

Com base em uma revisão integrativa, o presente trabalho buscou copilar informações sobre como
os trabalhos de etnobotânica das plantas medicinais estão sendo desenvolvidos, bem como a respeito
das principais espécies e famílias de potencial medicinal descritas, em levantamentos etnobotânicos
realizados em áreas de caatinga localizadas na região semiárida do Nordeste. Para isso, foram
selecionados artigos publicados entre os anos de 2010 e 2022, que abordassem a temática relacionada.
Foram considerados trabalhos publicados no formato de artigos originais, disponíveis de forma
online, gratuito e completo, em língua portuguesa e inglesa. Esses artigos foram consultados em
diferentes bases de dados. A análise integrativa evidenciou as características das publicações, como
a concentração de estudos direcionados aos estados da Bahia, Paraíba e Pernambuco, bem como
demonstrou uma rica diversidade de plantas medicinais que são utilizadas pela população no
semiárido nordestino, destacando-se, principalmente, os saberes tradicionais sobre as suas
propriedades terapêuticas e formas de uso.

Palavras-chave: Conhecimento tradicional; Etnofarmacologia; Medicina


popular.

1 INTRODUÇÃO

Na região nordeste, o bioma Caatinga constitui uma extensa área de terras no interior da região
semiárida. Esse bioma apresenta uma rica biodiversidade, como uma diversidade de espécies vegetais,
muitas das quais são endêmicas ao bioma. Algumas dessas espécies são utilizadas para satisfazer as
necessidades humanas, em uma multiplicidade de fins, estando presentes na alimentação, vestuário, lazer
e saúde das populações (GARIGLIO et al., 2010; SENA, 2011; PAREYN et al., 2013).
Muitas comunidades rurais e tradicionais estão inseridas em áreas de vegetação de caatinga, onde
tiram seu sustento, através da agricultura, bem como de produtos não madeireiros, como ervas medicinais,
óleos, sementes e frutos. Essas comunidades estão intimamente ligadas ao uso de plantas medicinais, sendo
comum encontrar várias receitas de como tratar e curar diversas enfermidades por meio do uso dessas
plantas (SILVA et al., 2015; SANTOS et al., 2018; SILVA; ALMEIDA, 2020).
Os saberes sobre o uso tradicional de espécies vegetais pelas sociedades podem ser registrados
através de pesquisas etnobotânicas (ALMEIDA NETO; BARROS; SILVA, 2015). A etnobotânica, quando
aplicada ao estudo das plantas medicinais, possibilita o resgate e a preservação dos conhecimentos
botânicos tradicionais das pessoas em relação as espécies, suas formas de usos, manejos e relações com o
ambiente (FREITAS et al., 2012; NETO et al., 2014). Além disso, as pesquisas com as etnoespécies de
potencial medicinal podem subsidiar posteriores estudos etnofarmacológicos, que possam vir a demonstrar,
sob a ponto de vista farmacológico, a eficácia de seus princípios ativos e proporcionar maior segurança no

449
uso dos recursos vegetais (NETO et al., 2014; Ó; SILVA; LEITE, 2016; VARGEM et al., 2022).
Nas abordagens de estudos etnobotânicos podem ser utilizadas metodologias diversas, originárias
das ciências biológicas, sociais e da saúde. Por conta disto, esses estudos podem apresentar uma crescente
quantidade e complexidade de informações obtidas de diversas áreas do conhecimento, sendo necessário a
elaboração de artifícios capazes de delimitar etapas metodológicas que propiciem aos pesquisadores melhor
utilização das evidências para a elaboração de outros trabalhos científicos. Neste sentido, os trabalhos de
revisão podem ser utilizados como referência, por serem capazes de proporcionar a síntese do conhecimento
científico (OLIVEIRA, 2017; SGANZERLA et al., 2021).
O método de revisão integrativa é uma abordagem que permite a inclusão de estudos que adotam
diversas metodologias (OLIVEIRA, 2017). Deste modo, este trabalho teve como objetivo copilar
informações, por meio de uma revisão integrativa, sobre as espécies e famílias de plantas de potencial
medicinal, buscando identificar os principais aspectos relacionados aos saberes etnobotânicos e como as
pesquisas nesse sentido estão sendo desenvolvidas, em levantamentos realizados em áreas de caatinga
localizadas na região semiárida do Nordeste.

2 METODOLOGIA

A presente pesquisa trata-se de uma revisão de literatura, na qual buscou-se realizar um


levantamento de informações consultadas em artigos publicados em periódicos indexados. Para isso,
existem várias formas de revisão, dentre as quais pode ser citada a integrativa. Esta, utilizada como método
para o desenvolvimento deste trabalho, para Ercole, Melo e Alcoforado (2014) possibilita a sintetização e
análise de resultados sobre um tema ou questão, de maneira ordenada e abrangente. O processo de
construção desse tipo de revisão envolve algumas etapas distintas, dentre essas citam-se a identificação do
tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). Deste modo,
para este trabalho foi proposta a seguinte pergunta de pesquisa: quais as principais famílias e espécies de
plantas medicinais da Caatinga e como os saberes etnobotânicos relativos vêm sendo apresentados na
literatura disponível?
Após a definição da questão de pesquisa, para a busca dos artigos científicos foram utilizados os
seguintes descritores: “Plantas medicinais da Caatinga”; “Estudos etnobotânicos”; Etnobotânica das plantas
medicinais”; “Plantas medicinais do semiárido”. Foram identificados e selecionados trabalhos publicados
entre os anos de 2010 e 2022, cujo período de publicações mais recentes e com maior número de
publicações relacionadas ao tema. Esses trabalhos foram consultados diferentes bases de dados, como o
Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal e Nível Superior (CAPES), Google
Scholar e Scientific Electronic Library Online (SciELO).
Nessa análise, foram considerados os trabalhos que abordassem temáticas a respeito de
levantamentos etnobotânicos sobre as plantas medicinais da Caatinga, direcionados a região semiárida do
Nordeste no Brasil. Além disso, foram incluídos os trabalhos publicados no formato de artigos científicos
originais, disponíveis de forma online, gratuito e completo, bem como aqueles publicados em língua
portuguesa e inglesa. Foram excluídos dessa análise: artigos em forma de trabalho de conclusão de curso,
dissertação e tese; revisões sistemáticas; trabalhos que não associassem o conhecimento empírico e sua
relevância às plantas medicinais. Em adição as etapas supracitadas, foi realizado um levantamento
quantitativo das informações relatadas nos estudos etnobotânicos selecionados, criando-se, essencialmente,
as seguintes categorias:
• Levantamento das publicações (características): título, ano de publicação, periódicos, número de
publicações por ano, estado/cidade de realização da pesquisa, metodologia;
• Diversidade de plantas medicinais no semiárido: famílias e espécies representativas em termos de
presença concomitante entre os trabalhos revisados, propriedades terapêuticas e formas de uso.
Para a organização e análise dos dados, estes foram copilados de forma descritiva em tabelas, com
o auxílio do software Microsoft Excel®, para facilitar, desta forma, a identificação e formulação das
categorias. Em seguida, foi realizada a síntese dos artigos para construção e apresentação da revisão
integrativa.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 LEVANTAMENTO DAS PUBLICAÇÕES: CARACTERÍSTICAS GERAIS

A revisão integrativa da literatura mostrou que o uso de plantas medicinais ainda é bastante comum
entre as populações, tornando-se uma importante alternativa utilizada para o tratamento de suas doenças
mais comuns. Para Araújo, Rodrigues e Moura (2021), o uso comum dessas ervas medicinais, além de ser
justificado pelo fato de serem um método de cura eficaz, pode estar relacionado ao seu fácil acesso e custo
bastante inferior quando comparado ao dos medicamentos alopáticos.

450
Do total de 66 artigos levantados, 18 artigos foram analisados e revisados para integrarem o corpus
da pesquisa, seguindo os critérios de inclusão e exclusão. Essas publicações se caracterizam por
levantamentos etnobotânicos de plantas medicinais realizados na região semiárida do Nordeste, em
vegetação de caatinga, com o intuito principal de caracterizar o uso dessas plantas por populações,
verificando a diversidade de espécies e propriedades terapêuticas.
Os trabalhos selecionados para a análise integrativa foram publicados entre os anos de 2010 e
2022, tendo 2014 um aumento maior no número de publicações (22,22%), seguido por 2011 e 2016 os
quais contaram com 11,11% cada. De acordo com Oliveira (2017). o predomínio de publicações constatado
no ano de 2014, advém em virtude da retomada da utilização de plantas medicinais e a sua importância
para a indústria farmacêutica durante esse período.
Conforme a análise integrativa, a maioria dos trabalhos encontra-se distribuída nos estados da
Bahia, Paraíba e Pernambuco da região Nordeste, o estado de Piauí apresentou apenas um trabalho. Com
relação aos tipos de procedimentos metodológicos de coleta de dados utilizados nos artigos selecionados,
observou-se que as entrevistas, seguidas da aplicação de questionários semiestruturados, representaram
88,88% desses instrumentos, utilizados para o levantamento etnobotânico sobre o uso de plantas
medicinais. No que diz respeito a aplicação dessas entrevistas semiestruturadas, trata-se de um instrumento
bastante apropriado devido a sua flexibilidade para esse tipo de pesquisa, uma vez que permite ao
pesquisador coletar o máximo de informações a respeito do que as pessoas conhecem sobre aquilo, no qual,
se pretende estudar, como afirma Oliveira (2017).

3.2 DIVERSIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS: CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS


ESPÉCIES, PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS E FORMAS DE USO

A partir da análise integrativa dos 18 trabalhos revisados, observou-se uma grande diversidade de
espécies e famílias botânicas utilizadas para fins terapêuticos em áreas de caatinga do semiárido nordestino.
Logo, foi registrado um total de 455 espécies distribuídas em 90 famílias botânicas, na revisão integrativa.
Entre os trabalhos que apresentaram uma maior diversidade de espécies medicinais, com relação ao número
de espécies levantadas, destacam-se o de Baptistel et al. (2014), com 118 espécies pertencentes a 54
famílias, em uma área de Caatinga do estado do Piauí.
De modo a verificar as espécies mais representativas com relação ao número de citações, entre os
trabalhos revisados, considerou-se aquelas com a presença concomitante em pelo menos cinco do total
dessas pesquisas (18). Desta maneira, entre o total de espécies registradas (455), destacou-se um total de
54 espécies representativas distribuídas entre 28 famílias botânicas. As espécies Anacardium occidentale
L. (caju) e Cymbopogon citratus (DC.) Stapf. (capim-santo), estiveram presentes em 72,22% dos trabalhos
revisados, seguidas da espécie Astronium urundeuva (M.Allemão) Engl. (aroeira), em 66,66% das
pesquisas. As famílias botânicas que apresentaram um maior número de espécies consideradas
representativas, foram Fabaceae (09 espécies), seguida de Lamiaceae (05).
Com relação as propriedades terapêuticas das espécies, evidenciadas entre os trabalhos revisados
e indicadas pela população, as espécies A. occidentale e C. citratus são, comumente, indicadas para
inflamação em geral e gripe, respectivamente. Entre as demais espécies aqui também consideradas
representativas, embora a indicação terapêutica possa variar conforme o trabalho revisado, observou-se
uma predominância de espécies medicinais utilizadas para fins terapêuticos no combate à gripe e/ou
sintomas relativos, como tosse e febre (Coriandrum sativum L., Pimpinella anisum L., Aloe vera (L.)
Burm.f, Ananas comosus (L.) Merril); além dessas, outras espécies são bastantes utilizadas para problemas
no estômago, como dores e má digestão (Momordica charantia L., Senna occidentalis (L.) Link, Psidium
guajava L.).
Entre as estruturas das plantas medicinais usadas pela população do semiárido, observou-se que
as folhas e as cascas do caule das plantas são, comumente, utilizadas na preparação dos fitoterápicos
caseiros. Além dessas estruturas, outras também foram registradas, entre os trabalhos revisados, tais como
a utilização de sementes, frutos, flores, entrecascas e látex. Para Silva e Almeida (2020) esse uso
significativo das folhas, possivelmente, se deve à frequente utilização das plantas herbáceas pela população,
cujas folhas estão disponíveis o ano todo. Já o uso das cascas, para Albergaria, Silva e Silva (2019), deve-
se ao fato de que a maioria das plantas nativas da Caatinga perdem suas folhas durante o período seco,
permanecendo apenas as estruturas perenes e lignificadas. Em suma, nessa revisão integrativa, foram
identificadas diversas formas de utilização dessas plantas. A forma mais comum dos remédios caseiros foi
por via oral, sendo o método de preparo na forma de chá, como por infusão, decocção ou maceração, o mais
expressivo.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A revisão integrativa das pesquisas se revelou como uma estratégia importante na verificação de
dados relacionados aos saberes tradicionais no semiárido nordestino, assim como na análise do potencial

451
farmacológico das espécies da vegetação de caatinga. Além disso, se mostrou como uma ferramenta
fundamental, por evidenciar a necessidade de mais estudos científicos envolvendo essas espécies, como
aqueles relativos as suas propriedades e a presença de metabolitos secundários, sendo, esses, precisos para
validar as propriedades terapêuticas das espécies utilizadas pela população.

REFERÊNCIAS

ALBERGARIA, E. T.; SILVA, M. V.; SILVA, A. G. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais


em comunidades rurais localizadas na Unidade de Conservação Tatu-Bola, município de Lagoa Grande,
PE – Brasil. Revista Fitos, v. 13, n. 3, p. 137-154, 2019.
ALMEIDA NETO, J. R. A.; BARROS, R. F. M.; SILVA, P. R. R. Uso de plantas medicinais em
comunidades rurais da Serra do Passa-Tempo, estado do Piauí, Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de
Biociências, v. 13, n. 3, p. 165-175, 2015.
ARAÚJO, A. M.; RODRIGUES, E. M.; MOURA, D. C. Etnobotânica das plantas medicinais no município
de Parari, Paraíba, Brasil. Geosul, v. 36, n. 78, p. 659-679, 2021.
BAPTISTEL, A. C. et al. Plantas medicinais utilizadas na comunidade de Santo Antônio, Currais, Sul do
Piauí: um enfoque etnobotânico. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 16, n. 2, p. 406-425, 2014.
ERCOLE, F. F.; MELO, L. S.; ALCOFORADO, C. L. G. C. Revisão integrativa versus revisão sistemática.
REME – Revista Mineira de Enfermagem, v. 18, n. 1, p. 9-11, 2014.
FREITAS, A. V. L. et al. Plantas medicinais: um estudo etnobotânico nos quintais do Sítio Cruz, São
Miguel, Rio Grande do Norte, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, v. 10, n. 1, p. 48-59, 2012.
GARIGLIO, M. A. et al. Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da caatinga. Brasília:
Serviço Florestal Brasileiro, 2010.
MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Revisão integrativa: método de pesquisa
para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, v. 17, n.
14, p. 758-764, 2008.
NETO, F. R. G. et al. Estudo etnobotânico de plantas medicinais utilizadas pela comunidade de Sisal no
município de Catu, Bahia, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 16, n. 4, p. 856-865, 2014.
Ó, K. D. S.; SILVA, G. H.; LEITE, I. A. Estudo etnobotânico de plantas medicinais em duas comunidades
no estado da Paraíba, Brasil. Biodiversidade, v. 15, n. 2, p. 53-61, 2016.
OLIVEIRA, V. J. S. Caracterização das produções científicas sobre levantamento etnobotânico de plantas
medicinais: revisão integrativa. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 21, n. 1,
p. 42-47, 2017.
PAREYN, F. et al. Cuidando da Caatinga. Iputinga: Associação Plantas do Nordeste (APNE), Kew, 2013.
SANTOS, L. S. N. et al. O saber etnobotânico sobre plantas medicinais na comunidade da Brenha,
Redenção, CE. AGRARIAN ACADEMY, Centro Científico Conhecer, v. 5, n. 9, p. 409-421, 2018.
SENA, L. M. M. Conheça e Conserve a Caatinga – O Bioma Caatinga. Fortaleza: Associação Caatinga,
2011.
SGANZERLA, C. M. et al. Revisão integrativa aplicada a levantamentos etnobotânicos de plantas
medicinais no Brasil. Acta Ambiental Catarinense, v. 19, n. 1, p. 1-16, 2022.
SILVA, B. R. B.; ALMEIDA, C. F. C. B. R. Estudo etnobotânico de plantas medicinais da mata ciliar do
Submédio São Francisco, Nordeste do Brasil. Revista Ouricuri, v. 10, n. 1, p. 011-026, 2020.
SILVA, C. G. et al. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais em área de Caatinga na comunidade
do Sítio Nazaré, município de Milagres, Ceará, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 17,
n. 1, p. 133-142, 2015.
VARGEM, D. S. et al. Plantas medicinais do cerrado: estudos etnobotânicos e farmacológicos. Research,
Society and Development, v. 11, n. 10, p. 1-10, 2022.

452
FISSURA LABIOPALATAL: ASPECTOS CLÍNICOS E TRATAMENTO
¹Dayane Carolyne da Silva Santana
2
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
3
Leonardo Ramalho Marras
4
Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,4,5,6Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
3Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil;

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: santanadayane2011@gmail.com

INTRODUÇÃO: As fissuras labiopalatinas são conhecidas como más-formações congênitas que


acontecem nas primeiras 3 semanas de gestação. No entanto, essa anomalia afeta a formação de face
podendo ser da forma mais simples, como apenas uma fissura de lábio, a mais complexa, como fissura de
forma completa de palato e lábio. Portanto, o tratamento deve ser iniciado de imediato, tendo como objetivo
mascarar a anormalidade através de cirurgia podendo dar continuidade a terapia até a fase adulta.
OBJETIVO: Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre como ocorre o tratamento
cirúrgico da fissura labiopalatina em neonatos e apresentar os aspectos odontológicos. METODOLOGIA:
Realizou-se uma revisão de literatura narrativa tendo como base uma procura eletrônica no portal Google
Acadêmico utilizando descritores “Cirurgia Bucal”, “Fenda Labial” e “Odontologia”. Adotaram-se como
critérios de inclusão trabalhos publicados nos últimos 2 anos, em português que corresponderam ao objetivo
da pesquisa. Foram excluídos livros, estudos pilotos, estudos com animais e artigos irrelevantes ao tema da
pesquisa. Para a composição da amostra final, restaram-se 03 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Inicialmente, crianças que faz parte desse círculo, devem ser submetidas a cirurgias logo quando nascem,
sendo alguns procedimentos resultando em restrição de crescimento maxilar, alteração do crescimento da
face e má oclusão dentária, fazendo assim, no futuro, precisando de aparelho ortodôntico. Ademais, para
realização do tratamento da fissura labiopalatina deve ser acompanhando de uma série de médicos,
incluindo o cirurgião-dentista. Dentre os tratamentos cirúrgicos, encontram-se 2 tipos de cirurgias, são elas:
Queiloplastia e Palatoplastia. A queiloplastia é realizada em neonatos de 3 meses, tendo como objetivo a
melhoria da competência oral, da estética e da simetria, tendo como opção a técnica de Millard que serve
para fissuras bilaterais e a técnica de Fisher que se adequa a fissura unilateral. Já a palatoplastia tem o
objetivo de fechar a conexão entre as cavidades da boca e do nariz reconstruindo a musculatura palatina
ajudando na função fonético. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, entende-se os diversos tipos de
tratamentos que devem ser estipulados a depender do caso do paciente. Entende-se a fissura labiopalatina
uma representação de uma falha relativamente frequente, porém, que tem seus tratamentos atendendo a
necessidade do portador. Sabe-se também que a fissura labiopalatina deve ser acompanhada por vários
médicos, pois necessita-se de um tratamento multidisciplinar, dentre eles, o acompanhamento do
fonoaudiólogo. Portanto, a presença de um cirurgião dentista e dos demais profissionais é fundamental para
que ocorra uma cirurgia segura e ainda mais eficaz.

Palavras-chave: Cirurgia Bucal, Fenda Labial, Odontologia.

REFERÊNCIAS:
COSTA, Laura Hermínia et al. Fissura labiopalatina: revisão literária. Revista saúde multidisciplinar, v.
9, n. 1, 2021.
DOS SANTOS, Eliane Alves Motta Cabello; DE OLIVEIRA, Thais Marchini. Conhecimentos atuais em
Fissuras Labiopalatinas: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 2, p. e5870-
e5870, 2021.
RODRIGUES, Célia Patrícia Müller et al. Reabilitação oral de paciente com fissura labiopalatina: relato de
caso. Research, Society and Development, v. 11, n. 3, p. e10511326306-e10511326306, 2022.

453
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM APLICADOS NO INTRA-
OPERATÓRIO DE PACIENTES COM PERFURAÇÕES POR ARMA BRANCA
POR AUTOMUTILAÇÃO

1
Ananda dos Santos Oliveira
2
Ananda Sayuri da Luz Suga de Melo
3
Bruna Cardoso Carvalho
4
Daiana Carla Oliveira dos Santos
5
Mirthis Sento Sé Pimentel Magalhães
6
Simone Santos Souza

7
Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE). Salvador, Bahia, Brasil

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: nandadsoli@gmail.com

INTRODUÇÃO: A assistência de enfermagem ao paciente vítima de perfurações de arma branca exige


dos profissionais um cuidado intensivo, rápido e qualificado. Neste contexto, a aplicabilidade da
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) organiza e padroniza o trabalho profissional, gerando
uma melhora na qualidade da prática. A identificação precoce dos diagnósticos de enfermagem, faz com
que os cuidados prioritários sejam oferecidos com base nos problemas mais emergentes, ofertando assim
uma assistência segura, humana e eficaz. OBJETIVO: Sendo assim, este trabalho possui como objetivo
descrever os diagnósticos de enfermagem aplicados no intra-operatório de pacientes com perfurações por
arma branca. METODOLOGIA: Trata-se de uma atividade da disciplina Cuidados de Enfermagem ao
Paciente Cirúrgico II, desenvolvido pelos discentes de um curso de enfermagem, orientados pelas docentes
e monitoras da disciplina. No primeiro momento, os alunos criaram um caso clínico fictício e a partir dessa
situação problema, foram descritos os diagnósticos de enfermagem aplicáveis aos problemas de
enfermagem identificados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Quanto aos resultados da pesquisa, este foi
o caso clínico formulado: Paciente, 17 anos, sexo feminino, branca, foi admitida nesta unidade com acesso
venoso e dispositivo de oxigenoterapia acompanhada por sua mãe, para ser submetida a uma cirurgia de
reconstrução abdominal após ferir-se diversas vezes com arma branca com o objetivo de tirar sua própria
vida. Apresentou-se bastante chorosa e irritada. A responsável alegou que a filha sofre de bulimia e
depressão há um ano e meio. Nega outras comorbidades ou alergia. Nega etilismo e tabagismo. Sinais
Vitais: T=34ºC, PA=80x60mmHg, P=90bpm, FR=27ipm, IMC= 18,2kg/m2, SpO2=93%, EVA=8. Os
principais diagnósticos de enfermagem elegíveis para este caso foram: risco de sangramento relacionado ao
procedimento cirúrgico submetido, risco de infecção no sítio cirúrgico relacionado ao procedimento
invasivo e desesperança evidenciada por comportamento suicida. CONCLUSÃO: A aplicação da
sistematização e a identificação dos diagnósticos de enfermagem melhoram a qualidade do cuidado, ao
considerar aquele paciente enquanto indivíduo com necessidades únicas. Ainda existem muitas dificuldades
em se implementar a SAE nos serviços de saúde, porém os benefícios do seu uso cotidiano toma o exercício
profissional seguro e eficiente.

Palavras-chave: Enfermagem, Cirurgia, Cuidados de enfermagem.

454
REFERÊNCIAS:

AMIDEI, Christina M. (Clb) et al. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem médico-cirúrgica:
volume 1. 13. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2016.

ROTHROCK, Jane C. Alexander: cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 13 ed. Rio de Janeiro,
RJ: Elsevier, 2008.

455
OZONIOTERAPIA NA DOR MIOFASCIAL

¹Alessandra Carvalho de Oliveira Lima


¹ Antônio Sérgio Guimarães
²Gilson Kazuo Watinaga
³ Francisco Ubiratan Ferreira de Campos
Faculdade São Leopoldo Mandic. São Paulo, São Paulo, Brasil.

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: aleolimasjc@gmail.com

INTRODUÇÃO: A disfunção temporomandibular (DTM) é uma doença multifatorial, definida como sendo
uma expressão coletiva que engloba vários problemas que podem estar relacionados aos músculos
mastigatórios, à própria articulação temporomandibular e suas estruturas anexas. A Síndrome da dor
miofascial é um tipo de dor musculoesquelética não articular, caracterizada por dor regional e tensão
muscular, podendo apresentar nódulos hipersensíveis. O ozônio, é uma forma alotrópica e tri atômica do
oxigênio puro medicinal, é instável e reativo, com grande capacidade oxidante. A ozonioterapia é uma
técnica, com finalidade terapêutica, a qual utiliza uma mistura de gases, o oxigênio medicinal (O2) e o
ozônio (O3), resultando em efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. OBJETIVO: revisar a literatura quanto
ao emprego da ozonioterapia como uma das terapias para a dor miofascial, associada à DTM.
METODOLOGIA: Basear em literatura o emprego da ozonioterapia no manejo da dor na DTM.
RESULTADOS: a terapia com ozônio é altamente compatível com as células do corpo. É capaz de devolver
o equilíbrio dos tecidos, como os relacionados à DTM. Na terapia com ozônio, ele é convertido em oxigênio
em poucos minutos após entrar no corpo, produzindo imediatamente espécies reativas de oxigênio (ROS)
e por reação tardia, produtos de oxidação lipídica (LOPs), tendo efeitos oxidantes sobre os compostos
orgânicos, acelerando o reparo de células danificadas, aumentando o suprimento local de oxigênio e
inibindo a proliferação bacteriana. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: a aplicação da
ozonioterapia como terapia para dor miofascial nas DTM tem sido empregada e com resultado seguro e
eficaz, porém há necessidade de mais estudos randomizados.

Palavras-chave: Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular, Síndrome da Dor


Miofascial, Ozonioterapia.

REFERÊNCIAS:
DOǦAN, M.; OZDEMIR DOǦAN, D.; DÜGER, C.; OZDEMIR, K. I.; AKPINAR, A.; MUTAF, B.;
AKAR, T. Effects of high-frequency bio-oxidative ozone therapy in temporomandibular disorder-related
pain. Med Princ Pract, v. 23, p. 507-510, 2014.
RAHIMI-MOVAGHAR, V.; ESLAMI, V. The major efficient mechanisms of ozone therapy are obtained
in intradiscal procedures. Pain Physician, v. 15, n. 6, p. 1007-1008, 2012.
SHEILA, H.; SAMIRA, O. Effectiveness of Ozone Injection Therapy in Temporomandibular Disorders.
Adv Biomed Res, v. 9, p. 73, 2020.

456
SUMAN, S.; SHEULI, S. Ozone therapy a new vista in dentistry: integrated review. Med Gas Res., v. 10,
n. 4, p. 189–192, 2020.

457
FISIOPATOLOGIA DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA.

¹Ana Klara Rodrigues Alves


2
Lívia Filomena Castelo Branco Machado
2
Maria Fernanda Soares Araújo
3
Maria Júlia Arbo Souza
4
Valdinar Amorim da Silva
2
Pedro Henrique Coelho Soares
4
Gisele Santos Barros
4
Edgar Igor Oliveira Pires

¹Universidade Estadual do Piauí (UESPI);²Centro Universitário Uninovafapi.; ³ Centro Universitário São


Francisco de Barreiras – UNIFASB; 4 Centro Universitário Unifacid.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1°
autor:klaraphb@outlook.com

INTRODUÇÃO: A trombose venosa profunda (TVP) ocorre principalmente em membros inferiores, sendo
dividida em TVP distal (acomete vasos distais às veias poplíteas) e TVP proximal (acomete veias poplíteas,
femoral ou ilíacas). A TVP proximal tem pior prognóstico pelo risco aumentado de tromboembolismo
pulmonar (TEP). A trombose venosa profunda resulta de processo de hipercoagulação sistêmica, em
associação com uma estase venosa local, decorrente quase sempre de redução da atividade física do
paciente. Estudos abordam que ela é responsável por número elevado de mortes súbitas que ocorrem no
pós-operatório imediato, por embolia pulmonar, na maioria das vezes não diagnosticada, além de graves
lesões que se manifestam tardiamente. É a causa principal da morbidade e da mortalidade nas fraturas do
colo do fêmur. OBJETIVO: Compreender a fisiopatologia da trombose venosa profunda.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que conforme Galvão (2012), é uma
construção de uma análise ampla da literatura com passos pré-definidos, realizada através da Pubmed,
foram encontrados 1.971 artigos, selecionados 10, através do cruzamento simultâneo entre os descritores
“pathophysiology”, “deep vein thrombosis” e “venous thrombosis”. Quanto aos critérios de inclusão,
introduziram-se artigos escritos na língua portuguesa e inglesa publicados entre os anos de 2017 a 2022.
RESULTADOS: A fisiopatologia da TVP está relacionada a três fatores (Tríade de Virchow): estase
venosa, estados de hipercoagulabilidade e lesão endotelial. Esses fatores levam ao recrutamento de
plaquetas ativadas, as quais liberam mediadores pró-inflamatórios, desencadeando cascata de reações que
resultam em agregação plaquetária e síntese de trombina dependente de plaquetas. Trombos venosos se
formam em ambiente de estase, baixa tensão de oxigênio e aumento da expressão de genes pró-
inflamatórios. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Compreender a fisiopatologia da TVP e os
seus fatores de risco é essencial para sua detecção precoce e para realização do manejo clínico o mais rápido
possível. Sendo necessário mais estudos voltados para a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos da
TVP para que assim se possa realizar um manejo terapêutico adequado dos pacientes.

Palavras-chave: Manejo clínico, tromboembolismo venoso, fisiopatologia.

458
REFERÊNCIAS:

ABOU-ISMAIL, M.Y.; CITLA SRIDHAR, D.; NAYAK, L. Estrogen and thrombosis: A bench to bedside
review. Thromb Res., v.192, p.40-51, 2020.

AGUILAR, C., SARTORI, M., D'ANGELO, A., et al. Validation of the STA-Liatest DDi assay for exclusion
of proximal deep vein thrombosis according to the latest Clinical and Laboratory Standards Institute/Food
and Drug Administration guideline: results of a multicenter management study. Blood Coagul
Fibrinolysis., v.29, n.6, p.562-566, 2018.

ALSHEEF, M.A.; ALABBAD, A.M.; ALBASSAM, R.A., et al. Pregnancy and Venous Thromboembolism:
Risk Factors, Trends, Management, and Mortality. Biomed Res Int., v.11, 2020.

459
MORTALIDADE POR MELANOMA CUTÂNEO NO BRASIL: UMA ANÁLISE
DA LITERATURA

1
Tayane Moura Ferreira

¹Aline de Oliveira Cordeiro

2
Ramires Morais Felix da Silva

3
Wanderson Alves Ribeiro

4
Rubens Barbosa Rezende

5
João Vittor Hoscher Vieira

6
Danielle Almeida Santos Paes Ferreira

7
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau). Recife, Pernambuco, Brasil; 1Centro Universitário
Tabosa de Almeida (Asces-Unita). Caruaru, Pernambuco, Brasil.; 2Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; 3Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil;
4Universidade Federal de São Paulo. Santos, São Paulo, Brasil; 5Universidade Federal do Triangulo
Mineiro. Uberaba, Minas Gerais, Brasil; 6Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Santa Maria, Rio
Grande do Sul, Brasil; 7Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde

Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: tayane-moura@outlook.com

INTRODUÇÃO: O melanoma cutâneo é um tipo de câncer que se desenvolve a partir de células


pigmentadas chamadas melanócitos, estas células produzem melanina, a substância responsável pela
coloração da pele. O melanoma cutâneo pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, mas é mais
comum na parte superior das costas, couro cabeludo, face e orelhas. No Brasil, o melanoma cutâneo é a
quinta neoplasia maligna mais frequente, sendo responsável por aproximadamente 6,8% de todos os casos
de câncer, sendo a forma mais grave de câncer de pele, mais comum entre os homens e mulheres com idade
superior a 50 anos. OBJETIVO: Neste contexto, o presente trabalho pretende discorrer sobre a mortalidade
por melanoma cutâneo no Brasil. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa
da literatura, a partir de uma análise qualitativa dos dados obtidos através da análise do tema abordado, com
busca nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (Scielo), por meio dos descritores em saúde:
Neoplasias Cutâneas, Melanoma, Mortalidade, Raios Ultravioleta. Realizada mediante análise de artigos
científicos publicados, dentro do recorte de tempo estabelecido, 2013 e 2023. Como critérios de inclusão
foram selecionados artigos científicos escritos em língua portuguesa. RESULTADOS: O Brasil é o terceiro
país com maior incidência de melanoma cutâneo, depois dos Estados Unidos e Austrália. Em média, a
incidência deste tipo de câncer aumenta cerca de 4,3% ao ano. O melanoma cutâneo é o tipo de câncer de
pele mais comum, representando cerca de 60% dos casos de câncer de pele. Estima-se que
aproximadamente 20.000 novos casos sejam diagnosticados a cada ano no Brasil. O principal fator de risco
para o desenvolvimento deste tipo de câncer são os fatores ambientais, como a exposição excessiva a
radiação ultravioleta (UV) do sol, levando ao desenvolvimento de melanomas cutâneos. Outros fatores de

460
risco incluem a idade avançada, o histórico familiar de melanoma cutâneo, ou a presença de sinais de
manchas escuras, ou pigmentação na pele. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o melanoma
cutâneo é a segunda neoplasia maligna mais frequente entre mulheres brasileiras, com incidência de 11,3
casos por 100 mil mulheres. Já entre os homens, o melanoma cutâneo é a sexta neoplasia maligna mais
frequente, com incidência de 8,3 casos por 100 mil homens. A taxa de mortalidade por melanoma cutâneo
no Brasil foi de 4,9 mortes por 100 mil homens e 5,3 mortes por 100 mil mulheres em 2018.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Consoante às informações disponíveis, a taxa de mortalidade por
melanoma cutâneo no Brasil tem aumentado significadamente. Apesar de a taxa de mortalidade por
melanoma cutâneo no Brasil ainda ser muito menor do que em outros países, ela tem aumentado nos últimos
anos, mostrando ser necessário implementar medidas preventivas para reduzir o número de mortes. Estas
medidas incluem a educação da população sobre os riscos da exposição excessiva ao sol, o aumento do
acesso aos serviços de saúde e a criação de programas de rastreamento e diagnóstico precoce.

Palavras-chave: Neoplasias Cutâneas, Melanoma, Mortalidade, Raios Ultravioleta.

REFERÊNCIAS:

BOMFIM, S. S.; et al. Câncer de pele: conhecendo e prevenindo a população / Meta skin cancer: knowing
and preventing population. REVISA (Online)., v. 7 n. 3, p. 255-259, 2018.

GIAVINA-BIANCHI, M.; et al. Melanoma: implications of diagnostic failure and perspectives. Einstein
(São Paulo. Impresso)., v. 19, n. 1, 2022.

ROSSI, D. S.; et al. Prevenção e detecção precoce do câncer de pele / Prevention and early detection of
skin cancer. Acta médica (Porto Alegre)., v. 39, n. 2, p. 327-334, 2018.

461
462
INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS NO INFARTO
AGUDO DO MIOCÁRDIO NO BRASIL
1
Daniela dos Reis Magnavita
1
Carlos Humbertto Marques Cavalcanti
1
Júlia Beatriz Queiroz Tenório Da Cruz
1
Leide Dayane Barbosa da Silva
1
Manoel Thomáz de Farias
2
Marks Passos Santos

Graduandos em Medicina pela Faculdade Ages de Medicina – AGES, Jacobina, Bahia, Brasil; 2Docente
1

Medicina pela Faculdade Ages de Medicina – AGES, Jacobina, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1ºautor: danireis1183@gmail.com

INTRODUÇÃO: As Doenças Cardiovasculares constituem um importante problema de saúde pública, tanto


em países desenvolvidos quanto em países emergentes, sendo o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) o mais
prevalente. Este é compreendido como uma isquemia sustentada que resulta em hipóxia e, por conseguinte,
necrose dos cardiomiócitos. Na maior parte dos eventos, a isquemia ocorre pelo processo aterotrombótico,
tendo como fatores de risco o tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes,
sedentarismo, idade a partir de 45 anos para o sexo masculino e 55 anos para o sexo feminino, e a
hereditariedade. Contudo, as diferenças culturais, demográficas, socioeconômicas e políticas entre as
regiões do Brasil conferem às populações alteridade no estilo de vida e saúde, gerando fatores de risco que
influem no desenvolvimento da doença e que podem justificar altas taxas de mortalidades, como observado
nas regiões Sudeste e Nordeste. OBJETIVO: Identificar a influência dos aspectos socioeconômicos em
relação aos casos de infarto agudo do miocárdio. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica
de cunho qualitativo, efetuada nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), MEDLINE via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scielo, utilizando o comando:
“Indicadores socioeconômicos” and “fatores de risco” and “fatores determinantes/condicionantes de saúde”
and “infarto agudo do miocárdio”, realizada no mês de setembro de 2022. Inicialmente foram encontrados
52 artigos científicos, destes foram selecionados 25, uma vez que utilizou-se apenas estudos brasileiros
relacionados aos aspectos socioeconômicos no IAM, publicados nos últimos 10 anos. RESULTADOS:
Os indicadores socioeconômicos no IAM influenciam para risco de morte no Brasil. Observou-se que, dos
25 artigos selecionados, apenas dois corroboraram e ressaltaram em detalhes sobre as condições de
desigualdades sociais evidenciadas pela baixa escolaridade e renda familiar; inatividade profissional devido
a aposentadoria ou desemprego; os indivíduos do sexo masculino com idade média de sessenta anos,
casados, moradores de localidades mais pobres são mais suscetíveis aos fatores de risco etiopatogênicos do
infarto agudo do miocárdio, tais como: sedentarismo, hipertensão arterial sistêmica, estresse, circunferência
abdominal aumentada, história familiar, tabagismo, sobrepeso, obesidade, dislipidemia, diabetes mellitus e
etilismo. Além disso, destacam-se o tempo de decisão para busca de atendimento médico para aqueles que
não trabalham, bem como as desigualdades de acesso à saúde no território brasileiro, tanto no que tange às
ações preventivas, quanto para as intervenções terapêuticas especializadas, uma vez que para a assistência,
nesses casos, o tempo é vida. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em que pese os aspectos
socioeconômicos supracitados apresentem forte influência para morbimortalidade por infarto agudo do
miocárdio, não há muitos estudos que enfatizem essa situação tão relevante que, associada à falta/falha no
acesso aos serviços de saúde pública, corroboram a necessidade de mais atenção a esses aspectos para o
fortalecimento das políticas públicas voltadas à prevenção.

463
Palavras-chave: Indicadores Socioeconômicos, Fatores de Risco, Infarto Agudo do Miocárdio.

REFERÊNCIAS:

BARRETO, J. et al. O impacto da educação na mortalidade por todas as causas após Infarto do Miocárdio
com Supradesnivelamento do Segmento ST (IAMCSST): Resultados do Brasília Heart Study. Arq Bras
Cardiol., vol. 117, n.1, p. 5-12, 2021.

FREITAS, B.F.; PADILHA, J.C. Perfil epidemiológico do paciente com infarto agudo do miocárdio no
Brasil. Revista de Saúde Faculdade Dom Alberto, v. 8, n. 1, p. 100-127, 2021.

LUNKES, L.C. et al. Fatores socioeconômicos relacionados às doenças cardiovasculares: Uma revisão.
Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, vol. 14, n. 28, p. 50-61, 2018.

MERTINS, S.M. et al. Prevalência de fatores de risco em pacientes com infarto agudo do miocárdio. Av
Enferm., vol 34, n. 1, p. 30-38, 2016.

SANTOS, J. et al. Mortalidade por infarto agudo do miocárdio no Brasil e suas regiões geográficas: análise
do efeito da idade-período-coorte. Ciência & Saúde Coletiva, vol. 23, n.5, p.1621-1634, 2018.

464
O USO DE CÉLULAS- TRONCO NO TRATAMENTO DA PSORÍASE: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA.

¹Ana Klara Rodrigues Alves


2
Lívia Filomena Castelo Branco Machado
3
Daniella Pineli Chaveiro Costa
2
Ana Paula Bodanese
2
Therezza Inácia Martins Gomes Leite
2
Francisco Eduardo Viana Brito

³ Danilo Lima Medeiros


2
Maria Fernanda Soares Araújo

¹Universidade Estadual do Piauí (UESPI);²Centro Universitário Uninovafapi.; ³ Instituto de Educação


Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP).

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1°
autor:klaraphb@outlook.com

INTRODUÇÃO: A psoríase é uma doença de pele genética, inflamatória, crônica, recidivante e refratária
comum, que afeta cerca de 2% a 3% da população global o que representa cerca de 125 milhões de
indivíduos em todo mundo, sendo caracterizada por placas descamativas brancas e placas eritematosas
nitidamente demarcadas. OBJETIVO: Analisar na literatura como as células-tronco são utilizadas no
tratamento da psoríase. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que
conforme Galvão (2012), é uma construção de uma análise ampla da literatura com passos pré-definidos,
realizado via Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na base de dados Pubmed, encontraram-se 82 artigos,
através do cruzamento simultâneo dos descritores “Psoriasis”,”Therapy” e “Stem Cell therapy”
utilizando o operador booleano “AND”. Quanto aos critérios de inclusão, introduziram-se artigos escritos
na língua portuguesa e inglesa publicados entre 2018 a 2022 e que respondesse ao seguinte
questionamento:qual a real utilização de células-troncos na terapia de tratamento da psoríase?.
Dispensaram-se artigos que se distanciavam da temática central. Introduziram-se 10 artigos para redação
desta revisão, após aplicados os critérios de inclusão e exclusão. RESULTADOS: A psoríase é uma
doença crônica recidivante, que muitas vezes requer uma terapia de longo prazo. A escolha da terapia
para a psoríase é determinada pela gravidade da doença, comorbidades e acesso aos cuidados de saúde.
A terapia com células-tronco envolve o uso de células somáticas derivadas de um doador (alogênico) ou
de um indivíduo afetado (autólogo) para tratar a doença subjacente. Células-tronco hematopoiéticas
(HSCs) células-tronco pluripotentes induzidas, células-tronco mesenquimais (MSCs) e células T
reguladoras (Tregs) são exemplos de células somáticas já usadas ou promissoras como terapia com
células-tronco na psoríase. As células-tronco em pacientes com psoríase afetam a proliferação e
diferenciação de queratinócitos e células do sistema imunológico e a capacidade de secretar citocinas.
Na atualidade é destacado a utilização de células-tronco para o tratamento de diversas doenças
dermatológicas e entre elas a psoríase. A descoberta da terapia com células-tronco como uma alternativa
viável de tratamento para a psoríase refratária foi fortuita. A promessa da atualidade é a utilização de
células-tronco para o tratamento de pacientes com psoríase, porém ainda são necessários mais estudos
randomizados e ensaios clínicos que abordem a efetividade das células-tronco no manejo clínico de
doenças dermatológicas como a psoríase. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A promessa da
atualidade é a utilização de células-tronco para o tratamento de pacientes com psoríase, porém ainda são

465
necessários mais estudos randomizados e ensaios clínicos que abordem a efetividade das células-tronco
no manejo clínico de doenças dermatológicas como a psoríase. Uma nova terapêutica é essencial para
garantir a qualidade de vida de pacientes com psoríase somado a isso é essencial que os profissionais
apresentem o conhecimento da fisiopatologia da psoríase e conhecer o manejo clínico mais moderno no
tratamento da mesma. A aplicação de células-tronco aumenta a esperança de desenvolver uma terapia
nova, segura e eficaz para pacientes com psoríase.

Palavras-chave: Psoríase, Células-tronco, Tratamento.

REFERÊNCIAS:

LWIN, S.M.; SNOWDEN, J.A.; GRIFFITHS, C.E.M. The promise and challenges of cell therapy
for psoriasis. Br J Dermatol., v.185, n.5, p. 887-898, 2021.

NAIK, P.P. Stem cell therapy as a potential treatment option for psoriasis. An Bras Dermatol.,
v.97,n.4, p. 471-477,2022.

NAVARRO-LÓPEZ, V.; MARTÍNEZ-ANDRÉS, A.; RAMÍREZ-BOSCÁ, A., et al. Efficacy


and Safety of Oral Administration of a Mixture of Probiotic Strains in Patients with Psoriasis: A
Randomized Controlled Clinical Trial. Acta Derm Venereol., v.99, n.12, p. 1078-1084, 2019.

466
467
VIVÊNCIAS DE DISCENTES DE ENFERMAGEM ACERCA DAS AÇÕES DE
SAÚDE VOLTADAS PARA POPULAÇÃO IDOSA

¹Milene Silva Santos

¹Janaína Pinheiro dos Santos

¹Amanda Ferreira dos Santos

¹Bianca de Souza Oliveira e Oliveira


¹Michèle Correia Malaquias
²Mirthis Sento Sé Pimentel Magalhães

²Ionara da Rocha Virgens


¹Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE). Salvador, Bahia, Brasil; ²Centro Universitário Jorge
Amado ²(UNIJORGE), Professora do Curso de Bacharelado em Enfermagem. Salvador, Bahia, Brasil

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: Milene_14@Outlook.com


INTRODUÇÃO: A população idosa requer cuidado holístico, visto que, trata-se de um grupo que apresenta
fragilidades no seu sistema imunológico, além de modificações nas funções cardíaca, respiratória,
neurológica e muscular, tornando-se mais suscetíveis a desenvolver patologias relacionadas a diabetes,
hipertensão, demência entre outras. Nessa perspectiva, ao cuidarmos desses indivíduos, devemos colocar
em prática não somente o conhecimento teórico, mas precisamos adicionar uma visão ampliada do seu
processo saúde doença, na tentativa de compreender as extensões biopsicossociais. OBJETIVO: Relatar a
experiência dos discentes de enfermagem acerca das ações de saúde voltadas à população idosa.
METODOLOGIA: De modo a atender o objetivo proposto, alunas do 5° semestre, do curso de
Enfermagem, do Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE), em Salvador-BA, foram convocados a
conhecer dois serviços voltados para atenção da pessoa idosa, o Centro Social Urbano de Mussurunga I
(CSU), e a Instituição de Longa Permanência (ILPI) Casa Bela São Pedro. O presente trabalho foi
desenvolvido sobre a orientação de uma docente e colocado em prática por 7 discentes da UNIJORGE, que
se debruçaram na busca de artigos na Biblioteca Virtual De Saúde (BVS), para subsidiar a elaboração da
cartilha intitulada Doença de Parkinson que foi disponibilizada e apresentada aos idosos durante as visitas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: As ações realizadas transcorreram através de diálogos com os idosos,
onde os discentes executaram a consulta de enfermagem com base na Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE), por meio da anamnese e exame físico tais como: verificação dos sinais vitais, inspeção,
palpação, aplicação da escala de Lawton e Brody. As graduandas da Unijorge ainda propuseram diversas
atividades para os idosos como: alongamento, dança, quiz e rodas de conversas para aqueles que possuíam
um grau de dificuldade maior. As ações ocorreram durante o semestre 2022.1, sendo desenvolvidas em dois
encontros. O primeiro encontro sucedeu na casa Bela São Pedro (ILPI), onde se verificou que os idosos que
habitam nesta moradia possuem mais limitações fisiológicas e emocionais se tornando dependentes de
cuidados diários de uma equipe capacitada. Por outro lado, no segundo encontro que se desenrolou no
Centro Social Urbano de Mussurunga I (CSU), foi observado que os senhores que frequentam o Centro, são
bastante ativos, participativos e vivem com seus familiares ou sozinhos, conduzindo-se ao CSU para
participar de atividades em grupos que lhes dão prazer. Esta prática de estágio aperfeiçoou nosso
conhecimento relacionado ao processo saúde-doença que acomete esta população, além disso, nos trouxe
enriquecimento no desenvolvimento da comunicação estabelecida. CONCLUSÃO: Destarte, ao
aplicarmos as ações de educação e saúde observamos que os usuários desfrutaram de um ambiente
agradável e descontraído, que, ao mesmo tempo promovia bem-estar e compreensão sobre o processo de
adoecimento, sobretudo no que diz respeito à temática do alzheimer e alterações do processo de senescência

468
e senilidade. Diante do exposto foi possível perceber que os trabalhos realizados direcionaram a aplicação
do conhecimento teórico para aprimorar a prática relacionada aos problemas de saúde que acometem essa
população.

Palavras-chave: Enfermagem, Doença de Parkinson, Educação em Saúde, Saúde do Idoso.

REFERÊNCIAS:
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-parkinson>. Acesso em: 02 abr. 2022.

ALVES, Nelson Pereira Jr. Tratamento e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, baseado
na variabilidade do sistema nervoso na neurometria. Artigo. p. 37 a 40, 2017. Disponível em:
<https://www.neurometria.com.br/article/vol1a3.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2022.

SILVA, Ana Beatriz Gomes et al. Doença de Parkinson: revisão de literatura. Brazilian Journal of
Development, Curitiba, v. 7 n. 5, 2021. Disponível em:
<https://brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/29678/23399>. Acesso em: 05 abr. 2022.

469
LUTO E SÁUDE: AÇÃO SOCIAL COM ÊNFASE MULTIDICIPLINAR NO
CEMITÉRIO RECANTO DA PAZ

¹Jennifer Santos Chaves

¹Claudia Aparecida Godoy Rocha

1Centro Universitário do Norte (UNINORTE). Manaus, Amazonas, Brasil; 2Faculdade São Lucas
(FSL). Conçeição do Araguaia, Pará, Brasil.

Eixo temático: Temas em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: jennifer_sch@outlook.com

INTRODUÇÃO: A concepção do luto descreve-se, a partir do decesso de um ente querido ou ausências


significativas, sendo a experimentação da perda de um universo partilhado, constituído por um fenômeno
intersubjetivo e de possibilidade existencial, designando ao próprio indivíduo a ressignificação do existir.
Muitas famílias que vivenciam esse processo do luto, experienciam sentimentos de angústia e sofrimento
na tentativa de exceder a perda do outro, nesse sentido, observa-se a necessidade de intervenções em saúde
tendo como possível estratégia uma ação social OBJETIVO: Descrever uma ação social com ênfase
multidisciplinar no cemitério Recanto da Paz em Manaus/AM. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
qualitativo, do tipo relato de experiência, que visa a descrição de uma ação social ocorrida no período de
2 de novembro de 2022 no cemitério Recanto da Paz localizada na cidade de Manaus/AM. A ação foi
desenvolvida pelos discentes de uma instituição privada, onde abrange-se graduandos de enfermagem,
psicologia e docentes responsáveis pela supervisão da atividade. A elaboração da ação emergiu do convite
da própria organização ao centro universitário para compor as atividades de acolhimento aos visitantes do
cemitério no dia dos finados, dessa forma, foram fornecidos serviços de escuta psicológica e aferimento
de pressão aos familiares presentes, sendo atendidos os que recorriam aos serviços fornecidos, tendo em
vista a ressignificação desse momento, apoio emocional e serviços de saúde. RESULTADOS: Na
perspectiva do atendimento realizado à enfermagem, houve cerca de 40 pessoas presentes no horário
disposto, que variam entre adultos, idosos, pessoas com hipertensão, diabetes ou sem quadro de doenças
diagnosticadas, em contrapartida, os atendimentos de escuta psicológica apresentaram cerca de 10 pessoas
que foram atendidas, incluindo variadas faixa etária, sendo em maioria a escuta grupal. Observou-se a
discrepância na quantidade de atendimentos de uma área da saúde para outra, nos salientando a relutância
ainda existente das pessoas em procurarem apoio psicológico para resolução de conflitos ou vivência
saudável do luto, assim como, a presença do estigma da psicologia ser focada apenas em pessoas
possuintes de transtornos mentais, nesse contexto, na ótica dos discentes foi-se possível refletir a partir
desse contexto o significado do luto, as estratégias adotadas por famílias para vivenciar elas, a importância
de uma rede de apoio, sendo observado a presença tanto da família quanto de animais de estimação e o
fechamento de ciclos, além dos aspectos culturais existentes que influenciam a forma como nos
despedimos do ente querido, sendo através sepultamento, cremação, dentre outros, que variam conforme
o meio social vivido pelos indivíduos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se a importância da
realização de intervenções psicossociais de caráter multidisciplinar, auxiliando na formulação de
estratégias conjuntas de promoção em saúde e atenção integral a esse público alvo, assim como, do apoio
fornecido aos indivíduos, na qual objetivou-se ressignificar a experiência desse momento, essencialmente
na realidade atual onde o número de mortalidade por Covid-19 é alto, prejudicando a saúde mental desses
familiares.

Palavras-chave: Luto, Psicossocial, Multidisciplinaridade.

REFERÊNCIAS:

470
MICHEL, L.H.F.; FREITAS, J. de L.A clínica do luto e seus critérios diagnósticos: possíveis contribuições
de Tatossian. Psicologia USP. v. 20, n. e180185, p. 1-9, 2019.

SUNDE, R.M.; SUNDE, L.M.C. Luto familiar em tempos de pandemia da covid-19: dor e sofrimento
psicológico. Rev. Interfase. v. 8, n. 3, p. 703-710, 2020.

PARENTE, B. de A. V.; BARBOSA, A.F.D.S.R.;LIMA, L.B. Programa saúde na escola e ação sobre o
luto em tempos de Covid-19. HRJ. v. 3, n. 16, p. 1-25, 2022.

471
RELEVÂNCIA DA DISCIPLINA DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS
NA FORMAÇÃO ODONTOLOGICA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA

1
Yasmin Ribeiro Alves de Abreu
1
Valdeida Gabriela Braga Moreira
1
Ana Shislane Araújo
1
Glauciane Mendes Elias
1
Antonio Ermesson Pires Morais
1
Yago Cavalcante Andrade de Almeida
1
Wilton Luiz Sampaio da Silva
1
Ana Virgínia Parente Guimarães Oliveira
1 Centro Universitário INTA- UNINTA. Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Apresentação pôster

E-mail do 1º autor: yasmin14771@gmail.com

INTRODUÇÃO: A disciplina de emergências médicas desperta no aluno um novo olhar, pois através
das vivências de ensino o futuro cirurgião dentista se sentirá seguro em realizar manobras do suporte
básico de vida (SBV) ao se deparar com uma situação de emergência ou urgência. Além disso, o
acadêmico é contemplado com o diferencial de portar maiores conhecimentos, habilidades e aptidões ao
estudar competências que se aplicam não somente a odontologia como também a área médica. Os
dicentes tem a oportunidade de vivenciarem momentos práticos posteriores aos ensinamentos teóricos,
assim garantindo uma aprendizagem mais eficiente com grandes chances de ser mantida durante toda
trajetória profissional. O Centro Universitário INTA-UNINTA oferta a disciplina de Emergências
Médicas aos alunos do 4º período do curso de odontologia, sendo de caráter obrigatório podendo ser
vista como um agente contribuidor na formação de pesquisa, extensão e ensino. OBJETIVO: Relatar a
experiência vivenciada durante a disciplina de Emergências Médicas e salientar suas contribuições na
formação dos acadêmicos do curso de odontologia. METODOLOGIA: Durante o período de 6 meses da
disciplina foram analisadas aulas práticas e teóricas, correspondentes ao semestre de 2021.2. Nesse
período os acadêmicos contaram com a presença dos monitores que foi indispensável na elaboração de
métodos complementares de ensinos, tais como: aulas práticas mais dinâmicas, exercícios de fixação,
esclarecimentos de dúvidas e aulas complementares de revisão. RESULTADOS: O bom
desenvolvimento da disciplina necessitou da participação efetiva dos professores responsáveis e todos
os alunos matriculados que logo revelou resultados positivos no aprendisado dos discentes, já que,
rapidamente, surgiram ótimas notas, simultâneo a um maior desenvolvimento humano e profissional dos
alunos. Os benefícios para os professores também são notáveis, visto que, ampliou sua visão de docência
e fez com que desempenhassem um trabalho cada vez melhor no processo de se tornarem aptos a
reagirem corretamente durante sutuações de emergência. CONCLUSÕES: As iniciativas de ensino e
aprendisagem voltadas para as Emergências Médicas são primordiais durante a formação acadêmica dos
alunos de odontologia e a presença de materiais de estudo recentes e atualizados durante essa caminhada
tornou o processo mais fácil e agradável.

Palavras-chave: Ensino, Emergência, Odontologia.

472
REFERÊNCIAS:

VAUGHAN, M.; PARK, A.; SHOLAPURKAR, A.; ESTERMAN, A. Medical emergencies in dental
practice - management requirements and international practitioner proficiency. A scoping review., v.
63, n. 4, p. 455-466, 2018.

JING, Q.; WAN, K.; MA, L, ZHAO, J. Z. Medical Emergencies in Dental Clinics: A Survey of 2013
Dentists in China. Chin Med Sci J., v. 35, n. 4, p. 342-349, 2020.

NAGARAJAN, R.; PANNY, A.; BERG, R.; ACHARYA, A.; NYCZ, G. Variations in temporal trends
in non-traumatic dental condition related emergencies. J Public Health Dent., v. 82, n. 3, p. 289-294,
2022.

473
ACOMPANHAMENTO DOMICILIAR DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE IDOSO PORTADOR DE ALZHEIMER

1
Jocilene da Silva Paiva
2
Ana Marília Ancelmo Oliveira Lima
3
Terezinha Almeida Queiroz
4
Samara dos Reis Nepomuceno
5
Ana Caroline Morais Paiva
6
Sadi Antonio Pezzi Junior
7
Edmara Chaves Costa

1,4,7
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Redenção, Ceará, Brasil;
2,3,6
Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza, Ceará, Brasil; 5Faculdade de Ensino e Cultura do
Ceará (FAECE). Fortaleza, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: enferjocilene@gmail.com

Introdução: O aumento da média da expectativa de vida da população nos últimos anos, demanda um novo
foco às doenças crônicas e degenerativas associadas aos idosos. No Brasil, que é considerado ainda um país
jovem, houve um aumento da incidência da Doença de Alzheimer (DA). O Alzheimer se caracteriza por
desenvolver um tipo de demência neurodegenerativa, principalmente na população idosa. A causa é
desconhecida, mas estudos indicam que seja geneticamente determinada. A doença se instala quando o
processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado². Objetivo: Relatar a
experiência vivenciada por enfermeiras no acompanhamento domiciliar ao idoso com diagnóstico clínico
de Alzheimer. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado em
dezembro de 2022, que busca descrever a vivência de profissionais enfermeiras acerca do acompanhamento
domiciliar a uma idosa com DA no ano de 2022 em um município localizado no interior do Ceará.
Resultados: O acompanhamento da paciente foi realizado por enfermeiras, que buscavam realizar os
cuidados de enfermagem no domicílio e esclarecer dúvidas da paciente e de seus familiares. Durante as
visitas, eram realizados sinais vitais, orientações sobre o uso correto das medicações, medidas
comportamentais de conforto e sobre a importância da participação da família no cuidado à paciente.
Percebeu-se durante a assistência a presença de muitas dúvidas por parte dos familiares, tais como uso
correto da farmacoterapia, compreensão do processo natural desta patologia e diversas vezes ficavam aflitos
com a evolução nos quadros de esquecimento apresentados pela paciente. Com as orientações repassadas
pelas profissionais, identificou-se maior atenção e melhores práticas nos cuidados diários o que refletia
diretamente no bem estar da idosa. O estabelecimento de vínculo de confiança foi fundamental para o êxito
da obtenção da prática de um cuidado de qualidade prestado pelos familiares. Conclusões: Percebeu-se que

474
o acompanhamento do paciente por profissionais capacitados é fundamental para a melhoria da qualidade
de vida, para melhor adesão ao tratamento e para o entendimento do processo de cuidar pelos familiares
envolvidos. Portanto, identificou-se ainda a importância da credibilidade obtida por meio do vínculo
estabelecido entre o profissional, paciente e familiares, que exerce influência positiva no cuidado.

Palavras-chave: Equipe de Enfermagem, Serviço de Saúde para Idosos, Doença de Alzheimer.

REFERÊNCIAS:

DALTRO, M. R; FARIA, A. Amélia. Relato de experiência: Uma narrativa científica na pós-


modernidade. Estudos e pesquisas em psicologia, v. 19, n. 1, p. 223-237, 2019.

SOUZA, E. R., MONTEIRO, M., GONÇALVES, F. R. Doença de Alzheimer, gênero e saúde: reflexões
sobre o lugar da diferença na produção neurocientífica. Saúde Soc., São Paulo, v.31, n.2, e220048pt,
2022.
YIANNOPOULOU, K. G.; PAPAGEORGIOU, S. G. Current and future treatments in Alzheimer disease:
an update. Journal of central nervous system disease, v. 12, p. 1179573520907397, 2020.

475
CONHECIMENTO EM NUTRIÇÃO E LETRAMENTO NUTRICIONAL DOS
ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO DO INTERIOR DO CEARÁ

¹Huany Beatriz Rabelo Oliveira

¹José Anderson Mendes Rodrigues

¹Érica Maria Gomes Vidal

¹Joyce Keller Freire dos Santos

¹Bruna Yhang da Costa Silva

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Limoeiro do Norte, Ceará,
Brasil.

Eixo temático: Nutrição

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1° autor: huany.beatriz.rabelo07@aluno.ifce.edu.br

INTRODUÇÃO: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a construção da saúde do


adolescente engloba ações preventivas e educativas. Um dos enfoques trata da alimentação e nutrição
adequada, sobretudo nesta idade, na qual ocorrem transformações fisiológicas importantes que vão impactar
diretamente na qualidade de vida na fase adulta. Deste modo, a Educação Alimentar e Nutricional (EAN)
consiste em uma estratégia que visa à promoção e a proteção da saúde por meio da criação de hábitos e
estilo de vida mais saudáveis. Portanto, ela irá contribuir de maneira significativa com o controle das
doenças crônico-degenerativas. Sabe-se que indivíduos com maior conhecimento sobre nutrição tem maior
potencial para realizar escolhas alimentares saudáveis. No entanto, muitas vezes o conhecimento em
nutrição (CN) não é suficiente para a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis. Para tanto, há um
aspecto novo, que não vem sendo considerado, que consiste no grau de letramento nutricional (LN) da
população e a potencial influência deste nos resultados do processo de EAN. O LN consiste na habilidade,
oportunidade e motivação do indivíduo para identificar, compreender, interpretar, comunicar e utilizar as
informações nutricionais em diferentes situações, interferindo nas suas escolhas alimentares. OBJETIVO:
Avaliar a inter-relação entre o CN e o grau de LN dos estudantes do ensino médio integrado (EMI) de um
Instituto Federal do Ceará. METODOLOGIA: Estudo do tipo transversal, quantitativo, descritivo e
analítico, realizado de junho de 2022 a janeiro de 2023, com 104 estudantes. A pesquisa foi aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do IFCE (parecer N° 4.533.545). Para avaliar os graus de letramento
e de conhecimento em nutrição foi aplicado um formulário eletrônico (BARI, 2012; FONSECA, 2017)
contendo perguntas acerca do comportamento e autonomia alimentar dos adolescentes. O teste U de Mann-
Whitney foi utilizado para comparar a mediana de CN e de LN entre os cursos. O teste de Spearman
investigou o grau de correlação entre CN e LN. RESULTADOS: O conhecimento em nutrição dos
estudantes teve média de 9,04 pontos (DP = 1,740). Quanto ao grau de LN, a média foi de 90,45 pontos
(DP = 8,378). As médias parciais revelaram 26,38 para letramento nutricional funcional, 27,51 para
letramento nutricional interativo e 36,22 para letramento nutricional crítico. Os resultados apontaram níveis
adequados de CN (92,31%; n = 96) e LN (92,31%; n = 96) em estudantes do curso em Técnico em
Eletrotécnica e Técnico em Química do EMI. Não houve diferença significativa entre cursos quanto à
pontuação de conhecimento e de letramento nutricional (p = 0,834 e p = 0,813, respectivamente), nem
correlação significante entre pontuação de CN e de LN (rho = 0,026; p = 0,795).
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se níveis adequados de CN e LN entre os
estudantes do ensino médio, independentemente do curso frequentado. Ações interventivas com educação
alimentar e nutricional são desejáveis para que a adequação nestas habilidades atinja maior densidade de
jovens possível, com o intuito de manutenção de sua saúde na vida adulta.

476
Palavras-chave: Letramento em Saúde, Adolescente, Conhecimento.

REFERÊNCIAS:

BARI, N. N. NUTRITION LITERACY STATUS OF ADOLESCENT STUDENTS IN KAMPALA


DISTRICT, UGANDA. 2012. 153 f. Dissertação (Mestrado em Food, Nutrition and Health) - Department
Of Health, Nutrition And Management, Faculty Of Health Sciences, Uganda, 2012.

BORSOI, A. T.; TEO, C. R. P. A.; MUSSIO, B. R. Educação alimentar e nutricional no ambiente escolar:
uma revisão integrativa. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 11, n. 3, p. 1441-1460,
2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Marco legal: saúde, um direito de
adolescentes. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2007. 60 p.

FONSECA, L. G. Impacto de uma intervenção nutricional com instrumentos imagéticos para a


promoção de práticas alimentares saudáveis entre adolescentes de Brasília-DF. Orientador: Maria
Natacha Toral Bertolin. 2017. 105 p. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana) - Faculdade de Ciências
da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

RODRIGUES, É. M.; BOOG, M. C. F. Problematização como estratégia de educação nutricional com


adolescentes obesos. Cad. Saúde Pública, v. 22, n. 5, p. 923–931, 2006.

477
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA): EPIGENÉTICA COMO
UMA FONTE DE RESPOSTAS

¹Bárbara Candida Batista


¹Raquel Furlani Rocon Braga
¹Débora Gonçalves Barbosa
¹Matheus Correia Casotti
1
Gabriel Mendonça Santana
2
Thomas Santos Louro
1
Luana Santos Louro
¹Débora Dummer Meira

1 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Vitória, Espírito Santo, Brasil; 2 Escola Superior de
Ciências da Santa Casa de Misericórida de Vitória (EMESCAM). Vitória, Espírito Santo, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde.

Modalidade: Apresentação Oral.

E-mail do 1° autor: barbaracbatista22@gmail.com.

INTRODUÇÃO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que afeta os
neurônios motores superiores e inferiores, causando espasticidade, fasciculações, fraqueza e,
eventualmente, paralisia muscular e insuficiência respiratória. Ela é expressa em duas formas clínicas: A
ELA familiar e a ELA esporádica, sendo esta última responsável por 90% dos casos. Esta patologia não
tem cura e possui tratamentos escassos e ineficientes, o que resulta na morte do paciente em 3 a 5 anos após
o diagnóstico, que é demorado e realizado por exclusão. Dentro do estudo da ELA, cujo a etiologia ainda é
incerta, acredita-se que tanto fatores genéticos, quanto ambientais influenciam no desenvolvimento da
doença. Dessa forma, a epigenética demonstra ter um importante papel no seu desencadeamento,
principalmente na forma mais comum, a esporádica. OBJETIVO: Caracterizar as correlações entre ELA e
epigenética, com suas particularidades e sua importância em saúde. METODOLOGIA: Foi realizado um
estudo de revisão bibliográfica integrativa, em 2022, através do PUBMED, utilizando as palavras-chave
(descritores) "sporadic amyotrophic lateral sclerosis" AND "epigenetic ”. Quanto aos critérios de inclusão,
foram considerados apenas artigos dos últimos 10 anos, disponíveis gratuitamente e com base na relevância
de sua abordagem. Os critérios de exclusão foram a ausência dos descritores na inclusão dos títulos e
período de tempo maior do que 10 anos. RESULTADOS: Modificações epigenéticas resultam em
alterações na expressão gênica que não modificam o genoma e estão relacionadas à fatores ambientais,
como por exemplo a exposição às toxinas, à atividade física em excesso e ao tabagismo, fatores estes que
já foram associados ao desencadeamento da ELA esporádica em múltiplos estudos. Dito isso, diferentes
mecanismos podem originar modificações epigenéticas, como a metilação do DNA e as modificações pós-
tradução de histonas (PTMs). A metilação do DNA é um dos principais mecanismos estudados em doenças
neurodegenerativas. Diversos genes relacionados à diferenciação, desenvolvimento e proliferação neural,
quando hipo ou hiper-metilados, sofrem alterações na expressão gênica. Já as PTMs podem induzir
mudanças estruturais nos nucleossomos, interferindo na acessibilidade dos reguladores de transcrição ao
DNA. Estas modificações também foram associadas à ELA, visto que podem interferir no metabolismo do
DNA, regulando mecanismos como transcrição, replicação e até a função mitocondrial, fator este que
também é fortemente abordado em estudos sobre a ELA. Não obstante, acredita-se que enzimas
remodeladoras de cromatina também influenciam no desenvolvimento da patologia, reduzindo a expressão
gênica e interferindo no reparo da quebra do DNA. Outro mecanismo epigenético que regula a expressão
gênica são os microRNAs, que atuam na inibição da tradução de moléculas-alvo do RNA mensageiro.

478
CONCLUSÃO: Diante do cenário apresentado, fica notório a forte relação entre mecanismos epigenéticos
e a ELA, de forma que identificar e elucidar estes mecanismos é de extrema importância para o
desenvolvimento de fármacos eficazes e do diagnóstico menos complexo e mais preciso.

Palavras-chave: Esclerose Lateral Amiotrófica esporádica, Epigenética, Genética Humana.

REFERÊNCIAS:

BENNETT, Seth A. et al. Epigenetics in amyotrophic lateral sclerosis: a role for histone post-translational
modifications in neurodegenerative disease. Translational research, v. 204, p. 19-30, 2019.

BROWN, Robert H.; AL-CHALABI, Ammar. Amyotrophic lateral sclerosis. New England Journal of
Medicine, v. 377, n. 2, p. 162-172, 2017.

CALIÓ, Michele Longoni et al. Mitochondrial dysfunction, neurogenesis, and epigenetics: putative
implications for amyotrophic lateral sclerosis neurodegeneration and treatment. Frontiers in
Neuroscience, v. 14, p. 679, 2020.

FIGUEROA-ROMERO, Claudia et al. Identification of epigenetically altered genes in sporadic


amyotrophic lateral sclerosis. PloS one, v. 7, n. 12, p. e52672, 2012.

479
480
HIPERPLASIA GENGIVAL INDUZIDA POR BLOQUEADORES DOS
CANAIS DE CÁLCIO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Yasmin Ribeiro Alves de Abreu

¹Karla Sany Barros Alcântara


1
Ana Shislane Araújo
1
Glauciane Mendes Elias
1
Antonio Ermesson Pires Morais
1
Yago Cavalcante Andrade de Almeida
1
Francisco Ecilan Felismino da Silva
1
Ana Virgínia Parente Guimarães Oliveira

1 Centro Universitário INTA- UNINTA. Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1º autor: yasmin14771@gmail.com

INTRODUÇÃO: A hiperplasia gengival é conhecida como um aumento em excesso, localizado ou


generalizado, dos tecidos gengivais e é manifestada através de uma característica oral indesejada nos
pacientes que fazem uso de medicamentos sistêmicos, como bloqueadores dos canais de cálcio (BCCs),
prescritos durante o tratamento da hipertensão arterial seja em monoterapia ou em combinação com
outros medicamentos. Os BCCs diminuem a pressão arterial ao causar expansão dos vasos ( bloqueando
a atividade da angiotensina II), assim deprimindo a hipertrofia vascular, além disso, são classificados por
sua estrutura química tendo como exemplos farmacológicos as diidropiridinas (nifedipino e anlodipino),
difenilalquilaminas (verapamil), benzotiazipinas (diltiazem) e difenilpiperazinas (flunarizina). Embora,
sejam populares e de ampla aplicação na comunidade médica, as consequências na saúde bucal devido
a terapia realizada pelos BCCs raramente são observadas ou debatidas. Mesmo que cada droga tenha um
mecanismo de ação específico e, consequentemente, cause impacto em distintos tecidos alvos, elas
aparentemente atuam de modo similar quando se trata do alvo secundário que é o tecido conjuntivo da
gengiva levando a complicações clínicas e histopatológicas. É importante salientar que vários fatores de
risco, incluindo dosagem e duração do medicamento, sexo, idade, condições de higiene oral e doença
periodontal pré-existente, são associados a essa condição. A patogênese dessa manifestação oral pode
possuir diversos mecanismos, como proliferação fibroblástica alterada, apoptose e hemostasia do tecido
conjuntivo deficiente. A hiperplasia gengival pode variar de leve a severa não tendo origem maligna,
contudo, implica sérios prejuízos funcionais e estéticos que podem ser diagnosticados clinicamente de 1
a 3 meses após a dose inicial de BCCs. OBJETIVO: Avaliar na literatura a hiperplasia gengival
manifestada em pacientes que fazem uso de BCCS baseado em evidências. METODOLOGIA: Trata-se
de uma revisão de literatura, realizada por meio das bases de dados BVS, Scielo e PubMed. Foram
reunidas publicação entre os anos de 2017 a 2022, sendo selecionados 15 artigos, após a leitura, utilizou
– se 4 artigos para a realização do trabalho. RESULTADOS: A higiene oral do paciente declina de acordo
com o surgimento ou piora da hiperplasiagengival, fazendo com que o paciente sinta dificuldade durante
a limpeza individual dos dentes, tendo

481
como consequência piora das condições periodontais por causa do aumento no acúmulo de biofilme,
propiciando uma ascensão de bactérias Gram-negativas na placa bacteriana, que promovem maior
alargamento gengival e podem ser um fator de risco capaz de gerar outras doenças cardiovasculares.
CONCLUSÃO: É primordial uma intima ligação entre cirurgiões dentistas e médicos a fim de preservar
a saúde oral e sistêmica dos pacientes. Foi observado que a hiperplasia gengival surgiu nos pacientes não
só devido aos BCCs mas também como consequência de uma má higiene e orientação oral, já que é
possivel evitar esse quadro clinico se o paciente mantiver um adequado cuidado direcionado a cavidade
bucal.

Palavras-chave: Gengiva, Hiperplasia, Hipertensão.


REFERÊNCIAS:

BÁN, Á.; PINTÉR, E.; KUN, J. Proper oral health can protect from developing gingival hyperplasia
induced by calcium channel blockers. Orvosi Hetilap., v. 159, n. 29, p. 1183-1187, 2018.

ZOHEIR, N.; HUGHES, F. J. The Management of Drug-Influenced Gingival Enlargement. Primary


Dental Journal., v. 8, n. 4, p. 34-39, 2020.

UMEIZUDIKE, K. A.; OLAWUYI, A. B.; UMEIZUDIKE, T. I, OLUSEGUN, J. A. D.; BELLO, B. T.


Effect of Calcium Channel Blockers on Gingival Tissues in Hypertensive Patients in Lagos, Nigeria: A
Pilot Study. Contemporary Clinical Dentistry., v. 8, n. 4, p. 565-570, 2017.

GAUR, S.; AGNIHOTRI, R. Is dental plaque the only etiological factor in Amlodipine induced gingival
overgrowth? A systematic review of evidence. Journal of Clinical Experimantal Dentistry., v. 10, n.
6, p. 610-619, 2018.

482
IMPACTO DO ESTRESSE GESTACIONAL NO DESENVOLVIMENTO
FETAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA
¹ Rebeca Ferreira Nery
2
Myllena Sousa Ruiz
3
Bruno Teixeira Marcos Moraes
4
Maria Luiza Ribeiro Ramos
5
Brenda Letícia Castro de Oliveira
6
Vitória Rodrigues de Sousa
7
Luana Almeida dos Santos
8
Jadson Nilo Pereira Santos
1
Faculdade São Francisco da Paraíba (FASP). Cajazeiras, Paraíba, Brasil;
2
Universidade de Rio Verde. Goianésia, Goiás, Brasil;
3
Centro Universitário Barão de Mauá. Ribeirão Preto, SP, Brasil;
4
Faculdade Herrero. Curitiba, Paraná, Brasil;
5
Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil;
6
Universidade Federal do Ceará (UFC). Fortaleza, Ceará, Brasil;
7
Universidade do Oeste do Pará (UFOPA). Santarém, Pará, Brasil;
8
Universidade Federal de Sergipe. Aracaju, Sergipe, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rebecafnery@outlook.com
INTRODUÇÃO: A gravidez é um período muito complicado com várias características, transformações
biológicas, psicológicas e sociais que afetam a saúde física e mental das mulheres grávidas, que também
têm um grande impacto na saúde do recém-nascido. O estresse materno durante a gravidez tem sido
associado a algumas alterações em diferentes estágios do desenvolvimento fetal, afetando principalmente
o sistema nervoso central (SNC), níveis elevados de cortisol afetam os indivíduos, alterando cognição,
comportamento e emoção. Portanto, estudar os efeitos do estresse se tornal algo importante para esse perfil
de mulheres. OBJETIVO: Analisar na literatura o impacto do estresse materno no desenvolvimento fetal e
pós-natal. METODOLOGIA: Revisão integrativa de literatura, realizada no mês de janeiro de 2023, nas
bases National Library of Medicine (PUBMED), Literatura Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online (MEDLINE) e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Utilizaram-se os descritores:
"Estresse psicológico”; “Gravidez”, “Desenvolvimento fetal” e “Relações materno-fetais”, em cruzamento
com o operador booleano AND. Como critérios de inclusão: artigos que abordassem a temática, nos idiomas
inglês, espanhol e português, disponíveis gratuitamente, em texto completo, publicados nos últimos cinco
anos. E como critérios de exclusão: trabalhos duplicados nas bases de dados selecionadas e que não
contemplassem a temática do estudo. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, foram selecionados sete
trabalhos para compor a revisão. RESULTADOS: O estresse materno durante a gravidez tem sido associado
a várias mudanças em diferentes estágios de desenvolvimento embrionário/fetal. Existem muitas evidências
para apoiar a hipótese de uma interação bidirecional entre nutrição fetal e estresse tal que o estado
nutricional pode variar com o estresse e vice-versa em pesquisa. Também foi encontrada uma ligação entre

483
o estado emocional da mãe e o desenvolvimento morfológico cerebral anormal. A apresentação à
adversidade, tais como ansiedade e estresse materna, pode hipoteticamente pode supostamente reprogramar
o desenvolvimento cerebral fetal. Acredita-se que a suscetibilidade fetal ao estresse da gravidez seja maior
durante os primeiros quatro meses de gravidez, fetos masculinos e femininos podem são afetados pelo
estresse materno de diferentes maneiras. Fetos masculinos afetados por distúrbios de comportamento de
longo prazo, mais comumente na infância e deficiência intelectual, que é mais comum em fetos do sexo
feminino doenças mais leves, como ansiedade e distúrbios afetivos. CONCLUSÃO: O estresse da gravidez
tem um grande impacto nas mães e no desenvolvimento fetal, resultando principalmente em mudanças
relacionadas a problemas emocionais, sociais e comportamentais. Diz-se que o mais suscetível a essas
mudanças, consideradas adaptativas, é o cérebro. Isto é porque a plasticidade cerebral durante este período
não apenas responde a estímulos, mas também requer algum desenvolvimento.
Palavras-chave: Estresse psicológico, Gravidez, Desenvolvimento fetal, Relações materno-fetais.
Referências:

MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, E. M. Revisão integrativa: Uso de gerenciador


de referências bibliográficas na seleção dos estudos primários em revisão integrativa. Texto contexto
- enferm, v. 28, 2019.

CONRADT, E.; SHAKIBA, N.; OSTLUND, B.; TERRELL, S.; KALIUSH, P. SHAKIB, J. H.;
CROWELL, S. E. Prenatal maternal hair cortisol concentrations are related to maternal prenatal
emotion dysregulation but not neurodevelopmental or birth outcomes. Dev Psychobiol, v. 62, n. 6, p.
758-767, 2020. doi: 10.1002/dev.21952. [Acesso em 22 jan 2023]. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7390660/

SANDMAN, C. A.; CURRAN, M. M.; DAVIS, E. P.; GLYNN, L. M.; HEAD, K.; BARAM, T. Z. Cortical
Thinning and Neuropsychiatric Outcomes in Children Exposed to Prenatal Adversity: A Role for
Placental CRH? Am J Psychiatry, v. 175, n. 5, p. 471- 479, 2018. doi: 10.1176/appi.ajp.2017.16121433.
[Acesso em 22 jan 2023]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5930042/

SANTOS, M. S.; FREITAS A. L. G. C.; LIMA, T. H. B. Os efeitos materno-fetais da covid-19 no período


gestacional. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 5, p. 19067- 19081 sep./oct. 2021. [Acesso em 23
jan 2023]. Disponível em: file:///C:/Users/Acer/Downloads/35592-90766-1-PB.pdf

THOMASON, M. E.; HECT, J. L.; WALLER, R.; CURTIN, P. Interactive relations between maternal
prenatal stress, fetal brain connectivity, and gestational age at delivery. Neuropsychopharmacology, v.
46, n.10, p. 1839-1847, 2021. doi: 10.1038/s41386-021-01066-7. [Acesso em 23 jan 2023].

484
DOI 10.29327/1192726.1-21

DESAFIOS DA ADESÃO AO EXAME CITOPATÓLOGICO QUANDO


REALIZADO POR ACADÊMICO DE ENFERMAGEM DO SEXO
MASCULINO

¹Roberson Matteus Fernandes Silva


2
Maria Rafaela Dias de Freitas
3
Rosielly Cruz de Oliveira Dantas
4
Rubens Félix de Lima
5
Mércia de França Nóbrega
1Universidade Federal de Campina Grande. Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 2Universidade Federal de
Campina Grande. Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 3Universidade Federal de Campina Grande. Cajazeiras,
Paraíba, Brasil; 4Universidade Federal de Campina Grande. Cajazeiras, Paraíba, Brasil.
5Universidade Federal de Campina Grande. Cajazeiras, Paraíba, Brasil.
Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: robersonfernandes023@gmail.com

Resumo

O Câncer de Colo Uterino (CCU) é causado quando há exposição da mulher a alguns tipos do Papilomavírus
Humano (HPV) ou alterações celulares que conseguem evoluir para o câncer. Apesar da infecção pelo HPV
ser bastante frequente, na maioria dos casos, a doença não se desenvolve. Contudo, essas anormalidades
podem ser facilmente detectadas através do exame citopatológico, conhecido também por Papanicolau,
sendo possível a cura em quase todos os casos quando identificadas precocemente. Em razão disso, é crucial
a periodicidade na realização do exame, uma vez que o câncer de colo uterino é a terceira causa de morte
de mulheres por câncer no Brasil. Diante do exposto, o presente estudo objetiva realizar uma revisão de
literatura acerca dos desafios da realização do exame citopatológico quando feito por acadêmico de
enfermagem do sexo masculino. Desta forma, surge a seguinte indagação: Quais os desafios encontrados
para realização do exame citopatológico quando feito por acadêmico de enfermagem do sexo masculino?
De acordo com as pesquisas encontradas nas bases de dados supracitadas, os desafios para realização do
exame citopatológico quando feito por acadêmico de Enfermagem do sexo masculino, são: ausência de
vínculo do estudante e a mulher que deseja realizar o exame na unidade básica de saúde, vergonha e
constrangimento por parte da mulher, tabus na sociedade, a falta de conhecimento e a desinformação. O
exame citopatológico é essencial para detecção de CCU de forma precoce, portanto é imprescindível sua
realização. Por ser um exame íntimo e que mexe em vários setores da individualidade da mulher, como
cultura e religião, a adesão é baixa, principalmente quando o profissional ou estudante que irá realizar é um
homem. Assim, é preciso, além de busca ativa, criar vínculo e confiança com as mulheres, realizar um
acolhimento humanizado, enfatizar sobre a importância do exame sempre que possível, informar sobre a
ética e sigilo profissional e acima de tudo respeitar os medos e anseios que cada uma leva consigo.

Palavras-chave: Teste de Papanicolaou; Neoplasias do Colo do Útero; Enfermeiro.

485
1 INTRODUÇÃO

O Câncer de Colo Uterino (CCU) é causado quando há exposição da mulher a alguns tipos do
Papilomavírus Humano (HPV) ou alterações celulares que conseguem evoluir para o câncer. Apesar da
infecção pelo HPV ser bastante frequente, na maioria dos casos, a doença não se desenvolve. Contudo,
essas anormalidades podem ser facilmente detectadas através do exame citopatológico, conhecido também
por Papanicolau, sendo possível a cura em quase todos os casos quando identificadas precocemente. Em
razão disso, é crucial a periodicidade na realização do exame, uma vez que o câncer de colo uterino é a
terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil (INCA, 2022).
O exame citopatológico é feito por profissionais habilitados para execução, como o profissional
enfermeiro ou médico, mediante consultas ginecológicas, respeitando a faixa etária de 25 a 64 anos para
realização, como determina o Ministério da Saúde (OPAS, 2019). Além disso, o exame pode ser realizado
por acadêmicos das áreas supracitadas com supervisão do profissional.
Sabendo disso, o enfermeiro possui um papel indispensável na Estratégia de Saúde da Família
(ESF) quanto ao incentivo da realização do Papanicolau, com a promoção de ações direcionadas ao público
feminino, a busca ativa de casos suspeitos e encaminhamento quando necessário (SOUZA, SOBRINHO,
GUTIERRES, 2018).
mesmo com ações educativas direcionadas para realizar o exame, ainda é possível encontrar
resistência por parte das mulheres quando o profissional enfermeiro que irá realizar é do sexo masculino,
dificultando a adesão do cuidado continuado.
Assim, é comum que as mulheres apresentem sentimento de insegurança, vergonha e
constrangimento para realizar o exame citopatológico independente do profissional ser do sexo feminino
ou masculino. Tais sentimentos são acentuados quando o procedimento é feito pelo profissional do sexo
masculino, o que dificulta o rastreamento de CCU e a continuidade da assistência. Essa retração das
mulheres para com o profissional viabiliza a procura pelo atendimento apenas em casos de manifestações
de sintomas (DIAS et al., 2018).
Diante do exposto, o presente estudo objetiva realizar uma revisão de literatura acerca dos desafios
da realização do exame citopatológico quando feito por acadêmico de enfermagem do sexo masculino.
Desta forma, surge a seguinte indagação: Quais os desafios encontrados para realização do exame
citopatológico quando feito por acadêmico de enfermagem do sexo masculino?

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica, que de acordo com os autores Cervo e Bervian (2005) a
revisão bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em
documentos disponíveis. A revisão de literatura busca conhecer e analisar as contribuições sobre um
determinado assunto, tema ou problema (Schwartz et al, 2020).
A realização deste estudo dar-se conforme as seguintes etapas: a) elaboração da questão norteadora
de forma clara e relevante para o campo da enfermagem; b) processo de busca dos artigos de acordo com
os critérios e o processo de seleção; c) definição das informações a serem extraídas e coleta de dados; d)
avaliação e análise crítica dos estudos considerando suas características, resultados e classificação de
evidências; e) síntese, discussão e interpretação dos principais resultados (OLIVEIRA, et al., 2021).
Para levantamento dos artigos foi realizada busca online na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e
foram utilizados os seguintes bases de dados: Bases de Dados em Enfermagem (BDENF), Scientific
Eletronic Library Online (SCIELO), LILACS e PUBMED. Os operadores booleanos utilizados foram AND
e OR através dos descritores “Saúde da mulher”, “Estudante de enfermagem”, “exame Papanicolau” e
“citopatológico”. Os critérios de inclusão foram textos em português, no período de 2020 a 2022,
disponíveis na íntegra. O critério de exclusão foram estudos que não contemplaram os critérios de inclusão.

486
Os critérios de inclusão foram textos em português e disponível na íntegra. O critério de exclusão
foram artigos que fizeram fuga ao tema.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com as pesquisas encontradas nas bases de dados supracitadas, os desafios para
realização do exame citopatológico quando feito por acadêmico de Enfermagem do sexo masculino, são:
ausência de vínculo do estudante e a mulher que deseja realizar o exame na unidade básica de saúde,
vergonha e constrangimento por parte da mulher, tabus na sociedade, a falta de conhecimento e a
desinformação.
Neste processo de aprendizado da Saúde da Mulher nos cursos de graduação, destaca-se a atuação
do acadêmico de Enfermagem no ambiente de estágio. Nessa ótica, os profissionais da saúde usam da
educação em saúde para fornecer informações que auxiliam o autocuidado, a orientação quanto a busca dos
serviços de saúde com objetivo de realizar um cuidado contínuo (FRAZÃO et al., 2022; SILVA et al.,
2020).
Os discentes de graduação em Enfermagem compreendem a importância da realização do exame
citopatológico no período enquanto graduando, contudo, existem dificuldades a seres superadas em relação
às mulheres mediante a não realização do procedimento na presença ou feito por um estagiário
principalmente do sexo masculino. Tal fato ocorre mediante a não criação de vínculo com o estagiário por
não o conhecer, por se tratar de um homem, por vergonha e tabus presentes na sociedade. Nesse sentido,
faz-se necessário manter postura ética durante a técnica e a realização do procedimento (DIAS, 2022).
Em um estudo realizado no município de Sorocaba – São Paulo (FELCIANO, 2022), mostrou que
as mulheres se sentem constrangidas na presença de um homem para realização do exame Papanicolau, mas
evidencial a importância da competência profissional para dirimir o constrangimento diante do profissional
de Enfermagem do sexo masculino. Corroborando com o estudo supracitado, Ferreira e colaboradores
(2022) enfatizam que uma barreira citada pelos profissionais de Enfermagem homens para anão execução
do exame preventivo de câncer do colo uterino é a resistência da mulher ao perceber que o procedimento
será feito por um homem. Contudo, a maioria das mulheres, neste mesmo estudo, mostrou que há
preferência por um profissional médico ou professional do sexo feminino na Enfermagem. Nesse sentido,
depreende-se que existe preconceito para com o profissional ou estudante de graduação em Enfermagem
do sexo masculino.
Estudos mostram que a falta de conhecimento e a desinformação sobre a finalidade do exame
citopatológico contribuem para a não adesão ao procedimento, ou seja, a ausência de sintomas faz com que
as mulheres não busquem a assistência como forma preventiva. Somado a isso, os aspectos como baixa
escolaridade, fatores socioeconômicos e culturais interferem na adesão ao exame, uma vez que a sociedade
está repleta de tabus (NASCIMENTO, ARAÚJO, 2021; GOMES et al., 2021).
As relações sociais estabelecidas durante o estágio, com profissionais em exercício e com a
comunidade, auxiliam o desenvolvimento do vínculo da comunidade para com a Unidade Básica de Saúde,
fazendo-se importante a operacionalização do cuidado promovendo acolhimento e vínculo. Dessa forma,
estudos mostram que a satisfação dos usuários presentes na área de abrangência da Atenção Básica está
relacionada à acessibilidade, longitudinalidade, integralidade e resolutividade, bem como a escuta, o
acolhimento e o diálogo.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O exame citopatológico é essencial para detecção de CCU de forma precoce, portanto é


imprescindível sua realização. Por ser um exame íntimo e que mexe em vários setores da individualidade
da mulher, como cultura e religião, a adesão é baixa, principalmente quando o profissional ou estudante
que irá realizar é um homem. Assim, é preciso, além de busca ativa, criar vínculo e confiança com as
mulheres, realizar um acolhimento humanizado, enfatizar sobre a importância do exame sempre que

487
possível, informar sobre a ética e sigilo profissional e acima de tudo respeitar os medos e anseios que cada
uma leva consigo.
Ainda é possível encontrar grande resistência quanto a realização de exames e procedimentos por
acadêmicos, sobretudo os que são mais invasivos, mesmo sendo realizados por estudantes do sexo feminino.
Portanto, existe a necessidade de viabilizar o diálogo ativo do profissional com a comunidade para
compreensão quanto ao domínio de habilidade e técnica dos discentes, enfatizando sua supervisão durante
qualquer procedimento, ressaltando também que para se tornar um profissional com excelência é preciso
vivenciar a prática.

REFERÊNCIAS

CERVO, A., & BERVIAN, P. (2005) Metodologia Científica (5ª ed.), Editora Pearson.
DIAS, E. G. et al. Percepção do acadêmico de enfermagem acerca do procedimento de coleta do material
do exame Papanicolau. Revista de Saúde e Ciências Biológicas, v. 10; n 1, 2022.
DIAS, E. G. et al. Sentimentos vivenciados por mulheres frente à realização do exame Papanicolaou. J
Health Sci Inst., v. 36 n. 4 p. 256-60, 2018. Disponível em: *Journal of the Health Sciences Institute -
Revista do Instituto de Ciências da Saúde - Outubro/Dezembro de 2018 (unip.br).
FELICIANO, W. L. L.; LANZA, L. B.; PINTO, V. A. B. As representações sociais dos usuários dos
serviços de saúde sobre o homem na Enfermagem. Revista Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba,
v 21; n. 1; p. 15-21, 2019.
FERREIRA, M. C. M.; NOGUEIRA, M. C.; FERREIRA, L. C. M.; BUSTAMANTE-TEIXEIRA, M. T.
Detecção precoce e prevenção do câncer do colo de útero: conhecimentos, atitudes e práticas de
profissionais da ESF. Revista Ciências e Saúde Coletiva, v 27; n. 6; 2022.
FRAZÃO, M. G. O. et al. Assistência de enfermagem à saúde da mulher na Atenção Básica: uma revisão
da literatura. Research, Society and Development, v. 11, n. 2, p. e25211225655-e25211225655, 2022.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25655
GOMES, D. S. et al. Fatores que interferem na não adesão de mulheres ao teste de Papanicolaou: revisão
integrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 12, p. e9278-e9278, 2021. Disponível em:
https://doi.org/10.25248/REAS.e9278.2021
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA). José Alencar Gomes da Silva. Câncer do colo do
útero, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/colo-do-utero
NASCIMENTO, D. S.; ARAUJO, L. S. S. Fatores associados a não adesão do exame de colpocitologia
oncótica cervical na atenção primária. Revista Artigos. Com, v. 30, p. e8339-e8339, 2021. Disponível em:
https://acervomais.com.br/index.php/artigos/article/view/8339/5213
OLIVEIRA R. M.; SANTANA, T. P.; FERREIRA, R. K. A. A aplicação dos princípios da Bioética no
Ensino Superior. Revista eletrônica pesquiseduca, v. 13; v. 30; p. 619-632, 2021.
ORGANIZAÇÃO PÃ AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). HPV e câncer do colo do útero. 2019.
Disponível em:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5634:folha-
informativa-hpv-e-cancer-do-colo-do-utero&Itemid=839
SCHWARTZ, S., VIEIRA, M. A., RODRIGUES, A. C. S., & FERREIRA, R. K. A. Estratégias para o
trabalho com textos na universidade. Research, Society and Development, v. 9; n. 8, e790986209, 2020.
SILVA J. B. et al. Educação em saúde sobre autocuidado íntimo e IST’s para mulheres em situação de
vulnerabilidade.Revista Enfermagem Digital. p. 1-6, 2020. Disponível em:
https://doi.org/10.5935/2446-5682.20210006
SOUZA, S. M.; SOBRINHO, M. F.; GUTIERRES, L. L. B. Câncer de colo de útero: o papel do enfermeiro
na prevenção no âmbito da estratégia da saúde da família. Saber científico., Porto Velho, 2018. Disponível
em:

488
http://repositorio.saolucas.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/2749/Souza,%20Silv
ia%20Marques%20de,%20Fran%C3%A7a%20Sobrinho,%20Mirlane%20-
%20C%C3%A2ncer%20de%20colo%20de%20%C3%BAtero%20o%20papel%20do%20enfer
meiro%20na%20preven%C3%A7%C3%A3o%20no%20%C3%A2mbito%20da%20estrat%C3
%A9gia%20da%20sa%C3%BAde%20da%20fam%C3%ADlia.pdf?sequence=1
VIEIRA, N. F. C. et al. Fatores presentes na satisfação dos usuários na Atenção Básica. Interface-
Comunicação, Saúde, Educação, v. 25, p. e200516, 2021. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/interface.200516

489
APLICAÇÃO DA LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE LESÕES POR
PRESSÃO

1
Aline Oliveira Fernandes de Lima
2
Renata Mendes do Nascimento
3
Melina Even Silva da Costa
4
Anna Camilly Oliveira Bitar
5
Samara Dantas de Medeiros Diniz
6
Paula Barcelos de Medeiros
7
Ana Flávia de Oliveira Toss
8
Genizia Borges de Lima

1Faculdade Venda Nova do Imigrante. Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil; 2Universidade Federal
do Rio Grande do Norte. Natal, Rio Grande do Norte, Brasil; 3Universidade
Regional do Cariri. Crato, Ceará, Brasil; 4Universidade Federal do Amazonas.
Manaus, Amazonas, Brasil; 5Faculdade Venda Nova do Imigrante. Natal, Rio
Grande do Norte, Brasil; 6Universidade Castelo Branco. Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil; 7Centro Universitário Venda Nova do Imigrante. Manaus,
Amazonas, Brasil; 8Faculdade do Complexo Educacional Santo André. Açu, Rio
Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: enfalinefernandes@hotmail.com

Resumo

INTRODUÇÃO: A pele é o maior órgão do corpo, sendo constituído por fibras elásticas, colágenas, vasos
sanguíneos, glândulas e nervos. Quando este órgão sofre algum tipo de ruptura, ocorrem mudanças na
estrutura dos seus tecidos, podendo desencadear em lesão tecidual. Dentre esses rompimentos, destaca-se
a Lesão Por Pressão (LPP), que ocorre devido à pressão em excesso da pele, sendo ocasionada ainda pelo
tempo, forças de fricção, e podem estar associadas também à fatores inerentes ao clima, como umidade e
temperatura da pele. As LPPs são complexas e nem sempre ocorre a prevenção, necessitando assim, do
tratamento. A terapêutica consiste em convencionais e tecnológicas, destacando-se a utilização de películas
protetoras, hidrocoloides, hidrogel, alginato, coberturas com carvão ativado, dentre outros. Além desses,
surge a laserterapia como uma nova opção para uso isolado ou associado aos métodos convencionais
supramencionados. OBJETIVO: Descrever os benefícios da laserterapia no tratamento de lesão por
pressão. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura, de abordagem qualitativa e caráter
descritivo, realizada em fevereiro de 2023, por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados:
BDENF, LILACS e MEDLINE, através da BVS. Utilizaram-se os descritores: “Terapêutica”, “Terapia a
Laser” e “Lesão por Pressão”, em cruzamento com os operadores booleanos and e or. Adotaram-se como
critérios de inclusão: artigos nos idiomas português e inglês, disponíveis gratuitamente, em texto completo,
publicados nos últimos cinco anos e que respondessem ao objetivo proposto. E como critérios de exclusão
adotaram-se os estudos duplicados nas bases supramencionadas, além de resumos, monografias,
dissertações, teses e, artigos que não abordassem a temática. Emergiram-se na pesquisa 06 estudos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: Mediante análise dos estudos, evidenciou-se que a LPP é mais
prevalente nas Unidades de Terapia Intensiva, tendo em vista às características dos pacientes hospitalizados
neste setor, que favorecem para o desenvolvimento dessas lesões. Nessa perspectiva, observou-se que a

490
laserterapia consiste em uma prática de extrema importância no tratamento das LPPs, sendo um dos recursos
terapêuticos bastante utilizados na cicatrização tecidual, tendo em vista que melhora a qualidade da
cicatrização, estimula a microcirculação, proporciona efeitos anti-inflamatórios e analgésicos. Outrossim,
o uso do laser apresenta muitos benefícios para o paciente, por se tratar de um método indolor, prático, e que
apresenta boa resposta no processo cicatrizacional. Apresenta vantagens também para a saúdepública, visto
que acarreta a diminuição de custos para a terapêutica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em síntese, esse
estudo possibilitou observar que a utilização da terapia tecnológica, mediante aplicação do laser, consiste
em um método eficaz, que contribui para a recuperação de lesões de difícil cicatrização. Além disso, trata-
se de um tratamento de baixo custo, que minimiza os custos dos recursos públicos. Dessa forma, faz-se
necessário a iniciativa por parte dos profissionais para incluir esta terapêutica no tratamento do paciente.
Ademais, estes devem ser capacitados para manusear o laser.
Palavras-chave: Terapêutica, Terapia a Laser, Lesão por Pressão.
Eixo Temático: Temas Livres em Ciências da Saúde
Modalidade: Pôster.

1 INTRODUÇÃO

A pele é o maior órgão do corpo, sendo constituído por fibras elásticas, colágenas, vasos
sanguíneos, glândulas e nervos. Quando este órgão sofre algum tipo de ruptura, ocorrem mudanças na
estrutura dos seus tecidos, podendo desencadear em lesão tecidual. Dentre esses rompimentos, destaca-se
a Lesão Por Pressão (LPP), que ocorre devido à pressão em excesso da pele, sendo ocasionada ainda pelo
tempo, forças de fricção, e podem estar associadas também à fatores inerentes ao clima, como umidade e
temperatura da pele (SANTOS et al., 2021a).
Na atualidade, as LPPs são consideradas como um dos principais problemas de saúde pública,
acometendo principalmente os pacientes mais vulneráveis, como idosos devido ao próprio envelhecimento
da pele; pacientes com lesões medulares, tendo em vista que estes perderam a sensibilidade; diabéticos;
pacientes internados há um longo período de tempo; além de pacientes com incontinências, devido à
umidade; e aqueles que fazem uso de sedativos, que, consequentemente, imobilizam o paciente
(BERNARDES; JURADO, 2018)
As LPPs são complexas e nem sempre ocorre a prevenção, necessitando assim, do tratamento. A
terapêutica consiste em convencionais e tecnológicas, destacando-se a utilização de películas protetoras,
hidrocoloides, hidrogel, alginato, coberturas com carvão ativado, dentre outros. Além desses, surge a
laserterapia como uma nova opção para uso isolado ou associado aos métodos convencionais
supramencionados (BORBA et al., 2021).
A laserterapia consiste em um recurso terapêutico, que visa acelerar o processo de cicatrização de
lesões, atuando de forma inicial na célula, elevando o metabolismo e, consequentemente, proporcionando
o aumento do processo de granulação dos tecidos (SANTOS et al., 2021b)
Nesse sentido, a presente pesquisa justifica-se mediante a necessidade de ampliação de estudos
sobre o tema em questão, tendo em vista a relevância que este representa para a sociedade, contribuindo
para a redução no tempo de internação, além de melhor utilização dos recursos públicos. Outrossim, este
estudo objetiva descrever os benefícios da laserterapia no tratamento de lesão por pressão.

2 METODOLOGIA

491
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa (RI) de literatura, de abordagem qualitativa,
de caráter descritivo, desenvolvida a partir de levantamentos bibliográficos. A RI consiste na síntese do
resultado de pesquisas anteriores, de forma ordenada, sobre determinado assunto ou problema,
possibilitando assim, a ampliação do conhecimento e maior compreensão da temática analisada (ERCOLE;
MELO; ALCOFORADO, 2014).
Este estudo teve como norte, a seguinte problemática: Quais os benefícios da laserterapia no
tratamento da lesão por pressão?
A partir da questão norteadora, realizou-se a busca pelos artigos, nas bases de dados: Bases de
Dados em Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), através da Biblioteca
Virtual de Saúde (BVS) e por meio de literatura complementar realizada na Scientific Eletronic Library
Online (SciELO). A pesquisa foi realizada em fevereiro de 2023, utilizando os seguintes Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS/MeSH): “Terapêutica”, “Lesão Por Pressão” e “Terapia a Laser”, os quais foram
combinados com os operadores booleanos “AND” e “OR” no cruzamento. Resultando na seguinte
estratégia de busca: “Lesão por pressão” OR “Úlceras por Pressão” AND “Terapêutica” OR “Tratamento”
AND “Terapia a Laser” OR “Laserterapia”.
Foram utilizados como critérios de inclusão os artigos nos idiomas português e inglês, disponíveis
gratuitamente, em texto completo, publicados nos últimos cinco anos e que respondessem ao objetivo
proposto. E como critérios de exclusão adotaram-se os estudos duplicados nas bases supramencionadas,
além de resumos, monografias, dissertações, teses e, artigos que não abordassem a temática.
Durante a busca foram apurados 4700 estudos. Posterior a coleta dados, estes foram analisados de
acordo com o método de Bardin (2011) que consiste nas seguintes etapas: pré-análise, exploração do
material, e tratamento dos resultados.
Assim, selecionou-se 14 artigos, que além de estarem em consonância com os critérios de inclusão
estabelecidos, responderam adequadamente à temática, após a leitura do título, resumo e texto completo.
Esses foram avaliados, lidos na íntegra, e respondendo os objetivos propostos, sendo selecionados 06
estudos, mediante análise de conteúdo e segundo os critérios de inclusão e exclusão.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Mediante análise dos estudos, evidenciou-se que a LPP é mais prevalente nas Unidades de Terapia
Intensiva, levando em consideração às características dos pacientes hospitalizados neste setor, que
favorecem para o desenvolvimento dessas lesões. Dentre os locais mais propícios para o surgimento,
destacam-se a região sacral, calcâneo, maléolo e trocanter (MENDES; TRAJANO, 2019).
Nessa perspectiva, observou-se que a laserterapia consiste em uma prática de extrema importância
no tratamento das LPPs, sendo um dos recursos terapêuticos bastante utilizados na cicatrização tecidual,
tendo em vista que melhora a qualidade da cicatrização, estimula a microcirculação, proporciona efeitos
anti-inflamatórios e analgésicos (BERNARDES; JURADO, 2018). Além disso, aumenta o fluxo sanguíneo
na fase inicial da cicatrização, e estimula a produção de colágeno nos estágios finais do processo
cicatrizacional (SANTOS et al., 2021b).
Outrossim, o uso do laser apresenta muitos benefícios para o paciente, por se tratar de um método
indolor, prático, e que apresenta boa resposta no processo cicatrizacional. Apresenta vantagens também
para a saúde pública, visto que acarreta a diminuição de custos para a terapêutica (BORBA et al., 2021).

492
Porém, sabe-se que o processo de cicatrização e fechamento completo da lesão é um processo
demorado, e que depende de vários fatores, contudo, faz-se necessário a eliminação da compressão no local
da lesão, visando assim, auxiliar no processo cicatrizacional (BERNARDES; JURADO, 2019).
A terapêutica realizada nas lesões é definida como uma atividade cotidiana na prática da
enfermagem, sendo reconhecido como uma competência do enfermeiro, por isso, faz-se necessário que este
profissional esteja munido do conhecimento técnico-científico, baseado em evidências, que garanta a
qualidade da assistência prestada (COSTA et al., 2021).
Ademais, o enfermeiro deve ainda, conhecer a teoria da laserterapia, bem como a funcionabilidade
do laser, visando a correta utilização dos parâmetros, permitindo um tratamento eficaz e a obtenção de bons
resultados desta terapêutica (BERNARDES; JURADO, 2018).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em síntese, esse estudo possibilitou observar que a utilização da terapia tecnológica, mediante
aplicação do laser, consiste em um método eficaz, que contribui para a recuperação de lesões de difícil
cicatrização. Além disso, trata-se de um tratamento de baixo custo, que minimiza os custos dos recursos
públicos. Dessa forma, faz-se necessário a iniciativa por parte dos profissionais para incluir esta terapêutica
no tratamento do paciente. Ademais, estes devem ser capacitados para manusear o laser.

REFERÊNCIAS

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011, p.229.

BERNARDES, Lucas de Oliveira; JURADO, Sonia Regina. Efeitos da laserterapia no tratamento de lesões
por pressão: uma revisão sistemática. Revista Cuidarte, [S.L.], v. 9, n. 3, p. 1-12, 5 set. 2018.
http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v9i3.574.

BORBA, Crystalyn Rocho de. et al. Laserterapia nas lesões por pressão em pacientes pediátricos: relato de
experiência. Journal Of Nursing And Health, [s. l], v. 11, n. 4, p. 1-9, nov. 2021.

COSTA, Cleuson Vieira et al. Conhecimento da enfermagem no tratamento de feridas. Revista Eletrônica
Acervo Enfermagem, [S.L.], v. 15, p. 1-8, 10 dez. 2021. http://dx.doi.org/10.25248/reaenf.e9221.2021.

ERCOLE, Flávia Falci; MELO, Laís Samara de; ALCOFORADO, Carla Lúcia Goulart Constant.
Integrative review versus systematic review. Reme: Revista Mineira de Enfermagem, [S.L.], v. 18, n. 1, p.
1-3, 2014.

MENDES, João Pedro da Motta; TRAJANO, Eduardo Tavares Lima. Os efeitos da laserterapia de baixa
potência na cicatrização de lesões por pressão. Revista Pró-Universus, [S.L.], v. 10, n. 1, p. 106-109, 29
jun. 2019. http://dx.doi.org/10.21727/rpu.v10i1.1656.

493
SANTOS, Jaqueline Mendes Gois et al. O laser no tratamento de lesão por pressão. Research, Society And
Development, [S.L.], v. 10, n. 9, p. 1-9, 19 jul. 2021a. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17853.

SANTOS, Taiane Lima dos. et al. Importância da laserterapia no tratamento de feridas. Revista Eletrônica
Acervo Enfermagem, [S.L.], v. 15, p. 1-10, 26 out. 2021b. http://dx.doi.org/10.25248/reaenf.e9078.2021.

494
495
RESILIÊNCIA FORTALECIDA PELA ESPIRITUALIDADE NOS
ADOECIDOS POR NEOPLASIA MALIGNA NA BUSCA DE QUALIDADE
DE VIDA
1
Laís Silva Sales do Amaral
1
Profª. Dra. Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva
1
Prof.ª Dr.ª Eliane Ramos Pereira
2
Fernanda Santa Rita Marques
2
Verônica Cristina Vieira Barbosa
1Universidade Federal Fluminense (UFF) Niterói ,Rio de Janeiro, Brasil; 2Hospital Universitário Gaffree
e Guinle-Tijuca- Rio de Janeiro,Brasil.

Eixo temático: revisão de literatura


Modalidade: apresentação oral
Email do 1º autor: laislaislais@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO:Faz- se necessária assistência integral em todas as dimensões a pessoa acometida por
neoplasia maligna, a fim de identificar e acompanhar os inúmeros impactos que são experimentados pelos
por esses pacientes.OBJETIVO: Integrar os resultados de estudos relacionados à espiritualidade e qualidade
de vida de pessoas com neoplasia maligna em cuidados paliativos.MÉTODOS:Recorte de uma revisão
integrativa realizada em 2021 nas bases de dados: Lilacs, BDENF, Medline.A questão norteadora foi
estruturada através do acrômio PIO. A estratégia de busca foi realizada através dos descritores:
"Espiritualidade", "Qualidade de Vida" e "Neoplasia Maligna”, associados aos operadores booleanos AND
e OR. Utilizou-se o diagrama de fluxo (PRISMA). Critérios de inclusão: corte temporal de 2016 a 2021 na
integra, em português, inglês e espanhol e critérios de exclusão: duplicatas, dissertações e teses entre outros.
Para análise dos resultados realizou-se a leitura do material, a fim de analisar se enquadravam nos critérios
metodológicos preestabelecidos e se possuíam associações com o objetivo proposto da revisão. A discussão
dos achados foi descritas através de categorias de aproximação de área e de conteúdo, ao qual se realizou a
escolha de uma categoria para compor este resumo.RESULTADOS:Os estudos analisados mostram que ao
adoecer com neoplasia maligna o paciente está envolto por vários sentimentos, e quando se trata de cuidado
paliativo ainda mais, modalidade que ocasiona diminuição da vontade de se cuidar e por consequência da
qualidade de vida. Mesmo uma pessoa munida de resiliência, se sente abalado e sem chão, por isso a relação
entre enfrentar o cuidado paliativo e a inserção da espiritualidade neste contexto tem sido investigada cada
vez mais, por proporcionar melhora de qualidade de vida, diminuição da ansiedade, estresse e a depressão
causada pelo medo e desespero da possível brevidade da vida. Onde procura mudança de hábitos a fim de
aumentar a qualidade de vida e o tempo de vida, o que contribui para adesão ao tratamento mesmo sem
objetivo curativo, neste caso a dimensão espiritual é o pano de fundo no fortalecer da resiliência o que
proporciona suporte existencial e conexão humana no momento difícil para si e para sua rede de apoio. A
associação da espiritualidade na busca da qualidade de vida nos pacientes em cuidado paliativo é relevante
não somente no meio científico, mas também na percepção dos pacientes e rede de apoio. Eles percebem
como cuidado além do físico, reconhecem de fato presença do cuidado espiritual na profissão da saúde,
porém negligenciado em sua maioria na visão do paciente, que o justifica por falta de tempo da equipe pela
demanda de trabalho, pois nas unidades de saúde é raro o lugar que tenha instalação voltada para o cuidado
espiritual.CONCLUSÕES: A sistematização e análise dos documentos identificados serviram para
compreender a influência da espiritualidade na promoção da ascensão da qualidade de vida nas diversas
fases e suas implicações no contexto oncológico como fator relevante de modo integral e holístico a
contribuir para bem-estar físico, psicológico e social em diversos grupos e países.
Palavras chave: Espiritualidade, Neoplasia Maligna, Qualidade de Vida.
Referências
MAIKO, S; JOHNS, SA.; HELFT, Paul R.; et al. Spiritual Experiences of Adults With
Advanced Cancer in Outpatient Clinical Settings. Journal of Pain and Symptom
Management, v. 57, n. 3, p. 576-586.e1, 2019. [acessado 03 de junho 2021];57(3):576-
586.e1. Disponível em: https://doi.org/10.1016/J.JPAINSYMMAN.2018.11.026
MENEGUIN, S; MATOS, TDS; FERREIRA, MLSM. Perception of cancer patients in
palliative care about quality of life. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, n. 4, p. 1998–
2004, 2018. 2019 [acessado 04 de junho de 2021] 2018 ;71(4):1998–2004.Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0360

496
SILVA, L; POIARES, I; MACHADO, C; et al. Religião/espiritualidade e apoio social na
melhoria da qualidade de vida da pessoa com cancro avançado. Revista de Enfermagem
Referência, v. 4 Série, n. 23, p. 111–120, 2019. [acessado 02 de junho de 2021];4(23):111–
120. Disponível em: https://doi.org/10.12707/RIV19072

497
IMPORTÂNCIA E IMPASSES NA PRÁTICA DO ACOLHIMENTO
HUMANIZADO NA ATENÇÃO BÁSICA

¹Jennifer Santos Chaves


¹Claudia Aparecida Godoy Rocha

1Centro Universitário do Norte (UNINORTE). Manaus, Amazonas, Brasil; 2Faculdade São Lucas
(FSL). Conçeição do Araguaia, Pará, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster E-mail do

1° autor:

jennifer_sch@outlook.com

Resumo

A atenção primária assume o papel de porta de entrada ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde abrange
desde a promoção em saúde ao diagnóstico e tratamento de doenças, tendo como objetivo produzir atenção
integral e contínua ao indivíduo. Nesse contexto, compreende-se a partir da Política de Humanização (PNH)
práticas de acolhimento baseado nos pilares da humanização, sendo o objeto de estudo deste artigo
identificar a partir da literatura a importância e impasses encontrados na atenção básica nas práticas
estabelecidas por essas políticas. Como metodologia, utilizou-se a revisão integrativa fundamentada nos
artigos científicos selecionados nas bases de dados LILACS e Index Psicologia, onde conforme a utilização
das estratégias de busca, foram inicialmente encontrados 85 artigos, após a aplicação dos critérios de
elegibilidade, leitura de títulos e análise criteriosa dos resumos, resultou-se 4 estudos que atendem o
objetivo proposto para compor a revisão. A partir dos estudos descritos, identificou-se que as práticas do
acolhimento humanizado na atenção básica possuem efeitos positivos reconhecidos pelos profissionais de
saúde, sendo necessário investimentos nessas práticas, assim como na percepção dos usuários e gestores
responsáveis pela construção qualificada do cuidado em saúde. Observa-se nesse cenário, a necessidade de
análises acerca do acolhimento na atenção primária, assim como, discussões quanto às lacunas existentes nos
conhecimentos que abrangem a humanização na prática profissional, ambiência inadequada para o
gerenciamento dessas práticas e a assimilação de metodologias ativas para auxiliar na resolução dos
impasses encontrados.

Palavras-chave: Humanização; Acolhimento; Saúde.

Eixo Temático: Temas Livres em Ciências da Saúde.

Modalidade: Pôster

498
1 INTRODUÇÃO

A atenção primária assume o papel de porta de entrada ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde
abrange desde a promoção em saúde ao diagnóstico e tratamento de doenças, tendo como objetivo produzir
atenção integral e contínua ao indivíduo, constituir vínculo a população acompanhada, executar cuidado
territorializado, desenvolvendo ações fundamentadas na realidade demandada pela comunidade
(FERREIRA et al. 2021). Nesse cenário fundamenta-se a concepção da presença do acolhimento,
conceitualizada por Sobrinho e Santos (2021) sendo uma diretriz da Política Nacional de Humanização
(PNH), encontrando-se intrínseco no cuidado integral e na implementação de práticas de assistência
humanizada, promovendo um espaço confiável ao paciente para se expressar, possibilitando um tratamento
adequado e facilitação a adesão do usuário, considerando aspectos socioeconômicos, hábitos de vida,
suscetibilidade social, entre outros, sendo exercido por todos os profissionais do serviço de saúde.
Nesse contexto, Feitosa et al. (2021) atribui às práticas do acolhimento como ferramenta imersa
na humanização, que compõem um dos pilares vigente no Brasil, tendo como objetivo produzir práticas de
produção e promoção de saúde. Dessa forma, o presente estudo busca identificar, a partir da literatura, a
importância e impasses presentes no acolhimento humanizado na atenção primária de saúde.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa. O


levantamento bibliográfico ocorreu no período de janeiro de 2023, fundamentada nos artigos
científicos selecionados nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS) e Index Psicologia, através do acervo disponível no portal da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A busca dos estudos foi conduzida a partir da seguinte
pergunta norteadora: "Qual a importância de práticas humanizadas no acolhimento na atenção
primária de saúde?”. Para realização da busca de estudos utilizou-se os seguintes descritores
indexados no DeCS/MeSH: (Acolhimento OR "User Embracement" OR Acogimiento),
("Atenção Primária à Saúde" OR "Primary Health Care" OR "Atención Primaria de Salud") e
("Humanização da Assistência" OR "Humanization of Assistance" OR "Humanización de la
Atención"), com auxílio do operador booleano “AND”. Foram incluídos artigos completos, em
inglês, português e espanhol, delimitando-se o período de 2018 a 2022, sendo o objetivo abarcar
apenas estudos mais atualizados. Critérios de exclusão são artigos replicados ou fora da temática
da pesquisa. Conforme a utilização das estratégias de busca, foram inicialmente encontrados 85
artigos nas bases de dados. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, resultaram 13 artigos.
Destas, 6 foram excluídas após a leitura de títulos e análise criteriosa dos resumos, resultando em
apenas 4 estudos que atendem o objetivo proposto para compor a revisão.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

499
Com base na análise dos estudos, ficou evidente que a concepção do acolhimento na atenção básica
partir-se possui duas vertentes, onde emergem-se estratégias para o acolhimento e impasses que interferem
na efetividade do mesmo. De acordo com Rodrigues e Nascimento (2019) o acolhimento é um mecanismo
importante na acessibilidade, estabelecimento de vínculos, desencadeamento de cuidado integral e
comutação clínica, abrangendo desde a recepção do usuário ao comprometimento integral pelas suas
necessidades, desenvolvendo nos profissionais escuta ativa e qualificada, trabalhando como ferramenta
assistencial e humanizadora, fragilizando o estigma de má qualidade prestados no serviço de saúde pública,
não representando resolução integral dos problemas apresentados pelos usuários, mas atenção
potencializada a partir da escuta, diálogo, confiança e identificação de necessidades. Em contrapartida,
fatores que interferem na efetividade dos serviços de acolhimento na atenção básica se traduzem na estrutura
física imprópria para o atendimento, sobrecarga de trabalho aos profissionais de saúde, assim como, a falta
de equipe qualificada no atendimento e incompreensão dos usuários sobre essa prática.
O acolhimento preconizado pela PNH contribui para operacionalização do trabalho em saúde,
desenvolvendo nos profissionais competências em diagnósticos, organização, comunicação e ampliação
nos seus conhecimentos de planejamento e gestão do SUS, advindo da proposta em ouvir atentamente as
demandas dos pacientes e avaliar eficientemente qual urgência, risco, magnitude e vulnerabilidade de cada
caso, sendo nessa perspectiva, modelo de tratamento para profissionais e instituições, obtendo menores
índices de doenças laborais por insatisfação, construindo atitudes ético-estético-políticos correlacionadas a
qualificação no vínculo entre usuário, profissionais e produção em saúde (VIEIRA et al. 2021).
Atribui-se nesse contexto, o estudo de Morelato et al. (2021) que abrange a identificação de
necessidades de aprendizagem dos profissionais de enfermagem sobre acolhimento no contexto da
classificação de risco da demanda espontânea na Atenção Primária à Saúde, evidenciando com o estudo
vigente as lacunas existentes no conhecimento dos profissionais acerca da PNH, gestão de atenção básica,
prática clínica e o papel do enfermeiro no modelo de saúde preconizado pelo SUS, tais necessidades de
aprendizagem mostram-se relacionadas a construção histórica do SUS, baseada ainda pelo modelo centrado
no médico, sendo esse dentre outros, aspectos que refletem na dificuldade da prática profissional inserido
nesse meio, destacando a vigência da Educação Permanente em Saúde (EPS), que considera a concepção
do trabalho do SUS como exercício cotidiano e empenhado com o coletivo, como forma de fortalecer o
acolhimento nesse espaço.
Segundo Pastana et al. (2019) as dificuldades na concretização de práticas humanizadas na atenção
básica, partem-se da falta de capacitação das equipes nesse contexto, destacando alterações realizadas no
andamento do trabalho focadas na efetivação de metas de contrato em desfavor as necessidades de saúde
dos usuários, dificultando o progresso dessas práticas e seus resultados positivos, sendo assim, propostas
que facilitam o desenvolvimento de condutas humanizadas dar-se a partir da criação de ambientes de
reflexão sobre posturas e crenças dos profissionais em relação a esses objetivos, capacitação de práticas
humanizadoras, destacando a elaboração de vínculos com os usuários e o tempo essencial para o
desenvolvimento de trabalho em equipe, visando ir além de apenas cursos pontuais e modelo bancário,
propondo propostas inovadoras de metodologias ativa, favorecendo questões éticas e humanísticas,
desenvolvendo empatia, auto reflexão e proximidade com o outro.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As práticas do acolhimento humanizado na atenção básica possui efeitos positivos reconhecidos


pelos profissionais de saúde, sendo necessário investimentos nessas práticas, assim como na percepção dos
usuários e gestores responsáveis pela construção qualificada do cuidado em saúde. Observa-se nesse
cenário, a necessidade de análises e discussões acerca do acolhimento na na atenção primária, pois, esta é
uma conduta de grande relevância na ampliação do vínculo usuário, equipe e saúde, assim como, as lacunas
existentes nos conhecimentos que abrangem a humanização na prática profissional, ambiência inadequada
para o gerenciamento dessas práticas e a assimilação de metodologias ativas para auxiliar na resolução dos
impasses encontrados.

REFERÊNCIAS

FERREIRA, G.S.; et al. As práticas da psicologia no contexto interdisciplinar no NASF: uma revisão
sistemática. Gerais, Rev. Interinst. Psicol. Belo Horizonte, v. 14, n. spe, p. 1-24, 2021 .

FEITOSA, M.V.N.; et al. Práticas e saberes do acolhimento na atenção primária à saúde: uma revisão
integrativa. Rev. Eletrônica Acervo Mais. v. 13, n. 3, p. 1-8, 2021.

500
MORELATOL; C.S.; et al. Acolhimento da demanda espontânea na Atenção Primária: necessidades de
aprendizagem de enfermeiros. Rev. Bras. de Enfermagem. v. 74, n. 2, p. 1-19, 2021.

PASTANA, I.C.A dos S.; et al. Práticas humanizadas na Atenção Básica: uma revisão sistemática
qualitativa. BIS, Bol. Inst. Saúde (Impr.). v. 20, n. 2. p. 54-62, 2019.

RODRIGUES, J.S.F.; NASCIMENTO, R. de C. de S. Acolhimento na atenção básica: uma revisão na


literatura Rev. Baiana de Saúde Pública. v. 43, n. 1, p. 169-181, 2019.

SOBRINHO, A.J.S.S.; SANTOS, J. de F. Importância da humanização na adesão dos usuários aos serviços
de saúde na atenção primária. Disciplinarum Scientia. v. 22, n. 1, p. 369-378, 2021.

VIEIRA, M.J.; et al. Acolhimento na faculdade de odontologia na UFMG: humanização no acolhimento


dos pacientes. Rev. ABENO. v. 21, n.1, p. 1-10, 2021.

501
NECESSIDADES BÁSICAS FISIOLÓGICAS ALTERADAS EM PESSOAS
IDOSAS COM DEMÊNCIA: REVISÃO DA LITERATURA

¹Lígia Layre da Costa


¹Joana Darc Chaves Cardoso

1Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Eixo temático: Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: ligia_layre@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A demência é uma doença crônica-degenerativa que afeta milhares de idosos todos os
anos. O tipo mais comum é a doença de alzheimer (DA). Há evidências de que com o avançar da doença,
ocorram alterações das necessidades básicas fisiológicas de alimentação, sono, hidratação e eliminação,
tais como, disfagia, desnutrição, distúrbios de sono, desidratação, incontinência urinária e fecal.
Acredita-se que estudar essas alterações permite identificar suas principais demandas de saúde e, assim,
subsidiar intervenções específicas direcionadas à elas. OBJETIVO: Analisar a produção científica
produzida sobre as necessidades básicas fisiológicas alteradas em pessoas idosas com demência.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados
Medical Literature Analysisand System Online (Medline) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (Lilacs), utilizou-se os seguintes termos: idoso, envelhecimento, idoso fragilizado,
demência, Doença de Alzheimer, Distúrbios do Início e da Manutenção do Sono, Distúrbios do Sono,
Sono inadequado, Transtornos de Deglutição, Transtornos da Alimentação e da Ingestão de Alimentos,
Desidratação, Hidratação, Incontinência Urinária, Incontinência Fecal e Pneumonia Aspirativa, nos
idiomas português, inglês e espanhol. Os artigos foram selecionados seguindo os critérios de inclusão:
estar disponível na íntegra gratuitamente, abordar uma ou mais necessidade fisiológica alterada em
idosos com demência e ter sido publicado entre os anos de 2017 e 2021. Foram excluídos artigos de
revisões, editoriais, teses, dissertações, artigos de opinião e reflexão teórica, diretrizes e aqueles
duplicados e, que abordavam as necessidades básicas fisiológicas sexo e homeostase, devido a
dificuldade para obtenção desses dados. Após aplicação dos critérios estabelecidos, foram selecionados
27 artigos para compor a revisão integrativa. RESULTADOS: A produção bibliográfica sobre a temática
no período analisado é constante, sendo 2017 e 2019 os anos com maior quantidade de publicações
25,9%, respectivamente (sete artigos). A área que mais publicou sobre a temática foi a médica com 16
artigos (59,2%). Os tipos de estudos mais realizados foram transversal e ensaio clínico randomizado. A
maioria dos estudos foram relacionados as alterações da alimentação e sono, e, consequentemente as
intervenções em sua maioria foram direcionadas à elas. Na alimentação, a disfagia demonstrou-se como
principal problema. Ademais, foi constatado que os distúbios de sono são rotineiros entre essa população
e foram associados à depressão e apatia. Por fim, idosos com DA apresentam alterações do sistema
imune, fato esse que, incita processos inflamatórios, e, consequentente a progressão da doença,
aumentando a probabilidade de mortalidade dessa população. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A demência é uma das doenças mais frequentes entre a população idosa, com potencial
significativo em comprometer sua qualidade de vida e predispor a complicações que aumentam a
probabilidade de morte. A disfagia e os distúbios de sono foram as alterações fisiológicas mais estudadas.
As complicações advindas dessa patologia afetam diretamente o cuidador principal e a familia,
desencadeando neles maiores níveis de estresse e sobrecarga. Acredita-se que esse estudo possa subsidiar
novas pesquisas acerca da temática e intervenções de orientações e apoio aos cuidadores, propiciando
assim uma qualidade de vida melhor para os idosos que vivem com a demência.

502
Palavras-chave: Idoso, Demência, Transtornosde Deglutição, Distúbios do Sono.

REFERÊNCIAS:

ARAHATA, M. et al. A comprehensive intervention following the clinical pathway of eating and
swallowing disorder in the elderly with dementia: historically controlled study. BMC Geriatrics, v. 17,
n. 1, 2017. Disponível em: https://bmcgeriatr.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12877-017-0531-3.

BROMUNDT, V. et al. Effects of a dawn-dusk simulation on circadian rest-activity cycles, sleep, mood
and well-being in dementia patients. Experimental Gerontology, v. 124, 2019. DOI:
10.1016/j.exger.2019.110641.

DOMINGOS OLIVEIRA, B. H. et al. Relações entre padrão do sono, saúde percebida e variáveis
socioeconômicas em uma amostra de idosos residentes na comunidade - estudo PENSA. Ciência &
Saúde Coletiva, v. 15, n. 3, p. 851-860, 2010. Disponível em:
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=63028839027.

GAETTA, A. M. et al. Prevalence of obstructive sleep apnea in Alzheimer's disease patients. Journal of
Neurology, v. 267, n. 4, p. 1012-1022, 2019. DOI: 10.1007/s00415-019-09668-4.

503
CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 NO CONTEXTO
CARCERÁRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
¹Rillary Amaral Camelo Calheiros
¹Emily Fernandes Pereira
¹Clara Emanuelly Rodrigues Menezes
¹Ingrid dos Santos Silva
¹Thaysa Maria Vieira Justino
²Kalliny Mirella Gonçalves Barbosa
¹Michelle Christini Araújo Vieira

1Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Petrolina, Pernambuco, Brasil.


2Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Feira de Santana, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor:
rillary.calheiros@discente.univasf.edu.br

1 Resumo

INTRODUÇÃO: O sistema prisional brasileiro, sobretudo o feminino, é marcado por diversas falhas em
assegurar os direitos fundamentais ao indivíduo. Somado a isso, o contato íntimo e prolongado entre as
reeducandas, bem como as celas mal ventiladas, configuram-se como fatores condicionantes ao
desenvolvimento e a disseminação de doenças infectocontagiosas, entre elas a COVID-19.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo relato de experiência, realizado em uma
Cadeia Pública Feminina, com o intuito de descrever uma ação de imunização. Este relato utilizou a análise
descritiva com o intuito de caracterizar a população participante da ação e o ambiente na qual está inserida,
bem como a descrição detalhada das etapas da campanha de vacinação. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
foram administradas, aproximadamente, 30 doses de vacinas, das quais 29 correspondiam à segunda dose
e 1 à primeira dose. Outrossim, destaca-se que o quantitativo de mulheres em reclusão na CPFP que ainda
não haviam recebido a primeira ou a segunda dose do imunizante, levando em consideração a população
total de 40 Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), representava, respectivamente, 2,5 e 97,5% do montante,
e destas, 27,5% não estavam aptas a receberem a segunda dose e regularizar o esquema vacinal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo permite observar que o acesso restrito deste público aos
serviços de saúde, aliado à infraestrutura precária, ao contato contínuo com as demais PPL e às más
condições de higiene encontradas dentro do ambiente prisional, dificulta a realização de ações de promoção
à saúde, tornando-o mais vulnerável à incidência de doenças infectocontagiosas.

Palavras-chave: Vacinas; Prisões; Enfermagem.


2 INTRODUÇÃO

O sistema prisional brasileiro, sobretudo o feminino, é marcado por diversas falhas em assegurar
os direitos fundamentais ao indivíduo. Os principais problemas permeiam desde o nível estrutural, como a
superlotação e infraestrutura sucateada, até os percalços na assistência, haja vista o acesso inadequado aos
serviços de saúde e a escassez de políticas de atenção às Pessoas Privadas de Liberdade (PPL). Somado a
isso, o contato íntimo e prolongado entre as reeducandas, bem como as celas mal ventiladas, configuram-
se como fatores condicionantes ao desenvolvimento e a disseminação de doenças infectocontagiosas, entre
elas a COVID-19,que se caracteriza principalmente pela sua alta virulência, tendo como meios de
transmissão: o contato com gotículas de saliva; abraços e aperto de mãos; e superfícies infectadas (SIMAS
et al, 2021; CAVALCANTI, 2022).
Neste sentido, as medidas sanitárias instituídas pelo Ministério da Saúde, como a utilização de
máscaras, higienização das mãos, ventilação dos ambientes e o distanciamento social, visam prevenir o
aumento do número de casos da doença. Entretanto, a precariedade do sistema prisional inviabiliza a
seguridade plena dessas condutas, por isso a vacinação surge como principal ferramenta atuante na redução
da transmissibilidade da covid-19 no contexto carcerário. Entende-se que um surto de covid-19 na prisão

504
põe em risco a comunidade em geral, sobretudo porque a rápida disseminação multiplica o número de
pessoas infectadas, bem como sobrecarrega os serviços de saúde. Logo, a Política Nacional de Imunização
(PNI) estabelece que as pessoas privadas de liberdade são grupos prioritários para a imunização,
evidenciando que a vacinação não surge apenas como uma estratégia de garantia à proteção das PPL, como
também preconiza a segurança dos funcionários das unidades prisionais, profissionais de saúde que atendem
as demandas do sistema penitenciário e, sobretudo, a população extramuros, que mantém o contatocom as
reeducandas durante as visitas presenciais (BRASIL, 2021; OLIVEIRA; SANTOS, 2021).
Assim, a imunização configura-se como uma estratégia capaz de proporcionar avanços na saúde
pública, reduzindo a ocorrência de casos graves e diminuindo o quantitativo de óbitos decorrentes de
complicações causadas pela infecção. Ressalta-se que as estratégias de imunização devem ser
frequentemente atualizadas, sobretudo para os grupos de maior vulnerabilidade, de acordo com a situação
epidemiológica e as necessidades de ajustes nos esquemas de vacinação. Segundo o Plano Nacional de
Operacionalização contra a Covid-19, o esquema vacinal primário completo consiste na aplicação de duas
doses, considerando a administração da segunda dose de acordo com o intervalo recomendado na bula do
fabricante e, sobretudo, com o mesmo imunizante da primeira dose, visando assegurar a melhor resposta
imune. Além disso, o Ministério da Saúde orienta a administração da dose de reforço para 4 meses após a
última dose do esquema vacinal primário(BRASIL, 2022).
Portanto, considerando a lacuna assistencial que impacta significativamente as pessoas privadas
de liberdade, mediante a falha na garantia do direito constitucional à saúde, o projeto de extensão intitulado
“Saúde da Mulher na Prisão: uma proposta de promoção à saúde”, surge como uma atuação extensionista,
visando efetivar as ações de promoção, prevenção de agravos e reabilitação da saúde e, sobretudo, romper
a cadeia de transmissão das doenças infectocontagiosas, como a COVID-19. Deste modo, o presente
trabalho possui o objetivo de relatar a experiência extensionista durante a campanha de vacinação contra a
COVID-19 realizada na cadeia pública feminina de uma cidade do Submédio do Vale do São Francisco.

3 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, do tipo relato de experiência, que descreve a vivência
de extensionistas do curso de Enfermagem, durante a realização de uma campanha de vacinação contra a
COVID-19 em março de 2022. Ressalta-se que a ação foi promovida pelo projeto de extensão intitulado
“Saúde da Mulher na Prisão: uma proposta de promoção à saúde”. O cenário de realização deste trabalho
se deu em uma Unidade Prisional Feminina, localizada em uma cidade do Submédio do Vale do São
Francisco. No momento da ação, a unidade prisional possuía um quantitativo total de 40 pessoas, as quais
estavam distribuídas em dez celas. A população do estudo é composta por, aproximadamente, 30 pessoas
em situação de cárcere que estavam na Unidade no dia da ação que aceitaram participar da campanha de
vacinação realizada pelos extensionistas do projeto, e que não apresentavam contraindicações ao
imunizante. Os dados foram coletados a partir de uma ação de vacinação, que envolveu um quantitativo de
seis discentes de enfermagem da Universidade Federal do Vale do São Francisco e a preceptora responsável
pela equipe do Projeto de Extensão. Todas as informações relativas à administração dos imunizantes foram
registradas em uma planilha eletrônica elaborada pelos extensionistas, nela constam o nome completo das
mulheres vacinadas; nome da mãe; data; lote e imunizante administrado. Este relato utilizou a análise
descritiva com o intuito de caracterizar a população participante da ação e o ambiente na qual está inserida,
bem como a descrição detalhada das etapas da ação, que consistem em: levantamento da situação vacinal;
reuniões científicas e capacitação dos discentes; solicitação dos insumos necessários para a realização da
ação; gerenciamento; organização da ação e condutas pós-vacinação. Ressalta-se que este relato seguiu as
normas estabelecidas pelas Resoluções 466/12 e 510/16 do Conselho Nacional de Saúde, que dispõe
diretrizes e normas que regulamentam pesquisas envolvendo seres humanos. Dessa maneira, para a
realização de atividades para fins de pesquisa e extensão foi necessário a anuência da instituição. Além
disso, as atividades de pesquisa vinculadas ao projeto estão aprovadas pelo comitê de ética sob parecer nº
5.246.073 e CAAE 53114221.7.0000.8052.

4 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O planejamento da atividade iniciou-se mediante a realização do levantamento da situação vacinal


das mulheres residentes da unidade carcerária, evidenciando-se que, da população formada por 40 pessoas,
39 não possuíam a segunda dose do esquema vacinal contra a COVID-19 e 1 mulher não possuía nenhuma
dose do imunobiológico. Entretanto, deste montante, 10 mulheres não estavam no período correto para
realizar a administração da dose de reforço, pois, conforme estipulado pelo Ministério da Saúde, no período
em que foi realizada a ação, deveria existir um intervalo de 4 meses entre última dose do esquema vacinal
primário e a dose de reforço (BRASIL, 2022).
Partindo dessa perspectiva, foram realizadas reuniões científicas com o intuito de capacitar os

505
membros da equipe em relação à técnica correta de administração do imunizante; possíveis
contraindicações; vacinações simultâneas e efeitos colaterais; além de informações referentes aos diversos
imunobiológicos utilizados, suas tecnologias e especificidades de armazenamento. Toda a logística da ação
foi organizada pelos extensionistas, que contactaram a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município
através de um ofício que solicitava as doses dos imunobiológicos e materiais necessários para realização da
atividade. A solicitação está amparada no fato de que a população privada de liberdade, conforme previsto
pelo Ministério da Saúde, se caracteriza como grupo prioritário para a vacinação, devido ao contatoíntimo e
prolongado, em condições insalubres, que propiciam a disseminação de doenças respiratórias (BRASIL,
2022; BRASIL, 2014; SÁ et al., 2021).
A ação de vacinação iniciou-se com a realização de uma prática educativa, que percorreu cela a
cela na instituição, na qual os extensionistas abordaram questões relativas ao imunizante que seria
administrado na Campanha de Vacinação, enfatizando para as mulheres a importância da vacinação como
principal ferramenta de prevenção para o desenvolvimento da doença e esclarecendo dúvidas que estas
possuíam a respeito da imunização e seus possíveis efeitos colaterais. Além disso, os extensionistas
utilizaram o momento para realizar uma triagem, buscando identificar indivíduos que possuíssem alguma
contraindicação à administração do imuno, tais como: a apresentação de sinais gripais e/ou febre no
momento da vacinação (BRASIL, 2022)
Em seguida, as mulheres foram encaminhadas, de cela em cela, para a realização do preenchimento
dos cartões de vacinação com informações contendo: nome completo; filiação; sexo; imunobiológico
administrado; dose; lote; validade; e aprazamento para a próxima dose, quando necessário. Posteriormente,
adentraram em pares na sala de vacinação, onde a vacina foi administrada pelos extensionistas do projeto,
sob orientação da docente coordenadora. Destaca-se que a atividade foi realizada em um local seguro e
devidamente climatizado, a fim de conservar a temperatura adequada do imunizante.
Ressalta-se que todas as informações relativas às doses administradas foram devidamente
registradas nas planilhas de controle do projeto de extensão. Além disso, todo o material e as doses
remanescentes foram entregues à Secretaria Municipal de Saúde, bem como a planilha de registro elaborada
pelos extensionistas, na qual constava o nome completo das mulheres que participaram da ação; nome da
mãe; endereço; dose; lote; imunobiológico e assinatura do extensionista que realizou a administração, a fim
de que estas informações fossem adicionadas aos Sistemas de Informação, conforme preconiza o Ministério
da Saúde (BRASIL, 2022).
Por fim, foram administradas, aproximadamente, 30 doses de vacinas, das quais 29 correspondiam
à segunda dose e 1 à primeira dose. Outrossim, destaca-se que o quantitativo de mulheres em reclusão na
CPFP que ainda não haviam recebido a primeira ou a segunda dose do imunizante, levando em consideração
a população total de 40 PPL, representava, respectivamente, 2,5 e 97,5% do montante, e destas, 27,5% não
estavam aptas a receberem a segunda dose e regularizar o esquema vacinal. Tal quantitativo enfatiza a
dificuldade de acesso aos serviços de saúde das pessoas privadas de liberdade, uma vez que este grupo
configura-se como prioritário para o recebimento de imunobiológicos, mas, até o momento da ação,
encontrava-se predominantemente sem esquema vacinal completo. Posto isto, destaca-se a dificuldade da
inserção das pessoas privadas de liberdade nas estratégias de promoção à saúde, o que representa um
obstáculo para a proteção dos direitos à saúde das reeducandas.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo permite observar que o acesso restrito deste público aos serviços de saúde, aliado à
infraestrutura precária, ao contato contínuo com as demais PPL e às más condições de higiene encontradas
dentro do ambiente prisional, dificulta a realização de ações de promoção à saúde, tornando-o mais
vulnerável à incidência de doenças infectocontagiosas. Neste sentido, reitera-se a importância da vacinação
para as pessoas em situação de cárcere no que tange a prevenção, controle e disseminação de doenças.
Todavia, embora esse segmento populacional seja considerado vulnerável e prioritário, pelo Ministério da
Saúde, para o recebimento de imunizantes, é possível observar que os fatores intramuros e extramuros
dificultam a efetividade da garantia de direitos desta população às políticas de promoção à saúde, sobretudo
no que se refere às políticas de imunização.
Neste contexto, reitera-se a importância da atuação extensionista neste cenário de vulnerabilidade
social, principalmente no que tange ao aumento da cobertura vacinal, a redução dos danos à saúde e,
consequentemente, à diminuição da incidência de doenças infectocontagiosas dentro do ambiente
carcerário. Não obstante, o projeto extensionista também visa contribuir para a formação dos estudantes,
uma vez que os permite atuar no campo teórico-prático como agentes provedores de cuidado para a garantia
de direitos e promoção à saúde, suprindo o vazio assistencial da população privada de liberdade.

506
6 REFERÊNCIAS

BRASIL, Conselho Nacional de Justiça(CNJ). Orientação conjunta sobre a atualização dos protocolos
de prevenção da Covid-19 em espaços de privação de liberdade. Brasília: Conselho Nacional de Justiça,
2021.

BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano Nacional de Operacionalização


da Vacinação contra a Covid-19. Brasília: Ministério da Saúde, 2022.

BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Normas e Procedimentos Para Vacinação. Brasília:


Ministério da Saúde, 2014.

CAVALCANTI, A. C. N. A privação da vida: o sistema penitenciário brasileiro frente à pandemia de


COVID-19. Revista do CEPEJ, n. 24, 2022.

OLIVEIRA, S. R. M; SANTOS, A.S. A priorização da vacinação contra a covid-19 das pessoas


privadas de liberdade no brasil. Interfaces Científicas-Direito, v. 8, n. 3, p. 192-212, 2021.

SÁ, A. P. et al. Encarceramento das pessoas privadas de liberdade e suas relações com a vulnerabilidade
das doenças infectocontagiosas. Revista Multidisciplinar em Saúde, [S. l.], v. 2, n. 4, p. 79, 2021.

SIMAS, L et al. Por uma estratégia equitativa de vacinação da população privada de liberdade contra a
COVID-19. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, 2021.

507
508
DOI 10.29327/1192726.1-41

VALOR DE INTERNAÇÃO INFANTIL DEVIDO À ASMA DOS ANOS DE 2012


ATÉ 2022 - REVISÃO EPIDEMIOLÓGICA

1 Cefas Lourenço do Carmo Júnior

1 André Luis Sousa Albuquerque

1 Fernanda de Araújo Santana Miranda

1 Júlia de Assunção Vilela

1 Rafaela Vieira Campos

1 Weldes Francisco da Silva Junior

1 Cristiane Simões Bento de Souza

1Pontifícia Universidade Católica De Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo Temático: Medicina. Saúde da criança.

Modalidade: Pôster.

E-mail: cefasjunior23@gmail.com

INTRODUÇÃO: A asma é a doença respiratória crônica mais comum da infância e caracteriza-se pela
inflamação das vias aéreas, podendo manifestar-se com sibilância, dispneia, e tosse. A doença afeta 334
milhões de pessoas no mundo e estima-se que 14% dessas sofram os sintomas da enfermidade. No Brasil,
estima-se que a prevalência da asma ativa, entre crianças e adolescentes, esteja entre 19% e 24%, tendo
29.000 internações anuais de 5 a 14 anos de idade. A maioria das internações ocorre em indivíduos com
asma moderada a grave, mas é significativo que casos com asma leve não tratada possam apresentar
exacerbações. OBJETIVO: Realizar uma análise epidemiológica quanto ao custo da internação infantil por
asma no Brasil nos últimos 10 anos. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo,
com dados obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS). Foram analisados
os números totais de internações por asma, por região e Unidade Federativa; com análise relativa da
distribuição de idade (0-19 anos de idade) no período de janeiro/2012-dezembro/2022. RESULTADOS: A
partir da análise dos dados coletados entre janeiro de 2012 e dezembro de 2022 foi possível verificar que o
valor médio das internações por asma em crianças e adolescentes com menos de 19 anos foi de R$ 563,28
no território brasileiro, sendo esse que esse valor oscilou durante o período temporal analisado, tendo o seu
pico em 2022 com R$ 637,48 e o menor valor em 2012 com R$ 528,83. Na região Norte o valor médio das
internações equivale a R$ 517,95, na região Nordeste a R$ 524,96, na região Sudeste R$ 628,77, na região
Sul R$ 573,09 e na região Centro-Oeste R$ 538,46. Dessa forma é possível evidenciar que a região Sudeste
apresenta o valor de internação mais caro em todo o território brasileiro. Entre as Unidades Federativas o
Amapá, Alagoas, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e o Distrito Federal apresentam um
valor médio de internações de R$ 606,53; R$ 644,30; R$ 602,96; R$ 664,13; R$ 614,67; R$624,90 e R$
565,14; respectivamente. É importante ressaltar que em 2020 as internações em Sergipe apresentaram um
pico que praticamente duplicou o valor das internações, atingindo o valor de R$ 1.002,54, em 2021 esse
valor foi para R$ 989,84 e em 2022 para 826,82. CONCLUSÃO: A asma é a doença respiratória mais
comum em crianças e possui alta taxa de internações anuais. Foi realizada uma análise epidemiológica
quanto ao custo dessas internações na população pediátrica brasileira de 2012 até 2022, com base em dados
do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Neste período, foi observado que na região Sudeste o

509
preço médio das internações hospitalares para menores de 19 anos foi o maior, de RS 628,77, seguido pelo
Sul (573,09 reais), Centro-Oeste (538,46 reais), Nordeste (524,96 reais) e Norte ( 517,95 reais). Dentre os
estados, São Paulo teve destaque no valor das internações nesta mesma faixa etária e período de tempo,
com RS 664,13, e em Sergipe houve um pico do preço no ano de 2020, com queda nos anos seguintes.

Palavras chave: Asma, Crianças, Internação hospitalar.

REFERÊNCIAS:

K.F. Chung, S.E. Wenzel, J.L. Brozek, A. Bush, M. Castro, P.J. Sterk, et al.

ASMA. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/asma. Acesso em:


12 fev. 2023.

ASMA | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/asma/. Acesso


em: 12 fev. 2023.

510
RISCOS DO USO OFF LABEL DA METFORMINA E FLUOXETINA PARA
EMAGRECIMENTO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
¹ Clívia Vitória dos Santos da Silva
² Jadson Nilo
Pereira Santos
¹ Graduanda, Universidade da Amazônia (UNAMA). Belém, Pará, Brasil; ² Mestre, Universidade Federal
de Sergipe (UFS). Aracaju, Sergipe, Brasil.

Eixo temático: Farmácia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor:
blchthkoja@gmail.com
INTRODUÇÃO: A aplicabilidade de medicamentos para fins não constantes em bula designa-se o termo
off label. Atualmente, a busca pelo corpo ideal leva ao uso indiscriminado desses medicamentos para
resultado rápido e satisfatório para emagrecimento, sem supervisão de profissional de saúde, acarreta danos
nocivos e diversos efeitos colaterais. No Brasil, uma variável classe de fármacos está sendo utilizada para
redução de peso. Dentre esses medicamentos, estão inclusos anticonvulsivantes, hiperglicemiantes e
antidepressivos. OBJETIVO: Esclarecer os riscos advindos do uso off label do cloridrato de metformina e
cloridrato de fluoxetina, respectivamente, hiperglicemiante e antidepressivo no contexto de emagrecimento.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de artigos completos, escritos em
inglês, espanhol e português, no recorte temporal de 2013 a 2023. Usando como base de dados o LILACS,
BVS, SciELO e PubMed, utilizando o método de busca avançada. Foi empregado os seguintes descritores
indexados no MeSH e DeCS: “Metformina”, “Fluoxetina”, “Off Label”, “Emagrecimento”, “Riscos à
saúde”. O operador booleano “and” foi utilizado para uma associação assertiva. De modo a assegurar a
qualidade dessas etapas e evitar vieses de seleção, adotou-se como estratégia procedimental a dupla
checagem de todos os estudos por mais um revisor, que atuaram de forma independente. A avaliação para
inclusão ou exclusão dos estudos tinha como parâmetros os critérios previamente estabelecidos. Em
situações de divergência de opiniões, um terceiro avaliador foi designado para repetir o processo de leitura
e emitir um novo parecer, visando garantir uniformidade, validade e rigor ao processo de inclusão dos
estudos na revisão. Assim, a amostra final foi composta por 18 artigos. A pesquisa foi realizada no mês de
janeiro de 2023. RESULTADOS: A metformina é o antidiabético oral mais recomendado para o tratamento
da Diabetes Mellitus 2, atua reduzindo os níveis de glicose e promovendo a captação no músculo. Em um
estudo realizado com 16 pacientes obesos que faziam uso para emagrecimento, apresentaram reações
adversas como: diarreia (62,5 %), anorexia (50 %), boca seca (50%), taquicardia (37,5%), sudorese (37,5%)
e náuseas (37,5%). É importante ressaltar que a metformina apesar de apresentar eficácia na perda de peso
não é um fármaco antiobesidade e a superdosagem desencadeia acidose lática, podendo levar a morte. A
fluoxetina, medicamento psicotrópico utilizando para tratamento da depressão, atua no bloqueio da
recaptação da serotonina. Contudo, por seu efeito de perda de apetite e consequente redução de peso, está
sendo empregada para emagrecimento. Em estudo onde foi testado 35 pacientes obesos que receberam
fluoxetina, apresentaram as seguintes reações adversas: anorexia (93%), insônia (30%), sonolência (30%),
náuseas (15%) e disfunção sexual (11%). A principal reação adversa grave é a ideação suicida, e seu uso
prolongado pode causar dependência física e psíquica, tolerância e abstinência. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: O cloridrato de metformina e o cloridrato de fluoxetina, ambos medicamentos não indicados para
emagrecimento, apenas possuem redução de peso como efeito adverso secundário, causando mais riscos à
saúde do que benefícios para os que fazem seu uso off label; evidenciando que causar resultados rápidos
não significa ser a recomendação mais segura a ser seguida.
Palavras-chave: Metformina, Fluoxetina, Off Label, Emagrecimento, Riscos à saúde.

REFERÊNCIAS

511
ANTÔNIO, Nathalia Cristina Leite et al. O uso Off Label de medicamentos: as fronteiras entre os benefícios
e riscos dessa prática clínica. 2017.
ARAÚJO, Ruth Sousa et al. Uso off-label dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (isrs) para
emagrecimento. Mostra Científica da Farmácia, v. 4, n. 2, 2018.
DA CONCEIÇÃO SOUSA, Débora Tahais et al. Risco do uso indiscriminado de medicamentos para
emagrecimento Risk of indiscriminate use of medicines for slimming. Brazilian Journal of Health
Review, v. 4, n. 6, p. 28589-28602, 2021.
DOS REIS GONÇALVES, Larissa Souza; DE ABREU, Thiago Pereira. O USO OFF LABEL DE
MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DA OBESIDADE NO BRASIL. Revista Ibero-
Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 10, p. 1165-1177, 2021.
TOFETI, Gabriela do Amaral Louzada. Uso off label de medicamentos antidiabéticos. 2020. Tese de
Doutorado. Universidade de São Paulo.

512
SINAIS DE COMPLICAÇÕES DECORRENTES DA CISTITE EM MULHERES

¹ Alessandro Ruan Silva de Souza

2
Klecia Nogueira Máximo

3
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário

4
Igor Marcelo Ramos de Oliveira
5
Lizandra Ellem Silva de Souza

1 Universidade Regional do Cariri- URCA, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil; 2 Centro universitário
Maurício de Nassau, Fortaleza, ceará, Brasil;

; 3 Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU - Campina Grande, Parnaíba, Brasil; 4


Estácio de Teresina, Teresina, Brasil; 5 Centro Universitário de Juazeiro do Norte– UNIJUAZEIRO,
Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil

Eixo temático: Transversal


Modalidade: Apresentação Banner

E-mail do 1° autor: jipoia111@gmail.com

INTRODUÇÃO: As infecções da bexiga, também conhecidas como Cistite, é desencadeada pela presença
de uma bactéria, com sua maior prevalecia no grupo feminino. É uma condição que causa sintomas como
polaciuria, sangue na urina, baixa frequência urinaria, ardor, dores nas costas e na região da bexiga. Se não
tratada corretamente pode levar a quadros de complicações causando desequilíbrio na saúde dessas
mulheres. OBJETIVO: O objetivo desse estudo é identificar os sinais de complicações decorrentes da cistite
em mulheres. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com abordagem
qualitativa. A pergunta norteadora foi: Quais os sintomas indicativos de complicações decorrentes da cistite
em mulheres? Para investigação foi utilizada a base de dados Scientific Electronic Library Online
(SCIELO). Os achados surgiram dos seguintes descritores: cistite and complicações. O período de busca
ocorreu de janeiro a fevereiro de 2023. Foram incluídos estudos publicados nos últimos 5 anos (2019 a
2023), nos idiomas português e espanhol, disponíveis na íntegra e excluídos aqueles com acesso pago,
trabalhos de conclusão de curso, teses, resumos e aqueles fora do contexto do tema estabelecido. Para
melhor entendimento dos achados selecionados, esses foram distribuídos em uma tabela contendo o título,
data, revista de publicação e objetivo do estudo. RESULTADOS: Foram identificados 89 artigos que após
aplicação dos critérios restaram 32 que foram analisados por uma leitura minuciosa do objetivo e conclusão
optando pela escolha de 10. As complicações são encontradas principalmente quando essa infecção passa
para os rins e vai para corrente sanguínea, causando assim outros problemas mais severos. Os sinais mais
encontrados, que são indicativos dessas ocorrências, se têm febre, dores intensas e problemas maiores ao
urinar. Se não tratada de forma correta pode levar a infecções generalizadas colocando em risco a vida
dessas pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que se a cistite não for acompanhada
corretamente pode causar complicações serias que podem levar ao óbito dos pacientes. É de estrema
importância a identificação de sinais sugestivos que podem ser identificados pelos profissionais de saúde
que devem intervir para interromper a progressão da infecção.

513
Palavras-chave: Cistite; Saúde da mulher; infecções.
REFERÊNCIAS:
DA SILVA, R. J. M. R et al. Perfil de sensibilidade e resistência antimicrobiana de uropatógenos isolados
de pacientes com cistite. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 11, p. 93535-93558, 2020.
PAGANINI, Daisy Calente; LEMPÉ, Joana Clara Netto; PEREIRA, Raphael. ANÁLISE DA RELAÇÃO
DA DOR PÉLVICA CRÔNICA EM MULHERES COM DISFUNÇÕES
TEMPOROMANDIBULARES. Revista Brasileira de Reabilitação e Atividade Física, v. 9, n. 2, p. 46-
55, 2020.
VIANA, L. P. et al. EFICÁCIA DO TRATAMENTO PROFILÁTICO EM MULHERES COM
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO RECORRENTE NÃO COMPLICADA (CISTITE). Revista
Contemporânea (Contemporary Journal), v. 2, n. 3, p. 492–522, 2022.

514
YAMAMOTO NEW SCALP ACUPUNCTURE: ABORDAGEM DA
DOR MIOFASCIAL ASSOCIADA À DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR.

DANIELA DE AZEREDO MONTEIRO

GILSON WATINAGA

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: daniazeredo@hotmail.com

Resumo

INTRODUÇÃO: A disfunção temporomandibular (DTM) é uma condição que pode afetar os músculos da
mastigação, a articulação temporomandibular e as estruturas associadas. O sintoma predominante é a dor,
impactando na qualidade de vida das pessoas. A síndrome de dor miofascial é um tipo de dor
musculoesquelética não articular, caracterizada por dor regional e tensão muscular, podendo apresentar
nódulos hipersensíveis. A acupuntura pela técnica Yamamoto New Scalp Acupuncture (YNSA) é ainda
pouco conhecida no Brasil. Emprega agulhas de acupuntura em pontos situados bilateralmente no crânio,
refletindo a totalidade do corpo humano sobre uma pequena área, sendo particularmente indicada no manejo
da dor, de disfunções neurológicas e orgânicas. Uma busca inicial nas bases de dados MEDLINE via
Pubmed, Cochrane Central Register of Controlled Trials e Google Scholar identifica ainda poucos artigos
sobre essa técnica, sugerindo efetividade para controle de migrânea, dor cervical crônica e aumento
do limiar de dor. OBJETIVO: desenvolver uma metodologia de emprego da YNSA em futuros estudos
clínicos para manejo da dor miofascial associada à DTM. METODOLOGIA: selecionar, baseado em
artigos e livros sobre a técnica, os pontos de craniopuntura com maior chance de sucesso, no manejo
da dor associada à DTM. RESULTADOS: os pontos A (YIN) e B (YIN) parecem ser os mais indicados
para o manejo da DTM, uma vez que o primeiro está relacionado com todas as condições crânio
cervicais como neuralgia trigeminal, migrânea, paralisia facial, alívio de dor, desde que passíveis de
reversão, enquanto o segundo está indicado no controle de dores no ombro, pescoço e braços.
CONCLUSÃO: A técnica YNSA parece ser uma abordagem interessante no manejo da dor miofascial
associada à DTM. Estudos clínicos podem ser desenhados a partir desta metodologia, permitindo
assim uma oportunidade de padronização dos mesmos, afim de verificar a eficácia da técnica.

Palavras-chave: Acupuntura, Disfunção temporomandibular, Cervicalgia, Yamamoto New Scalp


Acupuncture (YNSA)

515
REFERÊNCIAS:

YAMAMOTO, T et al. Yamomoto new scalp acupuncture, Medical Tribune, Tokyo, 2003.

RÉUS, J. C. et al. Association between primary headaches and temporomandibular disorders. The Journal
of the American Dental Association, v. 153, n. 2, p. 120-131.e6, fev. 2022.

CORREIA, L. M. F.; ALBERTI, D.; LOPES, S. S. Evaluation of chronic head and neck myofascial pain
control with Yamamoto New Scalp Acupuncture in eight weeks follow-up period. Revista Dor, v. 16, n. 2,
2015.

516
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
UMA REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA
¹Eduardo Alves da Silva Júnior
¹Tuanny Beatriz dos Santos Lima
²Mérlim Fachini
³Alvim João Faust
4
Érica de Andrade Alves da Silva
5
José Luiz do Nascimento Silva
6
Pablo Campos Oliveira Do Prado
7
Jordan Moura Vieira

1Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil;
1Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil; 2Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil; 3Universidade Maria Auxiliadora. Assunção, Paraguai.
Brasil; 4Centro Universitário CESMAC. Maceió, Alagoas, Brasil; 5Universidade Federal do Pernambuco.
Recife, Pernambuco, Brasil; 6Universidade Estadual De Goiás. Campos Belos, Goiás, Brasil;
7Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
Email do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com

Resumo:

Introdução: As cardiopatias congênitas são anomalias estruturais do coração que ocorrem


durante a gestação, também conhecidas como doenças cardíacas congênitas. Estas anomalias são
a causa mais comum de morte infantil relacionada a doenças, sendo responsáveis por mais de 1/3
das mortes em crianças com menos de um ano de idade. Elas podem ser causadas por fatores
genéticos, fatores ambientais ou uma combinação de ambos. As cardiopatias congênitas podem
variar de formas leves a graves, dependendo da gravidade da anomalia, da extensão da lesão e
dos fatores de risco associados. Objetivos: Diante da importância do tema abordado, este estudo
tem como objetivo discorrer sobre o diagnóstico e tratamento das cardiopatias congênitas.
Metodologia: Consistiu em revisão narrativa da literatura, elaborada a partir da seleção de 3
(três) artigos científicos publicados nas bases de dados: Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS). Inicialmente, o tema estabelecido foi “diagnóstico e tratamento das
cardiopatias congênitas uma revisão narrativa da literatura”. A busca foi conduzida a partir do
uso de descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “Doenças e Anormalidades Congênitas,
Hereditárias e Neonatais”, “Cardiopatias Congênitas”, “Saúde da Criança”. Com objetivo de
encontrar artigos relacionados à temática, foram utilizados os seguintes critérios de inclusão:
artigos científicos disponíveis na íntegra, publicados nos últimos dez anos, correspondendo ao
período de 2013 a fevereiro de 2023, sendo selecionados os trabalhos escritos em língua
portuguesa. Resultados e Discussões: O diagnóstico de cardiopatias congênitas geralmente é
realizado com exames de imagem, como ultrassonografia fetal, ecocardiograma fetal ou exames
de imagem pós-natal, como radiografia, tomografia computadorizada ou RM. O diagnóstico
também pode ser feito com exames de sangue, como cromossomopia ou testes genéticos, para
verificar se há anormalidades cromossômicas. Algumas vezes, a cardiopatia congênita pode ser

517
diagnosticada durante o pré-natal com o uso de um fetoscópio, que é um dispositivo especial
usado para visualizar o coração do bebê. O tratamento de cardiopatias congênitas depende do
tipo específico de cardiopatia e do estado de saúde do paciente, em alguns casos, é possível tratar
a condição com medicamentos; em outros, cirurgia pode ser necessária. Algumas opções de
medicamentos incluem os anti-hipertensivos, para pressão alta e reduzir o tamanho do coração,
os vasodilatadores para ajudar a dilatar as artérias e melhorar o fluxo sanguíneo, os diuréticos
para tratar o inchaço e reduzir o tamanho do coração, os anticoagulantes para evitar formação de
coágulos. Considerações finais: As cardiopatias congênitas são um grupo de doenças cardíacas
que se desenvolvem durante o desenvolvimento fetal. Elas afetam todas as idades, raças e etnias,
elas são uma das principais causas de mortalidade infantil e estão associadas a complicações
graves. Ao longo dos anos, avanços na medicina permitiram que mais crianças sejam
diagnosticadas mais cedo e tratadas com maior sucesso. No entanto, ainda há muito o que ser
feito para melhorar o tratamento e reduzir a incidência de cardiopatias congênitas.

Palavras-chave: Doenças e Anormalidades Congênitas, Hereditárias e Neonatais,


Cardiopatias Congênitas, Saúde da Criança.

518
1 INTRODUÇÃO

As cardiopatias congênitas são anomalias estruturais do coração que ocorrem durante


a gestação, também conhecidas como doenças cardíacas congênitas. Estas anomalias são a causa
mais comum de morte infantil relacionada a doenças, sendo responsáveis por mais de 1/3 das
mortes em crianças com menos de um ano de idade (BERNARDO, et al., 2022).
Elas podem ser causadas por fatores genéticos, fatores ambientais ou uma combinação
de ambos. As cardiopatias congênitas podem variar de formas leves a graves, dependendo da
gravidade da anomalia, da extensão da lesão e dos fatores de risco associados (MELO E LIMA,
et al., 2022).
Os sintomas variam de acordo com a idade do paciente, e podem incluir falta de ar,
fadiga, taquicardia, cianose, crescimento inadequado, dificuldade para alimentar-se e desconforto
abdominal (AIELLO, et al., 2021).
O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento das cardiopatias congênitas. O
diagnóstico precoce pode ajudar a evitar complicações graves, permitindo aos médicos iniciarem
o tratamento adequado de forma rápida (MELO E LIMA, et al., 2022).
O tratamento das cardiopatias congênitas depende do tipo e gravidade da anomalia e pode
incluir terapia farmacológica, cirurgia ou intervenção cardíaca (BERNARDO, et al., 2022).
Diante da importância do tema abordado, este estudo tem como objetivo discorrer sobre
o diagnóstico e tratamento das cardiopatias congênitas.

2 METODOLOGIA

Consistiu em revisão narrativa da literatura, elaborada a partir da seleção de 3 (três)


artigos científicos publicados nas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS).
Inicialmente, o tema estabelecido foi “diagnóstico e tratamento das cardiopatias
congênitas uma revisão narrativa da literatura”. A busca foi conduzida a partir do uso de
descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “Doenças e Anormalidades Congênitas, Hereditárias e
Neonatais”, “Cardiopatias Congênitas”, “Saúde da Criança”.

519
Com objetivo de encontrar artigos relacionados à temática, foram utilizados os seguintes
critérios de inclusão: artigos científicos disponíveis na íntegra, publicados nos últimos dez anos,
correspondendo ao período de 2013 a fevereiro de 2023, sendo selecionados os trabalhos escritos
em língua portuguesa.
E, critérios de exclusão: outras formas de publicação que não fossem artigos científicos,
como teses, informes científicos, resenhas críticas e monografias, artigos científicos incompletos
e que ultrapassassem o período proposto.
Após a leitura dos resumos obtidos, foram selecionados os 3 trabalhos que mais
abordaram o tema proposto para comporem a presente revisão.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para Bernardo, et al., (2022), os sintomas das cardiopatias congênitas podem variar de
acordo com o tipo de condição, mas alguns sintomas comuns incluem: falta de ar, cansaço, cianose
(pele pálida ou azulada), inchaço dos tornozelos, pés e mãos, síncope (desmaio), palidez,
respiração difícil ou irregular, taquicardia (aceleração da frequência cardíaca), falta de ganho de
peso ou crescimento insuficiente, falta de apetite, irritabilidade, desmaios, respiração rápida,
fraqueza e tosse persistente.
Conforme o estudo realizado por Aiello, et al., (2021), o diagnóstico de cardiopatias
congênitas geralmente é realizado com exames de imagem, como ultrassonografia fetal,
ecocardiograma fetal ou exames de imagem pós-natal, como radiografia, tomografia
computadorizada ou RM.
Corroborando ao estudo anterior, Melo e Lima, et al., (2022), o diagnóstico também pode
ser feito com exames de sangue, como cromossomopia ou testes genéticos, para verificar se há
anormalidades cromossômicas. Algumas vezes, a cardiopatia congênita pode ser diagnosticada
durante o pré-natal com o uso de um fetoscópio, que é um dispositivo especial usado para
visualizar o coração do bebê. O diagnóstico definitivo de cardiopatias congênitas só pode ser
feito com um exame físico completo do bebê, bem como com exames de imagem e de sangue
(AIELLO, et al., 2021).
Para Bernardo, et al., (2022), o tratamento de cardiopatias congênitas depende do tipo
específico de cardiopatia e do estado de saúde do paciente, em alguns casos, é possível tratar a
condição com medicamentos; em outros, cirurgia pode ser necessária. Algumas opções de
medicamentos incluem os anti-hipertensivos, para pressão alta e reduzir o tamanho do coração,
os vasodilatadores para ajudar a dilatar as artérias e melhorar o fluxo sanguíneo, os diuréticos
para tratar o inchaço e reduzir o tamanho do coração, os anticoagulantes para evitar formação de
coágulos.
Em casos que a cirurgia é necessária, podem ser realizadas a correção de válvula para
reparar ou substituir as válvulas cardíacas defeituosas, a cirurgia de coração aberto, para reparar
ou reconstruir o coração, o implante de marca-passo para regular os batimentos cardíacos, a
cirurgia de implante de dispositivo para ajudar a controlar a frequência cardíaca, o transplante de
coração para substituir o coração doente por um coração saudável (MELO E LIMA, et al., 2022).
Além disso, é importante que o paciente com cardiopatia congênita siga um estilo de vida
saudável e pratique atividades físicas regulares. O controle do peso também é importante, pois
pode ajudar a reduzir a pressão sobre o coração (BERNARDO, et al., 2022).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As cardiopatias congênitas são um grupo de doenças cardíacas que se desenvolvem


durante o desenvolvimento fetal. Elas afetam todas as idades, raças e etnias, elas são uma das
principais causas de mortalidade infantil e estão associadas a complicações graves.

520
Ao longo dos anos, avanços na medicina permitiram que mais crianças sejam
diagnosticadas mais cedo e tratadas com maior sucesso. No entanto, ainda há muito em que ser
feito para melhorar o tratamento e reduzir a incidência de cardiopatias congênitas.
É importante que os pais e profissionais da saúde estejam cientes dos sintomas e fatores
de risco para cardiopatias congênitas, para que possam ser tratadas o mais rapidamente possível.

REFERÊNCIAS

AIELLO, V. D.; et al. Lista de Diagnósticos de Cardiopatias Congênitas da Classificação


Internacional de Doenças 2011 (CID-11): Aspectos da Tradução para o Português. Arquivos
brasileiros de cardiologia (Impresso)., v. 117, n. 3 p. 558-560, 2021.

BERNARDO, R. D. P.; et al. Cardiopatia fetal e estratégias de enfrentamento para a equipe de


saúde: Uma revisão integrativa. Saúde Coletiva., v. 12, n. 76, p. 10442-10453, 2022.

MELO E LIMA, T. R.; et al. Perfil epidemiológico e clínico de crianças hospitalizadas com
cardiopatias congênitas. Revista de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial (Impresso).,
v. 22, n. 2, p. 25-31, 2022.

521
DOI 10.29327/5208636.2-21

DETERMINANTES EM SAÚDE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO PRÉ-


PANDEMIA DE COVID-19

DETERMINANTS OF HEALTH IN THE BRAZILIAN TERRITORY BEFORE


THE PANDEMICS OF COVID-19

ALAN SALES BARBOSA


Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Fisiologia e Farmacologia (PPG FisFar)
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

SÉRGIO XAVIER DE CAMARGO


Professor Doutor do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina
(FAMED) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

522
Resumo
O conceito atual de saúde é largamente visto e aplicado segundo define a Organização Mundial da Saúde
(OMS) como um “estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de
doença ou enfermidade”. Essa perspectiva holística transforma tanto fatores intrínsecos quanto extrínsecos
ao sujeito individual em fatores de sua posição como sujeito social, que modela e é modelado pela sociedade
em que vive, de modo que todos esses fatores constituem os determinantes em saúde que, por essa
conceituação, são aqui trabalhados. Portanto, estabeleceu-se o presente estudo com o objetivo geral de
extrair os principais determinantes em saúde a partir de dados de diferentes macrorregiões socioeconômicas
do Brasil na diversidade de cada uma delas, averiguando como esses determinantes dependem e podem
guiar políticas públicas, algo especialmente importante no contexto de uma pandemia. Metodologicamente,
fizeram-se comparações qualitativas de dados governamentais estaduais, regionais e nacionais, e análises
críticas lógico-dedutivas ao intercorrelacionar fatores basais e determinantes e condições de saúde deles
derivados, buscou-se alcançar informações sobre os principais determinantes sociais da saúde no Brasil
como um todo. Observou-se significante mortalidade e morbidade por doenças infecciosas e parasitárias,
um padrão de “terceiro mundo” principalmente nas macrorregiões Norte e Nordeste: genericamente, as
menos urbanizadas, menos abundantes economicamente e com as maiores disparidades educacionais. Em
todas as macrorrregiões, basicamente, observou-se deficiências na promoção e na prevenção em saúde por
baixas acessibilidade e qualidade de atenção e de atendimento, bem como altos percentuais de acidentes de
trabalho e de mortes evitáveis, relacionados com populações de baixa renda. Houve também aumento geral
na mortalidade da população idosa, a despeito do aumento na expectativa de vida ao nascer, além de anos
de vida insalubre por morbidades de doenças crônicas como neoplasias, diabete melito e condições
cardiovasculares, respiratórias e neuropsiquiátricas, algo visto mesmo em regiões de maior abundância
financeira e melhor alcance educacional, um “padrão de países desenvolvidos”. Concluíu-se que, não
surpreendentemente, os principais determinantes estruturais em saúde do Brasil ainda são as condições de
educação, ocupação profissional e renda (como mostrado no resumo gráfica deste trabalho), os quais,
notavelmente, são corroborados pelas análises de dados das macrorregiões socioeconômicas brasileiras. O
Brasil se apresenta em uma etapa de transição e, mesmo tendo um sistema de saúde constitucionalmente
universal, integral, equânime e com participação popular, isso só se tornará verdade para o conceito de
saúde contando com maiores investimentos governamentais e políticas públicas orientadas pelos dados em
todas as esferas federativas.
Palavras-chave: Determinantes Sociais de Saúde; macrorregiões socioeconômicas brasileiras; pré-
COVID-19.

ABSTRACT
The actual concept of health is largely seen and applied as defined by the World Health Organization
(WHO) as a “complete state of physical, mental and social well-being, and not only the absence of disease
or infirmity”. This holistic perspective transforms as many intrinsic as extrinsic factors from the individual
subject into factors of their position as a social subject, who models and is modelled by the society in which
they live, on a way that all of those factors constitute the determinants of health which, by this
conceptualization, are herewith studied. Therefore, this hereby study generally aimed to extract the main
determinants of health after different data from socioeconomical macroregions of Brazil in the diversity of
each one, analyzing how these determinants relate and may guide public policies, something especially
important in the context of a pandemics. Methodologically, the application of qualitative comparisons of
states’, regional and national data, and critical, logical-deductive analyses by intercorrelating basal factors
and both health determinants and conditions derived from them, sought to discover some information about
the main social determinants of health in Brazil as a whole. Significant mortality and morbidity by infectious
and parasitic diseases were observed, a “third-world country” pattern mainly in the macroregionsNorth and
Northeast: generically, the least urbanized, the least financially abundant, and the ones with the largest
educational disparities. In all the macroregions, basically, deficiencies in promotion and prevention of heath
by low accessibility and quality of attention and treatment were observed, as well as high percentages of
work accidents and avoidable deaths, both corelated to low-income populations. There wasalso a general
increase in mortality of the elderly population, despite the increase in life expectancy at birth, besides a rise
in lost healthy years of life by morbidities from chronic diseases such as cancers, diabetes mellitus, and
cardiovascular, respiratory and neuropsychiatric conditions, something seen even in the regions of larger
financial abundance and broader reach in education, a “developed country pattern”. Not surprisingly, the
conclusion that the main structural determinants of health in Brazil still are the conditions of education,
professional occupation, and income (as shown in the graphical abstract from this work), which, notably,
are supported by analyzing the data from the Brazilian socioeconomical macroregions. Brazil presents
itself in a transition phase and, even though it has a health system constitutionally universal, integral,
equanimous, and with popular participation, this only will become true for the concept health counting on

523
higher governmental investments and public policies oriented by data in all of the federative spheres.
Keywords: Social Determinants of Health; socioeconomical macroregions of Brazil; pre-COVID-19.

524
1 INTRODUÇÃO

A partir da definição de saúde dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), definida em 1978 durante
a existência da então União Soviética e em demanda internacional (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA
SAÚDE, 1978), entende-se o conceito de saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e
social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade. Esse conceito foi amplamente discutido
como excessivamente subjetivo e idealista ao longo dos anos (p. ex. SEGRE E FERRAZ, 1997), criando
tensões entre diferentes vertentes de compreensão de organização e desenvolvimento da saúde de uma
sociedade e de sua população (ALMEIDA-FILHO, 2002 apud BUSS E PELLEGRINI FILHO, 2007), como
citado abaixo:

“A própria história da OMS oferece interessantes exemplos dessa tensão, observando-se períodos
de forte preponderância de enfoques mais centrados em aspectos biológicos, individuais e
tecnológicos, intercalados com outros em que se destacam fatores sociais e ambientais.”
BUSS E PELLEGRINI FILHO, 2007, p. 78.

Assim, ainda que tenha passado por complementações pela organização, a definição do conceito
de saúde não foi alterada (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2020) e foi criada, em 2005, a
Comissão sobre Determinantes Sociais da Saúde da OMS. Portanto, tendo sob sua regência o constituído
Sistema Único de Saúde (SUS), como sistema universal regido por princípios de cunho holístico segundo
a Constituição Federal (BRASIL, 1988 [2023]), o Ministério da Saúde do Brasil reproduz e aplica, como
demais países, os mesmos parâmetros e se utiliza do conceito da OMS, tanto para fins teóricos, quanto para
as práticas administrativa e clínica.

Dessa definição, pode-se observar, a citar, a relatividade do diagnóstico de uma condição diferente
da saudável, bem como dos próprios conceitos de doença, enfermidade e, estendendo, mal ou patologia,
termos também utilizados no Brasil tanto no senso comum quanto no contexto profissional (REZENDE,
2014). Ainda, percebe-se que não apenas fatores intrínsecos ao sujeito, sejam inatos (p. ex.: perfil genético)
ou adquiridos (p. ex.: desenvolvimento pré-natal e pós-natal), influenciam esse estado de bem-estar
holístico. Há influências externas muito relevantes, sendo todo esse conjunto de fatores e influências o que
se conhece por determinantes em saúde. Isso é relevante ao ponto em que, sem um sentimento de harmonia
social, não é possível alcançar um verdadeiro estado de saúde, em cada indivíduo, para além de bons
parâmetros de saúde coletiva.

Diferente do que Garbois, Sodré e Dalbello-Araujo (2017) discutem, não se considera aqui uma
diferença excludente entre “determinação social da saúde” e os “determinantes sociais da saúde”, já que os

525
últimos fazem parte da primeira e por tudo que estes encompassam sem ser possível desprezar realmente
os fatores individuais: nenhuma análise, mesmo enviesada, será capaz de “se purificar” desses fatores.
Nesse sentido, também se discorda da fragmentação debatida já por Buss e Pellegrini Filho (2007). Tem-
se aqui. ao mencionar influências externas, que estas não se separam do sujeito em si. Afinal, como parte
da sociedade, ele cocria os fatores e as condições, vistas como mais individuais ou mais sociais, que
determinam seu estado de saúde e seu acesso às oferta e prestação de serviços de saúde.

É oportuno introduzir aqui, pois, o conceito de determinantes sociais de saúde ou, mais simples,
genérica e integralmente, de determinantes em saúde trabalhado. De acordo com o que se considera aqui
neste estudo, não se os veem como determinantes distintos e nem fragmentados, mas como fatores
integrados da determinação social da saúde, os quais não se restringem ao extrínseco ao sujeito, mas ao que
o permeia e faz permear, individual e coletivamente. O fluxograma exibido na Figura 1 expressa
consonantemente nossa visão sobre os determinantes sociais de saúde, assim como o da Figura 2 revela os
pontos em que intervenções podem ser feitas sobre os determinantes (numerais romanos).

Figura 1: Modelo de Determinantes Sociais da Saúde. SOLAR E IRWIN, 2010 apud GARBOIS,
SODRÉ E DALBELLO-ARAUJO, 2017.

Figura 2: Modelo de Determinantes Sociais da Saúde de Diderichsen e Hallqvist. DIDERICHSEN,


EVANS E WHITEHEAD, 2001 apud BUSS E PELLEGRINI FILHO, 2007.

526
O Brasil apresenta uma grande diversidade ambiental, demográfica, étnica e cultural, a qual se
refletiu, historicamente, em disparidades socioeconômicas significativas. Entendendo, pois, a saúde como
parte integral e indissociável de todos esses contextos, percebe-se uma multiplicidade de realidades
nutricionais, sanitárias, epidemiológicas e de atendimento e atenção em saúde ao longo do território
nacional (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2009). De fato, é indiscutível
que, sem um conhecimento não só atualizado como compilado dessas realidades das condições de saúde e
seus determinantes subjacentes, políticas públicas não podem ser guiadas para buscarem oferecer o mais
perto do ideal de saúde, enquanto direito fundamental, a todos e independente da região do país em que
cada um vive.

Portanto, o presente estudo se propõe a investigar os principais determinantes da saúde no Brasil


até o último relatório disponível antes da pandemia de COVID-19 e discutir seus efeitos através da análise
crítica de dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Assim, esperamos apresentar uma leitura ampla
e correlacional dos dados apresentados, útil à consciência da vivência clínica brasileira e do estado de saúde
de sua população em diferentes regiões nacionais. Esperamos, ainda, compreender a dinâmica de saúde e
de seus fatores que prepararam ou faltaram com a nação durante a referida pandemia a partir do primeiro
trimestre de 2020.

2 METODOLOGIA

Este estudo possui, por objetivo, a demonstração de como diferentes fatores socioeconômicos e
epidemiológicos relacionados qualitativamente com os determinantes sociais de saúde lato sensu no Brasil
dependem das ações do Estado para a realização de uma prestação positiva ao direito à saúde. Informado
das diferenças nesses fatores e determinantes entre as macrorregiões brasileiras e os correlacionando
internamente entre si e externamente em graus segundo a lógica de parametrização apresentada
anteriormente na Figura 1, visou-se compreender melhor os principais efeitos dos determinantes em saúde,
bem como suas raízes como os principais determinantes em saúde no pais.

Para tanto, utilizou-se de uma metodologia de análises comparativas de dados compilados pela
Organização Pan-Americana da Saúde e publicados entre a documentação do antigo Departamento de
Informática do SUS (DATASUS) com o título de “Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil: Conceitos
e Aplicações” (REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE, 2008). Através de uma

análise crítica desses resultados comparativos e a partir de argumentação dedutiva utilizando-se desses e de

527
outros dados governamentais, não deixando de complementar com análises lógicas próprias e extrapolando
para conclusões mais genéricas e nacionalmente relevantes, produziram-se informações derivadas e
abstraídas sobre os determinantes em saúde per se.

528
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As macrorregiões Sul e Sudeste compreendem quase 60% da população do país e são as mais
urbanizadas junto à Centro-Oeste (74%, 88% e 81% respectivamente). Essa estrutura impacta
profundamente o estilo e a qualidade de vida, em verdade, aumentando a disparidade de rendas entre as
regiões geográficas, entretanto com aumento nas taxas de desemprego em todas as macrorregiões (REDE
INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE, 2008). Desse modo, as classes
economicamente mais vulneráveis sofrem com menor assistência em saúde, como reflete o dado de razão
de mortalidade materna, que aumentou em vários estados de 1997 a 2004.
Outro fator que influencia profundamente as condições de saúde e os caminhos que elas sugerem
em termos de políticas públicas a serem tomadas é a mudança no perfil etário da população brasileira. Com
um certo atraso relativo a países desenvolvidos, mas seguindo a tendência mundial, o número de crianças
menores de cinco anos no Brasil caiu 2,4% de 1991 a 2005, junto com a taxa de natalidade no país (de 23,39
para 18,17 em 2004), enquanto o estrato da população idosa brasileira cresceu 1,9%. Outro dado querevela
essa mudança demográfica ainda mais claramente é o índice de envelhecimento, que contabiliza o número
de pessoas de 60 anos de idade ou mais para cada 100 pessoas menores de 15 anos: em média, no país, esse
índice cresceu de 21% a 33,9% (REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE, 2008).
Havendo mais pessoas idosas, não é necessariamente surpreendente o aumento na taxa de
mortalidade de pessoas com 60 anos ou mais (de 49,7% em 1990 para 58,6% em 2004), contudo esse dado
carrega características antagônicas: a expectativa de vida ao nascer aumentou em 5,2 anos, atingindo 72,1
anos em média em 2005; não obstante, a mortalidade por neoplasias, diabete melito e outras doenças
crônicas dos aparelhos circulatório e respiratório aumentaram em todas as regiões, com exceção da Sul, de
1996 a 2004 (REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE, 2008), indicando que
esses anos a mais de vida não necessariamente são saudáveis.
De fato, indicadores diversos de morbidades refletem isso. O número de pessoas com HIV ou
hepatite B aumentaram em geral, além do aumento de casos confirmados de sífilis congênita nas regiões
Norte e Nordeste entre 2004 e 2005. Doenças parasitárias como leishmaniose visceral e malária também
tiveram suas incidências aumentadas nessas duas regiões (REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÃO
PARA A SAÚDE), ainda que nenhum dos insetos vetores seja endêmico a elas, apontando outro indicativo
de se tratar de determinantes sociais da saúde. Outro indicador disso é um novo aumento nas taxas de
incidência de acidentes de trabalho e de doenças relacionadas ao trabalho em todas as regiões do Brasil a
partir de 2001, mostrando como más condições trabalhistas, algo diretamente relacionado às classes
socioeconômicas mais baixas, têm um grande impacto sobre a saúde das pessoas.
Com relação à disponibilidade de assistência em saúde, um dado relevante é o aumento de crianças
com dentes cariados em todas as macrorregiões brasileiras com exceção da Sudeste. Adicionalmente,
possíveis indicadores das necessidades de ampliação de medidas para prevenção de doenças e promoção

529
de saúde são os aumentos gerais na proporção de nascidos abaixo do peso e nas taxas de pacientes em
diálise em todo o país. Há ainda indícios da insuficiência de educação em saúde e estratégias de suporte
não necessariamente observados na clínica em um primeiro momento, como a diminuição da prevalência
de aleitamento materno nas regiões Sul e Sudeste (REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÃO PARA
A SAÚDE, 2008).
Especialmente esse último dado sobre o aleitamento materno, que tem impactos positivos sobre a
saúde da mãe e do bebê, ajuda a perceber como mudanças nas infraestruturas sociais, econômicas e de
hábitos culturais que geram efeitos protetores ou preventivos em saúde em alguns âmbitos, podem levar,
ainda, a outros hábitos ou determinantes que a desfavorecem. Corroborando isso, apresentam-se os dados
de aumento na frequência de fumantes regulares e de pessoas obesas em cidades das regiões Sul e Sudeste,
assim como aumento no consumo abusivo de álcool em capitais, como Belém e São Luís, e Vitória, em
capitais das macrorregiões Nordeste e Sudeste respectivamente (REDE INTERAGENCIAL DE
INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE, 2008).
Muitas dessas conclusões se sustentam mesmo em um olhar mais próximo e acurado,
comparativamente com dados da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais em parceria com outras
instituições com relação à carga global de doenças. Pela métrica de morbidade de anos de vida perdidos
ajustados por incapacidade (da sigla em inglês DALY, Disability-Adjusted Life Years), observamos, no
estado, que 3/4 do total de anos perdidos se devem a doenças não transmissíveis, crônicas (Grupo II), sendo
54% deles devidos a doenças psiquiátricas (18%), cardiovasculares (16%), neurológicas (10%),
respiratórias (9%) e cânceres (8%). Nesse mesmo sentido, indicadores de anos de vida perdidos por
incapacidade (da sigla em inglês YLD, Years Lost due to Disability), ranqueiam doenças psiquiátricas,
neurológicas e respiratórias crônicas como as principais causas dessa perda, totalizando 64% dos YLD
(FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2011).

Entre homens, casos de homicídio e de violência, de abuso e de dependência de álcool em relação


com acidentes de trânsito representam 51,1% dos anos perdidos por morte prematura, tendo quase o dobro
da taxa de mortalidade feminina. Entre mulheres, depressão e outras doenças crônicas, cardiovasculares e
neurodegenerativas, e diabete melito representam as principais causas de anos de vida perdidos,
predominando a morbidade acima da mortalidade. Ainda assim, transtornos neuropsiquiátricos como
depressão foram a quarta maior causa de anos perdidos por morbidade também entre homens (FUNDAÇÃO
OSWALDO CRUZ, 2011).

Esses dados revelam, pois, a importância não só de assistência em saúde universal e equitativa,
como de atenção em e de promoção de saúde desde antes do nascimento. Assim, embora felizmente
tenhamos um sistema público de saúde que almeja esses objetivos, percebemos que existem ainda muitos
desafios sociais e inequidades múltiplas a serem superadas, sobretudo quando se observam os impactos de
doenças infecciosas e mortes evitáveis por essas e outras causas, como descrito por Whitehead (2000 apud
BUSS E PELLEGRINI FILHO, 2007). Além disso, fica claro o peso, e seus consequentes custos, de
doenças crônicas e de suas morbidades, a se destacarem as cardiovasculares, as respiratórias e as
neuropsiquiátricas, bem como de mortes prematuras associadas direta ou indiretamente a elas.

530
Olhando para os dados aqui apresentados e as conclusões parciais alcançadas comparativa e
criticamente, sob uma perspectiva mais generalista, fica evidente como tanto a saúde física quanto a
psicológica são afetadas majoritariamente por fatores socioeconômicos. Sob essa ótica, evidencia-se que as
disparidades na qualidade de vida no Brasil ainda estão intimamente relacionadas ao nível de escolaridade
da população, às suas condições de trabalho e à sua renda. Portanto, esses âmbitos compreendem
determinantes em saúde que precisam ser sempre analisados conjuntamente, em uma real busca pelo bem-
estar holístico que se compreende como saúde. Exemplificando a partir da poluição do ar como
determinante em saúde, a própria OMS oferece infográfico sobre o que é a saúde em todas as políticas
públicas (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2023) e manual geral sobre essa forma de
administração integrada para o bem da saúde pública (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2015).
Como resumo gráfico deste trabalho, apresenta-se a Figura 3, onde os principais determinantes estruturais
de saúde no Brasil estão destacados em caixa de linha dupla.

Figura 3: Resumo gráfico deste trabalho. Determinantes estruturais em saúde mais importantes no Brasil
em destaque em caixa de linha dupla. Baseado no modelo de SOLAR E IRWIN, 2010 apud GARBOIS,
SODRÉ E DALBELLO-ARAUJO, 2017.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As conclusões aqui encontradas sinalizam caminhos úteis para modificações da ação estatal afim
de alcançar o que propõem os princípios doutrinários do SUS, a citar segundo o Artigo 196 da Constituição
Federal (BRASIL, 1988 [2023]): universalidade, integralidade, equidade e participação popular. Então, sem
foco em educação de qualidade, incluindo quanto ao direito à saúde e ao funcionamento do SUS, assim
como a oferta de empregos mais seguros, formais, estáveis e com remunerações apropriadas, corrigidas
pela inflação, não será, de um modo ou de outro, possível alcançar tais princípios em saúde. Isto é, apenas
com melhores condições e investimentos que transcendem os âmbitos de atuação e as verbas do Ministério

531
da Saúde pode haver uma continuada ampliação em quantidade e qualidade da rede de saúde pública
segundo as demandas populacionais, e de modo integrado com outras políticas públicas nas três esferas
federativas (municipal, estadual e federal), também condicionantes tanto da atenção quanto do atendimento
em saúde e, assim, em última instância, do bem-estar social e individual.

Ainda que essas realidades não sejam surpreendentes, é de interesse observar as diversas
ramificações que elas têm dentro do acesso e da qualidade de saúde, enquanto determinantes dela,
especialmente quando dados de diferentes níveis de atenção à saúde corroboram com as conclusões aqui
elaboradas. Certamente, as análises aqui feitas são largamente correlacionais e análises estatísticas mais
específicas e detalhadas de dados brutos longitudinais de ao menos alguns dos diferentes centros ou estados
do país, a partir de seus programas próprios para a coleta de dados de saúde, ajudariam a ratificar ou
contrapor as observações presentes neste estudo.

Por certo, o Brasil passa por um processo intermediário nas últimas décadas enquanto país em
desenvolvimento, e isso se reflete também na saúde. Por um lado, sobretudo em um plano de análise
nacional, encontramos uma nação afligida principalmente por “riscos e doenças de terceiro mundo”. Porém,
haja vista ao próprio processo de globalização sem precedentes em tantos âmbitos da cultura, esta como
conjunto ulterior, vemos “preocupações de países desenvolvidos” surgirem em especial nas regiões mais
abundantes financeiramente e mais organizadas popularmente, inclusive dentro do próprio regime de
administração participativa do SUS.

Desse modo, é pouco provável que os determinantes em saúde de maior impacto nacional (que
certamente atuam em todas as macrorregiões brasileiras) não mudem tão rapidamente dos aqui descritos,
sobremaneira na ausência de planos de Estado que visem a profundas mudanças centralmente
administrativas e descentralizadamente em planejamentos financeiros que promovam o investimento
necessário em áreas de base, referentes a direitos fundamentais, como a saúde. Não obstante, outros
determinantes que têm sido também negligenciados, dentro de um mesmo ministério (MCTI), como as
pesquisas básicas e aplicadas, assim como a inovação e as aplicações tecnológicas, virão a ter ainda mais
relevância sobre a saúde em todo o território brasileiro, algo perfeitamente claro ao pensar nas futuras
populações idosas.

REFERÊNCIAS

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:
Senado Federal, [2023]. Disponível em: https://normas.leg.br/?urn=urn:lex:br:federal:constituicao:1988-
10-05;1988. Acesso em: 29 jan. 2023.
BUSS, P. M.; PELLEGRRINI FILHO, A. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, v. 1, n. 17, 2007, p. 77-93.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Relatório Final: Carga Global de Doença do Estado de Minas Gerais,
2005. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/Fundação Oswaldo Cruz, Núcleo
de Pesquisa em Métodos Aplicados aos Estudos de Carga Global de Doença, ENSPTEC – Tecnologias em
Saúde para Qualidade de Vida, Jun. 2011. 80 p.
GARBOIS, J. A.; SODRÉ, F.; DALBELLO-ARAUJO, M. Da noção de determinação social à de
determinantes sociais da saúde. Saúde Debate. v. 41, n. 112, jan-mar, 2017, p. 63-76.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores Sociodemográficos e de
Saúde no Brasil: 2009 - Coordenação de População e Indicadores Sociais. Rio de Janeiro: Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, 2009. 152 p.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Health in all policies: training manual. Geneva: World Health
Organization, 2015. 271p.

532
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Basic documents: Forty-ninth edition (including amendments
adopted up to 31 May 2019). Geneva: World Health Organization, 2020. 244p.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. What is Health Infographic v.6.4. Geneva: World Health
Organization, JESS3. Disponível em: https://cdn.who.int/media/docs/default-source/infographics-
pdf/social-determinants-of-health/who_whatishiap_infographic_web-070220b68d2714-bca0-4edf-9d64-
b84767a7d900.pdf?sfvrsn=e746ec05_1. Acesso em: 28 jan. 2023.
REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE. Indicadores básicos para a saúde no
Brasil: conceitos e aplicações. Rede Interagencial de Informação para a Saúde - Ripsa. – 2. ed. – Brasília:
Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. 350 p.
REZENDE, J. M. D. Afecção, doença, enfermidade, moléstia. Rev. Patol. Trop., v. 3, n. 43, jul.-set., 2014.
pp. 385-88.
SEGRE, M.; FERRAZ, F. C. O conceito de saúde. Rev. Saúde Pública, v. 5, n. 31, p. 538-42, 1997.

533
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA DE DOR NEUROPÁTICA EM PACIENTES
COM CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

¹Saulo de Matos Barbosa

¹Luciane Lacerda Franco Rocha


2
João Batista Santos Garcia

¹Antonio Sérgio Guimarães

1 São Leopoldo Mandic. Campinas, São Paulo, Brasil Brasil; 2 Universidade Federal do Maranhão
(UFMA). São Luís, Maranhão, Brasil.

Eixo temático: Odontologia – Estudo de campo

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1° autor: saulodematos@ymail.com

INTRODUÇÃO: A dor é considerada um dos desfechos clínicos mais temidos associados ao câncer e aos
seus tratamentos para pacientes e familiares. A dor não controlada em pacientes com câncer pode levar à
interrupção de terapias potencialmente curativas, tendo um impacto negativo na sobrevivência dos
pacientes. OBJETIVO: Avaliar a prevalência e a incidência de dor crônica com características neuropáticas
em pacientes com o diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço. METODOLOGIA: Para realização deste
estudo o projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê̂ de Ética em Pesquisa, sendo que este trabalho teve
início mediante a sua aprovação através do parecer 3.404.530. Após aprovação do CEP, foram avaliados
82 pacientes que foram submetidos a um questionário de duas perguntas para detecção de dor crônica. De
acordo com suas respostas, foram alocados em dois estudos: (I) estudo de prevalência e (II) estudo de
incidência. No subestudo de prevalência, os pacientes preencheram um questionário sociodemográfico, e
reportaram a intensidade da dor, além de terem sido submetidos ao questionário Douleur Neuropathique 4
(DN4) e a Escala de Performance Status de Karnofsky (KPS). Pacientes que forem alocados no subestudo
II foram reavaliados com 3 e 6 meses da consulta inicial e submetidos ao novo rastreio para identificação
de dor crônica. RESULTADOS: Este estudou encontrou uma prevalência de 47,1% de dor com
características neuropáticas entre os pacientes que apresentaram dor crônica durante a primeira avaliação e
observou que em um seguimento de 6 meses, 27,7% apresentaram dor crônica, com 11% apresentando dor
com características neuropáticas. Este estudo mostrou também uma associação positiva entre ansiedade e
dor e entre ansiedade e depressão em pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo trouxe dados relevantes referente a
epidemiologia da dor neuropática em pacientes com câncer de cabeça e pescoço, relacionando aspectos
importantes que são comumente negligenciados, como sono, ansiedade e depressão, contribuindo para o
conhecimento dos profissionais que assistem esse grupo de pacientes para investigação dessas possíveis
comorbidades.

Palavras-chave: dor crônica; dor neuropática; câncer de cabeça e pescoço

REFERÊNCIAS:

534
Bouhassira, D.; Luporsi, E.; Krakowski, I. Prevalence and incidence of chronic pain with or without
neuropathic characteristics in patients with cancer. Pain, 2017;158(6):1118-1125.

Bennett M , Rayment C, Hjermstad M, Aass M, Caracen Ai, Kaasa S. Prevalence and aetiology of
neuropathic pain in cancer patients: A systematic review. Pain, 2012;153(2):359-365.

Colloca L, Ludman T, Bouhassira D , Baron R , Dickenson AH, Yarnitsky D, Freeman R. Neuropathic


pain. Nature Reviews Disease Primers, 2017;3:120.

Attal N, Fermanian C, Fermanian J,Lanteri-Minet M,Alchaar H,Bouhassira D. Neuropathic pain: Are there
distinct subtypes depending on the aetiology or anatomical lesion? Pain, 2008;138(2):343-353.

535
PRINCÍPIOS GERAIS DO TRATAMENTO DAS FATURAS FACIAIS
¹Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
2
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
3Dayane Carolyne da Silva Santana
4
Leonardo Ramalho Marras
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,3,5,6
Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
4
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rogeria-rafaelly@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O trauma de face ou traumatismo bucomaxilofacial, é decorrente de qualquer ferimento


de origem física, ocasionando um impacto na região da face como no osso nasal, osso zigomático, nos
dentes, ossos que compõem a órbita ocular, osso maxilar e mandíbula. Os traumas de face se não tratados
da maneira correta e no tempo certo, podem levar a sérias consequências funcionais, estéticas e
psicológicas, pois se resultar em uma deformidade permanente, interfere na relação do paciente com a
sociedade. A origem dos traumas faciais são distintas e as principais são as geradas por meio da violência,
acidentes automobilísticos e por quedas. OBJETIVO: Desta forma, tem-se como objetivo entender o
conceito do trauma e os princípios básicos no tratamento de fraturas faciais. METODOLOGIA: Realizou-
se uma revisão de literatura narrativa através da busca eletrônica nas bases de dados SciElo e PubMed
utilizando os descritores: “Cirurgia Maxilofacial”, “Lesões Faciais” e “Odontologia”. Foram utilizados
como critérios de inclusão trabalhos publicados entre 2017 à 2022 em inglês e português. E adotados como
critérios de exclusão pesquisas que antecediam os últimos 05 anos, trabalhos de conclusão de curso e
estudos com informações repetidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O fator decisivo no sucesso do
tratamento do trauma é o tempo e quando ocorre um trauma facial a principal finalidade do tratamento é
fazer uma rápida reparação do tecido ósseo, restabelecer o contorno anatômico e da estética facial, bem
como devolver as funções nasais, ocular e mastigatória. O seu diagnóstico é realizado através do exame
físico dos ferimentos e quando há suspeita de fratura, deve-se realizar radiografias e tomografias
computadorizadas. No tratamento das fraturas faciais, existem princípios básicos para a resolução do
trauma, como o reposicionamento dos fragmentos ósseos na sua posição anatômica de origem, implicando
na redução da fratura. Realizar a contenção e a fixação dos segmentos, para que ocorra uma reparação óssea.
A imobilização dos segmentos, que impede que durante a cicatrização, os micromovimentos formem um
tecido conjuntivo fibroso e cause uma pseudoartrose. Como também o princípio do restabelecimento da
oclusão dentária, onde a oclusão original precisa ser restabelecida pois ela guiará o reposicionamento
anatômico do ossos da face. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As fraturas de face quando tratados no tempo
e na forma correta, podem evitar complicações no quadro clínico do paciente. E por esse motivo é de
fundamental importância que tenha um diagnóstico e um tratamento correto, observando os principais
príncipios, para que não ocorra lesões permanentes na face.

Palavras-chave: Cirurgia Maxilofacial; Lesões Faciais;Odontologia.

REFERÊNCIAS:
LOPES, AMANDA LÚCIA SILVA et al. TRATAMENTO DE FRATURAS MÚLTIPLAS DA FACE:
RELATO DE CASO. 2021.
MINARI, Izabela Soares et al. Incidência de múltiplas fraturas faciais: estudo retrospectivo de 20 anos.
Research, Society and Development, v. 9, n. 8, p. e327985347-e327985347, 2020.
MULLER, VinÍcius Azeredo et al. Functional recovery time after facial fractures: characteristics and
associated factors in a sample of patients from southern Brazil. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões,
v. 48, 2021.

536
PERIODONTOPATIA E O MAL DE ALZHEIMER: UM ELO EM ESTUDO

1
Letícia de Castro Veiga Santos

1
Mávilla Maria Eloi Melo

1
Raimunda Ramos Marinho

1
Erika Martins Pereira

1Universidade Federal do Maranhão (UFMA). São Luís, Maranhão, Brasil

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: leticiacastrov18@gmail.com

INTRODUÇÃO: O presente trabalho trata da associação entre doenças periodontais (DP), em idosos, e a
Doença de Alzheimer (DA). Estudos demonstram que doenças periodontais possuem uma correlação com
a evolução e aparecimento de algumas doenças sistêmicas na população, dentre elas está a doença de
Alzheimer em idosos, que vem sendo objeto de importantes pesquisas que correlacionam a resposta
imunológica na presença de patógenos bucais, causados por doenças periodontais aos supostos fatores que
iniciam a degradação da memória, que é a principal característica da Alzheimer. OBJETIVO: Realizar uma
revisão de literatura e buscar através dos artigos o entendimento do funcionamento dos mecanismos
inflamatórios, que se manifestam no cérebro e contribuem para a ocorrência da DA e como esses podem
intensificar-se em virtude das periodontopatias. METODOLOGIA: Foram realizadas pesquisas em diversas
bases de dados como, Periódicos CAPES, Google Acadêmico, PubMed e Biblioteca Científica Eletrônica
Online (SciELO), usando as seguintes palavras chaves: Doenças Periodontais; Doença de Alzheimer;
Idosos; Relação; sendo artigos dos últimos cinco anos. Após essa busca, foram selecionados 43 artigos, dos
quais foram utilizados 23, fazendo com que fosse possível estabelecer relações entre esses estudos.
RESULTADOS: Após a leitura dos artigos foi possível entender como o envelhecimento contribui para a
redução da capacidade imunológica do organismo, diminuição da habilidade manual, formação mais rápida
do biofilme dental, mudanças na dieta e a xerostomia, fatores que contribuem diretamente para o
aparecimento da doença periodontal. E através dos artigos observou-se uma possível cascata de efeitos
inflamatórios na evolução da doença periodontal que podem estar associados ao aparecimento ou
agravamento da DA. CONCLUSÃO: Devido a possibilidade de associação entre a DP e DA, torna-se
indispensável uma maior educação da população sobre as duas doenças e sua correlação, além de assim
ajudar na manutenção da saúde da população.

Palavras-chave: Doenças Periodontais; Doença de Alzheimer; Idosos.

REFERÊNCIAS:

ARAGÃO, K. et al. ASSOCIAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS COM A DOENÇA DE


ALZHEIMER: revisão integrativa de literatura. In: FREITAS S. et al. (Orgs). ODONTOLOGIA: Uma
visão contemporânea. São Luís, 2022, v. 8, p. 72-85

537
HARDING, A. et al. Exploring the Association between Alzheimer’s Disease, Oral Health, Microbial
Endocrinology and Nutrition. Frontiers in Aging Neuroscience. New York, 2017, v.9

KAMER, A. et al. Alzheimer's Disease and Peripheral Infections: The Possible Contribution from
Periodontal Infections, Model and Hypothesis. Journal of Alzheimer’s Disease. New York, 2008, v. 13,
n. 4, p. 437-449

LÓPEZ, C. M. Periodontite e Doença de Alzheimer. Gandra, 2021. 48 p. Tese (Mestrado em Medicina


Dentária) – Instituto Universitário de Ciências em Sáude (CESPU)

RAFAELLI, M. P. ETIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL: revisão de literatura. Porto, 2016. 57 p.


Tese (Mestrado em Medicina Dentária) – Escola Superior de Saúde Fernando Pessoa

538
PERFIL DE INTERNAÇÕES PEDIÁTRICAS DE URGÊNCIA POR ASMA NO
ACRE, 2014-2018

¹Lorran de Alcântara Coelho

¹Anderson José de Oliveira

¹Mariana Ramos Barbosa

¹Kárenn Klycia Pereira Botelho

¹Kelvyn Lucas Costa Albuquerque

¹Larissa Cunha Cordeiro

¹Antonio Avelino Mendes Filho


1
Júlio Cézar Medeiros Dias Tavares

1Universidade Federal do Acre (UFAC). Rio Branco, Acre, Brasil;

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1º autor: lorrancruzcoelho@gmail.com

INTRODUÇÃO: A asma pode ser definida como um processo inflamatório crônico das vias aéreas que
leva ao desenvolvimento de algum tipo de obstrução na árvore respiratória de forma reversível. Essa
inflamação das vias aéreas promove uma hiper-reatividade brônquica com graus de obstrução que
dificultam a respiração dos pacientes sendo caracterizados clinicamente com presença de sibilos, dispneia,
tosse e angina¹. A asma é uma doença com alto grau de morbimortalidade que, em 2017, vitimou 2477
pessoas no Brasil. Como é uma doença crônica, o tratamento, de uma forma geral, é de suporte que envolve
uso de medicamentos beta-adrenérgicos, corticoides tópicos e sistêmicos e, em casos mais refratários,
Sulfato de Magnésio, sobretudo em crianças internadas nos departamentos de emergência². A boa adesão
ao medicamento, o uso correto de broncodilatador inclusive com auxílio de espaçadores mostram boa
resolutividade da maioria dos casos de crises asmáticas. Dados de pesquisa da Associação Brasileira de
Alergia e Imunologia mostram que 9 em cada 10 pacientes com asma não têm a doença sob controle³
apresentando assim graves riscos à saúde dos pacientes, bem como desafiando os serviços de saúde no
Brasil e no estado do Acre. OBJETIVO: Analisar o perfil de internações pediátricas de urgência por asma
no estado do Acre. MÉTODO: Estudo ecológico das internações por asma de pacientes pediátricos
residentes no estado do Acre, no período de 2014 a 2018. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação
Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do
SUS (DATASUS). Foram descritas as frequências de internações hospitalares por asma (Código
Internacional de Doenças, 10ª Revisão: J45) e as internações com caráter de urgência, por grupos de faixa
etária, ao longo do referido período. Os dados foram analisados no software Excel. RESULTADOS: Entre
2014 e 2018, foram registradas 546 internações por asma, na faixa etária de 0 a 19 anos, com maior
frequência absoluta no ano de 2014 (n=193). Nos anos analisados, o grupo de 1 a 4 anos obteve maior
percentual de internações, média de 50,08% do total, com máxima em 2016, ano no qual representou
57,29% das internações. Nesse período, os atendimentos com caráter de urgência (n=225), representam
41,2% do total, com maior participação do grupo de 1 a 4 anos, média de 49,33% casos. Em 2014, as
internações por asma de urgência representam mais da metade dos atendimentos (62%), com destaque ao
grupo de 15 a 19 anos, no qual 70% dos atendimentos na faixa etária foram de urgência. CONCLUSÃO:

539
Internações por asma com caráter de urgência, no grupo infanto-juvenil, representam uma parcela
significativa do total de internações por asma no estado do Acre, com maior participação das crianças mais
jovens, de 1 a 4 anos. Urge, por conta da limitação dos dados, os quais são passíveis de subnotificação, mais
estudos para detalhamento da doença e caraterização do atendimento na faixa etária.

Palavras-chave: Asma, Hospitalização, Urgência, Pediatria.

Referências:

Haktanir Abul, M., & Phipatanakul, W. (2019). Severe asthma in children: Evaluation and
management. Allergology international : official journal of the Japanese Society of Allergology, 68(2),
150–157. https://doi.org/10.1016/j.alit.2018.11.007
Licari, A., Ciprandi, G., Marseglia, G. L., Silvestri, M., Tosca, M. A., Anastasio, E., Brambilla, I.,
Caffarelli, C., Castagnoli, R., Chini, L., Ciprandi, R., De Vittori, V., Duse, M., Di Cicco, M. E.,
Indinnimeo, L., Kantar, A., Leone, M., Marinelli, G., Moschese, V., Olcese, R., … Zicari, A. M. (2020).
Asthma in children and adolescents: the ControL'Asma project. Acta bio-medica : Atenei Parmensis,
91(11-S), e2020002. https://doi.org/10.23750/abm.v91i11-S.10295
ASMA mata 1 brasileiro a cada 4 horas: por que muitos não controlam crises?. Associação Brasileira
de Alergia e Imunologia (Asbai) , Https://www.bbc.com/portuguese/geral-62810745, p. 1-2, 17 set.
2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-62810745. Acesso em: 19 fev. 2023.

540
A INFLUÊNCIA DA HIDROCEFALIA NO DESENVOLVIMENTO MOTOR
EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DANDY-WALKER

¹Ana Beatriz Galindo de Oliveira Ovelar


¹Bhrisa Avlis Ferraz
¹Satie Andretta Vigiato Kosin Gamarra
²Evilanna Lima Arruda
¹Universidade de Rio Verde (UNIRV). Rio Verde, Goiás, Brasil; ²Universidade de Rio Verde (UNIRV).
Goianésia, Goiás, Brasil

Eixo temático: Neurologia


Modalidade: Apresentação oral
Email do 1º autor: bia.ovelar@gmail.com
INTRODUÇÃO: A Síndrome de Dandy-Walker é definida como uma anomalia congênita caracterizada
por irregularidades do sistema nervoso central. Apresenta-se na infância com sintomatologia, na maioria
dos casos, decorrentes de sequelas relacionadas à hidrocefalia, que constitui uma das patologias mais
comuns em neurocirurgia pediátrica, definindo-se pelo acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano
dentro dos ventrículos cerebrais ou no espaço subaracnóideo, condição clínica que resulta da dilatação
ventricular progressiva e aumento da pressão intracraniana acarretando, por exemplo, no atraso no
desenvolvimento motor. OBJETIVOS: Identificar o retardo no desenvolvimento motor como resultado da
hidrocefalia em pacientes com Síndrome de Dandy-Walker. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
bibliográfica, por meio de uma análise na base de dados do Google Acadêmico, selecionando artigos dos
últimos 13 anos e utilizando os descritores: Síndrome de Dandy-Walker, hidrocefalia e transtorno das
habilidades motoras. Neste trabalho foram usados 5 artigos. REVISÃO DE LITERATURA: Dentre as
diversas causas de hidrocefalia, tem-se a Síndrome de Dandy-Walker, caracterizada por ser uma
malformação rara do sistema nervoso central, oriunda da hipoplasia ou agenesia do vérmis cerebelar e
dilatação do quarto ventrículo, com formação cística na fossa posterior, comprometendo principalmente o
cerebelo - estrutura responsável pelo equilíbrio e controle do movimento - e os espaços que armazenam o
liquido cerebrospinal em torno dele. A sintomatologia clínica refere moderado atraso do desenvolvimento
psicomotor, retardo mental, hipotonia ou espasticidade, sendo a condição de hidrocefalia a responsável por
aumentar as limitações funcionais, motoras e sensoriais, incluindo distúrbios neuromotores que envolvem
partes distintas do corpo, classificados de acordo com as alterações clinicas do tônus muscular e no tipo de
desordem de movimento. O diagnóstico pode ser feito por exame clínico seguido de exames de imagem
que auxiliam no reconhecimento de malformações, como a ultrassonografia, ressonância magnética e
tomografia computadorizada. CONCLUSÃO: Torna-se conclusivo que essa Síndrome acomete o
desenvolvimento motor, repercutindo diretamente na vida diária do indivíduo e que, caso o paciente não
for diagnosticado de forma precoce e tratado corretamente, podem surgir complicações secundárias
responsáveis por elevar a morbimortalidade da doença.

Palavras-chave: Hidrocefalia; Síndrome de Dandy-Walker; Transtorno das Habilidades Motoras.


Referências Bibliográficas:
COSTA, Aida Carla Santana de Melo et al. Avaliação da função motora de crianças com hidrocefalia. 2010.
DANTAS, Terezinha Maria de Araújo. Síndrome de Dandy Walker e Necessidades Educacionais
Especiais. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

541
DA SILVA, Michele Joia et al. Relato de pesquisa sobre a inclusão de uma aluna com diagnóstico da
síndrome rara de Dandy-Walker. Research, Society and Development, v. 10, n. 12, p. e248101220431-
e248101220431, 2021.
GRAPIUNA, Raquel Sena Pontes et al. SÍNDROME DE DANDY WALKER: UM RELATO DE
CASO. Anais do Seminário Científico do UNIFACIG, n. 4, 2019.
LEITE, Anderson Ferreira; DE FREITAS JÚNIOR, Antônio Osvaldo; DE REZENDE, Nilton Alves. Crises
epilépticas convulsivas e malformação de Dandy-Walker no adulto: relato de caso. Rev Med Minas
Gerais, v. 19, n. 4, p. 357-359, 2009.

542
DOI 10.29327/5208636.2-19

SEPTICEMIA FÚNGICA OCASIONADA POR CANDIDÍASE ORAL EM


PACIENTE INTERNADO EM ÂMBITO DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO
DE CASO

FUNGAL SEPTICEMIA CAUSED BY ORAL CANDIDIASIS IN A PATIENT


HOSPITALIZED IN INTENSIVE CARE: A CASE REPORT

RAFAEL DOS REIS PIMENTEL


Acadêmico do Curso de Odontologia do Centro Universitário Estácio Unimeta

BRUNO FERNANDO DOS SANTOS


Acadêmico do Curso de Odontologia do Centro Universitário Estácio Unimeta

JAMAIRA TAYANE DA SILVA MARQUES


Acadêmica do Curso de Odontologia do Centro Universitário Estácio Unimeta

MARIA FERNANDA RAMALHO SABINO


Acadêmica do Curso de Odontologia do Centro Universitário Estácio Unimeta

UENA DIEGINE DA SILVA ALVES


Acadêmica do Curso de Odontologia do Centro Universitário Estácio Unimeta

WÂNIA PATRÍCIA TOJAL DA SILVA


Professora do Curso de Odontologia do Centro Universitário Estácio Unimeta

ANTONIO ARLEN DA SILVA FREIRE


Professor do Curso de Odontologia do Centro Universitário Estácio Unimeta

543
Resumo
A Candida albicans tem sido a principal causa de infecções invasivas com risco de vida nas últimas décadas,
causando impacto significativo e altos custos em saúde, pois a sepse fúngica está associada a umamaior
mortalidade do que a sepse bacteriana. A Candida albicans existe normalmente na cavidade oral como
microrganismo comensal, entretanto, o envolvimento sistêmico grave ocasionado por candidíase oral pode
causar taxas de mortalidade significativas, especialmente em indivíduos imunocomprometidos. Existem
poucos relatos que associem a candidíase oral como foco de choque séptico em pacientes hospitalizados.
Deste modo, o objetivo deste relato de caso é descrever um caso de septicemia fúngica proveniente da
cavidade oral em um paciente internado em âmbito de terapia intensiva. Este relato de casoclínico aborda o
acompanhamento de um paciente do sexo masculino de 82 anos de idade internado na Unidade de Terapia
Intensiva do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco – Acre com septicemia fúngica proveniente
de candidíase oral. O projeto foi submetido para análise do Comitê de Ética em Pesquisa, recebendo
aprovação mediante o parecer nº 5.237.122 da Faculdade São Leopoldo Mandic. Este estudo descritivo
evidencia que a septicemia ocasionada por candidíase oral é uma realidade atual alarmante e o cirurgião-
dentista desempenha papel estratégico na prevenção de óbitos advindos da sepse fúngica.
Palavras-chave: Candida albicans; Odontologia Hospitalar; Sepse.

Abstract

Candida albicans has been the leading cause of life-threatening invasive infections in recent decades,
causing significant impact and high healthcare costs because fungal sepsis is associated with higher
mortality than bacterial sepsis. Candida albicans normally exists in the oral cavity as a commensal
microorganism, however, severe systemic involvement caused by oral candidiasis can cause mortality rates,
especially in immunocompromised individuals. There are few reports that associate oral candidiasis as a
focus of septic shock in hospitalized patients. Thus, the objective of this report is to describe a case of fungal
septicemia originating from the oral cavity in a patient admitted to intensive care. This clinical case report
discuss the follow-up of an 82-year-old male patient admitted to the Intensive Care Unit of the Hospital de
Urgência e Emergência de Rio Branco - Acre with fungal septicemia from oral candidiasis. The project was
submitted for analysis by the Research Ethics Committee (REC), receiving approval through protocolol nº
5.237.122 of Faculdade São Leopoldo Mandic, São Paulo. This descriptive study shows that septicemia
caused by oral candidiasis is an alarming current reality and the dental surgeon plays a strategic role in
preventing deaths from fungal sepsis.

Keywords: Candida albicans; Hospital Dentistry; Sepsis.


1 INTRODUÇÃO
Patógenos que causam infecções fúngicas, como Candida albicans, são comuns e podem
acometer a pele e a mucosa, podendo causar infecções sistêmicas. Espécies de Candida estão presentes em
até 40.000 doenças fúngicas sistêmicas. De todas as espécies, Candida albicans é o agente causador de
infecções mucosas e sistêmicas mais comuns, sendo responsável por 70% das infecções fúngicas em todo
o mundo. Tem sido a principal causa de infecções invasivas com risco de vida nas últimas décadas e, apesar
do tratamento, a taxa de mortalidade é próxima de 40%, principalmente em condições hospitalares
(TALAPKO et al., 2021).
A sepse grave e o choque séptico são as principais causas de morte e morbidade em ambiente
hospitalar e as análises epidemiológicas apontam para uma mudança nas classes de microrganismos
causadores de sepse. A Candida albicans e outras espécies de Candida spp. podem causar sepse e esta
relação aumentou de forma assustadora nas últimas décadas, causando impacto significativo e altos custos
associados aos cuidados de saúde, pois a sepse fúngica está associada a uma mortalidade maior do que a
sepse bacteriana (DUGGAN et al., 2015).

544
Uma variedade de definições foi desenvolvida para classificar a sepse ao longo do tempo. O
médico americano William Osler (1849-1919) a descreveu classicamente como uma resposta do corpo a
uma infecção que levaria o paciente à morte. Em 1972 esse conceito foi reforçado como uma doença
ocasionada pela presença de microrganismos ou suas toxinas na corrente sanguínea ou tecidos. Entretanto,
as definições da doença como uma síndrome da resposta inflamatória sistêmica eram limitadas, havendo a
necessidade em se incluir outros parâmetros que poderiam estar associados à sepse (MARTIN, 2012).
Atualmente, a sepse é definida como a presença, provável ou confirmada, de infecção juntamente
com as manifestações sistêmicas decorrentes dela. A sepse inclui disfunções orgânicas (pressão arterial
baixa, produção reduzida de urina, paralisia intestinal, circulação reduzida, aumento da creatinina, redução
de oxigênio no sangue, elevação do lactato, elevação da bilirrubina, coagulação anormal e acidose
metabólica). O choque séptico, por outro lado, é definido como uma condição na qual o paciente apresenta
hipotensão ou hipoperfusão arterial refratária, apesar da ressuscitação volêmica adequada, em que a
hipoperfusão se manifesta como acidose lática, oligúria ou alterações do estado mental (MARTINEZ;
WOLK, 2016).
Martin (2012) afirma que as definições mais citadas na literatura são o consenso do American
College of Chest Physicians (ACCP) e da Society of Critical Care Medicine (SCCM), em que se consideram
as condições clínicas descritas no quadro abaixo:

Quadro 1 - Critérios de inclusão das condições com base na ACCP/SCCM. FC: Frequência cardíaca.
PaCO2: Pressão Parcial de Dióxido de Carbono no Sangue; SIRS: Síndrome da Resposta inflamatória
sistêmica; WBC: Glóbulos brancos.
Condição definida pela
Critérios de associação
ACCP/SCCM
Temperatura corporal >38°C ou <36°C FC ≥90 bpm

SIRS Respirações ≥20/min ou PaCO2 <32 mmHg WBC ≥12.000/μl


ou ≤4000/μl ou > 10% das formas imaturas
Pelo menos dois critérios de SIRS causados por infecção
Sepse conhecida ou suspeita
Sepse com disfunção aguda de órgãos (incluindo hipoperfusão
Sepse Grave
e hipotensão) causada por sepse

Choque séptico Sepse com hipotensão persistente ou refratária ou hipoperfusão


tecidual, apesar de ressuscitação volêmica adequada
Fonte: MARTIN, 2012.

Estima-se que 30 a 60% dos adultos saudáveis sejam portadores de Candida na cavidade oral. A
grande maioria desses microrganismos existe como colonização comensal e não como um processo
patológico. Entretanto, o envolvimento sistêmico grave ocasionado por candidíase oral pode causar
morbidade e mortalidade significativas, principalmente em hospedeiros imunocomprometidos.
Candidemias ocasionadas por Candida albicans tem altas taxas de mortalidade, que podem exceder 30%
dos casos. Pacientes gravemente neutropênicos, pacientes de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e
pacientes de UTI neonatal tendem a abrigar formas patológicas de Candida. Isso se dá devido ao fato de

545
que, quando as defesas do hospedeiro são reduzidas, a natureza dimórfica de Candida albicans permite que
o organismo mude de um estado comensal para patogênico através da formação de biofilmes. Esses
biofilmes são muito resistentes até mesmo a altas concentrações de antifúngicos (HELLSTEIN; MAREK,
2016; LEWIS; WILLIAMS, 2017).
Microrganismos incorporados em superfícies hospedeiras ou abióticas (cateteres, tubos
orotraqueais, etc.) frequentemente se desprendem e entram na circulação sistêmica. Em pacientes
gravemente imunocomprometidos, as infecções da mucosa oral podem causar candidemia, que também está
associada a uma alta taxa de mortalidade devido ao choque séptico (HELLSTEIN; MAREK, 2016).
A septicemia bacteriana encontra-se amplamente relatada na literatura. Entretanto, existem
poucos relatos que associem a candidíase oral como foco de choque séptico em pacientes hospitalizados.
Deste modo, o objeto deste relato é descrever um caso de septicemia fúngica proveniente da cavidade oral,
evidenciando a importância do cirurgião-dentista na prevenção desta entidade clínica.

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo qualitativo caracterizado como estudo de caso, que aborda o


acompanhamento de um paciente admitido em uma Unidade de Tratamento Intensivo de Rio Branco, Acre.
Inicialmente, ainda em estado de consciência, o paciente foi convidado a participar do estudo mediante a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), no qual o objetivo do estudo foi
demonstrado e os benefícios e riscos esclarecidos mediante orientações, a qual se enfatizou a importância
da abordagem nos cuidados de saúde oral em âmbito hospitalar, com a finalidade de evitar infecções em
outros órgãos do corpo. Após a obtenção do TCLE assinado, o projeto foi submetido para análise do Comitê
de Ética em Pesquisa, recebendo aprovação através do parecer consubstanciado nº 5.237.122 (CAAE
55225422.1.0000.5374) da Faculdade São Leopoldo Mandic – Campinas, São Paulo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Paciente do sexo masculino, 82 anos de idade, morador da zona rural, agricultor e aposentado,
deu entrada no Serviço de Emergência Clínica do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco - Acre
apresentando insuficiência renal. Decorridos oito dias de admissão, ocorreu a piora clínica com
instabilidade hemodinâmica, quadro de leucocitose e necessidade de hemodiálise, sendo solicitado vaga em
UTI para continuidade do tratamento.
Após acolhimento à Unidade de Terapia Intensiva, foi realizada a avaliação do paciente pela
profissional de saúde bucal, em que se detectou a presença de plaquetopenia, anemia e diminuição dos
níveis de potássio no sangue, conforme dados descritos na tabela 2. Ao exame clínico regional extraoral,
observaram-se erosões em semimucosa labial inferior decorrente da desidratação labial. Ao exame clínico
intraoral detectou-se edentulismo total, presença de placas esbranquiçadas, que eram removidas com
facilidade durante a higiene e raspagem, com características clínicas de candidíase pseudomembranosa na
língua, palato e mucosa jugal (conforme figurado na imagem 1A e 1B), sendo prescrito 5 ml de solução de
nistatina 100.000UI/ml para a realização de bochecho e deglutição, além da prescrição de fluconazol de
200 mg intravenoso para a melhora do caso.

546
Tabela 2 – Dados do exame hematológico imediatamente após a admissão do paciente na UTI. V.C.M:
Volume Corpuscular Médio.H.C.M.: Hemoglobina Corpuscular Média. C.H.C.M.: Concentração da
Hemoglobina Corpuscular Média. K: potássio. Glic.: glicemia. Ure: ureia. Creat.: creatinina. TGO/AST:
Exame de Aspartato Aminotransferase ou Transaminase Oxalacética. Lact.: lactato. TP(TAP)INR: Tempo
de Ativação de Protrombina. TGP/ALT: Alanina aminotransferase. Rio Branco, Acre, 2022.
Plaq:97.900 Hemac.: 2,62 Hemat.: 7,58 Hemogl: 5.000 V.C.M: 95,60

H.C.M: 29,00 C.H.C.M: 30,30 Leuc.: 28.000 Basófilos: 0% Eosinófilos: 2% (560)

Bastões:8% (2.240) Segm.: 77% Linfóc.: 8% Monoc.: 5% K: 2,7


(21.560) (2.240) (1.400)

Glic.: 124 Ure: 93 Creat.: 2,0 Lact: 25,5 TP(TAP)INR:1,10 14 seg

87,50%

TGO/AST: 6,6 TGP/ALT: 16

Fonte: Autoria Própria.

Imagem 1A e 1B - Aspectos clínicos intraorais no 1º dia de admissão na UTI. Rio Branco, Acre, 2022

1A 1B

Fonte: Autoria Própria.

Inicialmente, o paciente apresentava-se consciente, em ar ambiente, queixando-se de dor e


impossibilidade de alimentar-se devido às lesões no palato, na língua e na mucosa jugal. Antes de realizar
o protocolo de higiene a ser executado pela equipe de saúde bucal, era necessário seguir alguns passos, que
incluía: checagem de prontuário com a finalidade de verificar possíveis restrições sistêmicas e ou físicas;
inclinação da cabeceira (30º – 45º); certificar-se a respeito da correta fixação do tubo orotraqueal e pressão
do Cuff; verificação da saturação de oxigênio, uma vez que medida inferior a 90% é fator de não
recomendação de higienização momentânea.

547
Posteriormente, o protocolo de higienização era executado através do uso de gazes estéreis,
espátula abaixadora de língua, sugador, água destilada, digluconato de clorexidina 0,12% e óleo de coco,
bem como a utilização de equipamentos de proteção individual como luvas, máscaras, óculos e protetor
facial e avental descartável.
O protocolo iniciava-se com a higiene extra-bucal com gaze embebida de água destilada para
remoção de sujidade e posterior aplicação de digluconato de clorexidina 0,12% intraoral com uso de
“bonecas” confeccionadas nos abaixadores de língua seguido de aspiração com sugador odontológico ou
cânula de sucção e, por último, a hidratação labial, que era feita com óleo de coco (imagem 2A e 2B).

Imagem 2A e 2B - Aspecto clínico intraoral após a higienização oral e terapia antifúngica. Rio Branco,
Acre, 2022.

2A 2B

Fonte: Autoria Própria.

Devido à piora clínica, houve a necessidade de intubação orotraqueal. Nesse período, as


condições de plaquetopenia em que o paciente se encontrava, somado ao ressecamento labial intenso devido
à boca seca, iniciou-se um intenso sangramento decorrente de uma pequena escoriação no seu lábio inferior,
que foi cessado apenas com a utilização de gaze embebida de solução anestésica de cloridrato de lidocaína
2% com epinefrina (imagem 3).

Imagem 3 - Paciente intubado devido à piora clínica com sangramento labial intenso ocasionado por
plaquetopenia. Rio Branco, Acre, 2022.

548
Fonte: Autoria Própria.

Durante os dias em que o paciente permaneceu internado na UTI o cirurgião dentista


acompanhava o caso, supervisionava a realização do protocolo de higiene oral, além da adoção de terapia
fotobiomoduladora utilizando-se a potência de 3 Joule com laser vermelho a cada 48h, nas lesões e
escoriações, como conseqüência, via-se a redução da candidíase bucal. Entretanto, no Hospital de Urgência
e Emergência de Rio Branco não há regime de atendimento contínuo aos pacientes, motivo pelo qual se
observava que, durante o fim de semana, o quadro infeccioso fúngico retornava por ausência de
higienização (imagem 4). Assim, após quinze dias de sua admissão na UTI, o paciente veio a óbito
decorrente de choque séptico por candidemia.

Imagem 4 - Reincidência de candidíase oral após um único final de semana sem higienização oral e
cuidados do profissional cirurgião-dentista. Rio Branco, Acre, 2022.

Fonte: Autoria Própria.

A mortalidade advinda da septicemia continua sendo uma prioridade para os médicos


intensivistas em todo o mundo. Entretanto, a associação entre candidíase oral e sepse, embora seja grave e
alarmante, permanece pouco relatada na literatura, demonstrando a importância do cirurgião-dentista na

549
prevenção, manejo e tratamento, reduzindo taxas de mortalidade ocasionada pela doença. Talapko. et al.
(2021) em revisão recente de literatura, afirma que anteriormente pensava-se que 35% a 80% da população
eram portadores de Cândida albicans oral, mas as pesquisas recentes usando métodos de detecção
molecular sugerem que esta espécie é encontrada em todos os humanos como parte da flora oral normal.
Por outro lado, Duggan, et al. (2015) aponta que a infecção da corrente sanguínea por Cândida
frequentemente surge da colonização gastrointestinal e transmigração do patógeno através da barreira
mucosa ou da colonização de matéria externa, como cateteres intravenosos e tubos de ventilação, que podem
ser responsáveis por até 25% a 40% dos casos de candidemia. A candidíase oral é frequente em pacientes
ventilados mecanicamente e isso ratifica mais uma vez a importância da abordagem do cirurgião-dentista em
âmbito de UTI. Lewis; Williams (2017) e Duggan, et al. (2015) corroboram com este dado, afirmando que
as espécies de Candida albicans estão sendo cada vez mais encontradas e que, se as defesas estiverem
comprometidas de alguma forma, a Cândida pode causar sinais e sintomas clínicos, que se manifestam
como formas distintas de candidíase oral.
Em revisão de literatura, Hellstein; Marek (2016) sugerem que o dentista clínico é o profissional
mais apto a diagnosticar e tratar o supercrescimento de candidíase na região orofacial. De particular
interesse para o clínico são as várias modalidades de tratamento, com considerações apropriadas para efeitos
colaterais. Comprova-se tal hipótese, pois neste caso clínico, quando havia ausência do profissionaldentista,
havia quadro de piora clínica da infecção fúngica, acentuadamente aos finais de semana.

4 CONCLUSÃO
Com base no caso clínico exposto, pode-se concluir que a septicemia ocasionada por candidíase
oral é uma realidade atual alarmante e o cirurgião-dentista papel estratégico na prevenção de óbitos
advindos da sepse fúngica, tendo em vista que este profissional encontra-se habilitado na prevenção, manejo
e tratamento de focos de infecção oral.

5 REFERÊNCIAS

DUGGAN, S.; LEONHARDT, I.; HUNNIGER, K.; KURZAI, O. Host response to Candida albicans
bloodstream infection and sepse. Virulence, v. 6, n.4, p. 316-326, 2015.
HELLSTEIN, J.W.; MAREK, C.L. Candidiasis: red and White manifestations in the oral cavity. Red and
neck pathology, v.13, n.1, p.25-32, 2019.
LEWIS, M.A.O.; WILLIAMS, D.W. Diagnosis and management of oral candidosis. British dental jornal,
v. 223, n.9, p.675-681, 2017; 223.
MARTIN, G.S. Sepsis, severe sepsis and septic Shock: changes in incidence, pathogens and outcomes.
Expert Rev Anti Infect Ther., v. 10, n.6, p.701-702, 2012.
MARTINEZ, R.M.; WOLK, D.M. Bloodstream infections. Microbiology Spectrum – American Society
for Microbiology Press, v.4, n.4, p.1-34, 2016.
TALAPKO, J.; JUZBASIC, M.; MATIJEVIC, T.; PUSTIJANAC, E.; BEKIC, S. et al. Candida albicans –
The virulence factors and clinical manifestations of infection. Journal of fungi, v.7, n.2, p.1-19, 2021.

550
DOI 10.29327/1192726.1-28

RELEVÂNCIA DO RASTREAMENTO PRECOCE DO CÂNCER DE COLO


UTERINO

¹Ayara Almeida Souza Cabral


¹Joseelma Quaresma Trindade
²Ana Claudia de Araújo Mattos
³Penelopes de Albuquerque Silva
4
Tamires Rodrigues Toqueton
5
Tâmara da Silva Santos
6
Isabela Martins de Oliveira
7
Aline Oliveira Fernandes de Lima

1,1Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil; 2União das Faculdades dos Grandes Lagos, São
José do Rio Preto, São Paulo, Brasil; 3Fundação de Ensino Superior de Olinda, Olinda, Pernambuco,
Brasil;4 Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, Brasil;5Faculdade Paraense de Ensino, Belém,
Pará, Brasil; 6 Universidade Brasil, Fernandópolis, São Paulo, Brasil; 7Faculdade Venda Nova do
Imigrante. Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: ayaracabral@gmail.com

INTRODUÇÃO: O câncer de colo de útero (CCU) consiste em uma patologia decorrente da infecção pelo
papilomavírus humano (HPV), que atinge o tecido epitelial de regiões específicas, provocando assim, lesões
de alto grau e com crescimento anormal das células. Além disso, o CCU é considerado uma das neoplasias
femininas mais frequentes, sendo a quarta causa de morte por câncer em mulheres no mundo. Dessa forma,
é indispensável a realização do rastreamento precoce, visando assim, a prevenção dessa doença.
OBJETIVO: Descrever a relevância do rastreamento precoce do câncer de colo uterino.
METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura, de caráter qualitativa, realiza em fevereiro de 2023,
por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados: Literatura Latino Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS), Bases de Dados em Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis
and Retrieval System Online (MEDLINE), através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), e por meio de
literatura complementar na Scientific Electronic Library Online (SciELO). Para a busca foram utilizados
os descritores: “Neoplasias do Colo do Útero”, “Teste de Papanicolaou” e “Prevenção de Doenças”, em
cruzamento com os operadores booleanos “AND” e “OR”. Adotaram-se como critérios de inclusão: artigos
que abordasse a temática, disponíveis gratuitamente, em texto completo, nos idiomas português e inglês,
nos últimos cinco anos. E como critérios de exclusão: artigos que não abordasse a temática e que estivesse
repetido nas bases supramencionadas. Emergiram-se na pesquisa 03 estudos. RESULTADOS: Mediante
análise dos estudos, constatou-se que para o rastreamento do CCU, faz-se necessário a realização do exame
citopatológico, também chamado de teste de papanicolaou, que possibilita a prevenção e detecção precoce
do CCU. Além disso, é o método mais eficiente para detectar alterações no colo uterino, sendo considerado
uma estratégia indispensável de saúde pública. Evidenciou-se ainda, que a realização do exame é simples,
de baixo custo e de rápida execução, sendo assim, o diagnóstico precoce beneficia tanto o paciente, quanto
à saúde pública, visto que representa um método com custo-efetividade, levando em consideração a
escassez de recursos nos sistemas de saúde. Por isso, faz-se necessário que a equipe de enfermagem realize

551
ações voltadas para a educação em saúde dentro das unidades, promovendo conhecimento sobre a patologia
e a importância da realização desse exame periodicamente, evidenciando o quão é essencial o rastreamento
precoce para a promoção de saúde da população. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em síntese, nota-se que
o rastreamento precoce é essencial para a prevenção do CCU e promoção da saúde, mediante realização do
exame citopatológico, devendo a equipe de enfermagem realizar a busca na comunidade, visando a
ampliação da realização desse exame nas mulheres.

Palavras-chave: Neoplasias do colo do útero, Teste de papanicolaou, Prevenção de doenças.

REFERÊNCIAS:
MORAIS, Isabela da Silva Mota et al. importância do exame preventivo na detecção precoce do câncer de
colo uterino: uma revisão de literatura. Revista Eletrônica Acervo Enfermagem, [S.L.], v. 10, p. 1-7,
11 abr. 2021.

PAULA, Tamires Corrêa de. et al. Detecção precoce e prevenção do câncer de colo uterino: saberes e
práticas educativas. Revista Enfermagem em Foco, [s. l], v. 10, n. 2, p. 47-51, 2019.

RIBEIRO, Bruna Carneiro et al. Rastreamento do câncer de colo do útero em um município do sudoeste do
Paraná. Revista Escola de Saúde Pública no Paraná, v. 3, n. 1, p. 41-50, 2020.

552
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE E PRINCÍPIOS FORMAIS DO
DIREITO NO DOCUMENTÁRIO “SICKO”
1
Alan Sales Barbosa
2
Alexandre Passos Van de Pol Britto
2
Sérgio Xavier De Camargo
1Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; 2Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.

Eixo Temático: Temas Livres


Modalidade: Apresentação Oral
E-mail do 1º autor: alan.sales.barbosa@gmail.com
Resumo
Quando o cineasta Michael Moore lançou seu documentário, Sicko, em 2007, gerou um debate
considerável. Muitos argumentaram que o filme foi tendencioso e promovia “soluções radicais de saúde
não comprovadas”, embora baseadas em realidades recorrentemente observadas. A parte mais controversa
envolve a análise dos sistemas de saúde nos Estados Unidos da América (EUA) e em outros países,
incluindo “desenvolvidos”. Assim, os principais argumentos apresentados no filme são analisados
qualitativa e criticamente à luz dos conceitos de determinantes sociais da saúde e princípios formais do
Direito, discutindo como eles se aplicam a essas tendências de saúde e como o governo e seu sistema de
saúde têm um importante papel. Conclui-se que o documentário Sicko (2007) permanece relevante para a
compreensão dos sistemas comparados de saúde, ao retratar as deficiências do sistema público-privado de
saúde dos EUA ao negar à sua população o direito fundamental à saúde fundado em um sistema universal.
Palavras-chave: Determinantes Sociais de Saúde; princípios formais; documentário Sicko.

1 INTRODUÇÃO
Existem muitos fatores que podem influenciar a saúde de uma pessoa, incluindo sociais.
Determinantes sociais da saúde incluem desigualdades econômicas, em educação, em emprego, em moradia
e no acesso aos cuidados de saúde. Esses fatores podem impedir hábitos saudáveis e evitar doenças, e estão
intimamente relacionados com o sistema de saúde vigente e decisões governamentais nesse âmbito
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2015).
Como o Estado se estrutura e decide, através de princípios formais, e como regula a saúde são
fatores que estão dentre os principais desses determinantes. No Direito, princípios jurídicos são comandos
normativos que devem ser executados na maior medida possível e, por sua própria natureza, ocorre em
equilíbrio com todos os outros princípios de dado sistema normativo (VAN DE POL, 2019).
O documentário Sicko (DOG EAT DOG FILMS, 2007), produzido por Michael Moore, mostra
realidades de cidadãos estadunidenses na busca por atenção e atendimento em saúde frente ao sistema não
universal dos EUA e à postura governamental. Assim, este trabalho objetiva analisar os fatos e discutir seus
impactos e suas bases a partir da perspectiva dos conceitos de determinantes sociais em saúde e de
princípios jurídico-legislativos.

2 METODOLOGIA
Este estudo utilizou-se de uma metodologia de análise qualitativa de dados extraídos do
documentário Sicko (DOG EAT DOG FILMS, 2007). As análises críticas são debatidas buscando
identificar os determinantes e princípios, bem como seus desdobramentos e manejos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante as aproximadamente duas horas de material filmográfico, é documentada a realidade
estadunidense de como 50 milhões de indivíduos que não possuíam “plano de saúde”, o que levou a 18 mil
mortes por ano devido ao fato de não estarem segurados. Moore destaca como várias tendências sociais
prejudiciais contribuem para o aumento das taxas de doenças. Esses fatores incluem poluição ambiental,
consumo excessivo e falta de exercício. Ele também demonstra como a pobreza restringe o acesso a
alimentos saudáveis e como a discriminação racial leva a níveis mais altos de obesidade em grupos étnicos
não-brancos. Todas essas questões têm sérias consequências para a saúde que o governo não aborda
adequadamente. Em vez disso, optam-se, no atendimento em saúde, por cirurgias e medicamentos mais
caros, que apenas mascaram os sintomas das más condições de vida. Isso revela claramente como

553
determinantes sociais podem desfavorecer a saúde coletiva em diferentes graus de assistência e estão por
trás mesmo de hábitos individuais.
De modo a agravar, o sistema normativo estadunidense garante a credores o direito mesmo sobre
a propriedade em que a família do devedor por atendimentos de saúde reside, não relativizando tais
movimentações. Tudo isso mostra como a atuação governamental, que sustenta tal direito sem assistência
ou intervenção, passa pela definição sobre quem é habilitado para tomar tais decisões, o que perpassa os
princípios formais do Direito. Além disso, o impacto de pessoas que perdem sua moradia, após já estarem
sem a medicação necessária, revela outros determinantes de saúde derivados em ação.
Mesmo quando buscando cobertura, com outras delegações formais ao setor privado, movido pela
busca de lucro, há a possibilidade de as seguradoras recusarem contratantes por fugirem a padrões pré-
estabelecidos e chegam a oferecer bônus a funcionários (inclusive ex-profissionais da saúde) que encontram
saídas técnicas para que ela não precise arcar com os custos específicos de um caso, seja por condições de
saúde pré-existentes ou algo “como um caso de assassinato”, negando a cobertura. Mas mesmo profissionais
d saúde são vítimas de engendramentos burocráticos para essa negação programada. As seguradoras usam
argumentos como “não essencial à vida”, “não condizente com a condição apresentada”, “negação da
existência da condição” (mesmo câncer), inclusive pela não aprovação dos exames diagnósticos, ou
“procedimento experimental”, em casos de doação de medula óssea.
Historicamente, o documentário aponta que, em 1971, um empreendimento de Edgar Kaiser gerou
incentivos na direção de menos atendimento em saúde para maiores lucros, seguido de estabelecimento
presidencial de um novo programa de saúde como uma “nova estratégia para que os EUA tenham o melhor
sistema de saúde do mundo e para que todo americano tenha acesso quando precisar”, o que
contraditoriamente reduziu a cobertura e a qualidade do atendimento oferecido, mesmo com mais lucros
para as seguradoras. Moore, menciona “um sistema quebrado”, o que parece inegável, mas levanta o
questionamento: quebrado para quem?
Hillary Clinton foi quem trouxe a proposta política de criar uma cobertura universal de saúde. Isso
foi taxado como o “pesadelo vermelho” e “medicina ‘socializada’”, em um uso de discursos competentes
(CHAUI, 2000) para disseminar uma ideologia dominante e distorcida sobre as massas, de modo a ter o
projeto de reforma negado. Exemplo disso foi a propaganda anticomunista de Ronald Reagan, terrorizando
um controle ditatorial do governo como sinônimo de um sistema de saúde universal. Não por acaso, ela foi
acompanhada por grandes investimentos das seguradoras de saúde que, de fato, conseguiram derrubar o
projeto, tornando seus CEOs bilionários e esquivos da legislação por uso de propinas a congressistas e,
sobretudo, à campanha dos Clinton.
Esse histórico, leva à realidade de cidadãos estadunidenses que cruzam as fronteiras para receber
tratamento público de saúde (mesmo estadunidenses com seguro, cujos tratamentos foram negados), e a
canadenses que compram seguros mesmo quando vão passar apenas algumas horas nos EUA para evitar os
custos absurdos do tratamento médico não-segurado governamentalmente nos EUA. Sobretudo em
comparação com o Canadá e seu sistema universal de “país desenvolvido”, percebe-se nos EUA uma
alienação do que é o posicionamento político com relação à saúde enquanto direito fundamental. Isso leva
a uma expectativa média de vida canadense três anos maior que a estadunidense.
Outro exemplo em que isso acontece quanto à expectativa de vida e é comparado no documentário
se trata do sistema público universal (incluindo atendimento a estrangeiros) no Reino Unido. Medicamentos
são subsidiados, há dinheiro para transporte oferecido nos hospitais, e farmácias não funcionam como lojas
de conveniência. Lá, a ideia de sistema público de saúde começou com a democracia e foi estabelecido em
1948, no pós-guerra, apaziguando o estado de insalubridade social. A seriedade com que o governo aplica
o direito à saúde inclui o pagamento adicional aos profissionais de saúde que ajudam a prevenir doenças e
a reduzir morbidades. Mais um, é o sistema universal na França, onde a expectativa de vida é maior também.
Há um princípio de solidariedade, atuação em medicina preventiva e atenção em domicílio. O sistema
educacional e trabalhista segue os mesmos princípios democráticos e equitativos, com custos mínimos
desde a educação básica à superior, e com férias pagas de, no mínimo, cinco semanas e outras licenças
remuneradas, mesmo aos empregados com carga horária reduzida (de meio período). Há outros diversos
serviços assistenciais relacionados à maternidade, às mudanças de moradia, e até à lua de mel. O exemplo
francês desvela o poder de sua organização popular pautada por um forte sentimento de grupo que,
inclusive, se fosse um protesto, teria feito da comemoração da vitória da Copa do Mundo de Futebol (FIFA)
em 2018 o maior desde a Queda da Bastilha.
Por fim, o documentário compara os EUA a Cuba, tendo este último país menores taxas de
mortalidade e maior expectativa de vida que sistemas de saúde universais de outros países em
desenvolvimento, mas onde a atenção em saúde não tem finalidade lucrativa, mostrando uma cultura para
a saúde, por definição do nível máximo de bem-estar que ela compreende. E, por trás de tudo isso, é possível
compreender que a atuação do Estado, suas decisões sobre a organização da saúde, delineadas por princípios
formais, são determinantes sociais de saúde com grande potencial positivo.

554
Em contrapartida, nos EUA, pacientes incapazes de pagar dívidas hospitalares são “despejados”
mesmo sem estarem recuperados e sem qualquer assistência adicional. Até mesmo voluntários do atentado
de 11 de setembro que desenvolveram problemas respiratórios em função da atuação no resgate de vítimas
não recebem qualquer assistência do governo, já que não eram empregados. Mesmo com a liberação de
verba governamental para essa assistência especifica, a enorme burocracia e a atuação das seguradoras de
saúde tornam muito difícil receber qualquer auxílio financeiro, o que se agrava quando alguns dos
voluntários perdem seus empregos pela incapacidade ao trabalho. Vale ressaltar que praticamente todos os
determinantes sociais em saúde listados anteriormente se desdobram aqui.
Comparativamente em termo de delegação de responsabilidades, pode-se citar o atendimento de
bombeiros que hoje constitui um sistema público-privado nos EUA. Quando era um sistema totalmente
privado, companhias eram acusadas de provocar incêndios em áreas cobertas pelas concorrentes, algo de
risco inegável à saúde e afetando a muitos em todas as classes socioeconômicas. Além disso, os próprios
EUA “escondem” uma dualidade na saúde acerca de hospitais militares, com financiamento inteiramente
público, inclusive na base militar de Guantánamo (anexada ao território estadunidense).
Em particular, Moore aponta que o sistema de saúde mais caro no país é para bebês e crianças.
Isso ocorre porque as famílias de classe média podem receber planos de saúde de seus empregos que cobrem
tais necessidades, enquanto as famílias de classe baixa tendem a não possuir tal cobertura, pagando do
próprio bolso ou deixando os filhos desassegurados. Esta realidade aponta como outro determinante social
de saúde gera impacto: as condições trabalhistas, também parcamente regulamentadas. Ainda, Moore critica
o governo por não regulamentar as empresas de alimentos ou promover exercícios para soldados que lutam
em guerras no exterior. Essencialmente, mesmo que sejam os pobres a sofrerem com condições de vida
precárias, cidadãos de classes mais altas também sofrem desconfortos e riscos de saúde elevados devido à
negligência do governo. Moore argumenta também que o governo dos EUA não deseja cidadãos educados,
saudáveis e confiantes para não perder seu controle, o que se desdobra em altas taxas de mortalidade infantil
e menor expectativa de vida, comparável às de “países subdesenvolvidos”. Aponta, ainda, sérios problemas
educacionais: educação básica ineficiente e educação superior absurdamente cara, deixando recém-
formados endividados por muitos anos. Assim, a educação aparece como outro importante determinante de
saúde, tanto para alcançar bons empregos, renda e planos de saúde, como para o bem-estarindividual.
Enquanto alguns argumentam que Michael Moore apresenta uma visão excessivamente sombria
dos cuidados de saúde modernos, suas opiniões são evidentemente baseadas em uma realidade disseminada.
O documentário destaca muitas tendências sociais prejudiciais à saúde que contribuem para o aumento da
carga de doenças. Ao mesmo tempo, Moore destaca como uma riqueza maior melhoraria a vida de muitas
pessoas comuns. Em última análise, a sociedade deve tomar medidas para melhorar as condições de vida
tanto para os cidadãos de classe baixa quanto para os cidadãos de classe alta, se busca-se ter pessoas
saudáveis com altos padrões de vida, sendo a renda um importante determinante social de saúde. Contudo,
é também inegável que a delegação a estratos governamentais imparciais resistentes a subornos e não
sujeitos à lógica mercadológica em diversas áreas é algo indispensável para galgar o bem-estar social - algo
que depende fundamentalmente de como e de quem decide sobre a saúde: o Estado ou o Mercado.

4 CONCLUSÃO
Diante das bases pelas quais esses fatores interagem, como aqui analisado, e considerando o
desenrolar do impacto do documentário nos EUA e a situação de saúde no país desde que ele foi lançado
em 2007, a população estadunidense sofre e tende a sofrer mais sem políticas públicas que favoreçam o
acesso à promoção e aos serviços de saúde, mesmo com o Affordable Care Act (ACA ou “Obama care”),
o qual sequer provê cobertura universal. Disso, deriva-se a discussão sobre quais parâmetros estão sendo
utilizados para classificar países como “desenvolvidos”, sobretudo quanto à saúde. É interessante citar que
esse termo é adjetivo de nações quando escrito em inglês, e não de países, como em português. Embora a
população e seus hábitos individuais, sociais e culturais (definindo nação) influenciem o estado geral de
saúde (englobando seus determinantes sociais), o governo e as estruturas que ele gerencia e estabelece ou
deixa de estabelecer têm papel determinante, envolvendo questões políticas e de soberania (estadual e
federal nos EUA, pela aplicação dos princípios formais), compreendendo mais adequadamente o conceito
de país.
Assim, questionar o “sistema” de saúde dos EUA é indagar como e quais as consequências de uma
realidade em que o Direito dá primazia ao princípio formal da liberdade econômica sobre o princípio
material da saúde, tensão que é um determinante social da saúde.

REFERÊNCIAS
CHAUI, M. S. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. In: Cultura e democracia: o
discurso competente e outras falas. 2000.

555
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Health in all policies: training manual. Geneva: World Health
Organization, 2015. 271p.
SICKO. Produção de Michael Moore. Nova Iorque: DOG EAT DOG FILMS, 2007. 1 disco blu-ray (ca.
123 min).
VAN DE POL, A. Princípios Formais: Análise de designação de competências. Editora da Faculdade de
Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora, 2019. 100pp.

556
Contribuição sobre infecção do trato urinário: uma
revisão de literatura

Maria Eduarda Barbosa Silva1


Ester Emanuela Mariano2
Cleiber Amaro alves3
Ana Caroline da Silva Morais4
Iasmin Borges de Freitas Dupim5
Ingrid Brandão Coqueiro6
Medley Fernandes dos Santos7
Marilia Bentivoglio Costa Rodrigues⁸

1,2,4,5,6,7Discente na Universidade de Rio Verde Campus Goianésia, 3Discente na universidade ITPAC


Cruzeiro do Sul, 8Docente na Universidade de Rio Verde Campus Goianésia

Eixo temático: Emergência clínica


Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: mariaeee2012@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A infecção do trato urinário (ITU) é provocada pela invasão de microrganismos no


sistema responsável por produzir, armazenar e eliminar a urina. Esta enfermidade é considerada a segunda
infecção mais frequente na comunidade e é acompanhada por sintomas como disúria (dor ou sensação de
queimação à micção), polaciúria (aumento da frequência urinária), urgência miccional e hematúria (sangue
na urina). OBJETIVO: Compreender as causas, os efeitos e os medicamentos envolvidos no tratamento da
ITU. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão literária narrativa nas seguintes bases de dados:
SCIELO, PUBMED. Os descritores utilizados foram: “ITU”,
‘infecção”, "bacteriúria" e “cistite”, encontrando, assim 3 estudos inclusos no SCIELO e 1 incluso no
PUBMED, totalizando 4 estudos selecionados. Com filtragem de artigos em português, inglês e espanhol
dos últimos 10 anos, sendo excluídos os estudos duplicados e os que não abordavam o assunto.
RESULTADOS: A ITU é uma condição caracterizada pela presença de microrganismos patógenos no trato
urinário, esta é causada majoritariamente pela bactéria Escherichia coli (76,6%), seguido por Proteus
mirabilis (10,3%) e Staphylococcus saprophyticus (4,1%). A infecção acomete com maior prevalência as
mulheres e apresenta sintomas como disúria, polaciúria, urgência miccional, hematúria e em alguns casos
dor lombar. É imprescindível o diagnóstico precoce da doença com o objetivo de evitar complicações e
lesões no rim, como a pielonefrite. O tratamento terapêutico não deve ser tardio, esse ocorre através de
antibioterapia, levando em consideração fatores como agentes microbianos envolvidos e o padrão variável
de resistência aos antibióticos dos microrganismos, a E. coli, principal fomentadora da infecção, possui
determinada sensibilidade à fosfomicina e à nitrofurantoína, logo tais medicamentos se mostraram eficazes
para processo de recuperação, auxiliando o combate dos agentes patogênicos durante o tratamento empírico.
CONCLUSÃO: Assim sendo, a partir dos aspectos analisados nas pesquisas, destaca-se a necessidade da
realização de diagnósticos e intervenções médicas de forma precoce com o intuito de evitar futuros males
aos pacientes acometidos pela infecção urinária. Ademais, é fundamental que estudos mais aprofundados
sejam feitos a respeito da enfermidade a fim de garantir maior segurança durante o tratamentoterapêutico e o
aperfeiçoamento deste. De tal modo, o bem-estar da população será assegurado com excelência e
complicações serão evitadas.

Palavras-chaves: ITU, infecção urinária

Referências:

Bach, Marcio José et al. Rational use of antibiotics for treatment of urinary infection in sows. Ciência
Animal Brasileira [online]. 2021, v. 22 [Accessed 6 November 2022] , e-68919.

557
Lo, Denise Swei et al. Infecção urinária comunitária: etiologia segundo idade e sexo. Brazilian Journal
of Nephrology [online]. 2013, v. 35, n. 2 [Acessado 6 Novembro 2022], pp. 93-98. Disponível em:
<https://doi.org/10.5935/0101-2800.20130016>. Epub 24 Jun 2013. ISSN 2175-8239.
https://doi.org/10.5935/0101-2800.20130016.

MACHADO, Gabriela et al . Infeções do trato urinário nos cuidados de saúde primários: estado da arte.
Rev Port Med Geral Fam, Lisboa , v. 38, n. 2, p. 137-145, abr. 2022. Disponível em
<http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732022000200137&lng=pt&nrm=iso>.
acessos em 06 nov. 2022. Epub 30-Abr-2022.

Melo LS, Ercole FF, Oliveira DU, Pinto TS, Victoriano MA, Alcoforado CLGC. Urinary tract infection: a
cohort of older people with urinary incontinence. Rev Bras Enferm. 2017Jul-Aug;70(4):838-844.
English, Portuguese. doi: 10.1590/0034-7167-2017-0141. PMID: 28793116.

558
A PRÁTICA HOLÍSTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR.

¹ Letícia Fabris Cordeiro


¹Jaqueline Luche Neves
¹Luciane Cristine Ribeiro Rodrigues
1Fundação Educacional do Munícipio de Assis (FEMA).

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Pôster.
E-mail do 1° autor: lelefacor@gmail.com

Resumo
A relação médico-paciente sempre foi algo presente na história da medicina, e um vínculo muito importante
a ser criado. Proporcionar a visão holística aos pacientes vem sendo aderida em várias universidades de
medicina ao redor do mundo, trazendo um olhar mais integral do indivíduo. O objetivo do estudo foi
identificar o olhar de acadêmicos de medicina e seus docentes dentro do internato sobre o conhecimento e
a aplicação da visão holística dentro do ambiente hospitalar. Trata-se de um estudo de caráter
quantiqualitativo, transversal, analítico, do tipo exploratório e descritivo. A coleta de dados foi
desenvolvida com base na aplicação e análise de um questionário enviado à alunos e professores do
internato de medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA) com posterior revisão
bibliográfica. O estudo visou compreender o grau de profundidade e importância que a visão holística tem
dentro do ambiente hospitalar. Os resultados demonstraram o amplo conhecimento por acadêmicos e
professores, bem como a vasta aplicação da visão holística em diversos setores hospitalares do internato. O
estudo verificou o reconhecimento da visão holística no ambiente hospitalar por alunos e docentes do
internato, afirmando a importância dessa abordagem dentro desse ambiente.
Palavras-chave: Medicina holística; Estudantes de medicina; Saúde integral;
Internato em Medicina; Docentes de Medicina.
Eixo Temática: Temas Livres.
Modalidade: Pôster.

1 INTRODUÇÃO
A relação médico-paciente sempre foi algo presente na história da medicina, porém o seu afastamento
devido ao avanço tecnológico rápido na ciência prejudicou a relação até então criada. A reinserção desta
visão holística com pacientes vem sido aplicada em várias universidades de medicina ao redor do mundo,
trazendo um olhar mais integral que engloba o biopsicossocial e espiritual de cada paciente, especialmente
dentro da atenção básica à saúde. (HUANG et al, 2019, p.2). A recuperação dessa visão com os graduandos
de medicina pode ajudar na ampliação de cuidados e percepção holística com os pacientes, e o
reconhecimento de médicos inseridos nesse meio hospitalar para incentivar a utilizar a visão holística vem
crescendo e demonstrando a necessidade que reside dentro desses ambientes em possuírem um olhar
integral (COLEMAN et al), (SANTOS et al, 2012, p. 209-211). O objetivo desse estudo foi identificar o
olhar de acadêmicos da graduação de medicina do internato e seus docentes sobre o aprendizado e aplicação
da visão holística em pacientes do ambiente hospitalar.

559
2 METODOLOGIA
Inicialmente a proposta desse estudo seria de caráter quantiqualitativo, transversal, analítico, do tipo
exploratório e descritivo, sendo desenvolvido a partir de resultados com base na aplicação de questionário
previamente elaborado pelas pesquisadoras, à acadêmicos da graduação de medicina do internato e seus
docentes e posterior análise dos dados. O questionário buscava saber sobre o conhecimento da visão
holística dos participantes, bem como sua aplicação no ambiente hospitalar e identificar a importância
considerada pelos sujeitos na graduação de medicina, ele foi enviado através de um uma mensagem via
WhatsApp, convidando o sujeito a participar da pesquisa, foi enviada uma mensagem explanando sobre o
que se tratava o questionário e o link do mesmo.
No entanto, por falta de adesão em responderem o questionário, embora não fossem questões lonas e a
maioria delas eram de quesito objetivo com respostas ´´sim´´ e ´´não´´, e o envio das perguntas ter sido
realizado de diversas maneiras, tentando abranger o máximo de estudantes possível, infelizmente não
houveram participações nas quantidades esperadas desses sujeitos, foi necessário reajustar a coleta de
dados, sendo feita uma revisão bibliográfica sobre a temática do estudo. Apesar de terem sido obtidas
poucas respostas dos estudantes, foi feita a opção de apresenta-las nesse estudo, ou seja, estão apresentadas
todas as respostas coletadas, mas com a predominância de respostas de docentes do internato, e com
posterior revisão bibliográfica.
Sendo assim, após reorganização, a primeira parte do estudo é composta pela revisão bibliográfica, e a
segunda parte composta pela análise de dados adquirida após envio do questionário aos estudantes de
medicina (dos poucos que responderam) e professores do internato da FEMA. Todos os sujeitos que
participaram do projeto foram previamente apresentados aos Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), bem como Segundo a Resolução 466/12 o item IV.3.b do Conselho Nacional de Saúde, os
possíveis riscos e desconfortos que o participante poderia ter. Ambos termos deveriam ser consentidos antes
do envio das respostas do questionário, e toda a apresentação deixava explícito que a participação do sujeito
no estudo foi totalmente confidencial.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Revisão bibliográfica
Nesta primeira parte, foram selecionados para leitura 7 artigos na integra, nos quais 2 foram excluídos,
e somente 5 foram utilizados para fazer parte do estudo. Todos os artigos foram buscados na plataforma da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scielo, utilizando descritores como ´´Saúde Holística ´´ e ´´ Internato
de Medicina ´´, previamente buscados na base brasileira de descritores em saúde (DeCS).
Inicialmente foram analisados, a metodologia e objetivos. Na metodologia pode-se notar que 80% dos
artigos realizaram um estudo de caráter transversal, analítico e exploratório com docentes e alu-nos do
internato de medicina, somente 20% realizou uma revisão de literatura. Em relação aos ob-jetivos, 60%
visou analisar, verificar e descrever os modelos de formação médica no Brasil, e as novas mudanças para
uma visão humanizada, holística e com empatia por estudantes de medicina. 20% identificou a visão de
estudantes de medicina sobre o ensino da acupuntura dentro da grade curricular da graduação médica e os
outros 20% descreverem a experiência de estudantes do internato que participam do Programa Mais
Médicos (PMM), dentro de uma Estratégia de Saúde e Família (ESF).
Em relação a amostra dos artigos, 60% deles foram com estudantes do internato de medicina do quinto
e sexto ano. 20% foi realizado com preceptores do internato e os últimos 20%, foi feito uma revisão de
literatura que contou com a revisão de 7 artigos. Já dentro das limitações 80% não relataram ter encontrado
alguma, enquanto 20% encontrou uma restrição com relação a amostras, por se tratar de somente uma
instituição, além disso houve o fato de os alunos de medicina da instituição não participarem da pesquisa,
restringindo-se a visão dos preceptores nos resultados.

Questionário
Com relação a amostra de estudo, teve-se uma prevalência na participação de docentes do internato de
medicina, sendo 56,5% composta pelos mesmos, e 43,5% composta por estudantes do internato de

560
medicina. Sendo um fator determinante para um enfoque nas respostas dos professores, tendo em vista que
somente 11,9% do total de alunos que está no internato participou da pesquisa. Mesmo com a menor
participação de alunos, dentre os que responderam ao questionário houve uma maior prevalência de internos
da 9ª fase (25,9%), 11ª fase (8,7%) e da 10ª fase (8,6%), sendo os outros 56,8% da pesquisa composto pela
participação dos docentes do internato.
Tratando das especialidades dos docentes que participaram do estudo tivemos o predomino de pediatria
(8,7%), medicina emergência (8,7), clínica médica (8,6%) e cirurgia geral (8,6%). Outras que tiveram sua
participação no estudo, mas em menor quantidade foram otorrinolaringologista, ortopedista, nefrologista,
Ginecologia e Obstetrícia (GO) e cardiologista, sendo cada um correspondente a 4,3% da composição das
respostas.
A respeito dos participantes que já aplicaram a visão holística com pacientes dentro do ambiente
hospitalar. Constatou-se que a maioria com 69,6% dos participantes já prestou um atendimento com a visão
holística enquanto 30,4% diz não ter realizado.
Com relação às indagações aos participantes sobre ter um contato com cuidados mais humanizados
durante o curso pode ajudar na relação médico-paciente e se ter um olhar mais humanizado com pacientes
contribui para a qualidade do cuidado com os pacientes no internato, em ambas perguntas 95,7% das
respostas foram ´´sim´´, enquanto a minoria, composta por 4,3% das respostas disseram e consideram que
´´não´´. Tratando-se da segunda pergunta analisada, nenhum participante respondeu que ´´não se aplica no
ambiente hospitalar´´.
Pode-se observar que 60% dos objetivos encontrados nos artigos revisados, sendo eles verificar e
descrever os modelos de formação médica no Brasil, e as novas mudanças para uma visão humanizada,
holística e com empatia por estudantes de medicina, corroboram com a proposta da política criada pelo do
Ministério da Saúde em 2006, chamada Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC). Dentro desta política foi instituído no SUS novas abordagens com cuidado integral e práticas com
uma visão holística à população por meio de recursos terapêuticos diversos.
Isso demonstra a importância da implantação dessa política dentro de ambientes hospitalares e como o
significado de integralidade já está inserido dentro do SUS há muitos anos, porém sua implantação tem
fragilidades, tendo em vista que 60% das conclusões dos trabalhos analisados verificou que o modelo
biomédico de atendimento é muito presente assim como o olhar somente na doença, deixando de lado o ser
humano em questão, isso vem demonstrando mais uma vez a importância desse conhecimento holístico e
integral com sua inserção dentro da graduação, mas especialmente no ambiente hospitalar, em que os
estudantes de medicina se encontram no internato auxiliando em um atendimento humanizado e criando
um vínculo mais estreito entre médico-paciente, buscando englobar o olhar integral do biopsicossocial e
espiritual individual de cada um.
Pode-se observar também que os 40% dos resultados trazendo uma abordagem prática da visão holística
e de aplicações de conceitos como empatia e humanização com estudantes do internato relataram
dificuldades aplicar tais conceitos, mesmo averiguando sua essencialidade dentro da formação. A
fragilidade encontrada e sentida pelos estudantes, não é somente em território brasileiro. Mundialmente as
universidades de medicina registram essas inseguranças em aplicações de termos que as vezes parecem tão
distantes, elas trazem o remodelamento curricular para tentar parar de reinserir a visão holística e totalmente
deixa-la presente e parte fixa nos currículos médicos, sendo considerada essencial para formação (HUANG
et al, 2019, p.2).
É imprescindível observar na coleta de dados do questionário que dentro do ambiente hospitalar, ambos
docentes e alunos de medicina já realizaram a aplicação da visão holística em algum atendimento com seus
pacientes compondo (69,6%), isso demonstra a importância da mudança que vem ocorrendo dentro dos
currículos de graduação de medicina pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação de
Medicina desde 2001. Aos poucos essas mudanças vêm favorecendo a implantação de currículos com uma
formação de médicos ´´como promotores da saúde integral do ser humano´´, como a própria diretriz aborda.
A percepção por docentes e alunos de que a visão holística dentro do ambiente hospitalar é necessária e
viável prova que aos poucos essa implantação vem ganhando espaço no espaço médico. Esses dados
apresentados corroboram com o estudo feito por VILLEGAS et al, 2020, que demonstrou a evolução de
atendimentos na medicina e desde o método clinico centrado na pessoa (MCCP) percebe-se uma atenção
ao envoltório do paciente além da doença, sendo onde ele está inserido, além de sua percepção e visão do
processo com a doença. Dentro deste estudo 95,7% dos sujeitos que responderam ao questionário
consideraram que ter um contato com cuidados mais humanizados durante o curso pode ajudar na relação

561
médico-paciente, além disso, ter um olhar mais humanizado com pacientes contribui para a qualidade do
cuidado com os mesmos no internato e dentro do hospital. Isso reafirma a hipótese e comprova a
importância desse resgate com a visão holística tanto na graduação quanto na aplicação prática no internato.
Além disso, embora 50% dos participantes pontuaram que a clínica médica é uma das áreas de maior
facilidade para a aplicação de uma visão holística, 20% das respostas consideraram que dentro de TODAS
as áreas isso é possível, mesmo sendo inegável algumas especialidades de dificultosa aplicação holística,
como em ambientes da UPA ou em centros cirúrgicos, ainda é possível verificar a mudança de olhar tanto
de alunos quanto de docentes no internato, de algo que em um passado talvez não tão distante parecia
inalcançável, ou seja, proporcionar um atendimento de visão holística e integral com os pacientes mais uma
vez demonstra como é inegável a presença da mudança de mentalidade médica atual, uma vez comprovado
que a relação médico-paciente não se trata somente um aspecto do paciente, não é um atendimento linear
abordando somente a doença, e sim um novo modelo biopsicossocial e espiritual (COSTA, et. Al, 2017).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O reconhecimento dentro do ambiente hospitalar, que se encontra o internato de medicina, por alunos e
professores afirmando a importância da visão holística e integral com os pacientes e como isso pode mudar
para melhor a relação médico paciente, reafirma a necessidade de mudanças trazidas pela Diretriz Nacional
do Currículo de Medicina. Os benefícios trazidos por essa nova grade curricular da medicina, que busca a
formação de médicos mais humanos e com mais empatia por seus pacientes, reconhecendo além de doença,
e prestando atenção na complexidade que é formado uma pessoa são o que o futuro que a medicina precisa

REFERÊNCIAS

AIBANA, Omowunmi; SWAILS, Jennifer L.; FLORES, Renee J. e LOVE, LaTanya. Bridging the Gap:
Holistic Review to Increase Diversity in Graduate Medical Education. AcadMed, 30 de Abril de 2019.
Disponível em: < https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31045603/ >. Acesso em: 29 de junho de 2022.
ALVES DE ALMEIDA FERNANDES LEITE, T.; STRONG, M. I. A influência da visão holística no
processo de humanização hospitalar: DOI:10.15343/0104-7809.200630.2.1. O Mundo da Saúde, v. 30,
n. 2, p. 203-214, 1 abr. 2006. Disponível em: < https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br >.
BATISTA, Nildo Alves e Lessa, Simone Schwartz. Aprendizagem da Empatia na Relação Médico-
Paciente: um Olhar Qualitativo entre Estudantes do Internato de Escolas Médicas do Nordeste do
Brasil. Revista Brasileira de Educação Médica [online]. 2019, v. 43, n. 1 suppl 1 [Acessado 16 Outubro
2022] , pp. 349-356. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20190118>.
Epub 13 Jan 2020. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20190118.
COLEMAN, Arthur L. e KEITH, Jamie Lewis. Understanding Holistic Review in Higher Education
Admissions: Guiding Principles and Model Illustrations. The College Board, 2018. Disponível em: <
https://professionals.collegeboard.org/pdf/understanding-holistic-review-he-admissions.pdf >. Acesso em:
29 de Junho de 2020.
COSTA; Stella Rocha et al. Utilização do modelo biopsicossocial por parte dos diferentes profissionais
da saúde na abordagem das necessidades dos usuários do sus. Disponível em:
<https://periodicos.uniformg.edu.br:21011/ocs/index.php/mipe2017/xiiimipe/paper/view/440>. Acesso
em: 16 out. 2022.
EDUCAÇÃO, Ministério. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DO CURSO DE
GRADUAÇÃO EM MEDICINA, Resolução CNE/CES nº 4, de 7 de novembro de 2001. Disponível em:
< http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/Med.pdf >. Acesso em 20 de setembro de 2022.
HARRISON, Leila E. Using holistic review to form a diverse interview pool for selection to medical
school. Proceedings (Baylor University. Medical Center) vol. 32,2 218-221. 28 de Março de 2019.
Disponível em < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6541061/ >. Acesso em 27 de junho de
2022.
HUANG, Yufrica Huang; MONROUXE, Lynn V. e HUANG, Chien-Da. The influence of narrative
medicine on medical students’ readiness for holistic care practice: a realist
synthesis protocol. BMJ Open 2019. Disponível em: < https://bmjopen.bmj.com/content/9/8/e029588 >.
Acesso em: 29 de Junho e 2022.
IORIO, Rita de Cassia, Alvarenga, Augusta Thereza de e Yamamura, Ysao.
Acupuntura no CurrículoMédico: Visão de Estudantes de Graduação em Medicina. Revista Brasileira de
Educação Médica[online]. 2004, v. 28, n. 03 [Acessado 16 Outubro 2022] , pp. 223-233. Disponível

562
em:
<https://doi.org/10.1590/1981-5271v28.3-029>. Epub 17 Jul 2020. ISSN 1981-5271.
https://doi.org/10.1590/1981-5271v28.3-029.
LEMOS, Rejane C.A, JORGE, Lívia Loami R., ALMEIDA, Ludmila Santiago, CASTRO, Ana Carolina.
Visão dos enfermeiros sobre a assistência holística ao cliente hospitalizado. Revista Eletrônica de
Enfermagem. 12. 10.5216/ree.v12i2.5544. (2010). Disponível em:
http://www.fen.ufg.br/revista/v12/n2/v12n2a20.htm.doi: 10.5216/ree. v12i2.5544
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE
EDUCAÇÃO SUPERIOR, RESOLUÇÃO Nº 3, DE 20 DE JUNHO DE 2014- Institui Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina e dá outras providências.
SAÚDE, Ministério. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, 2ª edição-
2015, Brasília-DF. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2ed
.pdf >. Acesso em 18 de setembro de 2022.
PASCHOALINI, M. DA S.; LAGO, I. R. DE L. Estágio de internato médico em medicina da família e
comunidade no programa mais médicos: relato de experiência. Rev. baiana saúde pública, p. 304–312,
2022.
VILAGRA, S. M. B. W. et al. Percepção de preceptores do internato sobre a influência de modelos na
formação médica. Revista brasileira de educação medica, v. 46, n. 2, 2022.

563
564
DOI 10.29327/1192726.1-26

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DE ANTIRETROVIRAIS E OUTROS


MEDICAMENTOS EM PACIENTES INFECTADOS PELO VIRÚS DA
IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA

¹Ayara Almeida Souza Cabral

¹Thainá Beatriz Leite Izidro


²Erik Vinicius Barros Guedes
³Antônio Gabriel Vergara
4
Átala Dandara Gomes de Barros Silva
5
Joel Correia Lima
6
Jose Edson Silva Bispo
7
Ivaldo Jesus Almeida Belém-Filho

1,Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil; 1Centro Universitário Unifacisa, Campina Grande,
Paraíba, Brasil; 2Universidade de São Paulo/ FO, São Paulo, São Paulo, Brasil ;3Universidade Federal de
Pelotas, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil; 4Centro Universitário da Vitória de Santo Antão, Vitória de
Santo Antão, Permanbuco,, Brasil; 5 Centro Universitário Maurício de Nassau, Campina Grande, Paraíba,
Brasil; 6Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil;7Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto- FMRP USP, São Paulo, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: ayaracabral@gmail.com
INTRODUÇÃO: O vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), atinge o sistema imunológico lentamente,
sendo seu alvo principalmente, as células linfócitos T CD4 e macrófagos. O tratamento adequado, é feito
por Terapia Antirretroviral (TARV) composto por diversos medicamentos, tendo como objetivo suprimir
a carga viral do HIV, prevenir a transmissão, melhorar o sistema imune e permitir uma melhor qualidade
de vida ao paciente. No entanto, diversas são as Interações Medicamentosas (IMs) da TARV e outros
medicamentos, o que apresenta como propulsora a reações adversas indesejáveis, sendo imprescindível
atenção e acompanhamento para o melhor manejo do tratamento. As IMs acontecem quando o paciente usa
mais de um medicamento ao mesmo tempo, que pode ocasionar efeitos positivos sinérgicos, como
negativos, diminuindo ou anulando seu efeito no tratamento. OBJETIVO: Identificar as principais
interações medicamentosas de antirretrovirais e outros medicamentos em pacientes infectados pelo HIV.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados Literatura Latino
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e
Banco de Dados de Enfermagem (BDENF), por meio dos Descritores em Ciências Saúde (Decs): “HIV”;
“Antirretrovirais”; “Interação Medicamentosa”. Foi considerada como pergunta norteadora: “Quais as
principais interações medicamentosas entre a TARV e outros medicamentos”. Como critérios de inclusão:
estudos que contemplassem a temática, disponíveis online, na íntegra, em português, espanhol ou inglês
publicados de 2019 a 2022; e de exclusão, artigos repetidos nas bases de dados. Além disso, foi usado como
consulta, o banco de dados verificador de interação medicamentosa do IBM
Micromedex®.RESULTADOS: Foram encontrados 50 artigos na literatura, foi aplicado ainda critérios de
elegibilidade e estudos mais específicos, compondo para amostra final 8 artigos. Mediante as análises

565
realizadas dos artigos, foi possível identificar que as principais classes medicamentosas responsáveis pelas
IMs são, inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídeo (ITRN), transcriptase reversa não
análogos de nucleosídeos (ITRNN), e inibidores de protease (IP). O Tenofovir (ITRN) associado com
antibióticos e anti-inflamatórios possuem interações graves como o aumento da nefrotoxicidade, o
Efavirenz quando coadministrados com analgésicos opioides depreciam o sistema respiratório e pode levar
a morte, o Ritonavir (IP) quando administrados com a rifampicina, diminui o efeito do antirretroviral o que
pode acarretar a redução do efeito virológico, consequentemente, provocando a resistência ao HIV, foi
constatado ainda, uma atenção especial a associação da TARV com os inibidores de bomba de prótons
(antiácidos) que também pode está provocando a redução do efeito dos antirretrovirais. Além disso, foi
apontado que os estudos realizaram pesquisas com diversas faixas etárias, e as IMs foram mais frequentes
em adultos, outro dado importante que se deve pontuar, é a utilização de outros medicamentos para atenuar
os efeitos adversos ocasionados pela própria TARV sendo mais um motivo para haver as IMs.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Frente ao exposto, os resultados deixaram explícita a
necessidade de haver atenção no manejo as IMs do uso da TARV e outros medicamentos, sendo necessário
supervisionar todo o tratamento, evitar as combinações e se possível, modificar o tratamento e alertar as
riscos e efeitos adversos.

Palavras-chave: Terapia Antirretroviral, Interações Medicamentosas, HIV.

Referências:

DE SOUSA BERNARDES, Isabelle Aparecida et al. Interações medicamentosas entre pacientes com
HIV/AIDS. Research, Society and Development, v. 10, n. 15, p. e264101522838-e264101522838,
2021.

MATEUS, Evelyn Damaceno et al. Interação medicamentosa de antirretrovirais utilizados no tratamento


da infecção por HIV em adultos Drug interaction of antiretrovirals used in the treatment of HIV infection
in adults. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 5, p. 41278-41320, 2022.

MOTA, Andreia Ribeiro; SCHUELTER-TREVISOL, Fabiana. Interação medicamentosa entre


antirretrovirais e psicofármacos. Research, Society and Development, v. 11, n. 11, p. e02111132576-
e02111132576, 2022.

566
DOI 10.29327/1192726.1-23

O USO DA LAVANDULA ANGUSTIFOLIA MILL. NO ÂMBITO DA


AROMATERAPIA PARA O TRATAMENTO DA ANSIEDADE

¹Ayara Almeida Souza Cabral

¹Joseelma Quaresma Trindade


²Erik Vinicius Barros Guedes
³Paula Regina Rodrigues Salgado
4
Daniel Aparecido dos Santos
5
Fabiana Ramos Vital Ribeiro
6
Beatriz Ramos Ribeiro Loureiro
7
Ivaldo Jesus Almeida Belém-Filho

1,1Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil; 1Centro Universitário Unifacisa, Campina Grande,
Paraíba, Brasil; 2Universidade de São Paulo/ FO, São Paulo, São Paulo, Brasil ;3Centro Universitário de
Patos-Unifip, Patos, Paraíba, Brasil; 4Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil; 5 Centro
Universitário Maurício de Nassau, Campina Grande, Paraíba, Brasil; 6Centro Universitário Unifacisa,
Campina Grande, Paraíba, Brasil; 7 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- FMRP USP, São Paulo,
Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: ayaracabral@gmail.com
INTRODUÇÃO: A ansiedade considerada um transtorno psíquico, pode atingir o indivíduo sem
distinção de idade, sexo ou classe social, sendo ela uma patologia de causas múltiplas e cada vez
mais presente na vida do brasileiro. No Brasil, cerca de 18,6 milhões de pessoas sofrem de
ansiedade, levando o país ao ápice do ranking mundial (OMS, 2020), com situações de crise de
ansiedade, o indivíduo em muitos casos, não possuem um motivo aparente para o sofrimento
emocional, sendo considerado uma das doenças do século. Logo, maneiras para amenizar os
sintomas são indispensáveis, a Lavandula Angustifolia Mill., popularmente conhecida como
Lavanda, tem apresentado evidências na aromaterapia para tratar a ansiedade. OBJETIVO:
Verificar na literatura, o uso da Lavandula Angustifolia Mill. no âmbito da aromaterapia para o
tratamento da ansiedade. METODOLOGIA: O presente estudo refere-se a uma revisão da
literatura com buscas nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), através do cruzamento dos
seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Ansiedade”, “Aromaterapia”, “Lavandula
Angustifolia Mill.” combinados entre si pelo operador booleano AND. Adotaram-se como
critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português, espanhol e inglês que
contemplassem o tema entre os anos de 2018 a 2022.Como critérios de exclusão, artigos que
fugissem da temática e estivessem duplicados nas bases de dados. Utilizou-se como pergunta
norteadora: “Quais as evidências do uso da Lavandula Angustifolia Mill para o tratamento da
ansiedade?”. RESULTADOS: Foram encontrados de início 420 artigos, com o emprego dos
critérios de inclusão específicos 56 trabalhos foram apresentados e por fim, com o de exclusão
sobraram 12 estudos para amostra final. Os achados obtidos apontaram que o óleo essencial

567
composto pela L. Angustifólia possuem propriedades ansiolíticas, analgésicas, antidepressivas e
anti-inflamatória, dando-lhe caráter potencial para atuar em pacientes com ansiedade na
aromaterapia, isso porque, sua ação atua diretamente estimulando o sistema nervoso e ativando
áreas de controle no cérebro sobre os sintomas de ansiedade agindo no controle e comouma Prática
Integrativa Complementar (PIC). Além disso, em todos os artigos foi o fitoterápico mais citado
com evidência mais comprovada de ação efetiva para a ansiedade, foi descrito ainda, que o óleo
essencial melhora consideravelmente o sono- uma das queixas principais de pacientes com a
patologia, é a insônia-, contendo em sua composição química substâncias como: acetato delinalina,
cariofileno e linalol, atuam aumentando o efeito do ácido gama aminobutírico resultandoem efeitos
similares aos dos benzoadiazepínicos, classe de medicamento prescritos para transtornos
psíquicos. Por ser um óleo essencial de planta medicinal, seus efeitos adversos são menores ou
até inexistentes e a via de administração inalatória pela aromaterapia possibilita alternativa na
adesão ao tratamento, propiciando bem-estar e qualidade de vida.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ficou evidente, portanto, que o uso da Lavandula
Angustifolia Mill no âmbito da aromaterapia para o tratamento da ansiedade possui comprovações
científicas, contudo, há a necessidade de estudos cada vez mais aprofundados e sua aplicabilidade nos
transtornos psicológicos e sua segurança ao uso.

Palavras-chave: Lavandula Angustifolia Mill, Aromaterapia, Ansiedade.

Referências:

HEREDIAVIEIRA, Silvia Cristina et al. Uma revisão do uso da aromaterapia no controle da ansiedade
ocasionada pela pandemia da Covid-19. 2020.

LIMA, Laysa Karen Soares de et al. Efeito agudo do óleo essencial de lavandula angustifolia Mill. nos
níveis de craving e ansiedade em usuários de crack. 2019.

SANTOS, Ingrid de Almeida dos. Benefícios do uso e propriedades terapêuticas do óleo essencial de
Lavandula angustifolia Mill: uma revisão integrativa de literatura. 2022.

568
569
DEPRESSÃO EM CUIDADORES DE PACIENTES ONCOLÓGICOS: UMA
REVISÃO DE LITERATURA

¹Marília Timo Pinheiro de Almeida


¹Emanuela Victoria Lira Corrêa de Morais
¹Júlia Batista Moura Alves
¹Maryana Silva Maia
¹Claudia Elaine Cestari

1Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT). Cáceres, Mato Grosso, Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: mariliatimopa@gmail.com
INTRODUÇÃO: O cuidador é o indivíduo que se dispõe a zelar pela pessoa doente ou dependente
auxiliando em suas atividades cotidianas, podendo ser ou não remunerado para isso. É uma rotina exaustiva
tanto física quanto mental e de grande responsabilidade. Somado a isso, essas pessoas também precisam
lidar com seus próprios sentimentos, como tristeza, medo e angústia em relação à saúde e ao prognóstico
de seus entes queridos. Nesse sentido, ao passar por esse processo, os cuidadores podem ser expostos a
estresse psicológico e outros problemas de saúde mental, como a depressão. OBJETIVO: Identificar na
literatura a presença de depressão em cuidadores de pacientes oncológicos. METODOLOGIA: Buscou-se
artigos por meio da base de dados PubMed, utilizando-se dos descritores “Caregivers” AND “Depression”
AND “Cancer”, no idioma Inglês, no período de 2017-2022. Foram selecionados 3 estudos de revisão
sistemática e metanálise em pesquisas retiradas de plataformas relevantes, que utilizaram instrumentos
validados para sua realização. RESULTADOS: O estudo de Bedaso (2022) teve como objetivo estimar a
prevalência global de depressão usando um modelo de meta-análise de efeito aleatório com 11.396
participantes. Como resultado, a prevalência de depressão entre cuidadores de pacientes com câncer foi de
42,08%. Também pode ser observado um maior índice de depressão entre os cuidadores do sexo feminino
com 57,6%. O artigo de Geng (2018), realizado com 21.149 cuidadores, obteve um resultado semelhante
quanto a prevalência de depressão, com 42,30% dos cuidadores, e ainda determinou um percentual de
46,55% de ansiedade nessa população. Obtendo resultados um pouco diferentes, o estudo de Pan (2022),
com um total de 23.317 cuidadores entre os anos de 2001 e 2021 obteve um valor menor de prevalência
média de depressão, porém ainda preocupante de 25,14%. CONCLUSÃO: A partir da análise dos estudos
é notório a alta prevalência de depressão em cuidadores de pacientes portadores de câncer. Esses sintomas
depressivos podem afetar também a saúde do paciente, pois comprometem a capacidade física e mental de
quem cuida na realização das tarefas diárias necessárias. Logo, o estudo da prevalência de depressão entre
os cuidadores é de extrema importância para que possa ser fornecido tratamento psicológico e assim
melhorar a qualidade de vida de ambos, paciente e cuidador.

Palavras-chave: Cuidadores; Depressão; Câncer.


REFERÊNCIAS
BEDASO, Asres; DEJENU, Getiye; DUKO, Bereket. Depression among caregivers of cancer patients:
Updated systematic review and meta‐analysis. Psycho‐Oncology, v. 31, n. 11, p. 1809-1820, 2022.

570
PAN, Yuan-Chien; LIN, Yaw-Sheng. Systematic Review and Meta-Analysis of Prevalence of Depression
Among Caregivers of Cancer Patients. Frontiers in Psychiatry, v. 13, 2022.
GENG, Hai-mei et al. Prevalence and determinants of depression in caregivers of cancer patients: A
systematic review and meta-analysis. Medicine, v. 97, n. 39, 2018.

571
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE NEUROPLASTICIDADE EM
PACIENTES COM DEPRESSÃO

¹Thiago Torres

Terto da Silva ¹Beatriz

Modesto Silva Magalhães

¹Jaim Simões de

Oliveira

1Centro Universitário Tiradentes (UNIT). Maceió, Alagoas, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor:

th.torres.terto@outlook.com

INTRODUÇÃO: A Depressão, enfermidade tida como principal causa de incapacidade no mundo, possui
altas taxas de prevalência e de reincidência, tendo sua remissão baixa. É caracterizada por uma falha de
neuroplasticidade, incluindo atrofia neuronal e depressão sináptica no córtex pré-frontal medial e
hipocampo. Além disso, a inibição pré-frontal e a consequente inflexibilidade cognitiva surgem como
objeto de estudo relevantes para a temática. Diante disso, evidências foram buscadas para comprovar a
relação dessas estruturas e a acomodação neuronal à luz de sua plasticidade. OBJETIVO: Avaliar a
neuroplasticidade em casos de depressão. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática
integrativa cujo levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde
e Pubmed pelos autores-revisores de forma independente. Os descritores Neuronal Plasticity; Patients e
Depression foram combinados com o operador booleano AND e proveram estratégias de busca para
artigos publicados nos últimos 5 anos. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 13 de outubro de 2022
e os fatores de inclusão foram centrados em artigos que avaliaram a relação entre plasticidade neuronal
e depressão. Foram excluídos trabalhos que avaliaram a relação entre plasticidade neuronal e outras
enfermidades não associadas à depressão, tais como Transtorno do Pânico ou Ansiedade. Ao excluir os
trabalhos duplicados, foram encontrados 226 estudos. Ao fim, 3 foram selecionados para a efetiva
análise. RESULTADOS: O transtorno depressivo maior (TDM) é severamente prevalente e apenas um
terço dos pacientes são beneficiados pelos tratamentos de primeira linha. Os monoaminérgicos
convencionais exibem gradualmente baixa eficiência terapêutica, pois a depressão é considerada um fator
de resistência para eficácia do tratamento,principalmente os que possuem como base a cetamina. Com
isso,mais estudos foram realizados e concluíram que o volume do hipocampo é diminuído em pacientes
com TMD, o que provavelmente é causado pela falha do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal após a
elevação dos glicocorticóides. Assim,análises de regressão múltipla foram usadas para associar
biomarcadores de neuroplasticidade à gravidade da doença, sendo a neurotransmissão glutamatérgica
disfuncional intimamente associada à fisiopatologia da depressão. Assim,afirma-se que a função
biológica, a ação farmacológica e os atributos de sinal no sistema de glutamato regulam o processo neural

572
e subunidades funcionais específicas,que podem ser alvos terapêuticos para explorar os novos
moduladores glutamatérgicos, tendo como resultado efeitos antidepressivos de ação rápida e
relativamente sustentados. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a
neuroplasticidade, enquanto capacidade do cérebro de se ajustar e reorganizar de forma flexível em
resposta a mudanças, é fundamental para o processo adaptativo, o que torna prejuízos nessa área, a
exemplo da depressão, fatores passíveis de tratamento.

Palavras-chave: Pacientes, Plasticidade Neuronal, Depressão.

REFERÊNCIAS:

LINNEMANN, C.; LANG, U. E. Pathways Connecting Late-Life Depression and Dementia. Frontiers
in Pharmacology, v. 11, 13 mar. 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32231570/.
Acesso em: 13 out., 2022.

PRICE, R. B.; DUMAN, R. Neuroplasticity in cognitive and psychological mechanisms of depression:


an integrative model. Molecular psychiatry, v. 25, n. 3, p. 530-543, Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31801966/. Acesso em: 13 out., 2022.

WANG, H. et al. Microglia in depression: an overview of microglia in the pathogenesis and treatment of
depression. Journal of Neuroinflammation, v. 19, n. 1, p. 132, 6 jun. 2022. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35668399/. Acesso em: 13 out., 2022.

573
ÓBITOS INFANTIS NA REGIÃO CENTRO-OESTE DEVIDO À DENGUE DE
2012 ATÉ 2022 - REVISÃO EPIDEMIOLÓGICA
1
Débora Ferreira Rocha
1
Geovanna Carolina Barbosa Mendes
1
Carla Araújo Silva
1
Brenda de Oliveira Melo
1
Lara Gomides Borges
1
Laila Youssef
1
Cristiane Simões Bento de Souza

1Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo Temático: Medicina. Saúde da criança.

Modalidade: Pôster.

E-mail: deborarocha102@gmail.com

INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar um amplo
espectro clínico e variar de casos assintomáticos a graves, incluindo o óbito. Ao se tratar de crianças,
apresenta-se como uma síndrome febril com sinais e sintomas inespecíficos que podem passar
despercebidos no início da doença e o quadro grave ser identificado como a primeira manifestação clínica.
O agravamento geralmente é súbito, diferente do adulto, no qual os sinais de alarme de gravidade são mais
facilmente detectados. OBJETIVO: Avaliar a progressão do número de óbitos infantis decorrentes da
dengue na região Centro-Oeste em um período de 10 anos (2012-2022). METODOLOGIA: Realizou-se
um estudo observacional utilizando dados obtidos da plataforma DATASUS, de janeiro de 2012 até
dezembro de 2022, a partir de números de óbitos infantis por ano de atendimento segundo região\unidade
da federação. Foi escolhida a faixa etária de 0 a 19 anos, com foco na região Centro-Oeste, para
desenvolvimento do estudo. RESULTADOS: Como descrito no presente estudo, a dengue possui um
quadro clínico dinâmico com sintomas variados, principalmente quando analisada em pacientes infantis.
Assim, foram analisados os dados sobre a quantidade de mortes infantis pela dengue durante os anos de
2012 a 2022, tais dados demonstram que em um período de 10 anos foram registrados 24 óbitos no total,
desses, 15 ocorreram em Goiás, 4 no Distrito Federal, 1 no Mato Grosso do Sul e 1 no Mato Grosso. O ano
de 2022 apresentou uma maior taxa de mortalidade (5 óbitos) quando comparado com os anos de 2019 e
2021 que tiveram, respectivamente, 2 e 1 mortes. CONCLUSÃO: Na atualidade, o Brasil já possui diversas
formas de combate à dengue, sendo inclusive estimulado nas escolas métodos rápidos e fáceis para negativar
a quantidade de focos do mosquito. Contudo, por ser uma doença insidiosa e muito semelhante a diversas
outras presentes em um país tropical, as crianças acometidas nem sempre recebem o tratamento adequado
no início dos sintomas, sendo muitas vezes administrados medicamentos não recomendados para essa virose,
como a aspirina (AAS). A quantidade de óbitos e de casos graves nos últimos 10 anos, apesar de poucos,
ainda é alarmante, visto que já existem diversos conhecimentos difundidos sobre a doença e suas formas de
transmissão, incluindo vacinas contra a dengue. Além disso, houve um aumento do númerode casos no
último ano em comparações com os anos de 2019 e 2021, dessa forma, se faz necessário observar quais
condições incitaram tal aumento. Por fim, mostrou-se com as pesquisas uma subnotificaçãodos casos, sendo,
desse modo, de suma importância que se faça um controle mais rigoroso dos casos pediátricos, a fim de que
medidas resolutivas sejam tomadas baseadas em dados consistentes.

Palavras chave: Dengue; Óbito infantil; Análise epidemiológica.

REFERÊNCIAS:
Ministério da Saúde (BR). Saúde Brasil 2017: Uma análise da situação de saúde e os desafios para o alcance
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. Disponível
em: https://bit.ly/3fSfjI3.
Ministério da Saúde (BR). Casos graves e óbitos por dengue no Brasil, 2019 a 2022. Boletim
Epidemiológico. V. 53; 2022. Disponível em: boletim-epidemiologico-vol-53-no20 (www.gov.br)
Ministério da Saúde (BR). Diagnóstico e manejo clínico adulto e criança. Série A. Normas e Manuais
Técnicos. 2007. Disponível em: Dengue : diagnóstico e manejo clínico – Adulto e Criança (saude.gov.br)

574
POTÊNCIAIS TERAPÊUTICOS DOS COMPOSTOS BIOATIVOS DA Vitis
vinifera L.

¹Alexandre Guasso Kerpel


¹Amanda Leitão Gindri
1Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Santiago, Rio Grande do
Sul, Brasil.

Eixo temático: Farmácia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: guasso12@gmail.com
INTRODUÇÃO: A Vitis vinifera L. contém nutrientes e compostos bioativos disponíveis em seu suco ou
partes sólidas. E extrato de suas sementes tem demonstrado muitas atividades na prevenção de doenças,
como efeitos antioxidantes, o que o torna uma fonte potencial de utilidade na pesquisa e desenvolvimento
de novas formualções com fins terapêuticos. OBJETIVO: Compilar os potenciais terapêuticos dos
compostos bioativos extraídos da semente de Vitis vinifera L. e descrever seus possíveis mecanismos de
ação. METODOLOGIA: Essa é uma revisão abrangente de literatura que utilizou as bases de dados
Scientific Electronic Library Online e PubMed para a busca de artigos. Os critérios de inclusão foram:
artigos publicados entre 2012 e 2022, disponíveis em língua inglesa ou portuguesa e que estivessem
disponíveis inteiramente gratuitos. RESULTADOS: Estudos recentes indicam inúmeras atividades
biológicas de extratos de sementes de uva, como propriedades antioxidantes, efeitos radioprotetores, efeitos
anti-hiperglicêmicos, além da modulação de expressão de sistemas enzimáticos e antioxidantes. O óleo de
semente de uva oferece vários benefícios à saúde humana devido ao seu alto conteúdo de ácidos graxos
insaturados e compostos antioxidantes, como monômeros de flavan-3-ol, ácidos fenólicos e
proantocianidinas oligoméricas, além de apresentar atividade antimicrobiana. O ácido linoléico está
relacionado à regulação do LDL (colesterol) no sangue e possui ação na cadeia dos eicosainoides,
precursores de ácidos graxos de cadeia longa, os quais interferem em inúmeros processos fisiológicos
(inflamatórios e imunológicos). Há evidências na literatura de que o potencial antioxidante do óleo de
semente de uva está diretamente relacionado à elevada concentração do isômero γ-tocotrienol da vitamina
E, este, possue potencial antioxidante e é capaz de inibir a Ciclooxigenase- 2. Os ácidos graxos encontrados
em maior quantidade no óleo de semente de uva são o linoleico, entre 51 a 60 %, o oleico 9 a 16%, o
palmítico 6 a 8 % e o esteárico 3 a 4 %. Além disso alguns estudos relatam, que proantocianidinas presentes
no óleo, podem inibir a metástases em células carcinogênicas, prevenindo o câncer de mama e cólon. O
óleo de semente de Vitis vinifera L. também pode ser usado para o tratamento do ressecamento cutâneo e
proteção antienvelhecimento, além disso o óleo ajuda a controlar o pH da pele e a combater irritações. O
gênero fúngico Candida é o patógeno fúngico humano mais importante, sendo a candidíase a principal
doença fúngica sistêmica, ocasionando em infecções mucocutâneas como intertrigo e vaginite. Uma
inibição significativa de C. albicans, em um modelo experimental murino de candidíase vaginal, usando o
óleo de semente de Vitis vinifera L. com alto teor de flavan-3-ols poliméricos já foi demonstrado.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, entende-se que os benefícios dos extratos de Vitis
vinifera L. são inúmeros. Os compostos bioativos presentes possuem grande potencial para serem
implementados em formulações de uso terapêutico ou estético, sendo necessario que estudos de
desenvolvimento e pesquisa de novas formulações sejam realizadas afim de comprovar clínicamente a
eficácia desses constituíntes extraidos da Vitis vinifera L.

Palavras-chave: Extratos de sementes de uva; Ácido linoleico conjugado; Antioxidantes.


REFERÊNCIAS:

575
HASEEB, S. et al. What‘s in wine? A clinician‘s perspective. Trends in cardiovascular medicine, [s.
l.], v. 29, ed. 2, p. 97-106, 2022.
HEMMATI, A. A. et al. Topical grape (Vitis vinifera) seed extract promotes repair of full thickness
wound in rabbit. Int Wound J. , [s. l.], v. 8, ed. 5, p. 514-520, 2011.
MARTIN, M. E. et al. Grape (Vitis vinifera L.) Seed Oil: A Functional Food from the Winemaking
Industry. Foods, [s. l.], v. 9, n. 1360, ed. 10, 2020.
NALLATHAMBI, R. et al. Proanthocyanidin-Rich Grape Seed Extract Reduces Inflammation and
Oxidative Stress and Restores Tight Junction Barrier Function in Caco-2 Colon Cells. Nutrients, [s. l.], v.
12, n. 1623, ed. 6, 2020.
SIMONETTI, G. et al. Evaluation of anti-Candida activity of Vitis vinifera L. seed extracts obtained from
wine and table cultivars. Biomed Res Int., [s. l.], 2014.

576
DOI 10.29327/1192726.1-58

ASPECTOS ÉTICOS DO CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO NAS


PESQUISAS EM AMBIENTE VIRTUAL: ESTUDO REFLEXIVO

¹Rosinete Souza Barata


1
Ednalva Alves Heliodoro
1
Mariana Oliveira Antunes Ferraz
1
Alciene Pereira da Silva
1
Karla Ferraz dos Anjos
2
Adriana Caldeira Jorge
3
Viviane Soares de Souza
1
Darci de Oliveira Santa Rosa

1Universidade Federal da Bahia(UFBA). Salvador, Bahia, Brasil; 2Universidade Estadual de Montes


Claros-Unimontes, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil; 3Centro
Universitário Padre Anchieta, Jundiaí, São Paulo, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rsouzabarata.enfa@gmail.com

INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 acelerou de forma expressiva a realização de pesquisas no


ambiente virtual, consolidando-o como paradigma para coletar dados. Contudo, o volume de pesquisas
nesse cenário fez emergir preocupações sobre a condução do processo do consentimento informado nos
estudos. Assim, é relevante discutir aspectos éticos desse consentimento e contribuir com esclarecimentos
sobre sua estrutura, por ser este indicativo da consideração à autonomia da pessoa para participar da
pesquisa, continuar contribuindo ou desistir a qualquer momento. OBJETIVO: Refletir sobre aspectos
éticos do consentimento em pesquisas no ambiente virtual. METODOLOGIA: Estudo teórico-reflexivo,
desenvolvido em novembro de 2022, a partir de revisão da literatura sobre a temática, normas de pesquisas,
que envolvem seres humanos emanadas da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), como a Carta
Circular No. 1, e experiência das autoras no desenvolvimento de estudos em ambiente virtual. A fim de
sensibilizar acadêmicos e pesquisadores, o estudo faz considerações sobre o consentimento em pesquisas
no cenário virtual como essencial para salvaguardar a liberdade de participação em estudos.
RESULTADOS: Estudo estruturado em dois subtópicos: consentimento como expressão da autonomia da
pessoa humana e; estrutura do consentimento em estudos no ambiente virtual. Além de importante conquista
no campo da Bioética, o consentimento é considerado item crucial para participação em pesquisas, e
somente é representativo da vontade autônoma do participante, se este for: livre, ou seja, sem nenhuma
influência na tomada da decisão; e informado, pois deve haver informações e esclarecimentos, com
utilização de linguagem e meios adequados para que o potencial participante compreenda sobre a pesquisa.
Nos estudos por meio vitual também é necessário incluir informações, como objetivo, procedimentos, riscos
e benefícios da pesquisa, para que a pessoa possa tomar uma decisão informada, tópicos que serão
abordados no instrumento de coleta, disponibilização dos contatos e filiações dos pesquisadores, e, se for o
caso, informar sobre a impossibilidade de se identificar formulário de resposta doparticipante, com vista a
excluir dados da pesquisa. Dificuldades para obter o consentimento assinado podem ser superadas por envio
de documentos digitalizados, via e-mail ou nos próprios formulários, no caso do uso de plataformas digitais.
No convite deve constar que a anuência será considerada expressa quando a pessoa responder ao
instrumento de coleta de dados, e garantir que cada pessoa receba cópia do Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao se desenvolver

577
pesquisa no meio virtual, deve-se considerar aspectos éticos como informações e esclarecimentos sobre a
pesquisa a ser realizada, tópicos que serão tratados no instrumento de coleta de dados, e a forma como será
expressa a anuência para participar da pesquisa; descrição no convite e TCLE sobre a possibilidade da não
retirada da participação; disponibilização dos contatos dos pesquisadores para esclarecimentos adicionais;
utilização de linguagem objetiva, clara e adequada à compreensão do participante.

Palavras-chave: Ética em pesquisa, Pesquisa, Consentimento Livre e Esclarecido.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de
pesquisas envolvendo seres humanos. Disponível em:
http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 19 nov. 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Secretaria-Executiva do Conselho


Nacional de Saúde. Carta Circular nº 1/2021. Orientações para procedimentos em pesquisas com
qualquer etapa em ambiente virtual. Disponível em:
https://conselho.saude.gov.br/images/comissoes/conep/documentos/CARTAS/Carta_Circular_01.2021.pd
f. Acesso em: 19 nov. 2022.

COSAC, DCS. Autonomia, consentimento e vulnerabilidade do participante de pesquisa clínica. Rev.


Bioét. v. 25, n. 1, p. 19-29, 2017. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/bioet/a/NLVytLDgkv8z6x8tSRH4YBP/?format=pdf&la. Acesso em: 18 nov.
2022.

DESLANDES, S; COUTINHO, T. Pesquisa social em ambientes digitais em tempos de COVID-19: notas


teórico-metodológicas. Cad. de Saúde Pública, v. 36, n. 11, p. 1-11, 2020. Disponível em:
https://www.scielosp.org/pdf/csp/2020.v36n11/e00223120/pt. Acesso em: 18 nov. 2022.

578
INFLUÊNCIA DA RELIGIÃO NA EDUCAÇÃO SEXUAL DE
ADOLESCENTES: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Samara Nunes Santos


²Alana Cristiny Miranda Soares
¹Universidade Federal Do Recôncavo da Bahia. Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brasil; ² Universidade
Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Saúde e ciências sociais


Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: Samysn@ufrb.aluno.edu.br

INTRODUÇÃO: Historicamente no Brasil, a religião cristã, influencia na organização social e nas


vivências pessoais, permeando entre experiências positivas para uns e como forma de atingir fins para
outros. O catolicismo e o protestantismo, religiões predominantes no Brasil, baseado em evidências bíblicas
é contra o sexo pré-marital, sempre enfatizando palavras sobre castidade e fidelidade, com efeito acredita-
se que o sexo é algo sagrado e instituído por Deus. Sexualidade faz parte da vida humana, nesta perspectiva,
adolescentes iniciam a vida sexual cada vez mais cedo e a educação sexual deve ser percebida como um
direito das crianças e adolescentes de ter uma visão positiva e saudável tanto do seu corpo quanto da sua
sexualidade, não negligenciado as crenças dos indivíduos, mas educando-os. OBJETIVOS: Compreender
como ocorre a educação sexual dos adolescentes adeptos ao cristianismo, além de analisar de que forma a
religião influencia na sexualidade dos adolescentes. METODOLOGIA: Trata- se de uma revisão de
literatura com abordagem qualitativa, os artigos foram selecionados na base de dados SciElo e Google
Acadêmico com descritores: adolescentes and educação sexual and religião or religiosidade.
RESULTADOS: Assim, no que tange a educação sexual, ainda se encontra cercada de mistérios e tabus nas
famílias cristãs brasileiras devido à insuficiência de discussão familiar sobre a temática, o que configura uma
condição propícia para reprodução de discursos pré definidos pelo senso comum e pela rejeição da ciência,
que embora não esteja em lados oposto a cisão entre senso comum e conhecimento científico, contribui
para a ignorância. Nesta perspectiva, temos como desfecho o aumento de IST's e gravidezes indesejadas
agravada principalmente pela insuficiência de informações sobre métodos contraceptivos, entre jovens que
não são assíduos a alguma denominação cristã ou que frequentam apenas para satisfazer a vontade dos
representantes legais. Ademais, a espiritualidade e as crenças pessoais favorecem para qualidade de vida
dos indivíduos, mediante a fé e crença da solução dos problemas o que confere positividade e
ressignificação do sentido da vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim como na sociedade no geral, pouco
se fala em educação sexual ou sobre sexo entre os cristãos, o que pode causar danos que pode comprometer
a vida social, físico e mental a estes adolescentes. Nesse sentido, por se tratar de um problema de saúde
pública a dificuldade de acesso à informação sobre a educação sexual associada à inexperiência acerca do
assunto somado à pouca idade expõe ainda mais esses adolescentes a riscos de contração de IST’s, crimes
sexuais e até mesmo a violência contra a mulher.

Palavras-chave: Sexualidade, religiosidade, educação sexual, adolescentes.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n° 8.069. Brasília, DF, 1990. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 07 ago 2022

COUTINHO, R. Z. A carne é fraca: religião, religiosidade e iniciação sexual entre estudantes do ensino
médio na Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2008. Dissertação (Mestrado). Belo Horizonte: Centro
de Desenvolvimento e Planejamento Regional − Cedeplar, UFMG, 2011.

579
GONÇALVES, R. C.; FALEIRO, J. H.; MALAFAIA, G. EDUCAÇÃO SEXUAL NO CONTEXTO
FAMILIAR E ESCOLAR: IMPASSES E DESAFIOS. HOLOS, vol. 5, 2013, p. 251-263. Disponível em:
https://www.redalyc.org/pdf/4815/481548607021.pdf. Acesso em: 07 ago 2022

580
MANEJO CLÍNICO QUANTO AOS PROBLEMAS MAMÁRIOS DURANTE O
ALEITAMENTO MATERNO

¹Raquel Pereira da Cruz Silva


²Emile de Jesus Santos
³Edilene dos Santos Celestino
⁴Juciele Gomes dos Santos
7Rebeca Ferreira Nery
⁶Polyana Vasconcelos dos Santos
⁷Karina de Souza Silva
⁸Isabela Fernanda Ferreira da Silva
1Faculdade Adventista da Bahia (FADBA). Cachoeira, Bahia, Brasil; 2Univerdade do Estado da
Bahia (UNEB). Salvador, Bahia, Brasil; 3Centro Universitário Ruy Barbosa
(UniRuy), Salvador, Bahia, Brasil; 4Faculdade União Metropolitana de
Educação e Cultura (UNIME). Lauro de Freitas, Bahia, Brasil; 5Faculdade
São Francisco da Paraíba (FASP). Cajazeiras, Paraíba, Brasil;
6Universidadee Paulista (UNIP). Côcos, Bahia, Brasil; 7Centro
Universitário Brasileiro (UNIBRAS), Recife, Pernambuco, Brasil;
8Universidade Paulista (UNIP). Distrito Federal, Brasília, Brasil.
Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde
Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: raquelcruzsilvs@gmail.com
INTRODUÇÃO: O Ministério da Saúde preconiza que o aleitamento materno seja exclusivo durante os
seis primeiros meses de idade da criança e torna-se complemento até os dois anos. O aleitamento materno
é primordial para a sobrevivência e saúde do recém-nascido, sendo esta a maneira mais eficiente de atender
as necessidades nutricionais e imunológicas em seus primeiros anos de vida, além de promover laços
afetivos entre mãe e filho, contribui para a recuperação da mulher-mãe no pós-parto. Nos últimos 30 anos,
o Brasil tem promovido ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, a fim de aumentar
os índices de aleitamento exclusivo, inibindo o desmame precoce. OBJETIVO: Descrever o manejo clínico
quanto aos problemas mamários durante o aleitamento materno. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão de literatura do tipo integrativa realizada em fevereiro de 2023, através das bases de dados:
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis
and Retrieval System Online (MEDLINE) por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS):
Aleitamento Materno, Assistência Hospitalar e Enfermagem, pesquisados de forma isolada e combinada
utilizando o booleano “and”. Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis e gratuitos na íntegra. Os
critérios de exclusão foram: artigos que não respondiam ao objetivo do estudo, os duplicados nas bases de
dados e não houve delimitação de idioma. RESULTADOS: Foram 91 resultados, 57 publicados na LILACS
e 34 publicados MEDLINE. Após a exclusão de artigos repetidos e que não correspondiam ao objetivo do
estudo, foi feita a seleção final de 12 trabalhos. Com a análise dos artigos, dentre os principais problemas
mamários encontrados nas primeiras semanas de gestação manifestam-se sintomas característicos, como a
hipersensibilidade que geralmente reduz até a 10° semana de gravidez e se apresentam como relato
doloroso, tensão mamária e ingurgitamento mamária. Já o manejo clínico consiste em massagens delicadas
nas mamas para fluidificar o leite e estimular o reflexo de ejeção do leite, amamentar em livre demanda,
caso a aréola esteja tensa ordenhar um pouco do leite antes da mamada, para que ela fique macia e o bebê
possa abocanhar a mama de maneira correta, no intervalo de cada mama utilizar compressas frias para
diminuir o edema, a vascularização e a dor. Vale ressaltar, a importância do uso de sutiã com orifício central
e de alças largas para uma boa sustentação da mama. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em síntese, algumas

581
complicações relativas a esse processo que, se não forem identificadas e tratadas de forma precoce pode ser
uma importante causa do desmame precoce. O manejo das complicações enfrentadas pelas puérperas deve
estar à frente do processo de educação em saúde com orientações precisas para evitar a interrupção da
amamentação.
Palavras-chave: Aleitamento Materno1, Gravidez2, Mamas3.
REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA, E. C.; BARBOSA, S. M.; MELO, E. P. A importância do acompanhamento pré-natal
realizado por enfermeiro. Rev Científica FacMais. v. 7, n. 3, 2016.
FERREIRA, M. G. C. et al. Aleitamento materno: orientações recebidas por gestantes acompanhadas pela
estratégia de saúde da família. Revista de Atenção à Saúde. v. 16, n. 55, p. 36-41, 2018.
SHIMODA, G.T. et al. Associação entre persistência de lesão de mamilo e condições de aleitamento
materno. Rev Min Enferm. v. 18, n. 1, p. 68-74, 2014.

582
CUIDADOS IMEDIATOS DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO E A
PROMOÇÃO DO VÍNCULO MÃE E BEBÊ

¹Vanessa Fernandes de Sá
¹Andresa Rodrigues Progênio
²Thamyris Andrade de Oliveira

1Unversidade Estadual do Pará (UEPA). Conceição do Araguaia, Pará, Brasil. .

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
vanessa.fdsa@aluno.uepa.br

INTRODUÇÃO: Os cuidados imediatos prestados ao recém-nascido logo após o nascimento são de


suma importância para a adaptação do bebê diminuindo a morbimortalidade neonatal, tal momento é
marcado por muitas mudanças para a criança, pois ocorre a transição do meio intra para o extra-uterino.
Com o nascimento o RN adapta-se gradualmente, superando as dificuldades inerentes ao seu
desenvolvimento. Nesse sentido, o cuidado com a saúde do RN tem importância fundamental, sendo
uma das prioridades na assistência à saúde infantil, garantindo o desenvolvimento adequado nos
aspectos físico, emocional e social. OBJETIVO: Identificar na literatura evidências científicas acerca
dos cuidados imediatos de enfermagem em recém-nascidos e a promoção do vínculo mãe e bebê.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados Scielo
e BDENF-Enfermagem. Os critérios de inclusão foram artigos originais, publicados em português no
período de 2017 a 2023 e que abordassem o tema proposto. RESULTADOS: Estudos realizados
apontam que a humanização dos cuidados imediatos ao recém-nascido para equipe de enfermagem, está
relacionada a uma série de práticas, dentre elas o contato imediato pele-a-pele entre mãe e filho, do qual
contribuem positivamente para a ligação da mãe e seu bebê. Outra prática descrita pelo autor como
cuidado imediato é a amamentação, pois além de proporcionar ao recém-nascido nutrientes para o seu
crescimento, fornece componentes bioativos moduladores do desenvolvimento neonatal. No entanto,
apesar de ser preconizado esses cuidados imediatos, segundo o autor somente 22,2% dos RN realizaram
contato pele a pele e o aleitamento materno precoce aconteceu apenas em 34,7% dos casos. Outro estudo,
verificou-se que dentre os cuidados realizados de forma imediata, a prática do clampeamento tardio do
cordão umbilical de 1 a 5 minutos após o nascimento também é preconizada, pois estimula o processo
fisiológico e proporciona grandes benefícios para a puérpera e seu bebê. Por outro lado, nos casos de
dificuldades no início da respiração ou tônus ineficiente, orienta-se o uso de fonte de calor radiante
concomitante às manobras de reanimação, com a utilização de colchão térmico ou saco de poliuretano,
sem secagem prévia do RN. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, conclui-se que os
cuidados imediatos prestados ao recém-nascido são entendidos pela equipe de enfermagem como o
fornecimento das necessidades do bebê logo após o nascimento, como por exemplo, a amamentação
imediata, o contato pele a pele entre mãe e bebê e cuidados imediatos a prática de clampeamento tardio.

PALAVRAS-CHAVE

Cuidados, Enfermagem, Recém-nascidos.

583
REFERÊNCIAS

1. BRASIL, Diretrizes Nacionais de Assistência ao parto normal. Brasilia: Ministério da Saúde Brasília DF,
2017. Disponivel:
.http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.

2. DE SOUZA, Giselle Vieira et al. Cuidados imediatos aos recém-nascidos pré-termos em um hospital de
ensino. Revista Enfermagem UERJ, v. 29, p. 59289, 2021.

3. OS SANTOS, Adriana Dias Oliveira; DOS SANTOS, Inês Maria Meneses; DA SILVA, Leila Rangel.
Adesão à política de humanização no cuidado imediato ao recém-nascido–percepção da equipe de
enfermagem. A Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, v. 3, n. 4, p. 2426-2439, 2011.

4. Programa de Reanimação Neonatal. Reanimação do Prematuro <34 semanas em sala de parto: Diretrizes
da Sociedade Brasileira de Pediatria - Versão 2016 com atualizações em maio de 2021.

584
GESTANTES INFECTADAS E CRIANÇAS EXPOSTAS: MEDIDAS DE
PREVENÇÃO CONTRA A TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV

¹Tuanny Beatriz dos Santos Lima


¹Rayssa Santos das Candeias
²Poliana Bezerra de Souza Sckelemberg
³Ana Flávia de Oliveira Toss

4
Juliana Marino Maia
5
Elem Cristina Rodrigues Chaves

6
Larissa Karem Santos Rego
7
Mariana Cicarelli Silva

1Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil; 1Universidade Federal do Rio de


Janeiro. Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, Brasil; 2Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil; 3Instituto de
Ensino Superior- Materdei. Manaus, Amazonas, Brasil; 4Universidade Federal de Juiz de Fora.
Governador Valadares,
Minas Gerais, Brasil; 5Centro Universitário FIBRA. Belém, Pará, Brasi; 6Centro Universitário
Maurício de Nassau. Belém, Pará, Brasil; 7UNA Contagem. Contagem, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com

INTRODUÇÃO: Conforme a Organização Mundial da Saúde, as mulheres grávidas representam


aproximadamente 7% de todas as pessoas infectadas com HIV em todo o mundo. No Brasil,
segundo o Ministério da Saúde, o número de casos de HIV na população grávida atingiu 26.268
em 2019, com um aumento de 46,5% em relação ao ano anterior. Por isso, torna-se essencial
aplicar medidas preventivas e de controle para reduzir a transmissão vertical do vírus.
OBJETIVO: Abordar com base na literatura científica sobre as medidas de prevenção contra a
transmissão vertical do HIV. METODOLOGIA: A pesquisa trata-se de uma revisão narrativa da
literatura, elaborada por meio de artigos científicos publicados em Revistas Científicas Indexadas
com busca na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, com os seguintes descritores em
ciências da saúde: Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas, HIV-1, Saúde materno-infantil
e Soropositividade para HIV. Delimitando-se os estudos de 2012 a 2022, escritos em língua
portuguesa. Como critérios de seleção, foram escolhidos artigos que abordavam o temaproposto e
que mais continham informações relevantes ao estudo. RESULTADOS: A transmissão vertical
do HIV é uma das principais preocupações da saúde pública devido ao seu impacto na saúde da
criança, mãe e família. Para prevenir a transmissão vertical do HIV, as mulheres grávidas
precisam ser aconselhadas a realizar testes de rastreamento para detecção

585
precoce do HIV. Se o teste for positivo, recomenda-se que sejam realizados tratamentos
antirretrovirais e medidas de prevenção para reduzir o risco de infecção na criança. Além das
medidas de prevenção, o acesso a serviços de saúde de qualidade deve ser facilitado para reduzir
o número de casos de infecção vertical. Isso inclui a oferta de testes de detecção e tratamento
oportunos, bem como apoio psicossocial e educacional sobre prevenção, como ferramentas
essenciais na prevenção da transmissão vertical do HIV. Outras medidas importantes incluem a
conscientização sobre a doença, a promoção de práticas seguras de relações sexuais, a educação
sobre as formas de transmissão do vírus e a disponibilização gratuita de preservativos a todos os
grupos de risco. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por isso, torna-se essencial aplicar medidas
preventivas e de controle para reduzir a transmissão vertical do vírus. O tratamento antirretroviral
é a principal estratégia de prevenção, pois reduz a carga viral e, consequentemente, a
probabilidade de transmissão do vírus da mãe para o bebê. Além disso, é importante que as
mulheres grávidas sejam testadas para HIV no início da gestação, para serem iniciados os
tratamentos precocemente, caso necessário.

Palavras-chave: Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas, HIV-1, Saúde materno-


infantil, Soropositividade para HIV.

REFERÊNCIAS:
FONSECA, B. S.; et al. A maternidade e a transmissão vertical do HIV/ AIDS em gestantes
adolescentes soropositivas: Revisão integrativa. Nursing (São Paulo)., v. 25, n. 290, p. 8137-
8150, 2022.

LIMA, A. C. M. A. C. C.; et al. Cartilha para conhecimento e prevenção da transmissão vertical


do HIV: estudo piloto de ensaio clínico randomizado. Revista da Escola de Enfermagem da
USP., v. 56, n. 1, 2022.

NETO, I. M. D. L. F.; et al. Fatores preditores da transmissão vertical do vírus da


imunodeficiência humana em recém-natos: Uma nova abordagem. Revista Associação Médica
Rio Grande do Sul., v. 66, n.1, 2022.

586
TRABALHANDO AS EMOÇÕES: UMA EXPERIÊNCIA DE SALA DE
ESPERA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

1
Jayne Martins Viana
1
Débora Rafaela Silva Brito
1
Caroline Cabral Nunes
1
Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR). Parnaíba, Piauí, Brasil.

Eixo temático: Psicologia


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: jayne.martins01@gmail.com


Sintomas relacionados a quadros de ansiedade têm sido frequentemente observados nas comunidades,
sobretudo por usuários das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Partindo disso, esse trabalho trata-se de um
relato de experiência de ações realizadas por estagiárias de Psicologia, da Universidade Federal do Delta
do Parnaíba, em uma UBS do município de Parnaíba-Pi, durante a Campanha do Janeiro Branco, que tem
como objetivo levar a sociedade a refletir sobre as práticas em cuidado da saúde mental. Foram realizadas
duas “Salas de Espera”, para falar sobre as emoções e como estas se relacionam com a saúde mental. A sala
de espera se mostra como um espaço potencializador de diálogo e aproximação dos profissionais da equipe
com os usuários e possibilita educação em saúde, sendo um espaço de prevenção e promoção do cuidado
em saúde. Relatar a experiência das discentes na atuação de educação em saúde, utilizando a sala de espera
como um espaço para fomentar o diálogo com a comunidade sobre a importância das emoções e sua
identificação como promotoras de qualidade de vida, e também sobre a diferença entre a vivência de
emoções e sentimentos e quadros de ansiedade. Foram planejados e realizados dois momentos de “sala de
espera”. A primeira ação teve como tema “Conhecendo as Emoções”, em que eram apresentadas plaquinhas
com emojis que representavam diferentes emoções, e os usuários escolheriam algum emoji sobre o qual
gostaria de compartilhar alguma experiência relacionada àquela emoção. A segunda ação tratou sobre
“Medo - quando precisamos cuidar?”, em que, por meio de uma dinâmica com fotos impressas
representando nelas situações que poderiam desencadear o medo, seriam debatidos sobre como os usuários
interpretavam o medo e como essa emoção é importante para a sobrevivência, mas que também pode se
tornar patológica e interferir no bem-estar do sujeito, sinalizando a necessidade de ajuda profissional. As
atividades contaram com a participação de 7 usuários, que compartilharam os sentimentos e situações
vividas, como sentimentos de alegria, tristeza e medo, que foram associados a estar com a família, paixões
vividas, mudanças de cidade, etc. Foi debatido sobre como o reconhecimento das emoções é fundamental
para saber diferenciar condições naturais da vida, como sentimentos de tristeza e medo, e condições de
adoecimento que precisam de cuidado profissional, como depressão e ansiedade. Percebe-se a importância
do trabalho de estagiários em Psicologia na atenção básica, visto a possibilidade de trabalhar temáticas
diversas, como as emoções e inteligência emocional, dentro do espaço das UBS, realizar atividades de
psicoeducação com a população que frequenta estes dispositivos, ações que muitas vezes não são possíveis
dentro da rotina da equipe de saúde. Além disso, foi um momento de descontração, educação e de ocupação
do tempo ocioso de espera pelos atendimentos e exames. Desse modo, atividades em salas de espera, como
acolhimento, se torna uma estratégia de promoção de saúde, abrindo espaço oportuno para que os usuários
verbalizem suas emoções, suas dúvidas e experiências e para que ações de psicoeducação e conscientização
sejam realizadas.

Palavras-chave: Sala de Espera, Saúde Mental, Emoções, Psicologia.


REFERÊNCIAS:

587
BECKER, A. P. S.; ROCHA, N. L. Ações de promoção de saúde em sala de espera: contribuições da
Psicologia. Mental, Barbacena, v. 11, n. 21, p. 339-355, jul/dez. 2017. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/mental/v11n21/v11n21a04.pdf. Acesso em: 16 fev. 2023.
CARVALLÓ, B. N. et al. Cartilha “Janeiro Branco por uma cultura da saúde mental”. Belém: UFRA,
2021. Disponível em: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1610. Acesso em: 16 fev.2023.
RODRIGUES, A. D. et al. Sala de espera: um ambiente para efetivar a educação em saúde. Vivências, v.
5, n. 7, p. 101-6, maio. 2009. Disponível em:
http://www2.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_007/artigos/artigos_vivencias_07/Artigo_13.pdf. Acesso
em: 16 fev. 2023.
ROSA, J.; BARTH, P. O.; GERMANI, A. R. M. A sala de espera no agir em saúde: espaço de educação e
promoção em saúde. PERSPECTIVA, Erechim, v. 35, n.129, p. 121-130, mar. 2011. Disponível em:
https://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/129_160.pdf. Acesso em: 16 fev. 2023.

588
ÍNDICE DE PUBLICAÇÕES DE ARTIGOS SOBRE BULIMIA EM PAÍSES
DAS AMÉRICAS

¹Francisca Marina Peres Moreira


²Messias Elmiro Gomes Loiola de Oliveira
1 Universidade Federal do Ceará (UFC). Sobral, Ceará, Brasil; 2 Universidade Estadual Vale do Acaraú
(UVA). São Benedito, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Psicologia


Modalidade: formato pôster
E-mail: marinaperes246@gmail.com

Resumo

A bulimia nervosa, ou somente bulimia, é classificada como um transtorno alimentar que pode variar de
grau leve a extremo, e envolve um padrão de comportamento alimentar instável. Esse transtorno alimentar
só teve a descrição, como se conhece hoje, a partir do ano de 1979. Foi nesse contexto inicial de
classificação da doença, que a pesquisa científica se fez necessária para o desenvolvimento do
conhecimento sobre o assunto e disseminação de informações entre a comunidade médica, acadêmica e em
geral. Dessa maneira, o presente trabalho tem como objetivo apresentar, através de uma pesquisa de base
quantitativa, o índice de artigos publicados sobre bulimia nos países das américas. Para essa pesquisa, foi
utilizada a plataforma Scopus, acessada por meio do portal de Periódicos Capes, em que foi feita uma busca
pela palavra-chave: “bulimia”, e a partir da aplicação das delimitações de ano e artigos finalizados, foi
analisado o resultado numérico de publicações em cada país das américas. Dessa forma, através dos
resultados obtidos, o trabalho conclui que em países de primeiro mundo, principalmente da américa do
norte, há maior número de publicações sobre bulimia, que reflete diretamente o maior investimento
financeiro e importância que esses países dão à pesquisa científica. Consequentemente, o maior número de
publicações de artigos, resulta em maior conhecimento sobre bulimia, que pode ser aplicado em setores
públicos, como serviços de saúde.

Palavras-chave: bulimia; transtornos alimentares; pesquisa científica.

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a American Psychiatric Association [APA] (2013), a bulimia se caracteriza como um
transtorno alimentar (TA) que pode ser classificado em leve, moderado, grave ou extremo, dependendo do
número de episódios de comportamento compensatório que ocorre por semana. Na bulimia, há episódios
de consumo excessivo de comida em um curto período de tempo, seguido por um comportamento
compensatório, como indução ao vômito e excesso de exercício físico para evitar o ganho de peso. Essa
classificação médica da bulimia, como é conhecida atualmente, se iniciou na psiquiatria e se tornou possível
apenas com a pesquisa científica e divulgação das informações.
Gerald Russell, psiquiatra britânico, em 1979, foi o primeiro a observar alguns de seus pacientes, com o
peso normal, mas que tinham pavor de engordar e que apresentavam episódios bulímicos, como vômito

589
auto induzido (Abreu & Filho, 2004). Assim, a partir de estudos, Gerald Russell publicou as primeiras
descrições sobre bulimia nervosa, com os principais sintomas de: medo exagerado de engordar e o uso de
laxante ou vômito para evitar o ganho de peso. Em decorrência de suas pesquisas na área, se definiu o “Sinal
de Russell”, que se caracteriza por lesões ou cicatrizes nas articulações do dorso da mão causadas em
decorrência da introdução da mão no interior da boca para induzir o vômito. A partir dessas primeiras
publicações, a bulimia nervosa passou a ser considerada um transtorno alimentar específico a partir de 1980,
na publicação da terceira versão do Diagnostic and Statistic Manual of Mental Disorders, (DSM- III), que
se trata de um manual utilizado área médica para diagnosticar transtornos mentais.
Sabe-se que a bulimia é um transtorno psíquico de caráter etiológico multifatorial e que afeta em maioria
jovens do sexo feminino (Manochio-Pina et al., 2018). É nessa perspectiva, que a pesquisa, através de
procedimentos de raciocínio, estudos e métodos científicos, visa não só a resolução de problemas, mas
também a produção de informações que podem ser utilizadas no meio acadêmico, para estudos, ou no meio
médico, para agir de forma diagnóstica e terapêutica. No caso da bulimia, perguntas como “Quais são os
grupos que apresentam mais riscos em desenvolver bulimia ?” ou “Quais fatores sociais funcionam como
mantedores da bulimia ?” poderiam ser melhores respondidas a partir da produção e divulgação de pesquisas
científicas sobre o assunto, os possíveis grupos de riscos e reforçadores do transtorno alimentar poderiam
ser melhores conhecidos e compreendidos pela sociedade. Dessa maneira, o seguinte trabalho tem como
objetivo geral fazer uma análise quantitativa de artigos publicados sobre bulimia em países das américas e
analisar sua relação com o investimento na área da pesquisa nesse determinado país, além de ressaltar a
importância da divulgação de informações sobre a temática.

2 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do presente trabalho, foi feito um estudo bibliométrico, visando a relação de
comparação quantitativa. Para isso, foi feito uma busca pela palavra-chave: “bulimia”, na plataforma
Scopus, acessada por meio do portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes). A pesquisa foi delimitada à artigos de publicações finalizadas do ano de 2019 até o ano
de 2023, das subáreas “Psicologia” e “Medicina”, da qual resultou um total de 1.732 artigos. A partirdesse
resultado, foi analisado somente os números de artigos produzidos em países da América do Sul, América
Central e América do Norte, em que contabilizou um total de 936 artigos. Nessa perspectiva, os onze países
das américas e únicos a publicarem no tempo delimitado sobre bulimia estão descritos na tabelaabaixo e estão
organizados de acordo com a ordem decrescente do número de publicações. Outros países que estão
geograficamente na América do Sul, América Central ou América do Norte, mas que não aparecem na
tabela abaixo, não fizeram publicações sobre bulimia entre o ano de 2019 e 2023, ou tais artigos não estão
disponíveis na plataforma Scopus.

Tabela. Número de publicações de artigos sobre bulimia em países das américas de 2019 à 2023.

Países das américas Número de publicações de artigos


Estados Unidos 685
Canadá 133
Brasil 57
México 23
Chile 13
Argentina 11
Colômbia 07
Peru 04
Equador 01
Uruguai 01
Venezuela 01

590
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir da análise dos dados resultantes da pesquisa, é possível concluir que somente os Estados Unidos e
Canadá, ambos países economicamente desenvolvidos da América do Norte, possuem juntos um número
de publicações sobre bulimia superior a todos os outros países juntos. Sabe-se que em países mais
desenvolvidos, como Estados Unidos e Canadá, há um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento
(P&D), além de possuírem uma melhor infraestrutura nos ambientes onde é realizada pesquisa científica e
tecnológica, assim possibilitando o melhor desenvolvimento de estudo sobre determinada temática
(Campos, 2015). Dessa forma, lideram a principal base de pesquisa científica, ficando à frente dos países
da América Central e América do Sul, e consequentemente, conseguem produzir mais artigos, que são
resultados de uma pesquisa.
Como exemplo disso, Conti et al. (2012) citam em seu artigo, dados dos Estados Unidos sobre a Bulimia
Nervosa (BN) na década de 2010, que atingia 1% de jovens do sexo feminino e 0,1% de jovens do sexo
masculino, enquanto dados epidemiológicos similares sobre esse transtorno alimentar são desconhecidos
para a população brasileira da época, mesmo sendo de conhecimento que pessoas pudessem ser afetadas
pela bulimia independente do país e que dados epidemiológicos poderiam ser essenciais para o
desenvolvimento de políticas públicas. Nesse sentido, é possível concluir que o número de divulgação
científica em um país sobre determinado assunto, pode estar diretamente vinculado ao investimento
financeiro desse país na realização de pesquisas e, geralmente, o resultado final dessas pesquisas são artigos
divulgados, que podem oferecer dados necessários, principalmente, ao setor público, que é responsável pelo
desenvolvimento de políticas para melhorar a qualidade de vida da população.

4 CONCLUSÃO

Com a crescente globalização, as atividades voltadas às pesquisas científicas se fazem necessárias para o
desenvolvimento econômico, científico, tecnológico e social de um país. No entanto, historicamente, o
governo brasileiro sempre investiu pouco em pesquisa científica e isso deixa o país atrás de outros países
em situação de desenvolvimento científico e tecnológico (Schwartzman, 2009). É de conhecimento que
para haver atividades de políticas públicas voltadas para uma certa população, nesse caso, para mulheres
jovens, que são as mais afetadas pela bulimia, deve haver atividades de pesquisa, como o estudo de fatores
sociais e psicológicos que podem influenciar o surgimento da bulimia na vida dessas mulheres, e a partir
disso, o setor de saúde promover ações de prevenção e tratamento. Mesmo o Brasil possuindo um sistema
público de saúde (Sistema Único de Saúde [SUS]) desde 1988, é evidente que o número de publicações de
artigos sobre transtornos alimentares, que poderiam ajudar a área da saúde pública, é baixo mesmo nos dias
atuais, quando se sabe que a educação superior pública, que é o ambiente onde mais se pratica a pesquisa,
está mais acessível e assim mesmo há pouca publicação sobre bulimia, em decorrência de pouco
investimento em pesquisa científica. Dessa forma, em uma sociedade que é cientificamente avançada, há a
melhor possibilidade de lidar com questões de saúde, como a bulimia, e ser propriamente abordada e
entendida no âmbito da saúde pública.

REFERÊNCIAS

ABREU, C. N; FILHO, R. C. Anorexia nervosa e bulimia nervosa – abordagem cognitivo-construtivista de


psicoterapia. Rev. psiquiatri. clin. São Paulo, v. 31, n. 4, p. 177-183, 2004.

591
CAMPOS, D. A. C. Sistema de inovação e países em desenvolvimento. Repositório unesp. Araraquara,
SP, p. 8-45, 2015.

CONTI, M. A.; COSTA TEIXEIRA, P. C. T.; S. KOTAIT, M.; ARATANGY, E. A.; SALZANO, F.;
SOARES AMARAL, A. C. Anorexia e bulimia – corpo perfeito versus morte. O Mundo da Saúde, v. 36,
n. 1, p. 65-70, 1 jan. 2012.

MANOCHIO-PINA, M. G.; GANERO, A. M.; SILVA, L. F.; PESSA, R. P. Prática de atividade física em
mulheres com transtornos alimentares. RBONE - Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e
Emagrecimento, v. 12, n. 72, p. 542-549, 16 ago. 2018.

ASSOCIATION, A. P. Manual de Diagnóstico de Distúrbios Mentais DSM-III. 3 ed. São Paulo:


Manole, 1989. 602 p.

ASSOCIATION, A.P. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5 ed. Porto
Alegre: Artmed, 2014. 992 p.

ROMANO, R. A; ITOKAZU, F.M. Bulimia Nervosa: Revisão da Literatura. Psicologia: Reflexão e


Crítica, São Paulo, v. 15, n.2, p. 407-412, 2002.

SCHWARTZMAN, S. A Pesquisa Científica e o Interesse Público. Revista Brasileira de Inovação,


Campinas, SP, v. 1, n. 2, p. 361–395, 2009.

592
IMPACTO DO PILATES NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM
DOENÇA RENAL CRÔNICA: REVISÃO SISTEMÁTICA

¹Lucas Oliveira Soares


1
Wasly Santana Silva
2
Beatriz Rodrigues Mortari
3Adriana Malavassi Falleiros
4
André Luis Lisboa Cordeiro
1Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo,
São Paulo, Brasil; 2Hospital Universitário/Universidade Federal de Sergipe (HUUFS) – EBSERH,
Aracaju, Sergipe, Brasil; 3Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Universidade de São
Paulo (USP), São Paulo, São Paulo; 41Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP,
Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo, Brasil; 5Centro Universitário Nobre, Feira de
Santana, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Fisioterapia


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: lucassoaresft@gmail.com
INTRODUÇÃO: A evolução da Doença Renal Crônica (DRC) é silenciosa e assintomática, o que torna o
diagnóstico difícil na fase inicial, na maioria das vezes é realizado de maneira tardia, quando a doença já
está avançada, tornando-se um importante problema de saúde pública. Todas as alterações sistêmicas
intrínsecas á DRC causam efeitos deletérios, afetando de forma significativa a Qualidade de Vida (QV).
Diversos fatores como a mialgia, fadiga, distúrbios do sono e disfunção sexual contribuem
significativamente para a diminuição da QV. No Brasil, Jesus e colaboradores demonstraram que os
pacientes com DRC possuem comprometimento importante da QV principalmente naqueles pacientes
dialíticos que ficam dependentes de realizar a hemodiálise (HD) diariamente ou intermitente. OBJETIVO:
Revisar os efeitos do Método Pilates e seu impacto na qualidade de vida de pacientes com doença renal
crônica. METODOLOGIA: Esta revisão sistemática foi concluída de acordo com as diretrizes Preferred
Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Realizamos uma busca literária
com a estratégia PICO, onde a população estudada foi paciente com doença renal crônica, a intervenção foi
o Pilates, comparado com pacientes que não realizaram o treinamento ou qualquer outra intervenção e o
desfecho avaliado foi qualidade de vida. Foram incluídos artigos com pacientes com idade igual ou maior
que 18 anos com DRC dialítica e não dialítica que realizaram o Pilates. Como critérios de exclusão
definimos que os estudos que combinaram pilates com outro exercício e aqueles em que os pacientes tinham
condições fisiopatológicas que diminuem o desempenho musculoesquelético. Utilizamos as seguintes bases
de dados: Google Acadêmico, Scielo, Lilacs, Índice acumulado da literatura para enfermeiros e demais
profissionais da saúde (CINAHL), Pubmed, PEDro (Physiotherapy Evidence Database) e o Cochrane
Central Register of Systematic Review. A pesquisa foi realizada entre 05 de dezembro e 04 de janeiro de
2023. RESULTADOS: Foram encontrados 3.287 artigos, dos quais 3 foram considerados elegíveis para a
nossa revisão sistemática. Na avaliação da qualidade metodológica com a escala PEDro, os escores de dois
artigos já estavam disponíveis na base de dados PEDro, exceto o Kheirkhah que foi avaliado por 2
pesquisadores independentes. Os escores variaram de 4 a 6 pontos em uma escala de 1 a 10 pontos. Todos
os estudos perderam pontos nos itens relacionados ao cegamento do paciente e terapeuta.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Essa revisão sistemática da literatura identificou, em todos
os estudos analisados, aumento da QV relacionado à prática do Pilates em indivíduos com DRC. Os
resultados foram obtidos através de questionários que avaliaram a QV por meio das dimensões de saúde
física, saúde mental e componentes da DRC. Nenhum dos estudos analisaram variáveis diretas, como,

593
capacidade funcional ou resposta metabólica em testes funcionais. A análise de qualidade dos trabalhos
mostra moderada a baixa qualidade metodológica o que implica em redução do seu poder de inferências.
Nosso estudo apresenta algumas limitações, como o número limitado de artigos que avaliaram o desfecho
da QV, o tamanho da amostra dos ensaios clínicos incluídos e tempo de intervenção. Os resultados não
puderam ser combinados para a realização da metanálise.
Palavras-chave: Insuficiência Renal Crônica, Métodos Pilates, Qualidade de Vida.
REFERÊNCIAS:
HILL, Nathan R Global Prevalence of Chronic Kidney Disease – A Systematic Review and Meta- Analysis.
Plos One, v. 11, n. 7, p. 1-18, 2016.
JOHANSEN, Kirsten L. US Renal Data System 2020 Annual Data Report: epidemiology of kidney disease
in the united states. American Journal Of Kidney Diseases, v. 77, n. 4, p. 7-8, 2021.
JESUS, Nadaby Maria. Quality of life of individuals with chronic kidney disease on dialysis. Brazilian
Journal Of Nephrology, v. 41, n. 3, p. 364-37, 2019.

594
USO DE EUPHORBIA TIRUCALLI NO TRATAMENTO DE CÂNCER: UMA
REVISÃO

1
Sabrina Vasconcelos Lima
1
Amanda Mourato de Souza Lima
1
Valdeline Atanazio da Silva

1 Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST),
Serra Talhada, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Biologia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1º autor: sabrina.vasconcelos@ufrpe.br

INTRODUÇÃO: As plantas são utilizadas com fins medicinais desde antes da era cristã até os tempos
atuais. No Brasil, esse uso é garantido pela Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
(PNPMF), mediante o Decreto nº 5.813 do ano de 2006. A espécie Euphorbia tirucalli, conhecida
popularmente como avelós, é uma espécie arbustiva que possui em seu interior um látex extremamente
tóxico, mas muito utilizado para cura do câncer, uma doença genética que ocorre a partir de alterações nos
genes que controlam o funcionamento normal das células, podendo surgir através de erros na divisão
celular, danos causados ao DNA ou de maneira hereditária. OBJETIVO: Registrar como a E. tirucalli pode
ser utilizada no tratamento de câncer. METODOLOGIA: Esse estudo trata-se de uma revisão de literatura,
onde o levantamento dos dados bibliográficos foi feito através de buscas nas bases de dados Scielo,
PubMed, Scopus e Google Acadêmico, usando os seguintes descritores: “E. tirucalli” and câncer; “E.
tirucalli” and fitoterapia e “E. tirucalli” and medicinal. Foram selecionados artigos publicados a partir de
2004 em inglês, português ou espanhol cujo conteúdo concordasse com o tema da pesquisa, não sendo
considerados os trabalhos de revisão bibliográfica ou experimentos para composição dos dados a serem
analisados. RESULTADOS: O levantamento resultou em um total de 41 trabalhos, dos quais foram
selecionados 11. Os dados mostram que para o tratamento de câncer é utilizado o látex de E. tirucalli. O
mesmo pode ser obtido através de cortes em seus ramos. Foi percebido a presença de diferentes posologias
entre os estudos, 36,4% indicam a diluição de poucas gotas do látex em água, 9% sugerem diluir cinco a
dez gotas. Também há sugestão de diluição em leite ou sucos. 18,2 % indicam o uso in natura do látex e
36,4% não apresenta alguma indicação de uso. Somente 9% especifica de forma mais clara a indicação,
onde o paciente aumenta gradativamente uma gota de látex por dia durante sete dias, após isso diminui-se
gradativamente uma gota por dia também. Infelizmente, as referências consultadas não informaram de
forma clara alguma especificidade nos tipos de câncer em que a planta foi utilizada. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Com isso, é possível afirmar que a espécie E. tirucalli é utilizada por pacientes em tratamento
oncológico. Algumas pesquisas experimentais in vitro provam sua eficiência que, quando utilizado de forma
segura, pode apresentar atividade antitumoral para os cânceres de mama, fígado e leucemia.

Palavras-chave: Fitoterapia, Oncologia, Plantas Medicinais, Avelós.

REFERÊNCIAS:

595
ANVISA, Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), Por meio do Decreto no
5.813 do ano de 2006, Brasília, 2013. Disponível em: <www.anvisa.gov.br>. Acesso em: 20 de setembro
de 2021.

BRAGA, C. M. Histórico da utilização de plantas medicinais. Brasília, 2011. 24p. Monografia


(Licenciatura em Biologia) - Universidade de Brasília e Universidade Estadual de Goiás.

OLIVEIRA, B. M.; EVANGELISTA-COIMBRA, C. C. B. Euphorbia tirucalli: no tratamento


complementar do câncer. Revista UNINGÁ Review, v. 20, n.3, 2014

RODRIGUES, A. de S. et al. Efeitos benéficos do uso da Curcuma longa L., no tratamento oncológico:
Uma revisão. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 3, 2020

596
USO DE TECNOLOGIA LEVE-DURA NA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA.

¹Antônia Graziele de Almeida Vieira


¹Hortência Fernandes
²Samile Silva Sousa
³Hilana Dayana Dodou
1Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Redenção, Ceará,
Brasil.

Eixo temático: Saúde Mental


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: agraziele914@gmail.com

Resumo

Objetivo: O presente estudo tem como objetivo relatar a experiência vivenciada por acadêmicas do curso
de graduação em enfermagem de uma Universidade Federal, acerca da utilização de uma tecnologia leve-
dura na promoção da Educação em Saúde voltada a usuários de um centro de atenção psicossocial. Método:
Tratou-se de um relato de experiência realizado no dia 14 de dezembro de 2022. A estratégia utilizada foi
um grupo educativo sobre emoções, utilizando a tecnologia leve-dura. A atividade foi realizada em um
centro de atenção psicossocial na cidade de Messejana-CE, durante as práticas assistidas da disciplina de
Saúde Mental. Resultados: Priorizou trabalhar sobre as emoções com o grupo, onde pudesse haver um
espaço de fala e escuta. No decorrer das atividades houve muita interação, tanto entre as pacientes, quanto
com as pacientes e as discentes. As pacientes demonstraram entender que nossa vida é composta por todos
os sentimentos trabalhados e que cada um é essencial. Considerações Finais: É notório o quanto essa
vivência é relevante na vida acadêmica das discentes e é perceptível o quanto a educação em saúde é pouco
abrangida na saúde mental.
Palavras-chave: Saúde Mental; Educação em Saúde; Emoções.
Eixo Temática: Saúde Mental

Modalidade: Pôster

597
1 INTRODUÇÃO

O avanço tecnológico está cada vez mais presente, uma vez que o mesmo contribui diariamente
para a população. Na área da saúde o uso da tecnologia é utilizado em diversos contextos, desde o
assistencial até o educacional. Conforme a literatura, a tecnologia pode ser considerada a apreensão e a
aplicação de um conjunto de conhecimentos e pressupostos que possibilitam aos indivíduos pensar, refletir,
agir, tornando-os sujeitos de seu próprio processo de existência (Nietsche EA, 2000).
Na prática da enfermagem, a tecnologia é entendida como uma concepção de produto e processo.
Na tecnologia como produto, estão abordadas as informatizações, informações e artefatos; na tecnologia
como processo, os recursos relacionados ao ensino e à aprendizagem do indivíduo (Aquino PS. et al, 2010).
Nesse ínterim, para construção e validação do artefato é necessário basear-se na literatura científica e é
primordial a capacitação de indivíduos para desenvolver as atividades do artefato, promovendo a educação.
As tecnologias podem ser divididas em: leve - a constituição de relações para implementação do
cuidado (vínculo, gestão de serviços e acolhimento); leve-dura - a construção do conhecimento por meio
de saberes estruturados (teorias, modelos de cuidado, cuidado de enfermagem) e dura a utilização de
instrumentos, normas e equipamentos tecnológicos (Merhy EE, 2002). A tecnologia leve é a troca de
aprendizagem entre os indivíduos, por meio de um cuidar interpessoal, já a tecnologia leve-dura, faz uso do
conhecimento estruturado, sem precisar de recursos de alta tecnologia, e a tecnologia dura faz uso de alta
tecnologia.
Com isso, a enfermagem é responsável por promover uma assistência inovadora e promissora em
suas práticas. Sendo assim, o enfermeiro deve prestar uma assistência humanizada e inovadora em todas as
esferas do cuidado, fortalecendo vínculos com o paciente. Dessa forma, a responsabilidade do cuidado é
maior aos portadores de transtornos mentais, visto que, o enfermeiro tem que se permitir a viver novos
propostas que envolvem convivência afetiva com o usuário, aquele que precisa não só de uma prática de
técnicas mecânicas, mas, acima de tudo, de técnicas inovadoras e humanizadas. (FILHO, et al, 2009).
Um dos campos de atuação do enfermeiro na qual faz-se o uso das tecnologias, é o da saúde mental,
envolvendo técnicas inovadoras e humanizadas, pois nesse cenário é importante que a assistência prestada
envolva a integridade, acolhimento e promova a produção de vínculos. É uma área muito complexa, tendo
a necessidade da prestação de cuidados em que não se considere apenas a doença. A proposta do presente
trabalho, justifica-se em promover a educação em saúde a pacientes de um centro de atenção psicossocial
geral, através da aplicação de uma caderneta trabalhando suas emoções, habilidades cognitivas, motoras e
de percepção, concomitantemente, ser um espaço de escuta, reflexão e autocuidado.

2 MÉTODOS

Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, descritivo com abordagem qualitativa. A


atividade foi realizada no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Geral), regional de saúde VI, na cidade
de Messejana-CE no dia 14 de Dezembro de 2022, no horário das 08:00h às 12:00h. A temática trabalhada
com o grupo foi sobre as emoções, visando buscar que os pacientes tenham um momento para pensar,
refletir e falar sobre si. Realizou-se uma análise e foi possível perceber o quanto o emocional pode afetar a
saúde do indivíduo. Tendo isso em vista, a atividade foi planejada em quatro momentos, da seguinte forma:

1) Para a elaboração da cartilha das emoções a equipe reuniu artigos científicos com o intuito de
validar a importância da mesma. A partir da leitura bibliográfica viu-se o quanto é importante trabalhar
sobre as emoções com as pessoas que possuem transtornos mentais. Os pacientes foram reunidos em
círculos. Houve a apresentação de cada paciente e em seguida os discentes tiveram o momento de fala
inicial, onde ocorreram as apresentações dos membros. Supondo que a maioria dos participantes possuía
baixo nível de escolaridade, a linguagem foi adaptada na condução da atividade.

2) De início, foi pensado em uma dinâmica de “quebra-gelo” com o tema “enfrentando os


desafios”, para que os participantes pudessem interagir entre si e com as acadêmicas. Foi confeccionada
uma caixa neutra que dentro possuía um pedaço de papel colado com a palavra “Sorria”. Foi explicado que
dentro da caixa tinha algum comando, a condutora do grupo iria virar de costas enquanto a caixa ia passando
pelas mãos dos participantes em roda ao som de uma música a gosto deles. Quando a condutora falar

598
“parou” a caixa irá parar a pessoa em que a caixa parou teria duas opções, a de abrir a caixa e obedecer o
comando ou passar a caixa adiante, ressaltando que quem fosse abrir a caixa poderia encontrar dentro dela
qualquer desafio (dançar, cantar ou fazer algo) e teria que obedecer. O objetivo dessa dinâmica era refletir
que a vida sempre terá desafios e se o mesmo vir de algo confiável vale a pena enfrentar e colher boas coisas
e se não for algo bom, servirá de experiência para a próxima vivência e isso tudo trará emoções que devemos
saber lidar com elas. A dinâmica foi desenvolvida em um período de 20 minutos.

3) Para introdução da temática a ser trabalhada, foi empregado uma dinâmica do “Jogo das
emoções”, onde utilizou-se um dado das emoções, fichas numéricas de 1 a 6 e um roteiro para cada emoção
do dado, possuindo 6 reflexões. Cada paciente terá a chance de jogar o dado, selecionando uma emoção,
escolher uma ficha com um número e assim será feita a pergunta do roteiro. Com isso causará uma reflexão
e escuta ativa. Ao final, será distribuída uma cartilha das emoções para eles preencherem com textos ou
desenhos, cada cliente pediu a um acadêmico que teve afinidade para ajudar a preencher sua caderneta. A
atividade foi desenvolvida em um período de 1 hora.
3) Por fim, todos os clientes participaram, exceto, o único homem participante do grupo, não quis
preencher a sua caderneta, preferiu fazê-la sozinho em sua casa. Houve uma escuta terapêutica reflexiva
sobre as emoções, foi relatado por eles a importância de eles se expressarem. Em geral, a equipe obteve um
feedback positivo com as atividades realizadas.
A ação foi desenvolvida por acadêmicas do curso de graduação em enfermagem da UNILAB
desenvolvido durante o estágio da disciplina Processo de Cuidar na Saúde Mental. Foram respeitados os
princípios da Resolução 466/2012, no que se refere a pesquisas com seres humanos, as informações
mencionadas se mantiveram dentro da confidencialidade e do anonimato. Além disso, não houve a
execução, nem a aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), pois a partir do
momento que a coordenação da unidade permitiu que os universitários dessem início à suas ações, não se
fez necessário à utilização deste, os pacientes precisam apenas concordar em participar ou não das
atividades propostas.

Figura 1: Intervenção educativa sobre as emoções.

Fonte: Arquivo pessoal

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

De início, após a chegada no CAPS, os discentes se reuniram para organizar o material das
atividades no local de realização de atividades. Aguardamos a chegada dos pacientes do grupo e eles foram
abordados para reafirmar a participação na atividade. De maneira geral, as cadeiras já estavam organizadas
em círculo em volta da mesa, de frente para os acadêmicos.
No momento estavam presentes seis pacientes, sendo cinco femininas e apenas um masculino,
antes de iniciar a atividade todos os membros se apresentaram e foi acordado todas as regras do grupo. Foi

599
possível perceber que existe um vínculo de amizade entre eles, mas também existem adversidades em falar
sobre algo e temer de a colega repetir a mesma coisa para si.
Vale destacar, que na dinâmica “quebra-gelo”, os pacientes foram bem interativos e relataram não
temer ao comando que viria na caixa, o que é muito bom, já que eles se mostraram a partir de suas ações e
falas não terem medo, sendo bastante positivo para o tratamento dos mesmos. O medo é o que acaba nos
privando de novas oportunidades, e que nos enche de incertezas e inseguranças. Nessa suposta dinâmica, a
caixa parou no paciente do sexo masculino, de imediato ele aceitou abri-lá sem temer ao comando que havia
dentro dela, porém, na caderneta das emoções ele recusou tanto a ajuda da acadêmica, quanto, escrever
sobre as suas emoções. Foi uma dinâmica rápida, mas produtiva que alcançou o objetivo pretendido, de
mostrar para os pacientes que em nossa vida encontramos muitos desafios, situações que devemos tomar
decisões, sendo estas positivas ou negativas, mas que fazem parte do processo da vida.
Em seguida para dar continuidade a dinâmica de "quebra-gelo", iniciamos o jogo das emoções,
dando seguimento que através das decisões dos desafios vivenciados em nossa vida, iremos ter algum
sentimento que deverá ser controlado. Cada sentimento é importante e essencial, contribuindo para o
amadurecimento e evolução. Este momento foi bastante produtivo, onde os participantes partilharam suas
histórias a partir das emoções sorteadas para cada um.
Através disso, aplicamos a caderneta das emoções para que os pacientes possam parar, pensar e
refletir sobre os desafios, acontecimentos e quais eventos de sua vida e organizá-los em cada emoção:
Inveja, raiva, medo, alegria, amor, tristeza. E assim entender o quanto cada emoção é importante, que além
de existir sentimentos ruins, existem os bons para somar. Além do mais, a sensação de ganhar a caderneta,
personalizá-la como quiser e levá-la, podendo abri-la em momentos ruins e ver quantas coisas boas existem,
irá minimizar a tristeza naquele determinado momento, ajudando-o em sua saúde. Além do grupo educativo,
foi estabelecido um contato com os pacientes, cada aluno foi designado a um deles e em seguida, instituiu um
relacionamento terapêutico, com intuito de avaliar o estado mental e implementar um plano de cuidados em
enfermagem de acordo com cada caso

4 CONCLUSÃO

Diante do exposto, percebe-se a importância da educação em saúde voltada às pessoas com


transtornos psíquicos, buscando por uma didática que seja efetiva para promoção da saúde mental dos
mesmos. Nota-se o quão é relevante uma terapia ou dinâmica em grupo, dá oportunidade do paciente
usufruir de vários benefícios, proporcionando uma troca de experiências, conhecer novas pessoas que
possam estar passando pelas mesmas situações, como uma forma de apoio.
Assim sendo, é notório o quanto essa vivência é enriquecedora para a vida acadêmica e
profissional das discentes, ademais é possível perceber o quanto a saúde mental necessita de educação em
saúde. A cartilha como uma tecnologia leve-dura é de extrema importância na promoção da saúde dessas
pessoas, fazendo com que elas possam ter um momento para refletir sobre suas emoções.
Além disso, percebeu-se o quanto os pacientes tiveram interesse em participar das atividades
propostas pelo grupo. A experiência com a cartilha foi muito enriquecedora, foi perceptível no momento
dessa atividade que os clientes gostaram bastante, levando a proposta bem a sério, com receio de o colega
ouvir as suas intervenções e copiar para si, com o pensamento de individualidade. Considera-se a
necessidade de medidas interventivas para trabalhar sobre a individualidade com esse público.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA FILHO, A. J. ; MORAES, A. E. C. ; PESRES, M. A. A. Atuação do enfermeiro nos centros de


atenção psicossocial : implicações históricas da enfermagem psiquiátrica. Rev. Rene. Fortaleza., v. 10, n.
2, p. 158-165, 2009.

600
AQUINO, Priscila de Souza et al. Análise do conceito de tecnologia na enfermagem segundo o método
evolucionário. Acta Paul Enferm., v. 23, n. 5, p. 690-696, 2010.

COELHO, Márcia Oliveira; JORGE, Maria Salete Bessa. Tecnologia das relações como dispositivo do
atendimento humanizado na atenção básica à saúde na perspectiva do acesso, do acolhimento e do vínculo.
Ciência & Saúde Coletiva., v. 14, n. 1, p. 1523-1531, 2007.
NIETSCHE, Elisabeta Albertina. Tecnologia emancipatória : possibilidade ou impossibilidade para a
práxis de enfermagem. 1999. Tese (Doutorado em filosofia de enfermagem) - Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 1999.
SABINO, Leidiane Minervina Moraes et al. Uso de tecnologia leve-dura nas práticas de enfermagem:
análise de conceito. Aquichan., v. 16, n. 2, p. 230-239, 2016.

601
IMPORTÂNCIA DA ESCALA DE GLASGOW NO DIAGNÓSTICO DE
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO ASSOCIADO AO TRAUMA
FACIAL

¹Maria de Lourdes dos Santos

¹Geovana Gonçalves de Oliveira


¹Cecília Luiz Pereira-Stabile
1 Universidade Estadual de Londrina. Londrina, Paraná, Brasil

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: maria.lourdes19@uel.br
A Escala de Coma de Glasgow (GCS) é uma ferramenta utilizada para avaliar e calcular o nível de
consciência do paciente, e foi a primeira tentativa de quantificar a gravidade dos traumatismos cranianos.
Na rotina do cirurgião buco-maxilo-facial é recorrente a necessidade de avaliação de pacientes vítimas de
trauma facial em combinação com traumatismo cranioencefálico, visto que há uma proximidade dos ossos
maxilofaciais ao crânio, indicando grandes chances de lesões cranianas ocorrerem simultaneamente. O
objetivo deste trabalho é correlacionar o uso da Escala de Glasgow na avaliação e diagnóstico de pacientes
vítimas de traumas faciais/cranioencefalicos, pois representam uma condição de risco à vida, mostrando
a importância do cirurgião buco-maxilo-facial na identificação dessa comorbidade. Foi utilizado como
material a pesquisa nos bancos de dados Pubmed e SciELO por artigos com os seguintes termos: “Escala
de Coma de Glasgow”, “Trauma Facial” e “Traumatismo craniano ou cranioencefálico” sem restrição de
tempo. Em pacientes vítimas de trauma facial, o traumatismo cranioencefálico é a injúria mais associada
em 89% dos casos. Em outro estudo, a incidência de lesões cerebrais associadas ao trauma maxilofacial
foi de 67%. Além disso, constatou-se que o risco de lesões cerebrais aumentou à medida que aumentaram
o número de fraturas ósseas faciais. Essas lesões cerebrais são analisadas clinicamente por meio da Escala
de Coma de Glasgow, e confirmada posteriormente com exames de imagem. Achados como baixa
pontuação de GCS, amnésia, êmese e perda de consciência aumentam a suspeita de lesões cerebrais. A
Escala de Coma de Glasgow é fundamentada em 4 indicadores, na qual cada um recebe uma pontuação,
são eles: abertura ocular, resposta verbal, melhor resposta motora e reatividade pupilar. Com base nisso,
a pontuação final varia de 3 a 15 pontos, sendo as pontuações mais baixas indicativas de maior gravidade
e pior prognóstico. Pontuações entre 3-8 representam traumatismo craniano grave, enquanto 9-12
representam traumatismo craniano moderado e 13-15 sugerem traumatismo craniano leve. O traumatismo
craniano grave foi observável em 100% dos pacientes com pontuações de GCS de 3-8, e em menos da
metade dos pacientes com pontuações entre 13 e 15 pontos. Isso mostra que o risco de traumatismo
craniano aumenta à medida que a pontuação da Escala de Coma de Glasgow diminui. Por outro lado, em
outro estudo, o traumatismo craniano foi encontrado em cerca de 6% dos pacientes com pontuações entre
13 e 15 pontos. Diante disso, é necessário afirmar que independente da pontuação da GCS e mesmo sem
achados clínicos evidentes que sugerem traumatismo craniano, uma avaliação minuciosa de cada paciente
de trauma facial é indispensável. Conclui-se que o diagnóstico precoce de lesões cranianas e intervenções
rápidas, se necessário, em vítimas de trauma facial é essencial para o prognóstico e recuperação do
paciente. Para isso, a Escala de Coma de Glasgow é uma ferramenta clínica simples, rápida e facilmente
aplicável em pacientes traumáticos na emergência, sendo um ótimo indicador de prognóstico. O cirurgião
buco-maxilo-facial como parte da equipe multidisciplinar de pacientes vítimas de trauma facial, tem papel
fundamental no diagnóstico e acompanhamento de traumatismos cranianos.

Palavras-chave: trauma, Glasgow, bucomaxilofacial.

602
REFERÊNCIAS:

Joshi UM, Ramdurg S, Saikar S, Patil S, Shah K. Brain Injuries and Facial Fractures: A Prospective
Study of Incidence of Head Injury Associated with Maxillofacial Trauma. J Maxillofac Oral Surg. 2018
Dec;17(4):531-537. doi: 10.1007/s12663-017-1078-8. Epub 2018 Jan 3. PMID: 30344397; PMCID:
PMC6181836.

Al-Hassani A, Ahmad K, El-Menyar A, Abutaka A, Mekkodathil A, Peralta R, Al Khalil M, Al-Thani H.


Prevalence and patterns of maxillofacial trauma: a retrospective descriptive study. Eur J Trauma
Emerg Surg. 2022 Aug;48(4):2513-2519. doi: 10.1007/s00068-019-01174-6. Epub 2019 Jun 21. PMID:
31227848; PMCID: PMC9360059.

Jerônimo SA, Creôncio SCE, Cavalcanti D, Moura JC, Ramos RA, Paz AM. Fatores relacionados ao
prognóstico de vítimas de traumatismo carnioencefálico: uma revisão de bibliográfia. Arq Bras
Neurocir 2014; 33(3):165-9.

Işık, Dağhan et al. “Presence of accompanying head injury in patients with maxillofacial trauma.”
Ulusal travma ve acil cerrahi dergisi = Turkish journal of trauma & emergency surgery : TJTES vol. 18,3
(2012): 200-6. doi:10.5505/tjtes.2012.01047

Taparello, C., Hauck, K., Mileto, T., Scariot, R., Almeida, S., & Conto, F. (2018). Prevalência de sequelas
neurológicas associadas a trauma em face. Revista Da Faculdade De Odontologia - UPF, 23(2).
https://doi.org/10.5335/rfo.v23i2.8300

Mehta R, , Chinthapalli K, . Glasgow coma scale explained BMJ 2019; 365 :l1296 doi:10.1136/bmj.l1296

603
DOI 10.29327/1192726.1-22

A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM CRIANÇAS COM A


DOENÇA FALCIFORME

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: ayaracabral@gmail.com

INTRODUÇÃO: A doença falciforme (DF) é uma patologia de origem genética e hereditária,


caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, pertence ao grupo de anemias hemolíticas
e que possui associação direta com a presença de hemoglobina “S” nos eritrócitos. Trata-se ainda de uma
doença com incidência prevalente no Brasil, sendo considerada um problema de saúde pública, visto que
atinge cerca de 3500 crianças por ano. Diante disso, medidas de manejo adequado devem ser tomadas,
desde o início na vida das crianças. Assim, o cenário da atenção primária (AP) surge com a autonomia para
assegurar qualidade de vida na infância. OBJETIVO: Evidenciar a importância da atenção primária em
crianças com a doença falciforme. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura,
realizada em fevereiro de 2023, por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados Literatura
Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de Dados de Enfermagem (BDENF)
e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Utilizaram-se os descritores: “Anemia Falciforme”;
“Criança”; “Atenção Primária à Saúde”, em cruzamento com os operadores booleanos AND e OR.
Resultando na seguinte estratégia de busca: “Anemia falciforme” OR “Doença falciforme” AND “Criança”
AND “Atenção primária à saúde” OR “Atenção primária”. Como critérios de inclusão: estudos que
contemplassem a temática, disponíveis gratuitamente, em texto completo, em português e publicados nos
últimos cinco anos. E como critérios de exclusão, artigos repetidos nas bases de dados e que não abordassem
a temática. Emergiram-se na pesquisa 08 estudos. RESULTADOS: Mediante análise dos estudos,
evidenciou-se que a progressão da DF pode levar a grandes desordens no organismo, como isquemia,
hemólise, infarto de vários órgãos e óbito. Além disso, cerca de 37,5% dos óbitos no Brasil ocasionados
pela DF têm como vítimas as crianças menores de nove anos, essa incidência e alta letalidade nessa faixa
etária é preocupante, e demonstra a gravidade e atenção que se deve ter com essa patologia, no contexto da
saúde pública no Brasil. Nesse sentido, a atuação da APS em crianças acometidas com essa enfermidade,
possibilita o diagnóstico precoce e a introdução de um manejo adequado dentro das famílias, aplicando
educação em saúde e a terapêutica ideal para o indivíduo portador. Além disso, a AP atua nas medidas de
prevenção e promoção de saúde, sendo indispensável para disseminar informações corretas e direcionar ao
atendimento de saúde certo para a população. Outrossim, a AP impactou de forma positiva ao agirem na
atenção à saúde, isso porque, é considerado porta de entrada da comunidade aos serviços maisbásicos de
saúde, em alguns casos, sem necessidade de tecnologia para triagem de saúde. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Em síntese, nota-se a alta relevância da atenção primária para crianças com a doença falciforme,
tendo em vista que este serviço de saúde realiza desde a prevenção até o diagnóstico e início da terapêutica,
realizando o manejo apropriado, garantindo o acesso da população às informações sobre a patologia, e
consequentemente, promovendo qualidade de vida ao paciente.

Palavras-chave: Doença falciforme, Atenção primária, Crianças.

REFERÊNCIAS:

CARDOSO, Celildes Cortes et al. Os desafios da assistência de enfermagem à criança portadora de anemia
falciforme. Referências em Saúde da Faculdade Estácio de Sá de Goiás-RRS-FESGO, v. 3, n. 2, 2020.

604
GESTEIRA, Elaine Cristina Rodrigues et al. Intervenções educativas às famílias de crianças e adolescentes
portadores de doença falciforme no projeto Educar Falciforme. Revista Ciência em Extensão, v. 16, p.
344-358, 2020.

MARQUES, Taciana et al. Perfil clínico e assistencial de crianças e adolescentes com doença falciforme
no Nordeste Brasileiro. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 19, p. 881-888, 2020.

MIRANDA, Jeovanna Ferreira; MATALOBOS, Adriana Ramos Leite. Prevalência da anemia falciforme
em crianças no Brasil. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 6, p. 26903-26908, 2021.

605
PARTICULARIDADES DOS FATORES DE RISCO DA DOENÇA
CARDIOVASCULAR NO SEXO FEMININO

¹ Marília Sousa dos Reis

² Luanny de Souza Santos

³ Clara Mylene da Silva


4
Rebeca Ferreira Nery
5
Karen Ruth Michio Barbosa
6
Romulo Mendes de Souza
7
Thaís da Natividade Pereira
8
Jadson Nilo Pereira santos

¹ Centro Universitário Inta (UNINTA) . Sobral, Ceará, Brasil.

² Faculdade Metropolitana São Carlos. Bom Jesus do Itabapoana, Rio de Janeiro, Brasil.

³ Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.


4
Faculdade São Francisco da Paraíba (FASP), Cajazeiras, Paraíba, Brasil.
5
Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, Espírito Santo, Brasil.
6
Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba. Parnaíba, Piauí, Brasil.
7
Universidade Estácio do Recife. Recife, Brasil.
8
Universidade Federal de Sergipe. Aracaju, Sergipe, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: mariliasdreis@hotmail.com

INTRODUÇÃO: No mundo contemporâneo o desenvolvimento de pesquisas e descobertas sobre os


fatores de risco da doença cardiovascular no sexo feminino é de suma importância, tendo em vista que a
maior incidência de casos de doenças cardiovascular se encontra no sexo feminino. Mediante tudo isso,
diversos pesquisadores se empenharam em desvendar suas particularidades. Assim, é de suma importância,
para conhecimento da população, trazer à luz a relevância das discussões sobre a saúde cardiovascular
feminina para que, dessa forma, haja correta prevenção e tratamento da doença nesse perfil de população.
OBJETIVO: Analisar na literatura existente sobre a importância de identificar os fatores de risco
cardiovascular no sexo feminino no atual contexto epidemiológico brasileiro. METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão integrativa norteada inicialmente pela seguinte questão: Quais os fatores de risco
cardiovascular no sexo feminino? Foi realizado o levantamento do corpus literário nas seguintes bases de
dados: PubMed e Scielo, utilizando os seguintes descritores: Doenças Cardiovascular, Saúde da Mulher e
Fatores de Risco. Foram realizadas associações usando o operador booleano and, aplicada da seguinte
forma: “Doenças Cardiovascular” and “Saúde da Mulher” and “Fatores de Risco”. Para selecionar a
amostra, adotaram-se os seguintes critérios: incluídas publicações que estivessem disponibilizadas na
íntegra, no idioma português por se basear em mulheres brasileiras, publicadas no período de 2018 a 2022,
e excluídas as temáticas não relevantes ao alcance do objetivo da revisão e repetição na mesma base ou em
mais de uma base de dados, contemplando 8 artigos. RESULTADOS: Conforme os dados analisados, foi
observado que o elevado índice de indivíduos acometidos com a doença cardiovascular e seu crescente

606
aumento na sociedade brasileira é alto, e que impactam no gerenciamento do sistema único de saúde,
destacando-se principalmente o sexo feminino como o grupo que é mais frequentemente diagnosticado com
doenças cardíacas. Esse fato, está intrinsecamente relacionado aos fatores de riscos evidenciados para este
grupo, como a síndrome do ovário policístico associada ao aumento da resistência à insulina que aumenta
o risco de desenvolver hipertensão, diabetes, dislipidemias e outros. Outro fator de risco em destaque é a
hipertensão arterial sistêmica (HAS), sua prevalência entre a população feminina aumenta com o avançar
da idade, constituindo um problema de saúde pública que necessita de intervenções e medidas por parte dos
profissionais da saúde para que dessa forma, haja redução dos impactos e dos fatores de risco associadosaos
problemas cardiovasculares. CONCLUSÃO: Os dados demonstram que a prevalência da HAS foi relatado
maior entre as mulheres quanto aos fatores de risco, os predominantes foram o diabetes mellitus ea obesidade
sendo esses considerados pela literatura fatores de risco importantes para a hipertensão arterial, A
importância do conhecimento da incidência de doença cardíaca e fatores de riscos associados no atual
contexto epidemiológico deve ser ressaltada para orientar as ações de prevenção das doenças
cardiovasculares, que representam a primeira causa de óbito no Brasil e no mundo.
Palavras-chave: Doenças Cardiovascular, Saúde da Mulher, Fatores de Risco.
Referências:

ARAÚJO APS, SILVA PCF, MOREIRA RCPS, Bonilha SF. Prevalência dos fatores de risco em
pacientes com acidente vascular encefálico atendidos no setor de neurologia da clínica de fisioterapia
da UNIPAR. Arq Ciências Saúde UNIPAR. 2020 Jan-Abr;12(1):35-42.

FAGHERAZI, S, DIAS RL, BORTOLON F. Impacto do exercício físico isolado e combinado com dieta
sobre os níveis Séricos de HDL, LDL, colesterol total e triglicérides. Rev Bras Med Esporte. 2018 Jul-
Ago;14(4):381.

FERREIRA FILHO C, MENEGHINI A, RIERA ARP, SERPA NETO AS, TEIXEIRA GK, FERREIRA
C. Benefícios do exercício físico na hipertensão arterial sistêmica. Arq Méd ABC. 2019 Jul-
Dez;32(2):82-7.

RENNER SBA, FRANCO RR, BERLEZI EM, BERTHOLO L. Associação da hipertensão arterial com
fatores de riscos cardiovasculares em hipertensos de Ijuí, RS. Rev Bras Anal Clin. 2018;40(4):261-6.

607
DOI 10.29327/1192726.1-40

VALOR EM INTERNAÇÕES INFANTIS POR INFECÇÃO MENINGOCÓCICA


NOS ÚLTIMOS 10 ANOS NO BRASIL- REVISÃO EPIDEMIOLÓGICA

1 Isabella Vicente da Paixão

1 Alessandra Braga Macedo

1 Dener Hayek de Miranda

1 Letícia Romera Belchior

1 Marcela Gonçalves Adriano

1Lucas Alves Oliveira Rezende

1Sophia Porto de Castro

1Cristiane Simões Bento de Souza

1Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo Temático: MEDICINA. Saúde da Criança.

Modalidade: Pôster.

E-mail: isabellavpaixao@gmail.com.

INTRODUÇÃO: A meningite é um problema de saúde pública com alto índice de morbidade e mortalidade,
principalmente em crianças, tendo como agente a Neisseria meningitidis. Caracterizada por uma inflamação
do líquido cefalorraquidiano (LCR) e das membranas cerebrais. No Brasil, a meningite tem uma taxa de
mortalidade de 20% e a manifestação mais comum é a síndrome séptica, sendo uma doença de notificação
compulsória imediata, devendo ser notificada em até 24 horas. Este estudo visa analisar o valor em
internações infantis por infecção meningocócica nos últimos anos para assim ser possível um planejamento
mais adequado do sistema de saúde em relação ao enfrentamento desse problema. OBJETIVO: Realizar
uma análise epidemiológica acerca dos gastos destinados ao tratamento de internações infantis por infecção
meningocócica dos anos de janeiro 2013 até dezembro de 2022. METODOLOGIA: Foi feito um estudo
observacional, utilizando dados da plataforma pública DATASUS, de janeiro de 2013 até dezembro de
2022, analisando o custo total de internações por infecção meningocócica em crianças e adolescentes,
observando a faixa etária de menor de um ano até dezenove anos, no Brasil, suas demais regiões e estados.
RESULTADOS: No período (10 anos), observou-se que no total foram 10.011.920,74 reais destinados à
internação de jovens e crianças com quadros de meningite. Detalhando, observou que onde teve mais custos
com internações foi a região Sudeste, que gastou, aproximadamente, 4.662.600,00 reais, sendo que São
Paulo foi o estado dessa região que mais teve gastos com 66% do total da região, logo depois segue a região
Sul, 1.835.180,58 reais, no qual o Rio Grande do Sul teve o maior gasto totalizando 49%, em seguida a
região Nordeste teve 1.791.215,29 reais e Pernambuco teve o maior valor gasto, com 31%,
sequencialmente, a região Centro-Oeste vem em seguida com 967.614,15 reais e o seu estado que mais
gastou foi Mato Grosso com 38% da região e por último a região que menos gastou com valor de internação

608
por causa de infecção meningocócica foi o Norte com 755.304,92 reais e o estado que mais gastou foi o
Pará com um gasto equivalente a 38% do total da região. Assim, os estados que menos tiveram gastos
foram: o Amapá, da região Norte; o Piauí, do Nordeste; o Espírito Santo, do Sudeste; o Paraná, do Sul e
por fim o Distrito Federal da região Centro-Oeste. CONCLUSÃO: Dessa maneira, foi demonstrado que o
sudeste representa a região com os maiores gastos, havendo, provavelmente, maior prevalência de casos de
agravamento da meningite em crianças. Logo, respectivamente, apresentam-se as regiões sul, nordeste,
centro-oeste e norte. Assim, é evidenciado que, nas regiões com maiores incidências de gastos em
internações por meningite, são necessárias mais práticas e políticas públicas preventivas para evitar a
contração e o agravamento da doença evidenciando, a importância da imunização vacinal, além de aumentar
as medidas de contenção da disseminação da doença. Ademais, nas regiões com menores gastos, aparenta
menos internações por infecção meningocócica.

Palavras chave: Meningite; Gastos Públicos; Hospitalização; Criança.

REFERÊNCIAS:

Santos JC, Borges KNG, Paiva BG, Quirino HV, Ferreira ALCCA. Meningite na infância: uma análise
das internações hospitalares no Brasil. Rev Cient Esc Estadual Saúde Pública Goiás “Cândido
Santiago”. 2021.
SANTOS, R. R. do E.; ALMEIDA, N. R. C. de; CAMPOS, R. A. L. S.; PARENTE, F. de S.;
ANDRADE, M. C. S.; PINHEIRO, A. C. S. de O.; COSTA, E. de S.; SILVA, J. M. R. Infecção
meningocócica em crianças no Brasil: análise do período de 2013 a 2017 / Meningococcal infection in
children in Brazil: analysis of the period 2013 to 2017. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v.
3, n. 4, p. 9570–9578, 2020.
Sztajnbok DCN. Meningite bacteriana aguda. - Revista de Pediatria SOPERJ. 13(2):72-76, 2012.
TabNet Win32 3.0: Morbidade Hospitalar do SUS - por local de internação - Brasil. DATASUS.gov.br.
Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def

609
ABALOS PSICOLÓGICOS DA MASTECTOMIA EM MULHERES
DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE MAMA

Mateus Gonçalves de Sena Barbosa1


Maria Gabriella Borges Braga 2
Fabricia Mendes Dos Santos Abreu2
Nicollas Nunes Rabelo³
1
Faculdade Atenas, Passos, Minas Gerais, Brasil; 2 Faculdade Atenas, Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil;³
Divisão de Neurologia, Faculdade de Medicina-Universidade de São Paulo (FMUSP),São Paulo SP, Brasil
,Hospital das Clínicas /FMUSP.

Eixo temático: Tema livre

Modalidade :Pôster

E-mail do 1° autor: corremateusgonsb@gmail.com

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é com maior incidência percebido,no qual pode ser facilmente
diagnosticado de forma precoce através da mamografia.A mastectomia é uma alternativa quando a mulher
não pode passar por tratamento da cirurgia conservadora que preserva grande parte da mama,as mulheres
ao realizarem a mastectomia tem sua autoestima e psicológico abalados.METODOLOGIA: Essa é uma
revisão sistemática da literatura, baseada no método PRISMA. A seleção dos artigos foi realizada no
MEDLINE, EMBASE e SciELO, usando os seguintes descritores: traumatismo cranioencefálico, pressão
intracraniana e viagens espaciais, sendo selecionados os artigos publicados de 2017 - 2023, disponíveis em
inglês, espanhol e português. Cada artigo obtido na íntegra é analisado.OBJETIVO: Abordar a saúde
psicológica das mulheres diagnosticadas com câncer de mama após mastectomia.RESULTADOS: O câncer
de mama é o tumor que mais acomete a população do sexo feminino e apresenta altos índices de incidência
anuais e tem em seu prognóstico precoce e consequente tratamento breve melhores desfechos, porém como
a maioria dos casos é diagnosticado em fases mais avançadas em nosso país, os tratamentos são mais
agressivos, com isso, a evolução da doença e suas consequências na vida das mulheres acometidaspor esta
patologia são características a serem abordadas neste artigo, levando em consideração as seguintes categorias
de análise: (1) Estresse psicológico após mastectomia; (2) Impactos sociais e sexuais; (3) Benefícios da
reconstrução mamária.CONSIDERAÇÕES FINAIS: O processo pós mastectomia deve ser melhor
elucidado para todas as mulheres que passam por esta operação. Tal abordagem deve ser realizada tanto pelo
profissional que realizou o procedimento quanto pelo sistema de saúde ao qual essa paciente está vinculada,
de forma a minimizar os impactos físicos e psicológicos decorrentes desta intervenção e acelerar o processo
de readaptação social.

Palvras-chaves: Mastectomia, Saúde da mulher, Saúde mental.

610
REFERÊNCIAS:

1. ALKAFF T, et al. Awareness, acceptance, and perspective of women for reconstruction post mastectomy.
The Journal of the Pakistan Medical Association. 2019; 69 (1): 141-145.

2. ALMEIDA RA. Impacto da Mastectomia na Vida da Mulher. Revista da SBPH, Rio de Janeiro, 2006;
9(2): 99-113.

3. CAMMAROTA MC, et al. Quality of Life and Aesthetic Results after Mastectomy and Mammary
Reconstruction. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) - Brazilian Journal of Plastic Surgery, 2019;
32(1): 45-57.

4. COSAC OM, et al. Reconstrução Mamária de Resgate: A Importância Dos Retalhos Miocutâneos.
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, 2013; 28(1): 92-99.

5. HOWARD-MCNATT MM. Patients Opting for Breast Reconstruction Following Mastectomy: An


Analysis of Uptake Rates and Benefit. Breast Cancer: Targets and Therapy, 2013; 5(1): 9-15.

611
ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES DIABÉTICOS
SUBMETIDOS A CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

¹Milene Silva Santos

¹Janaína Pinheiro dos Santos

¹Amanda Ferreira dos Santos

¹Larissa Neves Santana

¹Michèle Correia Malaquias

¹Juliane Pereira Dos Santos

²Mirthis Sento Sé Pimentel Magalhães

²Simone Souza Santos

¹Centro universitário Jorge Amado (UNIJORGE). Salvador, Bahia, Brasil; ²Centro Universitário Jorge
Amado (UNIJORGE), Professora do Curso de Bacharelado em Enfermagem. Salvador, Bahia, Brasil

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor:
INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença endócrina-metabólica de etiologia heterogênea,
que envolve fatores genéticos, biológicos e ambientais. É uma patologia causada pela produção insuficiente
ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose. Caso a glicose apresente o valor a partir de 300
mg/dL, considerado muito acima do padrão (70 a 99 mg dL), o organismo entra em cetoacidose diabética,
induzindo alterações celulares como a oxidação do Lipoproteína de baixa densidade (LDL), que acaba
promovendo a formação da aterosclerose que contribui para o surgimento de Doenças Arteriais
Coronarianas (DAC), tal como o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), que é uma complicação que exige a
revascularização do miocárdio, com a finalidade de melhorar o fluxo sanguíneo do músculo cardíaco.
OBJETIVO: Descrever os diagnósticos de enfermagem aplicados no pós-operatório de pacientes
diabéticos submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa de revisão integrativa de literatura, realizada nos meses de setembro e outubro de 2022, utilizando-
se como critérios de inclusão artigos completos, publicados em português e inglês nos últimos 10 anos,
disponíveis na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Como critérios de exclusão, foram retirados
artigos repetidos, que não estavam disponíveis na íntegra e que não abordavam o objetivo do estudo. Os
Descritores em Ciência da Saúde (DeCS), escolhidos para a busca foram: Revascularização
Miocárdica AND Enfermagem AND Diabetes Mellitus. RESULTADOS: Foram escolhidos 5 artigos
publicados, de acordo com os critérios estabelecidos. Como principais diagnósticos de enfermagem foram
identificados: conforto prejudicado relacionado ao pós-operatório evidenciado pelo medo de morrer, risco
de tromboembolismo venoso evidenciado pela imobilidade cirúrgica e idade acima de 60 anos, risco de
lesão por pressão evidenciado pela pele ressecada e posicionamento perioperatório. Como intervenções de
enfermagem, pode-se citar: conversar com o paciente para acalmá-lo, aplicar musicoterapia, trabalhar com
massagens terapêuticas, assisti-lo com bom humor. Orientar o paciente para hidratação, aplicar o uso de
meias de compressão, colocar o paciente em posição trendelemburg para diminuir a pressão hidrostática,
acompanhar os níveis de plaquetas do sangue, observar se há cianose, observar se há queda de saturação de
oxigênio, monitorar os sinais vitais, atentar-se para a dieta do paciente, orientar para movimentação dos
membros inferiores, orientar para hidratação da pele, mudança de decúbito. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A enfermagem tem um papel fundamental quanto à assistência do paciente diabético no perioperatório, por
isso é necessário se atentar a todos os parâmetros estabelecidos para que se suceda uma cirurgia segura.
Ademais, isto requer do enfermeiro, atribuições técnico-científicas e uma visão holística para definir os
diagnósticos de enfermagem e, posteriormente, determinar as intervenções necessárias para proporcionar

612
melhor conforto ao paciente em sua reabilitação.

Palavras-chave: Enfermagem, Cuidados de Enfermagem, Revascularização Miocárdica

REFERÊNCIAS:
HORTA, V. A. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU, 1979. Acesso em: 15 out. 2022.

NANDA, North American Nursing Diagnosis Association International. Diagnósticos de enfermagem da


NANDA:definições e classificação 2009 - 2011. Porto Alegre (RS): Artmed; 2010. Acesso em: 15 out.
2022.

SAÚDE, Ministério da. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Diabete melito tipo 1. Brasília-
DF, 2020. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_terapeuticas_diabete_melito.pdf. Acesso
em: 15 out. 2022.

613
MENINGITE CRIPTOCÓCICA EM PACIENTES COM HIV/AIDS: REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA

¹Wellia Adriany Bernardo Vieira Santos


2
Geice Maria Pereira dos Santos
3
Ayara Almeida Souza Cabral
4
Milena Anselmo Lopes
5
Kalyne Lobo Catan
6
Renato de Andrade Barbosa da Silva
7
Thiago Nobre Gomes
1,2
Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). Parnaíba, Piauí, Brasil; 3Universidade
Federal do Pará (UFPA). Belém, Pará, Brasil; 4Faculdade Dinâmica do
Vale do Piranga (FADIP). Ponte Nova, Minas Gerais, Brasil; 5Universidade
Estadual de Londrina (UEL). Londrina, Paraná, Brasil. 6Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil;
7
Universidade Federal do Ceará (UFC). Fortaleza, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Temas Livre em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: weelia1303adriane@gmail.com
INTRODUÇÃO: Em países com alta prevalência de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana
(HIV), Cryptococcus spp. é uma das principais causas de meningite, até mesmo mais frequente que
Streptococcus pneumoniae ou Neisseria meningitidis. Com o advento da terapia antirretroviral precoce, a
incidência de meningite criptocócica em pacientes HIV positivos vêm diminuindo, contudo, esta infecção
oportunista continua sendo ainda uma importante causa de mortalidade nestes indivíduos, especialmente
em países de baixa e média renda. OBJETIVO: Analisar a literatura científica expondo aspectos clínicos e
diagnósticos de meningite criptocócica em pacientes infectados pelo HIV. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão bibliográfica, a partir de publicações indexadas nas bases de dados PubMed, SciELO e no
portal de Periódicos CAPES. Os descritores utilizados para busca foram os termos “meningite
criptocócica”, “Cryptococcus neoformans” e “HIV”, nos idiomas português e inglês. Como critérios de
inclusão, foram considerados artigos científicos originais, que tratavam sobre a meningite criptocócica
associada ao HIV, publicados no recorte temporal de 2013 a 2023. Como critérios de exclusão, foram
desconsiderados os trabalhos fora do recorte temporal estabelecido, bem como aqueles que não tratavam
da temática em questão. RESULTADOS: A partir da leitura dos trabalhos encontrados e exclusão daqueles
que não se adequavam aos critérios propostos, foram selecionados 10 artigos. A infecção fúngica grave
mais comum em pacientes imunodeprimidos é causada por Cryptococcus neoformans, sendo a meningite
a manifestação clínica mais observada. C. neoformans é um fungo saprófito, infectando o hospedeiro
através de leveduras encapsuladas que, ao serem inaladas, levam à uma infecção pulmonar inicial e que,
depende da competência da resposta imune do hospedeiro, pode se disseminar. A meningite criptocócica
associada ao HIV normalmente se apresenta como uma meningoencefalite subaguda em pacientes
profundamente imunossuprimidos (contagens de células T CD4 < 100 células/μL), levando a mal-estar,
cefaleia, febre e, no curso da infecção, distúrbio visual e alteração no estado mental. A punção lombar
muitas vezes revela pressões de abertura acentuadamente elevadas, e o líquido cefalorraquidiano (LCR)
apresenta pleocitose com perfil linfomonocitário, hiperproteinorraquia e hipoglicorraquia. O C. neoformans
pode ser pesquisado pela cultura do LCR em ágar Sabouraud Dextrose ou de forma direta através da
coloração por tinta nanquim, onde observam-se halos capsulares sobre fundo negro. Os pacientes com
resultado negativo na pesquisa direta podem ser diagnosticados por teste de busca de antígeno criptocócico
altamente sensível e específico no LCR, ou no soro se o líquor não puder ser obtido. A necessidade de
profilaxia antifúngica está diminuindo à medida que o acesso à terapia antirretroviral precoce se expande,

614
sendo a rápida reconstituição imune com a mesma a melhor alternativa. Entretanto, na ausência desta
terapia, ou em pacientes não responsivos ao tratamento, é indicada a profilaxia primária com fluconazol
naqueles que apresentem contagens de células T CD4 < 100 células/µL, residentes em áreas com alta
incidência de doença criptocócica. CONCLUSÃO: Entender os aspectos e o impacto da doença
criptocócica é importante para que as autoridades de saúde pública priorizem a destinação dos recursos
necessários para prevenção e controle desta doença, especialmente em pacientes HIV positivos.

Palavras-chave: Meningite criptocócica, Infecções relacionadas com o HIV, Terapia antirretroviral.

REFERÊNCIAS:

CARRIJO, A. V. et al. Análise clínico-epidemiológica de criptococose em indivíduos com hiv: uma revisão
sistemática / Clinical-epidemiological analysis of cryptococosis and hiv coinfection: a systematic review.
Brazilian Applied Science Review, v. 5, n. 2, p. 802–817, 2021.

LIMA, S. P. S. DE et al. Meningite em pessoas vivendo com HIV: Aspectos clínico-epidemiológicos de


casos em um hospital de referência no Estado do Pará, Brasil / Meningitis in people living with HIV:
Clinical-epidemiological aspects of cases in a reference hospital in the state of Pará, Brazil. Brazilian
Journal of Health Review, v. 4, n. 3, p. 11620–11638, 25 maio 2021.

MASCARENHAS-BATISTA, A. V.; SOUZA, N. M.; SACRAMENTO, E. Fatores prognósticos na


meningite criptocócica em hospital de referência para doenças infecciosas. Rev. baiana saúde pública,
2013.

615
616
GRUPOS PSICOTERAPÊUTICOS EM HABILIDADES SOCIAIS PARA
ESTUDANTES DA FACISA/UFRN: RELATO DE UMA PRÁTICA GRUPAL

José Luís de Oliveira Costa1


Cláudia Souza Anjos2
Daniel Carlos de Lemos3
Gênnife Sonayrne Silva de Oliveira4
Maria José Nunes Gadelha5
1Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil;
2Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Santa Cruz, Rio
Grande do Norte, Brasil; 3Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN). Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil; 4Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN). Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil;
5Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Santa Cruz, Rio
Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático: Saúde Mental/Relatos de Experiências


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: JoseLuisOcosta@protonmail.com

INTRODUÇÃO: Os grupos terapêuticos em Habilidades Sociais (HS), pautados na perspectiva da Terapia


Cognitivo-comportamental Grupal (TCCG), constituem uma modalidade de assistência em saúde mental
focada no treinamento das HS (Z. Del Prette & A. Del Prette, 2018). As HS dizem respeito a um conjunto
de padrões de comunicação os quais são considerados dentro de um contexto cultural (Caballo, 2006) ou
ainda a comportamentos com características filogenéticas, sociais e ontogenéticas (Z. Del Prette & A. Del
Prette, 2018) que, em últimas circunstâncias, ajudam a definir sensos de competência no que concerne às
interações sociais. A condução de grupos nessa categoria, em contexto de estágio supervisionado, tem
contribuído tanto para o desenvolvimento de competências dos terapeutas em formação quanto para o
aprimoramento das HS dos integrantes destes grupos. OBJETIVO: Relatar a prática durante a condução de
grupos psicoterapêuticos realizada por estagiários do curso de psicologia, vinculados ao Serviço de
Psicologia Aplicada (SEPA), norteados pela TCCG. METODOLOGIA: Refere-se a um relato de
experiência de natureza qualitativa. As sessões foram estruturadas — como recomendado pela literatura em
TCC (Beck, 2014) — através de oito encontros com cerca de uma hora de duração cada, pautadas em
protocolos previamente elaborados, seguindo o seguinte formato: verificação do humor dos participantes;
retomada do plano de ação; psicoeducação; elucidação do plano de ação da semana e feedback da sessão.
O grupo foi composto por dez estudantes universitários, divididos em dois grupos psicoterapêuticos, e três
estagiários, sendo um terapeuta e dois coterapeutas, no período de maio a julho de 2022, no espaço físico
do SEPA. RESULTADOS: A prática do estágio favoreceu o exercício da escuta ativa, direcionamento,
atuação de forma respeitosa e ética no contexto clínico. Além disso, a combinação de terapeuta e
coterapeuta foi relevante para o desenvolvimento da capacidade de observação em relação a queixas
compartilhadas. Entre os participantes do grupo, ficou evidente o engajamento com o processo terapêutico
e os efeitos positivos dos encontros sobre seus níveis de competência social, além de outros efeitos
terapêuticos sobre aspectos pessoais distintos como emoções e autoestima. CONCLUSÃO: O estágio foi
muito significativo no que tange à função terapêutica para os participantes no desenvolvimento e
aprimoramento de suas HS e à aprendizagem de habilidades necessárias para atuação do profissional de
psicologia na ênfase clínica, sobretudo no que concerne ao manejo dos fatores terapêuticos — elementos
relevantes na modalidade da psicoterapia em grupo (Yalom, 2007). Além disso, promoveu aos
universitários psicoeducação e reflexões que atravessam o meio acadêmico e diversas relações
interpessoais.

Palavras-chaves: Terapia Cognitivo-comportamental Grupal; Habilidades Sociais; Assistência à Saúde


Mental.

REFERÊNCIAS:
BECK, J. S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 2013.

617
CABALLO, V. E. Manual de avaliação e treinamento das habilidades sociais. São Paulo: Livraria
Santos, 2006.
DEL, PRETTE, Z. A., & DEL PRETTE, A. Competência social e habilidades sociais:manual teórico-
prático. Rio de Janeiro: Editora Vozes Limitada, 2018.
YALOM, I. D., LESZCZ, M., & Costa, R. C. Psicoterapia de grupo: teoria e prática. Porto Alegre:
Artmed, 2006.

618
DOI 10.29327/1192726.1-49

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES ENVOLVENDO A LAGARTA


DO GÊNERO LONOMIA EM MINAS GERAIS: ESTUDO DOCUMENTAL

Geovana Aparecida dos Reis Cirino1


Caio Augusto Madalena2
André Herácleo de Azevedo3

1
Centro Universitário Presidente Antônio Carlos, Barbacena, Minas Gerais, Brasil; 2Centro
Universitário Presidente Antônio Carlos, Barbacena, Minas Gerais, Brasil; 3Centro Universitário
Presidente Antônio Carlos, Barbacena, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Eixo transversal


Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: geovanareis2018@outlook.com

Resumo

Introdução: A lagarta do gênero Lonomia obliquia, popularmente conhecida como taturana,


mandruvá, Bicho-que-queima ou Bicho-cabeludo é um inseto cujo corpo possui em média 6 a 7
centímetros de comprimento, apresentando uma coloração acastanhada, revestido por espinhos
em formato de pequenos pinheiros esverdeados semelhantes à pelagem. Essas cerdas de
revestimento atuam conferindo proteção ao inseto, pois contêm gânglios produtores de veneno
que possuem propriedades urticantes que desencadeiam acidentes dermatológicos de alto
potencial de gravidade, podendo gerar sintomas que podem evoluir com síndromes hemorrágicas,
doença renal crônica, hemorragia intracerebral e até mesmo culminar na morte da vítima,
inclusive de seres humanos que entram em contato com o animal. Um dos locais de concentração
dessas lagartas é a região sudeste, onde são habitualmente encontradas em locais com vegetação
como folhagens e árvores, sobretudo as frutíferas, cujas folhas lhe servem de alimento. Nesse
sentido, por habitarem locais de fácil acesso à circulação humana, existe um grande número de
acidentes envolvendo a Lonomia obliqua, o que justifica a necessidade da notificação compulsória
desses casos, uma vez que a quantificação e a ciência dos episódios servem de subsídio para
aprimorar seu manejo e controle. Objetivo: analisar dados epidemiológicos quanto ao perfil
sociodemográfico das vítimas de acidentes causados por lagartas no estado de Minas Gerais no
período de 2009 a 2019. Método: Trata-se de um estudo documental de abordagem quantitativa
e retrospectiva acerca do número e especificidades dos acidentes causados por lagartas do gênero
Lonomia em Minas Gerais. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN) para cada ano compreendido de 2009 a 2019, excluindo-se aqueles anos
cujos dados não estão consolidados e passíveis de alterações. Resultados e discussões:
Abrangendo 39 municípios, a Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizontefoi a que mais
notificou casos de acidentes com a lagarta, enquanto que a Gerência Regional de Saúde de
Leopoldina, que abrange 15 municípios, foi a que menos notificou. O ano de 2018 possuiu o maior
número de casos notificados e o ano de 2010 o menor número. Quanto ao perfil das vítimas,
somando-se por categoria todos os anos analisados, nota-se que a maioria são brancos, do sexo
masculino, possuem ensino médio completo e idade entre 20 e 29 anos. No entanto, a quantidade

619
de informações vagas e o número de casos não notificados também foram relevantes, o que gera
certa inconsistência dos dados, podendo influenciar diretamente nos resultados da predominância
do perfil mencionado. Conclusão: é necessário qualificar a coleta de informações frente a
ocorrência desses acidentes, o que envolve o desenvolvimento da capacidade de contornar
situações adversas no momento da coleta de dados, uso de estratégias objetivas e não invasivas
como forma de captar o máximo de informações, fomentando assim, a formulação de estatísticas
fidedignas quanto ao número de casos e ao perfil epidemiológico ocorrentes.

Palavras-chave: Animais Venenosos; Notificação de Doenças; Estatísticas de Saúde.

620
1 INTRODUÇÃO

Os acidentes causados por animais peçonhentos possuem grande incidência no território


brasileiro e requerem notificação compulsória junto a vigilância epidemiológica. O ato de
notificar esses acidentes é uma medida que auxilia no controle e no manejo dos casos, o que vai
desde a elaboração de estratégias diagnósticas até a execução das condutas terapêuticas mais
adequadas para esses agravos.
Dentre os agentes causadores desses acidentes encontram-se algumas espécies de
serpentes, escorpiões, aranhas, lepidópteros (mariposas e suas larvas), himenópteros (abelhas,
formigas e vespas), coleópteros (besouros), quilópodes (lacraias) e cnidários (águas-vivas e
caravelas). Esses animais são capazes de inocular veneno e injetá-lo nas vítimas através de suas
presas, ferrões, cerdas entre outras estruturas desenvolvidas para a captura das presas ou para a
proteção contra-ataques.
Tratando-se especificamente de quadros clínicos de envenenamento provocado pelo
contato com as cerdas urticantes da lagarta do gênero Lonomia, popularmente conhecida como
taturana, mandruvá, Bicho-que-queima ou Bicho cabeludo, nota-se um quantitativo considerável
nos registros desse tipo de acidente em vários estados brasileiros, gerando certa preocupação nos
profissionais e autoridades de saúde.
Essa espécie é característica por sua coloração acastanhada com algumas listras brancas
longitudinais e diversos espinhos em forma de pequenos pinheiros verdes revestindo seu corpo,
o qual pode atingir cerca de 6 ou 7 centímetros de comprimento. Em relação ao seu habitat natural,
os lepidópteros do gênero Lonomia costumam ser encontrados em locais onde há vegetação como
folhagens e árvores, sobretudo as frutíferas, cujas folhas lhe servem de alimento.
Os acidentes envolvendo a lagarta ocorrem mais expressivamente durante as estações
primavera e verão, períodos em que as condições climáticas estão mais favoráveis para a
disseminação da espécie, bem como são épocas de comum utilização de roupas curtas e frescas,
expondo, portanto, maiores regiões corporais, tornando-as mais susceptíveis ao contato com as
cerdas do inseto.
Até o atual momento, sabe-se que o principal componente presente na substância
excretada pelas cerdas e espículas da lagarta é a histamina, uma toxina com propriedades
anticoagulantes e pró-inflamatórias que pode ocasionar desde uma mera irritação local até
sintomas mais graves como hemorragias e acometimentos sistêmicos a depender das
especificidades biológica da vítima e da proporção do acidente.
Diante dessas considerações, o presente estudo possui o objetivo de analisar o número de
casos notificados e o perfil epidemiológico das vítimas de acidentes envolvendo a lagarta do
gênero Lonomia de acordo com cada ano de ocorrência dentre o período de 2009 a 2019 no estado
de Minas Gerais.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo documental que utilizou como fonte de consulta o DATASUS, site
oficial do Ministério da Saúde do Governo Brasileiro, responsável por gerar informações das
bases de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). A contabilização dos dados deu-se através da

621
ferramenta TABNET contida no DATASUS, um tabulador de dados gerais de ordem pública que
possibilita a consulta das informações pretendidas, disponibilizando-as de forma organizada.
A busca e coleta dos materiais ocorreram durante o mês de dezembro de 2022,
abrangendo cinco categorias: total de notificações de acidentes causados pela lagarta do gênero
Lonomia por divisão administrativa estadual de acordo com o ano do acidente; notificações por
sexo segundo divisão administrativa estadual res de acordo com o ano do acidente; notificações
por raça segundo divisão administrativa estadual res de acordo com o ano do acidente;
notificações por faixa etária segundo divisão administrativa estadual res de acordo com o ano do
acidente e, por fim, notificações por escolaridade segundo divisão administrativa estadual res de
acordo com o ano do acidente.
A forma como se deu a tabulação dos dados seguiu a seguinte descrição: foi acessado o
“Portal da Vigilância em Saúde” pelo navegador web através do link
http://vigilancia.saude.mg.gov.br/. Em seguida, clicou-se no botão “Tabnet”, o qual direcionou a
uma nova guia para operar o tabulador. Nele, foi selecionada a aba “Doenças/Agravos de
Notificação Compulsória”, e, posteriormente, a opção “Acidentes por Animais Peçonhentos”. Em
seguida, optou-se pela opção “Local de residência”, a qual direcionou a uma outra guia que
permitiu a escolha das linhas, colunas e filtros para tabular automaticamente os dados pretendidos.
A partir daí, foram realizadas quarenta e cinco tabulações de dados.
A primeira tabulação destinava-se a recuperar o total de casos anuais de acidentes por
animais peçonhentos causados por lagarta por local de residência no período de 2009 a 2019
segundo divisão administrativa estadual res. Para isso, no campo “Linha”, selecionou-se a opção
“Divisão administ estadual Res”. No campo “Coluna”, selecionou-se “Ano do acidente”. No
campo “Conteúdo”, selecionou-se “Notificações”. No campo “Períodos”, selecionou-se os anos
de 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019. No campo “Filtros”,
utilizou-se o filtro “Tipo de acidente” e a opção “Lagarta”. Em seguida, ao clicar no botão
“Mostrar”, foi gerada uma tabela que foi baixada em formato “.csv” por ser compatível com o
Excel ®. Esse processo se repetiu de forma similar em todas as demais tabulações, distinguindo-
se apenas quanto a titulação das colunas, as quais contêm dados especificamente coletados de
acordo com as categorias pretendidas nessa abordagem, sendo elas: número de casos de acordo
com o grau de escolaridade dos acidentados (2ª a 12ª tabulação); número de casos de acordo com
a faixa etária dos acidentados (13ª a 23ª tabulação); número de casos de acordo com a raça/etnia
dos acidentados ( 24ª a 34ª tabulação) e, por fim, número de casos de acordo com o sexo dos
acidentados (35ª a 45ª tabulação). Além disso, é importante ressaltar que para cada uma destas
categorias foi tabulado ano por ano, isoladamente, dentre o período de 2009 a 2019. Embora a
ferramenta TABNET disponibilizasse informações de anos subsequentes (2020 e 2021), estes não
foram inclusos neste estudo por ainda não estarem consolidados, isto é, passíveis de mudanças e
revisões.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dados estatísticos do MS expostos no painel temático de acidentes por animais


peçonhentos mostram que entre os anos de 2011 a 2019, 12,23% dos acidentes com lagarta foram
com Lonomia, entretanto mais de 23% dos casos notificados teve a informação a respeito do tipo
de lagarta ignorada ao preencher a ficha de acidente com animal peçonhento.
Há grande variação anual no quantitativo de notificações no período analisado. Sendo o
ano com maior registro de acidentes com animal peçonhento por lagarta o ano de 2018. Entre os
anos de 2009 e 2010 houve um decréscimo de casos notificados, entretanto observa-se aumento
progressivo de 2010 a 2013, sendo este mais expressivo do ano 2011 para 2012, onde o aumento
foi de mais de 50% do total de notificações registradas em 2011. Entre 2013 e 2014 observa-se
um decréscimo do número de notificações, que voltou a aumentar progressivamente nos anos
seguintes até 2018, tendo um decréscimo em 2019. Durante o aumento observa-se um expressivo
aumento em 2018, quando notificou-se 595 acidentes a mais que no ano anterior, 2017, esse
aumento é superior ao total de casos notificados do ano onde houve menos notificações no período
amostral, 2010, que apresentou 592 casos.

622
Independente do ano analisado a maioria das fichas teve o campo escolaridade (campo 14
da ficha de notificação de acidente com animal peçonhento) preenchido com a opção ignorado
(opção 9) ou foi deixado em branco, tornando a alternativa mais escolhida para preencher o campo
dentro do período analisado. A opção não se aplica (opção 10) também foi bastante utilizada neste
campo, sendo a segunda mais utilizada como mostra a análise do período amostral. Em seguida
vem a opção Ensino Médio Completo (opção 6) que foi a terceira mais utilizada na amostra. Entre
as fichas que evidenciaram algum grau de escolaridade, foi o perfil de ocorrência predominante,
quando analisado anualmente, mostrou-se em 2015 e depois mantendo-se consecutivamente nos
anos de 2017 a 2019.
Quando se compara o valor total de notificações do período, 10949, com o total de fichas
que tiveram o campo deixado em branco ou preenchido com informações que não especificam o
grau de escolaridade dos acidentados, 5041 notificações, percebesse mais 46% do total de fichas
não possui informações a respeito do grau de escolaridade.
A faixa etária dos acidentados é definida a partir dos campos 9 e 10 da ficha de notificação
de acidente com animal peçonhento, data de nascimento e idade respectivamente. As faixas etárias
mais acometidas no período foram respectivamente 20 a 29 anos (1624 notificações), 30 a 39 anos
(1583 notificações), 40 a 49 anos (1427 notificações). Já as faixas etárias menos acometidas foram
80 anos e mais e menores de 1 ano (140 e 147 notificações respectivamente).
As três faixas etárias mais acometidas, possuem mais de dez vezes (10x) notificações a
mais do que a faixa etária menos acometida. Em uma análise individual de cada ano observou-se
que mesmo apresentando poucas notificações todas as faixas etárias foram acometidas ao longo
dos anos que compõem o período analisado.
A estratificação dos dados por etnia/raça é subsidiada pelo campo 13 (raça/cor) da ficha
de notificação de acidente com animal peçonhento. A análise da amostra evidencia que a raça
branca é a mais acometida sendo seguida da raça parda (4729 e 3603 notificações
respectivamente). Observa-se que o terceiro maior quantitativo de fichas de notificação teve o
campo ignorado ou deixado em branco (1790 notificações) o que corresponde a mais de 16% do
total de fichas de notificação (10949 notificações).
O campo 11 da ficha de notificação é o campo sexo, o qual traz informações específicas
sobre o sexo biológico dos acidentados. Observa-se clara predominância de acidentes no público
masculino, das 10949 notificações ocorridas no período analisado, 6134 são de indivíduos do sexo
masculino, enquanto as fichas de indivíduos do sexo feminino totalizam 4815 notificações, ou seja
pouco mais 56% das notificações são de indivíduos do sexo masculino, uma diferença percentual
de mais de 12% do total de indivíduos do sexo feminino que totalizam próximo a 43,8% das
notificações.

4 CONCLUSÃO

Mediante a análise dos dados fica evidente que a notificação de casos apresenta grande
variação no quantitativo de notificações anuais, passam por ascensão gradual, bem como
decréscimos consideráveis após alcançar picos não registrados anteriormente. Diversos fatores
podem afetar as taxas de notificação de casos, desde a diminuição e aumento da ocorrência casos,
a fatores ligados a própria notificação do caso, tais como realização das notificações pela unidade
de saúde que presta o atendimento e a alimentação dos sistemas de informação. A análise mediante
grupos sociodemográficos evidência um grande déficit na qualidade das notificações, uma vez
que fatores como grau de escolaridade e etnia/raça tiveram os campos relacionados deixados em
branco ou preenchidos com informações que não floreiam um perfil de acometimento em grande
parte das notificações, diminuindo assim a consistência dos achados, diferente de dados como os
relacionados a idade e sexo, que demonstram perfil de ocorrência claro. A partir disso torna-se
necessário qualificar a coleta de informações frente a ocorrência dosacidentes, o que envolve o
desenvolvimento da capacidade de contornar situações adversas no momento da coleta de dados,
uso de estratégias objetivas e não invasivas como forma de coletar o máximo de informações
fomentando a formulação de estatísticas fidedignas a perfil epidemiológico existente.

623
REFERÊNCIAS

Governo do Estado de Minas Gerais. Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais. Agravos de
notificação (SINAN). Portal da Vigilância em Saúde [Internet]. S.d. [Acesso em 26 Dez 2022].
Disponível em: http://vigilancia.saude.mg.gov.br/index.php/sistemas-de-informacao/agravos-de-
notificacao-sinan/.

Quevedo ALA, Bagatini CLT, Bellini MIB, Machado, Guaranha C. Determinantes e


condicionantes sociais: formas de utilização nos planos nacional e estaduais de saúde. Trab Educ
Saúde [Internet]. 2017[Acesso em 14 Dez 2022];15(3):823-42. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/tes/a/BbMvGb85MHSRcsWPK7wwRkB/?lang=pt.

Moraes MLA. Importância dos indicadores de saúde para uma gestão pública de qualidade.
UNILAB, Piquet Carneiro [Internet]. 2018 [Aceso 14 Dez 2022]. Disponível em:
https://repositorio.unilab.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2430/1/MARIA%20LINDALVA%2
0ANDRADE%20MORAES%20TCC.pdf.

Centro de Informação Toxicológica. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes


por.ed.rev.(org.HudsonBarreto Abella, et all) Porto Alegre, 1999, 20 p. Disponível em:
https://www.saude.go.gov.br/files/vigilancia/toxicologica/MANUAL-DIAGNOSTICO-E-
TRATAMENTO-POR-LONOMIA.pdf

Bochner R, Struchiner CJ. Acidentes por animais peçonhentos e sistemas nacionais de


informação. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2002 jun [Citado 2017 jan15]; 18(3):735-746.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.ph p?script=sciarttext&pid=S0102-
311X2002000300017&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2002000300017.

GARCIA, Claudia Moreira; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Ocorrência de acidentes


provocados por Lonomia obliqua Walker, no Estado do Paraná, no período de 1989 a 2001.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, [S.L.], v. 40, n. 2, p. 242-246, abr.
2007. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0037-86822007000200021.

624
INFLUÊNCIA DA PLASTICIDADE CEREBRAL NO DESENVOLVIMENTO
DE TUMORES MALIGNOS DE SISTEMA NERVOSO CENTRAL NA
INFÂNCIA

¹Raquel Furlani Rocon


Braga
¹Julia Luch dos Santos
¹Victor Vargas Fernandes
²Tiago Silva Lirio
¹Julia Gonçalves
Polastrelli
¹Matheus Correia Casotti
¹Iúri Drumond Louro
¹Débora Dummer Meira
1 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Vitória, Espírito Santo,
Brasil; 2 Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). Vila Velha, Espírito
Santo, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Apresentação Oral

E-mail do 1° autor: raquelroconbraga@outlook.com

INTRODUÇÃO: Neuroplasticidade se refere à capacidade biológica inerentemente dinâmica do sistema


nervoso central (SNC) de sofrer maturação e mudança estrutural/funcional em resposta a um estímulo.
Tornou-se possível a observação de padrões de neuroplasticidade anormal reconhecidos como patologias
centrais em muitos distúrbios pediátricos congênitos e adquiridos do SNC, como é o caso dos transtornos
do espectro do autismo e distúrbios neuropsiquiátricos. Assim, o estudo das particularidades cerebrais
inegavelmente presentes durante os primeiros anos de vida se tornou essencial para o entendimento de
neuropatias na infância. OBJETIVO: Avaliar a influência da plasticidade cerebral durante a infância no
desenvolvimento de tumores de SNC, assim como de sua participação na resistência terapêutica.
METODOLOGIA: Foram selecionados artigos, publicados no intervalo de 2017 a 2022, segundo a
abordagem e relação com o tema proposto por meio da plataforma PUBMED, utilizando como chave de
pesquisa: “Neuroplasticity”; “Childhood Tumors” e “CNS”. Os critérios para inclusão envolveram
discussão abrangente de pelo menos um dos seguintes pontos: tumores cerebrais na infância ou plasticidade.
Dentro dessa lógica, foram excluídos os artigos que não apresentavam profundidade significativa nesses
tópicos. RESULTADOS: A plasticidade intrínseca de células com características de autorrenovação,
proliferação e diferenciação há muito é reconhecida em diversos cânceres cerebrais, sendo importante para
entender os mecanismos que regulam a identidade dessas células tumorais como um todo. Ademais, estudos
apontam que os mecanismos de resistência impulsionados pela epigenética e pela plasticidade em cânceres
cerebrais provavelmente também são conservados em muitos outros cânceres. Foi levantada a hipótese de
que a mudança exploratória de expressão de algumas células em glioblastomas foi capaz de permitir
alterações fenotípicas e, consequentemente, resistência em meio ao microambiente tumoral diverso. Foi
identificada também a associação entre o desenvolvimento neuronal embrionário e casos de fusão
envolvendo o gene NTRK, e os casos de fusão com o gene ALK se mostraram associados a assinaturas de
plasticidade sináptica do receptor AMPA, reafirmando a relação entre plasticidade e epigenética tumoral.
Outro exemplo importante envolve as células de glioma (tipo mais recorrente de tumores malignos que
afetam o sistema nervoso central), que tem a capacidade de se comunicar com neurônios peritumorais,
ocasionando um efeito pró-proliferativo que promove uma transformação oncogênica no SNC, dando
origem a tumores de alto grau. Esses tumores também têm demonstrado um potencial papel das micróglias
na formação de sinapses entre neurônios e suas células. Em meio a essa lógica, se torna cada vez mais claro
que o entendimento da dinâmica e da regulação epigenética da plasticidade é essencial na elaboração de
terapias. CONCLUSÃO: Diversas informações referente ao estudo aprofundado de tumores de SNC na

625
infância trazem a hipótese da relação íntima entre as características eminentes dessa fase da vida e do
desenvolvimento da doença. No entanto, mais estudos precisam ser desenvolvidos de forma a caracterizar
mecanisticamente essa relação em prol do desenvolvimento terapêutico adequado.

Palavras-chave: Plasticidade, Tumores Pediátricos, Sistema Nervoso Central, Resistência, Epigenética.

REFERÊNCIAS:

CLARKE, Matthew et al. Infant high-grade gliomas comprise multiple subgroups characterized by novel
targetable gene fusions and favorable outcomes. Cancer discovery, v. 10, n. 7, p. 942-963, 2020.

ISMAIL, Fatima Yousif; FATEMI, Ali; JOHNSTON, Michael V. Cerebral plasticity: Windows of
opportunity in the developing brain. European journal of pediatric neurology, v. 21, n. 1, p. 23-48, 2017.

RADIN, Daniel P.; TSIRKA, Stella E. Interactions between tumor cells, neurons, and microglia in the
glioma microenvironment. International journal of molecular sciences, v. 21, n. 22, p. 8476, 2020.

SUTER, Robert K.; RODRIGUEZ-BLANCO, Jezabel; AYAD, Nagi G. Epigenetic pathways and plasticity
in brain tumors. Neurobiology of disease, v. 145, p. 105060, 2020.

WANG, Jiajia; LU, Q. Richard. Convergent epigenetic regulation of glial plasticity in myelin repair and
brain tumorigenesis: A focus on histone modifying enzymes. Neurobiology of Disease, v. 144, p. 105040,
2020.

626
627
A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
DOS ADOLESCENTES: UMA REVISÃO DA LITERATURA

¹Emily Sousa Santos


¹Rutielle de Sousa Almeida
¹Ana Beatriz Andrade Santos Moreira
¹Samara Nunes Santos
²Alana Cristiny Miranda Soares
¹ Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brasil; ²
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Feira de Santana,
Bahia, Brasil

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: sousaemillysantos@aluno.ufrb.edu.br
INTRODUÇÃO: A adolescência, que segundo a classificação da Organização Mundial da Saúde se
compreende a idade de 10 a 19 anos, é marcada pelo início da puberdade e o fim do desenvolvimento físico.
É nesse período que ocorrem descobertas e as questões sexuais se tornam mais evidentes e marcantes devido
ao início da idade reprodutiva, porém, em decorrência da desinformação os adolescentes tornam-se
vulneráveis a comportamentos sexuais de risco, considerando a sexualidade presente, cada vez mais, de
forma precoce nessa faixa-etária. A educação sexual é um método eficaz para capacitar jovens sobre a
sexualidade, assim como instruí-los a ter autonomia, os direcionando para a compreensão do
desenvolvimento sexual, das relações interpessoais, afetivas, da imagem corporal e da autoestima, sendo o
espaço escolar um dos pilares para dialogar tais temas. Ao pensar na atuação da enfermagem dentro dessa
temática é possível ater-se ao papel dinâmico da categoria, as enfermeiras são capazes de atuar na
prevenção, cura e educação. OBJETIVO: Nesse sentido, o trabalho realizado possuiu como objetivo
principal compreender de maneira geral a extensa atuação da enfermagem dentro da assistência à saúde
sexual e reprodutiva dos adolescentes, como também analisar os impactos da promoção de saúde ao público
em questão. METODOLOGIA: Para executar este trabalho, que é compreendido como reflexão teórica, foi
realizado um estudo descritivo de dois artigos, um deles homônimo ao tema, para compreender os grupos
estudados, e outro mais atual, a fim de obter informações atualizadas e colher conceitos semelhantes,
observando a evolução da atuação do enfermeiro e sua autonomia. RESULTADOS: A enfermagem pode
atuar na prevenção dentro das Unidades de Saúde da Família e ainda assim levar, por exemplo, oficinas
informativas acerca das Infecções Sexualmente Transmissíveis para instituições de ensino. Todas essas
ações da enfermagem são pautadas no pilar da integralidade, que busca assistir ao usuário do serviço de
saúde o contextualizando dentro do seu cenário social, sociocultural, político e econômico. Com isso, a
assistência da enfermagem no campo da educação sexual dos adolescentes implica não somente pensar em
ações para esse público, mas também para suas famílias e o meio social que ele está inserido, sendo sua
participação complementada por ações sociais que promovam o acesso e permanência nos serviços da
saúde, bem como de um trabalho apropriado e adaptado de acordo com as necessidades e realidades para
maior compressão e efetividade das ações de promoção à saúde reprodutiva e sexual dos jovens.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, o profissionais de Enfermagem emergem em um papel
fundamental na educação em saúde e não somente na participação da melhoria do atendimento prestado ao
paciente, sendo responsável por desenvolver ações de promoção da saúde e criar um vínculo entre os
usuários e a equipe de profissionais, aprimorando os recursos que podem ser utilizados para estas práticas
educacionais, focando na autonomia do público alvo.

628
Palavras-chave: adolescência, educação sexual, enfermagem, saúde reprodutiva, saúde sexual.

REFERÊNCIAS:

BARBOSA, M. G. S. Contribuições do enfermeiro a promoção da saúde sexual e reprodutiva de


adolescentes na atenção básica: revisão narrativa. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
GOIÁS, Goiânia, 2021. Disponível em: l1nq.com/KW3V1. Acesso em: 05 de dez de 2022.

SILVA, M. A. G.; COUTO, S. I. S.; MARQUES, M. J. S.; LOPES, L. G. F.; SANTOS, L. M. F. Papel da
enfermagem na educação sexual de adolescentes. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 2,
p. e3951125585, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i2.25585. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25585. Acesso em: 10 dez. 2022.

PAULISTA, A. F. M.; SILVA, D. P. J.; SOUSA, P. M. L. S. A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA


EDUCAÇÃO SEXUAL DE JOVENS. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e
Educação, [S. l.], v. 7, n. 10, p. 1241–1265, 2021. DOI: 10.51891/rease.v7i10.2659. Disponível em:
https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/2659. Acesso em: 08 dez. 2022.

629
BIOSSEGURANÇA: MÉTODOS E PREVENÇÃO NO CONTROLE DE
CONTAMINAÇÃO EM INTERVENÇÕES CLÍNICAS ODONTOLÓGICAS

¹Leonardo dos Santos Dias


2
Macrinna Rafaelle Fernandes Marinho de Souza
1Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). João Pessoa, Paraíba, Brasil; 2Universidade Federal
da Paraíba. João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Pôster
leonardodias1407@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Biossegurança exige responsabilidade, compreensão e ações estratégicas para sua


execução. Na rotina das práticas clínicas odontológica, os profissionais são expostos aos mais variados
riscos ocupacionais. A partir da análise da leitura de artigos, foi identificado a importância do cuidado para
evitar contaminação cruzada nos âmbitos ocupacionais de saúde. A falta de cuidados favorece a transmissão
de doenças, que de uma forma mais pensada e estudada pode ser evitada. O controle de infecção se torna
fundamental, visto que, os profissionais e os pacientes se tornam propagadores de doenças. Tendo o
conhecimento das doenças infecciosas e riscos de contaminação cruzada, torna-se necessário o uso de
barreiras mecânicas e empregar métodos de limpeza de superfície como meio de diminuir suas propagações.
Outro método necessário e fundamental, é através de Equipamentos de Proteção Individual para os
profissionais e pacientes durante o atendimento, como esterilização correta de instrumentais e o cuidado e
atenção nas vacinas regularmente em dia. OBJETIVO: O objetivo desta pesquisa foi abordar conhecimentos
sobre biossegurança em Odontologia nas práticas rotineiras de atendimento odontológico, visando diminuir
a contaminação cruzada a partir da perspectiva dos profissionais e pacientes. METODOLOGIA: Este
trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica, através de referenciais teóricas, buscando analisar e expor
um assunto de grande importância para saúde. A partir da identificação do tema e seleção de pesquisa foi
estabelecido critérios de inclusão e exclusão. Sobre a abordagem do problema, a pesquisa é qualitativa. O
levantamento bibliográfico, foi realizado em periódicos, artigos de jornais e sites eletrônicos como:
LILACS, MEDLINE, SCIELO e PUBMED. As palavras chaves foram: biossegurança, odontologia e
infecção cruzada. RESULTADOS: Diante dessas informações é necessário instituir métodos de intervenção,
uma vez que, a exposição a materiais biológicos promove riscos ocupacionais. Os profissionais de saúde
bucal e os pacientes, são vulneráveis e estão expostos ao risco da infecção cruzada, transmitida por agentes
infecciosos dentro do consultório odontológico por vias de contaminação presentescomo sangue, saliva
contaminadas ou por contato com micro-organismos em superfícies de instrumentos eequipamentos, além
disso, a aspiração de micro-organismos como aerossóis. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Diante disso, é importante ressaltar que profissionais da Odontologia precisam buscar e atentar ao
conhecimento de normas de biossegurança para se evitar o contágio, mantendo o controle da saúde da
equipe. Doenças ocupacionais podem ser evitadas com medidas preventivas básicas, como o uso dos
equipamentos de proteção individual e de ações que visam proteger cada indivíduo. A biossegurança deve
ser respeitada por todos, proteger o paciente, a sociedade, o pessoalauxiliar e técnico e a saúde do cirurgião-
dentista, impedindo a transmissão do agente infeccioso e da própriadoença.

Palavras-chave: Biossegurança, Odontologia, Infecção cruzada.

REFERÊNCIAS:

630
BEZERRA, A. L. D.; SOUSA, M. N. A. DE.; FEITOSA, A. DO N. A.; ASSIS, E. V. DE; BARROS, C.
M. B.; CAROLINO, E. C. DE A. Biossegurança na odontologia. ABCS Health Sciences, v. 39, n. 1, 22
abr. 2014.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Serviços Odontológicos:
Prevenção e Controle de Riscos. Brasília, DF, 2006. 152 p.
ANGÉLICA, S. DE S.; GUILHERME, S. DE O.; LAÍS, H. A. A pesquisa bibliográfica: princípios e
fundamentos. Cadernos da Fucamp, v. 20 n. 43, 2021.
COHEN, J. V. F. B.; LEÃO M. V. P.; SANTOS, S. S. F. Condutas de biossegurança relacionadas aos
trabalhos protéticos utilizadas por cirurgiões-dentistas de Porto Velho (RO). Rev Bras Odontol.
2013;70:93-6.
SILVA, P. E. B.; PATROCÍNIO M. C.; NEVES, A. C. C. Valiação da conduta de biossegurança em clínicas
odontológicas de graduação. Rev Biocienc. 2002;8:45–52.

631
O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

¹ Thayse do Socorro Pereira de


Souza
² Isabella Pamplona de Almeida
3
Joelma Costa da Costa da Silva
4
Milena Victoria Amaral Moura
5
Catharina Kethellen Da Silva
Palmerin
6
Larissa Karem Santos Rego
7
Ronny de Tarso Alves e Silva
8
Layna de Cassia Campos Cravo

1,2,3,4,5,6 Centro Universitário Mauricio de Nassau Belém. Belém, Pará, Brasil; 7 Centro Universitário
Mauricio de Nassau Natal. Natal, Rio Grande do Norte, Brasil; 8 Universidade Estadual do Pará. Belém,
Pará, Brasil

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
Email do 1° autor: thaysedosocorro@gmail.com

Resumo

Esta pesquisa foi realizada com o intuito de mostrar a importância do enfermeiro e seus
conhecimentos frente às questões assistenciais e de prevenção na atenção primária quando diz
respeito à obesidade infantil, devido o contato direto desse profissional com a família pelas Estratégia
Saúde da Família-ESF nas Unidades Básicas de Saúde-UBS, através de palestras de conscientização
promovendo a informação para a família buscando integrar a participação de cada membro na
construção de pais mais conscientes, informados e responsáveis pela alimentação de seus filhos no
período da infância, pré-escolar e escolar de seus filhos. O consumo de alimentos industrializados
ricos em açúcares e gorduras são os principais causadores de obesidade infantil, por isso é importante
ações em escolas para conscientizar as crianças sobre alimentação saudável e os benefícios, e fornecer
alimentação saudável no ambiente escolar. Proibindo venda de alimentos ultraprocessados, são
algumas das formas de prevenção e educativos para diminuir os casos de obesidade infantil. Os pais
têm grande participação na alimentação dos filhos, sabendo disso pode mudar os hábitos alimentares
como oferecer frutas, hortaliças, leguminosas, refeições regulares uma alimentação saudável ajuda a
manter o peso adequado melhora a qualidade de vida das crianças. Os familiares também podem
ajudar na prática de atividade física é um fator que diminui a obesidade infantil.

Palavras-chave: Atuação do Enfermeiro; Atenção Primária; Obesidade Infantil.


Eixo Temática: Enfermagem
Modalidade: Pôster.

632
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho busca uma discussão acerca do papel do enfermeiro na assistência à prevenção
da obesidade infantil, bem como avaliar as ações de enfermagem para o controle da obesidade infantil e
compreender as formas de prevenção da obesidade.
A obesidade tem sido vista como um grande problema de saúde pública e vem ganhando destaque
no cenário epidemiológico mundial, onde cresce a níveis alarmantes. Cabe destacar que esse problema tem
atingido, em grande escala, principalmente as crianças.
O estilo de vida a ser adotado pela criança é papel fundamental da família onde ela passa seu maior
tempo e é nessa fase onde o mesmo estará aprendendo os hábitos que irão ter por toda a vida, cabe aos pais
desde cedo orientar seus filhos sobre uma alimentação saudável e nutritiva conciliando as práticas de
exercícios físicos (PAIVA et al, 2018).
Uma assistência de enfermagem de qualidade na prevenção da obesidade infantil é de extrema
importância, pois o enfermeiro exerce papel de educador em saúde, promovendo educação e
conscientização, alertando os pais sobre os agravos decorrentes da obesidade (PAIVA et al, 2018).
O objetivo desta pesquisa é compreender a atuação do enfermeiro em ações assistenciais e de
cuidados para a prevenção da obesidade infantil. Na atualidade, os casos de obesidade vem aumentando de
forma significativa e os índices de morbidade e de mortalidade pelo excesso de peso (GASPARI;
HERMAN, 2010, apud SOUZA; SOUZA, 2015). O que pode gerar doenças crônicas, como declara Souza
e Souza (2015), por exemplo, doenças cardiovasculares, intolerância à glicose e dislipidemia.
Devido sua extrema importância na prevenção o enfermeiro tem de ter a qualificação de realizar
uma previsão dessa obesidade infantil, acompanhando, avaliando, realizando sempre o cuidado com o
desenvolvimento da criança; melhoria na qualidade de vida, estando sempre atualizado sobre as questões
de obesidade infantil.
Os hábitos alimentares da família é um fator importante para o ganho de peso a diminuição do
consumo de alimentos saudáveis como por exemplo frutas e vegetais, o consumo de alimentos
ultraprocessados, juntamente com um baixo aspecto de atividade física, ajuda a crescente predomínio de
sobrepeso e obesidade, favorecendo o surgimento precoce de doenças como diabetes, câncer, distúrbios
cardiovasculares e respiratório (HENRIQUES, et al., 2020).

2 METODOLOGIA

A referida pesquisa foi construída a partir de uma revisão complementar da literatura, no qual foi
realizada uma consulta em artigos científicos selecionados por meio de buscas no banco de dados do google
e biblioteca virtual em Saúde. A fim de buscar as principais informações relacionadas à obesidade infantil,
prevenção, promoção à saúde, o papel do enfermeiro na saúde infantil. Optando-se por uma pesquisa
exploratória, com abordagem qualitativa.
A coleta dos dados foi realizada por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin, no qual
caracteriza-se como métodos e técnicas específicas para elaboração esquemática, para compreender os
sentidos das comunicações e suas especificações.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A obesidade é conceituada como o acúmulo em excesso de gordura no corpo, tem causa


multifatorial. Dados da Organização Mundial de Saúde- OMS a quantidade de crianças obesas no mundo
pode chegar a 75 milhões até 2025, o sobrepeso leva a consequências como o desenvolvimento de doenças
crônicas afetando a vida desses jovens tanto com patologias quanto social (SCARAFICCI, et al., 2020).
As medidas antropométricas de peso e estatura são utilizadas para calcular o índice de massa
corporal (IMC), utilizado e recomendado mundialmente para o diagnóstico do excesso de peso em todos os
grupos em intervalo de idade sendo uma medida de grande importância onde auxilia o profissional na
observação do acúmulo de tecido adiposo (FERRIANI, et al., 2019).

633
Segundo a ONU (2021), a epidemia não é estranha a crianças e adolescentes. Na faixa etária de 5
a 19 anos, 33,6% das crianças e adolescentes estão com sobrepeso ou obesidade e 7,3% das crianças
menores de cinco anos, dados nacionais mostram que 3 a cada 10 crianças estão acima do peso no pais são
dados alarmante que se medidas não forem tomadas esse quadro vai se agravando cada vez mais.
Segundo Capistrano, et al., (2022), a obesidade etiologicamente é considerada multifatorial, pois
têm interação entre fatores genéticos, metabólicos, nutricionais, psicossociais, ambientais e as mudanças
no estilo de vida. A obesidade não é somente uma questão da aparência, ela é estabelecida pela porcentagem
de tecido adiposo de que o indivíduo dispõe, é um acúmulo de gordura no corpo que se considera de obeso
quando o IMC (Índice de Massa Corporal) excede 20% de gordura (MENEZES; NERI, 2019).
Atualmente o excesso de peso é considerado problema de saúde pública visto o número crescente
de casos, o acúmulo de gordura corporal já nos primeiros anos de vida aumentam as chances de obesidade
quando adulto, diante disso o desenvolvimento de uma série de doenças que diminuem a qualidade de vida
(BARBOSA; PINTO; MEIRELES. 2018).
O crescente aumento no número de crianças e adolescentes obesos pode ter relação com a falta de
exercícios de mudança na alimentação. Consumo elevado de açúcares e gorduras a ingestão de produtos
industrializados tem grande influência no ganho de peso pelas crianças, tudo isso interfere no acúmulo de
gordura sendo prejudicial aos jovens (SANTOS et al., 2020).
A prevenção da obesidade infantil também pode e deve ser orientada não só dos profissionais de
enfermagem, mas também da família, a qual deve agir em conjunto, proporcionando buscar uma vida
melhor para ou o bebê ou para criança, conhecimentos das histórias, valores, conflitos, crenças, suas
preferências e desenvolver uma metodologia que busque prevenir danos à saúde dessas crianças ao longo.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho conclui que o problema da obesidade infantil é uma questão atual e é
importante, para evitar suas possíveis complicações, atuando através de uma intervenção de enfermagem
para promover a redução da prevalência.
Como o enfermeiro pode contribuir em ações de cuidados para a prevenção da obesidade infantil
nos diversos setores da sociedade? Tendo em vista diversos fatores que ele deve ter consciência diante da
estrutura familiar complexa de cada criança.
O enfermeiro juntamente com outros profissionais da área da saúde contribuem na identificação
dos cuidados com a obesidade e suas complicações trabalhando na promoção e prevenção da obesidade
infantil, observando o cenário atual e familiar da criança.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, B. B. PINTO, M. S. MEIRELES, A. P. Percepção de cuidadores de crianças obesas acerca da


obesidade infantil. Sanare, 2018.

CAPISTRANO, G. B., COSTA, M. M., FREITAS, A. E., LOPES, P. R. S., GONZÁLES, A. I., SONZA,
A.; LAMOUNIER, J. A. Obesidade infantil e suas consequências: uma revisão da literatura. Conjecturas,
2022.

FARIA, E. P., KANDLER, I., e COUTINHO, F. G. Obesidade infantil no âmbito da atenção primária.
Revista Inova Saúde, 2021.

FERREIRA A.S, MORAES J.R.M.M, GÓES. F.G.B, SILVA L.F, BROCA P.V., DUARTE S.C.M. Ações
de enfermagem às crianças com sobrepeso e obesidade na Estratégia Saúde da Família. Rev. Rene.
2019.

FERREIRA, B. R, COSTA, E. M., FONSECA, M. E. R.M.; SANTOS, G. B. Fatores associados à


obesidade infantil: uma revisão de literatura. Revista Eletrônica Acervo Científico, 2021.

634
HENRIQUES, P., BURLANDY, L., Dias, P. C., e DWYER, G. O. Ideias em disputa sobre as atribuições
do Estado na prevenção e controle da obesidade infantil no Brasil. Caderneta Saúde Pública, 2020.

MENEZES, N. M.; NERI, A. P. Obesidade Infantil. Convenit Internacional, 2019.

ONU. Organização Nações Unidas. Representante OPAS/OMS no Brasil faz Chamado à Ação Para
Acabar Com Estigma, Prevenir e Controlar Obesidade, 2021.

PAIVA A.C.T., Couto C.C, MASSON A.P.L., MONTEIRO C.A.S., FREITAS C.F. Obesidade Infantil:
análises antropométricas, bioquímicas, alimentares e estilo de vida. Rev Cuid. 2018.

SANTOS, M. E., ROCHA, S. M. M.; DIAS, O. T. Obesidade Infantil: Uma Revisão Bibliográfica Sobre
Fatores Que Contribuem Para A Obesidade Na Infância. Revista Brasileira de Reabilitação e Atividade
Física, 2020.

SCARAFICCI, A. C., PIANTAMAR, J. P. S., TANIMOTO, R. M. F., MARTIS, V. M. B.; STUCHI-


PEREZ, E. G. Obesidade infantil: recomendações para orientação inicial. Cuidado Enfermagem, 2020.

SILVA, L. A.; LIMA, S. G. A importância do enfermeiro na prevenção e tratamento da obesidade infantil.


Faculdade Santana em Revista, 2021.

SOUZA, Silvia Ferreira de; SOUZA Lígia do Nascimento. Orientações de enfermagem sobre prevenção
da obesidade infantil. Revista Cientifica de Enfermagem, São Paulo, v.5, n.13, p.44-49, 2015.

VICTORINO, S. V. Z.; SHIBUKAWA, B. M. C., RISSI, G. P.; HIGARASHI, I. H. Obesidade infantil:


ações de enfrentamento no contexto da atenção primária em saúde. Revista de Atenção à Saúde, 2020.

635
PRINCIPAIS FATORES QUE CORROBORAM A RECUSA FAMILIAR À
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE

¹Liz Silva Loureiro


¹Beatriz Ferreira Vasconcelos
¹Patrícia Perez
¹Anna Luisa Gonçalves Aguiar
¹Gabriela Peixoto Carvalho
¹Júlia Dourado Silva
2
Ricardo Silva Tavares
1Instituição Master de Ensino Antônio Carlos (IMEPAC). Itumbiara, Goiás, Brasil; 2Centro
Universitário de Goiatuba – UniCerrado. Goiatuba, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciência da saúde

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1° autor: liz.loureiro@aluno.imepac.edu.br

INTRODUÇÃO: De acordo com a Lei 9.434, após a morte, a retirada de órgãos e tecidos somente pode
ser realizada com o consentimento livre e esclarecido da família do falecido. A autorização deve partir
do cônjuge, do companheiro ou de parente consanguíneo, maior de idade e juridicamente capaz, na linha
reta ou colateral, até o segundo grau, e firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes
à verificação da morte. OBJETIVO: Explanar acerca das principais dificuldades relacionadas ao não
consentimento familiar para a doação de órgãos e tecidos. METODOLOGIA: Propôs-se uma revisão de
literatura na base de dados Google Scholar, tendo como apoio os descritores em saúde e seleção dos
artigos com as palavras-chave: “doação de órgãos e tecidos”, abordagem familiar”, “consentimento
familiar”. O critério de seleção dos artigos foram: publicações on-line disponíveis gratuitamente dos
últimos 10 anos (2012- 2022), sendo selecionados 3 materiais. RESULTADOS: Quando acontece um
óbito, o corpo retorna aos cuidados dos familiares, que, mesmo em um momento de intensa carga
emocional, devem intervir e decidir sobre os trâmites necessários. Nessa ocasião, há poucas condições
de opinar sobre a doação de órgãos e de tecidos, mas há evidências de que o momento ideal para a
abordagem da família sobre a doação parece ser após a notícia da morte encefálica, técnica conhecida
como desacoplamento. Porém, a recusa familiar parece estar alimentada por inúmeros fatores, tais quais
a falta de informação mais objetiva sobre o processo de doação e captação de órgãos e tecidos, o receio
acerca do tráfico de órgãos, a mutilação do corpo, além dos processos burocráticos. Os aspectos religiosos
desempenham relevante papel sobre a decisão de doar órgãos em uma sociedade. Além disso, a morte
encefálica é determinante da morte biológica, ultrapassando a função do coração para a função cerebral
como determinante da vida e da morte, que é constatada apenas através de exames específicos, cuja leitura
é de difícil compreensão para um leigo. Assim, é perceptível que a família tem dificuldades para
compreender a morte em um corpo que ainda respira, mesmo sob ventilação mecânica. Outrossim, além
desses fatores que corroboram a recusa familiar da doação de órgãos, destacam-se a crença na reversão
do quadro, a não aceitação da manipulação do corpo, o medo da reação da família, a inadequação da
informação e a ausência de confirmação da morte encefálica, a desconfiança na assistência e o medo do
comércio de órgãos, a inadequação no processo de doação e o desejo do paciente falecido, manifestado
em vida, de não ser um doador de órgãos e o medo da perda do ente querido.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Existem várias barreiras ao consentimento familiar para a
doação de órgãos bem-sucedida. A educação da família e a utilização de recursos para as famílias dos
potenciais doadores de órgãos podem ajudar a melhorar as taxas de consentimento para doação de órgão.

636
Palavras-chave: Transplante de órgãos e tecidos; Doadores; Morte encefálica; Família.

REFERÊNCIAS:

BARRETO, B. S., et al. Fatores relacionados à não doação de órgãos de potenciais doadores no estado

de Sergipe, Brasil. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, v. 18, n. 3, p. 40-48, 2016.

MORAES, E. L., et al. Recusa de doação de órgãos e tecidos para transplante relatados por familiares de
potenciais doadores. Acta Paul Enferm., v 22, n. 2, 2019.

SILVA, N. B. P., et al. Fatores que influenciam no processo da não autorização da doação de córneas no

estado do Maranhão. Research, Society and Development, v. 10, n. 4, 2021

637
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES COM MENINGITES
VIRAIS

¹Brena Silva dos Santos

1São Lucas Grupo Afya Educacional (UNISL). Porto Velho, Rondônia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: brenasilva1600@gmail.com

Resumo

A meningite viral é a inflamação das leptomeninges como manifestação de infecção do sistema nervoso
central (SNC), é geralmente uma forma menos perigosa de meningite e mais comumente afeta crianças.
Pode causar fortes dores de cabeça. Os enfermeiros desempenham um papel ativo no controle e manejo da
meningite por meio da observação precoce, diagnóstico e seguindo uma técnica de infecção inversa de
defesa. O presente artigo trata sobre o tema dos cuidados de Enfermagem a pacientes com Meningites Virais,
tendo como objetivo geral analisar quais os cuidados de enfermagem aos pacientes com meningites virais.
Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa de caráter exploratório e será realizada por meio de
bibliografia. Os materiais dos estudos que foram encontrados e que combinavam com os critérios da
pesquisa foram expostos em formas de textos e delimitados por tópicos. A meningite viral é considerada
uma das condições clínicas mais comuns em diferentes faixas etárias. Foi possível aprender com o presente
estudo que a busca do conhecimento pelo profissional enfermeiro sobre o conhecimento da patologia que é
uma das ferramentas primordiais para assegurar a qualidade da assistência prestada, garantindo ao
enfermeiro e à instituição o respaldo ético-legal por proporcionar um atendimento integral e humanizado,
promovendo uma maior autonomia nas ações de enfermagem, além de promover um vínculo maior entre o
enfermeiro e seu paciente.

Palavras-Chave: Meningites Virais; Assistência de Enfermagem; Cuidados de Enfermagem.

638
1. INTRODUÇÃO

Segundo Hersi et al., (2022) a meningite viral é a inflamação das leptomeninges como
manifestação de infecção do sistema nervoso central (SNC). O vírus denomina o agente causador, e o termo
meningite implica a falta de envolvimento do parênquima e da medula espinhal (também chamada de
encefalite e mielite, respectivamente). A meningite viral também é frequentemente chamada de meningite
asséptica.

A meningite viral é geralmente uma forma menos perigosa de meningite e mais comumente afeta
crianças. Pode causar fortes dores de cabeça. A meningite viral é geralmente causada por vírus que vivem
em fluidos na boca e no nariz, e em fezes (cocô) (GONÇALVES E SILVA; MEZAROBBA, 2018). Neste
contexto, no Brasil, a doença faz parte do grupo de agravos de notificação compulsória e seus dados são
notificados e lançados diretamente no Sistema de informação de agravos de notificação (SINAN) (JUNIOR
et al., 2018).
O fator mais importante e significativo na sobrevida do paciente com meningite é o padrão de
cuidados de enfermagem prestados para atender às suas necessidades (HUSSIEN et al., 2021). Assim, o
enfermeiro deve possuir conhecimentos alargados para diferentes métodos de cuidados ao doente com
meningite e competências práticas na aplicação de terapêuticas direcionadas para a resolução dos problemas
que o doente expôs a procedimentos invasivos.

Os enfermeiros desempenham um papel ativo no controle e manejo da meningite por meio da


observação precoce, diagnóstico e seguindo uma técnica de infecção inversa de defesa. Portanto, os
enfermeiros devem ser treinados por meio de programas educacionais contínuos para atualizar seu nível de
conhecimento e melhorar suas habilidades práticas no controle e manejo da meningite (HUSSIEN et al.,
2021).

Para nortear o estudo elaborou-se a seguinte questão de pesquisa: “quais os cuidados de


enfermagem prestados a pacientes com meningites virais?". O presente artigo trata sobre o tema dos
cuidados de Enfermagem a pacientes com Meningites Virais, tendo como objetivo geral analisar qual é o
papel do enfermeiro no tratamento de meningites virais. Com o intuito de atingir o objetivo traçado para
este projeto, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa de caráter exploratório e será realizada por
meio de bibliográfica. Os materiais dos estudos que foram encontrados e que combinavam com os critérios
da pesquisa foram expostos em formas de textos e delimitados por tópicos.

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa de caráter exploratório e será realizada por meio
de bibliografia. Para atender as questões levantadas neste artigo, a metodologia foi dividida em dois
momentos, sendo o 1º momento o levantamento bibliográfico e o 2º momento a análise dos dados
encontrados.

No primeiro momento foi realizado um levantamento acerca de produções científicas que


abordassem o tema da pesquisa, para isso contou-se com o auxílio da ferramenta de pesquisa Descritores
em Ciências da Saúde (DeCS): (https://decs.bvsalud.org/), possibilitando assim, que fossem encontrados os
descritores mais frequentemente utilizados para a pesquisa em questão, conseguindo, com isso, uma
filtragem mais eficiente, baseada no objetivo da revisão. Os descritores encontrados foram: “Meningite
Viral”, “Meningite”, “Doenças Transmissíveis”, “Enfermagem”, “Cuidados de Enfermagem”,
“Planejamento de Assistência ao Paciente”.

No segundo momento foram identificados 15 estudos que versavam sobre o tema e após serem
analisadas foram escolhidas 12 materiais para leitura na íntegra, sendo excluídos 2 após leitura completa,
após toda a análise, foram selecionados 8 para compor esse trabalho. Para os critérios de inclusão foram
usadas publicações em português, espanhol e inglês, entre os anos de 2018 a 2022.
Os critérios de exclusão foram as publicações em outras línguas diferentes da portuguesa e inglesa
e não estarem disponíveis na íntegra para consulta. Para a coleta de dados foram utilizados: revistas, jornais

639
e artigos, literatura indexada (bancos de dados eletrônicos SciElo, ScienceDirect, PubMed, Google Scholar
e Medscape), incluindo periódicos, assim como legislações e regulamentos disponíveis no diretório da
ANVISA e Ministério da Saúde relacionados ao tema abordado.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A meningite é uma inflamação que afeta as três camadas de membrana protetora que cobrem o
cérebro e a medula espinhal, chamadas de meninges. A camada externa das meninges é chamada de dura-
máter, seguida pela aracnóide-máter e a pia-máter (KOHIL et al., 2021). Os pacientes com meningite
geralmente sofrem de febre, calafrios, dor abdominal, náusea e dor de cabeça. Outras manifestações da
doença incluem respiração curta e rápida, perda de apetite, rigidez e dor no pescoço e sensibilidade à luz
forte (KOHIL et al., 2021).
Por não ter notificação compulsória, os dados epidemiológicos não são fidedignos, dificultando
estudos mais abrangentes e medidas preventivas eficazes, sendo uma doença muitas vezes subdiagnosticada
(FILHO; MOREIRA, 2019). A meningite tanto viral como bacteriana podem ocorrer durante todo o ano,
mas existe uma predominância em determinados períodos que favorecem cada uma das etiologias (JUNIOR
et al., 2020).
De acordo com Filho e Moreira (2019) o diagnóstico deve ser realizado o quanto antes para que
as medidas terapêuticas possam ser iniciadas o mais breve possível. O diagnóstico correto através de exames
do líquido cefalorraquidiano (LCR), PCR, cultura do LCR, exames de imagem e testes sorológicos são
fundamentais para confirmação da etiologia e tratamento adequado, com uso de antiviral específico quando
indicado.

O tratamento na maioria dos casos envolve apenas sintomáticos com analgésicos, antitérmicos e
antieméticos. A internação hospitalar geralmente é desnecessária e se reserva a casos de pacientes
imunocomprometidos, com perfil liquórico atípico, sinais e sintomas focais (sugerido encefalite), alterações
de consciência significativas ou crises convulsivas (FILHO; MOREIRA, 2019).
De acordo com Filho e Moreira (2019) vários dos vírus e bactérias que causam meningite podem
ser em grande parte prevenidos pela imunização infantil de rotina. A prevenção através da vacinação é uma
maneira eficaz e relativamente segura de prevenir meningites e outras manifestações neurológicas
associadas às infecções virais.

2.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM


Enquanto cuidado e assistência, a enfermagem desenvolve papel fundamental no controle de
doenças infecciosas e está presente em todos os níveis de atenção à saúde (ESTEQUI et al., 2021). A maioria
dos pacientes com meningite chega primeiro ao departamento de emergência e uma abordagem
interprofissional simplificada é vital se alguém quiser diminuir a alta morbidade. A enfermeira da triagem
deve estar totalmente ciente dos sinais e sintomas da doença e encaminhar o paciente imediatamente ao
médico do departamento de emergência (HERSI et al., 2022).

O enfermeiro em sua práxis profissional se torna um agente promotor em saúde, capaz de cuidar
de pessoas em sua totalidade por meio das ações de enfermagem, destacando-se as ações de vigilância ativa,
mapeamento epidemiológico, consultas de enfermagem, vacinação, visitas domiciliares, promoção a saúde
e aprimoramento profissional (ESTEQUI et al., 2021).

Embora os pacientes com meningite viral geralmente não precisem ser hospitalizados, deve-se
fornecer tratamento, como antitérmicos, antieméticos e analgésicos, que podem ser tomados em casa. No
entanto, alguns pacientes, como os que sofrem de convulsões, precisam estar sob supervisão médica
(KOHIL et al., 2021).

Para prevenir esta infecção, a educação do público é vital. Todos os profissionais de saúde
(enfermeiros, médicos e farmacêuticos) devem educar os pacientes e pais em relação à meningite evitável
por vacina (H. influenzae tipo B, S. pneumoniae, N. meningitidis, sarampo e varicela) (HERSI et al., 2022).

640
Os enfermeiros devem promover educação em saúde para os pais sobre a importância da vacinação
das crianças e orientar junto com a equipe multiprofissional acerca da necessidade de profilaxia quando
houver contato com meningites por outras patologias virais e instruir que todos os contatos devem ser
instruídos sobre os sinais e sintomas da infecção e quando retornar ao departamento de emergência (HERSI
et al., 2022).

Para a meningite, são necessárias intervenções de enfermagem apropriadas para o risco de


inquietação, agitação, dor de cabeça, dores abdominais e dores nas costas, febre alta, aumento pressão
intracraniana, e alterações no nível de consciência, que se encontram entre os seus achados clínicos
(IRMAK; GEDIK, 2022).

O propósito geral do diagnóstico de enfermagem consiste na interpretação dos dados de avaliação


e identificação das necessidades de assistência ao paciente, as quais os profissionais de enfermagem podem
assistir independentemente ou junto com outros profissionais de saúde buscando ajudar o paciente a
alcançar o nível máximo de bem-estar.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A busca resultou em 8 artigos que passaram pelo crivo dos critérios de inclusão e exclusão,
baseados na questão da pesquisa “quais os cuidados de enfermagem prestados a pacientes com meningites
virais?”. A partir da aplicação do método de análise foram detectados diferentes aspectos quanto ao papel
do enfermeiro na prestação de cuidados aos pacientes com meningites virais. Assim, faz-se necessário
descrever as principais características dos estudos antes de discutir as categorias que reverberam os
principais resultados encontrados.

Gonçalves e Silva e Mezarobba (2018) trazem em sua pesquisa constatou-se que os indivíduos
mais acometidos por meningite são do sexo feminino, na faixa etária de 20 a 39 anos, de etnia branca, por
causa viral. Os indivíduos moradores da região sul do Brasil também tiveram uma incidência da doença
mais alta. Reafirmamos que após os vírus, o agente bacteriano, Neisseria meningitidis foi o maior causador
de meningite. As meningites mostraram cursar com uma boa evolução, a grande maioria dos pacientes
evoluiu com alta.

Filho e Moreira (2019) vem para complementar o exposto trazendo seu entendimento acerca do
diagnóstico de meningites e encefalites de etiologia viral que é difícil e em grande parte dos casos, o agente
etiológico é desconhecido. O tratamento geralmente é inespecífico e o prognóstico é significativamente
melhor quando o diagnóstico é precoce. A epidemiologia dessas patologias é redefinida periodicamente
sempre que são encontradas novas etiologias ou apresentações.
Junior et al. (2020) em seu estudo analisou que apesar da população mais suscetível a meningite
ser constituída por crianças e idosos, constatou-se que a faixa etária entre 20-39 anos é a mais acometida
e de causa viral, pelo fato de constituírem a população economicamente ativa que está mais exposta aos
agentes etiológicos. Isto não significa que se deve não considerar outros agentes, principalmente os
causadores de meningite bacteriana, visto que apresentam uma evolução rápida.

Estequi et al. (2021) relata em seu artigo que a enfermagem tem papel central na educação em
saúde e na assistência em caso de doenças infecciosas e epidemias comunitárias brasileiras, ressaltando a
atuação deste profissional ao empoderar a comunidade para que juntos consigam mudar o cenário de
diversas doenças transmissíveis que assolam o país. Destacando dessa forma uma das principais formas de
cuidado de enfermagem que é a educação em saúde.

Já Kohil et al., (2021) aborda dando mais ênfase a importância de se conhecer os principais agentes
causadores da doença, “muitos agentes causadores virais estão associados à meningite asséptica, como
enterovírus, parechovirus e herpesvírus. Portanto, conhecer os agentes causadores mais comuns
responsáveis pela meningite asséptica ajudará no melhor entendimento da doença e, consequentemente,
fornecerá as bases para o desenvolvimento de programas preventivos e de controle”.

Hussien et al., (2021) teve como objetivo principal de seu estudo avaliar a eficácia da instrução
educacional do conhecimento da enfermeira sobre meningite e medidas de precaução universal no
departamento selecionado do Minia Fever Hospital, e destacou que a maioria dos sujeitos do estudo possui

641
nível insatisfatório de conhecimento sobre meningite e menos de um quinto possui nível satisfatório de
conhecimento sobre meningite e a maioria dos sujeitos do estudo possui bom conhecimento sobre
precauções universais em relação à meningite.

Hersi et al., (2022) tem como foco na sua pesquisa toda a patologia da meningite e principalmente
o gerenciamento de enfermagem. Nele ele aborda que a meningite é uma doença grave com alta morbidade
e mortalidade, e que a enfermagem principalmente a de triagem deve estar totalmente ciente dos sinais e
sintomas da doença e encaminhar o paciente imediatamente ao médico.

Irmak e Gedik (2022) traz como ponto principal a importância do cuidado com os trabalhadores
da saúde, afirmando que “ao contrário de outros trabalhadores, os trabalhadores da saúde correm um risco
elevado de contrair agentes de doenças infecciosas, tais como agulhas, transmissão sanguínea, respiratória,
gotículas e agentes de contacto, e o seu risco de contrair doenças aumenta”. Como resultado, os cuidados
de enfermagem aplicados durante o acompanhamento e tratamento de doenças infecciosas, embora estejam
entrelaçados com métodos de controle de infecções, têm um lugar muito importante no tratamento de
complicações devido a infecções.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A meningite viral é considerada uma das condições clínicas mais comuns em diferentes faixas
etárias. Muitas vezes não é detectado ou leva a uma doença autolimitada em adultos. No entanto,
complicações graves podem se desenvolver em bebês e crianças, incluindo febre alta, retardo mental e até
morte em alguns casos. Foi possível aprender com o presente estudo que a busca do conhecimento pelo
profissional enfermeiro sobre o conhecimento da patologia que é uma das ferramentas primordiais para
assegurar a qualidade da assistência prestada, garantindo ao enfermeiro e à instituição o respaldo ético-
legal por proporcionar um atendimento integral e humanizado, promovendo uma maior autonomia nas
ações de enfermagem, além de promover um vínculo maior entre o enfermeiro e seu paciente.

REFERÊNCIAS

ESTEQUI, J. G. et al. O PROTAGONISMO DA ENFERMAGEM NAS DOENÇAS INFECCIOSAS E


EPIDEMIAS COMUNITÁRIAS NO BRASIL. Cuid Enferm. 2021 jan.-jun.; 15(1):119-128.

FILHO, A. M. R. C., MOREIRA, A. S. S. Meningites e encefalites de etiologia viral. Revista da Faculdade


de Medicina de Teresópolis – Vol. 3 | N. 01 (2019).

GONÇALVES E SILVA, H.; MEZAROBBA, N. Meningite no Brasil em 2015: O panorama


da atualidade. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 47, n. 1, p. 34-46, 2018.

HERSI, K., GONZALEZ, F. J., KONDAMUDI, N. P., et al. Meningitis (Nursing) [Updated 2022 Aug 14].
In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022 Jan-.

HUSSIEN, A., HOSSEIN, N., KHALIFA, Y., MOHAMMED, A. Effective of Educational Instruction of
Nurses Knowledge Regarding Meningitis and Universal Precaution Measures at Selected Department at
Minia Fever Hospital. Minia Scientific Nursing Journal, 2021.

IRMAK, B., GEDIK, H. Nursing Care in Infectious Diseases. Researchgate, 2022. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/365374421_Nursing_Care_in_Infectious_Diseases>.

642
JUNIOR, J. D. T. et al. Retrato da epidemiologia da meningite no Estado do Pará entre 2015 e 2018. Braz.
J. Hea. Rev., Curitiba, v. 3, n. 4, p. 10755-10770 jul./aug. 2020. ISSN 2595-6825.

KOHIL, A., JEMMIEH, S., SMATTI, MK et al. Meningite viral: uma visão geral. Arch Virol 166, 335-
345 (2021). Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s00705-020-04891-1>.

643
BENEFÍCIOS DA INTERVENÇÃO PRECOCE NA CRIANÇA AUTISTA

¹Rebeca Ferreira Nery


² Ícaro Viterbre Debique Sousa
³Alessandro Leonardo da Silva
4
Juliane Pereira dos Santos
5
Thaynara Jiullyane Tomaz da Silva
6
Isis Tatiana Silva de Araújo
7
Beatriz Angieuski Camacho
8
Aline Oliveira Fernandes de Lima

1 Faculdade São Francisco da Paraíba. Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 2 Universidade Federal de Lavras. Minas
Gerais, Brasil; 3 Universidade do Estado de Minas Gerais. Minas Gerais, Brasil; 4
Centro Universitário Jorge Amado. Salvador, Bahia, Brasil; 5 Universidade Cruzeiro
do Sul, Brasil; 6 Faculdade Anhanguera. Maceió, Alagoas, Brasil, 7 Universidade
Cesumar, Maringá, Paraná, Brasil; 8 Faculdade Venda Nova do Imigrante. Rio grande
do Norte, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Sáude.

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: rebecafnery@outlook.com

INTRODUÇÃO: O autismo é classificado como um transtorno invasivo do desenvolvimento, que envolve


graves dificuldades ao longo da vida como habilidades sociais e de comunicação. Além do atraso geral do
desenvolvimento, são atribuíveis comportamentos e interesses limitados e repetitivos. Os padrões de
evolução variam de acordo com o grau de comprometimento cognitivo, onde crianças com quociente de
inteligência (QI) abaixo de 50 se saem pior. Se tratando de crianças com grave comprometimento cognitivo,
estas possuem menor probabilidade de desenvolver a linguagem e são mais propensas a apresentar lesões
auto comportamentais que requerem tratamento vitalício. OBJETIVO: Analisar os benefícios da
intervenção precoce na criança autista. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura
com abordagem qualitativa, realizada em janeiro de 2023, por meio das bases de dados: Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online (MEDLINE), foram utilizados os descritores: Transtorno do Espectro Autista, Criança e
Intervenção Educacional Precoce, em cruzamento com o operador booleano and, encontrando 230 artigos.
Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra em texto completo nos idiomas português,
inglês e espanhol, nos últimos cinco anos (2019-2023), restando 161 artigos. Os critérios de exclusão foram:
artigos que não respondiam ao objetivo do estudo e os duplicados nas bases supramencionadas. Após os
critérios de elegibilidade, restaram cinco artigos para esta revisão. RESULTADOS: A literatura científica
mostra que as pesquisas sobre intervenção precoce no autismo têm crescido nas últimas décadas. Entre os
fatores que podem estar contribuindo para isso, está o aumento da conscientização sobre o transtorno do
espectro do autismo (TEA), levando as famílias a detectar sinais de risco de autismo mais cedo e com mais
frequência, percebendo assim, atrasos na comunicação ou vieses na integração social, embora a
comunicação não verbal seja o principal objetivo dos programas de intervenção precoce. Crianças autistas
têm déficits na imitação, as especificidades do processamento sensorial precisam ser consideradas e
estudadas para que programas de intervenção para a comunicação não verbal sejam bem-sucedidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destarte, observou-se que a intervenção precoce à criança autista apresenta
os seguintes benefícios: melhoria na comunicação verbal e não verbal, e avanço no desenvolvimento das
habilidades sociais e motoras. Sabe-se que o TEA é incurável, entretanto, quanto mais precocemente

644
realiza-se o diagnóstico, maior a disposição cerebral, aumentando assim, a capacidade de autonomia e
melhor qualidade de vida.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista, Criança, Intervenção Educacional Precoce.

REFERÊNCIAS:

FRANZ, Lauren e cols. Intervenção precoce para crianças muito pequenas com ou com alta probabilidade
de transtorno do espectro do autismo: uma visão geral das revisões. Medicina do Desenvolvimento e
Neurologia Infantil, 2022.

ILTCHENCO, Andressa Colatto; RIBAS, Letícia Pacheco. Características interacionais do brincar em


crianças com suspeita do Transtorno do Espectro Autista. Distúrbios da Comunicação, v. 34, n. 1, 2022.

NASCIMENTO, Yanna Cristina Moraes Lira et al. Transtorno do espectro autista: detecção precoce pelo
enfermeiro na Estratégia Saúde da Família. Revista Baiana de Enfermagem, v. 32, 2018.

PEREIRA, Jakciane Eduarda Araujo et al. Habilidades comunicativas de crianças com autismo.
Distúrbios da Comunicação, v. 34, n. 2, 2022.

VIVANTI, Giacomo et al. Características das crianças no espectro do autismo que mais se beneficiam ao
receber intervenção em ambientes de educação infantil inclusivos versus especializados. Pesquisa sobre
autismo, v. 15, n. 11, pág. 2200-2209, 2022.

645
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO
TRATAMENTO DE CRIANÇAS COM FIBROSE CÍSTICA

Êychela Freire Bezerra, Jaqueline Calaça Teodozia, Jeovanna Lorranny Sousa De


Oliveira, Brenda Pinheiro Evangelista.

INTRODUÇÃO: A Fibrose Cística (FC), também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou
Mucoviscidose, é uma patologia retroativa genética crônica que tem maior incidência na infância, de cunho
multissistêmico, que acarreta implicações e comprimento autossômico letais. Doença por fluidos são mais
espessos e grudam facilmente afetando diretamente as células secretoras, devido às proteínas dos canais de
cloreto da membrana possuírem defeito. A criança diagnosticada com FC, pode apresentar consequências
e agravos, estando suscetível a desnutrição, problemas respiratórios graves, tosse crônica, evidenciada por
comprometer principalmente os sistemas como o respiratório, gastrintestinal, reprodutor, fígado.
OBJETIVO: Relatar a importância da assistência de enfermagem no tratamento de crianças portadoras de
fibrose cística. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura utilizando as
bases de dados online da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A coleta de dados foi realizada no mês de
outubro de 2022, tendo como critérios de inclusão: artigos completos publicados entre 2017 a 2022, idioma
em português, e os critérios de exclusão foram: publicações do tipo estudo teórico e atualizações, capítulos
de livro, monografias, dissertações, tese, resenhas, cartas, notícias e estudos duplicados. A busca foi
realizada utilizando os descritores “Fibrose Cística” AND “Assistência de Enfermagem à Criança com
Fibrose Cística” AND “Tratamento a Criança com Fibrose Cística” totalizando 12 artigos, que após análise,
04 foram utilizados para construção do estudo. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A fibrose cística por ser
um problema de saúde que não possui cura, a sobrevida dos portadores desta patologia está diretamente
relacionada ao diagnóstico precoce em consonância com a iniciação do tratamento ofertado de forma
humanizada pela assistência de enfermagem, inserida na equipe multiprofissional, visando prestar um
cuidado individualizado de acordo com suas necessidades, implicando em melhor assistência e orientação.
Em relação ao auxílio executado pela a enfermagem em frente à linha do cuidado, estes profissionais
possuem um papel primordial, pois a partir da triagem neonatal onde é realizado o testes no RN, tais
auxiliam na descoberta desta patologia, e também como deve ser realizada à assistência para o tratamento
terapêutico à criança, sendo assim o enfermeiro é aquele que presta o cuidado tanto ao portador como à sua
família, possibilitando aos mesmos à enfrentar à patologia com menos impacto melhorando a aceitação por
meio do apoio a criança com FC. CONCLUSÃO: Diante dos achados, pode-se perceber que a presença do
enfermeiro na assistência e cuidado do paciente com FC é imprescindível assim como o apoio e a presença
da família, pois o tempo de hospitalização e até mesmo o fato de ter que conviver com a doença sem
perspectiva de cura afeta o psicológico do paciente. O enfermeiro contribui diretamente no cuidado com a
promoção do conforto e alívio da dor, apoio psicossocial ao cliente e a família, cuidados com ênfase na
família e adesão medicamentosa ao tratamento para fibrose cística, sendo de suma importância a sua atuação
junto à equipe multiprofissional em saúde.

Palavras-chave: Fibrose Cística1, Assistência de Enfermagem à Criança com Fibrose Cística2,


Tratamento a Criança com Fibrose Cística3.

REFERÊNCIAS

ALVES, S. P. O; BUENO, D. O perfil dos cuidadores de pacientes pediátricos com fibrose cística. Revista
Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 5, pp. 1451-1457, 2018.

ANDRADE, R. C; SILVA, C. M. S; SILVA, A. L. L. D; HAUN, S. R; SOUZA, V. A; EZEQUIEL, D. J.


S. Comparação da força muscular respiratória, qualidade de vida e capacidade funcional entre adolescentes
com fibrose cística com diferentes perfis bacteriológicos. Revista Fisioterapia e Pesquisa, v. 25, n. 2, pp.
143-150, 2018.

BORGE, C. C; MONTEIRO, N. R. O. Problemas Internalizastes e Externalizantes de Crianças e


Adolescentes com Fibrose Cística. Revista Psicologia: Ciência e Profissão, v. 42, 2022.

BRUNO, J. R; BARBOSA, I. D; PEREIRA, N. M. Cuidado integral ao portador de fibrose cística no


Sistema Único de Saúde: experiência de implantação em Palmas TO. Revista Saúde em Redes, v. 5, n. 2,
p. 21-38, 2019.

646
RETRATAMENTO ENDODÔNTICO CIRÚRGICO: RELATO DE CASO

¹Joelli Gomes da Silva Lima


2
Lívia Sardinha de Melo
3
Wildecely Silva do Nascimento
4
Gabriela Santos Silva
5
Ana Maria Vieira da Silva
6
Alejandra Leite Anastácio Oliveira
7
Everton Jhony Silva
8
Andressa de Almeida Cartaxo

1Centro Universitário UNIESP, Cabedelo, Paraíba, Brasil; 2Centro Universitário UNINASSAU,


Belém, Pará, Brasil; 3Centro Universitário Euroamericano UNIEURO,
Distrito Federal, Brasília, Brasil; 4Centro Universitário do Planalto
Central Aparecido dos Santos UNICEPLAC, Distrito Federal, Brasília,
Brasil; 5Faculdades Integradas de Patos FIP, Campina Grande, Paraíba,
Brasil; 6Centro Universitário UNINASSAU, Escada, Pernambuco,
Brasil; 7Centro Universitário Brasileiro UNIBRA, Recife, Pernambuco,
Brasil; 8Doutora e mestra em endodontia e dentística.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade:

Pôster/Apresentação oral

E-mail do 1º autor:

Joellygomes1006@gmail.com

INTRODUÇÃO: A cirurgia parendodôntica do canal radicular é indicada quando existe uma patologia
perirradicular associadas a dentes tratados endodonticamente e que não podem ser retratados pela terapia
endodôntica convencional, ou quando o retratamento não houve sucesso, inviável ou contraindicado. A
falha no tratamento endodôntico pode ser devido a presença de substâncias infectadas dentro ou fora do
canal. Infecções extrarradiculares como é o caso do biofilme extrarradicular contendo a presença de
espécies de bactérias como Fusobacterium nucleatum, Porphyromonas gingivalis e Tannerella forsythia
não respondem bem ao tratamento endodôntico. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é relatar um caso
clínico de sucesso de um retratamento cirúrgico do canal radicular. RELATO DE CASO: Paciente
assintomática apresentou uma fístula na região vestibular do dente 14 onde já tinha sido tratado
endodonticamente, com a tomografia confirmou que o canal vestibular não havia sido tratado. Após
localização e instrumentação completa dos 2 canais e de realizar duas trocas de hidróxido de cálcio, após
21 dias cada, a fístula permaneceu. Posteriormente indicou a hipótese da presença de um biofilme
extrarradicular, optou-se pela complementação com cirurgia parendodôntica como tratamento. A fístula
regrediu por completo, paciente se manteve assintomática após um ano de proservação e realizou a
reabilitação com uma coroa de porcelana. CONCLUSÃO: Sendo assim, são altas as taxas de sucesso
dessa terapia quando realizados por profissionais habilitados, permitindo um bom prognóstico aos
pacientes.

647
Palavras-chave: Biofilme, Apicectomia, Obturação

retrógrada

REFERÊNCIAS:

Alghamdi F, Alhaddad AJ, Abuzinadah S (07 de fevereiro de 2020) Healing of Periapical Lesions After
Surgical Endodontic Retreatment: A Systematic Review. Cureus 12(2): e6916. doi:10.7759/cureus.6916
Pinto, D.; Marques, A.; Pereira, JF; Palma, PJ; Santos, JM Prognóstico a Longo Prazo da Microcirurgia
Endodôntica—Uma Revisão Sistemática e Meta-Análise. Medicina 2020, 56, 447.
https://doi.org/10.3390/medicina56090447
Yamaguchi, M., Noiri, Y., Itoh, Y. et al. Fatores que causam falhas endodônticas em clínicas gerais no
Japão. BMC Saúde Bucal 18, 70 (2018). https://doi.org/10.1186/s12903-018-0530-6

648
A RELEVÂNCIA DA HIPERMOBILIDADE ARTICULAR PARA
MULTIPROFISSIONAIS DA SAÚDE

¹Carla Sena Delestre


¹ Antônio Sergio Guimarães
1. Universidade São Leopoldo Mandic, São Paulo, Brasil;

Eixo Temático: Odontologia


Modalidade: Pôster
Email do 1º autor: carlasdelestre@gmail.com

Introdução: A hipermobilidade articular generalizada (HAG) é caracterizada pelo aumento da amplitude de


movimento de várias articulações, sendo uma característica hereditária, pode ser compreendida como uma
entidade isolada ou compondo um quadro clínico de desordem do tecido conjuntivo. Devido ao seu impacto
em todo corpo, vem despertando o interesse de diferentes profissionais da saúde. Diversas pesquisas vêm
sendo realizadas, com o objetivo claro de aumentar a compreensão desta condição e suas consequências ao
organismo. A maioria dos pacientes portadores de HAG são assintomáticos, e ainda é desconhecido os
fatores que levam determinados casos ao desenvolvimento de sintomas. Na infância a HAG pode causar
dor nas articulações geralmente após atividades físicas, podendo ser localizada ou simétrica, e autolimitante.
Na fase adulta ela pode estar relacionada com dores crônicas, tanto musculoesqueléticas como ao aparelho
locomotor. A exemplo: artralgias, tendinites, bursites, fasciítes. As manifestações extra articulares
associadas são: desordens de ansiedade, como a síndrome do pânico, depressão e agorafobia; prolapsos de
válvula mitral; arritmias; além de varizes; prolapsos retal e uterino (menos comum); aumento da elasticidade
da pele e palpebral, também são características encontradas. No esporte vem sendo estudadocomo fator de
predisposição a lesões. Na odontologia muitas pesquisas correlacionam a Disfunção da articulação
Temporomandibular à HAG. Desta forma o OBJETIVO deste trabalho , é criar através de uma revisão
bibliográfica, uma visão ampla desta condição clínica. Ajudar os profissionais a identificar além dos
sintomas da queixa do paciente, características que possam indicar um comprometimento sistêmico.
METODOLOGIA: a pesquisa sistemática foi realiza online nos sites Scielo, Pubmed e Biblioteca digital
USP Teses e Dissertações utilizando as palavras-chaves: “hipermobility” , “ joint” para uma visão geral e
posteriormente a abreviação “TMJ” com auxílio de operadores booleanos. RESULTADOS: Dentre os
artigos pesquisados a forma mais utilizada para o diagnóstico primário foi escore de Beigthon, apesar de
ter sido apontado como limitado, mas de fácil execução. Há uma tendência maior entre as crianças e
mulheres. As articulações mas afetadas são: joelho, tornozelo, ombro. O histórico de lesões como torções,
luxações e subluxações (na mesma articulação ou variada), dor crônica, alterações psicológicas, servem de
alerta aos profissionais de atenção primária, Clínicos gerais e Pediatras (médicos e dentistas), ao possível
comprometimento sistêmico. E deve ser atendido por equipe multiprofissional.

Palavras-chaves: Hipermobilidade articular, articulação, transtorno de ansiedade.

REFERÊNCIAS:
Nicholson LL, Simmonds J, Pacey V, De Wandele I, Rombaut L, Williams CM, Chan C. International
Perspectives on Joint Hypermobility: A Synthesis of Current Science to Guide Clinical and Research
Directions. J Clin Rheumatol. 2022 Sep 1;28(6):314-320. doi: 10.1097/RHU.0000000000001864.

Cavenaghi S, Marino LHC, Oliveira PP, Lamari NM. Hipermobilidade articular em pacientes com prolapso
da valva mitral. Arq Bras Cardiol [Internet]. 2009Sep;93(Arq. Bras. Cardiol., 2009 93(3)). Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0066-782X2009000900016

Chiodelli L, Pacheco A de B, Missau TS, Silva AMT da, Corrêa ECR. Influência da hipermobilidade
articular generalizada sobre a articulação temporomandibular e a oclusão dentária: estudo transversal.
CoDAS [Internet]. 2016Sep;28(CoDAS, 2016 28(5)). Disponível em: https://doi.org/10.1590/2317-
1782/20162014082

649
MORTALIDADE NEONATAL POR CAUSAS EVITÁVEIS NO
MUNICÍPIO DE ITUMBIARA -GO

¹Júlia Dourado
Silva
¹José Garibaldi Morais
Oliveira
¹Ludmila de
Menezes Araujo
¹João Marcelo Moreira
Carvalho
¹Rafael Crisfir
Almeida Diniz
¹Valentina
Borges de Paula
1
Iara Guimarães
Rodrigues
1Instituição Master de Ensino Antônio Carlos (IMEPAC). Itumbiara, Goiás, Brasil;

Eixo temático: Temas livre em ciência da saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: julia.dourado@aluno.imepac.edu.br

Introdução: Segundo Gomes et al. (2014) a mortalidade neonatal pode ser determinada por diversos
fatores, entretanto, várias causas são consideradas evitáveis, como baixa ação de imunização, falha na
atenção a gestante, adequada atenção a mulher no momento do parto, apropriada atenção ao recém-nascido,
ou seja, se fossem usados o conhecimento e a tecnologia existentes de forma adequada, seria possível
intervir nesses casos de maneira eficaz, sem que o neonato chegue a óbito. Objetivo: O objetivo deste
estudo é analisar os óbitos neonatais por causas evitáveis no município de Itumbiara - GO de acordo com
os dados do Sistema de Informação de Mortalidade SIM - Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN). Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivorealizado a partir
do Sistema de Informação de Mortalidade SIM e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN). Resultados esperados: Espera-se que este estudo promova a adoção, por parte de gestores de
saúde, de medidas para diminuir a taxa de mortes evitáveis, como a melhoria da cobertura vacinal e o
acompanhamento das gestantes no pré-natal e pós-parto. Além disso, espera-se, também, que sejam
desenvolvidas estratégias que promovam maiores cuidados com o recém-nascido, com ênfase, sobretudo,
na questão da desnutrição infantil e infecções associadas a ela.

Palavras-chave: Óbito, Neonatal, Mortalidade.

REFERÊNCIAS:

GAÍVA, M. D. M.; FUJIMORI, E.; SATO, A.P.S, Mortalidade Neonatal: Análise das causas Evitáveis,
Revista Enfermagem Uerj, Revista Enfermagem Uerj, Rio de Janeiro, Capa, v.23, n.2, 2015

Disponível em: http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2015.5794.

650
VIANA, P. J. B. Mortes Evitáveis na Infância. Informe Técnico: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos, Goiás, IMB-Ano VIII, n12, outubro 2018, Disponível em:12-mortes-evitaveis-
na-infancia-201810.pdf (imb.go.gov.br).

FRANÇA K.E.X; VILELA M.B.R.; DE FRIAS, P.G.; CHAVES, M.A.; SARINHO, S.W.; Near Miss
neonatal em hospitais de referência para gestação e parto de alto risco:estudo transversal. Cad. Saúde
Pública, 37 (6), 2021, Disponível em:https://doi.org/10.1590/0102-311X00196220.

651
ANÁLISE DA MORTALIDADE DE MOTOCICLISTAS NO BRASIL NO
PERÍODO PRÉ E PÓS-PANDEMIA DE COVID-19

¹Carlos Alberto Dos Santos Carvalho


¹Daniele Oliveira Silva
¹Wanessa Alves Silva
¹Ranya Sthephanie Nascimento Ribeiro
¹Rita de Cássia Almeida Vieira
1 Universidade Federal de Sergipe (UFS). Lagarto, Sergipe, Brasil.

Eixo Temático: Eixo Transversal


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: albertocarlis250601@gmail.com

INTRODUÇÃO: O isolamento social causado pela Covid-19 afetou diversos setores do comércio no Brasil,
dentre eles, observou-se uma maior demanda pelo uso de serviços delivery. Com essa modalidade de
serviço, observou-se um aumento exponencial de motociclistas em circulação, o que pode gerar maiores
registros de acidentes ou emergências fatais a esse público. OBJETIVO: Comparar a mortalidade de
motociclistas nas regiões do Brasil no período pré e pós-pandemia de Covid-19. MÉTODOS: Trata-se de
um estudo ecológico com análise de séries temporais da mortalidade de motociclistas. Os dados foram
retirados da plataforma DATASUS, correspondentes a mortalidade por óbitos externos nas regiões
brasileiras entre 1996 e 2021, das quais foram considerados óbitos de motociclistas as categorias CID-10
de V20 a V29. Para estimativa da taxa de mortalidade foi utilizada a fórmula correspondente (N óbitos/N
total de habitantes x 1000) com as Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados
exportados por região brasileira foram analisados frente a taxa de mortalidade e os registros de óbitos ao
ano correspondente numa planilha, criteriosamente, buscando-se relacionar fatores contribuintes.
RESULTADOS: Houve um total de 203.420 óbitos. Em 1996, a Região Sul liderava com maior taxa de
mortalidade (0,0125%), enquanto o Norte obtinha a menor (0,0017%). O Sul foi o 2° maior número de
registros de óbitos, no entanto pela grande população, registrou a partir de 1999 o menor número de taxas
de mortalidade. O Centro-Oeste, embora menos populoso e com menos registros, mantém o Ranking 1 de
maior taxa de mortalidade, entretanto a Região Nordeste, populosa, registra um grande número de óbitos,
ultrapassando o Centro-Oeste entre 2016 a 2018 e em 2020. Em 2017, mesmo com a queda da taxa de
mortalidade das duas regiões anteriormente citadas, o Nordeste continua a liderar o Ranking com 0,0842%,
comparado ao Centro-Oeste (0,0770%), sugerindo atenção a esse perfil epidemiológico. Em 2019, Sul e
Sudeste foram as únicas regiões com aumento nos índices (0,0535 e 0,013 respectivamente), o que coincide
com o surgimento dos primeiros casos de Covid-19 nestes locais, e, portanto, a atribuição do isolamento
social levando ao aumento de deliverys. Em 2020, todas as regiões, salvo Norte e Centro-oeste,
apresentaram aumento das taxas de mortalidade, sendo o Norte o único com redução de registros de óbitos.
Dados preliminares até agosto de 2021 apontam queda de 7% no registro de óbitos comparado a 2020
(maior queda desde 1996). o que sugere subnotificação e incompletude dos dados até então. O Sudeste,
embora com 2° maior registro de óbitos, obteve menor taxa de mortalidade, cabendo ressaltar que é a região
mais populosa do Brasil. Fatores relacionados a industrialização e popularização estão relacionados aos
resultados. CONCLUSÃO: O número de óbitos por acidentes motociclísticos evidenciou diferenças
epidemiológicas entre as regiões, cabendo atenção em relação aos índices apontados. Além disso, houve
um aumento gradual ao longo dos anos, piorado pela pandemia, levando-na como fator estimulante da
mudança de cenário.
Palavras-chave: Motociclista; Registros de Mortalidade; COVID-19; Epidemiologia; Atenção à Saúde.

652
Referências:
BRASIL, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Disponível em
http://www.datasus.gov.br. Acesso em: 11/11/2022.
MENIGHINI, G. V.; OLIVEIRA, J. C. C.; SILVA, V. C.; et al. Impact of pandemia on demand by food
delivery application in Piracicaba/SP. Research, Society and Development, [s.l.], v. 10, n. 6, p.
e28310615945, 2021. doi: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15945
MASSA, R. M. O ”Boom” das plataformas de Delivery no Brasil e suas consequências peculiares. Portal
FGV, 2022. Disponível em: https://portal.fgv.br/artigos/boom-plataformas-delivery-brasil-e-suas-
consequencias-peculiares. Acesso em: 9 nov. 2022.
Em plena pandemia, o SUS bate recorde de atendimento a vítimas do trânsito e motociclistas são maioria.
ABRAMET, 2021. Disponível em: https://abramet.com.br/noticias/em-plena-pandemia-sus-bate-recorde-
de-atendimento-a-vitimas-do-transito-e-motociclistas-sao-maioria/. Acesso em: 9 nov. 2022.
Mortes de motociclistas entregadores crescem 85,7% em período de quarentena na capital de SP. Jornal A
Voz do Motoboy, São Paulo, 2020. Disponível em:
http://www.sindimotosp.com.br/informativos/jornal/Jornal%20111-1.pdf.

653
ANÁLISE DA MORTALIDADE DE MOTOCICLISTAS NO BRASIL NO
PERÍODO PRÉ E PÓS-PANDEMIA DE COVID-19

¹Carlos Alberto Dos Santos Carvalho


¹Daniele Oliveira Silva
¹Wanessa Alves Silva
¹Ranya Sthephanie Nascimento Ribeiro
¹Rita de Cássia Almeida Vieira
1 Universidade Federal de Sergipe (UFS). Lagarto, Sergipe, Brasil.

Eixo Temático: Eixo Transversal


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: albertocarlis250601@gmail.com

INTRODUÇÃO: O isolamento social causado pela Covid-19 afetou diversos setores do comércio no Brasil,
dentre eles, observou-se uma maior demanda pelo uso de serviços delivery. Com essa modalidade de
serviço, observou-se um aumento exponencial de motociclistas em circulação, o que pode gerar maiores
registros de acidentes ou emergências fatais a esse público. OBJETIVO: Comparar a mortalidade de
motociclistas nas regiões do Brasil no período pré e pós-pandemia de Covid-19. MÉTODOS: Trata-se de
um estudo ecológico com análise de séries temporais da mortalidade de motociclistas. Os dados foram
retirados da plataforma DATASUS, correspondentes a mortalidade por óbitos externos nas regiões
brasileiras entre 1996 e 2021, das quais foram considerados óbitos de motociclistas as categorias CID-10
de V20 a V29. Para estimativa da taxa de mortalidade foi utilizada a fórmula correspondente (N óbitos/N
total de habitantes x 1000) com as Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados
exportados por região brasileira foram analisados frente a taxa de mortalidade e os registros de óbitos ao
ano correspondente numa planilha, criteriosamente, buscando-se relacionar fatores contribuintes.
RESULTADOS: Houve um total de 203.420 óbitos. Em 1996, a Região Sul liderava com maior taxa de
mortalidade (0,0125%), enquanto o Norte obtinha a menor (0,0017%). O Sul foi o 2° maior número de
registros de óbitos, no entanto pela grande população, registrou a partir de 1999 o menor número de taxas
de mortalidade. O Centro-Oeste, embora menos populoso e com menos registros, mantém o Ranking 1 de
maior taxa de mortalidade, entretanto a Região Nordeste, populosa, registra um grande número de óbitos,
ultrapassando o Centro-Oeste entre 2016 a 2018 e em 2020. Em 2017, mesmo com a queda da taxa de
mortalidade das duas regiões anteriormente citadas, o Nordeste continua a liderar o Ranking com 0,0842%,
comparado ao Centro-Oeste (0,0770%), sugerindo atenção a esse perfil epidemiológico. Em 2019, Sul e
Sudeste foram as únicas regiões com aumento nos índices (0,0535 e 0,013 respectivamente), o que coincide
com o surgimento dos primeiros casos de Covid-19 nestes locais, e, portanto, a atribuição do isolamento
social levando ao aumento de deliverys. Em 2020, todas as regiões, salvo Norte e Centro-oeste,
apresentaram aumento das taxas de mortalidade, sendo o Norte o único com redução de registros de óbitos.
Dados preliminares até agosto de 2021 apontam queda de 7% no registro de óbitos comparado a 2020
(maior queda desde 1996). o que sugere subnotificação e incompletude dos dados até então. O Sudeste,
embora com 2° maior registro de óbitos, obteve menor taxa de mortalidade, cabendo ressaltar que é a região
mais populosa do Brasil. Fatores relacionados a industrialização e popularização estão relacionados aos
resultados. CONCLUSÃO: O número de óbitos por acidentes motociclísticos evidenciou diferenças
epidemiológicas entre as regiões, cabendo atenção em relação aos índices apontados. Além disso, houve
um aumento gradual ao longo dos anos, piorado pela pandemia, levando-na como fator estimulante da
mudança de cenário.
Palavras-chave: Motociclista; Registros de Mortalidade; COVID-19; Epidemiologia; Atenção à Saúde.

654
Referências:
BRASIL, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Disponível em
http://www.datasus.gov.br. Acesso em: 11/11/2022.
MENIGHINI, G. V.; OLIVEIRA, J. C. C.; SILVA, V. C.; et al. Impact of pandemia on demand by food
delivery application in Piracicaba/SP. Research, Society and Development, [s.l.], v. 10, n. 6, p.
e28310615945, 2021. doi: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15945
MASSA, R. M. O ”Boom” das plataformas de Delivery no Brasil e suas consequências peculiares. Portal
FGV, 2022. Disponível em: https://portal.fgv.br/artigos/boom-plataformas-delivery-brasil-e-suas-
consequencias-peculiares. Acesso em: 9 nov. 2022.
Em plena pandemia, o SUS bate recorde de atendimento a vítimas do trânsito e motociclistas são maioria.
ABRAMET, 2021. Disponível em: https://abramet.com.br/noticias/em-plena-pandemia-sus-bate-recorde-
de-atendimento-a-vitimas-do-transito-e-motociclistas-sao-maioria/. Acesso em: 9 nov. 2022.
Mortes de motociclistas entregadores crescem 85,7% em período de quarentena na capital de SP. Jornal A
Voz do Motoboy, São Paulo, 2020. Disponível em:
http://www.sindimotosp.com.br/informativos/jornal/Jornal%20111-1.pdf.

655
RELAÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA MELHORA DA QUALIDADE DE
VIDA DO IDOSO

Daniela Alves do Carmo¹


Viviane Lemos Silva Fernandes¹
¹Universidade Evangélica de Goiás. Anápolis, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Promoção de saúde/ Temas livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1º autor: dani_alcar@live.com

INTRODUÇÃO: A temática de exercício físico é um assunto de grande interesse na atualidade, visto seus
benefícios para a saúde em geral, e é uma prática de suma importante também para o grupo de pessoas
idosas, ainda que seja realizada com menor intensidade. Portanto, é interessante discutir esse tema e
observar a sua influência no bem-estar dos idosos. OBJETIVO: Busca-se entender a relação entre exercício
físico e a qualidade de vida do idoso. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão
integrativa de literatura e buscou responder à questão norteadora: Qual a relação do exercício físico na
qualidade de vida do idoso? A busca foi realizada nas bases de dados eletrônicos Scientific Electronic
Library Online (SCielo) e PubMed, utilizando-se os descritores “exercício físico”, “idoso” e “qualidade de
vida”, com a seguinte combinação: (exercício físico) AND (idoso) AND (qualidade de vida). Foram
incluídos artigos originais, de livre acesso, publicados entre os anos de 2013 e 2020, escritos na língua
portuguesa. Os critérios de exclusão foram artigos de revisão da literatura e que não respondiam de maneira
satisfatória à questão norteadora. Ao final, foram encontrados 3 artigos. RESULTADOS: A análise dos
artigos permitiu observar que a influência da prática de atividades físicas em grupos de pessoas idosas
permeia desde a saúde física até a saúde mental. Foi demonstrado que a fisioterapia em grupo impacta
positivamente na saúde psicológica de mulheres idosas (p= 0,047), em relação a pessoas sedentárias, seja
pela integração interpessoal, e/ou pela atividade realizada. Ademais, a atividade física regular proporciona
menos idas a serviços de saúde (p= 0,0056), já que auxilia no bem-estar geral, fato que possibilitou não só
vantagens aos idosos, mas diminuiu os gastos com saúde do próprio Estado. Há ainda a correlação entre
sedentarismo e dislipidemia com maior risco cardiovascular (RCV), e pessoas idosas que praticaram
atividade física deixaram de ser sedentários, diminuíram níveis de colesteróis de baixa densidade (LDL) e
aumentaram os níveis de colesteróis de alta densidade (HDL) e, consequentemente, as chances para RCV,
além de poder proporcionar a redução de sintomas depressivos de 25% para pouco mais de 4%.
CONCLUSÃO/ CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ficou clara, portanto, que há uma íntima relação entre
qualidade de vida e exercício físico da pessoa idosa. Isso inclui fatores psíquicos (melhora de quadros de
depressão e ansiedade) e físicos (diminuição do risco cardiovascular). Dessa forma, é de suma importância
que a pessoa idosa não seja sedentária e busque uma vida ativa.

Palavras-chave: Avaliação em saúde, Exercício físico, Saúde do idoso.


REFERÊNCIAS:

656
AVEIRO, M.C. et al. Efeitos de um programa de fisioterapia sobre a qualidade de vida de mulheres idosas
da comunidade: estudo randomizado controlado; Fisioter. Mov., v. 26, n. 3, n.p., Sept 2013
CASSIANO, A.N. et al. Efeitos do exercício físico sobre o risco cardiovascular e qualidade de vida em
idosos hipertensos. Ciênc. Saúde Coletiva, v. 25, n. 6, n.p., Jun 2020
DAHER, S.S. et al. Programa de atividade física para idosos e economia para o sistema de saúde. Acta
Ortop Bras, v. 26, n. 4, n.p. Jul-Aug 2018

657
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA EM HOMENS IDOSOS

¹Virgílio Fernandes Ferreira

¹Yana Balduíno de Araújo


1 Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: virgilioffg@gmail.com

INTRODUÇÃO: A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição que afeta exclusivamente os
homens, principalmente os mais idosos, com destaque ao aumento no tamanho da próstata. Estima-se que
cerca mais de 85% de idosos acima de 90 anos possuem HPB, sendo que grau dos sintomas associados
tendem a agravar com o avanço da idade. OBJETIVO: Descrever a epidemiologia, características e
complicações da hiperplasia prostática benigna em homens idosos. METODOLOGIA: Revisão de literatura
com busca na plataforma Scientific Electronic Library Online, Scielo. Além da análise de dados no
DATASUS para o CID-10 N40 com recorte temporal de 10 anos (2012-2022) em todo o território brasileiro
RESULTADOS: A hiperplasia prostática benigna pode ser diagnosticada com a associação entreo relato
clínico do paciente, exame de toque e ultrassonografia. Nos últimos 10 anos no Brasil, cerca de 881 homens
foram a óbito devido essa condição, apresentando uma taxa de mortalidade de 0,44 para cada
1.000 habitantes e representando um custo de aproximadamente 188 milhões de reais aos cofres públicos.
Evidencia-se que existem outros fatores de risco, como raça afro-americana, diabetes mellitus tipo 2,
consumo elevado de álcool e sedentarismo. Sabe-se ainda que esse aumento está relacionado com a
hiperplasia de elementos glandulares na zona periuretral e elementos estromais presentes na zona de
transição da próstata. Destaca-se que homens com HPB podem apresentar sintomas obstrutivos que levam
a sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, hesitação urinária e jato fraco ao urinar, concomitante a
disúria, noctúria, aumento da frequência urinária e emergência urinária, que frequentemente causam
irritação e angústia aos pacientes acometidos com essa condição. A ressecção transuretral da próstata
(RTUP) tem se mostrado o padrão-ouro do tratamento cirúrgico da HPB, porém existe o tratamento
medicamentoso que se baseia, principalmente, com a utilização de alfa-bloqueadores. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Enquanto condição clínica abrangente em pacientes do sexo masculino em idade avançada, o
acompanhamento com um médico urologista é recomendado para o rastreio da hiperplasia prostática
benigna para que se evite complicações futuras. E quando já presente, a escolha correta do tratamento pode
trazer mais conforto e maior sobrevida do paciente.
Palavras-chave: Urologia; Complicações urológicas; Hiperplasia prostática
REFERÊNCIAS:

DEVLIN, Conor M.; SIMMS, Matthew S.; MAITLAND, Norman J. Benign prostatic hyperplasia–what do
we know?. BJU international, v. 127, n. 4, p. 389-399, 2021.

MIERNIK, Arkadiusz; GRATZKE, Christian. Current treatment for benign prostatic


hyperplasia. Deutsches Ärzteblatt International, v. 117, n. 49, p. 843, 2020.

MADERSBACHER, Stephan; SAMPSON, Natalie; CULIG, Zoran. Pathophysiology of benign prostatic


hyperplasia and benign prostatic enlargement: a mini-review. Gerontology, v. 65, n. 5, p. 458-464, 2019.

PLOCHOCKI, Alexander; KING, Benjamin. Medical treatment of benign prostatic hyperplasia. Urologic
Clinics, v. 49, n. 2, p. 231-238, 2022.

658
PACIENTES COM PERFURAÇÕES POR ARMA BRANCA E
AUTOMUTILAÇÃO: DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
APLICADOS NO PÓS OPERATÓRIO
1
Stephany Vieira da
Cruz
1
Larissa Moreira Rocha
1
Fernanda Nascimento
Pinto
1
Shirley da Silva do
Vale
1
Mirthis Sento Sé Pimentel
Magalhães
1
Simone Santos Souza

1
Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE). Salvador, Bahia, Brasil

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: phanypeace011@gmail.com

INTRODUÇÃO: O diagnóstico de enfermagem é o resultado do julgamento clínico dos problemas de


saúde do paciente que foram encontrados na anamnese e coleta de dados. É de suma importância para
fornecer os cuidados individualizados ao paciente no ambiente perioperatório. O presente estudo apresenta
sobre os cuidados de enfermagem e a importância da sistematização de enfermagem a pacientes com
perfurações por arma branca e automutilação, para haver um atendimento mais humanizado e específico
para esses pacientes. OBJETIVO: Descrever os diagnósticos de enfermagem aplicados no pós-operatório
de pacientes com perfurações por arma branca. METODOLOGIA: Trata-se de uma atividade da disciplina
Cuidados de Enfermagem ao Paciente Cirúrgico, desenvolvido pelos discentes de um curso de enfermagem.
No primeiro momento, os alunos criaram um caso clínico fictício e a partir dessa situação problema, foram
descritos os diagnósticos. RESULTADOS: Quanto aos resultados da pesquisa, este foi o caso clínico
formulado: paciente em seu 1° DPO de reconstrução de abdômen devido a automutilação comperfuração de
arma branca. Encontra-se no leito amparada por dispositivos de proteção a lesão por pressão,com grades
erguidas. Apresentou-se lúcida, orientada, irritada, chorosa. Mantido acesso periférico em MSE, sem sinais
flogísticos. Realizada limpeza e troca de curativo da ferida cirúrgica. Ao exame físico: normocárdica,
afebril, eupneica, ainda em auxílio de oxigenação por cateter nasal, hipotensa. Múltiplas lesões cutâneas
em região abdominal, região perioperatória apresentando eritema, equimoses ainda presentes, referindo dor
abdominal 8/10. Administrado tramal 50mg EV conforme prescrição médica para controle da dor. Os
diagnósticos de enfermagem elegíveis para este caso foram: risco de recuperação cirúrgica retardada
relacionada a desnutrição e a comportamentos suicidas, dor aguda relacionada a perfuração por arma branca
evidenciada por face de dor, choro, desconforto abdominal, e relato de dor nível 8, integridade da pele
prejudicada relacionada a traumas superficiais e profundos evidenciada por cortes, secreção sanguinolenta,
purulenta e cianose e desesperança evidenciada por comportamento suicida. CONCLUSÃO: A
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é a metodologia que o profissional de enfermagem
pode utilizar para aplicar seus saberes técnicos e científicos, associando a humanização da prática
profissional. Ao identificar as necessidades humanas para cada paciente, de forma individual, a
implementação da SAE humaniza o atendimento prestado e confere maior segurança aos

659
pacientes e profissionais. Por fim, é indubitável que em qualquer situação seja pre ou pós- operatório,
quando utilizado o cuidado de enfermagem individual, com humanização e diagnósticos de enfermagem
relacionada ao histórico da paciente, fornece uma maior segurança do paciente e dos profissionais, além de
uma melhor assistência e cuidado aos pacientes.

Palavras-chave: Enfermagem, Cirurgia, Cuidados de enfermagem.

REFERÊNCIAS:

AMIDEI, Christina M. (Clb) et al. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem médico-cirúrgica:
volume 1. 13. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2016.

ROTHROCK, Jane C. Alexander: cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 13 ed. Rio de Janeiro,
RJ: Elsevier, 2008.

660
COMPREENSSÃO DA IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE
ACOLHIMENTO ADEQUADO À VÍTIMA DE VIOLÊNCIA.

Romulo Mendes de Souza¹


Lorenna lima de Sousa²
Instituto Superior de Ensino do Vale do Parnaíba (IESVAP), Parnaíba, Piauí.¹,
Instituto Superior de Ensino do Vale do Parnaíba (IESVAP), Parnaíba, Piauí.².

Eixo-temático: Cuidado à vítima de violência.


Modalidade: Pôster
E-mail: romulomendessousa@gmail.com

INTRODUÇÃO: A medicina atual busca se apoiar no modelo holístico que visa considerar o ser humano
como um todo. Nesse sentido, entende-se que o tratamento com o passar do tempo e o desenvolvimento
das novas tecnologias nuca buscou-se tanto aplicar os conhecimento cientificos ,fazendo-se criar uma
cultura onde os médicos preocupam-se ,demasiadamente, com o diagnóstico e com o possível tratametno
imediato , tornando, assim, o médico um ser meramente focado em aplicar possíveis tratamentos
,esquecendo-se que existem situações profissionais ,as quais o responsável nessecita de uma visão ampla
da situação e buscar agir de modo coerente, é o caso de quando um profissional se depara um um(a)
vítima de violência. OBJETIVO: compreender por meio de uma revisão bibliográfica as falhas no
processo de atendimento às vítimas de violência seja ela doméstica ,psicológica ou de origem sexual.
“METODOLOGIA: Fez-se uma busca nas bases de dados Scielo, Up to Date e Pubmed com os
descritores, “Maus tratos”, ‘‘Violência física”, ‘’Agressão’’ Consideraram-se os estudos dos últimos
cinco anos, além dos idiomas inglês, português. RESULTADOS: Tal problema de saúde pública tem
sofrido forte aumento nos ultimos 30 anos devido a um comportamento social que desrespeita o
outro.Nesse sentido, ás vítimas de violência, ao sofrerem tais abusos tornam-se vulneráveis e necessitam
de atendimento e acompanhamento diferenciado visando a construção do vínculo para melhor
entendimento do caso. CONCLUSÔES: Portanto, que em familias onde as vítimas são assistidas por
uma equipe de saúde da familia que se faz uma acompanhamento regular da situação , com auxílio do
ACS, houve a reduação dos números de casos, sendo fundamental a particiaão dos profissionais
capacitados para o fortalecimento dos laços e contrução do vínculo,tudo isso apartir de uma abordagem
mais humanizada.

Palavras-chave: Violências, Abuso, assistências psicológica.


Referências:
DESLANDES, Suely Ferreira; SOUZA, Edinilsa Ramos de. Atendimento pré-hospitalar ao idoso vítima
de violência em cinco capitais brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, p. 2775-2786, 2010.

CAMPOS, Maria Angela Mirim Rosa et al. Violência sexual: integração saúde e segurança pública no
atendimento imediato à vítima. Saúde e Sociedade, v. 14, p. 101-109, 2005.

FREITAS, Fabiana Carpi; LIMA, Maria da Glória; DYTZ, Jane Lynn Garrison. Atendimento à mulher
vítima de violência sexual no Programa Violeta, Distrito Federal. Comun. ciênc. saúde, p. 185-195, 2007.

661
SILVA, Luciane Lemos da; COELHO, Elza Berger Salema; CAPONI, Sandra Noemi Cucurullo de.
Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência física doméstica. Interface-
Comunicação, Saúde, Educação, v. 11, p. 93-103, 2007.

662
FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE
MAMA NA POPULAÇÃO FEMININA

1
Amanda Maria e Silva Coelho
2
Emile de Jesus Santos
3
Joseanne Maria Xavier de Albuquerque Silva
4
Carla de Fátima Silva Coelho
5
Rafaella Silva de Souza Correia
6
Maria Karolyna Gonçalves
7
Érika Regina Coelho
1 Faculdade Estácio, Juazeiro, Bahia, Brasil; 2 Universidade do Estado da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil;
3 Universidade Europeia do Atlântico, Calabria, Espanha; 4 Universidade de Amazônia Unama,
Ananindeua, Pará, Brasil; 5 Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, Brasil; 6 Centro Universitário
Estácio, Recife, Pernambuco, Brasil; 7 Faculdade Newton Paiva, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.
Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde

Modalidade: Apresentação oral

E-mail: amandmaria65@gmail.com
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é um problema de saúde pública que acomete mulheres no mundo
inteiro e resulta, principalmente, do crescimento e multiplicação anormal de algumas células do corpo,
resultado de uma disfunção celular. Quando células mamárias passam a dividir-se desordenadamente, pode
ser instalado um tumor maligno de maneira mais comum nos ductos e mais raramente nos lóbulos.
OBJETIVO: Descrever os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama na população
feminina. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, disponível na Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS), sendo elas: a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
(MEDLINE), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Base de Dados
de Enfermagem (BDENF). A busca inicial se deu através da utilização dos Descritores em Ciências da
Saúde (DeCS), em cruzamento com o operador booleano and, da seguinte forma: “Câncer de Mama’’ and
“Fatores de Risco’’ and “Feminina’’, encontrando 29.288 trabalhos. Os critérios de inclusão: artigos em
inglês, espanhol e português, publicados na íntegra em texto completo nos últimos cinco (2018-2022),
encontrando 3466. Critérios de exclusão: artigos na modalidade de tese, dissertação, revisões, relatos de
caso, estudos prognósticos, observacional, incidência, prevalência, guias de práticas clínicas, trabalhos
duplicados nas bases de dados selecionadas e que não contemplassem a temática do estudo não foram
contabilizados. Deste modo, foram selecionados 21 artigos para compor a revisão. RESULTADOS:
Evidenciou-se que os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama são divididos em diversos
fatores. O fator ambiental e comportamental, foi relacionado ao sobrepeso e obesidade, consumo de álcool,
exposição recorrente a radiação ionizantes para tratamento ou solicitação de exames com finalidade
diagnóstica e o tabagismo. No histórico reprodutivo e hormonal, menarca precoce, com menos de 12 anos
de idade, nuligestas, gravidez após os 30 anos de idade, menopausa, uso de contraceptivos hormonais e
reposição hormonal por um período superior a cinco anos. Além disso, outro fator de risco, é a história
genética e hereditária da mulher, histórico de câncer de ovário na família, câncer de mama em parentes com
idade inferior aos 50 anos, câncer de mama em familiares do sexo masculino e mutações genéticas nos
genes BRCA1 e BRCA2, que podem predispor o desenvolvimento do câncer de mama.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, diversos fatores podem predispor para o desenvolvimento do
câncer de mama, sejam fatores genéticos, hereditários, hábitos de vida ou pelo tratamento de algumas
comorbidades. Dessa forma, os profissionais de saúde devem se atentar aos fatores de risco para o
rastreamento e acompanhamento dessas mulheres para prevenção dessa patologia.

Palavras-chave: Câncer de mama; Fatores de risco; Feminina.


REFERÊNCIAS:

663
HERNÁNDEZ-GARCÍA, Marta et al. Diferenças nos fatores de risco de câncer de mama entre casos
detectados e não detectados pela triagem (estudo MCC-Espanha). Cancer Causes & Control, [S.L.], v.
33, n. 1, p. 125-136, 24 nov. 2021.

SHARIF, Nuha El et al. Fatores reprodutivos e risco de câncer de mama na Palestina: um estudo de caso-
controle. Cancer Epidemiology, [S.L.], v. 74, p. 102019-102028, out. 2021.

LI, Chunyan et al. Características, prognóstico, fatores de risco e manejo do carcinoma ductal in situ
recentemente diagnosticado com microinvasão. Cancer Medicine, [S.L.], v. 10, n. 20, p. 7203-7212, 21
set. 2021.

664
DIAGNÓSTICO, MANEJO E COMPLICAÇÕES DA FRATURA PENIANA E O
ATENDIMENTO NAS UNIDADES DE EMERGÊNCIA

¹Emile de Jesus Santos

²Amanda Maria e Silva Coelho


³Filipe Celso Santos de Jesus
1 Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Salvador, Bahia, Brasil; 2 Faculdade Estácio (IDOMED)
Juazeiro, Bahia, Brasil; 3 Universidade Federal da Bahia - Hospital Brasileiro de Serviços Hospitalares.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde

Modalidade: Pôster

E-mail: emileuneb18.1@gmail.com
INTRODUÇÃO: A fratura peniana compreende a ruptura da túnica albugínea do corpo cavernoso,
ocorrendo de maneira exclusiva no ato da ereção, quando há a presença de trauma. Apesar de raro, pode ser
apresentado durante a relação sexual ou não. OBJETIVO: Descrever acerca do diagnóstico, manejo e
complicações da fratura e o atendimento nas unidades de emergência. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura, disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo elas: a Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS) e a Base de Dados de Enfermagem (BDENF). A busca inicial se deu através
da utilização dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), em cruzamento com o operador booleano and,
da seguinte forma: "Diagnóstico"; and "Emergência"; and "Lesões"; and "Pênis" and "Tratamento",
encontrando 23 trabalhos. Os critérios de inclusão: artigos em inglês, espanhol e português, publicados na
íntegra em texto completo nos últimos cinco (2017-2022), encontrando 10 estudos. Critérios de exclusão:
trabalhos duplicados nas bases de dados selecionadas e que não abordassem o manejo dentro das situações
de emergência, artigos na modalidade de tese e dissertação. Deste modo, foram selecionados seis artigos
para o desenvolvimento desta revisão. RESULTADOS: Observou-se que a fratura peniana apesar de ser
uma emergência urológica incomum é um agravo de saúde que deve ser prontamente identificado,
diagnosticado e tratado nas unidades de emergência. Esse agravo é comumente subnotificado, podendo
estar associado a vergonha, medo e censura para procurar atendimento. O seu diagnóstico
predominantemente clínico, baseado na anamnese e exame físico, podendo ser utilizado também exames
de imagem como cavernosografia, ultrassonografia, ressonância magnética e uretrografia retrógrada, entre
outros. O manejo pode ser dividido em conservador ou cirúrgico, no primeiro caso, utilizando curativos
compressivos, compressas de gelo, antibioticoterapia ou substâncias para inibição da ereção. No segundo,
a abordagem cirúrgica mais utilizada é o desenluvamento peniano, possibilitando uma melhor exposição da
área e aspecto estético. As principais complicações relacionadas a fratura do pênis são: dispareunia, ereção
dolorosa, priapismo, necrose e amputação de pele, maiores chances de refratura, distúrbio de imagem
pessoal e desconstituição da figura social associada ao falo, a imagem masculina. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Desse modo, faz-se necessário a rápida identificação e manejo inicial da fratura peniana nas
unidades de emergência, e em casos mais graves, o seu devido encaminhamento para uma abordagem
cirúrgica, prevenindo possíveis complicações com repercussões desfavoráveis no âmbito da saúde física,
mental e emocional desses sujeitos.

Palavras-chave: Diagnóstico, Emergência, Lesões, Pênis, Tratamento.

REFERÊNCIAS:

PANAYIOTOU, Andrew et al. Fratura peniana:: valor agregado da nova avaliação com ultrassom com
contraste. Bmj Case Reports, [S.L.], v. 12, n. 7, p. 1-2, jul. 2019.

PANELLA, Paolo; PEPE, Pietro; PENNISI, Michele. Diagnóstico e tratamento da lesão peniana:
experiência de dez anos de um serviço de emergência. Archivio Italiano di Urologia e Andrologia, [S.L.],
v. 92, n. 3, p. 192-195, 1 out. 2020.

665
REES, Rowland W. et al. Documento de consenso da British Association of Urological Surgeons (BAUS)
para o gerenciamento de emergências genitais masculinas – fratura peniana. Bju International, [S.L.], v.
122, n. 1, p. 26-28, 2 abr. 2018.

666
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO NA SALA DE
PARTO:REVISÃO INTEGRATIVA

1Juciele Gomes dos Santos


2Gabrielly Dantas Barros
3Steven de Oliveira Marques
4Lourrany Kthelen Barbosa Fernandes Dias
5Jeferson de Jesus Costi
1 Faculdade Unime Lauro de Freitas, Bahia, Brasil; 2 Universidade Regional da Bahia, Arapiraca,
Alagoas, Brasil, 3 Universidade Salgado de Oliveira, Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; 4 Universidade da Amazônia,
Belém, Pará, Brasil; 5 Enfermeiro pela Universidade Positivo,
especialista em Aleitamento Materno e especializando em
Enfermagem Obstétricia e Ginecológica pela CENSUPEG.

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: jucielegomes443@gmail.com


INTRODUÇÃO: A gestação é um período importante para o ciclo vital, o qual é marcado por diversas
mudanças físicas, sociais e emocionais. Por conseguinte, uma assistência de qualidade prestada durante a
gestação, parto e pós-parto é fundamental para promover melhor qualidade de vida para mãe/bebê e reduzir
a mortalidade materna e fetal durante o parto. OBJETIVO: Analisar e enfatizar na literatura científica a
assistência de enfermagem ao recém-nascido na sala de parto. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
integrativa da literatura, realizada no período de outubro de 2022, Para direcionar a pesquisa, adotou-se
como pergunta norteadora: “Qual a assistência de enfermagem ao recém nascido na sala de parto?” Para
construção da pesquisa, a coleta e análise de dados foi proveniente da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)
com bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de
Dados de Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE),
através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Assistência de Enfermagem”, “Recém-
Nascido” e “Sala de Parto”combinados entre si pelo operador booleano AND. Como critérios de inclusão:
artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e espanhol, que abordassem a temática, nos
últimos cinco anos. Como critérios de exclusão: teses, dissertações, monografias, artigos que não
contemplavam o tema e estudos repetidos nas bases de dados. A partir da busca inicial foram encontrados
60 estudos nas bases selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 5
estudos para compor a revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Diante do exposto, é importante destacar
que assistência de enfermagem de qualidade ao recém-nascido na sala de parto é indispensável para a
redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde, promoção da qualidade de vida e do bem-estar,
colaborando para garantir o desenvolvimento apropriado de fatores físico, social e emocional do recém-
nascido. Foi observado que o tipo de parto pode interferir no aleitamento materno precoce e no contato pele
a pele, o qual pode gerar sentimentos negativos, como ansiedade e insegurança na realização da função
materna. Ademais, o início tardio do aleitamento materno contribui para o aumento do risco de mortalidade
neonatal. Com isso, é imprescindível o incentivo dos enfermeiros (as), ainda na sala de parto, para a
amamentação precoce, auxiliar e esclarecer dúvidas das puérperas sobre o assunto. Contudo, convém
destacar a importância de uma assistência de enfermagem qualificada ao recém-nascido na sala de parto,
haja visto que a relação de prematuridade e o baixo peso coopera para possíveis complicações.
CONCLUSÃO: Diante do exposto, fica evidente que é primordial o cuidado de enfermagem qualificado
ao recém-nascido na sala de parto, incentivando que as puérperas tenham contato pele a pele com o bebê e
também estimule a amamentação precoce, visto que são medidas indispensáveis para garantir a qualidade
de vida e bem estar do recém-nascido, desde a primeira hora de vida. Portanto, ficará mais nítido os cuidados
e as explicações que o enfermeiro repassará tanto em relação ao bem estar da própria puérpera, como do
recém-nascido.

667
Palavras-chave: Assistência de Enfermagem; Recém-Nascido; Sala de Parto.

REFERÊNCIAS:

DESCOVI, M. H. M. et al. Reanimação de bebês prematuros moderados e tardios em sala de parto: fatores
associados. Acta Paulista de Enfermagem, v. 33, 2020.

JUNG, S. M; RODRIGUES, F. A; HERBER, S.. Contato pele a pele e aleitamento materno: experiências
de puérperas. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, v. 10, 2020.

LEDO, B. C. et al. Fatores associados às práticas assistenciais ao recém-nascido na sala de parto. Escola
Anna Nery, v. 25, 2020.

SILVA, E. A. et al. Conhecimento de puérperas sobre boas práticas em centro de parto. Rev. enferma.
UFPE on line, p. 1-14, 2021.

SOUZA, G. V. et al. Cuidados imediatos aos recém-nascidos pré-termos em um hospital de ensino. Revista
Enfermagem UERJ, v. 29, p. 59289, 2021

668
RELAÇAO ENTRE A INTERLEUCINA-6 E CAQUEXIA ASSOCIADA AO
CÂNCER

¹Marcella Eduarda Souza Barbosa


¹Gabriela Gonzalez Segura
¹Ana Lúcia Fachin Saltoratto
1Unversidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Ribeirão Preto. São Paulo. Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: cella-barbosa2@hotmail.com
INTRODUÇÃO: A interleucina-6 (IL-6) é uma citocina pró-inflamatória da imunidade natural
que, em condições normais, auxilia no processo de defesa corporal. Entretanto, quando elevada,
é responsável por um desbalanço na homeostasia de indivíduos com câncer. OBJETIVO:
Identificar a relação entre IL-6 e caquexia em pacientes oncológicos. METODOLOGIA: Revisão
bibliográfica realizada em um período de janeiro a julho de 2022 baseada em 3 artigos científicos
das plataformas PubMed e SciElo publicados entre 2013 e 2020, utilizando as palavras-chave
“câncer”, “caquexia” e “IL-6”, e 1 livro físico de imunologia publicado em 2007. Como critérios
de inclusão, foram aceitos artigos que mostravam pacientes oncológicos com caquexia e níveis
alterados de IL-6. Como critérios de exclusão, eliminou-se artigos que abordaram pacientes com
caquexia não associada à doença oncológica e relacionados a outras citocinas que não IL-6
principalmente. RESULTADOS: O câncer é uma condição altamente prevalente, tendo sua
incidência aumentada anualmente devido a múltiplos fatores, principalmente os atrelados ao
envelhecimento e aos inúmeros fatores de risco. A doença apresenta prognóstico diverso em razão
da resposta imune própria do indivíduo contra à inflamação e dos efeitos do tratamento
quimiorradiológico. Entretanto, é possível notar que, em estágios avançados, quando o único
manejo é por cuidados paliativos, os indivíduos apresentam-se em um quadro de caquexia. A
caquexia é uma síndrome multifatorial clinicamente caracterizada como perda de massa corporal
igual ou superior a 6% e está atrelada principalmente a tumores sólidos, como colorretal e
pancreático. Normalmente, os indivíduos estão em anorexia, em que a ingestão insuficiente é um
dos principais contribuintes para o desenvolvimento dessa condição. Em consonância, mas não
em segundo plano, o estado inflamatório crônico causado pelo câncer, que leva a alterações
bioquímicas, e as quimioterapias, pela toxicidade, corroboram com a inapetência. A IL-6,
secretada por células tumorais e imunes, é a principal participante da sobrevivência e progressão
tumoral, metástase, catabolismo proteico e atrofia muscular. A perda de massa muscular ocorre
de duas formas: proteólises lisossomal (pelas catepsinas B e L) e não-lisossomal (pelo
proteassoma 26S), culminando na diminuição da meia-vida de proteínas. Em um estudo,
administrou-se IL-6 humana recombinante em homens saudáveis e, após três horas, observou-se
a diminuição de 50% do turnover proteico, com catabolismo superando o anabolismo. Foi
observado, em outro estudo, que níveis séricos elevados de IL-6 estão relacionados com a
diminuição da expectativa de vida quando em câncer avançado, devido a evolução do tumor e
consumpção do estado geral do paciente oncológico. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Portanto, é possível afirmar que, além de um constituinte da resposta imune, a IL-6 é
também uma citocina capaz de repercutir crônica e globalmente na fisiologia de indivíduos com
câncer, induzindo ao estado de caquexia.

669
Palavras-chave: Câncer, Caquexia, Il-6.
REFERÊNCIAS:
ABBAS, Abul K. Imunologia: Celular e molecular. 6. ed. São Paulo: Saunders, 2007. 564 p. ISBN
978-1-4160-3122-2.

Daou, Hélène N. Exercise as na anti-inflammatory therapy for cancer cachexia: a focus on


interleukin-6 regulation. Epub 30 Jan 2020.

ESTIMATIVA 2020. Instituto Nacional de Câncer, 12 de maio de 2020.

Lippitz BE. Cytokine patterns in patients with cancer: a systematic review. Lancet Oncol. 2013
May;14(6):e218-28. doi: 10.1016/S1470-2045(12)70582-X. PMID: 23639322.

Pereira, Leonardo Costa et al. THE EFFECT OF MUSCLE DAMAGE AND THE IL-6-174C/G
POLYMORPHISM ON THE SERUM IL-6 LEVELS OF OLDER MEN. Revista Brasileira de
Medicina do Esporte [online]. 2019, v. 25, n. 6, pp. 480-484. Epub 11 Nov 2019. ISSN 1806-
9940.

670
A INFLUÊNCIA DO USO DE TELAS NO CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO DO PÚBLICO INFANTO-JUVENIL

¹Natália de Matos Arsari


¹Izabel Ania Magalhães de Sá
¹Janaína Coêlho Farias
¹Lorena Carvalho Pereira
¹Milena Karina Barros de Sá
¹Liziane Cristina Almeida Arruda
¹Viviane Karolina Vivi-Oliveira

¹Universidade de Cuiabá (UNIC), Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Eixo temático: Saúde e bem-estar.


Modalidade: Pôster.
E-mail: nataliarsari@gmail.com

INTRODUÇÃO: A OMS e a SBP recomendam que até os dois anos de idade não seja incluído na rotina da
criança a exposição de telas de nenhuma origem. Nesse contexto, uma pesquisa global, realizada em 2021,
pelo grupo de saúde do Reino Unido Lenstore, aponta que o Brasil é o terceiro país do mundo em que as
crianças passam mais tempo grudadas em telas. Sendo assim, com tal uso prolongado pode-se observar
alterações significativas no ciclo circadiano, alimentação, interação social e linguagem. OBJETIVO:
Informar como a exposição a telas de forma precoce afeta negativamente os padrões comportamentais
durante o desenvolvimento infanto-juvenil. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura
baseado na busca de artigos disponíveis nas bases de dados de revistas online, Scielo e PubMedpublicados no
período de 2017 a 2022 na língua inglesa e portuguesa. A busca de quatro artigos foi realizadano período de
outubro a novembro de 2022. RESULTADOS: A partir da análise dos artigos, vê-se que o uso correto de
telas com base na idade adequada entre as crianças proporcionam um padrão alimentar maissaudável, bem
como melhora na regulação de sono, controle de emoções, crescimento e desenvolvimento, estímulo à
criatividade da criança, além de potencializar a capacidade educacional. Em contrapartida, um estudo
transversal realizado com 893 crianças menores de 1 ano e 6 meses revelou que o uso de dispositivosteve
impacto direto no atraso da fala, segundo relato dos pais. Ademais, evidenciou-se proporcionalidade entre
o tempo de tela e atraso expressivo, uma vez que, o aumento adicional de meia hora por dia foi associado a
um risco de 2,3 vezes maior no retardo na fala. CONCLUSÃO: A exposição excessiva de telasentre crianças
e adolescentes desproporcional à idade está associado a um impacto considerável na qualidade no padrão
de sono, interferindo negativamente no desempenho escolar, saúde e bem-estar dessesindivíduos, sendo,
portanto, necessária a intervenção precoce por meio de estratégias para mitigar o uso de telas desde a infância
até a adolescência.

PALAVRAS-CHAVES: telas, comportamento, crianças/adolescente, desenvolvimento.

REFERÊNCIAS
Liu J, Riesch S, Tien J, Lipman T, Pinto-Martin J, O'Sullivan A. Screen Media Overuse and Associated
Physical, Cognitive, and Emotional/Behavioral Outcomes in Children and Adolescents: An Integrative
Review. J Pediatr Health Care. 2022 Mar-Apr;36(2):99-109.

Rocha MFA, Bezerra REA, Gomes LA, Mendes ALAC, Lucena AB. Consequências do uso excessivo de
telas para a saúde infantil: uma revisão integrativa da literatura. Rev. Research, Society and Development.
2022; 11:1-10.

Royant-Parola S, Londe V, Tréhout S, Hartley S. Nouveaux médias sociaux, nouveaux comportements de


sommeil chez les adolescents [The use of social media modifies teenagers' sleep-related behavior].
Encephale. 2018 Sep;44(4):321-328.

671
USO DE MORINDA CITRIFOLIA NO TRATAMENTO DE CÂNCER: UMA
REVISÃO

1
Sabrina Vasconcelos Lima
1
Amanda Mourato de Souza Lima
1
Valdeline Atanazio da Silva

1 Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST),
Serra Talhada, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Biologia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1º autor: sabrina.vasconcelos@ufrpe.br

INTRODUÇÃO: A utilização de plantas medicinais é um dos mais antigos costumes presentes na cultura
popular brasileira, com forte influência da cultura indígena, onde a tradição é transmitir os conhecimentos
de geração em geração. A espécie Morinda citrifolia, popularmente conhecida como noni, é um vegetal de
hábito arbóreo utilizado na medicina popular principalmente como antitumoral no tratamento de câncer,
uma doença genética originada a partir de alterações nos genes que controlam o funcionamento das células,
causada por erros na divisão celular, danos ao DNA ou por hereditariedade. OBJETIVO: Registrar como a
M. citrifolia pode ser utilizada no tratamento de câncer. METODOLOGIA: Esse estudo trata-se de uma
revisão de literatura, onde o levantamento dos dados bibliográficos foi feito através de buscas nas bases de
dados Scielo, PubMed, Scopus e Google Acadêmico, usando os seguintes descritores: “M. citrifolia” and
câncer; “M. citrifolia” and fitoterapia e “M. citrifolia” and medicinal. Foram selecionados artigos
publicados a partir de 2015 em inglês, português ou espanhol cujo conteúdo concordasse com o tema da
pesquisa, não sendo considerados os trabalhos de revisão bibliográfica ou experimentos para composição
dos dados a serem analisados. RESULTADOS: O levantamento resultou em um total de 20 trabalhos, dos
quais foram selecionados 10. A parte da planta que é usada no tratamento de câncer é o fruto, citado em
90% dos trabalhos consultados. Foi percebido diversos modos de preparo para esse fim, onde 60% dos
trabalhos indicam a ingestão do suco do fruto, 30% sugerem o consumo do fruto in natura, 30% descrevem
como modo de preparo o fruto batido com sucos de uva ou abacaxi ou ainda batido junto ao vinho, 20%
apontam a ingestão de chá do fruto. Além desses há ainda a possibilidade de uso do fruto em lambedor e
em garrafadas, citadas em 10% dos trabalhos cada forma. Infelizmente, não foi possível apresentar
informações acerca do tipo de câncer em que a espécie pode ser utilizada, pois os trabalhos consultados não
deixaram específico tal dado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir dos presentes dados, é possível afirmar
que o vegetal M. citrifolia pode ser amplamente utilizado, tendo diversas opções de formas de uso que
podem auxiliar no combate ao câncer. Com isso, pode-se afirmar que é necessário a realização de mais
pesquisas que comprovem a eficácia dessa espécie para tal finalidade.

Palavras-chave: Fitoterapia, Oncologia, Plantas Medicinais, Noni.

REFERÊNCIAS:

BRAGA, C. M. Histórico da utilização de plantas medicinais. Brasília, 2011. 24p. Monografia


(Licenciatura em Biologia) - Universidade de Brasília e Universidade Estadual de Goiás.

672
PIMENTEL, D. D., et al. Uso de Noni (Morinda citrifolia L.) por pacientes oncológicos: um estudo
bibliográfico. REVISTA SAÚDE E CIÊNCIA online, v.5, n.1, 2016.

RODRIGUES, A. de S. et al. Efeitos benéficos do uso da Curcuma longa L., no tratamento oncológico:
Uma revisão. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 3, 2020

673
DOI 10.29327/1192726.1-60

BANCOS DE DADOS ONCOLÓGICOS E SEUS IMPACTOS

¹Leandro Araújo Basílio

¹Andressa Moratti Campista

¹Flavia Imbroisi Valle Errera

¹Flávio dos Santos Alvarenga

¹Iúri Drumond Louro

¹Jackeline Freire Valcher

¹Matheus Correia Casotti

¹Débora Dummer Meira

1 Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, Espírito Santo, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde.

Modalidade: Pôster.

E-mail do 1° autor: lesafe07@gmail.com

INTRODUÇÃO: Com o desenvolvimento das ciências ômicas (proteômica, metabolômica, transcriptômica


e outras), a oncologia começou a avançar muito além sobre a identificação e elucidação de inúmeros
processos e mecanismos biológicos. Consequentemente, acessou-se e vem se acumulando uma imensa
produção de dados biológicos. Assim, há uma necessidade especial em organizar, estruturar, correlacionar
e divulgar esses diversos tipos de dados para que possam ser realizadas associações funcionais, assim como
manter o significado biológico desses dados. OBJETIVO: Descrever a importância do desenvolvimento de
bancos de dados e exemplificar alguns destaques em oncologia. METODOLOGIA: Estudo de revisão
bibliográfica integrativa, não houve prioridades de datas para os artigos inclusos, para isto utilizou-se o
Google Acadêmico e PUBMED. Quanto aos descritores, utilizou-se: “databases” AND “cancer”. E por
critérios de inclusão, foram incluídos artigos de livre acesso, experimentais e de revisão e que abarcavam
um foco em aplicação direta dos bancos de dados em oncologia. E foram excluídos os artigos que não
perpassavam todos os crítérios de inclusão. RESULTADOS: A efetiva ampliação da capacidade de
armazenamento de dados, possibilitou inúmeros avanços, tais como, a identificação e compreensão dos
perfis transcricionais de genes e seus padrões de mudanças em diferentes tipos e estágios de câncer,
complementou informações acerca das expressões gênicas, destacando os fenótipos característicos do
câncer, auxiliando no diagnóstico e na prognose e complementou as classificações de câncer com base na
morfologia do tumor e ajuda na correta escolha do tratamento. Entretanto, é importante ressaltar que,
embora haja grande disponibilidade de gerar e integrar dados, a confiabilidade desses dados e a maneira de
relacioná-los pode apresentar alguns desafios. Outrossim, há diferentes níveis de sensibilidade mesmo entre
as técnicas mais modernas de sequenciamento. Além disso, alguns dados disponíveis foram confirmados
por mais testes do que outros, demandando cautela na seleção e, em alguns casos, a validação por meio de
novos testes. Outro aspecto importante, adotado pelos principais bancos de dados biológicos, é a
padronização dos dados. A área de bancos de dados oncológicos evidencia a existência de diversos tipos de
banco de dados com diferentes objetivos, como, por exemplo: (i) o armazenamento de dados brutos, como
o gene expression omnibus (GEO); (ii) a identificação de estados funcionais de tumores a nível de

674
célula única (CancerSea); (iii) sobre metástase (human cancer metastasis database - HCMDB); (iv) a
integração de perfis de expressão gênica com análise e visualização de redes a nível de pan-câncer; e (v) o
grande potencial de integração de dados multi-ômicos com informações clínicas e epidemiológicas,
importantes para a medicina de precisão pelo The Cancer Genome Atlas Program (TCGA). CONCLUSÃO:
Assim, conclui-se que os bancos de dados oncológicos fornecem a base de armazenamento de informações
diversas e aparentemente desconexas em um processo de gerenciamento e compreensão dos dados
efetivamente possível capacitando processos de correlações funcionais que mantêm o significado biológico
e amplia hipóteses e potenciais elucidações biológicas, sendo de extrema importância para o
desenvolvimento das pesquisas científicas translacionais na área da oncologia.

Palavras-chave: Bancos de dados, Oncologia, Ômicas.

REFERÊNCIAS:

FIELD, K. et al. Linking data from hospital and cancer registry databases: should this be standard practice?.
Internal medicine journal, v. 40, n. 8, p. 566-573, 2010.

MALIK, Adeel et al. Databases and QSAR for cancer research. Cancer informatics, v. 2, p.
117693510600200002, 2006.

PAVLOPOULOU, Athanasia; SPANDIDOS, Demetrios A.; MICHALOPOULOS, Ioannis. Human cancer


databases. Oncology reports, v. 33, n. 1, p. 3-18, 2015.

TSUI, Ivy FL et al. Public databases and software for the pathway analysis of cancer genomes. Cancer
informatics, v. 3, p. 117693510700300027, 2007.

YANG, Yadong et al. Databases and web tools for cancer genomics study. Genomics, proteomics &
bioinformatics, v. 13, n. 1, p. 46-50, 2015.

675
INTERLOCUÇÕES ENTRE REJUVENESCIMENTO E SENESCÊNCIA:
CAMINHOS ÀS INOVAÇÕES EM SAÚDE

¹Matheus Correia Casotti

¹Aléxia Stefani Siqueira Zetum

¹Jackeline Freire Valcher

¹Júlia Sthefany Nunes Zordan

¹Rúbia Souza Delpupo

²Yasmin Neves Soares

¹Iúri Drumond Louro

¹Débora Dummer Meira

¹Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Vitória, Espírito Santo, Brasil; ²Escola da Santa Casa da
Misericórdia de Vitória (EMESCAM).

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde.

Modalidade: Pôster.

E-mail do 1° autor: matheus.c.casotti@gmail.com.

INTRODUÇÃO: Embora o envelhecimento já tenha sido considerado irreversível, o conceito de “elixir da


juventude” ou rejuvenescimento está na história há séculos. Logo, a busca por uma vida imortal instiga
diversos avanços em inúmeras pesquisas inovadoras em diversas áreas como da biologia regenerativa,
medicina regenerativa, gerontologia e biologia clássica, dessa maneira, aprimorando tratamentos de
doenças associadas à idade e melhorias sobre a regeneração biológica. OBJETIVO: Descrever as
correlações entre envelhecimento, senescência e rejuvenescimento e potenciais aplicações em saúde.
METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de revisão bibliográfica integrativa, utilizou-se os bancos de
dados Google Acadêmico e PUBMED, priorizandos os últimos 3 anos, para tanto, utilizou-se quanto
palavras-chaves (descritores): “aging” AND “rejuvenation” AND “senescence”, e foram inclusos cinco (5)
artigos que destacaram os descritores quanto a potenciais aplicações e eram de livre acesso e foram
excluídos os que não seguiam os critérios de inclusão. RESULTADOS: Há muito se iguala o
envelhecimento com a senescência, sendo um equívoco. Isto porque, o envelhecimento é um processo de
declínio fisiológico e funcional progressivo, enquanto que a senescência, refere-se à pausa do ciclo celular.
Todavia, mesmo com tais diferenças, sabe-se que o tempo de senescência celular e molecular é crucial para
o ritmo de envelhecimento. Ao passo que tal processo afeta negativamente o envelhecimento saudável e é
responsável por muitas doenças relacionadas à idade. Assim, pensar em rejuvenescimento, precisa-se
conectar paradigmas, hipóteses e teorias que perpassam a elucidação da imortalidade potencial, senescência
universal, reprogramação celular e divisões celulares assimétricas. Isto para que possam ser englobadas
estratégias capacitadoras de rejuvenescimento individual e específico regido por superações frente ao limite
de Hayflick, às transições de paisagens epigenéticas, ao controle preciso e cronometrado da senescência, a
elucidação celular e molecular das células gigantes multinucleadas sobre doenças, a capacidade de

676
potencializar efeitos positivos da reprogramação sem comprometer a integridade e a segurança das células
e germinar novas linhas de pesquisas experimentalmente testáveis. Ademais, reconheceu-se a capacidade
comprovada da existência do rejuvenescimento tecido-específico, sugerindo a potencial aplicação de
estratégias diferentes, como as supracitadas. Em paralelo, compreendeu-se também que a eliminação
excessiva de células senescentes pode interferir em seu papel benéfico durante o reparo tecidual ou o
processo de reprogramação útil ao rejuvenescimento. Para além, sustentando-se em vários estudos, o
entendimento da interlocução entre senescência celular, rejuvenescimento e imortalidade potencial
puderam ser reunidas na hipótese do rejuvenescimento celular. CONCLUSÃO: Conclui-se que há uma
comunicação cruzada muito robusta e peculiar entre o envelhecimento, rejuvenescimento e senescência,
isto devido ao fato de que ao decorrer do declínio progressivo do organismo ao longo do tempo, há um
acúmulo de células senescentes, das quais a presença das células gigantes multinucleadas senescentes
destaca a capacidade de superar e reverter uma parada do ciclo celular, salientando como que a presença ou
ausência da senescência pode interferir sobre reprogramações e outros mecanismos capazes de rejuvenescer
certos alvos, fornecendo, assim, informações cruciais para compreender o envelhecimento e doenças
associadas e como alcançar um processo de rejuvenescimento eficiente.

Palavras-chave: Rejuvenescimento, Senescência, Envelhecimento.

REFERÊNCIAS (3 a 5):

CHICHE, Aurélie; CHEN, Cheng; LI, Han. The crosstalk between cellular reprogramming and senescence
in aging and regeneration. Experimental gerontology, v. 138, p. 111005, 2020.

KLOC, Malgorzata et al. Giant Multinucleated Cells in Aging and Senescence - An Abridgement. Biology,
v. 11, n. 8, p. 1121, 2022.

O’LOGHLEN, Ana. The potential of aging rejuvenation. Cell Cycle, v. 21, n. 2, p. 111-116, 2022.

SHELDRAKE, A. Rupert. Cellular senescence, rejuvenation and potential immortality. Proceedings of the
Royal Society B, v. 289, n. 1970, p. 20212434, 2022.

TABIBZADEH, Siamak. Repair, regeneration and rejuvenation require un-entangling pluripotency from
senescence. Aging Research Reviews, p. 101663, 2022.

677
AS CAUSAS DE TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP) EM IDOSOS

1
Ana Caroline da Silva Morais
1
Ana Beatriz de Oliveira Marchezini
1
Isadora Lara Santana Pereira
1
Ester Emanuela Mariano
1
Maria Eduarda Barbosa Silva
1
Daniel Cena Ramos
1
Bárbara Estêvany Martins Faria
2
Kárita Misaele Sousa Felipe

1Universidade de Rio Verde (UniRV). Goiás, Goianésia, Brasil; 2Docente da Universidade de


Rio Verde (UniRV). Goiás, Goianésia, Brasil.

Eixo temático: emergência clínica


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: ana.c.s.morais@academico.unirv.edu.br

INTRODUÇÃO: O tromboembolismo pulmonar é uma patologia de maior gravidade, e pode estar presente
em idosos, principalmente, por ser uma população mais propensa aos fatores de risco para esta doença. O
TEP decorre de uma obstrução total ou parcial de uma ou mais artérias na região pulmonar, muitas vezes
por coágulos ou placa, proveniente da circulação venosa sistêmica que se desprende e, atravessando as
cavidades direitas do coração, causam a oclusão. Os altos índices de pacientes idosos com o TEP,
apresentam algumas causas para tromboembolismo venoso, provocando impactos negativos na vida
pessoal. OBJETIVO: Compreender as causas e as consequências da Embolia Pulmonar em idosos.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, na qual foram utilizadas as bases de
dados do Scielo e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram: ́ ́embolia pulmonar``,
´´tromboembolismo venoso``, ´´EP em idoso``, ´´octogenários`` sendo encontrado, assim 3 estudos
incluídos no Scielo e 1 incluso no Google acadêmico, foram utilizados artigos em português e de leitura
completa. RESULTADOS: a presente revisão da literatura teve como resultado 4 estudos em língua
portuguesa selecionados, destes 2 publicados em 2022, 1 publicado em 2004 e 1 publicado em 2005. Foram
encontrados dois artigos originais e uma Diretriz de Embolia Pulmonar, e um artigo original no Google
acadêmico. Após a análise da literatura, evidenciou-se que na população idosa o TEP é o terceiro
acometimento cardiovascular mais comum. Ademais há presença dos principais fatores predisponentes para
o TEP no idoso, como: a imobilização prolongada no leito, neoplasias, insuficiência cardíaca congestiva e
procedimentos cirúrgicos ortopédicos, especialmente em membros inferiores, colocam a população idosa
em grande risco de morte. Nesse contexto ao relacionar a vivência do público idoso, pode-se afirmar que
essa patologia influência na qualidade pessoal, pois ela é uma afecção grave e que, quando intercorrente no
paciente idoso, juntamente às suas causas, somará em condições mórbidas, que levam a repercussões
psicológicas, o que pode prejudicar na sua melhora, já que ele se encontra no seu traspassamento.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, esse estudo ressalta sobre as causas de embolia
pulmonar em idosos e, portanto, busca salientar algumas das principais e mais recorrentes manifestações
dessa enfermidade por exemplo insuficiência cardíaca congestiva, neoplasias, dentre outras. Dessa forma é

678
evidente que o TEP juntamente às suas causas, interfere na qualidade de vida do paciente, de forma que
favorece o surgimento de consequências como condições mórbidas. Além disso, nota-se a necessidade de
intensificar as pesquisas acerca desta doença.

Palavras-chave: Embolia pulmonar1, Tromboembolismo venoso2, EP em idosos3.


REFERÊNCIAS: Carvalho MRM, Oliveira GMM, Pantoja MR, Godoy H, Luiz RR. Embolia
Pulmonar no Paciente Idoso. Internado Rev. da SORCERJ, UFRJ, Prontocor – Lagoa (RJ).
V.18, n. 2, p. 141-147, mar/abri 2005.
Cramelli B, Gottschall CAM, Blacher C, Lucio EA, et al. Diretriz de embolia pulmonar. Arquivos
Brasileiros de Cardiologia. V. 83, n. 1, p. 65, ago. 2004.
Gomes JA, Barros JEB, Nascimento ALO, Rocha CAO, Almeida JPO, Santana GBA, et al.
Hospitalizações por embolia pulmonar no Brasil (2008-2019): um estudo ecológico e de séries
temporais. Jornal Brasileiro de Pneumologia. V.48, n. 3, maio/jun. 2022.
Yoo, Hugo Hyung Bok. Trombólise na embolia pulmonar. Arquivos Brasileiros de Cardiologia.
V.118, n.1, p.75-76, jan. 2022.

679
VARÍOLA SÍMIA (MONKEYPOX): O PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À
SAÚDE
Lara Nunes Lima1
Fernanda Cristina de Abreu Quintela Castro1
1
Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC). Colatina, Espírito Santo, Brasil.
Eixo temático: Medicina
Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: laranuneslima2001@gmail.com
INTRODUÇÃO: A afecção chamada varíola dos macacos ou Monkeypox é uma zoonose que está
ascendendo em número de contaminados no Brasil. O vírus Monkeypox pertence à família Poxviridae e ao
gênero orthopoxvirus, que engloba muitos outros poxvírus. A transmissão se dá pelo contato direto com
sangue, fluidos corporais ou até mesmo por lesões de mucosa, afetando crianças e adultos. Os casos tidos
como suspeitos são indivíduos em qualquer idade com lesões em mucosa de início súbito. Considerada por
muitos especialistas como uma emergência de saúde pública, o Sistema Único de Saúde deve estar ciente
da gestão ideal dos pacientes em que há confirmação de doença, assim como posteriores intervenções.
OBJETIVO: Apresentar o manejo inicial da Atenção Primária para casos suspeitos ou confirmados de
indivíduos diagnosticados com Monkeypox. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica do
tipo exploratória, que analisou cerca de 10 artigos e documentos publicados no ano de 2022, encontrados
em bases de dados nacionais e internacionais como Pubmed, Lilacs, Bireme, Scielo, excluindo aqueles sem
relação à Atenção Primária e de anos anteriores, resultando em 04 trabalhos aplicados. Os dados
epidemiológicos foram retirados do site da Organização Mundial da Saúde no dia 08 de dezembro de 2022.
RESULTADOS: Inicialmente na atenção primária, deve ser feito o isolamento do indivíduo, assim como
a coleta de amostras do material vesicular e da crosta da lesão. Ao mesmo tempo, avalia-se a gravidade do
paciente, que quando ausente, poderá receber tratamento em casa com acompanhamento da equipe de saúde,
que deverá estar devidamente protegida pelo Equipamento de Proteção Individual. Em caso de sinais
emergenciais, como sepse, confusão, insuficiência respiratória, desidratação e linfadenopatia cervical
acompanhada com disfagia, ou algum fator de risco agravante, o paciente deve ser acompanhado e avaliado
por especialista na atenção secundária e terciária. Imediatamente após a suspeita e/ou confirmação do
diagnóstico, a notificação compulsória deve ser realizada, concomitante ao rastreamento de contatos a cada
24 horas, identificando grupos populacionais que necessitem de intervenção imediata. Simultaneamente às
ações da atenção primária, a vigilância em saúde se encarregará das demandas epidemiológicas, como
monitoramento e emissão de alertas, realização de diagnóstico situacional e laboral, análise de causas e
contribuições do óbito, alternativas de controle e prevenção do agravo. CONCLUSÃO: O manejo inicial
da atenção primária em relação a uma doença emergente é importante para o controle da disseminação da
doença e tratamento precoce, bem como a adoção de políticas públicas para o esclarecimento da afecção à
população, especialmente como estratégia preventiva, alertando os riscos do contato com roedores e
primatas, como também a exposição direta ao sangue e carne mal cozida, por a vacinação não ser uma
opção no nosso país atualmente, além do cumprimento do Plano de Contingência da doença. Por ser um
assunto recente no meio acadêmico, a quantificação de estudos relacionados à essa temática foi escassa e
incerta, principalmente a respeito do tratamento, feito até então com o tecovirimat e brincidofovir.
Finalmente, destaca-se o interesse de novas pesquisas relacionadas ao tema, assim a prática terá cada vez
mais influência científica.
Palavras-chave: Vírus, Vigilância, Atenção.
REFERÊNCIAS:
FIOCRUZ. Monkeypox (MPX): orientações do Ministério da Saúde. Disponível em: < Monkeypox
(MPX): orientações do Ministério da Saúde (fiocruz.br)>. Acesso em: 17 Dez. 2022.
GADELHA, P. S. et al. Monkeypox: A public health emergency in Brazil. Lancet. Brazil, v. 00, n. 100375,
2022.
GESSAIN, A.; NAKOUNE, E.; YAZDANPANAH, Y. Monkeypox. NEJM. France, v. 387, n. 19, p. 1783
-1793, 2022.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Monkeypox: confira a nota técnica que orienta equipes de saúde da Atenção
Primária. Disponível em: < Portal da Secretaria de Atenção Primária a Saúde (saude.gov.br)>.
Acesso em: 17 Dez. 2022.

680
CÂNCER COLORRETAL E SEUS FATORES DE INFLUÊNCIA: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
Daniela Alves do Carmo¹
Bianca Gonçalves Rodrigues¹
Laura de Melo Rocha¹
Pedro Henrique Tomé Alves¹
Pedro Lucas Carneiro Ramos¹
Wesley Gomes da Silva¹
¹Universidade Evangélica de Goiás. Anápolis, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Promoção de saúde/ Temas livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1º autor: dani_alcar@live.com

INTRODUÇÃO: A neoplasia colorretal é uma degeneração do epitélio intestinal que pode ser acompanhada
de pólipos e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (2022), abrange tumores que se iniciam no cólon, reto
e ânus. É o terceiro tipo de câncer mais comum nas Américas, afetando quase 2 milhões de pessoas em
2018 e o segundo tipo de câncer que mais mata no continente americano, por isso é necessário que a
população esteja ciente de seus fatores de risco, para que o diagnóstico não seja tardio e assim aumente a
eficácia do tratamento. OBJETIVO: Buscar evidências que correlacionem o desenvolvimento do CCR com
a genética e o estilo de vida. METODODOLOGIA: Este estudo é uma revisão integrativa da literatura que
buscou responder a seguinte questão norteadora: “Quais são as evidências que relacionam o
desenvolvimento de neoplasias colorretais com a genética e o estilo de vida?”. Para a realização deste
estudo, foi realizada uma busca nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Publisher Medline
(PubMed). Os descritores utilizados foram “câncer coloretal”, “genética”, “dieta” e “obesidade”, com o
AND booleano. Foram incluídos artigos originais publicados entre 2017 e 2024 escritos em espanhol, inglês
e português. Ao final, foram selecionados 17 artigos, os quais foram divididos em três categorias de
influência: genética, alimentação e ambiente. RESULTADOS: Compreendeu-se que a presença de certos
genes tem relação com a maior incidência de CCR, e, a combinação de mais de um genótipo provável,
aumenta a chance de desenvolvimento da doença. Indivíduos com comportamento de risco, como os
usuários de rapé que têm os genes GSTM1 E GSTT1 nulos, são impossibilitados de metabolizar
adequadamente essa substância, sendo, portanto, mais suscetíveis ao CCR. Além disso, outros genótipos
associados são APC, BECN1 (envolvidos com multiplicação celular) e TP53 (supressor de tumor), os quais
associados ao uso rotineiro de glutamato monossódico (MSG) tiveram um efeito pró-mitótico, já que APC
e BECN1 foram estimulados e TP53 foi suprimido. Em relação a fatores alimentares, destaca-se uma
correlação entre a ingestão de produtos lácteos fermentados com a diminuição no risco de cânceres de
bexiga e colorretal, visto a grande quantidade de nutrientes e probióticos presentes nesses alimentos. Já
sobre a influência ambiental, verificou-se que os homens tiveram probabilidade 1,1 vezes maior de terem
pólipos adenomatosos do que as mulheres. Acima de 50 anos de idade, houve probabilidade 2,05 vezes
maior de adenomas colorretais do que abaixo dessa idade. Indivíduos considerados obesos a partir do IMC
(IMC > 30,0 kg/m2) tiveram probabilidade 1,29 vezes maior de apresentar pólipo colônico adenomatoso

681
que pacientes com peso normal. CONCLUSÃO/ CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, ficou
comprovado que determinados genes estão mais relacionados ao desenvolvimento do CCR, como os
promitóticos. No que diz respeito à alimentação, nota-se a influência dos alimentos ricos em fibras, que têm
apresentado menos casos de pólipos e CCR. Outros achados importantes foram a maior predisposição que
homens, pessoas com mais de 50 anos e obesos têm para desenvolver adenomas colorretais.

Palavras-chave: comportamento alimentar; neoplasias colorretais; genética.

REFERÊNCIAS:
AL HARGAN, A., DAGHESTANI, M. H., HARRATH, A. H. Alterações nos níveis de expressão gênica
APC, BECN1 e TP53 em células de câncer de cólon causadas por glutamato monossódico. Braz. J. Biol.
v. 83, 2023.
FREITAS, B. A., et al. Are obesity and adenoma development associated as colorectal cancer precursors?.
ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva, n. 33, v. 1, 2020.
Instituto nacional de câncer José Alencar gomes da silva. Detecção precoce do câncer. Rio de Janeiro:
INCA, 2021. Disponível em: https://antigo.inca.gov.br/publicacoes/livros/deteccao-precoce-do-
cancer. Acesso em: 01/11/2022.
KHAN, A., et al. Associação de polimorfismo genético de glutationa S-transferase com suscetibilidade ao
câncer colorretal em viciados em rapé (Naswar). Braz. J. Biol. v. 84, 2024.
ZHANG, K., et al. Fermented dairy foods intake and risk of cancer. Int J Cancer, n. 144, v. 9, p. 2099–
2108, 2019.
.

682
EMBOLIA GORDUROSA POR FRATURA DE OSSOS LONGOS: UMA
ANÁLISE DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E
PROGNÓSTICOS

1
Maria Luiza Vianna Braga
1
Júlia de Oliveira Ferreira Arquete
1
Lucas Emídio Pereira Possas
1
Luís Vitor Maciel Amorim
1
Marcela Maria Alves Lima De Oliveira
1
Renan Gonçalves Furtado Ramos
1
Leonardo Santos Bordoni
1Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Revisão de Literatura - Medicina


Modalidade: Pôster
E-mail do 1o autor: malubraga04@hotmail.com
INTRODUÇÃO: Embolia gordurosa (EG) é a presença de fragmentos de gordura na corrente sanguínea
que ficam retidos na rede capilar. Geralmente, se deve à exposição da medula amarela que ocorre em
fraturas de ossos longos como fêmur, tíbia, fíbula e ossos dos do quadril. Por sua vez, a Síndrome de
Embolia Gordurosa (SEG) é a presença de sinais e sintomas específicos e provenientes da embolia
gordurosa nos órgãos acometidos. OBJETIVOS: Analisar as principais características da Síndrome de
Embolia Gordurosa por fratura de ossos longos, incluindo-se apresentações clínicas, padrões e
prognósticos. METODOLOGIA: Realizou-se o levantamento inicial de 11 artigos em inglês e português
selecionados na base do Google Acadêmico, PubMed e Scielo. Para a seleção foram utilizados os seguintes
descritores: “Embolia gordurosa por fratura de ossos longos”, “Síndrome de embolia pulmonar”, “Fat
embolism” e “Fat embolism syndrome”. Ao final, foram incluídos apenas 5 artigos no estudo.
DISCUSSÃO: A literatura revisional avaliada aponta como a principal causa de SEG a fratura de ossos
longos, que foi corroborada com os relatos de caso analisados, onde todos se trataram de fraturas proximais
de fêmur e uma com fratura de acetábulo acompanhando a femoral. Os sintomas clássicos evidenciados
foram insuficiência respiratória, taquicardia, alterações neurológicas, principalmente representada por
sonolência e dificuldade responsiva, além de anemia com queda progressiva de hemoglobina; todos com
aparecimento dos sintomas em aproximadamente 48 horas após o evento inicial. A EG é um evento de
origem venosa, uma vez que, nos ossos, as vênulas permanecem acopladas às trabéculas ósseas e realizam
a drenagem do êmbolo. Assim, é de se esperar que as principais manifestações clínicas da síndrome estejam
relacionadas ao sistema respiratório, uma vez que o deslocamento do êmbolo pela rede venosa encontrará
vasos de calibre menor apenas nos capilares do pulmão. No entanto, é possível que o êmbolo se desloque
via arterial, seja por meio de fístulas arteriovenosas, seja pela própria capacidade de deformação da gordura,
e atinja outros órgãos de forma igualmente grave, o que explica o fato de os pacientes desenvolverem
quadros neurológicos característicos de má perfusão cerebral, observado pela confusão mental e sonolência
apresentada. O evento não é restritamente desencadeado por politraumatismo, tendo relação também à
adoção de uma terapia imobilizadora, repouso do paciente, procedimentos ortopédicos cirúrgicos, fatores
intrínsecos ao paciente, como índice glicêmico e níveis de cortisol, e, recentemente estudado,
procedimentos lipoaspirativos. Por fim, nota-se que o tratamento de suporte imediato, após o diagnóstico
de SEG, foi fundamental para a recuperação de todos os pacientes relatados, uma vez que a evolução da
síndrome se dá de maneira muito rápida e, caso não seja identificada a tempo, o paciente pode vir a óbito.

683
CONCLUSÃO: Assim, evidencia-se a importância de se atentar aos sinais e sintomas clássicos dos quadros
dessas patologias, mesmo que nem todo paciente tenha apresentação típica. Portanto, salienta-se a
relevância do tema e a necessidade de maiores estudos, para possibilitar que os profissionais da saúde
compreendam melhor a fisiopatologia e sintomatologia, e providenciem a propedêutica de forma precoce,
favorecendo o prognóstico e sobrevida desses pacientes.

Palavras-chave: Embolia Gordurosa, Evolução Clínica, Fraturas Ósseas.


REFERÊNCIAS:
LACERDA, I. D. et al. Embolia gordurosa cerebral em politraumatizado: relato de caso. Revista de
Medicina, v. 99, n. 2, p. 197–201, 23 abr. 2020.
FILOMENO, L. T. B. et al. Embolia gordurosa: uma revisão para a prática ortopédica atual. Acta
Ortopédica Brasileira, v. 13, n. 4, p. 196–208, 2005.
PRETTO, J. L. DE C. E S. et al. Fat Embolism in Differential Diagnosis of Acute Cor Pulmonale: Case
Report. ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA - IMAGEM CARDIOVASCULAR, v. 28,
n. 3, 2015.
HE, Z. et al. Single-case metanalysis of fat embolism syndrome. International Journal of Cardiology, v.
345, p. 111–117, dez. 2021.
RODRIGUES JUNIOR, T. C. et al. SÍNDROME DA EMBOLIA GORDUROSA EM PACIENTE
DECORRENTE DE FRATURA TRANSTROCANTÉRICA DE FÊMUR ESQUERDO INSTÁVEL:
RELATO DE UM CASO. Em: LUIS HENRIQUE ALMEIDA CASTRO; THIAGO TEIXEIRA
PEREIRA; FERNANDA VIANA DE CARVALHO MORETO (Eds.). Propostas, Recursos e Resultados
nas Ciências da Saúde 2. 1. ed. [s.l.] Atena Editora, 2020. p. 75–81.

684
ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES DIABÉTICOS
SUBMETIDOS A CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

¹Milene Silva Santos

¹Janaína Pinheiro dos Santos

¹Amanda Ferreira dos Santos

¹Larissa Neves Santana

¹Michèle Correia Malaquias

¹Juliane Pereira Dos Santos

²Mirthis Sento Sé Pimentel Magalhães

²Simone Souza Santos

¹Centro universitário Jorge Amado (UNIJORGE). Salvador, Bahia, Brasil; ²Centro Universitário Jorge
Amado (UNIJORGE), Professora do Curso de Bacharelado em Enfermagem. Salvador, Bahia, Brasil

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor:
INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença endócrina-metabólica de etiologia heterogênea,
que envolve fatores genéticos, biológicos e ambientais. É uma patologia causada pela produção insuficiente
ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose. Caso a glicose apresente o valor a partir de 300
mg/dL, considerado muito acima do padrão (70 a 99 mg dL), o organismo entra em cetoacidose diabética,
induzindo alterações celulares como a oxidação do Lipoproteína de baixa densidade (LDL), que acaba
promovendo a formação da aterosclerose que contribui para o surgimento de Doenças Arteriais
Coronarianas (DAC), tal como o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), que é uma complicação que exige a
revascularização do miocárdio, com a finalidade de melhorar o fluxo sanguíneo do músculo cardíaco.
OBJETIVO: Descrever os diagnósticos de enfermagem aplicados no pós-operatório de pacientes
diabéticos submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa de revisão integrativa de literatura, realizada nos meses de setembro e outubro de 2022, utilizando-
se como critérios de inclusão artigos completos, publicados em português e inglês nos últimos 10 anos,
disponíveis na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Como critérios de exclusão, foram retirados
artigos repetidos, que não estavam disponíveis na íntegra e que não abordavam o objetivo do estudo. Os
Descritores em Ciência da Saúde (DeCS), escolhidos para a busca foram: Revascularização
Miocárdica AND Enfermagem AND Diabetes Mellitus. RESULTADOS: Foram escolhidos 5 artigos
publicados, de acordo com os critérios estabelecidos. Como principais diagnósticos de enfermagem foram
identificados: conforto prejudicado relacionado ao pós-operatório evidenciado pelo medo de morrer, risco
de tromboembolismo venoso evidenciado pela imobilidade cirúrgica e idade acima de 60 anos, risco de
lesão por pressão evidenciado pela pele ressecada e posicionamento perioperatório. Como intervenções de
enfermagem, pode-se citar: conversar com o paciente para acalmá-lo, aplicar musicoterapia, trabalhar com
massagens terapêuticas, assisti-lo com bom humor. Orientar o paciente para hidratação, aplicar o uso de
meias de compressão, colocar o paciente em posição trendelemburg para diminuir a pressão hidrostática,
acompanhar os níveis de plaquetas do sangue, observar se há cianose, observar se há queda de saturação de
oxigênio, monitorar os sinais vitais, atentar-se para a dieta do paciente, orientar para movimentação dos
membros inferiores, orientar para hidratação da pele, mudança de decúbito. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

685
A enfermagem tem um papel fundamental quanto à assistência do paciente diabético no perioperatório, por
isso é necessário se atentar a todos os parâmetros estabelecidos para que se suceda uma cirurgia segura.
Ademais, isto requer do enfermeiro, atribuições técnico-científicas e uma visão holística para definir os
diagnósticos de enfermagem e, posteriormente, determinar as intervenções necessárias para proporcionar
melhor conforto ao paciente em sua reabilitação.

Palavras-chave: Enfermagem, Cuidados de Enfermagem, Revascularização Miocárdica

REFERÊNCIAS:

HORTA, V. A. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU, 1979. Acesso em: 15 out. 2022.
NANDA, North American Nursing Diagnosis Association International. Diagnósticos de enfermagem da
NANDA:definições e classificação 2009 - 2011. Porto Alegre (RS): Artmed; 2010. Acesso em: 15 out.
2022.

SAÚDE, Ministério da. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Diabete melito tipo 1. Brasília-
DF, 2020. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_terapeuticas_diabete_melito.pdf. Acesso
em: 15 out. 2022.

686
A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE ACERCA DO LUTO
NOS CUIDADOS PALIATIVOS

¹Natalia Pereira Antunes

¹Emily Carolina Donato de Moura

²Luanna de Moraes Attard

³Manuela Oliveira Alves Victor


4
Millena Moreira Carrasco
5
Roberta Mânica de Almeida
6
Yasmin Pereira Leite Rocha
7
Monize Marques de Almeida

1Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso,


Brasil;
1Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso,
Brasil;
2Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso,
Brasil;
3Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso,
Brasil;
4Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso,
Brasil;
5Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso,
Brasil;
6Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso,
Brasil;
7Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso,
Brasil.

Eixo temático: Revisões de Literatura


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: nataliantunes13@gmail.com


INTRODUÇÃO: Os Cuidados Paliativos (CP) possibilitam a elevação do conforto e amparo de pacientes
com doenças que ameaçam a vida, viabilizando o alívio do sofrimento em todas as dimensões, sejam físicas,
emocionais ou espirituais. Contemplados por uma equipe multiprofissional, tais cuidados abrangem também
os familiares do paciente, para que estes consigam lidar com o adoecimento, a morte e o luto. Nesse sentido,
apesar da atenção ao luto ser fundamental, muitas vezes, há despreparo dos profissionais de saúde no
enfrentamento desse processo, pouco sabendo como agir diante da finitude, seja pela formação escassa no
assunto ou pela carência de habilidades emocionais. Ademais, a pandemia da COVID-19, decorrente de
uma infecção respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, agravou o enlutamento, pois o isolamento
distanciava amigos e familiares daquele que estava em processo de morte. Desse modo, percebe- se a
necessidade de possibilitar uma compreensão acerca da morte e, consequentemente, do luto, visando
preparar profissionais para lidar adequadamente com a terminalidade. OBJETIVO: Analisar a significação

687
e percepção do luto na visão de profissionais da saúde de cuidados paliativos. METODOLOGIA: Este
estudo é uma revisão integrativa de literatura, logo, não sendo necessário apresentação em comitê de ética.
Realizou-se busca na base de dados BVS e MEDLINE, utilizando os descritores, “Luto", "Cuidados
Paliativos" e "Profissionais de Saúde”. Como critérios de inclusão, idioma em português, nos últimos cinco
anos, textos originais e completos. Assim, encontrou-se um total de 67 artigos e após seleção de títulos e
resumos condizentes com a pergunta norteadora, foram selecionados quatro artigos, dois da LILACS e dois
da PubMed. RESULTADOS: A análise dos trabalhos reunidos revela a persistência de lacunas no preparo
e qualificação de profissionais da saúde para a vivência do luto, assim como suas possíveis complicações.
Ademais, observou-se a existência de agravantes na experiência enlutada durante a pandemia da COVID-
19, o que possibilitou a compreensão das diferentes manifestações do luto, entre essas o luto antecipatório,
o luto privado de direitos e o luto complicado para os indivíduos, famílias e seus provedores. Obteve-se,
também, por resultados, diante do conjunto de relatos e perspectivas de servidores e profissionais da saúde,
o entendimento do processo de morte e suas implicações no bem-estar e qualidade de saúde desse público,
haja vista a susceptibilidade desses ao sofrimento psíquico, depressão, estresse, angústia, síndrome de
burnout, assim como alterações endócrinas, neuroendócrinas e psicofisiológicas. Para isso, entendeu-se a
urgência de políticas que garantam a aplicabilidade dos cuidados paliativos no treinamento e capacitação
de equipes de saúde que vivenciam a morte e o luto no contexto atual.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A discussão da morte e do luto na formação acadêmica
dos profissionais da saúde ainda é deficiente, uma vez que é priorizada uma abordagem tecnicista, com foco
no diagnóstico e na cura da doença. Logo, é necessária a implementação de disciplinas que debatam sobre
a temática, como a de Cuidados Paliativos, com o fim de otimizar o desempenho pessoal e a assistência
psicológica ao paciente, no exercício da profissão.

Palavras-chave: Luto, Cuidados Paliativos, Profissionais de Saúde.

REFERÊNCIAS:

BRAZ, Mariana Sarkis; FRANCO, Maria Helena Pereira. Profissionais paliativistas e suas contribuições
na prevenção de luto complicado. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 37, p. 90-105, 2017.
FRANCO, Indayá da Silva Machado Freire et al. Death And Grief in Palliative Care: Health
Professionals’/Experience Morte e Luto em Cuidados Paliativos: Vivência de Profissionais de Saúde.
Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, v. 12, p. 703-709, 2020.

Hayasida NMA, Assayag, RH, Figueira I, Matos MG. Morte e luto: competências dos profissionais. Revista
Brasileira de Terapias Cognitivas. 2014.; 10(2), 112-121.

Wallace CL, Wladkowski SP, Gibson A, White P. Grief During the COVID-19 Pandemic: Considerations
for Palliative Care Providers. J Pain Symptom Manage. 2020 Jul;60(1):e70-e76.

688
689
O DESPREPARO DA ABORDAGEM PALIATIVISTA, NA GRADUAÇÃO
EM SAÚDE

¹Adryelle Cristine Cândido Santos.


¹Fernanda Ferreira Fernandes;
²Gustavo Vicentini de Oliveira;
³Henrique da Costa Pires;
4
Pâmmella Caroline de Arruda Gonçalves;
5
Vitória Batista e Matricardi;
6
Welliny Almeida Santos;
7
Monize Marques de Almeida.
1Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso, Brasil;
1Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso,
Brasil; 2Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato
Grosso, Brasil; 3Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá,
Mato Grosso, Brasil; 4Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
Cuiabá, Mato Grosso, Brasil; 5Universidade Federal do Mato Grosso
(UFMT). Cuiabá, Mato Grosso, Brasil; 6Universidade Federal do Mato
Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Eixo temático: Revisões de Literatura


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: adryellecandido98@gmail.com
INTRODUÇÃO: Os avanços medicinais tecnológicos fornecem uma melhor qualidade de vida,
consequentemente há um aumento na expectativa de vida, promovendo o envelhecimento populacional que
está ligado, diretamente, a doenças crônicas que podem causar limitações à funcionalidade da pessoa no
seu dia a dia, tornando-os dependentes em suas rotinas. Consoante a isso, os cuidados paliativos (CP) são
cuidados holísticos, ofertados a pessoas de qualquer idade que estejam em sofrimento devido à doença
grave sem possibilidade de cura, e têm como principal objetivo melhorar a qualidade de vida de pacientes,
familiares e/ou cuidadores. Além disso, 100 milhões de pessoas utilizam os CP, no entanto, esse valor é
apenas 8% do total de pessoas que precisam desses cuidados. Diante disso, no contexto curricular da área
da saúde, não se tem, em muitos cursos, uma matéria específica que proporcione treinamento acerca dos
cuidados paliativos, para preparar o futuro profissional a lidar com a morte, o luto, o manejo clínico de um
paciente terminal, a identificação de potenciais problemas relacionados ao convívio social do paciente e
familiares, além de saber como prover alívio para a dor e sobrecarga dos enfermos e familiares/cuidadores.
OBJETIVO: Analisar a importância do estímulo dos cuidados paliativos no contexto da graduação na área
de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, sendo assim, não foi
necessária apresentação em comitê de ética. Realizou-se a busca nas bases de dados SciELO e BVS,
utilizando os descritores, "palliative care" e "teaching" com o operador booleano AND para cruzamento
dos achados, nos dias 28 e 29 de novembro de 2022. Os critérios de inclusão foram o idioma português,
nos últimos dez anos, com textos originais completos e gratuitos, e de exclusão foram os demais idiomas,
há mais de 10 anos e não condizentes com o tema. Assim, encontrou-se um total de 30 artigos da SciELO
e 83 artigos da BVS. Após leitura dos títulos e resumos, foram excluídos os que se repetiam e então
selecionados apenas 4 artigos, sendo, 2 da SciELO, 1 da IBECS e 1 da BDENF-Enfermagem.
RESULTADOS: A análise evidencia o despreparo dos alunos de graduação em saúde em abordar os
cuidados paliativos de forma integral, visto que a maioria dos cursos da área não inclui o tema em suas
grades curriculares. Nesse contexto, foi mostrado em pesquisa entre alunos internos de Medicina de uma
Universidade Federal que apenas 19,05% se sentem capazes de manejar sozinhos sintomas de dispneia
terminal e confusão mental, comprovando a tese de que a não abordagem dos cuidados paliativos causa

690
lacuna na aprendizagem. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, são evidentes os
benefícios da abordagem acerca dos cuidados paliativos nos cursos de graduação em saúde, pois contribuem
para o desenvolvimento integral dos profissionais, sobretudo nos aspectos relacionados à humanização do
cuidado e à gestão da dimensão integral dos pacientes. Portanto, é notória a importância da integração das
bases de cuidados paliativos no currículo acadêmico das graduações em saúde, de modo a suplantar as
problemáticas adjacentes ao ensino deficitário acerca dessa área da saúde.

Palavras-chave: Palliative Care, Teaching, Saúde.

REFERÊNCIAS:

BLASCO, P. G. A ordem dos fatores altera o produto. Reflexões sobre educação médica e cuidados
paliativos. Educação Médica. v. 19, n. 2, p. 104-114, 2018. Disponível em:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ibc-194866. Acesso em nov. 2022.

CORDEIRO, F. R.; ROSO, C. C. O ensino do cuidado de enfermagem em um núcleo de cuidados


paliativos: relato de experiência. Revista de enfermagem [online]. Recife, v. 9, n. 2, p. 1001-1006,
2015. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1024556. Acesso em nov.
2022.

CORREIA, D. S. et al. Cuidados paliativos: importância do tema para discentes de graduação em


medicina. Revista Brasileira de Educação Médica [online]. v. 42, n. 3, p. 78-86, 2018. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1981-52712015v42n3RB20170105.r1. Acesso em nov. 2022.

PEREIRA, L. M.; ANDRADE, S. M. O.; THEOBALD, M. R. Cuidados paliativos: desafios para o


ensino em saúde. Revista Bioética [online]. v. 30, n. 1, p. 149-161, 2022. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1983-80422022301515PT. Acesso em nov. 2022.

691
AVALIAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DE
ABERTURA BUCAL ANGULAR E LINEAR

¹Rodrigo Scalfoni Gavina


¹André Olsen Maia
¹Luciane Lacerda Franco Rocha Rodrigues
¹Antonio Sergio Guimarães
1Faculdade de Medicina e Odontologia e Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic
(SLM). Campinas, São Paulo, Brasil
Eixo temático: Odontologia
Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: rsgavina@gmail.com

INTRODUÇÃO: A avaliação da amplitude bucal é um parâmetro valioso durante o exame clínico, onde
alterações nos movimentos mandibulares representam um importante sinal no quadro clínico das
Disfunções Temporomandibulares. Porém as formas de mensuração atuais são dependentes da presença dos
elementos dentários do paciente, dessa forma ineficazes para pacientes desdentados ou que tenham passado
por procedimentos reabilitadores. Um dos grandes desafios dentro do contexto científico é a criação de
novas formas de avaliação, dentre elas existe a mensuração angular, porém poucos estudos abordam os
padrões de referência desta. OBJETIVO: avaliar a existência de relação entre a abertura bucal angular e
linear interincisiva em pacientes que não apresentam disfunção temporomandibular. METODOLOGIA: A
pesquisa está registrada no Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de pesquisas Odontológicas do Centro
e Pós-Graduação São Leopoldo Mandic, sendo aprovada sob o protocolo de número CAAE:
22275219.7.0000.5374 e Número do Parecer: 3.707.560. É uma pesquisa teórico-prática que utiliza dois
medidores de amplitude bucal (meio quantitativo) para mensurar a abertura bucal linear ea abertura bucal
angular e a sua correlação com idade, sexo, peso e altura. Para o cálculo foi considerada uma população de
4837 pacientes (quantidade de atendimentos novos realizados no ano de 2018), intervalode confiança (d) de
90%, erro amostral de 5% (p) e efeito de desenho igual a 1. Sendo selecionados aleatoriamente 97 pacientes,
para compor o N da pesquisa, de ambos os sexos, maiores de 18 anos, que foram avaliados pelos critérios
do Diagnostic Criterious of Temporomandibular Disorders e não apresentaram sinais e sintomas de
disfunção temporomandibular. Foram realizadas seis mensurações para cada paciente de abertura bucal,
sendo três de abertura linear, medida entre as incisais de incisivo central superior e inferior acrescida da
diferença da sobremordida e três da abertura angular, medida angular obtida pelo ângulo formado entre uma
reta traçada de trágus a comissura palpebral lateral e ponto gnathion. Todos os dados foram anotados e
tabulados em Excel, onde os testes estatísticos foram realizados no software R- project 3.2.0.
RESULTADOS: Com valores de p < 0,05 para o teste de Shapiro-Wilk, temos que a distribuição de abertura
bucal linear e angular é não-normal. Ainda pode-se observar a presença de “outliers” para as medianas das
distribuições de valores de abertura, sendo assim não há correlação estatisticamente significante entre
abertura linear e angular. A diferença entre abertura linear entre homens
=46,49 mm e mulheres = 42,6mm da amostra do estudo é compatível com resultados encontrados na
literatura, apresentando o sexo masculino uma maior abertura bucal. A variável peso e altura mostraram
correlação positiva para abertura bucal linear, porém essa correlação é estatisticamente fraca, e não foram
encontradas correlação para abertura bucal angular. Não há correlação entre abertura bucal linear, angular
e idade. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com a metodologia aplicada e os
resultados obtidos, dentro das limitações deste trabalho, podemos concluir que não há significância
estatística entre as mensurações de abertura bucal linear e abertura bucal angular.

Palavras-chave: Articulação Temporomandibular. Amplitude de movimento articular. Qualidade de


Vida
REFERÊNCIAS:

692
KUANG-TA,Y.; CHIA-CHENG,L.; CHAO-HO,H. Maximum mouth opening of ethnic Chinese in
Taiwan. J. dent. sci., Taiwan, R. O. C., v. 4, n. 1, p. 40-44, 2009.
LASKIN, D. M. Etiology of the pain-dysfunction syndrome. J. Am. Dent. Assoc.196., v. 79, p. 147-153.
MICHELOTTI, A.; CIOFFI, I.; FESTA, P.; SCALA, G.; FARELLA, M. Oral parafunctions as risk factors
for diagnostic TMD subgroups. Jounal of Oral Rehabilitation., v. 37: p. 157-162, 2010.

693
BATE-PAPO SAÚDE: PROJETO DE EXTENSÃO INTERINSTITUCIONAL.
RELATO DE EXPERIÊNCIA NA PANDEMIA DO COVID-19
1
Maria Eduarda Maurício Pimentel
1
Gabriel Luis Guimarães de Souza
1
Thalia Victoria Freitas Borges
1
Michele da Silva Branco de Oliveira
1
Laís Vieira de Oliveira Cunha
2
Victoria Moreira da Fonseca
3
Marcos Vinicius Ferreira dos Santos
1
Priscila Sanchez Bosco
1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; 2 Centro
Universitário Celso Lisboa. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; 3 Universidade Federal do Espírito Santo
(UFES), Vitória, Espírito Santo, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do autor: mempuniversitaria@gmail.com

INTRODUÇÃO: As mídias sociais têm desempenhado papel relevante na difusão de informações sobre saúde
(DE SOUZA,2020), mas podem ser utilizadas para disseminação de notícias sem fundamentos científicos,
assim como o experienciado na pandemia vigente de COVID-19 (DE ALMEIDA, 2020), doença de elevada
infecciosidade e letal para mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo. Visto este cenário, evidencia-se a
necessidade de veiculação de informações confiáveis e em linguagem acessível para a população (XAVIER,
2020), com isso, o projeto de extensão Bate-Papo Saúde foi criado, inicialmente em caráter virtual, para
desmistificar o COVID-19. OBJETIVO: Levar informações de maneira acessível, baseadas em comprovações
científicas, visando a educação e promoção em saúde. METODOLOGIA: O público-alvo é a população, os
profissionais e acadêmicos de saúde, lideranças comunitárias e/ou religiosas e os trabalhadores dos serviços de
apoio à saúde. A difusão de novos conhecimentos em saúde é o cerne do projeto, especialmente no contexto
inicial da pandemia, em que a necessidade de disseminação de informações fidedignas acerca da COVID-19
se faziam pungentes. Sendo assim, a produção de mais de 15 lives, 220 posts e entrevistas sobre temáticas
relacionadas à pandemia, foram ofertadas ao público, por meio de fontes confiáveis e linguagem acessível.
RESULTADOS: Tal metodologia teve como resultado, conceder a qualquer indivíduo a capacidade de absorver
conhecimentos, de modo a promover a educação em saúde, bem como o empoderamento da população nas
condutas relacionadas à sua saúde e ao seu direito acerca do cuidado integral.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A desinformação alinhada à propagação de notícias falsas, pode
acarretar consequências irreversíveis para a sociedade. Nesse sentido, o uso das mídias sociais para abordar o
COVID-19 cientificamente e com linguagem facilitada para entendimento da população leiga, e difundir
conhecimento e trocas entre os profissionais de saúde é de importância para formação mútua do aprendizado
em saúde. A produção de conteúdo como posts e lives conta com a expertise das diferentes temáticas abordadas
relacionadas ao COVID-19. Sendo assim, o projeto visou promover a educação em saúde para todos os níveis
da sociedade, implementando conhecimento acerca de temas complexos para a população, de modo a mitigar
os impactos das doenças e, por conseguinte, elevar o bem-estar social.

Palavras-Chave: Educação em saúde; Promoção de saúde; Conscientização

REFERÊNCIAS:

694
DE ALMEIDA, A. et al. Como as fake news prejudicam a população em tempos de Pandemia Covid-19?:
Revisão narrativa. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, p. 54352-54363, 2020. Disponível em:
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/14370. Acesso em: 28 dez. 2022

DE SOUZA, T. S. et al. Mídias sociais e educação em saúde: o combate às Fake News na pandemia da COVID-
19. Enfermagem em Foco, v. 11, n. 1. ESP, 2020. Disponível em:
http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/3579. Acesso em: 28 dez. 2022.

XAVIER, F. et al. Análise de redes sociais como estratégia de apoio à vigilância em saúde durante a Covid-
19. Estudos avançados, v. 34, p. 261-282, 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ea/a/mJdn8gkLSwfqBgXNvnfnQFg/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 28 dez. 2022.

695
PARESTESIAS OROFACIAIS NA ODONTOLOGIA E SUAS TERAPIAS
1
Nívia Castro Binda

2
José Lopes de Oliveira Neto

3
Geraldo Soprani Júnior

4
Marcelo Costa Rodrigues

5
Brenda Graziella Coêlho Nogueira

5
Larissa Ramos de Albuquerque

6
Kimberly Damazio Tiburcio

7
Grace Kelly Martins Carneiro

1 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Vitória, Espírito Santo, Brasil. 2 Residente de
Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial do Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba. São
Paulo, Brasil. 3 Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC). Espírito Santo, Brasil. 4 Universidade
Federal de Jataí (UFJ). Goiás, Brasil. 5 Faculdade de Odontologia do Recife (FOR). 6 Centro
Universitário Pitágoras Unopar de Niterói. 7 Cirurgiã-Dentista, Mestre e Especialista em Ortodontia.
Faculdade Morgana Potrich (FAMP).

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Pôster

E-mail principal: nivia_sgp@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A parestesia consiste em uma neuropatia com modificação nas sensações e anestesia que
persiste além do tempo considerado normal. Alguns sintomas podem ser relatados pelo paciente, tais como
função sensorial afetada, como anestesia ou hiperestesia, e, ainda, perturbação neurossensoriais. Na região
orofacial a parestesias se apresentam, principalmente, pelo acometimento dos nervos alveolar inferior,
lingual, mentual, trigêmio e/ou facial. As causas podem envolver fatores locais, como exodontia de
elementos dentários com proximidade com estruturas nervosas ou, ainda, de fatores sistêmicos.
OBJETIVOS: Revisar a literatura acerca das parestesias orofaciais na odontologia, ressaltando suas terapias
disponíveis. METODOLOGIA: refere-se a uma revisão da literatura, utilizando as bases de dados BIREME
e MEDLINE/PubMed. Considerou-se como critério de inclusão os artigos completos disponíveis na íntegra
no idioma português e publicados entre os anos de 2016 e 2022. Os critérios de exclusão foram: artigos
incompletos, duplicados, resenhas, resumos e que não possuem relação com o objetivo do presente estudo.
RESULTADOS: Estudos apontam que as parestestesias são causadas devido a intima relação entre as
estruturas nervosas e áreas anatomias de interesse para o cirurgião-dentista. Há diversas modalidades de
terapia para parestesias. O tratamento com medicamentos deve ser realizado com vitamina B1 associada à
estricnina. Se a causa da lesão nervosa é por compressão do nervo, deve-se aguardar e acompanhar o
paciente, para que a sensibilidade volte gradualmente. Ademais, sessões de fisioterapia e/ou de laserterapia

696
de baixa intensidade podem ser consideradas como protocolo terapêutico. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Escolha da terapia adequada deve ser realizada de acordo com a etiologia da parestesia. Além disso, sabe-
se que a combinação de diferentes terapias pode reduzir ou eliminar o problema.
Palavras-chave: Condução nervosa, Parestesia. Nervo alveolar inferior.

REFERÊNCIAS

FLORIAN, M. R.; RANDO-MEIRELLES, M. P. M. Uso da acupuntura em um caso de parestesia dos


nervos alveolar inferior e lingual. Research, Society and Development, v. 66, n. 4, p. 312–315, 2012.
GUIMARÃES, A. N. et al. Diagnóstico e manejo da dor orofacial oncológica : relato de três casos clínicos
Diagnosis and management of orofacial pain in cancer : three clinical case reports. Arquivos em
Odontologia, v. 51, n. 4, p. 205–209, 2015.
OLKOSKI, L. E. et al. Laserterapia de baixa intensidade e seus efeitos sobre a dor , edema , trismo e
parestesia : uma revisão integrativa da literatura Low intensity laserterapy and its effects on pain , edema ,
trism and paresthesia : an integrative literature review Laserte. Research, Society and Development, v.
2021, p. 1–11, 2021.

697
698
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS DADOS ACERCA DE
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO 2018-2020

Gabriela Kei Ramalho Yoshimoto1


Alexia Gonçalves Santos1
Ana Luisa Jaramillo Garcia1
Andressa Mota Gonçalves1
Julia Mallab Prates1
Maria Clara Peixoto Lima1
Gerson Fernando Mendes Pereira2
1
Acadêmico de Medicina do Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Brasília, Brasil;
2
Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, Piauí, Brasil;
Especialização em Saúde Pública pelo Centro Universitário de Brasília (UnB), Brasília, Brasil; Formação
em epidemiologia pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Brasília, Brasil; Mestre em Epidemiologia
pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brasil; Doutor pelo Programa de Pós-
Graduação em Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, Brasil. Atual Diretor do
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria
de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Brasília, Brasil;

Eixo temático: Levantamentos


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: gabriela.kei@sempreceub.com

INTRODUÇÃO: A Profilaxia Pós Exposição (PEP) para HIV visa reduzir o risco de adquirir algumas
infecções por meio do uso de medicamentos até 72 horas após contato com o agente. A PEP pode ser
oferecida pelas redes pública e privada. A adesão ao tratamento, realizando os 28 dias de uso dos
Antirretrovirais (ARV) é essencial efetividade da profilaxia. Todavia, estudos recentes mostram baixa
adesão ao tratamento, principalmente entre adolescentes e vítimas violência sexual. OBJETIVO: Analisar
o número de dispensações de medicamentos da PEP pré e pós-pandemia e o perfil dos usuários da PEP.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo quantitativo de análise de dados secundários obtidos na base de
dados DataSUS acerca da indicação da PEP entre o período de 2018 a 2020. RESULTADOS: A população
mais atendida foi a das mulheres cis, em segundo lugar, os homens cis, em terceiro, homens que fazem sexo
com homens, em quarto, as mulheres trans, em quinto homens trans e em sexto a população travesti. Os
resultados mostram que a queda da dispensação se relaciona com a pandemia de COVID 19, a qual teveinício
em 2020. A crescente dispensação da última década foi interrompida, com 140.515 dispensações em2019 e
126.171 em 2020, uma queda de 14.344 dispensações. A PEP esta indicada em casos de relação sexual
desprotegida, de violência sexual e de acidentes de trabalho com materiais perfuro cortantes contaminados
com material biológico. Antes de ser realizada deve ser feito uma avaliação inicial que abrange:
determinação do tempo de exposição, investigação do status sorológico do paciente, questionar sobre sinais
e sintomas de infecções sexualmente transmissíveis, verificar imunizações (HBV, dT, HPV, HVA) e
indagar a data da última menstruação, além de sintomas de gravidez. Caso a terapia for indicada, deve-se
orientar sobre a melhor tolerabilidade do novo esquema, reforçar a importância da adesão e agendar o retorno
em quatro semanas. A adesão se mostra de bastante importância para o cumprimento do tratamento,
portanto a abordagem deve ser feita através da escuta ativa em um ambiente favorável ao diálogo sobre as
práticas sexuais e rotinas de serviço, possibilitando vínculos e melhora na adesão. Devido a campanha,
promovida pelo Ministério da Saúde, que busca levar informação para a população acerca da patologia, a
dispensação de medicamentos da PEP tiveram aumento até o ano de 2019. CONCLUSÃO: Em vista o
levantamento de dados realizado é notada a devida importância da PEP para o tratamento e controle da
disseminação dessa infecção no país. A disseminação de informações para que a PEP seja ofertada e
administrada corretamente é um dos pilares para a correta adesão ao tratamento e consequente melhora do
paciente. Com a chegada da pandemia de COVID 19 a procura pela PEP diminuiu quando comparada aos
anos prévios.

699
Palavras chave: Profilaxia Pós-Exposição; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida;
Epidemiologia.

REFERÊNCIAS:

GADD, Chris; ALCORN, Keith ; NAM CHARITABLE TRUST. HIV & AIDS treatments directory.
London: Nam, 2006.
Mega, T. P., de Freitas Lopes, A. C., Santos, V. C. C., & Petramale, C. A. (2015). Protocolos clínicos e
diretrizes terapêuticas no SUS: histórico, desafios e perspectivas. Revista Eletrônica Gestão e Saúde, (4),
3275-3285.

RÁPIDA, G. D. C. (2013). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV
em adultos.

700
PREVALÊNCIA POPULACIONAL DOS ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA
DE TRANSTORNOS MENTAIS NO TOCANTINS DURANTE PANDEMIA DE
COVID-19

¹José Wilson Magalhães Sotero Filho


¹Pedro Henrique Xavier Lopes
²Clara Afife Salim Buhamara Alves Nasser Gurjão
³Nayla Carvalho dos Santos
4
Marcelo Cardoso Bezerra
5
Luciana do Nascimento e Silva Krebs
1Universidade de Gurupi(UNIRG) Gurupi, Tocantins, Brasil; 21Universidade de Gurupi(UNIRG)
Gurupi, Tocantins, Brasil;31Universidade de Gurupi(UNIRG) Gurupi, Tocantins, Brasil;41Universidade
de Gurupi(UNIRG) Gurupi, Tocantins, Brasil;51Universidade de Gurupi(UNIRG) Gurupi, Tocantins,
Brasil

Eixo temático: Transtornos comportamentais e Covid-19


Modalidade: Apresentação Oral
E-mail do 1° autor: josewilsonmagalhaessoterof@gmail.com

INTRODUÇÃO: Na pandemia, a saúde física populacional e o combate ao patógeno são prioridades para
órgãos da saúde, de modo que implicações sobre a saúde mental são negligenciadas. No entanto, o
sofrimento psíquico deve ser levado em consideração, de acordo com a ONU, o COVID-19 não se trata
somente de uma crise na saúde física, mas também mental. A quarentena e o distanciamento social geram
emoções que podem se agravar e originar transtornos, como o de ansiedade. OBJETIVOS: Analisar os
fatores acerca da prevalência dos índices de ansiedade em cada faixa etária da população tocantinense no
período de pico de Covid-19. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico acerca dos transtornos mentais e
comportamentais, com dados coletados na plataforma DATASUS TABNET, no período de 2018 a 2021,
no estado de Tocantins, com critérios de inclusão, as faixas etárias de 1 a 79 anos de idade, segundo o ano
de atendimento de urgência dos mesmos, seguido de cálculo do desvio padrão (DP) para determinação dos
grupos mais afetados. RESULTADOS: No ano de 2018, antes do primeiro caso confirmado de Covid-19,
o número de atendimentos foi de 126. Em relação ao ano de 2020, auge da pandemia, houve um aumento
de 700,79% de atendimentos (1.009) e, em 2021, 1014 casos. A faixa etária mais acometida por transtornos
mentais e comportamentais foi a de 60 a 69 anos com um desvio padrão de aproximadamente 186,28;
seguida de 30 a 39 anos, com DP de 118. A população jovem foi a 3º mais acometida (DP=109,23). Nas
crianças, a faixa etária mais afetada foi entre 15 e 19 anos (DP= 45). A menos afeta foi de 1 a 4
anos(DP=0,81), seguida de 5 a 9 anos(DP=1). Na população, medidas como isolamento de casos suspeitos,
fechamento de escolas e universidades, distanciamento social e quarentena, provocaram a diminuição das
conexões e interações sociais rotineiras, o que contribui em um estressor importante.
O aumento de transtornos mentais em crianças pode ser uma consequência da rotina de estresse vivenciada
pelos pais, os quais também apresentam elevado índice de transtornos, somando-se a situação econômica
dos progenitores, afetada por demissão ou recessão econômica. Outrossim, o aumento pode estar
relacionado com o aumento de casos de violência doméstica, devido ao isolamento social, tendo
interferência na saúde mental dos infantes.
Os idosos tiveram um aumento considerável na obtenção de transtornos psicossociais, haja vista que estão
incluídos no grupo mais vulnerável da doença, e o isolamento social mudou a rotina dos mesmos tendo um
elevado grau de solidão, com restrições de contato e comunicação. CONCLUSÃO: O medo pelo futuro,
a perda de contato social, a adaptação pelo “novo normal”, e o medo de contrair Covid-19, fatores
correlacionados com sintomas de estresse pós-traumático durante o período pandêmico em 2020. Esses

701
dados contribuem para melhor formulação de intervenções psicossociais que beneficiarão a saúde da
população em geral.

Palavras-chave: Transtorno mental, saúde, Covid-19.


REFERÊNCIAS:
Wang C, Pan R, Wan X, Tan Y, Xu L, Ho CS, et al. Immediate psychological responses and associated
factors during the initial stage of the 2019 coronavirus disease (covid-19) epidemic among the general
population in China. Int J Environ Res Public Health. 2020 Mar 6;17(5). pii: E1729. doi:
10.3390/ijerph17051729
Leonelli, Luiz, et al.Perceived stress among Primary Health Care Professionals in Brazil.Revista Brasileira
de Epidemiologia abr-jun 2017; 20(2): 286-298
Centers for Disease Control and Prevention. National Center for Health Statistics: data, questionnaires, and
related documentation. Accessed May 13, 2020. https://www.cdc.gov/nchs/nhis/data-questionnaires-
documentation.htm
Schmidt, Beatriz et al. Saúde mental e intervenções psicológicas diante da pandemia do novo coronavírus
(COVID-19). Estud. psicol. I Campinas I 37 I e200063 2020 http://dx.doi.org/10.1590/1982-
0275202037e200063
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/nito.def

702
DOI 10.29327/5208636.2-22

ÉTICA DA PESQUISA NA RESOLUÇÃO 466 DE 2012: ESTUDO REFLEXIVO

RESEARCH ETHICS IN THE RESOLUTION 466 OF 2012: REFLECTIVE


STUDY

ROSINETE SOUZA BARATA


Mestra em Enfermagem e Saúde

MARIANA OLIVEIRA ANTUNES FERRAZ


Doutoranda em Enfermagem e Saúde

SIMONE DA SILVA OLIVEIRA


Doutora em Enfermagem e Saúde

KARLA FERRAZ DOS ANJOS


Doutora em Enfermagem

ALCIENE PEREIRA DA SILVA


Doutoranda em Enfermagem e Saúde

EDNALVA ALVES HELIODORO


Doutoranda em Enfermagem e Saúde

JOAO FELICIO RODRIGUES NETO


Doutor em Medicina Interna e Terapêutica

DARCI DE OLVIEIRA SANTA ROSA


Doutora em Enfermagem

703
Resumo

Objetivo: Refletir sobre a ética da pesquisa, envolvendo seres humanos conforme a


Resolução No. 466 de 2012. Metodologia: Estudo teórico-reflexivo, desenvolvido em
janeiro de 2023, com base teórica na Resolução 466 de 2012. Busca-se divulgar os
aspectos da ética da pesquisa, a fim de sensibilizar acadêmicos e pesquisadores a
realizarem suas pesquisas em consideração à dignidade do ser humano, aos valores e
princípios éticos, e à ciência como bem da humanidade. Resultados e Discussão: Dividiu-
se o estudo nos subtemas: aspectos da ética em pesquisa e, aspectos relacionados à ética
do pesquisador. O primeiro relaciona-se à garantia da autonomia, reconhecimento da
vulnerabilidade e proteção do participante da pesquisa. O segundo, trata dos aspectos
relativos aos recursos humanos, procedimentos científicos e metodológicos da pesquisa
e publicidade dos resultados. Considerações Finais: A ética da pesquisa, que envolve seres
humanos, na Resolução 466 de 2012, perpassam a ética em pesquisa. Portanto, devem ser
considerados tanto os interesses e direitos do participante da pesquisa, quanto aspectos
voltados aos procedimentos científicos e metodológicos adequados ao tipo de estudo
desenvolvido e em consonância com as diretrizes e normas preconizadas por essa
resolução.

Palavras-chave: Ética em pesquisa; Humanos; Bioética.


ABSTRACT

Objective: Reflect on the ethics of research involving human beings in accordance with
Resolution No. 466 of 2012. Methodology: Theoretical-reflective study, developed in
January 2023, based on Resolution 466 of 2012. It seeks to disseminate aspects of
research ethics, in order to sensitize academics and researchers to carry out their research
in consideration human dignity, ethical values and principles, and science as a good for
humanity. Results and Discussion: The study was divided into subthemes: aspects of
research ethics and aspects related to researcher ethics. The first is related to the guarantee
of autonomy, recognition of vulnerability and protection of the research participant. The
second deals with aspects related to human resources, scientific and methodological
research procedures and publicity of the results. Final Considerations: Research ethics,
which involve human beings, in Resolution 466 of 2012, permeate research ethics.
Therefore, both the research participant's interests and rights must be considered, as well
as aspects related to scientific and methodological procedures appropriate to the type of
study developed and in line with the guidelines and norms recommended by this
resolution.

Keywords: Ethics, Research; Humans; Bioethics.

1 INTRODUÇÃO

704
A ética da pesquisa é essencial para assegurar que as pesquisas sejam realizadas em
consideração a princípios e valores essenciais de respeito ao ser humano. Conforme
Duran (2014), a ética da pesquisa, um dos campos de especificidade da Bioética trata dos
direitos e deveres dos participantes e pesquisadores. Diante disso, a interpretação dessa
ética pode ser compreendida sob duas perspectivas: a ética do pesquisador e a ética em
pesquisa. Assim, a ética do pesquisador e/ou ética profissional, requer do pesquisador
comportamento científico probo, traduzido pela integridade científica e confiabilidade
dos resultados da pesquisa, as quais incluem, entre outros: publicidade dos resultados da
pesquisa; utilização dos recursos financeiros de modo responsável, honesto etransparente;
e ausência de apropriação indevida de recursos materiais e/ou intelectuais (KOTTOM,
2008).

Já a ética em pesquisa, requer observar valores e referenciais bioéticos para a adequada


proteção aos direitos e dignidade dos participantes de pesquisa científicas (BRASIL,
2016), pessoas, que de livre vontade, se expõem a riscos. Destaca-se que essa
apresentação da ética da pesquisa em duas vertentes, é uma forma de didática para se
compreender os componentes que a compõe, mas na prática científica estes devem
considerados, de modo simultâneo, sob pena de violação aos padrões éticos da pesquisa.
Corroborando essa percepção, estudo descreve que a ética profissional impõe deveres
éticos, que devem ser observados pelo pesquisador/cientista no desenvolvimento de suas
atividades profissionais: a) os provenientes de valores éticos chamados universais, como
os que fundamentam a Bioética; b) os provenientes de valores éticos-científicos, impostos
ao pesquisador/cientista em decorrência de seu compromisso profissional da prática em
pesquisa como bem coletivo; estes valores por convenção, são referidos como integridade
científica( SANTOS, 2017).

Outrossim, a Resolução Nº 466 de 2012 (Resolução 466 de 2012), do Conselho Nacional


de Saúde (CNS), que regulamenta as pesquisas envolvendo seres humanos (BRASIL,
2012), no item III, apresenta, de forma objetiva, que ambos aspectos devem ser
considerados ao definir que no desenvolvimento de pesquisas nesta seara, deve-se
considerar os fundamentos éticos e científicos adequados ao desenho de estudo. Como
aspectos éticos da pesquisa esta resolução apresenta: a eticidade em pesquisa; b) as
exigências gerais, que toda pesquisa deve cumprir, independente do campo do
conhecimento e; c) as exigências específicas para estudos experimentais.
Desse modo, Resolução 466 de 2012 trata da ética do pesquisador/profissional ao

705
determinar as diretrizes e normas gerais para pesquisas envolvendo seres humanos, e
normas específicas, ao definir os aspectos éticos a respeito dos procedimentos científicos

e metodológicos, orientar sobre recursos humanos e financeiros e resultados da pesquisa.


A Resolução 466 de 2012 também trata da ética em pesquisa ao estabelecer que devem
ser assegurados e/ou protegidos direitos e interesses do participante da pesquisa, ao
orientar sobre os riscos e benefícios da pesquisa, e ao incluir a relevância social como
elemento norteador para justificar a realização de estudos, tendo em vista a ciência como
prática a serviço da humanidade. Considera-se que a expressão eticidade da pesquisa,
utilizada por esta resolução, deve ser entendida como termo equivalente para a ética em
pesquisa.

Por esta razão, mediante interpretação do texto preambular da Resolução 466 de 2012, é
crucial, ao se realizar pesquisa, considerar outros documentos como forma de garantir
amplo conhecimento e aplicação dos pilares que reconhecem e afirmam a dignidade, a
liberdade e autonomia do ser humano. Entre estes documentos estão: Código de
Nuremberg, Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, referenciais da
Bioética, Constituição Federal de 1988, normativas da Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa (Conep) e ordenamento jurídico brasileiro pertinente. Ademais, os protocolos
de pesquisa, envolvendo seres humanos, devem ser apreciados pelos órgãos de controle
social - Comitê de Ética em Pesquisa e Conep (Sistema CEP/Conep) (AMORIM, 2019).

Desse modo, este estudo busca contribuir com a publicização dos aspectos da ética da
pesquisa, expressos na Resolução 466 de 2012, como forma de sensibilizar acadêmicos e
pesquisadores a realizarem seus estudos, que envolvem seres humanos, em consideração
a valores e princípios éticos para garantir o respeito à dignidade do ser humano e outros
direitos do participante da pesquisa, e à ciência como patrimônio coletivo.

Diante dessas considerações, este estudo tem por objetivo refletir sobre a ética da
pesquisa, envolvendo seres humanos, conforme a Resolução No. 466 de 2012.

2 METODOLOGIA

Trata-se de estudo teórico- reflexivo, realizado em janeiro de 2023, fundamentado no


texto da Resolução 466 de 2012, e subsidiado por literatura pertinente e percepção dos
autores a respeito do assunto. Para inclusão dos artigos e materiais teóricos, que
subsidiaram a reflexão, foi feita busca na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), por meio

706
dos termos “ética na pesquisa”, “ética da pesquisa”, “seres humanos “, resolução 466 de
2012”, e na PubMed, a partir dos termos, “ research ethics”, “consent’ e a expressão “risk
and benefit of the participant’. Nas duas bases, os termos e expressão foram utilizados de
forma individual e/ou combinados entre si; a seleção dos estudos ocorreu por
conveniência conforme a temática de interesse. As normativas utilizadas foram incluídas
por indicação de especialistas e/ou durante participação em seminários virtuais sobre ética
em pesquisas.

Em decorrência das características do tipo de estudo, e por ter sido construído a partir da
leitura de materiais de acesso livre e disponíveis na internet, não foi necessária a
submissão a um CEP. Todavia, foram respeitados os direitos autorais, com as devidas
referências dos textos utilizados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

REFLEXÃO SOBRE ÉTICA DA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS À


LUZ DA RESOLUÇÃO 466 de 2012

Para melhor compreensão, organizou-se a temática a partir de dois subtemas: 1) aspectos


éticos relacionados à ética em pesquisa e; 2) aspectos relacionados a ética do
pesquisador/profissional (Quadro 1).

Quadro 1 - Aspectos da ética da pesquisa, envolvendo seres humanos de acordo com a


Resolução Nº 466 de 2012.
Ética da Pesquisa
1. Aspectos relacionados à ética em pesquisa 2. Aspectos relacionados à ética do
pesquisador/profissional
● Relevância da pesquisa;
●Participantes da pesquisa – aspectos gerais; ● Recursos humanos e financeiros;
●Participantes mulheres em idade fértil/gestantes; ● Procedimentos científicos e metodológicos;
●Riscos e benefícios da pesquisa. ● Resultados da pesquisa.

Fonte: elaborado pelos autores com base na Resolução 466 de 2012 (BRASIL,2012).

Apresenta-se, a seguir, os principais pontos dos dois subtemas discussão fundamentada em


normativas e literatura que sustentam esta reflexão. Aspectos relacionados à ética em pesquisa

Como um dos critérios da ética em pesquisa, a Resolução 466 de 2012 determina que toda

707
pesquisa deve apresentar relevância social, isto é, a realização do estudo deve estar
agregada a um valor social, no sentido de convergir com interesses coletivos. Essa
relevância assegura, portanto, conforme estabelece a Resolução 466 de 2012, que na
condução da pesquisa, haverá consideração equilibrada (equidade e justiça) dos interesses
envolvidos para que seja preservado o sentido sócio-humanitário do estudo desenvolvido.
Cita-se como exemplos desse sentido: aplicação dos resultados para resolver problemas
socioambientais, cura para uma doença, efeitos da pesquisa que possibilitem o bem-estar
da humanidade. Portanto, a pesquisa não deve ter um fim em si mesma, mas o
conhecimento produzido por ela deve contribuir de alguma maneira para a sociedade. A
este respeito, Lima (2015) pondera que um dos méritos da pesquisa científica é investigar
e/ou responder problemas que, de outro modo, a humanidade não teria como achar
respostas.

Com relação aos participantes da pesquisa, existem aspectos que devem ser considerados
em toda a pesquisa envolvendo seres humanos, seja qual for a área do conhecimento.
Estes aspectos, denominados aqui de gerais, na perspectiva da Resolução 466 de 2012,
envolvem: o respeito à dignidade e autonomia; o reconhecimento da sua vulnerabilidade;
garantia do respeito à vontade de a pessoa te para contribuir e/ou desistir da pesquisa.

Destaca-se que somente ao ser reconhecida a situação de vulnerabilidade do participante,


é possível ter assegurada o respeito à sua dignidade, autonomia, liberdade e outros direitos
(COSAC, 2017). Desde a metade do século XX, a proteção dos direitos individuais e a
defesa à autodeterminação dos participantes tem sido uma das preocupações da ética em
pesquisa (WIERTZ; BOLDT, 2022), sendo consentimento informado essencial para
demonstrar a autonomia da pessoa na participação em estudos (BROMLEY et al., 2020).
Na Resolução 466 de 2012, a autonomia e liberdade do participante em contribuir na
pesquisa científica é expressa pela assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). Esta resolução também orienta que, para participantes menor de 18
anos e/ou pessoas incapazes, deve-se obter o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido
(TALE), sem excluir, necessariamente, a exigência do TCLE.

No processo de comunicação do consentimento e do assentimento, a Resolução 466 de


2012 não define as formas de como isto deve ocorrer, mas orienta que deve ser utilizada
linguagem clara e adequada com estratégias conforme as características do participante
envolvido, por exemplo, cultura e faixa etária. Disso resulta o entendimento inexistir uma
forma rígida a ser seguida. Ao se recorrer à Resolução 510 de 2016, do CNS, além da
forma escrita, pode-se utilizar expressão oral, figuras, áudios, língua de sinais, ou

708
(BRASIL, 2016). Acrescenta-se, entre outros meios, o sistema braile, vídeos e meio
virtual, este último com orientações expressas na Carta Circular No. 1 de 2021, da Conep
(BRASIL, 2021).

Ademais, inclui-se nos aspectos gerais relacionados ao participante de pesquisa e/ou


grupo de participantes, conforme a Resolução 466 de 2012, o respeito a valores, crenças,
hábitos e costumes, privacidade e confidencialidade. Neste último aspecto, esta norma
orienta que devem ser incluídos no projeto de pesquisa, a descrição das estratégias que
irão assegurar a confidencialidade, a privacidade e a proteção da imagem dos
participantes para evitar estigmatização. Como estratégias para a não identificação dos
participantes e/ou locais de pesquisas, sugere-se utilização de codificações e/ou nomes
fictícios, entre outras.

Dessa forma, à luz da Resolução 466 de 2012, deve haver descrição objetiva e clara, no
projeto de pesquisa, as formas pelas quais serão resguardadas a privacidade e
confidencialidade do participante da pesquisa. Essa orientação se aplica também a
pesquisas que utilizam dados secundários como os prontuários dos pacientes e/ou a
utilização de banco de dados (GOMES, CARDOSO, ROCHA, 2018). Igualmente, deve-
se garantir que quando coletados áudios, vídeos, imagens e/ou afins, sejam preservadas
as informações e intimidade do participante de pesquisa.

Quando a pesquisa envolver participantes mulheres em idade fértil ou em estado


gravídico, no que couber, todos os aspectos anteriormente vistos se aplicam a estas
pesquisas. A respeito disso, acredita-se que as orientações da Resolução 466 de 2012 para
proteção de mulheres com essas características, convergem com as políticas públicas para
redução de morbimortalidade nesse grupo específico de participantes. Assim, esta norma
estabelece que deverão ser incluídos, entre outros, a necessária ponderação quanto aos
riscos e benefícios e quanto às eventuais implicações sobre a fertilidade, o estado
gravídico, o ser humano em formação, o trabalho de parto, o pós-parto, amamentação e o
recém-nascido.

709
Em relação aos riscos e benefícios, de acordo com a Resolução 466 de 2012, no protocolo
de pesquisa envolvendo seres humanos deve constar a descrição dos riscos envolvidos no
desenvolvimento do estudo. De modo geral, deve-se assegurar aos participantes da
pesquisa os benefícios provenientes do projeto sob forma de retorno social, acesso aos
procedimentos e produtos desenvolvidos na pesquisa, artigos publicados, entre outros.
Adicionalmente, na norma em comento, devem ser descritas as medidas a serem
implementadas para que os danos sejam evitados e, caso eles ocorram, quais as formas de
assistência ao participante da pesquisa (ou grupo de participantes), em especial, como
enfatizado na literatura, por tratar-se muitas vezes de ocorrências que podem levar danos
irreversíveis e até a morte (RECKZIEGEL; PEZZELLA, 2014).

Faz-se necessário, ainda, haver o compromisso do pesquisador em maximizar os


benefícios e minimizar os danos e riscos no desenvolvimento da pesquisa (FAÇANHA,
ARAUJO, GARRAFA, 2018). Entretanto, conforme a Conep, caracteriza-se falha ética,
a descrição subestimada dos riscos e/ou descrição supervalorizada de benefícios pelo
pesquisador (BRASIL, 2015), e pode ensejar recusa e/ou a interrupção do estudo.

Aspectos relacionados à ética do pesquisador/profissional

Além de a ética profissional exigir que a probidade científica do pesquisador/cientista se revista


de transparência e sustentabilidade na relação estabelecida pesquisador e participante da pesquisa
(KOTTOW, 2008), isto também estar presentes na relação entre pesquisador e instituições
envolvidas no estudo. Dessa maneira, a Resolução 466 de 2012, ao tratar dos aspectos da
ética do pesquisador/profissional, define quanto aos recursos humanos e financeiros
apresentados no projeto de pesquisa, a necessidade de que estes sejam adequados e
suficientes para garantir o bem-estar de cada participante de pesquisa. Isto é relevante
para não gerar despesas para as instituições, exceto quando isto tiver sido acordado. Por
isso, é essencial que haja demonstração de orçamento detalhado da pesquisa, com
indicação do patrocinador e da infraestrutura da institucional, se for o caso, e do
cronograma (BRASIL, 2007). Quando inexistir financiamentos externos ou
institucionais, deve-se indicar o responsável pelas despesas do projeto; e em qualquer
circunstância, toda pesquisa deve descrever no orçamento os materiais exigidos para
realizar a pesquisa e como serão utilizados (BRASIL, 2015).

710
Ao abordar sobre os procedimentos científicos e metodológicos, a Resolução 466 de 2012
estabelece que toda pesquisa envolvendo seres humanos, obrigatoriamente, deve lastrear-
se em princípios científicos capazes de justificá-la e com possibilidades concretas de
responder às questões de pesquisa propostas. Além disso, deve fundamentar-se em fatos
científicos, com experimentação prévia em laboratórios, com a utilização de animais ou
outros modelos experimentais, e não sendo possível, que sejam apresentados os
pressupostos necessários e adequados ao estudo. Por conseguinte, as pesquisas científicas
demandam princípios éticos nos procedimentos metodológicos e nas suas aplicações
(CORREA; LANA; REZENDE, 2021).

Ao se tratar de pesquisas cuja metodologia seja experimental na área biomédica, e que


envolvam humanos, a Resolução 466 de 2012, define exigências específicas para:
distribuição aleatória dos participantes em grupo experimental e de controle; utilização
de placebos e; pesquisa que envolve utilização de medicamentos pelos participantes.
Quanto à distribuição aleatória, esta resolução estabelece que se for necessária essa
distribuição, deve-se justificar, por meio de estudos prévios, métodos de observação, ou
outros métodos que não envolvam humanos, a não existência de sobreposição de
vantagens entre os procedimentos.

No que refere ao placebo, quando o método escolhido exigir sua utilização, a Resolução
466 de 2012 determina que a não maleficência e a necessidade do tipo metodológico
devem ser claramente justificadas. Em particular pela existência de polêmica nos estudos
clínicos versus existência de tratamento disponível, torna-se relevante a verificação, pelo
órgão de controle social, que o protocolo de pesquisa esteja condizente com as políticas
públicas adotadas pelo Brasil (SOUSA, FRANCO, MASSUD FILHO, 2012; FREGNAN
et al., 2015). Por isso, faz-se necessário razões científicas convincentes para justificar a
utilização de placebos em pesquisa, sendo inadmissível em caso da existência de um método
terapêutico melhor (CIOMS,2018).

Para os estudos nos quais o participante faça uso de alguma medicação, a Resolução 466
de 2012 determina a necessidade de ser assegurar que os participantes tenham acesso
gratuito aos medicamentos mesmo entre o término da participação individual e final do
estudo e/ou após término do estudo, sem tempo determinado. Ainda conforme essa
resolução, os participantes deverão ter acesso a modernos, melhores e eficazes métodos
profiláticos, diagnósticos e terapêuticos às expensas do patrocinador . No entanto, se
aprovado, o Projeto de Lei 7082/2017, que trata sobre a pesquisa clínica e Sistema
Nacional de Ética em Pesquisa Clínica com Seres Humanos, se aprovado, passará a definir

711
situações nas quais, após término da pesquisa, estará autorizada a interrupção do
fornecimento gratuito de medicação ao participante da pesquisa (BRASÍLIA, 2017).

Além disso, a Resolução 466 de 2012, estabelece que devem ser demonstrados - por meio
de testes e comparação com modernos e melhores métodos profiláticos, diagnósticos e
terapêuticos -, os riscos, os benefícios, riscos, as dificuldades e a efetividade do novo
método proposto. Se houver coleta de material biológico, deve esse procedimento estar
objetivamente descrito no projeto e, além do consentimento informado do participante,
ou do grupo de participantes, se for o caso, autorização das lideranças. A ausência de
consentimento informado, além de ser interpretada pela Conep como uma falha ética
(BRASIL, 2015), viola os direitos dos participantes na sua dignidade e liberdade por
excluir a possibilidade destes compreenderem o propósito, riscos e benefícios do estudo,
e decidirem de forma autônoma pela participação na pesquisa (SHEARER; MARTINEZ;
MAGNUS, 2020).

Em relação aos resultados e/ou achados da pesquisa, quando estes contribuírem para
melhoria das condições de vida coletividade, a orientação da Resolução 466 de 2012 é
devem ser comunicados às autoridades competentes e aos órgãos encarregados do
Controle Social, preservando-se o anonimato dos participantes de pesquisa. Os materiais
e os dados provenientes da pesquisa devem ser utilizados em consonância com os
previstos no protocolo da pesquisa, ou, se for o caso, de acordo com o prévio
consentimento do participante. Ademais, a divulgação dos resultados da pesquisa
contribui para a transparência e prestação de contas dos recursos utilizados, que estão
entre os valores essenciais da pesquisa ((THE NATIONAL ACADEMIES OF
SCIENCES,2017), embasar políticas públicas, aplicação do estudo em outros contextos, e sua
devolutiva aos participantes, entre outras possibilidades.

Impende salientar que os aspectos da ética da pesquisa ora apresentados são elementos
essenciais para a prática da pesquisa, envolvendo seres humanos, mas não devem ser
vistos como rol taxativo. Assim, modo, ao desenvolver pesquisa neste campo, outros
documentos, princípios, normas e procedimentos devem ser considerados, conforme a
proposta do estudo e que possam assegurar o respeito à dignidade, a liberdade e autonomia
do ser humano. Nesta perspectiva, foi possível verificar que a ética da pesquisapreconizada
pela Resolução 466 de 2012, perpassa o cumprimento de diretrizes e normas. Esta
resolução considera, ainda, a necessidade de realização de práticas concretas, que

712
reconheçam a vulnerabilidade do participante da pesquisa, assegurem os interesses e
direitos do participante da pesquisa e, por via transversa, direitos e deveres do pesquisador
e da sociedade, e garantam a integridade da pesquisa.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo possibilitou analisar e discutir, conforme a perspectiva da Resolução 466 de


2012, os aspectos da ética, que contempla a ética em pesquisa e a ética do pesquisador, e
devem ser considerados ao se desenvolver pesquisas envolvendo seres humanos.

REFERÊNCIAS

AMORIM, Karla Patricia Cardoso. Research ethics in the Brazilian CEP-CONEP system:
necessary reflections. Ciênc. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, n. 3, p. 1033-1040, mar.
2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética


em Pesquisa. Manual operacional para comitês de ética em pesquisa. 4. ed. rev. atual.
Brasília, DF. Ed.do Ministério da Saúde, 2007, 138p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética


em Pesquisa. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre as diretrizes
e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, DF, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética


em Pesquisa. Manual de orientação: pendências frequentes em protocolos de
pesquisa clínica. Brasília,2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510, de 07 de


abril de 2016. Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e
Sociais. Brasília, DF, 2016..

BRASÍLIA. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei 7082, de 13 de março de 2017.


Dispõe sobre a pesquisa clínica com seres humanos e institui o Sistema Nacional de Ética
em Pesquisa Clínica com Seres Humanos. Câmara dos Deputados, Brasília, DF, 2017.

713
BRASIL. Ministério da Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Secretaria-
Executiva do Conselho Nacional de Saúde. Carta Circular nº 1/2021. Orientações para
procedimentos em pesquisas com qualquer etapa em ambiente virtual.

BROMLEY, Elizabeth, et al. From "Informed" to "Engaged" Consent: Risks and


Obligations in Consent for Participation in a Health Data Repository. J Law Med Ethics,
[S.l], v.48, n.1, p.172-182, mar. 2020.

CORREA, Maria Pires; LANA;Sebastiana; REZENDE, Edson José Carpintero.Ética em


pesquisas científicas: diretrizes para o campo do design brasileiro. Convergências -
Revista de Investigação e Ensino das Artes, [S.l], v.xiv, n.28, p.55-65.

COSAC, Danielle Cristina dos Santos. Autonomia, consentimento e vulnerabilidade do


participante de pesquisa clínica. Rev. Bioét. Brasília, DF, v. 25, n. 1, p. 19-29, abr. 2017.

DURAND, Guy. Introdução Geral à bioética: história, conceitos e instrumentos.


Tradução de Nicolás Nyimi Campanário. 5.ed. São Paulo: Centro Universitário São
Camilo/Edições Loiola,2014,431p.

FAÇANHA, Telma Rejane dos Santos; ARAÚJO, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira
de; GARRAFA, Valnei. Maximizar benefícios e minimizar danos em saúde: uma
contribuição ao debate. Rev Bras Bioética, [S.l], v.14, n.16, p.1-16, 2018.

GOMES, Adriana Vasconcelos; CARDOSO, Prissilla Kalyne Bezerra; ROCHA,


Francisca Cecília Viana. Protocolos de pesquisa: reconhecimento e análise dos aspectos
éticos e bioéticos. Revista de Enfermagem da UFPI. [S.l], v.7, n.2, 2018.

FREGNANI, José Humberto Tavares Guerreiro et al. Eticidade do uso de placebo em pesquisa
clínica: proposta de algoritmos decisórios. Rev. Bioét. Brasília, v. 23, n. 3, p. 456-467, dez. 2015.

KOTTOW, Miguel. História da ética em pesquisa com seres humanos. Revista


Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde. Rio de Janeiro, v.2,
sup.1, p.07-18, dez. 2008.

LIMA, Joao Batista Gomes de. A Inserção da Pesquisa Científica no Meio Social. Mundo
da Saúde, São Paulo, v.39, n1, p.7-10, 2015.

714
RECKZIEGEL, Janaína; PEZZELL, Maria Cristina Cereser. O papel da sociedade
tecnocientífica e os riscos decorrentes das pesquisas médicas com seres humanos. Revista de Direitos
e Garantias Fundamentais, [S.l], v. 14, n. 2, p. 101-124, 1 abr. 2014.

SANTOS, Luiz Henrique Lopes dos. Sobre a integridade ética da pesquisa. Cienc. Cult. São
Paulo, v. 69, n. 3, p. 4-5, jul. 2017.

SHEARER, Emily; MARTINEZ, Nicole; MAGNUS, David. Dimensions of Research-


Participant Interaction: Engagement is Not a Replacement for Consent. J Law Med
Ethics, [S.l], v.48, n. 1, p. 183-184, mar. 2020.

SOUSA, M. S. A.; FRANCO, M. A. G.; MASSUD FILHO, J. A nova declaração de Helsinque e o uso de
placebo em estudos clínicos no Brasil: a polêmica continua. Revista de Medicina, [S. l.], v. 91, n. 3,
p. 178-188, 2012.

THE NATIONAL ACADEMIES OF SCIENCES, ENGINEERING, AND MEDICINE.


Fostering Integrity in Research. Washington, DC: The National Academies Press, 2017.

WIERTZ, Svenja; BOLDT, Joachim. Evaluating models of consent in changing health


research environments. Med Health Care Philos., [S.l], v.25, n.2, p. 269-280, jun. 2022.

715
716
717
718
719
720
721
O IMPACTO DA ACUPUNTURA AURICULAR NA SAÚDE FÍSICA E
MENTAL DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

1
Milene Vitória Sampaio Sobral
1
Franciele Cristina Schwarz
1Universidade do Oeste Paulista. Presidente Prudente, São Paulo, Brasil.

Eixo temático: Temas livres em Ciência da Saúde


Modalidade: Apresentação oral

E-mail: vitoriasobral16@hotmail.com

INTRODUÇÃO: No segundo semestre de 2022 a Liga de Práticas Integrativas (LAPIS) e Completares da


Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) iniciou o oferta de sessões de acupuntura auricular, reiki,
massagem com aromaterapia e ventosaterapia à comunidade acadêmica. OBJETIVO: O presente trabalho
pretende relatar o impacto gerado na saúde mental e física dos estudantes universitários usuários da
acupuntura auricular. METODOLOGIA: Com o intuito de difundir as Práticas Integrativas e
Complementares (PICS) e assim contribuir para melhoria do bem-estar biopsicossocial dos discentes, no
segundo semestre de 2022, a LAPIS promoveu capacitação dos ligantes mediante a oficinas de PICS com
aulas teóricas e práticas ministradas pelos coordenadores da liga, devidamente habilitados. Em seguida
iniciou os atendimentos à comunidade acadêmica, sendo realizados por ligantes supervisionados pelos
facilitadores. Utilizando o ambiente da Clínica de Estética da Unoeste, o serviço é ofertado às terças-feiras
das 17:00 horas às 18:30 horas, mediante ao agendamento do paciente, por meio do preenchimento de um
formulário com link disponível no instagram da liga. Nas sessões de auriculoterapia é realizada uma
avaliação do estado geral da saúde do indivíduo, seguida da aplicação da acupuntura auricular utilizando
sementes de vacaria. Neste momento, também são realizadas orientações sobre cuidados pós aplicação e
agendamento do retorno, conforme a necessidade. RESULTADOS: Entre os dias 04 de outubro e 22 de
novembro de 2022 foram atendidos, no setor de auriculoterapia, 45 pacientes que relataram como principais
queixas: insônia, ansiedade, dor de cabeça, dor na região lombar e tensão muscular. Nesse contexto,
imediatamente após a aplicação da técnica e nos dias seguintes, foi relatada pelos clientes uma maior
sensação de bem-estar geral e considerável melhora das queixas que os levaram a buscar o atendimento.
CONCLUSÃO: A acupuntura auricular é reconhecida como uma técnica complementar eficaz para a
redução de incômodos físicos e psíquicos que afetam diretamente a saúde do indivíduo e desempenho
acadêmico. Desse modo, o oferecimento da auriculoterapia de forma gratuita a estudantes universitários se
mostra importante para a melhoria do bem-estar dos discentes, visto que possibilita o alívio de sintomas e
melhora do desempenho de uma forma eficiente e natural.

Palavras-chave: Acupuntura Auricular, Terapias Complementares, Serviços de Saúde para


Estudantes.

722
DOI 10.29327/5208636.2-20

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM PLAQUETOPENIA


SUBMETIDO AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO
HEMATOPOÉTICAS

NURSING CARE FOR PATIENTS WITH THROTTLE CAPENIA SUBMITTED


TO HEMATOPOETIC STEM CELL TRANSPLANTATION

MARCELA DUTRA DA SILVA


Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
CRISTIANE ROCHA MAGALHÃES
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
LUANA SENA PIMENTA
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
DANIELLE DIAS CORREIA DA SILVA
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
ADRIANA FERNANDES DA CRUZ
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
EVELY SOCORRO CAMPOS PINHEIRO
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva

723
Resumo

O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) ou transplante de medula óssea


(TMO) consiste na substituição da medula óssea doente por uma medula óssea sadia,
tendo como procedimento principal a infusão através da veia do paciente das células
progenitoras hematopoiéticas. O procedimento em si, independente das complicações
ocorridas cursam com a plaquetopenia. Logo, já a plaquetopenia já é um fenômeno
esperado neste tratamento, no qual a medula doente é aplasiada para receber a nova e
saudável. Diante disso, a equipe de enfermagem necessita estar bem treinada a fim de
identificar sinais e sintomas correlacionados que podem evoluir para complicações
graves. Objetivo: Descrever ações de enfermagem que visam a prevenção, detecção
precoce e tratamento adequados de manifestações hemorrágicas no paciente com
plaquetopenia submetido ao TCTH. Método: O estudo teve como método, o recorte dos
cuidados de enfermagem descritos pelas autoras em Procedimento Operacional Padrão
(POP) adotado por um centro de transplante de medula óssea no Rio de Janeiro.
Resultados: A complexidade do procedimento e a extrema fragilidade do paciente,
refletem a magnitude e a especificidade dos cuidados prestados pela equipe de
enfermagem. O profissional necessita de conhecimento e embasamento cientifico para
tornar-se capaz de realizar o planejamento da assistência de forma eficácia. Conclusão: A
realização de treinamentos e constantes revisões nos POPs são estratégias importantes de
atualização e elevação da qualidade do cuidado.
Palavras-chave: Cuidado de enfermagem; Plaquetopenia; Transplante de Medula Óssea.

ABSTRACT
Hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) or bone marrow transplantation (BMT)
consists of replacing diseased bone marrow with healthy bone marrow, with the main
procedure being the infusion of hematopoietic progenitor cells through the patient's vein.
The procedure itself, regardless of the complications that occur, course with
thrombocytopenia. Therefore, thrombocytopenia is already an expected phenomenon in
this treatment, in which the diseased marrow is aplasticized to receive the new and healthy
one. Therefore, the nursing team needs to be well trained in order to identify correlated
signs and symptoms that can progress to serious complications. Objective: To describe
nursing actions aimed at the prevention, early detection and adequate treatment of
hemorrhagic manifestations in patients with thrombocytopenia undergoing HSCT.
Method: The study's method was to outline the nursing care described by the authors in
the Standard Operating Procedure (SOP) adopted by a bone marrow transplant center in
Rio de Janeiro. Results: The complexity of the procedure and the patient's extreme
fragility reflect the magnitude and specificity of the care provided by the nursing team.
Professionals need knowledge and scientific basis to be able to plan care effectively.
Conclusion: Conducting training and constant reviews of SOPs are important strategies
for updating and raising the quality of care.
Keywords: Nursing care; Thrombocytopen; Bone marrow transplant.

1 INTRODUÇÃO

O transplante de medula óssea (TMO) trata-se de uma imunoterapia, que é usada


como tratamento para muitas doenças de caráter imunológico e hematológico podendo

724
ser malignas ou não. Sendo possível a realização do mesmo por meio do enxerto
alogênico, proveniente de um doador compatível ou um enxerto autólogo, quando a
doação é proveniente do próprio receptor, além das células-tronco obtidas do cordão
umbilical. No Brasil no ano de 2019 foram realizados cerca de 3.805 transplantes de
medula óssea, sendo 1.428 de caráter alogênico e 2.377 do tipo autólogo (ANDO, 2020).
O TMO singênico é aquele em que o doador é irmão gêmeo idêntico (univitelino)
ao receptor. No TMO autólogo, o paciente é puncionado com um cateter calibroso, e
submetido à aférese. A aférese possui por objetivo extrair células jovens, as quais
apresentam-se na rede circulatória do paciente devido à mobilização prévia com
administração de medicamentos. No TMO alogênico o doador é submetido ao
procedimento em centro cirúrgico, em que são realizadas múltiplas punções nas cristas
ilíacas da cintura pélvica, a fim de extrair conteúdo medular. A medula é submetida por
um processo minucioso de filtragem e transferência para bolsa apropriada
(VENDRAMINI; CARDOSO, 2022). O TMO com células de sangue de cordão
umbilical, já é mais restrito pois, devido ao baixo volume coletado possibilita o
procedimento apenas em crianças ou adultos de baixo peso (BONASSA, 2023).
O TMO é composto pelas seguintes fases: Pré-transplante, o TMO em si e o pós-
TMO. A fase pré-transplante constitui-se no acompanhamento ambulatorial com a equipe
multidisciplinar, e realização de exames prévios. Nesta etapa, a enfermagem destaca-se
pelo papel importante em educação em saúde, no qual o acolhimento, orientações e
esclarecimentos sobre o procedimento ocorrem. O TMO propriamente dito inicia-se com
a internação do paciente, quando se transcorrerá o início do regime de condicionamento.
Em seguida, a medula é infundida, aguarda-se a enxertia ou “pega” medular e posterior
alta hospitalar (VENDRAMINI; CARDOSO, 2022).
O regime de condicionamento consiste no processo de preparo do paciente
(receptor) para receber as células-tronco hematopoéticas (CTH) que ocorre nos dias que
antecedem a infusão das células. É o período destinado à ablação da medula óssea do
receptor e à inibição da sua imunidade, através da administração de quimioterápicos em
doses mieloablativas somente ou concomitante à irradiação (corporal total ou linfonodal
total) (SCHEINBERG; ALENCAR, 2016).
Nos primeiros dias pós-quimioterapia, os pacientes podem apresentar
complicações decorrentes dela, as quais podem ser mais ou menos graves, dependendo
do estado geral do paciente previamente ao início da quimio/radioterapia, dos tratamentos
anteriores e sensibilidade do paciente às drogas utilizadas no condicionamento
(SCHEINBERG; ALENCAR, 2016).
A fase de pré-enxertia é caracterizada pela pancitopenia, corresponde à fase na
qual ocorre queda acentuada na contagem das células sanguíneas, determinada pela
toxicidade máxima do regime de condicionamento para ablação medular. A
plaquetopenia ou trombocitopenia corresponde a uma redução de elementos do tecido
sanguíneo que participam em mecanismos fisiológicos de coagulação (BONASSA, 2023).
Assim, temos como objetivo: Descrever ações de enfermagem que visam a
prevenção, detecção precoce e tratamento adequados de manifestações hemorrágicas no
paciente com plaquetopenia submetido ao TCTH.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo trata-se de um recorte do Procedimento Operacional Padrão ou


Procedimento de Enfermagem elaborado pelas autoras, utilizado no Centro de
Transplante de Medula Óssea (CEMO) do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

725
Além disso, foi realizada uma revisão de literatura em artigos científicos, nas bases
de dados LILACS, BIREME, SCIELO, e revistas científicas utilizando como palavras
chaves: plaquetopenia, cuidados de enfermagem e transplante de medula óssea; no período
de outubro de 2022 a setembro de 2023 visando a atualização do POP.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O êxito do transplante de medula óssea está intimamente relacionado ao cuidado


de enfermagem de excelência. A equipe de enfermagem presta assistência inclusive no
momento mais crítico de aplasia medular e toxicidades agudas. Assim, precisa estar
capacitada e treinada para avaliar, identificar e prever potenciais complicações. Por
constituir-se em um tratamento extremamente complexo, e que lida com avanços de
tecnologias de forma crescente, os profissionais de enfermagem necessitam de
treinamentos específicos e constantes através da educação continuada do serviço, por
exemplo.
O período compreendido entre a infusão das células-tronco até a ocorrência da
pega medular constitui-se em um momento crucial, em que reações adversas e
complicações graves tendem mais a ocorrer. O paciente encontra-se extremamente
vulnerável devido a completa imunossupressão. Neste contexto, eventos adversos de
diversas manifestações ocorrem, tais como: mucosite, disfagia, ulcerações em todo o trato
gastrointestinal, náusea, vômitos, dor intensa, bem como complicações neurológicas,
cardíacas, pulmonares, genitourinárias e enorme risco de sangramento no organismo
como um todo (BONASSA, 2023).
As reduções dos valores de plaquetas viáveis aumentam o risco de sangramentos.
Considerada discreta quando as plaquetas estão ente 100 e 150.000, moderada entre 50 e
99.00 e severa quando abaixo de 50.000. Sangramentos espontâneos podem ocorrer
abaixo de 20.000. No TCTH, o paciente cursa com plaquetopenia severa devido à
mieloablação. A plaquetopenia pode ocasionar inúmeras complicações, as quais devem
ser precocemente identificadas pela equipe de enfermagem a fim de prestar uma
assistência de qualidade e eficaz em TCTH (CARRERAS, 2019). O suporte transfusional
é de vital importância durante o tratamento, pois devido ao regime de condicionamento,
e consequente aplasia medular o paciente torna-se anêmico e extremamente vulnerável a
hemorragias; necessitando muitas vezes de transfusão de concentrado de hemácias e
plaquetas.
O TMO exige recursos humanos especializados e competentes, capazes de prestar
assistência preditiva e individualizada ao paciente. O enfermeiro além de conhecimentos
específicos em TMO precisa ter conhecimentos nas áreas de oncologia, hematologia,
hemoterapia, imunologia, dentre outras áreas (BONASSA, 2023). O mesmo é elemento
chave pois, executa procedimentos de enfermagem, atividades de planejamento,
supervisão, coordenação da equipe e sistematização da assistência de enfermagem.
Portanto, adotamos os seguintes Cuidados de Enfermagem:

• Avaliar hemograma completo diariamente;

• Monitorar sinais vitais freqüentemente, ex: 4 /4 h a fim de identificar alterações


hemodinâmicas decorrentes de sangramentos;

• Aplicar Escala de Coma de Glaslow diariamente a fim de avaliar nível de


consciência e identificar possível sangramento intracraniano;

726
• Atentar para queixas de cefaléia, alterações do estado mental, tremores e
sonolência, bem como alterações do padrão respiratório e nível de consciência;

• Administrar medicamentos com propriedades hemostáticas, conforme


prescrição médica;

• Associar a avaliação do hemograma, a clínica do paciente e possibilidades de


higiene corporal, ex.: aspersão ou no leito;

• Avaliar os risco e benefícios de procedimentos invasivos relativos à prática de


enfermagem. Evitando-os quando possível, tais como passagem de cateteres, punções
venosas, arteriais, verificação de temperatura retal, aplicação de supositórios e enemas;

• Em caso de punções indispensáveis, utilizar agulhas de menor calibre e aplicar


pressão constante durante 5 minutos na área puncionada após a retirada da agulha. Aplicar
gelo e /ou curativo compressivo no local, se necessário. Realizar rodízio de locais de
aplicação das injeções;

• Orientar o paciente quanto a não utilização de lâminas/ tesouras para barbear e


corte de unhas;

• Observar diariamente o sítio de inserção do cateter, atentando para presença de


equimoses e hematomas locais bem como presença de sangue vivo em óstio;

• Atentar para presença de dispnéia, pois pode indicar presença de sangramento


em aparelho respiratório;

• Avaliar radiografia de tórax, se solicitado e ofertar oxigenoterapia conforme


prescrição médica;
• Aplicar compressas frias ou gelo local para conter epistaxe, mantendo o paciente
em posição de Fowler;

• Inspecionar mucosas nasais, orais e conjuntivas diariamente, bem como presença


de petéquias, hematomas e lesões em pele;

• Orientar quanto aos cuidados de higiene oral com escova de dente de cerdas bem
macias para evitar sangramentos gengivais e lesão da mucosa oral. Em casos mais graves,
recomenda-se o uso de algodão embebido em solução antisséptica padrão para realização
da higiene;

• Observar presença de sialorréia com sangue e hematêmese;

• Orientar que sejam evitados espirros e eliminações nasais intensas e forçadas, a


fim de evitar sangramento de mucosas;

• Observar sinais de lesão em genitália, sangramento vaginal e registrar seu


aspecto e volume;

• Observar diariamente perímetro abdominal e presença de irritação peritoneal;

727
• Observar Alterações no aspecto das eliminações vesico-intestinais (hematúria,
hematoquezia). Na suspeita de melena, indicar testes laboratoriais para pesquisa de
sangue nas fezes (padrão-ouro);

• Observar sítio de inserção do cateter venoso central, a fim de identificar sinais


de sangramento vivo, hematomas, equimoses ou petéquias;

• Aplicar cobertura de filme transparente ao realizar curativo no sítio de inserção


do cateter, a fim acompanhar o aspecto do mesmo;

• Instalar concentrado de plaquetas conforme prescrição médica, observando e


registrando sinais vitais antes, durante e após a hemotransfusão;

• Observar sinais e sintomas de reação transfusional durante a infusão do


concentrado de plaquetas (tremores, febre, rubor localizado ou generalizado, dispneia,
náuseas, vômitos, urticária, prurido, taquicardia e alterações mais graves, como dispneia,
dor lombar e hipotensão);

• Evitar mobilização excessiva do paciente, indicando até mesmo a manutenção


de repouso no leito de acordo com a gravidade da plaquetopenia;

• Realizar exame físico e registrar a presença ou sinais indicativos de


sangramentos: no sítio de inserção de cateter venoso central, mucosa oral/gengivas,
metrorragia, hematêmese, alterações na coloração pele (petéquias, hematomas, etc),
epistaxe, alterações oculares, alterações no nível consciência;

• Avaliar todos os medicamentos usados pelo paciente a fim determinar o aumento


da probabilidade de risco de sangramentos;
• Atentar-se à maior possibilidade de sangramento em pacientes com risco
aumentado para desenvolver lesões cutâneas/lesões por pressão.

Os pacientes submetidos ao TMO vivenciam diversas fases em todo o processo.


Os mesmos enfrentam uma internação hospitalar totalmente diferenciada, quanto a
protocolos rígidos de rotinas, tempo prolongado de hospitalização, isolamento social,
reações severas do tratamento e complicações sérias que podem ocorrer. O manejo do
paciente com risco elevado de sangramento e outras complicações oriundas do TMO,
deve ser conduzido por uma enfermagem capacitada, respaldada no conhecimento
científico, dinâmica e bem articulada.
A maior parte das complicações vivenciadas pelos pacientes ocorrem os primeiros
100 (cem) primeiros dias após a infusão.
O TMO é um procedimento tido como “única esperança” e ao mesmo tempo
ameaçador, pois caracteriza-se como agressivo, o qual pode recuperar a saúde ou levar à
óbito. A imunossupressão que é necessária para receber as células saudáveis, ao mesmo
tempo pode tornar-se uma grande vilã tornando o paciente extremamente vulnerável á
inúmeras complicações e morte (BONASSA, 2023).
O enfermeiro presta cuidados diretos ao paciente, bem como orienta sua equipe
buscando a alta qualidade do serviço, e promove orientações ao paciente a essa nova etapa
de sua vida, que necessitará de algumas restrições temporárias. Não podemos pensar em
TMO sem antes buscar recursos humanos especializados e competentes, capazes de
prestar assistência individualizada e segura ao paciente (ANDO, 2020).

728
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O TCTH é uma terapia relativamente recente na história da ciência, a qual


apresenta um alto risco de morbimortalidade decorrente das inúmeras complicações que
podem ocorrer (Doença do Enxerto Contra Hospedeiro - DECH, complicações
neurológicas, infecciosas, pulmonares, cardíacas, desordens endócrinas, entre outras).
Diante disso, a equipe de enfermagem necessita dispensar cuidados extremamente
específicos e de alta complexidade ao paciente. É necessário que o enfermeiro e sua
equipe tenham conhecimento das demandas de atenção que o paciente de TMO necessita.
Logo, os cuidados na prevenção e tratamento das complicações, incluindo hemorragias
devido à plaquetopenia que cursa o procedimento se fazem indispensáveis. A
complexidade desse procedimento e a fragilidade do paciente, refletem a magnitude e a
complexidade dos cuidados prestados pela equipe de enfermagem.
Para tanto, o profissional necessita de conhecimento e embasamento cientifico
para tornar-se capaz de realizar o planejamento da assistência eficácia, possibilitando uma
melhor qualidade de vida ao paciente. A realização de treinamentos e constantes revisões
nos POPs são estratégias importantes de atualização e elevação da qualidade do cuidado.

REFERÊNCIAS

ANDO. T. Impact of graft sources on immune reconstitution and survival outcomes


following allogeneic stem cell transplantation.Blood Advance.v. 4, n. 2, p. 408-419, 2020.

BONASSA, E. M; GATO, M.I.R.; RODRIGUES, L.A. A Terapêutica Oncológica para


Enfermeiros e Farmacêuticos. 5ed. São Paulo: Atheneu, 2023. 870p.

CARRERAS, E.; DUFOUR, C.; MOHAMAD, M.;KROGER, N. The EBMT Handbook:


Hematopoietic Stem Cell Transplatation and Cellular Therapies.European Society for
Blood and Marrow Transplantation.Alemanha: Springer Open, 2019. 688 p

REDE BRASILEIRA DE TRANSPLANTES (RBT). Ano XXV nº 4. Dimensionamento


dos transplantes no Brasil e em cada estado (2012-2019). Associação Brasileira de
Transplante de órgãos. São Paulo: 2019, 88p.

SCHEINBERG, P.; ALENCAR, A. Manual de Onco Hematologia Clínica do Brasil –


Hematologia e Transplante. 4° Ed. São Paulo: Dendrix, 2016.510 p.

VENDRAMINI, D.M.; CARDOSO, E.A.O. Cuidados paliativos e transplante de


medula óssea: uma revisão integrativa da literatura. Research, Society and
Development, v.11, n.10, p.1-12, 2022.

729
DOI 10.29327/1192726.1-50

DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE UM HIDROGEL COM


NANOPARTÍCULAS LIPÍDICAS CONTENDO NISTATINA
1
Cecília Carina Saraiva do Nascimento,
1
Filipa Manuela Braga Teixeira de Sousa
2
Maria de La Salette de Freitas Fernandes Hipólito Reis Dias Rodrigues
1,3
Paulo Jorge Cardoso da Costa

1
UCIBIO - Applied Molecular Biosciences Unit, MEDTECH, Laboratory of Pharmaceutical
Technology, Department of Drug Sciences, Faculty of Pharmacy, University of Porto (FFUP), R. Jorge
Viterbo Ferreira 228, 4050-313 Porto, Portugal; 2 LAQV, REQUIMTE, Laboratory of Applied Chemistry,
Department of Chemical Sciences, Faculty of Pharmacy, University of Porto, Portugal - Address: Rua
Jorge Viterbo Ferreira, 228, 4050-313 Porto, Portugal; 3 Associate Laboratory i4HB - Institute for Health
and Bioeconomy, Faculty of Pharmacy, University of Porto, R. Jorge Viterbo Ferreira 228, 4050-313
Porto, Portugal
Eixo temático: Farmácia
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: up202002722@edu.ff.up.pt

INTRODUÇÃO: Os fungos são cada vez mais uma área importante de estudo pois as doenças causadas por
fungos são um problema crescente a nível global. Os fármacos antifúngicos, como a nistatina (NIS),
apresentam geralmente baixa solubilidade aquosa e baixa permeabilidade intestinal, o que constitui um
desafio para a sua utilização terapêutica. A nanotecnologia é uma área com cada vez mais relevância pois
permite aumentar a eficácia e eficiência terapêutica de um grande número de fármacos. As nanopartículas
lipídicas sólidas (SLN), um tipo de nanopartículas, demonstram resultados bastante promissores na
vectorização de compostos ativos. As formas farmacêuticas mais comuns de apresentação de NIS são
através de formas farmacêuticas semissólidas. Um gel é um sistema coloidal semissólido ou sólido,
composto por um ou mais fármacos, excipientes e adjuvantes. Os agentes gelificantes são geralmente
proteínas ou hidratos de carbono e vão conferir firmeza à forma farmacêutica que quando dispersos num
veículo líquido vão ter a capacidade de formar uma rede tridimensional no interior do próprio líquido.
OBJETIVO: Incorporar SLN com nistatina num hidrogel de carbómero 940. METODOLOGIA: As SLN
foram preparadas com lípido sólido, Precirol ATO 5, agente tensioativo, polissorbato 80, e água ultrapura,
através de homogeneização a elevada velocidade e ultrassonicação. O diâmetro médio das partículas obtido
foi de 0,260 µm e uma eficácia de encapsulação de 67,8%. O hidrogel é composto por polímero vulgarmente
conhecido como Carbopol 940, por água ultrapura, NaOH como estabilizador de pH e metilparabeno e
propilparabeno como conservantes. Formulou-se um gel carbómero a 0,5% (GC-0,5) e um gel carbómero
a 0,5% + nanopartículas Precirol-NIS a 10% (GC-0,5-NP-NIS), e o rendimento das preparações foi,
respetivamente, 87,2% e 91,39%. RESULTADOS: Comparou-se os dois géis através da análise das
características organoléticas da preparação semissólida e, também, através de ensaios reológicos, com o
aparelho Kinexus Lab +. Procedeu-se ao estudo das condições de escoamento e deformação dos sistemas
gelificados, analisando-se após a preparação e ao fim de 7 e 15 dias. Os resultados demonstraram que ambos
os géis não apresentaram tixotropia, mantiveram a viscosidade ao longo desse período e o aumento da
temperatura não afetou grandemente a sua viscosidade ao longo dos 15 dias. Em relação ao estudo da
influência da temperatura para ambos os géis, verificou-se que para GC-0,5-NP-NIS os valores de
viscosidade foram constantes e inferiores ao GC-0,5. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que ambos
os géis são fluidos não-Newtonianos do tipo pseudoplástico pois a viscosidade diminui ao longo do aumento
da taxa de corte e, pela análise da viscosidade para o GC-0,5-NP-NIS, observa-se que o valor de viscosidade
é ligeiramente inferior em comparação ao GC-0,5, demonstrando que a presença de NPs influenciou o valor
da viscosidade. Nos dois hidrogéis observou-se homogeneidade ao longo dos três períodos de tempo.
Conclui-se que as SLN são uma hipótese para a veiculação de fármacos como NIS, levando eventualmente
a uma melhoria do seu efeito terapêutico.

730
Palavras-chave: nanopartículas, nistatina, carbómero 940, hidrogel, viscosidade.

REFERÊNCIAS

MAYER, F. L.; WILSON, D.; HUBE, B. Candida albicans pathogenicity mechanisms. Virulence, v. 4, n.
2, p. 119-128, 2013.

UNER, M.; YENER, G. Importance of solid lipid nanoparticles (SLN) in various administration routes and
future perspectives. Int J Nanomedicine, v. 2, n. 3, p. 289-300, 2007.

BENAVENT, C.; GARCIA-HERRERO, V.; TORRADO, C.; TORRADO-SANTIAGO, S. Nystatin


antifungal micellar systems on endotracheal tubes: development, characterization and in vitro evaluation.
Pharmazie, v. 74, n. 1, p. 34-38, 2019.

GILANI, S. J.; JUMAH, M. N. B.; ZAFAR, A.; IMAM, S. S. et al. Formulation and Evaluation of Nano
Lipid Carrier-Based Ocular Gel System: Optimization to Antibacterial Activity. Gels, v. 8, n. 5, p. 255,
2022.

731
TIPOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

¹Ana Clara de Sousa Santos


²Fabiana Pereira da Silva
2
Maria do Carmo Pinto Lima

1Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil; 2Faculdade de


Campina Grande. Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: draanaclarasousafisio@gmail.com

INTRODUÇÃO: quanto a assistência médica ao parto, alguns profissionais encontram-se em desacordo


com evidências científicas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no que se refere
à autonomia das mulheres e à escolha da via de parto, assim como do local do parto, tendo suas atitudes
consideradas como Violência Obstétrica, uma questão de saúde pública que afeta diretamente as
mulheres e seus bebês. Diante do impacto negativo da violência obstétrica para a parturiente e o bebê e
da escassez de estudos que evidenciem os tipos de violência obstétrica, torna-se relevante o
desenvolvimento de pesquisas sobre essa temática com o intuito de conscientizar os profissionais acerca
da assistência à parturiente e de alertar a mulher e seus acompanhantes quanto ao seu direito à autonomia
e segurança durante o parto.OBJETIVO: identificar os tipos de violência obstétrica sofridas pelas
parturientes durante o trabalho de parto. METODOLOGIA: tratou-se de uma revisão integrativa de
literatura, que buscou evidenciar e discutir as formas mais prevalentes de Violência Obstétrica, por meio
de um levantamento de periódicos com evidência científica na base de dados PubMed no mês de Maio
de 2020, utilizando os descritores: “Trabalho de parto/ Labor”, “Parto/ Childbirt”, “Violência/ Violence”,
“Gestante/ Pregnant woman”, sendo incluídos estudos do tipo ensaio clínico, coorte, corte transversal e
caso-controle publicados na íntegra na língua portuguesa ou inglesa, no período de 2015 a 2020 cujo
objetivo foi identificar os tipos de violência obstétrica e excluídos estudos com abordagem qualitativa
ou mista, que não eram relatos de pesquisa e que disponibilizaram apenas o resumo.. RESULTADOS:
após a exclusão dos artigos que não se enquadraram nos critérios de elegibilidade, foram analisados cinco
dos 27 estudos encontrados inicialmente. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: o abuso físico
(episiotomia), os cuidados não consentidos (restrição de escolha da posição no parto e falta de informação)
e os cuidados não dignos (gritos, repreensão, ameaças e humilhações) foram,respectivamente, as formas
mais prevalentes de violência obstétrica e afetam sobremaneira a saúde materna e infantil.

Palavras-chave: Trabalho de Parto; Parto; Violência; Gestante.

REFERÊNCIAS:

BHATTACHARYA, S. Silent voices: institutional disrespect and abuse during delivery


among women of Varanasi district, northern India. BMC Pregnancy Childbirth 18, v.
338: 2018.

732
BOHREN, M. A. et al. How women are treated during facility-based childbirth in four
countries: a cross-sectional study with labour observations and community-based
surveys. Lancet. v. 394, pág. 1750-1763, 2019.

BRANDÃO, T. et al. Childbirth experiences related to obstetric violence in public health


units in Quito, Ecuador. International journal of gynaecology and obstetrics: the
official organ of the International Federation of Gynaecology and Obstetrics, v. 143:
pág. 84-88, 2018.

MEIJER, M. et al. Components of obstetric violence in health facilities in Quito, Ecuador:


A descriptive study on information, accompaniment, and position during childbirth.
International journal of gynaecology and obstetrics: the official organ of the
International Federation of Gynaecology and Obstetrics, v. 148: pág. 355-360, 2020.

MIHRET, M.S. Obstetric violence and its associated factors among postnatal women in
a Specialized Comprehensive Hospital, Amhara Region, Northwest Ethiopia. BMC Res
Notes 12, v. 600: 2019.

733
DOI 10.29327/5208636.2-7

ACIDEZ DO WHISKY NO ENSINO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO:


UM EXPERIMENTO DA BIOQUÍMICA

WHISKEY ACIDITY IN TEACHING HYDROGENIONIC POTENTIAL: AN


EXPERIMENT IN BIOCHEMISTRY

CARLA DE FÁTIMA SILVA MENEZES 1


Discente do curso de Enfermagem da Universidade da Amazônia – UNAMA,
Ananindeua – Pa – Brasil.

ALESSANDRA ELIAS EVANGELISTA 2


Discente do curso de Enfermagem da Universidade da Amazônia – UNAMA,
Ananindeua – Pa – Brasil.

BIANCA ARIELA VIEIRA FIGUEREDO 3


Discente do curso de Enfermagem da Universidade da Amazônia – UNAMA,
Ananindeua – Pa – Brasil.

DIANA FERREIRA ALVES 4


Discente do curso de Enfermagem da Universidade da Amazônia – UNAMA,
Ananindeua – Pa – Brasil.
KELLY DE SOUSA OLIVEIRA 5
Discente do curso de Enfermagem da Universidade da Amazônia – UNAMA,
Ananindeua – Pa – Brasil.

STEFANYE YONE COSTA DE SOUZA 6


Discente do curso de Enfermagem da Universidade da Amazônia – UNAMA,
Ananindeua – Pa – Brasil.

ANA PATRICIA BARROS CODEIRO 7


Docente da Universidade da Amazônia – UNAMA, Ananindeua – Pa – Brasil.

734
Resumo

Realizar um experimento em ambiente acadêmico para esclarecer a relação entre pH,


alimentos e saúde. Trata-se de uma avaliação qualitativa comparativa, desenvolvida
durante a disciplina Tópicos Integradores. O indicador exposto ao Whisky puro (A) ficou
com a cor roxa que indica o pH 7.0, o indicador exposto ao vinagre (B) ficou com a cor
rosa com pH 5.0, e o indicador de exposto com a água com sabão (C) ficou na cor verde
que representa um pH 10, sendo utilizado como paramento paras os dois seguintes
experimentos com “Drinks” feito de energético Red bull (D) e água de coco (G), avaliando
o pH com outras amostras, seguido do indicador de pH de repolho através do indicador.
O consumo de álcool e a dependência alcoólica são graves problemas de saúdepública de
acordo com a Organização mundial da saúde (OMS), Observou-se durante o estudo que
não se tem resposta fidedigna sobre o ph do Whisky nos artigos estudados e nem na bula
do próprio produto; e a partir dessa observação desenvolvemos um método de testagem
que comprovou o pH de um tipo de Whisky (Red Label) e o Red Bull se mostrou ácido
(pH 5.0) quando misturado com bebidas usualmente ingerida como drink podendo ser
prejudicial para saúde.
Palavras-chave: Ciência 1; Consumo de Bebidas Alcoólicas 2; Promoção da saúde 3.

ABSTRACT

Conduct an experiment in an academic environment to clarify the relationship between


pH, food and health. It is a comparative qualitative assessment, developed during the
subject Integrator Topics. The indicator exposed to pure Whiskey (A) turned purple,
indicating pH 7.0, the indicator exposed to vinegar (B) turned pink to pH 5.0, and the
indicator exposed to soapy water (C) remained in the green color, which represents a pH
of 10, being used as a parameter for the following two experiments with “Drinks” made
from Red bull energy drink (D) and coconut water (G), evaluating the pH with other
samples, followed by the pH indicator. Cabbage pH through the indicator. According to
the World Health Organization (WHO), alcohol consumption and alcohol dependence are
serious public health problems. of the product itself; and based on this observation, we
developed a testing method that proved the pH of a type of Whiskey (Red Label) and Red
Bull was acidic (pH 5.0) when mixed with drinks usually ingested as a drink, which can
be harmful to health.

Keywords: Science 1; Alcohol Drinking 2; Health Promotion 3.

1 INTRODUÇÃO

O Potencial Hidrogeniônico (pH) é uma escala que varia de 0 a 14 e serve para


medir o potencial de hidrogênio de uma determinada solução. Se o valor do pH for igual
a 7 a solução será considerada neutra, o que significa que a concentração de íons
hidrogênio e de íons hidroxilas são iguais. Se o pH for menos que 7, ela será ácida, e se
for maior que 7 será básico ou alcalino (VORGEL 2008).
O pH dos alimentos tem grande importância a fim de assegurar a regularidade da digestão.
Eles começam a ser digerido na boca, que tem o pH variando de 6,8 a 7,2, onde irá ocorrer

735
a quebra dos alimentos através da mastigação, com a salivação formando o bolo alimentar
que será deglutido com auxílio da língua (MONANDINI; BELLINELO 2003). O bolo
alimentar passa através da faringe e do esôfago e, por movimentos peristálticos atinge o
estômago. Nesse órgão se forma a enzima proteolítica ativa, pepsina, que atua em pH 2,0
(GARTNER e HIATT 2003).
O quimo resultante da digestão no estomago segue para o intestino delgado onde encontra
o suco pancreático (pH 8,5 e 9) e a bile (pH 8,0 e 8,5) e onde termina a digestão (OLIVIRA
e CAMPOS NETO, 2015; GUYTON 2017).
Além dos alimentos, bebidas, com as alcoólicas, também são processados no sistema
digestório. Entretanto, o uso do álcool, pode, a longo prazo trazer riscos para todo esse
sistema, contribuindo para a ocorrência de lesões, inflamações e até mesmo câncer de
boca, faringe, laringe, e colón (BRASIL 2004 a).
O whisky é uma bebida de alto teor alcoólico com sabor acentuado, que atrai diversos
admiradores ao longo do tempo e por isso vem crescendo a sua produção no mercado
mundial. Para ser considerado whisky a bebida deve ter em sua composição destilado
feito de cereais, levedura e água, tudo maturado em barris de madeira por no mínimo 2
anos (ABRABE 2015).
Considerando o pouco tempo em sala de aula e a complexidade de relacionar os assuntos
com a vida, esse trabalho teve como objetivo realizar um experimento em ambiente
acadêmico para esclarecer a relação entre aspectos teóricos do ensino do potencial
hidrogeniônico e sua aplicação prática, o que concorda com Gaspar e Monteiro (2005),
que afirmam que experimentos em sala de aula podem ajudar no processo cognitivo e na
assimilação do aprendizado.

2 MÉTODO

O Experimento foi desenvolvido com drinks de Whisky como parte da disciplina Tópicos
Integradores do curso de Enfermagem da Universidade da Amazônia – Ananindeua.
Para determinar o pH das bebidas foi utilizado indicador caseiro confeccionado com
repolho roxo, que pode ser útil no ensino (SILVA, 2020). Para o preparo do indicador foi
liquidificado 5 folhas de repolho roxo e 300 ml de água. Após batida, a mistura foi coada
e levada ao fogo, mexendo sem parar até redução a aproximadamente 100 ml. Depois de
atingir a temperatura ambiente foi mergulhado papel filtro na mistura e deixado secar
completamente. Em seguida o papel foi recortado em tiras e armazenadas em pote fechado
até o momento do uso.

736
Foram realizados três experimentos em temperatura ambiente. No primeiro 10ml de
whisky da marca Red Label® foi avaliado puro, no segundo 10ml do mesmo whisky foi
misturado a 1ml de água de coco in natura e no último 10ml do whisky foi adicionado a
1ml de energético Reb Bull®. Como controle ácido foram utilizados vinagre e como
controle básico uma colher de sopa de sabão em pó diluído em 10 ml de água. Uma faixa
de indicador caseiro foi introduzida por 2 segundos em cada um dos experimentos e nos
controles e depositadas sobre papel para imediata avaliação.
Para determinar o pH das bebidas a cor dos indicadores utilizados foi comparada como
padrão apresentado na Figura 1.

Figura 1 – Colorações do extrato de repolho roxo de acordo com o pH em que se encontra

Fonte: Fogaça (2017) apud Tarnowski (2017)

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O extrato de repolho roxo no papel de filtro pode detectar variações no pH. Quando
exposto a outras substâncias ele pode mudar de cor, e a nova cor indica o pH da substância
testada (TARNOWSKI, 2017). Os resultados deste estudo estão apresentados na Figura
2.

Figura 2 – Indicadores de pH preparados com repolho roxo e expostos a Drinks de Whisky e controles.

737
Fonte: Autores.
Neste experimento, o indicador exposto ao vinagre ficou com a cor rosa, o que representa
um pH de cerca de 5.0, enquanto o indicador exposto a água com sabão adquiriu a cor
verde que representa um pH próximo a 10. O extrato de repolho roxo no papel de filtro
quando exposto ao Whisky puro ficou com a cor roxa (pH 7.0), quando imerso no Whisky
com energético ficou com a cor rosa (pH 5.0) e quando mergulhado no Whisky com água
de coco ficou com a cor roxa (pH 7.0) (Figura 2). Os rótulos dos produtos industrializados
utilizados não apresentam informações sobre pH para comparação.
De acordo com Tarnowski, o pH de alguns alimentos pode interferir na digestão e na
sensação de bem-estar. Nesse sentido, o pH das bebidas revelaram-se diferentes do pH
usual do estômago e intestino (ANJOS, 2019). Além disso, de acordo com Magallan
(2001), o consumo de etanol, a depender do volume, pode alterar a secreção gástrica de
ácidos, o que, em teoria, pode interferir na digestão.
Entretanto, segundo Nunes e outros (2017) e Brasil (2019), o consumo de alimentos como
a cenoura (pH 5.0), pepino (pH 5.0) e tomate (pH 4.2) são bons para a digestão e reduzem
as chances de desenvolvimento de problemas gastrointestinais como gases, azia e vômito.
O Whisky com energético foi o drink testado que apresentou pH mais ácido. Segundo
Carvalho (2006), os motivos para o consumo dos energéticos com bebidas alcóolicas
destiladas são diversos, além de disfarçar o gosto do álcool. Segundo esse autor, por ser
estimulante, o energético carrega o mito de anular alguns efeitos do álcool no corpo, mas
os reflexos continuam lentos sob o efeito do álcool (CARVALHO, 2006). Além disso, de
Lino (2019) o consumo excessivo desses “drinks” é maior em adolescentes e jovens, o
que pode causar sintomas como arritmia, vômito, dificuldades para dormir entre outros.

4 CONCLUSÃO

738
O Whisky puro e com água de coco apresenta pH próximo ao neutro enquanto o Whisky
com energético apresenta pH mais ácido. Esses valores diferem do pH usual do estômago
e do intestino, embora alimentos saudáveis possam ter pH semelhantes. Portanto, o pH
sozinho não explica por que o consumo frequente de álcool pode causar problemas de
saúde.
O ensaio sobre pH realizado como parte do ensino da Bioquímica permitiu aos alunos
compreender um assunto teórico e complexo como parte do corpo humano e da realidade
deles ao levantar discussões sobre sistema digestório, boa alimentação e os perigos do
consumo do álcool.

REFERÊNCIAS
ANJOS, A. I. M. Determinação de acidez em sucos de frutas e elaboração de cartilha
educativa sobre o tema. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal
do Rio Grande do Norte.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira:
promovendo a alimentação saudável. 2019
BRASIL. Política do Ministério da Saúde Para Atenção Integral à Usuário de Álcool
e Outros Drogas. Brasília. Ministério da Saúde 2004.
CECCHI, H. M. Fundamentos teóricos e práticos em análises de alimentos. 2.ed.
campinas: Editora da Unicamp, 2003.
FREI, A. E. Reinserções, inserções e deserções: cartografia do dispositivo "reinserção
social" para adolescentes com histórico do uso abusivo de álcool e outras drogas. 2019.
Tese de Doutorado em Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade. Faculdade de Saúde Pública.
São Paulo, 2019.
FREITAS LANZA, A. T. et al. O consumo de álcool e seus principais efeitos deletérios
no corpo humano: uma revisão descritiva. Revista Ibero-Americana de Humanidades,
Ciências e Educação, v. 7, n. 6, p. 82-99, 2021.
GARTNER, L. P.; HIATT, J. l. Tratado de Histologia. 2ºed. Guanabara Koogan: Rio
de Janeiro, 2003.
GASPAR, A.; MONTEIRO, I. C. de C. (2016). Atividades experimentais de
demonstrações em sala de aula: uma análise segundo o referencial da teoria de vygotsky.
Investigações Em Ensino De Ciências, v. 2, n.10, p. 227–254, 2016.
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed.,
2017.
LINO, M. F. S.; SILVA, C. M. Bebidas energéticas: uma questão educacional / Energy
drinks: an education issue. Revista Brasileira de Desenvolvimento, v. 5, n. 6, pág.
4483–4492, 2019.

739
MAGALLAN, R. A. Alteraciones funciolanes del tracto digestivo proximal con el vino y
otras bebidas alcohólicas. Revista Hospital Juárez del México, v. 68, n. 3, p. 138-142,
2001.
MORANDINI, C.; Bellinello, L. C. Biologia. Volume único. 2°ed. Atual: São Paulo,
2003. 526p.
MUNIZ, E.; SILVA, V. S. Preparo e estudo da estabilidade de papéis indicadores de ph
obtidos a partir dos extratos de repolho roxo. In: V Encontro de Iniciação Científica e
Tecnológica-EnICT. 2020.
NUNES, J. S. et al. Influência da temperatura de secagem nas propriedades físico-
química de resíduos abacaxi. Revista Agropecuária Técnica, v. 1, n. 1, p. 41-46, 2017.
OLIVEIRA, A. A.; CAMPOS NETO. F. H. Anatomia e fisiologia: a incrível máquina do
corpo humano, Fortaleza. EdUECE, 2015.
PRADO, R. M. S.et al. A importância da experimentação para o ensino-aprendizagem da
química: o repolho roxo como indicador ácido-base para verificação de PH com
estudantes do ensino médio público. In: VI Congresso Nacional de Educação:
avaliação, processos e políticas. Fortaleza/CE. 2019.
SILVA, J. B. Repolhômetro e Fotorrepolhômetro: Phmetros de Baixo custo para Uso no
Ensino Médio. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio grande do sul,
instituto de química, programa de pós-graduação de mestrado profissional em
química em rede nacional, Porto Alegre-RS,2020.
TARNOWSKI, K. S. Indicador de ácido-base de repolho roxo. Química em pratica-
Materiais e ideias para aulas de química. Manual da química, 2017.
VOGEL, A. I. Análise Química Qualitativa. 6°ed. LTC: Rio de Janeiro, 2008. 488p.

740
PERFIL DE USUÁRIOS DE TERAPIA NUTRICIONAL DE SISTEMA
FECHADO ATENDIDOS NA UPA DE OLINDA

¹Aparecida Barboza de Araujo

²Julie Marcelle Moreira da Fonseca

²Luana Maria da Silva Alves

²Viviane Rodrigues Cunha da Silva

²Gesika Assunção do Nascimento

1Faculdade de Comunicação e Turismo de Olinda, Olinda, Pernambuco, Brasil; 2Centro Universitário


Mauricio de Nassau, Recife,Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Estudo de experiência


Modalidade: Pôster
E-mail do 1°autor:aparecidabarbozadearaujo@gmail.com
INTRODUÇÃO: A terapia nutricional é peça fundamental nos cuidados dispensados ao paciente crítico,
devido às evidências científicas que comprovam que o estado nutricional interfere diretamente na sua
evolução clínica. O paciente desnutrido cursa mais facilmente com infecção, demora mais para cicatrizar,
exige maiores cuidados intensivos e permanece internado por mais tempo no hospital. A terapia de nutrição
enteral faz parte da rotina de tratamento intensivo em pacientes impossibilitados de utilizar a via oral para
alimentação que possam utilizar o trato gastrintestinal. O uso da nutrição enteral está associado a redução
no número de complicações infecciosas e manutenção da integridade da barreira mucosa intestinal. Os
pacientes admitidos com necessidades especiais ou aqueles que permanecem por períodos prolongados na
unidade, portadores de condição clínica crítica são submetidos a avaliação clínica e nutricional para início
da terapia nutricional enteral. É característico das unidades de pronto atendimento, os pacientes
permanecerem por 24h, mas na prática isso não acontece, necessitando assim de um maior tempo de
internamento, por isso se faz necessário o uso de terapia nutricional por sonda.OBJETIVO: Traçar o perfil
dos pacientes com indicação de TNE por sonda na Unidade de Pronto Atendimento Gregório Lourenço
Bezerra - UPA Olinda. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo retrospectivo, no período de Janeiro a
Agosto 2021, com pacientes que permaneceram em observação nas Salas Amarela e Vermelha, os quais
foram submetidos a avaliação clínica e nutricional e foram identificados como pacientes impossibilitados
de utilizar a dieta por via oral, dando início a suporte nutricional por sonda nasoenteral.RESULTADOS:
No período de Janeiro a Agosto de 2021, receberam TNE 78 pacientes, sendo 52,56% do sexo masculino
e 47,44% do sexo feminino, em idade média entre 40 e 95 anos, com tempo de permanência de 3 a 7 dias.
Observou-se que o estado nutricional foi mantido ou recuperado no período de permanência na Unidade de
Pronto Atendimento Gregório Lourenço Bezerra – UPA Olinda.CONCLUSÃO: A terapia nutricional é
parte integrante dos cuidados para manutenção e recuperação do paciente em unidades de saúde. O seu
sucesso envolve as etapas de avaliação nutricional, determinação das necessidades de calorias e nutrientes,
decisão da via de infusão e o tipo de dieta empregada. Concluímos assim que o uso de terapia nutricional
por sonda nas unidades de pronto atendimento é um diferencial e tem tido sucesso na manutenção e
recuperação da saúde dos pacientes no tempo que permanecem na mesma.

palavras-chaves: Terapia nutricional, Nutrição enteral Alimentação hospitalar.

REFERÊNCIAS:

741
Terapia Nutricional em Unidade de Terapia Intensiva, Iára Kallyanna Cavalcante
Ferreira - Revista Brasileira de Terapia Intensiva Vol. 19 Nº 1, Janeiro – Março,
2007

WEISSMAN C - Nutrition in the intensive care unit. Crit Care, 1999;3:R67- R75.

742
DOI 10.29327/5208636.2-23

O CUIDADO DE ENFERMAGEM NA PERSPECTIVA DE GÊNERO EM


SAÚDE DA MULHER: REFLEXÕES E SIGNIFICADOS

NURSING CARE FROM THE PERSPECTIVE OF GENDER IN WOMEN'S


HEALTH: REFLECTIONS AND MEANINGS

MARCELA DUTRA DA SILVA


Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
CRISTIANE ROCHA MAGALHÃES
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
LUANA SENA PIMENTA
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
DANIELLE DIAS CORREIA DA SILVA
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
ADRIANA FERNANDES DA CRUZ
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
EVELY SOCORRO CAMPOS PINHEIRO
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva
NÉBIA MARIA DE ALMEIDA FIGUEIREDO
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

743
Resumo
Objetivo: Promover reflexão crítica acerca do cuidado de enfermagem no contexto da saúde da mulher
à luz da perspectiva de gênero. Metodologia: Trata-se de um estudo teórico-reflexivo, com objetivo crítico.
Elaborado com base nos pressupostos teóricos de Gênero, e subsidiado na leitura crítica dapolítica pública
de atenção à saúde da mulher. Resultados e Discussão: O cuidado integral compreende a pessoa como ser
biopsicossocial, e se constitui como uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste contexto, o
Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) traz uma proposta revolucionária e profunda,
nos quais as perspectivas histórico-sociais e de gênero não são descoladas do cuidar da cliente. Todavia na
prática, isso não é efetivo, pois, muitos atendimentos prestados infelizmente acabam enfocando
preferencialmente a questão reprodutiva, de forma isolada e reducionista. ConsideraçõesFinais: O estudo do
cuidado no contexto da temática de pesquisa deve levar consideração a perspectiva das convenções de
gênero, uma vez que desde os primórdiosela foi sendo pregada e construídahistórica e socialmente, nos
cernindo em uma sociedade assimétrica. A mulher é um ser individual, e assim como qualquer indivíduo
deve poder exercer sua cidadadania, direito de escolha e poder de decisão em situação de equidade na
sociedade.
Palavras-chave: Cuidado de enfermagem; Gênero; Saúde da Mulher.

ABSTRACT

Objective: To promote critical reflection about nursing care in the context of women's
health in the light of the gender perspective. Methodology: This is a theoretical-reflective
study, with a critical objective. Elaborated based on the theoretical assumptions of
Gender, and subsidized in the critical reading of the public policy of attention to women's
health. Results and Discussion: Comprehensive care understands the person as a
biopsychosocial being, and constitutes one of the guidelines of the Unified Health System
(SUS). In this context, the Comprehensive Assistance Program for Women's Health
(PAISM) brings a revolutionary and profound proposal, in which the historical-social and
gender perspectives are not detached from client care. However, in practice, this is not
effective, as many services unfortunately end up focusing on the reproductive issue, in an
isolated and reductionist way. Final Considerations: The study of care in the context of
the research theme must take into account the perspective of gender conventions, since
since the beginning it has been preached and constructed historically and socially,
centering us in an asymmetrical society. A woman is an individual being, and just as any
individual should be able to exercise her citizenship, right to choose and decision-making
power in a situation of equity in society.
Keywords: Nursing care; Gender; Women's Health.

1 INTRODUÇÃO

Desde a era pré-histórica, os mais fortes exercem domínio sobre os mais fracos, são mais
agressivos ou proativos; sendo mais vistos e privilegiados em detrimento dos mais fracos ou oprimidos. Era
a luta pela sobrevivência e pelo alimento, que ao longo do tempo tornou-se uma questão socialmente
construída e estabelecida (RUBIN, 2017). Assim como hoje o dominado possui menor poderio neste
sistema social, além do próprio constituir-se em instrumento de produção para o dominante.
À luz da sociedade patriarcal observamos que do homem emanava toda a autoridade e poder sobre
a mulher e os filhos, onde a mesma era seu objeto e propriedade. Esta era destinada a permanecer confinada
em casa cuidando das tarefas domésticas, da prole e à disposição dos desejos e anseios sexuais do marido
para fins deobter prazer e/ou procriar. O homem era o sujeito da ciência. Do movimento social deleadvinha

744
o sustento para a família através das relações de comércio, evidenciado pelo seu trabalho desempenhado
fora do contexto familiar, enquanto a mulher prestava no lar, um serviço não valorizado e sem remuneração
(PARKER, 1991).
A saída para o ambiente público do mercado de trabalho, bem como o advento da pílula
anticoncepcional na década de 60 constituiram-se numa tentativa de alcançar maior “autonomia” e
“empoderamento”, porém sem total êxito. Tais marcos históricos corroboraram para o desvelo, da
necessidade de maior atenção à saúde da mulher e cuidados mais especializados e
individualizados. Neste contexto, foi criado na década de 80 o primeiro programa de saúde com
vistas à saúde da mulher no Brasil - O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM).
O que merece nossa análise mais profunda é que, diante da falsa ilusão de uma
possível igualdade entre o feminino e masculino, o que traz para o ambiente em saúde a
mesma perspectiva às vezes, a mulher permanece sem protagonismo e cuidado integral
necessário. Diante disso, o objetivo deste estudo é promover reflexão crítica acerca do
cuidado de enfermagem, no contexto da saúde da mulher à luz da perspectiva de
gênero.

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo teórico-reflexivo, com objetivo crítico. Elaborado com base


nos pressupostos teóricos de Gênero, e subsidiado na leitura crítica da política pública de
Atenção à Saúde da Mulher. Assim como, na literatura científica que discorre sobre o
cuidado e seu dinamismo com a figura da mulher no cenário social. Constituído pela
percepção das autoras sobre a temática numa abordagem totalmente qualitativa.
O percurso metodológico partiu do estudo do cuidado e atendimento à mulher no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com a descrição de questões e lacunas a serem
discutidas; seguido de um levantamento bibliográfico sobre a temática gerando uma
reflexão crítica com vistas a trazer ao estudo uma ponderação da perspectiva social, na
qual o tema está inserido.
Por se tratar de um artigo reflexivo e não de revisão de literatura, não houve
seleção de critérios de exclusão e inclusão específicos para material bibliográfico. Os
referenciais teóricos aqui utilizados são apontados pelas próprias autoras, levando em
consideração a abordagem do tema, independentemente do recorte temporal, como se
configuram no texto clássico ao tratar do assunto.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

745
O gênero feminino é dado por uma condição social, que é imposta para a mulher desde os
primórdios relacionada à sua capacidade reprodutiva. Nota-se que nãofoi utilizado o termo “função
biológica”, visto que este universo é extremamente amplo no campo da biologia, e não se restringe somente
à reprodução. Mas, não foi empregado principalmente, por apresentar uma conotação machista parecendo
reduzira mulher somente a uma única capacidade, a de gerar filhos, procriar e ocupar o espaçodoméstico
(PISCITELLI, 2009).
A igualdade plena e verdadeira entre mulheres e homens é possível dentro da estrutura social atual?
Acredita-se que não, nem em uma estrutura capitalista ou socialista. A lógica da dominação perpassa e
atravessam estas duas macroestruturas logo se compreendem que a busca pela equiparação delineia-se no
caminho da equidade. A equidade se constitui em algo extremamente complexo e subjetivo. Conforme a
Enciclopédia Jurídica da PUC-SP (JARDIM, E.M.F., 2019), no verbete “Equidade” tal nomenclatura
origina-se do latim “equus” significa “igual, justo, parelho”, da qual provém “alquitas” vem o sentido de
“igualdade, conformidade,simetria”. Quando entra a subjetividade no cenário, emerge o sujeito, e desta
forma todaa sua bagagem de experiências, aprendizado, legado social e cultural ocasionando assimuma
variação em cada análise em particular. O que é justo e equânime para um, pode não ser para o outro.
Devido interferências de conceitos préconcebidos ou experiências aprendidas anteriormente, e
influenciados pela realidade de cada um nas suas relações com o meio.
Segundo Waldow (2012) a integralidade como objeto da práxis compreende a saúde como
fenômeno o qual perpassa condições sociais,políticas, tecnológicas, econômicas e ideológicas. O cuidado
é um modo de ser-no- mundo o qual fundamenta as relações com todas as coisas. Constitui-se no modo de
ex- xistir e co-existir, na via de navegar pela realidade e relacionar-se com todas as coisas do mundo. O
cuidar em si é afinar-se com, auscultar-lhes o ritmo e entrar em sintonia com o outro (Boff, 2014). O cuidado
refere-se à forma como a pessoa se estrutura, e realiza no mundo com os outros. O modo de ser-no-mundo
que ampara as relações às quais se estabelecem inclusive as relações entre as pessoas e em outro contexto
sociais.
O não protagonismo da mulher e a desautonomia sobre seu corpo e sua vida,estão intimamente
relacionados a inúmeros fatores, alguns tais como: difícil acesso à informação, educação, classe social,
influência da sociedade patriarcal contribuindo para uma sociedade predominantemente machista,
desconhecimento dos direitos femininos, raça, presença de renda ou não pela mulher... Mas, tudo isto são
apenas variáveis que estarão mergulhadas e entranhadas pelas convenções de gênero (HIRATA, 2018).
O cuidado integral / a integralidade compreende a pessoa como ser biopsicossocial, e como diretriz
do Sistema Único de Saúde (SUS) guia as ações detrabalho. A proposta do Programa de Atenção Integral
à Saúde da Mulher (PAISM), como o próprio nome refere, visa justamente atender a mulher em sua
integralidade (BRASIL, 2004). Sua proposta teórica procura compreender a mulher como ser holístico, em
que as instâncias biopsicossociais são intrínsecas ao indivíduo e estão intimamente ligadas. Desta forma,
precisam ser compreendidas como indissociáveis, bem como componentes e ao mesmo tempo resultantes
do ser.
Todavia na prática, isso não é efetivo, pois mostra que muitos atendimentos prestados infelizmente
acabam enfocando preferencialmente a questão reprodutiva, de forma isolada e reducionista. Por exemplo,
em uma consulta ginecológica, onde normalmente não são avaliados os demais sistemas do

746
organismo, não são abordadas questões subjetivas do ser, e o destaque se reduz apenas ao sistema
reprodutor. Já no período gestacional, as co-patologias, como diabetes mellitus, hipertensão arterial,
doenças infecciosas são “lembradas” já que há um risco de comprometimento gestacional. Consonante a
isso, as esferas emocionais, psicológicas, sociais e culturais muitas vezes são esquecidas nesses
atendimentos e desta forma, a efetividade propriamente dita da Política Pública de Saúde Integral.
A importância do corpo na sociedade brasileira, principalmente o feminino, requer uma análise
mais profunda e crítica. O mesmo pode ser visto como signo de hierarquia social, objeto de desejo
extremamente sexualizado e sensualizado; e, muitas vezes objeto de “propriedade” do masculino, e não da
mulher que efetivamente habita e compõe este corpo. Para Beauvoir (2017, página 26):

“a objetificação sexual do corpo das mulheresdesempenha um papel


importante na perpetuação de sua opressão”.

O corpo sexuado é transformado em corpo social através da cultura, inserido em diferentes teias
de significados. É importante desconstruirmos a ideia de um corpo natural, mas compreendermos como
dimensão produzida pelos imperativos da cultura. A concepção do que significa corpo, sexualidade, saúde
varia conforme o universo e inserção social do indivíduo (HEILBORN, 2018).
O corpo encontra-se presente no estabelecimento do cuidado, tanto de quem cuida quanto ao que
o recebe. O corpo é criador de tecnologias no campo de atenção emsaúde, seja denominado como corpo da
química (biologia da vida) – neste caso, corpo feminino - e o corpo dos sentimentos (biologia do sentir a
vida) – nesta aplicação, a mulher neste corpo. A enfermagem enquanto ciência do cuidado é também
processo criativo que envolve tecnologias e seus “porquês”; inclui os princípios da bio-fisio- anatomia e
sócio-psico-antropologia (SILVA; FIGUEIREDO, 2018).
O realizar da enfermagem utiliza o corpo no que tange às superfícies sensoriais para observar, e
sentir as sensações e emoções que evidenciam no cliente diversas situações ou estados. Tal atitude denota
uma perspectiva estética de cuidar,pois seus instrumentos encontram-se na esfera da subjetividade. À luz
deste campo, oato de cuidar significa desenvolver uma arte na qual o artista encontra-se com o sentimento
de solidariedade, e de desapego do seu próprio eu, em prol do seu semelhante. Nessa perscpectiva, a estética
refere-se ao que se situa entre o material e o imaterial, o tangível e o intangível. É um verdadeiro canal pelo
qual o escopo teórico e oimpalpável são transformados em prática social. A dimensão estética do cuidado
é vista como um sentido de ser, concretizado através das atitudes e mantém caráter relacional; Refere-se à
forma de arte vinculada à metafísica, psique humana e sensibilidade. É importante refletirmos e
experenciarmos sentimentos advindos do questionamento acerca do significado do cuidar e sua relação com
a vida (SILVA; FIGUEIREDO, 2018).
As características biológicas não são determinantes de comportamentos e papéis sociais. O
conceito de sexo primariamente refere-se à natureza; fenônemo este, quedetém como apropriador do estudo
e saber, o campo de estudo da biologia. Já o gêneroestá atrelado às construções culturais /sociais, de
características dadas como femininas e masculinas. Essas, geralmente, relacionam-se com a biologia, mas
não derivam dela, epodem sofrer variações conforme o contexto social na qual encontram-se inseridas
(PSCITELLI, 2012). O imaginário social é uma construção de crenças biológicas abstratas, extraídas
da realidade onde predominam as diferenças culturais doque é masculino e feminino. Esta autora afirma

747
ainda, que diferentemente do sexo, “o gênero é um produto social, aprendido, representado,
institucionalizado e passado de geração a geração” (HEILBORN, 2018). A essência da subordinação da
mulher ao homem, a existência do imaginário social e práticas que denotam o chancelo de propriedade
sobre o corpo feminino refletem a assimetria nas relações entre os gêneros, e a violência simbólica que
acima se configura. Estasvariáveis permeiam o meio social no qual a mulher está inserida, bem como, no
qual são elaboradas as leis e políticas de saúde; se fazem presentes no ambiente de atendimento em saúde;
e no meio onde as relações conjugais se estabelecem e são regidas; bem como, relacionam-se
intrinsicamente às decisões quanto ao corpo feminino, manejo da contracepção e maternidade.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Infelizmente a forma com que a mulher é vista, abordada e cuidada em sua maioria, dentro do
contexto do Programa de Atenção á Saúde da Mulher nada mais é do que a consequência e reflexo da
sociedade, sua cultura, história, educação e realidade social. Esses fatores exercem influência direta, mas
muitas vezes veladas, no que tange ao estabelecimento de políticas públicas, formulação de diretrizes,
normas, elaboração de parâmetros e referências pelo sistema de saúde e estabelecimento do cuidado.
A mulher ainda permanece sob as amarras do estigma do gênero. O não rompimento deste
constructo sobrecarregou ainda mais a figura da mulher, à medida que ainda somou-se por exemplo, o
gestar, maternar e dupla e triplas jornadas de trabalho. O paradigma de igualdade é utilizado por muitos
dominantes, para manter os dominados de forma conformada e alienada sem se rebelarem. Contudo, estes
fatores acompanhados do não rompimento de estigmas sociais, ocasionaram um maior aprofundamento do
abismo entre os gêneros e fortalecimento da desigualdade. O pressuposto de possível igualdade entre o
feminino e masculino não é efetivo pois, o falso discurso de direitos iguais não são aplicáveis ao deveres
sociais e morais para ambos.
O estudo do cuidado no contexto da temática de pesquisa deve levar consideração a perspectiva
das convenções de gênero, uma vez que desde os primórdiosela foi sendo pregada e construídahistórica e
socialmente, nos cernindo em uma sociedade assimétrica. A mulher é um ser individual, e assim como
qualquer indivíduo deve poder exercer sua cidadadania, direito de escolha e poder de decisão em situação
de equidade na sociedade. O modelo natural de cuidar é transcendente aos cuidados físicos, pois os seres
humanos apresentam individualidades complexas na dimensão da vida, ou seja, seus significados e seus
valores que o paradigma biomédico em si mesmo não consegue suprí-las. Por conseguinte, para atendê-los
é necessário construir conhecimentos.
Compreende-se que novos sujeitos sociais e temáticas pouco exploradas, não privilegiadas ou até
mesmo desprestigiadas devem ser colocadas em evidência, e merecem ser objeto de estudo e discussão
visando dar voz às minorias. De igual forma, a construção de políticas públicas que permitam o
fortalecimento da participação desses atores no cenário político, social e cultural visando à autonomia do
indivíduo e conquista de seus direitos. Ao mesmo tempo em que o cuidado também necessita ser construído
de forma sensível, profunda e singular.

REFERÊNCIAS

748
BEAUVOIR, S. de. O segundo sexo: fatos e mitos. 4 ed. Rio de Janeiro: NovaFronteira, 2017.904
p.

BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. 20 ed.Petrópolis:


Vozes, 2014. 248 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas


Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília: DF,
2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. II Caderno de educação


popular em saúde. Departamento de Apoio à Gestão Participativa, 1ªed . Brasília: DF, 2014.

HEILBORN, L.; RODRIGUES, M. C. Gênero: breve história de um conceito. Aprender


- Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação, n. 20, v.1, p. 1-1, 2018.
HIRATA, H. Gênero, patriarcado, trabalho e classe. Revista Trabalho Necessário, n.
29, v.16, p.14-27, 2018.

JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Equidade. Enciclopédia jurídica da PUC-SP. Celso Fernandes
Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga e André Luiz Freire (coords.). Tomo: Direito Tributário. Paulo
de Barros Carvalho, Maria Leonor Leite Vieira, Robson Maia Lins(coord. de tomo). 1. ed. São Paulo:
Pontifícia UniversidadeCatólica de São Paulo, 2017.
PARKER, R. Corpos, prazeres e paixões: a cultura sexual noBrasil contemporâneo. São
Paulo: Best Seller, 1991. 295 p.
PISCITELLI, A. Sexo e Gênero. Antropologia e direito: temas antropológicos para estudos jurídicos.
Coordenação geral [de] Antonio Carlos de Souza Lima. – Brasília / Rio de Janeiro/Blumenau: Associação
Brasileira de Antropologia / laced / Nova Letra,2012. 576 p.

PISCITELLI, Adriana. Gênero: a história de um conceito. In: ALMEIDA, Heloísa Buarque de;
SZWAKO, José (Org.) Diferenças, igualdades. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2009. p.116-148.

RUBIN, Gayle [1949–] Políticas do sexo: Gayle Rubin Tradução: Jamille Pinheiro Dias.Títulos originais:
Thinking Sex e The Traffic in Women São Paulo: Ubu Editora,2017.139 p.

SILVA, P.S.; FIGUEIREDO, N.M.A.Pesquisa cartográfica: reflexões teóricas e metodológicas para


enfermagem. Texto Contexto Enferm.v.27, n.4, p. 1-6, 2018.

WALDOW, VR. Cuidar: expressão humanizadora da enfermagem. 6 ed.Petrópolis,


Rio de Janeiro: Vozes; 2012. 192 p.

749
DOI 10.29327/1192726.1-56

CARCINOMA GÁSTRICO E SUA RELAÇÃO COM A HELICOBACTER


PYLORI

¹Giovanna Lopes do Espírito Santo


²Danielle de Freitas Mendonça
1 Universidade de Rio Verde. Goiânia, Goiás, Brasil.; 2 Faculdade de Ciências e Educação Sena
Aires. Valparaíso de Goiás, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: giovanna.l.e.santo@academico.unirv.edu.br
INTRODUÇÃO: O Helicobacter pylori é considerado a infecção mais prevalente no mundo. Sua
prevalência é superior a 80% em países em desenvolvimento, com uma parcela de infectados
desenvolvendo sintomas e doença, algumas delas com correlação etiopatogênica e resposta terapêutica bem
definidas na literatura. O câncer gástrico é a quarta neoplasia mais frequente e a segunda causa mais comum
de morte por câncer no mundo, apesar da diminuição da incidência nas últimas décadas. No Brasil, as taxas
de incidência variam regionalmente e, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a taxa de
mortalidade é de cerca de 7,68/100.000 casos .OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi promover
conhecimento acerca da relação entre a infeção por Helicobacter Pylori e o desenvolvimento de carcinoma
gástrico, sua manifestação, sintomas e possíveis formas de tratamento e prevenção.
METODOLOGIA:Trata-se de uma revisão narrativa realizada no período de julho a novembro de 2022,
por meio de pesquisas nas bases de dados: PubMed, Google Acadêmico Scielo, MEDLINE, LILACS.
Foram utilizados os descritores: Helicobacter Pylori, carcinoma gástrico e fatores de risco. Desta busca
foram encontrados 46 artigos e 3 livros didáticos, posteriormente submetidos aos critérios de seleção. Os
critérios de inclusão foram: artigos nos idiomas português, espanhol e inglês; publicados no período de
2000 a 2023 e que abordavam as temáticas propostas para esta pesquisa. RESULTADOS:A infecção por
Helicobacter pylori induz inflamação persistente na mucosa gástrica, causando gastrite em quase todos os
indivíduos infectados. Embora a maioria dos hospedeiros permaneça assintomático, outros desenvolvem
úlceras pépticas ou duodenais, adenocarcinoma gástrico e linfomas, especialmente linfoma de tecido
linfóide associado à mucosa (MALT). A manutenção da inflamação crônica induzida pelo H. pylori , além
de danificar as células pode desencadear um processo multiestágio de carcinogênese em que a gastrite
crônica não atrófica evoluiria para gastrite atrófica (perda das glândulas gástricas) , metaplasia intestinal
(substituição do epitélio do tipo intestinal), displasia e adenocarcinoma gástrico. Portanto, esta infecção é
o fator de risco mais importante para atrofia gástrica e metaplasia intestinal, sendo estas últimas
consideradas lesões precursoras do câncer gástrico. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destarte,
a erradicação desta bactéria apresenta- se como uma excelente estratégia para a prevenção do câncer
gástrico. Bem como a diminuição da ingesta de sal, alimentos embutidos, ricos em gorduras, aumento de
atividade física, entre outras práticas. Favorecendo o tratamento de indivíduos infectados, principalmente
em regiões com baixo nível socioeconômico e alta incidência da doença.

Palavras-chave: Helicobacter Pylori, carcinoma gástrico, fator de risco.


REFERÊNCIAS: BARROSO-SOUSA, R.; FERNANDES, G. Oncologia: princípios e prática clínica .
Santana de Paraíba- SP: Editora Manole, 2023.
COELHO, M. C. F. et al. Gastrite crônica por Helicobacter pylori em pacientes com condições pré-
malignas: avaliação dos sistemas OLGA e OLGIM e desempenho de biomarcadores séricos. Arq. de

750
Gastroenterol. [online]., v. 58, n. 01, p. 39-47, 2021.
GOVINDAN, R.; MORGENSZTERN, D. Oncologia. (Manual de Washington™) . Rio de Janeiro:
Thieme Brasil, 2017.
OLIVEROS-WILCHES, R. et al. Fatores de risco para câncer gástrico. Qual é o seu papel?. Rev. colomb.
Gastroenterol. , Bogotá , v. 36, n. 3, pág. 366-375, 2021.
VINAGRE, I. D. F. et al. Infecção por helicobacter pylori em pacientes com diversas doenças
gastrointestinais no norte do Brasil. Arq. de Gastroenterol. [online]., v. 52, n. 4, p. 266-271, 2015.

751
FATORES RELACIONADOS A SÍFILIS CONGÊNITA: UMA REVISÃO DA
LITERATURA.

¹Ana Klara Rodrigues

Alves
2
Lívia Filomena Castelo Branco Machado
3
Daniella Pineli Chaveiro Costa
4
Maria Júlia Arbo Souza
2
Maria Yasmin de Carvalho Noronha
5
Augusto Ramos D’Abadia Junior
6
Gisele Santos Barros
2
Mariana Barboza de Andrade

¹Universidade Estadual do Piauí (UESPI);²Centro Universitário Uninovafapi.; ³ Instituto de Educação


Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP); 4Centro Universitário São Francisco de Barreiras – UNIFASB, 5
Universidade do Sul de Santa Catarina - Campus Pedra Branca, 6 Centro Universitário Unifacid .

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1°
autor:klaraphb@outlook.com

INTRODUÇÃO: A sífilis é causada pela espiroqueta Treponema pallidum. A sífilis não tratada ou tratada
inadequadamente durante a gravidez pode resultar em sífilis congênita. A sífilis congênita pode levar a
sequelas graves ou morte fetal, neonatal ou infantil. Sendo considerada uma doença prevenível,desde
que a gestante infectada seja diagnosticada e prontamente tratada, sendo sua ocorrência indicativa de
falhas na assistência pré-natal. No mundo, cerca de 2 milhões de gestantes são infectadas pela sífilis a
cada ano. OBJETIVO: Verificar quais são os fatores relacionados a sífilis congênita. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que conforme Galvão (2012), é uma construção de uma
análise ampla da literatura com passos pré-definidos, realizada através da Pubmed, foram encontrados
63 artigos, selecionados 10, através do cruzamento simultâneo entre os descritores “Syphilis Congenital”,
“Pregnancy”, “Risk Factors”. Quanto aos critérios de inclusão, introduziram-se artigos escritos na língua
portuguesa e inglesa publicados entre 2017 e início de 2022. RESULTADOS: O principal fator
responsável pela elevada incidência da sífilis congênita em todo o mundo é a assistência pré-natal
inadequada. Outros estudos também associam a doença a pobreza, infecção pelo HIV, abuso de drogas
e subutilização do sistema de saúde. Os fatores de risco individuais incluem gestantes adolescentes,
raça/cor não branca, baixa escolaridade, história de doenças sexualmente transmissíveis, história de sífilis
em gestações anteriores, múltiplos parceiros e baixa renda. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A incidência de sífilis congênita sugere falhas na assistência pré-natal, sendo necessário novas
estratégias para reduzir a transmissão vertical da doença. Como por exemplo: a capacitação dos
profissionais para que os mesmos identifiquem precocimente as gestantes com sífilis, fortalecimento da
vigilância epidemiológica, para o monitoramento dos resultadosdo VDRL de gestantes no sistema de
laboratórios, e abordagens integradas de prevenção da sífilis e do HIV/aids, dando mais visibilidade à
sífilis congênita.

752
Palavras-chave: Sífilis Congênita, Gravidez, Fatores de Risco.

REFERÊNCIAS:

THORNTON, C.; CHAISSON, L.H.; BLEASDALE, S.C. Characteristics of Pregnant Women With
Syphilis and Factors Associated With Congenital Syphilis at a Chicago Hospital. Open Forum Infect Dis.,
v.9, n.5, 2022.

CAVALCANTE, P.A.M.; PEREIRA, R.B.L.; CASTRO, J.G.D. Syphilis in pregnancy and congenital syphilis
in Palmas, Tocantins State, Brazil, 2007-2014. Epidemiol Serv Saude., v.26, n.2, p.255-264, 2017.

TSIMIS, M.E. & SHEFFIELD, J.S. Update on syphilis and pregnancy.Birth Defects Res., v. 109, n. 5,
p.347-352, 2017.

753
SÍNDROME DE BURNOUT EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA
DA SAÚDE

¹Rebeca Ferreira Nery


²Heráclito Carlos Gomes da Silva
³ Julyanne Pereira Lustosa de Carvalho Bouzada
4
Itamara Campos Carvalho
5
Rogéria de Sousa Rodrigues
6
Adriano Portugal de Oliveira
7
Maria Laura Fernandes Alves
8
Aline Oliveira Fernandes de Lima

1Faculdade São Francisco da Paraíba. Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 2Universidade Federal do Piauí.
Teresina, Piauí, Brasil; 3Universidade Federal do Pernambuco. Caruaru,
Pernambuco, Brasil; 4 Faculdade IEducare/Fied do Ceará. Tianguá, Ceará, Brasil;
5Centro Universitário Metropolitano da Amazônia, Belém. Pará, Brasil; 6Centro
Universitário da Amazônia, Amazônia. Pará, Brasil; 7Centro Universitário
Maurício de Nassau. Maceió, Alagoas, Brasil; 8Faculdade Venda Nova do
Imigrante. Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciência da Saúde.


Modalidade: Pôster.
E-mail do 1° autor: rebecafnery@outlook.com
INTRODUÇÃO: A Síndrome de Burnout (SB) é definida como um distúrbio psicológico caracterizado por
estresse persistente e negatividade manifestada por exaustão emocional, despersonalização e baixa eficácia
profissional. A exaustão emocional é acompanhada de fadiga física e mental, depressão, estresse,
irritabilidade, dores de cabeça, dores musculares e distúrbios do sono. Frequentemente, os cursos que
abrangem as áreas da saúde contam com estágios por meio dos quais os alunos reconhecem a importância
e as limitações de seus conhecimentos ao aplicarem a prática terapêutica. Os alunos vêm de situações ideais
em que os problemas e dificuldades da prática profissional não são abordados, ou são apenas tratados
superficialmente, onde os conhecimentos adquiridos parecem ser suficientes para futuras situações de
intervenção, o que não se tem verificado na prática. Como resultado, os maiores medos dos alunos são
cometer erros, ferir clientes e não serem reconhecidos por colegas e professores. OBJETIVO: Descrever os
fatores desencadeantes da Síndrome de Burnout entre os universitários da área da saúde. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa, realizada em janeiro de 2023,
por meio das bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e
a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), foram utilizados os descritores:
Burnout; Estudantes Universitários e Saúde, com o operador booleano And, encontrando 60 artigos. Os
critérios de inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra, em texto completo, nos idiomas português, inglês
e espanhol, nos últimos cinco anos (2019-2023), restando 18 artigos. Os critérios de exclusão foram: artigos
que não respondiam ao objetivo do estudo e os duplicados nas bases supramencionadas. Após os critérios
de elegibilidade, restaram quatro artigos para esta revisão. RESULTADOS: A exaustão emocional foi a
primeira dimensão a aparecer, e neste grupo, de acordo com os critérios estabelecidos para caracterizar a
síndrome, esta dimensão apresentou um índice médio que pode indicar a SB. A relação entre a dimensão
burnout e a insatisfação indicou que quando os alunos estavam insatisfeitos com o curso, realizavam

754
atividades sem enxergar o sentido e a satisfação de seus esforços, tornando a tarefa mais desgastante e
proporcionando uma sensação de ceticismo faz com que se sintam ineficazes na causa. A consideração da
evasão de um curso também afeta a dimensão do burnout. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destarte,
evidenciou-se que a Síndrome de Burnout em acadêmicos da saúde é resultante das dificuldades
encontradas durante suas vivências educacionais, mediante os estágios, onde são submetidos a situações
reais, com limitações da prática profissional. Neste sentido, visando a ampliação da temática em questão,
faz-se necessário maior divulgação sobre a síndrome, seu diagnóstico e mediação dos sintomas.

Palavras-chave: Burnout; Estudantes Universitários; Saúde.


REFERÊNCIAS:
ANDRADE, Giovana Frazon et al. Burnout Syndrome and Consumption of Alcohol and Illicit Substances
in University Students. Paidéia (Ribeirão Preto), v. 31, 2021.
ASSUNÇÃO, Darah et al. A ocorrência da Síndrome de Burnout em universitários de cursos da área da
saúde de uma instituição privada na região Norte de Minas Gerais: um estudo transversal. Revista de
Ciências Médicas e Biológicas, v. 18, n. 1, p. 15-20, 2019.
LIMA, Amanda Stephanie de Oliveira et al. Síndrome de burnout e fatores associados em estudantes da
área da saúde. Rev. baiana enferm, p. e47376-e47376, 2022.
ROSALES-RICARDO, Yury et al. Ejercicios físicos en los niveles de Síndrome de Burnout y la
Variabilidad de la Frecuencia Cardíaca de estudiantes universitarios. Medicina (Ribeirão Preto), v. 54, n.
4, 2021.

755
O MANEJO CLÍNICO DA ESQUIZOFRENIA: UMA REVISÃO DA
LITERATURA.

¹Ana Klara Rodrigues

Alves
2
Lívia Filomena Castelo Branco Machado
3
Daniella Pineli Chaveiro Costa
2
Natatscha Allende Costa de Souza Pereira
2
Katariny Maria Leal Santos
4
Maria Júlia Arbo Souza
3
Elton Jones Dias Lira
2
Thaynara Linard Castelo Branco Costa

¹Universidade Estadual do Piauí (UESPI);²Centro Universitário Uninovafapi.; ³ Instituto de Educação


Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP); 4Centro Universitário São Francisco de Barreiras - UNIFASB .

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1°
autor:klaraphb@outlook.com

INTRODUÇÃO: A esquizofrenia é uma das doenças mentais mais graves. Tem uma prevalência pontual
de 4,6 por 1.000 habitantes, uma prevalência ao longo da vida de cerca de 1%, e a incidência média é de
15 casos por 100.000 habitantes, dois terços dos novos casos de esquizofrenia ocorrem antes dos 45 anos
de idade, ou seja, em adultos jovens e de meia-idade. A doença é caracterizada por distúrbios
psicopatológicos da percepção, funções do ego, afetividade, energia. OBJETIVO: Analisar na literatura
o manejo clínico da esquizofrenia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura,
que conforme Galvão (2012), é uma construção de uma análise ampla da literatura com passos pré-
definidos, realizada através da Pubmed, foram encontrados 2.070 artigos, selecionados 10, através do
cruzamento simultâneo entre os descritores “Schizophrenia”, “clinical management”. Quanto aos
critérios de inclusão, introduziram-se artigos escritos na língua portuguesa e inglesa publicados entre
2017 e início de 2022. RESULTADOS: Cerca de 10% das pessoas em que a esquizofrenia é
diagnosticada pela primeira vez tentam suicídio nos 12 meses seguintes ao diagnóstico, pesquisas
afirmam que 5 a 15% das pessoas com transtorno do espectro da esquizofrenia se matam. Devido à má
compreensão das causas da esquizofrenia, o tratamento, envolvendo drogas antipsicóticas, concentra-se
principalmente na redução dos sintomas da doença. Embora as doenças psicóticas incluam vários
distúrbios, o termo drogas antipsicóticas - também conhecidas como neurolépticos, tranquilizantes
maiores ou drogas antiesquizofrênicas - refere-se convencionalmente a drogas usadas para tratar a
esquizofrenia. As mesmas drogas também são usadas para tratar danos cerebrais, mania, delírio tóxico,
depressão agitada e outros distúrbios comportamentais agudos. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: O diagnóstico e tratamento baseado em evidências de pessoas com esquizofrenia devem ser
realizados em um processo multiprofissional, com envolvimento próximo das pessoas afetadas e das
pessoas mais próximas a elas. O tratamento psiquiátrico/psicoterapêutico moderno de pessoas com
esquizofrenia deve ser sempre multiprofissional, e todos os envolvidos no tratamento devem manter uma
atitude empática e apreciativa. Sendo necessário os elementos de farmacoterapia, psicoterapia e
tratamentos psicossociais devem ser oferecidos em termos de um plano de tratamento global com o
envolvimento próximo da pessoa com esquizofrenia junto com seus familiares ou outras pessoas de

756
referência.

Palavras-chave: Esquizofrenia, Manejo clínico, Manifestações clínicas.

REFERÊNCIAS:

HADJULIS, M. et al. Clinical guidelines for the management of schizophrenia: Pharmacological and
psychological interventions (III). Psychiatriki., v. 29, n. 4, p. 303-315, 2018.

HASAN, A. et al. Schizophrenia. Eutsches Arzteblatt internacional, v. 117, n. 24, p. 412-419, 2020.

HILKER R. et al. Heritability of Schizophrenia and Schizophrenia Spectrum Based on the Nationwide
Danish Twin Register. Biological Psychiatry., v. 83, n. 6, 2018.

757
AÇÕES VOLTADAS À PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA AOS
IDOSOS LONGEVOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

1
Ana Caroline Morais Paiva
2
Jocilene da Silva Paiva
3
Terezinha Almeida Queiroz
4
Sadi Antonio Pezzi Junior
5
Ana Marília Ancelmo Oliveira Lima
6
Thayse do Socorro Pereira de Souza
7
Larissa Karem Santos Rego
8
Edmara Chaves Costa

1
Faculdade de Ensino e Cultura do Ceará- FAECE, Ceará, Brasil; 2,8Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Redenção, Ceará, Brasil; 3,4,5Universidade Estadual do Ceará
(UECE). Fortaleza, Ceará, Brasil; 6,7Centro Universitário Maurício de Nassau. Belém, Pará, Brasil.

Eixo temático: Temas livres em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: anapaiva477@gmail.com

Introdução: Nas últimas décadas, tem-se percebido um aumento na expectativa de vida e


consequentemente, na longevidade. Paralelamente, observa-se o aumento da desigualdade social, do
abandono e outros agravos, estes que geram aparição de doenças físicas e psíquicas, influenciando
diretamente na qualidade de vida da população mais idosa. Estudos mostram que existe relação direta entre
qualidade de vida, autoestima e bem-estar pessoal. Condições como felicidade, equilíbrio emocional e
satisfação com a vida influenciam para uma velhice digna e com qualidade de vida. Objetivo: Descrever
os fatores que corroboram para a promoção da qualidade de vida de idosos longevos. Metodologia: Trata-
se de um relato de experiência, que busca descrever a vivência de profissionais da enfermagem com
familiares idosos de janeiro a dezembro de 2022, que apresentam vida ativa, autoestima e bem-estar em um
município do interior do Ceará, Brasil. Resultados: A vivência ocorreu no ano de 2022 por duas
profissionais da enfermagem ao acompanhar familiares idosos que buscavam uma melhor qualidade de vida
através da realização de atividades simples como visita aos familiares, passeios incluindo praias, parques
aquáticos, serras, sítios e demais locais onde eles se sentissem bem, buscavam ainda a realização de
atividade física regular como hidroginástica, caminhadas e consultas médicas de rotina para o
acompanhamento da sua saúde. Foi possível perceber que ao realizar essas atividades os idosos
apresentavam-se mais ativos nas realizações das atividades diárias, mais comunicativos e visivelmente mais
felizes. Conclusão: Conclui-se que a manutenção de uma vida ativa, o estímulo à participação dos
familiares e socialização dos idosos nos ambientes de lazer trazem benefícios para a saúde, bem-estar e
impactam de forma positiva na qualidade de vida. É indispensável que os profissionais de saúde tenham
um olhar mais ampliado ao acompanhar a população idosa pois sabe-se que ao ser visto de forma integral
os idosos podem ser orientados ao desenvolvimento de atividades que melhorem a sua qualidade de vida.
Palavras-chave: Direito dos Idosos, Promoção da Saúde, Qualidade de Vida.

REFERÊNCIAS:

758
NUNES, M. G. S. et al. Idosos longevos: avaliação da qualidade de vida no domínio da espiritualidade,
da religiosidade e de crenças pessoais. Saúde em Debate, v. 41, p. 1102-1115, 2017.
SOUZA, L. M.; LAUTERT, L.; HILLESHEIN, E. F. Qualidade de vida e trabalho voluntário em
idosos. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, p. 665-671, 2011.

VALERO, C. N. A. et al. Significados de ser feliz na velhice e qualidade de vida percebida segundo
idosos brasileiros. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 24, 2021.

759
AUDITORIA INTERNA DA QUALIDADE E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA
A ASSISTÊNCIA EM UM SERVIÇO DE SAÚDE

1
Jocilene da Silva Paiva
2
Ana Cristina Santos Rocha Oliveira
3
Jéssica Arianna França Félix
4
Terezinha Almeida Queiroz
5
Sadi Antonio Pezzi Junior
6
Vitória Talya dos Santos Sousa
7
Daiane Silva Marques
8
Edmara Chaves Costa

1,6,8
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Redenção, Ceará, Brasil;
2
Centro Universitário Alfredo Nasser. Aparecida de Goiânia, Goiás, Brasil; 3Universidade Federal do
Pará (UFPA). Belém, Pará, Brasil; 4,5Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza, Ceará, Brasil;
7
Faculdade Zacarias de Góes (FAZAG). Valença, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Temas livres em ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: enferjocilene@gmail.com

Introdução: A auditoria interna da qualidade é uma das formas mais eficientes para a realização do
monitoramento das ações nos serviços de saúde. A auditoria emprega exames sistemáticos e independentes
dos fatos, que ocorrem de diversas formas, incluindo a observação, verificação de requisitos preconizados
por lei, e acompanhamento das ações realizadas para determinar se os resultados esperados estão sendo
alcançados. Objetivo: Descrever a experiência vivenciada por uma enfermeira da qualidade durante a
criação e implantação da comissão de auditoria interna da qualidade em um serviço especializado em saúde.
Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, de natureza qualitativa do tipo relato de experiência. As ações
relatadas foram realizadas entre os meses de junho a agosto de 2022 em uma unidade de atenção
especializada em saúde bucal do estado do Ceará, Brasil. Resultados: A criação e a implementação da
comissão de auditoria interna da qualidade se deu pela necessidade de monitoramento das ações
desenvolvidas pelos colaboradores, objetivando a melhoria dos serviços prestados e a satisfação dos
usuários. Inicialmente foram realizadas reuniões com a equipe para definir os membros que iriam compor
a comissão, seguidas de posse e criação do regimento interno. A comissão foi composta por profissionais
de diversas áreas - buscando enriquecer o processo de auditoria por meio de olhares diferenciados, e que
realizavam reuniões mensais com pautas relacionadas à qualidade da assistência e segurança do paciente,
dentre elas as ações que seriam realizadas ao longo do mês, o estabelecimento do calendário de auditorias
e os membros responsáveis. Destaca-se que, ao longo do processo, foram criados os checklists de auditorias
para cada setor. Após a realização das auditorias, eram construídos relatórios para verificar os itens em
conformidade e os não conformes, a partir dos quais eram repassados os feedbacks aos setores e traçado o
plano de treinamento de acordo com os problemas evidenciados, e aqueles com um bom índice de
conformidade foram parabenizados e incentivados a manter a qualidade do serviço. Foi possível perceber

760
grande interesse por parte dos colaboradores em melhorar continuamente suas práticas e a busca pelo
conhecimento necessário para que as ações programadas fossem colocadas em prática. Evidenciou-se ainda
uma maior satisfação dos usuários que elogiavam a organização da instituição, o acolhimento, o
atendimento recebido e os resultados da assistência prestada. Entre os desafios da implantação, alguns
colaboradores apresentaram resistência em participar das ações e pouco interesse em mudar sua prática, o
que necessitou de uma abordagem mais acolhedora e explicativa para que todos compreendessem o objetivo
da comissão. Conclusão: A criação do serviço de auditoria contribuiu para a melhoria dos processos de
saúde, e com a identificação de lacunas que podem impactar de forma negativa na assistência prestada à
população. Foi percebida evidente evolução da equipe e da instituição, o que beneficiou sobretudo a
população que recebe os cuidados prestados por uma equipe empenhada em prestar a melhor assistência
possível.

Palavras-chave: Gestão da qualidade, Serviços de saúde, Gerenciamento.

REFERÊNCIAS:

AYACH, C.; MOIMAZ, S. A.S.; GARBIN, C. A.S. Auditoria no Sistema Único de Saúde: o papel do
auditor no serviço odontológico. Saúde e Sociedade, v. 22, p. 237-248, 2013.

MEIRA, S. R. C.; OLIVEIRA, A. S. B.; SANTOS, C. O. A contribuição da auditoria para a qualidade da


gestão dos serviços de saúde. Brazilian Journal of Business, v. 3, n. 1, p. 1021-1033, 2021.

PINTO, K. A.; MELO, C. M. M. A prática da enfermeira em auditoria em saúde. Revista da Escola de


Enfermagem da USP, v. 44, p. 671-678, 2010.

761
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES OFÍDICOS OCORRIDOS NO
ESTADO DE PERNAMBUCO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

¹Marcos Gabriel Rodrigues Melo


¹Daniely Mendes da Silva
¹Maria Clara Batista
¹Maria Virgínia Amorim Rocha Brito
¹Thainá de Souza Lopes
²Gabryelle Maylla Rodrigues Melo
1Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU). Recife, Pernambuco, Brasil; 2Enfermeira
pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UniFavip Wyden). Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: marcos.grm@yahoo.com

Resumo
Os acidentes causados por mordeduras de serpentes, chamados de acidentes ofídicos, são um
importante problema de saúde pública no Brasil, visto que já estão presentes na lista de Doença
Tropicais Negligenciadas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Tal problemática é
especialmente relevante em regiões do Brasil onde o trabalho no campo é expressivo, como o
Nordeste, classificado como a segunda região brasileira com maior número de casos de acidentes
ofídicos. Frente a isso, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura sobre
o perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos no estado de Pernambuco. Os dados encontrados
ratificaram a relevância do ofidismo no estado, sendo o segundo acidente por animal peçonhento mais
comum. Ademais, Pernambuco também se destaca no número de casos letais frente às estatísticas
nacionais. Os estudos mostram que, nos adultos, o ofidismo é frequente no ambiente rural e entre
homens de 20-59 anos. Já nas crianças, costuma ocorrer no ambiente urbano, na própria residência
da vítima e no período noturno. A cura é o desfecho clínico mais comum tanto entre adultos quanto
entre crianças. Em suma, destaca-se a escassez de estudos epidemiológicos sobre os acidentes ofídicos
em Pernambuco, em conjunto com a problemática da subnotificação de casos.
Palavras-chave: Mordeduras de Serpentes; Intoxicação; Epidemiologia.

Eixo Temático: Medicina.

Modalidade: Pôster.

1 INTRODUÇÃO

Os acidentes ofídicos são definidos como acidentes que envolvem mordeduras de serpentes
peçonhentas e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentam-se como um importante
problema de saúde pública. Ainda nessa perspectiva, a OMS relata que, anualmente, em todo o mundo, são
registrados de 4,5 a 5,4 milhões de acidentes ofídicos. Sob tal contexto, ressalta-se a grande biodiversidade
brasileira, que acarreta em uma ampla variedade de espécies de animais peçonhentos e/ou venenosos, como

762
as serpentes. Dessarte, a grande variedade de serpentes e o clima tropical favorável ao desenvolvimento
desses animais, aliado à relevância econômica desenvolvida pelo trabalho rural no país — esse que, muitas
vezes, não vem acompanhado de medidas adequadas de segurança, como o uso de equipamentos de proteção
—, resulta em uma maior vulnerabilidade da população brasileira (sobretudo a rural) aos acidentes
envolvendo serpentes peçonhentas. Tais características corroboram com o fato de o Brasil ser o terceiro
país no ranking de ocorrência de acidentes ofídicos, estando atrás apenas da Índia e Sri Lanka.
Cabe salientar, entretanto, que a taxa de ocorrência desses acidentes não está totalmente bem
distribuída em território nacional, concentrando-se principalmente em regiões do Brasil que apresentam
maior biodiversidade e em locais de forte atividade no campo, como o Norte e o Nordeste. A problemática
se agrava vistas as potencialidades do envenenamento e tratamento tardio e/ou possivelmente inadequado
por desconhecimento, por parte da equipe de saúde, da espécie de serpente responsável pela mordedura, o
que prejudica o suporte e a soroterapia. Por conseguinte, a OMS já inclui os acidentes ofídicos na lista de
Doenças Tropicais Negligenciadas.
Frente a tal problemática, sendo o Nordeste do Brasil uma importante região de acidentes ofídicos,
o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa sobre a epidemiologia desse tipo de acidente no
estado de Pernambuco. Com isso, visa-se ao agrupamento de informações pertinentes a fim de promover
estratégias de prevenção em conjunto com o tratamento precoce e eficaz, reduzindo a probabilidade de
ocorrência de desfechos clínicos desfavoráveis.

2 METODOLOGIA

Este estudo baseou-se nas diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Review
and Meta-Analysis), útil em trabalhos de revisão. A partir da estratégia PICo, cujo acrônimo representa
Problema/Paciente (P), Intervenção (I), Contexto (Co), formulou-se a seguinte pergunta condutora para a
busca dos trabalhos: “Qual o perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos ocorridos em Pernambuco nos
últimos 5 anos?”. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtualem Saúde (BVS)
e SciELO usando os descritores DeCS/MeSH “Mordeduras de Serpentes”, “Epidemiologia”, “Brasil” e o
termo “Pernambuco”, em conjunto com seus correspondentes em língua inglesa. Os critérios de inclusão
foram: trabalhos na íntegra, publicados no período entre 2017-2022 e nos idiomas em português ou inglês.
Foram excluídos resumos, trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações. Com a identificação dos
estudos, o software Google Sheets foi usado para agrupar as evidências obtidas para posterior cruzamento
de dados, análise e discussão.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao todo, foram recuperados 103 trabalhos. Desses, 34 encontravam-se duplicados nas bases de
dados utilizadas e foram excluídos da seleção. Dos 69 trabalhos restantes, após análise de temática e
abordagem, pela pertinência frente à pergunta condutora definida, 4 foram selecionados para compor este
estudo de revisão.

763
Figura 1: Processo de seleção dos estudos adaptado de acordo com as diretrizes PRISMA

Fonte: Elaborado pelos autores deste estudo, 2023

Tabela 1: Principais conclusões de cada um dos estudos analisados, ordenados de forma crescente por ano
de publicação
AUTOR (ANO) PRINCIPAL CONCLUSÃO DO ESTUDO
O ano de maior incidência de ofídicos em Pernambuco ocorreu em 2016, com
mais de mil casos. Entre 2007-2019, a maioria dos acidentes foi pelo gênero
MAGALHÃES et al. Bothrops e por serpentes não peçonhentas, seguida dos gêneros Crotalus,
(2020) Micrurus e Lachesis. Houve maior frequência em ambientes rurais e envolvendo
vítimas homens de 20-39 anos. A maioria foi atendida nas 3 primeiras horas
após o acidente. A cura é o desfecho mais comum.
O Nordeste é a segunda região com mais casos ofídicos no Brasil, com
prevalência do gênero Bothrops. Nos acidentes, predominam homens de 20-59
MORAES; COSTA;
anos, com um pico entre os 20-39 anos de idade. Pernambuco foi o terceiro
SANTOS (2021)
estado que apresentou maior letalidade nos casos. Acidentes ofídicos ainda são
negligenciados, sendo relevantes os estudos epidemiológicos.
Pernambuco ocupa a quinta posição em número de casos com animais
peçonhentos. Entre 2013-2017, as serpentes foram a segunda causa mais comum
de acidentes com animais peçonhentos, atrás apenas dos escorpiões. No
FRANÇA et al. (2021)
ofidismo, o gênero mais frequente é o Bothrops e o desfecho clínico mais
comum é a cura. A epidemiologia de acidentes com animais peçonhentos ainda é
subnotificada no estado, sendo escassos os estudos sobre tais eventos.
Em crianças, os acidentes com animais peçonhentos entre 2017-2019 foram
mais prevalentes na região metropolitana do Recife, entre meninos de 5-9 anos,
em zona urbana e na residência habitual, geralmente no horário entre 18:00-
ALBUQUERQUE et al.
23:59. O ofidismo foi a segunda causa mais comum, atrás apenas do
(2022)
escorpionismo (grande maioria dos casos). A maior parte das vítimas foi
atendida precocemente, sofreram lesões leves e apresentaram a cura como
desfecho comum. A soroterapia foi considerada adequada em todos os casos.
Fonte: Elaborado pelos autores deste estudo, 2023

Os dados encontrados (sintetizados na Tabela 1) ratificam a apresentação do Nordeste como a


segunda região na lista de estados brasileiros que mais concentram acidentes ofídicos, perdendo apenas para
a região Norte. No Nordeste (incluindo o estado de Pernambuco), o gênero de serpente mais frequente nesse
tipo de acidente é o Bothrops, que corresponde a valores muito maiores, todos os anos, que os demaisgêneros
de serpentes de interesse médico. Ainda nesse âmbito, entre 2016-2019, Pernambuco foi apontadocomo o
quinto estado no Brasil que mais apresenta acidentes com animais peçonhentos e o terceiro estado que mais
apresenta letalidade (78% dos casos). Ainda assim, os autores sinalizam que há subnotificações importantes
e escassez de estudos epidemiológicos sobre o tema. No estado, entre 2013-2017, as serpentesocuparam a
segunda causa mais comum (6%) de acidentes envolvendo animais peçonhentos, estando atrásapenas dos
escorpiônicos (que corresponderam a quase 88% dos casos). O ano de maior incidência de casosofídicos em
Pernambuco foi 2016 (1.003 casos), mais especificamente nos meses de abril a julho.

764
Em Pernambuco, no que tange à população adulta, o ambiente do acidente ofídico mais comum é
o rural. Quanto ao sexo, todos os estudos analisados apontam o masculino como o mais predominante nesses
acidentes. Entretanto, o sexo feminino, quando comparado com o masculino na mesma faixa etária, também
apresenta percentuais elevados (cerca de 29,7%, entre 2016-2019) e em crescimento nos últimos anos. Tal
tendência está associada, segundo os autores, principalmente à atuação feminina na agricultura familiar, o
que implica em uma maior exposição à fauna local. Em relação à idade das vítimas, todos os estudos
convergem ao apontar a faixa dos 20-59 anos como a mais incidente, com um pico durante os 20- 39 anos.
Sendo assim, o perfil típico da vítima adulta em Pernambuco é o homem adulto jovem (o que corresponde
a mais de 65% dos casos), já que se configuram como a população economicamente ativa e predominante
no setor agropecuário e no trabalho do campo. Em relação ao atendimento médico da vítima adulta, no
período entre 2007 e 2019, a grande maioria das vítimas foi atendida dentro das 3 primeiras horasapós o
acidente, mas um número expressivo (de 4,15%) foi atendido tardiamente (após 24h ou mais). Aindanesse
período, a maioria dos casos registrados foram considerados leves e quase todos apresentaram a curacomo
desfecho clínico (87,64%) — entretanto, ocorreram 24 óbitos causados por espécies do gênero Bothrops e
21 por espécies do gênero Crotalus.
Já em relação à população pediátrica, durante 2017-2019, em Pernambuco, o ofidismo foi o
segundo acidente por animal peçonhento mais comum, correspondendo a 10,8% dos casos — estando, mais
uma vez, atrás apenas do escorpionismo (que correspondeu a 82,8% dos casos). A zona de exposição para
os acidentes com animais peçonhentos nesse público foi majoritariamente a urbana (80,9% dos casos),
sendo a residência habitual o local mais comum. O turno de exposição mais frequente é das 18:00-23:59,
horário esse que correspondeu a 40% do número de acidentes ofídicos. Aproximadamente 87% das lesões
por animais peçonhentos registrados no estado foram indicadas como leves e a maioria envolveu
internamento (77% dos casos), apresentando a cura como desfecho clínico mais comum (93% dos casos)
— foi registrado apenas 1 óbito decorrente do acidente com escorpiônicos. Os acidentes ofídicos foram
mais frequentes na faixa etária dos 10-14 anos (cerca de 18% dos casos), seguido dos 5-9 anos
(aproximadamente 12% dos casos). Ressalta-se que, das 288 vítimas de ofidismo identificadas nos estudos
analisados, cerca de 41,6% recebeu soroterapia específica e, em todos os casos, a indicação foi considerada
adequada. Em relação à disposição dos acidentes com animais peçonhentos (incluindo os ofídicos) entre as
cidades pernambucanas, é possível perceber uma importante discrepância, com a região metropolitana do
Recife registrando a maioria dos casos (67,3%), seguido de Caruaru (8%) e Limoeiro (7,5%).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo não sendo a região de maior concentração de acidentes envolvendo mordedura de


serpentes peçonhentas do Brasil, Pernambuco se apresenta como um estado importante no que tange a esse
tipo de acidente, pois tem apresentado uma quantidade considerável de casos letais nos últimos anos. Entre
os acidentes com animais peçonhentos, os ofídicos são a segunda causa mais frequente no estado, com o
gênero Bothrops sendo o mais prevalente. Entre adultos, o local predominante dos acidentes ofídicos é o
ambiente rural e o perfil clássico da vítima é o do homem, geralmente trabalhador rural, dos 20-59 anos.
Embora não seja maioria, uma quantidade expressiva das vítimas foi atendida tardiamente (em tempo
>=24h após o acidente), o que denota relevância de traçar estratégias para também mitigar tal variável. Já
entre as crianças, os acidentes ofídicos costumam ocorrer majoritariamente no ambiente urbano, na própria
residência e no período noturno. Ademais, as lesões costumam ser leves, embora a maioria necessite de
internamento. A cura é o desfecho clínico mais comum tanto no público adulto quanto no público pediátrico.
Em suma, é notável que os acidentes ofídicos permanecem, de certa forma, negligenciados no estado de
Pernambuco, dadas a escassez de estudos epidemiológicos sobre o tema e a problemática da subnotificação
de casos.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, M. C. A. et al. Animais peçonhentos em Pernambuco: crianças em risco. Revista


Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 22, p. 167–175, 9 maio 2022.

765
FRANÇA, P. M. de B. et al. Análise de Acidentes com Animais Peçonhentos no Estado de Pernambuco.
Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 4, p. 42322-42331, 2021.

MAGALHÃES, S. et al. Aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes ofídicos ocorridos nos estados
de Alagoas e de Pernambuco. Revista Saúde e Meio Ambiente, v. 10, n. 1, p. 119–132, 2020.

MORAES, R. C. S.; COSTA, R. e S.; SANTOS, E. C. Aspectos Epidemiológicos dos Acidentes Ofídicos
na Região Nordeste no Período entre 2016-2019. Revista interdisciplinar em saúde, v. 8, n. Único, p.
226–238, 7 mar. 2021.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Snakebite envenoming. Disponível em:


<https://www.who.int/health-topics/snakebite#tab=tab_1>. Acesso em: 9 jan. 2023.

766
EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES OFÍDICOS NA AMAZÔNIA
BRASILEIRA
1
Maria Eduarda Barbosa Ferreira
2
Ruan Lucas Costa Ribeiro Barbosa
3
Alessandro Ricardo Pinheiro Brandão
4
Carlos Eduardo Costa Campos

1 Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). Macapá, Amapá, Brasil.

Eixo temático: Biologia

Modalidade: Apresentação Oral

E-mail do 1° Autor: mariaebarbosafrr@gmail.com

INTRODUÇÃO: Os acidentes ocasionados por serpentes são considerados doença negligenciada em países
neotropicais e, no Brasil, a região amazônica configura-se com o maior número de casos do país, sendo o
tema abordado somente em pesquisas recentes e com muitas lacunas a serem preenchidas. OBJETIVOS:
Reunir dados sobre a epidemiologia dos acidentes ofídicos relatados nos estados da Amazônia brasileira
dentro do bioma amazônico. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada a partir da revisão da literatura
encontrada acerca do assunto em 13 artigos e outras fontes entre os anos de 2001 a 2020 nos estados do
Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia e Tocantins, que compõem o que é
conhecido como Amazônia Legal. A literatura encontrada acerca de Mato Grosso foi desconsiderada com
base na impossibilidade de distinguir os biomas nos quais as pesquisas foram realizadas, tendo apenas
estudo especifico de região de Mato Grosso acerca do bioma amazônico considerado. RESULTADOS: O
perfil mais afetado pelos acidentes são homens entre 11 a 39 anos de idade em atividade trabalhista ativa
na zona rural; a maioria dos acidentes foram causados pelo gênero Bothrops, seguido por Lachesis e
Micrurus; os membros inferiores foram os mais afetados, com exceção do estado de Mato Grosso, o qual
teve os membros superiores mais afetados. A alta variação de idade ocorreu no estado do Amapá, que
revelou idades prematuras de 11 a 20 anos de idade durante 2010 a 2014. O tempo entre ocorrência do
acidente e atendimento médico variou entre uma a 24 horas, tendo o estado do Amazonas o menor tempo
de atendimento, o que indica qualidade no acolhimento e tratamento de casos e consequentemente maiores
chances de sobrevivência. A raça parda foi a mais acometida nos estados do Amazonas e Acre. O índice
pluviométrico foi fator determinante para maior número de casos nos estados do Amazonas, Pará e
Rondônia. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: O ofidismo é causado por fatores sociais,
ambientais e de saúde pública, afetando principalmente trabalhadores da zona rural, a falta de conhecimento
da população afetada em relação a medidas preventivas, de segurança e primeiros socorros em casos de
acidentes, bem como a carência de uma profilaxia adequada e rápida, tornam os acidentes ofídicos grande
obstáculo para a saúde pública.
Palavras-chave: Mordeduras de Serpentes, Estudos Epidemiológicos, Meio Ambiente.

REFERÊNCIAS:

[1] CAMARA, O. F.; SILVA; D. D.; HOLANDA, M. N.; BERNARDE, P. S.; SILVA, A. M.;
MONTEIRO, W. M.; LIMA, M. V. M.; MONTEIRO, A. WAJNSZTEJN, R. Envenenamentos ofídicos em
uma região da Amazônia Ocidental Brasileira. Journal of Human Growth and Development, v. 30, n. 1,
p. 120-128, 2020. Acesso em: 28 nov. 2022.

[2] Ministério da Saúde; Fundação Nacional de Saúde. Manual de Diagnóstico e Tratamento de


Acidentes por Animais Peçonhentos. 2 ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001. p. 120.

767
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO POR MEIO
DO PROTOCOLO DE MANCHESTER

1
Rebeca Ferreira Nery
2
Tauana Reinstein de Figueiredo
3
Maria Laura Fernandes Alves
4
Anna Amélia Mourão Jardim
5
Amanda Damasceno de Macedo
6
Daniel da Silva Braz Gomes
7
Selma Nazaré Pelerano Pantoja
8
Aline Oliveira Fernandes de Lima

1Faculdade São Francisco da Paraíba. Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 2Ebserh, Hospital Escola-Ufpel, Pelotas
- Rio Grande do Sul, Brasil; 3Centro Universitário Maurício de Nassau. Campos,
Maceió, Alagoas, Brasil; 4Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio
Carlos, Tocantins, Brasil; 5UNIFACEMA. Caxias, Maranhão, Brasil; 6Centro
Universitário Anhanguera de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 7Hospital
Universitário João de Barros Barreto, Guamá. Belém, Pará, Brasil; 8Faculdade
Venda Nova do Imigrante. Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático:Temas Livres em Ciências da Saúde.

Modalidade: Pôster.

E-mail do 1° autor: rebecafnery@outlook.com

INTRODUÇÃO: O Protocolo Manchester (PM) é uma ferramenta de suma importância para o


direcionamento da gestão dos serviços de urgência no Brasil, onde os pacientes são classificados na triagem
mediante o gerenciamento de risco clínico, usando como base os sinais e sintomas, observando assim, o
grau de complicação e o tempo de espera até o seu atendimento. Essa classificação, tem como finalidade
priorizar o atendimento dos doentes conforme a gravidade clínica que se apresentam no setor de pronto
atendimento, além de contribuir para uma assistência mais humanizada. No Brasil, este método tem
ocupado um espaço cada vez maior no setor de saúde, principalmente nos serviços de emergência. No
entanto, para o enfermeiro atuar como este protocolo, ele deve possuir habilidades específicas como:
raciocínio lógico, capacidade de ouvir detalhadamente as queixas do paciente, trabalhar em equipe, tomar
decisões coerentes e saber encaminhar os pacientes para os cuidados adequados. OBJETIVO: Analisar a
atuação do enfermeiro na classificação de risco através do Protocolo de Manchester nos serviços de urgência
e emergência. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem
qualitativa, realizada em janeiro de 2023, por meio das bases de dados: Literatura Latino- Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
(MEDLINE), foram utilizados os descritores: Enfermagem em emergência, triagem e

768
emergências, em cruzamento com o operador booleano and, encontrando 1.082 artigos. Os critérios de
inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra em texto completo nos idiomas português, inglês e espanhol,
nos últimos cinco anos (2019-2023), restando 308 artigos. Os critérios de exclusão foram: artigos que não
respondiam ao objetivo do estudo e os duplicados nas bases supramencionadas. Após os critérios de
elegibilidade, restaram 04 artigos para esta revisão. RESULTADOS: O enfermeiro é o profissional mais
habilitado para atuar frente a classificação de risco, pois além de possuir formação acadêmica adequada e
conhecimento teórico-científico, associado à prática assistencial, irá contribuir no processo de tomada de
decisões dentro dos serviços emergenciais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Tendo em vista os aspectos
observados, é notória a importância do profissional de enfermagem frente a classificação de risco por meio
do protocolo de Manchester nas unidades de urgência e emergência. Sabe-se ainda, que o enfermeiro, além
de realizar a classificação de cada um dos pacientes, atua também em conjunto com a unidade emergencial,
através da rápida tomada de decisões e delegação de funções. Nesse sentido, levando em consideração que
esse processo será o primeiro contato dos pacientes com a unidade (seja pública ou privada), faz-se
necessário a realização de campanhas informativas sobre a classificação de risco, diminuindo assim,
complicações e possíveis situações constrangedoras para os clientes e profissionais.

Palavras-chave: Enfermagem em emergência; Triagem; Emergências.

REFERÊNCIAS:

JEYARAMAN, Maya M; ALDER, Rachel N; COPSTEIN, Leslie; AL-YOUSIF, Nameer; SUSS, Roger;
ZARYCHANSKI, Ryan; DOUPE, Malcolm B; BERTHELOT, Simon; MIREAULT, Jean; TARDIF,
Patrick. Impact of employing primary healthcare professionals in emergency department triage on patient
flow outcomes: a systematic review and meta-analysis. Bmj Open, [S.L.], v. 12, n. 4, p. 1, abr. 2022

MORREEL, Stefan; HOMBURG, Ines; PHILIPS, Hilde; GRAEVE, Diana de; MONSIEURS, Koenraad
G.; MEYSMAN, Jasmine; LEFEVERE, Eva; VERHOEVEN, Veronique. Cost effects of nurse led triage
at an emergency department with the advice to consult the adjacent general practice cooperative for low-
risk patients, a cluster randomised trial. Health Policy, [S.L.], v. 126, n. 10, p. 980-987, out. 2022.

SOOLA, Aghil Habibi; MEHRI, Saeid; AZIZPOUR, Islam. Avaliação dos fatores que afetam a tomada de
decisão de triagem entre enfermeiras e técnicos de emergência médica no Irã: um estudo baseado na teoria
de Benner. BMC Emergency Medicine , v. 22, n. 1, pág. 1-9, 2022.

SUN, Xia; SUN, Suwei; QIN, Hua; MU, Kai. Study on the Effect of Prehospital Emergency Nursing Model
Based on Network Information Sharing Platform in Acute Ischemic Stroke. Computational And
Mathematical Methods In Medicine, [S.L.], v. 2022, p. 1-7, 20 jun. 2022.

769
TRANSEXUALIDADE E SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL: SAÚDE E DIREITOS
DA POPULAÇÃO TRANS
¹Tuanny Beatriz dos Santos Lima
¹Ana Flávia de Oliveira Toss

²Maria Emanuele do Rego Santos


³Felix William Medeiros Campos
4
Mirian dos Santos Ferreira
5
Samira Maria Ferreira de Almeida
6
Francinilda Araujo de Amorim
7
Nathaniele de Carvalho Monteiro

1Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil; 1Instituto de Ensino Superior- Materdei.
Manaus, Amazonas, Brasil; 2Universidade Potiguar - UnP. Mossoró, Rio Grande do Norte,
Brasil; 3Universidade Estadual do Piauí, Picos, Piauí, Brasil; 4Centro Universitário da
Amazônia, Barcarena, Pará, Brasil; 5Instituição de Ensino Superior Múltiplo - IESM. Timon,
Maranhão, Brasil; 6Universidade Regional do Cariri. Iguatu, Ceará, Brasil; 7Universidade do
Estado do Pará. Bragança, Pará, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com

INTRODUÇÃO: No Brasil, a transexualidade é cada vez mais reconhecida como parte


integrante da diversidade humana, o que vem sendo refletido em políticas de saúde pública. O
Ministério da Saúde tem trabalhado para reduzir a discriminação e oferecer atendimento com
qualidade a todos os usuários, independentemente de sua identidade de gênero. OBJETIVO:
Discutir a transexualidade no contexto das políticas de saúde pública no Brasil.
METODOLOGIA: Consistiu em uma revisão narrativa da literatura, construída a partir de quatro
artigos científicos publicados em Revistas Científicas Indexadas com busca na base de dados
Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, com os seguintes descritores em ciências da saúde: Minorias
Sexuais e de Gênero, Pessoas Transgênero, Saúde pública. Delimitando-se os estudos de 2012 a
2022, escritos em língua portuguesa. RESULTADOS: Como parte desta iniciativa, oMinistério
da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Pessoas Trans (PNAST), que
visa a garantir o direito à saúde e à qualidade de vida desta população. A PNAST estabelece que
a saúde das pessoas trans deve ser abordada de forma holística, envolvendo diversas áreas, como
saúde mental, saúde sexual e reprodutiva, prevenção de doenças e tratamentode doenças crônicas.
Além disso, a PNAST prevê ações para a promoção da saúde e prevenção de doenças, atendimento
psicossocial, serviços de saúde sexual e reprodutiva, além de ações de combate à discriminação.
A PNAST também estabelece as diretrizes para acompanhamento médico dos usuários, bem
como acesso a tratamentos hormonais e cirurgias de redesignação

770
sexual. Estes tratamentos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e são
fundamentais para o bem-estar e qualidade de vida das pessoas trans. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Por meio desta Política, o Ministério da Saúde busca garantir acesso aos serviços de
saúde para todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero. A implementação
da PNAST é uma grande conquista para a população trans brasileira, que ainda enfrenta muita
discriminação e violência.

Palavras-chave: Minorias Sexuais e de Gênero, Pessoas Transgênero, Saúde pública.

REFERÊNCIAS:
LUCENA, M. M.; et al. Serviços de atendimento integral à saúde de transexuais e travestis no
Sistema Único de Saúde: uma revisão integrativa. Rev. bras. med. fam. comunidade., v. 17, n.
44, 2022.
THOMAZI, G. L.; et al. Ambulatório T da Atenção Primária à Saúde de Porto Alegre: política
pública de inclusão e garantia de direito à saúde de pessoas trans. Sex., salud soc. (Rio J.)., v. 38,
n. 1, 2022.
SANTOS, M. C. B.; Protoformas do Processo Transexualizador no Brasil: apontamentos sobre a
tortuosa institucionalização da assistência à saúde de pessoas Trans no SUS entre 1997 e 2008.
Sex., salud soc. (Rio J.)., v. 38, n. 1, 2022.
GOMES, D. F.; et al. Restrição de políticas públicas de saúde: um desafio dos transexuais na
atenção básica. Esc. Anna Nery Rev. Enferm., v. 26, n. 1, 2022.

771
A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE NO
ENFRENTAMENTO À COVID-19

1
Bruna Rafaela da Silva Miguel;

2
Adriane Duarte Cabral;

3
Andressa Regina Luz de Souza;

4
Aryanne Katiuska da Silva Souza;

5
Inara Maria Nogueira Gomes;

6
Milena Karelly Benjamim Souza;

7
Sarah Lissa Barroso Déda;

8
Renata da Silva Soares.

1,8Centro Universitário Mauricio de Nassau, Recife, Pernambuco; 2Centro Universitário do Norte,


Manacapuru, Amazonas; 3Centro Universitário do Distrito Federal, Brasília, Distrito Federal;
4Universidade Estadual de Pernambuco, Recife, Pernambuco; 5Centro Universitário de Ciências e
Tecnologia do Maranhão, Caxias, Maranhão; 6Faculdade de Ciências da Saúde do Belo Jardim, Belo
Jardim, Pernambuco; 7Centro Universitário Estácio de Sergipe, Aracaju, Sergipe.

Eixo temático: Ciências da Saúde


Modalidade: Apresentação Oral
E-mail do 1° autor: enfbrunamiguel@gmail.com

INTRODUÇÃO: O novo Coronavírus, causador da doença COVID-19, é um vírus de rápida transmissão


e alta patogenicidade. Sua transmissão ocorre de forma rápida, por meio inalação pela cavidade nasal ou
oral, no contato próximo com uma pessoa infectada pelo o vírus, por exposição a gotículas respiratórias ou
aerossóis, tosse e espirros, o que constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.
A Atenção Primária à Saúde (APS) constitui-se como sendo a principal porta de entrada dos usuários ao
Sistema Único de Saúde (SUS) e tem desempenhado um papel bastante importante na gestão para o
enfrentamento da COVID-19. OBJETIVO: Descrever a importância da Atenção Primária à Saúde no
enfrentamento a COVID-19. MÉTODOS: O estudo trata-se de uma revisão integrativa, realizada através
das bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Foram aplicados os Descritores: “Atenção
Primária à Saúde”; “Covid19”; “Pandemias”. Tendo como critério de inclusão literaturas publicadas entre
os anos de 2020 e 2022 em português, com pelo menos um dos descritores em seu título e que abordassem
o tema proposto, sendo excluídos trabalhos em duplicidade e cuja temática era diferente do foco desta
pesquisa. Após análise dos critérios de inclusão, foram selecionados 4 artigos para composição final deste
estudo. RESULTADOS: Os dados coletados nos mostram que a APS, através da Estratégia de Saúde da
Família (ESF), vem atuando fortemente na assistência durante a pandemia de COVID-19. Sendo a principal
porta de entrada para os serviços de assistência do SUS, também pode ser considerada como parte da linha
de frente. Com uma equipe composta por enfermeiro, auxiliar/técnico de enfermagem, médico e agentes
comunitários de saúde, a ESF mostrou-se notoriamente capaz de identificar os sintomas iniciais da Covid-

772
19 e ofertar uma boa avaliação clínica aos usuários infectados pelo vírus, seja dentro das Unidades Básicas
ou mesmo durante visitas domiciliares. Sendo capaz ainda de fazer diagnóstico diferencial e, quando
necessário, auxiliar na transferência para as unidades especializadas, para uma assistência completa e
agilizada. A ESF também trabalha na busca ativa de novos casos suspeitos e tem sido uma ferramenta de
apoio significativa para o combate da pandemia. CONCLUSÃO: Nota-se a grande importância da APS no
enfrentamento a COVID-19. Os profissionais atuantes na equipe, são capazes de realizarem a triagem
inicial, identificando sinais e sintomas relevantes, dando as devidas orientações aos usuários, no que diz
respeito ao enfrentamento à doença, contribuindo para uma melhor assistência e, consequentemente, a uma
maior possibilidade de cura.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Covid19; Pandemias.

REFERÊNCIAS:

APS FORTE no SUS: no combate à pandemia. Brasília, D.F.: Organização Pan-Americana da Saúde e
Ministério da Saúde; 2021. Licença: CC BY-NC-SA 3.0 IGO. https://doi. org/10.37774/9789275724378.

DE PINHO BARBOSA, Simone; SILVA, Ana Valesca Fernandes Gilson. A prática da atenção primária à
saúde no combate da COVID-19. APS em Revista, v. 2, n. 1, p. 17-19, 2020.

OLIVEIRA, Lélia Mendes Sobrinho de et al. Estratégia de enfrentamento para covid-19 na atenção primária
à saúde: relato de experiência em Salvador-BA. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 42, 2021.

PRADO, Nilia Maria de Brito Lima et al. Ações de vigilância à saúde integradas à Atenção Primária à
Saúde diante da pandemia da COVID-19: contribuições para o debate. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26,
p. 2843-2857, 2021.

773
DOI 10.29327/1192726.1-52

ENFERMIDADES DETECTADAS COM A APLICAÇÃO DA TÉCNICA DO


TESTE DO PEZINHO AMPLIADO

¹Natália Rodrigues da Silva


²Ariadney Ribeiro Brandão
³Beatriz Angieuski Camacho
⁴Égila Thalia da Silva Mesquita
7Gabriela Gomes da Silva
⁶Jaqueline de Oliveira Santos Felinto
⁷Julieth Busquet Braga
⁸Paula Lima Sperandio
1Christus Faculdade do Piauí, Piripiri, Brasil; 2Centro Universitário IBMR Barra, Rio de Janeiro, Brasil;
3 Unicesumar, Maringá, Paraná, Brasil; 4Universidade Estadual do Maranhão-Campus Bacabal, Bacabal,
Maranhão, Brasil; 5Faculdade Pernambucana de Saúde, Recife, Pernambuco, Brasil; 6UFCG- Campus
Cuité, Paraíba, Brasil; 7Universidade Salgado de Oliveira, São Gonçalo, Rio de Janeiro, Brasil; 8Centro
Universitário Faminas, Muriaé, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Temas livres em ciências da Saúde.


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: eunataliarodrigues5@gmail.com
INTRODUÇÃO: O teste do pezinho é um exame realizado no recém-nascido ainda na maternidade a partir
do 2º dia de vida do bebê. Conhecido também como triagem neonatal, esse exame serve para detectar uma
série de doenças genéticas, metabólicas e infecciosas. O procedimento da coleta de sangue consiste em uma
punção na região plantar, mais precisamente na lateral do pé do recém-nascido e posteriormente será
avaliado em análise laboratorial. OBJETIVO: Descrever com base na literatura sobre as enfermidades
detectadas com a aplicação da técnica do teste do pezinho ampliado. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura, realizada por meio das bases de dados LILACS e MEDLINE, através do
cruzamentos dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Teste do pezinho, Triagem Neonatal e Recém-
Nascido, cruzados entre si por meio do operador booleano AND. A busca pelos estudos procedeu-se em
Janeiro de 2023, foram inclusos artigos publicados no idioma português e inglês, entre os anos de 2019 à
2022. Exclui-se aqueles que não correspondiam ao tema proposto. RESULTADOS: Um estudo apontou
que 1 em cada 2.500 mil recém-nascidos pode nascer com hipotireoidismo congênito, essa doença embora
seja rara, ela pode provocar no recém-nascido perda parcial ou completa da função da glândula tireoide
(hipotireoidismo) desde o nascimento, por isso é chamado de congênito, sua detecção é feita por meio do
teste do pezinho ampliado, por ser uma das causas mais comuns de deficiência intelectual e de doenças
endócrinas mais frequentes na infância, ela pode ser evitada quando diagnosticada precocemente. Além do
hipotireoidismo congênito, também é possível serem detectadas outras doenças como Fenilcetonúria,
Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias, Fibrose Cística, Deficiência de Biotinidase e Hiperplasia
de Adrenal Congênita. Foi criado no Brasil, em 6 de junho de 2021 o Programa Nacional de Triagem
Neonatal (PNTN), instaurado pela Portaria GM/MS nº 822, que constitui no rastreamento da população
para identificar os distúrbios e doenças em recém-nascidos, possibilitando-os no tratamento e no
acompanhamento continuado desses indivíduos, de forma que possa reduzir a morbimortalidade e
melhorando assim a qualidade de vida das pessoas triadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mediante ao
exposto logo acima, pôde-se compreender a grande eficácia da aplicação da triagem neonatal com a
realização do teste do pezinho ampliado sendo está uma maneira profilática na detecção e prevenção de
possíveis doenças que possam vir a se instalar no organismo no recém-nascido, com isso irá favorecer no
seu desenvolvimento saudável e numa melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: Teste do pezinho, Triagem Neonatal, Recém-Nascido.

774
EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE PRIMEIROS SOCORROS NO AMBIENTE
ESCOLAR POR UNIVERSITÁRIOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

¹Alana dos Santos Souza


¹Wanessa Alves Silva
¹Emille Santana Pires
¹Katty Anne Amador de Lucena Medeiros
1Universidade Federal de Sergipe (UFS). Lagarto, Sergipe, Brasil.

Eixo temático: Relato de Experiência


Modalidade: Apresentação Oral
E-mail do 1° autor:
alanagasf@gmail.com
INTRODUÇÃO: Sabe-se que o ambiente escolar é essencial na vida de todo ser humano, sendo
assim, a educação em saúde sobre primeiros socorros é de suma importância, pois garante o
atendimento primário, reduzindo possíveis danos e prejuízos. OBJETIVO: Apresentar a
experiência de um grupo de estudantes do 3° ano do curso de enfermagem da Universidade
Federal de Sergipe, Campus Lagarto, acerca de uma ação de educação em saúde sobre primeiros
socorros em acidentes domésticos para crianças de uma escola pública. METODOLOGIA: Trata-
se um Relato de Experiência a respeito de uma ação de educação em saúde, parte do módulo
curricular Prática de Enfermagem na Comunidade III vinculado à Universidade Federal de
Sergipe. A ação foi desenvolvida com crianças, de 5 a 13 anos, de uma Escola Municipal
localizada no município de Lagarto/SE, com tema sobre Primeiros Socorros em Acidentes
Domésticos. A dinâmica foi estruturada de forma lúdica para gerar melhor compreensão dos
assuntos discutidos - obstrução de vias aéreas e queimaduras. Em um primeiro momento, foi
ensinada a teoria sobre os assuntos: manobra de Heimlich, graus de queimadura e como agir em
cada situação, tanto de forma expositiva, como por meio de práticas simuladas. Em um segundo
momento, as turmas foram divididas em dois grupos, sendo distribuídos cartões com perguntas
sobre os temas, como “Como você sabe que alguém está engasgado?” a fim de compreender o
entendimento a respeito do assunto. RESULTADOS: Os alunos mostraram mais interesse
conforme entendiam o conteúdo de forma lúdica. As práticas simuladas da manobra de Heimlich
foram demonstradas pelos próprios autores e repetidas pelos estudantes da escola, os quais
apresentaram interesse e empolgação em realizar a prática. As perguntas aplicadas abriram
espaços para descrever sobre o que realmente fariam nas situações questionadas nos cartões, e as
respostas foram tratadas de forma impessoal e sem julgamentos, a fim de evitar negação e
constrangimentos. Foi utilizada uma comunicação assertiva para gerar compreensão sobre a forma
correta de agir diante das situações apresentadas. Como o intuito era o aprendizado de forma
lúdica, todos alunos ganharam recompensa (pirulitos), independentemente dos pontos. Vale
ressaltar que toda a dinâmica foi explicada e organizada, antes de sua aplicação, com os alunos
participantes da ação. Foi observado que a maior parte dos alunos acertaram as perguntas
realizadas ao final pelo maior contato com as informações e pela oportunidade de algumas
práticas, como a manobras de Heimlich. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A ação extramuros de
educação em saúde proporciona, como evidenciado pela curiosidade em aprender das crianças,
uma discussão mais robusta sobre o tema, gerando maior alfabetização e educação em saúde da

775
população e da própria criança. Além disso, a inserção de atividades deste tipo na grade curricular
do curso demonstra a relevância e importância que a Universidade dá na formação dos futuros
profissionais ao investirem em educação em saúde como foco do processo ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: Primeiros Socorros; Educação em Saúde; Práticas Simuladas.

REFERÊNCIAS:
BOAVENTURA, A. P.; MANDL, S. R. M.; MORAES, E. S. S.; et al. Primeiros socorros no
ambiente escolar: Relato de experiência na divisão de educação infantil e complementar da
Universidade Estadual de Campinas. Revista saberes universitários, v. 2, n. 2, p. 147-158, 2017.
Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/saberes/article/view/7596.
Acesso em: 22 Nov 2022.
NETO, N. M. G.; SÁ, G. G. M.; VASCONCELOS, E. M. R.; et al. Intervenções de educação em
saúde sobre primeiros socorros para leigos no Brasil: revisão integrativa. Ciência, Cuidado e
Saúde, v. 16, n. 4, 2017. https://doi.org/10.4025/ciencuidsaude.v16i4.38305.

MATOS, D. O. N.; SOUZA, R. S.; ALVES, S. M. Inclusão da disciplina de primeiros socorros


para alunos do ensino básico. Revista Interdisciplinar, v. 9, n. 6, p. 168-178, 2016. Disponível
em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6772013. Acesso em: 22 Nov 2022.

776
ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
MENTAL NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
¹Tuanny Beatriz dos Santos Lima
¹Poliana Bezerra de Souza Sckelemberg
²Ana Flávia de Oliveira Toss

³Juliana Marino Maia


4
Felix William Medeiros Campos
5
Thais Gabrielle Gonçalves Loura
6
Geanderson Ferreira Silva
7
Luciana de Brito Carvalho

1Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil; 1 Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro,
Bahia, Brasil 2Instituto de Ensino Superior- Materdei. Manaus, Amazonas, Brasil; 3Universidade
Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil; 4Universidade Estadual do Piauí.
Picos, Piauí, Brasil; 5Centro Universitário de Sete Lagoas. Matozinhos, Minas Gerais, Brasil;
6Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil;7Universidade
Estadual do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com

INTRODUÇÃO: A Atenção Primária à Saúde (APS) tem a responsabilidade de promover a


saúde mental em todos os níveis, desde a prevenção até o tratamento, bem como a educação e
sensibilização da população sobre transtornos mentais. É necessário que as equipes de saúde
mental da APS estejam capacitadas para o desenvolvimento de ações de prevenção e tratamento,
utilizando o modelo biopsicossocial como base para suas atividades. A fim de promover a saúde
mental de maneira eficaz e integral, sendo necessária uma colaboração entre os profissionais,
familiares, educadores e membros da comunidade. OBJETIVO: Compreender a atuação da
equipe multidisciplinar na assistência à saúde mental no âmbito da atenção primária à saúde.
METODOLOGIA: Revisão narrativa da literatura, elaborada através de artigos científicos
publicados em Revistas Científicas Indexadas com busca na base de dados Biblioteca Virtual em
Saúde - BVS, com os seguintes descritores em ciências da saúde: Atenção Primária à Saúde,
Assistência à Saúde Mental e Saúde Mental. Delimitando-se os estudos de 2012 a 2022, escritos
em língua portuguesa. Foram selecionados artigos que abordavam o tema proposto e que mais
continham relevância para construção do estudo. RESULTADOS: Para melhorar a atuação no
território é necessário habilitar os trabalhadores de saúde com conhecimentos básicos sobre saúde
mental, fornecendo instrumentos para que possam atuar na promoção da saúde mental, prevenção
e tratamento de transtornos mentais. É necessário também promover a formação constante e a
capacitação dos trabalhadores, enfatizando as habilidades e conhecimentos necessários para o

777
desenvolvimento de práticas de acolhimento e tratamento. Além disso, é importante que os
trabalhadores de saúde pública desenvolvam habilidades na construção de vínculos com a
comunidade, como visitas domiciliares, encontros e reuniões com a comunidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, é importante que os profissionais da equipe de saúde
mental desenvolvam habilidades de articulação com outras equipes de saúde para garantir a
integração de serviços e, assim, a melhoria do cuidado à saúde mental.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Assistência à Saúde Mental, Saúde Mental.

REFERÊNCIAS:

GUSMÃO, R. O. M.; et al. Atuação do enfermeiro em saúde mental na estratégia de saúde da


família. J. Health Biol. Sci. (Online)., v. 10, n. 1, p. 1-6, 2022.
ISAAC, J.; et al. Carta ao Editor Sobre o Artigo "Saúde Mental nos Cuidados de Saúde Primários:
Desafios e Oportunidades em Contexto de Pandemia": Questões Sobre a Doença Mental Grave.
Acta Med Port., v. 35, n. 5, p. 407-408, 2022.
RODRIGUES, T. F. C. S.; et al. Perspectivas para o uso da telemedicina no atendimento de saúde
mental na atenção primária. Enferm. foco (Brasília)., v. 13, n. 1, p. 1-9, 2022.

778
OBESIDADE INFANTIL GRAU III: UM DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE

¹Tuanny Beatriz dos Santos Lima

¹Deivyd Vieira Silva Cavalcante

²Poliana Bezerra de Souza Sckelemberg

³Crislayne Nascimento da Silva

4
Ana Flávia de Oliveira Toss

5
Matheus Freitas de Assis

6
Aline Andressa Chiarentin Hendges

7
Elem Cristina Rodrigues Chaves

1Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil; 1Universidade Ceuma. São Luíz,
Maranhão, Brasil; 2Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil; 3 Universidade Federal
de Pernambuco. Recife, Pernambuco, Brasil; 4Instituto de Ensino Superior- Materdei. Manaus,
Amazonas, Brasil; 5Faculdade de Medicina de Olinda. Olinda, Pernambuco, Brasil; 6Faculdade
de Medicina de Olinda. Olinda, Pernambuco, Brasil; 7Centro Universitário FIBRA. Belém, Pará,
Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com
INTRODUÇÃO: A obesidade infantil é um problema de saúde pública que cresce em todo o
mundo e, especialmente, nos países ocidentais. No Brasil, estima-se que cerca de 16% das crianças
com até 9 anos de idade estejam com sobrepeso e 5% com obesidade, sendo que a obesidade grau
3 (obesidade mórbida) tem aumentado significativamente nos últimos anos. A obesidade infantil
grau III é um desafio para os profissionais de saúde, que precisam estar preparados para lidar com
as complicações que ela pode trazer. OBJETIVO: Discorrer sobre a obesidade infantil grau III e
os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde durante a assistência diante desses casos.
METODOLOGIA: O presente estudo consiste em uma revisão narrativa da literatura, elaborada
por artigos científicos publicados em Revistas Científicas Indexadas com busca na base de dados
Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, com os seguintes descritores em ciências da saúde: Obesidade
Mórbida, Obesidade Pediátrica, Saúde da Criança. Como critérios de inclusão foram selecionados
artigos publicados no período de 2012 a 2022, escritos em língua portuguesa. RESULTADOS:
As complicações da obesidade infantil grau III incluem problemas de saúde mental como
depressão e ansiedade, bem como problemas físicos como hipertensão arterial, diabetes, doenças
cardíacas e doenças articulares. Além disso, as crianças obesas também apresentam maior risco
de problemas de saúde ao longo da vida. Por

779
isso, é fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para oferecer aos pacientes
e às suas famílias o melhor cuidado possível. Isso inclui informar aos pais sobre as complicações
da obesidade infantil, orientar sobre uma alimentação saudável e atividade física, e realizar
acompanhamento clínico dos pacientes. Outro ponto importante é oferecer tratamento
multidisciplinar. Isso significa que profissionais de diferentes áreas devem trabalhar em conjunto
para oferecer o melhor tratamento possível ao paciente. Por exemplo, os profissionais de saúde
podem trabalhar com nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e outros profissionais para
ajudar as crianças a alcançar um peso saudável. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, a
obesidade infantil grau III é um desafio para os profissionais de saúde, que precisam estar
preparados para oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes e às suas famílias. A equipe
deve trabalhar de forma integrada, oferecendo informações sobre alimentação saudável e
atividade física, bem como tratamento multidisciplinar para ajudar as crianças a alcançar um peso
saudável.

Palavras-chave: Obesidade Mórbida, Obesidade Pediátrica, Saúde da Criança.

REFERÊNCIAS:

REHME, M. F. B.; et al. Obesidade na infância e adolescência. Femina., v. 48, n. 10, p. 582-588,
2020.
SOUZA, L. C. A.; et al. Perfil nutricional de pré-escolares do programa mais educação na cidade
de Goiânia- GO. Revisa (Online)., v. 8, n.1, p. 36-48, 2019.
SCARAFICCI, A. C.; et al. Obesidade infantil: recomendações para orientação inicial. Cuidarte,
Enferm., v. 14, n. 2, p.257-263, 2020.

780
DOI 10.29327/1192726.1-44

REVISÃO NARRATIVA ACERCA DA INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE


NA SAÚDE CARDIOVASCULAR: UMA REVISÃO

Jaks Koji Otonari1


1
Centro Universitário UNIFATECIE, Paranavaí, Paraná, Brasil.

Modalidade: Resumo Simples


Email: jaksotonari@gmail.com

INTRODUÇÃO: As doenças cardíacas são responsáveis por alta carga de sintomas e sofrimento dos
pacientes, principalmente na fase avançada. A espiritualidade é uma dimensão importante do ser humano,
que o auxilia no enfrentamento e na elaboração do que lhe acarreta sofrimento; contudo, a espiritualidade é
definida ainda como um aspecto intríseco ao ser humano. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
evidência que as doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Brasil e no mundo.
Nesse sentido, objetiva-se descrever o impacto da espiritualidade na saúde cardiovascular. OBJETIVO: O
objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura a fim de compreender acerca da
influência da espiritualidade na saúde em pacientes com doenças cardiovascular. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, na qual se utilizou as bases de dados PubMed, Scielo, e
Lilacs com os descritores “spirituality” AND “cardiology” AND “cardiovascular disease”AND
“cardiovascular System”. O critério de exclusão envolve a repetição entre as bases de dados e a fuga do
objetivo. Com isso, permitiu a identificação de dois artigos que se adequaram aos critérios estabelecidos.
RESULTADOS: A partir da análise dos dados 02 artigos foram qualificados na síntese qualitativa, e foi
possível verificar que 92% dos artigos falaram sobre impacto positivo da espiritualidade na prevenção
cardiovascular primária e secundária, no enfrentamento de comorbidades cardíacas e na redução de
mortalidade. Foi visto menor impacto em relação à melhora de prognóstico em pacientes com insuficiência
cardíaca. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi possível concluir que, são necessários mais
estudos clínicos que evidenciam o impacto da espiritualidade no prognóstico de cardiopatas. São poucas as
evidenciam da espiritualidade eficaz no contexto hospitalar e ambulatorial, necessitando de maiores
cuidados a serem estimuladas pelos profissionais de saúde como um todo.

Palavras-chave: Espiritualidade, Doenças Cardiovasculares, Sistema Cardiovascular.

REFERÊNCIAS:

1. Benjamin EJ, Blaha MJ, Chiuve SE, Cushman M, Das SR, R. Deo et al. Heart disease and stroke
statistics-2017 update: a report from the American Heart Association. Circulation 2017; 135: e146-603.
doi: https://doi. org/10.1161/CIR.0000000000000491.

2. Feinstein M, Liu K, Ning H, Fitchett G, Lloyd-Jones DM. Incident obesityand cardiovascular risk factors
between young adulthood and middle ageby religious involvement: the Coronary Artery Risk Development
in Young Adults (CARDIA) Study. Prev Med. 2012;54(2):117-21.

781
3. Lucchetti G, Oliveira LR, Koenig HG, Leite JR, Lucchetti AL, CollaboratorsS. Medical students,
spirituality and religiosity--results from the multicenter study SBRAME. BMC Med Educ. 2013
Dec;13:162

4. United Nations [homepage na internet]. Profiles of aging 2017 [capturado 2018 Ago 10]. Disponível em:
https:// population.un.org/ProfilesOfAgeing2017/index.html.

5. VanderWeele TJ, Balboni TA, Koh HK. Health and Spirituality Spirituality. JAMA.2017;318(6):519-
20.

782
COMPREENDENDO A HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR

Idel de Oliveira
Martins1

Gabriela Stéfani
Duarte1

André Furtado Duarte1

Ester Emanuella
Mariano2

Ingrid Brandão
Coqueiro3

Carmem Caroline de
Oliveira Martins4

Mairton Múcio
Marques5

1 Universidade de Rio Verde – Campus Rio Verde. Rio Verde, Goiás, Brasil; 2 Universidade de
Rio Verde – Campus Goianésia. Goianésia, Goiás, Brasil; 3 Universidade de Rio Verde-
Campus Aparecida de Goiânia. Aparecida de Goiânia, Goiás, Brasil; 4 Universidad Cristiana da
Bolívia – UCEBOL- Santa Cruz de La Sierra, Bolívia; 5 Faculdades Integradas Aparício
Carvalho. Porto Velho, Rondônia, Brasil.

Eixo temático: Clínica Médica/ Cardiologia/ Endocrinologia

Modalidade: Pôster

E-mail: ideldeoliveiramartins@gmail.com

INTRODUÇÃO: A hipercolesterolemia familiar (HF) é uma doença autossômica dominante que


leva ao aumento da lipoproteína de baixa densidade (LDC-c), responsável por 5-10% dos eventos
cardiovasculares em indivíduos abaixo de 50 anos. É classificada em dois tipos: heterozigótica e
homozigótica. A mais comum é a heterozigótica que acontece quando apenas um dos pais tem o
gene defeituoso, acomete de 1:200 a 1:300. A forma homozigótica é a mais grave e menos comum,
acontece quando os dois pais têm o gene defeituoso, a prevalência é de 1:160.000 a 1:300.000.
OBJETIVO: Descrever a HF e determinar as principais medidas de intervenção.
METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura integrativa, do tipo descritiva nas
seguintes bases de dados: SCIELO, PUBMED e LILACS. Os descritores utilizados foram:
“hipercolesterolemia familiar”, “dislipidemias” e “LDL alto”. Selecionou-se, então, 6 estudos -
sendo 3 incluso na SCIELO, 2 inclusos no PUBMED e 1 na LILACS - com filtragem de artigos
em português, inglês e espanhol dos últimos 5 anos, excluindo os estudos duplicados e os que não
abordavam o assunto. RESULTADO: A HF é causada por mutações que reduzem a quantidade
ou a função dos receptores de LDL (LDL-r), levando ao aumento dos níveis séricos do LDL-c.
Pessoas que não possuem essa doença tem concentrações plasmáticas de LDL, em geral, duas ou
três vezes menores que em indivíduos com HF. Considera-se um problema de saúde pública, visto
a sua alta prevalência e a sua associação com doença arterial coronariana (DAC) precoce. Sem
tratamento homens e mulheres com a forma heterozigótica desenvolverão DAC antes dos 55 e 60
anos. Já os homozigóticos, desenvolvem DAC muito cedo, se não tratados podem morrer antes
dos 20 anos de idade. O diagnóstico é realizado através de cinco critérios clínicos principais: a

783
história familiar, história clínica de doença cardiovascular precoce, exame físico com deteção de
xantomas e arco senil, medições repetitivas de níveis plasmáticos de cLDL com valores muito
elevados e ainda através de um exame genético onde se encontre uma mutação nos genes
associados à HF. Embora sua incidência seja ampla, o diagnóstico precoce ainda não é
amplamente realizado e, consequentemente, o tratamento preventivo é precário. Acredita-se que
o uso de hipolipemiantes associados ao estilo de vida mais saudável possa aumentar a expectativa
de vida dessas pessoas em 10 – 30 anos. CONCLUSAO: Portanto, o diagnóstico precoce e o
tratamento adequado são essenciais para prevenir ou retardar eventos cardiovasculares. A
pesquisa de HF nos familiares de primeiro, segundo e terceiro grau é fundamental para prevenção
de processos ateroscleróticos, uma vez que os indivíduos portadores desta patologia podem
apresentar elevados valores de colesterol desde o seu nascimento, o que torna a probabilidade de
ocorrer eventos cardiovasculares prematuros e até mesmo morte, muito mais alta.

Palavras chaves: Hipercolesterolemia familiar, Dislipidemias, LDL alto.

REFERÊNCIAS

ALVES, Crésio De Aragão Dantas et al. Dislipidemia na criança e adolescente: Orientações para
o pediatra. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2020. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-fornece-orientacoes-para-o-pediatra-sobre-
dislipidemia-na-crianca-e-no-adolescente/. Acesso em: 12 dez. 2022.

BOUHAIRIE, Victoria Enchia; GOLDBERG, Ana Carol . Hipercolesterolemia Familiar.


Cardiology Clinics, 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25939291/. Acesso
em: 25 jan. 2023.

IZAR, Maria Cristina De Oliveira et al. Atualização da Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia


Familiar – 2021. Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2021. Disponível em:
https://abccardiol.org/article/atualizacao-da-diretriz-brasileira-de-hipercolesterolemia-familiar-
2021/. Acesso em: 12 dez. 2022.

MALIACHOVA, Olga; STABOULLI, Stella. Hipercolesterolemia familiar em crianças e


adolescentes: diagnóstico e tratamento. Projeto farmaceutico atual, 2018. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30317987/. Acesso em: 25 jan. 2023.

NASCIMENTO, Elizabeth. O Risco Desconhecido de Hipercolesterolemia Familiar no


Desenvolvimento de Doença Cardiovascular Aterosclerótica. Scielo, 2021. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/abc/a/YVQ3ppSg7MsCsbrJjDkXb4t/?lang=pt#. Acesso em: 16 dez 2022.

VICENTE, Asier Benito et al. Hipercolesterolemia familiar: a doença mais frequente causada
pelo distúrbio do metabolismo do colesterol. Revista Internacional de Ciências Moleculares,
2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30388787/. Acesso em: 25 jan. 2023.

784
IMPORTÂNCIA DO CUIDADO HUMANIZADO EM UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA.

¹Laiane Nunes Bonfim

Enfermeira.
1Faculdade Maurício de Nassau (UNINASSAU). Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: enf.laianenunes@gmail.com

Resumo

INTRODUÇÃO: A unidade de terapia intensiva (UTI), é um ambiente destinado a pacientes com quadro
clinico grave, com profissionais qualificados e equipamentos tecnológicos para um cuidado continuo e
rigoroso. OBJETIVO: Apresentar uma breve revisão de literatura acerca da importância do cuidado
humanizado em unidade de terapia intensiva. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de
literatura realizada no período de 2012 a 2022 na Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Google
Acadêmico e a biblioteca virtual Scientific Electronic Library Online (Scielo), Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), coleciona SUS, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE)..
RESULTADOS E DISCUSSÕES: foram selecionados 10 artigos das bases de dados para leitura minuciosa
e assim realizar o estudo. A maioria dos artigos dão ênfase as estratégias e metodologias de ensino e
aprendizagem, a busca por capacitações atualizadas para todos profissionais de saúde e que participam da
equipe multiprofissional, para desenvolver assim, o interesse legitimo pelo paciente. CONCLUSÃO: Nota-
se que há diversos fatores que influenciam na vida dos profissionais de enfermagem, como carga horaria
exaustiva, atraso nos salários, lotação e muitos outros. Há uma necessidade de melhoria profissional e mais
rendimento, uma equipe mais sensibilizada e preparada, para assim, atuar de forma humanizada e fazer a
diferença nesse cuidado.

1 INTRODUÇÃO

A unidade de terapia intensiva (UTI), é um ambiente destinado a pacientes com quadro clinico
grave, com profissionais qualificados e equipamentos tecnológicos para um cuidado continuo e rigoroso
(DA SILVA, 2019). O paciente que é recebido na UTI, com sua internação, na maioria das vezes,
inesperada, seja em coma induzido ou não, precisando do cuidado integral da equipe de enfermagem.
Assim como os pacientes, os familiares também necessitam de acolhimento e atenção, já que estão
passando por um momento de estresse, preocupação e duvidas que na maioria das vezes não são
respondidas. O fato de ter um ente querido naquele ambiente assusta e causa medo, já que se trata de um
local invariável, neste caso o familiar torna-se um elo entre professional e paciente, precisando assim, de

785
cuidado e apoio. A humanização é o ato de tornar humano, ser benévolo, afável, compassivo e caridoso.
Trata-se de ser um direito a saúde, de forma qualificada na assistência, é a busca pelo direito a informações
de sua doença, tratamento, prognóstico, e ser respeitada sua autonomia (ANACLETO, 2020).
Este trabalho possui como objetivo apresentar uma breve revisão de literatura acerca da
importância do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva.

2 METODOLOGIA

Esse estudo trata-se de uma revisão de literatura realizada no período de 2012 a 2022 na BVS,
sendo elas: Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Google Acadêmico e a biblioteca virtual Scientific
Electronic Library Online (Scielo), Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), coleciona SUS, Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Os critérios de inclusão foram artigos em
português e nos últimos dez anos. Foram encontrados 10 artigos que melhor se adequaram ao tema, por
meio dos seguintes descritores: ‘Humanização da Assistência’, ‘Cuidados Intensivos’, ´Cuidados Críticos’,
‘Humanização’, ‘Cuidados de Enfermagem’. Os estudos excluídos foram os artigos duplicados ou fora da
temática.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Assim, foram selecionados 10 artigos das bases de dados para leitura minuciosa e assim realizar o
estudo. Dentre os artigos estudados, nota-se uma concordância entre os autores ao citar a enfermagem como
profissão fundamental para esse cuidado humanizado.
Alguns autores apontam a comunicação como fator principal, pela necessidade de escuta ativa e
sensibilização face a face ao estado de saúde desse paciente. Cabe ao profissional de enfermagem interpretar
e compreender pensamentos, focar na relação família e paciente, acima de tudo com paciência, atenção e
responder duvidas, inseguranças e incertezas (DOS SANTOS, 2022).
A maioria dos artigos dão ênfase as estratégias e metodologias de ensino e aprendizagem, a busca
por capacitações atualizadas para todos profissionais de saúde e que participam da equipe multiprofissional,
para desenvolver assim, o interesse legitimo pelo paciente.
Alguns fatores são apontados como aspectos que podem trazer uma assistência prejudicada como
longas jornadas de trabalho, falta de funcionais, salários baixos e desvalorização. A falta de reconhecimento
profissional acaba se tornando falta de humanização profissional (BEZERRA, 2022).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É de suma importância para um atendimento qualificado analisar a necessidade de cada pessoa. O


processo do cuidar vai muito além de atribuições técnicas profissionais, é ver o ser humano em seu meio,

786
compreender e perceber suas necessidades. Nota-se que há diversos fatores que influenciam na vida dos
profissionais de enfermagem, como carga horaria exaustiva, atraso nos salários, lotação e muitos outros.
Há uma necessidade de melhoria profissional e mais rendimento, uma equipe mais sensibilizada e
preparada, para assim, atuar de forma humanizada e fazer a diferença nesse cuidado.

REFERÊNCIAS

ANACLETO G, Cecchetto FH, Riegel F. Cuidado de enfermagem humanizado ao paciente oncológico:


revisão integrativa. Rev Enferm Contemp. 2020; 9(2):246-254.

GOMES, Ana Paula Regis Sena; SOUZA, Vanessa Costa; DE OLIVEIRA ARAUJO, Mariana. Atuação
do enfermeiro no cuidado humanizado em unidades de terapia intensiva no Brasil: uma revisão
integrativa da literatura. HU Revista, v. 46, p. 1-7, 2020.

DOS SANTOS, Raisa Silva et al. Humanização no cuidado na UTI adulto. Enfermagem Brasil, v. 21, n.
3, p. 318-332, 2022.

DE ABREU, Viviane Cunha et al. A promoção da saúde no cuidado humanizado aos familiares de
pessoas hospitalizadas em UTI adulta. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, n. 3, p. 2246-2251,
2019.

DA SILVA CASTRO, Ariane et al. Percepções da equipe de enfermagem acerca da humanização em


terapia intensiva. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 32, 2019.

DE FREITAS, kamila gonçalves et al. a importância do trabalho humanizado ao paciente internado em


unidade de terapia intensiva. unilus ensino e pesquisa, v. 15, n. 40, p. 99-108, 2018.

DE MORAIS, A. M. M., da Silva Barros, A. C., de Oliveira, A. V., Cardoso, D. P. D. C., dos Reis
Gonçalves, F. I., Torres, J. B., & do Santos, T. L. 2017. Importância da assistência de enfermagem
humanizada. Revista Eletrônica Acervo Saúde/Electronic Journal Collection Health.735-741.

RIBEIRO, ELESSANDRA NASCIMENTO. Humanização da assistência de enfermagem na unidade de


terapia intensiva. 2012.

787
BEZERRA, M. T. U., de Oliveira Alves, F., Rodrigues, N. S., Herculano, S. G. C., Nunes, E. M., Martins,
T. M., ... & da Silva, A. M. S. (2022). A ENFERMAGEM E O CUIDADO HUMANIZADO EM TERAPIA
INTENSIVA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. RECISATEC-REVISTA CIENTÍFICA SAÚDE E
TECNOLOGIA-ISSN 2763-8405, 2(12), e212234-e212234.

788
CONHECIMENTO TEÓRICO DOS ENFERMEIROS DE UNIDADES DE
TERAPIA INTENSIVA QUANTO A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E
REANIMAÇÃO.
1
Marcela Dutra da Silva
2
Fabiana Lopes Moreira
1,3
Cristiane Rocha Magalhães
1
Luana Sena Pimenta
1
Danielle Dias Correia da Silva
1
Adriana Fernandes da Cruz
1
Evely Socorro Campos Pinheiro

1
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Rio de Janeiro, Brasil; 2Força Aérea
Brasileira, Distrito Federal, Brasil; 3Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Eixo temático: Estudos de campo

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: celinhadutra@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A parada cardiorrespiratória (PCR) apresenta altas taxas de mortalidade no Brasil.


Embora não tenhamos uma medida exata desse problema, os dados considerados giram em torno de 200
mil PCR/ano no país, com uma divisão equitativa entre ambientes extra e intra-hospitalares. A PCR pode
ser definida como a cessação repentina dos batimentos cardíacos e dos movimentos respiratórios. Portanto,
é importante que o enfermeiro seja capaz de identificar e atender um episódio de PCR realizando a
ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com habilidade e eficiência. OBJETIVO: Apresentar o nível de
informação sobre protocolos e atividades necessárias para o atendimento de PCR em uma Unidade de
Terapia Intensiva (UTI). METODOLOGIA: Estudo descritivo e prospectivo com o objetivo de apresentar
o nível de informação dos enfermeiros atuantes em UTI sobre os cuidados com a PCR no ambiente
hospitalar. O estudo seguiu todos os preceitos éticos estabelecidos na Resolução nº 466/ 2012 do Conselho
Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética da Fundação de Ensino e
Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS) da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal sob o
número 52581215.0.0000.5553 (Plataforma Brasil). O critério de exclusão adotado foi o afastamento das
atividades laborais independente do motivo no período da coleta de dados. A amostra do estudo foi
composta por 27 enfermeiros das UTIs geral, coronariana, cirúrgica e de neurotrauma de um hospital
público de alta complexidade e referência para essas especialidades, localizado no Distrito Federal, Brasil.
Os dados foram coletados por meio de um questionário validado. Os resultados foram descritos como
porcentagens calculadas pelo programa Microsoft Excel® 2007. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A média
de acertos foi de 80%. As questões com pontuação máxima de acertos (100%) foram: as relacionadas aos
medicamentos mais utilizados, suas respectivas vias de administração e a ventilação do paciente sem via
aérea definitiva. Em ordem decrescente, a segunda maior pontuação (96,3%) era referente à definição de
via aérea definitiva. A questão com menor taxa de acerto (18,5%) logo, maior índice de erro (81,5%) foi
sobre a definição teórico-conceitual de parada respiratória. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os enfermeiros
demonstraram bom nível de conhecimento sobre o assunto. Demonstraram executar seu papel de forma
eficaz e eficiente, no que diz respeito aos cuidados de enfermagem aos pacientes portadores de PCR.
Observou-se também que esses profissionais apresentam deficiências em itens específicos de embasamento
teórico-científico, apresentando melhores resultados com abordagens práticas e maior dificuldade em
questões predominantemente teóricas. Assim, a prática e o contato direto com a situação de PCR, evidencia
ser um diferencial para a atuação do enfermeiro no cenário em que se encontra. Foram sugeridas
atualizações periódicas e treinamentos por meio de cursos e palestras.

789
Palavras-chave: Enfermagem, Unidade de Tratamento Intensivo, Parada cardiorrespiratória,
Ressuscitação cardiopulmonar.

REFERÊNCIAS:

Bernoche C, Timerman S, Polastri TF, Giannetti NS, Siqueira AWS, Piscopo A et al. Atualização da
Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados de Emergência da Sociedade Brasileira de
Cardiologia – 2019. Arq Bras Cardiol. 2019; n.113, v.3, p.449-663 Disponível
em:<http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues
/2019/v11303/pdf/11303025.pdf> Acesso em 08/08/2022.

Neumar RW, Shuster M, Callaway CW, Gent LM, Atkins DL, Bhanji F et al. Part 1: executive summary:
2015 American Heart Association Guidelines Update for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency
Cardiovascular Care. Circulation. 2015, n.132, supl.2, p315-367. Disponível em:
https://www.cercp.org/wp-content/uploads/2015/10/Guidelines-RCP-AHA-2015-Full.pdf Acesso em
06/08/2022

COFEN, Conselho Federal de Enfermagem. Perfil da Enfermagem no Brasil. Fundação Osvaldo Cruz
(FIOCRUZ). Rio de Janeiro, 2013. 44p. Disponível em: <perfilenfermagemdf.pdf (coren-df.gov.br)>
Acesso em 08/08/2022.

Moura JG, Brito MPS, Rocha GOS, et al. The Knowledge and Acting of a Nursing Team from a Sector of
Cardiorespiratory Arrest Urgent Care. Rev Fund Care (Online). Apr./Jul. 2019, n.11, v.3, p.634-640.
Disponível em: <http://seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/6640/pdf> Acesso em
10/08/2022.

790
ALTERAÇÃO DA LEI DO PLANEJAMENTO FAMILIAR NO BRASIL –
EFETIVAMENTE UM AVANÇO?

1
Marcela Dutra da Silva
1,2
Cristiane Rocha Magalhães
1
Luana Sena Pimenta
1
Danielle Dias Correia da Silva
2
Nébia Maria Almeida de Figueiredo

1 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Rio de Janeiro, Brasil; 2 Universidade Federal
do estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Eixo temático: Reflexões teóricas

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: celinhadutra@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A laqueadura tubária constitui-se no método contraceptivo mais utilizado no mundo. No


Brasil, a Lei 9.263/96 traz a esterilização cirúrgica como direito para ambos os gêneros, porém em caso de
sociedade conjugal o consentimento do parceiro é imprescindível para sua realização. A Lei 14.443/2022
altera tal questão, porém ainda assim a negociação da escolha do método contraceptivo permanece no
ambiente privado. O livre exercício do direito reprodutivo é cerceado pelas assimetrias de poderes entre os
gêneros feminino e masculino. Tal dissimetria é fruto de um legado social, histórico e cultural. Para tanto,
temos como inquietação de pesquisa, como e por que as mulheres ainda se submetem ao poder masculino,
apesar de leis que a libertem. OBJETIVO: Realizar uma análise reflexiva das Leis 9.263/1996 e Lei
14.443/2022, e suas correlações com os pressupostos teóricos de Bourdier. METODOLOGIA: Trata-se de
um estudo teórico-reflexivo, com objetivo crítico. Elaborado com base no escopo legal que regula o
planejamento familiar no Brasil, subsidiado na leitura crítica da legislação; na literatura científica que
compõe a temática; e, sua interdependência no cenário social. Sua fundamentação está ancorada sob
pressupostos teóricos de Bourdier que abarcam tal reflexão, assim como da percepção das autoras sobre a
temática numa abordagem totalmente qualitativa. A Reflexão Crítica pode ser considerada como um ato de
tomar consciência, analisar os fundamentos ou razões de algo que está sendo feito. Portanto, este estudo
busca refletir sobre como a alteração da Lei do planejamento familiar vem sendo compreendida no Brasil.
DISCUSSÃO: O poder masculino está subjetivamente tão tatuado no corpo e alma da mulher, que ela
continuará solicitando sua autorização para adotar a laqueadura, ou outro método contraceptivo e outras
questões; sejam elas que envolvem este corpo feminino ou sua vida em um aspecto intangível. O
planejamento familiar através da sua regulamentação denota uma falsa ilusão para o dominado (mulher),
que o mesmo ocorre de forma efetiva e igual para ambos os gêneros. A mudança de tal regimento tem sido
comemorada, e amplamente divulgada. De fato, é um avanço inegável. Mas, talvez, não tenha tanto peso
no campo das relações de poder, já que o domínio ainda permanece com o Estado, que dita leis e regras
sociais, em sua maioria elaboradas por homens; bem como a (não) negociação entre o homem e a mulher
relativo à escolha do método contraceptivo permanecerá, agora apenas no ambiente privado (doméstico).
Os homens continuam exercendo poder sobre as mulheres, neste caso não mais formalmente e de forma
legalmente reconhecida nos casos da esterilização, mas através de outras nuances no que concerne à
gerencia da contracepção, corpo e vida em geral. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A legislação vem trazendo
alterações que se constituem em avanços significativos, no que se refere aos direitos da mulher e
empoderamento feminino. Porém, enquanto não houver um aprofundamento na educação formal e informal

791
de forma que haja uma mudança estrutural na sociedade, a mulher não ocupará o lugar de sujeito da sua
própria história.

Palavras-chave: Laqueadura Tubária; Planejamento Familiar; Feminino; Masculino e Políticas Públicas.

REFERÊNCIAS:

Yamamoto, ST. Desencontros entre direitos e desejo da mulher e a decisão da equipe médica na prática
da esterilização cirúrgica. 2017. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Faculdade de Saúde Pública,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

BRASIL. Lei nº 9.263 de 12 de Janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que
trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outrasprovidências. Brasília, DF,
1996. Disponível
em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9263-12-janeiro-1996-374936-
promulgacaodevetos-21460-pl.html>Acesso em: 28/07/2022

BRASIL. Lei nº 14.443 de 02 de Setembro de 2022. Altera a Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, para
determinar prazo para oferecimento de métodos e técnicas contraceptivas e disciplinar condições para
esterilização no âmbito do planejamento familiar. Brasília, DF, 2022. Disponível em: <
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2022/lei-14443-2-setembro-2022-793189-publicacaooriginal-
166038-pl.html >Acesso em: 14/12/2022

Bourdier, P. O Poder Simbólico. Traduzido por: TOMAZ, F. Rio de Janeiro: Ed.Bertrand, 1989.

Marques, JMD; Cardoso, ALBC; Neves, ALM. A esterelização compulsória em mulheres vulneráveis
como “medida de segurança pública”: reflexões sobre o controle do corpo, gênero e sexualidade.
InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais, v. 8, n. 2, 2022.

792
OS IMPACTOS DO COVID-19 EM INDIVIDUOS COM DOENÇA
CARDIOVASCULAR.

¹Jaqueline Luche Neves


¹Letícia Fabris Cordeiro
¹Luciane Cristine Ribeiro Rodrigues
1Fundação Educacional do Munícipio de Assis (FEMA).

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Pôster.
E-mail do 1° autor: jaqueluche@hotmail.com

Resumo
Diante da pandemia do COVID19, pessoas com doença cardiovasculares (DCV) previa apresentaram maior
probabilidade no desenvolvimento de formas preocupantes da doença. Com este cenário, surge a
importância do olhar atento e ampliado para pacientes com DCV que tiveram COVID-19. Esse estudo teve
como objetivo identificar as consequências do COVID19 nestes pacientes. Trata-se de estudo transversal,
misto, analítico, com a aplicação de questionário à pacientes com DCV. Concluiu-se que no momento da
infecção de COVID19, 80% dos entrevistados já estavam vacinados, resultando em quadros sintomáticos
brandos, e baixos índices de internação. O tempo de internação nos indivíduos sem vacinação de nenhuma
dose da vacina, teve uma média significativamente maior, 16,5±2,1 dias, quando comparados com os que
já estavam vacinados, 3,5±0,7 dias. Não houveram internações em vacinados com mais de 2 doses. Após a
infecção, 56% dos participantes iniciaram a sentir dispneia a esforços de intensidade leve-moderada, 63%
vivenciam episódios de taquicardia e labilidade pressórica, dentre outros sintomas: fraquezas, alterações de
memória e psíquicas. Conclui-se a necessidade do acompanhamento a longo prazo desses pacientes, devido
as altas taxas de desenvolvimentos de sequelas apresentadas. Ademais observou um efeito benéfico da
vacinação.
Palavras-chave: Doença Cardiovascular; COVID-19; coronavírus.
Eixo Temática: Temas Livres.
Modalidade: Pôster.

1 INTRODUÇÃO
O aumento da expectativa de vida está concomitantemente associado ao aumento dos casos de
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), sendo essa uma das principais causas de morbimortalidade
no Brasil. [1,2,3,4]
Congruente ao cenário atual, pandemia da Síndrome do Coronavírus 2019 (COVID19), este grupo
apresentou um maior destaque quando relacionado ao desenvolvimento de formas mais preocupantes da
doença, piora de quadro clinico e refletindo em aumento no índice de mortalidade pela doença. Tais
comprometimentos podem ser explicados devido a tendência do SARS-CoV-2, vírus de causador do
COVID19, em interagir com o sistema cardiovascular do infectado, provocando disfunção no miocárdio e
na função da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), o que culmina na manifestação de sequelas,
como a apresentação de arritmias, isquemia miocárdica, miocardite, insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
e até mesmo choque. [2,5,6,7]

793
Sendo assim, o objetivo desse estudo foi identificar as consequências do COVID19 em pacientes
com DCV.

2 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo caráter transversal, quanti-qualitativo, analítico, com a aplicação de
questionário à pacientes com diagnóstico de DCV, vinculados a uma ESF Vila Glória, Assis-SP, e
previamente já apresentaram infecção por COVID19.
A coleta de dados foi feita com a aplicação de questionário, com perguntas de caráter misto,
previamente elaborado pelos autores, durante visitas domiciliares, acompanhada do agente comunitário da
unidade, de forma individualizada, pela própria pesquisadora, durante os meses de Abril à Julho de 2022.
Todos os indivíduos foram comunicados quanto ao objetivo do estudo, e após aceitação e
assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), participaram ativamente da pesquisa.
A análise dos dados foi realizada por dois meios: para as variáveis quantitativas, a análise foi
executada por meio do programa Excel, já em relação aos dados qualitativos, realizou-se pela técnica de
análise de conteúdo de Bardin (2011), possibilitando a abordagem de três categorias: manifestações físicas,
manifestações cognitivas e sem manifestações.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O presente estudo contou com a participação de 30 indivíduos (22 sexo feminino e 8 masculino),
com média de idade de 55,9±14,4 anos. Todos participantes desse estudo com DCV prévia à Pandemia do
COVID-19, sendo a hipertensão arterial a predominante entre os entrevistados, 90% casos (27%).
Com relação à vacinação contra a CO-VID-19, todos os participantes da amostra afirmaram
estarem atualmente vacinados (3,5±0,6 doses). Sendo que, 80% (24) dos entrevistados relataram já estar
vacinados no momento da infecção. Em relação ao tempo de internação, os participantes que não haviam
tomado nenhuma dose da vacina contra o COVID-19, demonstraram uma média significativamente maior,
16,5±2,1 dias, quando comparados com os que já estavam vacinados com uma ou duas doses da vacina,
3,5±07 dias. Não houveram internações em indivíduos vacinados com mais de 2 doses.
Referente ao comprometimento após a infecção por COVID-19, 56,7% dos participantes
informaram iniciado a sentir falta de ar a esforços de intensidade leve-moderado, já 63,3% vivenciaram
episódios de taquicardia e alterações dos níveis pressóricos.
A abordagem qualitativa evidenciou uma diversidade de características relacionadas ao impacto
do período de pandemia de COVID-19 sobre a vida desses participantes. Dentre as dimensões, a presença
de manifestações físicas foi a mais prevalente, evidenciadas por sensações de fadiga e dispneia associada a
pequenos esforços, fraquezas de membros inferiores e alterações cardiovasculares, principalmente
“batedeiras” e palpitações.
Em relação a manifestações cognitivas, alteração de memória de curto prazo e alterações psíquicas
associadas a comprometimento emocional, foram frequentemente apontadas.
Também houve relatos de ausência de influência pós COVID-19, sendo muitos desses reiterados
a importância de estarem vacinados no momento da infecção (categoria sem manifestações).
A corrida para desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19 e o notável êxito na distribuição
e aplicação dessas na população brasileira, refletiu na diminuição dos números de mortos pela COVID-19,
além de evitarem casos graves da síndrome, como ilustrado no presente artigo, onde nenhuma pessoa com
duas doses ou mais da vacina relatou a necessidade de internações hospitalares. Esse dado corrobora com
o estudo Orellana (2022), o qual também exibiu um padrão de reduções substanciais do risco de internações
e morte por COVID-19 em indivíduos com duas doses da vacina, independentemente do seu laboratório de
fabricação. [8,9,10]
Todavia, alguns sintomas do Covid-19 persistiram além do período infeccioso da doença, como é
o caso da dispneia e fadiga, as quais 56,7% dos entrevistados ainda relataram sentir, em intensidade de
frequências variadas, interferindo negativamente em sua capacidade funcional. O que também foi

794
evidenciado no Mapa de Evidências sobre sequelas e reabilitação pós-COVID-19, um estudo da cooperação
entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), de março de 2022.
Fabián et al (2021) observou-se também uma estreita relação entre o vírus e o desenvolvimento da Síndrome
da Fadiga Crônica (SFC), devido a semelhança dos sintomas residuais que os paciente pós-COVID-19
apresentam, como a fadiga crônica, dores musculares difusas, disfunção cognitiva e distúrbios do sono.
[11,12]
Infelizmente, as manifestações clínicas do COVID-19 não se restringem apenas ao sistema
respiratório, assim como suas sequelas. No atual estudo, o desenvolvimento e/ou as intensificações das
alterações cardiovasculares foram frequentemente relatadas, como episódios de taquicardia e alterações dos
níveis pressóricos, citadas por 63,3% dos participantes para ambos os sintomas. Esses achados podem ser
explicados devido a fisiopatologia da infecção do vírus Sars-CoV-2 no ser humano. Ao entrar no corpo,
vírus utiliza o receptor celular ECA2 (enzima conversora de angiotensina II) para invadir as células e depois
se replicar. Esse receptor é expresso em diversos órgãos vitais como pneumocitos dos pulmões,
cardiomiócitos do coração, entre outros, resultando assim em diferentes complicações. Entretanto, sabemos
que a ECA 2 desempenha um papel importante na regulação da fisiologia cardiovascular, associada a
vasodilatação, porém ao se ligar a essa enzima, o vírus do COVID-19 causa diversas alterações nas vias de
sinalização, levando à comprometimentos disseminados. [13,14]
Sobre o ponto de vista cognitivo, muitos dos participantes relatam déficit de memória após a
infecção pelo COVID-19: “percebi que fiquei mais esquecido, as vezes esqueço algumas coisas rotineiras
como uma senha que uso todo dia, ou seu nome que você falou a pouco tempo”. Esses achados são
condizentes com Aguiar et al (2021), e no qual aponta a perda de memória e dificuldade de concentração
como sintomas persistentes. Na literatura ainda não há explicações plausíveis para essas manifestações,
mas denomina essas sintomatologias, associada a fadiga, como “névoa cerebral”, salientando prevalência
dessa, pós COVID-19, e a preocupação com o comprometimento na vida da população. Já em relação às
manifestações psíquicas, o período de pandemia, com seu isolamento social, e até o próprio confinamento
dos dias de quarentena, pode afetar tanto o bem-estar físico quanto mental dos indivíduos, somatizado a
medo, a insegurança do desconhecido e as tristezas das perdas, refletiram assim como pautas comumente
manifestadas pela maioria dos entrevistados “aumentou as sensações de medo e insegurança”. O que se
sabe atualmente é que o vírus do Sars-CoV-2 pode estimular o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA),
relacionado as funções do sistema nervoso simpático, promovendo assim a ativação da cascata do estresse,
podendo assim resultar no desenvolvimento de transtornos como ansiedade, depressão e entre outros.
[11,15,16,17]
Entretanto, manifestações clínicas multiformes da COVID-19, desde acometimentos
assintomáticos a casos moderados a críticos, nos alerta da importância de um acompanhamento sistemático
dos indivíduos. Ademais a importância da vacinação, principalmente no grupo de pacientes cardiopatas é
defendido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2021), a fim de objetivar um enfrentamento adequado
do COVID-19. [18,8]

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se assim, a evidente necessidade do acompanhamento a longo prazo de pacientes com
DCV pós COVID-19, devido as altas taxas de desenvolvimento de sequelas como dispneia, taquicardia,
labilidade pressórica e alterações cognitivas. Ademais, observou um efeito benéfico da vacinação contra
COVID-19 na prevenção de formas graves da doença.

REFERÊNCIAS
[1] BRASIL, Ministério Saúde. Relatório do Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM.
Brasilia/DF, 2019 Disponível em: < https://www.gov.br/saude/pt-
br/media/pdf/2021/marco/15/boletim_epidemiologico_svs_7.pdf >. Acesso em: 11 de Setembro 2021.
[2] NASCIMENTO, Patrícia V. et al. Principais desfechos fatais em indivíduos cardiopatas acometidos
por Covid-19. Enferm. Foco, v. 11, p. 46 -51, 2020.
[3] PAZ, Ramyne C. et al. Sugestão de protocolo clínico para idosos cardiopatas assistidos pelo sistema
único de saúde. Rev. Cient. Sena Aires, v. 7, n. 2, p. 88-94, 2018.

795
[4] CAVALCANTE, Jordanna S. et al. Doenças crônicas não transmissíveis e fatores associados aos
sintomas das doenças cardiovasculares. Mostra interdisciplinar do curso de enfermagem – Centro Uni-
versitário Católico de Quixadá, 2019. ISSN: 2448-1203
[5] COLOMBO, Cléa S. S. S. et al. Posicionamento sobre Avaliação Pré-participação Cardiológica
após a Covid-19: Orientações para Retorno à Prática de Exercícios Físicos e Esportes – 2020. Arq
Bras Car-diol, v.116, n.6, p.1213-1226, 2021.
[6] ASKIN, Lutfu et al. O Efeito da Doença de Coronavírus 2019 nas Doenças Cardiovasculares. Arq
Bras Cardiol, v.114, n.5, p.817-822, 2020.
[7] SHAFI, Ahmed M. A. et al. Cardiac manifestations in COVID-19 patients – A systematic review.
J Card Surg., v. 35, n.8, p.1988-2008, agosto 2020.
[8] MARTINS, Wolney de Andrade et al. Vacinação do Cardiopata contra COVID-19: As Razões da
Prioridade. Arq Bras Cardiol. v.116, n. 2. p. 213-218, 2021.
[9] NADANOVSKY, Paulo. Como interpretar os benefícios das vacinas contra a Covid-19? INFORME
ENSP, Fio Cruz. 2021.
[10] ORELLANA, Jesem D. Yamall et al. Mudanças no padrão de internações e óbitos por COVID-19
após substancial vacinação de idosos em Manaus, Amazonas, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2022.
[11] FABIÁN, Garro Marcelo et al. Síndrome Pos-COVID y Síndrome de Fatiga Crónica: ¿Dos caras
de la misma moneda? Pren. Méd. Argent. v. 107, n. 7, Oct/2021.
[12] MARTINS, Wolney de Andrade et al. Vacinação do Cardiopata contra COVID-19: As Razões da
Prioridade. Arq Bras Cardiol. v.116, n. 2. p. 213-218, 2021.
[13] ASTURIAN, Kathleen. O papel dos inibidores da enzima conversora de angiotensina e dos
antago-nistas dos receptores de angiotensina em pacientes com Covid-19: uma revisão narrativa. Rev.
Ciênc. Méd. v. 30, 2021.
[14] HIERREZUELO-ROJAS, Naifi et al. Fisiopatología de la insuficiencia cardiaca en pacientes con
COVID-19. Rev Inf Cient. v. 100, n. 3, 2021.
[15] AGUIAR, Bianca Fontana et al. Sequelas da Covid-19: uma reflexão sobre os impactos na saúde
do trabalhador. Research, Society and Development, v. 10, n. 14, Out/2021.
[16] LOGUE, Jennifer K. et al. Sequelae in Adults at 6 Months After COVID-19 Infection. JAMA
Network Open. v. 4, n. 2, 2021
[17] STEFANO, George B. Historical Insight into Infections and Disorders Associated with Neurologi-
cal and Psychiatric Sequelae Similar to Long COVID. Med Sci Monit. 2021.
[18] GERÔNIMO, Audrey M. Mota. A percepção do vivido pelas pessoas com sequelas da Covid-19.
Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2021.

796
EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D NO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

¹Ana Beatriz Galindo de Oliveira Ovelar


¹Bhrisa Avlis Ferraz
¹Satie Andretta Vigiato Kosin Gamarra
²Evilanna Lima Arruda
¹Universidade de Rio Verde (UNIRV). Rio Verde, Goiás, Brasil; ²Universidade de Rio Verde (UNIRV).
Goianésia, Goiás, Brasil

Eixo temático: Clínica Médica


Modalidade: Apresentação oral
Email do 1º autor: bia.ovelar@gmail.com
INTRODUÇÃO: Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune, inflamatória e crônica,
caracterizada pela produção de autoanticorpos e deposição de imunocomplexos (IC), além de apresentar
manifestações multissistêmicas, com períodos de exacerbação e remissão. Estudos revelam que as
concentrações séricas de vitamina D estão associadas diretamente com a atividade da doença devido a
importância na regulação do sistema imune. OBJETIVOS: Conhecer acerca da relação do sistema
imunológico no LES com diminuição da concentração sérica de vitamina D e possível necessidade de
suplementação. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, por meio de uma análise na
base de dados do Google Acadêmico, selecionando artigos dos últimos 12 anos e utilizando os descritores:
Doenças autoimunes; Lúpus Eritematoso Sistêmico; Sistema imunológico; Vitamina D. Neste trabalho
foram usados 5 artigos. REVISÃO DE LITERATURA: Pacientes com LES apresentam múltiplos fatores
de risco de deficiência de vitamina D, como por exemplo a fotossensibilidade característica da doença e a
recomendação quanto ao uso de protetor solar, determinando a menor exposição ao sol, influenciando na
baixa produção cutânea de vitamina D. Além disso, há estudos que apontam que as medicações para
controle da doença, como corticosteroides e hidroxicloroquina, alteram o metabolismo da vitamina. Ainda,
baixos níveis séricos de vitamina D podem estar relacionados com outros fatores, como diminuição da
capacidade física, maior frequência de polimorfismos em genes, efeito colateral de medicamentos, além de
fatores nutricionais. Ademais, evidenciou-se que os efeitos da suplementação de vitamina D, no paciente
lúpico e outros pacientes com comorbidades autoimunes, melhorou os níveis dos marcadores inflamatórios,
fadiga e função endotelial, bem como diminuição da hematúria. CONCLUSÃO: Após estudos, conclui-se
que a vitamina D tem ação importante na regulação da resposta imune. Com isso, foi demonstrado que a
hipovitaminose D relaciona-se com a atividade da doença, sendo a suplementação um fator de melhora no
quadro clínico e na progressão da doença. Além disso, sugere-se, que a vitamina D e seus análogos não só
previnam o desenvolvimento de doenças autoimunes como também poderiam ser utilizados no seu
tratamento. Ademais, faz-se necessário estudos sobre os outros benefícios da suplementação de vitamina D
sobre o LES e outras doenças autoimunes, além de mesurar também os riscos dessa reposição no organismo.

Palavras-chave: Doenças autoimunes; Lúpus Eritematoso Sistêmico; Sistema imunológico; Vitamina D.


REFERÊNCIAS:
DA SILVA, Danielton Carneiro et al. Efeitos da suplementação da vitamina D para o Lupus Eritematoso
Sistêmico: uma revisão bibliográfica. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 9, p. 65530-65539, 2020.
FREITAS, Eduarda Correa. Avaliação da suplementação de vitamina D no desenvolvimento e evolução de
lúpus eritematoso sistêmico em modelo experimental. 2019.

797
MARQUES, Cláudia Diniz Lopes et al. A importância dos níveis de vitamina D nas doenças autoimunes.
Revista Brasileira de Reumatologia, v. 50, p. 67-80, 2010.
SOUSA, Joyce Ramalho et al. Efeito da suplementação com vitamina D em pacientes com lúpus
eritematoso sistêmico: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 57, p. 466-471,
2017.
TEIXEIRA, Thaisa de Mattos; COSTA, Célia Lopes da. Papel da vitamina D no lúpus eritematoso
sistêmico. Revista de Nutrição, v. 25, p. 531-538, 2012.

798
USO DE FIBRAS DIETÉTICAS NA EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
DE MULHERES COM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL

1
Bianca Vieira de Sousa
2
Islania Fablicia Felix dos Santos
3
Ana Clara de Sousa Santos
4
Karyne de Souza Marvila da Silva
5
Tainar dos Santos
1
Centro Universitário Barão de Mauá. Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil; 2Universidade Potiguar,
Caicó, Rio Grande do Norte, Brasil; 3Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), Recife, Pernambuco, Brasil; 4Instituto Health (ITH). Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; 5Centro Universitário de Tecnologia e
Ciências (UNIFTC). Jequié, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Nutrição

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor:
bianca_vs_rv@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é definido como uma intolerância à glicose
durante o período da gestação. As fibras são carboidratos não digeríveis que devem fazer parte de uma
dieta saudável para contribuir positivamente na saúde em geral. OBJETIVO: Contextualizar sobre o uso
de fibras dietéticas para melhoria do estado nutricional de mulheres com DMG. METODOLOGIA:
tratou-se de uma revisão integrativa de literatura, por meio de um levantamento de periódicos com
evidência científica na base de dados PubMed no mês de janeiro de 2023, utilizando os descritores:
“Diabetes gestacional”, “Nutrição” e “Fibras dietéticas”, sendo incluídos estudos do tipo ensaio clínico,
coorte, corte transversal e caso-controle publicados na íntegra em português ou inglês, entre 2018 e 2023.
Foram excluídos estudos com abordagem qualitativa ou mista, que não eram relatos de pesquisa e que
disponibilizaram apenas o resumo. A amostra final resultou em 5 estudos. RESULTADOS: A
intervenção com pó de fibra dietética complexa de alto teor teve um efeito significativo no controle
glicêmico, controle de peso e peso neonatal em pacientes com DMG, aumentando a saciedade materna
em 80% e melhorando as características e ocorrência das fezes dessas mulheres. Nesse mesmo sentido,
demais estudos constataram que uma dieta rica em fibras diminui a incidência de ruptura prematura da
membrana fetal e a hiperbilirrubinemia neonatal foi menor quando comparado ao grupo controle. Além
disso, reduziu a quantidade de partos prematuros e partos cesarianas. Em um ensaio clínico randomizado
com mulheres em estado de obesidade, a suplementação dietética de mirtilos e fibras solúveis
demonstrou diminuir o risco de DMG, devido à redução do ganho de peso na gestação, redução da
proteína C-reativa e menor índice de glicemia. CONCLUSÃO: A fibra dietética pode ser considerada
uma terapia adjuvante para o DMG, pois demonstrou uma evolução no metabolismo glicolipídico, além
de regular o trânsito gastrointestinal, controlar a digestão e equilibrar a flora intestinal. A inclusão de
fibras na dieta de mulheres com DMG é muito eficaz no controle e até mesmo redução dos parâmetros
comumente encontrados neste quadro. Dessa forma, cabe aos profissionais da saúde, principalmente o

799
Nutricionista, divulgar e informar à gestante, através da educação nutricional, os benefícios do consumo
de fibras para a saúde e, assim, diminuir desfechos maternos e neonatais decorrentes da DMG. No
entanto, são necessários mais estudos com tamanhos maiores de amostras, com a finalidade de validar
os efeitos de diferentes tipos de fibras e doses nos resultados.

Palavras-chave: Diabetes Gestacional, Nutrição, Fibras

Dietéticas.

REFERÊNCIAS:

BASU, Arpita et al. Dietary blueberry and soluble fiber supplementation reduces risk of
gestational diabetes in women with obesity in a randomized controlled trial. The Journal
of Nutrition, v. 151, n. 5, p. 1128-1138, 2021.

CUI, Mingxuan et al. Effect of Carbohydrate-Restricted Dietary Pattern on Insulin


Treatment
Rate, Lipid Metabolism and Nutritional Status in Pregnant Women with Gestational
Diabetes in
Beijing, China. Nutrients, v. 14, n. 2, p. 359, 2022.

DOLATKHAH, N.; HAJIFARAJI, M.; SHAKOURI, S. K. Nutrition Therapy in


Managing Pregnant Women with Gestational Diabetes Mellitus: A Literature Review. J
Family Reprod Health, p. 57–72, 2018.

SUN, Jihan et al. Effects of Additional Dietary Fiber Supplements on Pregnant Women
with Gestational Diabetes: A Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized
Controlled Studies. Nutrients, v. 14, n. 21, p. 4626, 2022.

ZHANG, Zhuangwei et al. Interventional effect of dietary fiber on blood glucose and
pregnancy outcomes in patients with gestational diabetes mellitus. Journal of Zhejiang
University. Medical sciences. vol. 50, n. 3, p. 305-312. 2021.

800
CONSULTA COMPARTILHADA: DIABETES GESTACIONAL NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE

Karolyne Lopes da Costa¹


Dinah Martins Gomes²
Thaynara Sampaio de Araújo³

1 Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Ceará, Brasil.


2 Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Ceará, Brasil.
3 Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Ceará, Brasil.

Eixo-temático: Enfermagem
Modalidade: Pôster
karoleny_13@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A diabetes mellitus gestacional (DMG) é definida como uma doença


metabólica, que se caracteriza por ocorrer somente no período gestacional com percurso
limitado, sendo previsto a regularização após o parto. A DMG pode ocorrer em qualquer
período da gestação, sendo facilmente detectado durante o pré-natal, uma vez que o
Ministério da Saúde (MS) preconiza pelo menos 6 consultas durante a gestação. A Política
Nacional de Humanização (PNH) traz como diretriz a clínica ampliada, que tem intuito de
combater a fragmentação da assistência à saúde e colocar o paciente como a pessoa
principal no processo de saúde através de recursos que desenvolva o fortalecimento do
diagnóstico, como a consulta compartilhada, que busca ampliar várias abordagens por
outros profissionais. OBJETIVOS: Relatar a experiência de compartilharconsulta entre a
profissional residente de enfermagem e nutrição em atendimento pré- natal em pacientes
com diagnóstico de diabetes mellitus gestacional. METODOLOGIA: Para abordar o tema
proposto, optou-se por realizar um relato de experiência de abordagem qualitativa,
utilizando técnicas bibliográficas para contextualizar com os aspectos vivenciados pela a
autora. O trabalho foi desenvolvido entre abril de 2022 a dezembro de 2022 em uma
Estratégia Saúde da Família, ESF no município de Icapuí, Ceará. O estudo não requer
aprovação do comitê de ética, por tratar-se de uma vivencia pessoal, entretanto, vale
salientar que o relato de experiência seguiu todos os preceitos éticos estabelecidos
conforme a resolução 466/2012. RESULTADOS: As diretrizes da Sociedade Brasileira
de Diabetes (SBD) de 2022, afirma que a hiperglicemia na gestaçãopode se das seguintes
formas: com diagnóstico de DM prévio a gestação, diabetes mellitus pré-gestacional,
diabetes mellitus diagnosticado na gestação e diabetes mellitus gestacional. A consulta
compartilhada é uma ferramenta de trabalho de tecnologia leve

801
que que privilegia a comunicação transversal entre as equipes. Trata-se de uma
modalidade de atendimento para o usuário com intervenção multidisciplinar, com trocas
de saberes, responsabilidades, experiências, entre os profissionais envolvidos com o
objetivo de proporcionar melhor atendimento e resolução. As usuárias receberam
orientações nutricionais durante as consultas de pré-natal, como: orientações sobre
alimentação, a prática da atividade física, sobre o uso racional de medicamentos e chás.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Estimular outros profissionais a vivenciar a consulta
compartilhada é uma estratégia cabível para atendimento integral na saúde, tal como,
defender a importância da equipe multiprofissional dentro da Estratégia Saúde da Família
(ESF). A prática da consulta compartilhada trouxe o fortalecimento do vínculo entre a
paciente e as profissionais, uma vez que se tratava de dois profissionais disponível para o
atendimento de uma paciente.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus Gestacional, Consulta Compartilhada, Atenção


Primária à Saúde.

REFERÊNCIAS:

TAVARES MGR, et al . Profile of Pregnant Women With Gestational Diabetes Mellitus at Increased Risk
for Large Gestacional Age Newborns. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetricia. 2019. Acesso em:
02/08/2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgo/a/gfksXCb3gb3KxxbzDqQNHWr/

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno
de Atenção Básica 32. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. 1° ed. Brasília – DF, 2012. Acesso em
02/08/2022. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS. Brasília, DF. 2013.
Acesso em 03/08/2022. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br//bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao_pnh_folheto.pdf
LUZ A.R. et al. Consulta compartilhada: uma perspectiva da clínica ampliada na visão da residência
multiprofissional. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, v. 7. Acesso em: 03/08/2022. Disponível em:
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5555872
SAGRILO, K. K. et al. Consulta compartilhada como estratégia para a atuação interprofissional na
atenção básica: relato de experiência. Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida. v. 4,
Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes. Suplemento, Anais do 13ª Congresso
Internacional da Rede UNIDA. Acesso em: 22/01/23. Disponível em:
http://conferencia2018.redeunida.org.br/ocs2/index.php/ERE/ESUL/paper/view/
5509

802
A INFLUÊNCIA DA ODONTOLOGIA HOSPITALAR EM UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA – REVISÃO DE LITERATURA
¹ Graziele de Araujo do Nascimento
² Francisca Mariane Martins Monte
³ Antonia Djully Farrapo de Aguiar
4 Antonia Elyse Farias Barroso
5 Millane Teles Portela de Oliveira
¹, ², 3, 4, 5 Centro Universitário de Teologia Aplicada (UNINTA). Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1º autor: grazielearj@outlook.com

INTRODUÇÃO: A unidade de terapia intensiva (UTI) é uma unidade hospitalar que monitora
continuamente os pacientes classificados como graves ou com sistemas orgânicos descompensados,
oferecendo suporte observacional, tratamento contínuo e intensivo por equipes treinadas. A ventilação
mecânica por intubação das vias aéreas, por vezes, é uma decisão importante para salvar a vida de pacientes
com insuficiência respiratória em UTI, porém bactérias de qualquer parte do corpo podem entrar facilmente
no tecido bronco pulmonar e desencadear infecção pulmonar durante a ventilação. A odontologia é
fundamental para examinar a presença de biofilme oral, presença de cárie, doença periodontal, lesões bucais
iniciadoras de infecções virais e fúngicas, lesões traumáticas e outras modificações bucais que ocasionem
risco ou desconforto para pacientes hospitalizados, pois pacientes internados com saúde bucal deficiente
apresentam maior risco de prognósticos desfavoráveis, devido ao aumento do risco de infecção respiratória.
OBJETIVO: Compreender a influência que a Odontologia hospitalar possui sobre o controle do
agravamento dos casos de pacientes em unidade de terapia intensiva. METODOLOGIA: Foi realizada
uma busca nas bases de dados Scielo e Pubmed, utilizando-se os descritores Hospital Care, Oral Health e
Intensive Care Units no período de 2017 a 2022. Foram excluídas revisões sistemáticas, relatos de caso e
artigos não relacionados ao tema, sendo encontrados 91 artigos e selecionados 04 após análise dos títulos e
resumos. RESULTADOS: A maioria dos pacientes internados em UTI requerem um suporte profissional
preparado e bem orientado para um adequado restabelecimento da saúde bucal, pois estudos demonstram
que a melhora na higiene oral pode efetivamente diminuir o número de bactérias orofaríngeas em pacientes
submetidos à ventilação mecânica. A necessidade de tratamento odontológico em pacientes de UTI exige
avaliação da condição bucal e acompanhamento por um cirurgião-dentista capaz de produzir condutas de
pesquisa clínica, técnica e científica para que métodos corretos sejam colocados em práticas em todos os
casos, buscando o tratamento adequado para cada paciente, principalmente na avaliação da saúde bucal
como um todo e sua relação com a condição sistêmica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a
influência da odontologia na equipe de Unidade de Terapia Intensiva permite a efetiva limpeza da cavidade
bucal, favorecendo a saúde oral e influencia diretamente sobre a condição de saúde geral de pacientes
internados.

Palavras-chave: Hospital Care¹, Oral Health², Intensive Care Units³


REFERÊNCIAS:
de Lacerda Vidal CF, Vidal AK, Monteiro JG Jr, Cavalcanti A, Henriques APC, Oliveira M, Godoy M,
Coutinho M, Sobral PD, Vilela CÂ, Gomes B, Leandro MA, Montarroyos U, Ximenes RA, Lacerda HR.
Impact of oral hygiene involving toothbrushing versus chlorhexidine in the prevention of ventilator-
associated pneumonia: a randomized study. BMC Infect Dis. 2017 Jan 31;17(1):112. doi: 10.1186/s12879-
017-2188-0. Erratum in: BMC Infect Dis. 2017 Feb 27;17 (1):173. PMID: 28143414; PMCID:
PMC5286780.
Shen Y, Dai L, Zhu Y, Lang Y. The Impact of Improved Oral Care Methods on the Oral Health of Patients
Undergoing Transoral Mechanical Ventilation. Comput Math Methods Med. 2022 Sep 16;2022:7596654.
doi: 10.1155/2022/7596654. PMID: 36158118; PMCID: PMC9507657.

803
Blum DFC, Silva JASD, Baeder FM, Della Bona Á. The practice of dentistry in intensive care units in
Brazil. Rev Bras Ter Intensiva. 2018 Jul-Sept;30(3):327-332. doi: 10.5935/0103-507X.20180044. Epub
2018 Sep 3. PMID: 30183977; PMCID: PMC6180464.
Giuliano KK, Penoyer D, Middleton A, Baker D. Original Research: Oral Care as Prevention for
Nonventilator Hospital-Acquired Pneumonia: A Four-Unit Cluster Randomized Study. Am J Nurs. 2021
Jun 1;121(6):24-33. doi: 10.1097/01.NAJ.0000753468.99321.93. PMID: 33993136.

804
EFEITOS DO USO DE CIGARROS ELETRÔNICOS NA POPULAÇÃO
ADULTA JOVEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
¹ Rebeca Ferreira Nery
² Wesley Romário Dias Martins
3
Brenda Fernanda Napoleão Fernandes
4
Maryana Gomes de Sousa
5
Myllena Sousa Ruiz
6
Therezza Inácia Martins Gomes Leite
7
Ayara Almeida Souza Cabral
8
Jadson Nilo Pereira Santos
¹ Faculdade São Francisco da Paraíba (FASP). Cajazeiras, Paraíba, Brasil;
² Centro Universitário-UNIFATECIE, Floriano,
Piauí, Brasil;
3
Universidade de Pernambuco (UPE) Campus, Petrolina,Pernambuco, Brasil;
4
Faculdade de Ciências Médicas do Pará (FACIMPA), Marabá, Pará, Brasil;
5
Universidade de Rio Verde, Goianésia, Goiás,
Brasil;
6
Uninovafapi, Teresina, Piauí, Brasil
7
Universidade Federal do Pará, Belém, Pará,
Brasil;
8
Universidade Federal de Sergipe. Aracaju,
Sergipe, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rebecafnery@outlook.com
INTRODUÇÃO: O uso de cigarros eletrônicos atrai cada vez mais novos usuários, abrindo portas para
complicações associadas ao seu uso. Mesmo com campanhas e alertas contra o tabagismo, o tabagismo
continua generalizado no Brasil. Os cigarros eletrônicos vêm em diferentes tamanhos, cores, formas e até
sabores. Sua composição contém ingredientes nocivos à saúde, sendo um deles a nicotina. O consumo de
dispositivos eletrônicos para fumar vem crescendo devido a sua versatilidade, principalmente entre jovens
e adultos. Mesmo que a mídia informe os usuários sobre os vários riscos que o vaping pode trazer para os
usuários, ela não pode impedi-los de usar esse item. Essa prática de inalar nicotina pode levar a alterações
no sistema cardiovascular, sistema respiratório, sistema reprodutivo, olhos, boca, parte inferior do corpo e
complicações na gravidez. OBJETIVO: Analisar na literatura os efeitos do uso de cigarro eletrônico e seu
impacto na população adulta jovem. METODOLOGIA: Trata- se de uma revisão integrativa baseada na
análise de dados eletrônicos na Biblioteca Virtual em saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online
(SciELO) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), através do cruzamento
dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Vapor de cigarro eletrônico"; “ Vaping’’; “Nicotina’’, com
o operador booleano AND. Critérios de inclusão: artigos em inglês, espanhol e português, disponíveis
gratuitamente, publicados nos últimos cinco anos. Foram excluídos os trabalhos duplicados nas bases de

805
dados selecionadas e que não contemplassem a temática do estudo. RESULTADOS: Esta revisão da
literatura revela dados sobre tabagismo, vários compostos usados em cigarros eletrônicos e seus
mecanismos de ação, efeitos funcionais e de abstinência da dependência de dispositivos eletrônicos e
implicações para usuários de dispositivos eletrônicos para fumar. Os cigarros tradicionais contêm uma
variedade de substâncias químicas, que são fatores de risco para muitas doenças graves, como doenças
cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas e tumorais. Os mesmos correm o risco de efeitos de longo
prazo e duradouros de expor seus cérebros em desenvolvimento à nicotina. Esses riscos incluem
dependência de nicotina, transtornos de humor e redução permanente do controle de impulsos podendo
causar doenças respiratórias, e aumentar a incidência de doença cardiovascular, como o infarto, e até mesmo
câncer. CONCLUSÃO: O estudo descobriu que o cigarro eletrônico pode ter vários efeitos no corpo, além
dos sintomas de dependência e abstinência como as principais implicações pelo uso na população adulto
jovem. Pensando nisso, é importante desenvolver campanhas, programas e ações para informar sobre os
malefícios do tabagismo com dispositivos eletrônicos, melhorando assim, a qualidade de vida dessa
população.
Palavras-chave: Vapor de cigarro eletrônico, Vaping, Nicotina.
Referências:
CARRIJO, V. S. et al. O Uso De Cigarro Eletrônico E Os Impactos Na Saúde Do Jovem Brasileiro. In:
Anais Colóquio Estadual de Pesquisa Multidisciplinar (ISSN-2527-2500) & Congresso Nacional de
Pesquisa Multidisciplinar. 2022.
DE, A. R. C. et al. Os Impactos negativos do uso do cigarro eletrônico na saúde. Diversitas Journal, v. 7,
n. 1, p. 0277-0289, 2022.
MORI, A. F. E. S.; OLIVEIRA, R. C. O IMPACTO DO USO DE CIGARROS ELETRÔNICOS EM
ADOLESCENTES. Coletânea de trabalhos acadêmicos do Grupo Estudantil de Ensino, Pesquisa e
Iniciação Científica (GEEPIC) do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), 2022.
TESCHIMA, A. C. E. et al. Danos pulmonares ocasionados pelo uso dos cigarros eletrônicos: uma revisão
de literatura. COORTE-Revista Científica do Hospital Santa Rosa, n. 14, 2022.

806
O USO DE LASERTERAPIA NA CONSULTA DE ENFERMAGEM A
PUÉRPERA: O TRATAMENTO DAS FISSURAS MAMÁRIAS

¹ Rebeca Ferreira Nery


2
Melina Even Silva da Costa
3
Roberta Maria de Jesus Lima Barbosa
4
Perla Soares de Oliveira
5
Tamiris dos Anjos Pereira
6
Aline Sena de Oliveira Martins Spinelli
7
Rogéria de Sousa Rodrigues
8
Jadson Nilo Pereira Santos

¹ Faculdade São Francisco da Paraíba (FASP),Cajazeiras,


Paraíba, Brasil;
2
Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato, Ceará.,
Brasil;
3
Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí , Brasil;
4
Faculdade da Amazônia (FAAM), Ananindeua, Pará,
Brasil;
5
Universidade do Estado da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil;
6
Centro Universitário IBMR, Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil;
7
Centro Universitário Metropolitano da Amazônia ,
Belém, Pará , Brasil;
8 Universidade Federal de Sergipe. Aracaju, Sergipe, Brasil

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rebecafnery@outlook.comz
INTRODUÇÃO: Fissura ou trauma mamilar é definido como ruptura do tecido epitelial que se estende
através do mamilo devido à manipulação inadequada durante a amamentação. Esses traumas são muito
incômodos e dolorosos, podendo interromper o processo de amamentação, levando a infecções mamárias.
Claramente, devido à deformidade do mamilo, a lesão pode ser exacerbada, impedindo a compreensão
completa do recém-nascido. No entanto, são situações que podem ser previstas e resolvidas, e exigem
paciência, determinação e, o mais importante, conhecimento sobre a fisiologia da lactação. OBJETIVO:
Analisar na literatura a assistência ofertada pela enfermagem com a aplicação da laserterapia em fissuras
mamárias diante da percepção da mulher. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da
literatura, com abordagem qualitativa, realizada em janeiro de 2023, por meio das bases de dados: Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online (MEDLINE), foram utilizados os descritores: “Cuidados de enfermagem”,
“Fototerapia” e “Aleitamento materno”, aplicado o operador booleano “AND”, encontrando dez artigos.
Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra, em texto completo, nos idiomas português,

807
inglês e espanhol, nos últimos cinco anos (2019-2023). Os critérios de exclusão foram: artigos que não
respondiam ao objetivo do estudo e os duplicados nas bases supramencionadas. Após os critérios de
elegibilidade, restaram seis artigos para esta revisão. RESULTADOS: Os profissionais mais capacitados
para exercer a promoção da saúde, prevenção de agravos e tratamento de feridas e lesões de pele são os
enfermeiros. De acordo com a Resolução Cofen nº 567/2018, a enfermagem, além do uso autônomo de
técnicas de fototerapia com LASER e Light Emitting Diode diodo emissor, visam acelerar a reparação
tecidual por meio de treinamento. Claramente, em termos de irradiação, o uso de lasers pode variar em
termos de modo de ativação, potência. Os efeitos fotobiológicos da radiação podem ser divididos em curto
e longo prazo. As orientações que a equipe de enfermagem dá às puérperas durante suas consultas têm
implicações importantes nas decisões sobre amamentação. O conhecimento teórico e prático sobre o tema
pode proporcionar à puérpera confiança e segurança para perceber a importância e os benefícios do
aleitamento materno exclusivo. A laserterapia, apesar de pouco citada na literatura, está em constante
aprimoramento e ganhando cada vez mais espaço na indústria da biotecnologia e pode ter uma grande
contribuição como modalidade para o tratamento de diversas patologias. O enfermeiro deve estar à frente
do processo de educação em saúde e desenvolver ações voltadas à orientação e prevenção da fissura mastite
que acomete a mulher no puerpério. CONCLUSÃO: Diante disso, conclui-se que a laserterapia aliada à
consulta de enfermagem proporciona resultados terapêuticos significativos tanto para a mãe quanto para o
bebê, aliviando a dor e cicatrizando as fissuras mamárias em poucas sessões, possibilitando às mães a
continuidade do aleitamento materno exclusivo e a divulgação da terapia utilizada para auxiliar outras
mulheres a amamentar.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem, Fototerapia, Aleitamento Materno.
Referências:
SILVA, Amanda Midori Nakaoto; PALUMBO, Isabel Cristina Bueno; ALMADA, Cristiane Barreto.
Conhecimentos da equipe de enfermagem sobre fototerapia no setor de alojamento conjunto de um Hospital
Escola da Zona Norte de SP. J Health Sci Inst, v. 37, n. 3, p. 213-17, 2019.
COELHO, Ana Carolina Rodrigues et al. EFICÁCIA DAS ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO PARA
CICATRIZAÇÃO DE FISSURA MAMILAR NO INGURGITAMENTO MAMÁRIO: REVISÃO
INTEGRATIVA. RECIMA21-Revista Científica Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, v. 3, n. 7, p.
e371661-e371661, 2022.
BATISTA, Vanda Farias; DOS SANTOS, Gilson Casagrande; MELLO, Manoela Aparecida Fumagalli
Coelh. A utilização do laserterapia de baixa potência em fissuras mamária. Revista Thêma et Scientia, v.
10, n. 1, p. 131-146, 2020.
ROCHA, Alessandra de Jesus Mota; DE LEMOS, Giovana Bergheme Franciscon; RIBEIRO, Rachel
Trinchão Schneiberg Kalid. Fototerapia Pós-Mastectomia: uma Revisão Sistemática. Revista Brasileira
de Cancerologia, v. 65, n. 1, 2019.

808
MASTECTOMIA PROFILÁTICA CONTRALATERAL NA REDUÇÃO DO
RISCO DE CÂNCER DE MAMA
¹Daniela Sampaio Faleiros Cauhi
²Clara De Oliveira Fernandes Couto
³Juliana Marinho Barbosa
⁴.Milene Vitória Sampaio Sobral
7Raquel Pereira Da Cruz Silva
⁶Rebecca Ferreira Nery
⁷Jadson Nilo Pereira Santos

1Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG). Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil;
2Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS). Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil;
3Universidade de Gurupi (UNIRG). Gurupi, Tocantins, Brasil; 4Universidade do Oeste Paulista
(UNOESTE). Presidente Prudente, São Paulo, Brasil; 5Faculdade Adventista da Bahia
(FADBA).Cachoeira, Bahia, Brasil. 6Faculdade São Francisco da Paraíba (FASP). Cajazeiras, Paraíba,
Brasil; 7Universidade Federal de Sergipe (UFS). Aracaju, Sergipe, Brasil.

Eixo temático: Ciências da saúde


Modalidade: Apresentação Oral
E-mail do 1º autor: cauhidaniela@gmail.com

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a neoplasia que mais acomete mulheres no mundo. No Brasil, em
2020, foi constatada uma incidência de 73.610 casos, o que corresponde a 30% de todos os tumores
malígnos que afetam o sexo femino. Estima-se que o risco médio de câncer de mama contralateral em
mulheres diagnosticadas com câncer de mama unilateral é de cerca de 0,4% ao ano, com incidência
cumulativa de 1,9% após 5 anos. Em alguns casos adota-se a mastectomia profilática contralateral
(MPC), que consiste na remoção da mama saudável para a prevenção do carcinoma. Porém, ainda é um
desafio médico determinar as indicações para este método preventivo considerando os possíveis
benefícios e os riscos envolvidos. OBJETIVO: Avaliar na literatura a eficácia da MPC na redução do
risco de câncer de mama contralateral. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura,
apresentando como questão norteadora: A mastectomia profilática contralateral reduz o risco de câncer
de mama? Foi realizado o levantamento do corpus literário nas seguintes bases de dados: Scielo e
PubMed, utilizando os seguintes descritores: Mastectomia profilática; Câncer de mama e Prevenção.
Foram realizadas associações usando o operador booleano and, aplicada da seguinte forma:
“Mastectomia profilática” and “Câncer de mama” and “Prevenção”. Para selecionar a amostra, adotaram-
se os seguintes critérios: incluídas publicações que estivessem disponibilizadas na íntegra, no idioma
português, espanhol e inglês, publicadas no período de 2019 a 2023, e excluídas as temáticas não
relevantes ao alcance do objetivo da revisão e repetição na mesma base ou em mais de uma base de
dados, contemplando 23 artigos. A busca pelos artigos foi realizada em janeiro de 2023. RESULTADOS:
Estudos demostraram que a MPC reduz o risco de câncer de mama contralateral e pode reduzir a
mortalidade a longo prazo em pacientes com mutação de Breast Cancer gene (BRCA) 1 ou BRCA2,
sobretudo foi observado quea maioria das mulheres desconhecem esses resultados genéticos no momento
do diagnóstico, logo isso pode interferir na decisão cirúrgica preventiva. Pode-se dizer que a MPC deve
ser reservada para pacientes considerados graves, onde os benefícios prevalecerão em relação aos riscos
cirúrgicos. Sendo observado que o risco de câncer de mama contralateral é maior para pacientes que
recebem o diagnóstico antes dos 50 anos, sendo esse considerado precoce e nesse perfil de pacientes foi
evidenciando uma melhora de 4,3% na sobrevida após MPC. CONCLUSÃO: As evidências demonstram
redução da incidência de câncer de mamaapós a MPC. Contudo, ainda se faz necessário o diálogo e o
estreitamento da relação médico-paciente, a fim de proporcionar ao paciente um maior esclarecimento

809
acerca dos riscos e benefícios da MPC, bem como alinhar as expectativas do mesmo, em relação às
probabilidades de cura. Por fim, ainda é importante o desenvolvimento de novos estudos aprimorados e
que confirmem a real eficácia do procedimento, para que novos indivíduos se beneficiem da MPC.

Palavras-Chave: Mastectomia profilática; Câncer de mama; Prevenção.

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer- INCA. Sistema de Informação:


Mortalidade por Câncer. Brasil, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-
br/assuntos/cancer/numeros. Acesso em: 27 jan. 2023.

BREWSTER, ABENAA M., et al. “Better Contralateral Breast Cancer Risk Estimation and Alternative
Optionsto Contralateral Prophylactic Mastectomy.” International Journal of Women’s Health, Feb.
2015, p. 181, 10.2147/ijwh.s52380. Accessed 1 Apr. 2020.

EUHUS, DAVID M., and JENNIFER DIAZ. “Breast Cancer Prevention.” The Breast Journal, vol. 21,
no. 1, 20 Nov. 2014, pp. 76–81, 10.1111/tbj.12352. Accessed 28 Oct. 2022.

METCALF, K A., et al. “.” Annals of Surgical Oncology, 24 Mar. 2021, 10.1245/s10434-021-09855-
6. Accessed 25 Mar. 2021.

SCHEEPENS, JOSIEN C.C., et al. “Contralateral Prophylactic Mastectomy: A Narrative Review of the
Evidence and Acceptability.” The Breast Journal, vol. 56, Apr. 2021, pp. 61–69,
10.1016/j.breast.2021.02.003.Accessed 24 Mar. 2021

810
COMPLICAÇÕES DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO NA
GRAVIDEZ: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
¹ Rebeca Ferreira Nery
² Amanda Letícia de Sousa Magalhães
3
Therezza Inácia Martins Gomes Leite
4
Jucilene Luz Neves
5
Melina Even Silva da Costa
6
Tamiris dos Anjos Pereira
7
Maryana Gomes de Sousa
8
Jadson Nilo Pereira Santos
¹ Faculdade São Francisco da Paraíba. Cajazeiras, Paraíba, Brasil.
2
Universidade Estadual do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil.
3
Uninovafapi, Teresina, Piauí, Brasil.
4
Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), Belém, Pará, Brasil.
5
Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato, Ceará., Brasil.
6
Universidade do Estado da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil.
7
Faculdade de Ciências Médicas do Pará (FACIMPA), Marabá, Pará, Brasil.
8
Universidade Federal de Sergipe. Aracaju, SE, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rebecafnery@outlook.com
INTRODUÇÃO: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica que afeta
múltiplos órgãos, principalmente pele e articulações, afetando predominantemente mulheres jovens em
idade reprodutiva. A etiologia do LES é desconhecida, entretanto, alguns estudos relatam que o
desenvolvimento da doença está ligado à predisposição genética e aos fatores ambientais, e embora possa
ocorrer em qualquer idade, é mais frequente entre pacientes de 20 a 45 anos, com maior incidência próximo
aos 30 anos. OBJETIVO: Analisar na literatura as complicações que podem ocorrer durante o período
gestacional das pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. METODOLOGIA: Trata- se de uma revisão
integrativa baseada na análise de dados eletrônicos na Biblioteca Virtual em saúde (BVS), Scientific
Electronic Library Online (SciELO) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
(MEDLINE). Foi aplicado os seguintes descritores indexados no DeCS: Lúpus Eritematoso Sistêmico;
Complicações na gravidez e Nefrite Lúpica. Foram realizadas associações usando o operador booleano and,
aplicada da seguinte forma: “Lúpus Eritematoso Sistêmico” and “Complicações na gravidez” and “Nefrite
Lúpica”. Para selecionar a amostra, adotaram-se os seguintes critérios: incluídas publicações que
estivessem disponibilizadas na íntegra, no idioma português, espanhol e inglês, publicadas no período de
2018 a 2022, e excluídas as temáticas não relevantes ao alcance do objetivo da revisão e repetição na mesma
base ou em mais de uma base de dados, contemplando 13 artigos. A busca pelos artigos foi realizada em
janeiro de 2023. RESULTADOS: O LES é uma doença que pode levar a complicações em gestantes e
fetos. Assim como o LES pode ser prejudicial, também pode ser exacerbado por recaídas devido aos efeitos
dos hormônios da gravidez. A mesma se apresenta em mulheres grávidas com uma série de sinais e sintomas
que alteram a atividade física da mulher. No tratamento existem medicamentos que podem aliviar os
diversos sinais e sintomas causados pela doença, pois é uma doença incurável que só pode ser controlada e
prevenida no início da gravidez e pós-gravidez. A principal complicação na gestante com LES é a nefrite
Lúpica (NL) e que pode aparecer nos primeiros momentos da gravidez, após o parto ou após um aborto

811
espontâneo. Essa complicação torna-se mais difícil quando relacionada durante a gravidez, dois riscos
diferentes podem ocorrer: a gravidez pode atrapalhar a função renal, pois a doença progride rapidamente,
tornando-a mais grave e pode acontecer complicações como um aborto, parto prematuro, retardo do
crescimento intrauterino e outras complicações maternas e fetais como a pré-eclâmpsia e aumento da
atividade lúpica. CONCLUSÃO: Conclui-se que a gravidez pode apresentar um impacto negativo sobre o
LES, este pode causar complicações na gravidez, como abortos e prematuridade. A nefrite lúpica é uma
condição que pode estar presente em gestação de paciente com LES. Tal condição clínica precisa ser
devidamente tratada devido ao aumento do risco de complicações, como os abortos
Palavras-chave: Lúpus Eritematoso Sistêmico; Complicações na gravidez; Nefrite Lúpica.
Referências:
BJÖRKANDER S, BREMME K, PERSSON JO, VAN VOLLENHOVEN RF. Pregnancy-associated
inflammatory markers are elevated in pregnant women with systemic lupus erythematosus. Cytokine.
2018;59(2):392-9.
FERREIRA M, SALGUEIRO AB, ESTRADA J, RAMOS J. Lupus Erithematosus. Acta Med Port.
2018;21(2):199-204.Portuguese.
MOREIRA C, PINHEIRO GR, MARQUES NETO JF, editores. Reumatologia Essencial. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2019.
WARREN JB, SILVER RM. Autoimmune disease in pregnancy: systemic lupus hematospermos and
antiphospholipid syndrome. Obstet Gynecol Clin N Am. 2020;31(2):345-72.

812
O CUIDADO HUMANIZADO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA

¹Letícia Soares de Lacerda


²Jadson Nilo Pereira Santos
³Simone de Souza Macêdo
³ Valber da Silva Maniçoba
³Anna Letícia Araújo de Amorim

¹ UNIFACID. Teresina, Piauí, Brasil; ² Universidade Federal de Sergipe. Aracaju, SE, Brasil;³ Faculdade
do Juazeiro da Bahia, Brasil
Eixo temático: Temas livres em ciências
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: leticia_soaresdelacerda@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O cuidado existe na vida de uma pessoa como meio de sobrevivência e proteção, que
suprime a condição humana essencial para sua existência e as Unidades de Terapias Intensiva (UTI),
desempenham um papel essencial na sobrevida de pacientes críticos e o seu cuidado como um todo, a
percepção da UTI é acompanhada por sentimentos como medo, ansiedade e incertezas. No Brasil existem
vários problemas nas instituições de saúde, o que dificulta a efetividade das diretrizes do Sistema Único de
Saúde (SUS) que são a universalidade, integralidade e equidade. A Humanização tem como eixo norteador
as práticas voltadas para atenção a saúde, no ambiente da UTI e essa política engloba o acolhimento ao
usuário, escuta ativa a população e aos colaboradores, garantia da continuidade da assistência, definição de
protocolos clínicos específicos, acabar com intervenções consideradas desnecessárias, atendimento
multiprofissional a família, respeito as diferenças e necessidades do indivíduo. OBJETIVO: Analisar a
importância da humanização no cuidado ao paciente em UTI. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
integrativa, realizado o levantamento do corpus literário nas seguintes bases de dados: LILACS e SciELO,
utilizando os seguintes descritores: Cuidado Humanizado, UTI e Paciente crítico. Foram realizadas
associações usando o operador booleano and, aplicada da seguinte forma: “Cuidado Humanizado” and
“UTI” and “Paciente crítico”. Para selecionar a amostra, adotaram-se os seguintes critérios: incluídas
publicações que estivessem disponibilizadas na íntegra, no idioma português, publicadas no período de
2017 a 2021, e excluídas as temáticas não relevantes ao alcance do objetivo da revisão e repetição na mesma
base ou em mais de uma base de dados, contemplando 14 artigos. Coleta realizada no segundo semestre de
2022. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a humanização da assistência contribui
significativamente para a melhora dos pacientes na terapia intensiva. Entretanto, as dificuldades de
implementação devem ser superadas, principalmente em questões relacionadas aos pacientes e seus
familiares, equipes assistenciais e instituições de saúde. Para humanizar o tratamento, é necessário avaliar
o paciente em seus aspectos biopsicossociais e espirituais, entendendo que no caso da terapia intensiva, a
internação acarreta a interrupção do ciclo do indivíduo e consequentemente consequências psicológicas,
por isso é necessário. considerar orientações humanizadas que apresentem práticas de tratamento que
amenizem a internação do paciente e de seu familiar. stress discutiu o tema humanização do tratamento, é
necessário criar uma boa comunicação entre os membros da equipe, pois a unidade de terapia intensiva é
um ambiente estressante para profissionais, porque há pacientes em estado difícil, ao qual muitas vezes não
se opõem, por isso é importante informar os profissionais sobre as técnicas utilizadas e com um
procedimento que traz consigo a qualidade e perfeição do tratamento. educação continuada sobre esses
tópicos. CONCLUSÃO: Conclui-se que é evidente que existem algumas dificuldades enfrentadas na
implementação dessa prática, onde a falta de comunicação e o ambiente desfavorável se tornam as principais
dificuldades. Sendo importante ressaltar a importância da elaboração de futuros trabalhos sobre

813
a implementação da humanização nas UTI, focado nos cuidados ao paciente e aos profissionais, com o
objetivo de potencializar esse processo, proporcionando uma melhor assistência à saúde do paciente e da
equipe.

Palavras-chave: Cuidado Humanizado, UTI, Paciente Crítico.


Referências:
BOLELA, F.; JERICÓ, M. DE C. Unidades de terapia intensiva: considerações da literatura acerca das
dificuldades e estratégias para sua humanização. Escola Anna Nery, v. 10, n. Esc. Anna Nery, 2006 10(2),
ago. 2006.

CAMPONOGARA, S., TANISE, S., MARGOT A.O cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva:
uma revisão bibliográfica. Revista de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. 2017.

EVANGELISTA, V. C. et al.Equipe multiprofissional de terapia intensiva: humanização e fragmentação


do processo de trabalho. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 69, n. Rev. Bras. Enferm., 2016 69(6),
nov. 2016

TERNUS, B.F; WOLLMANN, I. Implementação da política de humanização nas Unidades de Terapia


Intensiva: uma revisão integrativa. Rev. SBPH, São Paulo , v. 24, n. 2, p. 76-88, dez. 2021

814
O ENFERMEIRO NA CONSULTA DE PUERICULTURA: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA

¹Joice Brito Moreira


¹Felipe Gonçalves Rocha Santana
¹Michelle Kristine Bispo dos Santos
²Simone de Fátima Lima Bispo dos Santos

1Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Jequié, Bahia, Brasil; 2 Universidade do


Estado da Bahia (UNEB). Alagoinhas, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: joicebritomoreira19@gmail.com
INTRODUÇÃO: A puericultura trata-se de uma subárea da pediatria que visa prevenir, promover e
diagnosticar precocemente agravos relacionados à saúde infantil. Diante disso, o enfermeiro tem um
importante papel na consulta de puericultura, pois este possui atribuições cruciais, tais como: realização de
exame físico na criança, observação de fatores que podem prejudicar o desenvolvimento e crescimento
infantil, acompanhamento dos ausentes nas consultas, juntamente com os Agentes Comunitários de Saúde
(ACS), além de contribuir verificando o peso e estatura das crianças, preenchendo os gráficos de peso
presentes no cartão vacinal das mesmas e administrando as vacinas de acordo com o calendário vacinal.
Além disso, o enfermeiro contribui ensinando a importância do Aleitamento Materno Exclusivo durante os
primeiros seis meses de vida e orientando como introduzir a alimentação complementar se necessário,
esclarecendo possíveis questionamentos dos pais ou cuidadores que vão às consultas. OBJETIVO:
Apresentar a importância do enfermeiro na consulta de puericultura. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão de literatura integrativa, apropriando-se do Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) para o
levantamento dos dados bibliográficos através da utilização dos Descritores em Ciências da Saúde:
enfermeiro, consulta, puericultura, cuidado infantil, interconectados pelo operadores booleanos AND e OR,
gerando uma estratégia de busca que permitiu a obtenção de 15 artigos, dos quais restaram apenas 5 após
a aplicação dos critérios de inclusão (publicações entre 2012 e 2022), artigos completos no idioma
português e espanhol, pertencentes a base de dados (MEDLINE, LILACS e BDENF) e os de exclusão
(publicações anteriores ao ano de 2012 e que não atendiam ao objetivo do estudo). RESULTADOS: De
acordo com a literatura científica, geralmente são realizadas sete consultas de puericultura no primeiro ano
de vida, duas consultas dos 1 aos 2 anos de idade e uma consulta anual dos 3 aos 6 anos. Dessa forma, a
fim de que o enfermeiro desenvolva o seu papel com qualidade, é preciso que o mesmo tenha uma
especialização na área de saúde da criança e atue baseado em evidências científicas. Além disso, para que
o enfermeiro possa desenvolver uma consulta de forma segura, objetivando identificar agravos no
desenvolvimento da criança, é necessário que os pais estejam de acordo com o calendário de consultas e
para isso é preciso considerar o contexto das necessidades do núcleo familiar, como também a possibilidade
de existir vulnerabilidades sociais no ambiente em que a criança convive. Então, para promover um diálogo
entre o profissional e a família com o intuito de aumentar o vínculo, as ações educativas são necessárias,
visto que são instrumentos de orientação e estimulação, que promovem a participação ativa dos familiares
nos cuidados da criança. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebe-se, portanto, que o
enfermeiro possui um papel importante na consulta de puericultura, pois pode atuar aconselhando a família
para uma melhor assistência à criança no seu período de desenvolvimento. No entanto, para que possa
desenvolver sua consulta de maneira coerente, é necessário uma qualificação na área pediátrica.
Palavras-chave: Enfermeiro, Consulta, Puericultura, Cuidado Infantil.
REFERÊNCIAS:

815
BENÍCIO, A. de L. et al. Cuidado à criança menor de um ano: perspectiva da atuação do enfermeiro na
puericultura / Care to the child less than one year old: nursing practice perspective about child care /
Cuidado de niños con menos de un año: perspectiva de la práctica del enfermero acerca del cuidado de
niños. Rev. enferm. UFPE on line. v, 10, n. 2, p. 576-584, 2016.
COSTA, L. et al. Significado da consulta de enfermagem em puericultura: percepção de enfermeiras da
estratégia saúde da família. Ciência, Cuidado e Saúde. v. 11, n. 4, p. 792-798, 2012.
GAÍVA, M. A. M. et al. Avaliação do crescimento e desenvolvimento infantil na consulta de enfermagem.
Av.enferm. Bogotá, v. 36, n. 1, p. 9-21, 2018.
SANTOS, N. I. M. et al. Vivências de enfermeiros na consulta de puericultura: percepção sobre os sinais
de risco/atraso para o desenvolvimento infantil. Revista Uruguaya de Enfermería. n. 16, v.1, p. 1-14,
2020.
SIEGA, C. K. et al.Vivências e significados da Consulta do Enfermeiro em puericultura: análise à luz de
Wanda Horta. Rev. Enferm. UFSM. Santa Maria, n. 10, v.56, p.1-21, 2020.

816
DETECÇÃO DAS SÍNDROMES PSICOSSOMÁTICAS: UMA REVISÃO DA
LITERATURA.

1
Lívia Filomena Castelo Branco Machado
3
Mirella Vidal Félix de Andrade
4
Gustavo Magalhães Valente
4
Vitória Castelo Branco Bezerra Silva
1
Natatscha Allende Costa de Souza Pereira
1
Larissa Aimee Calland Leite Silva
5
Letícia Soares de Lacerda
2
Ana Klara Rodrigues
Alves

¹ Centro Universitário Uninovafapi;² Universidade Estadual do Piauí (UESPI).; ³ Instituto de Educação


Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP); 4 Universidade Federal do Piauí (UFPI); 5Centro Universitário
UNIFACID .

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde

Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: liviafilomenacbm@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O distúrbio psicossomático é uma condição na qual o estresse psicológico afeta


adversamente o funcionamento fisiológico (somático) a ponto de causar sofrimento. É uma condição de
disfunção ou dano estrutural em órgãos físicos através da ativação inapropriada do sistema nervoso
involuntário e da resposta bioquímica. Muitas vezes há dificuldade em diferenciar entre doença
psicossomática, somatopsíquica, multissistêmica e diferentes graus de incerteza médica. Doenças
incomuns, complexas e multissistêmicas são comumente diagnosticadas erroneamente.

OBJETIVO: Analisar na literatura quais são as síndromes psicossomáticas. METODOLOGIA: Trata-


se de uma revisão integrativa da literatura, que conforme Galvão (2012), é uma construção de uma análise
ampla da literatura com passos pré-definidos, realizado via Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na base
de dados Pubmed, encontraram-se 1.097 artigos, através do cruzamento simultâneo dos descritores
“Psychosomatic illnesses” e “Stress” utilizando o operador booleano “AND”. Quanto aos critérios de
inclusão, introduziram-se artigos escritos na língua portuguesa e inglesa publicados entre 2018 a 2022 e
que respondesse ao seguinte questionamento:Como identificar as síndromes psicossomáticas?.
Dispensaram-se artigos que se distanciavam da temática central. Introduziram-se 10 artigos para redação
desta revisão, após aplicados os critérios de inclusão e exclusão. RESULTADOS: Acredita-se que alguns
sintomas físicos em doenças crônicas graves tenham um componente psicológico relacionado ao estresse
e à ansiedade da vida diária. Foi proposto que a relação entre dor muscular, cefaléia do tipo tensional ou
pressão alta pode estar relacionada a ansiedades crônicas na vida cotidiana. Assim, o sintoma
psicossomático se desenvolve como uma conexão fisiológica de um estado emocional. Num estado de
raiva ou medo, por exemplo, é provável que a pressão arterial da pessoa estressada suba e seu pulso e
frequência respiratória aumentem. Quando o medo passa, os processos fisiológicos intensificados
geralmente diminuem. A diferenciação adequada requer uma compreensão da conexão mente/corpo, que
inclui conhecimento de medicina geral, psiquiatria e dos sistemas que ligam o corpo e

817
o cérebro. Um diagnóstico psiquiátrico não pode ser dado apenas com base na ausência de achados
físicos, laboratoriais ou patológicos. Sintomas sem explicação médica, transtorno somatoforme e neurose
compensatória são termos desatualizados e/ou imprecisos. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A pesquisa psicossomática avançou nas últimas décadas ao lidar com fenômenos biopsicossociais
complexos e pode fornecer novas modalidades eficazes de atendimento ao paciente. Existe certa carência
de estudos em psicossomática nas mais diversas doenças, especialmente de caráter interdisciplinar, o que
nos remete à demanda de novas pesquisas sobre a temática. Cabe, portanto, aos profissionais de saúde a
adesão a uma concepção de humano mais integral, um conhecimento aprofundado e uma prática
efetivamente interdisciplinar em torno do sujeito que sofre. Dessa forma, torna-se necessário a
capacitação dos profissionais para melhor compreender os distúrbios psicossomáticos.

Palavras-chave: Doenças psicossomáticas, Manejo clínico, Doença

multissistêmica.

REFERÊNCIAS:

BRANSFIELD, R.C.; FRIEDMAN, K.J. Differentiating Psychosomatic, Somatopsychic, Multisystem


Illnesses, and Medical Uncertainty. Healthcare (Basel)., v.4, n.7, 2019.

FAVA, G.A.; COSCI, F.; SONINO, N. Current Psychosomatic Practice. Psychother Psychosom., v.86,
n.1, p.13-30, 2017.

SATSANGI, A.K.; BRUGNOLI, M.P. Anxiety and psychosomatic symptoms in palliative care: from
neuro-psychobiological response to stress, to symptoms' management with clinical hypnosis and meditative
states. Ann Palliat Med., v.7, n.1, p.75-111, 2018.

818
INFECÇÃO URINÁRIA NA GESTAÇÃO: UMA REVISÃO DA LITERATURA

¹Rebeca Ferreira Nery


²Bárbara Letícia da Silva Santos
³Rawena Cabral da Silva
4
Jaciara Pereira de Moura
5
Kézia Lima Carvalho
6
Fernanda Brasil de Andrade Vieira
7
Tauana Reinstein de Figueiredo
8
Aline Oliveira Fernandes de Lima

1Faculdade São Francisco da Paraíba. Cajazeiras, Paraíba, Brasil; 2Centro universitário Maurício de
Nassau. Aracaju, Sergipe, Brasil; 3Faculdade do Centro Maranhense. Barra do
Corda, Maranhão, Brasil; 4 Centro Universitário Santo Agostinho. Teresina,
Piauí, Brasil; 5Faculdade das Ciências Agrarias e da Saúde. Lauro de Freitas,
Bahia, Brasil; 6Uninassau. Siqueira Campos, Aracaju, Brasil; 7Hospital Escola
da Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil; 8
Faculdade Venda Nova do Imigrante. Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: rebecafnery@outlook.com

INTRODUÇÃO: A infecção do trato urinário (ITU) é caracterizada pela invasão e multiplicação de


microorganismos patogênicos no aparelho urinário, acometendo os rins e as vias urinárias. Esta patologia
acomete as idades e sexos, porém, atinge principalmente o sexo feminino, uma vez que a uretra feminina é
mais curta que a masculina, favorecendo a proliferação de bactérias neste sítio anatômico. OBJETIVO:
Analisar na literatura as manifestações clínicas apresentadas por gestantes com infecção urinária.
METODOLOGIA: Revisão integrativa de literatura, realizada no mês de janeiro de 2023, nas bases
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis
and Retrieval System Online (MEDLINE), disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Utilizaram-
se os descritores: “Infecções Urinárias”; “Gravidez” e “Sinais e sintomas”, em cruzamento com o operador
booleano AND. Como critérios de inclusão: artigos que abordassem a temática, nos idiomas inglês,
espanhol e português, disponíveis gratuitamente, em texto completo, publicados nos últimos cinco anos. E
como critérios de exclusão: trabalhos duplicados nas bases de dados selecionadas e que não contemplassem
a temática do estudo. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, foram selecionados cinco trabalhos para
compor a revisão. RESULTADOS: A infecção urinária durante o período gestacional é um problema muito
frequente devido às alterações fisiológicas que acomete a mulher na gravidez. Estes problemas afetam a
qualidade de vida da mulher, além de aumentar o risco de morbidade materna e fetal. Por isso deve-se
solicitar exames de rotina de urina e urocultura durante a gravidez, mesmo em mulheres assintomáticas. A
ITU se manifesta de três maneiras: Bacteriúria assintomática, que durante a gravidez está associada à
morbidade materna, sendo então indicado tratá-la; Infecção do trato urinário baixa (cistite) que os sintomas
mais conhecidos são: disúria, polaciúria e dor suprapúbica; e Infecção do trato urinário alta (pielonefrite)
nestes casos, a gestante apresenta, além de disúria, polaciúria e dor suprapúbica, dor lombar e febre.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Perante o exposto, a infecção do trato urinário é um problema frequente na
gestação e continua sendo causa de importantes complicações maternas e perinatais. A bacteriúria
assintomática acomete uma grande parte das gestantes e evoluem para uma pielonefrite quando não tratadas
corretamente. Diante disso, torna-se necessário o rastreamento de bacteriúria assintomática e tratamento
adequado visando detectar precocemente os agravos que poderão intervir durante a gestação.

819
Palavras-chave: Sinais e sintomas, Infecções urinárias, Gravidez.

REFERÊNCIAS:

OLIVEIRA, Jessica Carlos da Silva de. et al. Infecção urinária em gestantes e a ação dos antimicrobianos:
uma revisão de literatura. Mostra Interdisciplinar do curso de Enfermagem, 2019.

RHODE, Sabrina et al. Prevalência de infecção urinária em gestantes atendidas por unidade básica de saúde
em Jaraguá do Sul, SC-Brasil. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 1, p. 7035-7047, 2021.

SAFIRA, H. E. I. N.; BORTOLI, Cleunir de Fátima Candido de; MASSAFERA, Gisele Iopp. Fatores
relacionados à infecção de trato urinário na gestação: revisão integrativa. Journal of Nursing and Health,
v. 6, n. 1, p. 83-91, 2016.

SALCEDO, Mila de Moura Behar P. et al. Infecção urinária na gestação.RBM rev. bras. med, 2010.

SILVA, Raimuda de Abreu; SOUSA, Thainara Araújo de; VITORINO, Keila de Assis. Infecção Do Trato
Urinário Na Gestação: Diagnóstico E Tratamento. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio
Ambiente, v. 10, n. 1, p. 71-80, 2019.

820
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Ingrid Brandão Coqueiro


²Geoeselita Borges Teixeira
1Universidade de Rio Verde (UNIRV). Goiânia, Goiás, Brasil; 2Universidade Salgado de Oliveira
(UNIVERSO), Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: ingrid_brandao@live.com

INTRODUÇÃO: A candidíase vulvovaginal é uma doença infecciosa não transmissível que acomete cerca
de 75% das mulheres em alguma fase da vida e, geralmente, causa bastante desconforto. É frequentemente
associada à baixa imunidade, ao estresse da rotina e ao uso de hormônios e medicamentos. Fatores como a
má alimentação e doenças crônicas como a diabetes, também podem contribuir com a recidiva
caracterizando-a como persistente ou complicada. OBJETIVOS: Compreender as principais causas da
candidíase, bem como seus meios de diagnóstico e tratamentos disponíveis. METODOLOGIA: Foi
realizada uma revisão de literatura nas bases de dados: SCIELO e PUBMED. Os descritores utilizados
foram: “Candidíase vulvovaginal”, “Candida albicans", “Micoses”, encontrando assim 5 artigos incluídos
no SCIELO e 4 incluídos no PUBMED, totalizando 9 artigos selecionados. Com filtragem de artigos em
português, espanhol e inglês do período de 2017 a 2021 e critérios de seleção artigos que abordavam a
candidíase vulvovaginal, sendo excluídos estudos duplicados e os que não condizem com a temática.
RESULTADOS: A candidíase vulvovaginal é uma doença infecciosa geralmente causada pelo fungo
Candida albicans que constitui a flora vaginal a qual, quando desregulada, favorece a multiplicação dessa
cepa que acomete boa parte das mulheres hígidas com ciclos menstruais regulares e que fazem uso de
anticoncepcional. A utilização de roupas apertadas, pouco ventiladas e variações emocionais também são
fatores que fomentam a enfermidade. A qualidade de vida das pacientes acometidas é ruim, tendo em vista
que os principais sintomas são leucorreia branca grumosa, hiperemia, prurido intenso, ardor e fissuras
vaginais. Nesse viés, o fungo se aproveita da imunosupressão, assim, doenças como diabetes mellitus e
hipertensão favorecem o desenvolvimento da doença. O diagnóstico é clínico, mas pode ser realizado o
Papanicolau ou citologia. O tratamento é realizado através de antifúngicos como nitrato de fenticonazol e
tinidazol, clotrimazol ou nistatina, por exemplo, associados ou não ao tratamento oral com fluconazol ou
itraconazol, o qual geralmente é administrado em casos mais resistentes, também conhecida como
candidíase complicada. Além disso, é imprescindível que o paciente elabore um plano de manejo comum
com seu médico, a fim de reduzir as recidivas, quer seja com a adesão a terapias ocupacionais, a fim de
reduzir fatores de risco como o estresse emocional, quer seja com técnicas mais recentes, como a
manipulação de LED azul no tratamento da Candida de repetição. CONCLUSÃO: Considerando o
impacto na qualidade de vida das pacientes com candidíase, é imprescindível a realização de congressos
internacionais para elaboração de um protocolo de tratamento definitivo com ênfase na manutenção de
antifúngicos orais pós-tratamento, além da discussão de uma possível vacina antifúngica. Nesse sentido, é
fundamental que os médicos ginecologistas mantenham-se atualizados sobre as abordagens mais recentes
com maiores índices de êxito, bem como apresentem todas as estratégias possíveis para cada caso, de modo

821
a elaborar um plano de manejo com o paciente, distribuindo responsabilidades no tratamento, a fim de
alcançar o melhor resultado.

Palavras-chave: Candidíase, Candida albicans, Micoses.


REFERÊNCIAS:
MIRANDA, A. E; SANTANA, L. B; TRAVASSOS, A. G; JÚNIOR, J. E; CARVALHO, N. S. Protocolo
Brasileiro para infecções sexualmente transmissíveis 2020: infecções que causam corrimento vaginal.
Revista do SUS, 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ress/a/X9WkLLZRBbcW3mFwbRYBHXD/?lang=pt#. Acesso em: 12 de janeiro
de 2023.
SANCHES, J. M; GIRALDO, P. C; BARDIN, M. G; AMARAL, R; DISCACCIATI, M. G; ROSSATO,
L. Aspectos laboratoriais da vaginose citolítica e candidíase vulvovaginal como uma chave para o
diagnóstico preciso: Um estudo piloto. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2020. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/rbgo/a/w8gFJ4KGpYXgcDpxhSd8tTG/?lang=en. Acesso em: 12 de janeiro de
2023.
BARDIN, M. G et al. Hábitos de higiene genital e atividade sexual entre mulheres com vaginose bacteriana
e/ou candidíase vulvovaginal. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2022. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbgo/a/PZxhXrjGtJJRTbY8jDKwhGL/?lang=en. Acesso em: 14 de janeiro de
2023.
PEREIRA, R. et al. Biofilm of Candida albicans: formation, regulation and resistance. Journal of Applied
Microbiology, 2021. Disponível em: https://ami-journals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jam.14949.
Acesso em: 14 de janeiro de 2023.

822
ABORDAGEM DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A CARIOGÊNESE E
ALIMENTAÇÃO EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO

¹Everson Costa dos Santos Moura


2
Rafael Nery Braz
1,3
Christina Cotrim

1
Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, Bahia, Brasil; 2Centro Universitário do Rio
São Francisco (UNIRIOS). Paulo Afonso, Bahia, Brasil; 3Universidade Estadual de Feira de
Santana (UEFS). Feira de Santana, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Nutrição e Odontologia Pediátrica


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: eversoncosta23@gmail.com


INTRODUÇÃO: A dieta cariogênica reflete padrões alimentares deletérios da saúde bucal infantil,
interferindo, também, no estado nutricional e crescimento de biofilme da cárie dentária, que compromete a
trituração adequada de alimentos diminuindo o percentil de peso e altura. Os alimentos ultraprocessados,
ricos em carboidratos fermentáveis ou pegajosos mastigados excessivamente incitam debilidade
imunológica e inflamação multifatorial da cárie, aturando inclusive um quadro fisiológico desnutritivo. Essa
pesquisa é importante, pois pode adicionar informações à prevenção da Cárie Precoce Infantil (CPI), um
problema de saúde pública. OBJETIVO: Examinar a relação entre alimentação incorreta e o
desenvolvimento de CPI. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa com
abordagem qualitativa. Estabeleceram-se os descritores: "Cariogenic diet", "Nutrition", "Oral health",
"Whole foods"; cruzados através do operador booleano AND. Foram utilizados os sistemas Pubmed e
Google Acadêmico para seleção dos estudos, considerando o recorte temporal de 2017 até 2022. Adotaram-
se os seguintes critérios de inclusão: estudos direcionados ao tema, que estivessem disponíveis
gratuitamente e completamente nos idiomas português, inglês ou espanhol, por outro lado, foram excluídos
aqueles estudos que tangenciam o tema, e por fim, foram utilizados cinco artigos. RESULTADOS:
Atualmente, a alimentação das crianças são dominadas por produtos hipercalóricos ou ultraprocessados,
que além de serem majoritariamente pobres em valor nutricional, prejudicam à saúde bucal, pois são ricos
em açúcar refinado, por exemplo, colaborando para uma introdução alimentar pouco saudável
principalmente em grupos socioeconomicamente vulneráveis. As refeições que desvalorizam alimentos
naturais trazem consequências como lentidão de reabilitação do pH salival típico, erupção dentária
problemática e cárie; isso ganha complicações com negligências higiênicas. A dieta assume uma
funcionalidade importante no desenvolvimento infantil e é um dos principais fatores etiológicos no
surgimento da CPI, considerando que os pais introduzem alimentos inadequados precocemente,
substituindo o leite materno. Esse tipo de dieta se relaciona a alimentos industrializados caracterizados pela
concentração de açúcares livres. Assim, a formação de biofilme cariogênico indica desmineralização da
vitalidade dental, interferindo na mastigação e inflamação bucal. Consoante a Organização Mundial da
Saúde, ultrapassam de 510 milhões as crianças mundialmente atingidas pela cárie, sendo indesejadamente
a doença mais comum. Vale destacar, ainda, que estado nutricional e homeostase bucal são
complementares, porque padrão alimentar obesogênico, carboidratos viscosos, comida mal triturada e
escovação inadequada incentivam o metabolismo bacteriológico e desfavorecem o da criança, a qual, diante
disso, é suscetível a desarranjos imunológicos. A prática de amamentação noturna não seguida de
higienização, a ingestão frequente de lanches açucarados contribuem para aumento da CPI. Essa realidade
demarca a necessidade de as crianças acessarem hortaliças e grãos integrais para suprirem as necessidades
de macro e micronutrientes que a fisiologia e saúde bucal exigem. CONCLUSÃO: Então, infere-se que

823
muita ingestão de carboidrato fermentável incentiva crescimento cariogênico, danificando a saúde oral. A
ausência de alimentos saudáveis, como frutas e leguminosas naturais, sugere desregulação do estado
nutricional, favorecendo a obesidade, além de provocar distúrbios metabólicos, abarcando a colonização da
cárie e fraca imunidade. Portanto, é reconhecido que parâmetros alimentares obesogênicos e cariogênese
dentária são problemáticas da saúde pública que precisam ser amenizadas com educação alimentar e
higiênica.

Palavras-chave: Alimentação, Dieta Cariogênica, Nutrientes, Saúde Bucal.

REFERÊNCIAS:

CIANETTI, S. et al. Dental caries, parents educational level, family income and dental service attendance
among children in Italy. Eur J Paediatr Dent, v. 18, n. 1, p. 15-8, 2017.
CAYO-ROJAS, César Félix; GERÓNIMO-NIETO, Esthefany Cindy; ALIAGA-MARIÑAS, Ana Sixtina.
Cambios del pH salival por ingesta cariogénica y no cariogénica en preescolares de Huaura, Perú. Revista
Cubana de Estomatología, v. 58, n. 4, 2021.

RIZZARDI, Karina Ferreira et al. Early Childhood Caries, Obesity and anthropometric measurements: Is
There a Relationship?-An Observational Study. Frontiers in Nutrition, p. 1773, 2022.

SARTORI, Luiz Antonio. RELAÇÃO ENTRE ALIMENTAÇÃO DEFICIENTE E SAÚDE BUCAL EM


CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Revista da AcBO-ISSN 2316-7262, v. 11, n. 1, 2021.

WHO (2022). Global oral health status report: towards universal health coverage for oral health by 2030.
World Health Organization, Ed. 2022. Geneva, Switzerland, 2022.

824
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE LUPUS ERITEMATOSO
SITÊMICO: REVISÃO INTEGRATIVA

¹ Vitória Araújo de Sousa Macêdo,2Francisco Barbosa,3Midian Pereira dos Santos,4Jadson Nilo Pereira
Santos
1
universidade Federal do Piauí,² Universidade Federal do Piauí,3Universidade Federal do
Piauí,4Universidade Federal de Sergipe

Eixo temático: Assistência de Enfermagem


Modalidade: Apresentação em Pôster
E-mail do 1° autor: Vitoriaaraujo1034567@gmail.com
INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, de causa
desconhecida e de natureza autoimune, sistêmica, que se caracteriza por acometer múltiplos órgãos e
apresentar alterações da resposta imunológica, caracterizada pela presença de auto anticorpos dirigidos
contra a proteínas do próprio organismo. O desenvolvimento da doença está ligado à predisposição genética
e aos fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos e uma doença pouco frequente, que
acomete principalmente mulheres jovens, embora possa ocorrer em qualquer idade, e mais frequente em os
20 a 45 anos, com maior incidência próximo aos 30 anos. OBJETIVO: Avaliar a assistência de
enfermagem ao paciente com LES. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa norteada
primeiramente pela seguinte questão: Qual a assistência de enfermagem ao paciente com Lúpus
Eritematoso? Foi realizado o levantamento do corpus literário nas seguintes bases de dados: LILACS e
SciELO, utilizando os seguintes descritores: Lúpus Eritematoso, Cuidados de enfermagem, Papel do
profissional de enfermagem. Foram realizadas associações usando o operador booleano and, aplicada da
seguinte forma: “Lúpus Eritematoso” and “Assistência de enfermagem” and “Papel do profissional de
enfermagem”. Para selecionar a amostra, adotaram-se os seguintes critérios: incluídas publicações que
estivessem disponibilizadas na íntegra, no idioma português e inglês, publicadas no período de 2018 a 2022,
e excluídas as temáticas não relevantes ao alcance do objetivo da revisão e repetição na mesma base ou em
mais de uma base de dados, contemplando 13 artigos. RESULTADOS: Entre os principais cuidados de
enfermagem ofertados para o paciente com lúpus eritematoso estar: promover ambiente calmo para sono e
repouso; controlar rigorosamente o balanço hídrico; verificar peso diariamente em jejum; avaliar estado
geral e nutricional; manter níveis pressóricos adequados; avaliar acessos venosos e cuidados com a pele em
geral. Ressaltando que o autocuidado ao paciente portador de LES é um ponto fundamental na assistência,
promovendo uma independência ao indivíduo no momento de lidar com as alterações relacionadas ao
distúrbio, ao regime terapêutico, as reações adversas medicamentosas e segurança a nível domiciliar.
CONCLUSÃO: A Enfermagem tem um papel importante nos cuidados a pacientes acometidos com a
doença, principalmente através dos seguintes cuidados: monitoramento dos sinais vitais, aplicação de
medicamentos, promoção da segurança do paciente, procedimentos básicos e prevenção de lesões por
pressão, baseando em cuidados com evidencia cientifica.
Palavras-chave: Lúpus Eritematoso, Assistência de Enfermagem, Papel do profissional de
enfermagem.
REFERÊNCIAS:
ALVES, V. L. P. et. al. Significado do Adoecer para pacientes com Lúpus Eritematoso Sistémico: uma
revisão a literatura. Revista Brasileira de Reumatologia.2020. 55 (6) 522-527p.
CARNEIRO, Sueli Coelho da Silva; et al. Doenças Autoimunes de interesse Dermatológico.
Dermatologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, cap. 32, p. 517-526
ROBAZZI MLCC, CARVALHO EC, MENDES MMR, VEIGA EV. Diagnósticos de enfermagem:
atribuição feita por graduandos de enfermagem a pacientes internados com alterações neurológicas. Rev
Latino-am Enfermagem 2021.p.32-48.
IYER PW, TAPTICH BJ, BERNOCHI-LOSEY D. Processo e Diagnóstico em Enfermagem. Porto Alegre
(RS): Artes Médicas; 2021.

825
IMPORTÂNCIA DA ODONTOLOGIA EM ESCOLAS DE ENSINO
FUNDAMENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

1
Yasmin Ribeiro Alves de Abreu
1
Karla Sany Barros Alcântara
1
Ana Shislane Araújo
1
Glauciane Mendes Elias
1
Antonio Ermesson Pires Morais
1
Yago Cavalcante Andrade de Almeida
1
Valdeida Gabriela Braga Moreira
1
Ana Virgínia Parente Guimarães Oliveira

1 Centro Universitário INTA- UNINTA. Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Apresentação pôster

E-mail do 1º autor: yasmin14771@gmail.com

INTRODUÇÃO: As patologias orais simbolizam um problema significativo para a saúde pública,


especialmente entre os mais jovens como crianças e adolescentes. Em torno de 60-90% das crianças em
idade correspondente ao ensino fundamenal em todo o mundo sofrem de cárie em dentes permamentes
e decíduos. Além disso, a maioria das crianças e adolescentes apresentou sinais e sintomas de gengivite,
logo como consequência disso cerca de 2% dos jovens foram acometidos por periodontite agressiva, o
que pode levar à perda prematura dos dentes. Por esses motivos é necessario promover educação e saúde
nas escolas, já que, as duas estão interligadas e são essesenciais na vida do ser humano, pois não há vida
saudável sem educação. Dessa forma, desenvolver ações de promoção e prevenção à saúde bucal durante
a infância e adolescência propicia o desenvolvimento de hábitos saudáveis que perduram a vida inteira.
OBJETIVO: Expor as experiências vivenciadas durante a ação coletiva realizada na Escola Paulo Aragão
de ensino fundamental localizada no bairro Cohab II, Sobral-CE. METODOLOGIA: Durante 2 dias
foram realizadas ações coletiva que fazem parte do programa saúde na escola (PSE), assim possibilitando
a avaliação clinica das condições de saúde bucal dos escolares, observando o índice de CPOD, e o nível
de conhecimeno que estudantes do ensino fundamental possuem diante do cuidado oral. Nas visitas à
escola foram ofertadas palestras lúdicas para todas as turmas do 6º ao 9º ano, focadas no público jovem,
sobre instruções de higiene bucal sempre destacando a relevância dos hábitos de cuidade voltados a
cavidade oral. Além disso, ao final das palestras eram abertos momentos para exclarecimento de dúvidas
seguidos de demonstrações das técnicas de escovações junto ao uso de fio-dental. Ao concluir a etapa de
formação teórica dos estudantes distribuiu-se kits de higiene oral, enviados pela secretaria de saúde da
prefeitura de sobral-ce, cada um contendo escova, creme dental, fio-dental e enxaguante bucal em
seguida, já utilizando os kits, houve a escovação supervisionada com aplicação de flúor visando prevenir
o surgimento de cáries e proporcionando melhor fixação das informações repassadas. RESULTADOS:
As ações coletivas realizadas foram acolhidas de forma positiva e despertaram maior interesse dos
escolares diante da necessidade de um maior cuidado a saúde bucal. Contudo, é nítido que ainda existe
necessidade de deselvonver com mais frequência atividades nas escolas que destaquem cada vez mais a
relevância do zelo voltado a cavidade oral. CONCLUSÃO: As ações didáticas e educativas em saúde
bucal necessitam de uma íntima ligação com escolares, pois é a partir dessa interação que será possível
adquirir hábitos saudáveis, incluindo uma melhora no aspecto clínico desses indivíduos. O cirurgião
dentista deve exercer um papel de educador tendo a capacidade de informar e ensinar as estudantes

826
quanto a relevância dos cuidados direcionados a cavidade oral.

Palavras-chave: Ensino, Saúde, Odontologia.

REFERÊNCIAS:

CARNEIRO,V. R.; QUEIROZ, A. M. Educar para uma vida saudável: a inclusão da saúde bucal como
forma de prevenção à cárie dentária em uma creche municipal do rio grande do Norte. Brazilian Journal
Of Development., v. 6, n. 10, p. 74286-74296, 2020.

CARTERI, M. T.; DALLAGNOL, L. B.; EMMANUELLI, B.; COSTA.; A. A. I.; TUCHTENHAGEN,


S. Fatores associados à experiência de cárie e qualidade de vida relacionada à saúde bucal em escolares.
Rev da Faculdade de Odontologia – Upf ., v. 24, n. 2, p. 242- 249, 2019.

REIS, A. A.; MALTA, D. C.; FURTADO, L. A. Desafios para as políticas públicas voltadas à
adolescência e juventude a partir da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Ciência & Saúde Coletiva.,
v. 23, n. 9, p. 2879-2890, 2018.

827
O VÍRUS CHIKUNGUNYA COMO POTENCIAL FATOR ETIOLÓGICO DA
ARTRITE REUMATOIDE

¹Bhrisa Avlis Ferraz

¹Ana Beatriz Galindo de Oliveira Ovelar

¹Satie Andretta Vigiato Kosin Gamarra

²Evilanna Lima Arruda

¹Universidade de Rio Verde (UNIRV). Rio Verde, Goiás, Brasil; ²Universidade de Rio Verde (UNIRV).
Goianésia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Clínica Médica

Modalidade: Apresentação Oral

E-mail do 1º autor: Bhrisa.avlisferraz@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Chikungunya é uma doença febril, de distribuição viral e associada a dor intensa. O
vírus da Chikungunya (CHIKV) é um alfavírus da família Togaviridae, transmitido por artrópode do gênero
Aedes. Essa doença tem como característica a capacidade de contribuir para o desenvolvimento de
problemas articulares, como a Artrite Reumatoide. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é abordar o vírus
Chikungunya como um fator etiológico desencadeante da Artrite Reumatoide. METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão bibliográfica, em que foram selecionados 5 artigos dos últimos 7 anos na base de dados
SciELO e Google Acadêmico. Foram utilizados artigos em português e inglês neste trabalho, usando os
descritores: “Artralgia” AND “Artrite Reumatoide” AND “Chikungunya”. RESULTADOS: A
Chikungunya é uma doença viral de distribuição tropical com quadro clínico geralmente associado a febre
aguda, dor severa e manifestações reumatológicas, prejudicando principalmente as extremidades, como os
tornozelos e pulsos. Ela é transmitida principalmente através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti
e Aedes albopictus e é caracterizada por uma fase aguda e outra crônica. Na fase aguda, os indivíduos
apresentam sintomas inespecíficos e são de curta duração. No entanto, a fase crônica é marcada pela
presença de dor articular persistente que se prolonga por semanas a anos, comprometendo, assim, a
qualidade de vida do doente. Dentre as manifestações crônicas é possível citar a Artrite Reumatoide, uma
doença inflamatória sistêmica representada pela deformação de articulações a partir da destruição óssea e
cartilaginosa. A relação da artrite crônica após contaminação pelo CHIKV é decorrente do transporte do
vírus dos macrófagos infectados, derivados dos monócitos, até órgãos-alvo, incluindo músculos e
articulações. Além disso, os pacientes podem ter uma atrite inflamatória destrutiva que imita a artrite

828
reumatoide e distúrbios associados, causando morbidade e incapacidade. O vírus está relacionado com a
potencialização ou exacerbação da artrite em pacientes suscetíveis. CONCLUSÃO: Portanto, é notório que
a febre Chikungunya pode estar relacionada a quadros de Artrite Reumatoide, implicando em sequelaspara
a vida daqueles acometidos. Dessa forma, é importante reunir informações de manifestações reumáticas
pós-infecção com o CHIKV, com o intuito de propor melhores métodos terapêuticos que visem minimizar
os prejuízos, uma vez que os pacientes são submetidos a dores intermitentes e incapacitantes.

Palavras-chave: Artralgia, Artrite Reumatoide, Chikungunya.

REFERÊNCIAS:

AMARAL, J. Kennedy et al. Pathogenesis of chronic chikungunya arthritis: Resemblances and links with
rheumatoid arthritis. Travel Medicine and Infectious Disease, p. 102534, 2022.

CASTRO, Anita Perpetua Carvalho Rocha de; LIMA, Rafaela Araújo; NASCIMENTO, Jedson dos Santos.
Chikungunya: a visão do clínico de dor. Revista dor, v. 17, p. 299-302, 2016.

KOHLER, Liza Ingride Acha et al. Perfil epidemiológico dos pacientes com evolução subaguda e crônica
de infecção por Chikungunya. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, v. 16, n. 1, p. 13-17,
2018.

SENA, Renan; BARROS, Bruno. IDOSOS E CHIKUNGUNYA: CONTRIBUIÇÕES PARA UM


ESTUDO DE CASO EM UMA COZINHA DOMÉSTICA.

SILVA, Rebeca Xavier Linhares; DE LIMA, Ronielenton Sales; WANDENKOLK, Nathalia Amorim.
ARTRITE REUMATOIDE: UM LEGADO DO VÍRUS CHIKUNGUNYA.

829
DOENÇA PERIODONTAL EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL
CRÔNICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

1
Yasmin Ribeiro Alves de Abreu
1
Glauciane Mendes Elias
1
Ana Shislane Araújo
1
Yago Cavalcante Andrade de Almeida
1
Valdeida Gabriela Braga Moreira
1
Antonio Ermesson Pires Morais
1
Wilton Luiz Sampaio da Silva
1
Ana Virgínia Parente Guimarães Oliveira

1 Centro Universitário INTA- UNINTA. Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do 1º autor: yasmin14771@gmail.com

INTRODUÇÃO: A doença renal crôncia (DRC) é determinada por alterações metabólicas e perda
progressiva irreversílvel da capacidade que o rim tem de exercer a filtração glomerular, sendo
considerada um dos motivos que mais causam mortes no mundo, dessa forma, é imprecindível a adesão
de indivíduo a uma terapia de substituição renal (TRS) que possibilite filtrar o sangue artificialmente por
hemodiálise (HD) e transplante renal (TR). É importante salientar que essa doença e suas formas de
tratamento interferem na saúde bucal do paciente, assim manifestando a doença periodontal (DP) com
maior prevalência e gravidade agravando ainda mais a saúde sistêmica do paciente. A DP é uma
inflamação crônica causada pelo contato de bactérias anaeróbicas patogônicas no biofilme da placa
dentária e a interação imuno-inflamatória do indivíduo sendo caracterizada por danificar severamente as
estruturas de suporte relacionadas aos dentes, assim como ocasionar uma reabsorção óssea alveolar.
Devido à fragilidade, inflamação contínua e deficiente resposta imunológica os pacientes em HD são
mais suscetíveis a infecções orais, pois existe uma relação bidirecional entre DRC e DP levando em
consideração que uma prejudica a outra, desse modo manifestando um sistema de mediadores
inflamatórios que pioram a desordem metabólica já existente no paciente. Dessa forma a DP está
correlacionada ao decaimento de função renal e tem sido apresentada como um potencial fator de
prognóstico no contexto de disfunção sistema renal. OBJETIVO: Avaliar na literatura a doença
periodontal manifestada em pacientes com doença renal crônica baseado em evidências.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada por meio das bases de dados BVS,
Scielo e PubMed. Foram reunidas publicação entre os anos de 2018 a 2022, sendo selecionados 15
artigos, após a leitura, utilizou – se 5 artigos para a realização do trabalho. RESULTADOS: A higiene
oral do paciente declina de acordo com sua piora no estágio da doença renal crônica, fazendo com que
o estado periodontal se agrave ainda mais elevando os níveis de morbidade e mortalidade. Foi observado
que o diagnóstico da doença renal crônica ocorre tardiamente quando os pacientes já se encontram em
estágio avançado, já que há ausências de sinais e sintomas nítidos durante sua progressão, assim

830
impossibilitando uma intervenção médica com antecedência. CONCLUSÃO: É primordial uma intima
ligação entre cirurgiões dentistas, médicos nefrologisrtas e toda equipe de enfermeiros e técnicos de
enfermagem que compõe o setor de hemodiálise a fim de preservar a saúde oral e sistêmica dos pacientes.
Foi visto que a doença periodontal surgiu nos pacientes não só devido a presença da doença renal crônica
mas também como consequência de uma má higiene e orientação oral, já que é possivel evitar ou
amenizar esse quadro clinico se o paciente mantiver um adequado cuidado direcionado a cavidade bucal.

Palavras-chave: Odontologia, Insuficiência renal, Periodontia.

REFERÊNCIAS:

ANDRADE, N. S.; GALLOTTINI, M. Knowledge and attitudes of brazilian dentistry towards the dental
treatment of chronic kidney disease patients. Journal of Oral Diagnosis, v. 5, n. 1, p. 2-5, 2020.

NOCCIOLI, E. B.; CAVALCANTI, P. P.; SOUZA, V. P. A. Atendimento odontológico em pacientes com


doença renal crônica e suas manifestações bucais. Diálogos em Saúde, v. 4, n. 2, p. 46-56, 2021.

SOARES, F. A. L.; NASCIMENTO, J. L. Q.; OLIVEIRA, E. S.; OLIVEIRA, D. W. D.; SANTOS, C. R.


R.; GLÓRIA, J. C. R.; GONÇALVEZ, P. F.; FLECHA, O. D. Intercorrências cirúrgicas em exodontias de
pacientes submetidos à hemodiálise: Série de casos. Revista de Estomatologia y Salud, v. 27, n. 2, p. 10-
25, 2019.

HASSAN, A.; BURKE, M.; SHAHEEN, F. The integrated care pathway of nephrology and dental teams
to manage complex renal and postkidney transplant patients in dentistry: A holistic approach. Saudi
Journal of Kidney Diseases and Transplantation, v. 29, n.4, p. 766-774, 2018.

ABOU-BAKR, A.; HUSSEIN, R. R.; KHALIL, E.; AHMED, E . A frequência de periodontite na doença
renal terminal em hemodiálise em uma amostra da população egípcia: estudo clínico transversal
multicêntrico. BMC Saúde Bucal, v. 22, n. 1, p. 1-11, 2022.

831
A CONSULTA DE ENFERMAGEM À SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
1
Neuma Cunha Medeiros

1
Karoline de Cassia Cipriano de Sousa

2
Jadson Nilo Pereira Santos

1
Universidade Regional do Cariri (URCA). Iguatu, Ceará, Brasil.

2
Universidade Federal de Sergipe (UFS). Aracaju, Sergipe, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: Neuma.medeiros@urca.br

INTRODUÇÃO: No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras
décadas do século XX, sendo limitada, nesse período, às demandas relativas à gravidez e ao parto. A política
de atenção integral à saúde da mulher representou uma grande mudança de paradigma, desenvolvendo-se
por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em
equipe, onde a mulher passou a ser considerada em sua singularidade, complexidade e inserção
sociocultural. Dessa forma, a enfermagem assume um papel fundamental no cuidado à saúde da mulher,
em que os cuidados vão além da assistência biológica à mulher, mas também articulá-la com os aspectos
sociais e psicológicos, de modo a garantir que a assistência prestada seja interdisciplinar, inovadora,
transformadora e completa. OBJETIVOS: Analisar as fragilidades da consulta de enfermagem às mulheres
na atenção primária a partir da vivência de acadêmicas de enfermagem durante o estágio acadêmico.
METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo, realizado por acadêmicos
enfermagem na cidade do Ceará, a partir das experiências vivenciadas no estágio de atenção primária e
baseado em evidências cientificas. Apresentando como questão norteadora: Quais a fragilidades da consulta
de enfermagem às mulheres na atenção primária? Foi realizado o levantamento do corpus literário nas
seguintes bases de dados: LILACS e SciELO, utilizando os seguintes descritores: Saúde da Mulher,
Assistência de enfermagem, atenção primária. Foram realizadas associações usando o operador booleano
and, aplicada da seguinte forma: “saúde da mulher” and “assistência de enfermagem” and “atenção
primária”. Para selecionar a amostra, adotaram-se os seguintes critérios: incluídas publicações que
estivessem disponibilizadas na íntegra, no idioma português, incluindo temáticas relevantes ao alcance do
objetivo da revisão. Estudo realizado no último trimestre de 2022. RESULTADOS: Os resultados aqui
apresentados evidenciam que o trabalho do enfermeiro na atenção primária é multidimensional,
entrelaçando práticas de cuidado e gerenciamento, e apontam para o reduzido percentual de participação
com relação à atividade de agendamento das usuárias. Sendo que durante o estágio houve poucas consultas
ginecológicas de enfermagem, sendo elas para aplicação de anticoncepcional injetável e renovação de

832
receitas, sendo observado um grande número de ausência nas consultas ginecológicas, esse fato foi
atribuído, por algumas usuárias, à demora na entrega dos resultados e a incompatibilidade de horários, pois
muitas mulheres referiram não poder ir à unidade devido ao trabalho. Além disso, constatou-se que a
resistência em procurar os serviços de saúde se dá também pela não compreensão do processo saúde doença,
uma vez que a busca por assistência ocorre majoritariamente quando há alguma patologia já instalada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, nota se que a unidade básica de saúde apesar de ter uma boa
estrutura e profissionais capacitados, possui uma baixa demanda de usuárias, o que compromete a
assistência de enfermagem, contudo, o enfermeiro como profissional fundamental na abordagem ao usuário
e na formação de vínculo, torna-se necessário na elaboração de estratégias de busca ativa e de estímulo às
mulheres para o autocuidado, esclarecendo dúvidas e derrubando os tabus.

PALAVRAS-CHAVE: Saúde da mulher; Assistência de enfermagem; Atenção Primária.

REFERÊNCIAS:

PEDROSA, Michele. Atenção integral à saúde da mulher: desafios para implementação na prática
assistencial. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, v. 1, n. 3, p. 72-80, 2005.

GARCIA, Olga Regina Zigelli; LISBOA, Laura Cristina da Silva. Consulta de enfermagem em
sexualidade: um instrumento para assistência de enfermagem à saúde da mulher, em nível de atenção
primária. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 21, p. 708-716, 2012.

REIS, Cássia Barbosa; ANDRADE, Sônia Maria Oliveira de. Representações sociais das enfermeiras sobre
a integralidade na assistência à saúde da mulher na rede básica. Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, p. 61-
70, 2008.

833
AVALIANDO A PRESENÇA DO FARMACÊUTICO EM UMA EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

¹Priscila Santana de Almeida;


²Luana Lara Rodrigues Caetano.

1 Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, Rio de


Janeiro, Brasil; 2 Secretaria Municipal de Saúde, Rio de Janeiro, Brasil;

Eixo temático: Relato de Experiência


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: priscila_almeidarj@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Em um ambiente desafiador de uma equipe da AB, visando à abordagem integral da saúde
do paciente atendido no SUS, especialmente no contexto pós Covid19 e impactado por políticas públicas
de saúde controversas como a PNAB 2017. A residência multiprofissional, orientada pelos princípios e
diretrizes do SUS e o avanço da legislação do CFF, reforçando áreas de atuação e reafirmando a alta
contribuição do profissional no cuidado e promoção à saúde dos usuários nas clínicas da família, o foco é
fortalecer o SUS e a qualidade no atendimento. OBJETIVO(S); Descrever e avaliar a contribuição,
qualidade e perspectiva da farmacêutica em uma equipe multiprofissional. METODOLOGIA: A equipe
multiprofissional foi alocada em março de 2022 em uma equipe, de uma clínica da família na zona norte do
Rio de Janeiro. Após 8 meses de trabalho, foi feito um questionário de caráter exploratório aplicado à equipe
multiprofissional, à médica, à enfermeira e às agentes comunitárias de saúde da equipe Esperança para
compreender a percepção e contribuição da equipe sobre o trabalho da profissional e pensar em estratégias
de melhorar a inserção e contribuição da profissional na equipe. O questionário continha 12 perguntas e
aplicado durante o período de uma semana. RESULTADOS E DISCUSSÕES: 10 profissionaisresponderam
e algumas questões devem ser levantadas como: a maior parte concordou que conseguiu fazera troca de
experiências, considera adequada a forma de comunicação com a equipe e usuários e que já fez uso de
algum conhecimento adquirido com a mesma durante as reuniões e processos de trabalho.
Apesar disso, quando é mais especificado para os casos atendidos e possíveis processos de atuação
multiprofissional: saúde da mulher, vigilância em saúde e participação em grupos foram apontados como
pontos negativos ou com pouca resolubilidade. É unânime que consideram importante a farmacêutica,
porém não é possível encontrar argumentos para qualificar. Existe uma dificuldade de acolher sugestões
para educação permanente/continuada, diálogo com a médica, bem como algumas ACS. Não foi possível
criar grupos que abordem temas propostos e as ideia de vigilância não tiveram adesão. Apesar disso, algum
trabalho ainda consegue ser desenvolvido com a equipe multiprofissional durante as reuniões, visitas
domiciliares e interconsultas especialmente de saúde mental. No que diz respeito ao trabalho em conjunto
com a equipe NASF e núcleo farmacêutico foram onde mais se encontrou barreiras. O matriciamento do
NASF sem um profissional da área presente durante as reuniões torna difícil a articulação. O PTS ainda é
um problema no processo de trabalho das equipes, bem como o hábito de registrar as atividades
desenvolvidas. Por fim no núcleo não existe abertura para proposições ou diálogo impossibilitando
qualquer forma de pensar estratégias e melhorar o serviço. Outro ponto que fica afetado é conciliar as
demandas do núcleo com as da equipe que são completamente distintas, impossibilitando ter uma semana
padrão. CONCLUSÕES: A residência apresenta muitos desafios além dos estruturais. Parece trazer muitos
pontos de reflexão, principalmente sinalizando a necessidade de uma união de esforços dos diferentes atores
para um trabalho com mais efetividade e resolubilidade para o usuário.

834
Palavras-chave: Residência Multiprofissional, Sistema Único de Saúde, Estratégia em Saúde da Família.

REFERÊNCIAS

BROCARDO, D.; ANDRADE C.L.T.; FASUSTO, M.C.R.; LIMA, S.M.L. Núcleo de Apoio à Saúde da
Família (Nasf): panorama nacional a partir de dados do PMAQ. Saúde em Debate, v. 42, p. 130-144, 2018.

CASANOVA, I.A.; BATISTA, N.A.; MORENO, L.R. A Educação Interprofissional e a prática


compartilhada em programas de residência multiprofissional. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v.
22, p. 1325-1337, 2018.

FAUSTO, M.C.R.; FONSECA, H.M.S. Rotas da atenção básica no Brasil: experiências do trabalho de
campo PMAQ AB. In: Rotas da atenção básica no Brasil: experiências do trabalho

835
ALTERAÇÕES DECORRENTES DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E
MÉTODOS UTILIZADOS NA PREVENÇÃO DE QUEDAS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

¹Luiz Eduardo Martins Borella

¹Raquel

Odorcik

¹Caroline Helena Lazzarotto de Lima

1Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), - Campus de Frederico
Westphalen

Eixo temático: Fisioterapia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: luiz.martinsborella@gmail.com

Resumo: O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica acerca das principais
alterações decorrentes do processo de envelhecimento e a eficácia dos métodos utilizados na prevenção de
quedas, através de uma perspectiva fisioterapêutica. O custo financeiro, a demanda por hospitalização,
institucionalização e a influência na qualidade de vida da população idosa que a propensão a quedas causa
são os principais motivos que resultaram na realização desta pesquisa, desenvolvida através das plataformas
Pubmed, SciELO, Google Acadêmico e também pelo IBGE. Na análise dos artigos ficaram evidentes
aspectos como o aumento da população idosa, o destaque da prática de exercício físico como método mais
eficaz na prevenção das quedas e a participação do fisioterapeuta neste cenário.

Palavras chaves: Envelhecimento. Quedas. Idosos.

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento traz consigo uma série de alterações estruturais, que afetam o sistema
muscular, o equilíbrio e a audição. Dentre as alterações mais comuns da senescência, destaca-se a
diminuição da força muscular, decorrente do processo de sarcopenia. Este processo não ocorre de
forma repentina, mas sim evolui gradualmente a partir dos 20 anos de idade, com a perda das fibras
de contração rápida, o que justifica o maior risco de sofrer quedas (ACIOLE E BATISTA, 2018).

Dentre os fatores causadores das quedas, destacam causas intrínsecas e extrínsecas. Idade
avançada, quedas anteriores, fraqueza muscular, problemas de marcha e equilíbrio, hipotensão

836
postural, doenças crônicas e até mesmo o medo de cair se classificam como causas intrínsecas. Já
a organização do lar, como a ausência de corrimão nas escadas ou escadas mal estruturadas,
ausência de barras de apoio nos banheiros, obstáculos, superfícies escorregadias ou irregulares,
uso inadequado do dispositivo auxiliar e uso de medicação psicoativa se enquadram nos fatores
extrínsecos. Em casos de alta predisposição a fatores de risco, a tendência de quedas aumenta e
consequentemente a probabilidade de causar e/ou agravar deficiências. As quedas e suas
consequentes fraturas (também ligadas a fragilidade) são uma ameaça a independência do idoso,
trazendo maiores riscos para a saúde de cada indivíduo e muitas vezes levando a incapacidade
funcional e consequente institucionalização. Ademais, as quedas são o principal fator de injúria,
hospitalização e até mesmo morte, o que traduz uma maior necessidade de atendimento médico e
consequente alto custo (ACIOLE, 2018).

Segundo Lord, et al. (2018), os custos relacionados às quedas podem incluir custos diretos
como visitas médicas, clínicas ambulatoriais, testes de diagnóstico, medicação, atendimento
domiciliar, modificação estrutural e inclusão de equipamentos na residência do indivíduo e custos
indiretos causados pela morbidade e mortalidade do paciente e devido a contratação de cuidadores.

As quedas e suas consequências são um dos maiores problemas de saúde pública devido
à grande prevalência em idosos e o tempo de hospitalização necessário para o tratamento (variando
entre 15 e 20 dias). Além disso, as atividades de vida diária (AVDs) são comprometidas pelo que
se chama de “síndrome pós-queda”, caracterizada pelo impacto psicológico decorrente de um
destes incidentes, fazendo com que o indivíduo sinta medo em repetir o ocorrido (PIMENTEL,
2019).

Nesse contexto, o fisioterapeuta se insere como um dos principais mediadores na


prevenção das quedas, avaliando o equilíbrio do paciente através de escalas como Time Up and
Go, promovendo saúde e devolvendo a sua funcionalidade. As pesquisas encontradas na literatura
demonstram a eficácia de diversos métodos de prevenção das quedas (BLAYLOCK, 2020).

Com a realização deste trabalho, espera-se, através de uma revisão bibliográfica,


descrever as alterações advindas da senescência, quais são inevitáveis e demandam a atenção do
profissional da saúde. Ademais, pretende-se listar e comparar os métodos mais utilizados na
prevenção das quedas, mostrando a importância da fisioterapia na população idosa.

2 METODOLOGIA

Esta é uma revisão de literatura feita a partir da análise de artigos na base de banco de
dados PubMed, pela estratégia de busca: “Aging and Accidental Falls and Accident Prevention”,
cujos critérios incluíram somente àqueles artigos publicados há no máximo cinco anos atrás,
limitados a humanos, em todos os idiomas e de texto completo, totalizando 29 artigos.

Também foi utilizada a base de banco de dados Scientific Electronic Library Online
(SciELO), através da estratégia de busca “Idosos and Incapacidade funcional and Fisioterapia”,
em que só foram admitidos artigos científicos voltados a área das Ciências da Saúde, em todos as
coleções, periódicos e idiomas e sem data de publicação definida, contabilizando 17 artigos.
Alguns artigos científicos também foram encontrados através da plataforma Google
Acadêmico, pelos termos “síndrome pós-queda and Berg and idosos and envelhecimento and risco
and quedas and exercício and sedentary”, classificados por relevância, em qualquer idioma,
contabilizando 9 resultados. Na mesma plataforma, também foram utilizados os termos
“envejecimiento and ejercicio and fisioterapia and músculo and massa muscular and sarcopenia
and funcionalidad and physical therapy and exercise”, cuja busca se baseou na organização por
relevância, com publicação datada em 2019 e em todos os idiomas, incluindo patentes e citações,
com um total de 22 resultados.

837
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A partir dos dados obtidos, observa-se a unanimidade da indicação da prática de


exercícios físicos na prevenção de quedas. Entretanto, Tricco, et al (2018) recomenda a sua
associação com o uso de órteses, assim como o uso de protetores de quadril, modificações na dieta
e suplementação de cálcio e de vitamina D.

Blaylock e Vogtle (2020) indicam os mesmos métodos (revisão de medicamentos, uso de


calçados adequados, modificação na estrutura do lar e educação em saúde). Para Khow (2018) o
treino de equilíbrio é uma ação muito eficaz para a prevenção de quedas em idosos.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando o exposto, observa-se que o envelhecimento humano é um processo


inevitável e que tende a aumentar conforme os anos, devido a mudança na pirâmide etária, na taxa
de fecundidade e no aumento da expectativa de vida. Dentre as alterações decorrentes deste
processo, destaca-se a diminuição da força muscular, o que explica a unanimidade da indicação da
prática de exercício físico como método mais eficaz na prevenção de quedas.

Este cenário implica um aumento na demanda pelos serviços de saúde, incluindo o


fisioterapeuta, que se insere ao promover saúde pela avaliação do equilíbrio do paciente e
fortalecimento muscular, devolvendo a sua funcionalidade.

5 REFERÊNCIAS

ACIOLE, Giovanni Gurgel; BATISTA, Lucia Helena. Promoção da saúde e prevenção de incapacidades
funcionais dos idosos na estratégia de saúde da família: a contribuição da fisioterapia. Saúde em Debate,
Rio de Janeiro, v. 37, p. 10-19, 2018.

BLAYLOCK, Sarah E.; VOGTLE, Laura K. Falls prevention interventions for older adults with low vision:
A scoping review: Étude de portée sur les interventions visant à prévenir les chutes chez les aînés ayant une
basse vision. Canadian journal of occupational therapy, United States, v. 84, n. 3, p. 139-147, 2020.

LORD, Stephen R, et al. Falls in Older People: Risk Factors and Strategies for Prevention. 2. ed.
Cambridge University Press, 2018.

838
PIMENTEL, Renata Martins; SCHEICHER, Marcos Eduardo. Comparação do risco de queda em idosos
sedentários e ativos por meio da escala de equilíbrio de Berg. Fisioter. Pesqui. São Paulo, v. 16, n. 1, p. 6-
10, mar. 2019.

TRICCO, Andrea C. et al. Comparisons of interventions for preventing falls in older adults: a systematic
review and meta-analysis. Jama, v. 318, n. 17, p. 1687-1699, 2018.

839
DOI 10.29327/5208636.2-6

PREVENÇÃO DE INCIDENTES INTRAVENOSOS EM PACIENTES NO


EXAME DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

PREVENTION OF INTRAVENOUS INCIDENTS IN PATIENTS IN


COMPUTERIZED TOMOGRAPHY EXAMINATION SUMMARY

DÉBHORA ÍSIS BARBOSA E SILVA


Enfermeira do Hospital Otávio de Freitas, Recife-PE

SIMONE CRISTINA RIBEIRO PINHO


Enfermeira do Hospital Otávio de Freitas, Recife-PE

CRISTIANE MEIRE SOUZA DA SILVA


Enfermeira do Hospital Otávio de Freitas, Recife-PE

GIRLAYNE BATISTA DE ARRUDA


Enfermeira do Hospital Otávio de Freitas, Recife-PE

IVONETE MARIA RODRIGUES MONTEIRO


Enfermeira, Especialista em Docência em Enfermagem, Recife-PE

FELIPE ARTUR GOMES DE ASSIS


Enfermeiro do Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, Manaus-AM

840
RESUMO

O exame de tomografia computadorizada utiliza os raios-x como base para produção de


imagens. Através de eixos de cortes é possível visualizar e reconstruir estruturas orgânicas
e observar a presença de tumores, contornos anatômicos e anomalias quando presentes.
Para visualizar partes do corpo com a mesma densidade e diferenciá-las entre si, recorre-
se ao uso de contrastes que podem ser administrados de maneira oral, parenteral,
intracavitária e intratecais através de bomba de infusão ou manualmente. Objetivo:
revisão de literatura quanto às estratégias de prevenção a incidentes intravenosos em
pacientes submetidos a exame de tomografia contrastada. Metodologia: levantamento de
literatura disponível em bases de dados do Sistema Online de Busca e Análise da
Literatura Médica – MEDLINE (via PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde – LILACS (via Biblioteca Nacional de Saúde – BVS) e Biblioteca
Eletrônica Científica Online – SciELO, no recorte temporal de 2012 a 2022, utilizando
descritores: exames contrastados, incidentes contraste, contraste enfermagem, acidentes
intravenosos contraste. Resultados: Não há contraste 100% seguro, para tanto os
cuidados de enfermagem na assistência se fazem necessários no pré, intra e pós realização
de exame. Os principais achados foram quanto à administração de contraste,
monitorização do paciente e orientações de cuidados. Conclusão: O profissional de
enfermagem deve ser capaz de prestar assistência na realização dos exames contrastados
de maneira segura e livre de danos.

Palavras chaves: Tomografia; Extravasamento de materiais terapêuticos e diagnósticos;


Assistência de enfermagem.

ABSTRACT

Computed tomography exam uses x-rays as a basis for the production of images. it is possible to
visualize and rebuild organic structures and observe the presence of tumors, anatomical edges and
anomalies from the cutting axes when they exist. Contrast agents can be administered orally,
parenterally, intracavity and intrathecally through an infusion pump or manually, in order to
visualize parts of the body with the same density and differentiate them from each other.
Objective: literature review regarding prevention strategies for intravenous incidents in patients
undergoing contrast-enhanced tomography. Methodology: survey of literature available in
databases the Online System for Search and Analysis of Medical Literature - MEDLINE (via
PubMed), Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences - LILACS (via National
Health Library - BVS) and Online Scientific Electronic Library – SciELO, from 2012 to 2022,
using descriptors: contrasted exams, contrast incidents, contrast nursing, accidental intravenous
contrast. Results: There is no 100% safe contrast, therefore, nursing care in the assistance is
necessary in the pre, intra and post examination. The main findings were regarding contrast
administration, patient monitoring and care guidelines. Conclusion: The nursing professional
must be able to assist in the exams in a safe and harm-free way.

Keywords: Tomography; Extravasation of therapeutic and diagnostic materials; Nursing


assistance.

841
1 INTRODUÇÃO

Os exames de imagem hoje em dia são indispensáveis aos diagnósticos e condutas no


tratamento de doenças. De uma simples radiografia até os exames de maior complexidade
podem ser requisitados pela equipe médica, pela equipe de enfermagem e pela equipe
multiprofissional como subsídios para identificar, acompanhar e tratar uma doença.

Os exames de imagem são utilizados desde o século passado e proporcionam a


visualização interna do corpo humano como ossos, cartilagens e contorno de órgãos e
vasos em filmes radiográficos em tons de cinza quando expostas especialmente à
radiação, uma vez que a emissão de radiação eletromagnética por feixe de elétrons
atravessa o corpo com maior ou menor dificuldade, dependendo da estrutura a ser exposta,
a intensidade desse feixes sofrem atenuação quando espelhados para produção de imagem
médica (ALBUQUERQUE; MASTROCOLA, 2017).

A escolha do tipo de exame parte do princípio de que devemos proporcionar o menor


risco ao paciente com um melhor resultado diagnóstico, e isso inclui tempo e exposição
mínima a exames que envolvam radiação, como radiografia e tomografia, diferente da
ressonância magnética que utiliza campo magnético e de ondas eletromagnéticas para
geração de imagem. A relação risco e benefício se enquadra nesse processo de opção de
exames conforme agravos e patologias associadas a fim de ter um diagnóstico preciso
(LEYTON et al, 2014).

Conforme a densidade das estruturas orgânicas existe mais ou menos absorção de raios-
x e, por conseguinte, a reconstrução anatômica em imagem através de um filme
radiográfico será de coloração diferenciada. Metais e ossos são espelhados em filme
radiográfico em tons de branco, enquanto as partes moles são cinza, já as gorduras e o ar
apresentam-se em preto ou parcialmente preto (MARCHIORI; SANTOS, 2017).

Quando o contraste natural não é suficiente para a visualização de detalhes anatômicos,


lança-se mão de meios de contrastes auxiliares que serão classificados conforme sua
eficiência na captação de radiação e capacidade de dissociação, natureza química,
solubilidade, composição, via de administração (SANTOS; SOUZA, 2017).

Os exames de tomografia computadorizada que usam contraste por via parenteral, devem
ter os cuidados redobrados, uma vez que os riscos apresentados ao paciente na realização
destes exames envolvem, além da exposição à radiação, a administração dos meios de

842
contraste capazes de trazer reações adversas tópicas e sistêmicas de intensidade leves,
moderadas e graves como irritação na pele, edema em pálpebras e face, náuseas, vômito
e diarreia, tontura, dor de cabeça, aumento na pressão arterial, convulsões, falta de ar,
tosse, pigarro, rouquidão, edema de glote, alterações na frequência cardíaca, insuficiência
renal e até parada cardíaca. A aplicação do contraste via bomba injetora de contraste ou
manualmente é uma atividade própria da enfermagem (VARGAS; RODRIGUES, 2015).

843
2 METODOLOGIA

Revisão de literatura quanto às estratégias de prevenção a incidentes intravenosos em


pacientes submetidos a exame de tomografia contrastada através de busca nas bases de
dados do Sistema Online de Busca e Análise da Literatura Médica – MEDLINE (via
PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS (via
Biblioteca Nacional de Saúde – BVS) e Biblioteca Eletrônica Científica Online – SciELO,
no recorte temporal de 2012 a 2022, utilizando descritores: exames contrastados, incidentes
contraste, contraste enfermagem, acidente intravenosos contraste. Foram encontrados 18
artigos que abordam a temática que estão apresentados agrupados em três subtemas:
Diagnóstico por imagem; Equipe de enfermagem na tomografia com contraste;Educação
e Saúde: prevenindo incidentes intravenosos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Diagnóstico por imagem

A tomografia é um método computadorizado de diagnóstico baseado na emissão de raios-


x e na transformação de absorção de radiação em dados que serão obtidos através de
densidade de estruturas orgânicas que serão reconstruídos como imagens em tons de
cinza. Este exame oferece riscos de exposição e do uso de contraste, que pode ser iodado
ou não, é possível, mediante necessidade combinação de contrastes (SANTOS, 2014).
Martins e Lima (2018) registram o mecanismo de funcionamento deste exame:

844
Um meio de contraste é escolhido pela sua capacidade de
absorver ou não raios-x ou de ter propriedades magnéticas que
favoreçam ou não a visualização na ressonância magnética. Uma
vez determinado o meio de contraste devemos estabelecer a via
de administração e o volume a ser feito para que a visualização
seja otimizada (MARTINS; LIMA, 2018).

A tomografia computadorizada surge em 1971 e é considerada uma das mais importantes


invenções na medicina radiológica. Permite a observação de partes do corpo sem a
necessidade de cirurgias e intervenções dolorosas e é possível identificar tumores, fraturas
e anomalias orgânicas através de cortes axiais, os cortes coronais e os cortes sagitais. As
imagens são reconstruídas conforme a quantidade de raio-x absorvido. A tomografia,
quando contrastada, permite ressaltar a rede de vascularização e intensificar a
visualização de tecidos, proporciona o reconhecimento dos vasos e estuda as formas
diferentes de impregnação dos contrastes conforme patologia (LEMOS et al, 2022).

Os contrastes podem ser orais, parenterais, endocavitários e intratecais a depender de sua


apresentação medicamentosa. São indispensáveis para a realização de determinados
exames, especialmente naqueles que envolvem as partes moles, pois aumentam a
definição das imagens de órgãos e estruturas do corpo auxiliando na precisão dos
diagnósticos. Esses poderão proporcionar contorno de estruturas mais bem definidas após
introdução de meios de contraste artificiais (LEYTON et al, 2014).

Exames contrastados de imagem são requisitados para ver a composição anatômica de


partes menos densas como vasos e órgãos, uma vez que nos exames radiográficos
tradicionais essas estruturas internas não são visualizadas, pois não têm a capacidade de
absorver os raios-x, tão logo, a imagem fica escura, fugindo do padrão de tons de cinza
característico para reconstrução visual (SOARES, 2015). Em outras situações, há a
utilização do contraste para intensificar a escala de cinza proporcionando maior
visibilidade da estrutura a ser estudada.

Apesar dos avanços, a limitação para diferenciar algumas estruturas do corpo,


principalmente quando comparado à radiografia tradicional, fez-se necessário aprimorar
ainda mais a visualização de estruturas “moles” como vasos, estômago e intestino, para
tanto, foram testados ao longo do tempo meios de contraste nos exames de tomografia. O

845
uso do gás carbônico como meio de contraste para diferenciar estruturas surge em 1914
com Rautemberg e então outras substâncias são testadas (ALBUQUERQUE;
MASTROCOLA, 2017).

O meio de contraste ideal não existe, mas se preza por aquele que produzirá a menor
quantidade de efeitos adversos conforme registra Mannudeep et al (2019). Atualmente,
os exames contrastados contam com a utilização de sulfato de bário e contraste iônico e
não iônico. O sulfato de bário é administrado via oral enquanto o contraste não iônico e
iônico por via parenteral e endocavitária. Os meios de contraste se apresentam
farmacologicamente de diferentes maneiras. A administração desta substância é função
da equipe de enfermagem que deverá ter habilidade para o manejo, injeção e identificação
de eventos adversos (SALES et al, 2018).

3.2 Equipe de enfermagem na tomografia com contraste

A assistência da equipe de enfermagem no exame de tomografia computadorizadaenvolve


o pré, trans e pós exame, envolvendo inclusive a assistência ao paciente física e
emocional, esclarecendo os riscos quanto à realização do exame, confirmando se houve
a realização do preparo, explanando o procedimento em si, divulgando o que esperar no
período pós exame, todo esse procedimento, na intenção de otimizar o atendimento,
diminuir a chance de efeitos adversos e proporcionar uma rápida recuperação quando
houver a administração de contraste (LEMOS et al, 2022).

A assistência de uma equipe de enfermagem na Imaginologia deve estar pronta para atuar
na realização do procedimento para aplicação do contraste e em possíveis adversidade
clínica e sistêmica do paciente bem como colaborar para o desenrolar do exame sem
complicações (LEMOS et al, 2022). Martins e Lima (2018) corroboram com a ideia:

A presença de uma equipe de enfermagem é fundamental para


realização dos exames radiológicos, desde a administração dos
meios de contrastes, bem como, a prevenção e tratamento de
possíveis complicações (MARTINS; LIMA, 2018).

A equipe de Enfermagem deve ser supervisionada por um enfermeiro, embora a


administração de fármacos para contraste seja realizada por demais membros da equipe,
para tanto o enfermeiro deve ser capaz de orientar o paciente sobre o procedimento,

846
esclarecendo as dúvidas, reduzindo a ansiedade e, o por consecutivo, o tempo de
exposição radiológica (SALES et al, 2018).

Os cuidados de enfermagem perpassam em prestar assistência específica reconhecendo


os fármacos, vias de administração, práxis do procedimento operacional padrão,
reconhecimento dos efeitos adversos e colaterais, tempo de realização do exame e período
de alta.

A administração do contraste quando utilizado o composto de Ioexol na concentração de


300mg/ml - na apresentação de fraco ampola de 50ml -, é administrado 1 ml/kg de peso,
sendo necessário primariamente determinar o peso do paciente no momento da anamnese.
Uma anamnese e um exame físico bem-feito pela equipe de enfermagem diminui as
chances de reações adversas, uma vez que fatores como o tipo e volume de contraste
administrado, condições clínicas, psicossociais e espirituais do paciente, hipótese
diagnóstica irão potencializar ou minimizar os efeitos do contraste (OLIVEIRA et al,
2019).

O contraste iodado ou não iodado são substâncias que devem ser injetadas por meio de
um cateter radiopaco, introduzido nas artérias ou veias, e auxilia na visualização de
estruturas orgânicas. Dentre as reações adversas sistêmicas ao contraste identifica-se a
dor de cabeça que pode durar vários dias, náuseas, vômito e tontura. Nas reações adversas
tópicas percebe-se dor no local da infusão, câimbras nos membros inferiores, distúrbios
de sensibilidade e gosto metálico passageiro. No que tange ao extravasamento
intravenoso, registra-se dor distal, sensação de calor, dor nas articulações, inflamação das
veias ou presença de coágulo no interior, prurido, vermelhidão, edema, rubor e dor
(ACSC, 2014).

É preciso que a veia de primeira escolha para administração do contraste seja de grosso
calibre. De uso exclusivo, ou seja, venoclises que já estejam em uso para hidratação ou
antibioticoterapia, acessos periféricos, acessos de longa permanência, jelcos de baixo
calibre, devem ser evitados (MARTINS; LIMA, 2018).

Para a segurança do paciente é recomendado que a injeção do contraste seja realizada


através de uma bomba injetora. Para tanto, a veia do acesso venoso deve ser calibrosa e
não ter mais que 24 horas de punção. A injeção manual do contraste é requisitada quando
não há a disponibilidade da bomba injetora de contraste e influencia diretamente na
qualidade do exame bem como na produção de eventos adversos, visto que a

847
administração do contraste é descontínua, apresenta velocidade oscilante além do risco
iminente de uma injeção através de “bolus” ter velocidade acima da máxima permitida, 2
ml por segundo. O grande perigo do extravasamento de substância de contraste no tecido
cutâneo de pacientes está na ocorrência de necrose e comprometimento de vasos além de
dor, prurido e rubor no local da aplicação (TSENG; JIH; YANG, 2018).

3.3 Educação e Saúde: prevenindo incidentes intravenosos

A promoção à saúde e o cuidado estão intrinsecamente relacionados com à educação nos


diversos espaços do saber e atenção à saúde. Promover a diminuição de incidentes
intravenosos perpassa no processo de educação e saúde com o uso de estratégias
adequadas ao grupo de profissionais envolvidos no processo de assistência em saúde
(SILVA; CARRERO; MELLO, 2017).

Ao pensar em minimizar os riscos e iatrogenias advindas do manejo inadequado da


injeção de contraste no exame de tomografia computadorizada é necessário que se tenha
em mente que muitos deles são oriundos de comportamento negligente do profissional ou
de aqueles que se arriscam na profissão sem o preparo adequado para tal função (TSENG;
JIH; YANG, 2018).

Santos (2019), pondera a necessidade de treinamento e preparação profissional como


qualificação e educação permanente em serviço sem desconsiderar problemas de
infraestrutura e relações interpessoais. Profissionais que participam de treinamentos,
cursos e preparação profissional se destacam no que tange à práxis profissional. Constante
reflexão sobre o processo de trabalho e o emprego de técnicas em enfermagem no exame
de tomografia computadorizada contrastada proporciona melhorias na qualidade da
assistência fugindo do caráter punitivo.

Uma estratégia para desenvolver a promoção da educação em saúde é a utilização de


tecnologias educacionais correlacionadas ao tipo de prática e à necessidade de
aperfeiçoamento profissional, bem como incorporação de novas estratégias para a rotina
de trabalho com a intenção de melhorias nos indicadores da unidade de Diagnóstico por
Imagem (SALBEGO et al, 2018). Diversas estratégias de tecnologias educacionaispodem
ser utilizadas para melhorar a qualidade da assistência de enfermagem como: álbum
seriado, cartilhas, infográficos, vídeos, folhetos, jogos, mapas mentais, aplicativos, sites,
seminários, jograis etc. (JESUS et al, 2018).

848
4 CONCLUSÃO

Uma boa prática para prevenção de eventos adversos nos serviços de Diagnóstico por
Imagem deve ser estimulada pelo enfermeiro junto a sua equipe. O cumprimento de
protocolos minimiza erros, diminui efeitos adversos, dá celeridade na realização do exame
e proporciona ao paciente a realização de exame de maneira segura. Uma equipe de
enfermagem qualificada é reconhecida pela qualidade da assistência oferecida.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, A. S.; MASTROCOLA, L. E. Radiação e exames diagnósticos:


qual o risco real?. Rev. Soc. Cardiol., v.27, n.2, p. 82-87, 2017.

ASSOCIAÇÃO CONGREGAÇÃO DE SANTA CATARINA (ACSC). Protocolo sobre


meio de contraste em uso no setor de diagnóstico por imagem. 2014.

JESUS, E.B. et al. Validação de tecnologia educacional sobre fototerapia para


orientar familiares de neonatos ictéricos. Rev. Enferm. UERJ, v. 26, n.1, p. 217-89,
2018.

LEMOS, R. C. P. B et al. Punção venosa periférica e contraste em exames


radiológicos: representações sociais ancoradas nos estresses de neuman. Texto &
Contexto - Enfermagem., v. 31, e-20220, 2022.

LEYTON, F et al. Riscos da radiação x e a importância da proteção radiológica na


cardiologia intervencionista: Uma Revisão Sistemática. Rev. Bras. Cardiol. Invasiva.,
v.22, n.1, p.87-98, 2014.

MANNUDEEP, K et al. Contrast Administration in CT: A Patient-Centric


Approach. J Am Coll Radiol., v.16, n. 3, p. 295-301, 2019.

MARCHIORI, E.; SANTOS, M. L. Introdução a radiologia. 2. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koongan. 2017.

849
MARTINS, V.; LIMA, R. Extravasamento dos meios de contraste. Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 2018.

OLIVEIRA, M. C. M et al. Saberes e experiências de clientes sobre o exame de


tomografia computadorizada compartilhados com enfermeiro. REME rev. min.
Enferm., v. 23: e-1208, 2019.

SALBEGO, C. et al. Tecnologias cuidativo-educacionais: um conceito emergente da


práxis de enfermeiros em contexto hospitalar. Rev. bras. Enferm., v.71, n.6, p.2666-
2674, 2018.

SALES, O.P.S et al. Atuação de enfermeiros em um centro de diagnóstico por


imagem. J Health Sci Inst., v. 28, n. 4, p. 325-8, 2018.

SANTOS, A.L.M; SOUZA, M.H.T. Elaboração de novas tecnologias em enfermagem:


utilização de uma cartilha para prevenção. Rev. Enferm. UFPE On line, v. 11, n.10,
p.3893-8, 2017.

SANTOS, A.S. tecnologia educacional em enfermagem para a promoção do vínculo


mãe-filho em unidade de terapia intensiva neonatal. 2019.157f. Tese (Doutorado em
Cuidados Clínicos da Enfermagem e Saúde). Universidade Federal do Ceará, Fortaleza,
2019.

SANTOS, S.R.G. Recomendações operacionais para o serviço de enfermagem na


tomografia computadorizada: subsídios para a organização do processo de
trabalho.2014. 108 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Enfermagem Assistencial)
- Universidade Federal Fluminense, 2014.

SILVA, D.M.L; CARREIRO, F.A.; MELLO, R. Tecnologias educacionais na


assistência de enfermagem em educação em saúde: revisão integrativa. Rev. Enferm
UFPE online, v.11, n. 2, p.1044-51, 2017.

SOARES, T. A Importância e os benefícios do exame radiológico contrastado no


diagnóstico do refluxo gastroesofágico. 2015.

850
TSENG, P.; JIH, Y.; YANG, C. Establishing a Nursing Informatics System to
Improve the Completion Rate of Computed Tomography Simulation With Contrast
Injection. Hu Li Za Zhi., v. 65, n. 6, p. 78-86, 2018.

VARGAS, A. L.; RODRIGUES, M. C. S. Critérios de segurança na administração de


contraste na angiotomografia cardíaca: percepção da enfermagem. Rev Rene, v. 16,
n. 4, 2015.

851
DOI 10.29327/1192726.1-55

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À IDOSOS RESIDENTES EM


INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA: REVISÃO INTEGRATIVA

1
Neuma Cunha Medeiros
2
Êychela Freire Bezerra
1
Francinilda Araújo de Amorim
1
Karoline de Cassia Cipriano de Sousa
1
Maria Clarissa de Sousa Lima
3
Victor Guilherme Pereira
1
Adriana de Moraes Bezerra

1
Universidade Regional do Cariri (URCA). Iguatu, Ceará, Brasil;
2
Centro Universitário Vale do Salgado (UNIVS). Icó, Ceará, Brasil;
3
Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna (FASI). Montes Claros, Minas Gerais,Brasil

Eixo temático: Enfermagem

Modalidade: Apresentação oral

Email 1° autor: Neuma.medeiros@urca.br

INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é definido como a mudança na estrutura etária da


população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada idade, considerada
como definidora do início da velhice, sendo um fenômeno natural, irreversível e mundial. A população
idosa brasileira tem crescido de forma rápida e em termos proporcionais. No Brasil, é definida como idosa
a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade. Dentro desse grupo, os denominados “mais idosos, muito idosos
ou idosos em velhice avançada” (acima de 80 anos), também vêm aumentando proporcionalmente e de
maneira mais acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos últimos tempos, sendo
hoje mais de 12% da população idosa. Nesse sentido, as Instituições de Longa Permanência para Idosos
(ILPIs) surgem como uma alternativa para o cuidado desses indivíduos. Essas instituições possuem equipe
multiprofissional e, dentre os profissionais, destaca-se a equipe de enfermagem, sendo essencial nos
cuidados indispensáveis aos idosos. OBJETIVO: Sistematizar o conhecimento existente sobre a assistência
de enfermagem à idosos que vivem em ILPI. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da
literatura científica com a seguinte questão norteadora: Como é prestada a assistência de enfermagem a
idosos em ILPIs? A seleção dos artigos foi realizada pela biblioteca virtual em saúde, e os critérios de
inclusão foram: estudos publicados na íntegra, em portugês e no período entre 2000 a 2022. A realização
do presente estudo ocorreu entre os meses de dezembro de 2022 a janeiro de 2023. RESULTADOS:
Conforme dados da literatura, a atuação do enfermeiro na ILPI dá-se por meio de quatro funções:
administrativa ou de gerenciamento, na qual se desenvolvem atividades referentes à organização da
instituição; a função assistencial, na qual é importante planejar ações que sejam implementadas no cuidado
ao idoso, a partir da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE); a função educativa e de
ensino, visto que o enfermeiro é responsável pela educação dos idosos que estão sob seus cuidados,
além de educar sua equipe; e, por fim, a função de pesquisa, que proporciona aos trabalhadores ampliarem
conhecimentos por meio de pesquisas e estudos sobre

852
determinados temas, implicando na melhora das práticas profissionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Portanto, considera-se a assistência de enfermagem um item fundamental para o processo assistencial para
os idosos residentes nas ILPIS, quanto a sua mobilidade, bem-estar físico, psíquico e patológico. Pois
enfermeiro inserido junto a equipe multiprofissional na ILPI, é prestar assistência ao idoso, podendo estar
voltada para a promoção de vida e educação em saúde, com enfoque no cuidado à pessoa idosa
institucionalizada, proporcionando manutenção de sua capacidade funcional, o que estimulará
independência em suas atividades diárias.

Palavras-Chave: Cuidados de enfermagem; Instituição de longa permanência para idosos; Idoso

1 INTRODUÇÃO

Envelhecimento populacional é definido como a mudança na estrutura etária da população, o que


produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada idade, considerada como definidora
do início da velhice, sendo um fenômeno natural, irreversível e mundial. A população idosa brasileira tem
crescido de forma rápida e em termos proporcionais. No Brasil, é definida como idosa a pessoa que tem 60
anos ou mais de idade. Dentro desse grupo, os denominados “mais idosos, muito idosos ou idosos em
velhice avançada” (acima de 80 anos), também vêm aumentando proporcionalmente e de maneira mais
acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos últimos tempos, sendo hoje mais de
12% da população idosa (BRASIL, 2010).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente existem no
Brasil, aproximadamente, 20 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, o que representa
pelo menos 10% da população brasileira. Segundo projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde
– OMS, no período de 1950 a 2025, o grupo de idosos no país deverá ter aumentado em quinze vezes,
enquanto a população total em cinco. Assim, o Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de idosos,
alcançando, em 2025, cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade.
Diante desse quadro de aumento da população geriátrica, a institucionalização pode significar a
alternativa a um idoso a fim de receber abrigo, cuidado e segurança, além de ser melhor do que viver exposto
a conflitos familiares, dificuldades físicas e financeiras ou morar nas ruas. Consiste ainda em uma nova
organização e distribuição da responsabilidade social entre família, Estado e mercado. É necessário
enfatizar que a inserção da família no apoio a seus membros idosos, institucionalizados ou não, é
fundamental no processo do cuidar, sendo que esse suporte não pode deixar de ser prestado (CAMARANO;
KANSO, 2010).
A crescente procura por serviços institucionalizados explica-se, em muitos casos, pelas
dificuldades econômicas e psicossociais encontradas pelas famílias para o cuidado do seu idoso, sobretudo
no caso daquele que apresenta redução da capacidade funcional. Com isso o idoso torna-se cada vez mais
dependente para a realização de atividades cotidianas e requer cuidados de maior complexidade e custo
(OLIVEIRA; NOVAES,2013).
Conforme a Sociedade brasileira de geriatria e gerontologia(2003), uma Instituição de Longa
Permanência para Idosos (ILPI) é um estabelecimento para atendimento integral institucional, cujo público
alvo são as pessoas com 60 anos ou mais, dependentes ou independentes, que não dispõem de condições
para permanecer com a família ou em seu domicílio. Estas instituições, conhecidas por denominações
diversas (abrigo, asilo, lar, casa de repouso, clínica geriátrica e ancionato), devem proporcionar serviços
nas áreas social, médica, de psicologia, enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, odontologia, e em
outras áreas, conforme necessidades deste segmento etário.
As ILPIs possuem equipe multiprofissional e o enfermeiro inserido nela presta uma assistência
integrada e humanizada a esse idoso inserido nesse contexto. Ele desenvolve suas atividades com a pessoa
idosa, por meio do processo do cuidar que consiste em olhar essa pessoa, considerando os aspectos
biopsicossociais e espirituais vivenciados por ela e por sua família. Essa concepção de cuidar prevê a
interação e integração das multidimensões de viver para o idoso, promovendo uma vida saudável, por meio
da utilização de suas capacidades e condições de saúde, visando seu contínuo desenvolvimento pessoal
(MARQUES et al., 2022).

853
Vale salientar que é da competência do enfermeiro que atua na instituição, as atividades de escopo
administrativo, assistencial, de pesquisa e de educação, destacando a importância do trabalho de toda a
equipe de enfermagem, que quando bem exercido, pode corroborar para uma diminuição da dependência
física do idoso por meio da prática de avaliação da funcionalidade e da definição de objetivos a serem
alcançados, considerando a subjetividade de cada indivíduo (MEDEIROS et al., 2015).
Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo analisar na literatura vigente estudos que abordam
sobre o processo de assistência de enfermagem à idosos que convivem em instituições de longa
permanência.

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura científica, que para sua realização foram
percorridas as seguintes etapas: delimitação do objetivo do estudo e a questão norteadora: “Como é prestada
a assistência de enfermagem a idosos em ILPIs?" , a escolha dos critérios de inclusão dos estudos e a
definição da relevância dos assuntos encontrados.
A seleção dos artigos foi realizada pela biblioteca virtual em saúde(BVS), através das bases de
dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
em Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF) com os descritores: “Cuidados de
Enfermagem”, “ Instituição de longa permanência para idosos”, “ Idoso”. Os critérios de inclusão foram:
estudos publicados na íntegra, em portugês, no período entre 2000 a 2022 e que após leitura dos resumos
apresentassem relação com o tema e objetivos estabelecidos. A realização do presente estudo ocorreu entre
os meses de dezembro de 2022 a janeiro de 2023.
O corpus literário resultou em 240 artigos entre as bases de dados SciELO, LILACS e BDENF.
Após aplicação dos critérios de inclusão e a leitura dos resumos restaram apenas 22 artigos que constituem
a amostra final deste estudo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Analisando a literatura, a atuação do enfermeiro na ILPI dá-se por meio de quatro funções:
administrativa ou de gerenciamento, na qual se desenvolvem atividades referentes à organização da
instituição; a função assistencial, na qual é importante planejar ações que sejam implementadas no cuidado
ao idoso, a partir da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE); a função educativae de ensino,
visto que o enfermeiro é responsável pela educação dos idosos que estão sob seus cuidados, além de
conduzir sua equipe; e, por fim, a função de pesquisa, que proporciona aos colaboradores ampliarem
conhecimentos por meio de pesquisas e estudos sobre determinados temas, implicando na melhora das
práticas profissionais e assistencial. Desse modo, auxiliando o enfermeiro a aplicar um processo de
enfermagem que esteja em consonância com idoso (MARQUES et al., 2022).
Nessa perspectiva, Vitorino, Paskulin e Vianna (2013), pontuam que o processo assistencial da
enfermagem no contexto de saúde do idoso em ILPIs desenvolve-se por meio de um processo de cuidar,
considerando que o idoso deve ser visto com um olhar mais sensível, holístico e humanizado, voltado
para suas necessidades. Essa concepção de cuidar prevê a interação das multidimensões do viver da
pessoa idosa, a fim de promover a qualidade de vida desse grupo etário considerando todas as
especificidades do processo de envelhecimento.
Em complemento, Medeiros et al (2015) trazem em seu estudo que: ao analisarem a percepção da
equipe de enfermagem sobre o cuidado de pessoas idosas institucionalizadas, observaram que os
enfermeiros desempenham suas competências de acordo com as necessidades de cada idoso e percebiam-
se como profissionais fundamentais no cuidado diário. Apesar disso, foi identificada a necessidade da
capacitação dos enfermeiros em gerontologia e geriatria para melhor desempenho das suas atividades, bem
como do aumento do número de funcionários e do apoio das instituições na organização da assistência de
enfermagem.
Outra estratégia de cuidado ao idoso é a promoção da saúde. Esta representa um cuidado
importante, em que o enfermeiro consegue melhorar a qualidade de vida do idoso, relacionada às mudanças
de hábitos cotidianos. As ações relevantes, com boa aceitação tanto por parte do idoso, como de seus
familiares e cuidadores propicia aos enfermeiros, uma maior aproximação com a realidade, constituindo
uma oportunidade para alçar as necessidades básicas em cada idoso assistido (ROCHA, 2011). É de se
destacar que o ideal, em uma instituição de moradia coletiva, tal como uma ILPI, é que haja a possibilidade
de um trabalho conjunto entre profissionais de áreas diversas, além da enfermagem, para que se possa

854
cumprir a desejada multidisciplinaridade das ações, dos atendimentos, das atividades em saúde. Porém, em
desacordo com essa perspectiva, um estudo realizado em Salvador, Bahia, Brasil, em 4 ILPIs identificou
que, apesar de todas as instituições possuírem em seu quadro de serviços, cuidadores formais, apenas uma
delas possuía equipe de saúde multidisciplinar, com enfermeiro, técnico em enfermagem, médico, assistente
social e nutricionista. Nas demais, as atividades eram distribuídas entre cuidadores, responsáveis técnicos,
pessoal de limpeza, lavanderia e cozinha, com cumulativo de funções. Ainda assim, em 2 dessas
instituições, os técnicos em enfermagem prestavam serviço em período diurno e com a função de realizar
curativos, auxiliar na alimentação dos idosos e administrar medicamentos (ALVESet al., 2017).
Após análise da literatura, consoante os autores Nunes et al (2014), é evidente que o envelhecer
é um processo complexo que exige capacitação específica dos profissionais para a contemplação dos
seus múltiplos aspectos. Ao se remeter ao envelhecimento em ILPI, o desafio se torna ainda maior, pois
tal processo se apresenta com um significado próprio e diferente, exigindo dos profissionais, além das suas
habilidades específicas, um sentimento aguçado para compreender a subjetividade de se residir em tais
instituições. Desse modo, compete ao enfermeiro que trabalha com esse público capacitar-se devidamente
sobre o processo de envelhecimento, e estar ciente de que a velhice é heterogênea, e cada residente deve ter
a sua particularidade respeitada. Sabendo disso, esses profissionais estarão aptos para exercer suas ações
específicas, voltadas para o atendimento, o mais integral possível das necessidades dos idosos, por meio de
uma assistência humanizada e acolhedora, capaz de contribuir para a melhoria da qualidade de vida do
idoso institucionalizado.

855
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do supracitado, considera-se a assistência de enfermagem um item fundamental para o


processo assistencial para os idosos residentes nas ILPIS, quanto a sua mobilidade, bem-estar físico,
psíquico e patológico. Pois enfermeiro inserido junto a equipe multiprofissional na ILPI, é prestar
assistência ao idoso, podendo estar voltada para a promoção de vida e educação em saúde, com enfoque no
cuidado à pessoa idosa institucionalizada, proporcionando manutenção de sua capacidade funcional, o que
estimulará independência em suas atividades diárias.
Identificou-se também a importância dos cuidados de enfermagem específicos para os residentes
de instituição de longa permanência, que podem variar entre independência, dependência parcial e
dependência total para realização de alguma atividade de vida diária.Portanto, para que haja êxito na
abordagem assistencial e preventiva que são fundamentais, quanto ao risco de quedas, prevenção e
tratamento de lesão por pressão, controle de medicamentos e redução da polifarmácia, ofertando
alimentação saudável, promovendo também lazer e integração dos idosos que residem na ILPI.
Desse modo, tornou-se indiscutível que a enfermagem deve estar capacitada para prestação do
cuidado, orientações e humanização no processo assistencial, possibilitando a evolução e desempenho de
forma curativa e paliativa. O enfermeiro deve estar preparado para uma assistência voltada para a promoção
da saúde, estimulando a independência, o autocuidado e a preservação da capacidade funcional.
Torna-se necessário que haja maiores investimentos, possibilitando estudos e produção científica
na temática, a fim de aprofundar discussões que possam contribuir para a promoção da saúde e na evolução
da qualidade de vida desses pacientes, relacionadas ao envelhecimento e aos cuidados de enfermagem
direcionados, visando proporcionar uma qualificada assistência de enfermagem a essa população.

REFERÊNCIAS

ALVES, M. B. et al. Instituições de longa permanência para idosos: aspectos físico estruturais e
organizacionais. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, v. 21, n. 4, [S.p.], 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, 2010. Caderno de Atenção Básica n. 19.

BRASIL.Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Instituição de longa permanência para idosos.

São Paulo: Imprensa Oficial; 2003.

CAMARANO, Ana Amélia; KANSO, Solange. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil.
Revista brasileira de estudos de população, v. 27, p. 232-235, 2010.

MEDEIROS, Fabíola de Araújo Leite et al. O cuidar de pessoas idosas institucionalizadas na percepção da
equipe de enfermagem. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 36, p. 56-61, 2015.

Marques, Francielle Renata Danielli Martins et al. Diagnósticos de enfermagem em idosos


institucionalizados vítimas de violência. Revista Escola Anna Nery, v. 26, p.2177-9465, 2022.

NUNES, Jacqueline Targino et al. Reflexões sobre os cuidados de enfermagem a idosos institucionalizados.
Revista Kairós-Gerontologia, v. 17, n. 1, p. 355-373, 2014.

OLIVEIRA, Mirna Poliana Furtado de; NOVAES, Maria Rita Carvalho Garbi. Perfil socioeconômico,
epidemiológico e farmacoterapêutico de idosos institucionalizados de Brasília, Brasil. Ciência & Saúde
Coletiva, v. 18, n. 4, p. 1069-1078, 2013.

ROCHA, Francisca Cecília Viana et al. O cuidado do enfermeiro ao idoso na estratégia saúde da família.
Rev. Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v.2, n.19, p. 186- 91, abr/jun.2011

856
CUIDADOS DE ENFERMAGEM À GESTANTE COM SÍFILIS

1
Aline Oliveira Fernandes de Lima
2
Tauana Reinstein de Figueiredo
3
Lavínia da Silva Pereira
4
Ana Carolina Mazureck
5
Laisa Ingrid Garcia Pereira
6
Melina Even Silva da Costa
7
Rosa Naiara Cruz Chagas
8
Raquel Pereira Cruz da Silva

1Faculdade Venda Nova do Imigrante. Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil; 2EBSERH - Hospital
Escola da Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul,
Brasil; 3Universidade Campos de Andrade. Curitiba, Paraná, Brasil;
4Universidade Campos de Andrade. Curitiba, Paraná, Brasil; 5Universidade
Campos de Andrade. Curitiba, Paraná, Brasil; 6Universidade Regional do
Cariri. Crato, Ceará, Brasil; 7Centro Universitário Maurício de Nassau.
Salvador, Bahia, Brasil; 8Faculdade Adventista da Bahia. Cachoeira, Bahia,
Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: enfalinefernandes@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A sífilis trata-se de uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), com alta
probabilidade de transmissão vertical, ou seja, a mãe transfere para o feto. E quando não tratada durante o
período gestacional, pode resultar em inúmeros desfechos negativos, sendo a morte perinatal, umas das
principais consequências desta patologia. Em 2021, no Brasil, foram confirmados 26.903 casos de sífilis
em gestantes, notificados pelo Ministério da Saúde. OBJETIVO: Descrever os cuidados de enfermagem
prestados à gestante com sífilis. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura,
realizada em janeiro de 2023, nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS), Bases de Dados em Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online (MEDLINE), através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), e por meio de literatura
complementar na Scientific Electronic Library Online (SciELO). Para a busca foram utilizados os
descritores “Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas”, “Sífilis Congênita”, “Gravidez” e “Cuidados
de enfermagem”, em cruzamento com os operadores booleanos AND e OR. Foram aplicados como critérios
de inclusão: artigos nos idiomas inglês e português, dos últimos cinco anos, disponíveis gratuitamente, em
texto completo. E como critérios de exclusão: artigos repetidos e que não abordassem a temática. Durante
a busca foram apurados 356 artigos. Após a coleta dos dados, empreendeu-se as etapas de pré-análise,
explorando todo o material, e realizando o tratamento dos resultados e interpretações. Assim, foram
selecionados 12 artigos de acordo com a temática apresentada, mediante análise de conteúdo. Desses,
utilizaram-se 04 estudos, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, para a composição da amostra
final. RESULTADOS: Mediante análise dos estudos, constatou-se que a sífilis é uma IST curável, e o
tratamento é realizado com a Penicilina G benzantina, conforme protocolo do ministério da saúde.
Constatou-se também que esta terapêutica apresenta 98% de taxa de sucesso na prevenção da sífilis

857
congênita e uma taxa de cura acima de 95% quando tomada nas doses corretas. Nesse contexto, a assistência
prestada pelo profissional de enfermagem à mulher portadora de sífilis, consiste inicialmente do
acompanhamento pré-natal, orientando e acompanhando-a durante toda a gestação, com o objetivo de
iniciar o tratamento o mais rápido possível, tendo em vista que a adesão terapêutica é uma das dificuldades
enfrentadas pelos profissionais de enfermagem. Nesse sentido, o acolhimento é outro fator fundamental,
devendo o enfermeiro incluir também o parceiro para a investigação da sífilis, levando em consideração
que se ele também estiver positivado, os dois devem ser tratados, pois ele pode ocasionar a reinfecção da
mulher, acarretando a ineficácia do tratamento dessa gestante, e consequentemente prejudicando o binômio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em síntese, este estudo revela como é realizado os cuidados de
enfermagem, onde destaca-se o papel do enfermeiro, mediante oferta de um atendimento amplo e de
qualidade frente às gestantes portadoras de sífilis, enfatizando ainda, a importância do acompanhamento
pré-natal e da realização do tratamento da sífilis, tendo em vista que se a patologia não for tratada, ou for
tratada de forma inadequada, pode acarretar aborto, parto prematuro e sequelas fetais.

Palavras-chave: Transmissão vertical de doenças infecciosas, Sífilis congênita, Cuidados de


enfermagem.

REFERÊNCIAS:

ARAÚJO, Michelle Andiara de Medeiros et al. Linha de cuidado para gestantes com sífilis baseada na
visão de enfermeiros. Rev Rene, [S.L.], v. 20, p. 1-8, 7 ago. 2019. http://dx.doi.org/10.15253/2175-
6783.20192041194.

SANTANA, Manoel Vitório Souza; BARBOSA, Priscila Nayara Gerônimo; SANTOS, Jauan Fellipe
Lima. Sífilis gestacional na atençao básica. Diversitas Journal, [S.L.], v. 4, n. 2, p. 403-419, 3 jun. 2019.
http://dx.doi.org/10.17648/diversitas-journal-v4i2.783.

SILVA JÚNIOR, Elismar de Almeida da; LIMA, Rosie Soares; ARAMAIO, Camila Monique Souza de
Oliveira. Desafios da enfermagem na assistência da sífilis gestacional na atenção primária de saúde:
revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Enfermagem, [S.L.], v. 11, p. 1-8, 11 maio 2021.
http://dx.doi.org/10.25248/reaenf.e7392.2021.

WAN, Zhihua et al. Factors associated with congenital syphilis: a retrospective study in jiangxi province,
china. International Journal Of Std & Aids, [S.L.], v. 33, n. 2, p. 156-163, 27 out. 2021.
http://dx.doi.org/10.1177/09564624211052184.

858
ASPECTOS RELACIONADOS AO DESLOCAMENTO
RESIDÊNCIA/TRABALHO DOS SERVIDORES TÉCNICOS
ADMINISTRATIVOS DO IFMA - CAXIAS

¹Keila Azevedo Vieira Silva dos Santos


¹Eliane Fraga da Silveira

²Honor de Almeida Neto

1 Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil; 2Universidade
Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil;
3Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, Rio Grande do Sul,
Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: keila.ebd@gmail.com

Resumo
A interiorização dos Instituto Federal no Maranhão trouxe oportunidades de trabalho no serviço público. A
carreira técnica administrativa pode contemplar diversos profissionais quer sejam do ensino médio ou do
ensino superior que por vezes necessitam migrar de um município maior para outro menor com menos
trânsito ou realizar deslocamentos intermunicipais diariamente. Analisar os aspectos que envolvem esses
deslocamentos é relevante pois contribuem para qualidade de vida desses sujeitos, que por sua vez
influencia no trabalho no campus. Esta pesquisa é exploratória quantitativa realizada no Instituto Federal
do Maranhão Campus Caxias com aplicação de questionários para 10 servidores técnicos administrativos.
Foi feita uma análise descritiva dos dados com o software JASP através de Tile heatmaps para variáveis
selecionadas. Conclui-se que quanto maior o tempo de deslocamento mais se percebem cansados. Ainda
que não possuam outro vínculo, os servidores percebem-se muito cansados. Conclui-se ainda que há uma
vantagem significativa em morar e trabalhar em uma cidade pequena pois os dados coletados indicam que
quanto menor for o tempo de deslocamento menos cansativo será para os servidores.

Palavras-chave: Servidores Técnicos Administrativos; Deslocamento casa-trabalho; Interiorização


dos Institutos Federais.
Eixo Temático: Temas Livres em Ciências da Saúde.
Modalidade: pôster.

859
1 INTRODUÇÃO
Um dos elementos que estão na dimensão da qualidade de vida e que pode
influenciar no trabalho é a capacidade do sujeito se locomover. (Pereira et al, 2012)
Geralmente, quanto mais tempo o sujeito leva para se deslocar, no dia a dia, maior
vulnerabilidade para apresentar desconfortos físicos e mentais. O processo de
interiorização dos institutos federais no Brasil trouxe oportunidades para diversos
segmentos de trabalhadores. Em busca dessa estabilidade, é comum profissionais
migrarem para outro município ou realizar o movimento intermunicipal diariamente.
Muitas mudanças decorrem desses fenômenos e que podem gerar sensações físicas
diferentes dependendo da situação. (Pinheiro, 2013/Santos, 2018).

2 METODOLOGIA
A pesquisa é exploratória quantitativa realizada no Instituto Federal do Maranhão
Campus Caxias com aplicação de questionários para servidores técnicos administrativos.
As variáveis analisadas foram: filhos, sensações físicas após deslocamento, tempo de
deslocamento , meio de transporte e outro vínculo empregatício Foi feita uma análise
descritiva dos dados com o software JASP através de Tile heatmaps (mapa do calor) para
variáveis selecionadas. Nos gráficos gerados, os valores que correspondem a variável
“Outro vínculo” (1- Sim e 2-Não); “Filhos” (1- os servidores que não tem filhos, 2 - com
filhos de até 1 ano; 3- com filhos até 5 anos; 4- com filhos até 10 anos; 5 - com filhos até
15 anos; 6 - com filhos entre 16-20 anos; 7- com filhos maior de 20 anos); “Sensações
físicas após deslocamento Residência-Trabalho” (1- Muito cansado; 2- Cansado; 3- Um
pouco cansado; 4-Nenhum cansaço); “Tempo de deslocamento residência-trabalho” (1-
até 30 min; 3- de 60 a 90 min); “Meios de transporte” (1- carro próprio; 2- Carona com
colegas; 3- ônibus; 4- Motocicleta; 5- Bicicleta; 6- A pé).

Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos
da Universidade Luterana do Brasil, Ulbra (CAAE- 5.157.423) assegurando todas as
recomendações da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Um total de 10 servidores participaram da pesquisa. Em relação perfil dos
participantes, 60% são mulheres, com faixa etária entre 33 e 57 anos. Quanto à formação,
todos possuíam nível superior, especialização (50%), mestrado (12,5%) e doutorado
(12,5%). Em relação ao local de residência, 80% moram no município de Caxias, MA;
10% em Teresina, PI e 10% em Petrolina, PE. Observou-se 02 servidores com outro
vínculo empregatício e 08 não.
Considerando as sensações físicas após deslocamento dos servidores que possuem
ou não filhos e outro vínculo, observou-se que os com filhos maiores de 15 anos sentem-
se um pouco cansados após deslocamento. Os com filhos de 0 a 5 anos de idade e que não
têm outro vínculo apresentam muito cansaço. Os respondentes que disseram não
apresentar nenhum cansaço possuem filhos com até 10 anos e filhos maiores de 20 anos.
(Gráfico I).
Gráfico 1- Sensação física após deslocamento Residência-Trabalho de servidores que têm outro vínculo
empregatício e filhos.

860
Sensação física após deslocamento Residência-Trabalho

Fonte: Gráfico gerado pelo JASP

O tempo para chegar ao trabalho a partir da residência foi analisado. Para a maioria
dos servidores, o tempo estimado foi em torno de 30 min, entretanto, os com filhos (1 até
5 anos) e que não possuem outro vínculo empregatício, levam mais tempo para chegar ao
trabalho, em torno de 60 a 90 min (Gráfico II).

Gráfico 2: Tempo de deslocamento dos servidores que possuem outro vínculo e filhos

Tempo de deslocamento Residência- Trabalho

Fonte: Gráfico gerado pelo JASP

Os servidores que consideram-se ‘muito cansados’ levam em torno de 60 a 90 min


para chegar ao trabalho e possuem filhos (1 a 5 anos) (Gráfico III). Os que utilizam o
sistema de carona com colegas e que possuem filhos , levam em torno de 60 a 90 min para
chegar ao trabalho, e também estão no grupo que se identificam como ‘muito cansados’
(Gráfico IV).

Gráfico 3: Sensações físicas após deslocamento dos servidores que possuem filhos e têm mais ou menos
tempo para se deslocarem.

Sensação física após deslocamento Residência-Trabalho

861
Fonte: Gráfico gerado pelo JASP

Gráfico 4 Sensação física após deslocamento casa trabalho considerando tempo e meio de transporte

Fonte: Gráfico gerado pelo JASP

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A interiorização do IFMA trouxe oportunidades de emprego e renda a diversos


profissionais. Por isso, é preciso voltar o olhar para a qualidade de vida desses sujeitos.
O trabalho técnico não está na atividade fim da instituição, mas é relevante pois para que
se alcance os objetivos propostos. Observar os aspectos que envolvem o deslocamento
desses servidores é compreender que são sujeitos inseridos em uma dinâmica que
reverbera no trabalho desenvolvido. É possível concluir que quanto maior o tempo de
deslocamento mais suscetíveis estão de se perceberem cansados. Os que não possuem
outro vínculo, também percebem-se muito cansados. Conclui-se que há uma vantagem
significativa em morar e trabalhar em uma cidade pequena pois os dados indicam que
quanto menor for o tempo de deslocamento menos cansativo será para os servidores.

REFERÊNCIAS

PEREIRA, E. F., TEIXEIRA, C. S., & SANTOS, A. (2012). Qualidade de vida: abordagens, conceitos e
avaliação. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 26 (2), 241-50, 2012.

862
PINHEIRO, C. H. L. (2013). Percepções e Trajetórias Docentes: mobilidade no contexto da interiorização
e expansão do ensino superior público no estado do Ceará. Tese de Doutorado, Programa de Pós-
Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Ceará, CE.
SANTOS, J. A. dos. Política de expansão da RFEPCT: quais as perspectivas para a nova territorialidade e
institucionalidade? In: FRIGOTTO, Gaudêncio (Org.). Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia: relação com o ensino médio integrado e o projeto societário de desenvolvimento. Rio de
Janeiro: UERJ, LPP, 2018.

863
DOI 10.29327/5208636.2-25

SÍNDROME DE BURNOUT EM ENFERMEIRAS QUE TRABALHAM EM


UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO INTEGRATIVA

BURNOUT SYNDROME IN NURSES WHO WORK IN INTENSIVE CARE


UNITS: INTEGRATIVE REVIEW

NAYANE GOMES MOURA SANTOS


Graduanda do curso de enfermagem do Centro Universitário Jorge Amado
(UNIJORGE). Salvador, Bahia.
LAVÍNIA DOS SANTOS OLIVEIRA
Graduanda do curso de enfermagem do Centro Universitário Jorge Amado
(UNIJORGE). Salvador, Bahia.
MAÍRA DE JESUS BELENS
Graduanda do curso de enfermagem do Centro Universitário Jorge Amado
(UNIJORGE). Salvador, Bahia.
ELAINE DA CONCEIÇÃO CHAGAS SILVA
Graduanda do curso de enfermagem do Centro Universitário Jorge Amado
(UNIJORGE). Salvador, Bahia.
ANNY KAROLINY DAS CHAGAS BANDEIRA
Enfermeira, Mestre em Saúde Coletiva, docente do Centro Universitário Jorge Amado
(UNIJORGE). Salvador, Bahia.
PAULO DE TÁSSIO COSTA DE ABREU
Mestrando em Desenvolvimento Regional e Urbano da Universidade Salvador
(UNIFACS). Salvador, Bahia.
SIMONE SANTOS SOUZA
Enfermeira, Mestre em enfermagem, docente do Centro Universitário Jorge Amado
(UNIJORGE). Salvador, Bahia.

864
RESUMO

A síndrome de Burnout (SB) é conceituada como a síndrome do esgotamento


profissional, que é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao
trabalho, e está diretamente ligada ao acúmulo de estresse, a tensão emocional e de
trabalho. Este trabalho possui como objetivo: descrever a partir da literatura, como a
Síndrome de Burnout afeta as enfermeiras que atuam em unidades de terapia intensiva.
Metodologia: Revisão integrativa da literatura, a coleta de dados ocorreu em agosto de
2022, através do Banco de Dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no recorte
temporal entre os anos de 2017 a 2022, com os seguintes critérios de inclusão: artigos
completos, disponíveis gratuitamente em português, totalizando o corpus de 5
publicações. Resultados e discussão: Os artigos encontrados responderam à pergunta de
pesquisa e favoreceu o conhecimento quanto a Síndrome de Burnout que afeta as
enfermeiras que atuam em unidades de terapia intensiva. Os resultados principais foram
sobre os fatores associados a prevalência de enfermeiros com SB como altos níveis de
exaustão emocional, baixo nível de realização profissional; alguns fatores
sociodemográficos; condições de trabalho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI);
efeitos da atuação na linha de frente da COVID-19 na saúde mental de enfermeiras.
Considerações finais: A maioria dos achados salientaram que a SB é decorrente dos
transtornos mentais que se iniciam de forma peculiar, a partir da exaustão da sobrecarga
de trabalho. Destacou-se que a enfermeira tem sido alvo da SB no setor de UTI devido
a fatores de cunho estressor que favorecem o adoecimento decorrente do labor. Algumas
nuances foram destacadas como as questões do exercício profissional durante os
adventos da pandemia, com o favorecimento dos sintomas estressores e o
desenvolvimento da SB através do cansaço físico e mental excessivo, que influenciaram
na qualidade de vida e na saúde física e mental destas profissionais.

Palavras-chave: Enfermagem; Esgotamento profissional; Unidades de terapia


intensiva.

ABSTRACT

Burnout syndrome (BS) is conceptualized as the professional burnout syndrome, which


is a psychic disorder caused by extreme exhaustion related to work, and is directly linked
to the accumulation of stress, emotional and work tension. This work aims to: describe
from the literature, how the Burnout Syndrome affects nurses who work in intensive care
units. Methodology: Integrative literature review, data collection took place in August
2022, through the Virtual Health Library (VHL) Database, in the time frame between the
years 2017 to 2022, with the following inclusion criteria: articles complete, available for
free in Portuguese, totaling the corpus of 5 publications. Results and discussion: The
articles found answered the research question and favored knowledge about the Burnout
Syndrome that affects nurses working in intensive care units. The main results were about
factors associated with the prevalence of nurses with BS such as high levels of emotional
exhaustion, low level of professional achievement; some sociodemographic factors;

865
working conditions in the Intensive Care Unit; effects of acting on the front lines of
COVID-19 on the mental health of nurses. Final considerations: Most findings
highlighted that BS is a result of mental disorders that start in a peculiar way, from the
exhaustion of work overload. It was highlighted that the nurse has been the target of BS
in the ICU sector due to stressors that favor illness resulting from work. Some nuances
were highlighted, such as the issues of professional practice during the advent of the
pandemic, with the favoring of stressful symptoms and the development of BS through
excessive physical and mental fatigue, which influenced the quality of life and the
physical and mental health of these professionals.

Keywords: Nursing; Professional burnout; Intensive care units.

1 INTRODUÇÃO

A síndrome de Burnout (SB) é conceituada como a síndrome do esgotamento profissional, que é


um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho, e esta diretamente ligada ao
acúmulo de estresse, a tensão emocional e de trabalho, que ocorre a partir de diversas transformações
no cotidiano do profissional, e influencia diretamente no processo de saúde/doença e na
qualidade de vida no contextos laboral, o que impacta no labor exercido, bem como na saúde física e
mental das pessoas que são acometida (ALENCAR et al., 2022).
A sobrecarga de trabalho é um dos maiores fatores que contribuem para os sinais
e sintomas físicos e mentais, pois esta é uma condição que traz como consequência o
desencadeamento da exaustão física e psíquica, o que gera uma tensão, que culmina no
estresse e sofrimento destes profissionais, e diante dessa problemática, em muitos casos,
acaba por gerar a SB (HORTA et al., 2021).

E é nesta perspectiva que se torna possível inserir as atividades laborais dos


profissionais de enfermagem na unidade de terapia intensiva (UTI). Nesse contexto, pode-
se salientar que as atividades laborais dos profissionais de enfermagem, que em muitos
casos vivenciam situações de estresse e sobrecarga de trabalho no contexto de suas
atribuições. Diante disso é possível destacar que o sofrimento silenciado em conjuntocom
o estresse ocupacional e a sobrecarga de trabalho, geram angústia, e apresentam
implicações significativas, o que afeta diretamente na saúde mental dos profissionais de
enfermagem (TOBASE et al., 2021).

A justificativa deste estudo manifesta-se pela necessidade de promover análises e


discussões em relação aos fatores estressores da equipe de enfermagem no atendimento

866
em UTI, a fim de favorecer maiores conhecimentos sobre essa problemática, para que
sejam disseminadas informações precisas sobre esta tão importante situação, que é de
extrema relevância para a saúde da equipe de enfermagem.

A discussão deste estudo contribuirá sobretudo para a equipe de enfermagem que


pretende atuar no segmento da UTI, pois estes necessitam de autonomia para tomada de
decisões em tempo hábil, o que pode gerar estresse e tensão, e com isso carecem de
saberes concernentes aos fatores que desencadeiam o estresse, e as complicações que são
desenvolvidas a partir desses fatores estressores, a exemplo da SB. Diante disso, a questão
que norteia este trabalho é: Como a Síndrome de Burnout afeta as enfermeiras que atuam
em unidades de terapia intensiva?

Este estudo tem por objetivo descrever a partir da literatura, como a Síndrome de
Burnout afeta as enfermeiras que atuam em unidades de terapia intensiva.

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de Revisão Integrativa da Literatura (RIL), que é a


elaboração de uma síntese pautada em diferentes tópicos, que são capazes de criar uma
ampla compreensão sobre o conhecimento, e é o primeiro passo para a construção do
conhecimento científico (BOTELHO; CUNHA; MACEDO, 2011).

Para a elaboração da pergunta de investigação, foi utilizada a estratégia PICo a


partir do acrônimo (P= população; I= interesse; Co= contexto), o que direcionou as
seguintes informações: P= Enfermeiras; I= Síndrome de Burnout; Co= UTI.

Quadro I: Refere a Estratégia PICo (P) população; (I) interesse; (Co) contexto.

Estratégia PICo

ACRÔNIMO DEFINIÇÃO APLICAÇÃO

P População Enfermeiras

I Interesse Síndrome de Burnout

867
Co Contexto UTI

Pergunta de pesquisa: Como a Síndrome de Burnout afeta as enfermeiras que atuam em


unidades de terapia intensiva?

Fonte: Elaboração das autoras (2022).

Buscou-se uma linha de raciocínio dos achados do referido assunto, a fim de evitar
quaisquer evidências de plágio, com isso, a interpretação das informações ocorreu a partir
da leitura e análise crítica dos materiais coletados.

A busca dos materiais deu início em agosto de 2022 e foi realizada através do
Banco de Dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), os Descritores em Ciências da
Saúde (DeCS) utilizados foram: Estresse ocupacional; Enfermagem; Esgotamento
Profissional; Unidades de Terapia Intensiva.

Os critérios de inclusão utilizados foram trabalhos originais, os materiais


publicados e disponíveis na íntegra, no idioma de português, que atenderam aos objetivos
do estudo, e no recorte temporal que compõe o período de 2017 a 2022.

Os critérios de exclusão foram: artigos que não atenderam ao objetivo proposto,


artigos com duplicidade, incompletos e fora do recorte temporal.

O cruzamento dos dados foi através dos descritores com o uso operador booleano
AND que pode favorecer a seleção de 105 artigos inicialmente. Após aplicados os critérios
de inclusão restaram 32 artigos para a leitura e análise dos títulos e resumos. Após a leitura
foram excluídos 27 artigos, e restaram 5 artigos para corroborar com a discussão. Com
isso, a apresentação e análise dos dados demonstrou a exposição das diferentes ideias dos
autores, e considerou todas as concordâncias e discordâncias deles. Abaixo esta destacada
a Figura I com o fluxograma de seleção de busca dos estudos.

868
Figura I: Fluxograma de seleção de busca dos estudos.

Fonte: Elaboração das autoras (2022).

Este estudo atende aos aspectos éticos e legais, pois cita todos os autores mediante
ao uso de suas respectivas publicações. Conforme preconiza a lei que regulamenta os
direitos autorais, Lei nº 12.853 de 14 de agosto de 2013 (BRASIL, 2013).

869
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os artigos encontrados responderam a pergunta de pesquisa e favoreceu o


conhecimento quanto a Síndrome de Burnout que afeta as enfermeiras que atuam em
unidades de terapia intensiva. No Brasil (n=4) artigos foram escritos em português, nos
Estados de São Paulo (n=2); Pernambuco (n=1) e Minas Gerais (n=1), e na Holanda (n=1),
que foi escrito na língua inglesa, nos anos de 2017 (n=3) e 2021 (n=2), nos seguintes
periódicos: Revista Gaúcha de Enfermagem (n=1); Revista Texto e Contexto de
Enfermagem (n=1); Revista de Enfermagem UFPE (n=1); Revista Enfermagem de
Cuidados Intensivos e Críticos (n=1); Revista do Jornal Brasileiro de Psiquiatria (n=1).

Todos os artigos foram escritos por enfermeiros e estudantes de enfermagem. As


metodologias utilizadas foram: Estudo quantitativo, descritivo, transversal (n=3); estudo
observacional (n=1); estudo descritivo e quantitativo (n=1).

Os resultados principais foram: Fatores associados a prevalência de enfermeiros com SB


como altos níveis de exaustão emocional, baixo nível de realização profissional; alguns
fatores sociodemográficos (VASCONCELOS; DE MARTINO, 2017); condições de
trabalho na UTI; níveis de estresse, insatisfação profissional e características inadequadas
de trabalho; maiores índices de Burnout em mulheres (PADILHA et al., 2017);
intensidade de estresse dos profissionais de enfermagem de UTI e UTSI (SILVA et al.,
2017); efeitos da atuação na linha de frente da COVID-19 na saúde mental de enfermeiras
de UTI (HIDDE et al., 2021); prevalência e existência de fatores preditores da síndrome
de Burnout em técnicos de enfermagem que atuam em unidade de terapia intensiva (UTI)
durante a pandemia da COVID-19 (FREITAS et al., 2021). Todos os resultados
encontram-se detalhados no Quadro 2.

Quadro 2: Quadro síntese de informações sobre os estudos incluídos na Revisão Integrativa

870
Autores e Periódi
N° Título do artigo Estado Metodologia Principais Resultados
Ano co
1 Preditores da Vasconcelos; Revista São Estudo Fatores associados a
síndrome De Martino Gaúcha Paulo quantitativo, prevalência de
de burnout em 2017 de descritivo, enfermeiros com SB:
enfermeiros de Enferma transversal Altos níveis de exaustão
unidade de terapia gem emocional;
intensiva Baixo nível de realização
profissional;
Fatores
sociodemográficos.

2 Carga de trabalho de Padilha et al., Revista São Estudo Condições de trabalho na


enfermagem, 2017 Texto e Paulo Observacional UTI;
estresse/burnout, Context Níveis de estresse,
satisfação e o de insatisfação profissional e
incidentes em Enferma características
unidade de terapia gem inadequadas de trabalho;
intensiva de trauma Maiores índices de
Burnout em mulheres.
3 Estresse e coping Silva et al., Revista Pernam Estudo Intensidade de estresse
entre profissionais de 2017 de buco descritivo e dos profissionais de
enfermagem de Enferma quantitativo enfermagem de UTI e
unidades de terapia gem UTSI;
intensiva e semi- UFPE
intensiva
4 O impacto do HIDDE et al., Revista Holanda Estudo Efeitos da atuação na
primeiro surto de 2021 Enferma quantitativo, linha de frente da
COVID-19 no bem- gem de descritivo, COVID-19 na saúde
estar mental de Cuidado transversal mental de enfermeiras de
enfermeiras de UTI: s UTI
um estudo de Intensiv
pesquisa nacional os e
Críticos
5 Preditores da síndrome FREITAS Revista Minas Estudo Prevalência e existência
de Burnout em et al., do Gerais quantitativo, de fatores preditores da
técnicos de 2021 Jornal descritivo e síndrome de Burnout em
enfermagem de Brasileir transversal técnicos de enfermagem
unidade de terapia o de que atuam em unidade de
intensiva durante a Psiquiat terapia intensiva (UTI)
pandemia da COVID- ria durante a pandemia da
19 COVID-19.
Fonte: Elaboração das autoras (2022).

Para a compreensão dos achados, buscou-se descrever a partir da literatura, como


a Síndrome de Burnout afeta as enfermeiras que atuam em UTI, pois as ações assistenciais
nesse ambiente, podem ser de cunho estressor as mesmas, e podem vir a favorecer o
adoecimento decorrente do labor.

A enfermeira auxilia diretamente na assistência ao paciente com o foco na


manutenção da qualidade de vida destes, pois os cuidados prestados em UTI são

871
fundamentais, e as intervenções realizadas pela profissional, perpassam pelo
monitoramento coerente da função hemodinâmica, ventilatória, e até do posicionamento
adequado do paciente (SILVA et al., 2017). É nessa perspectiva que a enfermeira precisa
manter-se atenta as questões que permeiam a saúde no contexto laboral. Diante disso, as
demandas assistenciais que perpassam pelo exercício da profissão, podem vir a ser
prejudiciais à saúde, e assim, se torna cabível atentar-se para a saúde física e mental das
enfermeiras que trabalham no setor de UTI.

A atuação da enfermeira na UTI transcorre por níveis de estresse que devem ser
avaliados, pois há uma grande chance dessas profissionais comprometerem a segurança
e a qualidade do serviço, através de incidentes em UTI por causa do estresse acumulado,
sob esse ponto, esses níveis de estresse carecem de avaliação, juntamente com a avaliação
das características de trabalho, pois estas características podem ser em alguns casos,
inadequadas, e vir a favorecer os níveis de estresse ocupacional, insatisfação profissional
e, o aumento dos índices de Burnout (PADILHA et al., 2017).

Silva et al (2017) destacaram que a intensidade de estresse dos profissionais de


enfermagem em UTI, e em Terapia Semi-Intensiva (UTSI), apresentaram maiores índices
para mulheres, e relataram que o predomínio de profissionais de enfermagem que atuam
em UTI, são sexo feminino. Padilha et al (2017) também constataram essa prevalência,
pois salientaram que nesse contexto as mulheres são a grande maioria.

Uma estimativa de 32,6% na prevalência global, se dá concernente aos Distúrbios


Psíquicos Menores (DPM), que são transtornos mentais leves, que se apresentam como
transtornos depressivos, de ansiedade ou de somatização, correspondentes ao
adoecimento mental. Os DPM estão presentes entre os trabalhadores de enfermagem do
sexo feminino, pois, muitas mulheres enfermeiras que desenvolvem os DPM,
desenvolvem também, um trabalho de alta exigência, com um alto desequilíbrio a nível
de esforço e recompensa, e com baixo apoio social, o que detecta as condições de excesso
de comprometimento da parte dessa população (PINHATTI et al., 2018).

Hidde et al (2021) dizem que os efeitos da atuação na linha de frente da Covid-


19, na saúde mental e na saúde física de enfermeiras que atuaram em UTI, foram significativos,
pois foi possível destacar que a sobrecarga de trabalho constituíram-se a partir do número
insuficiente de profissionais de enfermagem, devido ao estresse acumulado, e a exaustão
por sobrecarga de trabalho que desencadeiam fatores que corresponderam a sintomas

872
mentais, e distúrbios psíquicos e proporcionaram um número limitado de pessoal para
assumir os plantões, com efeito direto no estresse ocupacional, e no desencadear de
transtornos e de sintomas mentais como a SB.

Destaca-se que o desconhecimento situacional em que envolveu o novo estado de


saúde no período pandêmico, trouxe um desconforto dos profissionais em manter-se na
atividade com o limite de uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), e a
incerteza dos métodos de atenção assistencial, e se tornou um problema durante o
exercício da profissão. O desenvolvimento da SB no setor de UTI durante a pandemia da
Covid 19 foi também referente a insuficiência e, ou indisponibilidade de EPI, bem como
a falta de treinamento devido a urgência, que se revelou como um fator preponderante
para o desequilíbrio emocional e para o desencadear, e a prevalência da SB nesta
população (FREITAS et al., 2021).

Decorrente de toda essa problemática, pode-se citar que os fatores associados a


prevalência de enfermeiras com SB perpassam pelo ritmo acelerado das transformações
organizacionais, sociais e jurídicas, bem como os fatores sociodemográficos. Estas
situações tem influenciado diretamente no processo de saúde, e de adoecimento do
trabalhador, pois favorecem altos níveis de exaustão emocional, o que culmina em baixo
nível de realização profissional e acumulo de estresse laboral (VASCONCELOS; DE
MARTINO, 2017).

A expressa-se através do cansaço físico e mental excessivo, cefaleia frequente, alterações do


apetite, insônia e dificuldade de concentração, negatividade, sentimento de fracasso, incopentência e
insegurança. Sendo a SB um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao esgotamento
profissional, devido acúmulo de estresse, tensão emocional e de trabalho, e influencia na qualidade de
vida e na saúde física e mental dos profissionais acometidos (ALENCAR et al., 2022).E é de fundamental
importância que esta patologia seja tratada, a fim de que as enfermeiras possam espressar a sua autonomia
laboral de forma saudável.
Com isso, é preciso ompartilhar, entre os profissionais de saúde, dados e orientações sobre Burnout
e suas consequências negativas para o indivíduo e para a instituição, bem como elucidar melhor o papel das
estratégias de enfrentamento (SILVA et al., 2017). Sabe-se que o trabalho da enfermeira em UTI tem suas
peculiaridades, e por ser um ambiente complexo, acaba por influenciar no contexto da saúde e bem-estar
de toda a equipe.

4 CONCLUSÃO

873
Os principais achados para a construção desse estudo perpassam pela resposta a
questão norteadora, com o objetivo descrever a partir da literatura, como a SB afeta as
enfermeiras que atuam em UTI. A maioria dos achados salientaram que a SB é decorrente
dos transtornos mentais que se iniciam de forma peculiar, a partir da exaustão da
sobrecarga de trabalho.

Destacou-se que a enfermeira tem sido alvo da SB no setor de UTI devido a fatores
de cunho estressor que favorecem o adoecimento decorrente do labor. Algumas nuances
foram destacadas como as questões do exercício profissional durante os adventos da
pandemia, com o favorecimento dos sintomas estressores e o desenvolvimento da SB
através do cansaço físico e mental excessivo, que influenciaram na qualidade de vida
e na saúde física e mental destas profissionais.

As limitações do estudo se dão pela condição de a pesquisa ser uma pesquisa


literária, sem condições de investigação em dados atuais. Contudo é cabível destacar que
a SB afeta também profissionais de sexo masculino, e de outras áreas de labor na saúde,
e com isso é possível salientar que se faz necessário desenvolver novos estudos de forma
mais abrangente, que possam auxiliar em uma tomada de decisão quanto a estratégias de
prevenção da SB em profissionais da área da saúde.

REFERÊNCIAS

ALENCAR, B. E. R., et al. Compreendendo o adoecimento mental pelo esgotamento


profissional da Síndrome de Burnout: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de
Saúde. v. 5, n.1, p. 2595-6825, 2022.

BOTELHO, L.L.R; CUNHA, C.C.A; MACEDO, M. O método da revisão integrativa


nos estudos organizacionais. Revista Eletrônica Gestão e Sociedade, v. 5, n. 11,
p..121-136, 2011.

BRASIL. Lei nº 12.853, de 14 de agosto de 2013. (Altera os arts. 5o, 68, 97, 98, 99 e
100, acrescenta arts. 98-A, 98-B, 98-C, 99-A,99-B, 100-A, 100-B e 109-A e revoga o
art.94 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de1998, para dispor sobre a gestão coletiva de
direitos autorais, e dá outras providências). Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, Brasília-DF, 14 de agosto de 2013.

874
FREITAS, R. F., et al. Preditores da síndrome de Burnout em técnicos de enfermagem de
unidade de terapia intensiva durante a pandemia da COVID-19. Revista do Jornal
Brasileiro de Psiquiatria. v.7, n.1, p. 12-20. 2021.

HORTA, R. L., et al. O estresse e a saúde mental de profissionais da linha de frente da


COVID-19 em hospital geral. Revista do Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v.70, n.1,
p. 30-38. 2021.

HIDDE, H., et al. O impacto do primeiro surto de COVID-19 no bem-estar mental de


enfermeiras de UTI: um estudo de pesquisa nacional. Revista Enfermagem em
Terapia Intensiva e Crítica, v.65, n. 1, p. 1-6. 2021.

PADILHA, K. G. et al. Carga de trabalho de enfermagem, estresse/burnout, satisfação e


incidentes em unidade de terapia intensiva de trauma. Revista Texto e Contexto de
Enfermagem, Florianópolis, v.26, n. 3, p. 1-8. 2017.

PINHATTI, E. D. G. et al. Aspectos psicossociais do trabalho e distúrbios psíquicos


menores na enfermagem: uso de modelos combinados. Revista Latino-Americana de
Enfermagem, São Paulo, v.26, n. 1, p. 1-9. 2018.

TOBASE, L. et al. Escuta empática: estratégia de acolhimento aos profissionais de


enfermagem no enfrentamento da pandemia por coronavírus. Revista Brasileira de
Enfermagem, Brasília, v.74, n. 1, p. 1-4. 2021.

SILVA, R. P. da et al. Burnout e estratégias de enfrentamento em profissionais de


enfermagem. Revista do Arquivo Brasileiro de Psicologia, v.67, n. 1, p. 130-145.
2017.

VASCONCELOS, E. M. de.; DE MARTINO, M. M. F. Preditores da síndrome de


burnout em enfermeiros de unidade de terapia intensiva. Revista Gaúcha de
Enfermagem, Porto Alegre, v.38, n. 4, p. 1-8. 2017.

875
DOI 10.29327/1192726.1-34

ASPECTOS DA MORFOLOGIA E COMPREENSÃO DAS MALFORMAÇÕES


CARDÍACAS CONGÊNITAS ‘AN UPDATE’
Cleiber Amaro alves1
Maria Eduarda Barbosa Silva 2
Ester Emanuela Mariano 3
Ana Caroline da Silva Morais3
Iasmin Borges de Freitas Dupim2
Medley Fernandes dos Santos3
Elizabeth Amélia Alves Duarte1
1 2
Faculdade de Medicina ITPAC. Cruzeiro do Sul, Acre, Brasil; Universidade de Rio Verde (UniRV).
Goiânia, Goiás, Brasil; 3Universidade de Rio Verde (UniRV). Goianésia, Goiás, Brasil.
Eixo temático: Emergência clínica
Modalidade: Pôster
E-mail do 1º autor: cleiber.amaro@gmail.com

INTRODUÇÃO: A cardiopatia congênita (CC) em 75% dos casos está associada a anomalias
extracardíacas, decorrente de erros no processo de sinalização Hedgehog (Hh), comprometendo processos
de proliferação e diferenciação celular. Sobretudo nos múltiplos aspectos da lateralização esquerda-direita
e crescimento cardiovascular envolvidos na patogênese do defeito no septo atrioventricular (DSAV) em
diferentes doenças genéticas. OBJETIVO: Prospectar atualizações cientificas sobre DSAV considerando os
avanços biotecnológicos quanto ao diagnóstico e tratamento. METODOLOGIA: revisão sistemática a partir
do descritor ‘heart septal defects’ e respectivos termos de entrada: ‘AVCD’, ‘Atrioventricular canal defect’
e “Atrioventricular septal defect’ incluídos nos metadados ‘MeSH’ integrado a plataforma PubMed-Medline.
Os resultados obtidos foram analisados por bibliometria através do ‘The bibliometrix package’ dopacote
estatístico R v.4.0.3. RESULTADOS: Foram extraídos 1.646 artigos completos no intervalo de tempo (1953
a 2023), destes 436 foram publicados nos últimos cinco anos (2018-2023), 111 entre 2022- 2023 e 13 em
2023. Esta observação temporal reporta, inicialmente aos estudos sobre caracterizações morfofisiológicas
do DSAV que ascendem cronologicamente a compreensão dos mecanismos moleculares.Os quais esclarecem
rotas metabólicas, mutações e regulação gênica fundamentais na perspectiva de adoçãode ações terapêuticas
convencionais (farmacológica e cirúrgica), associando qualidade de vida e procedimentos cirúrgicos
reparatórios. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dados publicados pela Rede Europeia de
Vigilância de Anomalias Congênitas que ascendem aos dados epidemiológicos de outros continentes, como
o Brasil com ‘influência’ étnico europeia. Apontam a evidências de associação positiva entre a idade
materna e a prevalência de doenças cardíacas congênitas, com fenótipos graves entre mães mais jovens (≤24
anos) e menos graves, porém associadas ao transtorno do espectro autista (TEA) entre mães com (35-44
anos). O diagnóstico por ultrassom durante pré natal é um prognostico ainda no 1º trimestre de gestação e
a correção cirúrgica do septo atrioventricular em lactentes tem ocorrido com menorfrequência de reoperação
infanto-juvenil.

Palavras-chaves: Septo atrioventricular, malformação congênita, defeito cardiovascular

Referências:

BERMUDEZ, B. E. et al. Down syndrome: Prevalence and distribution of congenital heart disease in Brazil.
São Paulo Medical Journal. São Paulo, v. 133, n. 6, p. 521-524, nov./dez., 2015. Disponível em: <
https://doi.org/10.1590/1516-3180.2015.00710108> Acesso em: 11 jan. 2023.

Digilio MC. Et al. Atrioventricular canal defect and genetic syndromes: The unifying role of sonic
hedgehog. Clinical Genetics. V. 95, n. 2, p. 268-276. 2019 doi: 10.1111/cge.13375. Acesso em: 11 fev.
2023.

876
KOZAK, M. F. et al. Factors associated with moderate or severe left atrioventricular valve regurgitation
within 30 days of repair of incomplete atrioventricular septal defect. Brazilian Journal of Cardiovascular
Surgery. São Paulo, v. 30, n. 2, p. 198-204, mar./abr., 2015. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbccv/a/rcfzh7SjxqKg65ZYp4wk3cS/?lang=en> Acesso em: 11 jan. 2023.

Mamasoula C, et al. Maternal age and the prevalence of congenital heart defects in Europe, 1995-2015: A
register-based study. Birth Defects Research. 2023 Feb 3. doi: 10.1002/bdr2.2152. Acesso em: 11 fev.
2023.

Mureşan D, et al. Complete atrioventricular septal defect in the era of prenatal diagnosis. Medical
Ultrasonography. v. 5, 18(4), p. 500-507. 2016. doi: 10.11152/mu-879. Acesso em: 11 fev. 2023.

877
DOI 10.29327/1192726.1-20

IMPACTOS DA PANDEMIA NA SAÚDE MENTAL: REVISÃO INTEGRATIVA

¹ Emily Belchior do Nascimento dos Santos


1
Elaine Belchior do Nascimento
2
Kênya Costa Rodrigues da Silva
3
Isabella Lusvardi do Pinho Mellado
1Faculdade Santos Dumont (FSD). Santos Dumont, Minas Gerais, Brasil; 2 Universidade
Pitágoras Unopar Anhanguera. Tucuruí, Pará, Brasil; 3 Faculdade Santos Dumont (FSD).
Santos Dumont, Minas Gerais, Brasil.
Eixo temático: Revisões de literatura
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: emilybelchior32@gmail.com
INTRODUÇÃO: A pandemia causada pelo SARS-Cov-2, tem se propagado de forma devastadora,
causando diversos impactos na sociedade, relacionados à morbimortalidade e adoção de medidas de
isolamento social para conter a transmissibilidade do vírus anunciado ao mundo em dezembro de 2019
atravessado todo o tecido social, não poupando praticamente nenhuma área da vida coletiva ou individual,
com repercussões na esfera da saúde mental. A falta de imunização frente a esse vírus e, principalmente,
sua elevada facilidade de propagação caracterizou a emergência sanitária internacional, que além do medo
de contrair a doença, tem se provocado sensação de insegurança em demasiados aspectos da vida afetando
assim de forma significativa à saúde mental tornando assim as sequelas de uma pandemia, maiores do que
o número de mortes. Os sistemas de saúde dos países aos quais entraram em colapso, tiveram como
consequência a exaustão dos profissionais de saúde, devido às longas horas de trabalho e, além disso, o
método de controle mais efetivo da doença, que é o distanciamento social, impactou consideravelmente na
saúde mental populacional e no seu desenvolvimento como um todo. Contudo, mesmo com o declínio do
número de novos casos e a diminuição da transmissão comunitária, as medidas de distanciamento social
foram reduzidas e o surto de contaminação tende a estar sob controle, ainda que não seja necessariamente
inexistente mas mesmo com a retomada das atividades habituais podemos perceber diariamente seu impacto
na vida dos indivíduos. OBJETIVO: Analisar por meio da revisão de artigos científicos os impactos da
pandemia da Covid-19 na saúde mental de indivíduos e coletividades. METODOLOGIA: Trata-se de uma
Revisão Integrativa de Literatura. As informações obtidas foram extraídas no banco de dados do SciELO,
a partir de descritores: “COVID 19”, ‘’SARS-CoV-2’’, “saúde mental” e ‘’Transtornos Mentais’’.Foram
incluídos artigos publicados entre os anos de 2019 a 2022 e filtros utilizados em dois idiomas ( inglês e
português). Para a estratégia de busca de descritores foi utilizado o DeCS/MeSH onde foram obtidos
“COVID-19’’, “SARS-CoV-2’’, “Saúde Mental’’ e ‘ ’Transtornos Mentais’’. RESULTADOS: Foram
levantados na base de dados SciELO 426 artigos a partir dos descritores indicados, destes artigos apenas 31
foram elegidos para a revisão por estarem diretamente relacionados a temática investigada e obedecerem os
critérios de inclusão estabelecidos. CONCLUSÃO: A presente revisão reúne conhecimento científico
acerca da saúde mental, da emergência do cuidado e dos aspectos associados à declarada emergência de
saúde pública acometida pelo novo coronavírus. Foram expostos conceitos para um mais claro
entendimento do cenário desencadeado pela COVID-19, bem como questões relacionadas a problemas do
campo de saúde mental, fatores protetivos no desenvolvimento de transtornos mentais e, também, exemplos
de possíveis intervenções em diferentes momentos da pandemia. É urgente realizar esforços para
compreender a fisiopatologia da Covid-19, incluindo a infecção do sistema nervoso central e o risco de
comprometimento da saúde mental, assim como os efeitos da pandemia em indivíduos saudáveis
impactados pela situação de distanciamento social. Sendo assim, provavelmente enfrentaremos uma nova
‘pandemia’ relacionada à saúde mental em breve.

878
Palavras-Chave: COVID-19; Pandemia; Saúde Mental.

1 INTRODUÇÃO
Wuhan, capital da província da China Central, atingiu países, cidades e pessoas em diferentes
níveis de complexidade devido seu elevado poder de transmissibilidade e de distribuição global, sendo
totalizado o registro de COVID-19 em mais de 180 países ao redor do mundo. A Organização Mundial da
Saúde (OMS), a classificou como surto e Emergência de Saúde Pública de âmbito internacional, em 20 de
janeiro de 2020 e como Pandemia, em 11 de março do mesmo ano, ocasionando devido impacto sobre os
sistemas de saúde, com a exposição de populações e grupos vulneráveis, a sustentação econômica do
sistema financeiro e da população, a saúde mental das pessoas em tempos de confinamento e temor pelo
risco de adoecimento e morte, acesso a bens essenciais como alimentação, educação, medicamentos,
transporte deixando cada vez mais evitando tamanho desigualdade social.Os coronavírus foram descritos
pela primeira vez na década de 1960 devido sua capacidade de causar síndromes respiratórias e
gastrointestinais, sendo os maiores vírus de ácido ribonucléico (RNA) de fita simples, esféricos,
encapsulados e cercados por uma camada de proteínas. A proteína S, aspecto de espículas, produz estrutura
com aparência de coroa, determinando o tropismo do vírus e fusão com as células do hospedeiro. Pertencem
à Ordem Nidovirales, Família Coronaviridae, Subfamília Orthocoronaviridae e classificam-se nos Gêneros:
Alphacoronavírus (a-COV), Betacoronavírus (0-COV), Deltacoronavírus (S-COV) e Gammacoronavírus
(y-COV). Dentre os coronavírus identificados, o SARS-CoV-2 é o sétimo identificado a causar doenças em
humanos, sendo o terceiro a determinar uma epidemia, após a síndrome respiratória aguda grave (SARS-
CoV) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV), que cursam com sintomas graves de vias
aéreas e alta taxa de mortalidade (10%-30%). Atualmente, existem mais de 1.000 variantes da covid-19 que
são divididas em duas variantes de interesse que é quando o vírus sofre mutações que podem levar a um
aumento da capacidade de transmissão e variantes de preocupação que é quando o vírus sofre mutações que
permitem determinadas vantagens em relação às variantes anteriores, como aumento da capacidade de
transmissão, doença mais grave ou escape imune.Após a chegada da COVID-19 no Brasil, diversas medidas
de controle e prevenção da doença foram tomadas pelas autoridades sanitárias locais em diferentes esferas
administrativas (governo federal, governos estaduais e municipais). Essas medidas se diferenciam de uma
região para outra do país, entretanto a medida mais difundida pelas autoridades foi a prática do
distanciamento social, ou também denominado isolamento social, acarretam a perda de liberdade, incerteza
sobre o estado da doença, separação de entes queridos, angústia e pensamentos obsessivos que podem ter
efeitos prejudiciais severos. Considerando que a principal teoria do suicídio enfatiza o principal papel das
relações sociais na prevenção, pode até ser um fator de risco para pessoas que sofrem de ideação suicida. A
OMS definiu, em 1948, a saúde como um ‘’estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não
apenas a ausência de doenças”, compreendendo-se a importância da interação social para um estado de
saúde. Contudo, o presente estudo teve por objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura sobre os
impactos da pandemia na saúde mental, permitindo que pesquisas publicadas sejam sintetizadas em um
único artigo tornando-as mais acessíveis. Sendo assim, considerou-se relevante investigar quais as
principais psicopatologias/sintomas psiquiátricos que se manifestam, de que forma estas reações podem ser
contornadas, que fatores protegem o indivíduo do adoecimento mental e o que esperar desses efeitos daqui
a alguns anos em nossa sociedade.

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo caracterizado como uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), que
possibilita a identificação, síntese e a realização de uma análise ampla na literatura acerca de uma temática
específica, onde buscou-se artigos que descrevessem os impactos da pandemia na saúde mental. A estratégia
de busca baseou-se no princípio de abrangência, por esse motivo foi utilizada a base de dados Scientific
Electronic Library Online (SciELO), por ser ampla, de livre acesso e que abrange uma coleção considerável
de periódicos científicos brasileiros, foco da nossa investigação. Foram incluídos artigos publicados entre
os anos de 2019 a 2022 e filtros utilizados em dois idiomas ( inglês e português). Para a estratégia de busca
de descritores foi utilizado o DeCS/MeSH onde foram obtidos ‘’COVID-19’’, ‘’SARS-CoV-2’’, ‘’Saúde
Mental’’ e ‘’Transtornos Mentais’’.

879
A partir do presente estudo foram encontrados 426 artigos a partir dos descritores
indicados, sendorevisados 250 e selecionados 31 após serem avaliados para elegibilidade nesta
revisão, sendo analisados estudos do tipo caso clínico, revisão integrativa, revisão sistemática e
protocolos. A recolha dos dados ocorreu em janeiro de 2023.
Dessa forma, foram utilizadas as seguintes etapas para sua elaboração: (1) delimitação
do tema e construção da pergunta norteadora da pesquisa; (2) levantamento das publicações nas
bases de dados selecionadas; (3) classificação e análise das informações achadas em cada
manuscrito; (4) análise dos estudos escolhidos; (5) apresentação dos resultados encontrados e (6)
inclusão, análise crítica dos achados e síntese da revisão da literatura.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para que se tenha uma ideia da velocidade de contaminação e da gravidade desse vírus, no
mundo, em 31 de março de 2020 existiam 760.040 casos e 40.842 mortes, havendo um aumento,
após seis meses, em 27 de setembro de 2020, para 32.925.668 de casos confirmados e 995.352
mortes. Neste cenário da pandemia de COVID-19, convém salientar que devido ao rápido avanço
da doença e o excesso de informações disponíveis, algumas vezes discordantes, se torna um
âmbito favorável para alterações comportamentais impulsionadoras de adoecimento psicológico,
que podem gerar consequências graves na Saúde Mental (SM) do indivíduo. Após a chegada da
COVID-19 ao Brasil, as autoridades locais de saúde em diferentes áreas administrativas tomaram
uma série de medidas para controlar e prevenir a doença, sendo a quarentena, isolamento e
distanciamento social as medidas mais comuns os quais acarretaram a perda de liberdade, incerteza
sobre o estado da doença, separação de entes queridos, angústia e pensamentos obsessivos que
podem ter efeitos prejudiciais severos. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que juntamente com a
pandemia de COVID-19 surge um estado de pânico social em nível global e desencadeia os
sentimentos autodestrutivos que se estendem até mesmo após o controle do vírus, considerando
que a principal teoria do suicídio enfatiza o principal papel das relações sociais na prevenção,
pode até ser um fator de risco para pessoas que sofrem de ideação suicida. O aumento dos sintomas
psíquicos e dos transtornos mentais durante a pandemia pode ocorrer por diversas causas. Dentre
elas, pode-se destacar a ação direta do vírus no sistema nervoso central por se tratar de uma doença
sistêmica, as experiências traumáticas associadas à infeção ou morte de pessoas próximas na
pandemia, o estresse induzido pela mudança na rotina devido às medidas de distanciamento social,
pelas consequências econômicas, na rotina de trabalho, nas relações afetivas.
Na epidemia de síndrome respiratória aguda grave (SARS), em 2003, um estudo
demonstrou que as pessoas se consultaram três vezes mais com psiquiatras do que com
infectologistas, e duas vezes mais do que com seus próprios médicos de família, no ano após a
infecção. Isto mostrou a relevância de aspectos de saúde mental no pós-infecção, mesmo em
episódios de muito menor escala. Segundo a OMS em 2019, quase um bilhão de pessoas, incluindo
14% dos adolescentes do mundo, viviam com um transtorno mental.O suicídio foi responsável por
mais de uma em cada 100 mortes e 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade. Os
transtornos mentais são a principal causa de incapacidade, causando um em cada seis anos vividos
com incapacidade. Pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20anos
mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis. O
abuso sexual infantil e o abuso por intimidação são importantes causas da depressão.
Desigualdades sociais e econômicas, emergências de saúde pública, guerra e crise climática estão
entre as ameaças estruturais globais à saúde mental. A depressão e a ansiedade aumentaram mais
de 25% apenas no primeiro ano da pandemia. Pesquisa da Universidade Federal de Pelotas e da
Vital Strategies mostrou que os casos diagnosticados de depressão subiram de 9,6%, antes da
pandemia, para 13,5% em 2022. Com o declínio donúmero de novos casos e a diminuição da
transmissão comunitária, as medidas de distanciamento social foram reduzidas e o surto de
contaminação tende a estar sob controle, ainda que não seja necessariamente inexistente mas
mesmo com a retomada das atividades habituais torna-se perceptível no dia-dia seu impactona vida
dos indivíduos em seu cotidiano em que pode ser observado uma queda significativamente brusca
no quadro da saúde mental, sem distinção de etnia, cultura, gênero ou nacionalidade.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

880
O presente estudo buscou mostrar a necessidade e a importância da implementação de políticas e programas de apoio e atenção aos
indivíduos mentalmente acometidos pelos grandes impactos sociais e econômicos, os quais se aplicam, consequentemente, aos
impactos psicológicos de toda uma população.De modo geral torna-se necessário evitar hábitos dolorosos, como informações
incorretas, notícias sensacionalistas, evitar informações excessivas, filtrar as fontes e reduzir o número de pesquisas por atualizações
de Covid-19, fornecer informações claras sobre epidemias e orientação objetiva sobre medidasde higiene para os idosos, especialmente
aqueles com declínio cognitivo/demência, reduzir a estigmatização e rotulagem de pessoas infectadas, evitar fazer nada, mas também
evitar a falta de descaso e tempo de descanso no escritório em casa, organizar uma rotina que equilibre a atenção consigo mesmo,
com o trabalho e a família, manter a atividade física em um ambiente protegido ou em um espaço aberto que não esteja lotado,
praticar atividades de relaxamento e meditação, manter contato com a família e amigos por telefone ou online, praticar iniciativas
de solidariedade relacionadas a vizinhos ou outras pessoas ou famílias da comunidade, ter em mente que este é um período transitório
e que o isolamento é benéfico a todos, pedir ajuda a um profissional, por meio de consultas psiquiátricas, à distância, se necessário,
quando os efeitos do estresse estiverem intensos, se caso for inviável desabafar com seus familiares ou através da escrita,
transparência do processo do serviço de saúde, o número de infectados, as campanhas de vacinação,as áreas afetadas e os casos
recuperados devem ser mantidos, e resultados positivos na redução do estressee ansiedade devem ser alcançados.
Pesquisas que analisem os resultados neuropsiquiátricos diretos e os desfechos indiretos na saúde mental são fundamentais para
melhorar o tratamento, o planejamento dos cuidados e incentivar ações preventivas durante possíveis pandemias posteriores a fim
de incentivar a conscientização sobre a importância do rastreamento e do tratamento de doenças psiquiátricas em pacientes com
COVID-19.

881
REFERÊNCIAS:
DANTAS, Eder Samuel Oliveira. Saúde mental dos profissionais de saúde no Brasil no contexto da
pandemia por Covid-19. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 25, 2021.
LIMA, Rossano Cabral. Distanciamento e isolamento social pela Covid-19 no Brasil: impactos na saúde
mental. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 30, 2020.
MINERVINO, Alfredo José et al. Desafios em saúde mental durante a pandemia: relato de experiência.
Revista Bioética, v. 28, p. 647-654, 2021.
OLIVEIRA, Wanderlei Abadio de et al. Adolescent health in times of COVID-19: scoping review.
Public Health Notebooks, v. 36, 2020.
Prado A. D. Peixoto B. Cda Silva A. MEGABYTE. Scalia L. A. M. The mental health of health
professionals in the face of the COVID-19 pandemic: an integrative review. Electronic Magazine
Acervo Saúde, no. 46, p. e4128, June 26. 2020.

882
DOI 10.29327/1192726.1-19

IMPORTÂNCIA DO RACÍOCINIO CLÍNICO DIANTE DAS MULTIPLAS


FACES DO EVENTO TRAUMÁTICO:UMA REVISÃO DA LITERATURA.

1
Caroline dos Reis Fonseca
1
Emmanuel da Costa Freitas
1
Kênya Costa Rodrigues da Silva
1
Isabella lusvardi do Pinho Melado
1Faculdade Santos Dumont (FSD). Santos Dumont, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Revisão da literatura


Modalidade: Pôster
carolinefonseca643@gmail.com
INTRODUÇAO: O trauma, conceituado segundo o Prehospital Life Suport (PHTLS) como evento nocivo
com liberação de energia, é um importante agravo à saúde e sua epidemiologia afeta diretamente o
funcionamento da Rede de Urgência e Emergência (RUE). Os eventos traumáticos são apontados como a
terceira causa de maior relevância em mortalidade no Brasil e no mundo. Tendo em vista que a mortalidade
por eventos traumáticos ocorre prevalentemente nas primeiras quatro horas após o evento, é de suma
importância que a assistência prestada nesse primeiro momento seja efetiva e o deslocamento do paciente
até o ambiente intra- hospitalar seja rápido, obedecendo ao princípio da “hora de ouro”. Nesse sentido, é
imprescindível que haja a implementação do raciocínio crítico do socorrista através da inserção de
diferentes protocolos de trauma e de um manejo individualizado em diferentes cinemáticas. OBJETIVO:O
presente trabalho tem como objetivo evidenciar a importância da assistência individualizada no
Atendimento Pré-Hospitalar (APH) por meio do julgamento clínico do socorrista e da utilização de
ferramentas práticas como os protocolos Nacional Emergency X-Radiography Utilization Study (NEXUS),
Canadian Cervical Spine Rule (CCR) e o mnemônico MARSHAL. Afim de garantir um primeiro
atendimento eficiente e a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao
cuidado prestado em ambiente pré hospitalar. Garantindo os preceitos de uma assistência pautada na
segurança do paciente e do cuidado integral e holístico. METODOLOGIA: O presente artigo se trata de
uma revisão bibliográfica da literatura, do tipo estudo qualitativo. Foram usadas as seguintes bases
indexadoras: National Library of Medicine (MedLine) e Scientific Eletronic Library (SCIELO). Os critérios
de inclusão utilizados foram artigos publicados nos últimos 10 anos, que estivessem em português ou inglês.
Na base Medline foi utilizada a frase de pesquisa: [ti] trauma OR ´´ Wounds and Injuries´´ OR ´´Multiple
Trauma´´OR´´Traumatic Injuries ´´AND ´´Prehospital Care´´OR´´ Prehospital Emergency Care´´
utilizando dos filtros inglês, português, últimos 10 anos e free full text. Os termos de pesquisa foram
levantados inicialmente conforme a lista de Descritores de Ciências da Saúde (Decs) e ampliados com a
lista de sinônimos encontrados no Medical Subject Headings (MeSH), sistema apoiado na base de dados
Medline. E na base SCIELO, trauma AND assistência AND pré-hospitalar. RESULTADOS: Foram
selecionados trabalhos entre os anos de 2012 a 2022, relacionados à temática investigada, que possuam
publicação ou tradução nos idiomas inglês e português, que estivessem disponíveis na íntegra de forma
gratuita. Artigos cuja publicação tenha mais de 10 anos e que não estivessem diretamente relacionados ao
objetivo deste estudo ou em outros idiomas foram excluídos. CONCLUSÃO: Concluímos por meio desta
revisão que afim de proporcionar cada vez mais qualidade no APH, seguindo a prerrogativa de não causar
danos na assistência prestada, é de extrema importância que os socorristas estejam em constante
aprimoramento de suas funções e que sejam realizados trabalhos de capacitação. Buscando tornar o
atendimento realizado cada vez mais científico, com vistas a aprimorar o olhar clínico e crítico e trazer
conhecimento das ferramentas que lhe podem auxiliar durante a dinamicidade do APH.
PALAVRAS-CHAVE: Assistência, Pré-Hospitalar, Trauma.

REFERÊNCIAS:

883
PHTLS. Atendimento Pré-hospitalizado ao Traumatizado. 9ª ed. Jones & Bartlett Learning, 2018.

SARAGIOTTO,B.T.et al. Canadian C-spine rule and the National Emergency X-Radiography Utilization
Study (NEXUS) for detecting clinically important cervical spine injury following blunt trauma. Brasil,
Cochrane Database of Systematic Reviews 2018.

KOMHALL, D.K.et al. The norwegian guideliness for the prehospital management of adult trauma pacients
with potencial spinal injury.França,Scand J Trauma 2017.

KREINEST, M.et al. Expertise of german paramedics concerning the prehospital treatment of pacients with
spinal trauma. Europa, Eur J Trauma Emerg Surg 2016.

MASHMANN, C. et al. New clinical guidelines on the spinal stabilization of adult trauma pacients-
consensus and evidence based. Escandinávia, Scand J Trauma 2019.

884
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: Qual o papel do enfermeiro na prevenção
durante a gestação?
¹Emile Caroline Cortez da Silva
¹Julia Alves Pereira
²Larissa Agnes Brito do Nascimento
³Rebeca Gonçalves de Araújo
4
Stéfane Christie Ferreira de Lima
1,1,2,3,4São Lucas Grupo Afya Educacional (UNISL). Porto Velho, Rondônia, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: emilecaroline14120@gmail.com
INTRODUÇÃO: A toxoplasmose é uma doença que acomete grande parte da população mundial. A forma
congênita ocorre devido à passagem transplacentária do parasito durante a gestação. É considerado um
problema de saúde pública, sendo avaliada como evitável desde que a gestante siga atentamente indicações
de como evitar a contaminação, sendo de extrema importância proporcionar conhecimento aos leitores e as
gestantes que participam do pré-natal. Desta forma, a atuação do enfermeiro é fundamental dentro da equipe
multidisciplinar na prestação de assistência eficaz e adequada à gestante com tal complicação. OBJETIVO:
Analisar através da literatura qual o papel do enfermeiro na assistência a paciente com toxoplasmose na
gestação nos anos de 2021 e 2022. METODOLOGIA: Foi utilizado o método de revisão narrativa da
literatura, realizada através de estudos em periódicos e nas bases de dados: Scientific Electronic, Library
Online (SciELO), livros, monografias, manuais, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Base de Dados em
Enfermagem (BDENF), Medscape, NBCI e Scholar Google. O projeto foi dividido em duas fases, na
primeira fase, foram selecionadas todas as bibliografias consideradas importantes que estavam associadas
ao objetivo apresentado. Como critérios de inclusão estabeleceram-se artigos com texto completo, artigos
no idioma português e inglês, publicados no período de 2021 a 2022. Para a realização desta revisão, foram
aplicadas as seguintes etapas: busca, avaliação crítica e a síntese das evidências disponíveis do tema
investigado. Na segunda fase foram selecionados 10 artigos para leitura completa, desses 10 apenas 8 foram
utilizados para a composição do referencial teórico deste projeto. RESULTADOS: Apesar da importância
do contexto, há ainda pouca informação sobre a toxoplasmose e os procedimentos que os profissionais têm
que realizar para fazer um atendimento à gestante e o conhecimento adequado para o diagnóstico. No Brasil,
a incidência de toxoplasmose congênita varia entre 4 a 10 casos para cada 10 mil nascidos vivos, com
apresentação clínica variável, incluindo alterações oculares (como coriorretinite), neurológicas (como
encefalite, microcefalia e macrocefalia), sistêmicas (hepatomegalia, icterícia) e óbito fetal/neonatal. E
apesar de ser um sério problema de saúde, que pode acarretar danos irreversíveis ao feto, até recentemente
não era alvo de políticas intensivas de vigilância. O acompanhamento do pré-natal de alto risco deve ser
realizado por enfermeiros, que compõem a equipe multiprofissional, através de ações de prevenção e
tratamento das morbidades que afetam a mãe e o feto, além de orientações quanto o parto normal,
amamentação e puerpério. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Devido aos riscos para o feto,
requer dos profissionais pré-natalistas conhecimentos que possibilitem a prevenção e tratamento para evitar
a infecção congênita. Fica claro que há pouca informação sobre a toxoplasmose e os procedimentos que os
profissionais têm que realizar para fazer um atendimento à gestante e o conhecimento adequado para o
diagnóstico. Referindo-se ao benefício deste estudo, ele poderá trazer um grande auxílio para futuras
pesquisas, pois proporcionará informações relevantes sobre essa doença, além de ser uma grande
contribuição para a sociedade e para trabalhos acadêmicos que visem abordar o tema sobre a toxoplasmose
em sua forma congênita em gestantes.
Palavras-chave: Toxoplasmose congênita, Gestação, Assistência de enfermagem.
REFERÊNCIAS:

885
BRASIL. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico], Secretaria de Atenção Primária à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
COSTA, S. D. S. A sistematização da assistência de enfermagem na primeira consulta de pré-natal: revisão
narrativa. Escola de Ciências Sociais e da Saúde da Pontifícia, Universidade Católica de Goiás, 2022.
FRANCO, P. S. et. al. Knowledge of pregnant women and health professionals on congenital
toxoplasmosis. Rev Pre Infec e Saúde [Internet]. 2020;6:10590. Available from:
https://revistas.ufpi.br/index.php/nupcis/article/view/.
GOMES, G. B; RODRIGUES, A. B. C; CÂNDIDO, W. P. Importância do diagnóstico da toxoplasmose no
pré-natal: uma análise sobre a incidência em Rondônia. Brazilian Journal of Surgery and Clinical
Research – BJSCR V.30 n.3,pp.80-88 (Mar - Mai 2020).
INAGAKI, A. D. M. et al. Conhecimento de médicos e enfermeiros atuantes no pré-natal sobre
toxoplasmose. Cogitare enferm., Curitiba , v. 26, e70416, 2021.
JORGE, H. M. F., SILVA, R. M., &amp; MAKUCH, M. Y. (2020). Assistência humanizada no pré-natal
de alto risco: percepções de enfermeiros. Rev Rene, 21, e44521.
MEDEIROS, R. K. S et al. (2015) Modelo de validação de conteúdo de Pasquali nas pesquisas em
Enfermagem. Rev Enferm Ref; (4) p 127-35.
RICHTRMOC, W. B. S. et al. A prevalência da toxoplasmose nas gestantes atendidas em um centro de
referência no Município do Rio de Janeiro: o papel da enfermagem no diagnóstico precoce. Braz. J. Hea.
Rev, Curitiba, v. 3, n. 6, p.17584-17600. nov./dez.2020. ISSN 2595-6825
RIGHI, N. C. et al. Perfil epidemiológico dos casos de toxoplasmose gestacional e congênita decorrentes
do surto populacional. SCIENTIA MEDICA., Porto Alegre, v. 31, p. 1-7, 2021.
SILVA, M. P. B. et al. O pré-natal e a assistência de enfermagem à gestante de alto risco. Research, Society
and Development, v. 10, n. 9, e9410917173, 2021.

886
DOI 10.29327/5208636.2-8

ARTETERAPIA: O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO


BEM ESTAR DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

ART THERAPY: THE LUDIC AS A TOOL TO PROMOTE THE WELL-BEING


OF HOSPITALIZED CHILDREN

MARIA EDUARDA DA SILVA ARAGÃO


Universidade do Estado do Pará
EDUARDA LAYANE SANTOS DOS SANTOS
Universidade do Estado do Pará
ERLANE RIBEIRO DOS SANTOS
Universidade do Estado do Pará
FOLVE ARIEL GARCIA ALENCAR
Universidade do Estado do Pará
MARCOS GABRIEL BRAGA DA SILVA
Universidade do Estado do Pará
ANDREA DOS SANTOS MENDES
Universidade do Estado do Pará

887
Resumo
O presente estudo objetiva relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem em uma
enfermaria pediátrica de um hospital de grande porte situado no município de Belém-PA,
na qual utilizou-se a arteterapia como ferramenta para promoção do bem estar das crianças
internadas. Trata-se de um relato de experiência, com abordagem qualitativa, que utiliza
como referência o Arco de Maguerez, um instrumento de metodologia ativa de ensino-
aprendizagem composto das seguintes etapas: observação da realidade, levantamento de
pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade (BERBEL, 1995).
Como resultado, durante a vivência, observou-se a inexistência de atividades destinadas
às crianças internadas na enfermaria, nesse sentido, buscou-se as possíveis causas da
problemática das quais destacam-se: a ausência de recursos e de estrutura física
direcionado à recreação, e a falta de conhecimento acerca da importância da ludicidade.
Desta forma, com base na literatura, identificou-se que a arteterapia deve ser introduzida
no processo terapêutico da criança, visto seus benefícios, entretanto estudos sobre essa
temática ainda são incipientes, o que fortalece a ideia de que o conceitoda arte dentro do
contexto hospitalar precisa ser implementado. Com base nisso, foram feitas discussões
críticas a respeito de soluções alternativas criativas, de baixo custo e quefossem viáveis,
sendo selecionadas a realização de atividade de pintura para as criançase elaboração de
folders informativos sobre a arteterapia, direcionados aos acompanhantes. Durante a
atividade foi apresentado a arteterapia e explanado seus benefícios no processoterapêutico.
Em síntese, percebeu-se a importância de atividades que promovam o bem estar durante
o tempo de internação, dessa maneira, a arteterapia constitui-se de uma ferramenta aliada
no processo de humanização e consiste em uma prática de baixo custo, fácil aplicação e
boa aceitação pelo público pediátrico.
Palavras-chave: Arteterapia; Hospitalização pediátrica; Humanização do cuidado.

ABSTRACT
This study aims to report the experience of nursing students in a pediatric ward of a large
hospital located in the city of Belém-PA, in which art therapy was used as a tool to
promote well-being of hospitalized children. This is an experience report, with a
qualitative approach, which uses the Arch of Maguerez as a reference, an instrument of
active teaching-learning methodology composed of the following steps: observation of
reality, a survey of key points, theorization, hypotheses of a solution, and reality
application (BERBEL, 1995). As a result, during the experience, there was a lack of
activities aimed at children hospitalized in the ward. In this sense, possible causes of the
problem were sought, of which the following stand out: the lack of resources and physical
structure for recreation, and the lack of knowledge about the importance of playfulness.
Thus, based on the literature, it was identified that art therapy should be guided in the
therapeutic process of the child, given its benefits, however, studies on this theme are still
incipient, which strengthens the idea that the concept of art within the context of hospital
needs to be implemented. Based on this, critical discussions were held regarding creative,
low-cost alternative solutions that were viable, with selection of painting activities for the
children and creation of informative folders on art therapy, aimed at companions. During
an activity, art therapy was presented and its benefits in the therapeutic process were
explained. In summary, the importance of activities that promote well-being during
hospitalization is perceived, in this way, art therapy is a combined tool in the

888
humanization process and consists of a low-cost practice, easy to apply, and well-
accepted by the pediatric public.
Palavras-chave: Art therapy, Pediatric hospitalization, Humanization of care.

1 INTRODUÇÃO
As atividades lúdicas são importantes ferramentas de estímulo para que a criança
compreenda a sociedade e cultura que está inserida, oportuniza a expressão de emoções,
facilita comunicação e aprendizagem, e explora as habilidades de imaginação e
criatividade. Em suma, o brincar é uma prática essencial que favorece o desenvolvimento
infantil nos aspectos afetivo, cognitivo, motor, social, moral e mental (FONSECA;
SILVA; LEITE, 2021).
Nesse viés, a internação hospitalar prolongada pode representar um obstáculo no
desenvolvimento da criança, uma vez que, de acordo com Rodrigues, Simões e
Prodocimo (2019), a criança internada tem seus hábitos mudados, ficando afastados da
escola, família, amigos e brinquedos, e por vezes privada do brincar. Portanto, a
hospitalização pediátrica exige uma avaliação cuidadosa por parte da equipe
multidisciplinar com relação às necessidades físicas e emocionais da criança, visto que as
vulnerabilidades impostas pelo ambiente hospitalar possuem potencial para produzir
desconforto, medo, insegurança e ansiedade, sendo necessário estratégias de
humanização no cuidado integral à saúde da criança (DAL'BOSCO et al., 2019).
Em vista disso, as práticas integrativas e complementares (PICS) implementada pela
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), no Sistema Único
de Saúde (SUS), são recursos significativos para a humanização e integralidade do
cuidado, que utiliza práticas que complementam o modelo convencional do cuidado
(BRASIL, 2015). Cita-se a arteterapia como prática integrante das PICS que, de acordo
com a portaria 849/2017, tem como base em seu processo terapêutico a arte, utilizando
técnicas como pinturas, sons, músicas, colagens, entre outros.
Segundo Martins (2022), a arteterapia é uma prática expressiva capaz de estimular o
processo criativo para ajudar as pessoas a explorar a auto expressão, contribuindo para o
crescimento pessoal e autodescobrimento, ajudando o indivíduo a explorar diversos
aspectos da sua personalidade.
A arteterapia pode ser usada como ferramenta de cuidado por toda a equipe
multidisciplinar, tendo a enfermagem uma grande notoriedade na aplicabilidade desta
estratégia, visto que os enfermeiros são os que estão mais próximos das crianças

889
diariamente, e o uso correto e eficaz da ludicidade promove o bem estar, fortalece o
vínculo entre o cuidador e a criança, bem como, estimula a autonomia e coragem das
crianças, favorecendo um bom enfrentamento da doença, tornando o processo de
internação menos doloroso (COSTA, 2022).
Diante do exposto, objetiva-se relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem
durante uma ação integrativa em saúde, para crianças de uma enfermaria pediátrica de um
hospital de grande porte, na qual utilizou-se a arteterapia como ferramenta para promover
o bem estar.

2 MÉTODO

O estudo trata-se de um relato de experiência com abordagem qualitativa, realizado por


acadêmicos do 6º período do curso graduação em enfermagem da Universidade Estadual
do Pará (UEPA), o qual ocorreu durante as aulas práticas obrigatórias do componente
curricular Enfermagem Pediátrica em outubro de 2022, em um hospital de grande porte
referência estadual na atenção à gestante de alto risco e ao recém-nascido, situado no
município de Belém-PA. O trabalho consiste na vivência dos estudantes em uma das
enfermarias pediátricas da instituição, onde puderam observar o ambiente no qual os
menores ficam hospitalizados e acompanhar a rotina de cuidados dos profissionais de
enfermagem com eles. Este estudo utiliza como referência o Arco de Maguerez (AM), o
qual é um instrumento de metodologia ativa de ensino-aprendizagem operando com base
na problematização e aprendizagem baseada em problemas, ou seja, há observação da
realidade vivenciada e posteriormente o levantamento de problemáticas. Por meio disso
e da participação ativa dos envolvidos, é possível o desenvolvimento do pensamento
crítico e da autonomia intelectual (PRADO et al., 2012). Dito isso, destaca-se que o AM
é composto das seguintes etapas: 1º etapa: observação da realidade; 2º etapa:
levantamento de pontos-chave; 3º etapa: teorização; 4º etapa: hipóteses de solução e 5º
etapa: aplicação à realidade (BERBEL, 1995). Como ilustrado na imagem abaixo:

Legenda: Arco de Maguerez.

890
Teorização

Levantamento de pontos-
Hipóteses de solução
chave

Observação da realidade Aplicação à realidade

Realidade

Fonte: Adaptado de BERBEL, 1995.


3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com o intuito de facilitar a análise e apresentação dos resultados e discussão obtidos a
partir da fundamentação teórica utilizada, foi dividido de acordo com os cinco
componentes do Arco de Maguerez.
A primeira etapa do AM inicia-se com a observação da realidade, com o intuito de
reconhecer o local de observação e identificar possíveis problemáticas a serem discutidas.
Diante disso, o cenário observado foi uma de duas enfermarias pediátricas localizadas em
um hospital de referência na atenção à saúde da mulher e da criança, durante os cinco dias
de práticas obrigatórias da disciplina de Enfermagem Pediátrica. Durante a vivência dos
acadêmicos na enfermaria, foi possível visualizar a dinâmica de trabalho da equipe de
enfermagem com os pacientes e os responsáveis, bem como, observar o comportamento
dos pacientes internados e a sua forma de interagir com o ambiente e os profissionais.
Dessa maneira, percebeu-se a inexistência de atividades e de um espaço destinado a
convivência e distração das crianças internadas, visto que a internação, principalmente
para o público pediátrico, é um momento que traz repercussões negativas nas várias
esferas do seu desenvolvimento, por isso faz-se necessário meios de humanização que
garantam o bem-estar dos mesmos durante esse período.
A segunda etapa do AM diz respeito ao levantamento de pontos chaves, momento em que
os estudantes refletem criticamente sobre as possíveis causas que contribuem para as
problemáticas encontradas no local, para poder então compreender elas com mais
detalhes. Após a reflexão e a observação foi possível identificar dois pontos chaves,
como: a ausência de um espaço físico direcionado à ludicidade, descontração e interação
entre as crianças ali internadas, seja por falta de recursos ou estrutura física. Além disso,

891
a falta de conhecimento acerca da importância da ludicidade como ferramenta de
promoção à saúde da criança internada pela equipe de enfermagem, bem como a falta de
incentivo pela mesma, contribuindo para a permanência da problemática, dificultando o
exercício e implementação, impedindo que a humanização seja exercida de maneira
eficaz, contribuindo para diminuição da qualidade do serviço prestado.
Nesta etapa, a metodologia utilizada pelo Arco de Maguerez torna possível investigar e
compreender, através da literatura, a problemática encontrada na etapa anterior, tornando
possível um debate com rica fundamentação teórica. Desta forma, foi utilizado para a
busca na literatura a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) nas bases de dados da Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de dados de
Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
(MEDLINE). Foram utilizados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCs):
Cuidados de enfermagem, enfermagem pediátrica, arteterapia, criança, pediatria e saúde
mental, associados em pares pelo operador booleano “AND”. Foram incluídos estudos
publicados entre janeiro de 2018 e janeiro de 2023, nos idiomas inglês, português e
espanhol. Com a busca finalizada, foram selecionados 3 artigos que possibilitaram a
teorização. Desta maneira, através da pesquisa pôde-se inferir conceitos importantes os
quais devem ser utilizados pela equipe de saúde durante a assistência na pediatria, dentre
eles o cuidado centrado na família e cuidados centrado na criança, essa forma de cuidar,
leva em consideração as necessidades apresentadas por esses indivíduos, de maneira mais
abrangente, não sendo apenas relacionados aos pais/cuidadores, mas também naquilo que
é mais importante para as crianças, essa escuta qualificada corrobora para uma assistência
de maior qualidade (FOSTER e WHITEHEAD, 2018). Nesse sentido, a arteterapia
encontra-se como uma das ferramentas que devem ser introduzidas no processo
terapêutico da criança, que embora já tenha comprovada eficácia e com custo
relativamente baixo, ainda são persistentes algumas dificuldades para sua implementação.
Segundo Sá e Silva (2020), o modelo biomédico, em que o cuidado é centrado em práticas
curativistas e com ênfase na patologia ainda é persistente na sociedade, o que pode
contribuir para não adesão da arte para dentro do contexto hospitalar, essa realidade é
evidenciada à medida em que enfermarias pediátricas não possuem espaços específicos
para deixar a imaginação fluir, como o caso de uma brinquedoteca (sendo considerada
obrigatória, no Brasil, para todos os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico
conforme a Lei 11.104/2005). O estudo evidencia ainda, que esse modelo de cuidado
fomenta a introspecção e agressividade da criança com a equipe de saúde, dificultando o

892
processo do cuidar. Outra problemática a qual deve ser explorada na literatura é sobre o
entendimento dos profissionais a respeito da arteterapia como ferramenta de
enfrentamento a angústia advinda da doença e período de hospitalização, pois, estimula a
subjetividade, e ainda, permite ao profissional entender por quais processos a criança está
passando, tendo em vista que através da arte elas podem criar um meio de comunicação
(SILVA, 2022). Infelizmente, estudos sobre essa temática ainda são incipientes, o que
fortalece a ideia de que o conceito da arte dentro do contexto hospitalar precisa ser
implementado.
Com base na penúltima etapa do método da problematização, a hipótese de solução, os
acadêmicos buscaram possíveis maneiras para solucionar o problema identificado durante
o período de vivência. A partir da etapa anterior, foram feitas discussões críticas quanto
a intervenção da problemática, destacando alternativas criativas, de baixo custo e que
fossem viáveis tendo em vista o ambiente e estrutura do local. Nesse sentido, as hipóteses
de solução selecionadas foram: realização de atividade de pintura, sendo utilizados lápis
de cor e desenhos impressos. Além disso, foi elaborada uma tecnologia leve-dura,
elucidada por meio de folders informativos direcionados aos acompanhantes das crianças
internadas, contendo informações pontuais e de fácil compreensão sobre a arteterapia e
seus benefícios (Figura 02).
Figura 02: Parte interna do folder informativo sobre arteterapia.

Fonte: Autoria própria, 2023.


Perante o exposto, a última etapa do AM diz respeito à aplicação prática das hipóteses de
solução, que ocorreu por meio de uma ação de educação em saúde com as crianças

893
hospitalizadas e os seus acompanhantes, executada pelos discentes de enfermagem e por
intermédio da docente responsável pelo componente curricular de Enfermagem
Pediátrica. A ação foi realizada em uma das enfermarias pediátricas do hospital em
dezembro de 2022 durante o período matutino. O objetivo da atividade foi apresentar a
arteterapia para os participantes, desse modo foram entregues lápis de cor e desenhos
impressos para as crianças pintarem e desenharem durante o momento da ação e folders
elaborados pelos discentes para os respectivos acompanhantes, explicando o conceito de
arteterapia, como aplica-la e os seus benefícios no processo terapêutico durante a
internação desse público, diminuindo a ansiedade e irritação, desse modo, promovendo o
bem estar nesse período e aumentando a colaboração deles com a equipe de saúde,
gerando melhoria no atendimento prestado. Além disso, foram explicitados a importância
da arte no desenvolvimento infantil, principalmente, no momento da hospitalização em
que estão impossibilitados do convívio escolar, familiar e social. Após a ação, foram
entregues os excessos de materiais de desenho e pintura para a equipe de enfermagem da
enfermaria, para que dessa forma possam disponibilizar para as crianças durante a
internação, com o intuito de aplicar a arteterapia e suprir a ausência de uma brinquedoteca
disponível na enfermaria para o público ali hospitalizado.
Figura 03: Aplicação da arteterapia.

Fonte: Acervo dos autores, 2023.


Figura 04: Aplicação da arteterapia.

894
Fonte: Acervo dos autores, 2023.

4 CONCLUSÃO

Por fim, percebeu-se durante a vivência dos acadêmicos no cenário de prática, a


importância de atividades que promovam o bem estar e diminuam o sofrimento da criança
durante o tempo de internação. Dessa maneira, o uso das PICS, sobretudo a arteterapia,
constitui-se de uma ferramenta aliada no processo de humanização dentro do ambiente
hospitalar, pois consiste em uma prática de baixo custo, fácil aplicação e boa aceitação
pelo público pediátrico, além de trazer inúmeros benefícios para o seu desenvolvimento.
Logo, sendo o enfermeiro parte essencial da gestão dos serviços de saúde, como também,
do planejamento e execução de um plano de cuidados voltados para o conforto do
paciente, deve considerar o uso da arteterapia como parte da assistência prestada para as
crianças dentro dos serviços médicos, a fim de tornar o processo saúde-doença o menos
traumático possível para os mesmos.

REFERÊNCIAS

BERBEL, N.A.N. Metodologia da Problematização: uma alternativa metodológica


apropriada para o Ensino Superior. Semina: Cio Soc./Hum., v.16. n. 2, p. 9-19, 1995.
BRASIL. Lei nº 11.104 de 21 de março. Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de
brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime
de internação. Presidência da República. Casa civil. Brasília, DF. Mar. 2005.

895
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de práticas integrativas e
complementares no SUS: atitude de ampliação de acesso. – 2. ed. – Brasília: Ministério
da Saúde, 2015.
DAL'BOSCO, E. B et al. Humanização hospitalar na pediatria: projeto “enfermeiros da
alegria ". Revist. de Enferm. UFPE on-line. v. 13, n. 4, p. 1173-1178, 2019.
FONSECA, P. D.; SILVA, M. P.; LEITE, P. S. A influência do lúdico no
desenvolvimento infantil. Revist. Amor Mundi. v. 2, n. 6, p. 39–45, 2021.
FOSTER, M.; WHITEHEAD, L. Using drawings to understand the child’s experience of
child-centred care on admission to a paediatric high dependency unit. Journal of child
health care. v. 23, n. 1, p.102-117, 2018.
PRADO, M. L. et al. Arco de Charles Maguerez: refletindo estratégias de metodologia
ativa na formação de profissionais de saúde. Esc. Anna Nery. v. 16, n.1, p. 172-177,
2012.
RODRIGUES, J. C.; SIMÕES, R. M. R.; PRODOCIMO, E. O lúdico no ambiente da
classe hospitalar: um estudo de revisão. REFACS, v. 7, n. 3, p. 390-400, 2019.
SÁ, I. C. T. F.; SILVA, T. P. Estratégias lúdicas no cuidado à criança hospitalizada: uma
revisão integrativa. Rev. Enf. Digit. Cuid. Promoção Saúde. n. 5, v. 2, p.135-145, 2020.
SILVA, A. L. M. A Expressão para além das palavras: o uso da arteterapia em
crianças hospitalizadas com doenças crônicas. Tese (Graduação em Psicologia) -
Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde, Universidade Católica de São Paulo, São
Paulo, p. 08. 2022.

896
DOI 10.29327/5208636.2-17

BIOLOGIA MOLECULAR E EVOLUÇÃO - O MUNDO DO RNA E A ORIGEM


DA A HIPÓTESE DO MUNDO DO RNA

1 Amanda de Oliveira Santos (1 Universidade Federal de Sergipe, Lagarto/SE/ Brasil); 2 Edina


Rabelo Caduda (1 Universidade Federal de Sergipe, Lagarto/SE/ Brasil); 3 Larah Domingos
Alves Santana (3 Faculdade Estácio/ Juiz de Fora/Minas Gerais/Brasil); 4 Felipe Gonçalves
Bezerra (4 Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco/SE/Brasil)

INTRODUÇÃO: O RNA precedido do DNA é um corpo de evidências químicas e


metabólicas que confirma a primazia do RNA sobre o DNA, como a síntese dos
precursores do DNA derivado de reações de ribonucleotídeos com redutores, já que a
timidina surge da metilação da uridina. A replicação do DNA depende de um iniciador
de RNA "primer" para sua síntese. Além das muitas funções biológicas atribuídas ao RNA
no metabolismo nuclear, sua estrutura é menos reativa devido à posição do hidroxila na
ribose e exibe maior flexibilidade resultante de sua composição de grupos simples.
Ribossomos catalíticos são moléculas de RNA com capacidade autocatalítica. Isto sugere
que a replicação do material genético pode ter ocorrido somente com o RNA.
METODOLOGIA: A pesquisa sobre biologia molecular e evolução foi elaborada
conforme os itens expostos em PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA-
ScR): Checklist and Explanation e os métodos propostos por Joanna Briggs Institute. A
pesquisa sobre a temática foi elaborada em cinco bases de dados: GOOGLE
ACADÊMICO, LILACS, SCOPUS, EMBASE E WEB OF SCIENCE. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: O genoma do RNA provavelmente evoluiu no processo dediversificação
do RNA funcional. A interação do RNA com aminoácidos sustenta a hipótese de que
precede a tradução dos códons em proteínas. A evidência para a evoluçãodo processo de
replicação no mundo do RNA para o de DNA, RNA e proteínas confirmao surgimento do
código genético do RNA. Pode-se notar a precisão da replicação, que é limitada pela
quantidade de pares de bases, que não excedem centenas de bases. Com a precisão
crescente, moléculas maiores podem ser formadas para que vários locais ativos em
ribossomos possam ser formados como ribozimas simples. Para este fim, o problemade
fidelidade de replicação acima mencionado pode ser minimizado em parte pela adiçãode
mais locais de reconhecimento, por exemplo, adicionando um aminoácido ao RNA. Pode-
se supor que os genomas de DNA substituíram a síntese protéica e eram monofiléticos
antes das três linhagens celulares. CONCLUSÃO: O núcleo celular e as

897
organelas são um exemplo de um longo processo evolutivo centrado no surgimento da
compartimentação e da teoria da endosimbiose. Quando consideramos os componentes e
funções das organelas das células de hoje, encontramos muitas semelhanças com os
cloroplastos de organismos fotossintéticos, como as cianobactérias. A evolução molecular
mostra que um mundo de RNA pode ter existido. Ela evoluiu para o mundo ainda mais
complexo e preciso do DNA.

898
TRAQUEOSTOMIA DE EMERGÊNCIA POR OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
EM ANGINA DE LUDWIG: REVISÃO DE LITERATURA
1
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
2
Dayane Carolyne da Silva Santana
3
Leonardo Ramalho Marras
4
Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,4,5,6Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
3Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: daylfs2017@gmail.com

INTRODUÇÃO: A angina de Ludwig (AL) é uma infecção que ocorre no espaço submandibular,
primeiramente conceituada por Wilhelm Frederick von Ludwig em 1836. Representa uma patologia de
difícil manejo em reflexo da rápida progressão e dificuldade na manutenção da via aérea pérvia, um
importante desafio na prática clínica, que ocasiona em asfixia e morte em 8-10% dos pacientes.
OBJETIVOS: Desta forma, o presente estudo tem como objetivo contribuir com um melhor entendimento
sobre o manejo das vias aéreas de pacientes com AL através da técnica de traqueostomia. MÉTODOS:
Trata-se de uma revisão de literatura, com os dados colhidos nas bases de dados PubMed e SciElo,
selecionando artigos entre o ano de 2018 – 2022, de língua inglesa e portuguesa, disponíveis para download
nas bases de dados citadas, utilizando os descritores: Angina de Ludwig; Obstrução das vias respiratórias;
Traqueostomia. Quanto os critérios de elegibilidade, utilizou-se como critérios de exclusão pesquisas que
antecediam os últimos 4 anos, trabalhos de conclusão de curso, publicações em anais de congresso e
informações repetidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A velocidade e a severidade da evolução da AL
ocasionam obstrução das vias aéreas devido à elevação e edema da língua e do desvio da traqueia. Por ser
uma patologia consideravelmente grave exige medidas de caráter emergenciais como o emprego da
traqueostomia para a manutenção das vias aéreas, isto pois, além da preservação previnem a bronco
aspiração durante as manobras de intubação, evitando assim a pneumonia bronco aspirativa. Apesar de
pesquisas afirmarem que o tratamento para a AL é um desafio, o método tradicional compreende da
manutenção das vias aéreas pela intubação traqueal ou a traqueostomia, estando em concordância com os
diversos autores, assim como a drenagem cervical e/ou torácica, o emprego de antimicrobianos e a
estabilização do estado geral do paciente. Contudo, há riscos e benefícios associados à traqueotomia, e cada
caso deve ser considerado individualmente. A escolha do procedimento deve basear-se em questões como
incluindo o plano cirúrgico, comprimento da intubação, estado do paciente e devido ao inchaço do pescoço
poder obscurecer os marcos cirúrgicos usuais e causar desvio da traqueia. CONCLUSÃO: Desta forma, o
estudo conclui que o manejo da via aérea nos pacientes com angina de Ludwig permanece desafiador.
Contudo, a escolha da técnica mais segura deve ser embasada no quadro clínico, nas condições técnicas
disponíveis e na necessidade premente de preservação da vida do paciente, apresentando a traqueostomia
como uma alternativa eficaz.

Palavras-chave: Angina de Ludwig; Obstrução das vias respiratórias; Traqueostomia.

REFERÊNCIAS:
DE ALMEIDA CORRÊA, Sabrina Elora et al. Etiologia, diagnóstico e tratamento da Angina de Ludwig-
Revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 11, n. 4, p. e2811426934-e2811426934,
2022.
FERNANDES, Samuel Lucas et al. Complicações relativas às infecções odontogênicas: Angina de
Ludwig. Journal of Multidisciplinary Dentistry, v. 10, n. 1, p. 46-51, 2020.
PACHECO, Regis Pereira; KHOURI, Daniel Goulart. Angina De Ludwig Com Mediastinite: Relato De
Caso. Revista Uningá, v. 55, n. S1, p. 73-76, 2018.

899
FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO ORBITAL E SUAS
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS: REVISÃO DE LITERATURA
1
Dayanne Larissa Ferreira de Santana
2
Dayane Carolyne da Silva Santana
3
Leonardo Ramalho Marras
4
Rogéria Rafaelly de Lima Araújo Santana
5
Marcela Côrte Real Fernandes
6
Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo
1,2,4,5,6Centro Universitário Facol (UNIFACOL). Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil;
3Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: daylfs2017@gmail.com

INTRODUÇÃO: As fraturas da região do complexo zigomático orbital envolvem estruturas anatômicas


nobres e consequentemente, acarreta em alterações funcionais. O diagnóstico dessas fraturas é baseado em
achados clínicos, assim como exames complementares por imagem, apresentando papel muito importante,
seja para definir a extensão das fraturas, bem como para estabelecer o planejamento do tratamento, sendo
ele cirúrgico ou conservador. OBJETIVOS: Desta forma, o presente estudo tem como objetivo apresentar
as principais complicações e alterações funcionais, associadas as fraturas do complexo zigomático orbital.
MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo descritiva, com os dados colhidos nas bases de
dados PubMed e SciElo, selecionando artigos entre o ano de 2020 – 2021, de língua inglesa e portuguesa,
disponíveis para download nas bases de dados citadas, utilizando os descritores: Fraturas ósseas; Órbita;
Diplopia. Quanto os critérios de elegibilidade, utilizou-se como critérios de exclusão pesquisas que
antecediam os últimos 7 anos, trabalhos de conclusão de curso, publicações em anais de congresso e
informações repetidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ainda que o exame clínico seja primordial para
análise das fraturas faciais, os exames radiográficos e principalmente os tomográficos são primordiais para
a obtenção de um diagnóstico satisfatório, isto pois, o diagnóstico das fraturas nos pacientes recém-
traumatizados torna-se desafiador em reflexo dos hematomas presentes. Os sinais clínicos mais frequentes
nestes pacientes, são os hematomas, equimose conjuntival, edemas locais, fragmentos dos segmentos ósseos
fraturados, ptose palpebral e dor. Os traumas em região orbitaria resultam em complicações bem
caracterizadas que auxilia por vezes no diagnóstico, dentre elas encontra-se a diplopia, enoftalmia,
hipoftalmia, paralisia do nervo infra-orbitário, assimetria facial, obstrução do ducto nasolacrimal,
mobilidade muscular ocular prejudicada e perda de visão em casos graves. Contudo, estudos afirmam a
prevalência de diplopia varia de 15% a 86% e aumenta sua prevalência quando tratado de maneira tardia.
CONCLUSÃO: Desta forma pode-se concluir que, a principal alteração funcional decorrentes das fraturas
orbitárias é a diplopia, e, a menos frequente ocorrendo apenas em situações graves, a perda de visão.

Palavras-chave: Fraturas ósseas; Órbita; Diplopia.

REFERÊNCIAS:
DE ARAUJO GOMES, Bruno et al. Sequela de fratura do complexo zigomático orbitário–
acompanhamento de um ano pós-operatório. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, p. 58047-
58055, 2020.
HOSOKAWA, Seiji et al. Lesão de globo ocular caído. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 86,
p. s35-s37, 2020.
OLIVEIRA, Mirlany Mendes Maciel et al. Fratura orbitária provocada por projetil de borracha: Relato de
caso. Research, Society and Development, v. 10, n. 6, p. e44710615976-e44710615976, 2021.
POUCHAIN, Ernest Cavalcante et al. Alterações funcionais como consequências de traumatismo orbitário:
revisão da literatura. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, v. 9, n. 5, p. 464-467, 2020.

900
PERFIL DA MORTALIDADE NEONATAL NO ESTADO DE SANTA
CATARINA EM 2011 E 20212

¹Heloísa Marquardt Leite

¹Bruna Fabris
1
Caroline Dallacorte
1
Maria Aparecida Lucca Caovilla
1
Claudio Alcides Jacoski

1Universidade Comunitário da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Chapecó, Santa Catarina, Brasil.

Eixo temático: Estudo de campo

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: heloisamarquardt@gmail.com

INTRODUÇÃO: A taxa de mortalidade infantil é um importante indicador de qualidade de vida de uma


população. Segundo a Agenda 2030, pretende-se reduzir as mortes infantis no Brasil e no mundo como uma
das metas do desenvolvimento do milênio. Mais especificamente em relação à mortalidade neonatal, o
objetivo é que até 2030 haja uma redução para até no máximo 12 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos. Embora
as taxas de mortalidade neonatal estejam em queda no Brasil e nos estados brasileiros, ainda se faz necessária
a investigação desse problema de saúde pública visto a importância do acompanhamento do cumprimento
da meta do milênio. OBJETIVO: Caracterizar a mortalidade neonatal no estado de Santa Catarina (SC) no
ano de 2011 e 2021. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo observacional descritivo com dados
secundários de óbitos neonatais obtidos pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e dados
secundários de crianças nascidas vivas pelo Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINAN). As
informações foram coletadas para o estado de SC nos anos de 2011 e 2021 e classificadas em mortalidade
neonatal quando ocorreram entre 0 e 27 dias de vida completos. A descrição das característicasdos óbitos
ocorridos foi realizada por meio de frequências absolutas e relativas. Foi realizado também o cálculo da
taxa de mortalidade neonatal dividindo-se o número de óbitos neonatais pelo número de nascidosvivos em
SC nos anos de 2011 e 2021 e multiplicado por 1.000 crianças nascidas vivas. As análises foram realizadas
no software de análises estatísticas Stata versão 17.0. RESULTADOS: Foram contabilizados 709 e 647
óbitos neonatais em SC nos anos 2011 e 2021, respectivamente. As taxas de mortalidade neonatais foram
de 8,1 e 6,6 óbitos a cada 1.000 crianças nascidas vivas em SC nos ano 2011 e 2021, respectivamente, ou
seja, verificou-se uma queda de 18,5% no período analisado. Em ambos os anos notou- se uma maior
ocorrência de óbitos neonatais em crianças do sexo masculino (53,3% e 53,5%), de cor de pele branca
(93,3% e 85,3%), gestação única (87,3% e 89,4%) e com parto cezáreo (56,5% e 57,2%).
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados da pesquisa mostram que houve redução da
taxa de mortalidade neonatal no estado de SC entre 2011 e 2021, atingindo valores abaixo do que recomenda
a Agenda 2030 e as metas de desenvolvimento do milênio. Ainda assim, mantêm-se a necessidade de
fortalecer os planejamentos e ações de cuidado no período gestacional, a fim de continuar reduzindo as
taxas de mortalidade neonatal no estado. A mortalidade infantil é influenciada por diversos fatores, desde
questões demográficas como econômicas e sociais, por isso o fortalecimento de ações deve ocorrer em
diversos áreas, incluindo da saúde, da economia e política. Destaca-se também a necessidade de um melhor
incentivo do correto e completo preenchimento de informações nas declarações de óbitos (DO), visto uma enorme
quantidade de respostas ignoradas nas DO e que podem comprometer a análise dos dados.

2 Trabalho realizado com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa
Catarina (FAPESC) e do Pollen Parque Científico e Tecnológico.
Palavras-chave: Mortalidade Infantil, Desenvolvimento Sustentável, Atenção à Saúde.

901
REFERÊNCIAS:

BERNARDINO, F. B. S et al. Trends in neonatal mortality in Brazil from 2007 to 2017. Cien Saude
Colet. v. 27, n. 2, p.567-578, 2022

MONTEIRO DE ARAUJO, L. A et al. Perfil da mortalidade neonatal no Rio Grande do Norte (2008 –
2017). Av. enferm. Bogotá, v. 38, n.3, p. 307-315, Dec. 2020.

ONU BR – NAÇÕES UNIDAS NO BRASIL – ONU BR. A Agenda 2030. 2015. Disponível em:
<https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/>

902
903
EXAME ESPECIALIZADO DE ENFERMAGEM FADIGA EM PACIENTES
HOSPITALIZADOS COM DISFUNÇÃO CARDÍACA

¹Raimundo Alves de Souza


¹Member of the Academy of Integrative Health & Medicine (AIHM). La Jolla, CA, USA.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster

E-mail: alvessouza51@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO: Este estudo justifica-se pela Insuficiência Cardíaca (IC), também definida como
Disfunção Cardíaca (DC) geradora de inadequado suprimento sanguíneo, em atenção as necessidades
metabólicas tissulares, sob a presença de resposta venosa normal, em que a fisiopatologia apresenta-se como
uma síndrome clínica complexa de maneira sistêmica e progressivo, cuja doença se faz presente com relativa
incidência, principalmente, no tempo pós-pandêmico e também pelo Diagnóstico de Enfermagem Fadiga
(DEF) acontecer neste grupo de pacientes, o que se mostrar necessária sua mensuração, uma vez que pode
influenciar no modus vivendi destes pacientes. OBJETIVO: Identificar nos pacientes as alteraçõesentre a
capacidade de funcionalidade na classe funcional (NYHA), etiologia, sexo, idade, escore do questionário
de qualidade de vida pelo (MLWHF) e a comorbidades de antecedentes clínicos que esclareçam o (DEF).
METODOLOGIA: Abordagem de pesquisa quantitativa descritiva com amostragem de 82 pacientes
apresentando diagnóstico positivo por descompensação da IC. O ambiente de estudos foramdois Hospitais
Públicos Universitários, ambos situados na cidade de Manaus. Foram utilizados paciente cadastrados em
banco de dados pertencentes aos ambulatórios de consultas de enfermagem e informações de caracterização,
que tais: idade, sexo, averiguação de sintomatologia, questionário de qualidade de vida, fração de ejeção e
etiologia da DC. Para avaliar as limitações referentes a capacidade funcional foi utiliza a classe de (NYHA),
assim como avaliar a qualidade de vida pelo instrumento Minnesota (MLHFQ). A análise dos dados foi a
partir de fatores dos cálculos de distribuição de frequências e estatísticas de variantes do mínimo ao máximo,
bem como desvio padrão, percentis e intervalos de confiança estipulado em 96%. Em todos os casos as
diferenças consideradas para efeito estatístico, foram significativas quando o p-valorincorporado à análise
menor que 5%. RESULTADOS: Pacientes deste estudo possuem perfil na maioria masculino, em idade de
55,3 anos. Sendo que a classe funcional (NYHA III) foi a mais presencial (42,4%)e os escores da técnica
de investigação pelo Minnesota foi de 16,6%. Já os associados as escalas do (MLHFQ) com as classes
funcionais do (NYHA) II apresentaram significância estatística (p-valor) = 0,001), sendo que a média do
escore do (MLHFQ) dos citados pacientes com o DEF foi de 69,322 e p- valor=0,0001. O IAM foi uma das
únicas comorbidades analisada e que teve agregação estatística bem expressiva (p-valor=0,022) com falta
do DEC em 52,53% dos indivíduos que até então infartaram tinham o diagnóstico, enquanto 79,78% dos
pacientes que não infartaram apresentavam o DC. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esta amostragem pode
contribuir para se entender o que está associado a fadiga nesta clientela, levando-se em consideração as
principais respostas dos diagnósticos, possibilitando intervenções específicas para obtenção dos resultados
de enfermagem. Diante disso, observou-se a partir da pesquisa que, quanto maior a capacidade funcional,
mais altos os escores do (MLHFQ), sinalizando agravos na qualidade de vida. No entanto, a dimensão da
parte física do (MLHFQ) não foi abordada neste estudo. Portanto, diante dessas limitações sugerimos a
feitura de estudos com maiores amostragens, bem como a diversificação de novos cenários para
continuidade de pesquisas sobre o tema nessa área.

Palavras-chave: Diagnóstico de enfermagem, Tolerância do exercício físico, Qualidade de vida.

REFERÊNCIAS:

904
1. BRASIL. Ministério da Saúde., 2020. Sistema de Informação da Atenção Básica SIAB. [texto na
Internet]. Disponível: <https://aps.saude.gov.br/www.saude.gov.br./>. Acesso em: 08/07/2022.
2. HERDMAN, T. e KAMITSURU, S., 2018. Diagnósticos de Enfermagem: Definições e
Classificações NANDA II 2018-2020, 11. ed. Nova Iorque: Thieme.
3. ROUQUAYROL; M. Z, ALMEIDA FILHO, N. (org.)., 2013. Epidemiologia & saúde. 6. ed. Rio de
Janeiro: MEDSI.
4. TIESINGA L. J; DASSEN, T.W; HALFENS, R. J., 2018. Fatigue: a summary of the definitions,
dimensions, and indicators. Nurse Diagnosis 2016, 7(2):51-62. Review.
5. ZASLAVSKY C, GUS I., 2017. Idoso: doença cardíaca e comorbidades. 2017. Arq. Bras. Cardiol. Cad.
dezembro 79(6):635- 9.

905
SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE AO COVID-
19: ESTRATÉGIAS DE CUIDADO AO TRABALHADOR

1Camila Borges de Freitas

1Fernanda de Lima Oiano

1Ian Porto Almeida Borges

1Lívia Dias Gomes

1Gabriella Lara Silva Santos

1Graciele Rodrigues Campos

1Lucivania Marques Pacheco

1Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos (IMEPAC) Itumbiara. Itumbiara, Goiás,
Brasil.
Eixo temático: revisões de literatura

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: camila.freitas@aluno.imepac.edu.br

INTRODUÇÃO: A pandemia de Covid-19 teve como consequências não somente um elevado número de
mortes, mas, também, desencadeou efeitos negativos sobre a saúde mental da população, sobretudo dos
profissionais da área da saúde. OBJETIVO: Analizar as ações de cuidado em saúde mental voltados para o
profissional de saúde que atua na linda de frente do enfrentamento à COVID-19. METODOLOGIA: Trata-
se de um estudo de Revisão de Literatura. Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma
busca nas seguintes bases de dados: Scielo: ScientificElectronic Library Online e BVS: Biblioteca Virtual
de Saúde. Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores e suas combinações nas línguas
portuguesa e inglesa: Mental health OR Mental Health Care AND Covid 19) OR Coronavirus
Disease AND Health professionals OR health care providers AND Emotional OR psychological
exhaustion. RESULTADOS: A saúde mental dos profissionais de saúde foi profundamente abalada com o
advento da pandemia de Covid-19 e ações relacionadas aos cuidados desses profissionais passaram a ser
desenvolvidas com intuito de garantir-lhes ambientes adequados de descanso dentro das unidades, além do
monitoramento do estresse, com garantia de assistência adequada e intervenção profissional em saúde
mental sempre que necessário. CONCLUSÃO: A saúde mental do trabalhador foi afetada como nunca pela
situação da COVID-19, estratégias para melhorarem o psíquico dos trabalhadores são fundamentais. Nesse
sentido os programas ‘Linha Direta de Assistência Psicológica durante o surto de COVID-19’ e ‘Programa
de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)’ abordados, apresentam estratégias ativas eficazes para a
melhoria da saúde mental desses trabalhadores.

Palavras-chave: Saúde mental, Covid-19, Profissionais da Saúde, Esgotamento psicológico

REFERÊNCIAS:

WEINER, L. et al. Eficácia de um programa de terapia cognitivo-comportamental online desenvolvido para


profissionais de saúde durante a pandemia de COVID-19: o protocolo de estudo REduction of STress
(REST) para um estudo controlado randomizado. Provações, v. 21, p. 1 a 10 de 2020.

SAIDEL, Maria Giovana Borges et al. Intervenções em saúde mental para profissionais de saúde frente a
pandemia de Coronavírus [Mental health interventions for health professionals in the context of the

906
Coronavirus pandemic][Intervenciones de salud mental para profesionales de la salud ante la pandemia de
Coronavírus]. Revista Enfermagem UERJ, v. 28, p. 49923, 2020.

CHANG, Wen-Han. As influências da pandemia de COVID-19 nos comportamentos dos serviços


médicos. Jornal taiwanês de Obstetrícia e Ginecologia, v. 59, n. 6, pág. 821-827, 2020.

907
ATUAÇÃO DAS TIOSSEMICARBAZONAS COMO FÁRMACOS
ANTINEOPLÁSICOS
¹Mariane Zimmerle Santana da Silva
¹Ana Cristina Lima Leite
1Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife, Pernambuco, Brasil.
Eixo temático: Farmacologia
Modalidade: Pôster
mariane.zimmerle@ufpe.br
INTRODUÇÃO: O câncer é a segunda maior causa de morte no mundo, perdendo apenas para as doenças
cardíacas. Segundo a Organização mundial da saúde (OMS) cerca de 20 milhões de casos são estimados
até 2025, representando um problema de saúde pública de escala global pela demora no diagnóstico, além
da baixa especificidade dos fármacos utilizados no tratamento. Pensando nisso, as tiossemicarbazonas
(TSC) são uma classe de destaque na área de pesquisa médica pela seu amplo espectro de atividade, com
atuação antineoplásica bastante explorada. OBJETIVO: Elucidar os mecanismos de ação das
tiossemicarbazonas no tratamento anticâncer. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura. Para
sua construção, foi utilizado como base um artigo publicado pela orientadora do resumo, além de outras
referências ligadas a ele, que foram selecionadas pelo critério de maior conexão com o tema exposto.
RESULTADOS: Inicialmente, as tiossemicarbazonas são de grande importância pelo seu amplo espectro
de atividade, atuando como antibacteriano, antiviral, antiprotozoário, antitumoral e antifúngico. Porém a
ação antitumoral é a mais estudada, tendo diversos mecanismos. O primeiro deles é a inibição da síntese de
DNA, através da alquilação do tiol no complexo topoisomerase II- DNA, que impede a fita de se enrolar
durante a replicação do DNA, além de também inibir a enzima do ribonucleotídeo redutase contendo ferro
pela quelação de íons metálicos, uma vez que o ferro demonstrou ser essencial na proliferação das células
cancerígenas e geração de espécies reativas de oxigênio. A segunda via de ação é definida pela inibição das
proteases de cisteína catepsina L e B, que são moléculas superexpressas em vários tipos de câncer,
responsável por agravar o nível de tumores, podendo ser inibidas competitivamente por benzofenonas-
tiossemicarbazonas, impedindo, também, a migração e invasão de células antineoplásicas. Outrossim, a
depleção do ferro ocasionada pela atuação das TSCs regulam positivamente a expressão do gene NDRG1,
muito conhecido como supressor de crescimento e metástase (principalmente regulada por ferro) uma vez
que tal gene atua impedindo a polimerização de filamentos de actina, estresse, montagem e formação de
fibras. Além disso, também atua em várias vias de sinalização, como a TGF-b, proteína quinase B
(AKT)/PI3K, RAS, etc. Por fim, algumas tiossemicarbazonas estão sendo usadas em ensaios clínicos, como
a Triapina (3-AP), que foi testada em terapia combinada para cânceres avançados com o antineoplásico
gencitabina, promovendo uma terapia antitumoral bem tolerada e com perfil de toxicidade equivalente ao
gencitabina sozinho. Do mesmo modo, esse fármaco foi utilizado combinado à citarabina para o tratamento
de leucemia, demonstrando ser um esquema viável e de toxicidade tolerável em relação à da citarabina.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se, portanto, que as tiossemicarbazonas são ótimas
candidatas para síntese e formulação de novos fármacos anticâncer, além de também terem uma ótima
resposta em moléculas de fármacos já existentes, como a Triapina, merecendo ser explorado mais
profundamente e avançar nos estudos clínicos acerca do mesmo.

Palavras-chave: Tiossemicarbazonas, Câncer, tratamento.


REFERÊNCIAS:

BERALDO, H. Semicarbazonas e tiossemicarbazonas: o amplo perfil farmacológico e usos clínicos. Quím.


Nova, São Paulo, v. 27, n. 3, p. 461-471, set. 2004. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-
40422004000300017. Acesso em: 1 fev. 2023.

908
SIQUEIRA, L. R. P.; et al. Multi-target compounds acting in cancer progression: Focus on
thiosemicarbazone, thiazole and thiazolidinone analogues. European Journal of Medicinal Chemistry,
Paris, v. 170, p. 237-260, maio 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ejmech.2019.03.024. Acesso
em: 1 fev. 2023.
YU, Y.; et al. Thiosemicarbazones from the Old to New: Iron Chelators That Are More Than Just
Ribonucleotide Reductase Inhibitors. Journal of Medicine Chemistry, Washington, v. 52, p. 5271-5294,
Abril 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1021/jm900552r. Acesso em: 1 fev. 2023.

909
MARKETING E ESTRATÉGIAS DIGITAIS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

¹Larissa Serra Taborda Rocha


. ² Lucimar Aparecida
Britto Codato

1 Discente Universidade Estadual de Londrina (UEL).


Londrina,Paraná,Brasil.
2 Docente do Departamento de Medicina Oral e Odontologia Infantil da Universidade
Estadual de Londrina. Londrina,Paraná,Brasil.

Eixo temático: Temas Livre em Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: larissa.taborda@uel.br

INTRODUÇÃO:

Em todos os setores de atuação há várias ofertas do mesmo serviço. Logo, a competitividade e a


busca por fidelização de clientes são características do exercício profissional. É fato que a
globalização e a facilidade de acesso às mídias sociais impuseram novas demandas e, ao mesmo
tempo, tornaram-se importantes instrumentos para a captação e manutenção de clientes. Estas
realidades demandam adoção de diferentes e contínuas estratégias interações com os públicos-
alvos visando ao crescimento e manutenção no mercado de trabalho.

Atualmente, o marketing digital é uma das ferramentas mais utilizadas pelos serviços de saúde
por trazer visibilidade e esclarecimentos dos serviços ofertados. Um exemplo recente foram as

910
informações veiculadas nos canais de comunicação sobre prevenção contra o COVID 19 por meio
de plataformas digitais públicas e privadas para estimular a adoção e a adesão da população a
medidas preventivas e curativas. No setor público são medidas relevantes para melhorar a
qualidade e a resolutividade do cuidado em saúde. Na iniciativa privada também são meios para
alavancar a lucratividade das empresas.

OBJETIVO:

Evidenciar aplicações do marketing digital nos serviços de saúde públicos e privados.

METODOLOGIA:

Foi realizada revisão de literatura. Foram selecionadas publicações, escolhidas por conveniência,
consideradas pertinentes para a compreensão do marketing digital na área da saúde.

RESULTADOS:

No Brasil, a Rede Nacional de Dados da Saúde (RNDS) favorece a troca de informações entre os
pontos das redes de atenção em saúde. Esta iniciativa favorece a agilização e melhorias da
qualidade e da resolutividade da atenção e do cuidado em Saúde nas três esferas de governo e no
setor privado (BRASIL, 2017, p. 9).

O Instagram,,Facebook,Twitter, Youtube e Podcasts são reconhecidamente utilizadas para a


disseminação de informações por diversificados setores das áreas da saúde .(DUARTE et
al.,2021; VERZANI, 2020). Assim, promovem saúde tanto na iniciativa pública ou privada, e
favorecem a divulgação de serviços.

Ao ampliar seus esforços para a atuação como comunicador de saúde através do marketing digital
em diferentes plataformas digitais, o profissional da saúde pode destacar características
diversificadas do serviço ofertado, que incluem humanização da atenção e resolutividade das
demandas. São estratégias que contribuem para alavancar a imagem da empresa e/ou do
profissional.

CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O marketing e as estratégias digitais na área da saúde são importantes para divulgar serviços e
estimular boas práticas de cuidado. Na iniciativa privada, também contribuem para estimular a
fidelização de clientes e aumento da lucratividade. Ambos revolucionaram a interação e a
comunicação com os diversificados públicos-alvo e são fundamentais para a manutenção e
crescimento no mercado profissional.

911
Palavras-chave: Marketing; Estratégias de Saúde; Mídias Sociais

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Comitê Gestor da Estratégia e-Saúde. Estratégia e-Saúde


para o Brasil. Brasília, DF: MS, 2017. Disponível em: https://www.conasems.org.br/wp-
content/uploads/2019/02/ Estrategia-e-saude-para-o-Brasil.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020.

SIQUEIRA, Eduardo Déa. A atuação do Marketing Digital como meio para divulgação do
Marketing Social frente a pandemia de COVID-19 no Brasil. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 05, Vol. 09, pp. 55-64. Maio de 2020.
ISSN: 2448-0959, Link de acesso:

WOSGRAU, A.P.B. MARKETING APLICADO NA ÁREA DA SAÚDE. Curso de


Especialização em Marketing Empresarial, Setor de Ciências da Sociais e Aplicadas da
Universidade Federal do Paraná, departamento de Administração, 2004.

DUARTE, Regiane Cristina et al.Biomídia e saúde: vantagens e desvantagens em tempo de


pandemia.Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, Rio de
Janeiro, v.15, n. 4, p. 1042-1063,2021. Disponível em:
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/2396/2488.

VERZANI, Renato Henrique. Novas tecnologias digitais e atividade física: desafios


contemporâneos. 2020.Tese (Doutorado em Desenvolvimento Humano e Tecnologias) -
Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2020. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/handle/11449/193871.
BARROS JUNIOR, Roldão Alves de. Médico e influenciador: um estudo sobre a
comunicação em saúde no Instagram.– Interfaces Comunicacionais do XXI Congresso de
Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste, realizado de 22 a 24 de maio de 2019.

912
DOI 10.29327/1192726.1-24

PROMOÇÃO DE SAÚDE PELA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR EM


COMUNIDADES RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA LEGAL

¹Ayara Almeida Souza Cabral


¹Joseelma Quaresma Trindade
²Erik Vinicius Barros Guedes
³Rosivalda Ferreira de Oliveira
4
Daniel Aparecido dos Santos
5
Fabiana Ramos Vital Ribeiro
6
Beatriz Ramos Ribeiro Loureiro
7
Ivaldo Jesus Almeida Belém-Filho

1,1Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil; 1Centro Universitário Unifacisa, Campina Grande,
Paraíba, Brasil; 2Universidade de São Paulo/ FO, São Paulo, São Paulo, Brasil; 3Escola Superior da
Amazônia, Belém, Pará, Brasil; 4Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil; 5 Centro
Universitário Maurício de Nassau, Campina Grande, Paraíba, Brasil; 6Centro Universitário Unifacisa,
Campina Grande, Paraíba, Brasil; 7 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- FMRP USP, São Paulo,
Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: ayaracabral@gmail.com
INTRODUÇÃO: As comunidades ribeirinhas, também chamados de população tradicional, são povos que
moram nas proximidades dos rios e por conta dos aspectos geográficos do Brasil, é na Amazônia que está
concentrada a maior parte dessa população. O acesso à saúde de qualidade é limitado e enfrenta desafios
por sua pouca visibilidade, sendo esse povo vulnerável a diversas patologias, agravos e riscos permanentes,
para isso, são necessárias estratégias de atenção integral a saúde, viabilizando promoção de saúde e acesso
da equipe multidisciplinar para proporcionar e assistência à saúde. OBJETIVO: Analisar a importância da
promoção à saúde pela equipe multidisciplinar em comunidades ribeirinhas. METODOLOGIA: Realizou-
se uma revisão de literatura com caráter qualitativo, através da busca de artigos indexados na base de dados
LILACS e SciELO, por emprego da combinação de Descritores em Ciências Saúde (Decs): “Promoção em
Saúde”, “Multidisciplinar”, “Comunidade Ribeirinha”. Foram incluídos os artigos que respondessem o
objetivo da pesquisa, publicados na janela temporal de 2019 a 2022 em português; e de exclusão, artigos
repetidos e com fuga ao tema. RESULTADOS: Foram encontrados 32 artigos, que abordaram a temática
e após a aplicação dos critérios de seleção dos artigos, restaram 7 artigos para compor amostra final do
estudo. Após análise foi visto que, o meio de acesso dos povos ribeirinhos a saúde se faz por canoas ou
rabetas (barcos com motor) até o município mais próximo, na busca dos serviços, em muitos casos, se faz
quando há o acometimento da doença no indivíduo, já que as condições socioeconômicas são desfavoráveis
e o conhecimento é baixo para a busca desde o início dos sintomas aos serviços médicos. Diante disso, no
âmbito da saúde pública, o Sistema Único de Saúde (SUS), é o que chega a esses povos, as Equipes de
Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR) atuam a maior parte de suas ações em Unidades Básicas de Saúde
construídas nas localidades, desempenhando promoção de saúde de forma multidisciplinar, sendo possível
uma abordagem mais ampla e acolhedora, isso porque a ESFR deve ser composta por no mínimo um
médico, um enfermeiro e um técnico de enfermagem, ainda outros profissionais como odontólogos e
agentes comunitários de saúde, em tese os atendimentos visam levar promoção, prevenção e tratamento a
esses povos, prestando serviços 14 dias e retorno a cada 60 dias. No entanto, foi observado nos estudos que

913
as equipes ainda são limitadas, o custo de mobilização dos profissionais é alto e o incentivo financeiro aos
profissionais é baixo, trazendo grandes desigualdades e deficiência no acesso a saúde para essa população,
ainda foi constatado nos estudos que as principais patologias que poderiam ter sido prevenidas foram:
verminoses, infecção do trato urinário, síndrome gripal e dores de forma geral. Se houvesse, de forma
integral o acesso a promoção de saúde essas enfermidades poderiam ser evitadas.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir deste estudo foi possível compreender, a
importância da promoção de saúde pela equipe multidisciplinar em comunidades ribeirinhas da Amazônia
legal, sendo indispensável mais ações e políticas públicas para viabilizar um acesso mais integral a saúde.

Palavras-chave: Comunidade Ribeirinha, Equipe Multidisciplinar, Promoção de Saúde.

DE FIGUEIREDO JÚNIOR, Adilson Mendes et al. O acesso aos serviços de saúde da população ribeirinha:
um olhar sobre as dificuldades enfrentadas. Revista Eletrônica Acervo Científico, v. 13, p. e4680-e4680,
2020.

DOMINGOS, Isabela Moreira; GONÇALVES, Rubén Miranda. População ribeirinha no Amazonas e a


desigualdade no acesso à saúde. Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito
(RECHTD), v. 11, n. 1, p. 99-108, 2019.

NUNES, Júlia Graziele Santos et al. População Ribeirinha e Promoção da Saúde. Revista Científica da
Faculdade de Educação e Meio Ambiente, v. 13, n. edespmulti, 2022.

SANTOS, Isabella Oliveira et al. Avanços e desafios na saúde das populações ribeirinhas na região
amazônica: uma revisão integrativa. Revista de APS, v. 24, 2021.

914
DOI 10.29327/1192726.1-31

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS


NÃO TRANSMISSÍVEIS

¹Ayara Almeida Souza Cabral

¹Analice Silva Henrique Barbosa


²Erik Vinicius Barros Guedes
³Rosivalda Ferreira de Oliveira
4
Penelopes de Albuquerque Silva
5
Ivonilde Noleto Paz
6
Rafael Andrade Cristino
7
Ivaldo Jesus Almeida Belém-Filho

1Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil; 1Centro Universitário Unifacisa, Campina Grande,
Paraíba, Brasil; 2Universidade de São Paulo-FO USP, São Paulo, Brasil ;3Escola Superior da Amazônia,
Belém, Pará, Brasil; 4Fundação de Ensino Superior de Olinda, Olinda, Pernambuco, Brasil;
5Universidade Federal do Piauí, Picos, Piauí, Brasil; 6Universidade Brasil, Fernandópolis, São Paulo,
Brasil; 7 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- FMRP USP, São Paulo, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: ayaracabral@gmail.com
INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem um conjunto de doenças
que possuem diversas causas, sendo fatores de risco para a saúde. De origem não infecciosa, as DCNT estão
associadas a limitações, perda de qualidade de vida e incapacidades funcionais, sendo as principais:
diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e as neoplasias (BRASIL,2008). Logo, é vital haver
atenção para a prevenção das DCNT, isso porque, são responsáveis pelas patologias mais comuns no Brasil,
dispondo de consequências permanentes, para isso, a educação em saúde é um elo fundamental para reduzir
esse cenário. OBJETIVO: Analisar a importância da educação em saúde na prevenção das DCNT.
METODOLOGIA: Estudo qualitativo do tipo revisão integrativa da literatura, realizado pelas bases de
dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System
Online (MEDLINE) via PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), na janela temporal de 2020 até 2022, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS):
Promoção em Saúde, Doenças Crônicas não Transmissíveis, Prevenção. Como critérios de inclusão:
estudos disponíveis na integra, em português e que contemplassem a temática e como exclusão: artigos
duplicados, resumos, debates e editoriais. RESULTADOS: Foram encontrados 28 estudos, na qual 7 foram
elegíveis. Os artigos mostraram que, muitos indivíduos ainda desconhecem quais os fatores, quais atitudes
tomar na prevenção das DCNT ou se convivem com a doença. Diante disso, a educação em saúde é um
instrumento indispensável para orientar a sociedade, isso porque, ficou evidente que a orientação correta da
população em ações de saúde, por exemplo, está consegue ter um olhar holístico sobre sua própria situação,
levando a conscientização das atitudes a serem tomadas sobre sua vida tornando mais eficaz a atenção
integral a saúde. Além disso, proporciona autonomia e responsabilidade do indivíduo com seu próprio bem-
estar. Outro ponto relevante em destaque, é que a promoção de saúde para a prevenção das DCNT, que
dispôs de comunicação sobre a conscientização e estimularam o alerta do cuidado aos sinais e sintomas para
o diagnóstico precoce, além de, instruir aos órgãos públicos para a procura de atendimento. Os estudos
mostraram ainda, que a educação em saúde se propagou a outros indivíduos mesmo que não estivessem nas
ações em contato direto, sendo levado a diante os ensinamentos vistos e também, aumentouos casos que o
tratamento fosse iniciado desde os primeiros estágios das patologias prevenindo agravos na saúde. Vale
ainda salientar que, mudanças de hábitos como: alimentação saudável, atividade física e

915
aumento da ingestão de água, são métodos de prevenção das patologias comum a todos os artigos
analisados. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, foi possível concluir que a
educação em saúde na prevenção de DCNT possuem um papel fundamental para mitigar os casos dessas
condições patológicas, assim como é importante difundir mais sobre o assunto, pois traz um impacto
positivo para a manutenção da qualidade de vida.

Palavras-chave: Promoção em Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Prevenção.


Referências:

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Diretrizes e Recomendações para o Cuidado Integral de Doenças
Crônicas Não Transmissíveis: promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. Brasília: MS; 2008.

MALTA, Deborah Carvalho et al. Doenças crônicas não transmissíveis na Revista Ciência & Saúde
Coletiva: um estudo bibliométrico. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 4757-4769, 2020.

MELO, Inglidy Rennaly Maciel et al. Educação em saúde: riscos para doenças crônicas não- transmissíveis.
Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 49838-49842, 2020.

RODRIGUES, Andreza Carvalho et al. Educação em saúde: fatores de risco e proteção para doenças
crônicas não transmissíveis em idosos: Health education: risk and protective factors for chronic diseases in
the elderly. Revista FisiSenectus, v. 10, n. 1, p. 73-87, 2022.

916
PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES
SUBMETIDAS À EPISIOTOMIA

¹Mirela Novais Ribas


¹Railson Carlos Olinto de Brito
¹Vinícius Batista Lima
¹Isabelle Eunice de Albuquerque Pontes Melo Leite
1Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Eixo temático: Fisioterapia


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: mirela.novaisribas@gmail.com

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é descrita como a perda involuntária de urina, sendo uma
patologia comum que afeta cerca de 200 milhões de pessoas mundialmente. Considera-se a IU uma
síndrome multifatorial mais frequente em mulheres, e isso é recorrente devido a uma série de fatores de
risco como o envelhecimento, menopausa, histórico de partos vaginais, parto vaginal com episiotomia, entre
outros. A episiotomia consiste na incisão cirúrgica efetuada na região perineal com o objetivo de ampliar o
canal de parto, atinge o assoalho pélvico, podendo comprometer a musculatura do mesmo e possibilitar
complicações como IU, incontinência fecal, prolapsos genitais e disfunções sexuais femininas. OBJETIVO:
Detectar a prevalência de IU em mulheres submetidas à episiotomia. METODOLOGIA: Estudo
observacional, com delineamento transversal, realizado em uma clínica escola de Fisioterapia da cidade de
Campina Grande-PB. O estudo foi desenvolvido após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB (parecer: 5.381.457). A população foi composta porpacientes do
sexo feminino atendidas em diferentes setores do serviço de Fisioterapia. Os critérios de inclusão foram:
maiores de 18 anos atendidas na clínica escola em 2022. Critérios de exclusão: infecção urinária recente e
déficit cognitivo. A coleta dos dados ocorreu entre abril e junho de 2022, e incluiu as seguintes informações:
idade, estado civil, ocupação, número de gestações, presença de IU e características da IU (esforço, urgência
ou mista). Os instrumentos usados para coleta foram dois questionários: sociodemográfico/clínico e
International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF). A análise dos dados
quantitativos foi feita de forma descritiva. RESULTADOS: A amostra foi composta por 40 mulheres com
idade média de 61,7 anos (42-82), em sua maioria casadas (50%), aposentadas (46,8%) e com número médio
de gestações de 4,6 (2-13). A prevalência de IU foi de 85% (32), sendo de IU de esforço 62,5% (20), de
urgência 18,7% (6) e mista 18,7% (6). O avanço da idade e o maiornúmero de gestações por si só são fatores
de risco para o desenvolvimento de IU, contudo esses fatores representam um aumento de prevalência de
até 50% no sintoma. Logo, com base na maior prevalência de IU encontrada neste estudo, a episiotomia
demostrou aumentar a presença de IU na população de risco. Emmulheres de meia idade, esse procedimento
cirúrgico também aumentou a probabilidade do desenvolvimento de IU de esforço.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mulheres de meia idade com maior número de gestações
apresentam uma alta prevalência de IU quando submetidas à episiotomia. Esse achado contribui para um
melhor entendimento do impacto a longo prazo desse tipo de cirurgia nas funções urinárias e
consequentemente na qualidade de vida de mulheres. Assim, novos estudos podem ser realizados para
melhor compreender as repercussões psicológicas, físicas e sociais da IU em mulheres submetidas à
episiotomia, e, a partir disso, implementar formas de identificação e manejo de grupos de risco para o
problema.

917
Palavras chave: Mulheres, Episiotomia, Incontinência Urinária.

REFERÊNCIAS:

Alves, R. A. et al. Perfil clínico de mulheres com incontinência urinária de esforço em centro de referência.
Rev Pesqui Fisioter. v. 11, n. 2, p. 351–360, 2021.
D’ANCONA, C. et al. The International Continence Society (ICS) report on the terminology for adult male
lower urinary tract and pelvic floor symptoms and dysfunction. Neurourology and urodynamics. Vol 38.
p. 433–477, 2019.
PHILIPPINI, Alécia Carolina de Oliveira et al. A influência da episiotomia na funcionalidade do
assoalho pélvico. Anais II CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em:
<https://www.editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/28971>. Acesso em: 11/02/2023 19:28
SESHAN, V; ALKHASAWNEH, E; AL HASHMI, I. H. (2016). Risk factors of urinary incontinence in
women: a literature review. International Journal of Urological Nursing. v. 10, n. 3, p. 118–126, 2016.
ZHOU, H. H. et al. Association between parity and the risk for urinary incontinence in women: A meta-
analysis of case–control and cohort studies. Medicine (Baltimore). v. 97, n. 28, 2018.

918
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR COMO VIVÊNCIA PRÁTICA DO
CURSO DE ODONTOLOGIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

1
Yasmin Ribeiro Alves de Abreu
1
Valdeida Gabriela Braga Moreira
1
Ana Shislane Araújo
1
Glauciane Mendes Elias
1
Antonio Ermesson Pires Morais
1
Yago Cavalcante Andrade de Almeida
1
Wilton Luiz Sampaio da Silva
1
Ana Virgínia Parente Guimarães Oliveira

1 Centro Universitário INTA- UNINTA. Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Apresentação pôster

E-mail do 1º autor: yasmin14771@gmail.com

INTRODUÇÃO: A realização da ressuscitação cardiopulmonar surge no momento em que o indivíduo


é acometido por uma parada cardiorrespiratória se manifestando através da perda de consciência, pupilas
dilatadas, ausências de movimentos e inexistência de pulso. Essa grave situação de emergência pode
surgir em qualquer local, inclusive no consultório odontológico, sob responsabilidade de um cirurgião
dentista que precisa estar apto para realizar as manobras de suporte básico de vida. Durante o 4º período
do curso de odontologia do Centro Universitário INTA-UNINTA os estudantes obrigatoriamente cursam
a disciplina de Emergências Médicas onde preparam os acadêmicos para socorrerem corretamente
pessoas que se encontrem nessa situação de risco iminente de morte. OBJETIVO: Relatar a experiência
vivenciada durante a prática de ressuscitação cardiopulmonar e salientar suas contribuiçõesna formação
dos acadêmicos do curso de odontologia diante de situações que requerem agilidade, liderança e
conhecimentos de áreas médicas. METODOLOGIA: A prática foi realizada durante o semestre de 2022.1
e contou com a participação de 40 acadêmicos. No momento da aula prática a turmafoi dividida em quatro
grupos de 10 alunos cada um participando da prática em horários diferentes, assim facilitando o
apredizado, já que, a atenção do professor se extendeu a uma menor quantidade de acadêmicos por vez.
Foi usado para simulação da emergência um manequim colocado em decúbito dorsal horizontal sobre
uma superfície rígida, feito isso, iniciou-se a realização da compressão do tórax com as duas mãos
utilizando o peso do próprio corpo do aluno, sempre de modo rápido e profundidade de 5 cm em adultos.
Devem ser realizadas 100 compressões por minuto sem interrupções. Além disso, também ocorreu
demonstrações usando o desfibrilador externo automático que conta com mensagens detexto e de voz
dando comandos com segurança e clareza. RESULTADOS: A prática desenvolvida possibilitou melhor
fixação do conteúdo teórico tendo como conseguência resultados positivos voltados para melhor
apredizagem e autonomia durante uma situação de emergência. CONCLUSÃO: As iniciativas de ensino
e aprendisagem voltadas para as Emergências médicas são primordiais durante a formação acadêmica
dos alunos de odontologia, pois é parte das competências do cirurgião dentista saber reagir durante
situações de urgência e emergência mesmo que não seja algo tão comum em seu dia a dia clínico.

Palavras-chave: Ensino, Emergência, Dentista.

919
REFERÊNCIAS:

MORETTI, M. A, CAMBOIM, A. O, FERRANDEZ, C. A, RAMOS, I. C, COSTA, I. B, CANONACO,


J. S, MATHIA, V. L, FERREIRA, J. F. M, CHAGAS, A. C. P. Retention of Cardiopulmonary
Resuscitation Skills in Medical Students. Arq Bras Cardiol., v. 117, n. 5, p. 1030-1035, 2021.

VAUGHAN, M.; PARK, A.; SHOLAPURKAR, A,; ESTERMAN, A. Medical emergencies in dental
practice - management requirements and international practitioner proficiency. A scoping review. Aust
Dent J., v. 63, n. 4, p. 455-466, 2018.

JEVON, P,; SHAMSI, S. COVID-19 and medical emergencies in the dental practice. Br Dent J., v. 229,
n. 1, p. 19-24, 2020.

920
GRUPOS TERAPÊUTICOS “DIÁRIO DAS EMOÇÕES” E O CUIDADO EM
SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

¹Maria Emília de Medeiros Silva


¹Danieli da Conceição Medeiros
¹Eduarda Maria da Silva Santos
¹Jeane Carla de Araújo Nunes Medeiros
¹Mikarla Rosyene Brilhante Campêlo
¹Rosane Targino de Medeiros
¹Maria José Nunes Gadelha

1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil.

Eixo temático: Relato de experiência

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: mariamilinha1@gmail.com

Resumo

Os grupos terapêuticos de manejo das emoções representam uma inovação na disposição de serviços à saúde
mental e um local frutífero para atuação na perspectiva da Terapia Cognitivo-Comportamental Grupal
(TCCG). Eles contribuem com os grupos ofertados na atenção primária, pois, atendem usuários do Sistema
Único de Saúde (SUS), podendo ser ofertados nos locais da rede de atenção à saúde. Objetivo: Relatar a
experiência de discentes do curso de Psicologia, referente ao estágio com grupos terapêuticos vinculados
ao Serviço de Psicologia Aplicada (SEPA), sob orientação da TCC. Metodologia: Trata-se de um estudo
qualitativo e descritivo, do tipo relato de experiência. Os grupos foram realizados no período demaio a julho
de 2022, de forma presencial no espaço do SEPA. Os encontros foram preparados com temáticas e
dinâmicas pré-definidas, buscando-se oportunizar um lugar acolhedor e empático, considerando alguns
desafios, como a estrutura física e medidas de segurança relacionadas à COVID-19, tudo isso aliado à
orientação da professora responsável. Sendo assim, cada grupo realizou 8 sessões, com cerca de 10
integrantes da comunidade universitária. Resultados e discussões: O estágio viabilizou o desenvolvimento
de competências relacionadas ao manejo clínico e condução grupal. A prática do trabalho em equipe foi um
importante pressuposto para obtenção de êxito na execução das atividades. Os grupos se mostraram como
espaços potentes de veiculação de experiências, aquisição de conhecimento e relatos com empatia, além de
ampliar outras competências nas discentes, como o comprometimento ético e a qualificação da escuta.
Considerações finais: A vivência foi bastante enriquecedora para a formação acadêmica e pessoal, visto que
os grupos despertaram o cuidado em saúde mental dos estudantes, autoconhecimento e acolhimento no
retorno ao ensino presencial.

921
Palavras-chave: Terapia Cognitivo-Comportamental; Assistência à Saúde Mental; Promoção de Saúde;

Eixo Temática: Saúde mental

Modalidade: Pôster

1 INTRODUÇÃO

O presente texto busca relatar a experiência de estágio curricular obrigatório para a formação de
Psicólogo II em Processos Avaliativos e Clínicos, de discentes do curso de Psicologia, referente ao estágio
com grupos terapêuticos vinculados ao Serviço de Psicologia Aplicada (SEPA), sob orientação da Terapia
Cognitivo-comportamental (TCC). Os grupos terapêuticos atuaram com um número de no máximo dez
participantes, em aproximadamente 8 sessões, e abordaram temáticas com foco no manejo das emoções dos
estudantes da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA). De acordo com a literatura encontrada,
os grupos representam inovação na disposição de serviços à saúde mental e um local frutífero para atuação
na perspectiva da Terapia Cognitivo-Comportamental Grupal (TCCG).
Nesse sentido, são espaços fecundos de trocas de experiências, práticas e saberes sobre as emoções,
além de enriquecerem o exercício profissional dos estudantes do curso de Psicologia, uma vez que,
contribuem com os grupos ofertados na atenção primária, pois atendem usuários do SUS, podendo ser
ofertados nos locais da rede, sendo um importante elemento social e essencial que faltava nas abordagens
psicoterapêuticas. Outro fator de destaque que o torna um campo acessível é a diminuição dos custos, sendo
um tratamento eficiente, eficaz e efetivo. Nessa perspectiva, percebeu-se que seria uma abordagem prática
para utilizar com os universitários, haja vista as angústias percebidas nesse público quando adentram o
espaço universitário e a convivência com outras pessoas que partilham das mesmas emoções, tornando-se
assim, um espaço propício para ofertar a psicoterapia em grupo.
Ademais, relatar essa experiência acerca desta temática, favorece a divulgação da prática da
TCCG e a implementação ou disseminação para surgimento e atuação de mais grupos terapêuticos a fim de
que se torne uma prática mais reconhecida e até mesmo, procurada, posto que, as pessoas podem estranhar
partilhar das suas emoções com um grupo de pessoas desconhecidas, em um primeiro momento. Salienta-
se que as emoções se desenvolveram durante a adaptação evolucionária, sendo experiências universais, no
entanto, as formas de lidar, interpretar e avaliar são socialmente construídas. Com isso, os diferentes
membros do grupo poderão perceber e experimentar um mesmo evento de formas semelhantes ou
diferentes, o que é possível ser percebido por meio de técnicas usadas na intervenção grupal e os modelos
fornecidos dadas as experiências de cada participante e a sua percepção sobre si e os outros.
Outrossim, esta experiência de estágio contribuiu para a construção de conhecimentos de ordem
prática acerca da atividade psicoterapêutica na clínica por meio dos grupos. Desta forma, também permitiu
integrar as aprendizagens teóricas das disciplinas estudadas através da observação, reflexões e diagnóstico
no processo de trabalho grupal. Além disso, possibilitou ainda elaborar planos de intervenção e práticas
interventivas à medida que os encontros iam sendo realizados e as necessidades surgiam, tornando-se um
tratamento que atendia as demandas das pessoas por meio do contato social de forma mais vasta e profunda.

2 METODOLOGIA

922
O estudo refere-se a um relato de experiência de orientação metodológica qualitativa e transversal,
advindo do estágio curricular básico de psicologia, realizado no SEPA da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), Campus Santa Cruz. Os grupos psicoterapêuticos voltaram-se à temática das
emoções e o seu manejo em jovens universitários por meio da TCCG. Cada grupo foi composto por 1
terapeuta e 2 co-tepeutas (estagiárias de psicologia) com 10 participantes - no máximo -, oriundos dos cursos
de enfermagem, fisioterapia e psicologia.
A rigor, o funcionamento e frequência grupal deram-se por meio de encontros semanais ao longode oito
semanas, com duração de duas horas cada. Os encontros tiveram carácter estruturado, sendo que cada sessão
dividia-se em 5 momentos/etapas as quais: 1) Boas-vindas, sondagem da semana e verificação do humor
dos participantes; 2) acompanhamento do plano de ação semanal; 3) apresentação da temática vigente,
introdução de psicoeducação e discussão acerca dela; 4) Proposta de plano de ação referente à
psicoeducação; 5) dúvidas e feedbacks da sessão.
Importante destacar que o grupo se estrutura a partir de um contrato terapêutico que é estabelecido,
segundo Neubern (2010), considerando-se as necessidades e particularidades, neste caso do grupo e seus
membros. No tocante à flexibilidade terapêutica, as sessões de grupos psicoterapêuticos podem ser
submetidas a mudanças, considerando-se as necessidades e particularidades do grupo e seus membros,
estabelecendo uma relação de acolhimento que demonstra o comprometimento dos terapeutas com os
objetivos do grupo e a resolução dos problemas.

923
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O grupo “Diário das Emoções” propiciou aos participantes o conhecimento acerca das emoções e
formas mais adaptativas para lidar com elas. À vista disso, foram trabalhados temas como “o que são as
emoções” e os seus tipos, o modelo cognitivo, validação emocional, os mitos emocionais, e as estratégias
adaptativas e desadaptativas. Neste sentido, as estruturas das sessões possibilitaram o trabalho direcionado
e eficaz de cada temática trazida, bem como a modalidade em grupo permitiu o alcance de um número
maior de pacientes que puderam acessar o serviço. Durante as sessões, foi perceptível o aumento da
capacidade do reconhecimento das emoções, especialmente as negativas. O grupo terapêutico mostrou-se
um tipo eficaz de psicoterapia, produzindo resultados satisfatórios. Em consonância com a literatura, o
mesmo pode ser comparado a terapia individual no que concerne à promoção de benefícios relevantes para
os participantes.
Foi possível observar ao decorrer das sessões uma forte presença dos fatores terapêuticos que, por
sua vez, contribuíram para a dinamicidade de todo o processo e auxiliaram de maneira significativa o
desenvolvimento individual e grupal. O fator “universalidade” se tornou extremamente evidente e
importante, de modo que, o indivíduo ao externalizar as suas preocupações para os co-terapeutas e os
demais membros do grupo, favoreceu a identificação e a percepção de que outras pessoas também
vivenciam desafios e sentem emoções negativas. Logo, há uma diminuição ou ausência da sensação de que
o que está sendo sentido é anormal.
Um fator crescente ao longo do grupo e que se evidenciou ainda mais na última sessão, foi o de
coesão grupal. Este auxiliou para que os membros permanecessem comprometidos com o grupo. Os
feedbacks dados pelos participantes na sessão de encerramento confirmaram um ótimo resultado, de modo
que, estes descreveram o mesmo como sendo um ambiente confortável, confiável e que ajudou no
estabelecimento de bons vínculos, confirmando o pensamento de Yalom (2007), no qual diz que os
participantes de um grupo coeso sentem conforto, afeto e um sentimento de pertencimento. Além de
valorizarem o grupo, estes também se sentem valorizados, amparados e aceitos pelos outros membros.
Outrossim, o fator terapêutico de universalidade e o de coesão grupal também foram essenciais para o
estabelecimento de uma boa relação terapêutica, bem como, para o fortalecimento do vínculo entre os
participantes.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência de estágio com grupos terapêuticos oportunizou o desenvolvimento de habilidades


relacionadas com a prática clínica e condução grupal, como também, o aprimoramento de conhecimentos
prévios, como a qualificação da escuta e o comprometimento ético. Portanto, as vivências partilhadas foram
bastante enriquecedoras para a formação acadêmica e pessoal das discentes, bem como, viabilizaram o
cuidado em saúde mental dos estudantes universitários e a oferta de uma atividade responsável e qualificada
pelo SEPA.
No tocante aos objetivos finais, estes foram superados e o grupo atingiu um resultado altamente
satisfatório, tendo em vista que um número considerável de participantes permaneceu até a última sessão.
Ademais, notou-se grandes evoluções em um curto espaço de tempo. A exemplo disso, os participantes que
nas primeiras sessões mostravam-se muito tímidos apresentaram um bom desenvolvimento e um grande

924
avanço nas sessões posteriores, conseguindo compartilhar mais vivências, emoções e interagindo mais com
os outros membros do grupo. É importante destacar que os participantes que não apresentavam dificuldades
para falar, auxiliaram muito no processo daqueles que possuíam essa dificuldade, de maneira que, geravam
um maior incentivo e estimulavam a participação dos outros, contribuindo, portanto, para uma ótima
interação grupal.

REFERÊNCIAS

NEUBERN, M. S. O terapeuta e o contrato terapêutico: em busca de possibilidades. Rio de Janeiro:


Estudos e Pesquisas em Psicologia, vol. 10, n. 3, 2010. p. 882-897.

WRIGHT, J. H. et al. Princípios básicos da terapia cognitivo-comportamental. In WRIGHT, J. H.;


BROWN, G. K.; THASE, M. E; BASCO, M. R. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um
guia ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 13-30.

YALOM, I. D.; LESZCZ, M. Os fatores terapêuticos. In YALOM, I. D.; LESZCZ, M. Psicoterapia de


grupo: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 23-36.

925
NARINGINA COMO CARDIOPROTETORA APÓS A LESÃO DE
REPERFUSÃO DO IAMCSST EM RATOS

Yasmin Inez Xavier dos Santos¹


Ayllane Chaves Lucena¹
Dayane Mirelle de Arruda Pereira¹
Renata Duarte Batista¹
Cibele Lopes de Santana Ramalho²

1 Universidade Maurício de Nassau (UNINASSAU). Olinda, Pernambuco, Brasil; 2 Docente do Curso de


Enfermagem Universidade Maurício de Nassau (UNINASSAU).Olinda, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Poster
Email: Yasmin.inez02@gmail.com

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são as principais causas de mortes no mundo, estima-se


que há 17,7 milhões de óbitos, segundo a OMS. Dessa forma,o infarto agudo do miocárdio com
supradesnível do segmento ST (IAMCSST), destaca-se em virtude da rápida evolução do quadro clínico
progredindo ao falecimento, cerca de 65% nas primeiras horas e 80% em 24h após o aparecimento dos
sintomas. Além disso, decorrente da ruptura da placa aterosclerótica ocorre a oclusão das artérias
coronárias, por meio de trombos de forma a designar, um processo isquêmico causando danos irreversíveis
ao coração, na qual a partir de terapias de reperfusão o fluxo sanguíneo é restabelecido, porém por seu
caráter invasivo pode acarretar lesões no miocárdio. De modo a prevenir esse tipo de lesão, pode-se utilizar
o fitoterápico naringina da classe dos flavonoides encontrados em frutas cítricas e na uva com ação
antioxidante, anti-inflamatória, anti apoptótica e anticancerígenas agindo como um papel protetor do
miocárdio que foram testados em ratos comprovando sua eficácia melhorando os danos teciduais, estresse
oxidativo e reduzindo a lesão de reperfusão após o infarto. OBJETIVO: Analisar o efeito do flavonóide,
naringina, como agente cardioprotetor por meio de seus mecanismos de ação, após a lesão de reperfusão do
IAMCSST. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, a partir de bases de dados: SCIELO,
GOOGLE ACADÊMICO, MEDLINE e PUBMED, desenvolvido com material de 13 estudos, no qual
foram selecionados artigos com uma delimitação temporal dos últimos 11 anos (2011-2022), foramutilizados
os principais descritores: Reperfusão, Miocárdio, Infarto do Miocárdio com Supradesnível do Segmento
ST e Flavanonas juntamente com o operador booleano “AND”.Os critérios de inclusão foram de artigos
nacionais e internacionais que abordassem o assunto e estejam disponíveis gratuitamente on-line.
RESULTADO: Diante dos 5 artigos analisados para a produção do estudo foi identificado que ambos
traziam entre si o mecanismo de estabelecimento do IAMCSST, sua mortalidade, evolução e principais
características positivas da naringina no sistema cardiovascular, consolidando assim sua propriedade
cardioprotetora. Dentre os estudos foi ressaltado o efeito positivo da naringina (NGR) na redução da lesão
de reperfusão no IAMCSST, evitando alterações eletrolíticas do infarto, diante disso foi realizado um
experimento pré-clínico usando 60 ratos da linhagem Wistar (250–300g), em que a dose de 25 mg/kg teve
melhor ação antioxidante. Os roedores foram submetidos ao tratamento por via oral durante 7 dias, e assim,
tiveram uma melhora significativa com a redução do estresse oxidativo, um aumento da ação enzimática
endógena, melhoria dos danos teciduais e nas alterações elétricas do miocárdio, visando proteger o coração
da lesão por reperfusão. CONCLUSÃO: Ao se analisar os artigos fica evidente que o uso preventivo da
NGR para reduzir a injúria do miocárdio, em virtude da sua característica cardioprotetora, pode ser inserido
como um potencial tratamento em pacientes com IAMCSST, visto que, a NRG previne o aparecimento da
inversão da onda T e o supradesnivelamento do segmento ST como também redução da lesão de reperfusão.

926
Palavras chave: Reperfusão, Miocárdio, Infarto do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST,
Flavanonas.

Referências Bibliográficas:

OLIVEIRA, G.M.M. Cardiologia prática clínica. Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de


Janeiro. v.2, p.173, 2012

ARAUJO, A. M. A. Naringina exerce efeito cardioprotetor na injúria de isquemia- reperfusão em


coração de rato através da redução do estresse oxidativo. Universidade Federal de Sergipe, 2019.

MOGHADDAM, R.H.J. Naringenin and naringin in cardiovascular disease prevention: A


preclinical review. European Journal of Pharmacology. V.887, 2020. .

PIEGAS et al. V Diretriz da sociedade brasileira de cardiologia sobre tratamento do infarto agudo
do miocárdio com supradesnível do segmento ST. Arquivos brasileiros de cardiologia, v.2, n.105, p. 1–
121, ago. 2015.

YANG, J. et al. Arctigenin Attenuates Ischemia/Reperfusion Induced Ventricular Arrhythmias by


Decreasing Oxidative Stress in Rats. Cellular Physiology and Biochemistry: International Journal of
Experimental Cellular Physiology, Biochemistry, and Pharmacology, v. 49, n. 2, p. 728–742, 2018.

927
FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS
RESPIRATÓRIA

¹ Lizandra Ellem Silva de Souza

2
Daniele Vieira da Silva Blamires

3 Alan dos Santos Ferreira

4
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário

5
Katia Cristina Barbosa Ferreira

6
Joiciely do Nascimento Silva

7
Ana Victória de Abreu Silva

1 Centro Universitário de Juazeiro do Norte– UNIJUAZEIRO, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil; 2


Universidade Federal do Piauí, Piauí, Brasil; 3 Uniages, Paripiranga, Bahia, Brasil; 4 Centro
Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU - Campina Grande, Parnaíba, Brasil; 5 Universidade
Estadual da Paraíba, Paraíba, Brasil; 6-7 Centro Universitário Ateneu – UNIATENEU, Fortaleza, Ceará,
Brasil

Eixo temático: Transversal

Modalidade: Apresentação Banner

E-mail do 1° autor: lizandraaellem@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Doenças respiratórias se caracterizam como aquelas que danificam as regiões


respiratórias como: nariz, laringe, faringe, traqueia e pulmões. São vários os grupos de doenças que afetam
essa região causando irritabilidade, inflamações e insuficiências respiratórias, sendo assim uma das maiores
doenças causadoras de internações nos sistemas de saúde. Essas têm sintomas similares, que evoluem de
forma rápida se não tratadas em tempo oportuno, podendo levar ao óbito. OBJETIVO: O objetivo desse
estudo é identificar os fatores de riscos que contribuem para o desenvolvimento de doenças respiratórias.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura com abordagem qualitativa realizada no período
de janeiro de 2023. A busca foi realizada nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO)
e Google acadêmico seguindo o uso dos descritores da saúde: doenças respiratórias AND fatores de risco.
A pergunta norteadora foi: Quais os fatores de risco que afetam o desenvolvimento de doenças
respiratórias? Para melhorar os achados e identificar os de maior relevância para a presente revisão, foram
definidos como critérios de inclusão estudo publicados durante 2019 a 2023, no idioma português e em
outros idiomas, desde que tivessem tradução disponível e apenas aqueles com acesso gratuito e de fácil
compreensão. Optou-se por excluir estudos duplicados, teses e trabalhos de conclusão de curso.
RESULTADOS: Os resultados encontrados através dos descritores foram 192 artigos que após aplicação
dos critérios de inclusão e exclusão resultou em 91. Na base de dados SCIELO 12 e na Google acadêmico
79. Esses foram analisados através da leitura do resumo, sendo escolhidos 10. Sabe-se que são várias as
doenças respiratórias existentes, mas todas têm fatores de riscos parecidos, sendo eles: tabagismo, poluição,

928
variações climáticas, exposição a substâncias nocivas, infecções virais e uso inadequado de medicamentos.
Esses são os principais causadores dessas doenças e devem ser evitados. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Conclui-se que os fatores de riscos que levam a essas doenças estão ligadas a exposição a substâncias
consideradas nocivas, comportamentos diários como o consumo do tabagismo e o uso inadequado de
medicações como também exposição a infeções virais. Com isso é de grande importância a prevenção
desses fatores para se evitar essas doenças e diminuir o quadro de internações decorrentes da mesma.

Palavras-chave: Doenças respiratórias; infecções virais; saúde.


REFERÊNCIAS:
BEBER, L. C. C et al. Fatores de risco para doenças respiratórias em crianças brasileiras: Revisão
Integrativa. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, v. 9, n. 1, p. 26-38, 2020.
CORRÊA, A. V. S et al. Relação entre queimadas e casos de doenças respiratórias em crianças e idosos na
época da seca no Tocantins. Revista de Patologia do Tocantins, v. 7, n. 3, p. 75-79, 2020.
SOUZA, Amaury; DA SILVA SANTOS, Debora Aparecida. Vulnerabilidade do risco de doenças
respiratórias em função da temperatura média horária. Research, Society and Development, v. 9, n. 8, p.
e121985412-e121985412, 2020.

929
ATUALIZAÇÕES SOBRE FORMAS DE TRATAMENTO DO SARCOMA DE
KAPOSI ASSOCIADO AO HIV: REVISÃO DE LITERATURA

1
.Geovanna da Mata e Castro
7.
Guilherme Guerra Ferreira
8.
Geovanna Teotônio Barros
9.
Vitória Magalhães Quireze
10.
Luiza Stábile de Oliveira
11.
Marcela Gonçalves Adriano
12.
Marcela Barbosa Souza

1-6 Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Dermatologia

Modalidade: Pôster

Email do 1° autor: ge2002damata@gmail.com

INTRODUÇÃO: O Sarcoma de Kaposi (KS) é um tumor angioproliferativo causado pelo Vírus do Herpes
Humano 8 (HHV8) principalmente de pacientes portadores de HIV, caracterizado por disfunção imune, que
pode variar de comportamento lento e insidioso, a um quadro agressivo de rápida evolução. Apesar da
significativa redução na incidência após a introdução da terapia antirretroviral (TARV), o KS ainda acomete
algumas populações infectadas pelo HIV, sendo um dos tumores mais comuns na África Subsaariana.
Existem terapias locais e sistêmicas, consistindo sobretudo em reconstituir o sistema imunológico, suprimir
a replicação do HIV e reduzir o tumor. Tratamentos mais recentes para KS com base nos mecanismos de
sua patogênese estão sendo explorados e há um forte interesse em buscar uma terapia definitiva.
OBJETIVOS: Revisar na literatura e identificar as principais formas de tratamento do Sarcoma de Kaposi
em pacientes portadores de HIV. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão na literatura realizada através
de pesquisas na base de dados “PubMed”, utilizando dos descritores “kaposi sarcoma”, “HIV” e
“treatment”, além dos filtros “free full text”, “review” e “humans”. Foram encontrados 16 artigos, utilizando
como critério de inclusão abordar o assunto específico sobre tratamento do KS em pacientes com HIV e
artigos publicados a partir do ano de 2017. RESULTADOS: O tratamento do Sarcoma de Kaposi associado
ao HIV objetiva freiar a progressão da doença, reduzir o tumor e edema, além de evitar o comprometimento
de órgãos adjacentes. O desenvolvimento da terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) promoveu um
declínio da incidência de AIDS-SK e uma melhora significativa no prognóstico de SK. A escolha do
tratamento é baseada no estadiamento do tumor, na extensão e número das lesões, na carga viral do HIV e
CD4+, nas condições gerais do paciente e nas possíveis interações medicamentosas. ATARV é uma terapia
eficaz para pacientes em estágio inicial, associada à remissão da doença. Ela consiste em terapia local
combinada à radioterapia e quimioterapia aplicadas de acordo com a gravidade do caso, considerado desde
seu advento como o padrão ouro de tratamento. A terapia sistêmica é aplicada em pacientes que não
respondem à TARV ou necessitam de uma resposta rápida. Entretanto, o acesso a essa terapia é limitado
em alguns países. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A literatura reafirma que o Sarcoma de
Kaposi ainda é uma enfermidade sem cura, todavia suas complicações podem ser evitadas, a fim de
melhorar a qualidade de vida do paciente, através da terapia antirretroviral altamente ativa (HAART), que
leva ao bloqueio da replicação viral e melhora da resposta imunológica. Em casos de

930
progressão abrupta e risco de acometimento de órgãos vitais, sugere-se o tratamento anticancerígeno
sistêmico adicional juntamente com TARV, considerando as individualidades de cada paciente. Logo, ainda
são necessários estudos que busquem aprimoramentos do tratamento do SK de modo a evitar a incidência
de casos e restabelecer a saúde dos seus portadores.

Palavras-chave: Sarcoma de Kaposi, HIV, tratamento.

REFERÊNCIAS

RAMASWAMI, Ramya. et al. Oncologic Treatment of HIV-Associated Kaposi Sarcoma 40 Years on.
Journal of Clinical Oncology, v. 40, n. 3, p. 294-306, 20 jan. 2022.

CESARMAN, Ethel. et al. Kaposi Sarcoma. Nature Reviews Disease Primers, v. 5, n. 1, 31 jan. 2019.

CECCARELLI, M. et al. The treatment of Kaposi?s sarcoma: present and future options, a review of the
literature. Eur Rev Med Pharmacol Sci, v. 23, n. 17, p. 7488-7497, ago. 2019.

PRIA, Alessia Dalla et al. Recent advances in HIV-associated Kaposi sarcoma. F1000Research, v. 8, p.
970, 26 jun. 2019.

ADDULA , Dhivya et al. Imaging of Kaposi sarcoma. Abdominal Radiology, v. 46, p. 5297?5306, 13 jul.
2021.

931
SAÚDE BUCAL NA GRAVIDEZ

1
Laura Fonseca De Lima
1
Carlos Leone Faria Moreira
1
Lidiane Oliveira de Souza
1
Milla Pascoal Ferreira Neves
1
Stella Teixeira De Medeiros
2
Sergio Xavier de Camargo
1
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).Minas Gerais, Brasil .2 Universidade Federal de Juiz de
Fora (UFJF).Minas Gerais, Brasil

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Pôster/Apresentação oral

E-mail do 1° autor: laurafonsecalima7@gmail.com


INTRODUÇÃO: Durante a gestação,o organismo da mãe passa por diversas mudanças para que possa
acolher o bebê,como um constante crescimento uterino,crescimento dos seios e a liberação de hormônios
como estrogênio, progesterona,prolactina,ocitocina,entre outros. Nesse contexto, modificações na dieta,
diminuição no fluxo salivar que compromete a capacidade tampão da saliva e mudanças na capacidade
fisiológica do estômago (promovendo um número de refeições em um menor intervalo de tempo) sugerem
maior prevalência de atividade de cárie na gestação .Estes fatores geram um local favorável para que as
bactérias presentes no biofilme dental entrem em maior atividade e,como produto metabólico,liberem
ácidos orgânicos que promovem uma desmineralização da estrutura dentária. Além disso,fatores sociais
como grau de instrução dos pais,formação escolar,renda,estilo de vida,falta de acesso à profissionais de
saúde bucal e consumo de água não fluoretada também são fatores de risco para desenvolvimento de cárie.
OBJETIVO: Apresentar a importância da assistência odontológica durante a gravidez. METODOLOGIA:
O desenvolvimento desta revisão sistemática foi embasado através de levantamentos de dados da
literatura,utilizando-se bases de dados Medline SciELO e PUBMED. Nas buscas, os seguintes descritores
foram considerados:“Gravidez e saúde bucal”,“ gravidez e odontologia" e "Educação em saúde em
gestantes". RESULTADOS: Identifica-se que grande parte das gestantes desconhecem a profunda relação
da saúde bucal com a saúde materna e o desenvolvimento saudável do bebê. A procura por um cirurgião-
dentista neste período é baixa e possui profunda relação com diversos mitos frente à assistência
odontológica,como o aumento de sensibilidade dolorosa,enfraquecimento dos dentes,retirada de cálcio dos
dentes da mãe pelo feto,entre outros. Muitas também acreditam que não podem realizar procedimentos
como anestesia,cirurgia ou realização de exames de raio x. Ademais, muitas grávidas estão inseridas em um
contexto de vulnerabilidade socioeconômica,mostrando a importância da existência de um serviço público
eficiente. Outro problema comum durante o período gestacional é a chamada erosão dental,a qual é
caracterizada pela perda da camada externa dos dentes,um processo químico causado por ácidos que ocorre
principalmente da atuação da progesterona no sistema gastrointestinal,causando vômitos frequentes nos
quais o ácido estomacal é responsável pela erosão. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse
sentido,é inegável que uma saúde bucal satisfatória é imprescindível para a manutenção da saúde e do bem-
estar dos indivíduos e, durante a gravidez e pós-parto,tal importância adquire uma proporção ainda maior.
É necessário que na gestação os cuidados com a saúde bucal sejam ainda mais rigorosos visto que,nesse
período,a atenção odontológica é habitualmente negligenciada e pode influenciar no estado de saúde do
bebê. Destarte,o pré-natal odontológico adquire papel relevante,pois possibilita que o cirurgião-dentista
elucide todo o estado de saúde bucal da gestante atendida, prevenindo o aparecimento de eventos adversos
ao mesmo tempo que impede o agravamento de problemas já instalados na cavidade
bucal,representando,portanto,uma forma de promoção de saúde e qualidade de vida para o binômio mãe-
bebê.

932
Palavras-chave: gestação; saúde bucal; cárie dentária.

REFERÊNCIAS:
Alves RT, Oliveira AS, Leite ICG, Ribeiro LC, Ribeiro RA. Perfil epidemiológico e atitudinal de saúde
bucal de gestantes usuárias do serviço público de Juiz de Fora, MG. Pesq Bras Odontoped Clin Integr.
2010;10(3):413-21.

DIAS, D., JARDIM, S., ANDRADE, Y. Atendimento odontológico em gestantes. Pubsaúde, [S.I], v. 1, n.
9, abr. 2022. Disponível em: <https://dx.doi.org/10.31533/pubsaude9.a326>. Acesso em: 29 jan.. 2023.
REIS, D. M. et al. Educação em saúde como estratégia de promoção de saúde bucal em gestantes. Ciência
& Saúde Coletiva [online], São Paulo, v. 15, n. 1, jan. 2010. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000100032>. Acesso em: 31 jan.. 2023.

933
A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO DIANTE DA INFLUÊNCIA DA
ESPIRITUALIDADE NO AUTOCUIDADO APOIADO A PACIENTES
ONCOLÓGICOS

1
Laís Silva Sales do Amaral
1
Profª. Dra. Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva
1
Prof.ª Dr.ª Eliane Ramos Pereira
2
Fernanda Santa Rita Marques
2
Verônica Cristina Vieira Barbosa
1Universidade Federal Fluminense (UFF) Niterói ,Rio de Janeiro, Brasil; 2Hospital Universitário Gaffree
e Guinle-Tijuca- Rio de Janeiro,Brasil.

Eixo temático:relato de experiência


Modalidade: apresentação oral
Email do 1º autor: laislaislais@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO:O enfermeiro está com o paciente a maior parte do tempo, tornando-se principal
incentivador e orientador,sendo o profissional adequado para auxiliar a adquirir as habilidades necessárias
para o autocuidado, prevenindo a restrição ao lar e o isolamento social.Os enfermeiros entendem que a
espiritualidade é muito importante na assistência à saúde, sendo fonte de força, conforto e fé, melhorando
seu quadro clínico. Utilizam a comunicação além de outras práticas como a escuta, a música, a formação
de vínculo para entender melhor e atender a estes pacientes.OBJETIVO:Descrever experiência vivenciada
por enfermeiro especialista em oncologia diante da percepção da influencia da espiritualidade no
autocuidado apoiado de pacientes oncológico atendido no ambulatório de quimioterapia.RELATO DA
EXPERIÊNCIA:Diante os processos que tange o adoecer pelo câncer e o impacto causado no contexto de
vida destes pacientes, observa-se que não somente o tratamento medicamentoso promove a melhora do
estado de saúde e bem estar,fazendo- se necessário enxergar além da doença, pois o sujeito ali presente é
munido de questões que só ele pode atribuir no cenário do adoeciemento. Analisando através de relatos de
como os fatores internos como nervosismo, ansiedade, déficit de entendimento, etc., os dificultavam de
prestar atenção e assimilar as informações fornecidas, e de como o fator de ter algo a se apegar e acreditar
era importante neste enfrentamento, como por exemplo a espiritualidade, rede de apoio afetivo, mídia etc.
Que apesar de tudo que estivesse acontecendo ainda se tinha um sorriso ou mesmo uma palavra de otimismo
e esperança em um novo amanhã.Pautado na influencia da espiritualidade no autocuidado apoiado para
melhora da saúde, onde o paciente oncológico protagoniza seu sucesso do processo saúde-doença,
diminuindo efeitos desagradáveis e previníveis durante todo processo de tratamento e cura
física.CONCLUSÃO:Faz-se necessário compreender como a espiritualidade afeta a saúde e a cura,
contribuindo de forma relevante no sucesso da prática do autocuidado apoiado para saúde, não centrada
apenas no aspecto físico da doença, mas considerando na integralidade esse indivíduo em suas demandas
físicas, psíquicas e espirituais.
Descritores:Autocuidado,Enfermagem,Quimioterapia, Espiritualidade
Referências
1. EVANGELISTA CB, LOPES MEL, COSTA SFG et al. Espiritualidade no cuidar de pacientes em
cuidados paliativos: Um estudo com enfermeiros. Escola Anna Nery 20(1) Jan-Mar 2016.
2. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativa 2020 :
incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro
: INCA, 2019.
3. RAIOL IF, Lima FC de, Carneiro DRC, Moraes AC, Vasconcelos TS, Carvalho DNR de, et al. A
simulação realística na consulta de enfermagem voltada ao idoso. Rev enferm UFPE on line. 2020;14.
4. SOUZA IA et al. Espiritualidade e bioética nas questões sociais envolvendo a enfermagem.Revista
Eletrônica Acervo Saúde / Electronic Journal Collection Health - Vol. 11 (4) -2019 Página 1 de 6.

934
IMPORTÂNCIA DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO ÂMBITO ACADÊMICO E
SOCIAL DOS UNIVERSITÁRIOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

1. Rosimere de Paula Cosmo


1.Ana Paula Oliveira Borges
2. Bruna Maria Silva Freire
3. João Vitor Martins Bernal da Silva
4. Letícia Natália de Oliveira
5. Rafael Francklin da Silva
6. Thalita Bessa Pereira
7.Lilian Cristina Gomes do Nascimento

1Universidade de Franca(Unifran),Franca,São Paulo,Brasil; 1Universidade Franca(unifran),Franca,São


Paulo,Brasil; 2Universidade Franca(Unifran),Franca,São Paulo,Brasil; 3Universidade Franca
(Unifran),Franca,São Paulo,Brasil; 4Universidade Franca(Unifran),Franca,São Paulo,Brasil;
5Universidade Franca(Unifran),Franca,São Paulo,Brasil; 6Universidade Franca(Unifran),Franca,São
Paulo,Brasil ; 7Universidade Franca(Unifran),Franca,São Paulo,Brasil.

Eixo temático: Temas livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Formato Pôster

E-mail:
rose1307paula@gmail.com

INTRODUÇÃO: Dentre os programas de introdução à pesquisa acadêmica existentes no Brasil, a chamada


Iniciação Científica (IC) é reconhecida como uma das principais portas de entrada do aluno de graduação
ou ensino médio para a formação científica. Esse processo correlaciona a prática acadêmica do estudante
comum projeto de pesquisa específico elaborado e desenvolvido sob orientação de um docente da
universidade, realizado com ou sem bolsa de estudos financiada por órgãos de fomento científico e
tecnológico, como, por exemplo, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq). OBJETIVO: Nesse sentido, o presente estudo tem por objetivo relatar a experiência vivenciada
por discentes participantes de um programa de IC, pertencentes ao Laboratório de Estratégias
Interdisciplinaridade em Gerontologia da Universidade de Franca, além de descrever a relevância de tal
prática na vida acadêmica e social dos mesmos. METODOLOGIA: Inicialmente, os estudantes buscaram
um docente com uma linha de pesquisa direcionada aos seus interesses acadêmicos, em seguida ambos
delimitaram um tema central e a partir deste momento iniciaram a construção de um projeto de pesquisa e
a elaboração de um cronograma de encontros presenciais para orientações e atividades externas.Ao longo
do processo de orientação, os discentes tiveram a oportunidade de participar de diversas atividades práticas,
tais como: formação de grupos de estudo, capacitações, publicação de trabalhos acadêmicos em eventos
nacionais e internacionais, realização de atividades externas voltadas para a qualidade de vida dos idosos
do município, além de terem contato com os pós-graduandos da Universidade. RESULTADOS: As
atividades realizadas na IC geram um notável impacto na formação acadêmica dos discentes, no qual
puderam desenvolver novas habilidades, autonomia, capacidade de tomadas de decisão, criatividade e
raciocínio científico. Em nível secundário, às práticas vivenciadas agregam experiências e maturidade no
aspecto pessoal de cada um, refletindo diretamente na qualidade de vida e relações interpessoais de todos.
CONCLUSÃO: A possibilidade de estudantes adentrarem ao programa de Iniciação Cientifica, contribui
de maneira enriquecedora para o desenvolvimento de produções cientificas, gerando consequências
positivas, na sua vida acadêmica, profissional e pessoal.

935
PALAVRAS-CHAVE: Iniciação Científica; Pesquisa; Educação; Relato de Experiência

REFERÊNCIAS:

MASSI, Luciana; QUEIROZ, Salete Linhares. Pesquisas sobre iniciação científica no brasil: características
do seu desenvolvimento nas universidades e contribuições para os graduandos. Revista Brasileira de
Iniciação Científica, [S.l.], v. 1, n. 1, p. 38-64, 2014.

MASSI, Luciana; QUEIROZ, Salete Linhares. A perspectiva brasileira da iniciação científica:


desenvolvimento e abrangência dos programas nacionais e pesquisas acadêmicas sobre a temática. In:
MASSI, Luciana; QUEIROZ, Salete Linhares (Org.). Iniciação científica: aspectos históricos,
organizacionais e formativos da atividade no ensino superior brasileiro. São Paulo: Editora UNESP, 2015.

OLIVEIRA, Neilton Araújo de; ALVES, Luiz Anastácio; LUZ, Maurício Roberto. Iniciação científica na

graduação: o que diz o estudante de medicina?. Rev. bras. educ. méd, v. 32, n. 3, p. 309-314, 2008.

936
EVIDÊNCIAS DA DOENÇA PERIODONTAL E SUA ASSOCIAÇÃO COM A
HIPERTENSÃO ARTERIAL

¹Leonardo dos Santos Dias


1
Isabel Silva da Costa
1
Maria de Jesus Severo Conde de Medeiros
2
Macrinna Rafaelle Fernandes Marinho de Souza
1Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). João Pessoa, Paraíba, Brasil; 2Universidade Federal
da Paraíba (UFPB). João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Pôster
leonardodias1407@gmail.com

INTRODUÇÃO: A partir de dados epidemiológicos, a Doença Periodontal tem sido relacionada com a
Hipertensão Arterial, de modo que, favoreça com a carga sistêmica de mediadores inflamatórios. Através
de evidências clínicas, a DP agrava a função endotelial sistêmica contribuindo no impacto na hipertensão.
A HA é uma condição crônica caraterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias, seus
mecanismos inflamatórios agem liberando substâncias vasoativas que resultam em alterações no interior
das artérias. OBJETIVO: O objetivo desta revisão de literatura foi analisar dados da relação entre têm essas
doenças e compreender a patogênese e mecanismos comuns envolvidos baseado na evidência de uma
correlação entre o tratamento da DP e uma redução na pressão sanguínea. METODOLOGIA: Foi realizado
um levantamento bibliográfico por meio de artigos científicos nas bases de dados SCIELO e BIREME. Os
termos contidos nos DeCS foram: “alterações sistêmicas”, “saúde bucal”, “periodontia”. Os artigos foram
selecionados sem limites de data. RESULTADOS: Através da utilização dos critérios de inclusão exclusão,
foram analisados 10 artigos, em que, 3 relataram não haver essa relação. A periodontite é a sexta doença
mais comum e acomete mais de 50% da população mundial, sendo a mais comum doença que acomete a
cavidade bucal, é inflamatória e causada por infecção bacteriana, podendo estar associada ao biofilme
dental. A etiologia da HA e a DP é complexa e resulta de fatores de risco como: tabagismo e diabetes. A
placa bacteriana presente no epitélio da bolsa periodontal, penetra a barreira que a isola do tecido conjuntivo
permitindo a entrada de elementos nocivos na corrente sanguínea através dos pequenos vasos. A DP
favorece o aumento local de mediadores inflamatórios possibilitando a inflamação crônica endotelial
induzindo vasoespasmo e trombose. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disso, o
princípio da integralidade da atenção à saúde, está de acordo para que o Cirurgião-dentista na Estratégia de
Saúde da Família (ESF), seja inserido em um contexto multidisciplinar, uma vez que, essas duas condições
altamente prevalentes e inter-relacionadas, podem ser identificadas através de uma anamnese detalhada,
hábitos alimentares, condição da higiene bucal, histórico familiar e exame clínico periodontal para avaliar
o risco de um evento cardiovascular nesses pacientes.

Palavras-chave: Alterações sistêmicas, Saúde bucal, Periodontia.

REFERÊNCIAS:

937
BARROS, D. L. et al. Importância da terapia de suporte para a saúde periodontal. Rev. Ciênc. Saúde, v.16,
n. 1, p. 5-10, 2014.
MEDEIROS, M. C. Existe associação entre periodontite e hipertensão arterial?. Brazilian Journal of
Implantology and Health Sciences , [S. l.], v. 3, n. 7, p. 03-10, 2021. Disponível em:
https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/184. Acesso em: 19 jan. 2023.
SCANNAPIECO, F. A.; BUSH, R.B.; PAJU, S. Associations between periodontal disease and risk for
atherosclerosis, cardiovascular disease, and stroke. A systematic review. Ann Periodontol. 2003;8(1):38-
53.
TEIXEIRA, S. F. M. Associação entre doença periodontal, hipertensão arterial, síndrome metabólica
e proteína C- reativa ultrassensível em usuários do sistema público de saúde de Cuiabá-MT. 2013.
135 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de
Saúde Coletiva, Cuiabá, 2013.
BENGUIGUI, C.; BONGARD, V.; RUIDAVETS, J. B. Metabolic syndrome, insulin resistance and
periodontitis: a cross-sectional study in a middle-aged French population. J Clin Periodontol. 2010; 37:
601–608.

938
MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS ASSOCIADAS À COVID-19: UMA
REVISÃO DE LITERATURA

¹Amanda Castro Nagato

¹Ana Júlia Rezende Pugliesi

²Giulia Morais Leandro de Carvalho

³Izadora Sat’ana Barrozo de Siqueira

⁴Júlia Janot Pinheiro Procópio

7Laís Laura de Souza

⁶Marcela Barbosa Souza

1-6 Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Dermatologia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: amandacn02@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2), que causa a doença
do coronavírus 2019 (COVID-19), tem causado uma grande preocupação desde a sua declaração como
pandemia. A infecção atinge vários órgãos, incluindo manifestações cardíacas, renais, gastrointestinais,
nervosas e cutâneas. Os achados cutâneos da COVID-19 incluem lesões semelhantes a chilblain (CBLL),
lesões maculopapulares, urticariformes, vesiculares e livedoides. Achados secundários à infecção pelo
SARS-CoV-2 foram relatados como lesões semelhantes ao eritema multiforme. OBJETIVOS: Realizar
uma revisão de literatura para analisar quais são as manifestações cutâneas decorrentes da COVID-
19. METODOLOGIA: Revisão de artigos na base de dados da “PubMed”, utilizando os descritores
“Cutaneous manifestations” e “Covid-19”, além dos filtros “Free full text”, “Review”, “Systematic review”
e “Humans”. A partir disso, foi obtida uma amostra de 20 artigos. Estabeleceu-se como critérios de inclusão:
abordar o assunto específico sobre manifestações cutâneas advindas da COVID-19 e artigos publicados a
partir de 2022. Foram excluídos 5 artigos por não se enquadrarem no tema. RESULTADOS: As
manifestações cutâneas da COVID-19 têm uma taxa de incidência variável, de 0,2% a 20,4%. Isso ocorre
devido ao quadro polimórfico das lesões cutâneas, sendo influenciadas por fatores como idade, sexo, carga
viral e predisposição genética, sendo que os achados cutâneos em crianças e adolescentes são mais
predominantes. Nesse sentido, delineou-se 6 padrões clínicos principais das manifestações cutâneas da
COVID-19: exantema urticariforme, exantema confluente eritemato/maculopapular/morbiliforme,
exantema papulovesicular, lesões semelhantes a dermatofitoses, livedo reticular/racemoso-like e padrão
vasculítico purpúrico. Além disso, a localização mais frequente foi no membro inferior e em áreas acrais.
As lesões semelhantes a CBLL (conhecidas como 'dedos do pé Covid') são consideradas as manifestações
cutâneas mais comuns associadas à infecção por SARS-CoV-2. A CBLL é clinicamente idêntica ao lúpus
eritematoso idiopático e outras dermatofitoses autoimunes. É caracterizada por pápulas eritematosas a
edematosas, nódulos, placas ou, menos frequentemente, bolhas, sendo localizadas no dorso dos dedos, nas
faces laterais dos pés e plantas. No entanto, em idosos, é comum que as lesões tenham o padrão de livedo
reticular e vasculítico purpúrico. Contudo, não há um mecanismo fisiopatológico definitivo relacionado às
lesões cutâneas do COVID-19. Há teorias sobre a tempestade de citocinas, que causam microtromboses e
inflamação endotelial, e sobre o potencial do SARS-COV-2 sobre outras infecções
virais. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o advento da pandemia causada pelo COVID-

939
19, surgiram preocupações a respeito dos impactos do vírus em outros sistemas. As manifestações cutâneas
dessa doença apresentam uma taxa de incidência de amplo espectro, variando conforme idade, sexo,
genética e carga viral; e caracteriza-se, principalmente, por lesões semelhantes a CBLL, lesões vesiculares
ou maculopapulares. Contudo, a fisiopatologia dessas apresentações clínicas ainda não estão elucidadas,
necessitando de mais estudos.

Palavras-chave: COVID-19, manifestações cutâneas, exantema.

REFERÊNCIAS:

MASOOD, W. et al. Pathobiology of Cutaneous Manifestations Associated with COVID-19 and Their
Management. Viruses, v. 14, n. 9, p. 1-16, 2022.

PASQUINI NETO, R. et al. COVID-19 cutaneous manifestations in children and adolescents: a systematic
review. Revista Paulista de Pediatria, v. 40, 2022.

PALOMO-TOUCEDO, I. C. et al. Cutaneous Manifestations of COVID-19 in the Lower Limbs: A Narrative


Review. International Journal of Environmental Research and Public Health, v.19, n. 14, p. 1-9, 2022.

HUYNH, T. et al. Cutaneous Manifestations of SARS-CoV-2 Infection. American Journal of Clinical


Dermatology, v. 23, n. 3, p.277-286, 2022.

LANGE, K. et al. COVID-19 and skin manifestations: overview of current literature. Der Hautarzt, v. 73, n.
4, p. 291-297, 2022.

940
941
COMPORTAMENTO INFANTIL NO AMBIENTE ODONTOLÓGICO:
ASPECTOS PSICOLÓGICOS E SOCIAIS

Nívia Delamoniky Lima Fernandes1;


Elenice de Fatima Souza Capelario2;
Iamara Cruz Lima3;
Amanda Hellen de Sousa Maffei4;
Antônio Otacilio Eloi Neto5;
Jefferson Douglas Lima Fernandes6

1 Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário INTA (UNINTA)


2 Graduanda em Odontologia UNIBRASIL.
3 Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário INTA (UNINTA)
4 Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário INTA (UNINTA)
5 Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário INTA (UNINTA)
6 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências a Saúde da Faculdade de Medicina –
Universidade Federal do Ceará (UFC).

E-mail: delamonikynivia@gmail.com

Área Temática: Temas Transversais.

Modalidade: Pôster

INTRODUÇÃO: A habilidade do dentista em lidar com crianças tem se demonstrado muito importante
durante uma consulta odontopediátrica, embora já exista um grande desenvolvimento e entendimento acerca
do comportamento infantil, vários estudos têm estabelecido uma ligação entre experiências odontológicas
na infância e atitudes posteriores em relação à Odontologia e aos cuidados com a saúde bucal. O
comportamento da criança diante do tratamento odontológico depende, em grande parte, da sua maturidade
psicológica. Sendo assim demonstrando a grande importância do cuidado no manejo e conhecimentos
principalmente em aspectos psicológicos para o sucesso no atendimento pediátrico. OBJETIVO:
Importância dos conhecimentos da psicologia para uma visão comportamental corpo e mente da criança pelo
cirurgião dentista no ambiente odontológico. MATERIAIS E MÉTODOS: Realizou-se um levantamento
bibliográfico nas bases de dados Pubmed, ScienceDirect, Scielo e Google Scholar e foi utilizado os
descritores "ChildBehavior" AND "PediatricDentistry" AND "Management" de forma combinada. No total
foram encontrados 136 artigos publicados nos últimos 10 anos. Os critérios de inclusão para a seleção foram
artigos de qualquer idioma que abordaram Comportamento Infantil no Ambiente Odontológico e os
Aspectos Psicológicos e Sociais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: É de suma importância conhecer o
grau de desenvolvimento de cada criança, para que o Odontopediatra escolha uma melhor técnica diante a
situação em questão. São vários os fatores que podem desencadear medo e ansiedade a criança, desde a
informação da consulta, de ida ao consultório até o tratamento em si. Nesse público é de grande valia que o
dentista acione meios de tornar esse ambiente mais leve aos olhos da criança como: vestimenta, cores,
ambiente do consultório, deixá-lo bem ilustrativo para que a percepção da criançase volte para ele, como
também pequenas lembranças pelo seu bom comportamento. Sabendo que cada

942
criança possui seu nível de desenvolvimento individualizado e se faz necessário conhecer e respeitar cada
fase. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destarte, para um melhor desempenho do tratamento com crianças é
preciso o reconhecimento das fases comportamentais dos mesmos por parte do cirurgião dentista, além de
ser um bom observador, sendo assim, fica evidente a relevância da psicologia para o comportamento infantil
no ambiente odontológico.

Palavras-chaves: Odontopediatria; Manejo Odontológico; Psicologia e Comportamento Infantil.

Referências Bibliográficas:
AL ZOUBI, L et al. Parental acceptanceofadvancedbehaviour management techniques inpaediatricdentistry
in familieswithdifferent cultural background. Eur Arch Paediatr Dent. 2021;22(4):707-713.

EL-HOUSSEINY A, et al. Assessment for thechildren'sfearsurvey schedule-dental subscale. J


ClinPediatrDent. 2014;39(1):40-6.

GAO S, et al. Prevalenceandriskfactorsofchildren's dental anxiety in China: a longitudinal study. BMJ


Open. 2021; 16;11(4):e043647.

MANOPETCHKASEM A, et al. Influenceofpastadvancedbehaviorguidanceexperienceon parental


acceptance for autisticindividuals in the dental setting. BMC Oral Health. 2023. 17;23(1):23.

STABERG M, et al. Oral healthand oral healthriskbehaviour in


childrenwithandwithoutexternalisingbehaviourproblems. EurArchPaediatrDent. 2018;19(3):177-186.

943
DOI 10.29327/1192726.1-43

FATORES RELACIONADOS À OCORRÊNCIA DE DISFUNÇÃO


TEMPOROMANDIBULAR DURANTE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA:
UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Carlos Leone Faria Moreira


1
Laura Fonseca de Lima
1
Milla Pascoal Ferreira Neves Paula
2
Eduardo Stehling Urbano

1
Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Minas Gerais,
Brasil. 2Professor Associado da Universidade Federal de Juiz de Fora
(UFJF). Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Pôster/Apresentação oral
E-mail do 1° autor:
carlosleonifaria@hotmail.com
INTRODUÇÃO: Com o aumento de situações estressantes, ansiedade e fatores psicossociais durante a
infância e adolescência, as Disfunções Temporomandibulares (DTMs) têm ganhado foco em diversas
pesquisas e intervenções clínicas. As causas mais comuns: maloclusão, tensão muscular e hábitos
parafuncionais; podem alterar o sistema estomatognático e, com isso, ocasionar dor miofascial afetando
diretamente a qualidade de vida do paciente. Ainda muito se discute na literatura a respeito da sua
etiologia, devido sua complexidade e fatores correlacionados, demonstrando-se assim multifatorial. Dessa
forma, a busca por um tratamento terapêutico preciso tem sido cada vez mais uma realidade para os
cirurgiões dentistas. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é analisar os fatores predisponentes das DTMs
em crianças e adolescentes e as condições diagnósticas e comportamentais que podem orientar as
propostas terapêuticas dos cirurgiões-dentistas. METODOLOGIA: Os artigos foram pesquisados em três
bancos de dados LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), PubMed e
SciELO, entre 2017 e 2022, com texto completo em português ou inglês, que possuíssem os descritores:
Disfunção Temporomandibular, dor infantil, alterações degenerativas e doenças do aparelho
estomatognático. Foram excluídos artigos sem relação com a temática e em outros idiomas. Após
aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 10 artigos foram analisados. RESULTADOS: A DTM
evidenciada na adolescência possui íntima relação ao elevado desequilíbrio emocional devido à dedicação
aos pré-vestibulares e fase de transição para puberdade, há significativa associação entre sinais e sintomas
de DTM e presença de hábitos parafuncionais por via oral, sendo eles: onicofagia, bruxismo e ranger ou
apertar os dentes, além de fatores oclusais. A aplicação de laser infravermelho, sucedido pelo uso do Front
Plateau, assim como termoterapia, neuro estimulação transcutânea (TENS) e massagens mostraram-se
alternativas terapêuticas coadjuvantes para o tratamento da DTM, necessitando desse modo, de uma
intervenção multidisciplinar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo concluiu que pacientes
durante a infância e adolescência possuem uma resposta positiva quanto a medidas protetoras e
minimizadoras, o que torna o tratamento precoce otimista, pois quando não evidenciada e tratada pode
alcançar a fase adulta, onde os indivíduos incorporam esses hábitos no subconsciente, não percebendo
quando os fazem. Portanto, a intervenção cirúrgica só será indicada em casos extremos, visto que esses
pacientes encontram-se em processo de desenvolvimento craniofacial.

944
Palavras-chave: Disfunção Temporomandibular; Dor infantil; Alterações degenerativas; Doenças
do aparelho estomatognático

REFERÊNCIAS:
CARVALHO, Tatiane Maciel; MIRANDA, Alexandre Franco. Abordagem conservadora no tratamento
das disfunções temporomandibulares articulares na infância: relato de caso. Odonto, v. 29, n. 57, p. 9-18.
GOMES, Milena Santos; SOLINO, Vívia Lima; DA CONCEIÇÃO, Leandro Silva. A DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR (DTM) EM PACIENTES ODONTOPEDIÁTRICOS: REVISÃO DE
LITERATURA. Facit Business and Technology Journal, v. 3, n. 19, 2020.
GOMES, Gabriela Rocha et al. Uso temporário do Front Plateau em disfunção temporo mandibular–relato
de caso. Full Dent. Sci, v. 10, n. 38, p. 8689, 2018.
MORAES, Jorge Amancio Pitta et al. Disfunção temporomandibular em adolescentes e sua relação com
hábitos parafuncionais. Revista Brasileira Multidisciplinar, v. 24, n. 2, p. 248-262, 2021.
PAULINO, Marcilia Ribeiro et al. Prevalência de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular em
estudantes pré-vestibulandos: associação de fatores emocionais, hábitos parafuncionais e impacto na
qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 173-186, 2018.

945
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE EM
HEMOTERAPIA

1
Neuma Cunha Medeiros
2
Victor Guilherme Pereira
3
Adriana Cerino de Vasconcelos
4
Cristiano Pereira Sagrillo
5
Luana Patricia Weizemann
6
Ayrlane Eloá Lustosa
7
Andreza Lima Pires
8
Lorena Costa Londres

1
Universidade Regional do Cariri (URCA). Iguatu, Ceará, Brasil; 2 Faculdade de Saúde e Humanidades
Ibituruna (FASI). Montes Claros, Minas Gerais, Brasil; 3 Instituição de Ensino Superior de Cacoal
(FANORTE). Cacoal, Rondônia, Brasil; 4 Centro Universitário Campos de Andrade (UNIANDRADE).
Curitiba, Paraná, Brasil; 5 Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz (FAG).Cascavel, Paraná, Brasil;
6
Universidade Estadual da Paraíba (EUPB). Campina Grande, Paraíba, Brasil; 7 Centro Universitário de
Excelência (UNIEX).Feira de Santana, Bahia, Brasil; 8 Centro Universitário da Amazônia (UNIESAMAZ).
Belém, Pará, Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail 1° autor: Neuma.medeiros@urca.br

INTRODUÇÃO: A hemotransfusão é considerada como padrão-ouro na manutenção da volemia em


procedimentos cirúrgicos e nas perdas consideráveis de volume sanguíneo e de seus componentes. Apesar
de ser responsável pela preservação de muitas vidas, essa prática necessita ser aplicada de maneira
cautelosa, pois se trata de um procedimento invasivo que pode gerar um risco imediato ou tardio ao paciente
receptor com níveis variáveis de gravidade. Sendo assim, os profissionais responsáveis pela hemotransfusão
deverão estar aptos para a execução do procedimento e, por conseguinte, o atendimento de pacientes
submetidos a hemoterapia é prestado por uma equipe multiprofissional, dentre eles o enfermeiro, com
habilidades técnico-científicas para prevenir e identificar eventos adversos precocemente, comprometido
com o princípio da responsabilidade pela segurança da hemoterapia. OBJETIVO: Analisar a atuação da
equipe de enfermagem durante a assistência ao paciente em hemoterapia. METODOLOGIA:Estudo de
revisão integrativa, desenvolvido em janeiro de 2023, fundamentado na seguinte questão de pesquisa: de
que forma é prestada a assistência de enfermagem ao paciente no processo de hemotransfusão? Realizou-
se consulta à Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), composta pela Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS), à Scientific Electronic Library Online (SciELO) e à Base de Dados em
Enfermagem (BDEN), utilizando os descritores, cadastrados no DECS, “Cuidados de enfermagem”,
“Transfusão de Sangue” e “Serviço de hemoterapia” com uso do operador booleano AND. Foram incluídas
publicações disponibilizadas na íntegra, nos idiomas português e inglês, publicadas no período de 2020 a
2023, cujo eixo temático respondesse à questão norteadora deste estudo. Excluíram-se estudos repetidos
entre as bases de dados e com temáticas diferentes do objetivo desta revisão. RESULTADOS: A amostra
final deste estudo foi composta por 18 construções científicas No que concerne às tarefas do enfermeiro
direcionadas para a assistência ao paciente em hemotransfusão, a literatura destaca que esse profissional é

946
responsável por conduzir a triagem clínica e aferição dos sinais vitais, realizar punção acesso venoso para
administração de componentes e derivados sanguíneos, acompanhar o paciente desde o intra até o pós-
transfusão, sendo necessário executar avaliação clínica para minimizar os riscos do paciente, atuar e/ou
supervisionar o procedimento, e observar o surgimento de reações adversas, com o controle das medicações
administradas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destaca-se que, por prestar os cuidados constantemente com
o paciente e possuir conhecimento da sintomatologia clínica apresentada pelo paciente, a equipe de
enfermagem é capaz identificar alterações hemodinâmicas que, potencialmente, presumem reações
transfusionais e proporcionar intervenções específicas por meio da assistência integral e individualizada
para cada indivíduo, o que contribui para um melhor desfecho do quadro clínico do paciente, prevenção de
sequelas e, até mesmo, óbito.

Palavras-Chave: Cuidados de Enfermagem; Transfusão de Sangue; Serviço de Hemoterapia.

1 INTRODUÇÃO

Hemoterapia é o emprego terapêutico do sangue nos cuidados à saúde. Há décadas essa prática
terapêutica se tornou um foco relevante de pesquisa em saúde e contou com momentos de transição, sendo
alcançado significativas evoluções científicas com perspectivas positivas para o futuro. As bolsas ou
unidades de sangue total são coletadas de doadores voluntários, encaminhadas aos centros especializados
(hemocentros) onde serão centrifugadas e fracionadas para obtenção dos hemocomponentes sanguíneos,
tais como: concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma fresco congelado, ou seja, a partir
de cada bolsa doada, são produzidos diversos produtos hemocomponentes e os hemoderivados como fatores
de coagulação, albumina, entre outros (ALVES et al.,2021).
A hemotransfusão é considerada como padrão-ouro na manutenção da volemia em procedimentos
cirúrgicos e nas perdas consideráveis de volume sanguíneo e de seus componentes (SANTOS et al., 2022).
Apesar da transfusão sanguínea e seus componentes serem responsáveis pela preservação de muitas vidas,
essa prática necessita ser aplicada de maneira cautelosa, pois trata-se de um procedimento invasivo que
pode gerar um risco imediato ou tardio ao paciente receptor com níveis variáveis de gravidade. Sendo assim,
os profissionais responsáveis pela hemotransfusão deverão estar aptos para a execução do procedimento e,
por conseguinte, o atendimento de pacientes submetidos a hemoterapia é prestado por uma equipe
multidisciplinar com habilidades técnico-científicas para prevenir e identificar eventos adversos
precocemente, comprometida com o princípio da responsabilidade pela segurança da hemoterapia
(BRASIL, 2020).
Nesse sentido, ressalta-se que por meio da Resolução do COFEN Nº 0511/2016 - que dispõe sobre
a atuação de enfermeiros e técnicos de enfermagem em hemoterapia - os profissionais de enfermagem
recebem amparo legal para atender os indivíduos com indicação de realização de transfusão sanguínea e
garantir a segurança de todos os aspectos inerentes a essa terapia (CARNEIRO; LIMA, 2020).
Além disso, destaca-se que foi publicada, pelo órgão regulamentador do exercício profissional da
Enfermagem, uma nova resolução, definida como Nº 709/2022, que atualiza a Norma Técnica que dispõe
sobre a atuação de enfermeiros e técnicos de enfermagem nos serviços de hemoterapia, desde a coleta,
armazenamento, controle de qualidade e assistência a doadores e pacientes. A resolução supracitada traz
normativas importantes, para a atuação tanto do enfermeiro quanto do técnico de enfermagem em
hemoterapia, considerando a Lei do exercício profissional da enfermagem (n° 7.498 de 25 de junho de
1986) e o Decreto nº 94.406 de 08 de junho de 1987, os quais regulamentam o exercício da enfermagem no
Brasil (COFEN, 2022).
Apesar da prescrição da transfusão de sangue ser de competência médica, os cuidados com a
transfusão e todo o processo de inserção e monitorização durante a infusão é de responsabilidade do
enfermeiro, que deverá ter auxílio da sua equipe de enfermagem. O enfermeiro que se encontra disponível
no setor é o responsável pelos serviços administrativos, prevenção de erros, orientação e detecção de
anormalidades. Além disso, por se tratar de um procedimento de alta complexidade, faz se necessário que
o enfermeiro e a equipe de enfermagem sejam capacitados na prática. É necessário que haja todo um
planejamento, utilizando protocolos e diretrizes da instituição, evitando acometimentos ao paciente,
visando sua segurança e finalizando a técnica de maneira correta (ALVES et al., 2021).
Portanto, é papel da equipe de enfermagem garantir a segurança transfusional, reconhecendo os
tipos de hemocomponentes, suas indicações e contraindicações, checar dados a fim de prevenir erros,
orientar os clientes e seus acompanhantes sobre a hemotransfusão, detectar e atuar no atendimento às
reações transfusionais e documentar todo o processo (DOS SANTOS; SANTANA; OLIVEIRA, 2021).

947
Diante do exposto, este estudo objetiva analisar a atuação da equipe de enfermagem durante a assistência
ao paciente em hemoterapia.

2 METODOLOGIA

Estudo de revisão integrativa, desenvolvido em janeiro de 2023, fundamentado na seguinte questão


de pesquisa: de que forma é prestada a assistência de enfermagem ao paciente no processo de
hemotransfusão? Esta investigação foi construída a partir de consulta à Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),
coordenada pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME) e
composta de bases de dados bibliográficas como a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), à Scientific Electronic Library Online (SciELO) e à Base de Dados em Enfermagem
(BDEN), utilizando os descritores, cadastrados no DECS, “ Cuidados de enfermagem”, “Transfusão de
Sangue” e “Serviço de hemoterapia” com uso do operador booleano AND.
Para selecionar a amostra, adotou-se como critério de inclusão: publicações disponibilizadas na
íntegra, em português e inglês, publicadas no período de 2020 a 2023, cujo eixo temático respondesse à
questão norteadora deste estudo. Excluíram-se estudos repetidos entre as bases de dados e com temáticas
diferentes do objetivo desta revisão. O levantamento bibliográfico resultou em 148 estudos. Após a
aplicação dos critérios de seleção e leitura dos resumos foram descartados 105 artigos. Em seguida, na
segunda etapa, realizou-se a leitura integral dos estudos, sendo selecionado 18 estudos para compor a
amostra final.

3 RESULTADOS

A amostra final deste estudo foi composta por 18 construções científicas. No que concerne às
tarefas do enfermeiro direcionadas para a assistência ao paciente em hemotransfusão, a literatura destaca
que esse profissional é responsável por conduzir a triagem clínica e aferição dos sinais vitais, realizar
punção de acesso venoso para administração de componentes e derivados sanguíneos, acompanhar o
paciente desde o intra, até o pós-transfusão, sendo necessário executar avaliação clínica para minimizar os
riscos do paciente, atuar e/ou supervisionar o procedimento, e observar o surgimento de reações adversas,
com o controle das medicações administradas (SANTOS et al., 2022).
Além do controle das medicações administradas, cabe à equipe de enfermagem observar outros
cuidados antes do início da instalação de hemocomponentes, como: monitoração dos sinais vitais (pressão
arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura), registro da data e hora de início da
transfusão, certificação de via de acesso exclusivo para infusão do hemocomponente, esclarecimento do
paciente ou responsável sobre o procedimento e o registro de todos os procedimentos relacionados à
assistência transfusional (TORRES et al.,2021).
Em complemento, Freitas et al.(2021) alerta sobre a importância do enfermeiro realizar a triagem
e atuar nos processos de gestão de riscos, notificando reações transfusionais em prontuário para facilitar as
informações para a equipe multidisciplinar. Um ponto relevante é que em casos de reações adversas, o
enfermeiro deve tomar decisões imediatas.
A fim de melhorar a identificação das reações transfusionais, o enfermeiro precisa utilizar a regra
dos três “R”, reconhecer, responder e relatar, para assim obter a melhor propedêutica e realizar toda
assistência ao paciente, dentro de sua competência, bem como deve preencher a ficha de notificação de
reação transfusional (FRANTZ; VARGAS, 2021). Deve haver um monitoramento das fases pré, intra e
pós-transfusão para evitar falhas humanas e eventos adversos e por fim, também supervisiona a equipe de
enfermagem, e realiza diversas atividades administrativas e gerenciais do setor. (FREITAS et al., 2021).
Nessa perspectiva, visando a segurança transfusional o enfermeiro e a equipe de enfermagem
devem conhecer os diferentes tipos de indicação para a transfusão, a conferência dos dados importantes
como prescrição, rótulo da bolsa de sangue, compatibilidade, orientar o paciente quanto ao procedimento,
monitorar todo o processo de administração do sangue e seus derivados, registrar todo o procedimento além
de conferir a aferição dos dados vitais durante e após o procedimento (TORRES et al., 2021).
Souza et al.(2023) aborda ao que concerne à excelência da assistência em hemoterapia, alguns aspectos
são essenciais para a segurança e a qualidade dos serviços prestados em uma hemotransfusão, entre eles: a
vigilância do paciente de forma presencial, nos primeiros dez minutos de infusão dohemocomponente, a

948
monitoração dos sinais vitais durante e após o término do procedimento (nos intervalos de
30min./1h/2h/3h/4h) e a observância de sinais e sintomas sugestivos de uma reação transfusional
Na presença dessas reações a equipe de enfermagem deverá realizar a instalação de soro no
acesso, deixando permeável, verificar os sinais vitais, administrar medicamentos conforme prescrição
médica, conferir identificação e coletar amostra de sangue do paciente para análise, manter o acesso
salinizado e interromper o procedimento imediatamente. Portanto, os profissionais que assistem o paciente
devem estar atentos, assim como apresentar os sinais vitais que fornecerão parâmetros importantes para
uma avaliação mais completa e uma conduta mais assertiva pela equipe assistencial para impedir outras
complicações (SANTOS, 2022).
Já no que se refere a educação continuada para a hemotransfusão, há uma necessidade de educação
continuada permanente tendo em vista que o profissional enfermeiro além precisar estar capacitado para
realizar essa assistência, ele precisa treinar e orientar toda a equipe de enfermagem para assegurar a
totalidade da assistência aos pacientes utilizando como estratégia de aprendizado diversas formas de passar
a informação (FRANTZ; VARGAS, 2021).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo possibilitou compreender que a equipe de enfermagem é indispensável no processo de


hemotransfusão e apresenta participação significativa desde a doação até a administração de componentes
sanguíneos. Além disso, destaca-se que, por prestar os cuidados constantemente com o paciente e possuir
conhecimento da sintomatologia clínica apresentada pelo paciente, a equipe de enfermagem é capaz de
identificar alterações hemodinâmicas que, potencialmente, presumem reações transfusionais e proporcionar
intervenções específicas por meio da assistência integral e individualizada para cada indivíduo, o que
contribui para um melhor desfecho do quadro clínico do paciente, prevenção de sequelas e, até mesmo, o
óbito.
É notória a importância do enfermeiro frente às transfusões e a necessidade de alertar-se aos
pequenos sinais de complicações e reações. Sendo assim, é necessário que haja investimentos na área de
atualizações e capacitações, além de treinamento para as equipes iniciantes nessa atividade, além de
averiguar e ampliar melhor suporte teórico/técnico nas grades curriculares dos cursos de formação técnica
e de graduação.

REFERÊNCIAS

ALVES, Ernestina Nazaré Cardoso et al. Conhecimento da Equipe de Enfermagem sobre o Processo de
hemotransfusão: Revisão Integrativa da Literatura. Research, Society and Development, v. 10, n. 8, p.
e15310815471-e15310815471, 2021.

DOS SANTOS, Leila Xavier; SANTANA, Cristina Célia de Almeida Pereira; OLIVEIRA, Arlene de Souza
Barcelos. Hemotransfusion under the perspective of nursing care/A hemotransfusão sob a perspectiva do
cuidado de enfermagem. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, v. 13, p. 65-71, 2021.

SANTOS, Bárbara Cristina de Barcelos et al. O papel de enfermeiro e da equipe de enfermagem na


hemotransfusão. 2022.

BRASIL, Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo. Manual. 2. ed. Manual de transfusão. São Paulo,
Brasil, p. 1-42, jan. 2020.

949
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM: Resolução 709/2022. Aprova e Atualiza a Norma Técnica
que dispõe sobre a atuação de Enfermeiro e de Técnico de Enfermagem em Hemoterapia.

CARNEIRO, Shayanna Mickaela Duque. LIMA, Maria Juraci de Oliveira. Hemovigilância e a atuação da
enfermagem em projeto de extensão: Relato de experiência. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 05, Ed. 01, Vol. 09, pp. 117-136. Janeiro de 2020.

SOUZA, Aliny Portilho Abreu et al. Atuação de enfermagem em hemotransfusão e hemovigilância–revisão


integrativa da literatura: Nursing performance in hemotransfusion and hemovigilance-integrative literature
review. Brazilian Journal of Development, v. 9, n. 1, p. 1554-1563, 2023.

FREITAS, Sheilyane Nogueira et al. Atitudes e práticas da equipe de enfermagem frente ao ato
transfusional. Revista Feridas, n. 50, p. 1804-1809, 2021.

FRANTZ, Sonia Rejane de Senna; VARGAS, Mara Ambrosina de Oliveira. Renormalização do trabalho
do enfermeiro em hemoterapia: entre o prescrito e o real. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 30, 2021.

TORRES, Ruth Cristini et al. Atuação do enfermeiro em hemoterapia: a visão do formando. Brazilian
Journal of Development, v. 7, n. 2, p. 16000-16014, 2021.

950
951
EFEITOS DO CIGARRO ELETRÔNICO E RISCO POTENCIAL DE
CARCINOMAS ORAIS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Nívia Delamomiky Lima Fernandes1;


Elenice de Fatima Souza Capelario2;
Jefferson Douglas Lima Fernandes3

1 Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário INTA (UNINTA)


2 Graduanda em Odontologia UNIBRASIL.
3 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências a Saúde da Faculdade de Medicina –
Universidade Federal do Ceará (UFC).

E-mail:delamonikynivia@gmail.com

Área Temática: Temas Transversais.

Modalidade: Pôster

INTRODUÇÃO: A alta utilização dos cigarros eletrônicos é uma realidade preocupante devido aos
desconhecidos efeitos nocivos, diante as ocorrências observadas pelo uso do cigarro de tabaco tradicional.
Os cigarros eletrônicos são dispositivos portáteis que produzem um aerossol formado pelo aquecimento de
um líquido, chamado de essência. Já é conhecido os problemas acarretados por cigarros apenas por a
inalação e o calor e alguns estudos mostraram que os aerossóis contêm substâncias tóxicas, como compostos
orgânicos voláteis, radicais livres e metais pesados. Logo, alguns de seus componentes são potencialmente
cancerígenos, que podem levar de uma úlcera até doenças malignas, além de fomentar o início a cigarros
de tabaco e outras substâncias. OBJETIVO:Relatar os achados atualizados de uma revisão abrangente da
literatura científica associando o uso de cigarro eletrônico ao risco de carcinomas orais. MATERIAIS E
MÉTODOS: Realizou-se um levantamento bibliográfico nas bases de dados Pubmed, ScienceDirect,
Scielo e Google Scholar e foi utilizado os descritores “electroniccigarettes”, “oral cancer” e o seguinte
operador booleano: “AND”. Como critérios de inclusão foram estudos publicados de 2011 até 2021, textos
completos e gratuitos, escolhidos somente os que eram relevantes aos objetivos da pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:Na última década, vários produtos “vaping” alternativos chegaram ao
mercado, ganhando rapidamente consumidores, especialmente entre a população mais jovem. A
comercialização dos cigarros eletrônicos é feita partindo do pressuposto de ser menos maléfico do que o
cigarro convencional, porém, há forte propensão ao desenvolvimento de doenças periodontais, que
aumentam as chances de origem do câncer oral. Os estudos convergem em demonstrar citotoxicidade in
vitro independente de nicotina para várias células. Os aerossóis tóxicos liberados pelos cigarros eletrônicos
contêm partículas ultrafinas, como também propilenoglicol, glicerina, formaldeído, benzaldeído, acroleína,
entre outros; que em conjunto são altamente tóxicas. Ademais, estudos in vitro demonstraram que o
condensado da fumaça do cigarro e a nicotina podem aumentar a resistência à terapia do câncer em diversas
linhagens de células cancerígenas. CONSIDERAÇÕES FINAIS:Destarte as substâncias tóxicas presentes
nos vapores de cigarros eletrônicos têm demonstrado conter vestígios de metais pesados, bem como agentes
teratogênicos e cancerígenos derivados de aditivos aromatizantes. Os cigarros eletrônicos são considerados
um potencial fator de risco evitáveis e responsável por mortes, doenças e alto custo para o sistema de saúde,
além da diminuição da qualidade de vida do cidadão e da sociedade. Portanto, à medida que o uso cresce,
entender o impacto na saúde bucal é fundamental para que os dentistas consigam lidar com a realidade.

952
Palavras-chaves: Vaping; Neoplasias Bucais; Odontologia; Atenção à Saúde.

Referências Bibliográficas:

TOMAR, S. L., et al. (2019). Oral Health EffectsofCombustedandSmokelessTobaccoProducts. Advances


in dental research, 30(1), 4–10.

MANYANGA, J., et al. (2021).


Electroniccigaretteaerosolsaltertheexpressionofcisplatintransportersandincreasedrugresistance in oral
cancercells. Scientificreports, 11(1), 1821.

BESARATINIA A. (2021). FromTobaccoCigarettestoElectronicCigarettes: The TwoSidesof a


NicotineCoin. Frontiers in oral health, 2, 790634.

KAMAL, N. M., & SHAMS, N. S. (2022). The impactoftobacco smoking


andelectroniccigarettevapingonsalivarybiomarkers. A comparativestudy. The Saudi dental journal, 34(5),
404–409.

SILVEIRA, M. L., et al. (2022). Tobacco UseandIncidenceof Adverse Oral Health OutcomesAmong US
Adults in thePopulationAssessmentofTobaccoand Health Study. JAMA network open, 5(12), e2245909.

953
ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE BUCAL ÀS PESSOAS COM LESÕES
ORAIS
MALIGNAS OU POTENCIALMENTE MALIGNAS: REVISÃO DE
LITERATURA

¹Aline Barbosa dos Santos


1
Viviane Almeida Sarmento
2
Dayliz Quinto Pereira

1Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, Bahia, Brasil, 2Universidade Estadual de Feira de
Santana (UEFS). Feira de Santana, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Saúde coletiva

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: alineebarbosaa@hotmail.com


INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde brasileiro se caracterizou por importantes mudanças na atenção
à saúde ao longo dos anos. No âmbito da Odontologia, regulamentou-se o incentivo financeiro paraa inclusão
da Equipe de Saúde Bucal na ESF, com o objetivo de aprimorar os índices epidemiológicos e expandir o
acesso aos serviços de saúde bucal aos usuários. Em relação ao controle do câncer bucal, mesmocom a
ampliação do financiamento, da infraestrutura ainda existem desafios para se estabelecer um acesso
qualificado ao diagnóstico e tratamento pelo SUS. OBJETIVO: Revisar a literatura acerca do acesso aos
serviços de saúde bucal às pessoas com lesões orais malignas ou potencialmente malignas no serviço
público de saúde nacional. Metodologia: Revisão de literatura utilizando artigos indexados nas principais
bases de dados virtuais, como: SciELO, Pubmed, Google Acadêmico e Biblioteca Virtual de Saúde.
Foram selecionados 21 artigos publicados entre 2015 e 2022 conforme os critérios de inclusão.
RESULTADOS: Ao longo dos anos, o Sistema Único de Saúde brasileiro se caracterizou por importantes
mudanças na atenção à saúde, incluindo a inserção da Equipe de Saúde Bucal. Porém, acerca do
enfrentamento do câncer de boca, as ações vêm sendo empregadas de forma descontínuas e no cenário
nacional já se destaca como um problema de saúde pública. As mudanças demográficas, as questões
financeiras, o tempo em perceber os sinais e sintomas e a necessidade de capacitação da equipe de saúde
bucal da atenção básica são fatores limitadores para obtenção de uma assistência qualificada. Logo, é
preciso instruir os profissionais da odontologia e elaborar um fluxo de encaminhamento dos casos para
diagnóstico precoce. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A atenção básica deve fornecer suporte efetivo para
garantir aos usuários acesso qualificado aos serviços de saúde bucal, principalmente para o enfrentamento
do câncer oral.

Palavras-chave: Lesões orais, Diagnóstico precoce, Saúde

954
Bucal

REFERÊNCIAS:

1. Damasceno KSM; Cruz, D. N.; Barros, S. G. de. Acessibilidade aos serviços odontológicos no
SUS: revisão da literatura. Research, Society and Development. 2021;10(3).
2. Carreiro DL et al. Acesso aos serviços odontológicos e fatores associados: estudo populacional
domiciliar. Ciênc. saúde colet. 2019 mar; 24(3).
3. Ministério da saúde. Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020-
2022: incidência de câncer no Brasil [Acesso em 2021 ago 2]. Disponível em:
https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer.
4. Ministério da saúde. Instituto Nacional Do Câncer (INCA) Tipos de câncer [Internet]. 2021.
[Acesso em 2021 ago 2]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-
bocaInstitu.
5. Ramos RT et al. Leucoplasia Oral: conceitos e repercussões clínicas. Rev. Bras. Odontol. Rio de
Janeiro. 2017 Jan/Mar.;74(1).
6. Sicsu SMF et al. Grau de conhecimento sobre lesões potencialmente malignas e câncer de boca e
autopercepção da qualidade de vida em idosos. Research, Society and Development. 2021;10(9).
7. Barros GIS, Casotti E, Gouvêa MV. Câncer de boca: o desafio da abordagem por dentistas. Rev
enferm UFPE online. Recife. 2017 nov; 11(11): 4273-81.
8. Sant’ana LG et al. A Importância do Conhecimento dos Fatores de Risco e do Diagnóstico Precoce
na Prevenção do Desenvolvimento do Câncer Bucal: Uma Revisão de Literatura. Jnt- facit
business and technology journal. 2021 abril; 1(25):123-142.
9. Casotti E et al. Organização dos serviços públicos de saúde bucal para diagnóstico precoce de
desordens com potencial de malignização do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Ciênc. saúde
coletiva, Rio de Janeiro. 2016 mai; 21(5):1573-1582.
10. Sobrinho ARS et al. Avaliação do conhecimento de cirurgiões-dentistas da atenção básica sobre
estomatologia. Arq Odontol, Belo Horizonte. 2021:57-68.
11. Barros ATOS et al. Conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre câncer de boca e orofaringe: uma
revisão integrativa. Rev. Bras. Enferm. 2021;74(1).
12. Leite RB et al. A influência da associação de tabaco e álcool no câncer bucal: revisão de literatura.
J Bras Patol Med Lab. 2021; 57:1-5.
13. Batista DRR, Mattos M de, Silva SF da. Convivendo com o câncer: do diagnóstico ao tratamento.
Rev Enferm UFSM, 2015; jul/set; 5(3):499-510.
14. Oliveira ACB de et al. Atendimento ao paciente com câncer de boca em tempos de covid-19 na
região do semiárido baiano: um ensaio crítico. Rev Fac Odontol Univ Fed Bahia, 2021;51(2).
15. Le Campion ACOV et al. Caracterização do atraso no diagnóstico do câncer de boca e orofaringe
em dois centros de referência. Cad. Saúde Colet. 2016; 24(2):178-184.
16. Maciel JAC, Castro-Silva II. Mortalidade por câncer de boca frente às desigualdades sociais e o
desenvolvimento humano no Brasil: um estudo ecológico. Hygeia. 2021; 17:45-54.

955
17. Dantas TS et al. Influence of Educational Level, Stage, and Histological Type on Survival of Oral
Cancer in a Brazilian Population. Medicine Baltimore.2016;95(3).
18. Silva LGD da et al. Lesões Orais Malignas e Potencialmente Malignas: Percepção de Cirurgiões-
Dentistas e Graduandos de Odontologia. Rev. Brasileira de Cancerologia. 2018; 64(1):35-43.
19. Lima FLT de, O’Dwyer G. Políticas de Prevenção e Controle do Câncer Bucal à luz da Teoria da
Estruturação de Giddens. Ciênc. saúde coletiva. 2020 ago;25(8).
20. Brasil. Política Nacional de Atenção Básica, revisão de diretrizes para a organização da Atenção
Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de
2017. [Acesso em 2021 ago 2]. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html
21. Silva ALM da et al. O papel do agente comunitário de saúde na disseminação de informações
acerca dos principais cânceres de interesse na atenção básica. Research, Society and Development.
2021;10(1).

956
PROPOSTA DE PRONTUARIO DA GESTANTE ATENDIDA NA ESF 22 NA
CIDADE DE ITUMBIARA – GO.

¹Tatiana Póvoa Naves


¹Lucas Rezende Perfeito
¹Matheus Perfeito Frigo
¹Rafael Crisfir Almeida Diniz
¹Thalita Anne Rodrigues Diniz
¹Tomaz Lamounier Paes Baudíno
¹Vinícius Antônio de Paula
¹César Antônio de Oliveira

1Instituição Master de Ensino Antônio Carlos (IMEPAC). Itumbiara, Goiás, Brasil;

.
Eixo temático: Medicina
Modalidade: Pôster/Apresentação oral
E-mail do 1° autor: tatiana.naves@aluno.imepac.edu.br

INTRODUÇÃO: A atenção à Saúde da Mulher, durante o ciclo gravídico-puerperal, é um desafio para as


autoridades em saúde de todo o mundo, no tocante à qualidade da assistência prestada e marcos conceituais.
O ciclo gestatório deve ser acompanhado de forma satisfatória em suas três fases: gravidez, parto e
puerpério, para que a mulher receba uma assistência integral e de maior qualidade (BALSELLS et al, 2018).
Neste sentido, esse trabalho destaca a imensa importância do acompanhamento de todo o ciclo gravídico
puerperal, haja vista que é neste período que é possível prevenir e tratar possíveis agravos gestacionais
garantindo assim melhor saúde para a mãe e o recém-nascido. Dessa forma, é um processo que exige o
acompanhamento periódico compatível com a própria periodicidade da evolução da gestação, o que exige
também que todo o histórico seja evidenciado e documentado afim de que qualquer intercorrência seja
registrada e acompanhada. Como instrumento efetivo de registro e documentação de todo o processo, os
prontuários se apresentam como bons sinalizadores do histórico gestacional. OBJETIVO: Destaca-se que
o objetivo deste trabalho é propor a padronização de um prontuário de atendimento às gestantes que
direcione uma melhor conduta. METODOLOGIA: O presente trabalho foi realizado segundo a metodologia
do Arco de Magueréz, sendo este um estudo de campo do tipo qualitativo. Diante disso, buscou-se utilizar
este método para desenvolver esse estudo, já que ele proporciona uma das melhores formas de intervenção
à realidade (BERBEL,GAMBOA; 2012). A proposta para realização dessa pesquisa foi a elaboração de um
prontuário padrão para atendimento das gestantes e um melhor seguimento do pré-natal na Clínica Luiz
Carneiro de Moura (ESF 22), na cidade de Itumbiara - GO. O prontuário proposto foi adaptado do Modelo
de Ficha-Roteiro para primeira consulta do pré-natal elaborado por D'VRIES (2015), no período de agosto
a novembro de 2022. RESULTADOS: Mediante a observação do prontuário atualmente utilizado para o
atendimento e acompanhamento das gestantes, verificou-se que ele atende bem as necessidades, porém
deixando algumas informações importantes sem serem registradas e documentadas, tais como: dados de
identificação incompleta, resultados de exames, entre outros. Dessa maneira com a implantação do novo
modelo de prontuário espera-se que tenha uma melhor qualidade de registro e atendimento a gestante,
independente do profissional que irá atendê-la, dando assim uma continuidade a assistência de forma
efetiva. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir da análise das hipóteses de solução, de uma
reflexão acerca dos fatores e dos condicionantes, bem como do contexto no qual se encontra o problema
em questão, chegou-se à conclusão que a proposta de implantação do novo prontuário para gestante com
adição de mais informações tornou o material mais adequado para a realização do pré-natal. Em relação a

957
gestão e planejamento, foi realizada uma reunião com a coordenadora da unidade para discutir sobre a
importância da substituição do prontuário já existente pelo novo Modelo de Ficha-Roteiro adaptado para
acompanhamento do pré-natal elaborado por D'VRIES (2015).

Palavras-chave: Pré-Natal, Gestante, Prontuário.

REFERÊNCIAS:
BALSELLS, Marianne Maia Dutra et al. Avaliação do processo na assistência pré-natal
de gestantes com risco habitual. Acta Paulista de Enfermagem, v. 31, p. 247-254, 2018.

DIAS, Ricardo Aubin. A importância do pré-natal na atenção básica. 2014.

DVRIES, Lucia Dias Barbosa. Elaboração de uma proposta de ficha-roteiro para uso no
atendimento ao pré-natal pela Equipe de Saúde da Família Luxemburgo, do município de
Sete Lagoas, Minas Gerais. 2015.

LEAL, Maria do Carmo et al. Assistência pré-natal na rede pública do Brasil. Revista de
Saúde Pública , v. 54, 2020.

MENDES, Rosemar Barbosa et al. Avaliação da qualidade do pré-natal a partir das


recomendações do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento. Ciência &
Saúde Coletiva, v. 25, p. 793-804, 2020.

958
A RELAÇÃO ENTRE O USO DE BISFOSFONATO E A OSTEONECROSE
DEMAXILA E MANDÍBULA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Mayara Martins Barbosa


¹Andrés Miranda Machado de Melo

²Eduardo Stehling Urbano

¹ Graduando em Odontologia pela Universidade Federal De Juiz De Fora (UFJF) Juiz de Fora,
MG, Brasil; ² Professor Associado da UFJF, Cirurgião Bucomaxilofacial do Hospital Universitário
HU/UFJF, Juiz de Fora,
MG, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: Mayaramartins557@gmail.com

INTRODUÇÃO: Os bisfosfonatos correspondem a um grupo de fármacos potentes na inibição de


reabsorção óssea, por meio do bloqueio da ação dos Osteoclastos ou indução de apoptose. Esses, são
utilizados no tratamento de doenças benignas como a osteoporose e doença de Paget ou para inibição de
metástases ósseas em neoplasias malignas. A utilização deste medicamento é associada ao aparecimento
de osteonecrose nos maxilares, definida por uma área óssea necrótica em pacientes sob tratamento prévio
ou atual com bisfosfonato após ser submetido a algum procedimento bucal invasivo. Ademais, o uso de
próteses parciais ou totais, presençade regiões de abscessos dentoalveolares e algumas doenças
sistêmicas como a obesidade e diabetes também são fatores que aumentam o risco de aparecimento de
área necrótica nesses pacientes. OBJETIVO: O presente trabalho tem por objetivo analisar a associação
entre o bisfosfonato e a osteonecrose dos ossos maxilares, sua etiologia, a ação dos bisfosfonatos e
possíveis tratamentos. METODOLOGIA: Os artigos foram pesquisados em três ancos de dados:
PubMed, SciELO e Periódicos Capes entre os anos de 2016 e 2022, com texto completo em português
ou inglês, que possuíssem os descritores: bisfosfonato, osteonecrose, procedimentos cirúrgicos bucais e
arcada osseodentária. Foram excluídos artigos sem relação com a temática e em outros idiomas. Após
aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 10 artigos foram analisados. RESULTADOS: A
osteonecrose dos maxilares trata-se de um comportamento de difícil controle e para ser associada ao
bisfosfonato necessita de fatores como: uso prévio ou atual do medicamento, presença de necrose óssea
na região maxilofacial por mais de 8 semanas e inexistência de tratamento radioterápico de cabeça
e pescoço. Os bisfosfonatos são fármacos análogos aos pirofosfatos endógenos que se aderem à matriz
óssea promovendo alterações na remodelação do tecido. Esses, inibem a ação dos osteoclastos e induzem
a apoptose dos mesmos. Dessa forma, minimizam o turnover ósseo por meio da estimulação de
osteoblastos. O turnover acontece em nível tecidual inibindo a reabsorção óssea, a nível celular inibindo
a função dos osteoclastos e a nível molecular inibindo fatores de crescimento endoteliais. Diante disso,
trata-se importante o manejo após submissão a procedimentos invasivos, visando eliminar a dor do
paciente, controlar a infecção e a necrose óssea. Dessa forma, estágios de classificaçãoforam criados,
sendo o estágio 0 é o mais promissor, onde não existe exposição óssea e o estágio 3 o mais desafiador,
com presença de osso necrótico exposto ou fístulas que podem ser sondadas até o osso. O tratamento
inclui higiene, uso de clorexidina 0,12%, proteção do osso exposto de traumas mastigatórios, uso de
analgésicos, antibioticoterapia, oxigenioterapia hiperbárica, ressecção e debridamento cirúrgico.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do presente estudo é possível elucidar a
importância da orientação de pacientes sob tratamento com bisfosfonato sobre os riscos de osteonecrose.
O tratamento deve ser proposto e avaliado pelo médico e cirurgião-dentista a fim de prevenir
complicações futuras e analisar o benefício terapêutico em condições benignas, onde a interrupção do

959
medicamento pode ser indicada.

Palavras-chave: Osteonecrose, maxilares, bisfosfonatos.

REFERÊNCIAS:

SALES, K. O.; DA CONCEIÇÃO, L. S. A atuação do cirurgião-dentista frente à osteonecrose dos


maxilares associada ao uso de bisfosfonatos: uma revisão de literatura. Facit Business and Technology
Journal, v. 1, n. 14, 2020.

CUNHA, K. S. et al. Alternativa de tratamento reabilitador para pacientes em uso de bisfosfonato


intravenoso: relato de caso clínico. Revista Odontológica de Araçatuba, v. 40, n. 1, p. 29-34, 2019.

BODEM, J. P. et al. Surgical management of bisphosphonate-related osteonecrosis of the jaw stages II


and III.
Oral surgery, oral medicine, oral pathology and oral radiology, v. 121, n. 4, p. 367-372, 2016.

HEGGENDORN, F. L. et al. Bisphosphonate‐related osteonecrosis of the jaws: Report of a case using


conservative protocol. Special Care in Dentistry, v. 36, n. 1, p. 43-47, 2016.

COLÉTE, J. Z. et al. Implantes em pacientes com osteonecrose dos maxilares associado ao uso
de bisfosfonatos: relato de caso e revisão de literatura. Arch. Health Invest, v. 8, n. 1, p. 20-
27, 2019.

960
DOI 10.29327/1192726.1-54

CORRELAÇÃO DO TRAUMA DE FACE E ACIDENTES DE TRÂNSITO:


ESTUDO COMPARATIVO

¹Fábio Lobato de Campos

Oliveira

¹Cláudio Roberto Pacheco

Jodas

²Marília de Oliveira Coelho

Dutra Leal

¹Rubéns Gonçalves Teixeira

1Faculdade São Leopoldo Mandic. Campinas, São Paulo, Brasil; 2Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP). Campinas, São Paulo, Brasil.

Eixo temático: Levantamentos

Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: fabio.lobato.oliveira@gmail.com
INTRODUÇÃO: Estudos epidemiológicos sobre o trauma de face são fundamentais para o planejamento
de gestão e assistência em um serviço de saúde. Manter uma base de dados fidedigna auxilia na tomada de
decisões sobre as modalidades de tratamentos que serão oferecidos e na instauração de campanhas de
prevenção. Estudos comparativos permitem analisar a mudança do perfil dos pacientes, sendo possível
implementar medidas adequadas, além de observar o reflexo de determinadas mudanças sociais, culturais
e de legislação. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com traumas faciais atendidos
em um hospital público de Belo Horizonte-MG, com ênfase em acidentes por meios de transportes e realizar
uma análise comparativa de dois períodos. METODOLOGIA: Foi realizado um levantamento
retrospectivo, apenas de prontuários, de 2920 pacientes vítimas de traumatismos faciais atendidos em
Pronto Socorro de um hospital de médio porte, em Belo Horizonte-MG, no período de janeiro a dezembro
de 1998 e janeiro a dezembro de 2012. Os dados foram coletados dos livros de registro de pacientes
atendidos no Pronto Socorro, pelos cirurgiões Buco-maxilo-faciais, de onde foram retiradas as seguintes
informações: iniciais do nome do paciente, gênero, idade, etiologia do trauma , hipótese diagnóstica e
tratamento. Tais dados foram agrupados. O agrupamento de idade se deu da seguinte forma: até os 7 anos,
entre 7 e 21 anos, entre 21 e 34 anos e acima de 34 anos. Os fatores etiológicos avaliados foram todos
relativos aos meios de transportes, são eles: acidentes ciclísticos, automobilístico, motociclísticos e
atropelamentos. Para verificar a existência de associação entre as etiologias e os diagnósticos entre as
variáveis sexo, ano e idade, foi utilizado o teste de Qui-Quadrado, sendo realizado o teste Exato de Fisher
quando as frequências esperadas de alguma das variáveis eram menores do que cinco. O nível de
significância adotado no trabalho foi de 5%. Foram utilizados os softwares R versão 3.0.1 e o Microsoft
Office Excel 2020. RESULTADOS: Revelou-se o maior acometimento do sexo masculino em ambos os
períodos, a faixa etária mais acometida foi entre 7 e 21 anos e os acidentes ciclísticos fizeram mais vítimas
numa análise geral. Além disso houve uma diminuição da violência no trânsito como fator etiológico. Em
1998, os acidentes de trânsitos (23,3%) foram mais frequentes do que violência (19,3%) e em 2012 a
violência interpessoal (15,2%) superou os acidentes de trânsito (14%). CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Há uma tendência da mudança do perfil dos pacientes vítimas de trauma de face, quanto á sua
etiologia. Acidentes de trânsito ainda são grandes causadores de lesões faciais, mas a violência urbana
aparece como um fator etiológico cada vez mais prevalente. Além disso, destaca-se que estudos

961
epidemiológicos comparativos são muito válidos para se desenvolver um planejamento estratégico e
avaliar o resultado de certas mudanças sociais e de gestão pública.

Palavras-chave: Trauma maxilofacial, Epidemiologia, Acidentes de trânsito.

REFERÊNCIAS:

Juncar M, Tent PA, Juncar RI, Harangus A, Mircea R. An epidemiological analysis of maxillofacial
fractures: a 10-year cross-sectional cohort retrospective study of 1007 patients. BMC Oral Health. v.
21, n. 1, 2021.
Silva Júnior FCS da, Soares FA de F, Silva Filho WS da, Batista EV. Características clínicas e
epidemiológicas de pacientes com traumatismo facial: Uma revisão integrativa da literatura. Brazilian
J Dev. V. 6, n. 10 p. 23-35, 2020.
Terán GAL. Epidemiologia e desfechos clínicos do tratamento das fraturas faciais de um hospital
público de Quito - Equador: um estudo retrospectivo de 5 anos. Universidade de São Paulo; 2018.

962
AS BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS NO CONTEXTO DA
PANDEMIA DO COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA

¹Fernando Luiz R. de F. Nery Alves


¹Tamara Cunha Borges
¹Saulo Arantes da Silva
²Catarina Maria Mesquita Garcia Dalbem

1Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Cáceres, Mato Grosso, Brasil;


2Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Cáceres, Mato Grosso, Brasil;

Eixo temático: Ciências da Saúde

Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: fernando.luiz1@unemat.br

INTRODUÇÃO: O surgimento da pandemia do COVID-19 acarretou significativas mudanças no cenário médico,


haja vista que a morte desenfreada e os diversos diagnósticos de contaminação pelo coronavírus resultaram na
necessidade de uma habilidade para a comunicação de más notícias. O conceito de más notícias refere-se a toda
informação que afeta negativamente o aspecto psicológico e comportamental do paciente e de seus familiares, nesse
sentido, as reações às más notícias são imprevisíveis, pois estão diretamente associadas a fatores intrínsecos e
extrínsecos de quem a recebe, como a condição física, as crenças, os valores, a personalidade e a cultura, o que
dificulta a contenção emocional por parte do profissional. Não existe uma formação específica que prepare o
médico para a transmissão de más notícias, porém, há a necessidade em seguir o regulamento de entrega de notícias
ruins, sendo esse o Protocolo SPIKES, o qual consiste, em transmitir a informação levando em consideração a
condição emocional do paciente e seu grau de entendimento acerca da informação prestada, sendo imprescindível
a empatia do profissional e o oferecimento de um apoio para enfrentar a situação presente. No entanto, há uma
dificuldade em se introduzir o protocolo no contexto da pandemia do coronavírus, sendo que este foi criado com o
intuito de transmitir notícias acerca de doenças crônicas ou repentinas, o que não não se insere na pandemia do
COVID-19, visto que as infecções são imediatas e os casos de óbito, muitas vezes, imprevisíveis. OBJETIVO:
Compreender as barreiras na comunicação de más notícias no contexto da pandemia do covid 19.
METODOLOGIA: Realizou-se um estudo de revisão bibliográfica com base em artigos científicos indexados na
base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) datados do período de 2017 a 2022, totalizando 63 artigos
deste intervalo temporal. Foram incluídos neste estudo 7 artigos que abordaram as barreiras na comunicação de
más notícias correlacionando-as com a pandemia da SARS-CoV-2. RESULTADOS: A pandemia do Covid-19, no
final de 2019, fez surgir alguns desafios para a área médica, como a comunicação de más notícias pela equipe de
saúde. Devido a característica de transmissão do vírus e as medidas sanitárias que orientavam para a realização do
distanciamento social, dificultou-se a aplicação dos protocolos de más notícias, uma vez que esses têm como parte
do protocolo o contato físico entre paciente e profissional da saúde, a escuta ativa e outras ações que vão de encontro
contra as medidas de biossegurança apresentando como barreiras na comunicação. Em virtude da existência das
barreiras de transmissão, buscou-se discutir também nos artigos algumas adaptações, como o uso do primeiro
protocolo citado via chamada telefônica em que voz e palavras foram os únicos recursos disponíveis.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A comunicação de más notícias no cenário pandêmico da Covid-19
apresentou impasses que se distanciam do protocolo recomendado para o bem-estar do indivíduo afetado e da
própria família. Dessa forma, é necessário a formulação de mais análises de comportamentos e de uma melhor
abordagem para a comunicação de más notícias no contexto de pandemia como a da Covid-19.

Palavras chave: Comunicação em saúde, pandemia, covid 19, barreiras de comunicação

963
REFERÊNCIAS:

BARWISE, Amélia; TSCHIDA-REUTER, Daniel; SUTOR, Bruce.Adaptações aos Serviços de Intérprete para
Pacientes Hospitalizados Durante a Pandemia de COVID-19. In: Anais da Clínica Mayo . Elsevier, 2021. p. 3184.

CHANDRASHEKAR, Pooja. Aproveitando os trainees para lidar com as barreiras linguísticas durante o COVID-
19. Medicina Acadêmica , v. 96, n. 6, pág. 784, 2021. DA ROCHA MARANDOLA, Thalita et al. Acessibilidade
das informações sobre COVID-19 à pessoa surda nos canais oficiais do governo: estudo descritivo- exploratório.
Revista Brasileira de Enfermagem Online , 2022.

GIRGIN, Nuray; OKUDAN, Begum. A pandemia de COVID-19 e os benefícios e barreiras percebidos do


exercício: um estudo transversal sobre as percepções da sociedade turca sobre a atividade física. Jornal australiano
de prática geral , v. 50, n. 5, pág. 322-327, 2021.

KNUESEL, Steven et al. Barreiras linguísticas, equidade e COVID-19: o impacto de um novo grupo de
atendimento ao idioma espanhol. Revista de medicina hospitalar , v. 16, n. 2, pág. 109-111, 2021.

KUMARI, Archana et al. Conhecimento, barreiras e facilitadores sobre a vacina e o programa de vacinação
COVID-19 entre a população em geral: uma pesquisa transversal com mil duzentos e quarenta e nove participantes.
Diabetes & Síndrome Metabólica: Clinical Research & Reviews , v. 15, n. 3, pág. 987-992, 2021.

SHURLOCK, Jonathan et al. Comunicação na unidade de terapia intensiva durante a COVID-19: experiência
inicial com o Método de Comunicação Nightingale. International Journal for Quality in Health Care , v. 33, n. 1,
pág. mzaa162, 2021.

964
DOI 10.29327/1192726.1-29

EPIDERMÓLISE BOLHOSA: REVISÃO DE LITERATURA

¹Sara Pereira da Costa


¹Ananda Lobo Pedreira Costa
¹Blenda Ariadne Pereira Mendes
¹Taynara Fonseca Abreu
¹Vitória Raposo Bonfim
2
Karoline Alves Pereira
1 Universidade de Gurupi (UNIRG). Gurupi, Tocantins, Brasil. 2 Universidade de Brasília (UnB).
Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: psara.costa129@gmail.com
INTRODUÇÃO: A epidermólise bolhosa (EB) é uma doença genética hereditária rara que afeta a pele e
mucosas, levando a um defeito nos mecanismos de adesão entre as células epiteliais ou ao tecido conjuntivo
subjacente. A doença é ocasionada por uma mutação que afeta a produção de proteínas pela pele na zona
de junção entre a epiderme e a derme, o que fragiliza a pele e gera a formação de bolhas de maneira
espontânea ou ao menor trauma, como pressão e fricção. Pesquisas recentes levaram à identificação de 18
genes diferentes no DNA humano que levam ao quadro clínico de EB. Atualmente, é classificada em quatro
tipos principais: Epidermólise Bolhosa Simples (EBS), Epidermólise Bolhosa Juncional (EBJ),
Epidermólise Bolhosa Distrófica (EBD) e a Síndrome de Kindler (SK). Além disso, a EB também pode ser
adquirida, estando associada com a interação das estruturas da pele e autoanticorpos.
OBJETIVO:Compreender as alterações genéticas e imunológicas que acarretam no desenvolvimento da
doença. METODOLOGIA: Foi realizada uma busca nas bases de dados Lilacs, Pubmed, Scielo. Os
descritores utilizados na busca foram epidermólise bolhosa, doença autoimune, junção dermo-epidérmica,
mutação, herança genética e terapia genética. Os critérios de inclusão foram: estudos publicados nos últimos
13 anos, nos idiomas português e inglês; disponibilidade de texto completo em suporte eletrônico; os
critérios de exclusão incluíram teses, capítulos de livros e artigos que não atendiam a temática do estudo.
RESULTADOS: A EB genética é um distúrbio heterogêneo que pode se apresentar como uma herança
autossômica dominante ou recessiva. A sua patogênese envolve mutações nos genes que codificam
qualquer um dos componentes estruturais da junção dermo-epidérmica e queratinócitos, tais como: na EBS,
queratina-5 e queratina-14, plectina; na EBJ, laminina 332 e 6β4 integrina, na EBD, colágeno tipo VII; na
SK, citoesqueleto de actina. Quanto à forma adquirida, verificou-se que é uma doença iniciada na vida
adulta, independente da raça ou sexo, sendo relacionada ao alelo HLA-DR2. Dessa forma, pessoas com
esse fenótipo possuem maior suscetibilidade ao depósito de IgG e C3 na membrana basal (ocasionalmente
IgA e IgM também estão presentes). Assim, os autoanticorpos se ligam ao colágeno tipo VII, o que altera
a adesão dermoepidérmica, formando bolhas. Casos mais brandos é realizado o tratamento local das lesões,
podendo ou não lançar mão de antibióticos tópicos para as bolhas maiores. Nos casos mais graves, é
necessário tratamento intensivo. Infelizmente, apesar de toda a assistência médica, muitos pacientes vão a
óbito em decorrência das complicações infecciosas. CONCLUSÃO: O tratamento e acompanhamento do
paciente com epidermólise varia de acordo com o tipo. Por ser uma doença de natureza genética e
imunológica, não há cura. No entanto, é possível o diagnóstico precoce, por meio de exames especiais
durante o período pré-natal (biópsia das vilosidades coriônicas, amniocentese ou mapeamento genético)
para auxiliar no planejamento familiar e no aconselhamento genético das famílias afetadas.
Palavras-chave: Epidermólise Bolhosa, Doença Autoimune, Herança Genética.
REFERÊNCIAS
LOPES L. et. al. Recém-nascido com epidermólise bolhosa juncional não-herlitz: a importância do
diagnóstico pré-natal. Revista da sociedade portuguesa de dermatologia e venereologia, 2015.
LUCIANO B., RODRIGUES F., COELHO P., Epidermolysis bullosa, uma sentença de morte: terapias

965
genéticas e celulares. HIGEIA- Revista Científica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, 2020.
MOSQUEIRA, Carolina Balbi et al. Imunoglobulina intravenosa para tratamento de epidermólise bolhosa
adquirida grave refratária a terapia imunossupressora convencional. Anais Brasileiros de Dermatologia,
v. 85, p. 521-524, 2010.
OLIVEIRA, Zilda Najjar Prado de et al. Imunomapeamento nas epidermólises bolhosas hereditárias. Anais
Brasileiros de Dermatologia, v. 85, p. 856-861, 2010.
SAWAMURA, Daisuke; NAKANO, Hajime; MATSUZAKI, Yasushi. Overview of epidermolysis bullosa.
The Journal of dermatology, v. 37, n. 3, p. 214-219, 2010.

966
967
A RELEVÂNCIA DA MONITORIA DE CLINICA DE REABILITAÇÃO I:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

1
Maria Elivânia Alves de Oliveira
1
Yasmin Ribeiro Alves de Abreu
1
Roberta de Sousa Abreu
1
Mayara Oliveira Torquato
1
Tarcianne Viana Fontenele
1
Janice Dávila Rodrigues Mendes

1 Centro Universitário INTA- UNINTA. Sobral, Ceará, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Apresentação pôster

E-mail do 1º autor: elivaniao39@gmail.com

INTRODUÇÃO: O processo de monitoria é uma atividade que desenvolve o aprendizado e habilidades


necessarias para iniciar à docência , durante a partilha de conhecimentos o dicente consegue aprofundar
conhecimentos, pois fortalece o que já sabe, aprende novas coisas e vai desenvolvendo e consolidando
a percepção da mesma. OBJETIVO: Apresentar a experiência de uma dicente monitora de Clinica de
Reabilitação I, do curso de Odontologia do Centro Universitário INTA/ UNINTA. METODOLOGIA:
Trata-se de um relato de experiência de 6 meses no modulo de Clinica de Reabilitação I, envolvendo
aulas teóricas e praticas na qual houve participação em aulas teóricas e acompanhamento dos alunos
durante o atendimento e processos de laboratório, o monitor ajuda tanto o professor como os alunos,
atraves de demostrações, momento tira duvidas, e auxilio clinico. RESULTADOS: O progama de
monitoria permitiu que o monitor tivesse nova forma de aprendizado, e inicio na vida docente, de protese
dentaria, tanto protese total como PPR, o papel do monitor é contribuir no processo de ensino-
aprendizagem dos alunos por meio do auxilio tanto em aulas teóricas como nas praticas clinicas e
processos laboratoriais como vazamento de gesso, montagem em articulador, confecçãoo de moldeira,
plano de orientaçao de cera e delineamento. na Clinica de Reabilitação I são confeccionadas protese total
e protese parcial removivél a depender da necessidae do paciente, e com isso cooperação para a sua
formação acadêmica. . CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que a atividade de monitoria tem somente
a agregar no processo ensino-aprendizagem tanto dos monitores quanto dos alunos assistidos. É
primordial a presença de um monitor em modulo clinico, pois estimula a criação de novas formas de
ensino e desperta a vocação para a docencia.

Palavras-chave: Odontologia, Prótese dentária, Reabilitação.

REFERÊNCIAS:

GIROTTO, A.; CONDE, A.; PIGOZZI, L. B.; BELLAN, M. C.; PAULUS, M. O USO DA PRÓTESE
PARCIAL REMOVÍVEL NA REABILITAÇÃO ORAL. Revista Científica Multidisciplinar-ISSN.,

968
v. 3, n. 8, p. 381805-381805, 2022.

SUGIO, C. Y. C.; GOMES, A. C. G.; MACIEL, J. G.; PROCÓPIO, A. L. F.; NEPPELENBROEK, K.


H. Considerações sobre os tipos de próteses parciais removíveis e seu impacto na qualidade de vida.
Revista Odontológica de Araçatuba., v. 40, n. 2, p. 15-21, 2019.

SILVA, T. I. L. G.; SILVA, M. P.; OLIVEIRA, L. G.; NAHMIAS, H. L. M.; AMORIM, R.


M.REABILITAÇÃO ORAL COM PRÓTESE TOTAL SUPERIOR E INFERIOR. Revista Científica
InFOC, v. 2, n. 2, p. 88-98, 2017.

969
ABORDAGEM NÃO FARMACOLÓGICA NO TRATAMENTO DE CRIANÇAS
DIAGNOSTICADAS COM TDAH

¹José Luiz do Nascimento Silva

¹Josué Tadeu Lima de Barros Dias

²Maria Karuline de Sousa Lima

³Talyta Rezende Silva

4
Vitória Larissa Batista de Paula

5
Rogério Correia de Azevedo Júnior

6
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Universidade Federal de Pernambuco. Recife, Pernambuco, Brasil; 1Universidade Federal do


Vale do São Francisco - UNIVASF. Teresina, Piauí, Brasil; 2Centro Universitário Santo
Agostinho - UNIFSA. Teresina, Piauí, Brasil; 3Universidade Federal do Tocantins (PPGE/UFT).
Palmas, Tocantins, Brasil; 4Faculdade Bezerra de Araújo. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil;
5Centro Universitário dos Guararapes. Recife, Pernambuco, Brasil; 6Faculdade Unibras da
Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com
INTRODUÇÃO: Abordagem não farmacológica é o uso de métodos não medicamentosos para
tratar ou prevenir doenças e condições de saúde. Esta abordagem inclui modificações no estilo de
vida, terapias comportamentais e outras intervenções não medicamentosas que podem ajudar a
melhorar a saúde física e mental, além de prevenir doenças e complicações. As abordagens não
farmacológicas também podem ser usadas em conjunto com medicamentos para melhorar os
resultados de saúde. OBJETIVO: Discorrer sobre a abordagem não farmacológica no tratamento
de crianças diagnosticadas com TDAH. METODOLOGIA: O presente estudo consiste em uma
revisão narrativa da literatura, elaborada por artigos científicos publicados em Revistas Científicas
Indexadas com busca na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, com os seguintes
descritores em ciências da saúde: TDAH; Terapia complementar; Tratamento não farmacológico;
Saúde da Criança. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos publicados no período
de 2018 a 2023, escritos em língua portuguesa. RESULTADOS: Entre as abordagens não
farmacológicas no tratamento do TDAH, destacou-se a terapia cognitivo- comportamental, cujo
objetivo é ajudar os indivíduos a controlar as suas emoções e comportamentos, a desenvolver
habilidades sociais e a identificar e responder de maneira mais saudável às situações diárias. A
terapia de treinamento de atenção que envolve a utilização de jogos e exercícios para ajudar as
crianças a melhorar a sua capacidade de se concentrar e de controlar as suas reações impulsivas.
O treinamento de habilidades sociais que visa ajudar as

970
crianças com TDAH a desenvolver habilidades sociais, como a capacidade de ouvir com atenção,
seguir instruções, compreenderem as emoções dos outros, controlar impulsos e comportar-se
adequadamente. Assim como o gerenciamento de comportamento que envolve o uso de
estratégias e técnicas para ajudar as crianças a controlar o seu comportamento e a lidar com
situações desafiadoras. A estimulação cognitiva, utilizando de estratégias de pensamento para
melhorar a capacidade da criança de lidar com problemas e tomar decisões. Além do treinamento
de habilidades parentais, ajudando a compreender melhor o TDAH e auxiliando no
comportamento do filho e lidar com os sintomas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, a
abordagem não farmacológica é fundamental para o tratamento de muitas doenças, inclusive o
TDAH, pois permite que os pacientes obtenham os cuidados de saúde necessários de uma forma
natural, sem o uso de medicamentos. Portanto, a abordagem não farmacológica é uma importante
ferramenta para melhorar a saúde e o bem-estar dos pacientes.

Palavras-chave: TDAH, Terapia complementar, Tratamento não farmacológico, Saúde da


Criança.

REFERÊNCIAS:
BERTOLDO, L. M.; Intervenção psicológica grupal com pais de crianças com transtorno de
déficit de atenção e hiperatividade em unidade assistencial pública: relato de experiência. Revista
da SPAGESP (Impresso)., v. 21, n.2, p. 126-138, 2020.
CEZAR, I. A. M.; Um estudo de caso-controle sobre transtorno do espectro autista e prevalência
de história familiar de transtornos mentais. Jornal brasileiro de psiquiatria (Impresso)., v. 69,
n. 4 p. 247-254, 2020.
SANTOS, M. L.; et al. Musicoterapia em crianças com transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade. Arquivos de ciências da saúde da UNIPAR (Impresso)., v. 26, n.3, p. 782-793,
2022.

971
PRÁTICAS ASSISTENCIAIS AO PACIENTE NEONATAL E SUA
CORRELAÇÃO COM SEPSE TARDIA: REVISÃO DE LITERATURA
¹Maryana Silva Maia
¹Júlia Batista Moura Alves
¹Marília Timo Pinheiro de Almeida
¹Emanuela Victoria Lira Corrêa de Morais
¹Claudia Elaine Cestari
1Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT). Cáceres, Mato Grosso, Brasil.
Eixo temático: Medicina.
Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: maryana.maia@unemat.br

INTRODUÇÃO: Sepse tardia (ST) é caracterizada por sintomas de infecções decorrentes a partir do quarto
dia de vida e está relacionada a fatores neonatais, os quais são mais recorrentes em Unidades de Terapia
Intensiva Neonatal (UTIN) e suas práticas assistenciais, ou seja, de origem hospitalar. Entre esses fatores
estão qualificação profissional, higienização das mãos e diagnóstico/tratamento da ST. OBJETIVO:
Compreender mediante a revisão de literatura a correlação entre ST e as práticas assistenciais da equipe de
saúde. METODOLOGIA: Buscou-se artigos utilizando-se a base de dados SciELO, mediante os descritores
”Prevenção infecção neonatal”; “Sepse tardia neonatal”; “Unidade terapia intensiva neonatal” no idioma
em português entre os anos 2013-2022 com áreas temáticas da pediatria, ginecologia, enfermagem e
obstetrícia. Foram selecionados 3 artigos, sendo todos estudos transversais. RESULTADO: No estudo dos
Centros da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais observa-se que o centro com menor incidência de ST
consiste naquele que possui rigorosa higienização das mãos e uso de hemocultura, PCR e escores
hematológicos para diagnóstico, tornando claro a importância da adesão adequada dos profissionais quanto
a higienização e da disposição de exames para precoce diagnóstico e rápido tratamento das infecções. Nesse
quesito, o segundo estudo avaliou exatamente as situações em que há pouca aderência dos profissionais
quanto à higienização e que estas relacionam-se com uma técnica e frequências deficientes, nos quais a
higienização foi ignorada por 27% dos médicos e 51,8% dos técnicos de enfermagem. Ademais, o estudo
mostra que independente da categoria profissional (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de
enfermagem) o momento mais ignorado foi depois de tocarem superfícies próximas aos pacientes. Por outro
lado, o terceiro estudo, feito com equipe de enfermagem, 53,1% dos participantes entendem a extrema
importância da qualificação profissional para prevenir os chamados eventos adversos, inclusive ST. Além
disso, observa-se que mais de 90% desses mesmos profissionais responderam que frequentavam sempre ou
quase sempre as atividades de educação continuada promovida pelo hospital em que atuavam.
CONCLUSÃO: Diante de todo exposto, compreende-se que os profissionais de modo geral entendem a
importância de uma qualificação e procuram participar ativamente dos programas de educação continuada,
no qual inclui rigorosa técnica de higienização das mãos dentro das práticas assistenciais ao paciente
neonatal. No entanto, ainda há fatores desconhecidos, devido a falta de mais estudos e pesquisas no Brasil
sobre o assunto, para explicar o porquê da deficiência da prática e frequência das técnicas realizadas pelos
profissionais. Ainda assim, é inegável em todos os estudos que os fatores como qualificação profissional,
higienização das mãos e diagnóstico/tratamento da sepse tardia sejam contribuintes para redução das
incidências de infecções em neonatos em UTIN.

Palavras-chave: Sepse tardia. Infecção Neonatal. Unidade Intensiva de Terapia Neonatal.


REFERÊNCIAS:
SILVA, Daiane Santos et al. Aderência à higiene das mãos através das recomendações da Organização
Mundial de Saúde em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Revista Brasileira de Saúde Materno

972
Infantil, v. 17, p. 551-559, 2017.
BENTLIN, Maria Regina; RUGOLO, Ligia MSS; FERRARI, Ligia SL. Práticas relacionadas à sepse tardia
em prematuros de muito baixo peso. Jornal de Pediatria, v. 91, p. 168-174, 2015.

MAZIERO, Eliane Cristina Sanches et al. Associação entre qualificação profissional e eventos adversos
em unidades de tratamento intensivo neonatal e pediátrico. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 42, 2021.

973
USO FITOTERAPICO DO NASTURTIUM OFFICINALE R. BR. (AGRIÃO)
NO CONTROLE DE DOENÇAS BUCAIS

¹Sara Mirian Ferreira Silva


¹Júlia Cordeiro de Farias
² Risonildo Pereira Cordeiro
³Patrícia Lins Azevedo do Nascimento

1Centro Universitário Tabosa de Almeida. Caruaru, Pernambuco, Brasil. 2 Centro Universitário


Tabosa de Almeida. Caruaru, Pernambuco, Brasil. 3 Centro Universitário
Tabosa de Almeida. Caruaru, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Póster

E-mail do 1° autor:

saramirian30@gmail.com

Resumo:

No desenvolvimento da sociedade, novos tipos de tratamento surgiram para as enfermidades, muitos


eram feitos à base de ervas medicinais. A forma como essas plantas medicinais eram e continuam
sendo utilizadas pode variar em relação a parte da planta a ser usada, as maneiras de preparo, e sua
indicação terapêutica. Fitoterapia é o nome que se dá ao tratamento ou à prevenção de doenças
através do uso de plantas medicinais. Segundo a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, Planta Medicinal é toda a planta ou parte dela que tenha substâncias ou classes de
substâncias responsáveis pela ação terapêutica. A OMS – Organização Mundial da Saúde, afirmaque
80% da população faz uso de algum tipo de erva medicinal. Com base nessas informações, é visto
que o interesse nas plantas que possuem princípios ativos só tende a crescer. O Nasturtium officinale
R. Br., conhecido popularmente como agrião e pertencente à família Brassicaceae, representa uma
importante contribuição para o desenvolvimento de fitoterápicos. O agrião possui inúmeras
propriedades, como antibacteriana, antiescorbútica, colagoga e expectorante. Há muito tempo é
utilizado na medicina popular para tratar hipertensão, hiperglicemia e cólica renal além disso,
foram relatadas propriedades anticancerígenas, antioxidante e hepatoprotetora. Também possui
indicações de uso no tratamento de icterícia e em doenças periodontais como as gengivites,
justificando a utilização dos extratos brutos vegetais como um método de controle de doenças bucais.
Palavras-chave: Agrião; Nasturtium; Cavidade Bucal.

974
1 INTRODUÇÃO

O ser humano, desde o início da sua história, faz o uso de plantas medicinais por diversos motivos: para
remediar suas necessidades, em rituais de magias, para tratar enfermidades, no uso simbólico e vários outros. A
maioria das pessoas usam essas ervas como tratamento de doenças, pois acreditam que elas são isentas de efeitos
colaterais (LOGGIA, 1993).
No desenvolvimento da sociedade, novos tipos de tratamento surgiram para as enfermidades, muitos eram
feitos à base de ervas medicinais. A forma como essas plantas medicinais eram e continuam sendo utilizadas pode
variar em relação a parte da planta a ser usada, as maneiras de preparo, e sua indicação terapêutica (CARVALHO,
2002).
Apesar da comprovação da eficácia das plantas medicinais, a chegada da indústria farmacêutica provocou
uma diminuição no interesse do uso dessas plantas, que só veio a crescer novamente após a chegada do movimento
social urbano de contracultura no Brasil, que buscava se opor à racionalidade médica dominante (MATOS et al.,
2018).
Fitoterapia é o nome que se dá ao tratamento ou à prevenção de doenças através do uso de plantas
medicinais. Calcula-se que pelo menos metade das plantas contenham substâncias chamadas de princípios ativos,
as quais têm propriedades curativas e preventivas para muitas doenças. Com base nessas informações, é visto que
o interesse nas plantas que possuem princípios ativos só tende a crescer (MELO et al., 2019).
O Nasturtium officinale R. Br., conhecido popularmente como agrião e pertencente à família
Brassicaceae, representa uma importante contribuição para o desenvolvimento de fitoterápicos, possui indicações
de uso no tratamento de icterícia e em doenças periodontais como as gengivites, justificando a utilização dos
extratos brutos vegetais como um método de controle de doenças bucais (LOGGIA, 1993; BUFFON, 2005).
Esta erva tem características nutricionais bem conhecidas devido aos seus diversos componentes
químicos, incluindo vitaminas B, C e E, bem como pró-vitamina A, ácido fólico, carotenóides, glucosinolatos e
uma variedade de minerais como cálcio, ferro e enxofre (ALIMI et al., 2022).
De acordo com essa perspectiva, o presente estudo estimula a busca de pesquisas sobre as propriedades
do Agrião e suas aplicações na odontológica principalmente no controle das doenças bucais.

2 METODOLOGIA

O presente estudo é do tipo revisão de literatura e baseou-se na busca de livros e em artigos de periódicos
indexados nas bases de dados BVS, SciELO e PubMed, publicados nos anos de 1993 e 2022, nas línguas inglesa e
portuguesa, de acordo com os Descritores em Ciência da Saúde (Decs): Agrião; Nasturtium; Cavidade Bucal. Como
resultado do cruzamento dos descritores na pesquisa, obteve-se um total de 90 trabalhos, destes, 58 foram excluídos
por estarem abordando outras áreas de aplicação da planta, 23 abordavam apenas assuntos distintos e 9 tinham como
assunto a história cultural do uso da planta. 8 artigos e 1 livro foram selecionados para a elaboração do presente
estudo.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O termo Nasturtium deriva do latim, nasus (nariz) e tortus (torcido), a nomenclatura se baseia no fato da
erva possuir um aroma picante e forte. No Egito, os faraós administravam sumo de agrião para incrementar a
produtividade dos escravos, pois esta erva era sinônimo de força. Já os persas o consideravam um alimento de
extrema importância para suas crianças e os romanos um remédio essencial (MELO et al., 2019).
É uma planta herbácea e vivaz, seu caule apresenta coloração verde, algumas vezes arroxeado na base. É
flexível, glabro, fistuloso, semicilíndrico e provido de sulcos longitudinais pouco profundos. Mede de 15 cm a 30
cm de comprimento por até 1 cm de diâmetro na base e ao nível dos nós, origina finas raízes adventícias de
coloração brancacenta (CARVALHO, 2002)
O agrião possui inúmeras propriedades, como antibacteriana, antiescorbútica, colagoga e expectorante
(BLUMENTAL, et al, 2000). Há muito tempo é utilizado na medicina popular para tratar hipertensão,
hiperglicemia e cólica renal além disso, foram relatadas propriedades anticancerígenas, antioxidante e
hepatoprotetora em estudo realizado por SADEGHI et al. (2014).
De acordo com Carvalho (2002), o agrião é consumido em grande quantidade na alimentação humana,

975
sendo rico em substâncias ativas e vitaminas sendo utilizado no tratamento de infecções do trato urinário e como
expectorante para o tratamento de bronquites. Há indicações de uso no tratamento de icterícia e em doenças
periodontais como as gengivites (LOGGIA, 1993).
Nasturtium officinale R. Br. possui expressiva atividade antimicrobiana, o que justifica o seu emprego
como importante e alternativo coadjuvante ao controle mecânico da placa bacteriana. Segundo pesquisadores a
atividade antimicrobiana é atribuída aos glucosinolatos e aos flavonoides (SATO et al., 1996).
A atividade anti-inflamatória do extrato hidroalcoólico das partes aéreas de N. officinale R. Br. foi investigada em
um estudo, segundo o mesmo a erva possui atividade anti-inflamatória potente, tanto em aplicação tópica como em
aplicação sistêmica, e propõe seu potencial como agente anti-inflamatório no tratamento de condições inflamatórias
(SADEGHI et al., 2014).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O agrião é uma planta rica em rica em minerais, compostos químicos e vitaminas. O estudo das suas
atividades biológicas representa uma importante contribuição para o desenvolvimento de fitoterápicos,
justificando a utilização dos extrativos brutos vegetais como um método de controle de doenças bucais.

REFERÊNCIAS

ALIMI, D., et al., Eficácia da atividade sinérgica de óleos de sementes de Carthamus tinctorius (Açafrão) e
Nasturtium officinale (Agrião) sobre a letalidade do carrapato bovino Hyalomma scupense (Acari: Ixodidae). Open
Veterinary Journal, v.12, p. 80-90, 2022.

BLUMENTHAL, M., et al. Herbal medicine. Integrative Medicine Communications, 1. ed., p. 404-407, 2000.

BUFFON, M., et al. estudo do efeito do extrato de nasturtium officinale, r. br. no controle do crescimento de
microrganismos presentes na cavidade bucal e placa dentária in vitro. Visão Acadêmica, v. 6, n. 1, 2005.

CARVALHO, J.; MIGUEL, O. Contribuição ao estudo fitoquímico e analítico do Nasturtium officinale R. BR.,
Brassicaceae. Visão Acadêmica, v. 3, n. 2, 2002.

LOGGIA, R. D. Piante officinali per infuse e tisane. Organizzazione Editorale Medico Farmacêutica, 3 ed., p.
354, 1993.

MATTOS, G., et al. Plantas medicinais e fitoterápicos na Atenção Primária em Saúde: percepção dos profissionais.
Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 3735-3744, 2018.

MELO, A. Alimentação e Longevidade: as especiarias e suas propriedades terapêuticas. Olinda: Livro rápido
editora, 2019. 236 p.

SATO, M., et al. Flavones with antibacterial activity against cariogenic bacteria. Journal of ethnopharmacology,
v. 54, n. 2-3, p. 171-176, 1996.

SADEGHI, H., et al. In vivo anti- inflammatory properties of aerial parts of Nasturtium officinale. Pharmaceutical
biology, v. 52, n. 2, p. 169-174, 2014.

976
977
978
APARELHOS ELETRÔNICOS NA INFÂNCIA E A SAÚDE MENTAL:
RELATO DE EXPERIÊNCIA

1
Francerli Lima Fernandes
2
Emanuelle Moreira Barros
3
Ligiane Moura Silva
4
Leiliane Tavares da Rocha
5
Ivania Cristina Monteles Oliveira
6
Gessyka Nunes da Rocha Brito
7
Lorena Rocha Batista Carvalho
1-7
Centro de Educação Tecnológico de Teresina - Faculdade CET. Teresina ,Piauí, Brasil.
Eixo Temática: Psicologia
Modalidade: Poster
E-mail para correspondência: limafrance_fernandes@hotmail.com

Introdução: A saúde mental pode ser afetada pelo crescimento acelerado do cérebro, que pode causar
deficits de atenção, atrasos cognitivos, dificuldades de aprendizagem, problemas de memória, aumento da
impulsividade e falta de controle emocional. Já a saúde física pode ser afetada por problemas como
obesidade infantil, dores de cabeça, insônia, problemas de visão e postura. Já a saúde emocional é afetada
pelo comportamento agressivo, irritabilidade, problemas emocionais e até isolamento social. E também
incentivar o vício na infância, pois o uso excessivo desses aparelhos eletrônicos pode causar dependência.
Objetivo: Relatar a experiência dos acadêmicos do nono semestre do curso de Enfermagem, na
sistematização da assistência a crianças vitimas de uso abusivo de eletrônicos. Metodologia: Trata-se de
um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado no mês de fevereiro de 2023 pelos acadêmicos
de enfermagem em um hospital do interior do Maranhão com uma criança com episódios de epilepsia.
Resultados: A exposição ás telas na infância pode ocasionar em problemas de saúde físicos e mentais,
diversas pesquisas realizadas pelo mundo comprovam que crianças que ainda não completaram um ano de
vida já apresentam sinais de dependência das telas. A tecnologia afeta o cérebro de uma criança mais
rapidamente que de um adulto, visto que a formação cerebral do bebê ainda não está completa. Diversas
doenças psicológicas em crianças como fobia social,ansiedade,depressão,entre outros transtornos mentais
e problemas de comportamento são resultados da dependência causada pela internet e uso excessivo de
celulares e tablets que os próprios pais disponibilizam. Algumas consequências da exposição prolongada
de crianças e adolescentes à celulares, tablets e computadores sem o devido monitoramento são o
cyberbullying juntamente com a ansiedade e a depressão, aumenta o sofrimento psíquico do indivíduo,
podendo levar a pensamentos e tentativas de suicídio. Além disso, alguns artigos destacam a queda no
desempenho acadêmico, o narcisismo, mantido pela comparação constante com outros perfis online, e a
percepção da rede social como auto medicação em casos de transtorno de deficit de atenção (TDAH) e
transtorno obsessivo compulsivo. Apesar dos efeitos negativos, as redes sociais facilitam a criação de
vínculos importantes para a saúde mental, proporcionam interação social, aprimoram o intelecto com acesso
a plataformas de aprendizagem, além de independência e responsabilidade. Conclusão: É necessário que
os pais e responsáveis por crianças e jovens passem a controlar a exposição de seus filhos á redes sociais,
jogos, vídeos, entre outras formas de comunicação e tempo de tela, para que as crianças não desenvolvam
transtornos mentais, comportamentos agressivos, quando estão desconectados das redes, irritabilidade,
ansiedade e até mesmo depressão.

979
Palavras-chave: Saúde mental, infância, tecnologia.

Referências:
NUNES, PAULA P. DE BRITO et al. Fatores relacionados à dependência do smartphone em
adolescentes de uma região do Nordeste brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2021, v.
26, n. 07 pp. 2749-2758.
MOROMIZATO, MAÍRA S. et al. O Uso de Internet e Redes Sociais e a Relação com Indícios
de Ansiedade e Depressão em Estudantes de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica
[online]. 2017, v. 41, n. 4, pp. 497-504.
BAUM, CARLOS e MARASCHIN, CLECI. Oficinas e jogos eletrônicos: produção de saúde
mental?. Interface – Comunicação, Saúde, Educação [online]. 2016, v. 20, n. 59, pp. 1053-1062.

980
DOI 10.29327/1192726.1-37

FISIOPATOLOGIA DO ESTRESSE ASSOCIADO AOS TRABALHADORES


DA SAÚDE DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

1
Bruno Henrique Vieira
1
Bruno Santiago Menezes
2
Ana Clara Câmara Rodrigues
3
Gustavo Mota Vargas Veloso
3
Bianca Izabel Amaral de Oliveira
;4
Telma Geralda de Andrade Câmara Rodrigues

1 Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais – FCMMG. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; 2
Faculdade de Minas – FAMINAS BH. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; 3 Faculdade Atenas. Sete
Lagoas, Minas Gerais, Brasil; 4 Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM.
Diamantina, Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Resumo simples
E-mail do 1º autor: brunoh.vieira01@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Burnout é uma enfermidade de origem emocional, a qual se origina a


partir de sintomas de grande exaustão, estresse e esgotamento físico, em consequência de situações de
trabalho árduas. O estresse prolongado promove a circulação acentuada de cortisol no organismo, esse
hormônio, em grande concentração, pode prejudicar a resposta imune e, também, impactar no mecanismo
de ação inflamatória, deixando os profissionais mais susceptíveis a outras enfermidades. OBJETIVO:
Relatar a relevância da compreensão e abordagem da fisiopatologia da Síndrome de Burnout, esclarecer
suas causas, sintomas e os impactos na produtividade no ambiente de trabalho, além de expor ações que
possam ajudar a prevenir o desenvolvimento dessa síndrome entre profissionais da saúde.
METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura dos últimos 5 anos, utilizando-se as bases de
dados do Scholar Google, SciELO e PubMed, utilizando como palavras-chaves “Saúde mental”,
“Esgotamento profissional”, “Profissionais da saúde”, “Angústia psicológica”, tendo como critério de
inclusão, publicações que abordassem o objetivo deste estudo, e como critério de exclusão, aquelas que não
fossem em português, inglês e espanhol. Selecionaram-se artigos científicos recentes sobre a Síndrome de
Burnout associada à Fisiologia do Estresse e seus impactos imunológicos. RESULTADOS: A coletânea
selecionada demostrou que uma parcela considerável da população da saúde já apresentou sintomas
coincidentes com a Síndrome de Burnout em algum momento da carreira. Além disso, foi observado que o
esgotamento profissional está intimamente relacionado com a diminuição da produção e da qualidade do
trabalho ofertado. CONCLUSÃO: Percebeu-se a importância da discussão sobre assuntos relacionados à
saúde mental, além de sua relevância na promoção de saúde e de autocuidado. Vale ressaltar que
intervenções acerca da saúde mental da equipe profissional pode melhorar a qualidade de vida dessa, bem
como aumentar a qualidade do serviço ofertado à população.

Palavras-chave: Assistência à Saúde Mental; Profissionais da saúde; Esgotamento Profissional;


Angústia Psicológica.

981
REFERÊNCIAS:

CHEN, Sisi et al. Relationships between mental health, emotion regulation, and meaning in life of frontline
nurses during the COVID-19 outbreak. Frontiers in psychiatry, v. 13, 2022.

SULLIVAN, Debra et al. Comparison of nurse burnout, before and during the COVID-19
pandemic. Nursing Clinics, v. 57, n. 1, p. 79-99, 2022.

MARTINS, Leonardo Fernandes et al. Esgotamento entre profissionais da Atenção Primária à


Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, p. 4739-4750, 2014.

982
DOI 10.29327/1192726.1-45

QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DOS PACIENTES


OBESOS COM COMPULSÃO ALIMENTAR

Gabriele Conte Nunes¹;


Gabriele Demari Baruffi²;
Marcos Guilherme Tibes Pauletti3

¹ Discente do Curso de Medicina, Área das Ciências da Vida e da Saúde - Universidade do Oeste de Santa
Catarina - Joaçaba,Santa Catarina, Brasil; ² Discente do Curso de Medicina, Área das Ciências da Vida e
da Saúde - Universidade Comunitária da Região de Chapecó- Chapecó,Santa Catarina, Brasil; 3 Docente
do Curso de Medicina, Área das Ciências da Vida e da Saúde - Universidade Federal da Fronteira Sul -
Chapecó, Santa Catarina, Brasil

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde;

Modalidade: Apresentação oral

E-mail do autor principal para correspondência: nunees_gabriele@hotmail.com

Introdução: A obesidade e a compulsão alimentar são problemas de saúde que afetam a qualidade de vida
de muitos pacientes. A obesidade é uma condição em que o acúmulo excessivo de gordura no corpo pode
levar a uma série de complicações de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes e problemas
articulares. Já a compulsão alimentar é um transtorno alimentar caracterizado por episódios frequentes de
consumo exagerado de alimentos, mesmo quando a pessoa já está satisfeita e sem controle sobre seu
comportamento alimentar. A combinação desses dois problemas pode ter um impacto negativo significativo
na saúde física e mental dos pacientes, afetando sua qualidade de vida e capacidade de realizar atividades
cotidianas. Portanto, é importante que esses pacientes recebam tratamento adequado para melhorar sua
saúde e bem-estar. Objetivo: O objetivo do trabalho é identificar os fatores associados à qualidade de vida
dos pacientes obesos e analisar a relação entre obesidade e compulsão alimentar. Metodologia: As
informações contidas neste resumo foram obtidas por meio de uma pesquisa bibliográfica de artigos
acadêmicos publicados entre 2017 e 2022 na plataforma Scielo e dados disponibilizados pelo Ministério da
Saúde referentes à qualidade de vida relacionada à saúde de indivíduos obesos com compulsão alimentar.
Resultados: A obesidade é uma doença em que fatores genéticos, metabólicos, sociais e psicológicos estão
envolvidos. Nesse contexto, a compulsão alimentar interfere negativamente na qualidade de vida desses
indivíduos, os quais apresentam maior dificuldade em perder peso, sendo a insatisfação relacionada ao
próprio corpo o que eleva os índices de transtornos de ansiedade e depressão -esses pacientes também
enfrentam um risco aumentado de suicídio e tentativas de suicídio. Visando a melhora do bem-estar físico
e mental desses indivíduos, a prevenção, a detecção precoce e a intervenção multidisciplinar com pacientes
obesos com compulsão alimentar se faz necessário para a precaução das formas mais graves da doença,
pois ao reduzir a compulsão evita-se o ganho acelerado de peso. Ademais, estudos mostraram que a
qualidade de vida geral dos pacientes obesos com compulsão alimentar é significativamente pior do que a
da população geral. Isso pode incluir dificuldades para realizar tarefas diárias como se vestir, andar ou subir
escadas, bem como limitações em atividades físicas, dificuldades sociais e profissionais, além de problemas
financeiros devido a despesas com tratamentos médicos. Conclusão: Destarte, a obesidade e a compulsão
alimentar são problemas de saúde que afetam a qualidade de vida dos pacientes de várias maneiras. Isso
torna essencial a realização de diagnósticos precoces, que podem viabilizar a reversão do quadro,
possibilitando uma redução de danos à saúde mental e corporal. Somado a isso, mudanças no estilo de vida,

983
como uma alimentação saudável e atividade física regular, bem como o tratamento psicológico, promoverá
maior qualidade de vida a esses pacientes.

Palavras chaves: Obesidade, Qualidade de vida, Compulsão alimentar

REFERÊNCIAS

11/10 – Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: Biblioteca
Virtual em Saúde MS (saude.gov.br) . Acesso em: 02/12/2022

Falco, Camila Biscacio et al. Remote consultation with people with eating disorders during the COVID-19
pandemic. Revista Brasileira de Enfermagem [online]. 2023, v. 76, n. Suppl 1 [Acessado 28 Dezembro
2022], e20220197. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0034-7167-2022-0197
https://doi.org/10.1590/0034-7167-2022-0197pt>. Epub 28 Nov 2022. ISSN 1984-0446.
https://doi.org/10.1590/0034-7167-2022-0197.

Fusco, Suzimar de Fátima Benato et al. Ansiedade, qualidade do sono e compulsão alimentar em adultos
com sobrepeso ou obesidade. Revista da Escola de Enfermagem da USP [online]. 2020, v. 54 [Acessado
28 Dezembro 2022], e03656. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1980-220X2019013903656>.
Epub 11 Dez 2020. ISSN 1980-220X. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2019013903656.

Klobukoski, Cristina e Höfelmann, Doroteia Aparecida. Compulsão alimentar em indivíduos com excesso
de peso na Atenção Primária à Saúde: prevalência e fatores associados. Cadernos Saúde Coletiva [online].
2017, v. 25, n. 4 [Acessado 28 Dezembro 2022], pp. 443-452. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/1414-462X201700040094>. ISSN 2358-291X. https://doi.org/10.1590/1414-
462X201700040094.

984
CRISE CONVULSIVA FEBRIL: DOS SINTOMAS AO DIAGNÓSTICO E
TRATAMENTO
¹Alvim João Faust
¹Tuanny Beatriz dos Santos Lima
²Hellen da Silva Alencar
³Mérlim Fachini
4
Érica de Andrade Alves da Silva
5
José Luiz do Nascimento Silva
6
Jeane Silva Barbosa Cruz
7
Guilia Rivele Souza Fagundes

1Universidade Maria Auxiliadora . Assunção, Paraguai. Brasil; 1Faculdade Unibras da Bahia.


Juazeiro,
Bahia, Brasil; 2Faculdade de Mato Grosso do Sul - FACSUL. Campo Grande, Mato Grosso do
Sul, Brasil; 3Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande
do Sul, Brasil; 4Centro Universitário CESMAC. Maceió, Alagoas, Brasil; 5Universidade Federal
do Pernambuco. Recife, Pernambuco, Brasil; 6Centro Universitário Fametro. Fortaleza, Ceará,
Brasil; 7Universidade do sudoeste da Bahia - UESB. Matina, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster

Email do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com

Resumo:

Introdução: Crise convulsiva febril é uma convulsão causada por uma elevação na temperatura
corporal, comumente ocorrendo em crianças com idade entre seis meses e cinco anos, é o tipo
mais comum de crise convulsiva, representando cerca de 40% de todas as convulsões em crianças.
A elevação da temperatura corporal geralmente ocorre devido à infecção ou outras condições
médicas, como a hipoglicemia. A crise convulsiva febril geralmente começa com a criança tendo
espasmos musculares generalizados, como contrações nos braços e pernas. A criança também
pode ficar desorientada, com os olhos vidrados, e pode perder a consciência. É uma das causas
mais comuns de convulsões na infância, afetando cerca de 3–5% das crianças antes dos 5 anos de
idade. Objetivos: Discorrer sobre as manifestações clínicas da crise convulsiva febril em crianças,
seu diagnóstico e tratamento. Metodologia: O presente estudo consistiu em uma revisãointegrativa
da literatura, com coleta de dados nas plataformas: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)e Google
Acadêmico. A sondagem bibliográfica foi realizada durante o mês de fevereiro de 2023. Como
critério de inclusão foram selecionados artigos na íntegra, independente da abordagem
metodológica, escritos em língua portuguesa, delimitando-se a estudos publicados nos últimos
dez anos, correspondendo aos anos de 2013 a 2023. Foram selecionados para o corpus de análise
3 (três) artigos para comporem a revisão. A seleção das palavras-chave do estudo foi realizada na
plataforma de pesquisa online Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), resultando em:
“Convulsões Febris”, “Hipertermia”, “Saúde da Criança”. Resultados e Discussões: A principal

985
característica da crise convulsiva febril é a convulsão. A convulsão pode ser focal, envolvendo
apenas uma parte do corpo, ou generalizada, envolvendo todo o corpo. Outros sintomas podem
incluir: rigidez muscular, fraqueza, alterações de consciência, espasmos musculares, batimentos
cardíacos acelerados, respiração acelerada e perda de controle dos esfíncteres. O diagnóstico de
crise convulsiva febril é baseado na história clínica do paciente, nos achados clínicos e nos exames
laboratoriais. Os sintomas e sinais apresentados pelo paciente, como febre, convulsão,
desorientação, sonolência, movimentos anormais, dificuldade para respirar, podem ajudar a
identificar a crise convulsiva febril. Além disso, exames laboratoriais, como exames de sangue e
urina, e exames de imagem. O tratamento da crise convulsiva febril geralmente envolve a redução
da temperatura corporal e o controle da convulsão. No hospital, o tratamento envolve a
administração de um medicamento antiepiléptico para controlar as convulsões e a administração
de líquidos para reduzir a temperatura corporal. Considerações finais: A crise convulsiva febril
é uma condição médica que pode ser grave e deve ser tratada com cuidado. É importante que os
pais e as crianças sejam informados sobre a condição e os riscos associados à mesma, e que
procurem atendimento médico imediato se os sintomas surgirem. Se as crises convulsivas febris
forem recorrentes, a terapia de reposição de sais de magnésio pode ser necessária. Se a crise
convulsiva febril ocorrer, é importante procurar imediatamente tratamento médico para garantir
um diagnóstico e tratamento adequados.

Palavras-chave: Convulsões Febris; Hipertermia; Saúde da Criança.

986
1 INTRODUÇÃO

Crise convulsiva febril é uma convulsão causada por uma elevação na temperatura
corporal, comumente ocorrendo em crianças com idade entre seis meses e cinco anos, é o tipo
mais comum de crise convulsiva, representando cerca de 40% de todas as convulsões em crianças
(ALENCAR, et al., 2015).
A elevação da temperatura corporal geralmente ocorre devido à infecção ou outras
condições médicas, como a hipoglicemia. A crise convulsiva febril geralmente começa com a
criança tendo espasmos musculares generalizados, como contrações nos braços e pernas
(MACHADO, et al., 2018).
A criança também pode ficar desorientada, com os olhos vidrados, e pode perder a
consciência. É uma das causas mais comuns de convulsões na infância, afetando cerca de 3–5%
das crianças antes dos 5 anos de idade (FONSECA, et al., 2022).
Enquanto a maioria das convulsões resultantes de uma crise convulsiva febril é benigna
e resolve-se sem tratamento, elas podem ser assustadoras. É importante que os pais saibam o que
esperar e como ajudar durante uma crise (ALENCAR, et al., 2015).
A causa exata da crise convulsiva febril não é bem compreendida, mas é considerada uma
resposta anormal do sistema nervoso à infecção ou à febre alta. A temperatura corporal superior
a 102 °F (39 °C) é geralmente considerada a ponto de partida para uma crise convulsiva febril,
embora possa ocorrer em temperaturas mais baixas. É mais comum em crianças com menos de 5
anos e é mais comum nas crianças com menos de 18 meses (MACHADO, et al., 2018).
Diante da importância do tema abordado, este estudo tem como objetivo discorrer sobre
as manifestações clínicas da crise convulsiva febril em crianças, seu diagnóstico e tratamento.

2 METODOLOGIA

O presente estudo consistiu em uma revisão integrativa da literatura, com coleta de dados nas
plataformas: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico. A sondagem bibliográfica foi
realizada durante o mês de fevereiro de 2023.
Como critério de inclusão foram selecionados artigos na íntegra, independente da abordagem
metodológica, escritos em língua portuguesa, delimitando-se a estudos publicados nos últimos dez anos,
correspondendo aos anos de 2013 a 2023.
Foram selecionados para o corpus de análise 3 (três) artigos para comporem a revisão. A seleção
das palavras-chave do estudo foi realizada na plataforma de pesquisa online Descritores em Ciências da
Saúde (DeCS), resultando em: “Convulsões Febris”, “Hipertermia”, “Saúde da Criança”.
Em seguida ao delineamento da pesquisa, foi realizada a leitura integral dos artigos e
posteriormente elaborada a fundamentação teórica do presente trabalho.

987
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conforme estudo realizado por Alencar, et al., (2015), os sintomas de uma crise
convulsiva febril geralmente incluem febre, agitação, perda de consciência, movimentos
convulsivos e convulsões. Os movimentos convulsivos podem variar de ligeiros tremores
musculares a espasmos violentos que duram de alguns segundos a alguns minutos. Durante uma
crise convulsiva febril, a pessoa pode ter dificuldade em respirar, suar, babar, ter dificuldade em
falar, ficar com o corpo rígido ou ter problemas de visão. Algumas pessoas podem ter dores de
cabeça ou náuseas antes, ou durante uma crise convulsiva (MACHADO, et al., 2018).
Conforme, Fonseca, et al., (2022), a principal característica da crise convulsiva febril é a
convulsão. A convulsão pode ser focal, envolvendo apenas uma parte do corpo, ou generalizada,
envolvendo todo o corpo. Outros sintomas podem incluir: rigidez muscular, fraqueza, alterações
de consciência, espasmos musculares, batimentos cardíacos acelerados, respiração acelerada e
perda de controle dos esfíncteres.
Para Machado, et al., (2018), o diagnóstico de crise convulsiva febril é baseado na história
clínica do paciente, nos achados clínicos e nos exames laboratoriais. Os sintomas e sinais
apresentados pelo paciente, como febre, convulsão, desorientação, sonolência, movimentos
anormais, dificuldade para respirar, podem ajudar a identificar a crise convulsiva febril.
Corroborando ao estudo anterior, Alencar, et al., (2015), evidência que além disso,
exames laboratoriais, como exames de sangue e urina, e exames de imagem, como tomografia
computadorizada, podem ser úteis para confirmar o diagnóstico e detectar outras condições que
possam estar causando a convulsão.
Para Machado, et al., (2018), o tratamento da crise convulsiva febril geralmente envolve
a redução da temperatura corporal e o controle da convulsão. Os pais devem procurar atendimento
médico imediatamente se a criança tiver uma crise convulsiva febril, se possível, medir a
temperatura da criança antes de levá-la ao hospital.
Conforme Fonseca, et al., (2022), no hospital, o tratamento envolve a administração de
um medicamento antiepiléptico para controlar as convulsões e a administração de líquidos para
reduzir a temperatura corporal. Se a criança estiver consciente, o médico pode recomendar que
ela tome acetaminofeno ou ibuprofeno para reduzir a febre. Se a criança não tiver febre, pode ser
recomendado tomar um banho frio para reduzir a temperatura corporal.
Na maioria dos casos, a crise convulsiva febril é benigna e resolve-se sem tratamento, no
entanto, as crianças que tiveram uma crise convulsiva febril devem ser monitoradas de perto, pois
elas podem ter mais crises. Se a criança tiver mais de uma crise convulsiva febril, pode ser
necessário usar medicamentos antiepilépticos para prevenir futuras convulsões (ALENCAR, et
al., 2015).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A crise convulsiva febril é uma condição médica que pode ser grave e deve ser tratada
com cuidado. É importante que os pais e as crianças sejam informados sobre a condição e os
riscos associados à mesma, e que procurem atendimento médico imediato se os sintomas
surgirem.
A crise convulsiva febril é uma condição comum e potencialmente grave, que afeta
principalmente crianças com menos de 6 anos. Embora a causa exata seja desconhecida, é mais
comum em crianças com histórico de febre alta.

988
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para a recuperação da
criança e reduzir o risco de complicações. O tratamento inclui medicação para reduzir o risco de
convulsões e febre, e o uso de líquidos para evitar a desidratação.
Se as crises convulsivas febris forem recorrentes, a terapia de reposição de sais de
magnésio pode ser necessária. A prevenção da crise convulsiva febril envolve o uso de medidas
para reduzir a febre, como banhos frios, roupas leves e medicação. Se a crise convulsiva febril
ocorrer, é importante procurar imediatamente tratamento médico para garantir um diagnóstico e
tratamento adequados.

REFERÊNCIAS

ALENCAR, S. P.; et al. Convulsão febril: aspectos clínicos e terapêuticos. Artigo de revisão.
Rev Med UFC., v. 55, n. 1 p. 38-42, 2015.

FONSECA, A. L. B.; et al. Crise convulsiva febril em crianças: uma revisão narrativa. Revista
Eletrônica Acervo Médico., v. 3, n.1, 2022.

MACHADO, M. R.; et al. CRISE FEBRIL NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO DOS PRINCIPAIS
CONCEITOS. Revista Residência Pediatrica., v. 8, n. 1, 2018.

989
EQUIPES DE SAÚDE E SUA IMPORTÂNCIA NA IDENTIFICAÇÃO DO
CISTO RENAL

¹ Alessandro Ruan Silva de Souza

2
Lizandra Ellem Silva de Souza

3
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário

4
Hellen vitória Dias Benjamim

1 Universidade Regional do Cariri– URCA, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil; 2 Centro Universitário de
Juazeiro do Norte– UNIJUAZEIRO, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil;

; 3 Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU - Campina Grande, Parnaíba, Brasil; 4


Universidade federal do Pará, Belém, Pará, Brasil;

Eixo temático: Transversal

Modalidade: Apresentação Banner

E-mail do 1° autor: jipoia111@gmail.com

INTRODUÇÃO: Cistos renais são aqueles presentes nos rins de formato arredondado e com presença de
líquido em seu interior. Esses muitas vezes aparecem decorrente de doenças consideradas graves. É uma
das causas que alteram a funcionalidade dos rins trazendo prejuízos para sua funcionalidade. O seu
diagnóstico é realizado através da análise da sintomatologia e exames de imagem. OBJETIVO: Identificar
qual o papel das equipes de saúde na identificação dos cistos renais. METODOLOGIA: É um estudo do
tipo revisão integrativa da literatura. Para investigação foram utilizadas as bases de dados Scientific
Electronic Library Online (SCIELO) e a PubMed. Os achados surgiram dos seguintes descritores: cistos
renais and equipes de saúde. O período de busca ocorreu de janeiro a fevereiro de 2023. Foram incluídos
estudos publicados nos últimos 5 anos (2019 a 2023), nos idiomas português e inglês, disponíveis na íntegra
e excluídos aqueles com acesso pago, trabalhos de conclusão de curso, teses, resumos e aqueles fora do
contexto do tema estabelecido. RESULTADOS: Identificou-se 109 estudos que após aplicar os critérios de
inclusão e exclusão totalizaram 29 que foram lidos. Utilizou-se 7 para a presente revisão. Foram poucos os
estudos que apresentasse a temática dificultando os achados. Observou-se que as equipes de saúde têm
papel primordial da identificação de cistos, pois tem conhecimento sobre seus sintomas e deve agir de forma
a solicitar os exames e encaminhar esses quadros para sua determinada especialização. É um trabalho
realizado por vários profissionais e deve ser observado principalmente durante o acompanhamento desses
pacientes no âmbito hospitalar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que os cistos renais causam
complicações e incomodo para a saúde dos pacientes, sendo assim é essencial sua identificação que deve
ser feita por profissionais de saúde que atua na observação das queixas dos pacientes se atentando para os
sinais indicativo podendo então concluir o diagnóstico e passar o tratamento adequado.

Palavras-chave: cistos renais; saúde do adulto; equipes de saúde.


REFERÊNCIAS:

990
ALBERTINO, S. J. O et al. DENERVAÇÃO DE ARTÉRIA RENAL EM PACIENTE COM
HIPERTENSÃO ARTERIAL REFRATÁRIA. Rev Bras Hipertens, v. 29, n. 3, p. 74-8, 2022.
CRISTINO, D. S et al. Estudo de ocorrência de casos de infecção do trato urinário em pacientes submetidos
a procedimentos cirúrgicos em serviço de urologia de Fortaleza-CE. Revista Eletrônica da Comissão de
Ensino e Treinamento, v. 7, n. 1, p. 9-16.
DA SILVA, M. R et al. Qualidade de vida de pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise: Uma
revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 4, p. 9344-9374, 2020.

991
DOI 10.29327/1192726.1-33

A IMPORTÂNCIA DA LAVAGEM NASAL EM CRIANÇAS

1
Luísa Pereira Alves
2
Amanda Braun Sabino Rodrigues
3
Ana Beatriz Zuliani Marçal
4
Gabriela Santos Mendanha
5
Marina Ribeiro Castro
6
Pabulo Henrique Marques de Souza
7
Mayara Moreira de Deus
1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil; 2Pontifícia Universidade
Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil; 3Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-
GO). Goiânia, Goiás, Brasil; 4Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás,
Brasil; 5Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil; 6Pontifícia
Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil; 7Pontifícia Universidade Católica de
Goiás (PUC-GO). Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Otorrinolaringologia


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: luisapereiraalves5@gmail.com
INTRODUÇÃO: As vias áreas superiores são a porta de entrada de agentes nocivos e maléficos no trato
respiratório, apresentam ampla cobertura mucosa funcionando como barreira física aos agentes infecciosos,
sendo susceptíveis a processos inflamatórios e infecciosos frequentemente. Pelo fato de ser mais exposto e
vulnerável, possui uma primeira linha de defesa, realizada através da depuração mucociliar. Esse
mecanismo utiliza a produção de muco e os batimentos ciliares como barreira para impedir a entrada dos
agentes nocivos e consequentemente adoecimento do indivíduo. Mesmo diante dessa proteção fisiológica,
são utilizados mecanismos auxiliares nessa defesa para impedir que as afecções se instalem e persistam. A
abordagem feita através da lavagem nasal é uma das mais relevantes no desempenho dessa função, devido
aos seus diversos benefícios à saúde nasosinusal somados a uma realização prática e segura. A lavagem é
feita preferencialmente com soro fisiológico e seringa de bulbo padrão e atua em complemento à depuração
mucociliar, potencializando tanto a barreira contra elementos nocivos quanto ajudando no tratamento de
doenças instaladas. As crianças são um grupo extremamente exposto a essas afecções, como rinossinusites
agudas, bacterianas e virais, e rinites alérgicas, e, por isso, são potencialmente beneficiadas por essa técnica.
Além disso, a realização desse procedimento não é de maneira invasiva nem dolorida, evitando que as
crianças apresentem resistência física e prevenindo risco traumático a elas. Por essas singularidades
positivas que a lavagem nasal apresenta na conduta com crianças, é relevante sua utilização para profilaxia
de doenças, com a implementação no cotidiano das crianças para aumentar suas barreiras de proteção. Além
de atuar, sob outro viés, complementando tratamentos de doenças nasossinusais, auxiliando na redução de
sintomas e no uso de medicamentos. OBJETIVO: Avaliar os impactos da qualidade de vida de crianças
adeptas da lavagem nasal, evidenciando a sua importância. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão de
literatura, através da pesquisa de artigos científicos na plataforma PubMed. Na plataforma usou-se o
seguinte descritor (DeCS/MeSH): “Nasal Wash”, no período de 2000 a 2023, e foram encontrados 998
artigos em inglês. Também pelo Pubmed incluiu-se os estudos com os descritores (DeCS/MeSH): “Nasal
Wash” AND “Children”, no período de 2000 a 2023, sendo identificados 268 artigos em inglês, dos quais
artigos foram inicialmente selecionados por se destacarem no tema, seguido pela indicação de cinco artigos
para comporem essa revisão. RESULTADOS: A partir dos artigos acessados observou-se uma série de
benefícios da lavagem nasal em crianças, reforçando a sua importância e os indicativos que esse
procedimento pode mostrar por meio da análise do material eliminado através desse. Os benefícios da

992
realização da lavagem nasal englobam a melhora de sintomas de um quadro de rinite alérgica ou de sintomas
nasais de um resfriado, diminuição do tempo das infecções e prevenção da recorrência destas e, ademais, é
uma medida profilática à sangramentos nasais devido ressecamento da mucosa. Os avanços nos estudos
sobre a lavagem nasal mostram que além dos benefícios já citados, essa prática se mostra promissora para
a detecção e comprovação de alguns quadros de saúde. Essa nova realidade é possível mediante a análise
da concentração de lactato desidrogenase no líquido da lavagem nasal, uma enzima utilizada como um
marcador de dano celular e inflamação. Diante disso, em quadros como de pacientes pediátricos com
bronquiolite ou que possuem fibrose cística, a avaliação desse parâmetro obtido através da lavagem nasal
serve como indicativo da gravidade do quadro, permitindo, assim, uma análise menos subjetiva de decisões
acerca de internações e uma maneira de identificar uma inflamação precoce, podendo facilitar o tratamento.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa maneira, a partir dos resultados, constatou-se a
importância da lavagem nasal como importante aliado na saúde respiratória das crianças. Sendo esse
impacto positivo oriundo, sobretudo, da sua atuação como amenizador de sintomas, do seu poder profilático
garantindo que o nariz cumpra suas funções de filtragem do ar e proteção contra a entrada de patógenos,
além da sua capacidade acurada de detecção e confirmação de alguns quadros clínicos. Por fim, evidencia-
se, considerando todo o efeito positivo do método, a relevância da sua aplicação nos infantes e da
continuidade dos estudos acerca dos seus benefícios.

Palavras-chave: Nasal, Crianças, Benefícios.


REFERÊNCIAS:
CANGIANO, G. et al. Lactate dehydrogenase concentration in nasal wash fluid indicates severity of
rhinovirus-induced wheezy bronchitis in preschool children. The Pediatric Infectious Disease Journal, v.
33, n. 12, p. 1285–1287, 1 dez. 2014.
LAHAM, F. R. et al. LDH concentration in nasal-wash fluid as a biochemical predictor of bronchiolitis
severity. Pediatrics, v. 125, n. 2, p. e225-233, 1 fev. 2010.
LICHENSTEIN, R.; GIUDICE, E. L. Nasal wash technique for nasal foreign body removal. Pediatric
Emergency Care, v. 16, n. 1, p. 59–60, fev. 2000.
PITREZ, P. M. C. et al. Nasal wash as na alternative to bronchoalveolar lavage in detecting early
pulmonary inflammation in children with cystic fibrosis. Respirology (Carlton, Vic.), v. 10, n. 2, p. 177–
182, 1 mar. 2005.
SLAPAK, I. et al. Efficacy of isotonic nasal wash (seawater) in the treatment and prevention of rhinitis in
children. Archives of Otolaryngology—Head & Neck Surgery, v. 134, n. 1, p. 67–74, 1 jan. 2008.

993
VIVÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA SALA DE VACINA
NO CONTEXTO DA PANDEMIA POR COVID-19

¹Rosângela Vieira da Silva


¹Júnior Santos Menezes
¹Flavia Pedro dos Anjos Santos
¹Joana Angélica Andrade Dias

1Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Jequié, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: rosangela19vieira@gmail.com

RESUMO: Introdução: Diante do cenário pandêmico, diversos países, grupos de pesquisas e instituições
se mobilizaram e iniciaram uma corrida acelerada para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus
SARS-CoV-2. No início do ano de 2021, com a ampliação da oferta de vacinas com comprovação da sua
eficácia e segurança, o desafio era alcançar o maior número de pessoas no menor tempo possível, através
da vacinação principalmente de pessoas do grupo de risco. Objetivo: relatar as vivências de acadêmicos do
Curso de Graduação em Enfermagem durante a realização de atividades práticas na sala de vacinação no
contexto da pandemia por COVID-19. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de discentes do
Curso de Graduação em Enfermagem de uma universidade pública do interior da Bahia, referente as aulas
práticas desenvolvidas no mês de abril do ano de 2022, na sala de vacinação de uma unidade básica de
saúde, que no momento funcionava em um local provisório em virtude de uma reforma estrutural.
Resultado e Discussão: Foi identificado que muitos usuários apresentavam cartão de vacina em branco ou
atrasados; idosos vacinados apenas em campanhas; baixo número de profissionais de saúde que procuravam
a unidade para se vacinar; desistência de alguns usuários em virtude do tempo de espera na fila e muitos
usuários relataram medo ou angústia ao tomarem a primeira dose da vacina contra COVID-19 com receio
de apresentar reação adversa. Também foi constatado o atraso em completar o ciclo da imunização com a
segunda dose, e mães que exigiam o tipo de imunizante que desejavam que seus filhos adolescentes
recebessem; além disso, alguns usuários se recusaram a ser vacinados por discentes de enfermagem. Em
um momento dessas aulas práticas foi presenciada a perda de todos os imunizantes da sala de vacina, em
decorrência de uma queda de energia noturna não detectada. Também foi percebido que os profissionais de
saúde deste setor demonstravam estresse ocasionado pela impaciência dos usuários durante o atendimento,
espaço inadequado para locomoção durante a vacinação e ausência de fornecimento de Equipamentos de
Proteção Individual. No que concerne a estrutura física, mesmo que provisória, foi possível constatar que
era inadequada para acomodar pessoas com acompanhantes. Conclusão: Ressalta- se que, mesmo diante
de um cenário pandêmico, com todas dificuldades presenciadas na sala de vacina, é notória a importância
da imunização para a qualidade de vida dos usuários. Ademais, as experiências adquiridas em sala de vacina
durante a graduação, possibilita que o futuro profissional de enfermagem alcance maior aprendizado,
capacitação e competência técnica-científica no desenvolvimento de suas práticas neste setor.

Palavras-chaves: Vacinas; Pandemia; Enfermagem.

• INTRODUÇÃO

994
O Brasil é um país que possui um sistema de saúde que busca atender a população de forma
igualitária, integral, universal e equânime, mediante o desenvolvimento e implementação de políticas
públicas na perspectiva de assegurar o acesso de forma gratuita aos imunobiológicos, uma vez que a
imunização é um método cientificamente comprovado para a prevenção e combate de muitas doenças
infecciosas, a exemplo da COVID-19.
Diante do cenário pandêmico, diversos países, grupos de pesquisas e instituições se mobilizaram
e iniciaram uma corrida acelerada para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus SARS-CoV-2.
Assim, no início do ano de 2021, com a ampliação da oferta de vacinas com comprovação da sua eficácia
e segurança, o desafio era alcançar o maior número de pessoas no menor tempo possível, através da
vacinação principalmente de pessoas do grupo de risco.
O mês de fevereiro do ano de 2021 contabilizou que 81 países já haviam iniciado suas campanhas
de vacinação, atingindo 99 milhões de pessoas, sendo que as campanhas de vacinação por meio de ações
educativas, atuaram como fator preponderante para a localização da população-alvo e principalmente na
disseminação de informações verídicas, baseadas na Organização Munidial de Saúde e no Ministério da
Saúde, utilizando-se do Sistema Único de Saúde para distribuição das vacinas.
Nessa direção, a Atenção Primária à Saúde, se constitui na porta de entrada do sistema de saúde e
têm como principais objetivos a promoção, recuperação e prevenção da saúde exercendo papel relevante
na cobertura vacinal brasileira, utilizando-se de salas de vacinação operacionalizadas pelos profissionais da
enfermagem para o exercício e cumprimento do Plano Nacional de Vacinação.
O trabalho desenvolvido na sala de vacina de uma unidade de saúde é realizado por uma equipe de
enfermagem capacitada para o manuseio, conservação e administração das vacinas. Tal equipe é composta
preferencialmente por dois técnicos ou auxiliares de enfermagem e um enfermeiro, ao qual é atribuída a
função de supervisionar e gerenciar as atividades desse setor bem como realizar ações de educação
permanente da equipe, no intuito de atualizar as informações conforme o avanço técnico- cientifico.
Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo relatar as vivências de acadêmicos do Curso
de Graduação em Enfermagem durante a realização de atividades práticas na sala de vacinação no contexto
da pandemia por COVID-19.

• METODOLOGIA

Trata-se de um relato de experiência de discentes do Curso de Graduação em Enfermagem de uma


universidade pública do interior da Bahia, referente as aulas práticas desenvolvidas no mês de abril do ano
de 2022, na sala de vacinação de uma unidade básica de saúde, que no momento funcionava em um local
provisório em virtude de uma reforma estrutural.
Convém destacar que as aulas práticas nesta unidade foram organizadas em quatro dias da semana,
de terça a sexta-feira, obedecendo o funcionamento da referida unidade, no turno matutino das 08:00 às
12:00 horas, sendo que todos os discentes estavam devidamente paramentados, seguindo o protocolo do
Ministério da Saúde, com os Equipamentos de Proteção Individual fornecidos pela universidade.
A unidade de saúde onde foi realizada a prática em sala de vacina, encontrava-se em um local
provisório, uma vez que a unidade estava em reforma, ocasionando impactos no aparelhamento da sala que,
por vezes, encontrava-se sem espaço adequado para o acondicionamento das caixas de perfuro cortante,
além de não favorecer o distanciamento necessário entre os usuários, profissionais e discentes, ocasionando
o não cumprimento das normas preconizadas pelo Ministério da Saúde a respeito da organização e
funcionamento da sala de vacina. No que se refere a recursos humanos, esta sala de vacina era coordenada
por uma enfermeira além de duas técnicas de enfermagem que atuavam no setor diariamente.
As práticas foram ofertadas pela disciplina Enfermagem em Saúde Coletiva 1 que possui carga
horária de 90 horas, divididas em 60 horas teóricas e 30 práticas, cursada no quarto semestre do curso de
enfermagem, em que o docente coordenador da disciplina supervisionou todas as práticas em sala de vacina.
Foi possível observar o envolvimento deste docente com os profissionais da unidade, especificamente com
as responsáveis pela sala de vacina, uma vez que os mesmos relataram ter essa convivência há bastante
tempo, decorrente do vínculo da universidade com a unidade de saúde, fato que colaborou para que os
discentes também conseguissem desenvolver uma boa comunicação, interação e envolvimento com os
profissionais que atuavam nesta sala de vacina.
No primeiro dia de prática foi realizado o reconhecimento da estrutura física, apresentação aos
profissionais da unidade, e em seguida adentrou-se na sala de vacinação, no intuito de conhecer a equipe
de enfermagem responsável por este setor bem como a observação dos equipamentos disponíveis quanto a
qualidade e distribuição no local, acondicionamento dos imunobiológicos, Equipamentos de Proteção
Individual disponíveis e o banco de dados com as informações dos usuários. Após este momento, ocorreu
a socialização entre docente e discentes sobre algumas informações relacionadas ao atendimento aos
usuários, compartilhamento sobre o conteúdo teórico e preparação do material que seria utilizado.

995
Nos dias subsequentes, foi realizada a prática de vacinação sob a supervisão docente, sendo ofertadas as
vacinas disponíveis na unidade, atendendo no horário de funcionamento do período da manhã a todo o
público, exceto crianças na faixa etária entre 0 a 10 anos de idade, obedecendo as normas e
protocolos do Ministério da Saúde e da unidade.

996
• RESULTADOS E DISCUSSÕES

O cenário pandêmico desencadeado pela COVID-19, propiciou diversas mudanças na sala de


vacina, no que se refere a sua funcionalidade, execução de atividades, protocolos de vacinação, entre outros,
gerando oscilação na procura por este serviço e inconstância no seu funcionamento. Dessa maneira, houve
momentos que este setor apresentava imensas filas, e em outros havia a necessidade de realizar orientações
aos usuários que adentravam na sala de vacina com o objetivo de suscitar o interesse das pessoas a se
vacinarem.
No decorrer da realização das práticas, várias situações foram presenciadas, a exemplo do
quantitativo elevado de pessoas procurando a unidade para tomar a primeira dose da vacina contra o
COVID-19, sendo possível identificar algumas situações que as motivaram a procurarem este setor, entre
as quais destaca-se as exigências do setor administrativo dos locais de trabalho, a necessidade de
apresentarem o comprovante de vacinação para receberem autorização para viajar e a solicitação da família
por conviver com algum idoso ou pessoa do grupo de risco para esta doença.
Também foi possível perceber o atraso em completar o ciclo da imunização com a segunda dose,
bem como muitas mães que exigiam o tipo de imunizante que desejavam que seus filhos adolescentes
recebessem; além disso, alguns usuários se recusaram a ser vacinados por discentes de enfermagem, mesmo
com a supervisão docente.
Infelizmente, em um momento dessas aulas práticas foi presenciada a perda de todos os
imunizantes da sala de vacina, em decorrência de uma queda de energia noturna não detectada, ocasionando
suspensão da vacinação e a falta de atendimento aos usuários durante esse período, uma vez que a reposição
dos imunobiológicos só foi realizada dois dias após o incidente.
Durante a realização das aulas práticas na sala de vacina foi possível perceber algumas
circunstâncias relacionadas aos profissionais de saúde deste setor, tais como, estresse ocasionado pela
impaciência dos usuários durante o atendimento; espaço inadequado para locomoção durante a vacinação
e ausência de fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual. Também foi constatado déficit de
alguns materiais e insumos e caixa de perfuro cortante em local improvisado e inadequado, deixando os
usuários e profissionais expostos ao risco de contaminação.
Também foi identificado que muitos usuários apresentavam cartão de vacina em branco ou
atrasados, sendo necessário iniciar um plano vacinal com aprazamentos; idosos vacinados apenas em
campanhas; baixo número de profissionais de saúde que procuravam a unidade para se vacinar; desistência
de alguns usuários em virtude do tempo de espera na fila e muitos usuários relataram medo ou angústia ao
tomarem a primeira dose da vacina contra COVID-19 com receio de apresentar reação adversa. Percebeu-
se ainda que a população idosa possuía o cartão vacinal atualizado, contendo a maioria das vacinas
destinadas a esse público. Em contrapartida, a maioria de jovens e adultos que compareceu nesse período
na sala de vacina, não estava com cartão atualizado ou relataram terem perdido o cartão.
No que concerne a estrutura física, mesmo que provisória, foi possível constatar que era
inadequada para acomodar pessoas com acompanhantes, e o ambiente não apresentava um local em que
fosse possível expor material educativo e ilustrativo, que evidenciasse a importância da vacinação.

997
• CONCLUSÃO

A realização de aulas práticas em sala de vacinação permitiu evidenciar o funcionamento e rotina


deste setor, com observação da dinâmica do trabalho dos profissionais de enfermagem que atuam na
vacinação; assim como conhecer os usuários que são atendidos e um pouco da sua percepção sobre o
cuidado produzido no processo de vacinação.
Ressalta-se que, mesmo diante de um cenário pandêmico, com todas dificuldades presenciadas na
sala de vacina, é notória a importância da imunização para a qualidade de vida dos usuários, contribuindo
assim para a prevenção e controle de doenças, sendo necessário que a equipe de enfermagem realize
atividades educativas e participe ativamente de campanhas de vacinação, buscando sensibilizar e alcançar
o maior público possível, bem como, realizar capacitações e atualizações, a exemplo de treinamento em
sala de vacina e gerenciamento em rede de frio, com o objetivo de garantir um serviço integral a toda
população.
A sala de vacina se constitui em um dos setores mais imprescindíveis de oferta assistencial para os
usuários do Sistema Único de Saúde, sendo que o enfermeiro deve se apropriar dos conhecimentos
necessários para atuação nesse setor, uma vez que o mesmo é responsável pelas demandas administrativas,
oferta de serviços durante a vacinação e manutenção de insumos para o seu funcionamento. Ademais, as
experiências adquiridas em sala de vacina durante a graduação, possibilita que o futuro profissional de
enfermagem alcance maior aprendizado, capacitação e competência técnica-científica no desenvolvimento
de suas práticas neste setor.

998
REFERÊNCIAS

1. CUNHA, C.X.; LIMA, T.J.A.; LIMA, M.V.C.; OLIVEIRA, K.K.D.; SANTOS, I.I. Sala de vacina:
organização dos imunobiológicos e práticas profissionais. Revista Enfermagem Atual In Derme v. 93, n.
31 - 2020 e-020021. Disponível em:
https://revistaenfermagematual.com.br/index.php/revista/article/view/718/701.%20Acesso%20em%2028/
11/2022 Acesso em: 28/11/2022.
2. BARBOSA, F.S.S.; BARBOSA, R.; LIMA, M. C.V. Atuação do enfermeiro em sala de vacina na atenção
primária. Rev Acad FACOTTUR. 2021;2(1):89-100. Disponível em:
http://raf.emnuvens.com.br/raf/article/view/40/18 Acesso em: 28/11/2022.
3. OLIVEIRA, V.C; GALLARDO, P.S; GOMES, T.S; PASSOS, L.M.R; PINTO,I.C. Supervisão de
enfermagem em sala de vacina: a percepção do enfermeiro. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2013
Out-Dez; 22(4): 1015-21. Disponivel em:
https://www.scielo.br/j/tce/a/f5xZT93X3GfHXDTh77z9wvs/?lang=pt Acesso em: 28/11/2022.
4. ROCHA, T.A.H; BOITRAGO, G.M; MÔNICA, R.B; ALMEIDA, D.G.de; SILVA, N.C. da ;SILVA, D.
M ;TERABE, S.H; STATON, C; FACCHINI, L.A; VISSOCI, J.R.N. Plano nacional de vacinação contra
a COVID-19:uso de inteligência artificial espacial para superação de desafios. Ciência & Saúde Coletiva,
26(5):1885-1898, 2021. Disponivel em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/Lf4jZDM4d7KGkrLRTgYcMpG/?format=pdf&lang=pt Acesso
em:18/02/2023.
5. LANA, R.M; FREITAS, L.P; CODEÇO, C.T; PACHECO, A.G; CARVALHO, L. M. F. de; VILLELA
, D.A.M ; COELHO, F.C; CRUZ, O.G; NIQUINI, R.P; PORTO,V.B.G; GAVA, C; GOMES, M.F. da. C;
BASTOS, L.S. Identificação de grupos prioritários para a vacinação contra COVID-19 no Brasil. Cad.
Saúde Pública 2021; 37(10):e00049821. Disponivel em:
https://www.scielo.br/j/csp/a/LNMHF8qcTVGtbmXL4KpSRhw/?format=pdf&lang=pt Acesso em:
18/02/2023.

999
1000
DOENÇA DE PEYRONIE: FISIOPATOLOGIA

¹Virgílio Fernandes Ferreira

¹Ian de Pinho Lemos

¹Luiz Fernando Lopes de Almeida Molina

1 Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: virgilioffg@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Doença de Peyronie (DP) relaciona-se com uma cicatrização anormal do pênis em
resposta à microtraumas, causados principalmente durante a atividade sexual. Esses microtraumas são
responsáveis pela deposição de matriz extracelular ao redor da túnica albugínea. Isso impede a expansão da
túnica no lado depositado durante a ereção, resultando em curvatura peniana, dor, disfunção erétil e,
consequentemente, distúrbios psicológicos. Dessa forma, é preciso diagnosticar os homens portadores dessa
condição benigna em sua vida para melhor qualidade de vida.
OBJETIVO: Descrever a fisiopatologia e diagnóstico da Doença de Peyronie.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura com busca na plataforma U. S. National Library
of Medicine (PubMed) com recorte temporal de quatro anos (2020-2023).
RESULTADOS: A Doença de Peyronie normalmente ocorre a partir dos 50 anos, ocasionada por uma
resposta inflamatória exacerbada após microtraumas na túnica albugínea do pênis. Essas microlesões
desencadeiam uma sequência de processos de acúmulo de fibrinas, tecido colagenoso denso e demais fibras
elásticas que, após unidas, resultam no encurtamento do lado do pênis em que essa placa foi formada e
consequente curvatura peniana. A progressão da DP é dividida em duas fases. A fase ativa relaciona-se ao
início da progressão da doença, caracterizando-se pelo aparecimento inicial da curvatura do pênis com a
sua deformidade ainda em desenvolvimento, presença de nódulos e dor durante ereção, podendo ocorrer até
mesmo em flacidez e comprometer a função erétil. Já a fase estável caracteriza-se pela permanência dos
sintomas por 3 meses, podendo ter a ocorrência de dor com ou sem ereção, porém a deformidade do pênis
passa a ser estável e não crescente. O diagnóstico da DP inicia-se com uma avaliação da história completa
do paciente, sendo utilizado para isso o Peyronie's Disease Questionnaire (PDQ) que avalia os sintomas
psicológicos e físicos, dor peniana e incômodo dos sintomas. Além disso, avalia-se a história familiar e
médica anterior em busca de fatores de risco para DP, como fraturas penianas passadas, diabetes, doença
cardiovascular, disfunção erétil, fibromatose plantar, contratura de Dupuytren e baixo nível de testosterona.
Ao exame físico, o pênis deve ser palpado em toda a sua extensão identificando massas palpáveis e a
localização da dor. A medição da linha de curvatura deve ser realizada com o pênis ereto e flácido, podendo
ser utilizado fotografias caseiras e medições mais precisas através do goniômetro. Apesar da história e do
exame físico serem suficientes para diagnóstico da DP, para os casos em que há indicação de tratamento
invasivo recomenda-se o teste de injeção intracavernosa com ou sem ultrassonografia de Doppler para
avaliar a hemodinâmica vascular e caracterizar o tamanho e densidade das placas de deposição.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Doença de Peyronie é caracterizada como uma condição benigna
associada a curvatura, dor e disfunção sexual. A sua fisiopatologia envolve o acúmulo de placas de colágeno
ao redor da túnica albugínea do pênis, ocasionando os sintomas da doença. O diagnóstico se dá por meio
da história clínica e exame físico do paciente, podendo o urologista utilizar exames complementares para
auxiliar no diagnóstico.

Palavras-chave: Fibromatose peniana; Cavernite fibrosa; Endurecimento plástico do pênis.

1001
REFERÊNCIAS:

ZIEGELMANN, Matthew J.; BAJIC, Petar; LEVINE, Laurence A. Peyronie’s disease: Contemporary
evaluation and management. International Journal of Urology, v. 27, n. 6, p. 504-516, 2020.

CHUNG, Paul H. et al. Peyronie's disease: what do we know and how do we treat it. Can J Urol, v. 27, n.
S3, p. 11-19, 2020.

PALUMBO, Fabrizio et al. Doença de Peyronie. In: Andrologia clínica prática. Cham: Springer
International Publishing, 2022. p. 61-73.

1002
O SABER DAS REZADEIRAS E A SUA PARTICIPAÇÃO NA
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DE CURA

¹Melissa Barboza ARAÚJO


¹Patrícia Cristina de ARAGÃO
1Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Eixo temático: Temas livre em ciências da saúde


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: mwmaryell@gmail.com
INTRODUÇÃO: As práticas das rezadeiras possuem uma grande contribuição na realidade histórica e
social brasileira. Em virtude disso, ao analisar a partir da perspectiva histórica, percebe-se que os saberes
de cura que essas figuras femininas detêm são bastante desvalorizados, apesar de atribuir assistência a uma
parcela populacional brasileira subalternizada e negligenciada. OBJETIVO: Temos como objetivo geral
atribuir visibilidade aos conhecimentos dessas mulheres, tendo como base o reconhecimento desses saberes
ancestrais construídos e transmitidos oralmente, rompendo com a oposição entre o saber científico e o saber
comum. METODOLOGIA: analisar e refletir as diferentes formas de tratamento que essas mulheres
receberam no decorrer da Idade Média até a contemporaneidade, identificando as perpetuações de alguns
estereótipos e o negligenciamento dos seus saberes de cura que forneceu assistência à grupos sociais que
não possuíam acesso aos atendimentos médicos. Posto isto, foram utilizadas algumas contribuições
teóricas, entre elas: Ruhama Figueiredo (2021), Margareth Rago (1995), Roberto Assis (2022) e Gilson
Xavier (2015). RESULTADOS: É possível visualizar que apesar da implementação do art.196 presente na
Constituição Federal de 1988, o direito ao acesso à saúde não atinge toda a população brasileira, dado que
a desigualdade social é um dos grandes impasses enfrentados. Sendo assim, a figura da rezadeira para
muitos cidadãos representa a esperança e o alívio, posto que, através dos seus conhecimentos de cura,
ajudam os indivíduos diante das doenças, anseios e consequências da realidade situados. Diante disso,
notamos que a figura das rezadeiras são importantes no que diz respeito ao campo da saúde. No entanto,
por muitas vezes seus saberes são invalidados e negligenciados na sociedade.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, concluímos que essa invalidação é uma construção
histórica existente desde os séculos anteriores. Por este motivo, é pertinente ressaltar a emergência de
romper com esse pensamento tradicional e trazer essas figuras femininas a um local de visibilidade na
formação brasileira.
Palavras-chave: Saúde, Saber de cura, Visibilidade.

REFERÊNCIAS:

ASSIS, Roberto R. “Com dois te botaram com três te retiro”: As práticas educativas da reza e da cura
do sertão paraibano (final do século XX início do século XXI). 2022. Dissertação (Mestrado em História)
- curso de história - Universidade Federal em Campina Grande, Campina Grande, 2022.

AZEVEDO, Gilson. Das vassouras aos ramos: o arquétipo das benzedeiras nas antigas bruxas
medievais. Mandrágora, v.21, n.21, p. (119 - 133), 2015.
Brasília, DF: Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 15 fev. 2023.

1003
FIGUEIREDO, Ruhama S. Identidade e representação nas práticas de mulheres rezadeiras -
Memórias das artes de curar. 2021. Artigo ( Graduação em História) - Curso de história- Universidade
Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2021.

RAGO, Margareth. As mulheres na Historiografia Brasileira. In: SILVA, Zélia Lopes (org.). Cultura em
Debate. São Paulo: UNESP, 1995.

1004
ESTÁGIO COM UM GRUPO DE IDOSAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE EM PARNAIBA PIAUI

1
Débora Rafaela Silva Brito
1
Jayne Martins Viana
1
Caroline Cabral Nunes
1
Universidade Federal do Delta do Parnaíba. Parnaíba (UFDPar), Piauí, Brasil.

Eixo temático: Psicologia

Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: brito.s.r.d15@gmail.com

A vivência da fase idosa tem diversos aspectos psicossociais que precisam ser observados como forma de
prevenção e promoção em saúde, tais como perda da posição social (muitos se aposentam e deixam de
trabalhar), solidão, perdas de pessoas próximas e relacionamentos, falta de respeito, falta de sociabilidade,
dentre outros. Aspectos como trabalho, sociabilidade, diversão, alegria e fortalecimento da autoestima
frequentemente deixam de ser centrais, tanto pela sociedade quanto pelo próprio sujeito, refletindo na saúde
mental dos mesmos. Considerando a importância do fortalecimento de vínculos e ações de promoção de
saúde na atenção básica, especialmente para a população idosa de um território, este trabalho relata a
experiência de duas estagiárias de Psicologia, da Universidade Federal do Delta do Parnaíba, em uma
Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Parnaíba-Pi, com um grupo de idosas da comunidade
chamado “As VaIdosas”. Como objetivo geral, busca relatar sobre as atividades realizadas com as idosas
participantes do grupo, destacando a importância de trabalhar temas relevantes nesta fase de vida, tais como
corpo, sexualidade, autoestima, atividade física, memória, dentre outros. As atividades também almejavam
favorecer a sociabilidade, por meio da troca de vivências, e proporcionar reflexões sobre a saúde mental.
Inicialmente, foram realizadas conversas sobre as demandas, necessidades e potencialidades do grupo,
temas que julgavam relevante e melhores formas de conduzir as atividades. Foram planejados seis encontros
que seriam realizados com o grupo levando em consideração a literatura, as demandas e as falas das
integrantes, posteriormente foram realizados os encontros sobre os temas: ciclos de vida, a importânciade se
sentir mulher, carnaval, saúde mental e emoções. Esses encontros proporcionaram um ambiente saudável
para que as integrantes pudessem falar das suas angústias, trocar experiências, fortalecerem o vínculo dentre
elas e com a comunidade, socializassem, tivessem momentos de contato com os próprios corpos,
trabalhassem sua feminilidade, suas emoções e participassem de momentos culturais. Todos os encontros
eram realizados iniciando com uma dinâmica, aula de dança (ministrada por um professor voluntário) e
finalizando com um lanche, organizado pelas próprias usuárias. Observou-se que o grupo AsVaIdosas, que
ainda está ativo, funciona como um espaço de socialização, fortalecimento de amizades, movimentação do
corpo e promoção de autoconhecimento. De modo geral, observa-se que a realização de grupo é um
importante dispositivo de prevenção e promoção de saúde mental e cuidado na atenção básica, trazendo
vários benefícios tanto para os usuários e comunidade em geral, quanto para a equipe que pode dispor de
diversas formas de intervenção, trabalhando com a criatividade, com o compartilhamento de sabores e com
diferentes modos de cuidar.

1005
Palavras-chave: Psicologia grupal, Psicogerontologia, Saúde coletiva.
REFERÊNCIAS:
ANDRADE, F. B. et al. Promoção da saúde mental do idoso na atenção básica: as contribuições da terapia
comunitária. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 19, p. 129-136, Mar. 2010. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0104-07072010000100015

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização. Atenção
Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: http://www.saude.gov.br/bvs
CORRÊA, M. M. de M. A.; VON SIMSON, O. R. de M.. A importância das atividades carnavalescas na
vida dos idosos. História Oral, v. 24, n. 1, p. 87-106, Jun. 2021. Disponível em:
https://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1136. Acesso em: 22 fev. 2023.
OLIVEIRA, K. L. et al. Relação entre ansiedade, depressão e desesperança entre grupos de idosos.
Psicologia em estudo, v. 11, p. 351-359, Ago. 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-
73722006000200014

PENNA, F. B.; DO ESPÍRITO SANTO, F. H.. O movimento das emoções na vida dos idosos: um estudo
com um grupo da terceira idade. Revista eletrônica de enfermagem, v. 8, n. 1, Abr. 2006.Disponível em:
http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen

1006
ACOMPANHAMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE AOS
PORTADORES DO HPV

¹ Alessandro Ruan Silva de Souza

2
Hellen vitória dias benjamim

3
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário

4
Andréa Márcia soares da Silva

5
Igor Marcelo Ramos de Oliveira

6
Lizandra Ellem Silva de Souza

1 Universidade Regional do Cariri– URCA, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil; 2 Universidade federal do
Pará, Belém, Pará, Brasil;

; 3 Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU - Campina Grande, Parnaíba, Brasil; 4-5
Estácio de Teresina, Teresina, Brasil; 6 Centro Universitário de Juazeiro do Norte– UNIJUAZEIRO,
Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil;

Eixo temático: Transversal

Modalidade: Apresentação Banner

E-mail do 1° autor: lizandraaellem@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O Vírus do Papiloma Humano (HPV) é considerado uma doença sexualmente


transmissível com bastante incidência entre a população. O HPV é um importante fator de risco para o
desenvolvimento de tumores que colocam em risco principalmente a vida das mulheres. O
acompanhamento dessas doenças é geralmente feito pela atenção básica de saúde, que contribui tanto da
identificação como também na continuidade do cuidado. OBJETIVO: O objetivo desse estudo é identificar
qual o papel das equipes de atenção básica no manejo dos pacientes diagnosticados com HPV.
METODOLOGIA: É uma revisão integrativa da literatura de natureza qualitativa elaborada no período de
fevereiro de 2023. Realizada através de um levantamento bibliográfico e coleta de informações nas bases
de dados Google acadêmico, SCIELO e MEDLINE utilizando os seguintes descritores: HPV AND atenção
primaria de saúde. Os critérios de inclusão foram artigos gratuitos publicados nos anos de 2019 a 2023 em
qualquer idioma com tradução disponível. Os critérios de exclusão foram artigos que não estivessem de
acordo com os critérios exigidos. RESULTADOS: Foi encontrado um total de 98 achados, que após
aplicação dos critérios de inclusão e exclusão resultou em um total de 37 artigos analisados através da leitura
do título, sendo utilizado 8 para o presente estudo. A atenção primária de saúde (APS) tem um papelbastante
eficaz no atendimento a paciente vítima do HPV. Age principalmente na prevenção dessas doençasatravés da
educação em saúde e campanhas sobre a educação sexual e no incentivo a vacinação. Além da prevenção,
atua também na investigação desses casos e no seu rastreamento, utilizando das consultas e realização de
testes rápidos e exames preventivos. O acompanhamento e tratamento de casos diagnosticados também pode
ser feito de maneira conjunta com as APS, utilizando de serviços de referência e contra referência, atuando
junto aos serviços especializados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que as APS

1007
têm papel primordial no acompanhamento de caso de HPV, atuando desde a prevenção como também no
rastreamento, identificação, tratamento e reabilitação desses casos, podendo assim diminuir oacometimento
de mais pessoas com esse quadro.

Palavras-chave: HPV; Atenção Primária; saúde coletiva.


REFERÊNCIAS:
LOPES, L. S et al. Atuação do enfermeiro na prevenção e detecção precoce do câncer uterino na atenção
primária: uma revisão de escopo. Research, Society and Development, v. 11, n. 16, p. e247111638155-
e247111638155, 2022.
LODI, B. N et al. Avaliação do perfil epidemiológico das mulheres portadoras de lesões precursoras do
câncer do colo do útero em um ambulatório universitário. Revista interdisciplinar ciências médicas, v.
5, n. 1, p. 30-35, 2021.
SILVA, Angleide Santos; SANTOS, Ludmilla Maria Lima. Prevenção do HPV na atenção primária: uma
revisão de literatura. Diversitas Journal, v. 7, n. 1, p. 0298-0312, 2022.

1008
TRANSTORNOS PSÍQUICOS E SUA RELAÇÃO COM TENTATIVAS DE
SUICÍDIO
¹ Lizandra Ellem Silva de Souza

2
Katia Cristina Barbosa Ferreira

3
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário

4
Andréa Márcia soares da Silva

5
Igor Marcelo Ramos de Oliveira

1 Centro Universitário de Juazeiro do Norte– UNIJUAZEIRO, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil; 2


Universidade Estadual da Paraíba, Paraíba, Brasil;

; 3 Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU - Campina Grande, Parnaíba, Brasil; 4-5
Estácio de Teresina, Teresina, Brasil;

Eixo temático: Transversal

Modalidade: Apresentação Banner

E-mail do 1° autor: lizandraaellem@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O suicídio é uma causa conhecida como a antecipação da morte que tem como principal
objetivo pôr um fim no sofrimento existente. Um dos fatores de risco para essa causa são os transtornos
psíquicos, onde alguns elevam o sofrimento e os pensamentos suicidas. Os transtornos psíquicos geram
sentimentos negativos e nocivos, elevando os pensamentos negativos que acometem a saúde mental das
pessoas. OBJETIVO: Apresentar a relação dos transtornos psíquicos com o aumento de caso de suicídio
entre a população. METODOLOGIA: É um estudo do tipo revisão integrativa da literatura. Para
investigação foram utilizadas as bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e a PubMed.
Os achados surgiram dos seguintes descritores: doenças psíquicas and suicídio and fatores de risco. O
período de busca ocorreu de janeiro a fevereiro de 2023. Foram incluídos estudos publicados nos últimos
5 anos (2018 a 2022), nos idiomas português e inglês, disponíveis na íntegra e excluídos aqueles com acesso
pago, trabalhos de conclusão de curso, teses, resumos e aqueles fora do contexto do tema estabelecido. Para
melhor entendimento dos achados selecionados, esses foram distribuídos em uma tabela contendo o título,
data, revista de publicação e objetivo do estudo. RESULTADOS: Foram identificados 143 artigos que após
aplicação dos critérios restaram 50 que foram analisados por uma leitura minuciosa do objetivo e resultados
optando pela escolha de 7. As doenças psíquicas que estão mais ligadas com o suicídio são a esquizofrenia,
depressão, transtorno afetivo bipolar, psicoses, transtorno de Personalidade Borderline, entre outros. Essas
são condições que interferem diretamente na personalidade das pessoas, muitas vezes causando grande
sofrimento e pensamentos negativos que contribui por optarem pelo suicídio de forma a se distanciar da
dor. Sendo que esses comportamentos estão ligados a doença e a forma de enfrentamento que esses
indivíduos têm com ela. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que os transtornos psiquiátricos podem
ser considerados um fator de risco para as tentativas de suicídio, sendo consequência dos impactos causados
na saúde mental resultantes dos sintomas encontrados. Com isso torna essencial o acompanhamento dessas
pessoas por profissionais de saúde especializados.

1009
Palavras-chave: transtornos psíquicos; suicídio; saúde mental.
REFERÊNCIAS:
Lima C. S. et al. Transtorno de Personalidade Borderline e sua relação com os comportamentos
autodestrutivos e suicídio. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 4, p. e7052, 24 abr. 2021.
PACHECO A. et al. Prevalência da tentativa de suicídio e os fatores associados em pacientes com
transtorno psíquico. Archives of Health Sciences, [S. l.], v. 27, n. 1, p. 51–55, 2020.
SANTOS, Cristina Vianna Moreira dos. Sofrimento psíquico e risco de suicídio: diálogo sobre saúde
mental na universidade. Revista do NUFEN, v. 11, n. 2, p. 149-160, 2019.

1010
AUTOCUIDADO E ENFERMAGEM EM DOENÇAS RARAS: UMA ANÁLISE
DA LITERATURA ATUAL.

¹ Mauricio Sério de Paula


² Mateus Sério de Paula
³Renata Kimura

1Universidade Estadual do Paraná(UNESPAR). Paranavaí, Paraná, Brasil; 2Universidade


Estadual do Paraná(UNESPAR). Paranavaí, Paraná, Brasil; 3Faculdade Estadual de Educação,
Ciências e Letras. (FAFIPA) Paranavaí, Paraná, Brasil.

Eixo temático: Ciências da Saúde


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do
1°autor:mauricio.serio.de.paula@gm
ail.com
INTRODUÇÃO: As doenças raras são caracterizadas por afetar um pequeno número de pessoas
e apresentam desafios no diagnóstico e tratamento. A promoção do autocuidado é importante para
a melhoria da qualidade de vida dos pacientes com doenças raras. Nesse contexto, a enfermagem
tem um papel fundamental no incentivo e orientação ao autocuidado desses pacientes.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar o papel da enfermagem na promoção do
autocuidado em pacientes com doenças raras. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão
sistemática da literatura em bases de dados eletrônicas, com os termos "doenças raras",
"enfermagem" e "autocuidado". Foram incluídos estudos que abordavam o papel da enfermagem
na promoção do autocuidado em pacientes com doenças raras. RESULTADOS: Foram
selecionados cinco estudos que atenderam aos critérios de inclusão. Os estudos mostraram que a
enfermagem tem um papel fundamental na promoção do autocuidado em pacientes com doenças
raras, por meio de orientações sobre medicações, dietas e cuidados com a saúde. Além disso, a
enfermagem contribui para o empoderamento dos pacientes, incentivando-os a tomar decisões
informadas sobre sua própria saúde. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
enfermagem tem um papel importante na promoção do autocuidado em pacientes com doenças
raras. O incentivo e a orientação ao autocuidado por parte da enfermagem pode melhorar a
qualidade de vida dos pacientes e reduzir a sobrecarga de cuidados. Mais pesquisas são
necessárias para aprimorar as estratégias de promoção do autocuidado em pacientes com doenças
raras e avaliar a efetividade das intervenções de enfermagem.

Palavras-chave: Saúde Pública1, Autocuidado, Doenças rara3.


REFERÊNCIAS: REZER, F..; FAUSTINO, W. R. . ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA
CISTINOSE NEFROPÁTICA INFANTIL: DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM. Revista
Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 8, n. 5, p. 52–63, 2022.
DOI: 10.51891/rease.v8i5.5466. Disponível em:
https://www.periodicorease.pro.br/rease/article/view/5466. Acesso em: 27 fev. 2023.
DO COUTO, A. M. et al. Protocolo de consulta de enfermagem na doença de Parkinson: um
enfoque no autocuidado apoiado. 2022.
BRASILEIRO, A. L. et al. A compreensão da clínica da Síndrome de Fournier e a assistência de
enfermagem: um estudo de caso. Conjecturas, v. 22, n. 16, p. 974-982, 2022

1011
Dias A. C. C.; TeixeiraL. I. B.; SouzaH. S. L.; Aben-AtharC. Y. U. P.; PalhetaM. G.;
ConceiçãoM. N. da; PortilhoD. C.; DiasA. C. C.; CarvalhoM. L. N. de. Relato de experiência na
construção de um instrumento de apoio a consulta de enfermagem para portadores de doenças
raras em um hospital universitário. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 15, n. 4, p. e10039, 8
abr. 2022.
DINIZ, A. B. R.; PASSOS, M. A. N. Esclerose lateral amiotrófica - ELA: progressão da doença
em pacientes diagnosticados. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 5, n.
11, p. 160–180, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.7199354. Disponível em:
http://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/404. Acesso em: 28 fev. 2023.

1012
HIPERTROFIA CARDÍACA E SUA RELAÇÃO COM O USO DE
ANABOLIZANTE

¹Raquel Pereira da Cruz Silva


²Ana Laura Mouo Cervi
³Edilene dos Santos Celestino
⁴Gabriel Sousa Rodrigues
7Crislayne Nascimento da Silva
⁶Guilherme da Cunha Ferreira
⁷Karina de Souza Silva
⁸Aparecida Mylenna Batista Santos
1Faculdade Adventista da Bahia (FADBA). Cachoeira, Bahia, Brasil; 2Centro Universitário Municipal
de Franca (Uni-FACEF), Franca, São Paulo, Brasil; 3Centro Universitário
Ruy Barbosa (UniRuy), Salvador, Bahia, Brasil; 4Universidade de Franca
(UNIFRAN), Franca, São Paulo, Brasil; 5Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), Recife, Pernambuco, Brasil; 6Centro Universitário
Municipal de Franca (Uni-FACEF), Franca, São Paulo, Brasil; 7Centro
Universitário Brasileiro (UNIBRAS), Recife, Pernambuco, Brasil;
8Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, Piauí,Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: raquelcruzsilvs@gmail.com
INTRODUÇÃO: Esteróides anabólicos androgênicos (EAA) ou anabolizantes são substâncias que
permitem o aumento da massa magra corporal em um curto período de tempo. Dentre as substâncias que o
compõem, a mais comumente utilizada é a testosterona e seus derivados sintéticos, com isso o uso
prolongado de EAA pode causar diversos efeitos colaterais. Os mecanismos pelos quais os esteróides agem
sobre o sistema cardiovascular ainda não são totalmente elucidados e incluem desde estímulos mecânicos
a fatores humorais circulantes. Estudos sugeriram que há relação direta com o sistema renina angiotensina
cardíaco, uma vez que a angiotensina II é uma promotora potente de hipertrofia e proliferação celular.
OBJETIVO: Descrever a relação da hipertrofia cardíaca e o uso de anabolizantes. METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão de literatura do tipo integrativa realizada em fevereiro de 2023, através das bases de
dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS):
Anabolizantes, Esteróides e Cardiomegalia, pesquisados de forma isolada e combinada utilizando o
booleano “and”. Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis e gratuitos na íntegra. Os critérios de
exclusão foram: artigos que não respondiam ao objetivo do estudo, os duplicados nas bases de dados e não
houve delimitação de idioma. RESULTADOS: Após a exclusão de artigos repetidos e que não
correspondiam ao objetivo do estudo, foi feita a seleção final de 09 trabalhos. Com a análise dos artigos,
que o consumo de anabolizantes provoca efeitos secundários em vários sistemas do corpo humano, mais
comumente descrita no sistema cardiovascular causando a hipertrofia do ventrículo esquerdo que nada mais
é que um espessamento das paredes do ventrículo esquerdo. Com isso, justifica-se a relação através do
mecanismo da hipertrofia cardíaca a fim de analisar a relação do esteróide com os receptores androgênicos
localizados nos citoplasmas das células. Assim, fica claro que o uso indiscriminado de

1013
esteroides anabolizantes é capaz de causar inúmeras consequências na vida de indivíduos previamente
saudáveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em síntese, estudos conduzidos ao longo dos anos foram capazes
de demonstrar o aumento do volume do ventrículo esquerdo no músculo cardíaco, levando a disfunção de
bombeamento sanguíneo, aumento da pressão arterial e até mesmo insuficiência cardíaca. Nesse sentido, é
de fundamental importância que a fiscalização sob a venda dessas substâncias seja mais firme, uma vez que
são inúmeras as consequências à saúde do indivíduo que faz uso abusivo de EAA.
Palavras-chave: Hipertrofia cardíaca1, Esteróides 2, Anabolizantes3.
REFERÊNCIA
CASTILHO, B.V. et al. Esteróides anabolizantes androgênicos: conscientização sobre uso indiscriminado,
utilização na terapêutica e relação risco-benefício. VITTALLE-Revista de Ciências da Saúde, v. 33, n. 3,
p. 89, 2021..
FEITOSA, G. S. et al. Avaliação crítica dos malefícios cardiovasculares resultantes do uso indiscriminado
de esteroides androgênicos anabolizantes. Revista Científica Hospital Santa Izabel, v. 2, n. 4, p. 12, 2018.
ROSSI, M.P. & DOS SANTOS R.E. Uso de esteroide anabolizante no esporte e seus efeitos colaterais.
Revista Científica, v. 1, n. 1, 2021.

1014
RELATO DE EXPERIÊNCIA EM COLETA DE DADOS CIENTÍFICOS:
CONTRIBUIÇÕES PARA A PESQUISA E VIDA PESSOAL

Rosimere de Paula Cosmo 1


Carolina Beatriz Honorato Leite 1
Carolina Milhim Barcellos 1
Esther Gondim Silva 1
João Vitor Martins Bernal da Silva 1
Letícia Natália de Oliveira 1
Ana Paula Oliveira Borges 1
Lilian Cristina Gomes do Nascimento 1

1 Universidade de Franca.Franca,São Paulo,Brasil.

Eixo temático: Temas livres em Ciências da Saúde

Modalidade: Formato Pôster

E-mail:
rose1307paula@gmail.com

INTRODUÇÃO: A educação é uma ferramenta essencial na aprendizagem, responsável por transformações


e desenvolvimento social. Visto que é de suma importância no ambiente acadêmico o programa de iniciação
científica para o estudante do curso superior, enfatizando o papel complementar de melhoria da sua análise
crítica, maturidade intelectual, compreensão da ciência e possibilidades futuras tanto acadêmicas como
profissionais e pessoais. OBJETIVO: O presente estudo tem por objetivo partilhar a primeira experiência
de coleta de dados vivenciadas por discentes participantes de um programa de iniciação científica.
METODOLOGIA: A coleta de dados foi realizada por entrevistadores acadêmicos, pertencentes ao
Laboratório de Estratégias Interdisciplinares em Gerontologia da Universidade de Franca; realizada no
período de Novembro a Dezembro de 2022 em um Centro de Integração da Terceira Idade ( CITI), no
Interior do Estado de São Paulo, todos os alunos participantes foram previamente capacitados para realizar
as entrevistas.Tendo como público alvo pessoas idosas 60 anos a mais, participantes das oficinas e
atividades desenvolvidas no CITI. O processo de capacitação feito em grupo de reuniões com docentes
orientadoras, dos quais foram estudados instrumentos de avaliação geriátrica, de modo a caracterizar o perfil
funcional através do uso de instrumentos validados para avaliar a cognição, mobilidade, funcionalidade e
qualidade de vida de pessoas idosas. RESULTADOS: Ao iniciar a coleta de dados, houve um confronto
intenso entre os entrevistadores e os participantes. De primeiro instante a desconfiança da pesquisa
cientifica interferir em seus benefícios previdenciários, logo tais dúvidas foram sanadas em conjunto a
coordenação da instituição. Em segundo momento lidar com a vulnerabilidade emocional dos participantes
e maximizar o tempo decorrido em cada instrumento. Algo notável do inicio ao fim da coleta de dados, fora
a dificuldade de compreensão das questões, seja por diferenças de expressões regionais,baixaescolaridade ,
perdas neurosenssoriais (auditiva) e as disfunções cognitivas evidentes; o que de maneira constante
amplificou os estudos para partilhar dificuldades, permitindo estratégias conjuntas de ações.
CONCLUSÃO: Verificou se ao final do estudo, a importância da participação dos acadêmicos na fase de
coleta de dados, possibilitando experiências diferenciadas tanto na inserção efetiva em atividades de
pesquisa, associação das disciplinas teóricas a uma visão prática. A vivência legitima ao público alvo,
denotou- se as principais dificuldades e necessidades dos mesmos em meio social, saúde física e
psicoemocional; visto que a integração do idoso a instituição de convivência; reflete positivamente na sua
melhora da qualidade de vida. Ações de Iniciação Científica promovem benefícios aos acadêmicos, frente
a experiência que vivenciam e também a população participante, tanto frente a oportunidade do encontro

1015
intergeracional com os universitários, quanto pela intervenção em que foram inseridos.Logo considera se a
extrema importância do investimento de políticas públicas para acolhimento da população de pessoas
idosas.

Palavras-Chaves: Iniciação Científica, Pessoas Idosas, Educação de qualidade,Universidade.

REFERÊNCIAS:

FAVA, M. A iniciação científica: muitas vantagens e poucos riscos. São Paulo em Perspectiva, São Paulo,
v. 14, n. 1, p. 73-77, 2000.

KIRCHHOF, Ana Lúcia Cardoso et al. Coleta de dados: uma experiência para o ensino e a pesquisa.
Cogitare Enfermagem, [S.l.], v. 14, n. 3, sep. 2009. ISSN 2176-9133. Disponível em: .
doi:http://dx.doi.org/10.5380/ce.v14i3.16193 . Acesso em: 27 fev. 2023.

SANCHES, M. A. S., MOTA, G. M. S. A entrevista social no processo de avaliação geriátrica ampla.


Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 12, n. 1, p. 25-33, 2009. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1809-9823.200912013. Acesso em : 27 fev.2023.

1016
A IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO-DENTISTA NA SÍNDROME DA
ARDÊNCIA BUCAL

¹Carlos Leone Faria Moreira

¹Mayara Martins Barbosa


1
Sabrina Fernandes Martins
2
Roberta Passos do Espírito Santo

1
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Minas Gerais, Brasil; 2Universidade Federal de Juiz
de Fora (UFJF). Minas Gerais, Brasil.

Eixo temático: Odontologia

Modalidade: Pôster/Apresentação oral

E-mail do 1° autor: carlosleonifaria@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A síndrome da ardência bucal (SAB) é uma patologia de caráter idiopático, que
acomete principalmente o gênero feminino durante e após fase de menopausa (50-70 anos), causando
dor, desconforto, parestesia, prurido e disgeusia. Sua etiologia ainda é muito discutida na literatura e, por
isso, é determinada como multicausal: fatores sistêmicos, locais, neurológicos e psíquicos. Por vezes, a
manifestação da SAB, não ocorre de forma isolada e pode estar associada ao desenvolvimento de outras
doenças como língua geográfica, candidíase, xerostomia, líquen plano erosivo, pênfigo e penfigóide.
Dessa forma, devido a complexidade e amplo diagnóstico diferencial da SAB, o cirurgião-dentista
necessita deter de conhecimento crítico para alcançar um tratamento terapêutico eficiente, visando a
participação de outros profissionais, uma vez que a SAB é acometida por diversos fatores e, afeta a
qualidade de vida, o convívio familiar e social do paciente. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é
apresentar, por meio de uma revisão sistemática de literatura, a importância do cirurgião-dentista na
promoção de saúde, durante o processo de diagnóstico e planejamento terapêutico da SAB.
METODOLOGIA: Os artigos foram pesquisados nas principais bases de dados Pubmed, Medline,
Scielo, e Google Acadêmico, entre os anos de 2020 e 2022, com texto completo em português ou inglês,
utilizando de forma isolada e a combinação dos seguintes descritores: síndrome da ardência bucal;
síndrome da boca ardente; síndrome da boca em queimação. Foram excluídos artigos sem relação com a
temática e em outros idiomas. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 10 artigos foram
analisados. RESULTADOS: A fisiopatologia mais aceita atualmente refere-se à desinibição trigeminal
com perda parcial ou total da função do nervo corda do tímpano. Próteses mal adaptadas, hábitos
parafuncionais, fumo, álcool, alimentos condimentados, bebidas quentes ou muito fortes, reações
alérgicas e infecções fúngicas e bacterianas podem estar associados à SAB. Há possível relação com
distúrbios nutricionais, principalmente falta de vitamina B12 e ferro, assim como diabetes. Mulheres
durante a fase antecessora da menopausa e os 12 anos subsequentes, devido ao desequilíbrio hormonal,
são as mais acometidas, havendo assim, um fator endócrino. O baixo fluxo salivar também pode ser um
fator predisponente e ocorre devido ao avanço da idade, alteração das glândulas salivares ou até mesmo
pelo uso de medicamentos. A síndrome de Sjögren também é relatada como uma causa, uma vez que
manifesta “boca seca". As condições de origem psicogênicas (depressão, ansiedade e cancerofobia) estão
entre as principais causas. O uso tópico de Ad-muc, saliva artificial, clonazepam e aplicação de laser,
foram medidas terapêuticas alternativas no tratamento da SAB. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
literatura conclui que se deve diagnosticar a SAB quando o paciente se queixa de ardência na mucosa
bucal, na ausência de qualquer lesão ou anormalidade clínica. Além disso, o tratamento elaborado pelo

1017
cirurgião-dentista deve ser direcionado a estabelecer o agente causal e tratar as moléstias apresentadas,
sendo fundamental orientar o paciente sobre sua doença, auxiliando-o a conviver com sua
sintomatologia.

Palavras-chave: Síndrome da ardência bucal; síndrome da boca ardente; síndrome da boca em


queimação.
REFERÊNCIAS:

SOUTO, Yasmim Silva et al. Síndrome da ardência bucal: uma abordagem de interesse clínico. Revista
da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia, v. 52, n. 1, p. 98-110, 2022.

DE ALMEIDA, Igor Ferreira Borba et al. Conhecimento científico produzido sobre a Síndrome da
Ardência Bucal nos últimos cinco años. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, v. 25, n. 3, p. 339-
347, 2020.

BENTO, Suelen Athaanda Gonçalves. Tratamento da síndrome da ardência bucal: uma revisão
integrativa. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

FERNANDES, Larissa Moreira Câmara et al. SÍNDROME DA ARDÊNCIA BUCAL: UMA REVISÃO
DA LITERATURA. PATOLOGIA ORAL E MAXILOFACIAL: TRATAMENTO DAS
COMPLICAÇÕES EM PESQUISA, v. 1, n. 1, p. 76-86, 2022.

DA SILVA, Quemuel Pereira et al. Eficácia da catuama® e da terapia com laser de baixa potência no
tratamento da síndrome da ardência bucal: uma revisão da literatura. Research, Society and
Development, v. 11, n. 8, p. e31111830937-e31111830937, 2022.

1018
1019
DOI 10.29327/1192726.1-39

USO DE CANNABIS PARA TERAPIA DE PACIENTES COM ARTRITE

1
Maria Clara Azzi Vaz de Campos;

1
Marina Ribeiro Fernandes Oliveira;

1
João Victor Benevenuto de Queiroz e Ataídes;

1
Sarah Rezende Vaz ;

1
Laura Chaves Barbosa;

1
Thalliany Cristina Ribeiro Sobrinho;

1
Carolina Gabriela Divino Soares Gioia;

2
Ledismar José da Silva.

1
Graduando em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia, Goiás;

2
Docente pelo Curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia,
Goiás.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor:

mariaclaraazzivaz@gmail.com

INTRODUÇÃO: As dores crônicas são um dos principais sintomas de pacientes portadores de artrite e
representam um grande impacto na qualidade de vida, sendo necessário buscar novas fontes de tratamento,
como a cannabis. O uso desse tipo de medicamento para o controle da dor crônica está se tornando cada
vez mais comum devido à pressão para reduzir o uso de opioides, o aumento da disponibilidade e a mudança
de legislação e de atitudes públicas, além da diminuição do estigma. Contudo, maiores e mais relevantes
pesquisas são essenciais. OBJETIVO: Compreender o uso de cannabis no tratamento de artrite.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, cujos estudos foram selecionados na
base de dados PubMed. Foram utilizados os descritores “(artritis) AND (cannabis) AND (pain
management)”, associados ao filtro “free full text”, sendo considerados somente artigos dos últimos 5 anos.
RESULTADOS: Atualmente, o uso de cannabis medicinal vem sendo amplamente estudado e apoiado para
o tratamento da dor crônica; apesar disso, poucos estudos especificam sobre qual tipo de dor crônica se
trata. Sabe-se, por ora, que o sistema endocanabinóide é distribuído por todo o sistema nervoso central e
periférico, interagindo nas suas próprias vias endógenas e causando o alívio da dor, além de gerar benefícios
aos pacientes com problemas digestivos e de sono. Com alguns estudos, foi possível entender que certas
cepas como “OG Shark” foram utilizadas pelos pacientes em substituição às terapias convencionais e
possuem um alto teor de THC e baixo teor de canabidiol, fato que tem maior efetividade. Por outro lado,
no caso da artrite reumatoide e da espondilite anquilosante, avaliou-se controlado por placebo de canabidiol
(CBD) junto ao suplemento aberto de tetrahidrocanabinol (THC) a redução da dor,
apontando uma melhora após 12 semanas de tratamento. Ademais, o uso do CBD aumentou o bem-estar

1020
psicológico, a qualidade de vida, a produtividade, o exercício e o engajamento social, demonstrando uma
melhora na qualidade de vida dos pacientes em relação aos que optaram por outros tratamentos. O CBD,
ainda, mostrou-se eficaz no tratamento da artrite reumatóide através do combate de fibroblastos sinoviais
em condições inflamatórias, aumentando os níveis intracelulares de cálcio, reduzindo a viabilidade celular
e a produção de IL-6/IL-8/MMP-3 de fibroblastos sinoviais da artrite reumatoide (RASF), ativando TRPA1
e alvos mitocondriais. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso de medicamentos, bem como a
realização de tratamentos convencionais, auxilia na redução da dor, podendo ser uma via alternativa ao uso
de opioides, porém ainda são insuficientes e pouco eficazes para a resolução dessa condição nos pacientes
com artrite. Os estudos com o Canabidiol obtiveram resultados promissores no tratamento em pacientes
com artrite reumatóide, bem como mostraram melhoras no aspecto psicológico deles. Ademais, em
pacientes com artrite reumatóide e espondilite anquilosante, o uso do placebo do canabidiol (CBD) em
conjunto com o suplemento aberto de tetrahidrocanabinol (THC) reduziram a dor nos pacientes. Logo, o
uso da cannabis medicinal mostra-se bastante promissor na diminuição da dor crônica, mas ainda são
escassas as pesquisas que abrangem esse tema, portanto, faz-se necessário mais estudos para comprovar a
eficácia desse tratamento.

Palavras-chave: Artrite; Cannabis; Manejo da Dor.

REFERÊNCIAS:

BARON, E. P. et al. Patterns of medicinal cannabis use, strain analysis, and substitution effect among
patients with migraine, headache, arthritis, and chronic pain in a medicinal cannabis cohort. The Journal
of Headache and Pain, v. 19, n. 1, 24 maio 2018.

KASKIE, B. et al. Cannabis use among older persons with arthritis, cancer and multiple sclerosis: are we
comparing apples and oranges? Brain Sci., v. 11, n. 5, p. 532, 2021.

LOWIN, T. et al. Cannabidiol (CBD): a killer for inflammatory rheumatoid arthritis synovial fibroblasts.
Cell Death & Disease, v. 11, n. 8, ago. 2020.

HENDRICKS, O. et al. Efficacy and safety of cannabidiol followed by an open label add-on of
tetrahydrocannabinol for the treatment of chronic pain in patients with rheumatoid arthritis or ankylosing
spondylitis: protocol for a multicentre, randomised, placebo-controlled study. BMJ Open, v. 9, n. 6, p.
e028197, jun. 2019.

1021
1022
DOI 10.29327/1192726.1-36

USO DA ATIVIDADE FÍSICA PARA MANEJO DA DOR EM PACIENTES


IDOSOS COM OSTEOARTRITE

1
João Victor Benevenuto de Queiroz e Ataídes;

1
Marina Ribeiro Fernandes Oliveira;

1
Ana Lívia Marra Bemfica;

1
Caroline Dourado Pinheiro;

1
Isabella Vicente da Paixão;

1
Dener Hayek dce Miranda;

1
Letícia Romeira Belchior;

2
Ledismar José da Silva.

1
Graduando em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia, Goiás;

2
Docente pelo Curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia,
Goiás.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor:

jvbenevenuto@gmail.com

INTRODUÇÃO: A osteoartrite (OA) de joelho é uma doença dolorosa que envolve a degeneração da
cartilagem articular e alterações no osso subcondral, é a forma mais prevalente de artrite e pode gerar
dor, rigidez, déficit de força muscular, instabilidade articular e redução da mobilidade funcional, levando
à incapacidade. A OA de joelho ainda não tem cura conhecida. Além disso, com o aumento do
envelhecimento da população, a OA é muito comum em idosos. Entre os regimes não
farmacoterapêuticos, a terapia de exercícios é eficaz na melhoria do desempenho físico de pacientes com
OA de joelho, associados à uma redução do quadro álgico, alívio da rigidez e melhoria da função física.
Ademais, prevê-se que o ônus da OA de joelho sobrecarregue os sistemas de saúde até 2030. Portanto,
há uma necessidade urgente de inovar a forma como o exercício é prescrito. Diante disso, este estudo
objetiva compreender o papel da atividade física no manejo da dor em joelho de pacientes idosos.
OBJETIVO: Compreender o papel da atividade física no manejo da dor em joelho de pacientes idosos.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, cujos estudos foram selecionados
na base de dados PubMed. Foram utilizados os descritores "(physical activity) AND (knee pain) AND
(elderly)”, associados ao filtro “free full text”, sendo considerados somente artigos dos últimos 5 anos.
RESULTADOS: Os resultados obtidos evidenciaram que, se o paciente idoso portador de osteoartrite
estiver em um regime de exercício de fortalecimento, seja presencial seja virtual, a prática

1023
irá melhorar tanto a dor quanto a função do joelho. Na atual era digital, há programas que permitem que
o paciente tenha acesso gratuito a um plano de exercícios que melhora a funcionalidade da articulação
do joelho, podendo ser feitos em casa ou em qualquer outro lugar que o paciente desejar. Entretanto, foi
demonstrado também que as forças compressivas excessivas da articulação do joelho podem ser um
mecanismo importante na evolução da osteoartrite e, sendo assim, o treinamento de força de baixa
intensidade é mais efetivo do que o de alta intensidade para reduzir significativamente a dor no joelho.
Assim, níveis baixos e intermediários de atividade física no lazer diminuíram o risco do desenvolvimento
de dor crônica no joelho de idosos, enquanto níveis excessivos de atividade física total aumentaram o
risco desse tipo de dor. Além disso, em pacientes idosos após artroplastia total do joelho, o treinamento
de equilíbrio dinâmico progressivo, combinado com fisioterapia, melhorou a função física, a capacidade
de equilíbrio e a qualidade de vida desses pacientes. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
Sendo assim, o estudo demonstrou que a prática de atividades físicas, principalmente de treinamentos de
força com intensidade baixa e intermediárias, com supervisão ou apenas orientação de profissionais da
saúde, mostra uma opção terapêutica muito significativa para alívio da dor na articulação do joelho e para
melhoria da qualidade de vida dos pacientes idosos acometidos com esse quadro álgico.

Palavras-chave: Exercício físico, Osteoartrite de joelho, Manejo da dor.


REFERÊNCIAS:

MESSIER, S. P. et al. Effect of High-Intensity Strength Training on Knee Pain and Knee Joint
Compressive Forces Among Adults With Knee Osteoarthritis: The START Randomized Clinical Trial.
JAMA, v. 325, n. 7, p. 646–657, 16 fev. 2021.

SUZUKI, Y. et al. Home exercise therapy to improve muscle strength and joint flexibility effectively
treats pre-radiographic knee OA in community-dwelling elderly: a randomized controlled trial. Clinical
Rheumatology, v. 38, n. 1, p. 133–141, 30 ago. 2018.

SOLOVEV, A. et al. Total physical activity and risk of chronic low back and knee pain in middle-aged
and elderly Japanese people: The Murakami cohort study. European Journal of Pain (London, England),
v. 24, n. 4, p. 863–872, 1 abr. 2020.

LEE, H.-G.; AN, J.; LEE, B.-H. The Effect of Progressive Dynamic Balance Training on Physical
Function, The Ability to Balance and Quality of Life Among Elderly Women Who Underwent a Total
Knee Arthroplasty: A Double-Blind Randomized Control Trial. International Journal of Environmental
Research and Public Health, v. 18, n. 5, p. 2513, 3 mar. 2021.

NELLIGAN, R. K. et al. Effects of a Self-directed Web-Based Strengthening Exercise and Physical


Activity Program Supported by Automated Text Messages for People With Knee Osteoarthritis. JAMA
Internal Medicine, v. 181, n. 6, p. 776, 1 jun. 2021.

1024
MORTALIDADE INFANTIL: TENDÊNCIA TEMPORAL DE ASFIXIA
PERINATAL NA CIDADE DE RIO BRANCO-AC

¹Lorran de Alcântara Coelho

¹Anderson José de Oliveira

¹Mariana Ramos Barbosa

¹Kárenn Klycia Pereira Botelho

¹Kelvyn Lucas Costa Albuquerque

¹Larissa Cunha Cordeiro

¹Antonio Avelino Mendes Filho


1
Júlio Cézar Medeiros Dias Tavares

1Universidade Federal do Acre (UFAC). Rio Branco, Acre, Brasil;

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1º autor: lorrancruzcoelho@gmail.com

INTRODUÇÃO: Existe um esforço global no que diz respeito à redução da mortalidade infantil, cujas 3
principais causas incluem a asfixia perinatal¹. A asfixia perinatal culmina em disfunção de múltiplos órgãos
e dano cerebral em decorrência de uma lesão hipóxico-isquêmica². É diagnosticada pela associação de
indicadores perinatais, inclusive o índice de Apgar³. Esse acometimento já se mostrou relacionado ao tipo
de parto, sexo da criança, alterações do líquido amniótico e acompanhamento pré-natal4. Na Amazônia
Ocidental, os serviços de saúde passaram por profundas modificações ao longo dos anos e, por estar
intimamente relacionada à assistência em saúde da puérpera, a asfixia perinatal pode ser um marcador
sensível a essas transformações no setor. OBJETIVO: Avaliar a tendência temporal da asfixia perinatal na
cidade de Rio Branco-AC e a influência desse acometimento na taxa de mortalidade local.
METODOLOGIA: Estudo descritivo com dados secundários para coleta das informações relacionadas à
asfixia perinatal na cidade de Rio Branco-AC no período de 1996 a 2017. Utilizou-se o banco de dados do
Departamento de Informática do SUS (DATASUS) para obtenção das informações. Os dados foram
agrupados no programa Excel e os softwares SPSS 16.0 e Joinpoint foram usados para análise dos dados e
da tendência temporal dos achados. RESULTADOS: Ao longo dos 22 anos analisados, observou-se um
total de 125 óbitos por asfixia, contribuindo com 5,6% de todos os óbitos perinatais. O intervalo de 1997 a
1999 demonstrou maior número de mortes por essa causa. As crianças do sexo masculino (64%) foram as
mais acometidas e a maioria dos óbitos decorreu de crianças nascidas de parto vaginal. Notou-se uma queda
estatisticamente significativa de 5,1% ao ano no coeficiente de mortalidade por causa específica desse
agravo ao longo do período analisado. CONCLUSÃO: A discreta prevalência de óbitos neonatais no sexo
masculino já é bem descrita na literatura3,4. Rosa & Marba (1999) demonstraram associação significativa
entre partos cesárea e sexo masculino com a asfixia perinatal em dados coletados de uma maternidade em
São Paulo. O presente estudo, em contrapartida, observou-se no presente estudo que a frequência de óbitos
foi maior no parto vaginal, provavelmente pela maior execução do mesmo no Estado. Apesar da modesta
queda da mortalidade por asfixia perinatal, nota-se uma tendência lenta de declínio frente às melhorias do
serviço de saúde e aos avanços no conhecimento nos 22 anos observados.

Palavras-chave: Mortalidade Infantil, Mortalidade Perinatal, Asfixia, Região Amazônica.


Referências:

1025
1. Lawn JE, Cousens S, Zupan J; Lancet Neonatal Survival Steering Team. 4 million neonatal deaths:
When? Where? Why? Lancet 2005
2. Daripa M, Caldas HMG, Flores LPO, Waldvogel BC, Guinsburg R, Almeira MFB. Asfixia
perinatal associada à mortalidade neonatal precoce: estudo populacional dos óbitos evitáveis. Rev
Paul Pediatr 2013;31(1):37-45.
3. Takazono PS, Golin MO. Asfixia Perinatal: Repercussões Neurológicas e Detecção Precoce.
Revista Neurociências 21.1 (2013): 108-117.
4. Daripa M, Caldas HMG, Flores LPO, Waldvogel BC, Guinsburg R, Almeida MFB de. Asfixia
perinatal associada à mortalidade neonatal precoce: estudo populacional dos óbitos evitáveis. Rev
paul pediatr [Internet]. 2013Jan;31(Rev. paul. pediatr., 2013 31(1)). Available from:
https://doi.org/10.1590/S0103-05822013000100007
5. Rosa IRM, Marba STM. Fatores de risco para asfixia neonatal em recém-nascidos com peso acima
de 1000 gramas. J Pediatr 75.1 (1999): 50-54.

1026
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE SAÚDE (IMAGEM CORPORAL,
SONOLÊNCIA E FADIGA) EM ALUNOS DE GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIAS

¹Larissa Oliveira Nascimento


2
José Anderson Saraiva Nascimento
3
Diane Nocrato Esmeraldo Rebouças
4
Thiago Medeiros da Costa Daniele

1. Discente do Curso de Graduação em Educação Física da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) – Fundação


Edson Queiroz. Fortaleza, Ceará, Brasil; 2. Discente do Curso de Graduação em Educação Física da
Universidade de Fortaleza (UNIFOR) – Fundação Edson Queiroz. Fortaleza, Ceará, Brasil; 3. Docente do
curso de Graduação em Educação Física da Universidade de Fortaleza. Fortaleza, Ceará, Brasil. 4. Docente
do curso de Graduação em Educação Física e Professor do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
da Universidade de Fortaleza. Fortaleza, Ceará, Brasil

Eixo temático: TEMAS LIVRE EM CIÊNCIAS DA SAÚDE


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: larissa.nascimento@edu.unifor.br
Resumo
Introdução: A preocupação dos indivíduos com a imagem corporal é um dos principais fatores que
induzem a população a se submeter a extremismos de dieta, treinamento e uso de fármacos, além de ser um
dos precursores para dificuldade na socialização com outros indivíduos que estão em um padrão de beleza
diferente de quem sofre com a insatisfação corporal. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo
analisar a percepção corporal dos indivíduos com a prática de exercícios físicos e a relação com a fadiga e
sonolência. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa e caráter transversal.
Participaram da pesquisa (n=18) academias (3 de cada regional da capital cearense), credenciadas e
registradas ao CREF-5 (Conselho Regional de Educação Física do Ceará). As percepções da imagem
corporal foram analisadas por meio de aplicação dos questionários BSQ-Body Shape Questionnaire,
contendo 18 imagens para avaliação da concepção corporal e, para análise dos níveis de atividade física e
estado de sonolência, foram aplicados (IPAQ-Questionário Internacional de Atividade Física e ESE - Escala
de sonolência de Epworth), sendo anexados aos questionários informações pessoais (nome, sexo, idade,
ocupação profissional, atividade que pratica). Após a coleta de materiais dos indivíduos participantes da
pesquisa, os dados foram analisados a fim de relacionar às variáveis dependente e independente para
obtenção dos resultados. Resultados: Notou-se maior prevalência de 48 universitários entrevistados,
diferenças na percepção da autoimagem (Média=76,3±30), sonolência Média=9,5±3,9), fadiga
(Média=31,0±11,7), variações de atividades 9 (18,8%) sedentários, 7 (14,6%) Irregularmente ativos, 13
(27,1%) ativos, 19 (39,6%) muito ativos, variados entre semestre de graduação, gênero e idade.Conclusão:
Ao final da análise dos dados, estes deverão mostrar que os praticantes de exercícios físicos, mais
especificamente do treinamento resistido são os mais insatisfeitos com sua imagem corporal, e ainda que o
público feminino apresenta o maior percentual nessa insatisfação com o próprio corpo.
Palavras-chave: Imagem corporal; Exercício físico; Percepção.
Eixo Temática: Temas Livres em Ciências da Saúde.

1027
Modalidade: Apresentação Oral.
1 INTRODUÇÃO
A Imagem Corporal (IC) se refere a representação mental do indivíduo, de modo que a IC se atrela
aos seus sentidos, ideias e sentimentos referentes ao corpo. Schilder (1994). Entretanto, a Imagem Corporal
pode ser influenciada por diversos fatores, como por exemplo: gênero, idade, meios de comunicação,
crenças, atitudes e valores culturais.
Compreende-se que tanto os homens como as mulheres apresentam descontentamento com seus
corpos. Um estudo prévio apontou que em ambos os gêneros, independentemente do IMC (Índice de Massa
Corporal), foi relatada uma distorção na I.C dos indivíduos (KAKESHITA and ALMEIDA 2006). Contudo,
a insatisfação corporal masculina pode se tornar uma problemática mais complexa, visto que os homens
parecem ser mais suscetíveis aos distúrbios de I.C (FREDERICK, BUCHANA et al. 2007).
A atividade física é um método não farmacológico que auxilia na manutenção da composição
corporal do indivíduo e, também, pode possibilitar uma melhora da I.C e dos diversos aspectos da saúde
(WILLIAMS and CASH 2001, FALLON and HAUSENBLAS 2005, VEIRA, DANTAS et al. 2005).
A elevada exigência estudantil desencadeia uma disfunção nos padrões de saúde e qualidade de
vida de diversos discentes, o que pode ocasionar problemas no sono (GOMES 2005, SCHNEIDER,
VASCONCELLOS et al. 2011), na percepção de maior sensação de fadiga (AMADUCCI, MOTA et al.
2010) e, também, na Imagem Corporal desses universitários (COSTA, SANTOS et al. 2010). Tal
comprometimento afeta a saúde mental e física dessa população. Um estudo prévio apontou que 43,2% dos
alunos da área da saúde relatam I.C (PARENTE, SAMPAIO et al. 2018). Nessa mesma perspectiva, 61%
na área de engenharia civil afirmam a presença de problemas relacionados ao sono (GOMES 2014).
O objetivo deste artigo é avaliar as relações entre a I.C, os níveis de atividade física, a sonolência
diurna e percepção de fadiga em alunos do curso de graduação em Engenharias.

2 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa de caráter transversal, realizada em uma
Instituição de Ensino Superior (IES) na cidade de Fortaleza, Ceará. Para os participantes que se dispuserem
a fazer parte da pesquisa, foi entregue um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Também
foi entregue para o (a) responsável pela IES, um Termo de Anuência para que possa ser liberada a pesquisa
dentro do estabelecimento. O estudo seguiu as normas e diretrizes regulamentadoras da pesquisa
envolvendo seres humanos – Res. CNS n.º 466/2012.

3 RESULTADOS
Foram avaliados um total de 48 alunos dos cursos de Engenharia. Destes, 10 (20,8%) eram do
gênero feminino e 38 (79,2%) do gênero masculino. Foram avaliados alunos do 4º semestre (n=4/8,3%), 5º
semestre (n=16/333%), 6º semestre (n=3/6,3%), 7º semestre (n=9/18,8%), 8º semestre (n=8/16,7%) e 9º
semestre (n=8/16,7%).
A análise da autoimagem foi avaliada através do questionário BSQ. A pontuação variou de 39 a
159 (Média=76,3±30). Nas mulheres, a variação foi de 46 a 124 (Média=75,3±32,3) e nos homens de 39 a
159 (Média=76,6±32,3). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os gêneros
(p=0,91).
Ainda sobre esse questionário, ao serem avaliados pelo semestre de referência, os alunos do 9º
semestre apresentaram maiores índices (Média=107,4±32,6) e os alunos do 4º semestre, menores valores
(Média=38,0±19,0) para a avaliação da autoimagem, contudo, um teste de post hoc apontou diferenças
entre os alunos do 7º e 8º semestres (p=0,01).
A averiguação da sonolência diurna foi analisada pela ESE. A pontuação do questionário variou
entre 1 e 21 (Média=9,5±3,9), não apresentando sonolência diurna na população avaliada. Quanto ao gênero
feminino, a média foi de 9,3±4,3 e masculino de 10,1±1,5. Não foram observadas diferenças
estatisticamente significativas entre os gêneros e a sonolência diurna (p=0,61), como também entre os
semestres de referência e a ESE (p=0,88).
A avaliação da fadiga foi realizada através da Escala de Fadiga. Os valores oscilaram entre 9 e 55
(Média=31,0±11,7). Nas mulheres, a média foi de 31,2±4,2 e nos homens de 31,0±1,8 (Figura 3). Não
foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os gêneros e a sensação de fadiga
(p=0,81), como também entre os semestres de referência e a escala de fadiga (p=0,67).
A análise dos níveis de atividade física notou-se que 9 (18,8%) eram sedentários, 7 (14,6%)
irregularmente ativos, 13 (27,1%) ativos, 19 (39,6%) muito ativos. Não foram observadas diferenças
estatisticamente significativas entre os gêneros e os níveis de atividade física (p=0,84), como também entre
os semestres de referência a avaliação realizada através do IPAQ (p=0,86).
Com o intuito de averiguar a influência dos níveis de atividade física nas variáveis de saúde
analisadas, foi realizado um teste ANOVA com a ESE, a Escala de Fadiga e o BSQ. Constatou-se uma

1028
diferença entre os níveis de atividade física e a sonolência diurna. Um teste de Post Hoc de Bonferroni
apontou uma diferença entre o grupo ativo e muito ativo (p=0,02).

4 DISCUSSÕES
O presente estudo buscou avaliar os níveis de atividade física, fadiga sonolência diurna e
autoimagem em discentes dos cursos de Engenharias de uma Instituição de Ensino Superior privada.
Algumas diferenças na percepção da autoimagem foram observadas, especialmente nos semestres finais do
curso.
De acordo com (TAVARES, CAMPANA et al. 2010), as pesquisas acerca da percepção ou
Imagem Corporal, principiaram no início do século XX, após a descoberta de que uma lesão poderia
acarretar distúrbios sobre a percepção do indivíduo a respeito do seu próprio corpo.
Um estudo prévio evidenciou que a insatisfação corporal e a dependência de exercícios físicos em
frequentadores de academia de ginástica, mostrou que sujeitos em maior dependência dos exercícios estão
propensos a estar insatisfeitos com sua imagem corporal. (PALMA 2014), por outro lado, apesar de no
presente estudo, uma grande parte dos voluntários apresentarem níveis elevados de atividades físicas, não
houve relação com os níveis de exercícios e a imagem corporal.
Sob outra perspectiva, não foram observados padrões de sonolência diurna nos grupos avaliados.
Tal achado, deve-se provavelmente à idade dos discentes. Em geral, os discentes apresentavam uma idade
entre 20 e 30 anos. Dessa forma, sugere-se que haja uma organização homeostática mais facilitada dentro
dessa faixa etária.
Um achado interessante está no elevado número de alunos fisicamente ativos. Esse achado pode
ser um dos fatores que podem se relacionar com as relações não significativas para as análises da ESE. No
que se refere à fadiga, os níveis de atividade física influenciaram essa variável.
Observa-se que a redução da duração de tempo do sono pode causar aumento de peso, além de
alteração de diversos mecanismos envolvidos com a regulação de hormônios (TASALI, LEPROULT et al.
2009). Estudos mostram que o exercício físico é considerado um regulador não fótico do sono (BACK,
FORTES et al. 2007), atuando como um atenuador do início do sono, pois eleva a temperatura corporal do
indivíduo, criando uma condição corporal capaz de dar início ao sono, pois ativa processos de dissipação
de calor que são controlados pelo hipotálamo, bem como os mecanismos que induzem o sono (DRIVER
and TAYLOR 2000).
Entende-se que a fadiga se caracteriza como um conjunto de indícios produzidos por exercício ou
trabalho de longa duração e, como consequência, há a diminuição da capacidade de manter o rendimento
esperado (ROSSI and TIRAPEGUI 1999). Em ensaio prévio, mostrou que, em atletas de elite das
modalidades esqui e tiro, foram encontradas decadências no desempenho após esforços físicos (GREBOT,
GROSLAMBERT et al. 2003), (HOFFMAN, GILSON et al. 1992), no entanto, uma pesquisa realizada
com policiais militares, não mostrou efeitos no desempenho de tiros após o exercício físico (BROWN,
TANDY et al. 2013). Entretanto, vale ressaltar que os estudo executados com atletas foram desempenhados
em ciclo ergômetro, que não há esforço que represente a atividade policial corriqueira.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisar os níveis de Atividade Física dos estudantes, observou-se que havia uma grande
parcela de discentes fisicamente ativos. Quando analisados os níveis de sonolência diurna na população em
questão, não foi evidenciada a presença de sonolência diurna, nem diferenças significativas entre os
gêneros.
Foi constatado ao final da análise uma diferença entre os níveis de atividade física e sonolência
diurna nos estudantes de engenharia, onde foi apontada uma diferença entre o grupo ativo e muito ativo.

REFERÊNCIAS
AMADUCCI, C. M. et al. Fadiga entre estudantes de graduação de enfermagem. Revista Esc. Enferm.
USP. v. 44, n. 4. p. 1047-1057. 2010
BACK, F. A. et al. Sincronização não-fótica: o efeito do exercício físico aeróbio. Revista brasileira
Medicina Esporte, v.13, n.2. 2007.
BROWN, M.J., TANDY, R.D., et al. The effect of acute exercise on pistol shooting performance of police
officers. Revista Motor Control. v.17, n. 3, p. 273-282. 2013
CASPERSEN, C. J. et al. Physical activity, exercise, and physical fitness: definitions and distinctions for
health-related research. Revista Public Health Rep, v. 100, n. 2, p. 126-131. 1985
CORDÁS, T. A; CASTILHO, S. - Imagem corporal nos transtornos alimentares – instrumento de avaliação:
&quot;Body Shape Questionnaire&quot;. Revista Psiq. Clinca. v.31, n. 4. p. 164-166. 2004.
COSTA, K. C. B. C.; et al. Insatisfação corporal em estudantes universitários da área de saúde nos Estados
de Alagoas e Sergipe, Revista Advances in Health Psychology. v.18, n.1-2, p. 1-6. 2010.

1029
DAMASCENO, V. O; et al. Imagem corporal e corpo ideal. Revista brasileira Ciência e Movimento, v.
14, n. 1, p.87-96. 2006
Driver, H. S, Taylor S. Exercise and sleep. Sleep Med Reviews, v.4, p.387- 402. 2000
FREDERICK, D. A. et al. Desiring the Muscular Ideal: Men’s Body Satisfaction in the United States,
Ukraine, and Ghana. Revista Psychology of Men &amp; Masculinity, v.8, n.2, p.103-117. 2007
GOMES, A. C. A. Sono, sucesso acadêmico e bem-estar em estudantes universitários. Tese (Ciências
da Educação. Aveiro (PT): Universidade de Aveiro. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Educação.
p. 1-559. 2005.
GOMES, J. C. V. Avaliação e Comparação da Sonolência Diurna entre Acadêmicos de Medicina e
Engenharia Civil da UFBA. Tese (faculdade de medicina da Bahia) Universidade federal da Bahia. 2014
GREBOT, C., GROSLAMBERT, A., et al. Effects ofexercise on perceptual estimation and short-term
recall of shooting performancein a biathlon. Perceptual and Motor Skill. v. 97, n. 3-2, p. 1107-1114.
HAUSENBLAS, H. A; FALLON; E. A. Media images of the "ideal" female body: can acute exercise
moderate their psychological impact?. Revista Body Image. v. 2, n. 1, p. 62-73. 2007
HOFFMAN, M.D; GILSON, P.M et al. Biathlon shooting performance after exercise of different
intensities. Int J Sports Med. v. 13, n. 3, p. 270-3. 1992
K. VOLKWEIN; J. T. MCCONATHA, Cultural contours of the body – The impact of age and fitness.
In:Lidor R, Bar-Eli M, editors. Innovations in sport psychology: Linking theory and practice (Tel-Aviv:
ISSP, 1997), 744-6.
KAKESHITA, I. S; ALMEIDA, S. S. Relação entre índice de massa corporal e a percepção da auto-
imagem em universitários. Departamento de Psicologia e Educação. Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, SP, Brasil, 2006.
MATSUDO S. M, et al. Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ): estudo de validade e
reprodutibilidade no Brasil. Revista Brasileira Atividade física e Saúde. v. 6, n. 2, p. 5-18. 2001
PALMA, N. M. Atividade Física, Obesidade e VideoJogos Ativos na Escola. Um estudo sobre hábitos e
práticas de jogos em jovens do ensino básico e secundário. Tese (Doutorado em ciências da educação)
Universidade de Evora. 2014
PARENTE, N. A. et al. Imagem corporal e ambiente familiar em estudantes da saúde: uma comparação
entre Brasil e Espanha, Revista Demetra- Alimentação, Nutrição e Saúde. v. 13, n. 4, p. 1-20. 2018.
POPE, H.G, et al. Anorexia nervosa and &quot;reverse anorexia&quot; among 108 male bodybuilders.
Revista Comprehensive Psychiatry v.34, n.6, p.406-409. 1993.
ROSSI, L., TIRAPEGUI, J. Aspectos atuais sobre o Exercício Físico, Fadiga e Nutrição. Rev. paul. Educ.
Fís., São Paulo, v. 13, n. 1, p. 67-82. 1999.
Schilder, P. A imagem do corpo. As energias construtivas da psique. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes,
v.21, n.1. 1999.
SCHILDER, P. A imagem do corpo: as energias construtivas: as energias construtivas da psique. São
Paulo: Martins Fontes, 1994.
SCHNEIDER, M. L. M, et al. Morningness-eveningness, use of stimulants, and minor psychiatric disorders
among undergraduate students. Revista Int J Psychol. v. 46, n. 1, p. 18-23. 2010
TASALI, E., et al. Reduced sleep duration or quality: relationships with insulin resistance and type 2
diabetes. Revista Prog. Cardiovasc. Dis., v. 51, n. 5, p. 381-391. 2009
TAVARES; A. N. N. B; et al. Avaliação Perceptiva da Imagem Corporal: História, recomendação e
perspectivas para o Brasil. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 15, n. 3, p. 509-518. 2010 jul./set.
WILLIMS, P; CASH, T. Effects of a circuit weight training program on the body images of college students.
Revista International of Eating Disorders. v. 30, n. 1 p. 75-82. 2001

1030
TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO DO CORDÃO UMBILICAL PARA
FINS TERAPÊUTICOS

¹Raquel Pereira da Cruz Silva


²Emile de Jesus Santos
³Cristiane Rocha Magalhães
⁴Alice de Oliveira Silveira
7Geovana Lisa Paraguaia Ribeiro
⁶Edilene dos Santos Celestino
⁷⁷Karina de Souza Silva
⁸Isabela Fernanda Ferreira da Silva
1Faculdade Adventista da Bahia (FADBA). Cachoeira, Bahia, Brasil; 2Univerdade do Estado da
Bahia (UNEB). Salvador, Bahia, Brasil; 3Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ). Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; 4Faculdade Atenas
(UniAtenas). Campus Passos, Minas Gerais, Brasil; 5Universidade do
Extremo Sul Catarinense (UNESC). Criciúma, Santa Catarina, Brasil;
8Universidade Paulista (UNIP). Distrito Federal, Brasília, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: raquelcruzsilvs@gmail.com
INTRODUÇÃO: No Brasil, entre 2003 e 2018, mais de 140.000 unidades de sangue de cordão umbilical
foram armazenadas em bancos privados. O cordão umbilical do recém-nascido é uma fonte de dois tipos
de células tronco: as hematopoiéticas encontradas na medula óssea e as mesenquimais retiradas do
segmento do cordão umbilical. As células-tronco hematopoéticas de sangue de cordão umbilical para uso
terapêutico são obtidas, processadas e armazenadas pelos estabelecimentos denominados Bancos de Sangue
de Cordão Umbilical. OBJETIVO: Descrever acerca do transplante de células troncos do cordão umbilical
para fina terapêuticos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa realizada
em fevereiro de 2023, através das bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) por meio dos
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Transplante de Células-Tronco, Cordão Umbilical e
Terapêutica, pesquisados de forma isolada e combinada utilizando o booleano “and”, com o propósito de
responder à seguinte pergunta em questão: "Qual a finalidade terapêutica do transplante de células troncos
do cordão umbilical?". Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis e gratuitos na íntegra. Os critérios
de exclusão foram: artigos que não respondiam ao objetivo do estudo, os duplicados nas bases de dados e
não houve delimitação de idioma. RESULTADOS: Foram 15 resultados, 8 publicados na LILACS e 7
publicados MEDLINE. Após a exclusão de artigos repetidos e que não correspondiam ao objetivo do
estudo, foi feita a seleção final de 8 trabalhos. Com a análise dos artigos, o Ministério da Saúde recomenda
que o transplante de sangue do cordão umbilical seja realizado na rede pública, pois é mais seguro que em
brancos privados. Foi possível observar que na atualidade o transplante de células tronco obtidas pelo
cordão umbilical tem sido utilizado devido ao grande sucesso terapêutico, possuindo diversas vantagens.
Dentre os grandes benefícios do transplante de células tronco por meio do cordão umbilical encontra-se a
maior facilidade de encontrar doadores, diferentemente do transplante de medula óssea que necessita de
compatibilidade total. A sua eficácia tem sido observada nos tratamentos das doenças neurodegenerativas,
como Parkinson, Alzheimer, lesões de medula espinhal, doenças autoimunes, leucemias e outras doenças

1031
ligadas ao sangue. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em síntese, o avanço das pesquisas com células-tronco
do sangue do cordão umbilical e a criação de bancos de sangue de cordão umbilical e placentário aumenta
a importância desse serviço, sejam eles no âmbito privado ou público, garantido os tratamentos da medicina
em geral e consequentemente um aumento da expectativa de vida da população.
Palavras-chave: Transplante de Células-Tronco1, Cordão Umbilical2, Terapêutica3.
REFERÊNCIAS:
AGUIAR, J. D.; ANDRADE, S. P. Uso de Células-Tronco fetais no tratamento da leucemia. Anais da 2o
Jornada Científica da Biologia e do 1° Encontro Técnico-Científico da Faculdade Guaraí (IESC), v.
7, n. 2 , p. 74-82, 2017.
BALLEN, K. Transplante de sangue do cordão umbilical: desafios e direções futuras. Células-tronco
TranslMed. ,v. 6, n. 5, p. 1312-1315, 2017.
JOMAR RF. Obtenção de células-tronco hematopoiéticas do sangue de cordão umbilical e placentário:
papel do enfermeiro. Enfermagem Brasil, v. 16, n. 2, p. 123-128, 2017.
LAROYE, C., et al. Bone marrow vs Wharton’s jelly mesenchymal stem cells in experimental sepsis: a
comparative study. Stem Cell Res Ther, v. 10, p. 192, 2019.

1032
1033
DOI 10.29327/1192726.1-57

TRATAMENTOS EXISTENTES PARA HANSENÍASE: UMA REVISÃO DE


LITERATURA

¹Anna Karolyna da Silva Queiroz de Sá

¹Camila Campos de Oliveira

¹Ingrid Letícia de Aquino Melo

¹Lívian de Sousa Gonçalves

¹Luiza Bittencourt Leão

²Maria Eduarda Lemos Bonfim

¹Marcela Barbosa Souza

¹Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), Goiânia, Goiás, Brasil; Universidade de Rio Verde
(UNIRV) Aparecida de Goiânia, Goiás, Brasil.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

Email do 1º autor: anakarolyna2000@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Uma das doenças mais antigas do mundo é a Hanseníase, a qual acredita-se que se
originou antes de Cristo no Oriente Médio e era conhecida como Lepra. Também chamada de Doença de
Hansen, ela é caracterizada por uma infecção granulomatosa crônica causada pelos bacilos Mycobacterium
leprae e Mycobacterium lepromatosis, os quais afetam a pele e os nervos periféricos e são transmitidos,
principalmente, por meio de gotículas das vias aéreas superiores. Além disso, a hanseníase apresenta um
amplo espectro de manifestações clínicas que variam de acordo com a resposta imune do hospedeiro, e
devido a isso, há diversos tratamentos, alguns deles mais comuns, como o uso de corticosteróides e outros
já mais alternativos. OBJETIVO: Compreender os tratamentos utilizados na hanseníase
METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura, utilizando as bases de dados PubMed e SciELO.
Na plataforma PubMed foi aplicado os descritores "Leprosy" e "treatment'' e o operadorbooleano “AND”,
com os filtros: “free full text”, “Books and Documents”, “Clinical Trial”, “RandomizedControlled Trial”,
“in the last 5 years”, “English” e “Portuguese”. Na plataforma SciELO foram pesquisados artigos
brasileiros publicados entre 2019 e 2021, usando os descritores “hanseníase” e “tratamento” e o mesmo
operador booleano. Dos 51 artigos selecionados, 35 foram excluídos por não abordarem suficientemente o
tema. RESULTADOS: O tratamento padrão para a hanseníase é a Poliquimioterapia (PQT), a qual inclui
os medicamentos dapsona, rifampicina e clofazimina. Para a formapaucibacilar (PB) são administradas 6
cartelas dos medicamentos em até 9 meses e para a multibacilar (MB) 12 cartelas em até 18 meses. Alguns
estudos mostram a claritromicina como uma alternativa à rifampicina, visto que pacientes que fazem uso
deste medicamento têm apresentado quadros frequentes de resistência e/ou alergia. Todo o tratamento é
fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os pacientes são acompanhados durante esse período, visto
que parte das doses são supervisionadas. É importante ressaltarque a doença deixa de ser transmitida após
a primeira dose do medicamento, não necessitando, assim, o isolamento do paciente. Ademais, um
tratamento adequado é fundamental na prevenção de incapacidades físicas, uma vez que elas refletem a
qualidade do acesso ao diagnóstico, do acompanhamento dos casos durante o tratamento e pós-alta por cura.
Somado a isso, é possível identificar que existem tratamentos alternativos em complemento da PQT, como
o plasma rico em plaqueta no tratamento de úlcera trófica e a descompressão cirúrgica neural periférica
(DCNP), que é usada como uma terapia complementar ao tratamento clínico da neurite hansênica para
preservar a função neural. CONCLUSÃO: Tanto o tratamento, quanto o acompanhamento de pessoas com
hanseníase e seus contactantes, são realizados pelo SUS e os

1034
pacientes devem receber a primeira dose de cada cartela supervisionados por um profissional de saúde. O
tratamento é amplo e longo, tendo alternativas para o tratamento padrão, e seus objetivos principais são a
cura e a prevenção de incapacidades físicas.

Palavras-chave: Hanseníase, Tratamento, Poliquimioterapia.


REFERÊNCIAS:
CAVALCANTE, M. D. M. A.; LAROCCA, L. M.; CHAVES, M. M. N.. Múltiplas dimensões da gestão
do cuidado à hanseníase e os desafios para a eliminação. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v.
54, n. Rev. esc. enferm. USP, 2020 54, 2020.
CORIOLANO, C. R. F. et al.. Fatores associados ao tempo de ocorrência das reações hansênicas numa
coorte de 2008 a 2016 em Rondônia, Região Amazônica, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, n.
Cad. Saúde Pública, 2021 37(12), 2021.
CRUZ, R. C. DA S. et al. Clinical trial for uniform multidrug therapy for leprosy patients in Brazil (U-
MDT/CT-BR): Adverse effects approach. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 93, n. 3, p. 377–384,
2018.
GUIMARÃES, H. C. Q. C. P. et al.. Evidências científicas sobre as úlceras de pernas como sequela da
hanseníase. Acta Paulista de Enfermagem, v. 32, n. Acta paul. enferm., 2019 32(5), set. 2019.
GUNAWAN, H. et al. Clinical pilot study: Clarithromycin efficacy in multibacillary leprosy therapy. Int
J Mycobacteriol. v. 2, n. 1, p. 152-155, 2018.

1035
RELATO DE EXPERIÊNCIA: CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE
FAMÍLIA ACERCA DAS TÉCNICAS DE PRIMEIROS SOCORROS.

¹Samuel Jesus Amancio Bernardo 1º autor


¹Raissa Nara Vieira Pires 1º coautor
²Fernanda Coelho Lopes 2º coautor
³Paulo Henrique da Silva Menezes 3º coautor
1 Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; 2 Faculdade
Ciências da Vida, Sete Lagoas, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil;
3Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais,
Brasil.

Eixo temático: Enfermagem


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: samueljesusamancio@outlook.com

INTRODUÇÃO: Os primeiros socorros são cuidados iniciais aplicados antes da chegada da equipe
especializada por um profissional ou um leigo, para salvar uma vida, prevenir novas lesões e reduzir a
morbidade. No entanto, a prestação dessa assistência inicial requer do socorrista capacitação,
reconhecimento, avaliação e priorização, além de estar ciente de suas competências e limitações.
OBJETIVO: Relatar a experiência de uma capacitação de primeiros socorros realizada com profissionais
de saúde de uma estratégia de saúde da família. METODOLOGIA: Caracteriza-se por um estudo de relato
de experiência vivenciado pelos acadêmicos de enfermagem durante o internato clínico em uma unidade de
Estratégia de Saúde da Família do interior de Minas Gerais, no qual foi realizado durante um dia no turno
da manhã uma capacitação teórico-prática com os profissionais da unidade acerca das técnicas de primeiros
socorros. A capacitação foi realizada com 11 pessoas, sendo 6 agentes comunitários de saúde, 1 enfermeira,
1 técnica de enfermagem, 1 médico e 1 auxiliar de serviços gerais. RESULTADOS:Primeiramente, com
todos os profissionais sentados em círculo, foi solicitado que cada um contasse uma situação presenciada
acerca de um atendimento de primeiros socorros, no intuito de compreender a experiência dos profissionais
diante da temática abordada. Assim, foram mencionados casosde acidentes com familiares, algumas condutas
ou procedimentos que deveriam ser aplicados em uma cena, as medidas de biossegurança que deveriam ser
realizadas em um atendimento e o medo/falta de segurança para intervir em uma situação de
acidente/trauma. Após esse momento de troca de saberes entre os participantes deu-se início ao momento
de capacitação pelos acadêmicos de enfermagem, onde a cada tema abordado primeiramente ocorria a
explicação de forma teórica e em seguida a parte prática, no qual os participantes eram divididos em dupla
ou trios para que pudessem realizar uma simulação do conteúdo abordado sob orientação e supervisão dos
acadêmicos. Desse modo, foram realizados simulação de primeiros socorros em parada cardiorrespiratória,
acidentes com animais peçonhentos e venenosos, hemorragia, crise convulsiva, queimaduras, fratura,
perfuração, desmaio, intoxicações, hipoglicemia,obstrução de vias aéreas e queda. Foi possível evidenciar
grande parte dos profissionais sabem a importância da temática e de sua aplicação na prática cotidiana, no
entanto, devido à ausência de treinamento faz com que muitos deixem de aplicar as condutas quando
necessário pela insegurança de provocar um dano maior no paciente no qual está solicitando o
socorro.CONSIDERAÇÕES FINAIS: A intervenção realizada buscou capacitar a equipe de saúde da
família diante das condutas de primeiros socorros em uma cena de acidente/ trauma, demonstrando técnicas
e cuidados a serem aplicados durante o socorro. Durante a capacitação foi possível perceber que alguns
profissionais sabiam pelo menos uma técnica, entretanto alguns não se sentiam preparados para executá-
las devido a ausências de uma capacitação. Desse modo, pode-se concluir que a capacitação foi
extremamente importante para instruí-los e atualizados acerca do atendimento em primeiros socorros.
Portanto, notou-se que os profissionais compreenderam e reconheceram a importância da capacitação, onde
ficaram satisfeitos com a intervençãorealizada na unidade.

1036
Palavras-chave: Primeiros Socorros1, Estratégia de Saúde da Família2, Educação Continuada3.
REFERÊNCIAS:

DU, Wenqiong et al. A Novel Scenario-Based, Mixed-Reality Platform for Training Nontechnical Skills
of Battlefield First Aid: Prospective Interventional Study. JMIR Serious Games, v. 10, n. 4, p. e40727,
2022.

MINNA, Sihvo; LEENA, Hiltunen; TOMMI, Kärkkäinen. How to evaluate first aid skills after training: a
systematic review. Scandinavian Journal of Trauma, Resuscitation and Emergency Medicine, v. 30,
n. 1, p. 1-11, 2022.

OLIVEIRA, Larayne Gallo Farias; DA SILVA, Myria Ribeiro; DA SILVA, João Luis Almeida.
Treinamento em técnicas de urgência e emergência para profissionais da Estratégia de Saúde da Família:
uma revisão de escopo. Revista de Casos e Consultoria, v. 13, n. 1, p. E28487-E28487, 2022.

1037
EFEITOS TERAPÊUTICOS DA INGESTÃO DE CREATINA EM PACIENTES
COM DIABETES MELLITUS TIPO II: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Nadine Albuquerque Pereira

Paulo Carvalho de Paula

Eixo temático: Nutrição

Modalidade: Pôster/Apresentação oral

E-mail do 1° autor: nadinean4@outlook.com

Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma disfunção de origem múltipla, decorrente de defeitos
na secreção e/ou ação, resultando em hiperglicemia crônica. Devido ao aumento na incidência do de DM2
nas últimas décadas, torna-se cada vez mais importante a busca por recursos práticos para a contenção de
casos, ademais vem a ser proficiente conciliar o aumento de suplementação da creatina como possível
intervenção terapêutica. A creatina é uma amina nitrogenada, sendo sintetizada naturalmente pelos rins e
fígado, seu uso é crescente por aqueles que procuram hipertrofia, além disso mostra-se eficaz sua
aplicabilidade quando combinada com a prática de exercício físico para controle do nível glicêmico.
Objetivos: Averiguar os benefícios do consumo de creatina adjunto com a prática de atividade física no
controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2, como possível recurso para tratamento da patologia.
Métodos: Em estudo randomizado, duplo-cego controlado por placebo, aprovado pelo comitê de ética local,
em que todos os 25 participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, registrado como
NCT00992043. Os colaboradores foram inscritos em programa de treinamento físico, com grupos formados
por homens e mulheres acima de 45 anos, no qual 13 fizeram uso de 5mg do monoidratado de creatina e 12
do placebo, a mesma quantidade de dextrose, dosagem única durante o almoço no período de3 meses. Os
critérios de inclusão foi serem pré-diagnosticados com diabetes tipo 2, sem prática de exercício físico por
pelo menos um ano e com IMC ≥ 30. Os critérios de exclusão incluíram uso de insulina exógena, uso prévio
de suplementos de creatina, hipertensão não controlada (≥140/90 mm Hg), doenças cardiovasculares e/ou
distúrbios musculoesqueléticos que impossibilitassem a prática de exercícios, dieta vegetariana,
hemoglobina glicosilada (HbA1c) 9% e dislipidemia. Todos os pacientes passaram por treinamentos
aeróbicos de intensidade moderada combinado com exercícios de fortalecimento. Resultados: O desfecho
primário foi a análise do controle glicêmico, avaliado a partir das concentrações de HbA1c que apresentou
reduzido pela ingestão de creatina quando comparado com o grupo que fez uso do placebo, a diferença
estimada de médias com periodicidade de -1.9% para -0.4%. No desfecho secundário observaram-se no
grupo que utilizou creatina a diminuição da glicemia em intervalos de tempos

de 0, 30 e 60 minutos durante um teste de tolerância a refeição e o aumento da translocação de GLUT-4.


Nas observações feitas entre os grupos a insulina e concentrações de peptídeo C, substitutos da sensibilidade
à insulina, capacidade física, perfil lipídico e efeitos adversos foram semelhantes. Conclusão: A ingestão
de creatina quando combinada com a prática de exercícios físicos demonstrou melhora no controle
glicêmico nos pacientes diabéticos tipo 2, tornando-se possível uma abordagem não farmacológica e

1038
coadjuvante para o tratamento de DM2

Palavras-chave: Creatina; Diabetes mellitus tipo II; Atividade física; Controle glicêmico.

Referências Bibliográficas:

GUALANO, BRUNO et al. Creatine in type 2 diabetes: a randomized, double-blind, placebo-controlled


trial. MEDICINA E CIÊNCIA NO ESPORTE E EXERCÍCIO., setembro, 2010.

OTA, Gabriel E. et al. Efeitos da suplementação com creatina sobre o metabolismo glicêmico: uma revisão
sistemática. CIÊNCIAS DO ESPORTE, [s. l.], agosto 2018.

MCLELLAN, Kátia Cristina Portero et al. Diabetes mellitus do tipo 2, síndrome metabólica e modificação
no estilo de vida. REVISTA DE NUTRIÇÃO, [s. l.], set./out. 2007.

1039
1040
CUIDADOS INTENSIVOS AO PACIENTE COM CETOACIDOSE
METABÓLICA

¹Leandro Westphal

¹José Luiz do Nascimento Silva

²Eduardo Alves da Silva Júnior

³Guilia Rivele Souza Fagundes

4
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Universidade Maria Auxiliadora, Asunción, Paraguai; 1Universidade Federal de Pernambuco,


Recife, Pernambuco, Brasil; 2Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil; 3Universidade do sudoeste da Bahia -
UESB. Matina, Bahia, Brasil; 4Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: tuannybeatriz@outlook.com
INTRODUÇÃO: A cetoacidose metabólica é um estado de desequilíbrio metabólico resultante
na acumulação de ácidos orgânicos no sangue, geralmente como resultado de um aumento dos
níveis de cetonas. A cetoacidose metabólica pode ser causada por doenças crônicas, como diabetes
mellitus, ou por condições agudas, como infecções ou intoxicação alcoólica aguda. Os principais
sintomas incluem hiperglicemia, náuseas, vômitos, dor abdominal, fadiga, respiração rápida e
profunda, e alucinações. OBJETIVO: Dissertar sobre os cuidados intensivos ao paciente com
cetoacidose metabólica. METODOLOGIA: O estudo formou-se a partir de uma revisão
narrativa da literatura, construída através de artigos científicos com busca na base de dados
Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, com os seguintes descritores em ciências da saúde:
Cetoacidose Diabética; Complicações do Diabetes; Cuidados Críticos. Como critérios de inclusão
foram selecionados artigos publicados no período de 2013 a 2023, escritos em língua portuguesa.
RESULTADOS: Os cuidados intensivos em pacientes com cetoacidose metabólica incluem o
monitoramento constante para verificar a taxa de glicose, o pH sanguíneo, os níveis de eletrólitos
e a pressão arterial. Além disso, o paciente deve ser monitorado para sinais de desidratação, como
boca seca, pele seca, níveis reduzidos de urina, aumento da frequência cardíaca e frequência
respiratória, caso a paciente apresente algum desconforto respiratório. Entre os cuidados estão à
administração de líquidos, insulina e eletrólitos, o objetivo é normalizar os níveis de açúcar no
sangue, reduzir os níveis de cetonas no sangue e corrigir o balanço de eletrólitos. Os líquidos
administrados são destinados a repor o volume de líquidos perdidos através da diurese osmótica
e reduzir a concentração de cetonas no sangue. A insulina é usada para ajudar a reduzir os níveis
de açúcar no sangue e reduzir a produção de cetonas. Os eletrólitos são administrados para corrigir
o balanço de eletrólitos e ajudar a normalizar os níveis de açúcar no sangue. Além dos tratamentos
acima, também pode ser usada à terapia com ácido fólico para ajudar a corrigir os níveis de ácido
úrico no sangue. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A cetoacidose metabólica é uma complicação
grave que afeta principalmente os pacientes com diabetes. Se não for tratada adequadamente, pode
levar a complicações graves. Os cuidados intensivos são cruciais para prevenir e tratar a
cetoacidose, pois ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue, fornecem nutrição adequada,

1041
evitam complicações e ajudam a prevenir o desenvolvimento de outras complicações relacionadas
à cetoacidose.

Palavras-chave: Cetoacidose Diabética, Complicações do Diabetes, Cuidados Críticos.

REFERÊNCIAS:

FERRAN, K. et al. Abordagem da cetoacidose diabética na infância e adolescência. Revista de


Pediatria SOPERJ., v. 17 n.1, 2017.
JACOB, T. A.; et al. CETOACIDOSE DIABÉTICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research - BJSCR., v. 6, n. 2,, p. 50-53, 2014.
SILVA, J. F. T.; et al. Prática clínica de enfermagem no manejo ao paciente crítico com
cetoacidose diabética.
Nursing (São Paulo)., v. 25, n. 291, p. 8330-8341, 2022.

1042
DOI 10.29327/5208636.2-18

DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA FRENTE A LUXAÇÃO DA ATM

DIAGNOSIS AND THERAPY FOR TMJ DISLOCATION

MAYARA MARTINS BARBOSA 1


Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

ANDRÉS MIRANDA MACHADO DE MELO 2


Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

CARLOS LEONE FARIA MOREIRA 3


Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

SABRINA FERNANDES MARTINS 4


Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

EDUARDO STEHLING URBANO 5


Professor Associado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e cirurgião Bucomaxilofacial do
Hospital Universitário HU/UFJF

1043
Resumo

A luxação da articulação temporomandibular (ATM) ocorre quando o côndilo da mandíbula se desloca


da fossa glenóide e falha ao retornar à sua posição anatômica original. Esse evento pode ser recorrente ou
acontecer de forma espontânea, é indicada como recidivante quando pelo menos três episódios
consecutivos acontecem em um período de até seis meses. Clinicamente, a luxação da ATM apresenta-se
como dificuldade de fechar a boca, sialorréia, tensão nos músculos mastigatórios e muita dor na região
da articulação. A etiologia da luxação da ATM é multifatorial, podendo incluir: cavidade glenóide pouco
profunda, frouxidão do ligamento temporomandibular ou da cápsula articular e excessiva atividade do
músculo pterigóideo lateral e dos músculos infra-hioídeos devido uso de medicamentos ou alguma
patologia. A presença de um ou mais desses fatores somados ao simples ato de bocejar, rir, falar ou comer
podem desencadear em um processo de luxação e comprometer o bem-estar do indivíduo. O objetivo do
presente trabalho é relatar o processo diagnóstico e terapêutico no tratamento da luxação da ATM. Diante
disso, foi realizada uma pesquisa nas bases de dados: SciELO, Biblioteca Regional em Saúde (BVS),
Periódicos Capes e Google Acadêmico e 14 artigos foram selecionados a partir dos critérios de inclusão
e exclusão. O diagnóstico é essencial para elaboração de um tratamento ideal para cada caso. Um paciente
que sofre um episódio de luxação tende a apresentar principalmente dificuldade de abrir a boca, deflexão
e sialorréia. O tratamento irá depender das características clínicas do paciente e pode incluir tratamentos
não invasivos e a redução manual ou tratamentos cirúrgicos. O tratamento não invasivo é sempre o
primeiro a ser indicado e a Hemartrocentese é a primeira escolha por possuir bons resultados, mas também
pode ser utilizado a injeção de toxina botulínica no pterigóideo lateral e a injeção de agentes esclerosantes.
O tratamento cirúrgico é em último caso e a Eminectomia é a cirurgia com melhores resultados.

Palavras-chave: Articulação temporomandibular; Luxação; Terapia; Diagnóstico.

ABSTRACT

Dislocation of the temporomandibular joint occurs when the condyle of the mandible dislocates from the
glenoid fossa and fails to return to its original anatomical position. This event is multifactorial and can be
recurrent or happen spontaneously. Clinically, TMJ dislocation is presented as difficulty in closing the
mouth, sialorrhea, tension in the masticatory muscles and a lot of pain in the joint region. The etiology of
TMJ dislocation is multifactorial, and may include: shallow glenoid cavity, laxity of the temporomandibular
ligament or joint capsule and excessive activity of the lateral pterygoid muscle and infrahyoid muscles due
to the use of medication or some pathology. The presence of one or more of these factors, added to the
simple act of yawning, laughing, talking or eating, can trigger a dislocation process and compromise the
individual's well-being. The objective of the present work is to report the diagnostic and therapeutic process
in the treatment of TMJ dislocation. In view of this, a search was carried out in the databases: SciELO,
Regional Health Library (BVS), Periodicals Capes and Google Scholar and 14 articleswere selected based
on the inclusion and exclusion criteria. The diagnosis is essential for developing an ideal treatment for each
case. A patient who suffers an episode of dislocation tends to present mainly difficulty in opening the
mouth, deflection and sialorrhea. Treatment will depend on the clinical characteristics of the patient and
may include non-invasive treatments and manual reduction or surgical treatments. Non-invasive treatment
is always the first to be indicated and Hemarthrocentesis is the first choice because it has great results, but
injection of botulinum toxin in the lateral pterygoid and injection ofsclerosing agents can also be used.
Surgical treatment is the last resort and Eminectomy is surgery with the best results.

Keywords: Temporomandibular joint; Dislocation; Therapy; Diagnosis.

1044
1. INTRODUÇÃO

A luxação da articulação temporomandibular é um evento que ocorre quando o côndilo


ultrapassa a eminência articular e falha ao retornar à sua posição anatômica original,
perdendo contato entre as superfícies ósseas. Pode ser anterior, posterior, inferior
ou superior à ela. É indicada como recidivante quando pelo menos três episódios
consecutivos acontecem em um período de até seis meses. Esse deslocamento pode ser
autorreduzido ou subluxação, sem necessitar de tratamento clínico. Diversos fatores estão
associados a luxação recidivante, como: fossa articular rasa, frouxidão ligamentar ou
capsular e atividade musculares excessivas em decorrência de patologias e drogas. Dentre
as alternativas de tratamento, dois grandes grupos são descritos: os tratamentos
conservadores e os tratamentos cirúrgicos. Os principais tratamentos conservadores
descritos são: injeção intracapsular de soluções esclerosantes, injeção intramuscular de
toxina botulínica tipo A e aplicação de sangue autógeno. O tratamento conservador
permite que uma alternativa menos invasiva seja utilizada e prepara psicologicamente o
paciente para uma alternativa mais invasiva em caso de insucesso (JARDIM, et al., 2021).

A luxação pode ser descrita como aguda, crônica e recidivante. A luxação aguda é tratada
com redução manual com ou sem sedação do paciente, já a luxação crônica é definida
como um processo recorrente por resultado da frouxidão da cápsula articular. A luxação
recorrente ou recidivante é aquela com múltiplos episódios agudos devido às variações
anatômicas, frouxidão capsular e distonia do músculo pterigóideo lateral. O tratamento
pode ser conservador ou cirúrgico, de acordo com a necessidade do paciente e a etiologia
hipotética.

1.1 Etiologia

As luxações mandibulares são caracterizadas por disfunções da articulação


temporomandibular (DTM) e possuem inúmeras causas associadas a esse evento,
demonstrando-se assim, multicausal. A literatura traz como principais fatores, o trauma e
a abertura excessiva da mandíbula. Contudo, causas intra-articulares também podem
acometer a ATM e, são explicadas por um desenvolvimento ósseo deficiente da fossa
articular, crescimento demasiado da eminência articular, flacidez dos ligamentos da
articulação temporomandibular ou atividade muscular excessiva (ARANTES et al.,2019).
Além disso, doenças do tecido conjuntivo como a Síndrome de Ehlers-Danlos e a
Síndrome de Mafan predispõem o deslocamento do côndilo (SANTOS et al., 2019). Da

1045
mesma forma, drogas anti-psicóticas que causam efeito extrapiramidal podem estar
associadas aos episódios de luxação. Sendo assim, as luxações mandibulares podem ser
categorizadas como DTMs miogênicas, que são associadas aos distúrbios da musculatura
mastigatória ou DTMs artrógenas, que estão relacionadas à própria articulação
temporomandibular (DA SILVA et al., 2021).

1.2 Sintomatologia

Os sinais clínicos mais característicos causados por alterações das superfícies articulares
são o desvio mandibular e a deflexão mandibular durante o movimento de abertura bucal,
além dos sons articulares que podem aparecer concomitantes. Os distúrbios de
hipermobilidade da ATM podem ocorrer naturalmente ou ser um sinal indicativo de
instabilidade articular. Somado a esses sinais, o prognatismo da mandíbula, mordida
cruzada anterior e mordida aberta são características clássicas das luxações bilaterais da
articulação. Enquanto o desvio mandibular que define uma mudança na linha média para
o lado não afetado e a mordida cruzada no lado acometido são prevalentes em situações
unilaterais (DA SILVA et al., 2021)

Os indivíduos afetados pela luxação mandibular queixam-se principalmente de dor


orofacial na região pré-auricular bilateral, dificuldade de fechar a boca, sialorréia e
dificuldade para articular as palavras durante a fala. (SANTOS et al., 2019)

1.3 Anatomofisiologia da articulação Temporomandibular

Segundo Rizzolo e Madeira (2019), a articulação temporomandibular (ATM) é uma


articulação sinovial, complexa, interdependente, triaxial e única. Ela é considerada
ginglemoidal pois realiza movimentos de dobradiça e artroidal que são movimentos de
deslizamento (JÁCOME, PESSOA e CONCEIÇÃO, 2021). Sua composição inclui tecidos
ósseos como o côndilo, cavidade glenóide e eminência articular, bem como tecidos moles
representados pelas superfícies articulares, o disco articular, cartilagem e cápsula
articular, os ligamentos articulares e a membrana sinovial. As superfícies articulares são
compostas por fibrocartilagem diferente das demais articulações sinoviais do corpo
humano que é composta por cartilagem hialina. Entretanto, abaixo dessa fibrocartilagem
existe cartilagem hialina responsável pela produção de matriz óssea. O disco articular
também é composto por fibrocartilagem, todavia, não possui capacidade de remodelação
e regeneração. O disco divide a cavidade articular em supradiscal e infradiscal e se liga à

1046
eminência articular por fibras elásticas, ao côndilo por fibras colágenas e a cápsula por
meio do coxim retrodiscal. As fibras periféricas do disco (circulares) previnem o
achatamento do disco e as fibras centrais (ântero-posteriores) previnem o alargamento do
disco. A cápsula articular é fibrosa e bastante frouxa tornando possível os movimentos
mandibulares. Sua inserção é na eminência articular, côndilo e disco, prolongando-se até
a fóvea pterigóidea. A membrana sinovial recobre a cápsula internamente tanto no espaço
supradiscal quanto no espaço infradiscal. Sua função é a produção de sinóvia, garantindo
proteção e lubrificação.

1.4 Ligamentos da ATM

A articulação possui três ligamentos associados à ela, o primeiro é o ligamento


temporomandibular denominado de verdadeiro ligamento. Ele se insere no processo
zigomático, eminência articular e no côndilo. Tem ação limitante e atua como suspensão
da ATM, protegendo as estruturas por meio da limitação de movimentos retrusivos. Os
ligamentos acessórios são: esfenomandibular e estilomandibular. Esses, conferem suporte
ligamentar à ATM e não participam diretamente dos seus movimentos.

2. METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa em quatro bases de dados: SciELO, Biblioteca Regional em
Saúde (BVS), Periódicos Capes e Google Acadêmico entre os anos de 2012 e 2023, com
texto completo em português ou inglês, que possuíssem os descritores: luxação,
articulação temporomandibular, reabilitação, distonia muscular, transtornos articulares,
diagnóstico e tratamento. Foram excluídos artigos sem relação com a temática e em outros
idiomas. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 14 artigos foram analisados.

1047
3. RESULTADOS

Autor/País/Ano Objetivo Metodologia Resultados

Pinto, Guimarães e Coutinho, Promoveu uma discussão sobre a Sob anestesia geral, realizaram A eminectomia é atualmente o
Brasil, 2012. eminectomia e apresentou caso uma eminectomia bilateral para o tratamento mais eficaz e
clínico tratado cirurgicamente tratamento definitivo da luxação definitivo para a luxação da
por essa técnica e seu resultado recidivante da ATM. ATM recidivante, em razão da
Primeiramente realizaram a reparação da função articular.
abordagem na ATM direita e em
seguida a intervenção na ATM
esquerda. Após a remoção da
eminência articular,
regularizaram a área óssea com
auxílio de uma broca
multilaminada. Ao concluir a
osteotomia, foram realizados
movimentos mandibulares para
verificação de interferências na
trajetória do côndilo e promover
algum ajuste cirúrgico necessário

Miranda, Brasil, 2016 Descreveu os benefícios após o A técnica utilizada nesta Após a realização do tratamento
uso de uma técnica pesquisa envolveu uma limitação no paciente utilizando a técnica,
conservadora. de abertura de boca por meio do não houve recorrência da
posicionamento de uma espátula luxação e a dor diminuiu.
sob os incisivos centrais e
realização de abertura bucal até
atingir a marcação desejada. Três
séries com 10 repetições foram
solicitadas com o guia limitador
para gerar uma memória
muscular que limita a abertura da
boca e evita a luxação da ATM.

Tenório et al., Brasil, 2016 Apresentou um caso clínico de Sob anestesia geral e intubação O acompanhamento radiográfico
paciente com luxação condilar nasotraqueal realizaram a pós -operatório demonstrou
prolongada que persistiu por manobra de Nelaton, porém não redução completa dos côndilos
mais de 8 meses e seu tratamento obtiveram sucesso. Com isso, da mandíbula na posição normal.
com a eminectomia. realizaram um acesso pré- Clinicamente, houve melhora
auricular, seguido de divulsão protrusão mandibular e má
romba até a fáscia profunda do oclusão e a função da ATM foi
músculo temporal e estendido restaurada, com abertura bucal
inferiormente até a fáscia satisfatória e sem desvios no
temporal do osso zigomático e pós-operatório de seis meses.
cápsula lateral da ATM,
permitindo a realização da
eminectomia bilateral. Além
disso, realizaram a
coronoidectomia bilateral para
aliviar a tensão da musculatura
temporal, permitindo a redução
da luxação sem barreiras
mecânicas. Em seguida, fizeram
a fixação intermaxilar com
elásticos e parafusos IMF por 15
dias para evitar recidiva no
período pós-operatório.

Demétrio et al., Brasil, 2018 Apresentou dois casos clínicos Sob anestesia geral os pacientes A hemartrocentese é um
de pacientes com histórico de tiveram o nervo auriculotemporal procedimento viável e de baixo
luxação recidivante, cujo anestesiado com lidocaína 2% e custo. É uma técnica
tratamento inicial proposto foi a em seguida foi demarcado uma minimamente invasiva que
linha que vai do tragus ao canto produz menos danos ao paciente.

1048
hemartrocentese. externo do olho 10 mm anterior É uma alternativa de primeira
ao tragus e 2 mm inferior a ele, linha no tratamento
onde a primeira agulha foi minimamente invasivo
inserida e atingiu o espaço
supradiscal. A segunda agulha
foi colocada no espaço
supradiscal para permitir a saída
do líquido durante a lavagem.
Após a realização da artrocentese
foi feita a injeção do sangue
autólogo colhido no pré
operatório via braquial. 3 ml
foram injetados no espaço
pericapsular e ao final é aplicado
uma bandagem elástica por 1
semana.

Tocaciu, McCullough e Realizou uma revisão sistemática Realizaram uma revisão por As técnicas minimamente
Dimitroulis, Austrália, 2019. acerca do tratamento da luxação meio das diretrizes PRISMA invasivas incluem:
recidivante da ATM com artigos publicados de 2006 a hemartrocentese com 80% de
2016. Após os critérios de sucesso geral. A escleroterapia
inclusão e exclusão 33 artigos com OK432, toxina botulínica
foram analisados. no pterigóideo lateral também
mostraram taxas de sucesso
promissoras. As técnicas
cirúrgicas como a plicatura de
disco, e a eminectomia tiveram
taxas de sucesso iguais.

Santos et al., Brasil, 2019 Relatou um caso de eminectomia Sob anestesia geral realizaram Após o procedimento cirúrgico,
bilateral para tratamento de um acesso endaural com incisão houve cessação dos sinais e
luxação crônica paralela e lateral ao tragus sintomas prévios e ausência de
seguido de divulsão no sentido recidiva em seis meses de
ântero-superior e exposição das acompanhamento. A
superfície articular superior eminectomia bilateral
através da cápsula articular.
Posteriormente, fizeram a demonstrou ser um
osteotomia da eminência procedimento exitoso para a
articular em toda sua espessura. correção da luxação prolongada,
Os operadores executam os permitindo a
movimentos articulares a fim de
observar qualquer interferência redução condilar e a recuperação
funcional e realizaram o funcional dos movimentos
fechamento com suturas. mandibulares.

Cecilio, Brasil, 2019 Esse estudo se propôs a Foi desenvolvida uma revisão Os tratamentos não invasivos,
identificar quais os métodos sistemática seguindo as concentraram-se em sua maioria
mais eficazes no tratamento das recomendações PRISMA, tendo no uso da injeção autóloga de
luxações recidivantes de ATM e como estratégia de busca em sangue na ATM e para o
suas evidências científicas. cinco diferentes bases de dados tratamento cirúrgico,
(Pubmed, Scopus, Medline, The destacaram-se principalmente a
Cochrane Library, Web of eminectomia como
science). Foram utilizados 20 procedimento principal.
artigos.

Arantes et al., Brasil, 2019 Apresentou o relato de um caso Sob anestesia geral e intubação O tratamento deste caso através
clínico de uma paciente com naso-traqueal, realizaram um de eminectomia mostrou-se
luxação recidivante da ATM acesso de Al Kayat e uma eficiente e adequado
tratada por eminectomia. osteotomia da eminência
articular com clivagem finalizada
com cinzel reto e a osteoplastia
com brocas para desgaste. No
transcirúrgico simulam os
movimentos de abertura e

1049
fechamento da boca para
visualizar a excursão correta e
sem interferências dos côndilos
em ambos os lados.

Cristaldo et al., Brasil, 2020 Relatou um caso de uma Sob anestesia geral foi realizado Após 36 meses a paciente
paciente com um quadro severo uma incisão medialmente à borda apresentou ausência de
de luxação recidivante associado lateral do tragus e a divulsão foi sintomatologia dolorosa,
à distonia muscular que foi direcionada no sentido ântero ausência de disfunção
tratada cirurgicamente pela superior e ligeiramente medial temporomandibular e nenhuma
eminectomia até o arco zigomático. Após a ocorrência de luxação pós
exposição da eminência articular, cirurgia.
realizaram uma osteotomia com
cinzel e martelo e remoção da
eminência articular. Feito isso,
realizaram os movimentos
mandibulares para averiguar
interferências.

Nascimento et al., Brasil, 2020 Relata um caso de uma paciente Sob anestesia local delimitaram A técnica utilizada apresenta
com luxação recidivante da uma linha de referência do tragus resultados consistentes como
ATM tratada de forma ao canto do olho, marcando um tratamento conservador. Apesar
conservadora, mediante injeção ponto de 10mm anteriormente ao da não visualização direta das
de sangue autólogo tragus e 2 mm abaixo da linha de estruturas da ATM, trata-se de
referência, onde inseriram uma uma técnica de simples execução
agulha descartável estéril. O quando planejada
segundo ponto foi marcado a adequadamente, com baixo
20mm do tragus e a 10mm índice de complicações e boa
abaixo da linha de referência, no recuperação pós operatória.
qual inseriram a segunda agulha.
A primeira agulha usou-se 20 ml
de soro fisiológico 0,9% para
lavagem da ATM. A segunda
agulha foi retirada e foi coletado
5ml de sangue da fossa cubital,
dos quais 4 ml foram injetados
no espaço articular superior e
1ml no tecido pericapsular de
ambas as articulações, seguido de
fixação intermaxilar utilizando
parafusos de IMF com elástico
ortodôntico pesado.

Da Silva et al., Brasil, 2021 Revisou a literatura acerca de Busca nas bases de dados A etiologia dos distúrbios
fatores etiológicos, PubMed, SciELO e Google intracapsulares são multifatoriais
sintomatologia, métodos e Acadêmico entre os anos de 2005 com sintomas comuns como: dor
modalidades de tratamento para e 2020. orofacial, limitação de
distúrbios intracapsulares da movimentos mandibulares e
ATM. ruídos articulares. O exame de
imagem é decisivo para o
diagnóstico. O tratamento
cirúrgico é ideal quando os
conservadores não obtiveram
sucesso.

Jardim et al., Brasil, 2021 Relatou um caso clínico de uma O procedimento cirúrgico foi A utilização de placas evitou a
paciente com história de luxação realizado sob anestesia geral, hiperexcursão e remissão do
mandibular recidivante tratada com a paciente em decúbito quadro. É um procedimento
com utilização de miniplacas de dorsal. Por meio de um acesso menos agressivo e reversível. A
titânio pré-auricular evidenciou-se a técnica utilizada demonstrou
região de eminência articular e, bom prognóstico.
imediatamente anterior a ela,
instalaram uma miniplaca de
titânio em formato de duplo T
com curvatura de
aproximadamente 90º, que foi
modelada durante o ato cirúrgico.

1050
Jácome, Pessoa e Conceição, Revisou a literatura com Realizaram uma pesquisa nas A luxação é associada a fatores
Brasil, 2021 finalidade de esclarecer as bases de dados como o PubMed, genéticos ou o simples ato de
causas da luxação da ATM e SciELO, e Biblioteca Virtual em abrir a boca. O tratamento pode
possíveis tratamentos Saúde com os descritores ser imediato e é função do
articulação temporomandibular, cirurgião-dentista conhecer as
luxações articulares e técnicas de reposicionamento do
subluxação. Foram utilizados côndilo.
artigos científicos internacionais
dos últimos 11 anos.

Nunes et al., Brasil, 2023 Revisou a literatura acerca das Realizaram uma pesquisa nas A escolha da terapia para o
terapias não cirúrgicas para o bases de dados PubMed e LilacS tratamento das luxações irá
tratamento da luxação da ATM com os descritores depender do tipo de luxação,
Temporomandibular joint, joint perfil e sintomas do paciente. A
dislocation, rehabilitation com injeção botulínica se mostrou
filtros de ensaio clínico eficaz no tratamento. A
controlado e ensaio clínico artrocentese, injeção de ácido
randomizado. Após isso 16 hialurônico são eficazes no
artigos foram selecionados e deslocamento de disco e
analisados luxações com mínimos efeitos
adversos.

4. DISCUSSÃO

A luxação da ATM é resultante de agravos multifatoriais e diagnosticada devido a


sintomatologia apresentada. A anatomia da região articular, hábitos parafuncionais e
relaxamento dos ligamentos estão associados à sua ocorrência e a incidência da luxação
da ATM é mais alta em mulheres com idade média de 37 anos (CECILIO, 2019).

De acordo com o estudo de Jácome, Pessoa e Conceição (2021) a subluxação é aquela


que ocorre quando o deslocamento do côndilo retorna sozinho para a posição anatômica
ideal. Quando esse evento não for auto reduzido e precisar de intervenção profissional é
denominado luxação aguda, crônica ou recidivante. É importante um diagnóstico ideal
para que o tratamento seja correto e a realocação seja feita o mais rápido possível. A
redução manual é feita por meio de duas técnicas conhecidas como método hipocrático
ou pivô de punho com ou sem uso de analgésicos. A redução manual hipocrática precisa
de forças e podem gerar lesões nos polegares devido a contração massetérica em uma
redução eficiente. O método de pivô de punho é feito segurando a mandíbula pelo mento
com os polegares e os dedos nos molares inferiores e realizando a aplicação de forças
para cima nos polegares e para baixo com os dedos.

Da Silva et al. revisou a literatura sobre os fatores etiológicos e as modalidades de


tratamento e concluiu que o exame de imagem é decisivo para o diagnóstico e os

1051
tratamentos minimamente invasivos são os mais indicados. O tratamento cirúrgico é ideal
quando os conservadores não obtiveram sucesso. Os tratamentos minimamente invasivos
consistem em uma modalidade terapêutica para a luxação sem necessidade de intervenção
cirúrgica aberta. Existem diferentes modalidades terapêuticas minimamente invasivas que
têm sido utilizadas para o tratamento da luxação da ATM. Entretanto, por se trataremde
métodos mais conservadores, acabam promovendo apenas um alívio temporário dos
sintomas, não atuando sobre as causas nem impedindo a recorrência (PINTO;
GUIMARÃES; COUTINHO, 2012).

Dois autores, Nascimento et al. (2020) e Demétrio et al. (2018) concluíram que a
Hemartrocentese ou injeção de sangue autólogo é um procedimento de baixo custo que
produz menos agravos ao paciente. É considerada uma técnica conservadora de primeira
linha para o tratamento da luxação da ATM de simples execução, baixo índice de
complicações e boa recuperação pós-operatória, quando comparada a cirurgia aberta.
Tocaciu, McCullough & Dimitroulis relataram outros tipos de tratamentos conservadores
que envolve a injeção de dextrose modificada no espaço articular e a capsulorrafia
eletrotérmica, cujo a finalidade é induzir fibrose tecidual da ATM. Também relatou a
utilização de agentes esclerosantes como o OK-432 que induz resposta inflamatória no
local resultando em fibrose. Esse tratamento é indicado para pacientes inadequados para
o tratamento cirúrgico e é contraindicado em alérgicos à penicilina.

O uso da toxina botulínica nos músculos mastigatórios para o tratamento da luxação


temporomandibular recorrente é capaz de reduzir a frequência de luxações. Pode ser
realizado intra ou extra oralmente no pterigóideo lateral e é um método seguro e eficaz
que atua na inibição da excitação muscular e promove o relaxamento da musculatura. É
um método aplicável em diferentes tipos de pacientes, principalmente aqueles que não
podem ser submetidos a tratamentos cirúrgicos. (YOSHIDA, 2018; NUNES et al., 2023).

O estudo de Miranda (2016) descreveu uma técnica conservadora que consiste na


limitação de abertura bucal por meio de posicionamento da uma espátula sob os incisivos
centrais e realizar a abertura bucal até a marcação desejada. Foi realizada três séries com
10 repetições com o guia limitador com intuito de gerar uma memória muscular que limita
a abertura da boca e evita a luxação da ATM. A dor à palpação nos músculos
mastigatórios após o tratamento foi ausente, entretanto a dor na ATM permaneceu e não
houve recorrência da luxação.

1052
O tratamento cirúrgico ou invasivo passa a ser uma opção quando os métodos
minimamente invasivos não são mais eficazes. A eminectomia é considerada o padrão
ouro para correção da luxação da ATM e quando planejada de forma ideal apresenta bons
resultados e mínimas chances de recidiva. É um procedimento cirúrgico que visa a
diminuição ou remoção da eminência articular e permite que o côndilo retorne à sua
posição anatômica correta. (LIDDELL, PEREZ, 2015; SANTOS et al., 2019). Os estudos
de Cristaldo et al. (2020) e Tenório et al. (2016) relataram casos clínicos de pacientes com
luxação recidivante tratados cirurgicamente com a eminectomia e obtiveram bons
resultados, que envolveu a reparação articular, redução completa dos côndilos, melhora
no movimento de protrusão mandibular e má oclusão e uma abertura bucal satisfatória.
Como citado por Arantes et al. (2019) a sintomatologia do pós-cirúrgico pode ser relatada
e incluiu: diminuição da abertura máxima da boca, crepitações, estalidos e dor.

Outros métodos cirúrgicos também foram encontrados na literatura, que incluem a


utilização de miniplacas e parafusos na eminência articular com intuito de aumentar seu
tamanho e prevenir a luxação. Jardim et al. (2021) relatou a técnica de utilização de
miniplacas de titânio em forma de T na eminência e obteve redução da hiperexcursão e
remissão do quadro. Trata-se de um procedimento menos agressivo e reversível, com bom
prognóstico.

1053
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto é possível concluir que:

● As técnicas de intervenção minimamente invasivas são a primeira opção no


tratamento da luxação. A redução manual é indicada em casos de luxação aguda
e para o tratamento da luxação recidivante a Hemartrocentese possui bons
resultados.
● A injeção de toxina botulínica no pterigóideo lateral e uso de agentes esclerosantes
nos espaços articulares também é indicado em casos em que não existe
possibilidade de realizar o tratamento cirúrgico.
● O tratamento cirúrgico passa a ser indicado quando não houver bom prognóstico
nos tratamentos menos invasivos e a Eminectomia possui bons resultados inibindo
a luxação recidivante.

REFERÊNCIAS

ARANTES, E. B. R. Tratamento de luxação mandibular crônica com eminectomia:


relato de caso. Revista Fluminense de Odontologia, v.1 n.1, 2019.

CECÍLIO, S. C. Quais métodos de tratamento para luxação recidivante da ATM com


maior evidência científica?. 2019. 37f. Dissertação (Mestrado em Ciências
Odontológicas) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, Natal, 2019.

CRISTALDO, E. E. et al. Eminectomia para tratamento de luxação recidivante da


ATM. Revista de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, v.20, n.1, p. 22-26,
2020.

DA SILVA, G. C. B. et al. Intracapsular disorders of temporomandibular joint: from


semiology to therapeutic: a literature review. Research, Society and Development,
v. 10, n. 3, p. e12510313189, 2021.

DEMÉTRIO, M. S. et al. Hemartrocentese: tratamento adjunto para luxação crônica


da ATM. Revista Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, v. 65050, p. 490,
2018.

JÁCOME, H. N.; DOS SANTOS, T. R. P.; DA CONCEIÇÃO, L. S.. Abordagem


odontológica no atendimento da luxação da ATM: revisão de literatura. Facit
Business and Technology Journal, v. 1, n. 26, 2021.

JARDIM, V. B. F. et al. Tratamento cirúrgico de luxação recidivante da mandíbula -


relato de caso. Odontologia. Revista de Odontologia Clínica-Ciente, v.20, n.3, p.
93-97, 2021.

1054
MIRANDA, G. A. et al. Avaliação dos benefícios de uma técnica conservadora no
tratamento da luxação da atm: relato de caso. Instituto de Ciência da Saúde, 2018.

NASCIMENTO, S. C et al. Recurrent luxation of TMJ treated with hemotherapy and


intermaxillary fixation. J Braz Coll Oral Maxillofac Surgery, v.6, n.2, p.27-31,
2020.

NUNES, A. H. et al. Alternativas de tratamentos para pacientes com luxação de ATM:


revisão integrativa. Brazilian Journal of Development, v.9, n.1, p.3570-3588, 2023.

PINTO, L. A. P. F.; GUIMARÃES, M. A. A.; COUTINHO, M. A.. Eminectomy: a


treatment option for recurrent temporomandibular joint. Revista de Cirurgia e
Traumatologia Buco-maxilo-facial, v. 12, n. 1, p. 53-60, 2012.

SANTOS, E. A. et al. Eminectomia como tratamento para luxação crônica prolongada


da atm: relato de caso. Revista de Odontologia Araçatuba, v.40, p. 19-23, 2019.

TENÓRIO, J. R. et al. Abordagem cirúrgica de Luxação Condilar Prolongada.


Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, v.71, n.1, p. 50-52, 2017.

TOCACIU, S.; MCCULLOUGH, M. J.;DIMITROULIS, G. Surgical management of


recurrent TMJ dislocation - a systematic review. Oral and Maxillofacial Surgery, v.
23, p. 35-45, 2019.

1055
DOI 10.29327/1192726.1-47

A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO FRENTE AO DIAGNÓSTICO


PRECOCE DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

1
Tatiane Araujo de Oliveira Ferreira
1
Tayane de Oliveira Ferreira
1
Maria da Glória Amaral
1
Roziclea Estevão do Nascimento

1Faculdade Bezerra de Araújo, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Eixo temático: Temas Livres em Ciências da Saúde


Modalidade: Apresentação oral
E-mail do 1° autor: araujo0413@gmail.com

INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, de


início na primeira infância, que afeta o indivíduo de forma persistente com déficits na interação e
comunicação social recíproca, em múltiplos contextos, acompanhado por padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades. Tendo como prevalência, 1 para cada 30 crianças e adolescentes
entre 03 e 17 anos. Sendo o sexo masculino quatro vezes mais diagnosticado que o feminino. A genética e
fatores ambientais são apontados como principal precursor para o transtorno. OBJETIVO: Descrever a
importância do enfermeiro frente ao diagnóstico precoce do TEA. METODOLOGIA: O estudo trata-se
de uma revisão da literatura, utilizando a metodologia do tipo pesquisa bibliográfica, com abordagem
qualitativa, realizada no mês de fevereiro de 2023. Partindo de levantamentos em livros, e artigos
disponíveis nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
Bases de Dados em Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
(MEDLINE), através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Para a busca foram utilizados os descritores
“Transtorno do Espectro Autista”, “Autismo”, “Diagnóstico precoce” e “Enfermagem”. Foram aplicados
como critérios de inclusão: artigos nos idiomas inglês e português, dos últimos cinco anos, disponíveis
gratuitamente, em texto completo. E como critérios de exclusão: artigos repetidos e que não abordassem a
temática para discussão e descrição do tema proposto. RESULTADOS: Em análise do estudo,
compreende-se que o TEA teve um aumento significativo quanto ao número de diagnósticos. Contudo,
estudos na mesma linha, apontam o despreparo dos profissionais de saúde para uma avaliação clínica de
qualidade, na observância e compreensão dos sinais e sintomas para o TEA. O enfermeiro acompanha o
indivíduo em sua totalidade, nesse sentido, o acolhimento à criança com suspeita no atraso do
neurodesenvolvimento, se dá em grande escala na atenção primária à saúde, a estes profissionais. Com isso,
o enfermeiro, como parte integrante da equipe multidisciplinar no apoio a investigação precoce do TEA,
irá realizar a avaliação, diagnóstico e prescrição de enfermagem para esses pacientes. No entanto, o
profissional de enfermagem não é visto e nem falado quando se trata de diagnósticos no TEA. Enfatizando
a importância do acompanhamento destes pacientes de forma precoce, tendo em vista que se o transtorno
não for tratado, pode acarretar prejuízos somatórios que dificultarão seu progresso clínico, podendo
acarretar mais prejuízos para o indivíduo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, este estudo evidencia
a importância de atualizações dos profissionais de saúde quanto ao entendimento nos sinais e sintomas do
TEA, aplicação e uso de escalas de rastreio. Na atenção básica, o enfermeiro quem avalia a criança desde
o nascimento, e ele tem qualificação para apontar sinais e sintomas de atraso no neurodesenvolvimento,
porém isso não é abordado em pesquisas cujo tema é o TEA. A maior parte das pesquisas publicadas
envolve psicólogos e/ou educadores, o que dificultou no levantamento de artigos para esta pesquisa. O
profissional de enfermagem como parte integrante da equipe multidisciplinar está apto para o rastreio,
diagnóstico precoce e acompanhamento dos pacientes com TEA.

1056
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista, Autismo, Diagnóstico precoce, Enfermagem.

REFERÊNCIAS:

DSM-5-TR. American Psychiatry Association (APA). Manual e Estatístico de Transtornos Mentais.


Porto Alegre: Artmed. 2023. p. 57-68.

JAMA, Pediatr. JAMA Pediatr. Prevalence of Autism Spectrum Disorder Among Children and
Adolescents in the United States From 2019 to 2020, USA, 2022. Disponível em:
doi:10.1001/jamapediatrics.2022.1846. Acesso em: 22 fev. 2023.

KERCHES, DEBORAH COORDENADORA. Autismo ao longo da vida. 1. ed. São Paulo: Literare
Books International, v. I, 2022. 344 p.

STEFFEN,. F..; DE PAULA,. F..; MARTINS,. M. F..; LÓPEZ,. L. DIAGNÓSTICO PRECOCE DE


AUTISMO: UMA REVISÃO LITERÁRIA, REVISTA SAÚDE MULTIDISCIPLINAR, v. 6, n. 2, 2020.
Disponível em: http://revistas.famp.edu.br/revistasaudemultidisciplinar/article/view/91. Acesso em: 27
fev. 2023.

1057
POLIMORFISMOS DOS GENES TP53 E MDR-1, SUSCEPTIBILIDADE E
RESPOSTA À QUIMIOTERAPIA

1
Leandro westphal

¹Danielle Almeida Santos Paes Ferreira

2
Larissa Barbosa Moreira

3
Wanderson Alves Ribeiro

4
Rubens Barbosa Rezende

5
Milena Passos Victor

6
Brunno Raxyson Gomes da Silva

7
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Universidade Maria Auxiliadora. Asunción, Paraguai; 1Universidade Federal de Santa Maria


(UFSM). Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil; 2Universidade federal do Pará. Belém do Pará,
Pará, Brasil;3Universidade Iguaçu. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil; 4Universidade Federal
de São Paulo. Santos, São Paulo, Brasil; 5 Universitário do Planalto Central Apparecido dos
Santos. Gama, Distrito Federal, Brasil; 6Universidade Federal de Alagoas. Maceió, Alagoas,
Brasil; 7Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia,, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: drleandrowe@gmail.com

INTRODUÇÃO: Os polimorfismos dos genes TP53 e MDR-1 desempenham um papel


importante na susceptibilidade e resposta à quimioterapia. O gene TP53 codifica a proteína p53,
que é um supressor tumoral conhecido que desempenha um papel na apoptose, no reparo do DNA
e na manutenção da integridade genética. O gene MDR-1 codifica a proteína da bomba de efluxo
de multidrogas (MDR), responsável pela resistência às drogas, uma vez que impede a entrada de
drogas no citoplasma. Portanto, os polimorfismos desses genes são considerados fatores
importantes para determinar a susceptibilidade e a resposta à quimioterapia. OBJETIVO:
Discorrer sobre os polimorfismos dos genes TP53 e MDR-1: susceptibilidade e resposta à
quimioterapia. METODOLOGIA: Este trabalho consiste em uma revisão de literatura com busca
na base de dados: PubMed. Elaborada por artigos científicos, com os seguintes descritores em
ciências da saúde: Genes TP53, Genes MDR1, Polimorfismo Genético. Como critérios de
inclusão foram selecionados artigos publicados em língua portuguesa e inglesa. RESULTADOS:

1058
O polimorfismo do gene TP53 é um tipo de variação no DNA que afeta a expressão deste gene.
O gene TP53 é responsável pela regulação da resposta celular às mutações genéticas. Em casos
de câncer, o polimorfismo do gene TP53 pode aumentar o risco de desenvolver a doença, bem
como a susceptibilidade à quimioterapia. O polimorfismo do gene MDR-1 também é uma
variação do DNA que afeta a expressão deste gene. O gene MDR-1 codifica a proteína P-gp, que
tem a função de "bomba de efluxo". A glicoproteína-P (P-gp) é responsável por regular a absorção
de medicamentos, como a quimioterapia, e também é responsável por aumentar a resistência à
quimioterapia. Portanto, o polimorfismo do gene MDR-1 pode aumentar a resistência à
quimioterapia. Os polimorfismos dos genes TP53 e MDR-1 têm sido associados à
susceptibilidade e resposta à quimioterapia, sendo importantes para determinar a susceptibilidade
ao câncer, bem como a resposta à terapia. Além disso, os polimorfismos do gene MDR-1 são
importantes para determinar a resistência a alguns fármacos quimioterápicos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A investigação sobre os polimorfismos dos genes TP53 e MDR-
1 e sua associação com a susceptibilidade e resposta à quimioterapia tem aumentado, pois esta
informação poderá ser usada para selecionar o melhor tratamento para um paciente. No entanto,
mais estudos são necessários para melhor entender a associação entre os polimorfismos destes
genes e a resposta à quimioterapia.

Palavras-chave: Genes TP53, Genes MDR1, Polimorfismo Genético.

REFERÊNCIAS:
KHADANG, B.; et al. Polymorphism of TP53 codon 72 showed no association with breast cancer
in Iranian women. Cancer Genet Cytogenet., v. 173, n. 1, p. 38-42, 2006.
NGUYEN, K. T.; et al. Transactivation of the human multidrug resistance (MDR1) gene promoter
by p53 mutants. Oncology Research and Treatment., v. 6, n. 2, p. 71-77, 1994.
SULLIVAN, A.; et al. Polymorphism in wild-type p53 modulates response to chemotherapy in
vitro and in vivo. Oncogene., v. 23, n. 1, p. 3328-3337, 2004.

1059
DOI 10.29327/5208636.2-21

DETERMINANTES EM SAÚDE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO DURANTE


E PÓS-PANDEMIA DE COVID-19

DETERMINANTS OF HEALTH IN THE BRAZILIAN TERRITORY DURING


AND AFTER THE PANDEMICS OF COVID-19

ALAN SALES BARBOSA


Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Fisiologia e Farmacologia (PPG FisFar)
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

SÉRGIO XAVIER DE CAMARGO


Professor Doutor do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina
(FAMED) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

1060
Resumo
Os determinantes sociais da saúde são fatores coletivos que influenciam o estado de saúde
de uma população e de cada um de seus indivíduos, os quais reproduzem tais
determinantes por estruturas sociais, econômicas, políticas e, em geral, culturais. Em
outro capítulo sobre o período pré-pandemia no Brasil foram observados determinantes
estruturais em saúde as condições de educação, emprego e renda. Esses fatores
correlacionam-se também à tomada de decisões governamentais, as quais perpassam o
conceito de princípios formais no Direito como comandos normativos a quem cabe
decidir, e percebe-se a aplicação de tais princípios jurídicos de forma política como
importantes determinantes da saúde. Este estudo objetivou analisar o papel de tal legado
e de determinantes mais recentes para a condição de saúde-doença no Brasil, a partir de
análises de dados do Ministério da Saúde – qualitativas, críticas e lógico-
dedutivas/indutivas, ou quantitativas, a partir de dados brutos. Concluiu-se que medidas
de distanciamento social foram importantes sobretudo no início da pandemia, embora
tardias e insuficientes pelo conjunto socioeconômico material pré-estabelecido e,
sobretudo, pela lentidão ou advertidas negligências político-administrativas, mantendo o
país em ondas de novos picos de casos e óbitos, e estendendo o período de pandemia.
Apenas a vacinação em massa foi e será o determinante mais relevante para a redução da
mortalidade por COVID-19, controlando a pandemia em todas as macrorregiões
brasileiras e em todas as camadas da sociedade, especialmente as mais vulneráveis, o que
depende de planos de Estado antenados aos contextos internacionais e nacionais.
Palavras-chave: Determinantes Sociais de Saúde; macrorregiões socioeconômicas
brasileiras; pandemia de COVID-19.

ABSTRACT
The social determinants of health are collective factors which influence the state of health
of a population and each member of it, who cocreate such health determinants by social,
economic, political and, in general, cultural structures. In another chapter’s analysis on
the pre-COVID period in Brazil, conditions of education, work, and income were
observed as structural determinants of health. Once knowing that these factors
intercorrelate also by governmental decision-making, which pervades the concept of
formal principles in Law as normative commands of to whom should decide, the political
application of such legal principles can be seen as an important determinant of health.
This work aimed to investigate the role of the Brazilian structural legacy and of novel,
more recent determinants of health and disease throughout the country by means of
qualitative, critical and logical analyses, as well as quantitative ones from raw data made
available by the Ministry of Health. As per conclusion, social distancing measures were
observed as important, especially during the beginning of the pandemics. However, they
were also late and insufficient due to the pre-stablished material structures and, mainly,
by the slowness or adverted neglect of political-administrative members and sectors,
keeping the country in waves of new peaks of infection and deaths, and extending the
pandemics. Only mass vaccination was and will be the main determinant of health in order
to reduce mortality by COVID-19, controlling the pandemics in in all of the Brazilian
macroregions and society layers, especially the most vulnerable, which depend of State
plans in close tunning with the international and national contexts.
Keywords: Social Determinants of Health; socioeconomical macroregions of Brazil;
COVID-19 pandemics.

1061
1 INTRODUÇÃO

O conceito de saúde proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no pós-guerra,


definido como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social”
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2020), significou importante ampliação
para além do biológico. Este estudo enfatiza a dimensão social e seus fatores derivados.
Deles, surge o conceito de determinantes sociais em saúde (DSS), os quais não excluem
as demais dimensões (física e mental), tampouco ignoram os indivíduos e seus fatores
intrínsecos. Esses determinantes em saúde desvelam fatores sociais relevantes para esse
bem-estar holístico, perpassando as vivências individuais e coletivas, co-formados em
interdependência 5.

Embora não se restrinja a isso, a condição de doença é certamente, por definição,


ínsita à condição de saúde. A COVID-19 é uma enfermidade ainda em estudo em humanos
que se infectaram por variantes do vírus SARS-CoV-2 (severe acute respiratorysyndrome
coronavirus 2), com impactos físicos aguda e principalmente respiratórios (emdiferentes
graus), com agravos mentais e sociais crônica e epidemiologicamente, dada sua relativa
alta taxa de mortalidade e, crescentemente mais observada, taxa de morbidade(CENTERS
FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2023). Identificada em
2019 pelos primeiros casos na China, a antes chamada 2019 novel coronavírus (2019-
nCoV) tornou-se uma pandemia global a partir do primeiro trimestre de 2020
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2023).

Na gestão da saúde, quem é capacitado para, e quem efetivamente toma as


decisões no gerenciamento de um país não necessariamente são os mesmos sujeitos ou
órgãos, o que vincula tais decisões à tensão técnico-política. A regulamentação de como
o Estado se estrutura e decide é feita através de princípios formais do Direito, comandos
normativos que se aplicam também à saúde como um de seus determinantes sociais
(BARBOSA, VAN DE POL BRITTO E CAMARGO, 20236). Adicionalmente, a lacuna
da formalização e aplicação de tais princípios jurídicos, distintamente no caso do Brasil

5 Tema discutido no capítulo “Determinantes em saúde no território brasileiro pré-pandemia de COVID- 19”, que analisa condições
educacionais, de ocupações trabalhistas e de seu retorno econômico (renda) ainda como principais determinantes estruturais
atuantes no Brasil no contexto anterior à pandemia (BARBOSA e CAMARGO, 2023).
6 discutido em resumo expandido publicado nos Anais JOACIS 2023.

1062
durante a pandemia de COVID-19, foi um determinante significativo para a saúde no país
e para a disseminação da doença, com impactos em todo território brasileiro.

Portanto, tendo em vista o quadro brasileiro prévio quanto à atenção e assistência


em saúde, em contraponto a seus determinantes basais, este estudo investigou como os
determinantes da saúde atuaram no Brasil e em suas macrorregiões socioeconômicas
durante a pandemia global de COVID-19 e no período imediatamente posterior – quando
o cenário passou a ser internacionalmente estabilizado.

2 METODOLOGIA

Para compreender melhor os papeis subsequentes e contextualizados dos


principais determinantes estruturais em saúde que já agiam no Brasil antes da pandemia
de COVID-19 (BARBOSA E CAMARGO, 2023), foram utilizadas metodologias de
análises qualitativas e quantitativas de dados de saúde pertinentes aos cenários
epidemiológicos correspondendo aos momentos durante e após esse período de pandemia.
Na comparação de parâmetros socioeconômicos e políticos, elaborou-se uma resenha
crítica dos determinantes sociais da saúde nesses períodos pela aplicação de análises de
lógica dedutiva e indutiva. Foram os utilizados dados brutos disponibilizados no Painel
Coronavírus (BRASIL, 2023) até o dia 27 de fevereiro de 2023 às 18:04, e posterior
análises quantitativas, executadas utilizando-se ferramentas de gráficos dinâmicos do
Microsoft Excel 2016.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante o primeiro ano epidemiológico da pandemia de COVID-19 no Brasil – que se


propagou principalmente a partir de março de 2020 – observamos uma clara sazonalidade
no surgimento de novos casos da doença notificados (Figura 1, esquerda). Quando as
únicas medidas de proteção da população eram o uso de máscaras e o distanciamento
social, observamos picos de casos ao redor do final/início e da metade dos anos, períodos
classicamente relacionados a maior conglomeração de pessoas e maior número deviagens.
O número de novos óbitos por data ao longo desse período (Figura 1, direita) seguiu o
mesmo padrão, com maiores notificações nesse primeiro mês em 2020, quando o
distanciamento sequer estava definido como política pública, mas com outros picos

1063
significativos também no início de 2021, próximo a comemorações carnavalescas, ainda
que coibidas por muitos dos governos estaduais e municipais. Isso revela como o atraso
em regulamentações e até a existência de negacionismos por parte do Ministério da Saúde
e do executivo federal, o que toca inadequações na aplicação de princípios formais do
Direito, foram determinantes especialmente relevantes para a saúde e morte no país em
geral.
Até fins de 2020, maior número de casos e óbitos (Figura 2, esquerda e direita
respectivamente) foram observados nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, além de
outros estados das macrorregiões Sudeste, Sul e Nordeste, e em Goiás na Centro-Oeste.
Quanto aos municípios de principais notificações, lembrando que estas tenderam a ser
subestimadas por negacionismos políticos e escassez de testes diagnósticos, praticamente
todos já apresentavam mais de mil casos de infectados (Figura 3, esquerda), com esses
números também de óbitos (Figura 3, direita) sobremaneira nas capitais estaduais e outros
grandes centros urbanos. Ainda que os dados disponibilizados não façam essa
estratificação, considerando os determinantes sociais de saúde observados
estruturalmente ainda no período pré-pandemia (BARBOSA E CAMARGO, 2023), as
disparidades socioeconômicas correlacionadas regionalmente com a expansão urbana não
planejada e assistida (especialmente em favelas) e com condições trabalhistas informais
e de baixa renda, aumentaram a vulnerabilidade de grupos já desfavorecidos, que não
tinham a oportunidade de não trabalhar ou trabalhar de casa e ainda ter os meios de
sobreviver, sobretudo no atraso na disponibilização de auxílios financeiros
governamentais (ainda insuficientes). Em adição, regiões onde o aumento na fatia da
população idosa estava mais avançado coincidem com os dados observados, já que idosos
e pessoas com outras comorbidades tendem a apresentar casos mais graves e prognóstico
de óbito. Por fim, vale mencionar a presença de casos e óbitos também na região marítima
brasileira, relacionados também ao turismo.

Figura 1: Casos e óbitos novos por data entre 2020 e 2021.

1064
Fonte: Secretarias Estaduais de Saúde. Brasil, 2020.

Figura 2: Casos e óbitos acumulados por semana epidemiológica em 2020 por


estado.

1065
Fonte: Secretarias Estaduais de Saúde. Brasil, 2020.

Figura 3: Casos e óbitos acumulados por município em 2020.


Fonte: Secretarias Estaduais de Saúde. Brasil, 2020.

1066
Ao se observar dados até fins de fevereiro de 2023 – mesmo após a
disponibilização em massa de vacinas para todos os grupos etários e de risco até a quarta
dose – vê-se que os casos e óbitos relativizados pela população ultrapassam
significativamente a média nacional nas macrorregiões Sul e Centro-Oeste (Figura 4,
superior) – dado possivelmente relacionado a negacionismos, teorias de conspiração e
baixa adesão à vacinação. Contudo a região Sudeste, em números absolutos, é a que lidera
e tem maior influência sobre os dados nacionais. Isso é corroborado pela distribuição de
novos casos e óbitos por estados federativos, em que se destacam São Paulo e Minas
Gerais, mas também se revela ainda relativamente alta e mortalidade nos estados da região
Norte (Figura 4, inferior). Esses dados podem ser explicados pela sobrecarga dos sistemas
público e mesmo privado de saúde – faltando, além de infraestrutura e leitos,
equipamentos e insumos, como no deliberado atraso de envio de suprimentos de oxigênio
para o estado do Amazonas por parte do governo federal.

Figura 4: Casos e óbitos novos e acumulados por macrorregião e estado federativo.


Dados do Ministério da Saúde até 27/02/2023 às 18:04.

1067
Dessa mesma maneira, seguem os dados de incidência e mortalidade entre as
macrorregiões brasileiras, com taxa de letalidade nacional de 1,9% (Figura 5), calculada
ao longo de todo esse período, incluindo o de pós-pandemia no contexto global e de quase
dois anos de vacinação em massa mesmo no Brasil. Isso leva ao questionamento de se
realmente se encerrou o período de pandemia no contexto nacional.

Figura 5: Casos novos e acumulados por macrorregião. Dados do Ministério da Saúde


até 27/02/2023 às 18:04.

1068
Nesse sentido, a partir dos dados brutos disponibilizados no Painel Coronavírus,
análises inéditas feitas por semana epidemiológica de notificação entre 2020 e 2023
revelaram como ondas contínuas são vistas mesmo após a vacinação quanto ao número
distinto de casos por macrorregião socioeconômica (Figura 6) com apenas recente
previsão de diminuição na modelagem mostrada nas curvas de relativamente alta
correlação (R2: CO=0,7194; NE=0,7368; N=0,6806; SE=0,7732; S=0,8142). O mesmo
padrão é observado na distribuição de novos casos (Figura 7) e novos óbitos (Figura 8),
embora esses últimos tenham reduzido significativamente após meados de 2021, como
esperado das vacinas, que não reduzem a contaminação e, pois, a incidência, mas, sim, a
gravidade dos casos e sua mortalidade. É digno de nota que, dado o histórico, a curva de
modelagem nacional para novos casos (com baixa correlação; R2=0,2172) sugere nova
tendência de aumento ainda no início de 2023, embora aquela para novos óbitos tenda a
zero com moderada correlação (R2=0,5776).

Figura 6: Contagem distinta de casos acumulados por semana epidemiológica.


Gráfico gerado a partir dos dados brutos do Ministério da Saúde comparando as semanas
de 2020 a 2023 até 27/02/2023 às 18:04. As curvas representam modelagens polinomiais
de sexto grau para cada macrorregião do país.

1069
Figura 7: Soma de novos casos por semana epidemiológica. Gráfico gerado a partir
dos dados brutos do Ministério da Saúde comparando as semanas de 2020 a 2023 até
27/02/2023 às 18:04. A curva representa modelagem polinomial de sexto grau para o
Brasil como um todo.

Figura 8: Soma de novos óbitos por semana epidemiológica. Gráfico gerado a partir
dos dados brutos do Ministério da Saúde comparando as semanas de 2020 a 2023 até
27/02/2023 às 18:04. A curva representa modelagem polinomial de sexto grau para o
Brasil como um todo.

1070
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir das análises aqui apresentadas, observou-se que ainda que o coeficiente
de mortalidade por COVID-19 tenha caído significativamente, ainda há e tende a persistir
novos casos, o que exigirá renovadas medidas de vacinação em massa. A despeito da
limitação do estado de saúde da população brasileira, sobretudo da grande parcela
socioeconomicamente mais desfavorecida, pelos determinantes estruturais em saúde no
país (educação, emprego e renda) – especialmente pela impossibilidade de distanciamento
social ou falta de informação para uso efetivo de máscaras ou outros equipamentos de
segurança individual – a vacinação, sendo universal, mostrou-se efetiva para toda a
população. Contudo, para efetividade das medidas implementadas, a antecipação dos
cenários internacionais e nacionais, o planejamento e a ação fundamentada em princípios
formais do Direito para práticas baseadas em evidências sãofundamentais para controlar
efetivamente a doença ao redor de todo o território brasileiro.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, A. S.; CAMARGO, S. X. Determinantes em saúde no território brasileiro pré-pandemia de
COVID-19. Capítulo de livro. Jornada Acadêmica Multidisciplinar de Ciências da Saúde (JOACIS) 2023.

1071
BARBOSA, A. S.; VAN DE POL BRITTO, A. P.; CAMARGO, S. X. Determinantes sociais de saúde e
princípios formais do Direito no documentário “Sicko”. Resumo expandido. Jornada Acadêmica
Multidisciplinar de Ciências da Saúde (JOACIS) 2023.
BRASIL. Portal Coronavírus, 2023. Disponível em: https://covid.saude.gov.br/. Acesso em: 28 fev. 2023.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. COVID-19: Clinical Care Considerations.
Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/clinical-care/clinical-considerations-
index.html?CDC_AA_refVal=https%3A%2F%2Fwww.cdc.gov%2Fcoronavirus%2F2019-
ncov%2Fhcp%2Fclinical-guidance-management-patients.html. Acesso em: 01 mar. 2023.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Basic documents: Forty-ninth edition (including amendments
adopted up to 31 May 2019). Geneva: World Health Organization, 2020. 244p.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. WHO Director-General's opening remarks at the media
briefing on COVID-19 - 11 March 2020. Geneva: World Health Organization. Disponível em:
https://www.who.int/director-general/speeches/detail/who-director-general-s-opening-remarks-at-the-
media-briefing-on-covid-19 -- 11-march-2020. Acesso em: 01 mar. 2023.

1072
SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS,
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

1
Eduardo Alves da Silva Júnior

¹Maria Clara Wanderley Mota

2
Geraildo de Andrade Lira Júnior

3
Mariana Gabriele Conceição Silva

4
Odile Silva Rocha

5
Wanderson Alves Ribeiro

6
Rubens Barbosa Rezende

7
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, Rio Grande do
Sul, Brasil; 1Faculdade Pernambucana de Saúde. Recife, Pernambuco, Brasil; 2Centro Universitário
UNIFACISA. Campina Grande, Paraíba, Brasil;3Universidade Federal de Pernambuco. Recife,
Pernambuco, Brasil; 4Centro Universitário Insta -UNINTA. Sobral, Ceará, Brasil; 5Universidade Iguaçu.
Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil; 6Universidade Federal de São Paulo. Santos, São Paulo, Brasil;
7Faculdade Unibras da Bahia, Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: edu_silvajr@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um distúrbio crônico e funcional do trato


gastrointestinal (GI) caracterizado por uma combinação de sintomas gastrointestinais, tais como dor
abdominal, alterações na frequência das evacuações, diarreia, constipação e sensação de inchaço. É uma
síndrome que afeta cerca de 10-15% da população mundial, com incidência mais alta em mulheres do que
em homens. Embora a causa exata da SII ainda seja desconhecida, a condição é considerada multifatorial,
com fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Não existe cura para a SII, mas existem tratamentos que
podem ajudar a aliviar os sintomas. OBJETIVO: Discorrer sobre as manifestações clínicas, diagnóstico e
tratamento da síndrome do intestino irritável. METODOLOGIA: Revisão narrativa da literatura,
construída por meio de artigos científicos publicados em Revistas Científicas Indexadas com busca na base
de dados Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, com os seguintes descritores em ciências da saúde: Doenças
Inflamatórias Intestinais, Síndrome do intestino irritável, Sinais e Sintomas. Como critérios de inclusão
foram selecionados artigos publicados no período de 2018 a 2023, escritos em língua portuguesa.
RESULTADOS: Os sintomas mais comuns da síndrome do Intestino Irritável (SII) são: cólicas
abdominais, alteração do padrão das evacuações, presença de sangue nas fezes, distensão abdominal e
flatulência. A dor abdominal é geralmente associada a episódios de diarreia ou constipação, e pode variar
de leve a severo. Outros sintomas podem incluir náusea, vômito, fraqueza, dor de cabeça, insônia, perda de
apetite e sensação de inchaço, algumas pessoas podem também experimentar sintomas psicológicos, como

1073
ansiedade e depressão. O diagnóstico é feito com base nos sintomas e histórico médico do paciente. O
médico poderá realizar exames laboratoriais como análise de sangue e fezes para descartar outras condições
que possam estar causando os sintomas, além de exames de imagem, como tomografia computadorizada
(TC) ou ressonância magnética (RM) para excluir outras condições. Além disso, o médico pode recomendar
a realização de um teste de intolerância alimentar para descartar a possibilidade de alergia ou intolerância.
O tratamento depende da causa subjacente e dos sintomas, normalmente, o tratamento inclui mudanças na
dieta, medicamentos para aliviar a dor e a ansiedade, bem como terapias alternativas, como a acupuntura.
Evitar alimentos ricos em gordura e alimentos processados, evitar alimentos ricos em fibra, como feijão,
legumes, grãos integrais e frutas, beber muita água e outras bebidas sem cafeína, consumir alimentos ricos
em probióticos, como iogurte natural e kefir, evitar alimentos ricos em açúcares, como doces e refrigerantes,
além dos medicamentos como os anti-espasmódicos, antidiarreicos, antidepressivos e os inibidores de
bomba de próton, para reduzir a quantidade de ácido no estômago. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora
não existam tratamentos curativos para a síndrome do intestino irritável, existem maneiras de controlar os
sintomas através de mudanças nos hábitos alimentares, no estilo de vida e na terapia comportamental. Além
disso, alguns medicamentos podem ser usados para aliviar a dor e ajudar a melhorar os sintomas. A
síndrome do intestino irritável é uma condição crônica, mas com o tratamento adequado, é possível viver
uma vida saudável e sem sintomas.

Palavras-chave: Doenças Inflamatórias Intestinais, Síndrome do Intestino Irritável, Sinais e


Sintomas.

REFERÊNCIAS:

ANDRADE, V. L. A.; et al. Dieta restrita de FODMEPs como opção terapêutica na síndrome do intestino
irritável: revisão sistemática. GED gastroenterol. endosc., v. 34, n. 1, p. 34-41, 2014.

GIMENES, L. S.; et al. Análise funcional da dor na síndrome do intestino irritável. Temas psicol., Ribeirão
Preto., v. 18, n. 2, p. 357-366, 2010.

PEDREIRA, M.; et al. Prevalência de síndrome do intestino irritável em estudantes de medicina. Revista
Brasileira de Neurologia e Psiquiatria., v. 7 n.2, p. 51-53, 2013.

1074
ENFRENTAMENTO DE PROBLEMÁTICA DO CÂNCER DE MAMA NA
ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA

1
Ylana Nunes de Oliveira Vasconcelos

¹Tamilly Kristiny Batista Barroso

2
Mariana Gabriele Conceição Silva

3
Larissa Barbosa Moreira

4
Yanes Lara dos Santos Saraiva

5
Mara Dayse de Sousa

6
Débora Letícia Caldas dos Santos

7
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Universidade Estadual do Piauí. Picos, Piauí, Brasil; 1Centro Universitário Fametro. Manaus, Amazonas,
Brasil; 2Universidade Federal de Pernambuco. Recife, Pernambuco, Brasil; 3Universidade federal do Pará.
Belém do Pará, Pará, Brasil; 4Centro Universitário Fametro. Manaus, Amazonas, Brasil; 5Centro
Universitário Mauricio de Nassau. Teresina, Piauí, Brasil; 6UniFacid Wyden. Teresina, Piauí, Brasil;
7Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: yylana9@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Estratégia da Saúde da Família (ESF) é uma política de saúde implementada pelo
Ministério da Saúde, que visa aumentar o acesso a serviços de saúde de qualidade e reduzir a desigualdade
na assistência, representando um importante mecanismo para enfrentar a problemática do câncer de mama.
Ela é baseada na promoção da saúde, prevenção e tratamento precoce das doenças, assim como na melhoria
da qualidade de vida das pessoas. Esta estratégia visa, entre outras coisas, a redução da desigualdade social
e a melhoria da atenção primária à saúde OBJETIVO: Neste contexto, o presente trabalho pretende discutir
as estratégias da Saúde da Família para o enfrentamento do câncer de mama. METODOLOGIA: Consistiu
em uma revisão narrativa da literatura, elaborada através de artigos científicos publicados em Revistas
Científicas Indexadas com busca na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, com os seguintes
descritores em ciências da saúde: Estratégias de Saúde Nacionais, Estratégia Saúde da Família, Neoplasias
da Mama, Saúde da Mulher. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos publicados no período
de 2018 a 2023, escritos em língua portuguesa. RESULTADOS: A Estratégia Saúde da Família (ESF) tem
sido utilizada como estratégia para o enfrentamento da problemática do câncer de mama, a sua abordagem
é focada na prevenção, diagnóstico precoce, tratamento, reabilitação e acompanhamento clínico. A
prevenção é a primeira etapa do enfrentamento do câncer de mama na ESF, e inclui a promoção de estilos

1075
de vida saudáveis, como a prática de atividade física regular, a alimentação equilibrada e a redução do
consumo de álcool. Além disso, a ESF desenvolve campanhas de conscientização sobre a importância da
realização de exames de detecção precoce do câncer de mama, como a mamografia, recomendada para
mulheres a partir dos 40 anos. O diagnóstico precoce do câncer de mama é essencial para o tratamento
eficaz, a ESF conta com equipes multidisciplinares especializadas para garantir o diagnóstico preciso e o
melhor tratamento possível para cada caso. Além disso, profissionais de saúde da ESF também podem
oferecer aconselhamento e apoio emocional aos pacientes e seus familiares durante o tratamento. A
reabilitação é outra estratégia importante na ESF para o enfrentamento do câncer de mama, inclui exercícios
físicos específicos para melhorar a função física e a qualidade de vida dos pacientes. Além disso,
profissionais da ESF também podem oferecer aconselhamento emocional e psicológico para os pacientes e
seus familiares. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, o acompanhamento clínico é fundamental para
garantir o tratamento adequado do câncer de mama, os profissionais da ESF atuam em conjunto para
monitorar o tratamento dos pacientes e avaliar seu progresso. Além disso, profissionais de saúde da ESF
também podem oferecer suporte emocional aos pacientes e seus familiares durante o tratamento. Portanto,
a ESF é uma importante estratégia para o enfrentamento da problemática do câncer de mama, por contar
com estratégias eficazes para prevenção, diagnóstico precoce, tratamento, reabilitação e acompanhamento
clínico. Além disso, oferecem suporte emocional aos pacientes e seus familiares durante todo o tratamento.

Palavras-chave: Estratégias de Saúde Nacionais, Estratégia Saúde da Família, Neoplasias da Mama,


Saúde da Mulher.

REFERÊNCIAS:

CASTRO, C. P.; et al. [Breast cancer care from a suspected case detected in primary health care in São
Paulo and Campinas, Brazil]. / Atenção ao câncer de mama a partir da suspeita na atenção primária à saúde
nos municípios de São Paulo e Campinas, Brasil. Ciência & saúde coletiva (Impresso): Cien Saude
Colet., v. 27, n. 2, p. 459-470, 2022.

FILHO, G. S.; et al. Mamografia de rastreamento, atenção primária e decisão compartilhada: a voz das
mulheres / Screening mammography, primary care, and shared decision-making: the voice of women.
Revista de APS (Impresso)., v. 25, n. 2, p. 21-39, 2022.
MARTINS, T. D.G.; et al. Prevenção do câncer de mama na Atenção Primária à Saúde: uma análise sobre
a atuação de enfermeiros / Breast cancer prevention in Primary Health Care: an analysis on the performance
of nurses. Saúde e pesquisa (Impresso)., v. 15, n. 2, 2022.

1076
COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS DO TRANSPLANTE RENAL

1
Eduardo Alves da Silva Júnior

¹Tayane Moura Ferreira

2
Maria Clara Wanderley Mota

3
Rebeca Braga Ponte Mendes

4
Márcio de Melo Baia

5
Marcela Rayza Ferreira Barros

6
Amanda do Nascimento Rodrigues

7
Tuanny Beatriz dos Santos Lima

1Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, Rio Grande do
Sul, Brasil; 1Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau). Recife, Pernambuco, Brasil;
2Faculdade Pernambucana de Saúde. Recife, Pernambuco, Brasil; 3Universidade Federal de Rondônia.
Porto Velho, Rondônia, Brasil; 4Faculdade de Ciências Médicas do Pará. Marabá, Pará, Brasil; 5Centro
Universitário Maurício de Nassau ( UNINASSAU). Recife, Pernambuco, Brasil; 6 Universidade Federal
do Pará. Belém do Pará, Pará, Brasil; 7Faculdade Unibras da Bahia. Juazeiro, Bahia, Brasil.

Eixo temático: Tema livre em ciências da saúde


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: edu_silvajr@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O transplante renal é uma das mais importantes intervenções cirúrgicas em medicina,
por ter o potencial de curar a doença renal crônica, além de proporcionar um melhor estilo de vida para os
pacientes. No entanto, como qualquer outra cirurgia, o transplante renal também está associado a
complicações potenciais, que variam de infecções a rejeição do órgão. Embora o progresso na medicina e
na tecnologia tenha ajudado a controlar ou prevenir algumas dessas complicações, ainda há um risco
significativo para o paciente. OBJETIVO: Dissertar sobre as complicações cirúrgicas do transplante renal.
METODOLOGIA: Consistiu em uma revisão narrativa da literatura, elaborada por artigos científicos
publicados em Revistas Científicas Indexadas com busca na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde -
BVS, com os seguintes descritores em ciências da saúde: Centros Cirúrgicos, Complicações
Intraoperatórias e Transplante de Rim. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos publicados
no período de 2018 a 2023, escritos em língua portuguesa. RESULTADOS: Complicações cirúrgicas do
transplante renal são eventos adversos resultantes da cirurgia do transplante, podendo variar de
complicações leves a graves, possuindo impacto significativo no resultado final do transplante. Algumas
das complicações mais comuns incluem infecção, dano ao rim transplantado, hipertensão arterial e rejeição
do órgão. Estas complicações são mais frequentemente vistas em pacientes submetidos ao transplante renal.
A infecção é o maior risco de complicação cirúrgica do transplante renal e pode ocorrer durante ou após a

1077
cirurgia, esta complicação pode ser grave e pode levar a complicações adicionais, como a sepse, que é uma
resposta inflamatória generalizada a uma infecção. Outra complicação comum é o dano ao rim
transplantado, ocorrendo durante a cirurgia, devido ao tecido do rim transplantado ser mais frágil do que o
tecido normal. A hipertensão arterial é outra complicação comum do transplante renal, esta complicação
pode ocorrer devido ao dano ao rim transplantado, mas também pode estar relacionada com a resposta
imune do paciente, se não for tratada, a hipertensão pode levar a complicações graves, incluindo acidente
vascular cerebral e ataque cardíaco. A rejeição do rim transplantado é outra complicação grave, ocorre
quando o sistema imunológico do paciente reconhece o rim transplantado como um corpo estranho e tenta
atacá-lo, podendo levar a complicações graves, incluindo dano ao rim transplantado e falência do
transplante. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É importante que os pacientes submetidos a transplante renal
sejam avaliados regularmente por um médico para verificar se surgiram complicações cirúrgicas. Esta
avaliação deverá incluir exames de sangue, raio-x, ultrassonografia e outros exames para verificar se há
sinais de complicações. Se surgirem complicações, o médico poderá recomendar tratamentos para tratar e
prevenir complicações adicionais.

Palavras-chave: Centros Cirúrgicos, Complicações Intraoperatórias, Transplante de Rim.

REFERÊNCIAS:

CAMELO, L. B.; et al. Avaliação da qualidade de vida de pacientes em tratamento hemodialítico e pós
transplante renal / Evaluation of the quality of life of patients undergoing hemodialysis and post renal
transplantation. Revista Enfermagem Atual In Derme., v. 95, n. 36, p. 1-14, 2021.

FERREIRA, M. I. S.; et al . Transplante renal e a importância da equipe nos cuidados destinados ao pós-
operatório: uma revisão integrativa. REVISA (Online)., v. 10, n. 2, p. 817-825, 2021.
PINTO, K. D. C.; et al. Qualidade de vida após o transplante renal: revisão integrativa / Quality of life after
kidney transplantation: integrative review / Calidad de vida después del trasplante renal: revisión
integrativa. Revista de Pesquisa (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Online)., v. 13, n.
1, p. 1388-1394, 2021.

1078
DOI 10.29327/5208636.2-24

ABORDAGEM BIBLIOMÉTRICA COM NUTRACÊUTICOS NA PROFILAXIA DA


ENXAQUECA

A BIBLIOMETRIC APPROACH WITH NUTRACEUTICS IN MIGRAINE


PROPHYLAXIS

FLÁVIA APARECIDA CARDOZO SANTOS


Centro Universitário Maria Milza-UNIMAM, Governador Mangabeira-BA, Brasil.

FLÁVIA SANTANA LIMA


Centro Universitário Maria Milza-UNIMAM, Governador Mangabeira-BA, Brasil.

CLEIBER AMARO ALVES


Faculdade de Medicina, ITPAC, Cruzeiro do Sul, AC, Brasil.

THIAGO ALVES SANTOS DE OLIVEIRA


Universidade Federal do Acre-UFAC, Cruzeiro do Sul, AC, Brasil.

ELIZABETH AMÉLIA ALVES DUARTE


Centro Universitário Maria Milza-UNIMAM, Governador Mangabeira-BA, Brasil. *Faculdade
de Medicina, ITPAC, Cruzeiro do Sul, AC, Brasil.

1079
Resumo
Enxaqueca também conhecida como migrânea é um tipo de cefaleia primária é definida como
distúrbio neurovascular crônico incapacitante, decorrentes de sintomas autonômicos, psíquicos e
neurológicos. A prevalência da enxaqueca no mundo é de aproximadamente 11,5% e no Brasil
atinge 15% da população. A fisiopatologia da enxaqueca não é completamente esclarecida, mas
além do fator genético são consideradas as condições ambientais, hormonais e dietéticas dos
indivíduos acometidos por esta patologia. Estes fatores implicam diretamente no tratamento que
ocorre para minimizar sintomatologias através de analgésicos e anti-inflamatórios. Entretanto,
devido a frequência e recidivas das crises de enxaqueca muitos estudos estão voltados a ajustar o
habito de vida e a alimentação, incluindo os nutracêuticos (compostos bioativos, enzimáticos, pré
e próbioticos e suplementos) que atenuem as crises e possíveis causas dessa patologia. Neste
contexto, o objetivo geral deste trabalho foi realizar revisão sistemática a partir de metadados
sobre os efeitos de probióticos no tratamento da enxaqueca. Assim como: i) verificar possíveis
deficiências nutricionais e suas associações com a enxaqueca; ii) analisar os benefícios do
consumo de determinados micros e macronutrientes para diminuição das crises de enxaqueca e
iii) apresentar alimentos que podem beneficiar no tratamento da enxaqueca. Sendo assim, foi
utilizada a estratégia PICO para delinear a pergunta norteadora ‘Como o uso de nutracêuticos
podem auxiliar na profilaxia da enxaqueca?’. Que viabilizou aplicar diferentes combinações de
termos (descritores) ao vocabulário hierárquico ‘MeSH - Medical Subject Heading’ integrado a
plataforma de buscas PubMed. Os resultados obtidos foram analisados por bibliometria a partir
do pacote estatístico R, the bibliometrix package que possibilitou quantificar os trabalhos
científicos na temática e áreas distintas (nutrição, genética, microbiologia, medicina, entre outras).
Assim como a distribuição cronológica desses estudos por países, autores e palavras chaves
(descritores) mais utilizados. Os quais são fundamentais para o contexto da Nutrição Baseada em
Evidências, no uso de nutracêuticos na modulação de neurotransmissores, hormônios e moléculas
envolvidas com a enxaqueca multifatorial. A exemplo dos estudos mais recentes com CGRP
‘calcitonin gene-related peptide’ ou peptídeo relacionado ao gene da calcitonina; PACAP38
‘Pituitary adenylate cyclase activating polypeptide-38’ ou polipeptídeo hipofisário ativador de
adenilato ciclase e o oxido nítrico. Neste estudo houve homogenia de resultados associando os
efeitos de nutracêuticos e diminuição de episódios de enxaqueca com uso de doses diárias de
coenzima Q10 (400 mg), riboflavina (100mg/kg) e magnésio (400 mg). Sendo assim, o uso de
nutracêuticos tem sido importante aliado no tratamento da enxaqueca devido a eficácia
comprovada e baixos efeitos colaterais até então reportados pelos usuários portadores de
enxaqueca no mundo todo.
Palavras-chave: Cefaleias; migrânea; probióticos; bioativos; coenzima Q10.

ABSTRACT
Headaches, also known as migraine, is a type of primary splitting headache and is defined as a
chronic disabling neurovascular disorder, resulting from autonomic, psychological and
neurological symptoms. The prevalence of migraine in the world is approximately 11.5% and in
Brazil it reaches 15% of the population. The pathophysiology of migraine is not completely
understood, but in addition to the genetic factor, the environmental, hormonal and dietary
conditions of individuals affected by this pathology are considered. These factors directly imply
the treatment that occurs to minimize symptoms through analgesics and anti-inflammatories.
However, due to the frequency and relapses of migraine attacks, many studies are aimed at
adjusting the lifestyle and diet, including nutraceuticals (bioactive, enzymatic, pre and probiotic
compounds and supplements) that attenuate the crises and possible causes of this pathology. In
this context, the general objective of this work was to carry out a systematic review from metadata
on the effects of probiotics in the treatment of migraine. As well as: i) verify possible nutritional
deficiencies and their associations with migraine; ii) analyze the benefits of consuming certain
micro and macronutrients to reduce migraine attacks and iii) present foods that can benefit in the

1080
treatment of migraine. Therefore, the PICO strategy was used to outline the guiding question 'How
can the use of nutraceuticals help reduce symptoms and treat depression?'. Which made it possible
to apply different combinations of terms (descriptors) to the hierarchical vocabulary 'MeSH -
Medical Subject Heading' integrated into the PubMed search platform. The results obtained were
analyzed by bibliometrics using the statistical package R, the bibliometrix package, which made it
possible to quantify the scientific work on the subject and different areas (nutrition, genetics,
microbiology, medicine, among others). As well as the chronological distribution of these studies
by countries, authors and keywords (descriptors) most used. Which are fundamentalto the context
of Evidence-Based Nutrition, in the use of nutraceuticals in the modulation of neurotransmitters,
hormones and molecules involved with multifactorial migraine. Like the most recent studies with
CGRP ‘calcitonin gene-related peptide’ or peptide related to the calcitonin gene; PACAP38
'Pituitary adenylate cyclase activating polypeptide-38' or pituitary polypeptide activating
adenylate cyclase and nitric oxide. In this study, there was homogeneity of results associating the
effects of nutraceuticals and a decrease in migraine episodes with the use of daily doses of
coenzyme Q10 (400 mg), riboflavin (100mg/kg) and magnesium (400 mg). Therefore, the use of
nutraceuticals has been an important ally in the treatment of migraines due to their proven efficacy
and low side effects reported by users with migraines worldwide.

Keywords: Headaches; migraine; probiotics; bioactives; coenzyme Q10.


5. INTRODUÇÃO
Enxaqueca também conhecida como migrânea é um tipo de cefaleia primária que é
definida como distúrbio neurovascular crônico incapacitante, recorrente de sintomas
autonômicos, psíquicos e neurológicos (BERTOLUCCI et al., 2010).
A prevalência da enxaqueca no mundo é de aproximadamente 11,5%, já no Brasil
essa porcentagem é 15%. Há um consenso de que as mulheres jovens-adultas fazem parte
do grupo mais afetado (HENRY, 2002).
Apesar da fisiopatologia pouco esclarecida, a enxaqueca está relacionada ao fator
genético, associadas ao Sistema Nervoso Central e Sistema Trigeminovascular. Tem-se
reconhecido os fatores desencadeantes como aqueles que podem precipitar uma crise
álgica e entre os possíveis incluem-se o consumo de determinados alimentos, a
menstruação, a fadiga, o estresse e as alterações no sono (RAMOS et al., 2015).
A enxaqueca é dividida em migrânea sem aura e com aura. A sem aura é uma
síndrome cíclica que tem como principal característica a cefaleia e com outros sintomas
interligados com perfil bem específico e geralmente correlacionados a menstruação. Em
contrapartida a migrânea com aura, tem como característica sintomas neurológicos focais,
que antecedem algumas vezes a cefaleia. Os sintomas consistem em dor pulsátil, latejante
ou às vezes em caráter de pressão, ela pode ser antecedida ou vim acompanhada de
náuseas, fotofobia e fonofobia (FERREIRA et al., 2015).
As crises de enxaqueca têm influência de muitos fatores que podem ser de origem
genética, hormonal, comportamental, dietética ou ambiental (COSTA et al., 2019).
Alimentos como queijo, vinho, cerveja, chocolate, iogurte e produtos lácteos, frutas

1081
cítricas possuem em sua composição aminas vasoativas, que podem ser causadoras das
crises de enxaqueca, o glutamato monossódico, o aspartame e o nitrato de sódio, que são
aditivos alimentares, também são distinguidos como ativadores da enxaqueca. Sendo
assim, para que haja uma melhora na frequência e na intensidade das crises de migrânea
é imprescindível que a população que tem uma sensibilidade maior a esses fatores, tenha
uma mudança nos hábitos alimentares. Além também, de uma mudança nos aspectos
ambientais, como cuidado com o sono, domínio do estresse e pratica de atividade física
regularmente (MARTINS et al., 2013).
Nutracêutico é um alimento ou a parte de um alimento que proporciona benefícios
médicos e de saúde, incluindo a prevenção e/ou tratamento da doença (SANTOS et al.,
2019). Tais produtos podem abranger desde nutrientes isolados, suplementos dietéticos
na forma de cápsulas e dietas até os produtos beneficamente projetados, produtos herbais
e alimentos processados tais como cereais, sopas e bebidas (ROBERFROID, 2002;
HUNGENHOLTZ, 2002). Os nutracêuticos podem ser classificados como fibras
dietéticas, ácidos graxos poli-insaturados, proteínas, peptídeos, aminoácidos ou
cetoácidos, minerais, vitaminas antioxidantes e outros antioxidantes como a glutationa e
selênio (ANDLAUER & FÜRST, 2002).
O alvo dos nutracêuticos é diferente dos alimentos funcionais por diversas razões,
pois, enquanto a prevenção e/ou o tratamento de doenças são relevantes aos nutracêuticos,
apenas a redução do risco da doença, está envolvida com os alimentos funcionais, e,
enquanto os nutracêuticos incluem outros tipos de alimentos e suplementos dietéticos, os
alimentos funcionais devem estar na forma de alimento comum (PAVÃO &
BENEDETTI, 2014).
O presente estudo justifica-se pela importância de avaliar como a alimentação
pode contribuir com o tratamento e a redução dos sintomas da enxaqueca, pressupondo
que o consumo adequado de vitaminas do complexo B, vitamina D e ômega 3 tem ação
redutora na sintomatologia da doença. Essa pesquisa é de grande importância para o
nutricionista, visto que entender a fisiologia da doença e desempenhar a conduta
nutricional correta poderá contribuir com a qualidade de vida do paciente. Destarte, este
trabalho apresenta informações relevantes relacionadas aos fatores nutricionais como
profilaxia da enxaqueca.
Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi realizar levantamento bibliométrico
quanto a aplicação profilática de nutracêuticos na enxaqueca nortada pelo princípio da
‘Nutrição Baseada em evidências’

1082
6. METODOLOGIA
Foi realizada revisão sistemática a partir da estratégia PICO (RICHARDSON; WILSON;
NISHIKAWA et al., 1995), cujos acrônimos foram fundamentais para elaboração da pergunta
norteada/objetivo deste estudo: nutracêuticos na profilaxia da enxaqueca.
P – Paciente/Problema: Indivíduos com sintomas de enxaqueca ‘migraine’
I – Intervenção: uso de nutracêuticos (ômega 3, magnésio, vitamina do complexo B, vitamina
D, coenzima Q-10) no tratamento de indivíduos com enxaqueca.
C – Comparação: com ação de analgésicos adotados contra enxaqueca.
O – Desfecho (outcomes): nutracêuticos melhoram a qualidade de vida ou controla os sintomas
(dor de cabeça) e frequência da enxaqueca?
Foi consultada a bases de dados eletrônicos MEDLINE/PubMed utilizando o vocabulário
controlado para indexação de artigos MeSH - Medical Subject Heading, disponível em
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/MeSH/.
Os resultados obtidos (metadados) foram avaliados pelo método bibliométrico, utilizando
o software R v.4.0.3 (R CORE TEAM, 2021, RStudio v.1.2.5042 (RSTUDIO TEAM, 2020), The
package v3.0.3

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O critério de operação booliano utilizando os conectores restritivo ‘AND’ e aditivo ‘OR’
dos descritores (MeSH Terms) estão apresentados na tabela 1.

Tabela 1: Combinação dos descritores booleanos ‘AND’ ‘OR’ obtidos pelo MeSH, PubMed,
2021.

1083
O acrônimo ‘C’ (controle/comparação) foi excluído das análises pois os ‘Mesh terms’
obtidos caracterizaram viés para validação execução da ‘Intervenção’ aplicada (Tabela 1).
Foram obtidos 15 documentos a partir dos indexadores utilizados na plataforma de dados
eletrônicos PubMed. Estes resultados geraram um DataBase com 10 artigos e 5 revisões com
intervalo de tempo (time span) entre 2003-2020 (Figura 1).

MeSH
PICO Descrição Sinônimos
Terms
Headaches’ OR ‘Head Pain’ OR ‘Head Pains’ OR ‘Pain, Head’
OR ‘Pains,Head’
Cephalodynia’ OR ‘Cephalodynias’ OR ‘Cranial Pain’ OR
‘Cranial Pains’ OR ‘Pain, Cranial’ OR ‘Pains, Cranial’ OR
‘Cephalalgia’ OR ‘Cephalalgias’ OR ‘Cephalgia’ OR
‘Cephalgias’ OR ‘Generalized Headache’ OR ‘Generalized
Headaches’ OR ‘Headache, Generalized’ OR ‘Headaches,
Generalized’ OR ‘Ocular Headache’ OR ‘Headache, Ocular’ OR
‘Headaches, Ocular’ OR ‘Ocular Headaches’ OR ‘Orthostatic
Headache’ OR ‘Headache, Orthostatic’ OR ‘Headaches,
Indivíduos Orthostatic’ OR ‘Orthostatic Headaches’ OR ‘Vertex Headache’
P com sintomas Headache OR ‘Headache, Vertex’ OR ‘Headaches, Vertex’ OR ‘Vertex
de enxaqueca Headaches’ OR ‘Retro-Ocular Headache’ OR ‘Headache, Retro-
Ocular’ OR ‘Headaches, Retro-Ocular Headaches’ OR ‘Sharp
Headache’ OR ‘Headache, Sharp’ OR ‘Headaches, Sharp’ OR
‘Sharp Headaches’ OR ‘Throbbing Headache’ OR ‘Headache,
Throbbing’ OR ‘Headaches, Throbbing’ OR ‘Throbbing
Headaches’ OR ‘Unilateral Headache’ OR ‘Headache, Unilateral’
OR ‘Headaches, Unilateral’ OR ‘Unilateral Headaches’ OR
‘Hemicrana’ OR ‘Bilateral Headache’ OR ‘Bilateral Headaches’
OR ‘Headache, Bilateral’ OR ‘Headaches, Bilateral’ OR
‘Periorbital Headache’ OR ‘Headache, Periorbital’ OR
‘Headaches, Perorbital’ OR ‘Periorbital Headaches
Dietary Supplement’ OR ‘Supplements, Dietary’ OR ‘Dietary
Supplementations’ OR ‘Supplementations, Dietary’ OR ‘Food
Supplementations’ OR ‘Food Supplements’ OR ‘Food
Uso de Dietary Supplement’ OR ‘Supplement, Food’ OR ‘Supplements, Food’
I
nutracêuticos Supplements OR ‘Nutraceuticals’ OR ‘Nutraceutical’ OR ‘Nutriceuticals’ OR
‘Nutriceutical’ OR ‘Neutraceuticals’ OR ‘Neutraceutical’ OR
‘Herbal Supplements’
C - - -
Life Styles’ OR ‘Lifestyle’ OR ‘Lifestyles’ OR ‘Life Style
O Life Style Induced Illness’ OR ‘Lifestyle Factors’ OR ‘Factor, Lifestyle’
OR ‘Lifestyle Factor’

1084
Figura 1: Tree Map representando o output dos artigos indexados no PubMed para os descritores
(MerSH Terms) usados. Gerado a partir do Database dos indexadores submetidos ao banco de
dados PubMed em março de 2021.
A DataBase obtida também permitiu verificar a distribuição das produções bibliográficas
por países (Figura 2). Um critério relevante para compreensão e aplicação de nutracêuticos na
Nutrição Baseada em Evidências, considerando aspectos étnicos, alimentares, comportamentais
e sociodemográficos.

Figura 2: Output por número de publicações com abrangência metodológica (ensaios) e


resultados somente do país de origem SCP e Publicações de um único país e publicações de vários
países MCP. Foi gerado a partir do Database dos indexadores submetidos ao banco de dados
PubMed em março de 2021.

A temática de pesquisa representada na figura 2 no qual é possível observar um número


maior de estudos nos Estados Unidos (USA), devido a seus hábitos alimentares que consistem no
alto consumo de fast food, industrializa dos e embutidos. Justifica-se esses hábitos alimentares
por condições financeiras melhores, quando comparados à países subdesenvolvidos.

1085
Na figura 3 está representado o mapa de estrutura conceitual, gerado a partir da análise
de correspondência - AC, entre as palavras chaves e termos mais utilizados nos títulos e resumos
dos artigos selecionados pelos MeSH Terms adotados no estudo. No quadrante I estão
positivamente relacionados os indexadores que reportam ao tipo de estudo: ensaio controlado com
placebo com a eficiência de plantas medicinais amplamente utilizadas no tratamento de
enxaqueca (Tanacetum parthenium e Petasitys hybridus). Assim como há correlação positiva
deste cluster com os indexadores do quadrante IV que também envolvem o tipo de estudo (duplo
cego) com a eficiência e terapêutica do magnésio e placebo (figura 3).
Já nos quadrantes II e III (clusters de indexadores em vermelho), ficaram concentradas
palavras correspondentes ao P (paciente), inversamente proporcionais aos indexadores do
quadrante I que reportam a intervenção (I), adotados na estratégia PICO.
Tais indexadores correspondem a prevalência de migrânea em crianças e adolescentes,
aglomerados aos indexadores ‘medicina alterativa’ e ‘prevenção’ que respondem (desfecho-
outcome) da pergunta norteadora da pesquisa.

Figura 3: Mapa Conceitual representando a relação (proporção) direta ou indireta dos descritores
e termos adotados neste estudo quanto a pergunta norteadora. Gerados a partir do Database dos
indexadores submetidos ao banco de dados PubMed em março de 2021 e tratados pela análise de
correspondência no Bibliometrix package v3.0.3.

No mapa de redes (figura 4) podemos observar a formação de 3 Cluters nas cores


vermelho, azul e verde. O tamanho dos nós apresenta o número de descritores e suas respectivas
forças de ligação entre os documentos, assim como as correlações temáticas dos documentos entre
eles. Geralmente os clusters tem forte ligação entre si, mantendo assim as interligações por ranks
de descritores que norteiam a ideal central: enxaqueca, os maiores nós apresentados no cluster

1086
verde. Estes descritores que interligam fortemente o nó em verde que é norteador dessa pesquisa
‘Dietary Supplements’ designado como a interferência “I” adotando a estratégia PICO.

Figura 4: Mapa de redes (network) com as cocitações e correlações temáticas dos documentos
extraídos a partir dos indexadores que foram aplicados no banco de dados (PubMed), gerado pelo
Bibliometrix package v3.0.3.

ESPARHAM et al. (2018) demonstraram que o uso de terapias integrativas com


nutracêuticos são eficazes para as dores de cabeça. Esse estudo de forma descritiva, delineou as
terapias integrativas que propõem que magnésio, riboflavina e coenzima Q10 são suplementos
essenciais no controle da enxaqueca, baseados nas diretrizes da American Academy of Neurology
e da American Headache Society - AHS/AAN.
O estudo relata, ainda, que o magnésio está envolvido em mais de 300 reações e participa
da homeostase neuronal através da antagonização do receptor N- metil-D- aspartato (NMDA),
bloqueando os canais e diminuindo a inflamação neurogênica. A riboflavina exerce papel na
estabilidade da membrana, na função das células relacionadas à energia e no intermédio do
estresse oxidativo. Já a coenzima Q10 (CoQ10) está envolvida na função mitocondrial saudável
e age como antioxidante.
MARTIN & SEAMAN (2015), verificaram que 50% dos pacientes portadores de
enxaqueca consomem inadequadamente magnésio. Sendo este mineral reportado em estudos
como agente de prevenção e/ou tratamento coadjuvante de enxaqueca em funções fisiológicas
ainda não elucidadas, mas que envolvem regulação dos canais de cálcio que promovem a
vasodilatação. O potencial do magnésio em alterar a função do receptor de serotonina com
repercussões nos distúrbios plaquetários. Mecanismos fundamentais no entendimento da ação do
magnésio a nível de sistema nervoso simpático associado ao alívio da enxaqueca.
Já no estudo de O’BRIEN et al. (2015), foi reportado a importância dos hábitos de vida
saudáveis, incluindo sono adequado, hidratação, dieta balanceada e consumo de nutracêuticos.
Com ênfase para inclusão de vegetais verdes escuros na dieta, devido a riqueza em riboflavina
que tem sido reportada como suplemento profilático para enxaqueca. Quanto aos nutracêuticos,

1087
os autores citaram a coenzima Q10 que demonstrou potencial em modificar as alterações
inflamatórias e alteração da função mitocondrial que podem ocorrer durante as cefaleias
frequentes.
Quanto a recomendação diária para ingestão de riboflavina e de coenzima Q10, o estudo
de SUN-EDELSTEIN & MAUSKOP (2009), demonstra que o uso diário de 400 mg de
riboflavina no período de 3 meses resultou na redução de 50% das crises de enxaqueca em 59%
dos pacientes estudados. Assim como o uso diário de 150 mg de CoQ10 durante 3 meses reduziu
a frequência de episódios de enxaqueca em 61% dos pacientes estudados.
ORR et al. (2019), estudaram o manejo da enxaqueca com abordagem interdisciplinar,
incluindo um estilo de vida saudável, intervenções para enxaqueca aguda, intervenções
preventivas para enxaqueca com nutracêuticos, intervenções psicológicas e intervenções
farmacológicas.
No estudo desenvolvido por SCHÜRKS et al. (2008), 25% dos pacientes portadores de
enxaqueca podem fazer terapias preventivas, visto que 50% dos analgésicos são ineficazes na fase
aguda da doença. Os ensaios clínicos com nutracêuticos reportados por estes autores sugerem o
magnésio, riboflavina e a coenzima q10 como eficazes na profilaxia da enxaqueca pois estão
envolvidas com ciclo de Krebs e ação mitocondrial. o profilático.
Quando comparados fármacos e nutracêuticos adotados como paliativos da dor de cabeça
(dor aguda), a associação de analgésicos com alimentos ricos em riboflavina em doses entre 200
ou 400 mg/dia são consideradas (PINCHEFSKY et al., 2015). Adicionalmente, as doses de
riboflavina a suplementação com Coenzima Q10, magnésio, vitamina B2 e vitamina B12 têm sido
consideradas como terapia preventiva, associadas a diminuição das frequências de crises de
enxaqueca (DAHRI et al., 2018; SAZALI et al., 2021).
Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (2019) o excesso de peso pode estar
relacionado à cronificação da enxaqueca, e à também uma relação entre o excesso de peso com o
aumento das ocorrências das crises e maior intensidade dos sintomas.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De maneira em geral nas mulheres, existe associação positiva entre obesidade e
enxaqueca, assim como menor frequência de episódios de enxaqueca naquelas mulheres
eutróficas que suplementam alimentação com riboflavina, magnésio e CoQ10. Os autores são
unanimes quanto a atividade bioativa do magnésio na fisiopatologia da enxaqueca, cuja
concentração plasmática é menor entre pacientes com episódios de enxaqueca associados a
náuseas e vômitos.
Portanto, a terapia integrativa incluindo qualidade de sono, alimentação balanceada e
nutracêuticos é o ponto chave na adoção da ‘Nutrição Baseada em Evidências’ e profilaxia da

1088
enxaqueca. Com recomendação do uso diário de 400 mg de riboflavina e 150 mg de CoQ10 por
no mínimo três meses entre pacientes com recidivas de enxaqueca.

REFERÊNCIAS
ANDLAUER, W.; FÜRST, P. Nutraceuticals: a piece of history, present status and outlook. Int.
Food Res. J., v. 35, p. 171-176, 2002.

BERTOLUCCI, P. H.; FERRAZ, H. B.; FÉLIX, E.P.V.; PEDROSO, J. L. Guia de Neurologia.


São Paulo: Manole; 2010. 1208p.

COSTA, A. B. P.; RODRIGUES, A. M.; MARTINS, L. B. Nutritional intervention may


improve migraine severity: a pilot study. Arq. Neuro-Psiquiatr., v. 77, n. 10, p.723-
730, 2019.

DAHRI, Monireh et al. Oral coenzyme Q10 supplementation in patients with migraine:
Effects on clinical features and inflammatory markers. Nutr Neurosci., v. 22, n. 9, p.
607-615, 2019.

ESPARHAM, A et al. Pediatric headache clinic model: implementation of integrative therapies


in practice. Children, v. 5, n. 6, p. 74, 2018.

FERREIRA, K. dos SANTOS; BOLINELLI, L. P.; PAGOTTO, L. C. Migraine and menstrual


cycle synchrony in females: is there a relationship? Case report. Revista Dor, v. 16, n. 2, p.
156-158, 2015.

HENRY, P. et al. Prevalence and clinical characteristics of migraine in France. Neurology, v.


59, n. 2, p. 232-237, 2002.

HUNGENHOLTZ, J.; SMID, E. J. Nutraceutical production with food-grade microorganisms.


Curr. Opin. Biotechnol., v. 13, p. 497-507, 2002.

RAMOS, P. de S. et al. Associação de sintomas depressivos e ansiosos com gravidade da


migrânea. J. Bras. Psiquiatr., v. 64, p. 93-99, 2015.

PAVÃO, T. P.; BENEDETTI, F. J. Fatores alimentares que predispõem a crises de migrânea.


Nutrire Rev. Soc. Bras. Aliment. Nutr., p. 166-178, 2014.

MARTIN, B. R.; SEAMAN, D. R. Dietary and Lifestyle Changes in the Treatment of a 23-
Year-Old Female Patient with Migraine. J. Chiropr. Med., v. 14, n. 3, p. 205-211, 2015.

MARTINS, L. B. et al. Migrânea e os fatores alimentares desencadeantes. Headache, v. 4, n. 2,


p. 63-69, 2013.

O'BRIEN, H. L.; KABBOUCHE, M. A.; KACPERSKI, J.; HERSHEY, A. D. Treatment of


pediatric migraine. Curr Treat Options Neurol., v. 17, p. 326, 2015.

ORR, S. L. et al. Predictors of Short‐Term Prognosis While in Pediatric Headache Care: An


Observational Study. Headache: J Headache Pain., v. 59, n. 4, p. 543-555, 2019.

PINCHEFSKY, E.; DUBROVSKY, A. S.; FRIEDMAN, D.; SHEVELL, M. Management of


pediatric post-traumatic headaches. Pediatr. Neurol., v. 52, n. 3, p. 270-280, 2015.

1089
ROBERFROID, M. Functional food concept and its application to prebiotics. Dig Liver Dis., v.
34, Suppl. 2, p. 105-10, 2002.

Santos, J. R. M. P. dos, Albert, A. L. M., & Leandro, K. C. Importância de uma regulamentação


específica com as definições e classificações dos produtos comercializados como suplementos
alimentares, alimentos funcionais e nutracêuticos. Revista de Direito Sanitário, v. 19, n. 3, p.
54-67, 2019

SAZALI, S. et al. Coenzyme Q10 supplementation for prophylaxis in adult patients with
migraine-a meta-analysis. BMJ open., v. 11, n. 1, p. e039358, 2021.

SCHÜRKS, M.; DIENER, H.; GOADSBY, P. Update on the prophylaxis of migraine. Curr.
Treat. Options Neurol., v. 10, n. 1, p. 20-29, 2008.

SBC - Sociedade Brasileira de Cefaleia. Obesidade e enxaqueca, 2019. Disponível em:


https://sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=433 Acesso em: 16 jul. 2021.

SUN-EDELSTEIN, C.; MAUSKOP, A. Foods and supplements in the management of migraine


headaches. Clin. J. Pain., v. 25, n. 5, p. 446-452, 2009.

1090
VITILIGO E SEU DIAGNÓSTICO EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

1
Juliana Reis de Sousa Zacarias
1
Bruna Batista Santana
1
Ana Beatriz Campos de Oliveira
1
Giulia Morais Leandro de Carvalho
1
Marcela Barbosa Souza
1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil;

Eixo temático: Dermatologia

Modalidade: Pôster/ Apresentação Oral

Julianareisz@hotmail.com

INTRODUÇÃO: O vitiligo tem sua prevalência estimada em 0,5-2% da população mundial, sendo que 25%
dos casos têm início antes dos 14 anos. A prevalência exata de vitiligo em crianças varia entre 0,1-4%da
população e parece ser maior na Índia do que em outros países. A doença, caracterizada pela perda de
melanócitos, resulta em máculas branco-calcárias não escamosas típicas. Nos últimos anos, a doença passou
a ser classificada como uma doença autoimune. Essa patologia é frequentemente vista como um problema
cosmético, embora seus efeitos tenha um grande impacto na autoestima do paciente. OBJETIVOS: Avaliar
de que forma o diagnostico de vitiligo em crianças difere do rastreio mais usualmente realizado em adultos.
METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura. Foi feita uma pesquisa na base
de dados PubMed, utilizando os seguintes descritores “vitiligo”, “children”, “diagnosis”, “prognosis”,
sendo que esses foram cruzados com o operador boleano “AND”. Posteriormente, foram utilizados os
seguintes filtros: “últimos 10 anos” e “full text”. Após a busca, foram selecionados quatro artigos para
compor o presente resumo. RESULTADOS: Vitiligo em crianças difere da doença vista em adultos, e a
tireoidite de Hashimoto é a associação mais comum nessa faixa etária. Por isso, o rastreio para distúrbios
dessa natureza deve ser realizado sempre que possível. Cerca de 12-35% dos pacientes pediátricos com
vitiligo têm familiares com a doença. O tipo de vitiligo comumente encontrado em pacientes pediátricos é
o vitiligo vulgar, representando 78% dos casos. O trauma local é um gatilho importante quando se trata de
pacientes pediátricos. CONCLUSÃO: O diagnóstico de vitiligo em crianças encontra-se embasado em uma
robusta literatura atualmente, e, sendo assim, não se mostra como um grande desafio. No entanto, o
diagnostico precoce pode conferir ao paciente uma maior qualidade de vida, principalmente no que diz
respeito ao aspecto cosmético, avaliação de patologias associadas e uso de medicações para retardar a
progressão da doença. Esclarecimentos sobre a natureza, possíveis causas e curso da doença levam à uma
maior compreensão e aceitação do transtorno e maior adesão ao tratamento, sendo esse individualizado de
acordo com cada paciente.

Palavras chave: Vitiligo, Crianças, Diagnóstico

REFERÊNCIAS:

Bergqvist, C., & Ezzedine, K. (2020). Vitiligo: A Review. Dermatology (Basel, Switzerland), 236(6), 571–
592. https://doi.org/10.1159/000506103

1091
Kakourou T. (2009). Vitiligo in children. World journal of pediatrics : WJP, 5(4), 265–268.
https://doi.org/10.1007/s12519-009-0050-1

Phiske M. M. (2016). Vitiligo in Children: A Birds Eye View. Current pediatric reviews, 12(1), 55–66.
https://doi.org/10.2174/157339631201160105092811

Chauhan, P. S., Sharma, H., Dhattarwal, N., Mahajan, V. K., Mehta, K. S., Sharma, A., Sharma, R., Verma,
Y. R., & Chandel, M. (2020). Characteristics of Vitiligo in Children and Adolescents. Skinmed, 18(5), 278–
28.

1092
ENVELHECIMENTO PRECOCE BUCAL: UMA CONDIÇÃO
CONTEMPORÂNIA

¹Leonardo dos Santos Dias


2
Macrinna Rafaelle Fernandes Marinho de Souza
1Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). João Pessoa, Paraíba, Brasil; 2Universidade Federal
da Paraíba. João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Eixo temático: Odontologia


Modalidade: Pôster
leonardodias1407@gmail.com

INTRODUÇÃO: Envelhecer é um processo em que alterações fisiológicas ocorrem naturalmente quando


o indivíduo alcança a fase adulta. Atualmente, consequências de efeitos bucais deletérios tem sido relatado
na literatura em pacientes jovens, o que antes era observado em pacientes idosos. O Envelhecimento
Precoce Bucal (EPB) é uma patologia com características do desgaste sofrido pelo organismo. As
manifestações clínicas mais comuns são doença periodontal, cáries, diminuição do fluxo salivar, Disfunção
Temporomandibular e desgastes dentais. O estresse é considerado um fator que pode desencadear hábitos
parafuncionais e gerar consequências ao ambiente bucal. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi
compreender o que favorece o acometimento dessa patologia para estabelecer um plano de tratamento
adequado. METODOLOGIA: Foram realizadas para esta pesquisa bibliográfica, consultas nas bases de
dados SCIELO e GOOGLE ACADÊMICO, e posteriormente uma leitura detalhada dos artigos, livros e
revistas. Através do critério de inclusão e exclusão, foram lidos 6 artigos e 4 foram selecionados para este
trabalho. RESULTADOS: Fatores como má alimentação, tabagismo, sono de má qualidade, são fatores que
influenciam no (EPB). O desequilíbrio emocional pode diminuir o fluxo salivar e causar lesões de cárie,
entretanto, uma alimentação inadequada torna-se capaz de provocar essas lesões. A bebida alcóolica possui
pH ácido, podendo provocar erosão aos elementos dentários. A higienização insatisfatória é um aspecto que
favorece esta situação. Situações de estresse podem sobrecarregar o complexo maxilomandibular e lesionar
a articulação temporomandibular. Perda de dentes e dor orofacial são uma das consequências do EPB, para
isto, uma abordagem multidisciplinar é necessária para tratar esta condição,
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: O cirurgião-dentista tem um papel importante nesta
abordagem, visto que, o conhecimento sobre esta condição é fundamental para interromper este processo e
evitar grandes consequências.

Palavras-chave: Idoso, dental, hábitos parafuncionais

REFERÊNCIAS:

AGGARWAL V.R.; et al. A epidemiologia das síndromes crônicas que são frequentemente inexplicáveis:
Elas têm fatores associados comuns? Int J Epidemiol, [s.l.], v. 35, n. 1 p. 468-476, 2006.
CHAGAS, AM; ROCHA, ED. Aspectos fisiológicos do envelhecimento e contribuição da Odontologia
na saúde do idoso. Rev Bras Odontol, Rio de Janeiro, v. 69, n. 1, p. 94-6, 2012.
LACERDA, JT; et al. Prevalência da dor orofacial e seu impacto no desempenho diário em trabalhadores

1093
das indústrias têxteis do município de Laguna, SC. Ciênc. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 10, p.
4275-4282, 2011.
LOBBEZOO, F; et al. Consenso internacional sobre a avaliação do bruxismo: Relatório de um trabalho
em andamento. J Oral Rehabil, [s.l.] , n. 45, v. 11, p. 837-844. 2018.

1094
O RISCO DO USO DE BENZODIAZEPÍNICOS PELA POPULAÇÃO
IDOSA

¹Carlos Eduardo Teotônio de Andrade

¹Suzana Gabrielle da Silva Bezerra


¹Leonardo Arantes Valerio Oliveira

¹Iasmine Andreza Basílio dos Santos Alves


1Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Caruaru, Pernambuco, Brasil.

Eixo temático: prevenção e qualidade de vida


Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: carlos.teotonio@ufpe.br


INTRODUÇÃO: O uso de benzodiazepínicos tem sido relacionado a efeitos adversos importantes, além de
tolerância e dependência, sendo os mesmos considerados medicamentos potencialmente inapropriados para
idosos (JOICE et al, 2022). Entretanto, o triênio correspondente aos anos 2020, 2021 e 2022 foi marcado
por grandes impactos na saúde pública devido à pandemia da COVID-19, com alto índice de contaminação,
isolamento social e prejuízos à saúde mental e qualidade do sono da população, o que causouo aumento das
prescrições desses fármacos e uma maior exposição aos riscos de seu uso pelas populações mais frágeis
(MILANI et al, 2021). OBJETIVO: analisar os riscos e efeitos adversos relacionados ao uso indiscriminado
dos benzodiazepínicos pela população idosa no triênio 2020-2022. METODOLOGIA: Trata-se de um
trabalho de pesquisa de natureza exploratória, com foco na prevenção e qualidade de vida, fundamentada
em análise bibliográfica do tipo revisão de literatura. Foram utilizados os descritores "Benzodiazepínicos",
"Saúde do Idoso" e "Risco”, nas bases de dados Pubmed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), onde foram
analisados artigos completos e gratuitos, em inglês e português, no período de 2020 a 2022. A pesquisa
resultou em 59 artigos, dos quais 43 foram incluídos na revisão após análise dos títulos e resumos.
RESULTADOS: Os benzodiazepínicos (BZD) foram classicamente relacionados ao riscode quedas, fraturas
de quadril, declínio funcional e delirium em idosos, sendo responsáveis pelo aumento da morbidade, tempo
de hospitalização e mortalidade. O uso prolongado dessas drogas associado à diminuição do metabolismo
oxidativo, a qual prolonga a meia-vida da droga por alteraçõesfarmacocinéticas e farmacodinâmicas, tem
potencial de causar sedação psicomotora, neuroinflamação, tolerância e dependência. A ativação dos
receptores GABA A e consequente inibição excitatória foi fortemente relacionada à diminuição da reserva
cognitiva e da capacidade de produção de memórias, principalmente quando inibidas as subunidades
α5GABA A, presentes no hipocampo. Além disso, níveis mais altos de exposição aos BZD também foram
relacionados a maiores chances de diagnóstico de demência, principalmente quando associados aos z-
hipnóticos, mas ainda apresentam resultados controversos. A associação de BZD aos opióides também é
uma preocupação importante por potencializara overdose por opióides em 30% dos casos. Outros riscos
encontrados envolvem ataxia e hipotensão ortostática em pacientes em uso de BZD de ação prolongada;
aumento da incidência de disfagia orofaríngea em até 4,4 vezes; desenvolvimento de glaucoma de ângulo
fechado associado ao clonazepam e alprazolam, assim como a maior ocorrência de pneumonia em pacientes
com Parkinson em uso de midazolam, lorazepam, flunitrazepam, estazolam ou clonazepam.
CONCLUSÃO: O uso de benzodiazepínicos por idosos tem potencial de causar prejuízos cognitivos e
funcionais graves, além de aumentar os custos em saúde e a mortalidade dessa população, devendo ser
continuamente desaconselhado no período pós- pandêmico.
Palavras-chave: Benzodiazepínicos, Saúde do Idoso, Efeitos adversos.

1095
REFERÊNCIAS:

ETTCHETO, M. et al Benzodiazepines and Related Drugs as a Risk Factor in Alzheimer's Disease


Dementia. Front Aging Neurosci, 2020.

JOYCE, G. et al. Benzodiazepine use and the risk of dementia. Alzheimers Dement (N Y), v. 8, n.1,
2022.

MILANI, S.A. et al. Trends in the Use of Benzodiazepines, Z-Hypnotics, and Serotonergic Drugs Among
US Women and Men Before and During the COVID-19 Pandemic. JAMA Netw Open, v.4, n.10, 2021.

WOLF, U. et al. Prevalence of oropharyngeal dysphagia in geriatric patients and real-life associations
with diseases and drugs. Sci Rep, v.11, n.1, 2021.

1096
USO INDISCRIMINADO SEM RECEITA MÉDICA DE ANTIBIÓTICOS NA POPULAÇÃO
ADULTA DE LAGARTO EM
SERGIPE
1MANUEL MESSIAS PEREIRA DE MORAIS

1CRISTIANO JÚNIOR HEINZEL

1Universidade Federal de Sergipe (UFS). Lagarto, Sergipe, Brasil

Eixo temático: Relato de experiência

modalidade: pôster

e-mail: emanuelmorais007@gmail.com

INTRUDUÇÃO: Os antibióticos são fármacos que têm o potencial de coibir a proliferação de micro-
organismos. Sendo prescritos como forma terapêutica contra infecções microbianas sensíveis, sua aplicação
deve ser controlada. OBJETIVO: Diante do exposto, é necessário alertar sobre os perigos do uso sem
limitação de antibióticos, e acerca dos riscos da automedicação. Desse modo, é fundamental a
conscientização por parte das pessoas sobre a resistência microbiana, promovendo o correto uso do
medicamento. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência observado e discutido com alunos
do quinto ano de medicina da Universidade Federal de Sergipe Campus Lagarto e com profissionais
multidisciplinares da Estratégia de Saúde da Família, em Lagarto, Sergipe no ano de 2022. A Unidade
Básica de Saúde tem em seu cadastro 4.500 famílias, totalizando 9.304 pessoas cobertas por sua área. Este
trabalho é fruto da experiência vivenciada pelos alunos no estágio médico obrigatório no período de 16 de
janeiro de 2022 a 20 de dezembro de 2022. O grupo é formado por 9 alunos. O estágio aconteceu
diariamente de segunda feira à sexta feira. O tema abordado foi o uso indiscriminado sem receita médica
de antibióticos na população adulta do Município de Lagarto do Estado de Sergipe. O tema tem como
objetivo, auxiliar na construção do conhecimento dos alunos e profissionais envolvidos a respeito da correta
utilização e prescrição de antibióticos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, o uso indevido
de antibióticos é uma diligência dos órgãos de saúde. Aumentando as ocorrências de infecções por bactérias
multirresistentes, assim como, o crescimento das taxas de mortalidade, o prolongamento do tempo de
internação hospitalar, o surgimento de efeitos adversos e a ampliação dos gastos. RESULTADO: O cidadão
que emprega um antibiótico sem real necessidade, em quantidade discrepante da prescrição, ou que
suspende o tratamento sem orientação médica, se posiciona em risco, tendo em vista que, essa atitude pode
complicar a infecção e acarretar o surgimento de seleção de bactérias resistentes, coibindo a eficácia do
medicamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É necessário investir em programas educacionais sobre a
temática para orientar a população e aprimorar às políticas públicas que tratem sobre o tema, estimulando
mudanças de comportamento da população. A lavagem adequada das mãos e dos alimentos, são hábitos
eficazes que devem ser encorajados para a prevenir a propagação de bactérias. Logo, cumprir as
recomendações médicas sobre os antibióticos, é indispensável, não fazendo o uso por conta própria e não
parar o tratamento prescrito pelo médico

Palavras-chave: Indiscriminado1, antibiótico2, Multiresistente3.

REFERÊNCIAS:

TRAVASSOS, I. & MIRANDA, K. Resistência Bacteriana como consequência do uso inadequado de


antibióticos. Revista Informa. v.22, n. 5/6, p.54-59, 2010.
VAN BOECKEL, T.P. GANDRA, S., ASHOK, A., CAUDRON, Q., GRENFELL, B. T., LEVIN, S. A., &
LAXMINARAYAN, R.Global antibiotic consumption 2000 to 2010: ananalysis of national pharmaceutical
sales data. The Lancet Infectious Diseases, 14(8):742 – 750, 2014.

WANNMACHER, L. Uso indiscriminado de antibióticos e resistência microbiana: Uma guerra perdida?


Revista Uso Racional de Medicamentos: temas selecionados. v.1, n. 4, p. 1-6, mar. 2004.

1097
AGILIDADE MULTIDISCIPLINAR: ATENDIMENTO AO PACIENTE COM
SUSPEITA DE INFARTO DO CORAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO
ELETROCARDIOGRAMA
1MANUEL MESSIAS PEREIRA DE MORAIS

1CRISTIANO JÚNIOR HEINZEL

1Universidade Federal de Sergipe (UFS). Lagarto, Sergipe, Brasil

Eixo temático: Relato de experiência

modalidade: pôster

e-mail: emanuelmorais007@gmail.com

INTRODUÇÃO: De acordo com Ministério da Saúde do Brasil, o índice de mortalidade por doenças
coronarianas, atinge cerca de 120 mil pessoas por ano. Sendo o Infarto Agudo do Miocárdio com Supra
desnivelamento do ST (IAMCSST) uma condição clínica de importante gravidade, com risco de morte e
que se tipifica como emergência médica. Portanto, é necessário, rapidez e eficácia no atendimento às
pessoas acometidas pelo enfarte. OBJETIVO: Relatar o atendimento ao paciente com suspeita de enfarto
no Hospital Universitário de Lagarto, Sergipe. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência
observado e discutido com alunos do quarto ano de medicina da Universidade Federal de Sergipe Campus
Lagarto e com profissionais multidisciplinares do Hospital Universitário de Lagarto, na cidade de Lagarto,
Sergipe em 2021. A instituição atende pacientes de Lagarto e cidades circunvizinhas da macrorregional de
saúde do polo Lagarto, totalizando 30 municípios. Este trabalho é fruto da experiência vivenciada pelos
alunos no estágio médico obrigatório no período de 15 de janeiro de 2021 a 22 de dezembro de 2021. O
grupo é formado por 10 alunos. O estágio aconteceu diariamente de segunda feira a sábado. O tema
abordado foi o atendimento inicial no infarto agudo do miocárdio, tendo como objetivo, auxiliar na
construção do conhecimento dos alunos e profissionais envolvidos a respeito dos protocolos utilizados, o
adequado funcionamento e sua aplicabilidade. Segundo as diretrizes, o tempo de chegada do paciente ao
hospital com sintomas sugestivos de Infarto Agudo do Miocárdio até a realização do eletrocardiograma
(ECG), deve ser no máximo de 10 minutos, denominado Tempo Porta-ECG. Durante o tempo de estágio,
foi observado que na maioria das vezes, o eletrocardiograma foi realizado 20 minutos após a entrada do
paciente no hospital, ocorrendo assim, por diversas questões como; falta de macas, de cadeira de rodas,
superlotação na emergência, recepcionista sobrecarregada, lentidão na classificação de risco, falta de
conhecimento sobre os protocolos e destreza dos profissionais envolvidos na questão, assim como, a falta
de um setor específico para atender esse público com possível Enfarte. RESULTADO: É necessário
destreza e agilidade por partes de todos os atores envolvidos na questão, é notório a necessidade de
treinamento para todos com o intuito de promover um rápido e eficaz atendimento à população acometida
pelo IAMCSST. O eletrocardiograma é o exame que ratifica o quadro de infarto do paciente, ou seja, as
alterações eletrocardiográficas dão o diagnóstico do IAM sem supra, ou com supra de ST. Como foi dito
acima, o ideal é que a realização do mesmo, seja em um tempo menor que 10 minutos a partir da entrada
do paciente no hospital, dados da sociedade brasileira de Cardiologia e American Heart Association.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Um eletrocardiograma realizado em tempo hábil no local de atendimento e
interpretado por um médico qualificado, atenua em 18% o tempo porta-balão. Logo, o prognóstico do
paciente será mais acurado.
Palavras-chave: Multidisciplinar1, infarto2, eletrocardiograma3.

REFERÊNCIAS:

PIEGAS, LS et al. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo
do Miocárdio com Supra desnível do Segmento ST. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 105, n. 2, supl.
1, p. 1-121, Aug. 2015.

1098
Nicolau JC, Feitosa-Filho G, Petriz JL, et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina
Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supra desnível do Segmento ST – 2021. Arq Bras Cardiol.
2021; 117(1):181-264.

Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. ESC Scientific Document Group. 2020 ESC Guidelines for the
management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation.
Eur Heart J. 2021; 42(14):1289-1367

1099
O ZIKA VÍRUS COMO INTERVENÇÃO DO CÂNCER CEREBRAL: UM
TRATAMENTO EFICAZ?

¹Mateus Gonçalves de Sena Barbosa


²Maria Gabriella Borges Braga
²Fabiana Abreu Maciel
³Nicollas Nunes Rabelo
¹Faculdade Atenas, Passos, Minas Gerais, Brasil; ²Faculdade Atenas, Sete Lagoas, Minas
Gerais, Brasil. ³Quarta Divisão de Neurocirurgia, Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (FMUSP), São Paulo SP, Brasil, Hospital das Clínicas / FMUSP
Eixo temático: Tema livre
Modalidade: Pôster
E-mail: mateusgonsb@gmail.com
Introdução
Um número crescente de publicações destacou o uso de vírus oncolíticos como uma nova classe
de agentes terapêuticos para tumores do sistema nervoso central (SNC). Proteínas do vírus Zika
(ZIKV) direcionadas a células-tronco específicas foram estudadas in vitro e em modelos animais
com resultados promissores.
Métodos
Uma revisão sistemática foi realizada no PubMed e Google Scholar. Todos os trabalhos de
pesquisa, incluindo estudos experimentais, que avaliaram a eficácia e a segurança do uso do ZIKV
para o tratamento de tumores do SNC foram elegíveis. Os dados foram extraídos e os estudos in
vivo foram avaliados usando a ferramenta Robins-I.
Resultados
Dos 55 artigos identificados, apenas 14 foram incluídos - cinco in vitro e nove in vivo. Estudos in
vitro mostraram efeitos citopáticos leves e morte celular pronunciada devido à infecção pelo
ZIKV quando comparados com o grupo controle. Estudos in vivo usaram principalmente ratos,
camundongos e cães como modelos animais. Esses estudos mostraram que o ZIKV reduziu a
viabilidade celular ou inibiu o crescimento, a proliferação de células-tronco de glioma (GSCs) e
a expressão de Bcl2 - o que poderia potencializar o efeito da quimioterapia/radioterapia; causou
efeitos citopáticos, induziu danos às células tumorais, manifestou propriedades oncolíticas e até
matou seletivamente GSCs com segurança; em última análise, levou a uma remissão significativa
do tumor e aumentou a sobrevida a longo prazo por meio de uma resposta aprimorada das células
T. Nenhum evento adverso grave foi observado em todas as pesquisas in vivo.
Conclusão
Faltam informações de qualidade para apoiar a eficácia e segurança do uso do ZIKV para o
tratamento de tumores do SNC, embora os resultados possam sugerir uma opção promissora e
viável. Mais pesquisas em humanos são necessárias.

1100
Palavras-chave: Zika; Neurotropismo; Câncer.
REFERÊNCIAS:

Sung H, Ferlay J, Siegel RL, Laversanne M, Soerjomataram I, Jemal A, et al. Global Cancer
Statistics 2020: GLOBOCAN Estimates of Incidence and Mortality Worldwide for 36 Cancers in
185 Countries. CA Cancer J Clin. 2021 May;71(3):209–49.
Kaid C, dos Santos Madi RA, Astray R, Goulart E, Caires-Junior LC, Mitsugi TG, et al. Safety,
Tumor Reduction, and Clinical Impact of Zika Virus Injection in Dogs with Advanced-Stage
Brain Tumors. Mol Ther. 2020 May 6;28(5):1276–86.
Nair S, Mazzoccoli L, Jash A, Govero J, Bais SS, Hu T, et al. Zika virus oncolytic activity requires
CD8+ T cells and is boosted by immune checkpoint blockade. JCI Insight [Internet]. 2021 Jan
11;6(1). Available from: http://dx.doi.org/10.1172/jci.insight.144619.
Li H, Hu Y, Huang J, Feng Y, Zhang Z, Zhong K, et al. Zika virus NS5 protein inhibits cell
growth and invasion of glioma. Biochem Biophys Res Commun. 2019 Aug 20;516(2):515–20.

1101
DOI 10.29327/1192726.1-32

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE IDOSOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA EM DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL

Laura Alves
Xavier1;
Ana Clara Almeida
Santos1;
Henrique Paes Rogerio Brito
Fernandes1;
Laura Vaz Monteiro
Côdo1;
Maria Eduarda Araújo Tassara
Moraes1;
Rita Romio
Saba1;
Constanza Thaíse Xavier
Silva1.
1Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA).Anápolis,Goiás,Brasil.

Eixo temático: Medicina


Modalidade: Pôster
E-mail do 1° autor: laura.xavier@aluno.unievangelica.edu.br

INTRODUÇÃO: o envelhecimento populacional é uma das mais significativas tendências do século XXI.
Contudo, esse processo apresenta desafios sociais, econômicos e culturais para indivíduos, famílias,
sociedades e para a comunidade global. Dessa forma, salienta-se a eliminação da discriminação, violência
e abuso contra os idosos como aspectos imprescindíveis para o sucesso dessa mudança demográfica
mundial. Nesse viés, o estudo da epidemiologia no processo saúde-doença inserindo a coletividade foi
colocado em debate no que se refere à compreensão do modo como o crime de violência contra o idoso
afeta suas atividades orgânicas e qualidade de vida, englobando as regiões brasileiras. OBJETIVO: o
presente estudo trata-se de uma revisão de literatura que buscou analisar e comparar os dados relacionados
à violência doméstica em idosos nas 5 diferentes regiões brasileiras, dando ênfase à epidemiologia das
vítimas. METODOLOGIA: o levantamento bibliográfico foi realizado a partir de artigos buscados nos
seguintes bancos de dados: =1Brasil Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES) sendo selecionados aqueles que atendessem a questão norteadora. Como critérios
de inclusão, foram considerados artigos originais completos e disponíveis gratuitamente, que abordassem
as regiões brasileiras, publicados nos últimos 5 anos, excluindo-se artigos não brasileiros, revisões
bibliográficas, resumos, meta-análises, artigos duplicados e os demais que não atendiam ao questionamento
proposto pela pesquisa. RESULTADOS: Através da análise dos dados dos artigos foi possível correlacionar
as regiões estudadas com o perfil epidemiológico das vítimas e concluir que há um padrão de violência no
que tange aos aspectos sociais, econômicos, faixa etária, raça e gênero das vítimas.Ademais, foi possível
observar uma correlação entre os tipos de violência para com os idosos nas diferentes macrorregiões.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, é possível afirmar que o Brasil, mesmo sendo um
país de dimensões continentais e possuindo regiões com culturas muito variadas, possui

1102
critérios em comum no quesito do perfil epidemiológico de idosos vítimas de violência doméstica. Fato
este, relevante para que se possa traçar estratégias de saúde e segurança, buscando de forma efetiva sobre o
grupo de idosos mais afetados, a fim de oferecer uma melhoria na qualidade de vida deste grupo tão
subnotificado e negligenciado.

Palavras-chave: abuso de idosos, epidemiologia, violência doméstica.

REFERÊNCIAS:

CUNHA, R. I. M. et al. Perfil epidemiológico das denúncias de violência contra a pessoa idosa no Rio
Grande do Norte, Brasil (2018-2019). Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., v. 24, n. 6, p. e210054, 2021.

DINIZ, C. X.; ESPÍRITO SANTO, F. H.; RIBEIRO, M. N. S. Análise do risco direto e indireto de
violência intrafamiliar contra pessoas idosas. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., v. 24, n. 6, p. e210097,
2021.

LOPES, E. D. S.; D’ELBOUX, M. J. Violência contra a pessoa idosa no município de Campinas, São
Paulo, nos últimos 11 anos: uma análise temporal. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., v. 24, n. 6, p. e200320,
2021.

MATOS, N. M. et al. Mediação de conflito: soluções propostas em andamento a casos de violência contra
a pessoa idosa. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, v. 24, n. 6, p. e210068, 2021.

WARMLING, D. et al. Vitimização e perpetração da violência por parceiro íntimo em idosos: estudo
transversal, Florianópolis, Santa Catarina, 2013/2014. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 30, n. 4, p. e20201117,
2021.

1103
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SICOSE VULGAR: UMA REVISÃO
DE LITERATURA

1
Giulia Morais Leandro de Carvalho
2
Ana Beatriz Campos de Oliveira
3
Bruna Batista Santana
4
Juliana Reis de Sousa Zacarias
5
Marcela Barbosa Souza

1,2, 3, 4, 5, Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil;

Eixo temático: Dermatologia

Modalidade:

Pôster/Apresentação oral

giuliamor.carvalho@gmail.co

INTRODUÇÃO: A sicose vulgar ou foliculite da barba é um distúrbio dermatológico comum, sendo uma
afecção cutânea que atinge o foliculo piloso. Alguns fatores como sexo e idade são associados à prevalência
da doença, maioria dos casos são em jovens adultos do sexo masculino, mas também pode ser causada por
fatores ambientais como exposição ao sol, alérgenos e mudanças hormonais, sendo desenvolvido por meio
de um processo inflamatório. A sicose pode surgir tanto por infecções bacterianas (tendo como agente
etiológico bactérias principalmente do gênero Staphylococos), sendo favorecida pela má higiene ou barbear
incorreto. A lesão é apresentada por hiperemia folicular, dor, com pequenas pústulas vermelhas podendo
haver ou não pus. Também há casos em que a inflamação afeta camadas mais profundas da pele, pode
ocorrer a formação de furúnculos. Nesses casos, é comum surgirem áreas avermelhadas em grande extensão,
acompanhadas de lesões elevadas contendo pus amarelado e causando dor intensa, ademais, pode haver o
surgimento de cicatrizes e a destruição do folículo piloso. Esta doença tem um papel social importante,
apesar de ser simples e possuir um tratamento com um bom desfecho. Os resultados desta revisão
sistemática fornecerão informações importantes sobre os melhores métodos de diagnóstico e tratamento e
as possíveis complicações relacionadas à doença. OBJETIVO: Avaliar os critérios de diagnóstico e a forma
de tratamento para a sicose vulgar. METODOLOGIA: Utilizou-se vários bancos de dados eletrônicos
(como PubMed, MEDLINE, EMBASE, Web of Science) para identificar estudos relevantes. Os critérios
de elegibilidade exigiam que os estudos fossem ensaios clínicos controlados, testesde diagnóstico ou estudos
de gerenciamento médico. RESULTADOS: Os resultados desta revisão sistemática mostraram que os
sintomas mais comuns associados à sicose vulgar incluem prurido, vermelhidão, coceira, descamação e dor
na pele, . O diagnóstico é realizado à base de análise clínica e histológica da pele e dos tecidos subjacentes,
podemos observar a Foliculite Estafilocócica (é tipo mais comum, pelo Staphylococcus aureus), Foliculite
por pseudomonas (Pseudomonas aeruginosa) . A terapia apropriada inclui as terapias tópicas e sistêmicas
existentes, como corticosteroides, imunomoduladores e antifúngicos.Temos também como tratamentos
alternativos a PUVA-terapia (usa luz ultravioleta e uma substância química chamada psoraleno) e o óleo
de Melaleuca alternifolia (inibie o crescimento microbiano), ambos diminuem a infecção, inflamação,
coceira e descamação da pele desses pacientes. Também foi constatado que o ensinamentos de medidas
preventivas podem ajudar a evitar o aparecimento ou piora da sicose vulgar, mantendo então a pele limpa e
seca, livre de escoriações, manter pele hidratada, evitar barbeamento de zonas com foliculite, além de também
fazer o barbeamento de maneira correta. Sendo

1104
assim, embora o diagnóstico seja baseado em análise clínica e histológica da pele, a terapia adequada requer
um conhecimento meticuloso dos tratamentos tópicos e sistêmicos disponíveis para a bactéria causadora,
anti-inflamatórios, protocolos estéticos com uso de cosméticos adjuvantes, além de evitar fatores
predisponentes. CONCLUSÃO: Temos então, a sicose vulgar como uma doença de pele comum que requer
um diagnóstico preciso e tratamento apropriado para evitar o agravamento da doença. Os pacientes
respondem melhor a terapias tópicas ou sistêmicas como corticosteroides, imunomoduladores e
antifúngicos. A PUVA-terapia e o uso de oleos essenciais tem-se mostrado eficaz como alternativa. Além
disso, a monitorização cuidadosa dos sintomas e do estado de saúde geral do paciente são importantes para
garantir que o tratamento seja seguro e eficaz.

Palavras-chave: Sicose vulgar, Diagnóstico, Tratamento

REFERÊNCIAS:

BERNARDI, Jocenara. Foliculite da barba: impacto do processo de barbear sobre o controle e prevenção
das manifestações clínicas. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Superior de Tecnologia em Estética e
Cosmética) - Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, 2016.

BACCOLI, B. C. et al. Os benefícios do óleo de melaleuca na acne grau II e III: uma revisão de literatura.
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 13, n. 1, p. 536- 547, 2015.

LARRONDO, J.; GOSCH, M. A case of persistent beard folliculitis. The American Journal of Medicine,
[s.l.], v. 133, n. 12, p. e740-e741, dez. 2020. DOI: 10.1016/j.amjmed.2020.03.051.

LAUREANO, A. C. et al. Facial bacterial infections: Folliculitis. Clinics in Dermatology, v. 32, p. 711-
714, 2014.

1105
LESÃO MUSCULAR: FISIOPATOLOGIA E TRATAMENTO POR MEIO DA
TERAPIA COM CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS

¹Fernando Bispo Cavalcante


¹Yana Balduíno de Araújo

1 Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Eixo temático: Medicina

Modalidade: Pôster

E-mail do 1° autor: fbispocavalcante@gmail.com

INTRODUÇÃO

As lesões musculares são caracterizadas como danos ao tecido muscular, oriundos principalmente
de estiramentos e lacerações. A fisiopatologia da regeneração muscular pós-lesão engloba a atuação de
diferentes células, principalmente células satélites musculares e inflamatórias. Entre as formas de
tratamentos disponíveis, a terapia celular tem se mostrado uma alternativa promissora, sendo que o uso das
células tronco mesenquimais (CTMs) como técnica para melhorar esse processo regenerativo tem
apresentado resultados positivos em experimentos laboratoriais. Assim, é necessário compreender a
fisiopatologia da lesão muscular e essa modalidade de tratamento.
OBJETIVO

Descrever a fisiopatologia e tratamento das lesões musculares pela terapia celular com o uso de
CMTs. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados da plataforma
U. S. National Library of Medicine (PubMed) com recorte temporal de dois anos (2020-2021), em que
foram encontrados 47 estudos, sendo utilizados 4 para essa revisão.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A lesão muscular se origina por diferentes mecanismos, tanto quadros crônico-degenerativos,


como a distrofia muscular progressiva, quanto mecanismos agudos, como lacerações. O processo de
reparação desencadeado pela lesão muscular ocorre em três fases sucessivas: inflamação, regeneração e
remodelação. Na inflamação, forma-se um edema local e desestruturação do sarcolema. Há também a
formação de necrose local e ação de remoção de detritos por macrófagos, além da produção e liberação de
fatores de crescimento, que atuam como mediadores influenciando a atividade das células satélites. A fase
de regeneração é marcada pela proliferação e diferenciação das células satélites e formação do tecido
cicatricial, de modo que as células satélites fiquem em estado de quiescência na região da lâmina basal e,
quando ocorre uma lesão, são estimuladas a se proliferar, diferenciar e retornar ao estado de quiescência
para manter o pool de células. Na fase de remodelação, as células satélites se proliferam e se diferenciam
em miofribrilas formando novas fibras musculares. Em relação ao tratamento para as lesões musculares, as
CTMs podem ser aplicadas através de injeção direta de suspensão com células no local da lesão ou na
corrente sanguínea. Alguns experimentos resultaram em melhora na recuperação da lesão. Nesses estudos,
com o uso de injeções de CTMs fizeram ensaios in vivo utilizando ratos como modelos experimentais e
demonstraram que as CTMs provenientes da medula óssea contribuem na recuperação da lesão muscular

1106
ao auxiliar a proliferação de células miogênicas e ao impedir quadros de fibrose. No estudo, os animais
foram submetidos a lesões musculares agudas de laceração, sendo que o procedimento de tratamento com
CTMs demonstrou-se benéfico para esse tipo de lesão, ao promover a recuperação da lesão em
aproximadamente 65 dias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para haver a restauração adequada das funções de contratilidade muscular, é necessário um


equilíbrio entre o reparo e o tecido cicatricial gerado. Logo, conclui-se que o uso de CTMs na terapia celular
para tratamento de lesões musculares esqueléticas têm se mostrado positivo, com destaque para o uso de
CTMs derivadas da medula óssea. Essas células promovem uma melhora na regeneração do músculo após
lesão a partir do seu potencial de proliferação e diferenciação.
Palavras-chave: Lesão Muscular; Terapia Celular; Células Tronco Mesenquimais.

REFERÊNCIAS:

ALARCIN, Emine et al. Current strategies for the regeneration of skeletal muscle tissue.
International journal of molecular sciences, v. 22, n. 11, p. 5929, 2021.

ARCHACKA, Karolina et al. Hypoxia preconditioned bone marrow-derived mesenchymal


stromal/stem cells enhance myoblast fusion and skeletal muscle regeneration. Stem Cell
Research & Therapy, v. 12, p. 1-18, 2021.

CHAZAUD, Bénédicte. Inflammation and skeletal muscle regeneration: leave it to the macrophages!.
Trends in immunology, v. 41, n. 6, p. 481-492, 2020.

WANG, Jie et al. Characterization and therapeutic applications of mesenchymal stem cells for regenerative
medicine. Tissue and cell, v. 64, p. 101330, 2020.

1107
1108

Você também pode gostar