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(CNPJ 43957433000142
Editor Chefe
Daniel L. S. Braga
Corpo Editorial
Juliana Barbosa de Faria
Aryane De Azevedo Pinheiro
Liana Priscilla Lima De Melo
Dheysse Araújo De Lima
Bruno Costa Silva
Givanildo Carneiro Benício
Beatriz de Lima Bessa Ballesteros
Danielli Carolina Brito Souza
Marielena Vogel Saivish
Jefferson Douglas Lima Fernandes
Danielle Andreza Da Cruz Ferreira
Thiago Maués Amaral
Mikael Mansur Martinelli
Bruno Rogério Ferreira
Camilla Rodrigues de Almeida Ribeiro
José Rodrigo da Silva
Juliana Barbosa de Faria
Victor Augusto Benedicto Dos Santos
Leila Maues Oliveira Hanna
Maria Gislene Santos Silva
Kaline Silva Meneses
Luara Da Silva Rego
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de
responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição
oficial do Instituto Scientia. Permitido o download da obra e o compartilhamento
desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de
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Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros
do Corpo Editorial deste Evento, tendo sido aprovados para a publicação.
www.institutoscientia.com
contato@institutoscientia.com
APRESENTAÇÃO
O presente livro trata-se de uma coletânea dos artigos científicos submetidos e aprovados no
Congresso Nacional Multidisciplinar em Ciência (COMCIÊNCIA) na área científica das Ciências da
Saúde e Biológicas.
DOI: 10.55232/237921
ISBN 978-65-997239-3-3
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A Toxoplasmose é uma zoonose de ocorrência mundial, causada por um protozoário
intracelular capaz de infectar os seres humanos. Apresenta um quadro clínico diversificado que
vai desde as infecções assintomáticas a manifestações clínicas significativas (OLIVEIRA,
2018).
Nos humanos a infecção pode ocorrer quando em contato com oocistos presente nos alimentos
e na água, eliminação ocasionada pelas fezes dos gatos contaminandos, bem como pela ingestão
de carne crua ou mal cozida infectada com cistos, transmissão transplacentária de taquizoítos
da gestante para o feto e a partir de produtos sanguíneos nos transplantes de orgãos (REZENDE,
2015; FERREIRA et.al, 2016; SILVA et. al, 2016; WALCHER et.al, 2017).
De acordo com Oliveira, 2018, mais de 40% das gestantes brasileiras correm o risco de contrair
a doença e de transmiti-lo ao feto, sendo sua gravidade maior no primeiro trimestre devido a
imaturidade do feto. Por este motivo, o Ministério da Saúde preconiza desde as primeiras
consultas como rotina, o rastreamento sorológico das gestantes, exame este solicitado no pré-
natal nas Unidades de Saúde.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, que propõe abreviar os estudos de forma
sistemática e organizada através de materiais e métodos pontuais sobre a análise da dispensação
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
de medicamentos para tratar gestantes infectadas pelo T. gondii atendidas Atenção Primária à
Saúde.
A princípio buscou-se encontrar artigos que estivesse intimamente relacionado com a temática
em questão como tratamento da toxoplasmose gestacional, oferta de insumos pelos postos de
saúde e benefícios do tratamento na gestante infectada pelo T. gondii. Para alcançar o tema
proposto, foram realizadas pesquisas nas bases de dados Scielo, LILACS, Pubmed e Biblioteca
Virtual em Saúde. Para a pesquisa foram utilizados os seguintes descritores: Gestante com
toxoplasmose; Atendimento precoce; Assistência farmacêutica; Atenção à saúde; Proteção do
feto, escritos na língua portuguesa, entre os anos de 2014 a 2020.
Após esta etapa, foram encontrados inicialmente 52 documentos científicos. Para a seleção de
temas adotou-se critérios de inclusão e de exclusão. Para o de inclusão foram selecionados
artigos na íntegra que abordasse o tema, para o critério de exclusão, trabalhos repetidos e os
que não atendiam aos requisitos do estudo desejado. Para a amostra final, sobraram 15 trabalhos
que foram utilizados no presente estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Atualmente existem no mercado poucas drogas cujo objetivo é impedir a transmissão da doença
da mãe para o feto e, de acordo com consenso de especialistas, em caso de infecção aguda, o
esquema terapêutico adotado é com a espiramicina de forma isolada ou através da utilização da
associação de sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico, este último conhecido como esquema
tríplice (BRASIL, 2019; BRASIL, 2020).
Já o esquema tríplice atua tanto na mãe como no feto, sendo indicado para infecção fetal
confirmada ou altamente suspeita, sendo sua ação indicada para impedir a passagem do
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
As pacientes com indicação para o esquema tríplice devem receber real atenção, visto que a
pirimetamina deverá ser ofertada apenas a partir da 16ª semana devido ao seu potencial poder
reatogênico, valendo ressaltar que, devem ser submetidas à avaliação frequente do hemograma,
pois a pirimetamina e sulfadiazina provocam diminuição do número de todos os elementos
figurados do sangue como as hemácias, os leucócitos e as plaquetas (BÁRTHOLO et. al., 2015).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A centralização desses fármacos pela União ocorreu mediante programação conjunta com os
Estados devido à dificuldade de compra pelos Municípios, pelo aumento da incidência dos
casos e devido ao decréscimo no quantitativo solicitado de medicamentos em relação à
expectativa de tratamento baseada em número de pacientes infectadas (BRASIL, 2019;
BRASIL, 2020).
Quando a gestante inicia seu tratamento o acompanhamento é feito no pré-natal tanto pelo
profissional médico que é o prescritor quanto pelo enfermeiro que faz parte da equipe de saúde,
com a finalidade de garantir o tratamento adequado sem interferências ou contratempos
(BRASIL, 2018; BRASIL, 2020; UCHÔA et. al., 2016; ALVES, 2017).
A vigilância em saúde no que diz respeito ao desenvolvimento de atuações que possam interpor
no processo de saúde-doença, tem se consolidado, alargando o controle social na defesa da
qualidade de vida e validando a população medicamentos essenciais (UCHÔA et. al., 2016).
E para proporcionar uma assistência na sua totalidade, em 2004, o Ministério da Saúde instituiu
a Política Nacional de Assistência Farmacêutica com a intenção de garantir ações voltadas à
promoção, proteção e recuperação da saúde sendo as medicações consideradas insumos
essenciais (BRASIL, 2019).
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Acrescido a isso, é pertinente que todas as mulheres em idade fértil da área adscrita dos postos
de saúde sejam orientadas a respeito da toxoplasmose e sobre os cuidados primários,
corroborando assim, para a diminuição das formas de contágio desse parasito da mãe para seu
bebê.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, F. H. C. A Automedicação em Usuários da Atenção Primaria do Sistema único de
Saúde. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e
Assistência Farmacêutica da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à
obtenção do grau de Mestra em Medicamentos e Assistência Farmacêutica. Belo Horizonte,
2017.
ANDRADE et. al. Recém-nascidos com risco de toxoplasmose congênita, revisão de 16 anos.
Revista Scientia Médica, Portugal, 2018.
BÁRTHOLO et. al. Toxoplasmose na gestação. Revista HUPE, v. 14, n. 2, p. 65-70, Rio de
Janeiro, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Notificação e Investigação: toxoplasmose
gestacional e congênita. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília, p. 14, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos
Estratégicos em Saúde. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais 2020 – RENAME
2020. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Versão eletrônica:
http://editora.saude.gov.br. Ed. 1ª - Brasília, 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fluxograma de Diretriz Nacional para Condução Clínica do
Diagnóstico e Tratamento da Toxoplasmose Gestacional e Congênira. Ofício Circular
Nº1/2020/CGAFME/DAF/SCTIE/MS. Brasília, 2020.
FERREIRA et. al. Frequência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em cães com sinais
clínicos compatíveis com toxoplasmose. Revista de Ciência Animal Brasileira, v.17, n.4, p.
640-646, out./dez. 2016.
MAIA, A, O. Aspectos epidemiológicos da toxoplasmose em gestantes atendidas nas
unidades básicas de saúde do município de Santa Cruz – RN. Dissertação de mestrado
apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em
Ciências Biológicas (Área: Parasitologia), Natal/RN, 2019.
OLIVEIRA, W. N. Toxoplasmose congênita e a importância do diagnóstico e suas formas
clínicas na gestação no estado de Rondônia no período de 2013 a 2017. Monografia
(Especialização) - Centro Universitário São Lucas, Porto Velho, 2018.
REZENDE, H. H. A. Prevalência de parasitos intestinais em gatos errantes em Goiânia -
Goiás: ênfase no diagnóstico de Toxoplasma gondii e avaliação da acurácia de técnicas
parasitológicas. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de PósGraduação em
Medicina Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás para obtenção do título
de Mestre em Medicina Tropical e Saúde Pública. Área de concentração em Parasitologia.
Goiânia, 2015.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 2
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
1. AMEBÍASE
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
2. GIARDÍASE
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
3. TRICOMONÍASE
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
4. TOXOPLASMOSE
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A infecção primária por T. gondii produz sintomas clínicos em 10% dos indivíduos
imunocompetentes, sendo a fase aguda geralmente autolimitada e sem
necessidade de tratamento. Entretanto, em indivíduos imunocomprometidos, a
infecção adquire caráter importante e deve ser tratada. Uma infecção reativada
tem maior chance de ocorrer no cérebro, mas pode ocorrer em outras regiões
do organismo. Encefalite toxoplasmótica é comum em indivíduos portadores de
AIDS ou com câncer.
5. CRIPTOSPORIDIOSE
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Em pacientes com infecção por HIV, deve realizar o diagnóstico diferencial com
outros agentes causadores de enterites, como: Entamoeba histolytica,
Salmonella, Shigella, Giardia lamblia, Campylobacter jejuni, Yersinia, Cyclospora
cayetanensis e microsporídeos.
6. TRIPANOSSOMÍASE AMERICANA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Mesmo que assintomática e com lesões discretas, pode haver morte súbita em
pacientes com esta forma da doença
A forma cardíaca irá atingir até 40% dos pacientes e a principal preocupação é a
insuficiência cardíaca congestiva (ICC). A massa muscular estriada cardíaca irá
reduzir devido à sua substituição por área fibrótica, bem como o sistema nervoso
autônomo. Além disso, preocupa-se com eventos tromboembólicos, podendo
atingir o coração ou os membros inferiores, podendo originar infartos múltiplos
e morte súbita. A perturbação do sistema nervoso autônomo pode levar a
alterações sinusais, atrioventriculares ou no feixe de Hiss e, consequentemente,
arritmias, extrassístoles e bloqueios.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
1) Exames Parasitológicos
1) Exames Parasitológicos
a) Xenodiagnóstico
b) Hemocultura
c) Inoculação em camundongos jovens
d) PCR
2) Exames Sorológicos
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
7. TRIPANOSSOMÍASE AFRICANA
8. LEISHMANIOSE
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Nos cães, os sinais clínicos são de evolução vagarosa e início insidioso, quando
afetado pela forma visceral a doença é sistêmica e suas manifestações
sintomatológicas são dependentes do tipo de resposta imunológica
desencadeada. O quadro pode variar de um estado aparentemente sadio a um
terminal. Classicamente, o cão pode apresentar piodermite periorbital,
descamação e eczema localizados na região nasal e auricular, acompanhadas de
úlceras rasas. Em fase avançada da doença o animal pode apresentar
onicogrifose, esplenomegalia, linfadenopatia, alopecia, dermatites,
hiperqueratose e até óbito.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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FÁRMACOS ANTIPROTOZOÁRIOS
1. ANFOTERICINA B
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
2. EFLORNITINA
3. ESTIBOGLICONATO DE SÓDIO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Em 1983, o uso do clioquinol como agente luminal foi retirado devido à sua alta
neurotoxicidade. Já o iodoquinol, por ser mais seguro, é o único entre ambos que
está disponível para uso oral nos EUA. Trata-se de um amebicida luminal eficaz,
mas com dados farmacocinéticos incompletos. Ao que se sabe, 90% do fármaco
fica retido no intestino, sendo excretado nas fezes, enquanto o restante é
absorvido para a circulação sanguínea (meia-vida de 11 a 14 horas), sendo
excretado na urina como glicuronídeos.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A posologia recomendada para adultos é de 650 mg, por via oral (VO), 3
vezes/dia, durante 20 dias, ao passo que crianças devem receber a dosagem de
10 mg/kg de peso corporal, VO, 3 vezes/dia durante 20 dias. Sua administração
deve ser realizada com as refeições para limitar a toxicidade gastrintestinal. É
importante ressaltar que a dosagem nunca pode exceder 2 g/dia e nunca por
mais de 20 dias, a fim de evitar, efeitos adversos importantes.
5. MELARSOPROL
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6. METRONIDAZOL E TINIDAZOL
7. MILTEFOSINA
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8. NIFURTIMOX E BENZNIDAZOL
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O nifurtimox é bem absorvido após a administração oral, com pico de seus níveis
plasmáticos após aproximadamente 3,5 horas. Mesmo assim, há somente baixas
concentrações do fármaco no plasma e menos de 0,5% da dose é excretada na
urina. Já a meia-vida de eliminação é de cerca de 3 horas, apenas. Contudo,
relatam-se altas concentrações de vários metabólitos não identificados e o
nifurtimox sofre uma rápida biotransformação, possivelmente por meio de um
efeito de primeira passagem pré-sistêmico.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
de álcool deve ser evitada durante o tratamento, visto que a incidência de efeitos
adversos pode aumentar.
9. NITAZOXANIDA
Os efeitos colaterais adversos são raros, tal como dor abdominal, diarréia,
vômitos e cefaléia.
10. PAROMOMICINA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
12. SURAMINA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma revisão de literatura com base em artigos de língua inglesa
da base de dados PUBMED. Para os critérios de inclusão foram utilizadas as seguintes
palavras-chave: “pharmacological therapy AND protozoa”. Além disso, os seguintes
filtros foram selecionados: “free full text”, “systematic review” e “5 years”. Ao fim da
pesquisa, foram encontrados 28 artigos, os quais compuseram a base de informação do
estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS
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12: Tobaiqy M, Qashqary M, Al-Dahery S, Mujallad A, Hershan AA, Kamal MA, Helmi
N. Therapeutic management of patients with COVID-19: a systematic review. Infect
Prev Pract. 2020 Sep;2(3):100061. doi: 10.1016/j.infpip.2020.100061. Epub 2020
Apr 17. PMID: 34316558; PMCID: PMC7162768.
14: Saito M, Mansoor R, Kennon K, Anvikar AR, Ashley EA, Chandramohan D, Cohee
LM, D'Alessandro U, Genton B, Gilder ME, Juma E, Kalilani-Phiri L, Kuepfer I,
Laufer MK, Lwin KM, Meshnick SR, Mosha D, Muehlenbachs A, Mwapasa V, Mwebaza
N,
Nambozi M, Ndiaye JA, Nosten F, Nyunt M, Ogutu B, Parikh S, Paw MK, Phyo AP,
Pimanpanarak M, Piola P, Rijken MJ, Sriprawat K, Tagbor HK, Tarning J, Tinto H,
Valéa I, Valecha N, White NJ, Wiladphaingern J, Stepniewska K, McGready R,
Guérin PJ. Pregnancy outcomes and risk of placental malaria after artemisinin-
based and quinine-based treatment for uncomplicated falciparum malaria in
pregnancy: a WorldWide Antimalarial Resistance Network systematic review and
individual patient data meta-analysis. BMC Med. 2020 Jun 2;18(1):138. doi:
10.1186/s12916-020-01592-z. PMID: 32482173; PMCID: PMC7263905.
16: Chan XHS, Win YN, Haeusler IL, Tan JY, Loganathan S, Saralamba S, Chan SKS,
Ashley EA, Barnes KI, Baiden R, Bassi PU, Djimde A, Dorsey G, Duparc S,
Hanboonkunupakarn B, Ter Kuile FO, Lacerda MVG, Nasa A, Nosten FH, Onyeji CO,
Pukrittayakamee S, Siqueira AM, Tarning J, Taylor WRJ, Valentini G, van Vugt M,
Wesche D, Day NPJ, Huang CL, Brugada J, Price RN, White NJ. Factors affecting
the electrocardiographic QT interval in malaria: A systematic review and meta-
analysis of individual patient data. PLoS Med. 2020 Mar 5;17(3):e1003040. doi:
10.1371/journal.pmed.1003040. PMID: 32134952; PMCID: PMC7058280.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
17: Commons RJ, Simpson JA, Thriemer K, Abreha T, Adam I, Anstey NM, Assefa A,
Awab GR, Baird JK, Barber BE, Chu CS, Dahal P, Daher A, Davis TME, Dondorp AM,
Grigg MJ, Humphreys GS, Hwang J, Karunajeewa H, Laman M, Lidia K, Moore BR,
Mueller I, Nosten F, Pasaribu AP, Pereira DB, Phyo AP, Poespoprodjo JR, Sibley
CH, Stepniewska K, Sutanto I, Thwaites G, Hien TT, White NJ, William T, Woodrow
CJ, Guerin PJ, Price RN. The efficacy of dihydroartemisinin-piperaquine and
artemether-lumefantrine with and without primaquine on Plasmodium vivax
recurrence: A systematic review and individual patient data meta-analysis. PLoS
Med. 2019 Oct 4;16(10):e1002928. doi: 10.1371/journal.pmed.1002928. PMID:
31584960; PMCID: PMC6777759.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 3
Matheus Rocha Peregrino, Taís Mendes Araujo dos Santos, Ana Thaís
Motta dos Santos Fiuza, Matheus Santos Azevedo, Ritieli Mallagutti
Corrêa, Catarina Borges Gonçalves, Yasmim de Jesus Oliveira, Ivanessa
Ramos de Souza e Rafael dos Santos Souza
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
1. INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Desse modo, o presente capítulo propõe analisar de forma macro para microscópica o percurso
do processo de formação profissional no cenário brasileiro associado a dimensão dessa
profissão no estado da Bahia e sua articulação dentro da Universidade Federal da Bahia.
2. METODOLOGIA
Para a elaboração deste capítulo, tem como proposta metodológica um estudo do tipo
descritivo analítico, que segundo Fontelles e colaboradores (2010), envolve uma avaliação
aprofundada das informações coletadas em um estudo, com o objetivo de explicar um fenômeno
específico, realizando uma abordagem quali-quantitativa.
Inicialmente, foi feito um levantamento de fontes bibliográficas, no dia 30 de julho de
2021, na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) relacionadas à formação profissional na
Odontologia por meio das palavras-chaves selecionadas conforme os Descritores em Saúde
(DeCS): formação profissional, odontologia, cirurgião-dentista, currículo; utilizando o
operador booleano “AND”. Para a seleção dos artigos foi utilizado como critério de inclusão o
filtro “idioma-português”.
Durante o levantamento foram encontrados 90 artigos. A análise dos documentos
encontrados estruturou-se na leitura de seus resumos e na avaliação crítica pautada no
adequamento ou não desses aos objetivos propostos por este estudo, resultando na seleção de
20 produções. Além disso, a esses artigos, somaram-se outros documentos como leis, decretos
e manuais, necessários para o entendimento do tema proposto, selecionados para compor a
revisão de literatura.
A análise e tratamento dos dados é fundamentada na abordagem de categorização do
conteúdo proposta por Bogdon e Taylor (1975) por meio da identificação de temas, tópicos e
padrões relevantes (apud ANDRÉ, 1983). A apresentação dos dados consiste num construto de
interpretação dos dados quantitativos associado ao aporte do referencial teórico.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
artesanal. As bancas eram compostas por médicos que não tinham domínio da área e exigiam
requisitos sobre conhecimento de anatomia, fisiologia, patologia, anomalias dos dentes,
gengivas e arsenal instrumental, como consta no decreto nº 1.764 de 14 de maio de 1856. Diante
desse primeiro decreto, por mais que houvesse um controle por parte da Medicina, tal processo
criava um empecilho para o charlatanismo e ao livre exercício da Odontologia (FERNANDES
NETO, 2002).
Em 1884, por meio do decreto nº 9.311 de 25 de outubro, foram criados os primeiros
cursos de Odontologia anexos às faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. A grade
curricular inaugural de Odontologia era formada pelas disciplinas de química, física, anatomia,
histologia, fisiologia, higiene da boca, clínica, prótese dentária, patologia, terapêutica dentária,
jurisprudência e deontologia dentária, sendo ministrada em três anos. (MOTT et al., 2008). Por
esse currículo-base estruturado, que permaneceu por seis anos, a prática do cirurgião-dentista,
segundo Samico (1992) apud QUEIROZ (2006), restringia o exercício do profissional a
extração e reposição dentária, contudo demonstra um cenário de evolução visto a exigência de
matrícula de candidatos aprovados em processo seletivo anterior associado à classe social que
detinha capital. Nesse sentido, o pontapé inicial de legitimação da Odontologia é caracterizado
pela exclusão de candidatos que anteriormente a exerciam, como pardos e analfabetos.
Nesse processo, segundo o acadêmico patrono da Academia de Odontologia do Estado
do Rio de Janeiro, Thales Magalhães (2016), os avanços tecnológicos chegaram ao Brasil pouco
a pouco e foram transformando também a prática odontológica: motores elétricos, anestesia
injetável, novos materiais restauradores, incrustações de ouro fundido, aparelhos removíveis de
grampo, antibióticos e resinas acrílicas. Além disso, livros foram traduzidos, a higiene passou
a ser aliada da prevenção e os serviços médicos expandiram com a presença de consultórios
dentários com mais autonomia.
Sucessivamente, após a abertura dos primeiros cursos de Odontologia, outros foram
criados, sendo, até o ano de 1917, 14 cursos da área, mesmo diante dos altos custos de instalação
de gabinetes dentários ou de locais adequados para o exercício clínico. Já em 1910, é criada a
Associação Central Brasileira de Cirurgiões Dentistas que, aliada ao reconhecimento das
faculdades, à defesa da profissão e à unificação das normas, atitudes e valores de conduta
profissional, contribuiu com a propagação da Odontologia e seu prestígio, além de auxiliar na
sustentação, junto às autoridades, de melhorias para a classe dos dentistas e para os cursos de
Odontologia (MOTT et al., 2008). O movimento pela emancipação da profissão, por sua vez,
desencadeou a independência do curso de Odontologia, que desvincularam-se da tutela das
escolas médicas em 1933 pelo decreto 23.512 de 28 de novembro (OLIVEIRA, 2014).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
uma base comum para os cursos da saúde, bem como apresentando a necessidade na articulação
entre ensino, serviço e comunidade (DIAS, 2011).
As instituições públicas de ensino foram as principais responsáveis pelo crescimento da
formação em Odontologia até metade do século XX. Contudo, tal cenário passou a ser
modificado a partir da instalação dos cursos em entidades privadas. A ampliação da rede privada
substitui o protagonismo dos cursos de ensino superior público mediante a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (1961), cujo subsídios legais e financeiros foram alocados para
rede privada visando o processo de interiorização das faculdades. Segundo Lima (2000), no
período de 1996 a 2000, o número de cursos de Odontologia cresceu de 90 para 130, formando
mais de 11 mil profissionais por ano (DE PAULA E BEZERRA, 2003; WARMLING, 2009).
O aumento no número de cursos de Odontologia no Brasil seguiu crescendo, segundo
Martin e colaboradores (2018), e em 2015 apresentou 220 cursos de graduação, sendo 75%
destes em entidades privadas, ou seja, em quinze anos surgiram mais 90 cursos no país e a rede
privada passa a ter o monopólio da formação odontológica no Brasil. Nesse contexto, ainda é
fulcral a visualização dos dados por regiões tendo destaque para as regiões Sul e Sudeste do
país que concentram mais de 60% dos cursos, com 40 e 96 cursos respectivamente, em seguida
a região Nordeste com 43, a Norte com 22 e por último o Centro-Oeste com 19 (MARTIN et
al., 2018).
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Diante dos pontos supracitados, assim como no Brasil o primeiro curso de Odontologia
da Bahia foi criado em 1884 por decreto imperial, e funcionou anexo à Faculdade de Medicina
pelo período de 60 anos, de modo que, a Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da
Bahia (FOUFBA) só veio a constituir-se em unidade autônoma em 1949. Nesse ínterim, no que
tange a formação profissional em Odontologia, na região do Nordeste, a Bahia é o estado com
maior número de cursos dessa área com 25% do total (Tabela 1), cujos 3 em universidades
públicas e 8 em faculdades/universidades privadas (MARTIN et al., 2018).
Na Bahia, a trajetória da formação profissional em Odontologia é adjacente às
transformações curriculares que aconteciam na Faculdade de Odontologia da UFBA,
principalmente nos períodos anteriores à regulamentação das Diretrizes Curriculares Nacionais.
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4. CONCLUSÃO
Diante dos fatos apresentados acerca dos aspectos relacionados à formação profissional
da Odontologia no Brasil, torna-se evidente que essa profissão passou por diversas e profundas
transformações no decorrer dos anos. A partir do estabelecimento do ensino superior em
Odontologia no ano de 1884, esse ofício passou por processo de elitização, haja vista que o
requerimento de exames, a duração de dois anos de curso e o pagamento de taxas e
mensalidades limitaram, em grande medida, o alcance dessa prática por parte das camadas mais
populares. De início, esse processo de formação profissional odontólogo era regulado pela
Medicina, mas o movimento pela emancipação da profissão desencadeou a independência do
curso de Odontologia da tutela das escolas médicas em 1933.
Concomitante a isso, é perceptível, no decorrer do processo de formação, uma melhoria
na qualidade da matriz curricular do curso, com a inserção maior de aspectos sociais e práticos.
Desde então, a Odontologia passou a figurar como uma profissão de prestígio, aumentando,
consequentemente, a procura para realização e propiciando a expansão tanto dos cursos como
de odontólogos. Nesse viés, cabe frisar o crescimento massivo do número de cursos de
Página 53
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
5. REFERÊNCIAS
ARAUJO, R.P.C. MELLO, S.M.F. O cirurgião dentista: estudo exploratório sobre perfil,
formação e exercício da docência no estado da Bahia. Salvador: Edufba, Salvador, 2010.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 55
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
NOGUEIRA, R.P. Do físico ao médico moderno. Editora Unesp, Ed. 1, 176p. 2007.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 4
Taís Mendes Araujo dos Santos, Matheus Rocha Peregrino, Ana Thaís
Motta dos Santos Fiuza, Matheus Santos Azevedo, Ritieli Mallagutti
Corrêa, Catarina Borges Gonçalves, Yasmim de Jesus Oliveira, Ivanessa
Ramos de Souza e Rafael dos Santos Souza
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
O surgimento da Odontologia, assim como das demais profissões da área da saúde, está
intimamente associado às demandas sociais, apresentando como objeto de intervenção o
cuidado à saúde bucal e atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento relacionados à mordida,
aos dentes e à gengiva. Assim como demais profissões regulamentadas, a Odontologia perpassa
por aspectos históricos, socioeconômicos desde do ensino até a atuação mediante a constituição
de um mercado de trabalho, que a consolidou nos tempos hodiernos como uma profissão de
prestígio (BOTAZZO, 2000; RAMOS, 2007).
A princípio, em sua trajetória histórica, evidencia-se que a prática era executada sem
nenhuma formação educacional, sendo feita pelos chamados “barbeiros” e pelas pessoas de
outras profissões, com o exercício restrito à remoção de dentes. Esta forma de prática vigorou
por muito tempo até a emergência de demandas por cuidados mais efetivos que solucionassem
os problemas dentários, principalmente os associados às complicações com à cárie. Nesse
escopo, destaca-se a evolução da Odontologia com o aprofundamento do conhecimento da
anatomia bucal, inserção de novas técnicas e uso de equipamentos, novo cenário revolucionado
pelo francês Pierre Fauchard (CARVALHO, 2003).
No Brasil, o vínculo da Odontologia com a Medicina se aprofundava, desde as sanções
que buscavam regulamentar a arte dentária até o início desta como ensino acadêmico. Nesse
percurso, o termo dentista só tem registros a partir de 1800 e a primeira escola de Odontologia
foi criada apenas em 1900 e muitas dificuldades foram encontradas para desfazer a noção da
odontologia como prática era rudimentar e imprópria, mas que apenas carecia de formação e
reconhecimento (MARTINS et al., 2013; MAGALHÃES, 2016).
Em suma, por meio da retrospectiva histórica da sua consolidação, integram uma
ferramenta importante para a compreensão acerca do papel que exerce na sociedade hodierna,
a partir de suas particularidades percebidas ao longo do seu desenvolvimento histórico. Desse
modo, o presente capítulo propõe analisar da forma macro - no mundo - para microscópica - no
Brasil - aspectos históricos da Odontologia.
1. METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A gênese da Odontologia ou Arte Dentária, como era referida em seus primórdios, data
registros de 3.500 a.C. na Mesopotâmia, com menções às dores de dente, às feridas gengivais e
ao verme causador da destruição dentária, o gusano dentário. Nesse contexto, estudos
antropológicos apontam que tanto a Medicina como a Odontologia dividem uma raiz histórica
convergente, surgindo quando o ser humano primitivo teve suas primeiras dores (BOTAZZO,
2000). Segundo Rosenthal (2001), essa fase é marcada pelo conceito mágico-religioso da saúde,
sendo empregado nas práticas relacionadas às enfermidades e dores que acometiam a sociedade
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
antiga. Por esse aspecto, pontua uma prática do cuidado dentário respaldado em crenças e
exercida por curandeiros e outros indivíduos da comunidade, a partir do uso de ervas, chás,
orações, entre outros (apud SILVA e SALES-PIRES, 2007).
Como afirma Gonçalves (1992, apud LIMA, 2007), neste período e até o início do século
XVIII, a intervenção pelo trabalho em saúde tinha como característica o tratamento de
associação a uma dada entidade, o que era respaldado pela concepção de doença dada pelo
Cristianismo. Na Grécia, por sua vez, a área odontológica é referida por Hipócrates, grande
representante da origem da Medicina, com registros de seus estudos sobre a doença da cárie,
abscessos e má oclusão, tendo descobertas na escritura romana acerca do emprego do ouro para
trabalhos dentários, partindo de estudos observacionais (LUCIETTO et. al, 2007).
É no Ocidente que a Odontologia irá se consolidar como um serviço e,
consequentemente, uma profissão regulamentada. Essa trajetória perpassa pelas transformações
econômicas, sociais e culturais que vinham acontecendo na Europa do século XVII-XVIII, cujo
modelo mercantilista é sucedido pelo capitalismo. Neste período, as evidências históricas
apresentam o desenvolvimento da Odontologia com maior conhecimento sobre a anatomia
bucal, criação de técnicas e cunho de termos como dentista e cirurgião-dentista. A publicação
"Traité des Dents”, em 1728, é a primeira obra que reúne um conhecimento especializado sobre
o tratamento das doenças dos dentes e da boca e as técnicas de reposição, do francês Pierre
Fauchard, considerado o “Pai da Odontologia” (CARVALHO, 2003).
Apesar do progresso no conhecimento na área, os serviços odontológicos ainda não
detinham de prestígio social como no caso da Medicina e Farmácia, que já tinham cursos de
ensino criados. A baixa estima da sociedade pela Odontologia se revela por uma percepção da
época, atribuindo o tratamento odontológico a um serviço artesanal e manual, de caráter
mecânico (SILVA e SALES-PIRES, 2007). Tal noção é reflexo da racionalidade científica que
se desenvolveu na época, principalmente pelo avanço da Medicina articulado por um modelo
mecanicista, e se estendeu desde os meios de produção e trabalho até a área da saúde (LIMA,
2007).
Outros aspectos relacionados à baixa procura eram a própria ausência de cuidado dos
indivíduos. De acordo com Woodforde (1968), a destruição dental precoce era naturalmente
aceita pela sociedade, sendo as buscas pelo serviço voltadas apenas para dar fim à dor
interminável causada por doenças e infecções. Nesse sentido, a demanda restrita culmina na
precarização dos serviços e também no desenvolvimento na área (apud CARVALHO, 2003).
Os serviços odontológicos tiveram uma demanda maior quando os problemas dentários
passaram a acometer todos os estratos sociais. As transformações na esfera social dos
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
indivíduos, em especial dos hábitos alimentares, foram fatores determinantes nesse processo.
Nessa perspectiva, o avanço técnico, industrial e urbano propiciou a expansão da fabricação e
do consumo de produtos manufaturados, principalmente dos que continham sacarose, como o
açúcar (LUCIETTO et. al, 2007).
O consumo em massa do açúcar, segundo Carvalho (2003), foi um dos principais
responsáveis pela demanda crescente dos serviços odontológicos. A expansão dos cuidados
bucais coincide com a manifestação pandêmica da cárie no início do século XIX, atingindo a
população de forma mais severa, com a sintomatologia típica de dores fortes e deterioração dos
dentes mais rápidos. Dessa forma, a população passou a buscar serviços e profissionais mais
ágeis e qualificados para resolver a situação, impulsionando o desenvolvimento técnico e
científico da prática.
Concomitante a essa expansão de mercado consumidor, surge a proliferação de grupos
distintos de praticantes de odontologia, com ou sem qualificação. Dentre esses praticantes
estavam barbeiros, relojoeiros, ourives, ferreiros, boticários, cirurgiões, médicos, evidenciando
que o serviço odontológico participava de forma complementar à atividade original dos
prestadores. Ademais, é também registrado a presença de ambulantes e charlatões que vendiam
esse tipo de serviço. Esse cenário demonstra a disputa do monopólio profissional por qualquer
pessoa, visto a ausência de regulamentação da prática, seja por ordem legal, seja por
treinamento formal. É dessa conjuntura que começa, no final do século XIX, a formação de
organizações de profissionais privadas na Inglaterra e nos Estados Unidos, almejando o
reconhecimento profissional e implementação de ensino de carreira (CARVALHO, 2003;
LUCIETTO et. al, 2007).
Nos Estados Unidos, é evidenciado um desenvolvimento relevante da Odontologia para
o reconhecimento profissional. Nesse ínterim, destaca-se a criação da primeira escola de
Odontologia do mundo, a “Baltimore College of Dental Surgery” na cidade de Baltimore, a
fundação da “Society of Dental Surgeons” em Nova York e a primeira publicação do jornal
especializado pelo “The American Journal of Dental Science” (SILVA e SALES-PIRES, 2007).
A criação de instituições de ensino foi oriunda do intenso movimento das organizações na
defesa da alta qualificação para prática odontológica, a partir da substituição da percepção como
arte dentária para ciência dental. Além disso, os grupos disputavam, no campo acadêmico, a
independência de ensino e profissional, uma vez que grupos opositores propunham a formação
médica para exercer serviços odontológicos (LUCIETTO et. al, 2007). Desse modo, as bases
da formação profissional na Odontologia foram estabelecidas, expandindo sua influência para
outros países do continente americano.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Nesse contexto, agitando o cenário político nacional, surge um herói chamado por
Tiradentes nas últimas décadas do século XVIII, Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como
mártir da independência, como de costume aprendeu a arte de tirar dentes com seu padrinho,
que era cirurgião, e é considerado como o Patrono da Odontologia por não se limitar apenas a
sua grande habilidade como operador, mas também esculpida em marfim ou osso de canela de
boi, coroas artificiais para repor dentes ausentes (FERNANDES, 1999).
Ainda ao final desse século, em maio de 1800, cria-se o "plano de exames" com vistas
a aperfeiçoar as formalidades e os exames já realizados pela Real Junta do Proto-Medicato, que
seria abolida nos anos seguintes. Além disso, é nessa época que se verifica o primeiro registro
do vocábulo “dentista”, que, a partir de então, torna-se apto para exercer a profissão
(FERNANDES, 1999; ROSENTHAL, 1995). Esse foi o início da arte dentária como profissão
no Brasil, trabalho que passou a ter estima somente após regras, leis, uma autoridade e
sobretudo um valor, no qual se alude tal valoração a discussão de um “trabalho abstrato ou
concreto” em Ramos (2007).
Com a vinda da corte portuguesa para o Brasil no início do século XIX, e este tornando-
se sede do reino, houve grande surto de progressos: nasce a Escola de Cirurgia da Bahia quando
foram concedidas cartas de licença para 11 barbeiros de Salvador, todos negros, de baixa classe
social e até alguns escravos para o exercício de “dentista” que os médicos evitavam. E, na
tentativa de minimizar as queixas sobre problemas nesses procedimentos, o cirurgião-mór, Dr.
José Corrêa, determinava nas cartas expedidas que os barbeiros não podiam tirar dentes sem
exame prévio e sangrar sem ordem de médico ou cirurgião, sem fazer alusões a outras operações
cirúrgicas e protéticas (SILVA e SALES-PERES, 2007; FERNANDES, 1999; ROSENTHAL,
1995).
Diante desse cenário, é possível perceber que os dentistas estavam ‘abandonados’, com
conhecimentos rudimentares e sem escolas, cursos ou mesmo a exigência de saber ler para
exercer a profissão, o que desvalorizava a prática odontológica em detrimento do grande
desenvolvimento da cirurgia com suas escolas e regulamentações específicas (MARTINS et al.,
2018; FERNANDES, 1999). De fato, apenas no século XX, ocorreu um avanço da ciência
odontológica no Brasil, mediante a criação das primeiras faculdades, com legislações
específicas para regularizar a profissão da Odontologia e impedir o surgimento de novos
práticos (MARTINS et al., 2018). A partir disso, iniciou-se uma luta pela conquista do
monopólio da intervenção na área bucal pelos diplomados, fomentada pela institucionalização
dos cursos de Odontologia, Farmácia e Obstetrícia e Ginecologia anexos às faculdades de
Medicina, pelo Decreto nº 9.311, de 25 de outubro de 1884, denominada Reforma Sabóia,
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
sendo, por este motivo, utilizada a data de 25 de outubro como comemoração do Dia do
Cirurgião-Dentista no Brasil.
Outros pontos notórios da história da odontologia no Brasil foram que se formou em
1889 a primeira mulher dentista, Isabela Von Sidow, pela Faculdade de Odontologia do Rio de
Janeiro que só em 1934 se torna independente do curso de medicina e que a primeira Escola de
Odontologia de São Paulo é criada em 1900 - a antiga Escola de Farmácia, Odontologia e
Obstetrícia de São Paulo. Além disso, foi fulcral neste processo a instituição do Conselho
Federal de Odontologia e dos Conselhos Regionais junto a regulamentação do exercício da
profissão em lei, pois conferem um teor de atividade especializada e a partir de então a profissão
vem crescendo, muitos cursos de graduação e pós-graduação nascem e a Odontologia adquire
um amplo salto científico e tecnológico independente.
3. CONCLUSÃO
A Odontologia surgiu junto com as primeiras dores do ser humano, tendo registros já na
Mesopotâmia em 3500 a.C. assim como a Medicina. A partir daí, a arte dentária começa a
buscar uma separação do exercício da Medicina, pois apesar de muitas semelhanças e mesma
raiz, seu ensino e prática são distintas. No mundo, a Odontologia só começa a ter prestígio
depois da manifestação pandêmica da cárie no início do século XIX, que surgiu mediante
bruscas transformações na esfera social com o avanço das fábricas e as mudanças de hábitos
alimentares principalmente com a inserção do açúcar na dieta. A partir desse processo, surgem
as faculdades de odontologia e, portanto, uma ciência dental mais estabelecida.
No Brasil não foi diferente, o processo de desvinculação da prática odontológica da
Medicina permeia grande parte do desenvolvimento desse curso no país que só foi ter sua
primeira faculdade em 1900 em São Paulo. Nos primórdios de seu surgimento em solo
brasileiro, a Odontologia era exercida por pessoas sem educação especializada na área, como
os barbeiros e sangradores que realizavam pequenas cirurgias, sangravam, aplicavam ventosas,
sanguessugas e extraíam dentes com técnicas grosseiras, sem anestesia, instrumentos
rudimentares e quase nenhuma forma de higiene, sendo buscado, portanto, como última opção
às dores de dente.
Diante disso, o Brasil passa por uma série de regulações vindas inicialmente de Portugal
na tentativa de fiscalizar e ordenar o ofício da arte dentária na colônia, especialmente quando a
busca por esses procedimentos começara a vir de todas as esferas sociais. Até que, mediante o
avanço da ciência odontológica no Brasil e a desvalorização crítica dessa prática, só no século
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
4. REFERÊNCIAS
FERNANDES, Ana Helena. A história da Odontologia nos 500 anos Brasil. Portal Online
da Associação dos Cirurgiões Dentistas da Baixada Santista. Setembro, 1999. Disponível
em:https://www.acdbs.com.br/museu/historia-da-odontologia-nos-500-anos-brasil/ Acesso
em: 30 de agosto de 2021.
RAMOS, Marise Nogueira. Conceitos Básicos sobre o Trabalho. In: FONSECA, Angélica
Ferreira; STAUFFER, Anakeila de Barros (Org.). O processo histórico do trabalho em
saúde. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2007. p. 27-56. (Coleção Educação Profissional e
Docência em Saúde: a formação e o trabalho do agente comunitário de saúde, 5).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 5
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
Foi feita uma revisão da literatura, que buscou responder a seguinte questão norteadora:
“O que a literatura traz a respeito das alterações vestibulares associadas à COVID-19?”. Para
tanto, as bases de dados PubMed e Scopus foram consultadas, mediante o emprego da
combinação das seguintes palavras-chave: “COVID-19” e “vestibular”.
De acordo com os critérios de inclusão, os artigos deveriam ser voltados ao objeto de
estudo, escritos no idioma inglês ou português, publicados entre janeiro de 2020 e outubro de
2021, com o resumo disponível nas bases de dados consultadas e realizados com seres humanos.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Por outro lado, foram excluídas revisões de literatura e relatos de casos, bem como publicações
duplicadas, indisponíveis na íntegra ou escritas em outra língua que não a inglesa ou portuguesa.
Na busca realizada, foram encontradas um total de 118 publicações, a saber: PubMed
(n = 58) e Scopus (n = 60). Destas, 18 pareciam se enquadrar nos critérios de inclusão adotados,
sendo selecionadas para leitura na íntegra. Após a leitura na íntegra, 10 artigos foram excluídos
(7 duplicatas, 1 relato de caso, 1 indisponível na íntegra e 1 escrito em outro idioma), restando,
portanto, 8 estudos para compor a amostra final da presente revisão. Um fluxograma do
processo de seleção é mostrado na Figura 1.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Quadro 1. Descrição dos estudos selecionados segundo autor(es), ano de publicação, delineamento, objetivo,
número de participantes (n) e resultados.
Autor(es), Delineamento Objetivo n Resultados
ano
17,7% dos pacientes
relataram ter sentido
instabilidade ou tontura em
algum ponto desde o
Investigar sintomas diagnóstico de COVID-19.
audiovestibulares Ter COVID-19 foi
ALJASSER et Estudo autorreferidos em associado a maior
300
al., 2021 transversal indivíduos com teste probabilidade (5,61x) de
positivo para COVID- relatar vertigem. Além
19 disso, a maioria dos
pacientes (93,3%) que
relataram vertigem não
apresentavam sintomas
vestibulares pré-existentes
10,4% dos pacientes
relataram um ou mais
sintomas vestibulares, a
saber: tontura (8,3%),
Investigar sintomas e vertigem rotatória (2%),
sequelas gerais e desequilíbrio dinâmico
audiovestibulares em (2%) e desequilíbrio
GALLUS et Coorte pacientes curados e estático (6,3%). A maioria
45
al., 2021 retrospectiva buscar qualquer sinal dos sintomas teve um início
de perda auditiva ou tardio (pelo menos 1
vestibular residual ou semana após o diagnóstico
permanente de COVID-19), exceto para
o desequilíbrio dinâmico e
estático, que foram
principalmente relatados
como sintomas iniciais
Quantificar o déficit Os resultados mostraram
de equilíbrio e que, independente da
propriocepção em gravidade da doença
GERVASONI Coorte
pacientes com 66 vivenciada, a síndrome pós-
et al., 2021 prospectiva
diagnóstico de COVID faz com que os
síndrome pós- desempenhos no teste de
COVID, utilizando o equilíbrio elástico obtidos
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
convém salientar que o levantamento desses distúrbios ocorreu mediante o relato dos
participantes, embora diante de uma comparação entre casos e controles para a maioria deles,
apresentando diferença significativa estatística.
Adicionalmente, três dos estudos que detectaram alterações vestibulares associadas à
COVID-19 empregaram testes padronizados para avaliação da função vestibular, o que implica
uma maior precisão dos resultados obtidos.
Em consonância com os resultados da presente revisão, uma revisão sistemática recente,
elaborada por Almufarrij e Munro (2021), identificou 11 estudos transversais que relataram
vertigem nos pacientes com COVID-19, dos quais 4 combinaram a prevalência da vertigem
com a tontura, e 9 relatos de casos que mencionaram vertigem rotatória nesses pacientes.
Contudo, a ausência de estudos que comparavam casos e controles se configurou como uma
das principais limitações desta revisão.
Por outro lado, Narozny, Tretiakow e Skorek (2021) realizaram uma revisão de
literatura e não encontraram nenhuma associação entre a COVID-19 e o sistema de equilíbrio,
diante de uma amostra constituída por 4 estudos.
Dentre os mecanismos pelos quais a COVID-19 pode desencadear alterações
vestibulares, foi postulado que a resposta imune ao vírus seja responsável por promover a
inflamação da orelha interna e/ou do nervo vestibulococlear, ocasionando, portanto, a vertigem.
Outrossim, reações cruzadas e respostas imunomediadas têm sido apontadas como fatores
adicionais associados a esse cenário (ALMUFARRIJ; MUNRO, 2021).
Além disso, a literatura sugere que o vírus SARS-CoV-2 seja potencialmente capaz de
ocasionar isquemia na orelha interna, dada a sua capacidade de desencadear distúrbios da
coagulação e, consequentemente, trombose e/ou hipóxia nos vasos que garantem o suprimento
desse tecido (ALMUFARRIJ; MUNRO, 2021).
Sob outra ótica, Prayuenyong; Kasbekar e Baguley (2020) indicam que drogas como a
cloroquina e a hidroxicloroquina, aprovadas para uso off-label no tratamento da COVID-19
moderada à grave em alguns países, podem causar ototoxicidade, propiciando o aparecimento
de distúrbios de equilíbrio nos usuários.
CONCLUSÕES
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
dos casos e os pacientes controles, o que designa um caráter inovador para o presente trabalho
frente à literatura existente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 6
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
devido a frequência dos pacientes com essa sintomatologia a ser relatada, além do que o método
de tratamento é seguro e eficaz e apresenta benefícios já enumerados, devido as propriedades
físicas da água. Além do que o quadro clínico imposto pela síndrome da FM muitas vezes impõe
barreiras para o tratamento em solo o que em meio aquático é facilitado devido ao empuxo e a
força da gravidade (HECKER et al., 2011). O objetivo desse trabalho é compreender a eficácia
da fisioterapia aquática na redução da dor em mulheres adultas portadoras da fibromialgia.
METODOLOGIA
Este trabalho foi elaborado por meio de uma revisão de literatura do tipo integrativa. A
coleta de dados foi realizada através de uma consulta nas seguintes bases de dados: EBSCO,
PubMed e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Após a busca foi realizada leitura
crítica e minuciosa dos resumos e textos.
Como critérios de inclusão das referências bibliográficas utilizadas neste estudo, foram
utilizados trabalhos publicados nos idiomas, inglês e português, publicados no período de 2010
-2020, estudo das seguintes metodologia: ensaios clínicos controlados e randomizados, estudo
de caso, estudo analíticos observacional com resumos disponíveis nos bancos de dados e que
fossem disponíveis na íntegra, mulheres dos 18 aos 60 anos, estudos que utilizasse a fisioterapia
aquática no tratamento da fibromialgia. Como critérios de exclusão desse estudo: estudos que
abordem a utilização da fisioterapia aquática associada a outro tipo de intervenção, que sejam
compostas de amostra de apenas homens ou homens e mulheres.
A pergunta norteadora foi formada através da estratégia de PICO onde P: mulheres
adultas com fibromialgia, I: fisioterapia aquática, C: não se aplica O: alívio da dor. Dessa
maneira a pergunta norteadora foi: a fisioterapia aquática é capaz de produzir efeitos benéficos
no alívio da dor em mulheres adultas com fibromialgia?
Os descritores foram consultados nos Descritores de Ciências da Saúde (DeCS) e no
Medical Subject Headings (MeSH), foram definidos os seguintes descritores em português para
busca bibliográfica: hidroterapia, fibromialgia, mulher e dor. E na língua inglesa: hydrotherapy,
fibromyalgia, woman e pain. Na estratégia de busca foi utilizado o operador booleano AND.
Após selecionados os estudos, os mesmos foram avaliados acerca da qualidade metodológica
através da utilização da escala de Oxford de nível de evidência. A avaliação do nível de
evidência de Oxford é realizada a partir da classificação do estudo de acordo com seu desenho
metodológico, que é classificado de acordo com o grau de recomendação que vai de A a D e de
acordo com o nível de evidência que vai de 1A a 5.
RESULTADOS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Foi realizado a busca bibliográfica nas bases de dados com os descritores mencionados
e o operador booleano, sendo aplicado filtros de tipo de estudo e tempo de publicação conforme
disposto na tabela 1:
Tabela 1: Resultado da busca na base de dados
PubMed – n= 15
EBSCO: n=34
SciELO: n= 03
Registros excluídos n= 5
- Revisão de literatura n= 4
- Outras populações n=2
Estudos incluídos n= 5
Fonte: Autor (2020)
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Após a análise dos títulos e resumos, e leitura minuciosa dos artigos a amostra final
desse estudo foi composta por 5 estudos, dentre eles, ensaios clínicos controlados e
randomizados, não controlados e estudo de coorte. A descrição e o estudo estão descritos na
tabela 3.
17
Determinar as mudanças imediatas na dor em pacientes do sexo feminino com FM por meio
de um protocolo de fisioterapia aquática.
Foi realizado o estudo com 24 pacientes do sexo feminino com idade entre 30-50 anos, com
diagnóstico clinico de FM, sendo divididas aleatoriamente em dois grupos: grupo
Hidrocinesioterapia composto por 12 participantes e o grupo cinesioterapia composto por 12
participantes. Foram realizadas 23 sessões de 60 minutos. Foi utilizado questionário genérico
SF-36 para avaliar a qualidade de vida.
A amostra do estudo foi composta por 64 mulheres com diagnóstico clínico de FM, e com
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
idade igual ou superior a 50 anos, as pacientes foram separadas de forma randômicas, sendo
34 participantes do grupo hidrocinesioterapia e 31 participantes do grupo controle sem
exercícios. As pacientes foram avaliadas através da escala EVA (escala visual analógica da
dor) e a qualidade de vida foi avaliada através da FIQ (Fibromyalgia Impact Questionnaire).
A amostra do estudo foi composta por 33 mulheres com diagnóstico confirmado de FM, todas
participantes fizeram parte do grupo de intervenção. A intervenção era realizada 2 vezes por
semana por 12 semanas cada com duração de 45min. A dor foi avaliada através da escala EVA.
No aspecto dor, a melhora foi significativa nos dois grupos tanto no grupo hidrocinesioterapia
quanto no cinesioterapia. No grupo hidrocinesioterapia temos 20,58 (± 15,42) no pré
tratamento e 34,25 (± 11,05) pós tratamento. E no grupo cinesioterapia 22,75 (± 16,26) no pré
tratamento e 40,58 (± 16,09) pós tratamento com diferença estaticamente significante de (p
<0,05).
Após o período de intervenção houve uma melhoria estatisticamente significativa (P < 0,05)
na análise intragrupos para as variáveis: cervical, trocânter e EVA total. Tendo como EVA
total pré-teste de 60 e pós teste de 43. Além disso a FIQ também mostrou uma queda no seu
resultado pré e pós teste, sendo pré 78 e pós 46.
O estudo foi realizado com 17 idosas, onde foram avaliadas a qualidade de vida por meio do
questionário SF-36 e a dor avaliada através da escala EVA. Como protocolo de tratamento foi
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
realizado 10 sessões de Watsu, sendo duas por semana, com duração de 40 minutos cada.
18
O PPT foi avaliado ao longo de 18 pontos sensíveis da fibromialgia. No lado direito, trapézio
superior, occipital e supraespinhal mostraram um aumento no PPT após 8 semanas de
hidroterapia ( P < 0,01). PPT para segunda costela, epicôndilo lateral, joelho, glúteo e grande
trocanter mostrou um aumento apenas após 16 semanas de programa de hidroterapia ( P <
0,01). O que evidência a eficácia da hidroterapia no tratamento da FM.
A EVA foi estatisticamente menor na segunda avaliação
(p=0,00059), sendo pré uma média de 7,9 e pós 4,2. Além do mais o estudo avaliou desfecho
positivo na qualidade de vida das mulheres. Desta forma este estudo conclui o benefício do
Watsu na redução do nível de dor e na melhora da qualidade de vida em mulheres com
fibromialgia.
Legenda: FM: Fibromialgia / EVA: Escala Visual Analógica/ FIQ: Fibromyalgia Impact
Questionnaire/ PPT: Limiar de dor a pressão/ SF-36: Short Form Health Survey 36.
19
DISCUSSÃO
A EVA é uma escala simples e eficiente não invasiva que é utilizada como um parâmetro
imediato para mensurar a dor e obter um valor numérico (CANTAS; SCHÜTZ; ROCHA, 2008)
Letiere at al. (2020) realizaram um estudo controlado e randomizado com mulheres adultas com
diagnóstico de FM e observou redução significativa da EVA após a terapia com uma piscina
terapêutica com água aquecida a 33º, com 1,30m de profundidade. As participantes realizaram
30 sessões de tratamento onde eram realizados cinco minutos de exercícios de aquecimento e
movimentos preparatórios para alguns exercícios; 35 minutos de exercícios para o
desenvolvimento de força, mobilidade, equilíbrio, coordenação e por fim, cinco minutos de
alongamento e relaxamento.
Hecker et al. (2011) realizaram um estudo controlado randomizado em uma piscina
aquecida entre 32 °C e 34 °C. O protocolo de hidrocinesioterapia consistiu em: exercícios de
alongamento muscular em membros inferiores, membros superiores, tronco e pescoço;
exercícios aeróbios de baixa intensidade, exercícios ativos membros inferiores, membros
superiores, tronco e pescoço. E o protocolo de cinesioterapia para o grupo controle seguiu dos
mesmos exercícios em solo. Ao final desse estudo observou melhoras significativas para o
grupo com intervenção da hidrocinesioterapia no desfecho de alívio da dor sendo 20,58 (±
15,42) no pré tratamento e 34,25 (± 11,05) pós tratamento.
A diferença do exercício em ambiente aquático ao exercício em solo, se dar pela
flutuação que reduz o peso corporal de modo a contrapor-se com a gravidade de forma a reduzir
forças de pressão e compressão, de modo a promover melhor mobilidade articular reduzindo a
sintomatologia dolorosa e melhorando a qualidade de vida (SALVADOR; SILVA; ZIRBES,
Página 81
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
2005) além dos efeitos fisiológicos e cinesiológicos obtidos com a imersão que vão auxiliar na
reeducação musculoesquelética resultando em alívio dos sintomas e melhora da qualidade de
vida (MARQUES; FURTADO; COSSERMELI, 1994).
Segura-Jiménez et al. (2013) realizaram um ensaio clinico não controlado com
intervenção realizada em uma piscina aquecida a 34ºC com água na altura do processo xifoide.
O protocolo de intervenção se dava da seguinte maneira aquecimento de 10 minutos com
caminhada lenta, exercícios de mobilidade e alongamento, seguidos por 25 minutos de exercício
e finalizados com um período de resfriamento de 10 minutos com exercícios de alongamento e
relaxamento. A dor foi avaliada através da escala de EVA onde observou-se uma redução média
de 15% imediato ao tratamento.
20
O efeito imediato na redução da dor após a sessão de hidroterapia observado nos estudos,
se dá pelos benefícios do exercício em ambiente aquático, uma vez que a água aquecida
promove melhora na circulação sanguínea, beneficia o retorno venoso, e proporciona um efeito
relaxante e massageador que vai culminar em melhora no nível da dor além de reduzir o estresse
e ansiedade. (ALTAN et al., 2004).
Avila et al. (2017) realizaram um ensaio clinico não controlado em uma piscina aquecida
(30 ° C ± 2 ° C) em um ambiente fechado, foram realizadas duas sessões semanais de
hidroterapia convencional (alongamento, exercícios ativos, exercícios aeróbicos,
fortalecimento) durante 16 semanas, as intensidades dos exercícios variavam de acordo com o
limiar de dor de cada paciente. Na avaliação observou-se o PPT que é o mínimo de pressão para
sentir reação dolorosa no ponto, como resultado desse estudo observou um aumento no PPT
após 8 semanas de hidroterapia ( P < 0,01) e um aumento apenas após 16 semanas de programa
de hidroterapia ( P < 0,01).
Os pontos dolorosos são extremamente importantes na avaliação da dor em pacientes
com fibromialgia, no estudo de Avila et al., avaliaram a sintomatologia através do algômetro
digital onde se observava um valor PPT que é a pressão mínima para despertar a sintomatologia
da FM, vale ressaltar que a média de pontos em pacientes com FM é em média de três a quatro
vezes maiores do que em pacientes saudáveis. Ao utilizar o algômetro para o limiar de dor cada
ponto oferece boa especificidade para observar resultado terapêutico naquele ponto
(TASTEKIN et al., 2010).
Antunes et al. (2016) realizaram um estudo de coorte, a intervenção foi realizada através
de um protocolo de Watsu, composto por 10 sessões da seguinte maneira: antes de começar,
abertura, entregue a água, dança da respiração na água, balanço da respiração e para finalizar
liberando a coluna. A intervenção foi realizada em uma piscina terapêutica com variação da
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
temperatura, entre trinta e dois e trinta e nove graus Celsius e com pH igual a 2,8. Como
resultado desse estudo observou-se que a EVA foi estatisticamente menor na segunda avaliação
(p=0,00059), sendo pré uma média de 7,9 e pós 4,2.
Os exercícios físicos em ambiente aquático são capazes de promover vários benefícios
no corpo humano, benefícios esses perceptíveis a curto e longo prazo, como: redução da dor,
rigidez e fadiga muscular, melhora do sono, que vai refletir em melhorar da qualidade de vida
(SILVA et al., 2012). O tratamento da FM com a utilização da fisioterapia aquática é eficaz
devido proporcionar relaxamento muscular advindo da propriedade térmica da água,
promovendo aos portadores da FM melhora da autoestima e da autoconfiança (SALVADOR;
SILVA; ZIRBES, 2005).
21
CONCLUSÃO
Assim sendo, a partir desse estudo, conclui-se que a fisioterapia aquática é um recurso
de tratamento eficaz no desfecho do alívio da dor em pacientes portadoras de fibromialgia,
desde as técnicas de hidrocinesioterapia até mesmo a métodos específicos como o Watsu
mostraram resultados na diminuição da dor pós intervenção e consequentemente melhora na
qualidade de vida.
22
REFERÊNCIAS
Página 83
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
MANNERKORPI, Kaisa et al. Physical exercise in fibromyalgia and related syndromes. Best
Practice & Research Clinical Rheumatology, [S.L.], v. 17, n. 4, p. 629-647, ago. 2003.
PROVENZA, JR et al. Fibromialgia. Rev. Bras. Reumatol. , São Paulo, v. 44, n. 6, pág. 443-
449, dezembro de 2004.
SALVADOR, Juliana P.; SILVA, Quelma F.; ZIRBES, Márcia C.G.M. Hidrocinesioterapia
no tratamento de mulheres com fibromialgia: estudo de caso. Fis Pesq., v. 11, n. 1, p. 27-36,
2005.
SEGURA-JIMÉNEZ, V. et al. A Warm Water Pool-Based Exercise Program Decreases
Immediate Pain in Female Fibromyalgia Patients: uncontrolled clinical trial. International
Journal Of Sports Medicine, [S.L.], v. 34, n. 07, p. 600-605, 20 dez. 2012.
23
Página 84
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 7
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Página 86
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A hemorragia pós-parto é uma questão de saúde pública, onde diversas mortes poderiam ser
evitadas. Após a análise deste estudo, pode-se apontar que a ocitocina é o fármaco mais
eficiente para o tratamento da HPP (MONTAÑO MEDRANO, 2019). Contudo, no período
intraparto, deve-se ter cuidados em relação ao uso da Ocitocina. Isso não significa não utilizar
Ocitocina, mas sim utilizá-la de forma racional. Ela é uma droga muito importante durante a
assistência ao trabalho de parto, mas seu uso excessivo traz malefícios, sendo um deles o
aumento do risco da hemorragia puerperal (ARENCIO HEREDIA, 2019).
OBJETIVO
METODOLOGIA
As pesquisas para o levantamento bibliográfico foram realizadas a partir de estudos nas bases
de dados científicas das bibliotecas virtuais: Scientific Eletronic Online Library (ScieElo),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e BDENF sob a
aplicação dos descritores: “Saúde Materna”, “Ocitocina”, “Hemorragia pós-parto”,
“Tratamento” e “Hemorragia”. Selecionados pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS)
sob aplicabilidade do operador booleano AND e OR.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Página 87
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Os artigos selecionados para compor a amostra deste estudo foram organizados na tabela 1,
do mais atual para o mais antigo, contendo os títulos, autores, ano de publicação e objetivos.
Apresentar os métodos
Métodos para minimizar CARLOS; MACÊDO profiláticos para evitar
hemorragia uterina pós-parto 2020 sangramento significativo
pós-parto.
Determinar a eficácia do
Eficácia da ocitocina no manejo preventivo mais
momento da entrega e ARENCIO HEREDIA, 2019 ocitócico versus manejo
prevenção da hemorragia fisiológico na redução do
Página 88
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Identificar as evidências
Prevenção e tratamento da OLIVEIRA E DAVIM sobre a prevenção e o
hemorragia pós-parto. 2019 tratamento da hemorragia
pós-parto em cuidados no
campo da saúde.
Descrever os efeitos da
carbetocina e sua
Uso de Carbetocina versus comparação com a ocitocina
Ocitocina em cesarianas com SUAREZ GONZALEZ et al, como a primeira opção para
alto risco de Atonia Uterina 2017 prevenir hemorragia
obstétrica em pacientes
cesáreos em risco de atonia
uterina.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2021.
Página 89
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A qualidade da ocitocina disponível nos LRL é outro desafio. A fraca qualidade deve-se à
labilidade térmica do fármaco, à produção de má qualidade e à contrafação, levando
comumente à administração de doses superiores às recomendadas para se obter o mesmo
efeito.22-24 A situação agrava-se pelo desconhecimento generalizado e incapacidade no
cumprimento das condições de armazenamento e transporte. A necessidade de formação e
discussão deste assunto com profissionais de saúde, decisores políticos e membros da cadeia
de distribuição é fulcral para se criarem normas de atuação relativas ao uso da ocitocina.
(FERREIRA E REYNOLDS, 2021).
CONCLUSÃO
Nesse contexto foi fundamental o tratamento com o fármaco ocitocina durante o 3º estágio
de trabalho de parto a fim de diminuição de hemorragia pós-parto que levam a mortalidade
materna, portanto são necessários novos estudos e pesquisas sobre o tema visando à diminuição
da mortalidade materna que se tornou um problema de saúde pública.
REFERÊNCIAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 91
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Brenner, A., Shakur-Still, H., Chaudhri, R. et al. O impacto dos eventos de desfecho precoce
sobre o efeito do ácido tranexamico na hemorragia pós-parto: uma análise exploratória do
subgrupo do ensaio da MULHER. BMC Gravidez Parto 18, 215 (2018).
https://doi.org/10.1186/s12884-018-1855-5.
Brenner, A., Shakur-Still, H., Chaudhri, R. et al. O impacto dos eventos de desfecho precoce
sobre o efeito do ácido tranexamico na hemorragia pós-parto: uma análise exploratória do
subgrupo do ensaio da MULHER. BMC Gravidez Parto 18, 215 (2018).
https://doi.org/10.1186/s12884-018-1855-5.
OLIVEIRA, Rita de Cássia de; DAVIM, Rejane Marie Barbosa. Prevenção e tratamento da
hemorragia pós-parto. Revista de Enfermagem UFPE Online, Recife, v. 13, n. 1, p. 236-48,
jan.2019. Disponível em:
http://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaemenfermagem/article/view/238415/31165. Acesso
em: 25 de dez de 2021.
Página 92
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 8
Bruno Daniel Rodrigues França, Bruna Sampaio Lopes Costa, Júlia Amélia
Silva Melo, Nathália Myllene Soares Francelino, Deborah Neves Guerra, Ana
Paula Sales de Araújo, Vitoria Torrinha Victorino, Elayne Mágda Andrade do
Nascimento, Juliete Pereira de Souza, Manuela Cavalcanti Magalhães,
Betynna Grazianne Batista Queiroga, Mariana de Sousa Dantas Rodrigues,
Elizanete de Magalhães Melo e Carla Braz Evangelista
Página 93
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A saúde mental dos trabalhadores emerge em diferentes campos onde vão ser
destacadas as relações dos sujeitos com o trabalho, o que inclui dimensões afetivas e
envolvimento subjetivo, vínculos simbólicos entre sujeitos e instituições, comportamentos nas
organizações, sofrimentos e prazer no trabalho, desgastes mentais, da autoimagem e identidade,
estressores do ambiente laboral, violências organizacionais, entre outros (CASTRO; LEÃO,
2020). Em que alguns desses fatores podem levar os profissionais ao acometimento pela
Síndrome de Burnout.
O esgotamento emocional (Burnout) foi incluído na lista de doenças relacionadas ao
trabalho (LDRT), registrado com o código Z73.0, na 10ª Classificação Estatística Internacional
de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10) (BRASIL, 2020).
A Síndrome de Burnout pode ser definida como algo que parou de funcionar, exaustão
de energia que o trabalhador venha apresentar em decorrência de estressores crônicos da prática
laboral. Desse modo, os profissionais são acometidos por agravos da Síndrome de Burnout
(DORNELAS; DALMOLIN; FACIN, 2021).
Esse estresse crônico relacionado ao trabalho apresenta três principais componentes os
quais são: a exaustão física e emocional, o cinismo e a falta de realização profissional. A
exaustão é relativa ao sentimento de esgotamento emocional e físico descrevendo sentimentos
de cansaço e de falta de energia no trabalho. O cinismo, por sua vez, é um mecanismo de
proteção inicial que evolui para distanciamento, indiferença e falta de humanização. A falta de
realização profissional ocorre quando o trabalhador se sente fracassado e com baixa
produtividade no trabalho (MASLACH; LEITER, 2016).
Desse modo, muitos dos reflexos da condição da Síndrome de Burnout podem ser
observados na deterioração das relações interpessoais, atrasos, diminuição da produtividade e,
pode incluir também a falta de motivação. Por outro lado, problemas relacionados ao excesso
de trabalho incluem absenteísmo relacionado a doença, acidentes de trabalho, erros de
medicação, riscos ocupacionais, falta de reconhecimento e de plano de carreira, sobrecarga e
exaustão, ausência de lazer e de convívio familiar e social (LATORRACA et. al., 2019).
Preservar-se, fazer a distinção de pessoal e profissional, realizar atividades prazerosas,
praticar exercício físico regular, diminuir o horário de trabalho, fazer o que gosta e trabalhar
com o que ama são algumas das maneiras de não ser acometido por essa doença, além de buscar
ajuda quando observado alguns dos sintomas descritos. Convém lembrar que a implementação
de dinâmicas interativas no ambiente de trabalho podem ajudar na distração do dia a dia e
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
prevenir tal Síndrome a qual vem acometendo diversos profissionais de várias áreas de trabalho
(BUENO, 2017).
METODOLOGIA
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA
Utilizou-se o meio lúdico com auxílio de placas coloridas com nomes como: conceito,
fatores de risco, diagnóstico, prevenção e tratamento. Essas foram respondidas pelos
profissionais conforme o nome da placa que era apresentada a eles. Notou-se que os
profissionais tinham um breve conhecimento sobre o conceito da Síndrome de Burnout, porém,
tiveram dificuldade para responder sobre os fatores de risco, diagnóstico, prevenção e
tratamento. Logo em seguida, as informações eram complementadas e dúvidas sanadas através
da exposição da apresentação e, ao final da exposição interativa e dialogada.
Em seguida, houve a aplicação do jogo Kahoot, que contemplou perguntas de
alternativas de múltiplas escolhas e de verdadeiro ou falso de respostas sobre o tema e os
participantes, de forma ativa, com uso do aparelho celular e acesso à rede de internet
institucional, responderam aos questionamentos com 2 perguntas de múltipla escolha e 1 de
verdadeiro ou falso. Ao final da pontuação geral, foram utilizados balões coloridos com
palavras referentes à Síndrome e que, após estourados por cada profissional, houve uma
exposição de depoimentos e reflexões sobre contextos ocupacionais acerca do problema.
A ação foi realizada em uma sala reservada para a ocasião no referido hospital.
Página 95
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Figura 3. Dinâmica com jogo Kahoot e balões com termos relacionados ao tema
a
Fonte: Autores, 2021
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 9
RESUMO: A osteoporose é caracterizada por ser uma doença sistêmica que resulta
na diminuição da massa óssea em decorrência da diminuição de cálcio e por fatores
fisiológicos que são comuns devido a idade. Essas alterações interferem
significativamente na redução da qualidade de vida dos idosos, de modo que deixam
mais suscetíveis a queda devido à fragilidade óssea. Essa patologia é responsável
por grandes taxas de óbitos em decorrência de quedas fatais entre esse público e
trata-se de uma questão de saúde pública. O presente estudo teve como objetivo
identificar na literatura os efeitos da osteoporose no organismo, bem como seus
impactos na saúde da pessoa idosa. Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa
de literatura de cunho descritivo-exploratório, na qual inclui a análise de pesquisas
relevantes sobre a osteoporose em idosos, para atingir os objetivos propostos.as
buscas foram realizadas no mês de dezembro de 2021, cuja finalidade foi reunir
informações de diferentes estudos de maneira objetiva, completa e imparcial sobre a
temática. A pesquisa foi realizada pelo levantamento bibliográfico nas bases de
dados: Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scientific
Eletronic Online Library (ScieElo) Google Acadêmico e Literatura Latino-Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), sob a aplicação dos descritores
selecionados pelo Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Idoso”; “Osteoporose”;
“Prevenção de Doenças”; “Envelhecimento” por intermédio do operador booleano
AND e OR. A partir dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 6 artigos
que abordassem discussões sobre os objetivos do estudo para compor a amostra
final. Como resultado evidenciou-se que a idade é apenas um dos fatores
contribuintes do desenvolvimento da osteoporose. Assim como, muitos outros
fatores de risco podem estar associados a componentes genéticos, pico de massa
óssea, ao estilo de vida, desse modo, a existência desses fatores contribui para o
desenvolvimento da osteoporose nas pessoas em fase de envelhecimento. A nutrição
do idoso está interligada diretamente com a osteoporose, o déficit de vitaminas do
complexo B, principalmente a B12, e o aumento de homocisteína, aumentam o risco
de evolução da osteoporose. Portanto, sugere-se como uma das medidas preventivas
da osteoporose a execução de exercícios físicos , a ingestão de cálcio, vitamina D e
vitamina B12. As medidas de precaução devem ser realizadas pela família como
forma de prevenir a queda e fraturas, aliado ao princípio da compreensão de fatores
de riscos à osteoporose, podendo ajudar em uma melhor qualidade de vida na
população idosa.
Página 99
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A osteoporose caracteriza-se por ser uma doença sistêmica que resulta na diminuição da
massa óssea em decorrência da diminuição de cálcio e por fatores fisiológicos que são comuns
devido a idade. Para (SANTOS et al., 2012) essas alterações interferem significativamente na
redução da qualidade de vida dos idosos, de modo que deixam mais suscetíveis a queda devido
à fragilidade óssea.
Com o envelhecimento da população brasileira há um aumento relacionado a predominância
de doenças crônicas não transmissíveis, tratando-se para muitos com uma nova preocupação
na sociedade. Dentre as doenças crônicas não transmissíveis destaca-se a osteoporose que se
caracteriza como um desafio de saúde para população idosa, visto que a existência dessa
enfermidade é maior para a população em processo de envelhecimento ( CAMAGOS et al.,
2017).
Para (MOTA et al., 2012) esta patologia é muito comum em idosos devido terem uma idade
avançada, a osteoporose é responsável por grandes taxas de óbitos em decorrência de quedas
fatais entre esse público e trata-se de uma questão de saúde pública. Os impactos causados pela
doença resultam na limitação para realização de algumas atividades físicas, locomoção que são
decorrentes da falta de estímulo por parte da família que não trabalha a autonomia do idoso e
que pode comprometer ainda mais a qualidade e bem-estar.
Cerca de 50% dos idosos com osteoporose são hospitalizados em virtude de quedas com
uma frequência elevada, o que evidencia a necessidade da participação ativa dos familiares
durante o dia-a-dia para garantir a segurança do paciente no ambiente domiciliar para que não
haja comprometimento e agravamento no seu quadro clínico (HIPÓLITO, 2019).
OBJETIVO
Identificar na literatura os efeitos da osteoporose no organismo, bem como seus impactos na
saúde da pessoa idosa.
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A presente pesquisa foi realizada por meio do levantamento bibliográfico nas bases de dados
científicas das bibliotecas virtuais: Literature Analysis and Retrieval System Online
(MEDLINE), Scientific Eletronic Online Library (ScieElo) Google Acadêmico e Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), sob a aplicação dos
descritores selecionados pelo Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Idoso”;
“Osteoporose”; “Prevenção de Doenças”; “Envelhecimento” por intermédio do operador
booleano AND e OR.
RESULTADOS E DISCUSSÕES:
As informações dos artigos que compuseram a amostra deste estudo foram distribuídos na
tabela 1 contendo os títulos, autores, ano de publicação, país e objetivos. Organizados no
recorte temporal do mais atual para o mais antigo.
Página 101
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
maior probabilidade de
adquirir esse distúrbio que os
demais.
verificar na literatura
Atuação do profissional de científica a influência do
educação física para a OLIVEIRA et al, 2019 profissional de Educação
prevenção e tratamento da Física na prevenção e no
osteoporose em idosos tratamento da osteoporose
em idosos.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2021
Página 102
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A grande maioria das quedas em idosos ocasiona fraturas. Assim, medidas preventivas
necessitam ser adotadas para que sua ocorrência seja reduzida. A prática de exercícios físicos
regulares é defendida por vários autores com o objetivo de combater o sedentarismo, fortalecer
e aumentar a massa muscular, além de melhorar a postura e o equilíbrio corporal desses
indivíduos. As alterações no ambiente domiciliar também devem fazer parte das orientações
aos idosos, para que se evitem escorregões, tropeções e quedas. Neste sentido, a eliminação de
pisos escorregadios, retirada de tapetes e instalação de corrimãos nas rampas, escadas e
banheiros são medidas preventivas simples e eficientes (SOARES GFC; Andrade EG , 2019).
A partir da análise dos estudos, (CONCEIÇÃO, 2019) e (FERREIRA HIPÓLITO et al,
2019) evidenciou-se que durante o processo de envelhecimento, a pessoa idosa passa maioria
das vezes por modificações físicas e psíquicas no organismo, gerando uma diminuição
acentuada da capacidade de reprodução da unidade celular, impactando diretamente na
qualidade da densidade mineral óssea.
De acordo com (CONCEIÇÃO, 2019), a perda de células resulta em vários graus de
ineficácia e do retardo da função orgânica dos nossos tecidos,esses efeitos por sua vez, ocorrem
durante o ciclo de vida, e é resultado da diminuição da capacidade que o organismo tem de
responder tanto no meio externo quanto no externo.
Dentre os problemas de saúde que ocorrem na fase da terceira idade e que impactam
negativamente o bem estar físico do idoso é a osteoporose, é importante destacar que muitos
destes, não apresentam sintomas ou não sabem que têm osteoporose até que tenham uma fratura
óssea (CARVALHO et al, 2020). De acordo com (SANTOS E WAGNER , 2021) a osteoporose
é silenciosa e geralmente não apresenta sintomas, embora quando aparecem os sintomas mais
comuns são dores crônicas, a redução das papilas gustativas, da secreção salivar que leva à
consequente sensação de boca seca, perda dos dentes e a deformação de ossos.
A nutrição do idoso está interligada diretamente com a osteoporose, o déficit de vitaminas
do complexo B, principalmente a B12, e o aumento de homocisteína, aumentam o risco de
evolução da osteoporose. Além do mais, a homocisteína impossibilita a lisiloxidase, o que leva
à alteração da síntese de colágeno (CONCEIÇÃO, 2019).
As proteínas são consideradas um nutriente de relevo para a dinâmica do osso, portanto, é
imprescindível um acompanhamento nutricional a essa população, para que seja incentivada
uma alimentação balanceada e rica em nutrientes capazes de prevenir a osteoporose e
problemas de saúde decorrentes de uma má alimentação (ARES GFC; Andrade EG, 2019).
Com todo o exposto verifica-se que a osteoporose é um problema universal que possui
diversas etiologias e pode sofrer diversas interferências ao longo da vida dos indivíduos
Página 103
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
afetados. Desde fatores genéticos intrínsecos até os fatores ambientais mais diversos como
alimentação e metabolismo diferenciado (CONCEIÇÃO, 2019).
CONCLUSÃO
Em virtude dos resultados mencionados, a osteoporose é vista como um grave problema de
saúde pública por ser uma doença silenciosa e ser motivo das causas de morbimortalidade em
pessoas idosas. Priorizou-se esse campo de investigação, por conta de existirem limitações
acerca do conhecimento sobre a doença.
O objetivo proposto fora alcançado permitindo demonstrar os impactos que a osteoporose
pode causar à saúde do idoso. Na trajetória da análise deste estudo, foi possível perceber
também que a doença está relacionada principalmente à hereditariedade e à deficiência
nutricional e que essa população necessita de uma alimentação voltada para o fortalecimento
dos ossos.
Portanto, sugere-se como uma das medidas preventivas da osteoporose a execução de
exercícios físicos , a ingestão de cálcio, vitamina D e vitamina B12. As medidas de precaução
devem ser realizadas pela família como forma de prevenir a queda e fraturas, aliado ao princípio
da compreensão de fatores de riscos à osteoporose, o que pode ajudar em uma melhor
qualidade de vida na população idosa.
REFERÊNCIAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 10
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Fonte: www.periop.com.br
METODOLOGIA
O presente estudo se trata de uma Revisão de Literatura Narrativa, realizada nas bases
de dados nacionais e internacionais, por meio da associação dos Descritores em Ciências da
Sáude: Recuperação Pós-Cirurgia Melhorada; Período perioperatório; Anestesiologia;
Homeostase; Período pós-operatório. Que foram associados por meio do operador booleano
Página 110
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
2. PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO
3. PERÍODO INTRAOPERATÓRIO
3.1 ANTIBIOTICOPROFILAXIA
O tipo de cirurgia deve orientar a escolha do antibiótico a ser utilizado de acordo com a
flora local, além de ser preciso que seu espectro alcance tanto microorganismos aeróbios quanto
anaeróbios. Sua administração deve-se dar 30 a 60 minutos anteriormente à incisão e sua
infusão finalizada antes da incisão. O anestesiologista é o responsável pela administração e pela
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Figura 6. Bloqueio do Plexo Braquial por Via Supraclavicular. Observa-se a agulha com sua ponta na
proximidade das divisões do plexo braquial, que se apresenta com nódulos hipoecóicos (pretos) com bordas
hiperecóicas (brancas) atrás da artéria subclávia, em corte transversal. Observa-se a primeira costela
(hiperecóica) e sua sombra acústica posterior.
3.5 TROMBOPROFILAXIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O pouco uso de tubos e cateteres é o ideal para o paciente pelo risco e complicações. A
sonda deve ser restrita ao período intraoperatório, e o cateter ao máximo de 2 dias pelo risco de
infecção urinária.
4. PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO
5. O PAPEL DO ANESTESISTA
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 11
RESUMO: Este trabalho tem por objetivo apresentar a relação existente entre
a atenção básica e a saúde mental, reforçando que se faz necessário para a
realização de cuidado integral em saúde a realização de ações de
matriciamento, pois este é um apoio fundamental aos trabalhadores da
saúde. desenvolvendo um processo de construção compartilhada,
desenvolve uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica, sendo um
modelo de cuidado norteador no processo de integração da saúde mental à
atenção primária. Introdução A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB),
revisada pela Portaria do Ministério da Saúde (MS) nº. 2.436, de 21 de
setembro de 2017, é resultante das experiências advindas do
desenvolvimento e da consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). A
atenção básica funciona de forma descentralizada, tendo autonomia
necessária para desempenhar suas funções e oferecendo serviços de
assistência à saúde o mais próximo possível das residências. Nesse sentido,
a atenção básica se configura como a porta de entrada do sistema de saúde,
constituindo-se no contato prioritário do usuário com os serviços de saúde.
Além disso, a atenção básica representa a base de comunicação de toda a
Rede de Atenção à Saúde (RAS). O Brasil é o único país do mundo com mais
de 100 milhões de habitantes que dispõe de um sistema de saúde público,
gratuito, universal, igualitário e integral a toda população. Para que esse
sistema funcione de modo eficiente e eficaz, ele precisa ser organizado de
modo que seja possível estruturar os diferentes níveis de atenção para
prestar os serviços de saúde necessários e adequados às diferentes
realidades de um país com um território tão vasto (BRASIL, 2012). A PNAB é
pautada por princípios e diretrizes que são a base fundamental de todo o seu
funcionamento. As determinações expressas na PNAB regulam e organizam
todas as ações desenvolvidas pela atenção básica. Desta forma, o presente
texto busca reforçar a importancia da atenção básica e sua relação com a
saúde mental. Para isso, foi utilizado de apoio metodológico pesquisa
bibliográfica qualitativa, onde se buscou renomado autores que discutem o
tema para substanciar o debate aqui feito.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
O matriciamento ou apoio matricial pode ser entendido como uma forma de produzir
saúde em que duas ou mais equipes, desenvolvendo um processo de construção compartilhada,
desenvolve uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica, sendo um modelo de cuidado
norteador no processo de integração da saúde mental à atenção primária. Esse modelo objetiva
integrar profissionais da equipe de saúde da família com profissionais especialistas e, assim,
gerar a discussão de casos e intervenções terapêuticas (CHIAVERINI, 2011).
Quando se fala em saúde mental no Brasil é importante destacar as alterações advindas
da Reforma Psiquiátrica iniciada na década de 1970. Essa reforma trouxe um conjunto de
transformações nos campos teóricos, socioculturais e jurídicos, marcado por desafios ao retirar
pacientes dos hospitais psiquiátricos e lhes oferecer cuidados na própria comunidade (DELFINI
et al, 2009; GAZIGNATO; SILVA, 2014).
No contexto de Reforma Psiquiátrica os Centros de Atenção Psicossocial (Caps)
representam um serviço estratégico para a desospitalização e a reinserção social. Entretanto, os
Caps e outros dispositivos encontram desafios para suprir as demandas de saúde mental no
Brasil, o qual é um país de realidades diversas (GAZIGNATO; SILVA, 2014).
A atenção básica surge como uma forma de estruturar o sistema de saúde, pois
representa uma porta de entrada, além de realizar o trabalho de gerenciar encaminhamentos,
coordenar e integrar o trabalho realizado por outros níveis de cuidados. Assim, a atenção básica
acompanha, de forma longitudinal, a saúde do paciente. Nesse contexto, a inserção de práticas
de saúde na atenção básica coloca em evidência os esforços em regionalizar e redirecionar o
cuidado, com o objetivo de desenvolver uma atenção de forma integral e humanizada, em
conjunto com profissionais e serviços existentes nos territórios de convívio do paciente
(GAZIGNATO; SILVA, 2014).
A questão do matriciamento na saúde mental no contexto de atenção básica é algo que
requer esforços para que o seu trabalho seja efetivo, pois existem diversos desafios que devem
ser transpostos para que essa poderosa ferramenta de intervenção pedagógico-terapêutica possa
ter êxito.
A PNAB reorganizou a atenção básica no Brasil, estabelecendo um eixo norteador para
o desenvolvimento de estratégias e políticas de saúde no contexto da atenção básica. Nesse
sentido, foram implementadas políticas públicas voltadas para o atendimento das necessidades
da população, a promoção da saúde e a prevenção de doenças que são de competência das
UBSs. A ESF tem papel central no planejamento e na execução das ações e intervenções
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
que desafiam o cotidiano de qualquer profissional desta área. Nesta perspectiva, não seria
diferente pensar a relação entre o matriciamento e o cuidado em saúde mental na atenção básica.
Há neste sentido, a necessidade de construção de uma nova práxis para o profissional de saúde,
pautada na concepção da ampliação do cuidado, estruturando novos espaços e possibilidades
de atuação. Sair do consultório, circular, ir ao encontro daquilo que pode surpreender e
impactar as relações com os sujeitos. Esta é a proposta que impulsiona ao deslocamento da
centralidade de especialista para a articulação do cuidado em saúde de modo compartilhado
com profissionais em rede, inspirado pelo viés da estrutura de trabalho delineada pelo
matriciamento ou apoio matricial. O modo de produção de cuidado em saúde na lógica do apoio
matricial rompe com a estrutura hierarquizada dos encaminhamentos, ou seja, quem encaminha
e quem recebe o encaminhamento, permitindo a co-responsabilização dos atores envolvidos
neste processo (CAMPOS; DOMITTI, 2007). O diálogo com a temática parte do conceito da
integralidade enquanto o olhar que se amplia para o sujeito em todas as suas demandas e
necessidades, não apenas enquanto aquele que adoece e precisa ser tratado. Neste sentido
Pinheiro (2009) nos fala de uma produção de cuidado de caráter ético-político na medida em
que considera as pessoas enquanto sujeitos do desejo, capazes de serem responsáveis por suas
escolhas, atos e histórias. O olhar sobre a saúde ganha contornos que não apenas a ausência da
doença, mas constitui-se em uma prática do cuidado no cotidiano, no jeito de conversar com o
sujeito, no toque, no amparo à queixa com uma escuta atenta.
No contexto da saúde o apoio matricial vai articular maior integração com a equipe ou
profissional de referência, que são aqueles que devem conduzir os casos ao longo do tempo, de
modo amplo, fortalecendo a relação entre os profissionais da saúde e seus usuários. “[...] são
arranjos organizacionais e uma metodologia para a gestão do trabalho em saúde, objetivando
ampliar as possibilidades de realizar-se a clínica ampliada e integração dialógica entre distintas
especialidades e profissões” (CAMPOS; DOMITTI, 2007, p. 400). Há um arranjo coletivo e
modos de intervenção compartilhados que se estruturam através de equipes interdisciplinares.
Em analogia, configura-se o profissional ou equipe da atenção básica enquanto referência, e a
figura do profissional de saúde mental como um possível apoiador, permitindo a mudança na
relação entre estes dois campos, não mais a partir de uma relação vertical e de certa forma
isolada, mas buscando a partir do apoio criar possibilidades e estratégias que viabilizem a
interação com as diferenças na perspectiva de possibilitar maior autonomia para pessoa em
sofrimento psíquico junto ao seu território. Tal perspectiva contempla o cuidado em liberdade
destes sujeitos, que até pouco tempo eram “tratados” sob a lógica do encarceramento.
Em um sentido profuso é o que se refere a chamada clínica ampliada e compartilhada.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Ampliar e compartilhar saberes e práticas que ultrapassam um corpo e seu sentido biológico e
clínico, pensando em sua composição enquanto multiplicidade de atravessamentos de vida, de
história, de tempo e espaço, de sentimentos e expectativas e de outras coisas que o impactam.
É praticar o desapego à própria clínica por assim dizer, desconstruindo-a, sabendo olhar para o
sujeito e sua experiência não se restringindo ao sintoma. O maior objetivo se torna a invenção
da vida e de novas sociabilidades e subjetividades. “Se a relação continua a se dar sempre por
meio da clínica, mesmo que “ressignificada” ou “ampliada”, a relação será sempre com a
doença, e não com os sujeitos” (AMARANTE, 2007, p. 169).
O cuidado é artesanal e se opõe aos princípios arquitetados pela lógica taylorista de
compartimentalização, seriação e padronização do trabalho, despersonificando as relações,
embora este paradigma ainda se faça presente nas práticas médicas, psicológicas, de
enfermagem, dentre outras mais. Não se pretende desconsiderar o que cada especialidade tende
a contribuir no processo de cuidar, mas de traçar um plano comum, entendido justamente como
o rompimento com esta lógica homogeneizante e totalizante (PASSOS; KASTRUP, 2013).
Comum por se tratar de um processo de construção no coletivo e buscando o caráter
heterogêneo das relações. Cada caso que é atendido em um serviço de saúde requer a percepção
de que estamos lidando com um sujeito e sua singularidade. Em um plano comum o que
prevalece é o que naquele sujeito vai se manifestar através de características específicas e
singulares para ele. Pensar na ampliação de uma clínica implica considerar as diferentes
abordagens de conhecimento, a transdisciplinaridade e concepção multiprofissional. “A
intenção é possibilitar a troca de saberes e de práticas em ato, gerando experiências para ambos
os profissionais envolvidos” (BRASIL, 2009, p. 33). Questionar a fragmentação que permeia
as práticas profissionais em todas as áreas, permitindo a ampliação do olhar para seu objeto, ou
seja, a doença, superando seu caráter mórbido, pensando na construção da autonomia e
produção de cuidado que valorize a escuta do outro, o apoio e a educação em saúde (CAMPOS;
AMARAL, 2007). Compreende-se que é a partir da construção de uma nova prática em saúde
que se possa ajudar o sujeito em seu projeto de transformação, acreditando que mesmo diante
de um diagnóstico a vida se faz potente e precisa ser experimentada.
Pensar a relação matriciamento, atenção básica e saúde mental nos remete ao referencial
da saúde coletiva enquanto campo que abrange um cuidado pautado na tecitura do cuidado em
rede. Neste sentido, define-se como:
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A saúde coletiva ganha intensidade no país principalmente a partir dos anos 70,
constituída por vários saberes, configurando-se como uma área ainda em construção, sendo de
certa maneira diferenciada em relação ao que é conhecido como saúde pública. Numa
perspectiva histórica, duas concepções em torno da saúde surgem a partir do século XVII na
Europa, sendo a Aritmética Política e a Polícia Médica. A primeira tem sua origem na
Inglaterra, tendo como um dos principais objetivos a sistematização da natalidade e da
mortalidade, surgindo um Conselho de Saúde em Londres e um hospital para isolamento de
pacientes com peste. A concepção de Polícia Médica traz em sua essência a supervisão da saúde
das populações, com regulamentações e normas de controle, prevenção e esclarecimento ao
público em geral (ROSEN, 1994 apud SILVA; PAIM; SCHRAIBER, 2014, p. 4). Foi a partir
do século XIX na Europa que a medicina se institui enquanto disciplina, passando dos manuais
de higiene a um conjunto de conhecimentos mais específicos. Foi na França que a medicina em
sua relação intrínseca com a higiene pública supera seu único fim de estudar e curar as doenças,
revelando seu caráter social, ajudando na elaboração de leis e cuidando da saúde do público. O
termo medicina social apresentado por Jules Guerim em 1948 em Paris, traz consigo a relação
com o processo de industrialização da época, a situação de saúde dos operários e mudanças
sociais na resolução de problemas de saúde (ROSEN, 1983 apud SILVA; PAIM; SCHRAIBER,
2014, p. 4). Para Foucault (1979), a medicina moderna é considerada como uma medicina social
sob o viés de intervenção que faz sobre a sociedade e também por sofrer suas intervenções ao
atuar sobre indivíduos. Toma o corpo em seu aspecto biológico e do poder, sendo o controle da
sociedade exercido através do corpo (SILVA; PAIM; SCHRAIBER, 2014).
O termo saúde pública emerge a partir do século XIX na Inglaterra em função do
movimento desencadeado pelo processo de industrialização que trouxe como reflexo intensas
modificações no modo de vida das pessoas. Sua definição se configura como:
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Começa a haver uma grande preocupação com as condições de saúde que afetam um
enorme contingente de assalariados que agora transitam pelas cidades inglesas. Autoridades da
época começam a se preocupar com o impacto que a população pobre e suas condições
sanitárias traziam para o desenvolvimento de modo geral, propondo desta maneira intervenções
no saneamento das cidades e uma organização do Estado em função das novas demandas em
saúde. Assim sendo, em 1848 ocorre o Primeiro Ato de Saúde Pública, com a criação do
Conselho Geral de Saúde (ROSEN, 1994 apud SILVA; PAIM; SCHRAIBER, 2014, p.4). A
industrialização e suas conseqüências no que se refere à saúde também impactaram outros
países como os Estados Unidos gerando medidas de controle e intervenção por parte do Estado.
Seguindo os modelos europeus o Brasil realiza ações diversificadas voltadas para saúde
e saneamento nas cidades, buscando o controle de endemias, realizando campanhas como a do
controle da febre amarela, ficando este período conhecido como “sanitarismo campanhista”
(SILVA; PAIM; SCHRAIBER, 2014, p. 5). Todavia, no decorrer dos anos de 1930 a 1964
ocorre o período de institucionalização das campanhas sanitárias, que envolvem órgãos
governamentais como por exemplo o Ministério da Saúde. Destaque neste período para o
surgimento do “sanitarismo dependente” (SILVA; PAIM; SCHRAIBER, 2014, p. 5), por se
tratar da importação de um modelo americano pela Fundação Serviço Especial de Saúde
Pública e do “sanitarismo desenvolvimentista” (SILVA; PAIM; SCHRAIBER, 2014, p. 5), que
partia da premissa de que quanto melhor o desenvolvimento econômico, melhor seria o estado
de saúde das pessoas. Surgem no decorrer instituições que se propõem ao fornecimento de uma
assistência médica individual, através dos fundos de pensão dos sindicatos, mas que
posteriormente passa a ter a participação do Estado através dos Institutos de Aposentadoria e
Pensão (IAP), mas contemplando categorias de trabalhadores formais, sendo em seguida
estendido essa assistência aos familiares, apoiado pela Previdência Social, que era também
responsável por aposentadorias e outros benefícios trabalhistas, sendo assim denominada
“medicina previdenciária” (SILVA; PAIM; SCHRAIBER, 2014, p.5 ). Paim (2003) vai
ressaltar a participação do setor privado através da atuação dos planos de saúde que fixou um
modelo de assistência médica pautado numa assistência de caráter hospitalar, tecnificado e
voltado para ações de cura individuais.
Assim sendo, há um processo de reformulação do ensino da medicina, no intuito de
repensar a prática médica pautada em um modelo individualista, descolado da realidade daquele
que é assistido. Surgem os movimentos da Medicina Integral, que vai conceber a Medicina
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Este movimento por uma nova forma de tratar os pacientes psiquiátricos embora
estivesse ganhando forças, foi sistematicamente criticado, uma vez que o sentido da
desinstitucionalização fôra deturpado, sendo veiculado como desassistência e desamparo
daqueles que não mais seriam acolhidos pelos hospitais psiquiátricos. A indústria farmacêutica
e os empresários donos de hospitais foram os que mais apontaram o descabimento que o modelo
de ruptura com a proposta asilar poderia trazer para os pacientes e seus familiares
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
(AMARANTE, 1994).
As ideias de Basaglia ganham intensidade no Brasil a partir da década de 70. Suas visitas
ao país reforçavam a concepção de que era necessário uma nova maneira de se conceber o
conceito de saúde e doença. Sua maneira de pensar em torno da Saúde Mental e de sua
complexidade ganha reforço com o movimento que se consolidava no país, a Reforma Sanitária.
Paiva e Teixeira (2014) apontam que de forte cunho social, o movimento se estruturava a partir
da perspectiva de que a saúde estava para além do bem estar físico ou biológico do ser humano.
Na realidade, a saúde passaria a ser pensada como a valorização da qualidade de vida das
pessoas. Um dos maiores representantes deste movimento, o médico Sérgio Arouca (PAIVA;
TEIXEIRA, 2014), considerava que o Movimento da Reforma Sanitária brasileira instituía-se
como um movimento transgressor, num momento histórico de intensa repressão no país por
conta da ditadura militar. Através do viés marxista o movimento lança luzes em torno da
concepção da doença como sendo socialmente determinada e também garante a universalização
da saúde como um direito de todos e a ampliação dos princípios do Sistema Único de Saúde.
Neste cenário de intensas reivindicações e lutas, tanto a Reforma Sanitária quanto a Reforma
Psiquiátrica se destacam por tentar subverter a lógica do biopoder, pautado no referencial
clínico de cuidado. Nesta perspectiva Foucault (1984) nos remete ao poder político da medicina
que nos torna corpos intimamente vigiados e inspecionados, controlados rigidamente,
provocando assim a divisão entre aqueles que gozam do estado de saúde ou não.
Basaglia inspira uma nova lógica no que se refere ao pensamento a respeito da doença
mental, admitindo a possibilidade de novas formas de existência, de que é possível conceber
singularidades diversas e potentes, mesmo para aqueles sujeitos que percebem o mundo de
modo tão peculiar e próprio.
Embora contemporâneo ao movimento da Reforma Sanitária brasileira, o movimento
da Reforma Psiquiátrica no Brasil seguiu um percurso próprio de lutas intensas. De acordo com
BRASIL (2005, p.6):
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
movimento é fortalecido pela participação de diversos atores que direta ou indiretamente estão
implicados em romper com a lógica da violência e segregação daqueles que se encontram em
sofrimento mental. Além disso, também é importante ressaltar a crítica ao caráter
mercadológico que envolve a loucura, uma vez que o hospital psiquiátrico é uma instituição
que gera lucros e reforça o saber/poder psiquiátrico instituído, priorizando a doença e não o
sujeito que sofre. Nesta trajetória, vale a pena destacar importantes marcos da influência do
movimento. Segundo Brasil (2005) são eles: Proposta de reorientação da assistência e início do
rompimento com a lógica hospitalocêntrica na Colônia Juliano Moreira (asilo situado no Rio
de Janeiro com cerca de 2600 internos) nos anos 80; II Congresso Nacional do Movimento dos
Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), em 1987; I Conferência Nacional em Saúde Mental-
RJ; Surgimento do primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em São Paulo, em 1987.
Além destes marcos, considera-se também de grande relevância a entrada no Congresso
Nacional do projeto de lei do Deputado Paulo Delgado, em 1989, que foi sancionado em 2001,
ficando conhecido como a Lei 10.216, que dispõe sobre os direitos das pessoas com transtornos
mentais e o redirecionamento do modelo assistencial em saúde mental. Sem dúvida, a lei 10.216
foi um marco considerável para o Movimento da Reforma Psiquiátrica, proporcionando maior
visibilidade e consolidação das propostas apresentadas. Ao se destacar os movimentos de luta
pela Reforma Psiquiátrica revelam-se práticas obscuras de exclusão, de violência e de
segregação dos sujeitos considerados “anormais”, um modelo de tratamento que aniquila a
potência de vida daqueles que se colocam no mundo sob uma condição de existência destoante
do que se considera o padrão esperado.
A luta contra a institucionalização preconizada por Basaglia, diz respeito ao
aniquilamento do aparato manicomial enquanto práticas que permeiam múltiplas disciplinas e
instituições, num movimento intenso que se estende e se pratica nos mais variados espaços
sociais (AMARANTE, 1994). Assim, a ampliação do cuidado em rede requer a artesania diária
para que prevaleça sempre uma abordagem de cuidado não medicalizante, privilegiando todos
os saberes e práticas, tanto dos profissionais de saúde, quanto dos usuários.
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
gestão deve atuar de forma integrada à ESF, inserida como parte do processo de trabalho em
saúde, contribuindo para a transformação da assistência rumo ao modelo assistencial centrado
no usuário. Além disso, o gestor deve atuar como protagonista de mudanças, comprometido
com a qualidade, a defesa da vida e os princípios e diretrizes da PNAB (AARESTRUP;
TAVARES, 2008).
Nesse sentido, o perfil gerencial a ser aplicado na atenção básica não condiz com a
subordinação burocrática da equipe de saúde, por meio de métodos administrativos nos quais
predomina a burocracia. A gestão da atenção básica deve se dar de forma dinâmica, tendo a
equipe multiprofissional como articuladora ativa dos processos de planejamento,
implementação, acompanhamento e avaliação de ações, intervenções e serviços de saúde
oferecidos pelas unidades assistenciais (SANTOS, 2014)
O modelo de gestão do sistema de saúde está, atualmente, em um período de
transformação, haja vista que o enfermeiro tem contribuído de forma significativa para o
desenvolvimento das políticas de saúde na direção ao funcionamento satisfatório do sistema
nos termos da PNAB. Nesse sentido, faz-se necessário que esses profissionais sejam
capacitados para exercer a assistência direta ao paciente e a gestão plena da unidade de saúde
em que atuam. O processo de trabalho na atenção básica não pode ser delimitado entre dois
polos: aqueles que prestam o serviço (profissionais de saúde) e aqueles que utilizam os serviços
(usuários). Trata-se de um processo complexo, na medida em que envolve diferentes agentes
que se inter-relacionam com o meio social em que estão inseridos, sendo influenciados por
diferentes culturas, valores, hábitos, costumes, razões e sentimentos que estão em constante
transformação.
A PNAB expressa, em seu capítulo referente às atribuições dos profissionais da atenção
básica, as competências comuns a todos os integrantes da equipe multiprofissional que
compõem a ESF, além de definir as atribuições assistenciais e de gestão do enfermeiro e da
gerência da atenção básica. A PNAB estabelece a inclusão de um gerente de atenção básica,
determinando que esse cargo seja exercido por um profissional qualificado, de nível superior,
que irá desempenhar suas funções de modo a garantir o planejamento de ações e serviços em
consonância com o perfil e as demandas da população adstrita, organizando o processo de
trabalho, bem como coordenando e integrando a equipe. Nesse sentido, a PNAB ressalta que o
gestor não deve ser um profissional integrante da equipe multiprofissional, devendo ter
experiência na atenção básica (BRASIL, 2017). De acordo com a PNAB, o objetivo do trabalho
gerente da atenção básica deve consistir na contribuição para o aprimoramento e a qualificação
do trabalho nas UBSs, de modo a consolidar a assistência prestada pela equipe multiprofissional
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
aos usuários por intermédio da função técnico-gerencial. O gestor do município deverá avaliar
a necessidade de inclusão desse profissional de acordo com o território e a cobertura da atenção
básica municipal.
A PNAB buscou estabelecer diretrizes para o funcionamento dos serviços de saúde,
oferecendo meios para a implementação de políticas públicas e programas e ações de saúde que
possam ampliar o acesso universal aos serviços assistenciais, garantindo a equidade, a
integralidade e a resolubilidade no cuidado. Além disso, determinou as competências de cada
membro da equipe multiprofissional de saúde, bem como as competências de gestão da atenção
básica, aumentando a corresponsabilização da equipe no desenvolvimento dos processos de
trabalho, de forma a qualificar os serviços, tornando-os cada vez mais eficientes e eficazes.
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CAPÍTULO 12
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
às 17h, em uma sala organizada em formato de círculo para permitir maior interação,
como também promover momentos de reflexão e de questionamentos.
O momento foi acolhedor e agradável, com duração de aproximadamente 1h
30min. Esse encontro permitiu compartilhar relatos, experiências, pontos de vista e
questionamentos inerentes a cada um, de acordo com o seu contexto de vida.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
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DE LIMA, Suiane dos Santos Fialho; DOLABELA, Maria Fani. Estratégias usadas para
a prevenção e tratamento da Síndrome de Burnout. Research, Society and Development,
v. 10, n. 5, p. e11110514500-e11110514500, 2021.
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CAPÍTULO 13
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
O principal objetivo deste modelo de ensino é incentivar os alunos para que aprendam
de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais. A proposta é que o
estudante esteja no centro do processo de aprendizagem, participando ativamente e sendo
responsável pela construção de conhecimento.
1
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Para uma aprendizagem efetiva, irá depender de elementos para que seja eficiente, tais
como: contexto, interatividade, prazer, ambiente, curiosidade, critica, autonomia,
discernimento, praticar, enfrentamento, trabalho em equipe, lidar com as diferenças,
coletividade, descobrir o outro, diversidade, inclusão de tecnologias, valores éticos,
responsabilidade, comunicação, entre outros. Se é assim que se aprende e sabendo que
aprendizagem, também, se estabelece em relação, cabe aos denominados professores criarem
condições para que a aprendizagem aconteça. Outro ponto importante para aquele que facilita
a aprendizagem, e quiçá essa seja a maior das tarefas, é ajudar o aluno a descobrir seus valores,
opiniões e critérios favorecendo desenvolvimento pessoal e profissional. Com isso, observa-se
que a aprendizagem é um processo rico e que precisa estar atento às mudanças culturais e sociais
(SCHLIEMANN e ANTONIO, 2016).
Segundo Vieira (2016, p. 10) pode-se afirmar que aprendizagem por projetos é:
Uma estratégia de ensino-aprendizagem que tem por finalidade, por meio da
investigação de um tema ou problema, vincular teoria e prática. Na educação
superior pode proporcionar aprendizagem diversificada e em tempo real, inserida
em novo contexto pedagógico, no qual o aluno é sujeito ativo no processo de
produção do conhecimento. Rompe com a imposição de conteúdos de forma rígida
e pré-estabelecida, incorporando-os na medida em que se constituem como parte
fundamental para o desenvolvimento do projeto.
Essa disciplina foi feita utilizando os recursos de mídia, criatividade, busca de soluções
para os problemas que foram surgindo a partir da realidade dos alunos e de sua vivência com
pessoas em condição de fim de vida.
Bedito e Almeida (2003) apresentam a teoria de Glasser (1993) propõe seis condições
fundamentais para os ambientes de ensino com Qualidade:
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
OBJETIVOS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O objetivo do trabalho foi analisar através dos princípios de Glasser (1993) de que forma os
alunos do curso de uma faculdade no interior de São Paulo, focado na disciplina de REFLEXÔES
identificam como lidam com o estudo humanístico para discutir a vida, a morte, o luto no contexto de
pandemia.
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
luto. A partir dessa motivação, os subgrupos escolhiam algum dos temas vistos e escolhiam um
subtema e apresentavam para o restante da turma. A partir da escolha, os alunos discutiam com
a monitora e a professora como o tema deveria ser vivenciado. A autonomia desses alunos era
estimulada, assim como a discussão do grupo todo. Entre as formas utilizadas tem-se como
exemplo: apresentação de casos, filmes, músicas, exercícios dinâmicos, entre outros.
Monitora e docente eram responsáveis por proporcionar as seis condições fundamentais
para o ensino de qualidade de William Glasser: comportamentos construtivos, relação
interpessoal positiva, ambiente favorável, relevância do assunto, incentivo, e ao final do ano a
autoavaliação que será aqui apresentada.
Os alunos foram divididos em seus grupos de origem no internato e tinham que escolher
dois subtemas para preparar o seu projeto a ser apresentado para todo o grupo. Os alunos
assistiam o vídeo na aula em conjunto e depois eram divididos nos subgrupos para apontar os
temas relevantes que apareceram no vídeo e o que desses temas gostaria de ser aprofundado.
Os alunos, em grupo, recebiam orientação ao final da aula pela docente e mantinham
contato posterior com a monitora para a finalização do seu projeto. Buscava-se, constantemente,
orientar e incentivar os alunos para realizarem atividades que mobilizassem aspectos pessoais,
emocionais e da subjetividade diante do exercício profissional, mas nem sempre isso foi
possível.
Os projetos foram apresentados e ao final de cada aula havia uma discussão do material
apresentado e do tema elucidado pelo grupo apresentador.
Como exemplo das atividades realizadas pode-se apresentar:
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Esse trabalho foi apresentado via power-point e apontou como o médico deve se portar
diante das emoções difíceis que o paciente pode gerar ou provocar nos profissionais da saúde.
Os apresentadores estimularam os colegas a pensarem como se sentiram em situações vividas
no internato e que podem gerar problemas de empatia, comunicação e convivência na área da
saúde.
Outros recursos utilizados foram Quizz; músicas; vídeos de atendimento; pesquisa com
os alunos, entre outros que ajudaram na elaboração dos temas propostos. A participação nem
sempre foi efetiva porque o modelo online possibilita a participação mais indireta ou menos
ativa.
Um ponto importante nesse tipo de aprendizagem é a percepção do aluno sobre o que
ele sabe ou não sabe. Por isso, para lidar com a autopercepção a autoavaliação foi aplicada, ao
final do ano, um questionário online através do Google Forms
O Google Forms, sistema do Google, é um serviço gratuito para criar formulários
online. Nele, o usuário pode produzir pesquisas de múltipla escolha, fazer questões discursivas,
solicitar avaliações em escala numérica, entre outras opções. O funcionamento do serviço é
totalmente online, ou seja, a ferramenta é compatível com qualquer navegador e sistema
operacional. Os dados ficam salvos na sua conta do Google. O formulário construído pode ser
disponibilizado através de um endereço eletrônico e quando preenchido pelos respondentes, as
respostas aparecem imediatamente na página do Google Forms do usuário que o criou.
Ao mesmo tempo, foi criado um texto no início do questionário para informar o participante
sobre o desenvolvimento da autoavaliação, com o intuito de esclarecer os alunos sobre as demandas da
avaliação
Para essa avaliação online foram criadas 9 perguntas baseadas na Ficha de Avaliação de
Aulas (FAA), criada por Almeida (1999). As questões versaram sobre: a primeira era a escolha de
se identificar ou não, a segunda pergunta era sobre o estado de espírito antes de se iniciar a aula,
a terceira abordava o sentimento do aluno durante a aula, a quarta a relevância do assunto, a
quinta avaliava a contribuição do aluno, a sexta o resultado do aluno após a aula, na sétima a
atuação do professor, já a oitava a atuação do grupo. Essas perguntas eram quantificadas em
uma escala de 0-5, sendo 0 o mais negativo e 5 o mais positivo.
Ao final da autoavaliação havia um espaço para críticas e sugestões das aulas com o
intuito de melhorar as próximas edições da disciplina e que foram analisadas a partir da teoria
de Bardin de análise de conteúdo. O trabalho não foi de pesquisa, forma tradicionalmente usada
para analisar pesquisas, mas entendeu-se que a opinião das pessoas precisa de um trabalho
cuidadoso e delicado e por isso a opção por esse olhar interpretativo.
7
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Para a análise qualitativa das questões abertas bem como de múltipla escolha, foi
utilizado o recurso da análise de conteúdo a qual para Bardin (2011, p.48) relaciona-se a:
Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando a obter,
por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo
das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a
inferência de conhecimentos relativos às condições de
produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.
Essa técnica de análise qualitativa foi escolhida pois, segundo Godoy (1995), para se
compreender o comportamento humano, é preciso conhecer o contexto a partir do qual as
pessoas interpretam a realidade em diferentes dimensões, de modo que resultados numéricos
não sejam suficientes para a compreensão do que se busca com o presente trabalho.
Ainda segundo Bardin (2011), a prática da análise de conteúdo requer realizar três fases
sequenciais que foram utilizadas para desenvolver a parte qualitativa desta pesquisa:
1) Pré-análise
2) Exploração do material
3) Tratamento, interferência e interpretação dos resultados
A pré-análise compreende a fase de organização inicial do material de forma a
sistematizá-lo. Nesse sentido, essa tarefa é realizada por meio de 4 subfases:
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
reflexiva.
Bardin (2011), ainda destaca os processos de codificação e categorização dentro do
método na análise de conteúdo que foram utilizadas para a criação das tabelas referentes às
respostas das questões abertas. A codificação, portanto, corresponde a:
“uma transformação - efetuada segundo regras precisas - dos dados
brutos do texto, transformação esta que, por recorte, agregação e
enumeração, permite atingir uma representação do conteúdo ou da sua
expressão” (BARDIN, 2011, p.133)
Entretanto, Bardin (2011) defende que a análise de conteúdo é uma técnica que tende a
oscilar entre duas tendências opostas: a do desejo do rigor (cientificidade) e a necessidade de
se descobrir para além das aparências (subjetividade). Nesse aspecto, por mais que existam
regras e padrões a serem seguidos a análise de conteúdo não deve ser trabalhada de modo
extremamente rígido e inflexível.
Optou-se pela apresentação dos dados conjuntamente por isso os gráficos comentados
foram sempre os primeiros. Os demais gráficos são específicos de cada curso para que os dados
brutos fossem demonstrados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
de participantes considerado bom, que preencheram o questionário via Google Forms, que
foram avaliados por meio da planilha gerada pelo programa.
O primeiro ponto discutido entre a docente e a monitora foi permitir que os alunos se
identificassem ou não para responder ao questionário.
Como se pode observar, 19% dos alunos se apresentaram o que demonstra, a priori, uma
postura de partilha e responsabilidade pela sua aprendizagem e com o grupo de colegas.
Tradicionalmente, a disciplina sempre foi presencial e com a pandemia todo a grade de
matérias teórica, ou de possibilidade teórica de execução foi para o modelo remoto.
O primeiro obstáculo na realização da disciplina foi à alteração do curso para o formato
de ensino a distância devido à pandemia de COVID-19. Essa condição teve influência direta na
elaboração de um ambiente agradável para o desenvolvimento das aulas, visto que não havia
como garantir que o aluno estava em um local silencioso, confortável, sem distrações e com
acesso a internet e produtos eletrônicos eficientes.
A metodologia a distância também interferiu na construção da relação do grupo, uma
vez que a maioria dos alunos mantinha as câmeras desligadas durante a aula, logo os demais
colegas não tinham conhecimento da opinião de seus colegas. Por conseguinte, a prática de
comportamentos construtivos foi diminuída. Com o intuito de compensar a situação, utilizou-
se o princípio teórico mais significativo de Paulo Freire, isto é a autonomia, no qual foi cedido
aos alunos o direito para a escolha dos integrantes do grupo que iria realizar a apresentação e a
liberdade para a seleção do tema. Deve-se destacar, também, que os alunos já tinham contato
com os integrantes dos grupos há quatro anos por cursarem o mesmo curso de medina no mesmo
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
período, por essa razão o questionário apresentou resultados tão satisfatórios como apresentado
no gráfico 2.
Além disso, essa situação foi corrigida por meio da participação da professora, que
mantendo sua câmera aberta, expunha sua opinião para o grupo, além intensificar o incentivo a
participação e compartilhamento de visões dos demais alunos durante a aula. Seguindo os
princípios de Berbel (2011), o professor nessa disciplina agia como intermediador, facilitador
e orientador da disciplina, posicionando o aluno como centro do processo de aprendizagem.
É necessário salientar a importância das aulas serem realizadas por docente com
formação na área capaz de explorar os temas e reações do grupo profissionalmente com a
garantia que os assuntos abordados serão impactados, corretamente, pelos estudantes e com
suporte adequado se preciso. Essa condição é retratada no gráfico 3, no qual a relação positiva
com a docente é contemplada.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A pedagogia de Dewey (1978) vai de direto acordo com a disciplina em questão, visto
que o conteúdo abordado apresenta ligação direta com a vida dos alunos. Isto é, os temas em
questão devem ter sentido para os estudantes, caso contrário perde-se o sentido e o valor.
Quando questionado a relevância do tema aos alunos quase 60,5% afirmou que foi o fator de
maior influência para o seu aprendizado, seguido de 20% a sua relação com o professor e 13%
a participação dos colegas. No gráfico 6 abaixo é possível observar a escala que os alunos
classificaram a importância do tema.
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Observa-se que o aspecto teórico continua sendo valorizado pelos estudantes mantendo
o aspecto cognitivo em detrimento do aspecto relacional do espaço da aula.
Sobre a pergunta O que mais prejudicou o meu aprendizado foi: o aluno poderia
escolher entre: O professor; O tema da aula; Não me senti motivado; Não me senti confortável;
A presença de meus colegas
Observa-se que na hora que há uma questão sobre o prejuízo os alunos se tornam
autoreferentes e apontam, mais da metade deles, a falta de motivação para um prejuízo desse
aprendizado. Se o estudo online e metodologias ativas não são o que eu desejo, por coerência,
não me sinto motivado.
Como exemplo das sugestões e críticas pode-se citar:
1)Acredito que aulas presenciais teria maior interação e participação dos alunos, com
melhor aproveitamento.
2) Outra abordagem
3) Professora é excelente então acho que ela poderia atuar de maneira mais ativa dando
algumas aulas teóricas. Mesmo que alguns alunos não fosse prestar atenção e deixassem de
lado o celular, quem realmente tem interesse iria ver a aula. É um momento que temos pra
ter contato com uma grande profissional da psicologia e seria interessante aprender coisas
da área para podermos compreender melhor os tipos de psicoterapia e podermos indicar que
os pacientes procurem.
4) Temas mais práticos conforme nossa prática cotidiana acadêmica e médica
5) Pessoalmente o que mais gostei da aula foi a possibilidade de compartilhar experiências
pessoais de acordo com os temas abordados e como os grupos eram grandes a maioria eu
não tinha contato/não conheço muito bem em alguns momentos senti que talvez
trabalhando em grupos menores pudesse melhorar ainda mais o rendimento
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6) Falta de participação geral desmotiva e repetição de temas torna-se mais reincidente com
alocação de turmas diferentes. Minha turma assistiu ao mesmo vídeo duas vezes por ter
sido praticamente o mesmo tema apresentado pelos dois grupos que convivemos .
Condição3: Que os estudantes sejam incentivados a fazerem o melhor que podem. Isso necessita
tempo e esforço, portanto, a paciência, uma das virtudes humanas.
O tempo todo das orientações foram acolhidas as necessidades, dúvidas e necessidades
dos alunos. Eles retornavam nas avaliações essa posição. Entretanto, observa-se que os alunos
com aparente dificuldade afetiva e de envolvimento com os aspectos emocionais da relação
médico/paciente se afasta e se isola das relações, inclusive daquelas com os colegas e a docente.
Condição 4: Que os estudantes sejam solicitados a avaliar o próprio trabalho. O processo de
autoavaliação deverá ser ensinado a eles.
Esse processo é fundamental e podemos observar que há uma resistência de realizar essa
avaliação. Vivemos num mundo em que avaliar significa crítica e coisas ruins e, por isso, os
alunos apresentam uma grande resistência. Observa-se, também, que algumas das críticas foram
feitas de forma radical e polarizada, o que demonstra, a priori, imaturidade para lidar com o
processo da autoavaliação.
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CONCLUSÃO
Não podemos assumir uma conclusão sobre um trabalho feito de forma academica como
avaliação do processo dos alunos, por isso falar-se-á em considerações finais.
O estilo de aprendizagem ele é baseado na história de vida, nas experiências
pedagógicas, nas expectativas de aprendizagem e de forma de aprendizagem.
A metodologia ativa baseada na prática pedagógica democrática, estimula a autonomia,
a igualdade, a reflexão, a habilidade de comunicação e de trabalho em equipe tornam o aluno
protagonista e transformador da sua realidade. Essas características são fundamentais para a
formação do profissional crítico e humanizado que a medicina tanto almeja. Ao final dessa
reflexão, entende-se que adequar há uma necessidade de inclusão na grade curricular de temas
humanistas reflexivos, assim como repensar sobre a forma de ensino em que este é aplicado,
pois a metodologia de ensino influencia a percepção e a formação do médico o que causará
impacto no seu desempenho profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAPÍTULO 14
eficazes.
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INTRODUÇÃO
A Visita Domiciliar (VD) é de suma importância para a saúde pública, consiste em uma
ação de vigilância utilizada pelas equipes das Unidades Básicas de Saúdes (UBS), com o intuito
de avaliar as condições de habitação, saneamento, condições ambientais e físicas que o
indivíduo e seus familiares vivem, identificando os riscos de vulnerabilidade social, facilitando
assim a assistência e promoção de ações em saúde que propiciem uma melhora na qualidade de
vida.
De acordo com o pensamento de Ceccim e Machado (2015), a visita domiciliar é
identificada como uma forma de atenção em Saúde Coletiva voltada para o atendimento
individual e à família/coletividade que é acometida ao domicílio, junto aos diversos recursos
sociais locais, tendo em vista maior equidade da assistência em saúde.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência (MINAYO, 2012), fruto
da vivência de residentes em Saúde Coletiva da Universidade Regional do Cariri do município
do Crato-Ceará, durante as visitas domiciliares realizadas no período de abril a outubro de 2021,
com periodicidade de agendamento conforme a necessidade dos familiares.
O município do Crato possui uma área de 1.157,9 km² e contava com 121. 428
habitantes no último censo realizado no ano 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística e densidade demográfica de 103,21 habitantes por km².
A equipe de saúde era composta por um técnico de enfermagem, dois enfermeiros, uma
nutricionista, um médico, um profissional de educação física e um agente comunitário de saúde.
A seleção das famílias a serem visitadas foi realizada por meio diálogo entre equipe
envolvida, as quais observaram-se critérios de vulnerabilidade e fatores de risco, dentre eles:
indivíduos que estavam acometidos por doenças que demandam por cuidados mais complexos
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de saúde; indivíduos acamados e/ou idosos com comorbidade que afetem a mobilidade. Ainda,
observaram-se os critérios de estar na área territorial de cobertura da UBS e possuir prontuário
familiar cadastrado na mesma.
A identificação das famílias era realizada pelo Agente Comunitário de Saúde, o qual
durante sua prática diária de trabalho dentro de campo, utilizou-se das visitas peridomicílios
para identificar as famílias que se enquadraram nos critérios supracitados
A Visita Domiciliar era antecedida por reuniões de planejamento de ações e
intervenções estratégicas e individualizadas para cada família, onde todos os profissionais
envolvidos no cuidado buscavam discutir e traçar os planos de abordagem e tratamento.
As visitas domiciliares foram realizadas sob a orientação e o acompanhamento da
preceptora responsáveis pela Residência, ainda equipe de saúde atuante na UBS. Para a
elaboração do relato de experiência foram utilizadas as anotações do diário de campo e um
roteiro de observações estruturadas.
A locomoção da equipe ocorreu por meio de transporte cedido pela Secretaria Municipal
de Saúde, os dias destinados a VD foram as quartas-feiras no período diurno, cada VD possui
uma duração aproximada de 30 minutos e todos os profissionais respeitaram as normas e
protocolos de proteção individual e familiar, através do uso de gorro, máscara, avental, propé,
luvas e álcool em gel e líquido, bem como distanciamento social de no mínimo 1,5 metros entre
indivíduos, exceto nos momentos de exame físico individual.
RESULTADOS E DISCUSÃO
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica_2006.pdf>.
Acesso em: 27 nov. 2021.
LEAL, M. M.; SILVA, L. E. V. Adolescência: prevenção e riscos. São Paulo, Atheneu, 2001.
PRIORE, S. E. et al. Projeto favela: um modelo de atenção à saúde. Saúde Para Todos, n.4,
p.43-45, 1994.
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CAPÍTULO 15
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INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
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RESULTADOS
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Os principais dados obtidos que surgiram da análise dos dois artigos selecionados, são
apresentados a seguir.
SYLVIE et.al. (2017) desenvolveram um estudo em parceria com a Agência de Saúde
e Serviços Sociais de Montréal- Canadá, onde foi implementado um programa de gestão de
risco cardio metabólico na atenção primária para pacientes com diabetes ou hipertensão, tendo
como objetivo ocasionar mudanças no estilo de vida, controle da doença, prevenindo
complicações e apoiando o autocuidado. O Programa foi desenvolvido por um centro de
educação que ofereceu aos pacientes intervenções clínicas realizadas por uma equipe
interdisciplinar que desenvolvia atividades voltadas para o conhecimento, motivação,
autocuidado e mudanças no estilo de vida dos pacientes hipertensos e diabéticos. Foram
realizados encontros individuais de acompanhamento com uma enfermeira e um nutricionista
durante um período de dois anos, bem como reuniões de grupo com a equipe interdisciplinar
(enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, farmacêutico e assistente social). Foram extraídos
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
dados dos prontuários dos pacientes no momento da entrada no programa (T0) e aos 12 meses
de acompanhamento (T12).
O objetivo do estudo foi avaliar a implementação do programa, avaliando os efeitos do
cuidado interdisciplinar nos indicadores de saúde dos pacientes. Para avaliação do programa
utilizou-se os dados clínicos dos pacientes que foram registrados nos prontuários eletrônicos
pelos membros de equipes interdisciplinares.
As variáveis utilizadas nos estudados foram: controle da doença por meio da
realização de exames laboratoriais de hemoglobina glicada (A1c) e pressão arterial (PA);
estilo de vida avaliado pela realização de atividade física e da ingestão de carboidratos), bem
como o impacto da doença na qualidade do paciente vida. Os resultados da A1c foram
classificados em: < ou igual a 7% ou > 7%. Os valores da PA foram mensurados em: <
140/90 ou > 140/90. Os dados referentes a realização das atividades físicas foram
documentados por meio de um breve questionário, considerando o número de dias por semana
em que o paciente fez pelo menos 30 minutos de atividade física onde utilizou-se uma escala
de 1 a 4, ponderado pela intensidade da atividade física. A variável de meta de atividade física
obtida foi dicotomizada (3 ou 4 na escala de quatro pontos versus menos de 3). O consumo
de carboidratos baseou-se na distribuição diária da ingestão de carboidratos explicados no
documento Coup d'oeil sur l'alimentation de la personne diabétique divididos em duas
categorias: distribuição equilibrada, sim ou não.
Resultados: O estudo avaliou cerca de 1689 pacientes, sendo que mais da metade (56,9%)
eram mulheres e a idade média era de 58,5 anos. Na avaliação foram utilizados os valores
através da porcentagem do início nas intervenções das equipes interdisciplinares e a
porcentagem atingida após os 12 primeiros meses de participação dos pacientes, pode-se
perceber um aumento significativo na proporção de pacientes que atingiram as metas de
distribuição equilibrada da ingestão de carboidratos (n=35,9%), A1c de 7% (n= 72,9%) e PA
abaixo de 140/90 (<130 / 80 para pacientes com diabetes). Além disso, houve uma diminuição
significativa no impacto da doença na qualidade de vida (a pontuação média passou de 4,56
para 4,04 de 10) conforme tabela.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
DISCUSSÃO
A presente revisão integrativa mostrou que há poucos artigos escritos ou, pelo menos,
publicados em revistas científicas nas bases de dados utilizados para a pesquisa, o que sugere
a baixa adesão ao emprego desse recurso como estratégia de cuidado por meio da equipe
interdisciplinar, podendo estar relacionada a diversos fatores tais como: deficiência na
formação acadêmica, dificuldade em trabalhar em grupos e realizar troca de saberes, em prol
do cuidado aos pacientes hipertensos.
Observou-se nos estudos descritos nesse artigo, o impacto que o trabalho da equipe
interdisciplinar teve no tratamento de pacientes portadores de HAS. No entanto, Gelbcke et.al.
(2012) relatam sobre a necessidade de os profissionais ultrapassarem o modelo atual de
formação, focando em um trabalho efetivamente multiprofissional e interdisciplinar, que
atenda às necessidades da população, construindo profissionais mais críticos, criativos e
aberto para o novo, que busquem um caminho para a integração interdisciplinar.
Os cuidados interdisciplinares prestados aos pacientes hipertensos por meio de grupos
promovem discussões referentes a questões de saúde. O enfrentamento das condições crônicas
exige uma ação multiprofissional e interdisciplinar com ênfase na prevenção tratamento e
controle dos grupos de risco.
No primeiro estudo observou-se que os autores apontaram haver limitações no que diz
respeito a adesão dos pacientes ao objeto de estudo. No entanto, foi observado que o cuidado
interdisciplinar ao hipertenso tem impacto significativo no tratamento da doença, melhorando
assim a qualidade de vida desses pacientes. (SYLVIE, et al., 2017).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
As evidências mostraram, quando o tratamento das pessoas com HAS é realizado por
equipe interdisciplinar há eficácia no controle da doença e de seus agravos. Percebeu-se que
há poucos trabalhos sobre o tema, o que poderia evidenciar a baixa adesão ao emprego desse
recurso como estratégia de cuidado ao paciente hipertenso. Fatores como formação
acadêmica, dificuldade dos profissionais em trabalhar dentro do contexto, podem contribuir
para a baixa produção sobre interdisciplinaridade e HAS. Sendo assim, a formação e
qualificação dos profissionais da saúde podem favorecer o cuidado integral e
compartilhamento de saberes e ações em prol da melhoria da qualidade da atenção em HAS.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAPÍTULO 16
PROPRIEDADES CARDIOPROTETORAS DE
FRUTAS TÍPICAS DA REGIÃO AMAZÔNICA:
REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
As doenças cardiovasculares (DCVs), consistem em um grupo de patologias não
transmissíveis, que incluem a cardiopatia congênita e a doença cardíaca coronariana, sendo
derivadas de distúrbios no coração e vasos sanguíneos. Segundo a Organização Mundial de
Saúde, em 2016 aconteceram 17,9 milhões de óbitos decorrentes das DCVs, correspondendo a
31% das mortes a nível mundial. (OMS, 2021). As DVCs possuem etiologia multifatorial,
entretanto dentre seus principais fatores de risco destacam-se o tabagismo, uso abusivo de
álcool e o sedentarismo. Além disso, dietas inadequadas baseadas em alimentos com alto teor
de sal, açúcar e gorduras também contribuem para o desenvolvimento dessa condição.
(DANTAS, 2021).
Dentre as demais regiões do país, a região amazônica se destaca por concentrar 44% das
500 espécies de frutas nativas do país, com frutas fontes de compostos bioativos como compostos
fenólicos, flavonóides, carotenóides e outros agentes antioxidantes (NEGRI et al., 2016;
EMBRAPA, 2016). Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão de
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
literatura acerca das propriedades cardioprotetoras das frutas típicas da região amazônica.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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O açaí (Euterpe oleracea) tem ganhado grande visibilidade na nutrição, uma vez que é
fonte de diversas vitaminas, ferro, lipídios, fibras, fósforo, minerais e antioxidantes. Logo,
Moraes (2021) referiu que a atividade antioxidante encontrada no fruto, na polpa e no óleo se
deve às antocianinas, na qual estão relacionadas a cor roxa intensa desta fruta e pelos seus
efeitos protetores contra doenças, principalmente as cardiovasculares. Tal fato, portanto, é
corroborado pelos estudos de Oliveira et al. (2021) no qual constatou que as antocianinas
podem atenuar o estresse oxidativo envolvido no processo aterosclerótico, contribuindo, desse
modo, para a melhoria da saúde cardiovascular.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
neurodegenerativas, tal fato pode ser ratificado pois existe uma quantidade significativa das
vitaminas E e B1, além de alguns micronutrientes que apresentam quantidades significativas de
antioxidantes capazes de classificá-lo como um dos frutos mais ricos em vitaminas e minerais
deste composto.
A partir dos estudos realizados pelo Giglio et al. (2018), observou-se que o cacau
(Theobroma cacao) é um fruto amazônico que apresenta a potencialidade de reduzir a pressão
arterial sistêmica, uma vez que apresenta compostos bioativos capazes de reduzir os radicais
livres das células. Tal fato pode ser possibilitado pelo fato de o cacau ser fonte de potássio e
magnésio, tendo, portanto, uma capacidade cardioprotetora.
Consoante aos estudos de Zhao et al. (2017), a manga (Mangifera indica L) possui altos
teores de compostos fenólico e carotenóides os quais atuam como antiinflamatórios e
antioxidantes. Diversas pesquisas têm destacado e associado os efeitos dos carotenóides a uma
modulação positiva na expressão gênica e à indução da comunicação celular, através das gap
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
junctions (partículas cilíndricas que fazem com que as células entrem em contato umas com as
outras, facilitando a passagem de substâncias de uma para outra, para que elas funcionem de
modo coordenado e harmônico) sobretudo como mecanismos redutores do risco de
aterosclerose (inflamação crônica da camada interna das artérias de grande e médio calibre em
contato direto com o sangue que se deve basicamente pela acumulação e oxidação de
lipoproteinas na parede arterial) e coronariopatias. Já os compostos fenólicos vêm sendo
relacionados à prevenção de variadas enfermidades cardiovasculares, entre elas a aterosclerose,
por sua ação antiesclerótica e antitrombótica que impede a oxidação de moléculas de LDL e
assim evitam a formação de placas de ateroma (BARBOSA, 2014).
CONCLUSÃO
Concluiu-se, com a presente revisão, que algumas frutas típicas amazônicas, como o
açaí, buriti, tucumã, cacau, manga e bacaba possuem compostos bioativos com propriedades
consideradas cardioprotetoras. Desse modo, percebe-se, além disso, a grande relevância para a
sociedade e para o esclarecimento da população no que diz respeito à importância do consumo
de uma dieta adequada composta por alimentos, como as frutas, que previnem doenças
metabólicas e DVCs. Logo, infere-se a necessidade de expansão dos estudos acerca dessa
temática, uma vez que, são encontrados poucos estudos que correlacionam benefícios
cardioprotetores às frutas da região amazônica.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 17
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A osteoartrite é um processo progressivo degenerativo que acomete a cartilagem
articular a qual reveste as estruturas ósseas e o osso subcondral. Não há comprometimento
sistêmico, sendo mais incidente nas articulações quesustentam mais peso do corpo, como a
coluna, quadril e, principalmente, o joelho, devido à sua função mecânica desempenhada no
membro inferior (LIMA, 2016).
O joelho é mais suscetível a lesões e à sobrecarga articular devido à obesidade, às
atividades ocupacionais às repetitivas, aos períodos prolongados em posição agachada e
ajoelhada, além de lesões de meniscos e ligamentos ouatividades esportivas de alto impacto
(PANCOTTE, 2017).
A osteoartrite é uma doença que afeta as articulações da maioria das pessoas acima de
50 anos de idade. Não faz muito tempo, no meio médico essadoença poderia ser chamada de
artrose, osteoartrite ou osteoartrose.Atualmente, o nome técnico para essa doença, padronizado
mundialmente, é osteoartrite e uma das razões disso é o fato de não ser uma doença causada
apenas pelo envelhecimento, apesar dele ser o motivo principal (SBR, 2020).
Os principais sintomas relatados pelos portadores são dor articular, rigidezmatinal, crepitação,
diminuição da amplitude de movimento articular (ADM), bem como redução do trofismo
muscular e a sobrecarga ligamentar, apresentando dificuldades em realizar atividades
funcionais, especialmente aquelas que envolvem mobilidades e transferências (SILVA,
GAMA, 2018).
Apesar de acometer ambos os sexos, a maior prevalência se encontra em mulheres na
faixa etária acima de 60 anos, com Índice de Massa Corporal (IMC)elevado e sedentárias (DE
ALMEIDA, 2020). Alguns estudos apontam que em função da maior largura do quadril (uma
vantagem obstétrica), onde as diáfises femurais fazem um ângulo maior que no homem, podem
propiciar ao aparecimento da patologia. Além disso, o período da menopausa potencializa essa
incidência (PANCOTTE, 2017).
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde - OMS (2015) no Brasil, a
população de indivíduos maiores de 60 anos (hoje com cerca de 19milhões) irá aumentar, em
2050, para mais de 64 milhões. Isso significa que a quantidade de pacientes que apresentará
problemas osteoarticulares tende a crescer no futuro (RÊGO, 2018).
Ainda não existe uma cura para a osteoartrite, mas existe tratamento, cujo objetivo é
aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Essas formas de tratamento incluem desde
o convencional (medicamentoso e/ou cirurgias) e o não medicamentoso, como, por exemplo, a
Fisioterapia (DOS SANTOS, 2020). O tratamento medicamentoso se dá através de uso de
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
Desenho do estudo
Foi realizada uma revisão bibliográfica durante os meses de fevereiro a outubrode 2020,
nas bases de dados PEDro, Scielo e Lilacs/Bireme. A pesquisa executada relacionou-se com a
temática: efeitos da Fisioterapia no tratamento da osteoartrite dejoelho em idosos. Os descritores
e combinações foram “Osteoartrite”/”Osteoarthritis”, “Joelho”/”Knee Joint” e
“Fisioterapia”/”Physical Therapy” e “Reabilitação”/ “Rehabilitation”.
Critérios de elegibilidade
Como critérios de inclusão, foram considerados apenas ensaios clínicos publicados nos
últimos 5 anos, em inglês ou português e disponíveis na íntegra.O tema abordado teria de
abranger as técnicas e os recursos fisioterapêuticosutilizados no tratamento da osteoartrite de
joelho em idosos.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS
Foram encontrados na literatura diversos tipos de intervenções em idosos comosteoartrite de
joelho, desde técnicas manuais, modalidades de exercícios, até mesmo aparelhos que estão no
uso cotidiano dos Fisioterapeutas. Os resultados dos artigos encontrados estão apresentados na
tabela 1:
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O estudo conduzido por Added et al. (2017) analisou os efeitos imediatos sobrea dor,
através da utilização de dois tipos diferentes de órteses. A amostra era de 108pacientes, o grupo
A utilizou uma joelheira com orifício patelar. O grupo B colocou uma sem a presença do orifício
na altura da patela. Como medidas de avaliação, foram utilizadas a escala Visual Analógica da
Dor (EVA), o teste Timed Up and Go (TUG) e o teste de caminhada de 6 minutos. Ambos os
grupos evoluíram com redução significativa da dor, melhora da função e mobilidade. No
entanto, os pacientes que utilizaram a joelheira sem orifício patelar apresentaram resultados mais
favoráveis nasescalas e testes.
A eletroterapia e a terapia manual a longo prazo foram investigadas em uma amostra de
73 indivíduos. Havia 3 grupos: os componentes do grupo A, foram instruídos a realizar
mobilização articular ativa e exercícios. Os do grupo B, receberammobilização articular passiva
e exercícios. Já os do grupo C, foram tratados através da eletroterapia, com o uso do TENS -
Estimulação Elétrica Transcutânea – e o ultrassom associado aos exercícios (KAYA et al.,
2018).
Todos os integrantes receberam 12 sessões de Fisioterapia, com duração de 50 minutos,
3 vezes por semana. Os pacientes foram orientados a não fazer uso de analgésicos ou anti-
inflamatórios não esteroidais, para evitar viés sob os parâmetros analisados. Estes eram: o
índice de Osteoartrite Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC) ; a escala visual
analógica de dor (EVA), pontos do teste de Função Locomotora Agregada (ALF); Goniometria;
e mensuração de força muscular,através de um dinamômetro portátil (KAYA et al., 2018).
Após 1 ano de intervenção, os que receberam como tratamento mobilizações,obtiveram
melhora funcional, aumento da amplitude de movimento (ADM) e aumentode força muscular,
em comparação com os que foram tratados apenas com aeletroterapia. Isso evidencia que a
terapia manual, combinada com exercícios terapêuticos, pode ser mais efetiva que o TENS e os
exercícios; nos desfechos sobrea melhora da dor, ADM e força muscular (KAYA et al., 2018).
Outra modalidade de terapia manual, a pompage, foi utilizada em 22 idosas, em um
ensaio clínico randomizado. O grupo intervenção recebeu exercícios de fortalecimento e
equilíbrio associado à pompage, por 12 semanas, durante duas sessões semanais. O grupo
controle recebeu palestras educativas. Os desfechos foram avaliados através do WOMAC,
Biodex Balance SD e força muscular através do dinamômetro isocinético. O Grupo intervenção
comparado ao controle apresentou melhores resultados para os desfechos dor, equilíbrio e força
muscular após as 12 semanas (GONDIM et al., 2017).
A proposta de realização de exercícios em casa e sua taxa de adesão foram avaliados
em uma amostra com 100 participantes. O protocolo do grupo da intervenção incluía múltiplos
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
pacientes foram alocados em 3 grupos. O grupo I recebeu uma dose de6J/cm2, em 8 pontos ao
redor da articulação. O paciente foi posicionado em posição supinada, com o joelho levemente
fletido. O grupo II recebeu uma dose de 3J/cm2 com o joelho estendido, em 5 pontos ao redor
da articulação. O grupo III recebeu tratamento placebo. O tratamento foi administrado 2 vezes
por semana, durante 8 semanas. Foi associado um programa de exercícios para praticar em casa.
Através desta intervenção, os autores concluíram que adicionar o laser a um programa de
exercícios foi mais eficaz do que orientar aos exercícios de forma isolada. As melhorias
podem ser dependentes da dose, sendo observada que a dose de 3J/cm2 obteve os melhores
resultados.
A Fotobiomodulação foi associada aos exercícios com o intuito de diminuir a dor, em
um ensaio clínico com 20 participantes. Foram subidividos em dois grupos: intervenção e
placebo. O grupo intervenção recebeu sessões de Fotobiomodulação e treino de marcha. A
evolução foi avaliada através das escalas EVA, SF-36, Questionário Algofuncional de
Lequesne para osteoartrite de joelhos e quadris –LEQUESNE e Teste de Tinetti. Inicialmente,
os dados apontaram uma melhora significativa no grupo que recebeu a intervenção. Após a
conclusão, não pode-se observar diferenças significativas entre eles. A Fotobiomodulação foi
eficaz apenas acurto prazo (SARDIM et al., 2020).
O ultrassom foi investigado com o intuito de analisar sua eficácia na redução da dor,
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
DISCUSSÃO
Presente em grande parte da população idosa, a osteoartrite pode trazer incapacidades
substanciais. O tratamento fisioterapêutico torna-se indispensável em vários aspectos,
principalmente no que diz respeito à diminuição ou à prevenção de limitações físicas. A maioria
dos artigos selecionados para esta revisão abordaram problemas como dor, rigidez articular,
diminuição de força muscular, funcionalidade, equilíbrio e qualidade de vida Os recursos
testados nos ensaios clínicos mostraram os efeitos destas modalidades sob os desfechos
supracitados (DA SILVA, 2018).
Os exercícios terapêuticos (cinesioterapia) foram empregados com a finalidade de
realizar uma melhora funcional do paciente. O objetivo era atingir maior flexibilidade,
equilíbrio, força e otimização da propiocepção. Quando associado à terapia manual, no caso, a
técnica de Pompage, além de todos os benefícios exercidos pela cinesioterapia, poderia gerar
uma melhora da lubrificação articular dasestruturas envolvidas. Outra modalidade de terapia
manual, encontrada na literatura, são as mobilizações ativas e passivas. Os pesquisadores a
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
há um consenso na literaturaa respeito da dose a ser utilizada nos pacientes com osteoartrite de
joelho, entretanto,segundo os autores dos estudos, a dose total de 48J foi mais benéfica em
relação a outras testadas pelos grupos (KIM et al., 2018; YOUSSEF et al., 2016).
Outras modalidades de recursos eletrotermofoterápicos foram encontradas, como a
terapia por ondas de choque extracorpórea e a fotobiomodulação. Todos estes buscaram um
desfecho principal em comum, que foi a redução da dor. A terapia por ondas extracorpóreas
apresentou efeitos estatisticamente significantes. A fotobiomodulação, apesar de associada
a exercicios, diferente das outras duas modalidades, somente teve bons resultados a curto prazo.
São necessários mais estudos para se avaliar os reais efeitos deles antes de aplicá-los à condição
de artrose(SARDIM et al., 2020; EDIZ, OZGOKCE, 2018).
CONCLUSÃO
Os resultados deste estudo mostraram que o recurso mais utilizado no tratamento da
artrose de joelho em idosos trata-se da cinesioterapia, sendo eficaz na diminuição da dor,
melhora da ADM, otimização da funcionalidade e melhora da qualidade de vida. Quando
associado a recursos eletrotermofoterápicos, como o laser, ultrassom, TENS ou
Fotobiomodulação, os efeitos são potencializados. Em contrapartida, quando os recursos
eletrotermofoterápicos são utilizados de maneira isolada, os benefícios, a longo prazo, não são
sustentados em sua maioria. São necessários mais estudos para se avaliar os efeitos a médio e
longo prazo.
A reabilitação é um grande desafio, visto que, muitas vezes, há uma série de patologias
coexistindo ao mesmo tempo, podendo implicar em um prognóstico mais complicado. Antes
de escolher, a partir dos resultados desta revisão, qual a melhor técnica a ser utilizada para
determinado paciente, é indispensável uma avaliação minuciosa, que englobe os fatores
supracitados relacionados ao envelhecimento.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 18
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi realizada através da
consulta de artigos científicos publicados no período de 2016 a 2021 com o auxílio da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), veiculados nas bases de dados Literatura Latina-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online (MEDLINE) e Bases de Dados em Enfermagem (BDENF) utilizando
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Mediante os 10 artigos que compuseram a amostra, o quadro 1 abaixo demonstra a
distribuição dos manuscritos de acordo com o autor, ano de publicação e base de dados.
A pergunta que norteia esta revisão foi respondida a partir das informações dispostas
no quadro 1, no qual estão inseridos os posicionamentos dos autores de cada artigo selecionado
para a amostra final deste trabalho.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
effectiveness in the
perspective of the
parturient.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
reduz as taxas de cesarianas, essas práticas são utilizadas de acordo com as recomendações de
boas práticas para uma assistência humanizada durante o trabalho de parto.
A dor durante o trabalho de parto, influencia a percepção da parturiente acerca do parto
que resulta-se na resistência da adesão ao parto normal e favorece o surgimento de pensamentos
e experiências negativas acerca da parturição, de modo que dificulta a inserção dos métodos
não-farmacológicos, sendo assim, percebe-se que ao inserir os MNF durante o parto, contribui
para a redução da dor através da utilização da aromaterapia. A aromaterapia utilização
fragrância e óleos essenciais que contribuem para a regulação da frequência cardíaca e reduz
intercorrências durante o parto e favorece as contrações no primeiro período do parto que
substitui a analgesia farmacológica e contribui para uma melhor qualidade de vida da mulher
durante a gestação e parturição através de uma nova percepção acerca do parto, em decorrência
de acontecimentos agradáveis no parto de forma menos dolorosa. O banho morno também têm
a sua contribuição durante esse processo, onde a mulher sente menos dor e desconforto, e
sensação de relaxamento (MIELKE; SILVA, 2019).
Os enfermeiros obstetras durante o trabalho de parto garante que os direitos das
parturientes sejam respeitados e que haja a garantia de um parto humanizado através de práticas
holísticas que possibilite o empoderamento feminino durante o parturição, trabalhando sua
autonomia durante toda a gestação através de palestras e repasse de informações acerca de
métodos não-farmacológicos, violência obstétrica e como reconhecê-las, posições durante o
trabalho de parto e escolha da via de parto (ALVES et al., 2019).
O banho de aspersão é conhecido popularmente como "banho de chuveiro" que é muito
utilizado durante o parto para proporcionar relaxamento e tranquiliza a mulher, contribuindo
também na redução do estresse e sem colocá-la em risco em decorrência da realização de outros
procedimentos (DIAS et al., 2018).
HANUM (2017), aponta em seu estudos algumas estratégias acerca da inserção dos
MNF para auxiliar no trabalho de parto, tais como, a aromaterapia, banho morno, escalda pés,
musicoterapia entre outros. Estas estratégias possuem a finalidade de ofertar uma assistência
holística e humanizada de acordo com as boas práticas para assegurar a segurança da paciente
e do recém-nascido.
CONCLUSÃO
Os dados obtidos neste artigo afirmam que a utilização dos métodos não-
farmacológicos possuem diversos benefícios durante a parturição, que podem ajudar
significativamente na redução de dores durante o parto, relaxamento, alívio das contrações,
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 19
Kaline Silva Meneses, Cicera Eduarda Almeida de Souza, Maria Taís da Silva
Santos, Layanne Kelly Estrela Lima, Francisca Mayara Gabriel da Silva,
Giordana do Nascimento Nunes, José Guilherme Melo Silva, Letícia Freitas de
Castro Silva, Vinicia Rangel Pontes, Hellen Cristina Alves da Silva Lima,
Cícero Denilson Aurélio Soares e Mikael de Figueiredo Gonçalves
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
O centro cirúrgico é o local onde são realizados procedimentos anestésico-cirúrgicos,
tanto de caráter eletivo, ou seja, quando o tempo pode ser realizado com data prefixada pelo
paciente, ou de caráter emergencial, onde há risco de vida para o paciente (GUTIERRES, 2018;
SENA, 2013).
O trabalho no centro cirúrgico é marcado pelo desenvolvimento de práticas de
pequeno, médio e grande porte, além da atuação interdisciplinar de médicos, enfermeiros,
técnicos de enfermagem e auxiliares. Esse trabalho possui forte dependência da atuação
individual de alguns profissionais, mas também da necessidade do trabalho em equipe. Esse
cenário apresenta uma dinâmica peculiar de assistência em saúde, em função do atendimento a
uma variedade de situações e realização de intervenções invasivas (GUTIERRES, 2018).
De acordo com o Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP), o Brasil
possui uma estimativa de 227.225 mortes por ano relacionadas a Eventos Adversos (EAs)
evitáveis, representando a segunda maior causa de óbitos no país. Nos hospitais brasileiros, os
EAs mais prevalentes estão relacionados a cirurgias (33,2%); seguidos de eventos associados a
procedimentos médicos (30,5%); diagnósticos (9,5%); obstétricos (8,6%) e medicamentosos
(5,7%) (CASTRO, 2018).
Pela segurança do paciente, busca-se a redução e/ou atenuação de atos considerados
inseguros, além do emprego de melhores práticas, a fim de obter os resultados esperados
(HENRIQUES, 2016). No contexto das organizações de saúde, uma boa prática é aquela que,
por meio da correta aplicação de conceitos, técnicas ou procedimentos metodológicos, possui
uma fiabilidade comprovada para conduzir a um resultado positivo para o paciente. Para isso,
o desenvolvimento de boas práticas em saúde requer, além de evidências científicas e
fundamentos teóricos, a compreensão do ambiente e o contexto em que a assistência é
desenvolvida (GUTIERRES, 2018).
Desde a publicação do relatório do Institute of Medicine (IOM) com o título: To
err is Human: building a safer health system, ficou evidente a preocupação com a segurança
do paciente e o incentivo dos autores para uma atenção especial nessa área (KOHN,
CORRIGAN e DONALDSON, 2000).
E pensando nisso em 2004 a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Aliança
Mundial para a Segurança do Paciente que tem como objetivo de melhorar a segurança do
paciente por meio do fortalecimento de bases científicas incentivo a pesquisas com essa
temática, desenvolvendo normas e padrões internacionais, entre outras providências (WHO,
2004).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para apresentação dos artigos de amostra deste estudo, foi elaborado um quadro
contendo as principais informações: títulos, autores, país, ano de publicação e principais
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
operatório e pós-operatório. Além disso, foi identificado o checklist como principal estratégia
utilizada por profissionais de saúde para reduzir falhas e alcançar eficiência nos serviços
prestados (RIEGEL; JOSÉ, 2016).
A incorporação de práticas seguras, reflete diretamente na qualidade assistencial ao
paciente, observadas pelos pesquisadores, em 63,1% da amostra, evidencia que o uso do
checklist melhora a organização do CC, bem como, identifica precocemente falhas nos
diferentes momentos da assistência ao paciente cirúrgico, apresentando impacto direto na
redução de eventos adversos. O checklist deve ser aplicado com qualidade dentro das
conformidades institucionais (AMAYA et al., 2015).
Desta forma aumentando as chances de os pacientes receberem o tratamento com
padrões de cuidado efetivos. A lista de verificações traz um incremento positivo na
comunicação entre os profissionais do bloco cirúrgico, somando as responsabilidades atribuídas
a cada profissional, que realiza o checklist, portanto, deve-se atentar aos dez objetivos essenciais
da OMS para uma cirurgia segura. Os estudos ainda apresentam as estratégias desenvolvidas
pela equipe multiprofissional antes da incisão cirúrgica, segundo os estudos destacam-se: a
identificação do paciente, o sítio cirúrgico e o procedimento que será realizado é importante
dividir a verificação respectivamente pelas fases de operação. É importante ressaltar que uma
pessoa da equipe multiprofissional seja designada a liderar a lista de verificação (ARAÚJO e
OLIVEIRA, 2015).
Além disso, para que a lista de verificação seja bem sucedida destaca-se a
comunicação, visto que, um trabalho bem composto em equipe, nas unidades cirúrgicas
influenciam positivamente nas ações de segurança ao paciente, em (26) 3% dos estudos da
amostra, fato este, que concretiza sobre a importância da impessoalidade no trabalho coletivo
que fazem com que a segurança do paciente aconteça de maneira eficaz. Torna-se
imprescindível para o paciente cirúrgico que a assistência para a sua proteção seja satisfatória
na fase pré-operatória, transoperatória, durante a fase operatória e no pós-operatório
(FAGUNDES et al., 2021; CRISTINA et al., 2020; PEREIRA et al., 2020; GARCIA e
OLIVEIRA, 2017; GUZZO et al., 2015).
Ainda assim, evidenciou-se que para a redução de danos ao paciente é essencial a
cooperação da equipe na monitorização do ambiente cirúrgico em que deve-se atentar à limpeza
do ambiente e organização dos materiais estéreis. A cultura da equipe multiprofissional e seus
padrões de comunicação é o que define a qualidade das habilidades dos profissionais. (GUZZO
et al., 2015).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
O percurso desta pesquisa teve como objetivo geral identificar na literatura científica, as
estratégias utilizadas para a promoção da segurança do paciente no ambiente cirúrgico.
Priorizou-se esse campo de investigação, pelo fato de existirem dificuldades e lacunas no
conhecimento sobre as doenças e na adesão dessas medidas de segurança pelos profissionais de
saúde desse cenário.
Tal objetivo delineado fora alcançado permitindo demonstrar que a existe a lista de
verificação para a segurança do paciente, e que o checklist é o caminho para uma cirurgia
segura. Na trajetória da análise deste estudo, foi possível perceber também que fatores
organizacionais e o trabalho em equipe são imprescindíveis para a segurança do paciente no
CC.
Todavia, foi possível evidenciar por meio da literatura científica, a importância da
incorporação de práticas seguras. Entretanto, sugere-se que para tal realização, a adesão do
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS
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GAMA, C. S. Uso do Checklist de cirurgia segura da Organização Mundial da Saúde como
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 20
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Afeta mais pacientes com idade avançada, anoréxicos, com predisposições genéticas,
pacientes do gênero feminino, pacientes pediátricos menores de 10 anos. A manifestação
clínica da mucosite oral apresenta eritema da mucosa, pequenas lesões, ardência e ulcerações.
Podendo evoluir para lesões ulcerativas profundas e dolorosas em toda a mucosa oral, que
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O manejo adequado da mucosite oral é essencial para melhorar a qualidade de vida dos
pacientes, reduzindo o tempo de hospitalização ou tratamento ambulatorial. A laserterapia de
baixo intensidade, também chamada de terapia de fotobiomodulação, é um tratamento não
invasivo para prevenção e tratamento da mucosite, ao qual corresponde a uma aplicação
simples na mucosa de uma fonte de luz monocromática de alta densidade de banda estreita
com comprimentos de onda (630- 830 nm), que apresenta um efeito citoprotetor. A
fotobiomodulação é eficaz na prevenção e tratamento da mucosite. Os efeitos analgésicos e
antiinflamatórios da fotobiomodulação aceleram o tratamento de feridas (GOBBO et al.,
2018;de PAULI PAGLIONI et al, 2019;. LEGOUTÉ et al., 2019; KUSIAK et al., 2020).
A mucosite oral ocasiona incômodo e dor ao paciente, reduzindo fortemente a sua
qualidade de vida, pois gera um efeito negativo no conforto físico, emocional e social dos
pacientes, com o aumento dos sintomas da mucosite. Pacientes que sofrem de mucosite oral
geralmente requerem mais hidratação, nutrição, controle da dor e hospitalização, em
comparação aos pacientes sem sintomas de mucosite oral grave, que podem ser tratados em
ambulatório (GOBBO et al., 2018; KUSIAK et al., 2020; MENEZES et al., 2021).
A terapia a laser é realizada com o aparelho Laser DMC Therapy EC, equipamento de
Laser Terapêutico sem fio, desenvolvido para biomodulação a respostas inflamatórias, ação
analgésica, aceleração de processos de cicatrização e combate aos radicais livres de oxigênio.
Seus dois diodos lasers emitem luz no comprimento de onda Vermelho (660 nm) e
Infravermelho (808 nm) na potência de 100 mW. O dispositivo produz laser infravermelho
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
pulsado GaAs com comprimento de onda de 904 nm, potência de pico de 25 W, duração de
pulso de 200 ns e densidade de energia de 1 J / cm 2 . A calibração do dispositivo a laser é
realizada de acordo com as especificações delineadas pelo manual de serviço do fabricante
antes de cada sessão. O tratamento com laserterapia é realizado em média 6 dias / semana
desde o início da mucosite até o final da quimioterapia. A laserterapia é aplicada em cada
ponto por 1 minuto com densidade de energia de 3 J / cm 2 (de PAULI PAGLIONI et al.,
2019; KUSIAK et al., 2020).
Este estudo busca realizar uma análise bibliográfica, em artigos científicos publicados
nos últimos 05 anos, referente a estudos sobre a avaliação da eficácia do PBM-T, ou associado
com a terapia fotodinâmica (TFD), para o tratamento da mucosite oral em pacientes
oncológicos, levando em consideração o custo e benefícios ao paciente durante o período de
tratamento ambulatorial ou hospitalar.
METODOLOGIA
Foi realizada uma busca nos bancos de dados Pubmed/Medline, Scielo e Portal
Periódico Capes, foram pesquisadas as palavras-chave: “Photobiomodulation”; “Cancer”;
“Stomatitis”; “Chemotherapy”; “Radiotherapy”; “Oral mucositis” em um período que vai
de 2016 a 2021, selecionando 10 artigos na íntegra para esta revisão bibliográfica.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
(OMS, 1979)
Outra forma de avaliação da Mucosite Oral, menos utilizada, é baseada nos critérios
preconizados pelo National Cancer Institute (NCI) (Tabela 01.). A classificação nesta escala
ocorre conforme a avaliação da funcionalidade e sintomas ou avaliação do exame clínico:
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
(PEREIRA, 2020)
Somos concordes que a fotobiomodulação leva a uma rápida melhora da mucosite oral,
devido a desinfecção bacteriana e cicatrizante da cavidade oral conseguida com o TFD,
desempenhando um papel adjuvante no tratamento da mucosite. A remissão dessas lesões reduz
a dor e auxilia no retorno de uma nutrição adequada ao paciente. A associação da TFD + PBM-
T pode ter uma influência positiva na sobrevivência e manutenção da qualidade de vida dos
pacientes durante o tratamento oncológico. Segundo o estudo de PINHEIRO et al., 2019, de
PAULI PAGLIONI et al., 2019 e GOBBO et al., 2018, houve uma redução significativa no
tempo de cura e diâmetro da lesão de mucosite oral, com a utilização da TFD, em comparação
com o TFD associado ao PBM-T. Ambos PBM-T e TFD associado com PBM-T demonstraram
ser eficazes no tratamento da MO, beneficiando os pacientes com alívio da dor e menos
disfagia, resultantes da radioterapia e/ou quimioterapia. O TFD associado com PBM-T resultou
numa diminuição do tempo de cicatrização da MO em até 05 dias comparado com PBM-T.
Estudos atuais confirmam a eficácia científica do uso do TFD e PBM-T no controle da mucosite
oral, possuindo ação profilática, aliviando dos sintomas e reduzindo a incidência e grau de
severidade da mucosite, por meio da aceleração dos processos de reparação e regeneração
tecidual, reduzindo a sintomatologia dolorosa (LEGOUTÉ et al., 2019; OLIVEIRA et al.,
2020).
CONCLUSÃO
Por meio desta revisão integrativa, corroboramos que tem sido frequentemente
demonstrado na literatura: a laserterapia de baixa potência e a fotobiomodulação. Estes, são
eficazes no manejo clínico da mucosite oral, como forma preventiva e terapêutica. A
diminuição dos efeitos colaterais na cavidade bucal advindos do tratamento antineoplásico,
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
melhoram a qualidade de vida dos pacientes oncológicos acometidos pela mucosite oral.
Contudo, a individualidade de cada paciente deve ser considerada, em busca de prognósticos
favoráveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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photobiomodulation for prevention of oral mucositis: retrospective outcomes and safety
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 21
Alexia Simas Varela Leão, Aline do Nascimento Brandão, Ana Beatriz da Silva Santos
e Kelly Soares Farias
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A endocardite é uma inflamação que acomete a superfície do endotélio cardíaco,
afetando, principalmente, os folhetos das valvas cardíacas, como as valvas mitral, aórtica,
tricúspide e pulmonar, além de em menor proporção, as estruturas de suporte em qualquer parte
do endocárdio (AHA, 2015). Apesar dos avanços da medicina nos métodos de diagnósticos e
de tratamento, a endocardite continua sendo uma condição clínica de elevada morbimortalidade
(WANG ET AL ET AL, 2020). A endocardite pode ser classificada em endocardite infecciosa
(EI) e endocardite não infecciosa (NIE), baseado no fato de ter como causa um agente
infeccioso ou não (AHA,2015).
A NIE refere-se à formação de trombos estéreis de plaqueta e fibrina nas valvas
cardíacas e no endocárdio adjacente, em resposta aos traumas, imunocomplexos circulantes,
vasculite, fatores químicos, imunológicos (Libman-Sacks, doença pós-reumática, síndrome
hipereosinofílica ou lúpus eritematoso sistêmico) ou ocasionado diretamente por fluxo
sanguíneo turbulento que pode danificar mecanicamente o endocárdio (endocardite trombótica
não bacteriana). Ademais, é observada em estados hipercoaguláveis ou malignidades
(endocardite trombótica/marântica não bacteriana) (UMEOJIAKO,2019).
A EI, por sua vez, acontece quando há a proliferação de microrganismos no endotélio
cardíaco a qual ocasiona o acúmulo de detritos celulares, material trombótico e a formação de
vegetações, que tendem a produzir êmbolos sépticos, abscessos e destruição do endotélio
cardíaco (JS et al,2000). O agente infeccioso pode vir mediante a implantação de dispositivos
intracardíacos ou intravenosos, condições imunossupressoras como diabetes, hemodiálise e uso
de drogas intravenosas, tendo como principais agentes etiológicos espécies de Staphylococcus,
como Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis, e espécies de Streptococcus, sendo
as principais Enterococcus faecalis, Viridans streptococcus, Group B-beta hemolytic
streptococcus e Streptococcus pneumoniae (MILLAR E MOORE,2004).
A EI é o tipo mais prevalente das endocardites (SUNIL et al, 2019). Nas últimas duas
décadas, com a melhora da expectativa de vida, com o aumento do uso de dispositivos de
implante cardíaco e a frequência em procedimentos invasivos, a epidemiologia da EI em países
desenvolvidos como a Europa e os Estados Unidos mudou significativamente: cresceu o
número de pacientes mais velhos com EI, a endocardite relacionada ao dispositivo cardíaco e a
endocardite da válvula protética (EVP) aumentaram consideravelmente, e os estafilococos
tornaram-se o patógeno mais predominante em países desenvolvidos, em decorrência do uso
indiscriminado de antibióticos (SANTOS et al, 2019). No Brasil, por sua vez, a principal causa
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
é a doença valvar reumática, a qual tem como principal agente etiológico o streptococcus
viridans. Atualmente, a incidência anual de 3-10 casos/ 100.000 habitantes e a alta mortalidade
são acompanhadas de graves complicações (SANTOS, et al, 2019). Estudos realizados entre
2016-2021, mostraram que a EI é mais comum nos homens, com média de idade de 55,1 anos
(±10,25), e a NIE é mais prevalente entre as mulheres, sendo a idade média de 76 anos
(METAXA,2019).
Clinicamente, a NIE e a EI apresentam sinais e sintomas semelhantes e por isto é difícil
diferenciá-las. Em muitos casos, a hipótese diagnóstica de EI associada à assistência à saúde é
negligenciada entre pacientes idosos com múltiplas comorbidades devido à baixa
especificidade da apresentação clínica usual (BUSSANI et al, 2019). O diagnóstico, quando
negligenciado, pode gerar complicações cardíacas e extra cardíacas de EI ou NIE, sendo
responsáveis por uma morte súbita. Devido a essa dificuldade de diagnóstico, a endocardite
geralmente só é descoberta durante a autópsia (AHA, 2015).
O diagnóstico de EI dá-se por meio dos critérios de Duke, estabelecidos no ano 2000 e
que abrange critérios ecocardiográficos, biológicos, achados clínicos, hemocultura e sorologia,
os quais são divididos em critérios maiores e menores. Caso o paciente apresente 2 critérios
maiores ou 1 critério maior e 3 menores ou 5 critérios menores, é feito o diagnóstico positivo
para a EI. Apesar da sensibilidade e especificidade dos critérios de Duke estarem próximo de
80%, eles não devem substituir o julgamento clínico (JS et al, 2000). O quadro abaixo expõe
os critérios maiores e menores da classificação de Duke. (SANTOS et al, 2019)
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
exposição passiva ao cigarro, doença cardíaca isquêmica, hipertensão arterial sistêmica, câncer
de pulmão avançado, de ovário, de pâncreas, de cólon, de próstata e no sistema biliar
(UMEOJIAKO,2019).
Com o aumento da expectativa de vida, há um consequente aumento da incidência da
endocardite, visto que o público mais atingido são os idosos. Dessa forma, aumenta-se o risco
de morbimortalidade dessa população. Neste sentido, atentar-se, precocemente, para esta
hipótese diagnóstica é um dos temas em constante debate na prática clínica diária. Um dos
caminhos que podem ser percorridos é promover a educação da população frente a EI,
incentivando a propagação de informações sobre as características epidemiológicas, dos fatores
de risco modificáveis e não modificáveis, das comorbidades clínicas associadas e da busca de
atendimento multidisciplinar especializado.
No que concerne ao tratamento da EI, o farmacológico normalmente varia de quatro a
seis semanas e consiste em antibioticoterapia. Entretanto, em alguns casos, o tratamento é
cirúrgico (WANG et al,2020). A cirurgia cardíaca é um componente importante no tratamento
de 40 a 50% dos pacientes com EVP. A indicação para cirurgia tem como base as complicações
relacionadas à patologia intracardíaca e na incapacidade de sanar a infecção com tratamento
antimicrobiano (KIM et al, 2016). Segundo a American Heart Association (2015), a cirurgia
precoce é recomendada para pacientes com EVP com sinais ou sintomas de insuficiência
cardíaca (IC), EI complicada por bloqueio cardíaco, abscesso anular ou aórtico ou lesão
penetrante destrutiva, EVP causada por fungos ou outro organismo altamente resistente,
bacteremia persistente apesar da antibioticoterapia apropriada por cinco a sete dias e/ou
exclusão de outros locais de infecção.
Além disso, existem protocolos específicos para cada perfil de pacientes (WANG et al,
2020). Os pacientes com EI devido a microrganismos bucais comuns devem ser submetidos a
uma avaliação odontológica completa. Já para pacientes com EI devido a estreptococos do
grupo D, a colonoscopia deve ser feita devido à associação entre esses organismos e a neoplasia
do cólon. Já em indivíduos com cateter intravascular que desenvolvem EI, a remoção do cateter
é justificada. E, por fim, os pacientes que usam drogas injetáveis devem ser oferecidos e
inscritos em programas de tratamento e aconselhamento anti-dependência.
Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi revisar a literatura sobre a endocardite
infecciosa para caracterizar a população quanto às suas características demográficas,
apresentação clínica, comorbidades e fatores de risco. Nossa perspectiva é contribuir com uma
melhor abordagem da endocardite infecciosa, na tentativa de auxiliar a comunidade para o
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A pesquisa teve início
em março de 2021 e foi concluída em julho de 2021, onde foram definidos, inicialmente, os
descritores consultados no Medical Subject Headings (MeSH) e no Descritores em Ciências da
Saúde (DECs). Os termos definidos através dos descritores foram “Endocardite”, “Endocardite
Bacteriana” e “Endocardite infecciosa", acrescidos dos operadores booleanos AND ou OR para
formar a estratégia de busca. Sendo utilizados os descritores em inglês e em português.
Conseguinte, foram estabelecidos os critérios de elegibilidade, divididos em critérios de
inclusão e exclusão. Foram incluídos artigos nos idiomas inglês e português, publicados entre
os anos de 2015 e 2021 e que fossem estudos observacionais retrospectivos, prospectivos e
ensaios clínicos associados ao tema em questão. Quanto aos critérios de exclusão, foram
excluídos artigos de revisão literária, relatos de caso, artigos não disponíveis na íntegra,
duplicatas ou estudos que tivessem resultados inconclusivos em suas pesquisas.
Em seguida à escolha da estratégia de busca, buscou-se artigos publicados em revistas
indexadas sobre a temática escolhida nas seguintes bases de dados: Literatura Científica e
Técnica da América Latina e Caribe (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online (MEDLINE), Serviço da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos
para acesso gratuito ao Medline (PubMed), The Scientific Electronic Library Online (ScieLo)
e UpToDate.
Durante a seleção dos artigos, no processo de leitura dos títulos e ainda na fase de
triagem dos artigos satisfatórios, foram analisados os resumos e os artigos disponíveis na íntegra
para compor a revisão. Por conseguinte, realizou-se a constituição de um banco de dados único.
Como método de extração dos dados dos artigos que compõem o estudo, utilizou-se o
software de planilhas do Google Docs. Por meio de uma tabela, todas as informações relevantes
para a pesquisa foram extraídas. Dessa forma, foi descrita as características relacionadas aos
participantes (faixa etária, sexo), tipo de endocardite (infecciosa, que englobam os agentes
etiológicos bacterianos e fúngicos), fatores de risco, comorbidades, intervenções médicas
(cirúrgicas e/ou medicamentosas) e localidade do estudo em questão.
Quanto à exposição dos resultados, a média e o desvio padrão das características
extraídas foram feitas.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultado da busca detalhada nas bases de dados LILACS, MEDLINE/ PubMed,
SciELO, UpToDate, foram encontrados e selecionados 1034 artigos relevantes para leitura
completa do título e resumo. Destes, 25 artigos cumpriram os critérios de elegibilidade e foram
selecionados para a extração dos dados, como detalhados no Fluxograma abaixo (Figura 1).
Assim, os 25 estudos eleitos para compor esta revisão foram extraídos da base de dados
Scielo (n=13) e Medline (n=12) e 72% (n=18) dos artigos foram do tipo retrospectivo, 16% (n=
4) foram do tipo observacional e 12% (n=3) foram do tipo prospectivo. Em termos de ordem
cronológica, 2 artigos foram publicados no ano 2021, 9 no ano de 2020, 8 no ano de 2019, 2 no
ano de 2018, 1 no ano de 2017 e 3 no ano de 2016.
Os estudos analisados contemplaram um total de 11.146 participantes com a EI (média
de 398 participantes). Dentro desta amostra, 64,46% (n=7.185) eram do sexo masculino e
35,54% (n=3.961) do sexo feminino. A idade dos participantes variou de mais de 18 anos até
83 anos, o que mostra grande variabilidade no que concerne às características etárias entre os
trabalhos. Alguns trabalhos (n=4) não foram específicos quanto à idade dos indivíduos. Dos
trabalhos que reportaram as médias de idade, encontramos uma idade média de 54,6 (±10,23)
anos dos indivíduos aqui inclusos. Este perfil dos indivíduos (idade e sexo) está de acordo com
o que está na literatura: homens com a faixa etária dos 47 aos 69 anos (CABELL et al, 2002;
HOEN et al, 2002; ROCHA et al., 2009; MELO et al, 2017; METAXA,2019; WANG et
al,2020).
Onze artigos descreveram o patógeno responsável pela EI. Destes, 81,81%
mencionaram o Staphylococcus sp. como o agente principal. Outras espécies citadas foram a
Pseudomonas aeruginosa e o Enterococcus spp em 18,1% dos artigos e, apenas 9%, mencionou
a E. Coli. Os agentes menos frequentes foram a Klebsiella e a Serratia. (GURSUL et al, 2016;
REN et al, 2019; SUNIL et al, 2019; PAZDERNIK et al, 2021; ZHENZHU et al, 2020; LIN et
al, 2019; BURGOS et al, 2019; DAMASCO et al, 2019; MACIEL et al, 2021; BLANCHARD
et al, 2020)
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
utilização de drogas endovenosas (MELO et al, 2017). A literatura da área é concordante com
tais resultados (BRASIL et al, 2020; LIN et al, 2019; SUNIL et al, 2017)
Dessa forma, o médico generalista precisa ter conhecimento dos principais fatores que
interferem e aumentam a chance do surgimento da EI, os quais englobam valvopatias, doenças
reumáticas, alterações degenerativas e prolapso mitral com insuficiência valvar, prótese valvar,
cardiopatia congênita cianótica e o uso de dispositivos implantados (MARQUES et al, 2019).
Este grupo de indivíduos apresenta um maior risco de complicações, maior mortalidade e
necessidade cirúrgica mais frequente, bem como maior monitoramento (THUNY e HABIB,
2010; MURDOCH et al, 2009).
Em relação aos fatores de risco modificáveis, o médico generalista pode compor uma
equipe multidisciplinar com nutricionistas, educadores físicos, psicólogos, assistentes sociais a
fim de educar a população e modificar os hábitos prejudiciais à saúde da população. Para isso,
deve se montar um plano de ação, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), as
quais, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020,
53,8% dos usuários não têm um trabalho e 64,7% apresentam renda domiciliar per capita
inferior a um salário-mínimo, além de 32,3%, inseriam-se na faixa de 1 a 3 salários mínimos,
demonstrando que grande parte da população atendida tem baixo poder econômico e
informacional que influenciam no adequado e saudável estilo de vida.
Nesse contexto, com a finalidade de reduzir a incidência de hiperlipidemia, o tabagismo
e o etilismo, é preciso buscar medidas educacionais, informacionais, de promoção, proteção e
prevenção em saúde. Como se sabe, a hiperlipidemia é uma doença multifatorial, que depende
tanto de fatores genéticos, quanto de fatores ambientais, em especial, do estilo de vida
(obesidade, alimentação, sedentarismo, etilismo), além de poder ser secundário a outras
condições, como diabetes mellitus e doenças cardíacas. O aumento do nível de colesterol no
sangue está diretamente associado aos eventos cardiovasculares, entre elas a EI, e,
consequentemente, com a elevação do risco de morte, como já observado na literatura. A
modificação dessa variável deve-se expandir para além das orientações higiene-dietéticas
(“faça caminhadas”, “se exercite”, “se alimente bem”, “coma mais frutas e verduras”, “beba
moderadamente”) feitas pelo profissional de saúde, deve-se buscar mudanças no estilo de vida
por meio de programas de promoção de saúde, rodas de conversa com a comunidade sobre
saúde e alimentação, suporte psicológico, atividades físicas em locais abertos próximo a UBS
com usuários com dislipidemia, obesidade, diabetes mellitus, tabagistas, etilistas e hipertensos,
executadas pela equipe multidisciplinar da Atenção Primária à Saúde (FALUDI, 2017). A
presença de um educador físico nas Unidades de Saúde, para orientação quanto à prática
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Na atualidade, a endocardite infecciosa encontra-se entre as condições clínicas que
apresentam uma alta taxa de morbimortalidade no mundo. Neste sentido, faz-se necessário
acelerar o processo de diagnóstico, o entendimento dos fatores de risco modificáveis e não
modificáveis determinantes para etiologia e evolução da EI, bem como dos fármacos, das
recomendações cirúrgicas e das suas técnicas. Assim, a comunidade científica, a comunidade
médica e a população ficarão mais cientes e conscientes sobre a elaboração de estratégias de
prevenção da patologia e com isso, reduzir o impacto da EI na qualidade de vida das populações
atingidas.
A EI é o tipo mais prevalente das endocardites e os seus fatores de risco se relacionam
com cardiopatias prévias, sendo a maior parte dos fatores de risco os não modificáveis e não
preveníveis. Entretanto, os fatores de risco modificáveis apresentam-se como agravantes da EI
e é imprescindível buscar formas de proteção, promoção e prevenção de saúde, por meio de
medidas educativas higieno-dietéticas, mudanças no estilo de vida por meio de rodas de
conversa com a comunidade sobre saúde e alimentação, suporte psicológico, atividades físicas,
cessação do tabagismo, etilismo e controle de dislipidemia para reduzir a incidência desta
enfermidade.
As limitações encontradas nesta revisão integrativa da literatura incluíram,
principalmente, questões metodológicas como a falta do detalhamento das características
sociodemográficas dos indivíduos, falta de padronização quanto à exposição dos dados
referentes à condição clínica da EI, fatores de risco (modificáveis e não modificáveis),
comorbidades e intervenções.
Apesar dessas limitações, esta revisão integrativa serviu para mostrar a sensibilidade
que os profissionais de saúde que atuam neste segmento e da população em geral têm que ter
sobre EI, tendo em vista a complexidade de se realizar seu diagnóstico. Além disso, essa revisão
ratificou a importância de se identificar, clinicamente e precocemente, os fatores de risco
modificáveis a fim de melhorar os desfechos, apesar da gravidade da doença. Outrossim, torna-
se necessário o aprimoramento de trabalhos como este para a avaliação das notificações em
saúde pública e elaboração de medidas preventivas que combatam a evolução da endocardite
infecciosa
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 22
potencial terapêutico.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
1. INTRODUÇÃO
A funcionalidade das diversas plantas medicinais é muito explorada pela humanidade.
Desde os primatas às sociedades atuais, a botânica vem ganhando cada vez mais espaço,
tornando-se necessária. A extensa aplicabilidade da fitoterapia tornou-se objeto de estudo da
ciência, graças aos seus potenciais terapêuticos, características que a tornaram marco da
medicina primária. As plantas medicinais são usadas de diversas formas e a sua atuação em
processos de cicatrização é algo ainda considerado novo e promissor (BRUNING et al., 2012;
SARANDY et al., 2018).
A cicatrização é um processo de reparo tecidual biológico e complexo que apresenta
quatro fases: hemostasia, inflamação controlada, formação de tecido novo e remodelação,
existindo vários medicamentos capazes de acelerar ou induzir esse processo - por vezes
delicado e demorado, a depender de como ocorreu a injúria tecidual e o tipo de tecido lesionado.
Inúmeros mecanismos bioquímicos acontecem e a formação da cicatriz é o ponto principal de
todo esse processo. A mudança tecidual é percebida pela ação celular, visto que há atuação de
diversos fatores, como renovação celular, ganho e perda de colágeno, revascularização,
recrutamento de células de defesa, liberação de citocinas e a formação da cicatriz (SARANDY
et al., 2018).
Por apresentarem benefícios nas fases de cicatrização e serem de fácil acesso à
população, os fitoterápicos são uma alternativa aos medicamentos convencionais. Portanto,
houveram avanços no reconhecimento do método fitoterápico em decorrência dos diversos
estudos realizados até os dias atuais, os quais, analisaram seu real efeito anti-inflamatório,
antioxidante e cicatrizante, o que contribuiu de forma científica com a população e enriqueceu
ainda mais as possibilidades de tratamento (LEITE et al., 2015).
Apesar do uso entre gerações com base no conhecimento popular, a utilização de plantas
com propriedades cicatrizantes vem sendo testada com mais cautela, uma vez que torna-se
imprescindível o conhecimento e preparo para manuseio pelos profissionais da saúde. Além
disso, é importante a análise do possível poder de toxicidade que elas podem trazer quando
usadas de forma leiga e indiscriminada (BRUNING et al., 2012; SARANDY et al., 2017).
Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar diferentes pesquisas realizadas com plantas
que demonstram efeitos cicatrizantes, sob a perspectiva de estudos distintos.
2. METODOLOGIA
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Leitura completa
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¹Adaptado do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analyses – PRISMA.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As feridas por cortes cirúrgicos são classificadas em diferentes estágios e seu processo
de cicatrização varia de uma para outra, sendo que fatores como, por exemplo, histórico clínico
do paciente, podem retardar a sua ocorrência. A forma de manejo dessas feridas pode acarretar
mudanças psicossociais na vida do indivíduo e causar um impacto indesejado. Assim, a
importância do cuidado com cicatrizes mais delicadas se destaca pela possibilidade dessas
evoluírem para um quadro de lesão cutânea grave ou até mesmo pela cicatrização natural não
se desenvolver de forma esperada, gerando uma cicatriz de tecido frágil e pouco resistente
(SOUZA, 2016; SARANDY et al.,2018).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
e com creme base do óleo-resina extraído da casca da copaíba 10%. O exame microscópico e o
acompanhamento das lesões, demonstrou um aspecto clínico sem redução no período de
cicatrização. Dessa forma, a pesquisa não evidenciou impactos que demonstrem ação
cicatrizante superior com o uso da planta.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
que em 10 dias, houve o fechamento completo. Dessa forma, com o processo similar, utilizando
as quatro soluções, não há evidências que comprovem vantagens superiores na utilização das
plantas Psidium guajava e Myrciaria cauliflora.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
no metabolismo do ácido araquidônico. Além disso, possui outros compostos, como: terpenos
e saponinas, que trabalham contra agentes oxidantes prejudiciais ao processo de cicatrização; e
hidroxicamptotecina, que é altamente eficaz contra o surgimento da cicatriz, por inibir a
formação desordenada de fibroblastos. Acerca dessa planta, Hormozi e Baharvand (2019),
realizaram uma pesquisa, concluindo que o extrato da mesma causa mudanças no padrão de
TGF-beta1 e bFGF em fibroblastos, induzindo o fechamento de feridas e reduzindo o
surgimento de cicatriz.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
com bordas afastadas, não atingindo a camada muscular, discreto edema, células inflamatórias
e tecido de granulação. O G1 apresentou persistência da ulceração, não atingindo a camada
muscular, com alta atividade fibroblástica e rede vascular. No G3, as lâminas dos animais
apresentaram ulcerações na mucosa que não atingiram a camada muscular (NASCIMENTO
JÚNIOR et al., 2016).
Com 14 dias de experimentação, o G4 apresentou úlceras profundas com infiltrado
inflamatório crônico. O G1 apresentou reepitelização com queratinização e áreas com
degeneração hidrópica. O G2 apresentou pequena fibrose e reepitelização com epitélio bem
diferenciado. O G3 apresentou epitélio bem diferenciado, hiperplasia e área sugestiva com
acantose. Somente o G2 apresentou papilas (NASCIMENTO JÚNIOR et al., 2016).
Diante disso, os produtos da romã apresentaram efeito sinérgico local e sistêmico, o que
contribuiu para a cicatrização completa das úlceras de língua no G2. Além disso, o bochecho
do chá da casca e a ingestão da polpa foram eficazes no tratamento de afecções nas línguas dos
animais, comprovando o efeito anti-inflamatório, bem como sua utilização em úlceras bucais
(NASCIMENTO JÚNIOR et al., 2016).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
homens tratados com folhas de gel de silicone; 19 mulheres e 01 homem com extrato de cebola
e Aloe vera). A dor e a coceira diminuíram nos grupos dos dois extratos, sem relatos de efeitos
adversos. Os pacientes que foram tratados com extrato de cebola e Aloe vera tiveram
pigmentação diminuída, podendo ser benéfico para pacientes que têm preocupações cosméticas
de pigmentação. Dessa forma, torna-se evidente que o uso do extrato de cebola e Aloe vera ou
folhas de gel de silicone previnem a formação de queloides e a hipertrofia de cicatrizes.
4. CONCLUSÃO
O reparo de feridas possui um significado importante no contexto da saúde
populacional, sendo que a aceleração desse processo de restauração da integridade funcional e
anatômica tecidual tem sido alvo de buscas crescentes a fim de estabelecer novos tratamentos
e aumentar a qualidade de vida dos lesionados. Dado o exposto, o uso de fitoterápicos
representa uma alternativa promissora e democrática para esse tipo de cura, uma vez que o rol
de plantas é amplo e as possibilidades de investigação, igualmente proporcionais.
Diante dos achados nesta pesquisa bibliográfica, conclui-se que o uso das plantas
medicinais com fins cicatrizantes, se apresentou, na maior parte da literatura estudada, com
algum efeito favorável, manifestando, majoritariamente, potenciais anti-inflamatórios e
antioxidantes. Logo, visando contribuir com a cicatrização de lesões a partir de terapias naturais
seguras, e considerando que a maioria dos trabalhos são experimentais - por meio de animais
em laboratório, sugere-se mais explorações acerca do tema, com novas metodologias e
evidências, que cooperem para a utilização racional da atividade farmacológica botânica.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 23
Suzana Cássia Feltrin Alves, André Vieira, Camila Melo de Freitas, Camilla
Leite Fernandes de Andrade, Carla Larissa Cunha Sottomaior, Fernanda Jorge
Martins, Fernando de Paiva Melo Neto, Frederico Augusto Oliveira Teixeira,
Gabriele Rânia Garcia Martins, Giovanna Alves de Souza, Gláucia Maria
Senhorinha, Letícia Lacerda Burity, Luiza Telles de Andrade Alvares, Victor
Barbosa Assis e Vinícius Vieira Leandro dá Silva
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define idoso como todo indivíduo que tenha
60 anos ou mais. Esta classe populacional apresenta acentuada velocidade de crescimento e
gera um aumento da prevalência de doenças crônico-degenerativas (FRANCO et al., 2016).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em modelos de
projeção, estimou que 13% da população brasileira apresentava 60 anos ou mais em 2018, o
que correspondia a 19,2 milhões. Contudo, projeta-se que, em 2060, o país terá mais pessoas
mais idosas do que jovens, aumentando ainda mais a incidência de patologias que possuem
relação direta com a idade, como a osteoporose (PETERLE et al., 2020).
Neste escopo, a fratura do fêmur vem se tornando um dos principais problemas de saúde
no Brasil e no mundo, reflexo do envelhecimento populacional mundial em curso ao longo das
últimas décadas. Evidências apontam que a incidência das fraturas do fêmur proximal sofreu
aumento significativo nos últimos anos, podendo ser duplicada nos próximos 25 anos
(PETROS, FERREIRA e PETROS, 2017; MADEIRAS et al., 2019).
Este tipo de fratura em idosos representa uma condição de alta morbidade e mortalidade,
além de comprometer a qualidade de vida, ao afetar o equilíbrio físico, mental, funcional e
social (OLIVEIRA e BORBA, 2017; PETROS, FERREIRA e PETROS, 2017).
Nesse sentido, fatores inerentes à senilidade que corroboram para o aumento das quedas,
e que predizem quedas futuras quando frequentes, são a função muscular insuficiente e o baixo
desempenho físico (PETERLE et al., 2020). Os principais fatores associados à mortalidade após
a fratura são a idade, as comorbidades, o estado cognitivo, o tempo de espera entre a fratura e
a cirurgia e o tipo de anestesia usada. No entanto, é controverso o tempo de espera para cirurgia
como risco para o óbito (FRANCO et al., 2016).
As fraturas ósseas são definidas como a alteração da estrutura morfológica do osso de
forma que haja perda de continuidade. Geralmente, origina-se por um trauma único, de grande
impacto sobre o osso previamente hígido, com energia acima da capacidade de sua resistência
e dos mecanismos de absorção de energia ou por trauma repetido com pouca energia. O perfil
dos pacientes com estes eventos são indivíduos idosos, mulheres pós menopausa ou pacientes
que apresentam osteoporose, além de fatores de risco conhecidos, como sexo feminino,
menopausa precoce e estilo de vida sedentário (MOTTA FILHO; BARROS FILHO, 2018;
OLIVEIRA e BORBA, 2017).
Outros fatores de risco para osteoporose e fraturas de fêmur são dados antropométricos,
fratura prévia, história familiar, tabagismo, alcoolismo, uso prolongado de
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
Estudo epidemiológico de corte transversal através de análise quantitativa e qualitativa
das notificações de internações por fraturas de fêmur em idosos na faixa etária de 80 anos ou
mais residentes do município de Botucatu-SP do período de outubro de 2016 a outubro de 2021.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS
No período analisado, foi notificado pelo SIH/SUS o total de 222 internações por fratura
do fêmur em idosos pertencentes à faixa etária de 80 anos ou mais, em ambos os sexos, no
município de Botucatu-SP (Tabela 1).
Deste total, o ano de 2019 apresentou o maior número de internações, com 50 (22,52%),
seguido do ano de 2020, com 46 (20,72). O ano de 2016 obteve o menor número de internações,
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Tabela 1. Internações por fratura de fêmur em idosos com 80 anos ou mais por ano de atendimento no município
de Botucatu-SP entre out/2016 e out/2021.
Variável N %
Ano de atendimento
2016 17 7.66
2017 40 18
2018 43 19.37
2019 50 22.52
2020 46 20.72
2021 26 11.71
Total 222 -
No tocante à variável cor/raça, observou-se que a cor/raça branca teve predomínio nas
internações por fratura de fêmur em relação às demais, com 205 (92,34%) do total de
notificações. A segunda maior foi a parda, representando 4,95% das internações. Por fim, a
cor/raça amarela foi aquela com menor número de atendimentos no período, com 0,45%,
seguida da preta, 0,9% (Tabela 2, Figura 2).
Tabela 2. Internações por fratura de fêmur em idosos com 80 anos ou mais por cor/raça no município
de Botucatu-SP entre out/2016 e out/2021.
Variável N %
Cor/raça
Preta 3 1.35
Parda 11 4.95
Amarela 1 0.45
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Total 222 -
Além disso, através da análise quantitativa dos dados obtidos, pode-se observar que as
internações em decorrência de fratura de fêmur na população acima de 80 anos ou mais foi
maior no sexo feminino, com 81,08%, contra 18.92% do sexo masculino (Tabela 3).
Tabela 3. Internações por fratura de fêmur em idosos com 80 anos ou mais por sexo no município de Botucatu-
SP entre out/2016 e out/2021.
Variável N %
Sexo
Masculino 42 18.92
Total 222 -
Figura 1. Internações por fratura de fêmur em idosos com 80 anos ou mais por ano de atendimento no município
de Botucatu-SP entre out/2016 e out/2021.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Figura 2. Internações por fratura de fêmur em idosos com 80 anos ou mais por cor/raça e ano de atendimento no
município de Botucatu-SP entre out/2016 e out/2021.
Figura 3. Internações por fratura de fêmur em idosos com 80 anos ou mais por sexo e ano de atendimento no
município de Botucatu-SP entre out/2016 e out/2021.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
DISCUSSÃO
De acordo com os dados obtidos, é notável que houve um aumento progressivo no
número de internações por fratura de fêmur entre 2016 e 2019. Entretanto, observou-se uma
redução nos anos de 2020 e 2021. Tal declínio deveu-se, possivelmente, ao distanciamento
social devido à pandemia de COVID-19, uma vez que a população idosa diminuiu seu acesso
aos serviços de saúde, procurando-o apenas em situações de alta gravidade e complexidade
(SILVA et al., 2020).
Essa diminuição é controversa ao que sugere a literatura, pois, dentre as repercussões
do isolamento social, a diminuição das atividades pode levar a um processo de atrofia muscular
por desuso e/ou redução de mobilidade das articulações, ocasionando quedas, sendo este um
dos principais fatores de risco para fraturas (SOUZA et al., 2020). Além disso, há também
menor exposição solar, fator diretamente associado à diminuição da síntese de vitamina D, que
está envolvida no metabolismo do cálcio ósseo (SILVA et. al., 2020).
Ao mesmo tempo que o cenário pandêmico de COVID-19 exigiu isolamento, é de suma
importância compreender a diferença entre distanciamento social e solidão. A solidão aparece
devido a emoções, tais como a tristeza, que é o sentimento que mais favorece seu aparecimento.
Independente do idoso residir sozinho ou acompanhado, se houver alguma desordem psíquica,
episódios depressivos podem ser desencadeados. Entretanto, estudos recentes apontam que os
idosos estão sendo melhor observados pelos familiares e cuidadores no contexto da pandemia
de COVID-19, de maneira que seus cuidados estão sendo realizados com mais qualidade
(ROMERO et al., 2020).
No que se refere à variável sexo, os resultados do presente estudo demonstraram que o
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
al, 2020).
CONCLUSÃO
Pode-se concluir, de acordo com o presente estudo, que idosos do sexo feminino e de
cor/raça branca, estão mais suscetíveis ao desenvolvimento de osteoporose, e
consequentemente, fratura de fêmur. Avaliou-se, também, um aumento progressivo no número
de internações por fratura de fêmur nos últimos anos entre a população idosa de 80 anos ou
mais residente no município de Botucatu-SP. Entretanto, este padrão tem se alterado desde
2020, onde verificou-se diminuição de internações, fato que pode estar diretamente relacionado
ao isolamento social dos idosos devido a pandemia do COVID-19. Ainda, com o emergente
envelhecimento populacional no Brasil, são de extrema importância medidas preventivas para
evitar que o número de casos venha a crescer, tais quais estimular a prática de atividade física,
a alimentação rica em cálcio e vitamina D e aumentar a exposição ao sol. Essas deverão ser
orientadas individualmente aos pacientes, como também disseminadas na forma de ações de
educação em saúde direcionadas à população idosa pelos profissionais da saúde e gestores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 24
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Segundo Lablem e Jesus (2019), durante seus primeiros cinco anos de vida, a criança
deve ser estimulada com jogos e brincadeiras incessantes, pois é uma faixa etária muito
importante na formação humana. Quanto mais estimulada, pode-se diminuir as dificuldades,
cognitivas, sociais, emocionais e afetivas da criança, além de melhorar sua qualidade de vida e
de aprendizagem.
Página 276
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Ao que tange a lavagem das mãos, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), o hábito é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para
prevenir a propagação das infecções. Normalmente, a limpeza com sabonete líquido remove a
microbiota transitória, limpa as mãos e é suficiente para se manter contatos sociais em geral.
Visando estimular a troca de informação das crianças com aqueles fora da escola,
realizou-se duas ações educativas com foco na prevenção da dengue e também sobre a
importância da lavagem das mãos. Estas foram feitas de forma lúdica e divertida, para que as
crianças se interessassem pelo conteúdo e tivessem vontade de compartilhar o aprendizado.
METODOLOGIA
Página 277
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Após a roda de conversa, foi realizada uma dinâmica que visava reforçar as informações
discutidas. Cada criança recebeu três imagens coladas em palitos de picolé, sendo elas: um
desenho do mosquito Aedes egypti, um desenho de uma criança apresentando febre e manchas
avermelhadas no corpo, um desenho de um pneu e uma garrafa de plástico. A dinâmica consistia
em um acadêmico de enfermagem fazer uma pergunta referente ao tema e as crianças
responderiam levantando a imagem que estivesse de acordo.
2ª atividade: Teatro
A última intervenção com foco na dengue foi realizada na presença de toda a escola,
incluindo os discentes, através de um teatro encenado pelos próprios acadêmicos de
enfermagem. A apresentação deve como objetivo relembrar as informações discutidas
previamente com os alunos de maneira divertida e educativa.
A história contada por um narrador, relata o caso de um mosquito Aedes egypti que
encontra o local ideal para sua proliferação e infecta uma criança que estava brincando na
região. A menina aparenta doente alguns dias depois e é levada ao hospital pela mãe. Após o
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
diagnóstico de dengue é encenada uma ação dos agentes comunitários de saúde contra o
mosquito, que fica enraivecido e é derrotado.
A intervenção teve como objetivo ensinar as crianças sobre o papel das mãos na
disseminação de doenças e agravos, conscietizar sobre as medidas preventivas, bem como
demostrar a forma correta de lavagem das mãos.
Na primeira etapa, foram observados os hábitos diários dos alunos com relação a
lavagem das mãos e aspectos estruturais da escola, como por exemplo, se os alunos tinham fácil
acesso ao sabonete no banheiro. Na etapa seguinte, o tema foi abordado em sala, mediante a
diálogo e discussões, afim de reconhecer o nível de entendimento dos alunos. Neste momento
notou-se uma escassez de conhecimento a respeito do assunto, o que auxiliou no planejamento
da intervenção. A etapa final foi executada a partir da realização de atividades práticas, onde
foram utilizados métodos que proporcionaram forte adesão e participação dos alunos, como
tintas coloridas e glitter.
Na primeira intervenção abordando o tema, foi realizada uma discussão a respeito das
várias utilidades das mãos a importância de uma higienização correta. Para realização da
dinâmica, utilizou-se de um desenho de duas mãos, impresso em papel A4 e tinta guache
vermelha.
Para ensinar aos alunos o passo a passo correto da lavagem das mãos, utilizou-se como
base o método de lavagem simples das mãos promovido pela Anvisa, que consiste em: (1)Abrir
a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se a pia.; (2) Aplicar na palma da mão quantidade
suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos; (3) Ensaboar as palmas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
das mãos, friccionando-as entre si; (4) Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão
esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa; (5) Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços
interdigitais; (6) Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando
os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa (7) Esfregar o polegar direito, com o
auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa; (8) Friccionar
as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha,
fazendo movimento circular e vice-versa; (9) Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da
palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa; (10) Enxaguar as mãos,
retirando os resíduos de sabonete.
Para Lablem e Jesus (2019), com os jogos e brincadeiras as crianças conseguem criar
identidade e desenvolver sua autonomia, o raciocínio logico e a linguagem. Visando estimular
este raciocínio, a segunda intervenção teve como objetivo ensinar ás crianças sobre a microbiota
transitória das mãos. Essa, se instala na camada superficial da pele e pode sobreviver por um
certo tempo, podendo ser removida por simples lavagem das mãos e fricção mecânica com água
e sabão (ANVISA, 2007).
Para a dinâmica, foi utilizado glitter e objetos comuns de fácil manuseio, como caixinha
de fósforo, revestidos por uma cartolina colorida. A atividade consistia em sujar as mãos dos
alunos com o glitter e relacionar o resultado obtido com os microrganismos presentes na pele,
educando-os sobre os possíveis patógenos presentes nas mãos e que não são visíveis a olho nu.
Em seguida, foi pedido que as crianças tocassem os objetos com a cartolina dispostos
em suas mesas. O resultado foi a transferência parcial do glitter presente nas mãos para a
cartolina dos objetos. Desta forma, criou-se uma analogia entre o glitter e o comportamento
normal da microbiota transitória da pele.
Por fim foi discutido com as crianças como possíveis doenças podem ser transmitidas
por esse meio e a importância de lavar as mãos frequentemente. Os alunos foram encaminhados
aos banheiros, e com a supervisão de um acadêmico, realizaram novamente o método de
lavagem das mãos ensinado na intervenção anterior, afim de avaliar e reforçar o hábito.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Antes de ocorrer as ações educativas, foi realizado uma observação in loco da rotina das
crianças dentro da escola, afim de compreender a estrutura e o funcionamento da instituição e
propor uma intervenção de acordo com as necessidades apresentadas. Após o momento
diagnóstico, foi possível identificar os temas mais pertinentes para serem abordados, bem como,
a seleção das metodologias de ensino, materiais didáticos e estratégias de ensino aprendizagem.
Durante o período de observação, foi possível notar que as crianças são muito
comunicativas e tendem a contar muito sobre suas vidas fora do ambiente escolar para os
amigos e professores. Além disso, notou-se o que é mencionado por Lablem e Jesus (2019),
“quando a criança entra nessa fase ela quer sempre estar imitando alguém, sempre fazendo as
mesmas brincadeiras, gestos ou imitando a fala. ”
A falta de lavagem das mãos foi notada rapidamente durante a observação, uma vez que
as crianças não possuíam esse costume quando saiam do banheiro ou antes das refeições. No
banheiro, o sabão líquido não era acessível para os alunos, devido à altura em que se encontrava,
algo que comprometia o desenvolvimento de um hábito de higienização adequada.
Como resultado das intervenções sobre o tema, as crianças demostraram uma mudança
coletiva na rotina diária de lavagem das mãos, extensivo aos professores, observado durante o
período de avaliação dos resultados das intervenções. A escola também disponibilizou
dispensers de sabonete líquido em altura acessível para os alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da realização das ações educativas, foi possível observar abaixa adesão a
educação em saúde nas escolas, e relacionar, através de dados advindos de organizações de
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Saúde, a transmissão de doenças infecciosas e a falta de uma higiene das mãos adequada. Dessa
forma, evidencia-se a importância da educação em saúde nas escolas, do estimulo ao
autocuidado dos alunos a fim de promover bons hábitos de saúde.
Para Lablem e Jesus (2019), o professor bem informado sabe como lidar com as
situações dentro da sala, fazendo com que o aluno entenda as ações educativas e sua
individualidade, o que torna a responsabilidade do professor de influenciar a criança muito
grande e necessária. Assim, torna-se claro que a escola e a educação familiar são pilares para o
desenvolvimento de bons hábitos e propagação de conhecimento relacionado à saúde individual
e coletiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Health Organization / World Health Organization. Disponível em:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=1567:15-de-
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OPAS/OMS Brasil. Folha Informativa- Dengue e dengue grave. Pan American Health
Organization / World Health Organization. Disponível em:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5963:folha-
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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UNICEF. Soap, toilets and taps; a Foundation for Health Children-How UNICEF
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VIEIRA, M.; VANIN, A. C.; SOUZA, D.; et al. INFÂNCIA SAUDÁVEL: Educação em Saúde
nas Escolas. Expressa Extensão, v. 22, n. 1, p. 138, 2017. Disponível em:
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%20conceito%20de%20educa%C3%A7%C3%A3o%20em,a%20escolares%20da%20educa%
C3%A7%C3%A3o%20infantil. Acesso em: 27 mai. 2021.
Página 283
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 25
Leandro Felipe Antunes da Silva, Sárvia Maria Santos Rocha Silva, Joice
Fernanda Costa Quadros, Flabiane Carvalho Cordeiro, Ana Paula de Oliveira
Nascimento, Bruno de Pinho Amaral, Nadine Antunes Teixeira, Ana Maria
Alencar, Júlia de Oliveira e Silva, Andreia Correia, Tatiane Pereira Horta,
Bruna Lira Santos Ribeiro, Karla Talita Santos Silva, Joana Carolina Rodrigues
dos Santos Schramm e Jaqueline D`Paula Ribeiro Vieira Torres
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A violência em sua forma múltipla tem sua origem latina com a palavra Vis com
significado de força e se referência às noções de constrangimento ou de uso da superioridade
física sobre o próximo, no sentido material seu contexto aparenta-se neutro, ao analisar os
eventos de violência descobre-se que eles se representam como conflitos com teor de
superioridade e batalhas por poder, domínio de posse e extermínio de outros e de seus
pertences (PEDRO et al., 2017).
A violência nas relações e nos ambientes de trabalho faz parte da dinâmica da
violência social brasileira, constituindo, em suas mais diversas expressões, um problema que
ultrapassa as fronteiras do setor. A violência envolve diferentes classes sociais, homens e
mulheres, grupos étnicos e grupos de idade. Ela atinge, também, em grau de riscos peculiares,
as mais variadas ocupações, como lembra a Organização Mundial da Saúde (MINAYO;
SOUZA, 2005).
A violência contra os profissionais de enfermagem teve um crescimento
acentuado e já atinge todo o sistema de saúde brasileiro. Dados da Pesquisa Perfil da
Enfermagem no Brasil (Cofen/Fiocruz – 2015) mostram que, dos 1,8 milhão de profissionais
do país, 19,7% já sofreram violência no ambiente de trabalho, sendo: 66,5% violência
psicológica, 26,3% racial e 15,6% violência física. Os mais acometidos por essa violência são
os auxiliares e técnicos de enfermagem (COFEN, 2017).
As razões pelas quais a violência contra os trabalhadores de enfermagem acontece
foram diversas, mas todas estiveram relacionadas ao processo de trabalho, seja pela demora
na prestação de serviços, disputa de poder ou pela condição patológica dos pacientes
(SCARAMAL et al., 2017).
Cerca de 64,9% dos profissionais da Enfermagem que sofreram algum tipo de
agressão não fizeram nenhum tipo de denúncia justificando a falta de políticas de proteção às
vítimas, medo da perda do emprego e medo de represália (COREN, 2017).
Esse problema é identificado na prática, quando constata-se que os profissionais
estão expostos a risco de todos os tipos de violência no seu cotidiano além que, muitas vezes
o convívio com esse problema parece algo natural ou irrelevante. Porém, esses acontecimentos
podem trazer sérias consequências para o profissional na instituição, assim como para a
assistência aos pacientes (FERRANTE; SANTOS; VIEIRA, 2009). Assim, o objetivo do
estudo foi verificar o nível do conhecimento e sistematização da produção científica acerca
da violência sofrida pelos profissionais de enfermagem.
Página 285
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo cienciométrico. A utilização de técnicas cenciométricas pode
ajudar na avaliação de importância de um assunto, autor ou artigo e também enfatizar as
tendências de crescimento de um determinado estudo, avanços científicos e tecnológicos
(CARNEIRO et al., 2008).
O cenário do estudo foram as bases de dados secundários United States National
Library of Medicine (PubMed), acessada pelo site http://www.ncbi.nlm.nhi.gov/pubmed, e
também no Scientific Eletronic Library Online (SciELO), disponível na Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS) pelo site http://www.bireme.br.
Foram avaliados todos os artigos nacionais e internacionais publicados sobre violência
contra profissionais de enfermagem, sendo critério para amostragem final. Os critérios de
elegibilidade para seleção dos artigos foram artigos publicados sobre a violência contra
profissionais de enfermagem, compreendidos no corte temporal dos últimos cinco anos,
disponíveis na íntegra e nos idiomas inglês e português. Foram excluídos os artigos com tema
central relacionado à epidemiologia de doenças, estudos de caso, pesquisas nas áreas das
ciências básicas, entre outros que não se enquadraram na temática.
Foi utilizado um instrumento elaborado pelos autores com as seguintes informações:
dados de identificação do artigo (título, autores, nome do periódico, ano de publicação,
volume e número), tipo de estudo, local de estudo, objetivo do estudo, eixo temático,
classificação Qualis/Capes, periódico de publicação, nível de evidência, desfechos, dentre
outros.
A seleção dos artigos foi realizada de forma independente pelos pesquisadores, as
divergências foram resolvidas com o uso do instrumento validado elaborado. Os artigos
identificados foram selecionados e classificados por meio da análise dos títulos e resumo.
Após a seleção final e extraídas as informações por meio do instrumento citado, que guiou na
elaboração das figuras e análise dos dados. Os dados foram tabulados e organizados em
planilhas do programa Microsoft Excel 2010.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Inicialmente encontrou-se 201 publicações científicas, sendo 30 na base de dados
PubMed e outras 171 na SciELO. Após a avaliação dos títulos e resumos foram excluídos os
artigos duplicados e aqueles que não atenderam aos critérios de inclusão, resultando em 26
artigos.
Página 286
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Figura 1. Número de artigos publicados nas bases de dados PubMed, BVS e SciELO no período de 2010 a 2019
sobre a violência sofrida pelos profissionais de enfermagem.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
18
16
14
Número de artigos pubicados
12
10
0
2010-2012 2013-2015 2016-2018 2019-2020
Anos que foram publicados
Figura 2. Levantamento do estrato Qualis/Capes dos periódicos científicos com publicações no período de 2010
a 2019 sobre a violência sofrida pelos profissionais de enfermagem.
B4
Classificação Qualis-Caps
B2
B1
A2
A1
0 2 4 6 8 10 12 14
Número de artigos publicados
Figura 3. Número de artigos publicados no período de 2010 a 2019 sobre a violência sofrida pelos profissionais
de enfermagem, classificados quanto a região de origem das publicações.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
12
10
10 9
Número de publicações
6 5
2 1 1
0
SUL SUDESTE CENTRO NORDESTE ESTRANGEIRO
OESTE
Região das publicações
Figura 4. Número de artigos publicados no período de 2010 a 2019 sobre a violência sofrida pelos profissionais
de enfermagem, classificados quanto ao nível de evidências das publicações.
18
16
14
Número de artigos publicados
12
10
0
Nivel 01 Nivel 03 Nivel 04 Nivel 05
Nível de evidencias
Página 289
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
A exploração acerca da temática mostra que o tema não é muito discutido, tanto que o
número de artigos coletados foi menor que o esperado, foi possível verificar que nos últimos
10 anos as produções científicas voltadas para o tema não foram satisfatórias, considerando
que a violência contra os profissionais de enfermagem teve um crescimento acentuado e já
atinge todo o sistema de saúde brasileiro.
Considerando, que a violência contra os profissionais de enfermagem é um tema pouco
discutido nas organizações, é importante divulgar mais sobre o assunto, e implementar ações
de segurança e proteção para os profissionais, proporcionando assim segurança para os
profissionais prestarem assistência de qualidade, sem receio de ser vítima de quaisquer tipos de
violência no trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARNEIRO, F.M.; NABOUT, J.C.; BINI, LM. Trends in the scientific literature on
phytoplankton. Limnology, v. 9, n. 2, p. 153-158, 2008..
Página 291
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
ROCHA, M.A.S; SILVA, A.C.A,; ASSIS, M.A. A prática da violência voltada aos
profissionais da enfermagem. Revista Diálogos Interdisciplinares, v.7, n. 2, p. 100-108,
2018.
Página 292
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 26
Ricardo Otávio Mais Gusmão, Bryan Rocha de Oliveira, Lívia Alves Lacerda,
Maria Esméria Neta, Fernando Lucas Freitas Rocha, Maria Clara Lélis Ramos
Cardoso, Juliana Andrade Pereira, Icaro Kelvin Botelho Dias, Larissa Cristiny
Mendes Viana, Letícia Gabryella Viana, Alcina Mendes Brito, Jessica Najara
Aguiar de Oliveira, Manuela Gomes Campos Borel, Cinara Ferreira Coutinho
e Álvaro Ataide Landulfo Teixeira
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Pessoas em situação de rua pertencem a um grupo populacional que faz uso dos
logradouros públicos como espaço de moradia e sustento de modo temporário ou permanente.
Tais pessoas são excluídas socialmente, não conseguem satisfazer as necessidades básicas, e
vivem na linha da indigência ou pobreza absoluta (MOTA; MARINHO; SILVEIRA, 2014).
Com o tempo, alguma fatalidade atingiu suas vidas, seja a perda do emprego, seja
o rompimento de algum laço afetivo, fazendo com que aos poucos fossem perdendo a visão do
projeto de vida, passando a fazer o uso da rua como sobrevivência e moradia. Essa realidade é
característica da atividade de exclusão social que existe no Brasil neste início de milênio
(SCHERVINSKI et al., 2017).
A pouca longevidade, fragilidade dos vínculos sociais, violências, preconceitos,
discriminações, falta de privacidade, carências de educação e de infraestrutura para os cuidados
corporais são fatores que colaboram ao aparecimento e agravamento de transtornos mentais a
população em situação de rua, o que colabora para que uma pessoa viva em situação de rua
(SANTANA, 2014).
A presença de pessoas em situação de rua é uma condição comum de muitas cidades
no território nacional e internacional. A capital paulista concentra a maior população em
situação de rua do Brasil. Em 2015 o último censo trouxe uma estimativa de 15.905 pessoas
que se encontram em situação de rua, sendo 7.335 sem abrigos e 8.670 em centros acolhedores
da capital (FIPE, 2015).
É frequente nas ruas das capitais ou de outras cidades brasileiras deparar com um
crescente número de pessoas que habitam ou que vivem delas, seja trabalhando, perambulando,
mendigando em percursos errantes, e também definidos por rotinas, locais e horários
determinados. Catadores de material reciclável, vendedores ambulantes, guardadores de carros,
profissionais do sexo, biscateiros, pessoas que “carregam a casa nas costas”, muitos homens e
mulheres são personagens cada vez mais ingressados a população em situação de rua no Brasil.
Perigosos, preguiçosos, coitados, sujos, manipuladores e vagabundos, são alguns dos
estereótipos e, produzem e reproduzem invisibilidade e opressão (NOBRE et al., 2018).
O massacre de um grupo de moradores de rua realizado por agentes policiais em
2004 trouxe visibilidade à marginalização e exclusão desta população na Praça da Sé, em São
Paulo, trouxe em cena a situação de homens, mulheres, crianças, adultos e idosos que vivem
em situação de rua, marcada por graves violações dos direitos humanos, com ênfase no direito
à vida baseado no alto índice de homicídios e execuções policiais e da sociedade contra essa
população. O acontecimento nessa praça colabora com a tese “onde há poder há resistência”.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O fato foi à alavanca ao causar comoção, revolta e indignação, para a criação do Movimento
Nacional da População de Rua (MNPR), que ao pressionar o estado por garantia de direitos
fundamentais, contribuiu a criação de uma política pública específica para a população em
situação de rua (NOBRE et al., 2018).
Em consequência da reivindicação do MNPR, essa problemática se tornou parte da
agenda do Governo Federal e em 2005, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome (MDS) e em diálogo com o MNPR e com setores da sociedade civil inicia a elaboração
de política pública específica para este segmento. Em 2009 foi instituída a Política Nacional
para População em Situação de Rua (PNPR), por meio do Decreto nº 7.053/2009 (NOBRE et
al., 2018). Assim, o objetivo desse estudo foi verificar o nível do conhecimento e
sistematização da produção científica vinculada à Política Nacional de Saúde das Pessoas em
situação de rua após dez anos de sua implementação.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo cienciométrico. A cienciometria realiza a análise dos campos
científicos, verificando as informações contidas nas publicações disponíveis nas bases de dados,
ou seja, verifica a quantidade de vezes que um assunto ou fenômeno se repete (OLIVEIRA;
GRACIO, 2011).
Permite entender melhor a extensão e a natureza das atividades de pesquisas
desenvolvidas nas áreas do conhecimento, de inúmeros países, instituições e pesquisadores.
Bem como mede a ampliação do conhecimento científico e o fluxo de informação sob diversas
perspectivas (CESAR, 1998).
O cenário do estudo foram as bases de dados secundários United States National
Library of Medicine (PubMed), e também no Scientific Eletronic Library Onlaine (Scielo),
disponível na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram avaliados todos os artigos nacionais
e internacionais publicados após a publicação da Política Nacional da População em Situação
de Rua (PNPSR) sendo critério para amostragem final.
Os critérios de elegibilidade para seleção foram os artigos publicados após a criação
da Política Nacional em Situação de Rua, compreendidos no corte temporal dos últimos 10
anos, disponíveis na íntegra e nos idiomas inglês e português. Como critérios de exclusão,
foram os artigos com tema central relacionados à epidemiologia de doenças, estudos de caso,
pesquisas nas áreas das ciências básicas, dentre outros que não se enquadravam as temáticas da
PNPSR.
Página 295
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na etapa inicial do processo de busca foram encontradas 52 publicações cientificas,
sendo 42 na Scielo e 10 na BVS. Após a avaliação dos títulos e resumos foram excluídos os
artigos duplicados e aqueles que não atenderam aos critérios de inclusão.
A primeira figura apresenta os temas mais abordados dentre os artigos selecionados. A
primeira análise da figura é possível observar que saúde pública e saúde mental foram
predominantes.
A segunda figura demonstra a quantidade de artigos publicados por localidades
específicas como estados e países nas bases de dados sobre a PNPSR, São Paulo e Rio de
Janeiro apresentam maior número de publicações.
Na terceira figura que representa a qualificação dos periódicos, o estrato mais comum
foi o B1 com 25 artigos, seguido do estrato A2 com 20 publicações.
A quarta figura apresenta a quantidade de artigos publicados nas bases de dados sobre
a PNPSR, os anos 2016 a 2019 obtiveram o maior número de publicações. A última figura
representa a quantidade de publicações relacionadas ao nível de evidências dos artigos.
Figura 1. Quantidade de artigos classificados por termas publicados nas bases de dados PubMed e SciELO no
período de 2009 a 2019 sobre a PNPSR.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CLASSIFICAÇÃO TEMÁTICA
14
12
QUANTIDADE
10
8
6
4
Série1
2
0
Figura 2. Quantidade de artigos publicados por localidades específicas como estados e outros países nas bases de
dados PubMed e SciELO no período de 2009 a 2019 sobre a PNPSR.
Local de Publicação
18
16
14
QUANTIDADE
12
10
8 Série1
6
4
2
0
LOCALIDADES
.
Fonte: Autores, 2021.
Figura 3. Quantidade de artigos classificados pelo QUALIS, publicados nas bases de dados PubMed e SciELO
no período de 2009 a 2019 sobre a PNPSR.
Página 297
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Classificação QUALIS
30
25
QUANTIDADE
20
15 Série1
10
0
A1 A2 B1 B2 B4 B5
QUALIS
Figura 4. Quantidade de artigos publicados nas bases de dados PubMed e SciELO no período de 2009 a 2019
sobre a PNPSR.
Ano de Publicação
14
12
10
QUANTIDADE
8
Série1
6
0
ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO
2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Figura 5. Níveis de evidencias dos artigos selecionados publicados nas bases de dados PubMed e SciELO no
período de 2009 a 2019 sobre a PNPSR.
Nivel de Evidências
25
20
Quantidade
15
10
0
N1 N2 N3 N4 N5 N6 N7
Niveis de evidências
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
com os pedidos de mais vida provenientes de cada lugar onde a vida pede passagem
(LONDERO; CECCIN; BILIBIO, 2014).
Considerando que há um desvio significativo entre as propostas desta política e seus
resultados obtidos com os serviços socioassistenciais, na afirmativa que o processo pelo qual
os usuários destes serviços trocam a condição de “exclusão” para a de “inclusão” - uma vez que
agora são objeto de gestão e ação política que mobilizam inúmeros agentes sociais, pois se dá
pela elaboração de ferramentas para regular as ações desta população dentro e fora das
instituições (NOBRE et al., 2018).
Por fim, pode ser apontado nesse estudo, como limitação, o possível viés de seleção,
pois à busca foi realizada em duas bases de dados, além de que poderia ser possível nas sessões
título e resumo não constarem informações acerca da temática, o que inviabilizaria a seleção do
artigo para análise.
CONCLUSÃO
Conclui-se que o número de publicações acerca da temática se mostrou insipiente, o que
dificultaria a discussão e reflexão para cuidado a população em situação de rua e do
enfrentamento desse grande problema social.
O crescimento científico sobre a temática poderia contribuir para a manutenção e
melhoria da saúde da população em situação de rua, sensibilizando para um perceber diferente
do habitual, algo que justifica o termo população em situação de rua, que traduz condição atual,
não permanente, ou seja, passível de mudança pela sociedade civil e governantes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LONDERO, M.F.P.; CECCIM, R.B.; BILIBIO, L.F.S. Consultório de/na rua: desafio para um
cuidado em verso na saúde. Interface: Comunicação, saúde e educação, v. 18, n. 49, p. 251-
260, 2014.
Página 300
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
NOBRE, M.T. et al. Narrativas de modos de vida na rua: histórias e percursos. Psicologia &
Sociedade, v. 30, n.1, p. 1-10, 2018.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 27
Lara Beatriz de Sousa Araújo, Ana Luísa Mendes Ribeiro, Ingrid Régia Maria Oliveira,
Lívia Karen Barbosa de Brito, Angélica Jesus Rodrigues Campos, Taynara Soriano
Sales, Viviane Cardoso Neves, Francisca Victória Vasconcelos Sousa, Maria Inês
Martins de Araújo, Yuri de Oliveira Nascimento, Monalisa Batatinha de Castro Silva,
Lucas Sousa Penha, Maria Gabriela Moreira Alves, Maria Aparecida Fernandes da Paz
e Vitória Vilas Boas da Silva Bomfim
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A nova infecção por coronavírus (conhecida como Covid-19), que iniciou no final de
dezembro e causou uma pandemia mundial, representa uma séria ameaça à saúde de toda a
população do planeta. Este novo microrganismo foi identificado como síndrome respiratória
aguda grave – SARS-CoV-2 (ATALAY et al., 2020). Segundo Lastinger (2020), essa doença
é caracterizada predominantemente pelo comprometimento respiratório e que, em alguns casos,
evoluem para síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), onde os sintomas típicos
são febre, dor de garganta, fadiga, tosse ou dispneia. Nesse viés, pacientes com doença
cardiovascular subjacente, diabetes mellitus, hipertensão e doença pulmonar crônica possuem
maior risco de desenvolvimento da forma grave da doença.
Sob essa perspectiva, medidas foram desenvolvidas para minimizar a transmissão do
vírus e reduzir a morbimortalidade relacionada à doença, incluindo proteção preferencial de
pacientes com condições médicas subjacentes (RUPERTI-EPILADO et al., 2020). Isso porque
a Covid-19 pode ser fatal, principalmente em pacientes idosos e com comorbidades. Nesse
contexto, a Doença Cardíaca Congênita (DCC) é o defeito congênito mais comum e global, mas
é necessário fazer uma distinção entre a população pediátrica e a população adulta, pois
enquanto a maioria dos pacientes teve intervenções cirúrgicas na infância, muitos sofrem de
problemas cardíacos residuais. Com uma expectativa de vida crescente entre eles, pacientes
adultos com doença cardíaca congênita são suscetíveis a doenças cardiovasculares adquiridas e
outras comorbidades (GIORDANO, CANTINOTII; 2020).
Segundo Giordano e Cantinotii (2020), quando um paciente com doença cardíaca
congênita é diagnosticado com Covid-19, o manejo da infecção é semelhante da população em
geral, porém, muitas terapias contra o novo coronavírus têm efeitos colaterais cardiovasculares
e isso deve ser levado em consideração ao serem aplicadas em pacientes com DCC. Dessa
forma, estratégias de diagnóstico, estratificação de risco, prevenção e gerenciamento devem ser
efetuadas para esses casos. No caso dessa parcela populacional, Ugurlucan et al (2020) aponta
que sociedades médicas de cardiologia, nacionais e internacionais, indicaram a necessidade de
postergar procedimentos cardiovasculares eletivos, com o objetivo de minimizar os riscos de
transmissão da doença durante a pandemia.
Nesse mesmo cenário, autoridades de saúde pública aconselharam fortemente o
distanciamento social, o auto-isolamento e a quarentena como medidas preventivas em todo o
mundo contra o SARS-CoV-2 (UGURLUCAN et al., 2020). Ugurlucan et al (2020) ressalta
que, embora seja ético postergar procedimentos eletivos que precisam ser decididos por uma
equipe, os procedimentos cardiovasculares em adultos e crianças devem ser considerados de
Página 303
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
forma individualizada por uma equipe cardíaca, uma vez que não apenas os próprios pacientes
estão em risco da Covid-19, mas também os membros da família correm risco substancial.
Nesse sentido, embora muitos grupos da sociedade possam fazer uma pausa durante este
período de crise de saúde pública, a doença cardíaca congênita requer cuidados contínuos,
especialmente entre os mais novos – recém-nascidos e bebês – os quais muitas vezes precisam
de cirurgia durante um período estreito de tempo para evitar a morte e fornecer resultados ideais
(GIORDANO, CANTINOTII; 2020). Mas na realidade, como indicou Ugurlucan et al (2020),
com a pandemia o número de UTIs e leitos de enfermaria ficou extremamente escasso, como
também ventiladores e outros equipamentos médicos, medicamentos, sangue e produtos
sanguíneos. Além disso, ocorreu uma evidente diminuição na quantidade de profissionais de
saúde em todo o mundo voltados para outras necessidades que não fossem aquelas destinadas
para o tratamento dos casos Covid-19-positivos.
Como ressaltado por Atalay et al (2020), com a pandemia da Covid-19, a infraestrutura
da saúde pública enfrenta desafios consideráveis. O planejamento do manejo da pandemia, o
desenvolvimento de políticas de prevenção de infecções e uma gestão eficiente e criativa para
o tratamento são componentes importantes desse processo dinâmico. Além disso, as
regulamentações das normas de uso de equipamentos de proteção individual, gestão de recursos
humanos e sanguíneos são outros desafios importantes. Nesse âmbito, é primordial avaliar o
impacto das medidas de saúde pública nas populações vulneráveis, como as crianças com DCC.
Os dados sobre os impactos colaterais na saúde são necessários para ajudar a informar os
gestores de políticas sobre os prós e os contras de tais medidas, conforme a epidemiologia
evolui (HEMPHILL et al., 2020).
Uma das dificuldades encontradas no período, foi o preparo de hemoderivados para as
cirurgias, tendo em vista que com as mudanças nos critérios de doação de sangue após o surto,
o número de doações diminuíram e, com isso, as quantidades de doações foram insuficientes
para atender às necessidades, repercutindo no adiamento das operações. Ademais, a equipe de
anestesia que lida com cirurgia cardíaca congênita foi designada para unidades de terapia
intensiva Covid-19, a fim de mitigar os impasses existentes naquele contexto (ATALAY et al,
2020). Como esclarecido por Ugurlucan et al (2020), os pacientes com DCC precisam de um
suporte adequado e devido ao atual status de pandemia desafiadora das instalações de saúde, os
processos hospitalares precisam ser ajustados com sabedoria.
Crianças com DCC sofrem significativamente com o comprometimento das atividades
médicas devido às restrições dos recursos, incluindo leitos, ventiladores ou prestadores de
cuidados de saúde disponíveis para esse grupo, uma vez que até mesmo cirurgiões cardíacos
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão integrativa da
literatura, de caráter qualitativo. Foi seguida as seguintes etapas: definição do tema e elaboração
da questão de pesquisa; elaboração dos critérios de elegibilidade, inclusão e exclusão dos
estudos; definição dos descritores, busca na literatura e coleta de dados; análise crítica dos
estudos incluídos e discussão dos resultados; e apresentação da síntese de revisão.
Para direcionar a presente revisão delineou-se como questão norteadora: O que a
literatura aborda sobre as repercussões da pandemia pela Covid-19 em pacientes com
cardiopatias congênitas?
Para a construção deste trabalho, a busca dos artigos foi realizada na Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS), com o auxílio das bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO), Base de
Dados de Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
(MEDLINE).
Os artigos foram coletados no período de junho a dezembro de 2021. Foram utilizados
os Descritores em Ciências da Saúde (DECs): “COVID-19”, “Cardiopatias Congênitas”,
“Diagnóstico” cruzados através do operador booleano “AND”.
Foram selecionados como critérios de inclusão os artigos publicados nas referidas bases
de dados nos últimos dois anos, de forma online e gratuita, nos idiomas português, inglês e
espanhol e que contemplassem o tema e o objetivo proposto para esta pesquisa.
Os critérios de exclusão estabelecidos foram os artigos duplicados, debates, resenhas,
editoriais, resumos ou artigos publicados em anais de eventos, indisponíveis na íntegra e de
acesso pago.
Ressalta-se que, quanto aos aspectos éticos, por se tratar de um estudo de revisão, não
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A seguir, o fluxograma embasado no Preferred reporting items for systematic reviews
and meta-analyses (PRISMA) sintetiza a busca dos artigos que compuseram a amostra final da
revisão (Figura 1).
Figura 1: Fluxograma com o processo de seleção dos artigos que compuseram a síntese final.
Na figura 1 observa-se que a partir da coleta de dados, localizaram-se 206 estudos, dos
quais 27 foram excluídos por duplicidade, restando 179 estudos. A seguir, foram selecionados
48 estudos após a leitura do título dos trabalhos. Em seguida, após analisados foram
contemplados 19 estudos. Ao final foram incluídos 17 estudos que se adequam ao objetivo
proposto pela pesquisa, sendo estes, incluídos na revisão.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Terapias
A disfunção cardíaca relacionada a cardiopatia congênita é uma condição comum entre
os pacientes hospitalizados com Covid-19 e está associada a um risco maior de mortalidade
hospitalar. Nesse sentido, embora o mecanismo exato da lesão cardíaca precise ser mais
explorado, trata-se de uma doença grave e características clínicas de inflamação sistêmica,
meta-hemoglobinemia, instabilidade hemodinâmica e disfunção múltipla de sistemas que acaba
por agravar o quadro clínico de pacientes portadores. Em estudos recentes, a disfunção cardíaca
aguda ocorreu em 19,7% dos acometidos com Covid-19 internados, sendo que 25% e 58% dos
pacientes apresentavam doenças cardíacas preexistentes e hipertensão arterial sistêmica
respectivamente (RUPERTI-REPILADO et al., 2020).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Dessa forma, para a execução terapêutica de forma plena, é válido ressaltar que a
compreensão dos mecanismos fisiopatológicos, com modelos que classificam a evolução da
doença causada pelo SARS-CoV-2 em diferentes estágios, com subsequente progressão para
fase de tempestade imunológica em um subgrupo de pacientes que apresenta formas graves da
Covid-19, tem aberto janelas de oportunidades para a avaliação de eficácia de terapias com
atividade antiviral na fase de replicação viral e imunomoduladora, em pacientes com resposta
inflamatória exacerbada (UGURLUCAN et al., 2020).
Assim, o uso do corticosteroide sistêmico deve ser cauteloso e excepcional. Vale
ressaltar, que dada à falta de eficácia comprovada na Covid-19 e os possíveis danos (atraso no
clearance do vírus da via respiratória), os corticosteroides devem ser evitados de rotina e
utilizados a menos que outras situações clínicas se imponham, como exacerbação de asma ou
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e choque séptico. Entretanto, se utilizados a
monitorização dos eletrólitos deve ser realizada (GAUTRET et al., 2021).
Pode ser considerado ainda o uso de corticoide com indicações específicas na Síndrome
Respiratória Aguda (SDRA), choque séptico, encefalite, síndrome hemofagocitica ou na
ocorrência de broncoespasmo com sibilos. Quando indicado: metilprednisolona 1-2 mg/kg/dia
endovenosa por 3-5 dias 4,5; tem sido empregado imunoglobulina endovenosa nos quadros
graves, mas sua indicação e eficácia deve ser avaliada individualmente, na dose 1g/kg/dia por
2 dias ou 400 mg/kg/dia por 5 dias (GAUTRET et al., 2021).
Da mesma maneira, para a realização de procedimentos intervencionistas, como o
cateterismo cardíaco, a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista
(SBHCI) recomenda adiar procedimentos eletivos, testar os pacientes com indicação expressa,
além de providenciar equipamentos de proteção individual (EPI) adequados para cada caso.
Nessa perspectiva, a Sociedade Interamericana de Cardiologia (SIAC) recomenda que a
realização da ecocardiografia deva focar em determinar a presença ou não de doença cardíaca
e aconselha não obter parâmetros obstétricos regulares até a resolução da situação de saúde
atual (GIORDANO, CANTINOTTI; 2021).
Ademais, propõe alguns cuidados frente à realização do exame como avaliação inicial
para deter-se apenas na avaliação cardíaca, eco de acompanhamento para avaliar os principais
pontos de regressão ou de evolução da doença, eco de acompanhamento do desenvolvimento
fetal tendo em vista que sempre que possível, devem ser remarcados. Todavia, frente a
diagnósticos, como Transposição dos Grandes Vasos de Base (TGVB), Via Dupla de Saída de
Ventrículo Direito (DVSVD), atresia pulmonar, dentre outras cardiopatias cianóticas, o
acompanhamento deve ser mantido, reconhecendo que os ajustes nessas decisões devem ser
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Fatores de risco
Pacientes portadores de doença cardíaca congênita, seja o público adulto ou pediátrico,
tendem a ser uma parcela potencialmente vulnerável quando diagnosticadas com Covid-19, em
sua maioria, estando associado a um desfecho fatal. As doenças respiratórias se mostram como
a causa mais comum de morte prematura em pacientes cardiopatas, nesse sentido, devido o
principal sistema a ser afetado pela Covid-19 ser o sistema respiratório, tornam o paciente mais
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Diante do exposto, observou-se que a pandemia da Covid-19 afetou diretamente os
pacientes com doença cardíaca congênita, visto que além de necessitarem de cuidados regulares
e específicos, representam um grupo de risco com suscetibilidade ao vírus, o qual apresenta
variações em relação aos pacientes adultos e aos mais jovens e também ao estado clínico dos
indivíduos. Nesse sentido, os aspectos relacionados às repercussões da pandemia pontuados nas
publicações dispõem como amostra as alterações nas dinâmicas de realização de cirurgias e das
doações de sangue, instabilidade pública no setor de saúde, marcada por serviços de saúde com
uma deficiência estrutural, insuficiência de equipamentos e escassez de profissionais, devido à
alta demanda para o tratamento dos casos de pessoas infectadas pelo coronavírus SARS-CoV-
2.
Ademais, foi preconizado que procedimentos e cirurgias eletivas fossem adiados,
representando um forte agravo à mortalidade de indivíduos com cardiopatias congênitas, posto
que o acompanhamento regular do cenário clínico do paciente é prejudicado. Nesse viés, a
pandemia de Covid-19, trouxe, sem dúvidas, diversas dificuldades para a construção do
diagnóstico de cardiopatias, uma vez que houve uma queda de consultas eletivas, dentre estas
a de pré-natal que possibilita a descoberta, ainda na gestação, de problemas que o bebê tenha.
Desse modo, conclui-se que foram atingidos os objetivos do artigo, tendo em vista que foi
possível observar as repercussões geradas pelo vírus aos pacientes com DCC.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
FERRETO, P.; PIAZZA, E.; CIUFFREDA, M. COVID-19 in adult patients with CHD: a
matter of anatomy or comorbidities?. Cambridge Core. v. 38, n. 8. p. 1196-1198, 2020.
JUNIOR, V. C. P. et al. Epidemiology of congenital heart disease in Brazil. Rev Bras Cir
Cardiovasc, v. 30, n. 2, 2015.
MEMAR, E. H. E. et al. COVID-19 and congenital heart disease: a case series of nine
children. World Journal of Pediatrics. v. 17, p. 71-78, 2021.
UGURLUCAM, M. et al. Congenital cardiac interventions during the peak phase of COVID-
19 pandemics in the country in a pandemics hospital in Istanbul. Cambridge Core. v. 30, n.
9, p. 1288-1296, 2020.
YUAN, S.; OECHSLIN, E. Perception is not reality when risk stratifying adults with
congenital heart disease for COVID-19. BMJ. v. 8, n. 1, 2021.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 28
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um problema de saúde global com altas taxas
de mortalidade; é considerada uma das doenças com maior risco de óbito do mundo e no Brasil
é a segunda causa de morte. Quando a consequência da doença não é o óbito, o AVC pode ser
responsável por gerar comprometimentos funcionais nas atividades de vida diária e na
participação do indivíduo na sociedade, devido as alterações cognitivas e motoras, restringindo
o indivíduo do convívio social e do retorno às suas atividades prévias (RIBEIRO et al., 2020).
O AVC pode ser de dois tipos: isquêmico que é caracterizado pela obstrução da
passagem do sangue, desta forma as células neuronais ficam privadas de nutrientes e oxigênio,
responsável por cerca de 85% de todos os casos (TELLES, SFALCINI e JÚNIOR, 2021).
Segundo Zucchetti et al. (2019) o AVC hemorrágico é definido por rompimento de um vaso
sanguíneo cerebral que corresponde a 15% dos casos e pode se manifestar como hemorragia
intracerebral ou subaracnóide. Tem um pior prognóstico e maior mortalidade em relação ao
isquêmico e conforme a extensão do sangramento pode ocorrer até morte cerebral.
Apesar de haver um grau de retorno da motricidade e funcionalidade após um AVC,
muitos indivíduos apresentam consequências crônicas que podem resultar em vários problemas.
E a reabilitação muitas vezes detêm-se somente naquilo que é visível de forma imediata, com
uma breve observação do paciente o fisioterapeuta é capaz de identificar a posição de seu braço
espástico, a incapacidade de mover os dedos, verificar a funcionalidade de seus membros
inferiores. Porém essas sequelas são bem mais complexas (PEREIRA et al.,2020).
De acordo com Boumer et al. (2019) as alterações sensoriais e motoras presentes após
AVC comprometem a marcha e o controle do equilíbrio dos indivíduos e esses
comprometimentos podem levar a limitações nas atividades da vida diária, na mobilidade, além
de aumentar o risco de quedas durante atividades funcionais.
Segundo Pires (2020) o treino de dupla tarefa é uma intervenção terapêutica que tem
demonstrado grande efeitos. Este tipo de intervenção consiste na capacidade de um indivíduo
desempenhar duas tarefas simultaneamente: uma tarefa principal que é foco primordial da sua
atenção e uma tarefa cognitiva ou motora secundária. São exemplos de dupla tarefa: caminhar
enquanto conversa ao celular, caminhar enquanto se dribla uma bola, caminhar enquanto segura
um copo com água, entre outras. Deste modo, o objetivo dessa pesquisa é investigar a eficácia
do treino de dupla tarefa na recuperação da marcha em indivíduos após AVC.
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Esta investigação teve como base artigos selecionados que passaram por uma seleção
criteriosa, onde restaram apenas 7 artigos que atenderam aos requisitos de inclusão e de
exclusão. Neste sentido, todos os artigos obtiveram resultados positivos somente em parâmetros
da marcha, entretanto 3 estudos apontaram resultados significantes de forma geral no equilíbrio,
marcha, atenção, audição, memória, função executiva, atividades de vida diária, mobilidade da
dupla tarefa, na diminuição de quedas e equilíbrio dinâmico sentado. É importante ressaltar que
as pesquisas obtidas mostraram eficácia do treino de dupla tarefa na recuperação da marcha em
indivíduos após AVC.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
com AVC. Participaram 30 pacientes com AVE crônico, divididos em duas quantidades. O
grupo dupla tarefa realizou diferentes tarefas cognitivas e o grupo controle executaram tarefas
convencionais; foram conduzidas 3 vezes por semanas, por 6 semanas, com duração de 30
minutos, no total de 18 intervenções. Ao final, notaram que o grupo de dupla tarefa foi mais
eficaz comparado ao grupo controle, melhorando o equilíbrio, audição, memória e função
executiva.
Pang et al. (2018) examinaram os efeitos do exercício de dupla tarefa em pacientes com
AVC crônico. no seu ensaio clinico rodamizado contou 84 pacientes que realizaram os testes,
sendo 34 mulheres, divididos de forma aleatória em grupo dupla tarefa mobilidade/equilíbrio e
grupo controle mobilidade/equilíbrio. Foram feitas 3 intervenções por semana, com duração de
uma hora, no decorrer de 8 semanas. O estudo observou que o treinamento de dupla tarefa
melhorou a mobilidade da dupla tarefa, diminuiu quedas, consequentemente houve diminuição
de lesões provocadas por quedas, já na participação e qualidade de vida não houve melhora
significativa.
Sengar et al. (2019) nas suas pesquisas compararam a eficácia do treinamento de dupla
tarefa usando dois conjuntos de instrução de prioridade diferentes na melhoria dos parâmetros
de marcha em pacientes com acidente vascular cerebral crônico. Selecionaram 30 indivíduos
com AVE crônico que foram divididos igualmente em 2 grupos com intuitos diferentes, um
deles analisaram os efeitos do treino de dupla tarefa associadas a várias instruções feita de
formas variadas, envolvendo atividades posturais e de equilíbrio. Ambos mensuraram os
parâmetros da marcha; a idade dos grupos era entre 48 a 65 anos, as intervenções duraram 45
minutos, 3 vezes ao dia, no período de 4 semanas. Tiveram resultados significativos em ambos
os grupos. O grupo de dupla tarefa instruções de prioridades variadas tiveram um resultado
melhor em comparação com o outro grupo, nos parâmetros da marcha quanto ao comprimento
do passo e passada, e velocidade da marcha.
CONCLUSÃO
Conclui-se que os artigos selecionados para esta pesquisa mostram evidências
satisfatórias no treinamento de dupla tarefa na recuperação da marcha de pacientes após AVC.
Os resultados apontaram melhoras significantes de forma geral na recuperação de outras
funcionalidades como: nos parâmetros da marcha, no equilíbrio, na atenção, na audição, na
memória, na função executiva, mobilidade da dupla tarefa, e na diminuição do risco de quedas.
Desta forma, vale ressaltar que o treinamento de dupla tarefa na recuperação da marcha de
pacientes após AVE é de grande relevância e eficiência comprovada, além disso é uma
Página 318
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Página 319
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 29
Melissa Suhett Franco; Luiz Fernando Leite da Silva Neto; Victória Ellen
de Almeida Morais; Karol Arias Fernandes; Eric Pasqualotto; Kathlen
Oliveira Martins; Maria Carolina Marques de Sousa Araújo; Enzzo
Barrozo Marrazzo; Lucas Fornari Laurindo; Thaiane Maisa Sousa; Sofia
Wagemaker Viana e Bruna Guido do Nascimento Barros
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Nos últimos tempos, o mundo assistiu a significativa ampliação da incidência do câncer
de mama, portanto, a taxa de mortalidade associada ao câncer também aumentou
significativamente em todo o mundo. Ao que se pode observar, o câncer de mama é o resultado
da interrelação de fatores genéticos com idade, hábitos reprodutivos, meio ambiente e estilo de
vida.
Os métodos diagnósticos do câncer de mama são feitos através de exame clínico das
mamas e exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou
ressonância magnética, dentre outros. Além disso, é importante ressaltar as estratégias para a
detecção precoce, com a abordagem de pessoas com sinais e/ou sintomas iniciais da doença e
o rastreamento, que proporciona a redução do estágio de apresentação do câncer de mama. O
método diagnóstico padrão ouro utilizado é a mamografia.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no ano de 2020 foram diagnosticadas
mais de 66 mil mulheres com câncer de mama. Enquanto que no ano de 2019 ocorreram 18.068
mortes devido a esse mesmo câncer (INCA, 2021). Esses dados em conjunto demonstram como
essa neoplasia é problema de saúde pública, devido a sua elevada incidência, acompanhado de
alta morbidade e mortalidade (AYALA et al, 2019).
Esses dados encontrados podem variar de acordo com alguns fatores de riscos, entre
eles se nota principalmente, os ligados à reprodução e as mutações nos genes BRCA1 e
BRCA2 (GONZALEZ; VERGARA; TREJO, 2019). A partir dos anos 2000 com uso de análise
genômica, pode-se perceber que cada câncer de mama é único e possui padrão genético
exclusivo. Essa descoberta foi essencial para compreender a neoplasia e assim utilizar um
manejo e tratamento mais específico para cada paciente (HORVATH, 2021).
Contudo, antes desse avanço, ocorreu um longo período na história do tratamento do
câncer de mama. É possível encontrar relatos com mais de 3.000 anos retratando casos de
tumores mamários, Hipócrates caracterizou como um tumor maligno de mau prognóstico,
sendo caracterizado como uma lesão pequena que evolui em tamanho, chegando a provocar a
morte da paciente. Já na Roma Antiga, ocorreram as primeiras remoções cirúrgicas desses
tumores com excisão e ainda promoção de margens limpas. Ocorreu uma pausa durante a Idade
Média, com respeito ao tratamento, pois segundo os preceitos da época, a terapia interferia na
ação divina (COTLAR; DUBOSE; ROSE, 2003).
No final do século XIX, um médico chamado William Stewart Halsted, conseguiu
extinguir cânceres mamários no Hospital John Hopkins, nos Estados Unidos. O seu trabalho se
baseava em retirar grande parte da região em torno do seio, dando melhores possibilidades até
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
o momento. No contexto brasileiro, a chegada dessa técnica chegou por volta da década de 20,
chegando a promover uma sobrevida de 3 a 5 anos, um número promissor para época
(TEIXEIRA; NETO, 2020).
Na década de 80, ocorreu no Brasil a reforma sanitária, no qual originou o Sistema
Único de Saúde. Nessa reforma a medicina foi estabelecida baseada em evidências, o que
permitiu a regulação das práticas terapêuticas, aprovando dessa forma, o uso de diferentes
modalidades de tratamento para o câncer de mama, sendo possível assim a associação de
mastectomia, quimioterapia e radioterapia, no intuito de minimizar o sofrimento, tanto pela
doença, quanto pelo próprio tratamento e aumentado a sobrevida das mulheres. Além do
rastreio com objetivo de detecção precoce do câncer de mama, dando oportunidade de
tratamento menos invasivo, tal qual era com a técnica de Halsted (TEIXEIRA; NETO, 2020).
METODOLOGIA
Características da pesquisa
Estratégia de busca
Para a busca dos artigos, foram utilizadas as seguintes bases de dados: Literatura
Latinoamericana y del Caribe en Ciencias de la Salud (LILACS), National Library of Medicine
National Institutes of Health (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Quanto
à estratégia de pesquisa, usou-se os termos “história”, “câncer de mama”, “mastectomia
segmentar" e “procedimentos cirúrgicos" presentes nos Descritores em Ciências da Saúde
(DeCS), os quais foram correlacionados por meio da seguinte forma: ("History"[Mesh]) AND
("Breast Neoplasms"[Mesh]) AND ("Segmental Mastectomy"[Mesh] OR "Surgical
Procedures"[Mesh]). Ademais, foram coletados os estudos publicados até o dia 02 de dezembro
de 2021 e a pesquisa foi feita de forma desassociada entre os autores.
Página 322
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Critérios de exclusão
Aspectos éticos
O artigo segue o Código de Nuremberg, na Declaração de Helsinque e na resolução nº
466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), dispensando a necessidade de submeter ao
Comitê de Ética por ser uma revisão integrativa que não aplica a pesquisa diretamente em
indivíduos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Era Pré-Halsted
O trabalho de arqueologistas ao examinarem múmias egípcias foi negativo quanto à
presença de cânceres de mama. Entretanto, registros contidos no papiro Edwin Smith (3000
a.C.) apresentaram relatos de casos de oito pacientes nas quais era possível a distinção entre
infecção e tumor, tendo em vista seus aspectos descritos. Além disso, o prognóstico detalhado
pelos egípcios acerca dos tumores era de morte, não havendo cura para esses pacientes. Em
partes desses papiros têm-se a descrição do médico Inhotep sobre a enfermidade que assolava
a população, contendo seus ensinamentos sobre “massas salientes no peito (...) que se
espalham” (COTLAR; DUBOSE; ROSE, 2003).
Heródoto descreve uma doença curiosa que acometeu a rainha da Pérsia, Atossa, que
teve em uma de suas mamas o surgimento de um caroço que sangrava e era extremamente
dolorido. Após todo o martírio da rainha, ela pediu a um de seus escravos que extirpasse a
mama doente. Após isso, tem-se o relato que a rainha viveu por mais 3 anos.
Hipócrates foi o primeiro a cunhar a palavra câncer na medicina, referindo-se a uma
massa em formato de caranguejo sob a pele. Em achados escritos de Hipócrates, há a descrição
da patologia como de prognóstico ruim, iniciando com pequenas lesões e ocasionando
posteriormente a morte do indivíduo.
O médico romano Claudius Galeno, aprendiz das teorias hipocráticas, descreve o câncer
como um acúmulo de bile negra, um resultado de uma hiperprodução do corpo. Ainda, propôs
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
em seu tratamento uma mudança dietética associada a purgação, sendo a remoção cirúrgica
avaliada caso a caso de acordo com a localização do tumor.
Andreas Vesalius, considerado o pai da anatomia moderna, iniciou pesquisas a fim de
realizar um mapa anatômico e localizar a bile negra, porém não obteve sucesso e optou em não
publicar suas pesquisas, haja vista a adesão negativa da teoria galênica pela comunidade
científica. Sua contribuição se deu pelo mapeamento detalhado da anatomia da mama, o que
possibilitou, posteriormente, a inserção de ligaduras pelos cirurgiões, com o intuito de
minimizarem os sangramentos durante a ressecção.
Por sua vez e entre os anos 1650-1750, o médico cirurgião e anatomista francês Jean
Louis Petit foi um pioneiro importante na dissecção de tumores de mama. Petit e sua equipe
desenvolveram a metodologia de dissecção em continuidade de tumores primários na mama.
Dessa forma, durante as cirurgias preservava o máximo possível dos tecidos, conservando
estruturas mamilares e pele. Além disso, Petit foi o responsável em sua época pela dissecção de
nódulos axilares aumentados em pacientes com cânceres mamários. Nessas pacientes e caso
fosse necessário, havia também a dissecção de regiões aumentadas da musculatura peitoral e de
suas fáscias.
Era Halsted
Ao final do século XIX William Stewart Halsted, idealizou uma nova técnica cirúrgica
para o tratamento do câncer de mama antes considerado fatal devido a dor e a sepse, a
mastectomia radical (NEWMARK, 2016). Halsted vivenciou um momento em que existiu
avanços na anestesia e assepsia, promovendo a possibilidade de cirurgias mais complexas e
demoradas. A mastectomia radical descrita por Halsted seria um procedimento demorado e
delicado, sendo praticamente sem perda sanguínea considerável (HALSTED; BENSON;
JANTOI, 2014).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A mastectomia radical, então, foi modificada novamente, uma vez que JH Gray
identificou que a fáscia do peitoral maior é desprovida de cadeia linfonodal. Posterior a este
David Patey interpreta estes achados como a possibilidade da não necessidade de retirada do
músculo peitoral maior o que fez com que o procedimento seja menos desconfigurante, além
de apresentar taxas de recidiva e sobrevida semelhantes a mastectomia padrão, sendo nomeada
de mastectomia radical modificada ou mastectomia de Patey e ganhando grande espaço na
comunidade cirúrgica europeia, enquanto a americana ainda defendia o uso da prática
halstediana (ELLIS, 2020; HALSTED; BENSON; JANTOI, 2014).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
cirúrgico de pacientes com câncer de mama operável aborda ambos os principais tumores
linfáticos regionais (AKRAM; SIDDIQUI, 2012).
Existem três modalidades principais de eficácia para terapia médica para câncer de
mama. O mais velho é terapia endócrina (TE) para pacientes cujos tumores expressam
receptores de estrogênio e / ou progesterona, que representam cerca de dois terços dos pacientes
com câncer de mama; a segunda é a quimioterapia (CT) e, finalmente, biológica terapia (BT),
que inclui uma lista crescente de novos agentes dirigidos contra alvos moleculares no câncer
célula e seu ambiente, cujo papel é atualmente avaliado (AKRAM; SIDDIQUI, 2012).
O campo da oncologia agora entrou em uma era de “Medicina personalizada” em que o
objetivo principal é individualizar a terapia para que o benefício máximo possa ser alcançado e
a toxicidade desnecessária minimizada. O câncer de mama é uma doença heterogênea, e crítica
para selecionar os pacientes que irão se beneficiar do adjuvante quimioterapia para reduzir o
risco de recorrência enquanto identifica aqueles que não o fariam, poupando-os de toxicidades
potenciais. O desenvolvimento do Oncotype DX 21-Gene Recurrence Score (RS) é um exemplo
da oncologia personalizada. O Oncotype DX 21-Gene Recurrence Score (RS) foi desenvolvido
como uma ferramenta de prognóstico e preditiva em mulheres com hormônio doença positiva
do receptor (HR) (AKRAM; SIDDIQUI, 2012).
Biópsia de linfonodos axilares/sentinelas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Por mais de 100 anos, a extensão da cirurgia de câncer de mama foi baseada no conceito
Halstediano de câncer de mama como uma doença locorregional que se propagava pelo sistema
linfático e era curada por ressecção (GIULIANO et al, 2017).
Vale destacar que em 1757, o médico francês Henri F. Le Dran foi um dos primeiros
cirurgiões a apoiar o conceito de dissecção axilar como parte integrante do tratamento cirúrgico
do câncer de mama. E, em 1866, o patologista alemão Rudolph Virchow, apoiado por estudos
robustos de autópsia, postulou que os gânglios linfáticos axilares representavam o ponto de
disseminação através dos vasos linfáticos para locais distantes (MAGNONI et al, 2020).
No início da década de 1990, foi introduzida a biópsia do linfonodo sentinela por Krag
et al. e Giuliano et al. que substituiu a dissecção do linfonodo axilar como o método padrão
para avaliação do status do linfonodo axilar no câncer de mama com linfonodo clinicamente
negativo. Quando os resultados são positivos, a dissecção completa dos linfonodos axilares
(ALND) permanece o padrão de tratamento (CYR et al, 2016).
Em 1994, Giuliano et al. realizou biópsia do linfonodo sentinela (SLNB) injetando
corante azul de isossulfano ao redor do tumor. Paralelamente, Krag et al. e Veronesi et al.
introduziram o uso de um marcador radioativo, nanocolóide marcado com tecnécio-99m e uma
sonda gama portátil para detecção de SLN. Até o momento, o “padrão ouro” para detectar o
SLN é o radiotraçador sozinho ou em combinação com o corante azul (THILL et al, 2014).
Atualmente, o atendimento padrão em casos de diagnóstico de câncer de mama T1-T2
N0 clínico, continua sendo por meio de SLNB. Trata-se de um procedimento invasivo e
cirúrgico, onde se utiliza colóide de enxofre radiomarcado e/ou corante azul na mama próximo
ao câncer primário, que através da via linfática chegam aos SLNs que são removidos
cirurgicamente por uma incisão na axila, visando um mapeamento linfático.
Em caso de resultado negativo para metástase de SLN o paciente não será submetido a
ALND.
A SLNB está associada a uma melhor precisão do estadiamento e redução da morbidade
do braço em comparação com a ALND, e pode ser usada para adaptar terapias adjuvantes
individualizadas.
A técnica de combinação de colóide de enxofre radiomarcado e corante azul pode
acarretar desvantagens, como: exposição à radiação de pacientes e profissionais de saúde, forte
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
O câncer esteve relacionado por muitos anos a um prognóstico ruim e que poderia
acarretar na morte do indivíduo. Nas Eras mais antigas, o diagnóstico e o prognóstico das
pacientes acometidas eram precários e o tratamento, ainda não era conhecido.
Ao longos dos anos, o conhecimento sobre o câncer de mama foi se adquirindo e
levando a uma nova era: a Era Hasteld, onde foi possível idealizar novas técnicas cirúrgicas
para o tratamento do câncer de mama, e apesar de ser sem perda sanguínea, havia uma retirada
de todos os componentes em um bloco único, a fim de evitar uma metástase, o que era
desconfigurante e agressivo, entretanto, a melhor chance de cura na época.
Com isso, algumas técnicas surgiram e por serem mais agressivas foram abandonadas.
As técnicas então, foram aperfeiçoadas e se tornaram cada vez mais seguras e com
menos ressecções. Mas ainda assim, a mastectomia Halstediana permaneceu por muito tempo
como padrão-ouro, porém promovia diversas sequelas físicas e psicológicas.
Atualmente a mastectomia radical não é mais realizada, e novos procedimentos
objetivam promover a conservação da mama.
Diagnósticos mais eficazes permitiram um conhecimento mais aprimorado da situação
de cada paciente, com isso procedimentos menos invasivos foram possíveis.
Em acréscimo, surgiram também tratamentos menos invasivos, a título de exemplo: a
radioterapia.
Atualmente, se reconhece que o tratamento conservador das mamas é tão eficaz quanto
a cirurgia radical de mama, e com isso, as cirurgias se tornaram menos radicais. O manejo
cirúrgico hoje aborda os principais tumores linfáticos regionais com o auxílio da biópsia de
linfonodos axilares/sentinelas, o que gera um melhor prognóstico, menor risco de metástase e
aumento da sobrevida dos pacientes, sendo este o procedimento padrão para linfonodos
negativos para metástase nos dias atuais, ainda que haja efeitos adversos.
O câncer de mama ainda é um tema de suma importância para pesquisas e atualizações
de práticas de intervenções, visto que houve uma ampliação da incidência e como consequência
Página 329
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 30
Jairisson Augusto Santa Brigida Vasconcelos, Ana Paula da Silva Costa, Ana
Júlia Melo da Silva, Georgea Viana Ferreira, Lorenna Vidal Rodrigues da Silva,
Bárbara Vitória Monteiro Reis Augusto, Natasha Assunção Oliveira, Lediane
Nunes Camara, Rayzza Marcelly Jesus da Silva, Jamille de Araujo Matos, Livia
Martins de Miranda, Natália Pinto Assunção, Josiane Medeiros Pompeu e
Rosilene Reis Della Noce
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
As Doenças Cardiovasculares (DCV) relacionam-se às alterações funcionais e
morfológicas, como por exemplo, a Insuficiência Cardíaca (IC), Infarto Agudo do Miocárdio
(IAM), Doenças Cerebrovasculares, Acidente Vascular Encefálico (AVE), Doença Arterial
Coronariana (DAC), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) dentre outras, as quais podem
acarretar em prejuízos significativos à saúde humana e são consideradas um problema de saúde
pública em âmbito mundial (ROSSI; POLTRONIERI, 2019).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que em 2030 quase 23,6
milhões de pessoas morrerão de DCV ( WHO, 2016). Estas são uma das principais causas de
mortalidade nas sociedades ocidentais, sendo as Doenças Cardíacas Coronárias (DCC)
responsáveis por mais de 50% dos casos (PSALTOPOULOU et al., 2017). No Brasil, de acordo
com a Sociedade Brasileira de Cardiologia em 2017, as DCV destacaram-se como sendo as
principais causas de mortes, em que a prevalência correspondeu a 383.961 óbitos (FALUDI et
al, 2017).
As DCV não têm o fator causal idade, mas são resultantes de escolhas e estilo de vida
considerados não saudáveis durante as diversas fases da vida do indivíduo,consequentemente,
a manutenção e adoção de práticas saudáveis devem ser feitas ao longo davida da população
(MAHAN; RAYMOND, 2018). Em detrimento disso, o avanço tecnológico da indústria
alimentícia influenciou na transição dos hábitos alimentares de uma dieta baseada em alimentos
in natura ou minimamente processados para o alto consumo de alimentos processados e com
alto nível de processamento (BESERRA et al., 2020).
O Guia Alimentar para a População Brasileira, classifica os ultraprocessados como
aqueles derivados de constituintes alimentares ou produzidos em laboratórios (corantes,
aromatizantes, realçadores de sabor e variados tipos de aditivos para tornar o produto mais
atraente), tornando-os pobres nutricionalmente já que são retirados destes alimentos as frações
consideradas benéficas dos macronutrientes (gorduras, carboidratos e proteínas) (BRASIL,
2014). O aumento expressivo de produtos ultraprocessados no Brasil, ganhou grande
relevância nas últimas décadas principalmente para o público infantojuvenil (LOUZADA et
al., 2015).
A construção de hábitos alimentares durante a infância é essencial para o crescimento,
desenvolvimento infantil e diminuição de incidências de doenças no futuro (PERES et al.,
2020). No entanto, sabe-se que introdução alimentar inadequada implica em prejuízos futuros,
principalmente durante a fase da adolescência, na qual é marcada por alterações no
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
diferente do inglês , português e espanhol, bem como, estudos que não abordassem os
públicos de interesse.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
BORSATO Relação entre Avaliar a relação Os adolescentes que Diante das evidências
FASSINA, 2020 estado nutricional, entre o estado apresentaram risco do presente estudo,
consumo alimentar nutricional, o cardiovascular pela conclui-se que houve
e risco consumo alimentar RCEst, constatou-se associação significativa
cardiovascular em e o risco que este esteve de casos de sobrepeso e
adolescentes de um cardiovascular de associado àqueles com obesidade com o risco
município do Rio adolescentes sobrepeso e obesidade cardiovascular e com a
Grande do Sul. matriculados nas (p≤0,001). Ainda, ingestão elevada de
escolas municipais quanto ao consumo lipídios.
e estaduais de um alimentar, verificou-se
município do Rio que o consumo de
Grande do Sul. lipídios tanto em
quilocalorias como em
percentual diário foi
significativamente
superior para aqueles
que apresentaram risco
cardiovascular.
(p=0,026; p=0,029,
respectivamente).
Página 336
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
KÖNCKE et al., El consumo de Estimar a ingestão Foi possível observar Os dados encontrados
2021 productos calórica e de que em média, a permitem afirmar que o
ultraprocesados y nutrientes adequação calórica consumo de PUPs é
su impacto en el associada às atingiu 113% da generalizado, acontece
perfil alimentario doenças não necessidade do grupo e a partir de idade
de los escolares transmissíveis, 54% dos escolares precoce e que seu maior
uruguayos. segundo o nível de consomem calorias em consumo está associado
processamento de excesso. 28% das a um perfil alimentar
alimentos em calorias vêm de desfavorável.
escolares de 4 a 12 Produtos
anos na cidade de Ultraprocessados
Montevidéu. (PUP) e 18,9% vêm de
açúcares livres, o que
equivale a praticamente
100 gramas de
Página 337
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
consumo diário. O
consumo de PUPs foi
encontrado em
praticamente todos os
escolares estudados e
esteve associado a um
perfil alimentar mais
desfavorável, que
aumenta à medida que
aumenta o consumo.
Rocha et al. (2017) por intermédio de uma revisão de literatura investigou a relação
entre os padrões alimentares e o risco cardiovascular em crianças e adolescentes. Portanto, o
estudo mostrou que padrões alimentares pouco saudáveis caracterizados pela ingestão de
alimentos ultraprocessados, os quais correlacionaram-se positivamente com as alterações
cardiometabólicas. Mediante isto, os hábitos alimentares observados foram marcados pelo
consumo excessivo de refrigerantes, alimentos ricos em carboidratos simples, fast food,redução
do consumo de frutas e vegetais, adoção de dietas monótonas, e a ausência de algumas refeições
por parte destes indivíduos.
Sapunar et al. (2018) avaliou o risco de aterogênese em uma amostra de escolares, onde
autores mostraram que 54,3% dos alunos apresentavam alto risco aterogênico, além da
associação com o consumo de ultraprocessados. Ademais, as médias antropométricos: peso,
Circunferência da Cintura (CC) e Índice de Massa Corporal (IMC) foram significativamente
maiores quando os adolescentes estavam em categorias alteradas para o índice Castelli I
(Colesterol Total / Colesterol de Lipoproteína de Alta Densidade) e II (Colesterol de
Lipoproteína de Baixa Densidade / Alto Densidade de Colesterol de Lipoproteína),
corroborando, portanto, com os resultados apresentados nesta pesquisa.
Página 338
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Ramírez-Vélez et al. (2017) ao analisarem o risco cardiovascular pela razão cintura para
estatura (RCEst) em adolescentes colombianos, notaram que os valores obtidos estavamacima
do preconizado. Além disto, notou-se uma alimentação marcada pelo consumo habitual de
alimentos ultraprocessados, em que se assemelharam aos resultados proposto por Borsato e
Fassina (2020), onde o público adolescente avaliado apresentou um elevado risco
cardiovascular segundo a avaliação da RCEst ligado a uma ingestão elevada de lipídios.
Ademais, a RCEst também, associa-se a maior produção de citocinas como IL-6 e
TNF-a no organismo, no qual consoante Sijtsma et al. (2014) quando em excesso podem
correlacionar-se com o risco de desenvolvimento de condições clínicas ligadas à síndrome
metabólica, que inclui a aterosclerose, hipertensão arterial, hiperlipidemia e a diabetesmellitus.
Os resultados encontrados por Miranda et al. (2015) demonstraram uma prevalênciade
sobrepeso, obesidade e de elevado percentual de gordura corporal em escolares da rede privada
de ensino, em que pode ser considerada como fator de risco para o desenvolvimento de doenças
crônicas.
Já para Guse, Busnello e Frantz (2017) evidenciou em seu trabalho que 87,86% dos
alunos no turno da manhã e tarde consumiam alimentos com alto teor de processamento.
Portanto, o estudo supracitado, assemelhava-se ao trabalho proposto por Melo et al. (2019)
em que foi identificado a relação entre o excesso de peso, risco para doenças cardiovasculares
e uma forte inserção do consumo de ultraprocessados por parte de escolares na rede privada no
município de Teresina, no estado do Piauí.
Karnopp et al. (2017) por meio de seus resultados identificou uma elevada
participação energética de alimentos ultraprocessados na alimentação de crianças menores de
6 anos em detrimento do menor consumo de alimentos in natura e minimamente processados,
tanto entre a populacão com menor renda quanto aquela com renda superior, principlamnete
relacionado ao consumo de doces. Assim, percebeu-se que a ingestão destes produtos além de
não se limitar à renda, tornou esses indivíduos mais vulneráveis a doenças crônicas não
transmissíveis.
Além disso, segundo o estudo de Vitolo et al. (2013), ao avaliar crianças de baixa renda
em uma cidade da região metropolitana do Rio Grande do Sul, constatou-se que os alimentos
ultraprocessados eram implementados com frequência na sua rotina alimentar. Posto isso,
dentre os mais consumidos, eram os pães (78,8%), bebidas açucaradas (75,6%), snacks doces
(63,2%), biscoitos (52,5%), embutidos (42,9%), chips (17,7%) e macarrão
Página 339
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 340
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Posto isso, pode-se averiguar por intermédio da análise dos estudos selecionados que
é prevalente entre crianças e adolescentes uma elevada ingestão de alimentos ultraprocessados,
onde são marcados por um acentuado conteúdo de gordura saturada, adição de açúcar, sódio e
alta densidade energética, que quando consumidos com regularidadeacabam tornando-os mais
vulneráveis a complicações cardiometabólicas, além de outras condições como obesidade,
síndrome metabólica, dislipidemias e dentre outras.
Além do mais, as alterações nos parâmetros antropométricos: peso, CC, IMC, RCEst
e exames laboratoriais estiveram correlacionados às situações agravantes para a maior
probabilidade de eventos cardiovasculares.
Entretanto, ainda é necessário haver mais pesquisas que façam a relação entre o
consumo de alimentos ultraprocessados dentre os públicos analisados, uma vez que ainda é
uma temática pouco explorada no campo da literatura científica.
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Página 344
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 31
Ana Thaís Motta dos Santos Fiuza, Taís Mendes Araujo dos Santos,
Matheus Rocha Peregrino, Matheus Santos Azevedo, Ritieli Mallagutti
Corrêa, Catarina Borges Gonçalves, Yasmim de Jesus Oliveira,
Ivanessa Ramos de Souza e Rafael dos Santos Souza
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o campo da Odontologia passou por uma série de mudanças no
que diz respeito à opinião da sociedade sobre essa profissão, à formação e atuação dos
profissionais e ao mercado de trabalho (FERREIRA et al., 2013). Com relação a esse último
aspecto, as transformações transcendem o mero aumento do quantitativo de dentistas,
caracterizando-se pela complexificação desse mercado, mediante o aparecimento de uma
diversidade de modalidades de inserção (BLEICHER, 2016).
A análise da conjuntura desse mercado de atuação profissional, por sua vez, relaciona-
se à construção social em que se desenvolve. Isso porque as modalidades de inserção do
profissional odontólogo no mercado de trabalho acompanham o contexto político, econômico
e social, suscitando diversas modificações em aspectos relacionados, por exemplo, à força de
trabalho, à satisfação profissional e às tendências sociais do exercício da Odontologia
(FERREIRA et al., 2013).
Nesse sentido, no Brasil em especial, essa temática merece destaque, visto que, mesmo
com a crescente ramificação da prática, ainda há uma concentração de profissionais
odontólogos em determinadas áreas de atuação. Soma-se a esse fato a desregular distribuição
destes profissionais no território brasileiro, com a concentração destes no setor privado, nas
regiões Sul e Sudeste e nos centros urbanos (FERREIRA et al., 2013; GARBIN et al., 2013;
MATHIAS et al., 2015; BLEICHER, 2016).
Ademais, é possível constatar que a atenção odontológica no Brasil, sobretudo nos
serviços públicos, ainda enfrenta desafios, já que, mesmo com a expansão desenfreada de cursos
de Odontologia, parte considerável da população brasileira não desfruta da assistência em saúde
dentária (FERREIRA et al., 2013). Nessa perspectiva, o presente capítulo buscou traçar um
panorama acerca dos aspectos relacionados à inserção e prática do profissional odontólogo no
mercado de saúde no Brasil, bem como explicar sua atual conjuntura, dinâmica e seus reflexos
na saúde bucal e dentária da população brasileira.
2. METODOLOGIA
Este estudo consiste em uma uma revisão narrativa de cunho descritivo referente a
inserção do profissional odontólogo no mercado de trabalho em saúde. A coleta dos dados foi
feita no período de agosto à novembro de 2021, a partir da busca online de artigos científicos
indexados na base de dados Scientific Library Online (SciELO).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Os critérios utilizados para a inclusão dos artigos foram: (1) estarem dentro do eixo
temático do mercado de trabalho da Odontologia no Brasil; (2) serem artigos produzidos em
língua portuguesa; (3) serem artigos científicos publicados na íntegra. Por outro lado, no que se
refere aos trabalhos não incluídos, os seguintes critérios foram aplicados: (1) não terem como
eixo temático o mercado de trabalho da Odontologia no Brasil; (2) serem artigos produzidos
em língua estrangeira.
Dada a seleção dos artigos conforme os critérios de inclusão anteriormente definidos,
foi realizada uma leitura exploratória do material encontrado, com posterior leitura seletiva e
escolha dos artigos condizentes com os objetivos do presente estudo. Por último, os textos
foram analisados e interpretados para a redação deste capítulo.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Página 347
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 349
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A atuação desse trabalhador no mercado, por sua vez, engloba múltiplas possibilidades.
Nessa perspectiva, hodiernamente, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) reconhece
dezenove áreas de atuação para o profissional odontólogo, a saber: Cirurgia e Traumatologia
Buco Maxilo Facial, Dentística, Disfunção Têmporo Mandibular e Dor Orofacial, Endodontia,
Estomatologia, Imaginologia e Radiologia Odontológica, Implantodontia, Odontologia Legal,
Odontologia do Trabalho, Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais,
Odontogeriatria, Odontopediatria, Ortodontia, Ortopedia Funcional dos Maxilares, Patologia
Bucal, Periodontia, Prótese Buco Maxilo Facial, Prótese Dentária e Saúde Coletiva. Dentre
essas, ainda conforme dados do CFO, Ortodontia, Endodontia, Prótese Dentária e Periodontia
estão entre as especialidades mais procuradas pelos estudantes.
Essas possibilidades de atuação profissional dos odontólogos podem ser analisadas à luz
da construção social em que se desenvolvem. Isso porque, conforme Ferreira e colaboradores
(2013), toda prática profissional é fruto não apenas do que se pratica ou do que se ensina nas
universidades, mas também da diversidade e dinamicidade dos processos que ocorrem na
sociedade. Nesse viés, entende-se que as modalidades de inserção do profissional odontólogo
no mercado de trabalho descritas anteriormente acompanham o contexto político, econômico e
social, suscitando diversas modificações em aspectos relacionados, por exemplo, à força de
trabalho, à satisfação profissional e às tendências sociais do exercício da Odontologia
(FERREIRA et al., 2013).
Desse modo, considerando os locais em que o profissional odontólogo pode vir a atuar,
essa força de trabalho da saúde pode ser dividida em dois grandes grupos, os que atendem no
Sistema Único de Saúde e os que não atendem, de acordo com o registro realizado no Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), uma base de dados utilizada para analisar a
força de trabalho no setor da saúde (CASCAES et al., 2018).
A esse respeito, tem-se que, ao longo do século XX, a Odontologia compreendeu uma
prática fundamentalmente privada e voltada às demandas de estética e de reposição dentária
dos mais ricos, sendo a atuação no setor público incipiente e direcionada à prestação de serviços
contidos em programas assistenciais, que eram limitados a alguns grupos populacionais ou
disponibilizados ao contribuintes do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência
Social (INAMPS), mediante convênios entre o Estado e o setor privado (CASCAES et al.,
2018).
Atualmente, um fato interessante a ser observado é que, dentro dessa esfera privada, os
profissionais de Odontologia têm prestado não apenas cuidados relacionados à saúde bucal, mas
também tratamentos estéticos, que exigem um dentista especializado na área. Nesse contexto,
Página 350
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
existem algumas técnicas utilizadas para corrigir estética e funcionalmente os dentes, gengiva,
lábios, expressão facial, função muscular facial, marcas de expressão, maxila, mandíbula, entre
outros. O uso da toxina botulínica, popularmente conhecida como “botox”, e do preenchimento
facial com ácido hialurônico, por exemplo, provocaram avanços importantes na área
odontológica, atendendo aos crescentes anseios estéticos da população (PORTAL UOL, 2021).
Por outro lado, Ferreira e colaboradores (2013) observaram que uma parcela dos novos
profissionais também almeja o trabalho no setor público, apontando uma mudança no espaço
de atuação antes priorizado na esfera privada, a despeito de ainda haver um grande interesse
pelo consultório particular. Esse aspecto pode ser visualizado, ainda, a partir da constatação do
fortalecimento de políticas públicas que elevam a saúde bucal a uma importante questão na
agenda de prioridades em saúde. Sob essa perspectiva, resgata-se que, no âmbito público, a
incorporação dos cirurgiões-dentistas na Estratégia de Saúde da Família (ESF), por intermédio
da Portaria nº 1.444 de dezembro de 2000, e a Política Nacional de Saúde Bucal, publicada em
2004, resultaram na expansão do número de equipes de saúde bucal na ESF, no aumento do
acesso aos serviços especializados e no crescimento dos subsídios federais para a área
odontológica. Com efeito, a inserção e atuação do odontólogo no setor público, outrora vistas
com ressalvas, conforma-se como resultado da vontade de se obter uma estabilidade financeira,
amenizando a incerteza do exercício profissional no campo privado (CASCAES et al., 2018).
Entretanto, não se pode perder de vista que, embora o setor público tenha se tornado um
grande empregador dos odontólogos, a Odontologia de mercado ainda concentra o maior
número de profissionais, na qual se observa uma estagnação do setor privado autônomo e uma
expansão gradativa das modalidades odontológicas na saúde suplementar (GARBIN et al.,
2013). Nesse sentido, cabe, ainda, apontar a problemática da distribuição desigual dos
odontólogos entre as regiões brasileiras. Com relação a esse aspecto, a despeito da grande
quantidade de profissionais odontólogos brasileiros que é evidenciada, a título de
exemplificação, pelo estrangulamento do mercado privado, uma grande parte da população
continua sem assistência necessária. No que tange a esse fato, de acordo com Ferreira e
colaboradores (2013), já no ano de 2010, existia um panorama de saúde bucal preocupante no
país, no qual coexistiam mais de 20 milhões de desdentados e cerca de 240 mil cirurgiões-
dentistas.
Esse quadro é explicado pela distribuição desigual dos odontologistas no contexto
brasileiro, a partir da qual se verifica uma concentração desses profissionais nas regiões Sul e
Sudeste e nos centros urbanos (GARBIN et al., 2013; MATHIAS et al., 2015; BLEICHER,
2016). Ademais, tem-se que, permeando esse cenário, no setor público, há muitos habitantes
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
para poucos cirurgiões-dentistas, enquanto na esfera privada, existem poucos habitantes para
muitos profissionais (CASCAES et al., 2018).
Um fator que pode explicar essas situações é que o quantitativo de cursos de graduação
e especialização também se localizam, majoritariamente, nos estados do Sul e Sudeste.
Outrossim, ainda que a políticas públicas de saúde bucal estimulem o deslocamento de
profissionais para os municípios do interior, a fim de melhorar o acesso aos serviços
odontológicos e minimizar a vulnerabilidade dos habitantes dessas localidades, não garantem,
por si só, uma redistribuição significativa desses aspectos. Por último, cabe citar que os pólos
formadores e a população de maior poder aquisitivo se situam nos grandes centros urbanos,
fazendo com que muitos cirurgiões-dentistas permaneçam nesses espaços e procurando aliar a
atuação no setor público com a atividade em consultórios ou clínicas privadas (CASCAES et
al., 2018).
4. CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
5. REFERÊNCIAS
PORTAL UOL. Dr. Alexandre Morita fala sobre crescimento da Odontologia Estética e
Dentística. Foco nos Negócios. 2021. Disponível em
<http://www.foconosnegocios.com.br/dr-alexandre-morita-fala-sobre-crescimento-da-
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Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/csc/a/THxyRkdy5PMkVCJbfVrkmYy/?lang=pt&format=pdf>.
Acesso em: 22 de outubro de 2021.
Página 353
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 32
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa, devendo seguir de maneira criteriosa o
procedimento preconizado, pretendendo identificar e selecionar as principais
características das publicações: A produção deste estudo foi realizada através de seis
passos: 1ª Fase: elaboração da pergunta norteadora; 2ª Fase: busca ou amostragem na
literatura; 3ª Fase: coleta de dados; 4ª Fase: análise crítica dos estudos incluídos; 5ª Fase:
discussão dos resultados; 6ª Fase: apresentação da revisão integrativa.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
busca foi realizada por dois autores que revisaram a literatura para seleção dos artigos
que compuseram a amostra. Posteriormente, as listas foram comparadas e, no caso de
divergências, um terceiro autor, com experiência no tema investigado, tomou a decisão
com base nos critérios determinados de inclusão e exclusão, como forma de garantir rigor
ao processo de seleção dos artigos. Foram utilizados os seguintes descritores
padronizados e disponíveis em Medical SubjectHeadings: “Oils Volatile’’ “Therapeutic
Uses” "Dentistry" os quais foram combinados através do operador booleano “AND” de
forma a restringir a amplitude da pesquisa e os termos.
Além do mais, os dados alcançados através da coleta estão apresentados por meio
de figuras, de forma que possibilite um melhor entendimento dos estudos da revisão
integrativa, e se encontram expostos de forma descritiva.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1. Processo de seleção do fluxograma para os estudos incluídos nesta revisão integrativa
Página 357
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
nas bases de dados. Assim, as publicações foram classificadas em A1 até A5, para dar
característica a cada estudo selecionado na revisão. Os estudos foram publicados no
período de 2014 a 2021, seguindo os critérios dos últimos dez anos. Seguindo os critérios
de busca, foram utilizados estudos no idioma português e inglês. A amostra é composta
por 5 estudos que apresentam os seguintes delineamentos metodológicos: 1 Estudo de
Ensaio Clínico Randomizado controlado, 1 Estudo clínico piloto randomizado, 2 Ensaios
Clínicos Randomizado e Estudo Duplo-cego Controlado e 1 Ensaio Clínico
Randomizado, crossover, Estudo duplo- cego. Os objetivos do estudo são claros e de fácil
compreensão.
Página 358
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 359
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
No que diz respeito a etiologia, óleos essenciais podem ser extraídos de flores,
folhas, ramos, cascas, sementes, frutos, raízes e rizomas e botões de plantas. Além disso,
possuem compostos aromáticos voláteis, que apresentam potencial ação antimicrobiana,
já que podem atuar como mecanismos antimicrobianos nas funções das células
bacterianas. Ainda nesse contexto, afirma-se que bactérias gram-positivas como a
Staphylococcus aureus e Bacillus Cereus encontram-se mais vulneráveis aos óleos
essenciais, quando contrastadas com as gram-negativas (LOBO, 2014; POMBO, 2018),
possuindo a S. aureus maior relevância clínica, já que é a espécie mais rotineiramente
isolada em humanos, além de mais virulenta, sendo o principal agente patogênico
envolvido na causa de infecções no ambiente clínico/hospitalar. Com isso, é possível
inferir que este produto de origem natural possui um amplo espectro de ação
antibacteriana (SANTOS, 2021).
Contudo, de acordo com os autores, ainda não foi possível determinar a real
eficácia dos óleos essenciais, pois a adição do álcool nos enxaguantes foi responsável por
apresentar melhores resultados no retardo da formação de placa supra e subgengival, no
entanto, mesmo sem a adição do componente alcoólico, ainda foi possível observar um
bom resultado nesse retardo (SPULDARO, 2021). Ademais, Charugundla et al., (2015)
afirma que, bochechos com clorexidina e flúor possuem uma eficácia maior do que os
óleos essenciais, em indivíduos que possuem cárie. Porém, ainda são necessários mais
estudos comparando diferentes combinações de enxaguantes bucais, em amostras
maiores.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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CAPÍTULO 33
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A assistência qualificada e segura ao paciente requer meios organizacionais. Com isso,
a cultura da Segurança do Paciente é primordial para amenizar os possíveis riscos e danos
causados aos pacientes. Refere-se a um processo permanente embasado em várias ações,
como atividades educativas, formas sistematizadas para analisar e detectar eventos adversos
(EA) – quaisquer danos ou lesão causado ao paciente em decorrência de intervenção da
equipe de saúde – e as inúmeras situações das quais propiciam risco (ANDRADE et al.,
2018).
Consoante a Andrade et al. (2018), mundialmente, incidentes que ferem a Segurança
do Paciente acontecem comumente. Entretanto, no Brasil a frequência de Eventos Adversos
(EA) é maior. E visando amenizar os EA, a Cultura de Segurança do Paciente (CSP) foi
instituída com a finalidade de favorecer a implantação de práticas seguras e diminuição de
incidentes de segurança. A CSP é definida como o produto de valores, atitudes, percepções,
competências e padrões de comportamento de grupos e de indivíduos. Sendo assim,
determinando que o compromisso, estilo e proficiência façam parte no manejo e organização
da segurança em saúde.
Neste contexto, avaliar a cultura de segurança é de suma importância e de variáveis
utilidades como: diagnosticar o nível de cultura de segurança, possíveis riscos de dano,
benchmarking interno e externo, evolução das intervenções de SP e acompanhar evolução da
CSP com o tempo, bem como a notificação de incidentes. Além disso, para uma avaliação
correta, precisará selecionar ferramentas adequadas, métodos de coletas de dados válidos,
aplicar o plano de ação e iniciar as transformações. Dentre as ferramentas utilizadas para
mensurar a CSP, pode-se citar: listas de verificação, avaliação de risco ambiental, entrevistas
estruturadas, análise de causa-efeito, todavia, o método mais usado é a avaliação via
questionário de autopreenchimento (ANDRADE et al., 2018).
Página 364
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa (RI) de literatura que é um meio científico de
pesquisa a qual proporciona a análise de estudos científicos através da síntese de saberes e
junção dos resultados de estudos. Sendo assim, facilitando a compreensão do tema
selecionado e a propagação dos conhecimentos elaborados pelos autoes (SOUZA et al.,
2017).
Este estudo científico foi executado no período de dezembro de 2021, realizado nas
bases: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura
Médica (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Para a busca foram
empregues os descritores indexados em Ciências da Saúde (DeCS): “Administração em
Saúde”, “Fatores de Risco”, “Qualidade da Assistência à Saúde”, “Prática Profissional” e
“Segurança do Paciente”, utilizando para o cruzamento o operador Booleando AND,
resultando na seguinte estratégia de busca: “Administração em Saúde” AND “Fatores de
Risco” AND “Qualidade da Assistência à Saúde” AND “Prática Profissional” AND
“Segurança do Paciente”.
Teve como recorte temporal de 2016 a 2021, além de ser fundamentado no protocolo de
busca elaborado previamente para o levantamento e leitura minuciosa dos artigos. Foram
adotados como critérios de inclusão: artigos nos idiomas português, inglês e espanhol,
publicados nos últimos cinco anos, textos completos gratuitos e que respondessem ao objetivo
do estudo. Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados nas bases, publicações fora do
recorte temporal definido e que não se relacionaram ao objetivo proposto. Desta busca, foram
recuperados 38 artigos e posteriormente submetidos aos critérios de seleção, resultando em 07
artigos elegíveis ao estudo (Quadro 1).
Quadro 1. Caracterização dos artigos elegíveis ao estudo quanto ao título, autores, ano de publicação, base de
dados e objetivos. Brasil, 2021.
CÓDIGO TÍTULO DO AUTORES ANO REVISTA OBJETIVOS
ARTIGO
A.1 A metodologia de DE SOUSA, Luís 2017 Revista Apresentar os
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após serem submetidos aos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 32
artigos, dos quais 07 permaneceram como amostra. Para a análise, foram escolhidos artigos
que respondessem ao objetivo da pesquisa, fornecendo aos autores conhecimentos fidedignos
acerca do tema em estudo.
Consoante a Cestari et al. (2017), anualmente, os Estados Unidos da América (EUA)
sofrem 98 mil mortes por erros que poderiam ser evitados no ambiente hospitalar, tornando-se
um fato preocupante ao setor hospitalar e a todos os trabalhadores de saúde. Estas falhas –
ação que ocorre fora do planejado ou aplicação incorreta do plano – podem ser originadas por
erros médicos, negligências e realização incorreta de procedimentos. Ademais, diversos
outros estudos explanam que as práticas dos profissionais de saúde demonstram um aumento
nas taxa de EA, destacando-se: procedimentos cirúrgicos, infecções hospitalares,
administração de medicamentos, falhas no setor de acolhimento, dentre outros danos e
práticas inadequadas que chegam a ocasionar mortes.
A falta de recursos materiais gera impactos na assistência e oferece risco aos
pacientes. Destacando-se como principais dificuldades infraestruturais: falta de grades nas
camas, faltam de cadeiras e macas, ausência de campainhas de comunicação e sinalização no
leito, cadeiras de banho e camas em condições inadequadas e recursos materiais escassos. Foi
possível identificar casos de EA graves devido à falta de investimentos em equipamentos
médicos e dispositivos utilizados na assistência, um exemplo simples é a desregulação de
monitores na Unidade de Terapia Intensiva. Quanto aos recursos humanos fica explícito que
alguns aspectos de recursos humanos no ambiente de trabalho, influenciam diretamente na
Segurança do Paciente: número reduzido de trabalhadores, sobrecarga de trabalho, estresse,
atrasos nos salários, baixa remuneração e alta rotatividade dos profissionais. Esses impactos
dificultam a realização de uma prática segura (CESTARI et al., 2017).
Andrade et al. (2018) realizou uma pesquisa em um determinado hospital, onde afirma
que a maioria das pessoas com cargo de coordenação desconheciam todos os aspectos
relacionados à segurança do paciente até ingressar no hospital em estudo. Ademais,
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Logo, torna-se notório que os protocolos de Segurança do Paciente devem ser
implementados nos serviços de saúde. Outrossim, é imprescindível que as práticas instituídas
sejam transfiguradas para o real e não continuem como apenas prescritas. Igualmente, fazem-
se necessários investimentos na estrutura física e de materiais, almejando uma assistência de
seguridade e qualidade. Os desafios impostos pelos recursos morais e humanos
negligenciados devem ser superados, alcançando uma prática segura nos cuidados da saúde.
Destarte, é inescusável que a segurança do paciente ainda é mal assistida em vários
hospitais no Brasil e no mundo. Também se fazem imprescindíveis intervenções
organizacionais no âmbito governamental e gestão, tendo em vista de que somente o hospital
privado apresentou escores elevados na cultura de segurança do paciente. São imprescindíveis
estudos inéditos dos quais identifiquem novas fragilidades e fortalezas de segurança. Sendo
assim, é preciso o investimento em equipamentos e infraestrutura em geral, visando melhorar
a assistência e ofertando seguridade a todos os pacientes e a todos que se encontram no
ambiente hospitalar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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brasileiros com diferentes tipos de gestão. Ciencia & saude coletiva, v. 23, p. 161-172, 2018.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
MOREIRA, Felice Teles Lira dos Santos et al. Estratégias de comunicação efetiva no
gerenciamento de comportamentos destrutivos e promoção da segurança do paciente. Revista
Gaúcha de Enfermagem, v. 40, 2019.
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CAPÍTULO 34
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INTRODUÇÃO
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MATERIAIS E MÉTODO
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Quadro 1
Autores Ano Título Método
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 35
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Considera-se pessoa com deficiência (PcD) aquela que apresenta dificuldades a longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
mais barreiras, pode influenciar em sua participação plena na comunidade e em igualdade de
condições com as demais pessoas. (BRASIL, 2015). As principais causas da deficiência
podem ser decorrentes de transtornos congênitos e perinatais, causadas por assistência
insuficiente ou inadequada a mulheres na fase reprodutiva; doenças infecciosas e crônicas não
transmissíveis; doença mental; uso de álcool e drogas; desnutrição, trauma e lesões,
especialmente nos centros urbanos mais desenvolvidos, onde a incidência de violência e
acidentes de trânsito tem aumentado. (BRASIL, 2008).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
dignidade de cidadão não pode ser assegurada. Logo, tem-se a acessibilidade como uma forma
de complementar o direito à vida. (PIMENTEL; PIMENTEL, 2010).
Deve-se destacar que as ações de saúde voltadas para a pessoa com deficiência devem
ser constituídas de uma combinação de diferentes necessidades. Uma vez diagnosticada
qualquer lesão que possa causar incapacidade, os cuidados e o acompanhamento para com esse
segmento devem ser iniciados o mais rápido possível. Caso contrário, o desenvolvimento e a
qualidade de vida serão irremediavelmente prejudicados, afetando sua participação social no
mercado de trabalho ou na vida em comunidade. (BERNARDES et al., 2009).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
Outros referenciais foram selecionados, desde que atendessem aos seguintes critérios
de inclusão: estudos que apresentassem em seus títulos, resumos e/ou palavras-chaves a
acessibilidade à pessoa com deficiência, ocupações significativas desse público, as possíveis
privações experimentadas pelo PcD e a atuação do terapeuta ocupacional nesse contexto;
estudos que contivessem em seu assunto central a acessibilidade da pessoa com deficiência e
atuação terapêutica ocupacional nesse âmbito; idioma português e publicados nos últimos 5
anos. Entre os critérios de exclusão foram aplicados: literatura marrom, artigos que estavam
fora do formato original e qualquer publicação em formato de revisão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
dos textos na íntegra, foram selecionados 12 artigos que estavam em conformidade com os
objetivos da pesquisa, sendo 1 deles excluído por estar repetido entre as bases de dados.
Tabela 1: Artigos selecionados nas bases de dados eletrônicas dispostos em: 1º autor,
ano de publicação e revista correspondente.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Passageiros com deficiência visual Talita Naiara Rossi da 2019 Cadernos Brasileiros de
no transporte aéreo: avaliação da Silva Terapia Ocupacional
acessibilidade em aeroportos
Dando continuidade à série de desafios enfrentados por essa população, Dutra (2021)
aponta que existem barreiras à livre circulação de pessoas com limitações físicas, cognitivas,
sensoriais e/ou funcionais, temporárias ou permanentes. Entre elas, encontram-se os obstáculos
arquitetônicos relacionados à infraestrutura e ao espaço físico, dificultando a locomoção e
deslocamento das pessoas nesses espaços, como é o caso também dos aeroportos, conforme
analisa Silva et al. (2019). Como forma de reduzir as barreiras existentes, Galvan et al. (2019)
e Gomes (2020) afirmam que deve-se pensar em meios para melhorar a acessibilidade dos
locais, visto que a condição física pode ser enfatizada na desigualdade por barreiras ambientais,
para isso, devem ser aplicados projetos que visem suprir as demandas da maioria dos
indivíduos, a fim de que as barreiras que desfavorecem o desempenho ocupacional de
determinada população sejam extinguidas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
deficientes visuais e um dos pontos levantados foram as barreiras urbanísticas para a realização
dos esportes, como calçadas desniveladas, desgastadas, estreitas ou com muitos obstáculos,
ausência de sinalização sonora, entre outros. Além disso, também foi pontuado que o próprio
esporte -a corrida de rua- tem algumas limitações específicas como é o caso da confiabilidade
de um corredor guia ou das estruturas disponibilizadas durante as competições que, por muitas
vezes não seguem a proposta da Norma Brasileira de Acessibilidade, fatos esses que prejudicam
a plena participação das pessoas com deficiência nos esportes (FELICIANO et al., 2019).
Apesar das grandes barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência, alguns achados
já apresentam um olhar mais inclusivo em algumas práticas para estimular a participação social
desse público, como é o exemplo do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha. Embora não
esteja localizado no Brasil é um belo exemplo a ser seguido. É um espaço que foi construído
sob as bases do desenho universal e busca amplamente ser um museu acessível a todos,
possuindo estratégias que atendem as necessidades específicas de cada visitante como o braille,
fonte ampliada, vídeo guia, entre outros. No estudo o museu realizou uma visita guiada,
interativa e com mediação acessível que promoveu, principalmente, para a pessoa com
deficiência, a ideia de pertencer àquele espaço e àquela história, proporcionando também uma
igualdade de direitos ao acesso a sua própria cultura (SALASAR; MICHELON, 2018).
Muitos profissionais têm se dedicado e aprimorado suas técnicas para lidar com a
realidade das pessoas com deficiência, e o terapeuta ocupacional é um deles. Historicamente, a
terapia ocupacional tem baseado sua intervenção na compreensão acerca do modo de vida que
reflete no cotidiano e de que forma ele, como profissional, pode contribuir para favorecer
processos emancipatórios de vida e autonomia, seja para possibilitar acesso a um direito e
participação na vida social ou para fornecer uma tecnologia assistiva, por exemplo.
(NOGUEIRA; OLIVER, 2018).
Sob este viés, o terapeuta ocupacional é o profissional que atua nos ambientes e
contextos, buscando tratar e prevenir possíveis agravos que esse ambiente pode acarretar, além
de realizar adaptações a nível atitudinal, organizacional e ambiental, visando sempre otimizar
o desempenho funcional mantendo a autonomia e independência dos indivíduos, entendendo
que a inclusão vai além de contratar ou matricular uma pessoa com deficiência, ela precisa ter
oportunidades de ocupar e permanecer nesses lugares (NASCIMENTO, 2020).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Por meio desse estudo foi possível identificar que a acessibilidade à pessoa com
deficiência enfrenta barreiras históricas e, muitas vezes, impossibilita as ocupações diárias de
muitos indivíduos. Os resultados identificaram que a PcD enfrenta obstáculos quanto à
comunicação, estrutura arquitetônica e limitações sensoriais, ocasionando a segregação do meio
social. Diante disso, é importante ressaltar o papel do terapeuta ocupacional frente às demandas
de acessibilidade, visto que sua intervenção é crucial para que as pessoas com deficiência
possam desempenhar suas ocupações de forma plena e eficaz no contexto em que estão
inseridos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com
Deficiência). Brasília, DF, 2015.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
WILCOCK, A. A.; TOWNSEND, E. A.. Justiça ocupacional. In: CREPEAU, E.; COHN, E.;
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 36
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Brasil, que é o país que mais mata pessoas trans no mundo (Trans Murder Monitoring, 2020).
Por se sentirem desconfortáveis com a própria voz, muitas mulheres trans e travestis buscam
meios para readequar seus aspectos vocais e de fala a um padrão comunicativo com o qual se
identifiquem e se sintam representadas (SEGER, 2019). Esta readequação não pode ser
alcançada por meio da terapia hormonal, já que esta não tem efeito sobre a massa das pregas
vocais, que já sofreram a ação da testosterona (BARBOSA, 2019; COSTA, 2020), fazendo com
que algumas pacientes optem por cirurgias laríngeas para feminização vocal ou fonoterapia
(CIELO, 2021). A maioria, no entanto, acaba por tentar adequar suas vozes da maneira que
conseguem, fazendo assim, ajustes laríngeos sem técnica e que podem acabar por trazer
problemas vocais. (LOPES , 2019).
O fonoaudiólogo é o profissional da comunicação humana como um todo, sendo
habilitado a realizar a readequação dos aspectos vocais, de fala e expressão comunicativa de
mulheres transgênero e travestis, fazendo parte da equipe multiprofissional de atenção à pessoa
trans, no SUS (PORTARIA Nº 2.803, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2013) . Além da terapia, o
fonoaudiólogo também possui um papel importante no processo de transformação social e
ruptura de estigmas e preconceitos na área da saúde a respeito deste público, contribuindo
assim, para sua saúde vocal e psíquica (SEGER, 2019).
Tendo em vista os fatores citados acima, o presente estudo traz uma revisão sistemática
de literatura, com o objetivo de descrever e sintetizar os conhecimentos existentes a respeito da
atuação fonoaudiológica no processo de readequação vocal de mulheres transgênero e travestis.
METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão sistemática de literatura. A pesquisa foi feita na plataforma
Google Acadêmico, utilizando-se dos seguintes descritores: “mulher transgênero”, “voz”,
“fonoaudiologia”, “transgênero” e “readequação vocal”. Foram considerados estudos de todos
os tipos, incluindo revisões de literatura, publicadas no período de 2017 a 2021. Os trabalhos
deveriam apresentar temáticas relevantes relacionadas à transsexualidade e atuação
fonoaudiológica no processo transsexualizador de mulheres transgênero e travestis. Foram
incluídos trabalhos que apresentassem descrição e resultados de terapias fonoaudiológicas para
readequação vocal, análise acústica e perceptivo auditiva, e dados sobre autoavaliação vocal do
público estudado. Também foram considerados trabalhos que abordassem temática relacionada
à discussão sobre voz e gênero na sociedade. Os materiais deveriam estar disponíveis online na
íntegra, de forma gratuita. Como critérios de exclusão: duplicidade, falta de relação com os
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a pesquisa inicial, foram encontrados 150 resultados. Dentre eles, 9 trabalhos foram
selecionados, sendo eles 3 estudos transversais, 2 dissertações de mestrado, 2 revisões de
literatura, 1 estudo quantitativo, 1 relato de caso e 1 ensaio científico, todos em português.
Três trabalhos apresentam achados sobre a autopercepção vocal de pessoas trans (VIEIRA,
2018; BARRA et al, 2020; MENEZES, 2021). Para as pesquisas, foram utilizados um
questionário sobre queixas vocais e de fala, e uma adaptação em português do protocolo Trans
Women Voice Quality (TWVQ), utilizado para avaliar a qualidade e o nível de satisfação vocal
do público transfeminino. Para esse último protocolo, quanto mais elevados os valores das
respostas às perguntas, maior o nível de insatisfação vocal. Os resultados apontam que 50% das
mulheres trans entrevistadas relataram possuir problemas vocais e 50%, problemas na fala, no
estudo realizado por Vieira (2018). Na pesquisa conduzida por Barra et al (2020), 67,7% das
mulheres trans avaliadas responderam que sentem desconforto ao falar durante muito tempo,
aparecendo sempre (3,2%) ou às vezes (64,5%). O estudo transversal de Meneses (2021)
utilizou-se de análise acústica e perceptivo auditiva, comparando as diferenças entre os
parâmetros prosódicos de mulheres trans e mulheres cisgênero (indivíduos que, ao nascerem,
foram designados como mulheres e se identificam como tal). Os resultados mostram que
mulheres transgênero possuem média de frequência fundamental (f0) mais baixa, bem como
menores valores nas frequências dos formantes 1 2 e 3, além de uma correlação entre os valores
de f0 e o nível de insatisfação vocal obtido pelas respostas ao questionário TWVQ. Mulheres
transgênero que possuíam f0 abaixo da faixa esperada para vozes femininas apresentaram
maiores resultados no questionário, demonstrando assim, maior insatisfação com relação à
própria voz.
Dois estudos buscaram avaliar os resultados da hormonioterapia sobre os aspectos vocais
do público transfeminino (BARBOSA, 2019; COSTA, 2020). De acordo com os resultados
apresentados por Barbosa (2019), 67% das mulheres trans e travestis avaliadas relataram não
perceber nenhuma alteração vocal em decorrência do uso de hormônios femininos,
demonstrando, assim, a ineficácia da terapia hormonal para a feminização vocal. Isto se deve
ao fato de que as estruturas laríngeas de mulheres transgênero e travestis já sofreram influência
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
aspectos vocais de forma isolada, mas objetivando aperfeiçoar o processo comunicativo como
um todo, para que as pacientes expressem suas identidades por meio da comunicação,
independente de ter atingido ou não um padrão de fala próximo ao de uma mulher cisgênero,
tendo consciência de que a diversidade das formas de expressão vocal e de comunicação num
geral vão muito além do padrão cisnormativo. Tal noção de diversidade por parte dos
profissionais fonoaudiólogos é de suma importância para uma terapia efetiva, enxergando a
transexualidade e a voz da mulher trans fora do campo patológico, e gerando um maior
acolhimento da população trans nos serviços de saúde pública, uma vez que o alto índice de
preconceito por parte dos próprios profissionais de saúde é um dos fatores causadores da piora
das condições de saúde de pessoas transgênero (COSTA, 2020).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 37
Wanderson Rocha Oliveira; Nathaly de Lima Santos; Patrícia Junglos; Aline Lima Ribeiro; Thaís
Nascimento Pereira; Márcio Fraiberg Machado.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
são responsáveis pelo maior número de acidentes entre profissionais da saúde comparados a
outros locais de atuação para o trabalhador da saúde (NISHIDE; BENATTI, 2004).
O trabalho da equipe de enfermagem no âmbito hospitalar está voltado à reabilitação e
cura do paciente, o que a torna responsável pelos cuidados contínuos destes, fazendo parte da
sua rotina, a administração de medicamentos sendo grande parte por via endovenosa. As
condições muitas vezes precárias das instituições hospitalares e a falta de preocupação com os
trabalhadores acabam por colocar estes profissionais em circunstâncias de risco (SARQUIS;
FELLI, 2002).
Conforme Barboza, Soler (2003), e Ribeiro, Shimizu (2007), entre os profissionais da
saúde acidentados, estão os profissionais de Enfermagem, que representam o maior número dos
servidores da saúde. Na tentativa de reduzir os riscos ocupacionais, a biossegurança constitui
um campo de conhecimento e um contínuo de práticas e ações técnicas, com preocupações
sociais e ambientais, que são propostos para conhecer e controlar os riscos que o trabalho pode
propiciar ao ambiente e à vida (CARARRO et al., 2012).
Portanto, o presente estudo teve como objetivou identificar o conhecimento da equipe
de enfermagem com relação às práticas de biossegurança adotadas durante o manuseio de
quimioterápicos
METODOLOGIA
A pesquisa trata-se de uma revisão de literatura. Para Gil (2014), a pesquisa
bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. Praticamente toda pesquisa
acadêmica requer, em algum momento, a realização de trabalho que pode ser caracterizado
como pesquisa bibliográfica. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de
permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos, muito mais ampla do que
aquela que poderia pesquisar diretamente.
Para tanto, foi realizado busca eletrônica nas bases de dados da Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)
utilizando os descritores do DeCS: ‘Biossegurança’, ‘Antineoplásicos’, ‘Saúde ocupacional’ e
‘Enfermagem’ associados entre si com o operador booleano and.
Os critérios de inclusão aplicados foram: artigos originais publicados no período de
2010 a 2020 com resumos e textos completos disponíveis no idioma português e que foram
realizados no Brasil. Selecionaram-se trabalhos pelo título, resumo e sua relevância ao trabalho.
Foram excluídas as teses, dissertações, estudos com texto completo indisponível e publicados
em outros idiomas que não fossem em língua portuguesa. Excluíram-se também as repetições
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Artigos incluídos
BVS (3), LILACS (5) Total (=60 )
Total (=8)
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com a pesquisa foram selecionados 08 trabalhos científicos, que após serem lidos na
íntegra foram distribuídos em um quadro de forma resumida expondo as seguintes variáveis:
autores, ano de publicação, periódico, título do trabalho, objetivo e conclusão. Os artigos
foram enumerados de 01 a 08 para facilitar a análise de identificação das etapas, conforme
descritos no Quadro 1.
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3,5
2,5
1,5
0,5
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016
De acordo com Senna et al., (2013) a saúde do trabalhador tem grande importância e é
uma temática que vem sendo estudada com maior frequência nos últimos anos. O índice de
doenças ocupacionais é maior entre os profissionais de enfermagem, já que estão em contato
direto com o paciente. Os quimioterápicos são substâncias que necessitam de extrema proteção
quando são manejadas devido ao grande risco de provocar danos ao organismo do profissional
que está em contato direto com a droga.
Conforme Santos, Silva e Netto (2014), o profissional de enfermagem está diretamente
envolvido na prestação de cuidados ao paciente com câncer e isto ocorre em qualquer momento
do processo de trabalho desde o preparo até ao descarte dos quimioterápicos. Os profissionais
apresentaram conhecimento a respeito das medidas de biossegurança que minimizam e/ou
evitam acidentes, como também preocupação a respeito do serviço se adequar a legislação.
Estavam cientes de que dependendo do tipo de quimioterapia utiliza-se certos EPI’s
(Equipamento de proteção individual). Outro aspecto muito importante levantado pelos
profissionais, foi o uso da capela de fluxo laminar vertical que garante o manuseio seguro dos
citostáticos do ponto de vista pessoal e ambiental.
Observou-se que os sujeitos entrevistados tem consciência do descarte correto dos
materiais afim de prevenir acidentes, principalmente para os profissionais da higienização. A
maioria tem conhecimento de que o maior risco ocupacional é a exposição aos fatores químicos,
biológicos, ergonômicos e psicossocias que podem ocasionar doenças ou agravos para os
profissionais (SANTOS; SILVA; NETTO; 2014).
Segundo Senna et al., (2014), acerca da compreensão todos os entrevistados
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
responderam que tinham ciência do dever do uso dos EPI’s, porém ao analisar os dados
quantificados, observou-se que havia divergência entre a realidade vista e a realidade descrita
do uso de elementos fundamentais para a biossegurança individual, coletiva e ambiental.
Ressalta-se que a instituição oferece todos os equipamentos de proteção necessários para o uso
dos trabalhadores, o que não justifica, portanto, a não utilização dos mesmos.
Além disso, o estudo retratou o crescente uso de quimioterápicos antioneoplásicos como
tratamento do câncer. Existe evidências científicas a respeito dos efeitos colaterais sentidos
pelos pacientes durante o tratamento que também são relatados pelos profisisonais. Por isso,
faz-se necessária a segurança dos profissionais da saúde, através da compreensão dos mesmos,
respeitando os princípios éticos e direitos universais, pois em âmbito mundial existem medidas
que asseguram a saúde do trabalhador através do uso de EPI’s (SENNA et al., 2014).
A respeito do conhecimento dos profissionais quanto aos efeitos adversos dos
antioneoplásicos e os acidentes a que eles estão sujeitos, sendo preparo, administração e
descarte dos materiais utilizados, observou-se que 100% dos entrevistados reconhecem os
riscos ocupacionais que enfrentam durante sua contribuição no setor de quimioterapia (LIMA
et al., 2011).
De acordo com o COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), o profissional que deve
administrar as drogas antioneoplásicas, na ausência de um farmacêutico, é o enfermeiro e não
o técnico ou auxiliar de enfermagem. Portanto, percebe-se que os profissionais avaliados neste
estudo, estão fora dos padrões orientados pelas bases legais que sustentam a enfermagem. Pode-
se concluir que os acidentes ocorridos na central de quimioterapia estão relacionados ao
descumprimento da lesgislação, à falta de investimento em educação ao profissional e ao déficit
de profissionais de enfermagem (LIMA et al., 2011).
A respeito da regulamentação para os serviços de quimioterapia, mais da metade dos
sujeitos desconheciam a mesma, os profissionais relataram que não haviam recebido
capacitação para manejar agentes antioneoplásicos. Em contrapartida, todos os enfermeiros
afirmaram que consideram importante a existência de protocolos para evitar acidentes e o uso
dos EPI’s foi considerada importante para 100% dos sujeitos (FERREIRA, 2016).
Segundo Ferreira et al., (2016), a manipulação de agentes antineoplásicos envolve riscos
ocupacionais, principalmente quando as recomendações de segurança não são respeitadas e as
condições de trabalho são inadequadas. Os resultados encontrados no estudo não pode ser
generalizado de modo a refletir o conhecimento de todos os enfermeiros brasileiros, mas
convergem em alguns pontos com outros estudos realizados no país.
O conhecimento dos sujeitos em relação à classificação dos resíduos mostrou-se
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Frente aos resultados apresentados, conclui-se que os profissionais de enfermagem
conhecem parcialmente a respeito das medidas de biossegurança para administração de
antineoplásicos e valorizam a existência de protocolos escritos para orientar a conduta quanto
ao manejo desses agentes e suas intercorrências. Porém, ainda é necessário a realização de mais
estudos nesta área, principalmente na educação em saúde como contribuição para a
biossegurança, proporcionando um aprofundamento sobre o tema e facilitando a tomada de
consciência dos trabalhadores de enfermagem.
Inferimos que as atividades relacionadas à educação continuada em Enfermagem
demonstram-se de importância suprema na modificação do cenário apresentado pela literatura,
uma vez que contribui para a conscientização, renovação do conhecimento, aumento do
compromentimento do colaborador bem como para sua segurança do ambiente de trabalho.
Dessa forma, os estabelecimentos de saúde onde este serviço é oferado, devem trabalhar
no sentido de cumprir a legislação vigente, bem como as definições dos conselhos de classe dos
profissionais, a fim de reduzir os acidentes com quimioterápicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 38
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Em 1978, na cidade de Alma Ata, na República do Cazaquistão, ocorreu a Conferência
Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, esta que buscou alertar os países a respeito
da necessidade da atenção primária para a saúde dos povos e, para tanto, foi formulada a
Declaração de Alma Ata, a qual afirmava, a partir de dez pontos, que os cuidados primários de
saúde precisavam ser desenvolvidos e aplicados em todo o mundo com urgência,
particularmente nos países em desenvolvimento, sendo esse um marco importante para a
transformação da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil e no mundo. As recomendações
de Alma-Ata também nortearam a discussão para implantação das Medicinas Tradicionais,
Complementares e Integrativas, denominadas no Brasil de Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde (PICS) (BARBOSA, 2020).
O acesso aos serviços de Atenção Primária à Saúde para a população brasileira tem
passado por mudanças e avanços importantes nas últimas duas décadas e muito disso se deve
à Estratégia Saúde da Família (ESF), surgida somente em meados dos anos 90 como uma
transformação do Programa da Saúde da Família, esta que se consolidou como o melhor
formato de organização de equipes profissionais e de reorientação das práticas assistenciais na
APS no Brasil (BARBOSA, 2020). Dessa forma, a equipe de Saúde da Família (eSF) torna o
atendimento mais completo e oportuniza a atuação de diversos profissionais de saúde na
atenção básica, proporcionando interação entre conhecimentos plurais que, assim, possibilitam
a geração de um conhecimento que não seria produzido por nenhum dos profissionais quando
isolados (BEZERRA E ALVES, 2019).
A Estratégia Saúde da Família propõe a obsolescência do modelo de atenção biomédico,
que possui como visão de saúde apenas o corpo doente. Nesse sentido, a Equipe de Referência
em Saúde da Família (EqRSF) possui papel essencial e central no processo de rompimento com
o modelo tradicional, cujo enfoque é curativista e individualista (BEZERRA, ALVES, 2019).
A atual composição da equipe multiprofissional da ESF é: um médico generalista ou
especialista em Saúde da Família ou médico de Família e Comunidade, enfermeiro generalista
ou especialista em Saúde da Família, auxiliar ou técnico de enfermagem e ao menos um agente
comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o Agente de Combate às Endemias
(ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em
saúde da família, e auxiliar ou técnicoem saúde bucal. Esta composição vigora desde 2017,
uma vez que o Plano Nacional de Atenção Básica (PNAB) suprimiu de 4 para 1 ACS/eSF,
cenário o qual dificulta a cobertura populacional estipulada para a eSF (GOMES,
GUTIERREZ, SORANZ, 2019).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
O presente artigo baseou-se em levantamentos bibliográficos através dos bancos de
dados específicos junto às seguintes plataformas: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Portal de
Periódicos CAPES/MEC, Scientific Eletronic Library (SciELO), devido a abrangência e
importância da temática não houve aplicação de lapso temporal, entretanto, os critérios de
seleção foram baseados sequencialmente em: maior número de citações conforme o
Scielo/Google Scholar, autores e/ou co-autores com especialização na área em nível de stricto
sensu, ordem decrescente de publicação em relação ao ano - a fim de contemplar os estudos
mais recentes da temática.
Os descritores usados foram: Equipe Multidisciplinar, Saúde da Família, Síndrome de
Burnout na atenção primária, Sobrecarga ESF. Fora implementada prioridade em relação aos
artigos cujo conteúdo baseiam-se em relatos dos profissionais pertencentes a equipes
multiprofissionais, em substituição a impossibilidade de visitação in loco em função docontexto
mundial restritivo da pandemia de Sars-Cov-2; a fim de obter um maior retrato da vivência e
convivência da equipe multiprofissional entre si e para com os usuarios do Sistema Unico de
Saude. Após a aplicação das ferramentas de seleção supracitadas obtiveram - se 23 artigos que
foram utilizados como base acadêmica para a confecção desse instrumento avaliativo em
conjunto com a teoria aplicada em sala de aula.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A formação do Ministério da Saúde, no ano 1953, e do Ministério da Previdência, no ano
de 1992, respectivamente, responsáveis pelo gerenciamento de atividades pertinentes a
prevenção de patologias e a remediação destas (POLIGNANO, 2005), destaca os ajustes
relativos às políticas de saúde nacionais. No entanto, a importância destinada a cada um dos
Ministérios é caracterizada pelo financiamento divergente a cada um deles, uma vez que,
[...] o governo federal destinou poucos recursos ao Ministério da Saúde, que dessa
forma foi incapaz de desenvolver as ações de saúde pública propostas, o que
significou na prática uma clara opção pela medicina curativa, que era mais cara
e que, no entanto, contava com recursos garantidos através da contribuição dos
trabalhadores para o INPS (POLIGNANO, 2005).
tornar-se referência no que diz respeito à multiprofissionalidade da ESF na APS. Logo, sua
desestruturação corresponde aos fatores históricos enraizados, os quais levam à valorização
do modelo biomédico em detrimento do atendimento do cuidado multifacetado. Esse fator
dificulta a visibilidade pelos gestores municipais, estaduais e federais da importância que tal
configuração de trabalho possui e torna ainda mais difícil a retirada do modelo biomédicoe a
hierarquização instalada por ele, além da concentração de ações em tecnologias duras, diferença
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
salarial expressiva entre profissionais, instabilidade contratual, entre outros. Nesse sentido, à
medida que seja dada a devida notoriedade à equipe multiprofissional, a longo prazo, com
implantação de alternativas que capacitem os profissionais da área de saúde, estabeleçam
melhores condições contratuais, permitindo maior estabilidade e condições favoráveis de
trabalho (MOTTA; SIQUEIRA-BATISTA, 2015), também seja possível que haja efetividade
de atuação interdisciplinar na APS, de forma mais concreta.
Quanto à relação de curto prazo, se estabelece uma apresentação em que a alteração do
modelo biomédico deve ser iniciado em relações micropolíticas, ou seja, dentro das Unidades
de Saúde nas relações interpessoais da equipe multiprofissional atuante, segundo FRANCO;
MERHY, 1999, apud MOTTA; SIQUEIRA-BATISTA, 2015. Porquanto, a partir da
comunicação entre os integrantes, emerge a capacidade de resolução de conflitos, queda de
crenças limitantes e, até mesmo, a resolução do desconhecimento do papel de cada sujeito
dentro do ambiente de trabalho e incoerências quanto ao conceito de integralidade exposto pelos
princípios do SUS.
Segundo Linard, Castro e Cruz (2011), ao realizar questionamento sobre o significado
atribuído à Integralidade aos profissionais da ESF, obteve-se uma polissemia. Sendo dirigido
à integralidade, desde visões centradas no cliente - cuja definição seria pautada tanto no
biopsicossocial quanto na continuidade do serviço prestado a ele dentro dos níveis de saúde -
à interdisciplinaridade do atendimento. No entanto, apesar destas caracterizações que auxiliam
na aplicação da prática integral, ainda houve confusão do termo com o conceito ampliado de
saúde, fator que poderia prejudicar o funcionamento da transdisciplinaridade do serviço
disponibilizado e descaracterizar a importância de cada profissional dentro do ambiente da ESF.
Além disso, a falta de conhecimento das demais atribuições profissionais dentro da Unidade de
Saúde, torna esse fator ainda mais proeminente.
Para os médicos, um dos problemas era a indefinição do papel do agente na relação
médico/paciente/serviço, isto é, se deveria opinar/atuar diretamente nas
intervençõesdiagnósticas e terapêuticas ou participar no levantamento de dados e
facilitar o acesso ao serviço pela população (PEDROSA; TELES, 2001).
Desse modo, tais fatores tornam tortuosos os caminhos para integração da equipe da
ESF pois alavancam ainda mais o sentimento de que não existe a relação de responsabilidade
coletiva do cuidado, fragmentando a sua realização e prejudicando a execução do serviço
(PEDROSA; TELES, 2001), porquanto cria-se uma relação de nichos de competência
(MOTTA; SIQUEIRA-BATISTA, 2015). Logo, a comunicação entre os indivíduos da equipe
deve ser levantada como ponto-chave de resolução de problemáticas entre eles, haja vista“que
a prática comunicativa pode-se constituir como princípio organizador do trabalho em equipe e
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
no mínimo dez horas semanais se torna prejudicial à medida que fomenta um cenário no qual a
atuação do profissional médico na eSF seja apenas um “bico”, de forma que o papel na eSF
passa a ser, de maneira mais contundente, somente mais uma das rendas do médico
(GIOVANELLA, FRANCO, ALMEIDA, 2020). Isso acarreta a falta de comprometimento do
médico, bem como a falta de sentimento de pertencimento e de dever com a sua equipe. Com
o intuito de exemplificar, é válido inserir um relato de depoimento de um ACS sobre o médico
de sua eSF:
O médico é bem distante. O comprometimento dele não é 100%! E isso dificulta o
nosso trabalho! Ele não se interessa muito com as coisas da equipe, se tiver reunião
bem, se não tiver amém! Às vezes, tiramos dúvidas com médico de outras equipes,
ou até mesmo com a enfermeira. Todos precisam participar! A equipe precisa dele!
(PERUZZO, 2018).
Outro desdobramento importante no que diz respeito a redução da carga horária médica
é o prejuízo à relação médico-paciente, uma vez que com a carga horária de dez horas semanais,
são poucas as chances de que o usuário do serviço seja atendido pelo mesmo profissional
médico em uma mesma unidade de saúde, o que dificulta a construção de uma relação de
confiança entre o médico e o paciente, confiança essa essencial para oatendimento holístico
proposto pela Estratégia de Saúde da Família. Para exemplificar a importância dessa relação,
tem-se o relato de experiência de um paciente que, ao passar por situações de saúde delicadas,
como a descoberta de uma doença incurável como a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
(HIV), deseja ser atendido somente por um profissional médico, pois a cada vez que ele passa
por um profissional novo ele precisa explicar toda a história por trás da infecção e isso pode
trazer a tona sentimentos de culpa, remorso earrependimento, prejudicando a sua saúde física e
mental (JUNQUEIRA, 2008).
Não obstante, outro desafio encontrado é a falta de clareza das definições sobre o trabalho
da equipe multiprofissional nos documentos oficiais, possibilitando que os profissionais
atuem de forma variável, a qual podem comprometer o trabalho em equipe. Desse modo,
surgindo a necessidade de apontar caminhos para o trabalho em equipe, em especial, a
terminologia utilizadas em documentos, como também propor mecanismos facilitadores
(CUTOLO et al, 2010). Outro problema está relacionado às relações interpessoais que ocorrem
negativamente como conflitos entre membros da equipe, com hierarquização do conhecimento
e o não compartilhamento do prognóstico com os demais profissionais; pouco interesse no
desenvolvimento do trabalho em equipe; despreparo para o trabalho em equipe; e centralização
da coordenação (SILVA et al, 2013).
Ademais, ainda há desafios a serem suplantados que persistem desde a reformulação
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
do ensino via alteração das diretrizes curriculares junto aos cursos de medicina em 2004.
Superar o isolacionismo acadêmico é um ato ímpar e de grande cunho na iniciativa de se
(re)pensar o coletivo laboral junto as USF que carecem de uma atuação mais intrínseca e
coordenada (SPAGUOLO et al, 2013; BEZERA & ALVES, 2019) e que sofrem em muitas
partes do país com uma intensa rotatividade de certas classes. Aliado às práticas isolacionistas
na formação universitária tem-se a qualificação escassa no que tange ao sofrimento psicossocial
e problemas familiares com álcool e drogas, impactando negativamente o trabalho realizado
pela equipe. Conforme o relato trazido por Gleriano et al (2019, pg.4 ):
A equipe não tem muito esse cuidado integral porque é encaminhado para o CAPS,
eles que assumem. Eu não acompanho. Tem a senhorinha do seu Valdomiro, que é
psiquiátrica, a gente foi lá e cuidou dela? Não, eu não fui lá. A gente acompanha,
mas em partes, entendeu? (Enfermeiro). A gente só identifica e já encaminha para
o CAPS, eles que fazem o acompanhamento. Tem o tratamento do CAPS, mas
não tem na unidade. (Médico) [...]
explanando um dos grandes desafios a serem transposto pela equipe multiprofissional. Equipe
esta que muitas vezes têm adversidades que vão além da infraestrutura precária e impactam
em seu dia a dia. A necessidade de uma reorganização de trabalho é vital, pois a Síndrome de
Burnout torna-se uma infeliz realidade em muitos cotidianos nas USF, principalmente sob a
figura do enfermeiro que desde os primórdios do programa saúde da família fora incubido com
a função de coordenação. O que o sobrecarrega pois acaba por centralizar as demandas
operacionais e administrativas em apenas uma categoria (SPAGUOLO et al, 2013). Além disso,
desafios relacionados ao financiamento insuficiente, no aspecto federativo, e desigualdades
regionais, como também o crescimento do setor privado, dificultam a organização da APS como
pilar fundamental do sistema de saúde (ARANTES et al, 2016).
Aliado a tais fatores, tem-se ainda a ausência de um reconhecimento populacional
relatado pelas equipes como um importante fator desmotivador, devido a incompreensão da
comunidade sobre como funciona a eSF (GIOVANELLA, 2020; SPAGUOLO et al, 2013 ).
Isso acaba gerando conflitos devido a insatisfação aliada à desinformação, cuja equipe
muitas vezes torna-se erroneamente e equivocadamente responsável por erros em outros níveis
de atenção; sendo culpabilizados pelos usuários que desconhecem os demais procedimentos e
níveis hierárquicos no sistema único de saúde. Tais fatores também podem estar relacionados
a expansão da ESF em metrópolis, na qual não alcança com efetividade os estratos mais pobres
em todos os municípios, uma vez que cidades com menor proporção populacional de pobres
possuem menos interesse em ampliar o programa, devido ser custeada pelo município e
elevando despesas próprias municipais do serviços de saúde, o que corrobora com a
desvalorização e desconhecimento da importância da eSF e seus aspectos multiprofissionais
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Reforça-se que a equipe multiprofissional é uma ferramenta imprescindível para o bom
funcionamento da ESF, bem como para o aperfeiçoamento da atenção primária no Brasil,
visando a promoção, prevenção e atenção à saúde, para assim cumprir a claúsula pétrea
constitucional de 1988. Desde a sua criação, no fim da década de 1990, a estratégia vem sendo
melhorada a fim auxiliar a promover o bem estar da população brasileira. Entretanto, ainda
existem desafios a serem enfrentados. Isso ocorre devido a uma formação ainda
hospitalocêntrica e biomédica, além da razão da diminuição da carga horária médica mínima
pela PNAB 2017, que acarreta prejuízos à relação médico-paciente e à relação interprofissional,
bem como a exígua clareza, nos documentos oficiais que delimitam a ESF, do trabalho a ser
desempenhado pela equipe multiprofissional.
Somado à isso, tem-se a infraestrutura desafada do local de trabalho e a possibilidade
de esgotamento do profissional da equipe, levando-o ao desenvolvimento da Síndrome de
Burnout, aliado a um desconhecimento populacional dos seus direitos e deveres, trazendo a
tona a necessidade de se repensar a multiprofissionalidade, a fim de que ocorra não só sua
efetiva implementação, mas também o seu permanente reconhecimento social.
REFERÊNCIAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 39
Eloise Rodrigues Mota, Matheus Neres Batista, Laura Vilela Buiatte Silva,
Hamanda Almeida Souza, Ana Beatriz Amaral Pessoa, Divino de Assis Júnior,
Ellis Alves Martins Garcez, Pedro Lucas Rodrigues Araújo, Luan Almeida
Japiassu de Freitas Queiroz, Mariana Hamida Casale, Rafaela Pereira
Nascimento, Bruna Arruda Fernandes, Luan Queiroz Fernandes Pereira e
Patrícia Maria da Silva
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Burnout (BT) é uma palavra inglesa que pode ser traduzida como queima após desgaste.
Refere-se a algo que deixou de funcionar por exaustão. Atualmente, a definição mais utilizada
para BT é como uma síndrome multidimensional, constituída por exaustão emocional,
desumanização e reduzida realização pessoal no trabalho. (VIEIRA; et al, 2017). A síndrome
de Burnout (SB) é caracterizada pela estafa física e emocional no meio de trabalho, sobretudo
no meio acadêmico, no entanto, é em grande parte confundida com outras doenças como
depressão e ansiedade.
Os sintomas encontrados podem ser agrupados em quatro áreas: psicossomática,
comportamental, emocional e defensiva. (OLIVEIRA; et al, 2012). Os mais comuns são:
cefaleia, insônia, agressividade, irritabilidade, negação de suas emoções e dificuldade para se
concentrar. Dessa forma, o indivíduo tende a se abster do seu convívio, além de desenvolver
uma má relação com os demais colegas também não vai ter dedicação no exercício de sua
função.
Os cursos da área da saúde envolvem a parte prática, onde os estudantes têm o contato
direto com paciente, e neste momento causa uma certa aflição, em razão do vínculo criado com
os pacientes em numerosas ocasiões, ter de lidar com o sofrimento e morte, medo de se
contagiar com doenças. Além disso, os maiores receios dos alunos, configuram-se em cometer
algum erro, prejudicar o cliente e não serem reconhecidos por parte dos colegas e professores.
(OLIVEIRA; et al, 2012)
Em um estudo realizado sobre o estresse em estudantes de Medicina, foi verificado que
91% dos entrevistados haviam experimentado diferentes períodos de alta tensão, que
aumentava a sua frequência, conforme os anos de curso se passavam. (VIEIRA; et al, 2017).
Tanto em medicina, quanto os demais cursos da área da saúde, a exaustão advém em sua maioria
devido da cobrança excessiva, em tirar boas notas, a extensa carga horária e grade curricular
que se inclina para aumentar conforme avança, o medo de não se tornar um bom profissional,
a abdicação do seu tempo de lazer em prol de adquirir conhecimento.
O desenvolvimento da síndrome de BT entre graduandos de Enfermagem inicia-se antes
mesmo da formatura, sendo atribuído às expectativas geradas pelos mesmos ao ingressarem na
faculdade. (OLIVEIRA; et al, 2012). O que antes era motivo de orgulho, se torna uma dúvida
em razão das dificuldades vivenciadas, se tornando mais um fator de estresse e angústia, o que
finda com a desistência de grande parte dos universitários e até mesmo com profissionais
frustrados.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Histórico
No ano de 1970, o psicólogo Herbert J. Freudenberger passou a investigar casos atípicos
de comportamento físico e mental em pacientes que tinham uma sobrecarga em suas jornadas
de trabalho. Estresse, exaustão e desistência de viver o êxtase estava no pico.
Em 1974, Freudenberger registrou o que seria o início da SB, to burn out, que traduzido para a
língua portuguesa significa consumir-se. A SB foi definida como um estado de esgotamento
físico e mental cuja etiologia está relacionada à vida profissional. Esta expressão foi elaborada
para descrever uma síndrome composta por exaustão, desilusão e isolamento em trabalhadores
da saúde mental, onde os sentimentos de fracasso e exaustão são causados por um excessivo
desgaste de energia e de recursos (DEMEROUTI, 2015).
Epidemiologia
A SB está intrinsecamente relacionada com a vida profissional e acadêmica, ou seja,
não há relação entre grupos de etnias e raças.
Países desenvolvidos como Canadá, Alemanha e Estados Unidos, apresentam uma
expressiva preocupação com o BT. As empresas dos EUA, por exemplo, sofrem grandes gastos
com a saúde para o auxílio da doença, são cerca de US $150 bilhões anuais. Já no Canadá e
Alemanha, evidenciaram grandes índices de aposentadoria por invalidez, cerca de 10% dos
aposentados (ALVES, 2017).
No Brasil, estudos realizados no ano de 2019 entre acadêmicos da área da saúde, revelou
uma incidência preocupante, cerca de 12,5% dos acadêmicos (medicina, odontologia,
fisioterapia e enfermagem) que participaram dos estudos apresentaram sintomas da SB, como
exaustão, desilusão profissional e depressão. Ademais, não foram encontradas relações
estatísticas significativas entre SB e sexo, faixa etária e período da graduação dos entrevistados,
bem como com os fatores estressores analisados (FARIAS; et al, 2019).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Semiologia
Um estudo realizado demonstrou que indivíduos com exaustão de sofrimento mental foi
de 62,8% entre os entrevistados da área da saúde. Esse sofrimento reflete de maneira prioritária
na forma de sono comprometido (54,6%), desconforto estomacal (51,7%) e cefaleia (49,2%).
São relatados também a existência de sintomas como má digestão (36,4%), falta de apetite
(27%) e tremores nas mãos (23,3%) (TEIXEIRA; et al., 2021).
Existe uma tendência a profissionais de saúde em desenvolver a SB, ela é
frequentemente identificada em médicos nas mais diversas especialidades (25 a 60%), médicos
residentes (7 a 76%) e enfermeiros (10 a 70). É necessária uma análise dos fatores de risco da
SB profissionais de saúde que atuam em hospitais, pois as características do ambiente hospitalar
(PERNICIOTTI, et al, 2020)
Fator de Risco
A área da saúde é definida como uma profissão que exige muito do profissional e é
enxergada como um tipo de “sacerdócio”, onde devido a carga horária excessiva o ambiente
nada favorável e situações extremamente estressantes onde a pessoa é levada ao limite,
deixando sua vida pessoal de lada em prol dos pacientes (CONCEIÇÃO, 2019).
Profissionais da área da saúde são os mais expostos a diversos estressores ocupacionais,
que, se persistentes, podem levar à SB, que se caracteriza como fenômeno psicossocial comuns
em atuantes da área da saúde sendo uma base construída por três dimensões: Exaustão
Emocional, Despersonalização e Baixa Realização Profissional (CARLOTTO et al., 2012)
Foi realizado um estudo realizado pelos acadêmicos da faculdade de medicina da
Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) com 420 alunos que demonstraram que 10% dos
entrevistados apresentaram critérios positivos para a SB. Em análise de sexo as mulheres são
mais propicias, quase 2 vezes mais, a desenvolverem a síndrome. Os altos níveis de ansiedade
relacionados com a baixa qualidade de vida são fatores para a intensificação da síndrome. É
notório a necessidade de mais levantamento de dados para se estabelecer uma relação entre o
cotidiano e os impactos na qualidade de vida durante o curso de Medicina (ALBUQUERQUE,
2019)
Percebe-se que a SB impacta de forma negativa na qualidade de vida dos universitários,
a exaustão emocional e sensação de esgotamento, são fatores determinantes da SB. Em
consequências a longo prazo a SB pode desencadear o sobrepeso, devido ao descontrole
alimentício, a hipertensão arterial e taquicardia em decorrência do sobrepeso, da obesidade, da
falta de exercícios físicos e da falta de uma alimentação saudável podendo evoluir para um
infarto (LIMA et al., 2019).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Diagnóstico Diferencial
Na realização do diagnóstico da SB, são avaliadas as características individuais
associadas às do ambiente e às do trabalho, proporcionando o aparecimento de fatores
multidimensionais da síndrome: exaustão emocional, distanciamento afetivo
(despersonalização) e baixa realização profissional. Para avaliação dos fatores de risco para o
desenvolvimento da SB, se leva em consideração quatro dimensões: a organização, o indivíduo,
o trabalho e a sociedade (ALVES, 2017).
Tratamento
O tratamento da SB inicia-se logo após o diagnóstico, que é feito por um psiquiatra,
tendo ou não auxílio de um psicólogo clínico no manejo do prognóstico. A SB costuma ser
tratada com terapia e, dependendo da gravidade e natureza dos sintomas, com medicamentos
como antidepressivos e ansiolíticos. Além disso, o profissional de saúde pode sugerir mudanças
no estilo de vida, além de exercícios de relaxamento que ajudem a aliviar o estresse do trabalho
(ALVES, 2017).
Eixo simpático-adrenal-medular (SAM)
Responsável por uma resposta imediata a um agente externo. Quando ativado, ocorre o
aumento do ritmo cardíaco, da pressão sanguínea e a secreção de catecolaminas (epinefrina e
norepinefrina) (RIBEIRO; MOTTA, 2014).
Eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA)
Caracterizado por Motta e Ribeiro como o elo entre o cérebro e o sistema endócrino.
Tem como principal função a produção de uma resposta lenta do organismo a estímulos, dentre
eles os estressores psicológicos. É ativado através da secreção de corticosteroides, provocando
imunossupressão (RIBEIRO; MOTTA, 2014). A sua disfunção está correlacionada com
manifestações psicossomáticas patológicas, podendo resultar uma resistência pelo organismo
com continuidade a exposição ao estresse, neste caso a tentativa de recuperação da homeostase
é fracassada e o organismo entra em estado crônico, tendo de fato um desencadeamento crônico
da SB.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
desafios a serem superados, uma vez que o ensino remoto causa um empobrecimento da
comunicação, diminuição da interação e outros problemas inquestionáveis.
Ademais, foi evidente uma constante pressão por parte das instituições e da sociedade
para com os discentes acerca da preservação do rendimento, fazendo com que o acadêmico se
sinta na obrigação de manter seus padrões semelhantes ao que era na educação presencial (DOS
SANTOS, et al, 2021).
CONCLUSÃO
A prevalência da SB entre os acadêmicos da área da saúde analisados nos estudos, foi
de 12,5%. Esses achados sugerem a necessidade de intervenções direcionadas ao apoio
pedagógico e psicológico, orientando os acadêmicos sobre suas dificuldades e inseguranças.
Incentivo à convivência familiar; aumento do número de profissionais de assistência
psicossocial como forma de prevenir o estresse no estudante de saúde; grupos de apoio nas
universidades, além de condutas para identificar precocemente a síndrome ou outras patologias
psíquicas, advindas do estresse comum à vida. Sendo assim um fator importante para a
sobrevida dos acadêmicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONCEIÇÃO, L S et al. Saúde mental dos estudantes de medicina brasileiros: uma revisão
sistemática da literatura. Revista da avaliação da educação superior, v. 3, n. 5, p.14-19. 2019.
Página 430
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
TEIXEIRA, L A C et al. Saúde mental dos estudantes de Medicina do Brasil durante a pandemia
do coronavírus. Jornal brasileiro de psiquiatria, v, 10; n.2 p. 1-10. 2021.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 40
Leandro Ferreira de Moura, Maria Luana Chagas Camelo, Rauanny Castro de Oliveira,
Jamile Da Silva Freitas, Geovana da Silva Pedrosa, Antonia Fernanda Sá Pereira,
Pedro Eduardo Rodrigues Félix, Ariana Pontes da Silva, Thaynara Paula Paixão
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
equipe deve assegurar o suporte ventilatório durante todo o período em que o paciente necessite,
e na recuperação dos pacientes que conseguiram sair da intubação (MARTINEZ; ANDRADE,
2020).
Assim, este artigo visa através de uma revisão de literatura demonstrar os tratamentos
da fisioterapia em pacientes pós-covid-19, estabelecendo evidências científicas que justificam.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura, que foi realizada por meio das bases de dados
eletrônicas e bibliotecas virtuais: Pubmed, The Cochrane, Lilacs, Google acadêmico e Bireme.
Foram encontrados 793 artigos e após os critérios de inclusão e exclusão foram
selecionados sete artigos. No período de março a abril de 2021. Usando as palavras chaves em
português e inglês de acordo com os descritores DeCS/meSH “coronavírus”, “Fisioterapia”,
“infecções por coronavirus”, “tratamento” e “Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde” intercaladas pelo operador booleano “and”.
Foram usados como critérios de inclusão artigos com disponibilidade de texto completo,
artigos de língua inglesa, espanhola e portuguesa com intervenção em adultos maiores de 18
anos que tiveram coronavírus que estavam de alta após infecção e artigos que disponibilizaram
as formas de tratamento ou plano futuro de reabilitação em pacientes pós-covid. Já os critérios
de exclusão foram: artigos que não abordassem a temática, outras revisões, metanálise, artigos
sem comprovação científica de publicação, artigos que não tiveram intervenção após covid-19
e que não descrevessem o método aplicado.
Página 434
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este estudo de revisão de literatura fez uso de seis artigos, sendo intervencionista, série
de casos, relato de experiência, observacional e multicêntrico prospectivo autocontrolado. O
recente início da pandemia covid-19, atualmente há poucas evidências científicas para orientar
a abordagem da reabilitação em pacientes pós covid-19. Essa falta de evidência de alta
qualidade publicada em periódicos revisados por partes apresenta um desafio para a formulação
de recomendações.
Página 435
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
e dificuldade de
expectoração.
Página 436
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
quatro semanas.
Além da
melhora na
dispneia, na
capacidade
física e o alívio
no estado de
depressão e
ansiedade.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
assíncrona em preliminarmente
pacientes pós- eficaz no
COVID-19, e aumento da
comparar seus aptidão física,
efeitos com adesão ao
pacientes que se tratamento e
submeteram ao melhora dos
mesmo programa, fatores
mas em um psicossociais.
formato não
telemático.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 439
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Laplaza et al. 2021 relata que o programa de fisioterapia respiratória, é um projeto que
tem como objetivo evidenciar cientificamente o mesmo, no qual é intitulado de forma altruísta
ao longo de um confinamento de pacientes infectados pela COVID-19, nele os pacientes são
conectados telematicamente, 3 vezes na semana, deste modo oferece melhorias na qualidade de
vida, dispneia e ansiedade nesses pacientes. Ressalta-se que este programa derivou das
necessidades e circunstâncias apresentadas devido a pandemia, realizado em um estudo
experimental, com um grupo de intervenção e outro de controle.
As intervenções realizadas são divididas nos módulos: Ventilação abdominal-
diafragmática direcionada; Exercícios de expansão costal com auxílio de flexão e abdução de
membros superiores; Alongamento autopassivo da caixa torácica, músculos do pescoço e tem
como objetivo a flexibilidade dos músculos para melhorar a capacidade vital. Entretanto, a
avaliação pós-sessão é feita pela frequência respiratória / min e índice de dispneia de Borg e
nível de oxigênio após os exercícios. Além disso, observa-se que este estudo traz contribuições
para a área da saúde, principalmente em relação ao tratamento da fisioterapia e da sua eficácia
(LAPLAZA et al. 2021).
O programa de fisioterapia e educação terapêutica que se encontra sendo estudado
durante 12 semanas, por meio de um software de telereabilitação assíncrona é viável e
preliminarmente eficaz no aumento da aptidão física, consequentemente na adesão ao
tratamento e na melhora dos fatores psicossociais, comparando seus efeitos com pacientes que
foram submetidos a um programa similar, mas de forma não telemática. Pois a inatividade
adicional para hospitalização, influencia negativamente na perda da aptidão muscular,
cardiovascular e metabólica (SANCHEZ; CALVO, 2021).
Diante disso, recomenda-se que a reabilitação pós-aguda precoce seja continuada após
a fase hospitalar para aumentar os níveis de atividade física, o que também pode ser continuado
com a telereabilitação de longo prazo. Contudo este estudo irá contribuir de forma positiva na
reabilitação dos pacientes, acompanhado também de uma cartilha explicativa (SANCHEZ;
CALVO, 2021).
Tozato et al. 2021, realizou estudo de uma série de casos, com quatro casos com
diferentes classificações da gravidade e em relação aos achados após serem acometidos por
covid19. A reabilitação pulmonar e cardiopulmonar é abordada, com ênfase nas possíveis
sequelas pulmonares, como a queda de saturação e dispneia. De forma progressiva, os casos se
beneficiaram do treino aeróbio e resistido avaliado pelo teste de uma repetição máxima e após
3 meses foi identificado redução dos sintomas e aumento da distância percorrida no teste de
caminhada de 6 minutos (TC6M) e da força muscular periférica. Destaca-se um estudo que tem
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Com base na literatura foi possível identificar a importância do fisioterapeuta no
tratamento dos pacientes pós-covid-19, visto que o profissional atua em amplo aspecto de
tratamento com condutas que visam uma reexpansão pulmonar, fortalecimento muscular,
desobstrução brônquica e um retorno às atividades de vida diárias. É importante que o
profissional tenha condutas de acordo com a individualidade de cada paciente pois são notórias
as diferentes sintomatologias.
A maioria das evidências relataram que exercícios respiratórios associados com
exercícios motores promovem maiores benefícios para os pacientes pois há uma melhora
significativa na dispneia e na saturação. As demais evidências trouxeram relatos de novas
formas de tratamento domiciliar, como é o caso da telereabilitação que por meio de software
promoveu aos pacientes um aumento na aptidão física e em fatores psicossociais.
As intervenções fisioterápicas mais precisas acabam tornando-se mais confiáveis nas
pesquisas e por sua vez, mais utilizadas. Devido a COVID-19 ter sido descoberta recentemente,
a demanda de estudos para evidenciar seus impactos, recomendações e protocolos podem sofrer
alterações no decorrer dos anos e devem ser motivo de atualização técnica frequente pelos
pesquisadores, gestores e profissionais de saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Página 441
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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ZHA et al. Modified rehabilitation exercises for mild cases of COVID-19. Annals of Palliat
Med, v. 9, n. 5, p. 3100–3106, 2020. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32787373/. Acesso em: 24 Apr. 2021.
Página 443
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 41
Thiago Augusto Ferreira dos Anjos, Ana Paula Ferreira David, Bruna Renata
Silva de Almeida, Bruna Eduarda Brito Gonçalves, Daniele Nunes da Silva
Ferreira, Karen Aline Silva e Silva, Luiza Raquel Tapajós Figueira e Maria
Girlane Sousa Albuquerque Brandão ( Orientadora)
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
O câncer é atualmente um dos principais problemas de saúde pública no mundo,
ganhando proporção por causa das mudanças no padrão de vida, devido o contato com
agentes cancerígenos e o próprio processo de envelhecimento (FERREIRA et al., 2020). A
incidência será de, aproximadamente, 21,4 milhões de casos novos para o ano de 2030,
equivalente a 13,2 milhões de mortes por causa do câncer (WATERKEMPER et al., 2017).
O câncer ocorre a partir da multiplicação descontrolada de células que sofreram
estímulos genéticos ou de agentes externos, podendo atingir outras regiões do corpo,
denominada de metástase. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é essencial a
realização de exames preventivos, principalmente, devido os fatores genéticos que aumentam
as chances de desenvolver o câncer (NOGUEIRA, 2017).
Dentre os tipos de câncer, a neoplasia maligna da mama é a segunda causa de óbitos
entre as mulheres do mundo todo (OLIVEIRA et al., 2018). Conforme o INCA, foram
estimados 66.280 novos casos de câncer de mama em cada triênio de 2020-2022. No câncer
de mama é possível visualizar as alterações do tamanho das mamas, dos mamilos, na
continuidade da pele e presença de excreção sanguinolenta nos mamilos e nódulo palpável ou
não (NOGUEIRA, 2017).
Nesse sentido, buscando a detecção precoce, o Ministério da Saúde recomenda que as
mulheres façam o Exame Clínico das Mamas (ECM) e Mamografia (MMG), a cada dois anos
para mulheres com risco normal e anual para aquelas mais propensas a adquirir o câncer,
além do Autoexame das Mamas (AEM), que pode ser associado aos demais (MARQUES;
SILVA; GUTIÉRREZ, 2017).
Logo, a enfermagem apresenta um papel fundamental no diagnóstico precoce, no
acompanhamento da mulher na atenção oncológica e durante os tratamentos, seja ele
cirúrgicos, quimioterápicos ou radioterápicos (PAIVA et al., 2020). No entanto, por ser um
tratamento longo e com reações físicas e emocionais, os enfermeiros devem saber lidar com a
subjetividade de cada paciente oncológica, seja nas suas expectativas ou capacidade de
suportar ao tratamento, tendo como objetivo a promoção e recuperação da saúde de forma
integral (SALDANHA et al., 2020).
Sendo assim, este estudo tem por objetivo discutir sobre como dar a assistência de
enfermagem nos cuidados às pacientes com câncer de mama e identificar a qualidade de vida
após o diagnóstico de câncer. Para isso, o atendimento contínuo na atenção primária é
Página 445
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
MÉTODO
A estratégia usada na primeira etapa da pesquisa foi a seleção dos descritores, os quais
foram estudados individualmente e verificados no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).
Sendo assim, os descritores selecionados foram: “cuidados de enfermagem”; “neoplasias
mamária”, “saúde da mulher”, “diagnóstico de enfermagem”, “qualidade de vida”, com o uso
do booleano AND. Mediante a utilização dos descritores nas bases de dados da Biblioteca
Virtual da Saúde (BVS) e SciELO, na busca inicial encontrou-se 2.862 artigos.
Por meio dos documentos encontrados, foi realizada a aplicação de filtros para
classificar os artigos relacionados com a temática, estes foram: texto completo, publicados em
português e inglês, bases de dados BDENF e LILACS, entre o ano de 2016 a 2021. Os
mesmos filtros foram utilizados para a SciELO. Por conseguinte, foi realizada a leitura dos
títulos e resumos para analisar os estudos que não se encaixariam com o estudo. Dessa forma,
selecionaram-se 12 artigos para responder à pergunta norteadora desse estudo.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Cuidados de
320.112
Fonte: Autores, 2021.
enfermagem
Saúde da
Neoplasia 332.923
mamária
Descritores
Saúde da mulher 140.300
(DECS)
Diagnóstico de 65.090
enfermagem
Qualidade de
294.276
vida
2862
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
316 documentos
341 documentos
Total de 2.862 após a filtragem
após a filtragem
documentos por idioma em
por tempo de
encontrados. português e
2016- 2021
inglês.
63 documentos 12 documentos
297 documentos
para leitura de após a leitura que
completos
título e resumo. foram incluidos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
FERREIRA et al. Conhecimento, 2020 No que se refere ao conhecimento dos enfermeiros, 6,4%
atitude e prática de tiveram conhecimento adequado necessitando do
enfermeiros na aprimoramento do mesmo. O estudo contribuiu para
detecção do câncer
detectar lacunas no conhecimento, atitude e prática da
de mama
enfermagem na detecção precoce e rastreio do câncer de
mama.
NOGUEIRA et al. Câncer de mama: 2017 Houve a necessidade de enxerto para reconstrução das
relato de caso em um mamas, que necessita de cuidados de enfermagem após o
hospital particular procedimento
PAIVA et al. O olhar da mulher 2016 Apontam para o reconhecimento das mulheres de um
sobre os cuidados de cuidado mais humanizado, valorizando os enfermeiros
enfermagem ao que pautam sua assistência em busca de aliviar o
vivenciar o câncer de sofrimento e não apenas desempenhar atividades
mama rotineiras com técnicas e procedimentos.
PAIVA et al. Cuidado de 2020 As mulheres mostraram-se envergonhadas e
enfermagem na chateadas com o braço sem estética. Ficam
perspectiva do deprimidas perdem a autoestima e tentam
mundo da vida da
disfarçar, mas nem sempre é possível. Cabe ao
mulher-que-vivencia-
linfedema- Enfermeiro considerar a percepção da mulher
decorrente-do- sobre si mesma em relação a sua imagem corporal
tratamento-de- para ampliar a sua prática profissional e buscar
câncer-de-mama repensar estratégias de cuidado que aumentem a
autoestima e melhorem sua qualidade de vida.
Página 449
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 450
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
2018).
Ferrari et al. (2018), ressaltam as orientações que os enfermeiros devem repassar mediante as
queixas relacionadas ao tratamento quimioterápico, visto que muitas mulheres tem dúvidas
referente a alopecia, sendo indicado o uso de lenços e peruca, além de explicar que o cabelo
só voltará a crescer no final de tratamento. Referente as náuseas e vômitos o enfermeiro deve
orientá-las a fracionar as refeições, não ficar em jejum prolongado e aumentar a ingestão
hídrica. Sobre a administração de medicamentos é importante explicar os possíveis efeitos
colaterais. Para alterações na pele, unhas e mucosas é indicado o uso de hidratantes, protetor
solar e não retirar as cotículas; para a mucosite é repassado o uso de sprays para tratamento,
uso de bicarbonato e sódio para bochechos e chá de camomila, malva e gelo, usados para
prevenção.
Sob essa ótica, além de todo o planejamento de enfermagem, outras questões decorrem
a favor do tratamento, tal qual, a manutenção de ambiente seguro, profissionais habilitados
em atender todas as esferas carentes das pacientes, como as psicossociais. Ademais, o enfoque
na qualidade de vida demanda ações que estejam centralizadas na mulher com neoplasia
mamária, como, o cuidado humanizado, focando em todas as necessidades das mesmas
(WATERKEMPER et al., 2017).
Página 451
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
A partir deste estudo, compreende-se que mulheres diagnosticadas com câncer de
mama possuem necessidades diversas e específicas que necessitam ser atendidas durante o
tratamento oncológico.
Sabe-se que a equipe de enfermagem é a principal responsável por prestar cuidados
diretos aos pacientes e está sempre presente na assistência a estes. Na relação Enfermagem-
paciente com câncer de mama, destaca-se a atuação destes profissionais, que deve ser baseada
Página 452
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CERVO, A. L.; SILVA. R; B.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica, 6 ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 454
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 42
SEM RESUMO
Página 455
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Este estudo teve como objeto as rodas de conversa da enfermagem com adolescentes. As rodas
de conversa se configuram como um tipo de cuidado que transcende o modelo biomédico das
técnicas e procedimentos, e é centrado na pessoa (GOMES et al, 2018).
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, recorte do projeto: “Grupos com
adolescentes em saúde e sexualidade”, que ocorre desde 2011, em um ambulatório
especializado no atendimento de adolescentes, localizado no Rio de Janeiro. Esse tipo de
metodologia deve, através de uma linguagem objetiva e texto contextualizado, traz reflexões
sobre uma determinada realidade, embasado pelos conceitos teóricos (Barros, 2000). O cenário
da pesquisa foi um ambulatório especializado em saúde do adolescente, situado em um hospital
universitário do estado do Rio de Janeiro. Os participantes foram os adolescentes que
aguardavam o atendimento na sala de espera. A estratégia pedagógica utilizada baseia-se nos
princípios de Paulo Freire e nas metodologias ativas, por meio das dinâmicas participativas. As
rodas de conversa ocorrem em espaço reservado e sem a presença dos pais/responsáveis legais,
porém com a anuência deles. Logo no início, ocorre a apresentação de todos os participantes,
incluindo os profissionais. A estratégia inicial é a dinâmica “quebra-gelo”, realizada com o
objetivo de desenvolver a descontração. Após esse momento, são discutidas temáticas
relacionadas ao período da adolescência. Além disso, é fornecido um folder relacionado ao
tema abordado com os adolescentes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram atendidos nas rodas de conversa realizadas no serviço, no período delineado, um total
de 240 adolescentes. As temáticas abordadas foram específicas para conhecimentos da
adolescência: bullying, relações familiares, prevenção de IST/Aids, sexualidade, gravidez
indesejada na adolescência, distúrbios alimentares, depressão, violência, entre outros. A roda
de conversa realizada pelo profissional de enfermagem, conduz à grupalidade, à dialogicidade
e à escuta sensível, levando ao entendimento sobre as razões de adotar o comportamento
preventivo e como devem se posicionar diante das pressões externas (DIAS, 2018).
CONCLUSÃO
Página 456
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS, M; SAYUMI, E. et al. Roda de conversa como estratégia de educação em saúde para a
enfermagem. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online,Rio de Janeiro, v. 10, n.
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GOMES, E.; T.; BRANDÃO, B.; M.; G.; M.; ABRÃO, F.; M.; S.; BEZERRA, S.; M.; M.; S.
Contribuições de Leonardo boff para a compreensão do cuidado. Rev enferm UFPE on
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Página 457
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 43
Página 458
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
As lesões não odontogênicas dos maxilares representam um grupo heterogêneo de tumores
que, em muitos casos, são difíceis de classificar (MILORO, GHALI, et al., 2016).
O fibroma ossificante, tendo como sinônimos o fibroma cementificante ou fibroma cemento-
ossificante, é considerado uma verdadeira neoplasia, a qual é composta de tecido fibroso, que
contém uma variável mistura de trabéculas ósseas, esférulas semelhantes a cemento ou ambas,
e ele acomete pessoas com idade mais avançada que as displasias fibrosas, sendo mais comum
no final da terceira e inicio da quarta década de vida. Parece estar restrito aos maxilares e ao
complexo craniofacial, embora lesões parecidas tenham sido relatadas em ossos longos. Há
predominância sobre o sexo feminino, mas não sobre a raça e o ritmo de crescimento é
variável. Por ser considerado uma neoplasia, o tratamento é cirúrgico através de curetagens
agressivas, ressecções cirúrgicas localizadas e ressecções de segmento mandibular (MILORO,
GHALI, et al., 2016).
OBJETIVOS
Revisar a literatura a cerca do Fibroma Cemento-ossificante dos maxilares, descrevendo os
aspectos clínicos, demográficos, radiográficos e histopatológicos. Bem como sinais e sintomas
específicos e inespecíficos, além das possíveis modalidades terapêuticas no âmbito clínico,
farmacológico e cirúrgico.
METODOLOGIA
Desenvolveu-se uma revisão integrativa da literatura, metodologia essa que propõe através de
pesquisa ímpar e específica investigar assuntos relevantes com a finalidade de sintetizar
resultados obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão, de maneira sistemática, ordenada
e abrangente. A revisão integrativa da literatura foi desenvolvida de acordo com o modelo
PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) e em seis
fases: elaboração da pergunta norteadora, busca de amostragem na literatura, coleta de dados,
análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação.
A busca ocorreu no período entre outubro e novembro de 2021, considerando-se as bases de
dados e recurso de busca: Pubmed, Science Direct e BVS, com recorte temporal de 20 anos.
Na estratégia de busca foram incluídas: “Fibroma Cemento-ossificante” AND “Cirurgia
Bucal” AND “Lesão Fibro-óssea” OR “Patologia Oral”, nas versões em português, inglês e
espanhol e de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) ou MeSH (Medical
Subject Headings).
Página 459
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A elegibilidade do trabalho ocorreu após a leitura inicial do título e do resumo dos estudos
levantados. Nos casos em que a leitura do resumo não fosse suficiente para estabelecer a sua
inclusão, o artigo foi lido na íntegra. Esse processo ocorreu por dois pesquisadores, de forma
independente e mediante a estratégia de busca previamente reportada. Foram excluídos os
trabalhos repetidos nas bases de dados, os que não responderam à pergunta-norteadora
considerada, opiniões, cartas, monografias, revisões de literatura, dissertações ou teses.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na busca através dos descritores selecionados nas bases MEDLINE e LILACS, foram
encontrados 23 artigos (nove na LILACS e dez na MEDLINE). Desses, três excluídos por
repetição, quatro pelos critérios de inclusão e de exclusão estabelecidos e um por não
responder à pergunta norteadora.
O Fibroma cemento-ossificante (FCO) é um tumor ósseo que consiste em um tecido fibroso
altamente celular que contém quantidades variadas de osso anormal ou tecido cementóide
(WHITE e PHAROAH, 2015).
Há definitivamente uma predileção pelo gênero feminino, com a mandíbula envolvida muito
mais frequentemente que a maxila. A área de pré-molares e molares inferiores é o sítio mais
afetado (NEVILLE, DAMM, et al., 2009).
As características clínicas do FCO podem variar de um comportamento indolente a um
agressivo. As características são mais parecidas com as de um tumor do que de uma displasia
óssea. Pequenas lesões quase nunca causam quaisquer sintomas e são detectadas apenas ao
exame radiográfico. Tumores maiores resultam em um aumento de volume indolor do osso
envolvido, podendo causar assimetria facial. O deslocamento dos dentes pode ser uma
característica clínica inicial, apesar de a maioria das lesões serem descobertas durante um
exame odontológico de rotina. Dor e parestesia são raramente associadas com o fibroma
ossificante (NEVILLE, DAMM, et al., 2009) (WHITE e PHAROAH, 2015).
Radiograficamente a lesão apresenta densidade mista radiolúcida-radiopaca com um padrão
que depende da quantidade e forma do material calcificado produzido, com periferias bem
definidas, apresentando linha radiolúcida delgada, representando uma cápsula fibrosa, pode
separá-la do osso circundante (figura 01). Algumas vezes o osso adjacente à lesão desenvolve
uma borda esclerótica. A lesão tende a ser concêntrico no interior da parte medular do osso,
com uma expansão de dentro para fora aproximadamente igual em todas as direções. Isto pode
resultar no deslocamento de dentes ou do canal alveolar inferior e expansão das corticais
externas do osso (WHITE e PHAROAH, 2015).
Página 460
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 461
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O diagnóstico diferencial do FCO inclui lesões com uma estrutura interna mista radiolúcida-
radiopaca. A diferenciação de uma displasia fibrosa pode ser bem difícil. Os limites de uma
lesão de FCO normalmente são mais bem definidos e estas lesões ocasionalmente podem
apresentar uma cápsula fibrosa e uma cortical, enquanto a displasia fibrosa normalmente se
confunde com o osso adjacente. A displasia fibrosa raramente reabsorve dentes. Outras lesões
a serem consideradas são aquelas que podem ter calcificações internas semelhantes ao padrão
visto nos FCOs. Estes incluem o cisto odontogênico calcificante, o tumor odontogênico
calcificante (Pindborg) e o tumor odontogênico adenomatóide (WHITE e PHAROAH, 2015)
À exploração cirúrgica, a lesão é bem demarcada do osso circundante, permitindo assim
separação relativamente fácil entre o tumor e seu leito ósseo. Uns poucos fibromas
ossificantes irão mostrar macroscópica e microscopicamente uma cápsula fibrosa circundando
o tumor. Muitos não são encapsulados, mas são bem demarcados macro e microscopicamente
do osso circundante (NEVILLE, DAMM, et al., 2009)
Por ele ser considerado uma neoplasia, o tratamento é cirúrgico; as lesões são removidas
facilmente, embora haja um índice de recidiva que varia de 1 a 63%; por essa razão, alguns
especialistas recomendam um tratamento mais invasivo para as lesões mais desfavoráveis,
incluindo curetagens mais agressivas, ressecções cirúrgicas localizadas e ressecção de
segmento mandibular. No complexo craniofacial, o tratamento deve ser mais agressivo para
proteger estruturas vitais (MILORO, GHALI, et al., 2016).
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Apesar do FCOs serem raros e neoplásicos, o prognóstico para a maioria dos fibromas
cemento-ossificantes é bom, apesar da tendência local de invasão e recorrência, não existem
relatos de doenças metastáticas. São necessários estudos que possam prever precocemente os
achados clínicos e radiográficos dos FCOs para agilidade no tratamento e melhora na
qualidade de vida do paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Página 463
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 44
Página 464
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Primeiramente descrito por Heister em 1732, o corpo adiposo bucal (CAB) foi denominado de
“glandular molar”, sendo caracterizado posteriormente por Bichat em 1802, o qual denominou
essa estrutura como “Bola de Bichat”. O corpo adiposo bucal é uma massa especializada,
composta por tecido adiposo que se distingue da gordura subcutânea e pode ser classificada
como uma sissarcose. Topograficamente encontra-se no espaço mastigatório, lateralmente ao
músculo bucinador e o ramo mandibular, separando os músculos mastigadores uns dos outros,
bem como do arco zigomático e ramo mandibular. É constituído de um corpo principal e
quatro processos, sendo eles: bucal, pterigoideo, pterigopalatino e temporal. Essas estruturas
são envolvidas por uma tênue cápsula fibrosa, que nos infantes, previne o prolapso da
estrutura durante os movimentos de sucção. Em adultos o corpo adiposo bucal melhora a
motilidade intermuscular e possui importante função no contorno facial.
METODOLOGIA
Desenvolveu-se uma revisão integrativa da literatura, metodologia essa que propõe através de
pesquisa ímpar e específica investigar assuntos relevantes com a finalidade de sintetizar
resultados obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão, de maneira sistemática, ordenada
e abrangente. A revisão integrativa da literatura foi desenvolvida de acordo com o modelo
PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) e em seis
fases: elaboração da pergunta norteadora, busca de amostragem na literatura, coleta de dados,
análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação.
A busca ocorreu no período entre janeiro e abril de 2021, considerando-se as bases de dados e
recurso de busca: Pubmed, Science Direct e BVS, sem recorte temporal.
Na estratégia de busca foram incluídas: “Corpo adiposo bucal” AND “Cirurgia Bucal” AND
“Bola de bichat” OR “Corpo adiposo”, nas versões em português, inglês e espanhol e de
acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) ou MeSH (Medical Subject
Headings).
A elegibilidade do trabalho ocorreu após a leitura inicial do título e do resumo dos estudos
levantados. Nos casos em que a leitura do resumo não fosse suficiente para estabelecer a sua
inclusão, o artigo foi lido na íntegra. Esse processo ocorreu por dois pesquisadores, de forma
independente e mediante a estratégia de busca previamente reportada. Foram excluídos os
trabalhos repetidos nas bases de dados, os que não responderam à pergunta-norteadora
considerada, opiniões, cartas, monografias, revisões de literatura, dissertações ou teses.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na busca através dos descritores selecionados nas bases MEDLINE e LILACS, foram
encontrados 24 artigos (nove na LILACS e dez na MEDLINE). Desses, doze excluídos por
repetição, seis pelos critérios de inclusão e de exclusão estabelecidos e seis por não responder
à pergunta norteadora. 12 artigos foram selecionados para revisão da literatura.
A anatomia do corpo adiposo é complexa, composto por um corpo principal e quatro
processos. O corpo principal localiza-se sob o periósteo que envolve o aspecto posterior da
maxila, limitado pela fossa pterigopalatina e pelos músculos bucinador e masseter. Na borda
anterior do músculo masseter, o ducto parotídeo se relaciona intimamente com corpo adiposo,
adentrando ao músculo bucinador, antes de desembocar na cavidade oral.
A extensão bucal do corpo adiposo bucal repousa na fáscia bucofaríngea, se estende supero-
medialmente através da fissura pterigomaxilar em direção a fossa pterigopalatina.
Já a extensão temporal, considerada a maior, perpassa superiormente abaixo do arco
zigomático e do plano temporal. É dividido em duas porções, uma mais larga e superficial,
percorrendo direção supero-posterior entre a fáscia do temporal e o músculo temporal. A
extensão temporal é o único processo do corpo adiposo bucal que não pode ser separado
facilmente dos outros planos teciduais.
Profundamente aos tendões do músculo temporal, a extensão pterigomandibular do corpo
adiposo bucal cursa posteriormente delimitada pela superfície medial do ramo mandibular,
músculo pterigoideo medial, músculo pterigoideo lateral e finalmente penetrando na porção
profunda da glândula parótida. Esse processo cerca o nervo alveolar inferior e lingual e as
veias alveolares inferiores.
A nutrição do corpo adiposo bucal é dada por três arteriais principais, sendo: ramos bucal e
temporal profundo, ramificações da artéria maxilar, artéria transversa da face, ramificação da
artéria temporal superficial e artérias menores originadas da artéria facial.
Apesar do CAB ser um órgão profundo ao músculo bucinador, em crianças e neonatos essa
estrutura pode ser prolapsada para a cavidade bucal, caracterizando uma entidade clínica
incomum, chamada de herniação do corpo adiposo bucal. É definida pelo aparecimento
abrupto de uma massa pedunculada, macia e de coloração variável após o trauma dentro da
cavidade oral. Lesões puntiformes ou contusas através do músculo e da fáscia do bucinador
podem levar a uma extrusão acentuada do corpo adiposo bucal, herniando-o para a cavidade
oral.
O corpo principal e o processo bucal podem corresponder a 50% do seu volume total, que é
em média de 10 ml, com espessura média de 6mm e peso médio de 9,3g.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Sua extensão bucal é a mais superficial, encontrando-se em íntimo contato com o ducto de
parotídeo e com os ramos zigomáticos e bucal do nervo facial.
Tem por função, auxiliar nos movimentos de sucção em recém-nascidos, e nos adultos atua
como lubrificante e coxim amortecedor para os músculos mastigadores e feixe
vasculonervoso facial já que exerce função entre os músculos mastigatórios.
Contribui esteticamente para os contornos faciais, participando do abaulamento das
bochechas, principalmente em infantes, que usualmente permanece nos adultos, sendo o corpo
e a extensão bucal os grandes atores pelo contorno das bochechas.
Durante o crescimento da criança, o corpo adiposo bucal decresce em volume, sendo
relativamente menor nos adultos.
A bola de bichat possui diversas aplicações cirúrgicas, tais como recomendada para
fechamento de fístulas e comunicações bucossinusais de tamanhos e localizações variadas,
reparo e fechamento defeitos palatinos em pacientes fissurados, enxertia após exérese de
tumores e reparação de defeitos dentoalveolares e na resolução de casos recidivantes,
demonstrando além de possuir boas taxas de sucesso sem co-morbidades associadas, alta
aplicabilidade, boa vascularização e ótima manutenção do retalho.
CONCLUSÃO
Desse modo, podemos caracterizar o corpo adiposo bucal como uma estrutura profundamente
localizada na face, relacionada a estruturas vitais e fundamentais para funcionamento
neuromuscular e glandular, bem como sua importância na arquitetura facial. Sendo assim, o
seu estudo é essencial para boas práticas cirúrgicas no manejo de fechamentos bucossinusais,
bem como para cirurgias com finalidades estéticas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 45
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Segundo Mancebo et al. (2015), a educação superior passa por grandes processos
de mudanças em quase todo o mundo. Invariavelmente, essas mudanças também mostram
a necessidade de expansão e maior preparo das Instituições de Ensino Superior (IES).
Schleich (2006) menciona alguns pontos onde as Universidades e demais IES deveriam
se preparar melhor, como: meios de inovação tecnológica, novos espaços educativos e
maior conhecimento sobre o estudante universitário, trazendo assim a promoção do
desenvolvimento dessa comunidade nos aspectos cognitivo, vocacional, pessoal, social e
cultural. Tais afirmações, nos remetem ao pensamento de atender às necessidades
individuais e coletivas dos indivíduos e buscar atende-las através da ideia de promover a
saúde destes, apresentando uma perspectiva que seja capaz de enxergar as potencialidades
dos ambientes nos quais estão inseridos.
Quando falamos de universidades e IES em geral, falamos de ambientes
considerados como recursos valiosos para as comunidades onde estão inseridas, sendo
assim, o investimento em PS nesses ambientes é também um investimento para o futuro,
mostrando que uma universidade é por natureza parte essencial para estratégias de
Promoção da Saúde (PS). Desta forma, o ensino superior exerce um grande papel no
desenvolvimento de indivíduos, comunidades, sociedades e culturas, tendo a
oportunidade e a responsabilidade de oferecer uma educação que transforme, envolva a
voz do aluno, desenvolva novos conhecimentos e lidere pelo exemplo, defendendo
tomadas de decisão que venham trazer benefício à sociedade. Tais valores possuem
relação direta com a perspectiva de PS instituída durante a 1ª Conferência Internacional
de PS e todo o contexto histórico decorrido a respeito desse conceito. (OKANAGAN,
2015; TSOUROS, 1998).
Com o estabelecimento da globalização, enfatiza-se a necessidade da universidade
em sua contemporaneidade ser um espaço desenvolvedor de aprendizados diversos, para
públicos diversos. O movimento de Universidades Promotoras de Saúde (UPS) surge a
partir dessa concepção, que enxerga a universidade como influenciadora na
transformação de indivíduos e comunidades. Em esfera internacional, a proposta de
criação de ambientes saudáveis da Organização Mundial de Saúde (OMS) e a iniciativa
de Escolas Promotoras de Saúde da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS),
também exercem grande influência nesse movimento. (ALMEIDA, 2017; MORAES &
LEITE, 2014; OMS, 2009).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
viesse ampliar o campo da saúde está em discussão. (OMS, 2006; ALMEIDA FILHO,
2012).
Com a Segunda Guerra Mundial e posterior criação da Organização das Nações
Unidas (ONU) e Organização Mundial de Saúde (OMS), acentua-se a perspectiva da
saúde como direito um de todos, sendo obrigação do governo protegê-la e promovê-la,
temos então um debate mais tradicional a respeito da ideia de Promoção da Saúde (PS).
O termo PS havia sido utilizado primeiramente no ano de 1945 por Henry Sigerist,
colocando a PS, a prevenção da doença, a recuperação e a reabilitação como pontos
importantes no desenvolvimento da medicina, Leavell & Clarck também impulsionam
debates em torno de uma concepção de saúde não centrada na doença. Dentro desse
contexto, podemos enxergar um resgate do pensamento médico social expresso por
autores como Virchow e Chawick no século XIX, onde foram apresentandas concepções
relacionadas com vigilância à saúde e crítica à medicalização deste setor, não estando
restringindo saúde à ausência de doenças. (ALMEIDA FILHO, 2011; BUSS, 2000;
CZERESNIA, 2003; HEIDMANN et al., 2006; SCLIAR, 2007).
Inicialmente o discurso de redirecionar as práticas de saúde em torno da ideia de
PS, se apresenta mais ligado à necessidade de controlar os custos crescentes com a
assistência médica, Lalonde apresenta então, uma ideia que transcorre a saúde entre a
biologia humana, estilo de vida, organização assistencial e meio ambiente. Para ele,
existia um equívoco em dar ênfase ao ponto de vista assistencial médico, sendo necessário
um olhar que transcorresse além do sistema tradicional de saúde, englobando biologia,
ambiente, estilo de vida e organização da assistência sanitária, o que daria espaço para
identificação de desigualdades na área sanitária. Segundo Heidmann et al. (2006), o
relatório Lalonde surge como um marco para o conceito de PS, sendo esse criado com
base no desequilíbrio observado quanto aos gastos com assistência médica curativa e a
qualidade de vida da população, buscando dar ênfase na relação entre a biologia humana,
os fatores ambientais e o estilo de vida desses indivíduos. É neste documento também,
que o termo PS é utilizado de maneira oficial pela primeira vez, proporcionando a visão
de atuar sobre os chamados Determinantes Sociais de Saúde (DSS). Tais determinantes
são caracterizados por ações que ultrapassam a prestação de serviços clínico-assistenciais,
portando em sua composição, ações intersetoriais que envolvem itens de extrema
significância para a vida e saúde de uma comunidade, como acesso à educação,
saneamento básico, habitação, boas condições de trabalho, boa alimentação, cuidados
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
com o meio ambiente, possibilidade de lazer etc. (CZERESNIA, 2003; SÍCOLI &
NASCIMENTO, 2003).
Em 1986, na 1ª Conferência Internacional de PS no Canadá surge uma ampliação
do conceito de PS, passando a compreendê-la como “o processo de capacitação da
comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, o que inclui também
uma maior participação desta comunidade no controle dessa melhoria”. Tal conceito torna
mais clara a perspectiva de alcançar saúde não apenas através de mudança nos estilos de
vida, mas buscando transformação nas condições de vida e trabalho dos indivíduos, o que
envolve habitação digna, acesso à educação, acesso à alimentação, renda favorável,
equidade, condições favoráveis do meio ambiente e até mesmo uma cultura de paz. Para
o alcance dessa proposta são sugeridas algumas estratégias que transpassam desde a
criação de ambientes saudáveis até o desenvolvimento de novas políticas públicas que
permitam a participação dos agentes envolvidos e da população como um todo. Seguindo
essa ideia, Guimarães (1999) afirma que como objetivo estratégico, deve-se motivar
governos e sociedades na melhoria das condições de vida e de saúde da população urbana,
através de metodologias e estratégias que venham a atingir ambientes como escolas,
indústria e espaço de lazer. Ademais, Furtado et al. 2016, coloca que tais políticas tendem
a formular ações que sugerem atuar na melhora da qualidade de vida e os riscos de
adoecimento, buscando assim um modelo mais amplo. (BRASIL, 2002; HEIDMANN et
al., 2006; WESTPHAL, 2013).
Podemos ver então, que desde a sua retomada, o atual conceito de Promoção da
Saúde (PS) bem como a prática desse conceito, vem em crescente desenvolvimento, o
que ocorreu de maneira mais específica nos chamados países desenvolvidos como
Estados Unidos e Canadá e desde a 1ª Conferência Internacional de PS, uma definição
sobre a mesma entra em vigor. A PS contorna assim duas dimensões, sendo uma
conceitual e outra metodológica, buscando envolver não somente princípios, mas também
a prática através de planos de ação e estratégias, o que traz complexidade para essa
abordagem. Com a percepção dos crescentes níveis dessa complexidade, manifesta-se a
necessidade de se estabelecerem divisões específicas que viessem a alcançar outros
ambientes, o que inclui escolas e universidades. (BRASIL, 2002; BUSS, 2000;
CERQUEIRA, 1997; OMS, 1997; TSOUROS, 1998).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
UPS. Essas redes chegam a ocupar espaço tanto na América Latina quanto na Europa.
Podemos citar como principais redes de UPS, a Rede Mexicana (RMUPS), a Rede
Espanhola (REUPS), a Rede Colombiana (ReCUPS) e a Rede Iberoamericana (RIUPS),
essa última tendo grande destaque, pois além de abarcar universidades de países da
América Latina como Colômbia, Peru, Equador, Costa Rica, Chile, México e Porto Rico,
possui também em sua composição instituições da Espanha e de Portugal. Arroyo e
Cerqueira (1998) mencionam a RIUPS como um dos movimentos de UPS de maior
organização, o que proporcionou para algumas universidades brasileiras o ingresso nessa
rede. (MORAES & LEITE, 2014).
As redes exercem importante papel na promoção de convênios, sejam eles locais
ou federais com entidades governamentais, também auxiliam na adoção de diagnósticos
de saúde dos integrantes da comunidade universitária, atuando como agentes facilitadores
do diálogo com os mais diferentes sujeitos envolvidos com a promoção da saúde,
sensibilizando e capacitando esses grupos. Outro papel importante de uma rede se dá
através de experiências com a implementação de iniciativas de uma UPS, que podem ser
compartilhadas por várias redes em todo o mundo. Universidades mais experientes podem
também compartilhar seus sucessos e dificuldades na implementação do conceito de UPS,
servindo de exemplo para outras universidades através de uma plataforma internacional
ou mesmo de conferências. (DOORIS & DOERTY, 2010; SUÁREZ-REYES,
SERRANO & BROUCKE, 2018; MORAES & LEITE, 2014).
Atualmente podemos observar a presença de diversas redes de UPS ao redor do
mundo. Algumas possuem disponibilidade de acesso às suas informações e conteúdo,
outras ainda carecem nesse aspecto (Figura 2).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Red Colombiana de
Instituciones de REDECUPS 2010
Educación Superior
Promotoras de Salud
Rede Iberoamericana de -
Universidades Promotoras de RIUPS
la Salud
- Informação não disponíveis/ * Ano de estabelecimento
Fonte: Elaboração própria
III Congreso de
Universidades Entornos Formativos
Juárez - México
Promotoras de la Multiplicadores 2005
Salud
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Promotoras de la
Salud
V Congreso
Internacional de Comunidades
San José -
Universidades Universitarias 2009
Costa Rica
Promotoras de la Construvendo Salud
Salud
VI Congreso
Internacional de Encrucijada Social y
San Juan –
Universidades Universitaria por la 2011
Porto Rico
Promotoras de la Salud
Salud
Caminos
VII Congreso
Prometedores:
Internacional de
Investigación,
Univerdiades Kelowna –
prácticas y Políticas 2013
Promotoras de la Canadá
para Campus
Salud
Saludables y
Sostenibles
Promoción de la Salud
VIII Congresso
y Universidad.
Iberoamericano
Construyendo Alicante –
Universidades 2015
Entornos Sociales y Espanha
promotoras de la
Educativos
Salud
Saludables
I Encontro Nacional de
Universidades Uma construção coletiva Brasília - Brasil 2018
Promotoras de Saúde
II Encontro da Rede
Brasileira de 2020
O desenvolvimento da rede no Brasil Online - Brasil
Universidades
Promotoras de Saúde
Fonte: Elaboração própria.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
multissetoriais e
multidisciplinares vs -
dependências ”.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
De acordo com Almeida Filho & Santos (2008), um mecanismo que regula a
comunidade científica, passa a torna-la dependente dos centros de poder econômico, e
apenas uma grande pressão externa e democrática auxiliarão no acréscimo de temas que
na teoria não apresentam interesse comercial, mas revelam grande impacto social.
Ao vivenciar mudanças do papel do estado com relação ao público e privado, são
acentuadas funcionalidades ao capitalismo monopolista. Dentro de uma perspectiva
médico assistencial, a transformação da saúde num capital se dá através da sua venda
como se fosse uma mercadoria. Desta maneira, a saúde acaba por ser constituída como
um dos setores de disputa no mercado, mercado esse que apresenta dentre as suas mais
diversas organizações empresariais, os hospitais-empresa e as cooperativas de trabalho
médico, que por sua vez apresentam tendências à privatização da saúde pública,
mercantilização e até mesmo desmonte do Sistema Único de Saúde. (CORREIA &
OMENA, 2013; MARTINS et al. 2012).
Ao partir de uma ampla concepção do processo saúde-doença, dos seus
determinantes e analisar o discurso vigorante da PS, é possível constatar em sua proposta
não somente o alinhamento de saberes técnicos e populares, mas também a mobilização
de recursos comunitários para o seu enfrentamento. Ainda que passados tantos anos da
Carta de Ottawa e sua definição para a PS, se faz necessário permitir a associação a esse
termo bem como manter a sua prática ligada a um conjunto de valores citados por
Czeresnia (2003), como vida, saúde, solidariedade, equidade, democracia, cidadania,
desenvolvimento, participação, parceria etc. Mesmo em um mundo globalizado, é
possível observar na PS através de seus documentos, cartas, declarações etc., a presença
de um componente internacionalista, no qual a participação social juntamente com a
valorização do conhecimento popular se fazem presentes na base de sua formulação
conceitual. Nos campos da educação e da saúde, o estado possui o papel de garantir
serviços públicos de qualidade e ao não assumir essa responsabilidade, o mesmo acaba
por se tornar promotor de iniquidades sociais (ALMEIDA FILHO, 2018; BUSS, 2000;
CZERESNIA, 2003).
Um cuidado a ser tomado deve ser o de não permitir que o fator financeiro seja o
principal impulsionador das iniciativas que sugerem a PS, evitando a aproximação do seu
conceito com questões que envolvem a qualidade de vida dentro de uma perspectiva de
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ingressar em uma IES gera novas relações para muitos estudantes, influenciando
desde sua vida afetiva, tempo, responsabilidades ou até mesmo autonomia ainda que
prematura. Questões organizacionais da vida são afetadas, incluindo não apenas os
estudantes, mas toda a comunidade acadêmica, o que pode representar vivências
negativas com relação à saúde. Dessa maneira, as IES se apresentam como ambientes
favoráveis para o desenvolvimento de ações de PS. Deve a universidade contribuir na
capacitação de seus indivíduos para uma futura difusão da PS nos espaços sociais, sendo
necessário que esta assuma a responsabilidade de um papel que não se restringe ao setor
da saúde, desafiando seus dirigentes, reitores e conselheiros também. (OLIVEIRA, 2017).
A constituição de uma UPS deve ser apresentada de maneira mais sistematizada,
focando esforços no fortalecimento das redes e caracterização deste movimento. Para a
constituição de padrões e configurações que permitam gerenciamento na PS, a abordagem
nos ambientes universitários deve focar previsão e planejamento. (DOORIS, 2001;
GRASER et al, 2010; TSOUROS, 1998).
Universidades que se envolvem com a promoção da saúde podem obter muitos
benefícios como:
Valorização de sua imagem pública; Ser importante para a
saúde local, regional e nacional; Melhorar projetos
institucionais e pedagógicos; Melhorar a qualidade de vida dos
envolvidos; e Melhorar condições de atividade e de
permanência das pessoas que ali trabalham, estudam, vivem e
socializam (TSOUROS, 1998 p. 123 tradução nossa).
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seguimento a esse movimento em todas as suas esferas, sejam elas institucionais ou até
mesmo de ordem política, compreendendo a realidade e especificidade de cada IES em
seus mais diversos contextos culturais e socioeconômicos, permitindo assim a mobilidade
do conhecimento. Com os passar dos anos e o crescimento do movimento de UPS através
de suas redes e produções, têm-se construído um cenário possibilitador de estratégias de
PS nas IES. Porém, devem ser mantidos os cuidados necessários para que ações e projetos
de PS no ensino superior, não sucumbam à um contexto de mercantilização tanto da saúde
quanto do ensino, onde talvez possa parecer lucrativo e interessante para determinadores
setores manterem a perspectiva de serem “promotores da saúde”, porém, sem de fato
estarem contextualizados com esse conceito e toda sua complexidade de aplicação. Como
o movimento de UPS propõe atuar em locais acadêmicos onde as pessoas se desenvolvem
diariamente, seguindo o modelo de PS, cabe refletir sobre: que tipo de programas estão
sendo estabelecidos nas IES que se propõem a seguir esse modelo?
Deve-se ter como foco, uma perspectiva que explore o potencial das IES em atuar
como protetores da vida. Que sejam sim, promotores da saúde de sua população, mas que
essas iniciativas envolvam tanto os funcionários, quanto docentes e discentes, sem excluir
as comunidades na qual estão inseridas essas IES. Por fim, que exista um plano
institucional para isso, permitindo continuidade dessas ações e que elas possuam também,
construir um processo sistemático de auto avaliação.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 46
Página 495
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Brasil, a Unifesp, sobre médicos residentes que divulgam informações pessoais acerca de seus
pacientes nas redes sociais. Para garantir mais embasamento no artigo, foram utilizados trechos
do livro de “bioética clínica” de Cícero de Andrade Urban.
OBJETIVOS
EXEMPLOS
O sigilo médico é um tema amplamente discutido no âmbito jurídico, ético e social, e segundo
o artigo 154 do Código Penal, é "crime revelar alguém, sem justa causa, segredo de que tem
ciência em razão da função, ministério, ofício ou profissão e cuja revelação possa produzir
dano a outrem". Na atualidade, o uso da internet tem sido um dos principais meios de
comunicação, interação e também tem sido um dos principais palcos para a quebra da
confidencialidade entre médico e paciente, podendo ser encontrado em diversos casos.
De início, podemos citar o caso de uma ex-primeira-dama, a qual havia sofrido um acidente
vascular hemorrágico (AVC) de nível quatro na escala Fischer e apresentava um caso muito
delicado. Foi atendida no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, onde realizou diversos exames,
entre eles uma tomografia. Infelizmente, foi surpreendida com um vídeo liberado nas redes
sociais por um jornalista, no qual ele está vangloriando-se por tocar nos exames da ex-primeira-
dama. Logo em seguida, o caso tomou maiores proporções quando uma médica reumatologista,
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
que não fazia parte do caso, vazou a informação na rede social "WhatsApp" de que a paciente
seria internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mesmo não tendo acesso ao seu
prontuário médico. Além dessa violação do artigo 154 do Código penal citado anteriormente,
também foi noticiada mais uma falha médica, em que o neurocirurgião da paciente opinou de
maneira antiética acerca do tratamento, comentando com seus colegas frases inadequadas e
ofensivas. Como resultado de tais atitudes não profissionais, a Doutora que expôs a informação
foi demitida do Hospital e o médico que comentou as ofensas perdeu seu contrato com o plano
de saúde Unimed.
DISCUSSÃO
Com o advento da Internet e sua rápida evolução, cada vez mais as pessoas estão conectadas
compartilhando suas vidas pessoais e profissionais. Isso se aplica à prática médica que,
atualmente, está sendo muito disseminada nas mídias sociais. Dentre os profissionais, aquele
que tem maior dever quanto ao sigilo é o médico, pois conhece na intimidade (subjetivamente
e objetivamente) seu paciente. Nesse sentido, o compartilhamento excessivo entra em
dissonância com o Código de Ética Médica, podendo infringir o direito do paciente de sigilo,
o que enfraquece a relação médico-paciente e tem potencial de causar constrangimento, bem
como problemas judiciais.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O Código de Ética Médica (CEM) aborda o tema do uso das redes sociais pelos profissionais,
porém, ao observar alguns perfis nas redes sociais, é possível perceber a banalização do uso da
internet e falta de conhecimento sobre o Código. Segundo um estudo realizado pela Unifesp
mais de 80% dos médicos residentes divulgam informações sigilosas nas redes sociais, sendo
possível perceber que nem sempre há a intenção de causar algum prejuízo, e sim o fazem pelo
desconhecimento acerca das regras. Para exemplificar a quebra de sigilo, o caso de uma ex-
primeira dama ocorrido em 2017 foi um divisor de águas no que tange às regras do
compartilhamento do prontuário do paciente. Nesse caso, houve a divulgação irrestrita do seu
estado de saúde, do seu local de internamento, bem como da emissão de juízo de valor por
parte dos profissionais que afetam a moral pessoal da paciente de forma negativa. Tudo isso
ocorreu via compartilhamento no WhatsApp que, em pouco tempo, virou notícia nacional.
Nesse sentido, constatamos que houve quebra de mais de uma premissa do CEM, como
divulgação de informações sigilosas e constrangimento público do paciente.
Outro exemplo que impactou pela exposição de pacientes, foi o caso da menina de 10 anos que
engravidou por estupro e iria passar por um aborto, mas antes que isso pudesse ser feito, sua
localização foi divulgada pela equipe. Isso acarretou em manifestações na frente do hospital.
Essa situação expôs uma vítima vulnerável e menor de idade a um constrangimento de nível
nacional, além de ameaças ao médico e à menina por parte de manifestantes que eram contra o
procedimento. Com isso, também houve perturbação da paz e do silêncio no perímetro do
hospital, o que poderia acarretar em incômodo e danos aos outros pacientes ali presentes.
Uma outra questão que permeia o uso indevido de redes sociais por parte dos médicos, está
descrito numa importante premissa do CEM: “a publicidade médica deve obedecer
exclusivamente a princípios éticos de orientação educativa, não sendo comparável à
publicidade de produtos e práticas meramente comerciais”, sendo vedado a divulgação de
preços oferecidos, bem como de descontos, pois isso seria considerado prática comercial e
estimularia a concorrência desleal. Um exemplo seriam médicos que fazem parceria com
influenciadores digitais, que não são do ramo médico, promovendo sorteios de procedimentos
cirúrgicos. Essa conduta irresponsável pode influenciar as pessoas a fazerem cirurgias, apenas
por ser de graça e por um famoso estar envolvido na publicidade, sem de fato fazerem uma
reflexão sobre riscos, e se realmente querem essa mudança permanente em suas vidas. Além
disso, o artigo 13 da Resolução 2.126/2015 veta a publicação de fotos de “Antes X Depois”
como publicidade nas redes sociais. Mesmo que o paciente autorize, essa prática não pode ser
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
feita pois pode ser encarada como concorrência desleal. Embora seja uma conduta
relativamente comum, esta prática pode provocar danos psicológicos a quem procura esse
serviço, pois, o paciente é influenciado pelas fotos ali postadas que não, necessariamente, terão
o mesmo resultado. Outro perigo seria a simulação de resultados feito por médicos e divulgado
por eles, no qual o uso do Photoshop pode distorcer um possível resultado, incutindo
expectativas irreais na mente dos pacientes. Este comportamento é muito evidenciado no meio
dos cirurgiões plásticos, que utilizam deste artifício para se autopromover e conquistar mais
pacientes.
CONCLUSÃO
Com esse estudo, pode-se concluir que são algumas as causas da exposição de pacientes e
quebra do sigilo médico, sendo atualmente a internet uma das principais, visto que cada vez
mais o digital e o real se entrelaçam, já que as mídias sociais passaram a ser um meio
indispensável na comunicação. Certos profissionais utilizam das plataformas online para
divulgar e promover seu trabalho e assim conseguir mais pacientes, nesse caso ofertando o
serviço como uma mercadoria, enquanto outros, como residentes e médicos recém-formados
divulgam informações pessoais dos pacientes por falta de conhecimento do Código de Ética
Médica (CEM). Contudo, algumas vezes o CEM é violado e o sigilo quebrado com
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
consentimento do paciente, as informações sobre ele se tornam públicas com autorização, mas
ainda assim a ação é antiética. À vista disso, é de extrema importância a discussão acerca do
tema para que ele não seja negligenciado e cada vez menos ocorram casos de exposição de
pacientes, para assim evitar o constrangimento dos envolvidos. Vale ressaltar que é dever legal
do médico a manutenção do sigilo com seu paciente, e que a relação entre eles seja de completa
confiança. Quando as informações a respeito do paciente são mantidas confidenciais, o
atendimento se torna de maior qualidade, sem mencionar que o paciente se tornaria mais adepto
a aderir o tratamento proposto pelo profissional. “O segredo é o principal esteio de Ética
Médica. Vamos mantê-lo o mais e o melhor que nos seja permitido” – Prof. Flamínio Fávero,
outubro de 1959.
REFERÊNCIA
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sigilo-e-comentarios-sobre-estado-de-saude-de-marisa-leticia-sao-demitidos/
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https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/11/26/vazamento-de-senhas-do-
ministerio-da-saude-expoe-informacoes-de-pessoas-que-fizeram-testes-de-covid-19-diz-
jornal.ghtml
https://jus.com.br/artigos/55669/sigilo-profissional-medico
https://residenciapediatrica.com.br/detalhes/194/o-juramento-de-hipocrates-e-o-codigo-de
https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,vazamento-de-senha-do-ministerio-da-saude-
expoe-dados-de-16-milhoes-de-pacientes-de-covid,70003528583
https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2020/08/4868935-video--hospital-onde-menina-
passara-por-aborto-vira-palco-de-confusao.html
https://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Imprensa&acao=crm_midia&id=794
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
https://www.crmmg.org.br/wp-content/uploads/2020/07/Publicidade-medica-O-que-pode-e-
nao-pode-nas-redes-sociais.pdf
https://www.meuconsultorio.com/blog/entenda-a-importancia-do-sigilo-medico-na-relacao-
com-o-paciente/
CITAÇÕES
Professor Flamínio Fávero: “O segredo é o principal esteio de Ética Médica. Vamos mantê-lo
o mais e o melhor que nos seja permitido”.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 47
Gabriel Louredo Costa Rodrigues, Alan Queiroz de Sene, Bruno Aurélio Vieira
Castro, João Pedro Lopes Martire, Luanna de Moraes Attard, Marco Aurélio
Pereira da Silva, Maria Eduarda Fantacholi Voigt e Thayssa Soares de Souza
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A prevalência do diabetes mellitus (DM), sobretudo do tipo 2 em conjunto com a
obesidade, cresce em números alarmantes, mundialmente, em virtude do estilo de vida
associado ao baixo gasto energético e ao alto consumo calórico (PETRIE; GUZIK; TOUYZ,
2018). De 34.5 milhões de mortes não-comunicáveis em 2010, 1.3 milhões foram atribuídas ao
diabetes e a mortalidade dessa doença dobrou entre os anos de 1990 e 2010 (LAAKSO;
KUUSISTO, 2014), provando o aumento progressivo e problemático do diabetes ao longo dos
anos (RITCHIE; ABEL, 2020). Estudos confirmam que a perspectiva para 2045 é que 693
milhões de adultos possuam DM no mundo, colaborando, assim, para o aumento de 2,5 vezes
o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares (RITCHIE; ABEL, 2020). Nesse
sentido, as doenças cardíacas provenientes do diabetes são um risco crescente e importante para
a saúde pública, visto que possuem um índice de mortalidade de 65% (LEE; KIM, 2017), sendo
que em diabéticos do sexo feminino o risco é maior quando comparado ao sexo masculino
(RUSSO; FRANGOGIANNIS, 2015).
Estudos revelaram alterações micro e macrovasculares, como hipertrofia do coração
diabético, sendo consequência da deposição de triglicerídeos no miocárdio e de um aumento da
deposição de colágeno e fibrose, danificando a microcirculação (LEHRKE; MARX, 2017).
Essas alterações colaboram para a existência de problemas cardiovasculares, como a neuropatia
autonômica cardíaca (NAC), a cardiomiopatia diabética (CMD), que pode levar à insuficiência
cardíaca (LEE; KIM, 2017), bem como a aterosclerose (LOW WANG; et al, 2016). Essas
patologias ocorrem, em virtude de distúrbios ocasionados pelo diabetes, a exemplo da
resistência à insulina, a hiperglicemia, incluindo também doenças associadas à dislipidemia, às
inflamações crônicas e à hipertensão arterial. (GAJOS, 2018; HAAS; MCDONNELL, 2018;
WALLNER; et al, 2018).
Dado o exposto, compreende-se que o diabetes é uma doença crônica que pode causar
complicações cardiovasculares graves aos indivíduos, além de se configurar como uma
problemática crescente no mundo. Devido ao interesse pelo tema, o presente estudo busca
auxiliar a prática de clínica médica voltada para complicações do sistema cardiovascular
decorrentes do DM. Logo, o objetivo geral é apresentar as alterações fisiológicas do sistema
cardiovascular decorrentes do diabetes mellitus e o objetivo específico é compreender as ações
e consequências da hiperglicemia, da hiperinsulinemia e da dislipidemia no sistema
cardiovascular em indivíduos diabéticos.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
Para a elaboração desse estudo foi realizado um levantamento bibliográfico os quais
correlacionaram o diabetes mellitus e as principais alterações fisiológicas que este desencadeia
sobre o sistema cardiovascular. Com esta finalidade, foram utilizadas as bases de dados
Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed) e
Google Acadêmico. Os descritores em Ciência da Saúde utilizados no processo de busca foram
“Cardiopatias”; “Diabetes Mellitus”; “Insuficiência Cardíaca” e seus respectivos
correspondentes em inglês. Como resultado foi obtido um grande número de artigos e, desse
modo, a fim de se obter um melhor direcionamento para a temática desejada, foram utilizados
alguns filtros durante a busca. Inicialmente, utilizou-se uma janela temporal de 8 anos entre os
anos de 2014 a 2021, com o objetivo de elaborar um artigo atualizado, sendo que foram
escolhidas literaturas apenas em inglês e em português. Posteriormente, foi realizada uma
leitura crítica dos resumos e das conclusões dos artigos obtidos com o propósito de identificar
a correspondência de seus conteúdos com o objetivo da pesquisa. Por fim, foram identificados
e utilizados 32 trabalhos científicos os quais contemplaram todas as exigências atribuídas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em relação à doença, o DM se caracteriza por um estado crônico de hiperglicemia e
pode ser diagnosticado por um elevado nível de hemoglobina glicada. Existem dois principais
subtipos de DM: o tipo 1 (DM1) e o tipo 2 (DM2). O primeiro se refere à uma destruição
autoimune das células beta-pancreáticas, enquanto o segundo está associado com a resistência
à insulina (LAAKSO; KUUSISTO, 2014). Os diabéticos tipo 2 que possuem hipertensão têm
um maior risco de morte decorrente de doenças cardiovasculares. Esse risco aumentado advém
do efeito sinérgico de anomalias nos vasos sanguíneos, retirando a sua capacidade
compensatória de proteção contra danos nos leitos vasculares (STRAIN; PALDÁNIUS, 2018).
Nesse sentido, as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no diabetes e
decorrem de problemas em grandes e pequenos vasos sanguíneos (PETRIE; GUZIK; TOUYZ,
2018).
Os mecanismos fisiológicos pelos quais o diabetes pode agir provocando tais doenças
é, principalmente, através da hiperglicemia, da resistência à insulina e dislipidemia, além da
NAC e da aterosclerose acelerada (QUINAGLIA; et al, 2019) que também podem ser
decorrentes do diabetes, levando à remodelagem vascular (PETRIE; GUZIK; TOUYZ, 2018).
Um exemplo dessas doenças cardiovasculares é a aterosclerose, a qual é influenciada por
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
diversos fatores sendo um deles a hiperglicemia, que promove o aumento do estresse oxidativo,
da glicoxidação e da inflamação sistêmica. Esses fatores atuam danificando as células
endoteliais e, por conseguinte, causam a inflamação da camada íntima das artérias coronárias,
resultando na deposição de lipídios e lipoproteínas oxidadas na parede dos vasos, o que induz
uma resposta imune dirigida por macrófagos e linfócitos T, provocando a formação de placas
de ateroma prejudicando o fluxo sanguíneo. (HAAS; MCDONNELL, 2018).
Além da aterosclerose, em um estudo observacional, feito com 20.985 indivíduos com
DM1, foi indicado que o aumento de 1% na hemoglobina glicada (HbA1c), provocada pela
hiperglicemia, influencia diretamente no aumento de 30% no risco de insuficiência cardíaca
(HAAS; MCDONNELL, 2018; WALLNER; et al, 2018). Nesse contexto, há o surgimento de
lesão celular e aumento na produção de espécies de O2 reativo, o que compromete a
disponibilidade de óxido nítrico (NO), assim como a produção de monofosfato de guanosina
cíclico intracelular e quinase G intracelular, as quais prejudicam a distensibilidade miocárdica
mediada por hiperfosforilação da proteína sarcomérica titina. Além disso, a hiperglicemia
favorece a formação de tecido fibrótico e afeta a autofagia seletiva das células, ocasionando
problemas arteriais e cerebrovasculares (QUINAGLIA; et al, 2019).
A DM também afeta o funcionamento do coração a partir da regulação positiva de
citocinas pró-inflamatórias que afetam células endoteliais, cardiomiócitos, fibroblastos e
células musculares lisas, além de promover o acúmulo de produtos de glicação avançada
(AGEs) (TAN; et al, 2020; WALLNER; et al, 2018), os quais induzem a inflamação e a retirada
de NO na microcirculação miocárdica, além de estimular a produção de O2 reativo.
Consequentemente, encontramos disfunção sistólica e diastólica, causada por redução da
perfusão da microcirculação, rarefação dos capilares, reticulação do tecido conjuntivo, fibrose
e apoptose celular (HAAS; MCDONNELL, 2018; QUINAGLIA; et al, 2019; WALLNER; et
al, 2018).
Outros fatores que agravam as cardiomiopatias são os metabólitos da glicose, pois a sua
interação com diversas proteínas prejudica o processo de fosforilação. Como exemplos,
encontramos a acetilglucosamina, a qual modifica proteínas quinase II dependentes de cálcio,
calmodulina, fosfolambam, miofilamentos e proteínas mitocondriais. Consequentemente, pode-
se observar o prejuízo nas ações de contração e relaxamento do miocárdio (QUINAGLIA; et
al, 2019).
Pacientes portadores de DM1 que sofreram infarto do miocárdio apresentam mecanismo
auto imune desencadeado por anticorpos anti miosina e pela exposição à troponina plasmática
cardíaca relacionada à falência cardíaca (QUINAGLIA; et al, 2019; WALLNER; et al, 2018).
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desse processo (ORMAZABAL; et al, 2018). Esse distúrbio também interfere na captação
cardíaca de ácidos graxos livres, que em excesso, também geram a lipotoxicidade a qual
apresentou uma relação com a infiltração de células imunológicas de tecidos-alvo em casos de
DM2 e dislipidemia. Essa interferência promove danos a órgãos e complicações
cardiovasculares, incluindo o desenvolvimento de cardiomiopatia metabólica (PETRIE;
GUZIK; TOUYZ, 2018).
A hipercolesterolemia, excesso de colesterol no plasma sanguíneo, diminui o fluxo
sanguíneo coronário e a densidade capilar, induz a apoptose das células do endotélio capilar e,
consequentemente, leva ao prejuízo da função contrátil do ventrículo esquerdo. É possível que
a hiperlipidemia tenha um impacto na mudança da camada bilipídica das células, na regulação
intracelular dos íons cálcio e nos padrões de isoforma da cadeia pesada de miosina, fazendo,
assim, com que o miocárdio seja mais sensitivo ao dano exógeno, tal como sobrecarga
hemodinâmica e isquemia miocárdica (YAO; DI; ZENG, 2020).
Além disso, a dislipidemia pode resultar em alterações na ultraestrutura do miocárdio
por intermédio de vários mecanismos que enfraquecem a ação dos impulsos elétricos e reduzem
a eficácia dos movimentos cardíacos (LEE; KIM, 2017; RUSSO; FRANGOGIANNIS, 2015).
Primeiramente, dietas ricas em gorduras e colesterol podem aumentar os níveis de ácidos graxos
e colesterol na corrente sanguínea, o que acarretará em estado de estresse oxidativo sistêmico e
pró-inflamatório (HAN; et al, 2018). Em segundo lugar, hipercolesterolemia perturba o sistema
imune e induz a produção de anticorpos para receptores acoplados à proteína G, o que leva a
um aumento da vulnerabilidade miocárdica e agrava o dano ao coração (YAO; DI; ZENG,
2020). Por fim, a ineficiência autofágica que resulta em apoptose e a lesão cardíaca, isso ocorre
por meio do decréscimo da expressão de marcadores de autofagia, porém com um aumento dos
marcadores e apoptose no coração (HSU; et al, 2015). No âmbito da microcirculação a
dislipidemia promove a geração de intermediários lipídicos, como o diácido-glicerol, que
reduzem a distensibilidade dos miócitos (QUINAGLIA; et al, 2019).
O tratamento a longo prazo do diabetes e de suas doenças cardiovasculares é um desafio,
devido às alterações fisiológicas e os possíveis riscos micro e macrovasculares (LOW WANG;
et al, 2016). O estilo de vida é um dos fatores que influencia no sistema cardiovascular,
sobretudo em indivíduos diabéticos, sendo fundamental o controle de peso, da glicemia e a
prática de exercícios físicos, para evitar possíveis problemas cardiovasculares. De forma geral,
a mudança comportamental deve ser pautada na diminuição da ingestão de gordura saturada e
de sódio e um aumento da ingestão de fibra alimentar, a fim de evitar a formação da placa
aterosclerótica, bem como na prática de atividade física regular, a qual é responsável por reduzir
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
O DM, além de provocar alterações metabólicas, também está intimamente relacionado
ao desenvolvimento de alterações fisiológicas cardiovasculares, destacando-se a hiperglicemia,
a qual aumenta a taxa de trabalho cardíaco devido à diminuição da disponibilidade de oxigênio
nos vasos, provocando a distensibilidade miocárdica e um acúmulo de tecido fibroso; a
resistência à insulina, o que aumenta as taxas de insulina na corrente sanguínea, induzindo a
formação de coágulos e alterando os níveis de angiotensina II, o que desregula a função contrátil
do coração; e a dislipidemia, que provoca o aumento das taxas de LDL no sangue, facilitando
a formação de placas de gordura e consequentemente o desenvolvimento de aterosclerose,
isquemia cardíaca e sobrecarga hemodinâmica. Nesse sentido, apesar de não possuir uma cura,
o uso de inibidores de SGLT2 associados a um estilo de vida saudável tornam-se uma
alternativa de tratamento do DM, uma doença crônica que precisa de atenção e de maiores
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
estudos para a compreensão dos seus mecanismos, uma vez que é cada vez mais frequente no
âmbito hospitalar.
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CAPÍTULO 48
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INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
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Figura 1. Fluxograma da busca e seleção dos artigos encontrados nas bases de dados, de acordo com as
recomendações do PRISMA.
MEDLINE 10
Estudos duplicados excluídos: n
BVS 10
= 56
Science Direct 87
EMBASE 9
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RESULTADOS
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DISCUSSÃO
O som e a música têm sido objetos de estudos pertinentes, devido seus efeitos no
humor e nas funções vitais. A musicoterapia é uma intervenção eficaz, não invasiva e
econômica, seus efeitos podem diminuir a ansiedade, contribuindo para o resultado positivo
de intervenções. A música tocada em tom baixo e em andamento lento reduz a capacidade de
transição nervosa que normalmente regula as emoções que causam desconforto e ansiedade.
Na literatura foi percebido que ouvir música diminui a ansiedade e estresse associados à
intervenção em pacientes hospitalares e ambientes clínicos (KOCAMAN; BENLI, 2019).
O paciente ansioso e aflito antes e durante o atendimento, pode ter um forte impacto
na clínica odontológica, bem como, todos os fatores que são desencadeados a partir deste
estado de emoção repercutem diretamente na saúde. A ansiedade leva à ativação de vários
sistemas de estresse, como o eixo hipotálamo-hipófise adrenal ou o sistema nervoso
simpático, que por sua vez, controlam o sistema imunológico. Altos níveis de ansiedade antes
do atendimento, juntamente com a resposta ao estresse sentido pelo paciente, podem levar ao
aumento da sensação de dor ou complicar o tratamento, como também, inibir ou atrasar uma
recuperação ideal ou aumentar a dor pós-operatória. Tais sintomas são manifestações da
secreção de hormônios do estresse, como cortisol, denominado como o hormônio do estresse,
que é liberado em resposta ao grande estado de ansiedade em longo prazo, e as catecolaminas,
que são hormônios do estresse liberados durante a ansiedade de curto prazo
(PACKYANATHAN; LAKSHMANAN; JAYASHRI, 2019).
A redução dos níveis de ansiedade por meio da musicoterapia é alcançada por meio do
seu efeito sobre as respostas nervosas autônomas que regulam as funções corporais, pois, de
acordo com muitos músicos e musicólogos, 432 Hz é a frequência mais próxima das
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
frequências humanas naturais, assim, músicas em ritmos e melodias lentas podem produzir
relaxamento físico e emocional nos ouvintes, podendo até mesmo influenciar a pressão
arterial sistólica, pressão arterial diastólica e frequência cardíaca. Além disso, durante o
tratamento odontológico, os pacientes são continuamente expostos a estímulos auditivos,
como os sons de instrumentos metálicos e ruídos dos motores de alta rotação, que podem ser
amenizados com a intervenção da música durante o atendimento (DINASSO et al., 2016).
No estudo de clínico randomizado de Mejía-Rubalcava et al. (2015), com 34 pacientes
ansiosos que compareceram ao consultório odontológico, obsevou-se que a musicoterapia
contribuiu para diminuição dos níveis de cortisol. Para isso, o material de análise do estudo
foi a saliva, que pode rapidamente apresentar alterações nos níveis de cortisol plasmático e
salivar em momentos de estresse e ansiedade. Desta forma, este biomarcador permitiu
investigar que houve diminuições significativas nas concentrações de cortisol salivar no grupo
experimental após a aplicação da musicoterapia antes do tratamento odontológico.
Somando-se ainda, a literatura menciona que a terapia com a música pode auxiliar no
aumento da abertura da boca, já que esta limitação também pode ser uma resposta dos
músculos da mastigação ao estresse e ansiedade. A visualização do campo de trabalho do
cirurgião-dentista é muito importante, assim, quando o paciente possui uma abertura bucal
reduzida, pode dificultar a realização de muitos procedimentos em regiões posteriores. Com
isso, após aplicação da musicoterapia foi encontrada uma diferença estatisticamente maior na
média de abertura bucal (KOCAMAN; BENLI, 2019).
Portanto, os resultados apresentados nesta revisão integrativa apresentam
contribuições importantes para a prática clínica, sobre o uso da musicoterapia no controle da
ansiedade em ambiente odontológico, destacando suas principais vantagens e benefícios.
Ademais, desperta em cirurgiões-dentistas, estudantes de odontologia e outros profissionais
da saúde, o interesse em desenvolver mais pesquisas sobre o potencial terapêutico da música e
suas possíveis aplicações clínicas.
As principais limitações encontradas no estudo foram em relação ao idioma das
publicações selecionadas, onde, apesar de ser realizada uma busca ampla e minuciosa, a
maioria dos estudos incluídos pertence ao idioma inglês, este fato se deve ao uso de
descritores apenas nesta língua, de forma que, artigos indexados nas bases utilizadas e que
não estejam no referido idioma, possam não ter sido encontrados na busca. Todavia, é
necessário ressaltar que o inglês é o idioma padrão e mais utilizado no meio científico, desta
forma, os periódicos, objetivando uma maior divulgação, tendem a disponibilizar seus artigos,
em sua grande maioria, nesse idioma.
Página 520
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Contudo, existem muitos fatores individuais que afetam as respostas dos pacientes à
música, dentre eles: idade, sexo, função cognitiva, gravidade da ansiedade, trauma
psicológico devido atendimentos odontológicos anteriores, familiaridade e preferência com a
música, bem como, relações pessoais com a cultura e a música.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOETTEMS, M. L. et al. Impact of dental anxiety and fear on dental care use in B razilian
women. Journal of public health dentistry, v. 74, n. 4, p. 310-316, 2014.
Página 521
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
KOCAMAN, G; BENLI, N. C. The effects of music therapy on vital signs and dental anxiety
prior to dental surgery. Konuralp Medical Journal, v. 11, n. 2, p. 308-313, 2019.
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dental hygiene recall population. International journal of behavioral medicine, v. 22, n. 4,
p. 498-505, 2015.
Página 522
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 523
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 49
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Entre os sintomas físicos que levam um paciente a buscar ajuda médica, a dor é,
frequentemente, um dos mais relatados. Seja uma dor aguda ou crônica, este tipo de
padecimento pode causar, além de outras manifestações indesejadas, uma importante redução
na qualidade de vida do indivíduo (Nickel e Raspe, 2001; Phillips, 2003).
A definição dada pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) em 1979
traz o conceito de dor como uma experiência desagradável, sensitiva e emocional, associada
com lesão real ou potencial dos tecidos, podendo ir desde um leve incômodo até uma
sensação de intensa agonia. Essa definição é amplamente aceita pela OMS e outras
organizações de profissionais da saúde.
A definição de dor foi atualizada ao longo dos anos desde a definição de 1979, isso
porque diversas mudanças ocorreram na compreensão do conceito. Atualmente, leva-se em
conta questões que envolvem a concepção pessoal de cada indivíduo, ou seja, cada um encara
a dor de uma maneira própria e os limiares suportáveis são distintos. Essa percepção envolve
diferentes fenômenos para além das atividades dos neurônios sensoriais nociceptores, levando
em consideração também as experiências de vida e as relações que cada pessoa desenvolve
com a dor, sendo ela aguda ou crônica.
A dor crônica é definida como toda aquela que possuí duração superior a seis meses,
persistente ou intermitente (Breen, 2002). No Brasil, estima-se que cerca de 50 milhões de
pessoas padeçam de algum tipo de dor (Silva et al., 2004). Esse tipo de padecimento é o
principal motivo de procura por assistência de saúde, sendo considerado hoje um grave
problema de saúde pública que requer uma atenção integral.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
“[...] como um sistema de crenças que enfoca elementos intangíveis, que transmite vitalidade e significado a
eventos da vida.” p 11 (MAUGANS)
METODOLOGIA
A metodologia do artigo configura-se como uma abordagem qualitativa, uma vez que
o tema abordado não pode ser quantificado em dados estatísticos e equações matemáticas já
que o tema enfoca-se em aspectos subjetivos dos fenômenos sociais da espiritualidade e sua
influência na conduta humana.
Para o presente trabalho foram coletadas informações bibliográficas sobre papel da
religiosidade na integralidade da atenção à saúde e sobre como essa interação pode contribuir
para o tratamento dos enfermos.
DISCUSSÃO
Foi durante a primeira Conferência Internacional Sobre Promoção da Saúde, realizada
em Ottawa, em 1986, que se iniciou a reorientação dos serviços de saúde, principalmente
através da formação dos profissionais da área para que estes busquem mudanças no modelo
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Pode-se afirmar, ainda, que a integralidade é uma ferramenta que nos permite entender
a magnitude do processo saúde-doença e visualizar como sua amplitude extrapola o campo
biológico. (SOUZA, 2012) Nesse sentido, faz-se necessário a formação de equipes
multiprofissionais, compostas por fisioterapeutas, naturopatas, assistentes sociais e outros
profissionais que contribuam para os cuidados de promoção da saúde e bem estar.
Página 527
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Minha avó sentia fortes dores no estômago e assim foi por alguns anos. Inúmeros
médicos realizaram uma infinidade de exames e nunca chegava-se a um
diagnóstico. Um ano antes da descoberta da doença as dores se intensificaram. Foi
um oncologista que lhe apresentou temido diagnóstico: ela estava com um tumor no
estômago. Durante a cirurgia de retirada do tumor, o médico descobriu que estava
em metástase. Não havia o que fazer, ela se deteriorando aos poucos, mas uma
única coisa durante todo esse processo a manteve firme, convicta de que a qualquer
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
momento ela teria uma evolução: a fé! Minha avó sempre foi uma mulher de fé.
Bondosa e doce, abdicava de si mesmo para doar-se às pessoas. Os médicos sempre
foram muito solícitos e transmitiam a mensagem da melhor maneira possível; isso
influenciou positivamente a nossa família que passava por essa situação delicada.
Em seus últimos momentos de vida ela foi internada, pois sentia muitas dores. O
médico sabia que aquela seria a ultima noite dela e avisou à família para nos
despedirmos; tudo isso feito de maneira sublime, sempre muito empático. A fé da
minha avó e a maneira a qual os médicos conduziram o caso, sempre com zelo e
empatia, foi essencial para passarmos por esse processo doloroso nos mantendo
firmes e unidos. (Gabriele; estudante de medicina)
RESULTADOS
O relato feito pela estudante, selecionado como forma de reafirmação da importância
da fé para lidar com situações que fogem do controle humano, demonstra que,
especificamente, quando o indivíduo utiliza a religião ou a fé como estratégia de manejo de
situações de conflito, as consequências são, geralmente, positivas. Ainda que, como no caso
mencionado, a fé que a avó mantinha não lhe trouxe a cura, pois sua condição de saúde era
extremamente grave.
Por fim, é preciso pontuar a questão da religiosidade para além das religiões em si,
pois espiritualidade e religião, ainda que tenham uma íntima relação, não são termos
sinônimos. Práticas espiritualistas como a meditação, yoga, reiki, entoação de mantras ou o
simples contato com a natureza, podem trazer o mesmo impacto positivo que a fé religiosa.
Portanto, o que se observa é que práticas como integrativas como meditação, cantos e
orações, são práticas que ajudam estabilizar o humor, reduzir a tensão, ansiedade, medo,
sentimento de inferioridade e desalento (HENNING-GERONASSO; MORE, 2015)
CONCLUSÃO
Página 529
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Saad, Marcelo & Masiero, Danilo & Linamara, Rizzo & Battistella, Linamara. ORIGINAL Espiritualidade
baseada em evidências. Acta Fisiátrica. 2001.
Henning-Geronasso, M. C.; Moré, C. L. O. O.. Influencia de la Religiosidad/Espiritualidad en el Contexto
Psicoterapéutico. Psicologia: Ciência e Profissão. 2015.
Harmon RL, Myers MA. Prayer and meditation as medical therapies. Phys Med Rehabil Clin N Am 1999.
A. Stroppa, A Moreira-Almeida. Religiosidade e Saúde. Capítulo Publicado em: Saúde e Espiritualidade: uma
nova visão da medicina. 2008
Hartz ZMA, Contandriopoulos AP. Integralidade da atenção e integração de serviços de saúde: desafios
para avaliar a implantação de um “sistema sem muros”. Cad Saúde Pública. 2004;20(Supl 2):S331-S6.
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE, 1., 1986, Ottawa. Carta de Otawa.
In: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. As cartas da
promoção da saúde. Brasília, DF, 2002. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_promocao.pdf>. Acesso em: 19 de setembro de 2021.
Página 530
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 50
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
instituições de ensino superior. Além disso, foi possível realizar dois simpósios e um minicurso
de aperfeiçoamento, ao qual alcançou mais de 600 estudantes de todo o Brasil, e, com isso,
ganhando espaço e notoriedade no meio acadêmico, principalmente na instituição ao qual é
vinculada. O processo para aquisição de um novo corpo de discentes na qualidade de ligante
acontece, anualmente, por um processo seletivo composto e analisado diante dos seguintes
itens: participação no simpósio, prova objetiva com questões relacionadas ao evento e perguntas
abertas para conhecer melhor os candidatos, contendo, nome, período, curso, motivação para
participar da liga e entrevista. A prova é desenvolvida através de perguntas elaboradas pelos
convidados, onde passa pelo crivo da coordenação docente e discente, por itens
preestabelecidos no edital que buscam o conhecimento básico da saúde coletiva, incentivando
a produção dissertativo-argumentativa crítica como elemento presente, extraindo informações
principalmente sobre a disponibilidade, o interesse e de que forma o candidato pode contribuir
diante das perspectivas vivenciadas em seu curso de graduação. Os encontros da LASC
acontecem em assembleia para os estudos, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro -
UFTM, uma vez por semana, às quartas-feiras no horário fixo de 18 às 19 (h). A organização
da mesma, é de responsabilidade dos ligantes e divididos em dez grandes coordenações:
presidente, vice-presidente, coordenador geral, coordenador de ensino, pesquisa, extensão,
coordenador de assuntos estudantis e comunitários, comunicação e marketing.
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
da área da saúde, para que, mais espaços como as ligas acadêmicas cresçam com uma boa base
de fontes de informação e inspiração, tendo em vistas que as instituições de ensino superior
pensem na possibilidade de adicionar eletivas sobre saúde coletiva em sua grade curricular, para
maior profundidade e abrangência sobre o assunto. Dessa forma, a LASC cumpre a missão de
promover uma formação crítica e socialmente responsável aos discentes da Universidade
Federal do Triângulo Mineiro, ampliando a compreensão da saúde coletiva como campo de
conhecimentos e práticas essenciais para a atuação acadêmica e profissional, que em breve
ocuparão espaços de transformação, visando a importância do trabalho multidisciplinar nos
diferentes contextos e populações, para uma sociedade mais justa e solidária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, Luanda de Oliveira et al. Perspectivas da educação popular em saúde e de seu Grupo
Temático na Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO). Ciência & Saúde
Coletiva, v. 25, p. 2737, 2020.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 51
Evelin de Oliveira Pantoja, Ana Paula Ferreira David, Bruna Eduarda Brito Gonçalves,
Bruna Larissa Gama de Oliveira, Bruna Renata Silva de Almeida, Inara Raissa
Monteiro Cardeal, Jaqueline Alves Ferreira, Joana Wanderley Corrêa, Karina de Jesus
Cruz do Carmo, Laiz Caldas dos Santos, Letícia Neves Amaral de Oliveira, Suziane
Costa Alexandrino, Thiago Augusto ferreira dos Anjos, Wendy Jamile da Silva do
Nascimento e Maria Girlane Sousa Albuquerque Brandão
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Assim, a pesquisa poderá mostrar quais as condutas que devem ser realizadas
rotineiramente por esses profissionais, visto que se encontram em assistência direta e em
período integral aos pacientes, contribuindo com a prática baseada em evidências.
Este estudo tem o objetivo de analisar por meio de evidências científicas, condutas de
profissionais de saúde no controle de infecções relacionadas à saúde.
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
norteadora. Em seguida, prosseguiu-se com a análise da temática e tipo de estudo, por meio da
leitura dos títulos e resumos dos artigos. Em seguida, avaliou-se a elegibilidade dos artigos por
meio da leitura completa na íntegra. A amostragem final foi constituída de 11 artigos, que
correspondem ao objetivo do trabalho e respondiam a questão de pesquisa supracitada.
Os principais achados relacionados aos artigos incluídos na amostra foram analisados
e sintetizados, com posterior organização em quadros, para facilitar a compreensão e disposição
dos resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A busca nas bases de dados resultou em 170 artigos científicos e utilizaram-se 11
artigos que melhor se enquadravam no objeto de estudo do trabalho. No quadro 1, apresenta-
se a síntese das publicações selecionadas no estudo acerca da conduta dos profissionais de
enfermagem no controle de IRAS.
Quadro 1 – Distribuição dos artigos por autor, ano, título, a conduta dos profissionais de enfermagem no controle
de infecções relacionadas à assistência de enfermagem. Ananindeua, PA, 2021.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Diante dos achados nos estudos A1, A2, A4, A5, A6, A7 e A8, o fator mais evidenciado
foi a respeito de estratégias de educação em saúde no meio hospitalar. A capacitação e
treinamentos contínuos são medidas que possibilitam uma prática mais segura, na qual os
hospitais devem propiciar, no intuito de divulgar de forma mais ampla as práticas de cuidado
que subsidiam o controle para aumentar a segurança do paciente no momento que é assistido,
estabelecendo assim, a importância da educação continuada nesse meio (OLIVEIRA; SILVA;
LACERDA, 2016).
Outra abordagem que teve relevância nas pesquisas A1, A2, A4, A5, A6, A7, A8 e A11
foi o comportamento dos profissionais de saúde frente às atitudes de prevenção. Vale ressaltar
que há diversas formas de combater as IRAS, entre elas estão: conhecimento, capacitação,
responsabilidade, infraestrutura e outros. Além disso, destaca-se também que o hospital é um
ambiente contaminado, e portanto, a equipe de enfermagem precisa deter o conhecimento a
respeito do manuseio de materiais, técnicas de esterilização, desinfecção, assepsia e outras
técnicas e procedimentos que minimizam a disseminação de IRAS (SILVA; ANDREANI,
2020).
Infere-se que atualmente os conhecimentos sobre temáticas diversas na área da saúde
apresentam maior disseminação nos meios virtuais, e assim, os profissionais de saúde também
podem de forma proativa buscar novos conhecimentos que possam subsidiar a Prática Baseadas
em Evidências, por meio de artigos científicos confiáveis, tecnologias leve-duras validadas por
especialistas e documentos de órgãos oficiais de saúde.
No que tange as condutas do profissionais de enfermagem, evidenciou nos artigos A5,
A8, A7 e A11, o destaque para a execução adequada da HM antes e depois do contato com o
paciente, que é uma das medidas mais eficientes para conter a transmissão cruzada de
microrganismos. A implementação dessa medida ocorre por meio de treinamentos que
enfatizem a essencialidade da aplicação da prática apropriada durante a atenção à saúde. A
responsabilidade do enfermeiro na correta lavagem das mãos constitui-se como atividade de
Página 541
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
importante como educador, sendo fundamental no controle de infecções desde sua atividade
assistencial, de vigilância e de produção dos indicadores, até a gestão, supervisão e verificação
se as normas exigidas estão sendo seguidas corretamente, assistindo o paciente em todas as suas
complexidades reduzindo significativamente o tempo de internação e danos (LAMBLET;
PADOVEZE, 2018).
Apesar de o estudo apresentar limitações, como a restrição de bases de dados brasileiras,
o que pode ter excluídos estudos relevantes, o mesmo apresenta um compilado de condutas que
podem ser efetuadas para contribuir com a redução da incidência de IRAS e coadjuvar a Prática
Baseada em Evidências.
CONCLUSÃO
Mediante o exposto, a assistência de enfermagem é fundamental para que haja
prevenção e controle das IRAS, visto que o enfermeiro é o profissional que está presente desde
a admissão do paciente até a alta hospitalar, sendo uma via de transmissão, caso não haja
atuação correta na sua assistência. Logo, a conduta dos profissionais de enfermagem é essencial
para que ocorra o manejo correto com medidas preventivas e o devido cumprimento dos
protocolos, fazendo o controle de infecções, com foco na garantia da segurança do paciente.
Medidas simples de HM, a utilização correta dos EPI´s e esterilização de instrumentos,
são estratégias para controle das IRAS. Em vista disso, é necessário que ocorra treinamentos
para que durante o cuidado de enfermagem ocorra prática segura e de qualidade.
Constata-se que é primordial que durante a conduta o enfermeiro tenha conhecimento
sobre as IRAS, utilizando-se de práticas baseadas em evidências para evitar e conter ameaças
no ambiente hospitalar reduzindo o tempo de internação e as ocorrências de infecções. Além
de seu papel como educador em saúde orientando os clientes, os familiares e até mesmo a equipe
multiprofissional sobre condutas de prevenção e controle das IRAS, tornando-se comprometido
em manter o ambiente um lugar seguro e livre de infecções
Página 543
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEAL, M.A.; VILELA, A.A.F. Custos das infecções relacionadas à assistência em saúde em
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LOUREIRO, R.J., et al. O uso de antibióticos e as resistências bacterianas: breves notas sobre
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
a sua evolução. Revista portuguesa de saúde pública, v. 34, n. 1, p. 77-84, 2016. Disponível
em: https://doi.org/10.1016/j.rpsp.2015.11.003. Acesso em: 16 dez. 2021.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 52
Página 546
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
O transtorno por uso de tabaco é conhecido como uma doença crônica em que ocorre a
dependência pela nicotina, o principal componente viciante de sua estrutura (BAUMEISTER,
2017). Essa dependência normalmente atua em um nível sistêmico, trazendo efeitos adversos
para o sistema circulatório, respiratório e reprodutor devido ao seu alto potencial carcinogênico
(MISHRA et al, 2015).
Por conta disso, diversas estratégias de combate ao tabaco foram implementadas
(DROPE et al, 2018), causando um decréscimo no número de fumantes de cigarros
convencionais nos últimos anos (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION, 2020). No entanto, a nicotina encontrou novas formas de introdução nas novas
gerações, principalmente por meio de Sistemas Eletrônicos de Entrega de Nicotina (ENDS),
que são cada vez mais frequentes entre jovens adultos (CULLEN et al, 2018), onde estão
relacionados com o aumento de lesões pulmonares e mortes entre essa população
(VILLARROEL, CHA, VAHRATIAN, 2020).
Sistemas eletrônicos de entrega de nicotina, conhecidos popularmente como cigarros
eletrônicos ou vapes, são dispositivos que aquecem um líquido e produzem aerossol, que é uma
suspensão de partículas sólidas. Essa produção pode conter nicotina e saborização e é composta,
principalmente, por propilenoglicol, glicerol e aromatizantes (CENTERS FOR DISEASE
CONTROL AND PREVENTION, 2021). Além disso, diversas outras substâncias nocivas
podem estar presentes, como metais pesados (níquel, estanho e chumbo), compostos orgânicos
voláteis e outros (WHO, 2020).
Desde que passaram a ser comercializados, em 2004, na China, a utilização de ENDS
tem tido um crescimento exponencial, quando analisado o cenário mundial (TORRE, 2019).
Isso é comprovado, por exemplo, por dois recentes estudos que observaram que esse uso dobrou
entre os adultos entre 2010 e 2011 (de 3,3% para 6,2%) e entre os jovens de 2011 a 2012 (3,3%
para 6,8%) (HUANG et al, 2014). Além disso, em 2010, 1,8% dos adultos norte-americanos
relataram ter usado cigarro eletrônico, porcentagem essa que aumentou para 13% em 2013
(DINAKAR; O’CONNOR, 2016). Porém, estudos nacionais acerca do tema ainda são escassos,
não possibilitando uma interpretação das estatísticas do Brasil.
Além do fator viciante da nicotina, o fator social tem um papel vital nessa crescente
aderência às drogas por parte de jovens, visto que a mídia, investindo nas vulnerabilidades dos
adolescentes, como a necessidade de alcançar a popularidade, a aceitação social e uma
autoimagem positiva, consegue influenciar na percepção desses jovens acerca do fumo,
Página 547
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
tornando-os mais suscetíveis ao vício do que jovens que não são expostos a esse tipo de
conteúdo (NATIONAL CANCER INSTITUTE, 2020).
No âmbito exclusivo dos cigarros eletrônicos, a influência da mídia se torna ainda mais
incisiva, uma vez que os eletrônicos não estão sujeitos às mesmas legislações que os cigarros
convencionais, havendo a permissividade de uma disseminação maior de propagandas entre os
jovens, principalmente nas mídias sociais (HUANG et al, 2014).
De forma geral, os jovens estão mais abertos ao uso de cigarros eletrônicos e não a
cigarros convencionais por falsas percepções de que os primeiros são mais seguros (entre os
usuários atuais de cigarros eletrônicos, quase metade acreditava que esses não faziam mal à
saúde) e que há uma maior aceitação da sociedade em geral, relacionada principalmente com
expectativas positivas geradas com o uso, sobretudo entre os jovens, como ganhar respeito de
amigos, melhora de status social e popularidade (FADUS, SMITH, SQUEGLIA, 2019).
Dessa forma, em uma análise sobre perspectivas futuras do uso de cigarros eletrônicos,
conforme Barrington-Trimis et al (2016), indivíduos jovens que nunca fumaram cigarros
convencionais ficam até 6 vezes mais suscetíveis a realizarem esse uso após a utilização dos
ENDS. De tal maneira, isso sugere que o uso de vapes pode promover o tabagismo durante a
transição para a idade adulta, principalmente devido à dependência relacionada à nicotina já
presente nos dispositivos eletrônicos.
Além dessa possível transição para o consumo de tabaco tradicional na idade adulta, de
acordo com Groner et al (2018), em virtude das soluções e emissões dos ENDS serem
semelhantes às dos cigarros convencionais, os riscos associados também são semelhantes, a
médio e longo prazo. Envenenamentos, lesões não intencionais, dependência da nicotina e
problemas pulmonares são as associações mais corriqueiras relacionadas ao uso de cigarro
eletrônico.
Destarte, nota-se que com o aumento dos usuários de ENDS e com a escassez de
informações acerca desse uso no Brasil, esse estudo torna-se necessário pois procura investigar
os hábitos relacionados ao consumo de ENDS entre universitários. Visto que, fatores como
exposição à mídia, influência de círculos sociais e conhecimento sobre os mecanismos
biológicos tendem a influenciar na frequência desse uso, esse estudo secciona a população
universitária, visando conhecer os padrões de uso e a percepção em relação a cigarros
eletrônicos por parte desses estudantes.
Portanto, esse trabalho visa conhecer os principais aspectos do uso de cigarros
eletrônicos por estudantes do ensino superior, de modo a entender os motivadores, investigar a
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo observacional, transversal e de abordagem
quantitativa, cujos pesquisadores estão vinculados ao curso de medicina da Universidade
Federal do Maranhão (UFMA).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dos estudantes entrevistados, 33 se identificaram como usuários de cigarros eletrônicos
(23,7%) e 106 não usuários (76,3%). Dentre a amostra, a idade média foi 21,82 anos (±4,16),
sendo a idade mínima 17 anos e a máxima, 42 anos. Entre os usuários de cigarros eletrônicos
entrevistados, conforme indica a tabela 1, a prevalência foi do sexo feminino (51,5% dos
usuários), na faixa etária de 21 a 28 anos (51,5%), o que corrobora com a premissa de Fadus
(2019) de que os jovens estão mais abertos ao uso de cigarros eletrônicos. Além disso, essa
parcela era majoritariamente composta de alunos do grupo A (81,8%) de universidades públicas
(57,6%), que também afirmaram ter uma renda per capita de mais de 1,5 salário mínimo
(51,5%).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Variáveis
Sexo n %
Feminino 17 51,5
Masculino 16 48,5
Faixa etária n %
Entre 17 e 20 anos 16 48,5
Entre 21 e 28 anos 17 51,5
Área do conhecimento n %
Área da saúde 27 81,8
Não área da saúde 6 18,2
Tipo de universidade n %
Pública 19 57,6
Privada 14 42,4
Renda per capita n %
Até 1,5 salário mínimo 16 48,5
Mais de 1,5 salário mínimo 17 51,5
Fonte: os autores, 2021. Dados obtidos por formulário eletrônico.
Segundo os dados coletados e expostos na tabela 2, o número de pessoas que fazem uso
de cigarros eletrônicos no ciclo social é relevante para o uso desses (p<1%). A maior parte dos
entrevistados dizem ter no seu ciclo social de 0 a 4 pessoas que fazem uso recorrente do CE
(52,5%), onde se nota a influência da socialização no uso desses dispositivos. A maioria dos
usuários afirmam ter 5 ou mais pessoas em seu ciclo social que também são usuários (75,8%
dos usuários), o que reforça a informação de que esse uso muitas vezes é correlacionado com
uma necessidade de aceitação do ciclo social, confirmando a sua influência (FADUS, SMITH,
SQUEGLIA, 2019).
Tabela 2. Cruzamento entre identificação quanto ao uso de cigarros eletrônicos e a quantidade de pessoas que
fazem uso recorrente de cigarros eletrônicos no seu ciclo social
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
não revelou associação estatística (p>1%), onde a maior parte dos entrevistados acredita que
existe uma elevada influência midiática no uso dos dispositivos eletrônicos entre estudantes do
ensino superior (74,1%), em que os tanto os usuários (69,7%) quanto os não usuários (75,5%)
percebem essa influência de uma maneira elevada.
De acordo com os usuários, o local de maior uso de cigarros eletrônicos é em encontros
sociais (69,7%), fortalecendo a ideia da influência do ciclo social no aumento da frequência de
uso desses cigarros. Logo em seguida, nota-se uma relação entre o uso em encontros com o uso
em residências domiciliares (12,1%), despontando como a principal relação entre os locais
pesquisados.
Segundo os estudantes, conforme indica a tabela 3, a maioria dos usuários tem uma
frequência média de uso dos cigarros eletrônicos de 1 a 3 vezes na semana (84,8%), o que nega
o uso diário desses dispositivos. Em contrapartida, somente 1 usuário afirmou utilizar 11 vezes
ou mais na semana (3%).
Tabela 4. Cruzamento entre o grau de malefícios do cigarro eletrônico em comparação ao cigarro convencional e
a identificação quanto ao uso de cigarros eletrônicos
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Esse estudo possibilitou analisar os hábitos de uso de cigarros eletrônicos entre
estudantes do ensino superior, observar a influência da midiatização de tais dispositivos, dos
círculos sociais nesse uso e associação com as áreas de ensino dos cursos de graduação no ano
de 2021. Notou-se que o uso de CE é predominante em usuários que têm 5 ou mais pessoas em
seus ciclos sociais que também fazem o uso. De forma similar, percebeu-se que o principal
local do consumo de CE é em encontros sociais. Além disso, considerando a área de ensino, o
uso desses dispositivos teve prevalência em universitários que cursam alguma graduação da
área da saúde. Destarte, nota-se que tanto o ciclo social do estudante, quanto a área de ensino
do curso de graduação estão relacionadas com o uso de CE.
Com o presente estudo, espera-se contribuir com uma maior visibilidade acerca de
informações relacionadas ao uso de CE entre estudantes da área da saúde e não área da saúde
que utilizam ou não os sistemas eletrônicos de entrega de nicotina. No entanto, nota-se uma
carência de estudos relacionados ao tema, sobretudo em âmbito nacional, havendo a
necessidade da realização de mais pesquisas que possibilitem a disponibilização de novos
achados acerca da temática e de dados correlacionados. Ademais, evidencia-se a importância
da exposição e discussão desse assunto, uma vez que induzem à não banalização do uso dos
cigarros eletrônicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Página 552
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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maio 2019.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 53
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Introdução
De acordo com a OMS (2013), cuidados paliativos (CP) são abordagens que tem o
objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e dos seus familiares, os quais enfrentam
complicações relacionadas a problemas de saúde, em sua grande maioria fatais. Desta maneira,
busca prevenir e aliviar o sofrimento por meio da identificação dos problemas apresentados por
este paciente, e realizar um tratamento adequado para amenizar os seus sintomas, sejam eles
físicos, psicossociais e espirituais .
Com isso, dada a importância dos CP, na atual fase da pandemia, encontra-se certa
dificuldade na continuidade dos tratamentos de pacientes terminais internados, posto que, é de
grande importância o auxílio de familiares e amigos, além de uma equipe multiprofissional.
Essa problemática ocorre devido a necessidade de controlar infecções pelo novo coronavírus, o
que direciona as instituições a criarem diretrizes que atrasam os tratamentos, prioriza casos mais
urgentes, além de limitar o acesso da família aos enfermos. Assim, houve uma redução na
ocupação de leitos, de acordo com os protocolos de segurança adotados pelas clínicas, e
estabelecimento de novas medidas de CP para atender o máximo de pacientes possíveis (
CHOU,2020 ; ZHENG , 2020 ; YERRAMILLI, 2020).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Metodologia
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
resumos. Para concluir, a busca foi realizada por dois revisores independentes e a análise da
concordância entre os observadores foi realizada utilizando o teste Kappa usando o aplicativo
BioEstatística V.1.1.0, o qual avalia a afinidade no processo seletivo entre os dois revisores
independentes (LANDIS, 1977). O valor encontrado foi K = 0.680 (concordância substancial).
Resultados
Figura 1: Fluxograma da Seleção de Artigos de acordo com as Recomendações PRISMA (Preferred Reporting
Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Fonte: Autor
Finalmente, após a seleção de artigos, foi realizada uma análise integral dos 13 estudos
selecionados, a qual possibilitou a construção da tabela 1 abaixo, na qual há uma observação
qualitativa a respeito da eficiência do uso dos cuidados paliativos atualizados e o tipo de
estratégia defendida foram destacados.
Tabela 1: Tabela de Análise Qualitativa dos 13 Artigos Selecionados de acordo com Título, Autor, Ano de
Publicação, Base Bibliográfica e Assunto Principal.
Ano de Base
Título Autor Assunto principal
publicação bibliográfica
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Fonte: Autor
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Tabela 2: Tabela de Análise dos 13 Artigos Selecionados com Base em Autor, Número da Amostra, Tipo de
Estudo, Assunto Principal e Medidas Adotadas. N - nº da amostra de pacientes de cada artigo. Observação 1: Os
artigos abaixo em que o “N” não se aplica, são artigos que não usaram uma população bem definida para obter os
resultados do estudo, porque estavam apenas testando medidas de promoção de CPs.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Fonte: Autor
De acordo com a tabela 2 acima, pode-se inferir que o uso de cuidados paliativos se
mostraram eficientes em todos os casos. Além disso, estratégias diversas foram descritas como
medida para aplicação de CPs em pacientes durante o período de pandemia, as quais se
concentravam principalmente no uso de telessaúde.
Discussão
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
al., 2020). Nesse contexto, a necessidade de clínicas que ofereçam cuidados paliativos para
essas pessoas aumentou.
Em um hospital especializado em CP da Escócia, embora o número total de pacientes
não tenha aumentado em relação ao ano anterior (2019), 43,6% dos encaminhamentos eram
relativos às consequências da nova infecção viral. Essas estatísticas sugerem uma substituição
do diagnóstico paliativo “típico” pelo protocolo COVID, que, por sua vez, pode indicar, como
apontado no trabalho de Hetherington (2020), a diminuição da procura ou o aumento de falhas
na identificação e continuação dos tratamentos regulares.
Diante desse cenário de mudanças abruptas, tornam-se legítimas, como desdobramento,
as dúvidas quanto à proposta prática dos CP na pandemia. Se, por um lado, o uso das
ferramentas tecnológicas suscita possíveis lacunas no relacionamento afetivo entre a tríade
paciente-família-provedores e, em consequência, na eficácia da modalidade virtual, por outro,
o acréscimo dos pacientes positivos para COVID-19 exige um gerenciamento mais cuidadoso
e metódico por parte das clínicas (DOMENICO et al., 2020; KUNTZ et al., 2020; RITCHEY
et al., 2020; HUMPHREY et al., 2020; LOVELL et al., 2020; EKBERG et al., 2020; POWELL,
2020; RADBRUCH et al., 2020). Para esse contexto de crise, os autores Kuntz (2020), Ritchey
(2020), Fausto (2020) e Hannon (2020) sugerem a insustentabilidade de um modelo de gestão
ausente de inovação, priorizando alternativas que possam oferecer, mediante uso significativo
da telemedicina, segurança e bem-estar máximos, em detrimento de riscos de infecção e
desgastes emocionais mínimos.
Sob essa análise, tem-se como um imperativo ético o fornecimento de CP para todos os
pacientes com probabilidade de morrer por COVID-19, havendo a necessidade da admissão
desses pacientes em clínicas e hospitais, bem como a adaptação desses locais para receber esses
indivíduos. (KUNTZ et al., 2020; RITCHEY et al., 2020; FAUSTO et al., 2020; HANNON et
al., 2020). Uma análise realizada em clínicas especializadas mostrou que o número de
internações se manteve constante entre os anos de 2019 e 2020, não havendo aumento nas
admissões em CP, porém, grande parte dos indivíduos encaminhados para esses locais possuíam
a síndrome respiratória aguda grave, como destacado no trabalho de Fausto (2020) e Hannon
(2020).
Além disso, ainda analisando os trabalhos de Fausto (2020) e Hannon (2020), percebe-
se que houve alterações no perfil dos pacientes, ocasionando em diminuição de 3 dias do tempo
médio gasto com CP, sendo a média geral de 5 dias, sugerindo uma alta mortalidade entre os
enfermos. Entretanto, verificou-se em Taiwan, que ocorreu redução na taxa de ocupação de
leitos entre os anos de 2019 e 2020, contudo, esses números foram substituídos por
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
acompanhamento domiciliar. Ademais, assim como foi encontrado nos resultados, houve
redução nos dias de internação, refletindo em aumento na mortalidade dos pacientes (CHOU
et al., 2020).
Devido a gravidade da pandemia e o alto risco de contaminação pelo novo coronavírus, as
políticas de visitação foram adaptadas, seguindo as diretrizes indicadas pelas organizações de
saúde. Com isso, as instituições passaram a permitir a visita de apenas um familiar por paciente,
enquanto outras restringem totalmente a entrada de visitantes no setor de CP. Segundo dados
levantados por Ritchey (2020), Lovell (2020), Dunleavy (2021) e Chidiac (2020), houveram
também casos de clínicas que flexibilizaram tais medidas em situações de pacientes terminais, ou
em casos especiais de pacientes que exigiam atendimento de um membro da família (com base em
práticas culturais ou religiosas) e aqueles que não tinham a capacidade de tomar decisões relativas
ao seu cuidado.
Sob essa perspectiva, foi relatado que foram impostas sérias restrições sobre os parentes
de pacientes, limitando ou até mesmo proibindo visitas, o que dificultou os CP, visto que a
presença da família é imprescindível para o tratamento. Entretanto, evidenciou-se a utilização
de visitas virtuais, por meio de aplicativos de videoconferência, reduzindo parte dos impactos
sofridos pelos pacientes. Sendo assim, pôde-se observar a eficácia do uso de tecnologia para
substituir as visitas presenciais de familiares e amigos, diminuindo o sentimento de solidão e
abandono por parte dos enfermos (FAUSTO et al., 2020; CHIDIAC et al., 2020;
MERCADANTE et al., 2020).
Para Ritchey (2020) outro fator considerável é o impacto sofrido pelas equipes de CP,
uma vez que a falta de preparação adequada para atuar durante a pandemia dificultou o
atendimento de pacientes, tanto positivados para COVID-19, como outros, expondo os
profissionais a alto risco de contaminação. Além disso, segundo destacado por Hetherington
(2020) e Münch (2020), devido às restrições impostas como medidas para conter a
disseminação viral e garantir a segurança dos trabalhadores de saúde, as equipes foram
divididas, para diminuir o fluxo de pessoas nos ambientes, e os membros mais velhos e que
possuíam comorbidades foram afastados, trabalhando apenas por home office.
Esses fatores, juntamente com o estresse do trabalho e a preocupação com a sua saúde
e de seus familiares impactaram negativamente os profissionais da saúde (HETHERINGTON
et al., 2020). Em conformidade com os resultados, foi visto também que, segundo Mercadante
(2020), os funcionários de CP são expostos a tensões específicas durante a pandemia, além de
estarem expostos a grande estresse físico e psicológico, também correm risco de infecção pelo
novo coronavírus.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
saúde mais adequado, observa-se concordância entre Ritchey (2020), Humphreys (2020) e Silva
(2021), no sentido de que as diretrizes dispostas pela relação paciente-família, a indicação
médica e a consideração de equipes especializadas em CP devam ser respeitadas e analisadas
conjuntamente. Por último, cabe uma atenção especial à saúde mental não somente dos
pacientes, mas também da família e da equipe profissional para que agravantes não raros, como
o sentimento de abandono, o luto complicado e o altruísmo patológico, possam ser evitados
(DOMINICO el al., 2020).
Considerações Finais
Referências
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 54
Página 573
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A acne é uma alteração na pele que se caracteriza pela dermatose inflamatória que
acomete o aparelho pilossebáceo (inflamação do pelo e glândula sebácea), sendo essa
manifestação de inflamação na pele o resultado de diferentes fatores patogênicos que interagem
levando a formação de comedões abertos e fechados, a hipersecreção sebácea, alterações na
condição hormonal e na flora microbiana; além de fatores imunológicos e processos
inflamatórios. Diante dessas alterações na pele, têm-se buscado tratamento por meio de
fitoterápicos, que são uma forma natural do uso de plantas medicinais para combater problemas
de saúde sem uso de medicamentos químicos. É uma alternativa que oferece benefícios em
relação aos tratamentos sintéticos que por sua vez podem provocar efeitos colaterais que
prejudicam a saúde do paciente (MEDEIROS et al., 2015).
Os fitoterápicos têm a função de prevenir, atenuar ou curar certas patologias; são
formulados a base de plantas medicinais que possuem princípios ativos em sua composição,
que são utilizados em diversos tratamentos. Perante todos os ativos naturais, os óleos essenciais
destacam-se como um dos principais materiais na produção de cosméticos. O tratamento de
acne encontrado nos artigos de fitoterápicos abordam o uso dos óleos essenciais e suas
propriedades medicinais que os tornam possíveis terapêuticos para tal problema atuando
diretamente na autodefesa vegetal, proteção contra perda de água e aumento de temperatura e
possuem ações antissépticas, adstringentes, antioxidantes e bacterianas, que são importantes
propriedades para o desenvolvimento de tratamentos efetivos contra a acne (PASIN; PASIN,
2020).
Entre os principais óleos essenciais encontra-se o tea- tree conhecido como melaleuca
(Melaleuca alternifólia) que tem como princípio ativo ação bactericida, fungicidas,
antioxidante, cicatrizante. São essas propriedades que tornam o óleo um componente atrativo
para protocolos de tratamentos faciais e em demais áreas da saúde. O Thymus vulgaris
conhecido como tomilho, consiste em ação a antissépticas, com feitos adstringentes,
antissépticos, antioxidantes e bacterianos e a Matricaria chamomilla popularmente camomila
tem efeito anti-inflamatório, calmante, cicatrizante, analgésico, bactericida. (FRANÇA, 2021;
SIQUEIRA; BRITO; SILVA, 2015; CORAZZA, 2010). Então, objetiva-se compreender a
influência de diferentes fitoterápicos para o tratamento da acne.
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura cujo levantamento dos estudos ocorreu
a partir das bases de dados PubMed, Portal regional da BVS, Science Direct e Google
acadêmico. Os descritores foram utilizados juntos na seguinte ordem: fitoterapia, acne, e
tratamento, em português e inglês. Foram incluídos estudos disponíveis na íntegra publicados
entre os anos de 2010 e 2021, sendo eles ensaios clínicos e artigos de revisão. Foram excluídos
estudos que não atendiam esses critérios. A busca na base Pubmed resultou em 18 publicações,
todas em língua inglesa. Por sua vez, na plataforma BVS, foram encontrados 35 estudos. Na
Science Direct foram encontrados 74 artigos. Já no google acadêmico, encontrou-se 7 artigos.
Após a leitura e seleção, restaram 14 artigos que estavam dentro do objetivo do trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quadro 1. Relação de artigos selecionados para compor o estudo e os principais fitoterápicos utilizados no
tratamento da acne.
Referência/ ano Fitoterápico estudado
SOLEYMANI, 2020 Garcinia mangostan, Berberis vulgaris,
Camelia sinensis.
PROENÇA, 2020. Aloe vera, Garcinia mangostana, Berberis
vulgaris, Chamaecyparis obtusa,
Camelia sinensi.
PASIN; PASIN 2020. Thymus vulgaris, Melaleuca alternifólia,
Matricaria chamomilla.
SARIC et al., 2017. Polifenóis
CHEN et al., 2019. Morella Rubra
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Chás verde e de camomila possuem eficácia contra a acne. O chá verde é produzido a
partir de folhas frescas da Camelia sinensis processadas para evitar a oxidação dos seus
compostos fenólicos principalmente as catequinas como a de epigalocatequina galato (EGCG),
a qual apresenta propriedades antioxidantes, antimicrobianas, anticancerígenas, anti-
inflamatória, reduz o estresse oxidativo e a produção de sebo (PROENÇA, 2020;
SOLEYMANI, 2020).
A camomila (Matricaria chamomilla), além de possuir propriedades anti-inflamatória e
bactericida - semelhante ao chá verde - também possui efeito calmante, cicatrizante e
analgésico. Contudo, é mais eficaz utilizado em conjunto com outros tratamentos como máscara
de argila e banho de vapor facial (PASIN; PASIN, 2020).
Berberis vulgaris
Em relação aos frutos, a Berberis vulgaris possui em sua composição a berberina, a qual
atua como bactericida, anti-inflamatório, atenua o estresse oxidativo, além de diminuir a
produção de sebo suprimindo a lipogênese de glândulas sebáceas (SOLEYMANI, 2020).
O sucesso do tratamento resultou da ação anti-inflamatória, exercida sobretudo pela
fração alcaloide de B. vulgaris, da ação antioxidante, através da eliminação de radicais livres,
inibição de peroxidação lipídica, e da ação ansiolítica, uma vez que as exacerbações da acne
estão frequentemente relacionadas com crises de ansiedade e stress (PROENÇA, 2020).
Garcinia mangostana
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Polifenóis
Os polifenóis são compostos derivados de plantas que possuem propriedades
antioxidantes e inflamatórias. Estão presentes em frutas e bebidas de origem vegetal, como,
chá, suco, café e vinho tinto. Tais propriedades encontradas na dieta humana, conferem aos
polifenóis, potenciais terapias contra a rosácea, que é uma condição clínica que acomete a face,
caracterizada pela inflamação crônica da pele, com pústulas e pápulas inflamatórias (SARIC et
al., 2017).
Alguns estudos epidemiológicos apontam o uso de polifenóis contra uma ampla
variedade de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, as propriedades anti-
inflamatórias, antiparasitárias e fotoprotetoras são evidenciadas como importante para manter
a saúde celular normal, tornando os produtos à base de polifenóis cada vez mais populares para
doenças que acometem a pele, como a rosácea (SARIC et al., 2017).
Diante disso, o estudo resultou na análise de estudos que utilizaram algumas plantas
medicinais no tratamento da rosácea, sendo os polifenóis estudados: silimarina da planta
Silybum marianum, licochalcona da planta de alcaçuz Glycyrrhiza inflata, extrato de Quassia
amara da planta Q. amara e flavonóides de Chrysanthellum indicum extrato (SARIC et al.,
2017).
Em relação ao eritema facial usando Licochalcona A., um ensaio clínico avaliou o uso
da licochalcona A. em pacientes com eritemato-telangiectásica (TE) rosácea, no qual
apresentavam vermelhidão facial, e foi comparado a um grupo que não apresentavam rosácea.
Ambos os grupos usaram produtos à base de licochalcona A., uma vez ao dia, por um período
de 4 a 8 semanas, e após esse período foi possível observar no grupo com rosácea uma melhora
significativa no eritema facial, demonstrando efeitos positivos do uso deste polifenol (SARIC
et al., 2017).
Em outro estudo, um ensaio em grupo, no qual avaliou o uso de extrato de Quassia
amara L. 4%, no tratamento da rosácea, em pacientes com rosácea tipo I-IV, avaliados em
períodos de 15, 30 e 45 dias, observou-se diminuição contínua, até o último dia de tratamento,
evidenciando a efetividade do uso deste polifenol (SARIC et al., 2017).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Morella Rubra
Myrica rubra (Morella Rubra), é uma árvore frutífera, nativa de países asiáticos e seu
fruto, folha, raiz e casca são muito utilizados no tratamento de algumas patologias,
principalmente em doenças de pele na medicina popular chinesa e japonesa. Seu fruto, a
bayberry, é conhecido por ter um sabor agridoce e agradável, e é muito utilizado no
processamento de alimentos (CHEN et al., 2019).
Bayberry é rico em antioxidantes, flavonoides e ácidos fenólicos e, por esse motivo,
possui bioatividade no que se refere a esses compostos. Um dos ativos encontrados, devido ao
alto teor de compostos fenólicos presentes na bayberry é a Miricitina, também conhecida como
hidroxiquertina, que é reconhecida por eliminar radicais livres. Ademais, os extratos de
bayberry possuem ações antioxidantes, antibacterianos, anticancerígenas, antidiabética,
antidiarreico e anti-melanogênico. Nesse contexto, a atividade dos compostos fenólicos
presentes na bayberry parecem exercer um papel importante no tratamento de acne vulgar
(CHEN et al., 2019).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Óleos essenciais
Melaleuca alternifolia
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Chamaecyparis obtusa
Nutricosméticos
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Phellodendron amurense
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Conclusão
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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consultório de dermatologia. Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 7, n. 3, p. 20-26, 2015
PASIN, Luiza Avelar; PASIN, Liliana Auxiliadora Avelar Pereira. O Uso de Fitoterápicos na
Medicina Estética. Revista Científic@ Universitas, v. 7, n. 1, 2020.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
SARIC, Suzana et al. The role of polyphenols in rosacea treatment: A systematic review. The
Journal of Alternative and Complementary Medicine, v. 23, n. 12, p. 920-929, 2017.
ZHANG, Y. et al. Application of Phellodendron amurense facial mask for slight to moderate
acne vulgaris. Clinical and experimental dermatology, v. 43, n. 8, p. 928-930, 2018.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 55
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Partindo disso, o lazer é uma forma de livrar-se das obrigações individuais, onde muitas
vezes as pessoas procuram uma prática esportiva de lazer para desprender-se dessas obrigações
profissionais, familiares e sociais. Assim, o lazer, é uma ferramenta essencial para diminuir
estresse e sentir-se mais livre.
O lazer está presente na humanidade, sendo o homem, de concepção ludens (Almeida;
Nunes; Zoboli, 2011). Posteriormente, o lazer é visto como um fenômeno histórico-social, com
o advento da industrialização e perpassando por reinvindicações sociais como forma de gozo
do ócio (Almeida; Nunes; Zoboli, 2011). No decorrer das discussões acerca do lazer, foram
criadas várias ferramentas legais para regulamentar seu direito de acesso pela população e dever
do estado de propiciar investimentos em tal área, mas mesmo com essas leis sendo criadas ainda
existem obstáculos que impedem as PcD de aproveitarem desse direito, tornando-as excluídas
desse processo.
O Lazer está elencado na Constituição do povo brasileiro como um dos principais
direitos do cidadão, Na Constituição Federal, o lazer aparece no mesmo patamar de importância
da educação, saúde, trabalho, moradia e segurança e o assegura como um direito pertencente a
todas as pessoas (Santos et. al., 2017). No entanto, percebe-se ainda que para algumas minorias,
como as pessoas com deficiência (PcD), idosos e pessoas de classes menos favorecidas, o
acesso a esse direito torna-se difícil e distante do gozo de pleno direito (Almeida; Nunes;
Zoboli, 2011).
Os parques, praças, quadras e demais espaços públicos de lazer, de forma recorrente não
apresentam estruturas adequadas para as PcD, ou até apresentam algumas estruturas de
acessibilidade porém com suas medidas erradas, como a inclinação e tamanho da rampa, portas
das quadras com batente impossibilitando a entrada de pessoas usuárias de cadeira de rodas,
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
arquibancadas sem um espaços para as pessoas com cadeiras de rodas (Almeida, et. al., 2011).
Porém, o que vemos é que, a inatividade física é um agravo para a qualidade de vida da
população em geral, ocasionando um estilo de vida cada vez mais sedentário e com riscos à
saúde com a incidência de doenças secundárias, principalmente as coronarianas (NAHAS,
2016). Esses dados se agravam ainda mais quando os estudos são relação as PcD, pois estas
muitas vezes estão afastadas das práticas de atividade física, devido à variedade de barreiras
ambientais, pessoais e sociais encontradas.
Samulski e Noce (2002) atribuem uma série de benefícios que são aliados a prática de
atividades de lazer esportivos por PcD, tais como: redução dos níveis de estresse e ansiedade,
redução de possibilidade de evolução de quadros depressivos, melhora do estado de humor.
Samulski (2009) atribui não somente a prática de lazer esportivo mais outros fatores
responsáveis para alcance dessa condição positiva tais como: O ambiente em que a pessoa
realiza essa atividade, a socialização de indivíduos entre si e com a natureza e, acima de tudo,
a percepção melhora de suas capacidades cognitivas e sensoriais, com isso surge a necessidade
de adequação de suas cidades para o atendimento eficaz desse segmento.
Partindo das evidências notáveis de benefício da prática de lazer e atividade ao
indivíduo, faz-se necessário a criação de políticas públicas de investimento em espaços públicos
adequados para a população bem como esses locais serem acessíveis para as PcD. Rosadas
(2002) traz em seu estudo que a prática de atividade física através do esporte para esta
população torna-se uma maneira de inseri-las em um ambiente de socialização, promovendo
uma melhora na qualidade de vida, convívio social e melhora de sua autoestima.
Conforme a Lei Nº 10.098 de 19 de Dezembro de 2000 (BRASIL, 2000) a promoção da
acessibilidade é entendida como,
Este lei ainda traz o referindo-se a toda e qualquer entrave e/ou obstáculo que impeça
ou limite o livre acesso das PcD em qualquer local ou espaço (MANTA, 2011). De maneira a
melhor entender, é preciso resgatar os princípios ontológicos que foram responsáveis pela
evolução do direito ao lazer e ao esporte no Brasil como direitos sociais. (PEREIRA, 2019)
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
(1995):
Para desenvolvimento e análise dos espaços foram realizadas duas visitas ao local
escolhido, onde foram feitas anotações, registros fotográficos e realizadas medidas de
determinados espaços. Após realizar essas visitas, para analisar os dados encontrados,
comparamos com o descrito na NBR 9050/2015, esta norma estabelece critérios e parâmetros
técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio
urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade.
Os registros fotográficos foram importantes para apresentar as condições em que os
espaços se encontram, e para sinalizar o que está de acordo ou o que se deve ser implementado
para esta conforme a norma exige. Foram realizados medidas de das rampas, piso tátil e
direcional, será anotados as medidas encontradas e comparadas com descrito na norma e
posteriormente fazer a análise sobre as questões de acessibilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após as visitas que foram realizadas para observação, anotação e retirada de medidas
dos espaços públicos que são existentes na extensão da orla de Petrolina-PE, podemos verificar
que, após a reforma que houve recentemente, existiu uma preocupação por parte da prefeitura
municipal para poder tornar os ambientes mais inclusivos as pessoas com deficiência da região.
Dessa forma, foram instaladas 7 rampas para pessoas usuárias de cadeira de rodas, piso táteis
(de alerta e os direcionais) que auxiliam no deslocamento de pessoas com deficiência visual.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Após realizadas as análises das estruturas físicas e equipamentos que foram encontrados
pela extensão da orla do município de Petrolina-PE, podemos verificar que a gestão municipal
busca realizar reformas dos espaços tornando-os mais acessíveis para as pessoas com
deficiência, que contribui com os aspectos sociais e de saúde das pessoas, principalmente as
pessoas com deficiência, na redução dos níveis de estresse e ansiedade, redução de
possibilidade de evolução de quadros depressivos, melhora do estado de humor (SAMULSKI;
NOCE, 2002).
Corroborando com estudo de BRITO (2021), o local busca uma integração entre pessoas
com e sem deficiência, onde foi possível observar locais com acessibilidade mas que de forma
que pode ser melhorada, ressaltamos que já existir um espaço em que as pessoas com
deficiência possam estar tendo o mínimo de acessibilidade para a sua prática de lazer cotidiana
é importante para seu melhor desenvolvimento social e de aspectos de saúde. Destacamos ainda
que, a forma em que o processo de urbanização da cidade é conduzido tem uma relação forte
como a qualidade e estilo de vida de sua população, criando interfaces, ou seja, a estruturação
da cidade vai influenciar na expectativa da população em relação ao usufruto do seu tempo de
lazer, tempo livre; caracterizando assim, a necessidade de construção e adaptações dos espaços
para que as pessoas com e sem deficiência possam ter seu direito garantido e estar usufruindo
dele.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Rosa Karla Cardoso; NUNES, Patrícia Matos Souza; ZOBOLI, Fabio.
Acessibilidade e possibilidades de lazer para as pessoas com deficiência: considerações a partir
da orla de atalaia–Aracaju/SE. Universidade Federal de Sergipe (UFS). São Cristóvão–
SE/Brasil, 2011.
BADIA, M. et al. Relationships between leisure participation and quality of life of people with
developmental disabilities. Journal of applied research in intellectual disabilities: JARID, v. 26,
n. 1995, p. 533–45, 2013.
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BRASIL. Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013. Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre
os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema
Nacional de Juventude-SINAJUVE. Diário Oficial da União, 2013.
BRITO, Vinicius Wallace Santos. Análise de espaços públicos: o lazer para a criança com
deficiência no município de Petrolina-PE. In: XI SEMINÁRIO DE ESTUDOS DO LAZER,
11., 2021, Maringá. Anais Eletrônicos. Paraná: Maringá, 2021, p. 39. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1yRHC4FP_59L-jW973wpdfbL6tsMUK3ux/view. Acesso em:
12 Out. 2021.
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DENARDIN, V.; SILVA, A. Praças urbanas como espaço para o turismo e lazer um estudo
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DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e cultura popular. In: Lazer e cultura popular. 2004. p. 333-333.
MANTA, Sofia Wolker. O parque público como espaço para a prática de atividades esportivas:
a percepção das pessoas com deficiência física. 2011.
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nacional-do-esporte-aprova-a-carta-de-brasilia>. Acesso em: 26/05/2021.
NAHAS, Markus Vinicius. Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e sugestões
par aum estilo de vida ativo. 4.ed. 284p. Londrina: Midiograf,2006.
RIMMER, James H.; WANG, Edward; SMITH, Donald. Barriers associated with exercise and
community access for individuals with stroke. Journal of rehabilitation research &
development, v. 45, n. 2, 2008.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 56
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
É possível que todo indivíduo apresente algum desconforto relacionado ao seu contexto
de vida que traga repercussões para a sua saúde mental, sem que seja ainda classificado como
tal. Entretanto, com a pandemia de COVID-19, implicou casos de desequilíbrio psicossocial
capaz de ultrapassar a capacidade de enfrentamento da população atingida (REIS et al., 2020).
Os sintomas psicossociais são considerados, em sua maioria, como uma resposta
sintomatológica de reação normal frente uma situação anormal. Diante do nível de exposição
da população, medidas como o distanciamento e isolamento social são tomadas com o objetivo
de proteger a integridade fisiológica das pessoas (FARO et al., 2020).
Apesar de contribuírem para atenuar a infecção, essas medidas provocam um estresse
social que pode levar a alterações imunológicas responsáveis pelo aumento na produção de
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
substâncias inflamatórias mesmo em indivíduos que não foram infectados, assim como, elevar
e intensificar os níveis de ansiedade (RAONY et al., 2020).
Quase todos os estudos selecionados confirmaram que pacientes que estão com suspeita
ou confirmação de infecção pelo COVID-19 apresentam reações e emoções intensas, de modo
que podem vir a sentir ansiedade, culpa, raiva, solidão e insônia; nesse sentido, pode haver
evolução dessas reações para transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), ataques de pânico,
sintomas psicóticos, depressão e suicídio (SILVA et al., 2020).
Um grupo com maior vulnerabilidade ao sofrimento mental são as pessoas que já
apresentam transtornos mentais, podendo sofrer com a intensificação das características do
transtorno apresentando (FARO et al., 2020). Além disso, pacientes esquizofrênicos possuem
mais dificuldade de acesso a serviços de saúde adequados, podendo reduzir a adesão dos
medicamentos terapêuticos necessários, acarretando episódios de surtos psicóticos (LIMA et
al., 2020).
Em momentos de pandemia, o número de pessoas afetadas psicologicamente supera os
índices de indivíduos infectados, estimando que de um terço a metade da população está
suscetível a apresentar danos psicológicos e psiquiátricos na ausência de cuidados devidos
(PEREIRA et al., 2020).
Por ser uma doença que se espalha rapidamente entre indivíduos, famílias tiveram que
ser separadas de entes queridos contaminados com o intuito de evitar o contágio; quando em
casos graves no qual o membro da família vem a óbito, familiares manifestam sentimentos de
frustração e incapacidade (GARRIDO et al., 2020).
Devido à aderência do distanciamento social, para milhões de pessoas ao mesmo tempo,
é considerada a possibilidade de uma futura pandemia, que pode ser intitulada como a
“Pandemia de medo e estresse”. É importante destacar que ao discutir sobre pandemia de
COVID-19 e saúde mental, é fundamental levar em consideração fatores como a saúde física,
mental e o contexto em que a pessoa está inserida (ORNELL et al., 2020).
Apesar da existência de avanços tecnológicos, estão os algoritmos que são
impulsionadores para disseminação da desinformação. Sob uma ótica de prevenção à saúde
mental, fazem-se recomendações práticas, como: evitar a desinformação e o excesso delas e, de
forma clara, propagar apenas informações verídicas sobre a pandemia (GANDOLFI et al.,
2020).
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Página 603
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
ORNELL, F. et al. “'Pandemic Fear' e COVID-19: Mental Health Burden and Strategies”.
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em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462020000300232
SOUTO, X.M. “COVID-19: aspectos gerais e regras globais”. Recital - Revista de Educação,
Ciência e Tecnologia de Almenara / MG , vol. 2, n 1, junho de 2020, p. 12–36. Disponível em:
https://recital.almenara.ifnmg.edu.br/index.php/recital/article/view/90
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 57
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
SOBREPESO E OBESIDADE
Anteriormente o que mais preocupava o Brasil era a desnutrição, mas hoje o número de
crianças e adolescentes obesos vem crescendo cada vez mais, e isto é muito preocupante já que
está relacionada ao maior consumo de produtos industrializados. De acordo com Guimarães
(2017) se não haver mudanças nem menos de uma década a obesidade pode atingir 11,3 milhões
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
de crianças no Brasil.
Sobrepeso e obesidade estão relacionados ao excesso de peso no ser humano. O termo
Sobrepeso é usado quando alguém possui o peso além do estabelecido de acordo com a estatura,
e a obesidade é um excesso de gordura no corpo, na qual diminui a expectativa de vida e assim
tornar o indivíduo vulnerável a aparições de doenças. E ambas doenças são influenciados pelos
fatores biológicos, psicológicos e sócio econômicos, como afirma Castro et al (2018, p.84):
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
mudar hábitos, já que a principal razão para a alta de peso na população é a alimentação
inadequada e o sedentarismo, por isso é importante encorajar os jovens a praticar exercícios
físicos.
De acordo com a Sociedade de Pediatria de São Paulo a alimentação saudável começa
desde a gestação:
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
diabetes mellitus e a hipertensão, sem controle ou tratamento as duas podem levar ao óbito, não
existe cura até hoje, somente o tratamento e o tratamento para as duas hoje é medicamentoso,
para a diabetes varia de administração de insulina ou comprimidos e para hipertensão a maioria
dos tratamentos é através de comprimidos.
Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue,
também conhecida por hiperglicemia. A doença se desenvolve devido a defeitos na secreção ou
na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas. A função principal da insulina é
promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser
aproveitada para as diversas atividades celulares. De acordo com o caderno de atenção básica
caracteriza a Diabetes da seguinte forma:
A diabetes mellitus quando não tratada pode elevar o grau de glicose no sangue,
causando a cetoacidose que pode resultar em uma parada cardíaca e da mesma forma o não
tratamento da hipertensão pode ocasionar em um infarto, parada cardiorrespiratória ou derrame,
entre outras comorbidades.
A hipertensão também conhecida como pressão alta, tem relação com os níveis tensão
do sangue durante a circulação. Artérias estreitas aumentam a necessidade de o coração
bombear com mais força para fazer o sangue circular. Segundo Malachias et al (2016, p.1)
conceitua hipertensão da seguinte forma:
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
crianças praticarem atividades físicas, tendo a oportunidade de se beneficiar dos ganhos de ter
uma atividade direcionada para sua faixa etária e elaborada por um profissional apto
(BENEDITO, 2014).
Uma prescrição correta é importante, pois o índice de lesões na infância é elevado, visto
que elas são mais vulnerais a lesões devido a menor capacidade de avaliação dos perigos e
menor destreza motora. Então é necessário desenvolver atividades que garantam a segurança,
adaptação e a viabilidade dos movimentos corporais.
Hoje em dia a Educação Física escolar encontra-se negligenciada. Os alunos, por vezes,
não possuem interesse em realizar as atividades propostas, aprendendo pouco ou nada sobre
seu corpo e os cuidados que deve ter com ele. Ou em alguns casos o desinteresse parte do
professor, que somente dá uma bola para os alunos se divertirem, como sendo um momento
livre.
Uma opção é aproveitar jogos que estimulem a prática de exercícios físicos e aplicativos
que marquem o desempenho em atividades para fazer com que os jovens se mantenham mais
saudáveis e ativos, mesmo diante das telas. A melhor atividade física é aquela que proporciona
ludicidade, trazendo prazer e satisfação. Então, gostar da atividade física é importante para que
o praticante se sinta motivado a fazer regularmente. E o profissional precisa lembrar que a
Educação Física Escolar vai além da atividade física, e que diversas unidades de conhecimentos
e habilidades devem ser trabalhadas com a crianças e adolescente durante toda a Educação
Básica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este estudo foi possível concluir que cada vez mais as crianças estão sedentárias e
consumindo principalmente alimentos industrializados, acarretando em sobrepeso e obesidade
e consequentemente desenvolvimento de doenças crônicas. O professor de educação física é
fundamental para estimular as crianças a se exercitarem desde cedo e se tornarem adultos ativos
fisicamente.
Com a pesquisa possível compreender que o professor de educação física é muito
importante para a construção de uma sociedade mais ativa fisicamente. Conscientizar as
crianças sobre as vantagens de um estilo de vida saudável é papel dos pais e também da escola.
As escolas devem proporcionar para as crianças prática de atividades físicas,
devidamente monitorada por um profissional da área, e, caso possível, diversificada para que
se tenha toda a amplitude de movimento, desenvolvendo várias áreas psicomotoras. Além da
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
parte prática, é importante que a escola desenvolva atividades voltadas para uma alimentação
saudável, de forma que eles aprendam a escolher bem seus alimentos, pautando-se pelo seu
valor nutricional.
A criança ao entender os valores de uma vida saudável torna-se um adulto também
preocupado em preservar sua saúde. A obesidade é um mal que deve ser combatido, em
conjunto com toda sociedade. Já que a obesidade é a principal doença que o século XX trouxe
à humanidade, acometendo não somente a população adulta, como a faixa etária pediátrica
também.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
10 fev. 2021.
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO. Enfrentando a obesidade infantil. Atualize-
se, Paraíso, n. 2, p. 5-14, nov. 2019. Disponível em:
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 58
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Quadro 1- Distribuição dos artigos encontrados sobre a temática, publicados entre 2010 e
2020.
População e
Artigos Desenho de
Autores Cenário de Resultados
selecionados estudo
estudo
Como resultado o projeto tornou
Educação em evidente a falta de contato que
saúde com muitas mulheres ainda apresentam
Mulheres
mulheres da com tal assunto, o que trouxe uma
entre 35 3 65 Trata-se de um
atenção básica aproximação entre o público
que estudo
em vivência VINCENSI feminino e suas dificuldades diárias
estivessem na transversal.
sexual et al., 2020. vivenciadas, assim como, uma
UBSF
durante o melhora de seu conhecimento em
climatério saúde.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
que a mulher vai se tornar improdutiva, que está próximo do ciclo da vida gerando uma
insatisfação. Dessa forma, é essencial a visão ampla do processo de envelhecimento, pois
envelhecer representa a transição biológica sob a influência das experiências de vida (SILVA
et al., 2015).
Diante disso, a vivência negativa do climatério produz consequências para a saúde
mental de idosas, levando um teor de depressão em mulheres climatéricas. Nesse viés, a
promoção e prevenção da saúde é um caminho para mudança de estilo de vida das idosas. Desse
modo, uma estratégia é a educação em saúde, com o uso de diversas formas de propagar o
conhecimento acerca do climatério, pode-se ilustrar grupos de convivência, que estimula a
socialização e melhora a qualidade de vida (SILVA et al., 2015).
Com vistas nesta perspectiva, o climatério torna-se uma etapa difícil de ser enfrentada.
Nesse sentido, enfatiza-se à importância de um atendimento adequado e centralizado e da
assistência ao envelhecimento feminino e climatério e atenção primária à saúde. Além disso,
a assistência é integral e feita por uma equipe multiprofissional, na qual a partir da
individualidade, das necessidades e da disponibilidade traçar-se-ão intervenções e medidas de
promoção à saúde, manutenção e reabilitação, consequentemente, proporcionar-se-ão uma
melhor qualidade de vida. Dessa forma, é-se importante destacar a participação ativa das
mulheres em seu acompanhamento, porque elas têm autoridades sobre as tomadas de decisões
no manejo de sua própria saúde (SOUZA et al., 2017).
Nesse sentido, relevante metodologias utilizadas na abordagem multiprofissional no
processo de educação em saúde para mulheres climatéricas promove a aplicação de vários
temas que contribuem para a compreensão dessa fase e melhora da qualidade de vida. Indica-
se a estratégia de formar encontros com temas específicos sobre nutrição, atividade física, vida
sexual, envelhecimento, lazer, direitos, humor, vitalidade, conceitos, e assim dinamizar esses
assuntos com discussões, em que ocorre a troca de informações entre os participantes e
profissionais, além de fazer algo lúdico por meio do teatro para representar a fase do climatério
aos participantes ( FREITAS et al., 2016).
Por outro lado, atenção primaria a saúde deixa de ser discutido as relação sobre a saúde
da mulher juntamente o contexto do climatério, durante as consultas, é visto que, não tem um
grupo especifico para abordar as informações da determinada temática. A ocorrência de
atividades sobre o tema, as vezes, é associada a parceira externa e a formação de grupos de
hipertensão e diabetes, com isso as questões relacionadas a menopausa são inseridas dentro
desses grupos e assim as mulheres buscam a terapia de reposição hormonal como alternativa de
promoção da saúde, sob orientação médica e da enfermagem (SILVA et al., 2015)
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 59
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A Covid-19 é uma infecção, ocorrida pela primeira vez em dezembro de 2019, na cidade
de Wuhan, na China e espalhou-se rapidamente pelo país e, consequentemente, pelo mundo,
gerando assim uma pandemia (YANG et al., 2020). Desde então, são diversos os desafios
causados por esse novo cenário no processo de doação de órgãos, que estão associados às
alterações no contato presencial e à dificuldade de comunicar empatia por meio de máscaras
faciais e distanciamento ou através de telas de smartphones, culminando na diminuição na
autorização de doação de órgãos (BUCUVALAS; LAI, 2020).
O Brasil foi um dos países mais afetados pela pandemia da Covid-19, onde de acordo
com as estimativas baseadas nos dados de dois dos maiores centros de transplante renal do país,
os pacientes transplantados de órgãos – em torno de 80.000 – foram muito mais afetados,
considerando que, aproximadamente, 10% dos pacientes foram infectados pelo vírus (RBT,
2020). Nesse sentido, a disseminação do Covid-19 é irrestrita e afeta também os sistemas de
recuperação e transplante de órgãos, tendo em vista que a pandemia ameaça a capacidade dos
serviços de saúde de fornecer cuidados não-covid, sendo este cenário ocasionado pelas altas
taxas de infecção de forma grave (PRUETT, 2020).
De acordo com estudo realizado por ISAKOV et al (2020), nos Estados Unidos,
pacientes transplantados são mais vulneráveis à infecção devido às comorbidades e, em
comparação aos pacientes sem transplante, apresentam taxas bem maiores de mortalidade e
doença grave, tendo como sintomas mais comuns apresentados no coorte a diarreia, febre, tosse
e dispneia, sendo estes intensificados pela vulnerabilidade dos pacientes transplantados ou a
espera de transplante. Nesse viés, vários relatos de casos de receptores de transplante com
Covid-19 já foram publicados e a mortalidade varia de 18% a 30%, contando também relatos
que sugerem que os receptores de transplantes apresentam maior risco de complicações do
Covid -19 devido à imunossupressão, aliado às comorbidades (AARON et al., 2020).
O transplante de órgãos trata-se de um procedimento complexo e de grande porte,
especialmente por se tratar de pacientes imunossuprimidos, que lidam com a escassez constante
de órgãos que supram suas necessidades. Nesse viés, é preciso considerar o impacto a longo
prazo da pandemia sobre as doações, visto que a atual situação afetou a quantidade de doadores,
a disponibilidade de órgãos, bem como a organização das atividades de serviço (IACOBUCCI,
2020; VRIES et al., 2020). Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo identificar através
da literatura científica os principais impactos da pandemia pela Covid-19 no processo de doação
de órgãos.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura científica, tendo em
vista que contém uma abordagem ampla, com rigor metodológico, combinando dados da
literatura, sintetizando resultados obtidos em pesquisas sobre a temática (SOUZA; SILVA;
CARVALHO, 2010). Possui natureza exploratória e descritiva e foi realizada através da busca
online de artigos científicos nacionais e internacionais, no período de maio a dezembro de 2021.
Esta revisão foi elaborada a partir das etapas: escolha do tema, construção da pergunta
de pesquisa, escolha dos Descritores em Ciências da Saúde, definição dos critérios de inclusão
e exclusão dos artigos; coleta, análise e discussão dos dados dos estudos, exposição da síntese
das evidências encontradas.
A população estudada foram os doadores de órgãos e profissionais envolvidos nesse
contexto, com interesse no impacto causado pela pandemia da Covid-19. Dessa forma,
questionou-se quais as implicações da pandemia pela Covid-19 no processo de doação de
órgãos?
Após esta etapa foi realizada a busca nas bases de dados Scientific Electronic Library
Online (SciELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados de
Enfermagem (BDENF), via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através dos Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS) “Transplante de Órgãos”, “Obtenção de Tecidos e Órgãos”,
“Infecções por Coronavírus”, “Doadores de tecidos” e “COVID-19”, combinadas entre si
através do operador booleano AND.
Foram definidos como critérios de inclusão os estudos que abordaram a temática,
publicados na íntegra, de forma online, nos idiomas de português, inglês e espanhol, dos
últimos treze anos, como critérios de exclusão, artigos que não contemplavam o tema ou o
objetivo proposto. Dessa forma, foram selecionados quinze trabalhos científicos. Para a seleção
dos artigos, leu-se o título e o resumo dos estudos encontrados, observando os critérios de
elegibilidade. Em seguida, foi realizada uma leitura criteriosa de todos os artigos e dessa forma
iniciou-se a coleta dos dados.
Como este estudo é uma revisão integrativa da literatura, não houve a necessidade de
submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), sendo respeitados os aspectos éticos no que
se refere à fidelidade às fontes citadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A doação de órgãos é um processo delicado e trabalhoso, que depende da confiança da
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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19, optam por não frequentar as consultas de rotina ou por adiá-las, consequentemente, há uma
redução do contato dos pacientes ao sistema de saúde, optando por utilizar os meios digitais,
como vídeos e telefones, para realizar a telessaúde (REUKEN et al., 2020).
O risco de que o órgão do doador esteja contaminado com o vírus da Covid,
possibilitando a transmissão ao receptor e à equipe, gera também a necessidade de avaliar se a
equipe, a estrutura e as instalações da sala de cirurgia são eficientes para a situação
(BUCUVALAS; LAI, 2020). Diante da atual situação, os serviços de saúde necessitam analisar
o modo como os cuidados são prestados aos pacientes, além de reconfigurar os serviços
cirúrgicos durante o surto atual e na era “pós-pandemia” (MASSEY et al., 2020; YEO et al.,
2020).
Os programas de transplantes foram afetados diretamente pela Covid-19, apresentando
significativa redução, conforme os sistemas de saúde, em uma escala global, estão se adaptando
e tentando atender as demandas ocasionadas pela síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-
CoV-2). Nesse contexto, o atendimento nos centros de transplante está sendo direcionado aos
urgentes ou super urgentes. Mediante o desconhecimento do risco de desenvolver a
contaminação da Covid-19 a partir de um doador de órgão infectado, é fundamental ter
precaução em relação à consideração do transplante. Nesse sentido, em decorrência do contexto
de pandemia, a doação de órgão de pessoas vivas ou não vivas está sofrendo uma interrupção
de forma seletiva ou está sendo efetivada sob critérios minuciosos (SHARMA; LAWRENCE;
GIOVINAZZO, 2020).
Em virtude da manifestação da Covid-19, a sociedade teve que lidar com um novo modo
de vida, que impactou diversos setores em todo o mundo, incluindo a doação de órgãos. Nesse
sentido, a recomendação para que ocorra a doação de órgãos de forma segura, no contexto atual,
é que seja realizado uma triagem clínica e laboratorial de forma rápida, em locais com forte
transmissão do vírus. Essa conduta pode sofrer alterações de acordo com o país, bem como com
o grau de transmissão presente (KUMAR et al., 2020). Ademais, as medidas de prevenção
destinadas à contenção de Covid-19 devem ser continuadas mesmo após a pandemia, a fim de
mitigar os impasses existentes e impedir que a pandemia perdure por um longo período (WEE
et al., 2021).
CONCLUSÃO
É notório que a pandemia pelo Covid-19 representou impactos significativos em
diversos setores, dentre eles, o da saúde e no processo de doação e transplante de órgãos,
representando assim em preocupações nas repercussões a longo prazo (AARON, 2020). Nesse
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
viés, se faz necessário discutir acerca de que formas a pandemia da Covid-19 está influenciando
nesse processo e o que pode ser feito para mudar esse cenário, com formas mais eficazes e
humanizadas de abordar às famílias enlutadas (IACOBUCCI, 2020).
Portanto, são necessários mecanismos de prevenção, protocolos e seleções cuidadosas
de doadores para redução de riscos (GALVAN et al., 2020), além de melhorias e adaptações na
estrutura e as instalações da sala de cirurgia são eficientes para a situação (BUCUVALAS; LAI,
2020). Ademais, os serviços de saúde necessitam reconfigurar o modo como os cuidados são
prestados aos pacientes, mesmo após o fim da pandemia (MASSEY et al., 2020; YEO et al.,
2020).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 60
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
1 - INTRODUÇÃO
A crescente expectativa do envelhecimento da população mundial é um assunto pautado
constantemente, tanto no meio social, quanto no ambiente acadêmico - cuja discussão principal
respalda-se nos efeitos provenientes da alteração da pirâmide etária. No Brasil, o crescimento
da população idosa é bastante intensificado diante do cenário global: diminuição da mortalidade
na primeira infância e decrescimento das taxas de natalidade (CARDOSO; DIETRICH;
SOUZA, 2021). As projeções para o ano de 2100, de acordo com a Organização das Nações
Unidas (ONU), revela um percentual absoluto de crescimento aproximado em 4,3 vezes em
relação ao ano de 1950, em que o número total de brasileiros com 60 anos ou mais ultrapassava
a marca de 2,5 milhões(DINIZ ALVES et al., 2018).
Nesse sentido, a senescência vinculada com um processo fisiológico de alteração da
capacidade da homeostase afeta globalmente o funcionamento sistêmico(MACENA;
HERMANO; COSTA, 2018). Assim, observa-se um conjunto de alterações que auxiliam o
decréscimo das capacidades cardiovascular e pulmonar, envelhecimento muscular e renal,
comprometimento do sistema nervoso central e imunológico, entre outros. Esse contexto
possibilita que o indivíduo na terceira idade esteja mais vulnerável a processos patológicos, se
em comparação com um indivíduo jovem-adulto(MACENA; HERMANO; COSTA, 2018) (
MORAES et al., 2020).
Diante disso, a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) torna-se uma importante ferramenta
de melhoria da vitalidade durante os períodos gerontológicos, os quais vinculam-se às
síndromes clínicas geriátricas advindas da senescência fisiológica. Todavia, a AGA não tem
impacto significativo sobre a expectativa de vida (QUINTANA; ARAÚJO; EVANGELISTA,
2018)(JEKLIN, 2016).Além disso, a AGA complementa o exame clínico, sendo por vezes
considerada parte dele. Nessa etapa, o paciente é avaliado em diversos contextos (tais como
físico, social e ambiental), o que fornece dados para o planejamento e o seguimento do cuidado
(PORTO, 2019)(FREITAS et al, 2016).
O exame clínico, dessa forma, necessita que o médico esteja atento às peculiaridades do
paciente idoso, as quais, em negligência, podem prejudicar a prática clínica. Assim, em relação
à anamnese, é importante que o médico esteja ciente que ela pode ser dificultada no idoso por
diversos motivos: o paciente pode informar pouco sobre a doença, as doenças podem se
apresentar de forma atípica, a história atual da doença normalmente é extensa e as queixas são
mal caracterizadas, o paciente pode utilizar um grande número de remédios, entre outros. É
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
2 - MÉTODOS
A produção dessa revisão de literatura teve como base o levantamento bibliográfico de artigos
e livros de áreas médicas específicas que correlacionam a avaliação geriátrica ampla com a
identificação do risco de quedas em idosos. Foram utilizadas para a pesquisa as plataformas:
Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (Scielo), PubMed e Organização
Panamericana da Saúde (OPAS) e os descritores utilizados durante a busca foram:
Comprehensive geriatric assessment primary care, Comprehensive geriatric assessment fall
risk, fall risk. O estudo abrangeu artigos científicos cuja publicação se deu no espaço temporal
de 1985 até 2021, e foram escolhidas publicações em língua portuguesa e inglesa.
3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 - Etapas da Avaliação Geriátrica Ampla
A Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) é um processo diagnóstico multidimensional,
interdisciplinar, que busca determinar deficiências, incapacidades e desvantagens do idoso, bem
como planejar o seu cuidado e assistência a médio e longo prazos. Essa avaliação apresenta
diversos benefícios, tais como: maior precisão diagnóstica; melhora do estado funcional e
mental; melhora do humor; redução da mortalidade; diminuição de internação hospitalar e de
institucionalização; diminuição da necessidade de assistência domiciliar; redução do uso de
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
intuito de orientar a avaliação e manejo de risco de quedas. A recomendação é que todo paciente
com 65 anos ou mais passe por uma triagem anualmente para verificar o risco de quedas
(PAINEL DE PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS, AMERICAN GERIATRICS
SOCIETY E BRITISH GERIATRICS SOCIETY, 2011) Assim, deve-se perguntar ao paciente
se ele caiu 2 ou mais vezes no último ano ou, se ele não caiu, se ele se sentiu instável ao
caminhar. Os pacientes que respondem positivamente para alguma pergunta apresentam um
risco elevado para quedas e deve receber a avaliação posterior. Aqueles que apresentam
anormalidades na maneira de andar ou no equilíbrio devem receber uma avaliação adicional
(PAINEL DE PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS, AMERICAN GERIATRICS
SOCIETY E BRITISH GERIATRICS SOCIETY, 2011)
Além da avaliação do histórico de quedas, deve-se investigar o uso de medicações, uma
vez que diversas classes de medicamentos aumentam o risco de queda, especialmente os
psicoativos, os quais tendem a ser sedativos, gerar alterações sensoriais e prejudicar o equilíbrio
e a marcha. (PHELAN et al., 2015), (GANZ et al., 2007), (POON, 2005). Outros fármacos
como anti-hipertensivos, antiinflamatórios não esteroidais e diuréticos possuem uma correlação
mais fraca com as quedas (WOOLCOTT et al., 2009).
Posteriormente, devem ser realizados exames físicos focados no equilíbrio e queda
(PHELAN et al., 2015). Para que o indivíduo seja independente, ele deve ser capaz de realizar
as “habilidades de mobilidade básica”, como sentar, deitar e levantar, bem como andar
pequenas distâncias (ISAACS,1985). Dentre os testes utilizados para avaliar o equilíbrio e a
mobilidade e mensurar o risco de quedas, destacam-se a seguir:
Get up and go (teste de levantar e andar): solicita-se ao paciente para que se levante de
uma cadeira reta e com encosto, ande três metros, faça um giro de 180º, retorne e se sente
novamente. Assim, é possível avaliar o equilíbrio do paciente sentado e seu equilíbrio durante
a marcha e a transferência. O equilíbrio do paciente é avaliado em uma escala de 5 pontos: (1)
normalidade; (2) anormalidade leve; (3) anormalidade média; (4) anormalidade moderada; (5)
anormalidade grave. Se o paciente fizer 3 ou mais pontos, o teste indica risco aumentado para
quedas (MATHIAS et al.,1986). Embora seja um teste rápido e prático, o sistema de pontuação
é impreciso, pois depende da percepção do examinador.
Timed Get up and Go (teste de levantar e andar cronometrado): esse teste é uma variação
do anterior e foi proposto por Podsiadlo e Richardson em 1991 como uma forma de corrigir a
imprecisão da escala de pontuação. O paciente deve utilizar seus calçados de uso regular e
dispositivos auxiliares de mobilidade, como bengala e andador, se necessário. Assim, repetem-
se as etapas do teste anterior e o examinador deve medir o tempo de realização da tarefa
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
(PODSIADLO et al., 1991). Se o paciente completar o teste em tempo menor ou igual a 10s,
ele é independente; entre 11 e 20s, é independente em transferências básicas e apresenta baixo
risco de quedas; maior ou igual a 20s, o paciente é dependente em várias atividades de vida
diária e apresenta alto risco de quedas (BISCHOFF et al.,2003).
Teste de equilíbrio e marcha: esse teste foi proposto por Tinetti e adaptado para o Brasil
por Gomes. Assim, também é chamado de POMA (Performance Oriented Mobility Assessment)
e avalia os seguintes aspectos do paciente em relação ao equilíbrio: equilíbrio sentado;
comportamento ao levantar da cadeira; tentativas para levantar; equilíbrio assim que levanta
(primeiros 5s); equilíbrio em pé; equilíbrio em pé com olhos fechados e pés juntos; giro de
360°; manobra dos três tempos (paciente em posição ortostática com os pés juntos, o
examinador empurra levemente o esterno do paciente três vezes para avaliar a capacidade de
resistir ao deslocamento); habilidade para sentar-se. Essa etapa é avaliada em uma escala de 0
a 16 pontos, sendo que quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho do paciente
(TINETTI,1986) (GOMES et al.,2003).
Em relação à marcha, o teste avalia os seguintes aspectos: início da marcha,
comprimento e altura dos passos, simetria dos passos, continuidade dos passos, direção, tronco
e distância dos tornozelos. Essa etapa é avaliada em uma escala de 0 a 12 pontos. O escore total
das duas fases varia de 0 a 28 pontos. Abaixo de 19 pontos, o paciente apresenta alto risco de
quedas (TINETTI,1986) (GOMES et al.,2003).
Avaliação de sarcopenia: a sarcopenia é a perda de massa muscular relacionada ao
envelhecimento (ROSENBERG,1997). Por interferir no equilíbrio e na mobilidade e, assim,
predispor o idoso a quedas, a sua avaliação deve ser incluída na AGA (FREITAS et al.,2016).
Para fazer a mensuração de massa muscular, pode-se utilizar métodos antropométricos,
bioimpedância ou densitometria corporal total (FREITAS et al.,2016). O desempenho muscular
é avaliado pela velocidade da marcha e pelo teste do levantar e andar cronometrado (Timed Get
up ad Go) e a força muscular é avaliada principalmente pela força de preensão palmar
(FREITAS et al.,2016) (CRUZ-JENTOFT, 2010). O Consenso Europeu elaborado pelo
European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP) define que o diagnóstico
de sarcopenia é feito com a presença de diminuição da massa muscular associada à baixa função
muscular (CRUZ-JENTOFT, 2010).
Velocidade de marcha: é medida pelo tempo que o indivíduo leva para percorrer 4
metros. O cálculo é feito pela média de três tentativas, sendo que o normal é que a velocidade
seja maior que 0,8 m/s e avalia o desempenho muscular (FREITAS et al.,2016).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Força de preensão palmar: esse fator está relacionado a força muscular dos membros
inferiores, extensão de joelhos e diâmetro das panturrilhas (LAURETANI, 2003). Para realizar
o teste, utiliza-se o dinamômetro Jamar® e o paciente deve estar sentado com ombro aduzido e
neutramente rodado, com cotovelo flexionado a 90°, antebraço em posição neutra e o punho
entre 0° e 30° de extensão e 0° a 15° de desvio ulnar. O resultado é a média de três medidas
realizadas no membro dominante com intervalo de 60s entre cada medida (MOREIRA,2003).
Os escores normais não apresentam consenso na literatura, porém, segundo o Foundation for
the National Institutes of Health (FNIH), pode-se utilizar como parâmetro de força normal
acima de 16kg para mulheres e acima de 26 kg para homens (DAM,2014).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
tempo para não confundir ou sobrecarregar o paciente. Esses indivíduos geralmente têm vários
problemas de saúde e podem consultar vários especialistas, os quais fazem sugestões, ajustam
medicamentos e agendam o paciente para consultas de acompanhamento (PHELAN et al.,
2015) (WOOLCOTT et al., 2009).
Os profissionais de saúde devem explorar as percepções dos idosos sobre as causas de
suas quedas e propor mudanças para reduzir o risco de novos episódios. As abordagens
facilitadoras incluem a apresentação das informações sobre a possibilidade de evitar quedas,
oferecendo escolhas, personalizando opções e focando em estratégias na melhoria da qualidade
de vida(MOYER, 2012). A educação em saúde é um instrumento importante dessa forma de
intervenção, a qual deve ser utilizada em todas as outras, esclarecendo a importância da
atividade física, do controle nutricional, dos fatores de risco para queda, das alterações na sua
residência e das mudanças de hábitos (SHERRINGTON et al., 2008).A validade preditiva das
ferramentas de avaliação de risco de queda atualmente utilizadas para idosos não é suficiente,
uma vez que as evidências mostram que o uso de uma grande variedade de ferramentas de
avaliação de risco de queda em idosos não prevê quedas precoces com precisão suficiente
(PARK, 2018).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
4 - CONCLUSÃO
Com base no que foi exposto, a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) está relacionada,
normalmente, com a melhoria da vitalidade durante os períodos gerontológicos, os quais
agregam-se às síndromes clínicas geriátricas advindas da senescência. Além disso, notou-se que
dentre os diversos sintomas que o paciente senescente pode apresentar, deve-se dar atenção
especial às quedas, isso porque elas apresentam alta incidência, mortalidade e morbidade.
Ademais, ferramentas adequadas para avaliar o risco de queda em idosos devem ser
identificadas e sua validade preditiva investigada, visto que a triagem para quedas começa na
anamnese, com a obtenção de informações históricas ou autorrelatadas sobre equilíbrio, forças
dos membros inferiores e marcha. É de extrema importância, a realização de novos estudos para
promover uma compreensão mais adequada da AGA, visto que ela e outras ferramentas de
avaliação de risco de queda não são suficientes para prever com precisão as quedas senescentes,
o que representa um grande desafio para os profissionais da saúde.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
5 - REFERÊNCIAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 61
Steffany Daffila Moreira Silva, Fábio Henrique Julião dos Santos, Caroline
Oliveira de Andrade, Camila Coelho Andrade, Adelino de Sousa Parente,
William Pedretti e Juliana Tomaz Sganzerla
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A Odontologia Legal se insere como um ramo dentro da Medicina Legal ao qual deve
auxiliar em exames e identificar eventos lesivos a seres humanos através de características
dentárias e ou anatômicas da vítima1. Por conseguinte, a odontologia legal e suas relações com
o direito vem da regulação do exercício da prática da Perícia Oficial e é garantida pela Lei n°
12.030, onde relata que o profissional pode periciar em foro civil, criminal, trabalhista e em
sede administrativa assim como exercer a função de perito-odontólogo, quando se tratar de vias
de competência do Odontólogo2.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
corpo acometida pelas lesões corporais e possuindo um percentual de até 40%6. Desde uma
periodontite causada por trauma até a avulsão dentária as lesões do sistema mastigatório são
frequentes, e podem ter baixa ou alta gravidade7.
Diante disso, o objetivo desse trabalho foi verificar a incidência e a distribuição das
injúrias do sistema estomatognático relatadas nos laudos do Instituto Médico Legal de Palmas,
Tocantins no período de 1 janeiro de 2020 a 31 de dezembro 2020.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
MATERIAL E MÉTODOS
Delineamento do Estudo
Considerações Éticas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A amostra foi composta por laudos das vítimas de traumas na região do sistema
estomatognático, região de cabeça e pescoço, registrados no Instituto de Medicina Legal de
Palmas, TO 01 janeiro de 2020 a 31 de dezembro 2020.
Para a coleta dos dados demográficos (sexo, idade, cor da pele), etiológicos (lesão em
tecidos moles, fraturas, lesões dentárias, lesões por arma de fogo ou outras lesões), tipo de lesão
(contusa, punctória, incisa) instrumento (contundente, perfurante, cortante) objeto e localização
(mandíbula, maxila, zigomático, nasal, orbita, outros locais) e data de ocorrência (mês e ano)
foi utilizada uma ficha de coleta conforme o Apêndice 1.
RESULTADOS
Dos 2.837 laudos de lesão corporal analisados, 686 envolveram a região de cabeça e
pescoço, correspondendo a 24% do total de laudos emitidos pelo IML - Palmas no ano de 2020.
As lesões foram analisadas de acordo com a sua distribuição mensal tendo início no dia primeiro
de janeiro e término em trinta e um de dezembro.
Figura 1. Distribuição Mensal das Lesões Corporais registradas no Instituto Médico Legal do Município de
Palmas/TO no Ano 2020.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A distribuição das lesões corporais por turno de ocorrência também foi avaliada (Figura 2). No
turno da manhã das 06:00h às 11:59h as ocorrências totalizaram um percentual de 24% (N=
168), no turno da tarde das 12h às 17:59h cerca de 25% (N=172), o da noite das 18h às 23:59h
um total de 27% (185), e da madrugada 00:00h às 05:59h o valor de 18% (N=121).
Figura 2. Distribuição das Lesões Corporais por Turno de Ocorrência registradas no Instituto Médico Legal do
Município de Palmas/TO no Ano 2020.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Dos 686 laudos periciados 351 eram homens (51,09%) e 335 eram mulheres (48,76%).
A faixa etária mais afetada compreende o adulto de meia idade (31-64 anos) com cerca de
45.8% dos casos e em seguida o adulto jovem (21-30 anos) com 34.8 %. A faixa etária de menor
incidência foi a de idosos da 4a idade (> 81 anos) apresentando 0,1%. A cor da pele com maior
carga de lesão corporal foi a pardos 69.1% (N=474), seguido de brancos 15.7% (N=108) e
pretos 12,8% (N=88) (Tabela 1).
Tabela 1. Características Sociodemográficos das Vítimas de Lesão Corporal nos Laudos do Instituto Médico Legal
de Palmas/TO no ano 2020.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Figura 3. Quantidade de Instrumentos Utilizados nas Lesões Corporais registradas no Instituto Médico Legal do
Município de Palmas/TO no Ano 2020.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Figura 4. Frequência de Utilização por Tipo de Instrumento nas Lesões Corporais registradas no Instituto Médico
Legal do Município de Palmas/TO no Ano 2020.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A localização mais acometida em tecido mole na região da face foi o terço superior
24,4% (N=224), seguida o terço médio 37% (N=340), e por último o terço inferior 21,9 %
(N=201). Na região do pescoço, o trígono anterior do pescoço apresenta 9,7% (N= 89), o
trígono posterior do pescoço 6.6% (N=61).
Figura 5. Distribuição da Localização das Lesões Corporais envolvendo Tecido Mole registradas no Instituto
Médico Legal do Município de Palmas/TO no Ano 2020.
As regiões em tecido ósseo mais acometidas foram a frontal 15,4% (N=24), órbita
15,7% (N=55), nasal 11,1 % (N=39) e mandíbula 6,8% (N=24).
Figura 6. Distribuição da Localização das Lesões Corporais envolvendo Tecido Ósseo registradas no Instituto
Médico Legal do Município de Palmas/TO no Ano 2020.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Figura 7. Consequências das Lesões Corporais registradas no Instituto Médico Legal do Município de
Palmas/TO no Ano 2020.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
tecido ósseo (N=219), a região mais acometida foi a órbita (15,7%), seguida da frontal (15,4%)
e nasal (11,1%).
Tabela 2. Tipo e Localização das Lesões Corporais nos Laudos do Instituto Médico Legal de Palmas/TO no ano
2020.
No que diz respeito a características das lesões, os tipos de lesões foram divididos em 8
(oito) grupos, sendo contuso/lacerocontuso 83.4% (N= 572) a mais frequentemente descrita nos
laudos analisados, seguidas de cortocontuso 10.6% (N= 73), perfurocontuso 2,3% (N= 16),
inciso 1% (N= 7) e perfuroinciso 0.9% (N= 6) (Tabela 3).
A análise da etiologia das lesões demonstrou que a agressão física é a causa mais
comum, correspondendo por 85.6% (N= 587), seguida dos acidentes 7.6% (N= 52). Além disso,
as lesões envolvendo violência em 79,2% (N= 596) dos laudos analisados, sendo que 11.2%
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
(N= 84) envolveram lesão por arma branca, 1,6% (N=12) lesão por arma de fogo 1,6% (N= 12)
e 0,4% (N=3) lesão por queimadura. Em apenas 1 caso houve característica de tortura (0,1%).
Tabela 3. Características e Etiologia das Lesões Corporais nos Laudos do Instituto Médico Legal de
Palmas/TO no ano 2020.
DISCUSSÃO
Lesões e trauma que envolvem a integridade humana são problemas de saúde pública
que devem ser tratados e prevenidos. Estudos epidemiológicos são de grande importância e
relevância social, pois permite o desenvolvimento de estratégias de saúde e segurança pública.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Ao total de 2.837 laudos de lesão corporal foram analisados nesse estudo 686
envolveram a região de cabeça e pescoço, tal fato corresponde a 24% do total de laudos emitidos
pelo IML- Palmas no ano de 2020. O que é compatível com outro estudo realizado no IML da
cidade de Taubaté-SP em janeiro de 2005 a dezembro 2007, com base em 12.184 laudos onde
23,81% apresentavam envolvimento com a região da cabeça e pescoço14.
É importante notar que março é o mês com a maior incidência de lesões corporais
afetando a região da cabeça e pescoço em 2020. No mesmo mês, as Nações Unidas anunciaram
a pandemia de COVID-19, que mudou e sensibilizou significativamente a vida das pessoas15.
De acordo com às evidências científicas, as autoridades estaduais insistiram na mudança de
hábitos, especialmente o distanciamento social e o isolamento16,17. Esse fato pode ter sido
crucial para a redução de casos nos meses seguintes.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Quando analisada a faixa etária, a mais afetada é a dos adultos de meia idade (31-64
anos) com cerca de 45.8%, isso pode se justificar por estarem em uma fase de maior atividade
produtiva, consumo de maior quantidade de bebida alcoólica e exposição a ambientes de
maiores riscos28. Nosso estudo divergiu de outros que analisaram essa mesma variável, onde
notou-se que a idade mais acometida no IML de Cascavel - PR foi entre 15 a 29 anos18, no IML
de Taubaté – SP de 16 – 24 anos14, no IML São Luís – MA de 20 a 29 anos24, no IML Maceió
– AL dos 18 a 45 anos22, no IML Belo Horizonte – MG de 20 a 39 anos29 e no IML Aracaju -
SE de 21 a 30 anos19. Essa disparidade possivelmente está associada a forma de categorização
da variável analisada. Optamos por dividir as faixas etárias pelos ciclos de vida classificados
pela Organização Mundial da Saúde.
É importante observar, que o presente estudo mostrou a cor parda 69.1% (478) com a
maior prevalência nos laudos analisados no IML Palmas - TO e em seguida a branca 15,7%
(N=108), o que reflete a cor autodeclarada no estado, segundo dados do IBGE30.
As vítimas com o nível de escolaridade com maior prevalência de eventos lesivos são
as que possuem o ensino médio completo com taxa de 21% (N= 144), e ensino fundamental
incompleto 17,5%. Essa taxa está diretamente relacionada à evasão escolar, onde quanto menor
evasão escolar e maior a escolaridade do indivíduo, menor a chance da pessoa cometer, receber
atos violentos e ir para a cadeia. De acordo com dados estatísticos, a educação permite a redução
de 20% das taxas de homicídios e de prisões por lesões corporais31.
A agressão física é a causa mais comum, respondendo por 85.6% (N= 587), que
confirma os resultados de Campos e colaboradores (2016), no IML de São Luís – MA, onde
73,4% dos casos registrados também tinham como fator etiológico a agressão26 e no IML
Aracaju – SE, onde 87,9% das lesões também decorreram de agressão19.
É de grande valor o exame odonto legal para a vítima pois a tipificação é muito
importante, pois se o dano for corretamente classificado, a vítima pode ter direito à justa
indenização e fazer com que o agressor responda adequadamente pelo crime cometido. O laudo
de exame de lesão corporal é geralmente o ponto de partida para uma ação civil de reparação
de dano. Ressalta-se que é necessário ter em mente que os dentes desempenham inúmeras
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
funções, sendo estas, mastigatória, estética, fonética e social, para que se possa qualificá-las
corretamente, sendo também de suma importância analisar corretamente as fraturas e
disjunções crânio-faciais que podem causar um dano direto, indireto, mediato ou imediato e
descrever os danos que serão temporários e os que serão permanentes32. Mesmo que seja feita
uma reabilitação protética, é importante que se fique claro, que um dente artificial ou mesmo
desvitalizado nunca será igual a um dente natural, isso faz com que o dano não seja totalmente
reparado e dependendo do laudo do odontolegista a classificação da traumatologia pode alterar
de leve para gravíssima.8,32.
Uma outra observação importante a ser feita dos 686 laudos que continham traumas na
região estomatognática, é o fato de que nenhum desses laudos terem sido encaminhados ao
odontolegista. Isso demonstra que há muita demanda para essa seção da odontologia legal e
apesar de ser nossa área de competência legal os laudos não foram requisitados para o
odontolegista e aponta o quanto esse serviço está sendo subutilizado e os laudos estão sendo
subjugados. Sendo que a equipe deveria agir de forma multiprofissional, visto que essas lesões
corporais que envolvem a região da cabeça e do pescoço devem passar pela avaliação médica
e pela avaliação do odontologelista por que é o profissional mais capacitado para avaliar os
danos mastigatórios, fonéticos e estéticos que podem acometer as vítimas e avaliar a gravidade
das lesões. O que pode estar acontecendo é que o serviço está sendo desfavorecido por falta de
informação dos delegados que não estão requisitando os exames para a sessão ou internamente
no próprio Instituto Médico Legal de Palmas – TO os laudos não estão sendo encaminhado para
a seção.
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Além do mais, conclui-se que apesar de 24% (N=686) dos laudos apresentarem lesões
no sistema estamotagnático que é a região de competência legal do odontolegista, nenhum
foram requisitados para esse exame específico com o odontolegista e isso demonstra que o
serviço está sendo subutilizado no IML de Palmas - TO.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 62
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
empresa. Trabalhadores com baixa saúde podem ser menos produtivos, apresentar menor
capacidade de decisão e estão mais predispostos ao absenteísmo (DANNA; GRIFFIN, 1999).
Por sua vez o policiai militar representa uma classe de trabalhador diferenciado, por conta de
vários fatores que influenciam o exercício da sua profissão, dentre os quais podem ser
destacados a convivência com a violência e o risco de morte, a carga e condições de trabalho
e o estresse (GOMES et al., 2016). Por tudo isso, bons níveis de aptidão física são necessários
para o desempenho do serviço policial militar, no cumprimento do dever constitucional de
preservar a ordem pública e executar o policiamento ostensivo.
Tendo em vista, o policial militar desempenhar funções muito importantes na área de
segurança pública de acordo com a nossa constituição federal. A manutenção da ordem
pública através do policiamento ostensivo é a principal delas. Para tanto, faz necessário a
atuação diurna de modo preventivo para manter a ordem e também de modo repressivo na
restauração da mesma, nas ruas de todo o país (BRASIL, 1988).
Por ser um tipo de trabalho dinâmico e de diferentes processos para executar esse,
como: a pé, a cavalo, em bicicleta, motorizado (carro, moto, van, ônibus), em embarcação,
aéreo etc, e por muitas vezes durante a jornada de trabalho o PM tem que sentar e levantar do
banco da viatura, caminhar, correr e sempre com aumento da sobrecarga que são as armas,
colete e acessórios (algemas, bastão policial etc.) sem contar com a grande jornada de
trabalho de 24h por dia, fazendo com que precise fazer uso exaustivo da força (ARAÚJO;
SANCHEZ, 2017).
Tudo isso faz com que exista uma grande atenção para baixos níveis de aptidão física,
pois acontecendo isso, o exercício da sua função pode ficar limitado, porque além de
aumentar o estresse, diminuir a sensação de bem-estar e pode influenciar de maneira
significativa na sua capacidade de decisão (DANNA; GRIFFIN, 1999). Sendo assim, é
primordial a pesquisa desse tema para poder conhecer e avaliar o nível de atividade física dos
policiais militares, para poder promover e transformar um estilo de vida sedentário em
saudável.
O presente estudo busca descrever através de questionário sociodemográfico e de
atividade física quais as características e/ou estilo de vida dos policiais militares na cidade de
Santa Rita, Paraíba e verificar se eles possuem um estilo de vida ativo e se não, quais são as
barreiras ou dificuldades que impossibilitam a realização de atividades físicas (AF) e a partir
do conhecimento dessas, construir alternativas com programas de atividades físicas que possa
mudar o estilo de vida e consequentemente aumentar o nível de aptidão física desses
profissionais de segurança pública.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Com isso contribuiremos com um saudável estilo de vida para esses profissionais que
por suas características de trabalho necessitam se manter com uma boa aptidão física para
realizar as suas atividades diárias.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Masculino 50 100
Entre 23 e 30 anos 07 14
Entre 31 e 40 anos 29 58
Entre 41 e 50 anos 11 22
Entre 51 a 55 anos 3 6
Total 50 100
Fonte: Autores, 2021.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
corresponde a 29 dos participantes, obtendo o percentual de (58%). Foi visto também que,
respectivamente, 7 dos sujeitos estava entre os 23 e 30 anos (14%), 11 sujeitos estava entre 41
e 50 anos (22%) e 3 sujeitos entre 51 a 55 anos, que equivale a (6%).
Estado Civil
2%
10%
22%
66%
O gráfico 1 apresenta o estado civil, onde o maior percentual é dos sujeitos casados
(n=33) obtendo 66%, seguido dos solteiros (n=11) que é de 22%, com união estável (n=5)
10% e divorciado (n=1) apenas 2% dos entrevistados.
Fundamental completo 02 04
Ensino médio completo 26 52
Ensino superior incompleto 10 20
Ensino superior completo 11 22
Pós-Graduação 01 02
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Total 50 100
Fonte: Autores, 2021.
A tabela 1 nos revela que a maioria dos entrevistados (96% dos participantes) possuem
ensino médio completo até o nível de pós-graduação, apresentando um bom índice de
escolaridade. Entre estes, 52% dos participantes possuem ensino médio completo (n=26),
quanto aos que possuem ensino superior incompleto 20% (n=10), e aos que possuem ensino
superior completo correspondem a 22% dos sujeitos (n=11) e por último os sujeitos que
possuem pós-graduação o total foi de 2% (n=1). Apenas 4% dos participantes (n=02) possuem
apenas o ensino fundamental completo.
Tabela 2. Demonstrativo quanto ao tempo na corporação e quanto tempo de serviço operacional (nas ruas).
(n) (%)
11-20 anos 14 28
21-30 anos 10 20
Mais de 30 anos 02 04
21-30 anos 06 12
Total 50 100
Fonte: Autores, 2021.
Os dados da tabela acima, retratam que o maior percentual dos sujeitos pesquisados
está entre 2 a 10 anos de tempo de corporação, que é de 48% o total. Seguindo de 28% que
estão entre 11 a 20 anos, depois vem os sujeitos entre 21 a 30 anos que são responsáveis por
20% dos pesquisados e por fim 4% que estão há mais de 30 anos. Já em relação ao tempo de
serviço operacional, que diz respeito ao pessoal que está no combate diretamente da
criminalidade, ou seja, nas ruas, os números são os seguintes: 62% dos pesquisados estão
entre 1 a 10 anos, 26% estão entre 11 a 20 e por último, 12% estão entre 21 a 30 anos de
serviço operacional.
Em relação ao tipo de transporte que os policiais pesquisados usam para trabalhar, a
grande maioria usa viatura do tipo carro que são 96% e 4% usam motocicleta. Sobre a carga
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
horária de trabalho dos mesmos, foi visto que a maior parte dos participantes, ou seja 86%
trabalham 24h (1 dia) e folgam 72h (3 dias), 3 (6%) trabalham 6h por 18h de folga, 2 (4%)
trabalham 12h por 12h de folga e por último 2 (4%) trabalham 12h por 36h de folga.
A categoria satisfação no trabalho e/ou função policial mostra se existe entre os
pesquisados algum insatisfeito com o trabalho e/ou função que o mesmo desenvolve em suas
rotinas laborais, conforme o quadro 2.
CATEGORIA
CÓDIGOS N %
Satisfeito 47 94
SATISFAÇÃO OU NÃO NO
TRABALHO POLICIAL Não satisfeito 1 2
Em parte 2 4
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
desempenhadas:
[...]Principalmente por causa do regimento interno da corporação (leis especificas), que
oprime o militar[...] (Suj. 38 ).
Dentre os pesquisados sobre o aspecto acima, 38 sujeitos que equivale a 76% dos
participantes, disseram “não ter nenhum problema ou barreira que dificulte a prática de
atividade física”, já 12 sujeitos (o equivalente a 24%) disseram que apresentam algum
problema que dificulte e/ou impossibilite a prática das atividades. O quadro 3 apresenta as
possíveis barreiras relatadas pelos 12 sujeitos que citaram alguma barreira.
CATEGORIA CÓDIGO
N %
Trabalho extra 3 25
Horário de trabalho 1 8,3
Possíveis Barreiras que
venha dificultar ou Cuidar dos filhos e/ou tarefas 3 25
impossibilitar a prática de
atividade física por parte dos domésticas
policiais militares Problemas físicos (dores joelhos, 4 33,4
coluna)
Falta de confiança nas academias 1 8,3
Total 12 100
Fonte: Autores, 2021.
Tabela 3. Demonstrativo dos sujeitos quanto à prática de pelo menos 30 minutos de atividade física e a
periodicidade.
(n) (%)
Praticam AF 46 92
Não praticam AF 04 08
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Total 50 100
Fonte: Autores, 2021.
Podemos observar que a grande maioria dos sujeitos (92%) realiza algum tipo de
atividade física. Dentre as diversas atividades relatadas, as que tiveram maior adesão foram:
corrida, musculação, futebol, caminhada e exercícios funcionais. Outras práticas também
foram citadas, porém, com menos recorrência, são elas: bicicleta, natação, artes marciais
(boxe, boxe chinês, muai thay), basquete, remo e trabalhos domésticos. Em relação à
periodicidade dessas práticas observamos que a maior recorrência foi de 1-2 vezes por semana
com 36% dos pesquisados, seguido por 3 vezes por semana com 26%, depois 4 vezes por
semana com 14%, menos de 1 vez por semana com 12%, 5 vezes por semana ficou 6% e por
último com também 6% ficaram quem não faz nenhum exercício, esses dados são mostrados
no gráfico 2.
6%
12%
6%
14%
36%
26%
menos de 1 vez por semana 1-2 vezes por semana 3 vezes por semana
4 vezes por semana 5 vezes por semana 9 não faz exercicio
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Através da realização deste estudo foi possível constatar que a maioria dos sujeitos
pesquisados realizam e/ou mantem algum tipo de atividade física, contribuindo assim para um
estilo de vida saudável, consequentemente ajudando a prestar um melhor serviço de segurança
púbica para a sociedade. Portanto, para que a missão policial seja exitosa, é crucial uma boa
aptidão física, tendo em vista, várias situações do dia a dia policial como: abordagem em
pessoas, em veículos, em edificações, levantar; carregar; correr; empurrar, perseguir suspeitos
em pequenas ou grandes distancias, deter suspeitos; controlar suspeito; conduzir; imobilizar
pessoas.
É importante que estejam sempre bem condicionados fisicamente para resolver as
mais diversas situações de para a manutenção da segurança social, porque caso contrário
deixam de cumprir o papel reservado a eles, na constituição federal, que é a preservação da
ordem pública e da garantia da integridade física das pessoas, como salvar vidas de outrem,
mesmo com o risco da sua própria.
Para futuros estudos, seria relevante incluir diferentes regimentos e batalhões e
também a inclusão de comparativos entre os sexos masculino e feminino, assim como
diferentes instrumentos de coletas de dado como outros questionários e também o uso de
entrevistas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Página 680
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 681
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 63
Carla Graciete Lima dos Santos; Alessandra Haddad Delfini; Danielly Silva de
Souza; Rafaella Rios Monteiro Colombo; Suely Nazareth Almeida Ferreira
Duarte; Thaicy Bruning Vieira.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem início com as considerações do médico infectologista Estevão Portela
Nunes1 da Fundação Fiocruz, “[...] a respeito do vírus chamado de 2019-n-CoV, que provocou
uma infecção pelo novo coronavírus recebendo o nome oficial de Covid-19, em 11 de fevereiro:
um acrônimo do termo “doença por coronavírus" em inglês (coronavírus deceased 2019).
Os coronavírus são uma grande família de vírus que podem causar doenças respiratórias
em humanos, variando de resfriados comuns a condições mais graves, como a Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).
O 'novo coronavírus' é uma cepa dessa família de vírus que até então não tinha sido
identificada. Ele foi recentemente nomeado de SARS-CoV-2 pela Organização Mundial da
Saúde (OMS). A doença que ele causa foi denominada "doença de coronavírus 2019" (ou
"covid-19").
As palavras de Estevão Portela Nunes foram: “Estamos assistindo à ciência em
formação. As coisas mudam a cada dia: não só os números da epidemia, mas todos os aspectos.
Tudo é muito novo para todos nós” (FIOCRUZ, 2020).
Este coronavírus pode se espalhar de pessoa para pessoa por meio do contato direto com
pacientes infectados ou por gotículas respiratórias dispersas no ar quando alguém com o vírus
tosse ou espirra no mesmo ambiente em que outras pessoas se encontram. Também é possível
se infectar tocando superfícies ou objetos contaminados com o vírus e, logo em seguida, levar
as mãos aos olhos, boca ou nariz (FIOCRUZ, 2020).
Foi necessário adaptação da sociedade em geral com relação à tecnologia, tendo em
vista que as maiores partes das atividades escolares, empresariais e comerciais se estabeleceram
de maneira remota, devido ao isolamento social. Com os idosos, não foi diferente, aqueles que
ainda estão ativos no mercado de trabalho, passaram pelo processo de adaptação de uma nova
rotina e, esse processo adaptativo foi identificado devido a necessidade de buscar novas
maneiras de se comunicar e se relacionar com clientes, familiares e amigos, trazendo novas
aprendizagens para a terceira idade (FIOCRUZ, 2020).
Para Menezes (2020), a pandemia reforçou isso, ou seja, estamos no chamado mundo
híbrido, com forte tendência de aumento das conexões virtuais em todas as faixas etárias e em
todos os segmentos possíveis e imagináveis pelos próximos anos. O autor acredita que
1
Possui graduação em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993), mestrado em Medicina (Doenças
Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001) e doutorado em Medicina (Doenças Infecciosas
e Parasitárias) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2009). Atualmente é tecnologista da Fundação Oswaldo Cruz.,
atuando principalmente nos seguintes temas: hiv, lopinavir/ritonavir, monotherapy, ARV resistance, aids, hivtreatment, IRIS,
hepatitis.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
idade, também chamada como ageísmo2 ou idadismo3, desde 1969, se refere à discriminação
sofrida por uma pessoa devido à sua idade avançada.
O termo foi batizado por Butler4 (1969), temos o preconceito em função da idade, como
crença que o idoso não contribui para a sociedade, que é inútil, desnecessário ou invisível; estes
são comparados a crianças (infantilização) ou considerados como ranzinzas, ousados ou sábios
(generalização e simplificação que trazem estigmas, preconceitos e violência social.
Em relação aos idosos existe dois momentos distintos para considerar, sendo assim
vamos expor essas situações. No primeiro momento, vamos nos referir a solidão que foi
evidenciada dentro da terceira idade. Em 2020, se desencadeou a pandemia como efeito e o
isolamento social como medida de proteção. Este isolamento gerou outros problemas de saúde,
não previstos, como na saúde mental dos idosos.
Como medida de proteção, foi recomendado que as famílias protegessem seus idosos,
isolando-os de possíveis pessoas que pudessem contaminá-los, o que incluiu a família, amigos,
deixando-os mais propensos à solidão.
O excesso de informações retratado pela mídia, ao se referir às altas taxas de
mortalidade, principalmente em idosos, causou o aumento de situações de estresse, ansiedade,
o medo de contrair a doença, alterações do sono, alimentação, alterações na saúde mental e as
condições gerais de saúde.
A solidão do idoso como tema, pouco foi estudado, faz-se necessários mais pesquisas
sobre esta temática, pois percebemos o impacto que esse isolamento ocasionou a saúde mental,
bem como a independência e autonomia desses idosos.
Hammerschmidt e Santana (2020), observam que o distanciamento social, determinado
como medida para evitar a propagação da COVID-19, poderia ter sido discutido em âmbito
político-ministerial com apoio da gerontologia, visando minimizar seus efeitos nos hábitos
rotineiros dos idosos; evitando o isolamento social considerado como síndrome geriátrica; e os
medos que envolvem o morrer.
Segundo Canali e Scortagagna (2021) as medidas de proteção ao Covid devem
considerar que a rotina e tarefas regulares dos idosos sejam mantidas, sempre que possível, e
que novas rotinas possam ser criadas. Sempre pensando em demonstrar empatia e reduzir o
estigma desta população, proporcionando melhor qualidade de vida para enfrentar a pandemia
e o período pós-pandemia.
2 Ageísmo - é o processo de criar estereótipos ou discriminar uma pessoa ou grupos de pessoas pela idade.
3 Idadismo - é o mesmo que Ageísmo.
4 Robert Neil Butler, médico, gerontologista e psiquiatra norte-americano.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
7
Integrar Gerações - Espaço de aprendizado de tecnologia para o público sênior e mentorias para empreendedores
desenvolverem negócios direcionados a Economia Prateada. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
8
Marcos Castrioto de Azambuja - embaixador do Brasil na França e na Argentina, Secretário-Geral do Itamaraty, Coordenador
da Conferência Rio 92 e Chefe da Delegação do Brasil para Assuntos de Desarmamento e Direitos Humanos.
9 USP – Universidade de São Paulo. Número Internacional Normalizado para USP – Universidade de São Paulo. Número
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Neuroplasticidade do idoso
A Plasticidade neural é a capacidade de mudanças de conexões entre os neurônios. Isso
ocorre durante toda a vida do ser humano, o que permite a aprendizagem em todas as etapas da
vida, inclusive para os idosos. Segundo Ferreira et al (2019), indica também a possibilidade de
reestruturação e modificação de comportamentos e atitudes por meio das vivências de
atividades psicomotoras.
A neuroplasticidade entre suas diversas definições pode ser a capacidade de adaptação
do sistema nervoso, especialmente a dos neurônios, às mudanças nas condições do ambiente
que ocorrem na vida dos indivíduos. Essa reorganização neural pode ser influenciada pela
experiência, comportamento, prática de tarefas e em resposta a lesões cerebrais (FERREIRA et
al, 2019).
De acordo com Ferreira et al (2019) ocorre um consenso na literatura sobre a
plasticidade cerebral que o aprendizado de determinada atividade ou a somente prática dela,
desde que não seja a simples repetição de movimentos, induz mudanças plásticas e dinâmicas
no sistema nervoso central (SNC).
Os neurônios são células que por meio de estímulos múltiplos fazem comunicações com
outros neurônios – transmitindo pela sinapse a troca de informações. A plasticidade neural pode
ser definida como novas maneiras e novas ligações que os neurônios passam a possuir por meio
das atividades aprendidas e realizadas no cotidiano (FERREIRA et al, 2019).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Na terceira idade, a não estimulação do cérebro pode fazer com que as conexões neurais
se enfraqueçam, porém, alguns estudos apontam que o cérebro de um indivíduo idoso, mesmo
após algum trauma, retém a capacidade de plasticidade neural. Por isso, o estímulo neural com
os idosos é fundamental, pois com atividades que motivam o cognitivo, é possível criar novas
aprendizagens, novos desafios e momentos de lazer, podendo até aumentar a plasticidade neural
compensatória (BORELLA e SACCHELLI, 2008).
Percebe-se, assim, a necessidade de que sejam feitos estímulos para que as conexões
neurais já estabelecidas permaneçam e para que novas conexões possam ser feitas. Pessoas que
estão na terceira idade são acometidas de perdas significativas de suas competências neurais,
contudo, considerando o fenômeno da plasticidade neural, quando exposto a determinados
estímulos, o cérebro se torna capaz de regenerar, ou ainda, criar determinadas conexões
sinápticas previamente perdidas. Para tanto, as atividades voltadas a esse propósito podem
estabelecer condições para que haja melhora na qualidade de vida dos idosos (BORELLA e
SACCHELLI, 2008).
CONCLUSÃO
Concluímos que antes da pandemia os idosos tinham liberdade de ir e vir, tinham
autonomia para realizar seus planejamentos e traçar suas metas diárias; no entanto a pandemia
ocasionou um grande impacto, bastante significativo para a terceira e quarta idade, fazendo com
que eles ficassem em casa, provocando o afastamento do meio social e da própria família.
É compreensível que o afastamento social e a perda da autonomia dos idosos,
comprometeu em muito, suas vidas. Esse fato veio contribuir para o aumento de doenças nessa
faixa etária (acidentes vasculares, a depressão, as doenças crônicas e cardíacas). Devido a idade
e as dificuldades apresentadas pelos idosos, vieram as implicações da submissão e os cuidados
exacerbados da família, colocando-os em situações de infantilização.
A quantidade de informações difundidas pelas mídias, acarretaram o aumento de
situações de estresse, ansiedade, o medo de contrair o vírus; gerando alterações do sono, na
alimentação, na saúde mental e nas condições gerais de saúde. Além disso, observou-se um
impacto negativo devido às oportunidades produzidas pelos golpistas em todo o país, tornando
os idosos vítimas vulneráveis em situações adversas. Sendo assim, as famílias e responsáveis
passaram a ter mais prudência com os idosos e seus benefícios, houve a necessidade de
prevenção para futuros golpes, que nesta ocasião se tornaram ainda mais proeminentes.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O cuidado durante o isolamento foi indispensável para a saúde mental do idoso, a família
e\ou responsáveis estiveram atentos aos exames de rotina e cuidado na prática de atividades
físicas de maneira segura e saudável.
Em contrapartida, um aspecto positivo foi o fenômeno da neuroplasticidade que auferiu
um novo olhar para o período pandêmico, perante as dificuldades os idosos precisaram se
adaptar ao momento, se organizarem para instruir-se com as novas tecnologias, novas
aprendizagens para reorganizarem seus pensamentos e ações.
A utilização de aparelhos eletrônicos, tabletes e celulares proporcionaram ajuda e acesso
a novas informações on-line, trouxeram muitos benefícios positivos como trabalho em home-
office para aqueles que estavam na ativa e como forma de aliviar a solidão, para que não se
sentissem tão sozinhos ou abandonados, dessa forma houve uma grande contribuição para
elevar a autoestima de muitos idosos, muitos deles não se achavam capazes de aprender com as
tecnologias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SITES PESQUISADOS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 64
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A Síndrome de Ardência Bucal (SAB) é definida como uma dor do tipo queimação, de
intensidade moderada a severa, localizada bilateralmente e que envolve a parte anterior da
língua. Na maioria dos casos acomete os lábios, palato e faringe (Associação Nacional para
Estudos da Dor).
O grande desafio está em diagnosticar a doença, visto que não há evidências de lesões
nas mucosas, sinais clínicos de doença ou anormalidades laboratoriais que justifique sua
sintomatologia. Estes desafios levam a frustração para os pacientes e dificuldades para dentistas.
As intervenções são muitas vezes realizadas sem um diagnóstico, conhecimento prático da
condição subjacente ou conhecimento das melhores estratégias de gestão para este tipo de
sindrome (MUBEEN & NEERA OHRI 2011; KLASSER et al., 2011).
A prevalência na população em geral varia entre 0,7% a 4,6%, sendo sete vezes mais
comum em mulheres do que em homens (RODRIGUES et al., 2011; SCARDINA et al., 2010).
Essa síndrome pode afetar qualquer faixa etária, entretanto a faixa etária mais prevalente é a de
pacientes entre 27 a 87 anos de idade (GURVITS & TAN 2013). A média ocorre na idade de
61 anos, representando até um terço das mulheres na pós-menopausa (BUCHANAN &
ZAKRZEWSKA 2010). Poucos estudos têm mencionado a presença de SAB em pessoas mais
jovens, o que indica o aumento da prevalência com a idade (NAKAZONE et al., 2009).
A demanda por qualidade máxima do cuidado em saúde, combinada com a necessidade
de habilidade e conhecimentos exatos do cirurgião Dentista, tem contribuído para aumentar a
pressão sobre os profissionais da área, no sentido de assegurar a implementação de uma prática
baseada em evidencias cientificas. A SAB é uma doença complexa e permanece largamente
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
enigmática (MALIK et al, 2012), apresenta um difícil diagnostico para os dentistas pela
inconsistência e etiologia indefinida e mal compreendida (ABETZ & SAVAGE 2009).
Os critérios de diagnóstico não são suficientemente definidos, fazer um diagnóstico e
propor um tratamento é um desafio na pratica clinica pela falta de domínio do assunto. Partindo
desse pressuposto, essa revisão sistemática da literatura pretende propor, um auxílio ao
Cirurgião Dentista quanto as melhores evidencias científicas das características clinicas,
etiológicas e de condutas terapêuticas frente à SAB.
METODOLOGIA
Para conduzir a Revisão Sistemática da Literatura, foi realizada uma pesquisa criteriosa
nas bases de dados LILACS (29), BIREME (25), PUB MED (117), aplicando os seguintes
termos de busca: Burning mouth syndrome, Sindrome de boca ardiente, Síndrome da boca
ardente, síndrome da boca em queimação, Sindrome da ardência bucal e patologia bucal.
Foram incluídos artigos que apresentavam qualidade metodológica, que possuíam
validade externa e apresentavam pouco ou nenhum viés. Foram excluídos os artigos que
apresentavam ‘’Overlypem’’ ou seja, quando o mesmo autor publicou a mesma pesquisa em
mais de uma base de dados. Trabalhos encontrados foram categorizados em: estudos
transversais, de caso controle, de Coorte, revisão de literatura, revisão sistemática da literatura,
estudos de casos e série de casos, para melhor tabulação dos achados científicos
Devido a heterogenicidade dos artigos publicados na literatura não foi possível realizar
metanálise, entretanto para tabular os aspectos clínicos, etiológicos e terapêuticos da SAB nos
122 estudos científicos foram aplicados métodos estatísticos descritivos e inferenciais. As
citações foram codificadas sob a forma de variáveis dicotômicas, as quais foram apresentadas
por distribuições de frequências absolutas e relativas e tiveram sua distribuição avaliada pelo
teste do Qui-quadrado. Foi previamente fixado o nível de significância alfa = 0.05 para rejeição
da hipótese de nulidade. Todo o processamento estatístico foi realizado no software Bio-Estat
versão 5.3.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O diagnóstico da SAB tem sido um desafio por não serem suficientemente definidos ou
universalmente aceitos, havendo quadros clínicos variáveis, sendo necessário um diagnostico
de exclusão, baseado em características clinicas, iniciando com historia de queixas de sensação
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
de queimação oral, saber se os sintomas ocorrem continuamente durante meses ou anos, sem
período de suspensão ou remissão.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
4.2 GÊNERO
Dos 122 artigos pesquisados foram observados um total de 3.111 pessoas analisadas;
destas 2.431 eram do sexo feminino e 680 do sexo masculino O teste Qui-quadrado (p-valor
<0.0001*), altamente significante, apontou tendência para o sexo feminino apresentando
(78,1%), com uma proporção de aproximadamente de 3,5 vezes maior em mulheres (gráfico 2).
Grande parte dos autores defendem que a SAB afeta principalmente mulheres por estar
associada aos hormônios sexuais feminino.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Página 697
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
mais afetados (LÓPEZ-JORNET et al., apud MONTANDON et al., 2011). Sendo menos
frequente no assoalho da boca e orofaringe.
A disgeusia, que significa uma alteração do paladar, é percebida pelos pacientes com
SAB como gosto amargo ou metálico (TORGERSON, 2010) ou pela diminuição da função
gustativa (JUST et al. 2010; PASTANA et al., 2013).
São inúmeros os fatores que podem estar relacionados à secura bucal, bem como lesão
do nervos que inervam as glândulas salivares, e a utilização de medicamentos para tratamento
de doenças sistêmicas, e que podem justificar a xerostomia nesses indivíduos (MONTANDON
et al., 2011), considerando que a síndrome é de causa multifatorial.
Gráfico 3. Ocorrências das Condições locais em pacientes com SAB citados entre 58 estudos que apresentavam
aspectos clínicos.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Gráfico 4. Ocorrências de problemas psicológicos em pacientes com SAB citados entre 58 estudos que
apresentavam aspectos clínicos.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Gráfico 5. Ocorrência de condiçoes sistemicas de pacientes com SAB citados entre 58 estudos que apresentaram
aspectos clínicos.
A dificuldade do sono pode ser associada a manifestações dolorosas, como no caso dos
pacientes com dor crônica, pelo aumento no número de despertares durante a noite.
Gráfico 6. Ocorrência de Aspectos clínicos sem subdivisao em pacientes com SAB citados em 58 estudos
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
representam 4,2% cada, essas condições locais merecem destaque apesar de serem apresentadas
nos estudos com menos ênfase (Gráfico 7).
Gráfico 7. Ocorrências das Condições locais em pacientes com SAB citados entre 67 estudos que apresentavam
etiologia.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
de estresse e a diversos fatores causais como, dentre outros, a ansiedade, raiva, medo,
frustrações, depressão, distúrbios do sono e dor cônica (NASRI et al., apud SCARABELOT et
al. 2011).
Gráfico 8. Ocorrências de problemas psicológicos em pacientes com SAB citados entre 67 estudos que
apresentaram etiologia.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Grafico 9. Ocorrências de condições hormonais em pacientes com SAB citados entre 67 estudos que
apresentaram etiologia.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Para Dahiya et al. (2013), a alta taxa de incidência em mulheres de meia idade indica
claramente a sua associação com os hormônios sexuais femininos. Sanz et al (2011) afirmam
em estudo que a redução relacionada com a idade nos níveis de estrogênio e progesterona
favorece a secura das membranas das mucosas e que a menopausa é associada a um aumento
no risco de desenvolver BMS.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Gráfico 10. Ocorrências de condições sistêmicas em pacientes com SAB citados entre 67 estudos que
apresentaram etiologia.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Gráfico 11. Ocorrências da etiologia sem subdivisão em pacientes com SAB citados em 67 estudos.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Gráfico 12. Ocorrências de conduta clínica não medicamentosa em pacientes com SAB citados entre 83 estudos
que apresentaram conduta clinica e/ou tratamento.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Gráfico 13. Ocorrências de conduta clínica medicamentosa em pacientes com SAB citados entre 83 estudos que
apresentaram conduta clinica e/ou tratamento.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
De maneira geral, a Conduta clinica e/ou tratamento da SAB incluindo, condições não
medicamentosas e medicamentosas apontaram as mesmas condições quando realizados de
formas individuais porem com percentuais diferentes: Ansiolíticos (20,1%), antidepressivos
(19%) analgésicos (12,7%), terapia cognitiva comportamental (11,1%), antioxidante (9,5%)
(Gráfico 14).
Gráfico 14. Ocorrências de conduta clinica e/ou tratamento sem subdivisão em pacientes com SAB citados em
83 estudos.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
As evidências apresentadas nesta revisão sistemática, relacionadas a SAB concluem que
o perfil dos pacientes correspondem principalmente a mulheres com proporção de 3,5 vezes
mais frequentes que em homens. A média de idade aproximada é de 64,5 anos, entre a faixa
etária de 60 a 69 anos, sendo raro abaixo dos 40 anos. Os aspectos clinicos de forte associação
presentes, são característicos de perturbações nervosas trigeminais (dor na cavidade oral,
sensação de queimação, disgeusia e xerostomia) as causas associadas a esta síndrome
apontaram as condições de ansiedade, alteração hormonal, depressão, fatores psicológicos não
Página 713
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 65
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
Conforme Silva (2020, p.2), pode-se considerar a Covid-19 como “a primeira nova
doença relacionada ao trabalho a ser descrita nesta década, mostrando a importância prática do
controle das infecções nos ambientes de trabalho” para proteção de todos os grupos, em
especial, dos envolvidos no cuidado e assistência à população usuária dos serviços de saúde.
Dentre tantos profissionais empenhados nessa função, esta pesquisa voltou-se à atividade de
maqueiros, em especial os trabalhadores do Hospital Municipal Pedro I, considerado o atual
centro de tratamento e assistência aos infectados pela Covid-19 da cidade de Campina Grande.
Os maqueiros - objeto de estudo desta investigação - são trabalhadores da área de saúde que
têm a função primordial de atender a pacientes em situação de emergência/urgência no serviço
hospitalar. Na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO, 2002), o maqueiro hospitalar ou
maqueiro de hospital insere-se no eixo de trabalhadores em serviços de promoção e de apoio à
saúde (BRASIL, 1990).
Assim, o objetivo desse estudo consistiu em investigar as estratégias defensivas
elaboradas por maqueiros para dar conta do seu trabalho em um Hospital Público em face da
pandemia da Covid-19. Como referencial teórico, adotou-se a abordagem Psicodinâmica do
Trabalho, desenvolvida na França, pelo psiquiatra francês, Christophe Dejours. Esta abordagem
evidencia a necessidade de apreender os afetos (sofrimento e prazer) e as defesas mobilizadas
pelo trabalho, além de se definir como análise psicodinâmica dos processos intersubjetivos
mobilizados pelas situações de trabalho (DEJOURS, 2011), no contexto da saúde mental e
trabalho.
Nessa perspectiva, entende-se que o trabalho como constituinte da identidade do sujeito,
também implica no enfrentamento de constrangimentos e situações que podem prejudicar a
saúde física e mental. Todavia, nem todos os riscos são visivelmente apresentados na situação
de trabalho de fato, ou seja, objetivamente inerentes à função. Porém, em dadas situações
macroestruturais e no encontro com o outro, há aspectos que são ocasionadores de malefícios
que permeiam o âmbito subjetivo e incidem diretamente no corpo e indiretamente sobre o
funcionamento psíquico. Logo, o trabalhador, no caso deste estudo, os maqueiros, lidam com
esse sofrimento utilizando-se de alguns recursos chamados de estratégias defensivas, que
podem ser tanto individuais, caracterizados pelos mecanismos operantes, interiorizados sem a
presença do outro; quanto coletivos, construídos mediante consenso entre, para e por um grupo
que depende de condições externas ao sujeito para atuar, além se constituir como meio de
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
resistir aos efeitos desestabilizadores e para lidar com as contradições advindas do trabalho,
somado a contribuírem para a coesão do coletivo de trabalho (DEJOURS, 2012).
MATERIAL E MÉTODO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Dito isto, destaca-se que o profissional maqueiro carrega consigo suas contrariedades e
necessita da cooperação de seus colegas de trabalho para manter suas defesas em estado de
funcionamento, no momento de ingresso e regresso ao trabalho. Assim, os maqueiros relatam
encontrar de maneira coletiva sentimentos de apoio, amparo e suporte oferecidos pelos colegas
de trabalho frente aos momentos difíceis mediante conversas e brincadeiras para distração. É
válido ressaltar, nas falas dos trabalhadores, a prática da mediação de conflitos construída de
maneira corresponsável às soluções para enfrentar discordâncias e desentendimentos
ocasionados nas situações de trabalho.
“Sempre conversar, distrair a mente como outras coisas, mas sempre estar ligado no
serviço, mas a gente sempre é muito ativo em termos disso”.
“A gente vai compartilhar o que está passando com o outro, isso nos dá força”
“Os desafios foi eu ter me afastado, tive a crise, esses anos todos que trabalhei nunca
tive isso, nunca. Só tive isso quando estourou a pandemia. Trabalhei aqui no sábado e no
domingo passei mal em casa. Fiz uns exames particular a médica descobriu esse problema que
é a Síndrome de pânico e nervosismo”.
Apesar dessa sensação positiva em relação ao trabalho, os impactos da pandemia estão
bastante presentes nas falas dos maqueiros. Os profissionais de saúde envolvidos direta e
indiretamente no enfrentamento da pandemia estão expostos cotidianamente ao risco de adoecer
pelo coronavírus, além de levarem a infecção aos membros da família, em especial, os idosos,
algo muito presente na fala dos entrevistados. Essa questão se configura como uma preocupação
para os maqueiros, somado a ansiedade e medo constantes que agravam ou desencadeiam outros
problemas pré-existentes ou em processo de instauração, como a depressão, ansiedade
generalizada, ataques de pânico e sofrimentos diversos. A pandemia mudou a rotina e dinâmica
do trabalho exigindo do profissional maqueiro um maior cuidado, atenção e adoção de medidas
cada vez mais protetivas e preventivas, , já que eles são responsáveis pelo recolhimento de
roupas sujas do centro cirúrgico e recolher equipamentos contaminados.
Somado a tudo isso, os maqueiros convivem diretamente e, mesmo acompanham, o
sofrimento dos pacientes, inclusive a morte destes. Vivenciam sentimentos de alegria por vêem
os pacientes recuperados; de tristeza e angústia quando acompanham os pacientes submetidos
a quadros clínicos graves, às vezes irreversíveis, em face do desespero da família. Nestas
ocasiões, os maqueiros relatam a sensação de impotência diante da dor dos familiares. Tais
sentimentos reverberam sobre a saúde mental e podem contribuir para o adoecimento mental e
dificuldades em trabalhar que, futuramente, podem desencadear um embotamento emocional
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
devido a necessidade de usar outras estratégias defensivas para continuar sua jornada de
trabalho.
“A morte é algo mais difícil de se lidar, porém a gente sabe que uma hora vem, que
chega, mas nunca estamos preparados para lidar naquele momento com a morte. O difícil é
porque a gente se apega muito aos pacientes, aí quando um paciente falece a gente fica
emocionalmente abalados também, aí é nesse momento que eu busco forças para lutar e saber
que poderia ser um parente meu”.
Da mesma forma, é possível refletir acerca das estratégias individuais utilizadas pelos
maqueiros, mediante o sentimento de impotência frente aos casos de contaminação e mortes.
Nesse sentido, umas das estratégias defensivas utilizadas pelos maqueiros é o afastamento físico
e psíquico da situação de óbito, então frequente no seu ambiente de trabalho. Este afastamento
ou momento de reflexão, como apontado pelos maqueiros, revela a capacidade de auto
distanciar-se de si e do contexto como um mecanismo de escape da realidade que os faz sofrer,
de modo a viabilizar o processo de ressignificação da morte e atenuar o sofrimento.
“A gente procura não fixar naquilo ali. Olha aconteceu isso, acalma, respira e vamos
continuar, porque os demais precisam da gente, para que isso não venha atrapalhar. Não é
que aquele ali não teve importância, teve sim, mas se a gente se apegar aquele ali os demais
podem padecer, sofrer, porque a gente só vai ficar fixado naquele. Então, tem muita gente que
ainda depende”.
Outra estratégia defensiva, identificada no trabalho de maqueiros, refere-se à questão
religiosa no trabalho. Percebeu-se que a própria organização hospitalar institui o credo religioso
como ritual de início à jornada de trabalho. O apelo religioso, como foi aqui designado, ampara-
se pela crença do conforto espiritual para a minimização da angústia, da ansiedade e da aflição.
Uma ação que demarca bastante isso são as orações diárias que os maqueiros relatam que
acontecem no próprio hospital e de maneira isolada quando estão em tempo livre.
“A mensagem que a religião passa é amor, carinho com o próximo e a esperança de
que um dia tudo isso vai passar. O sentido de tudo isso é o encorajamento. Tem momentos que
pessoas e a turma ficam entristecidos e, no momento que a gente faz a oração e levanta nossas
petições, isso nos encoraja a cada dia, é o momento para nos dar força a caminhar, a não
parar”.
CONCLUSÃO
Esta pesquisa contribui para a discussão das questões de saúde no trabalho dos
maqueiros na medida em que dá visibilidade ao sofrimento psíquico dessa categoria à luz da
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
teoria da Psicodinâmica do Trabalho, bem como as formas utilizadas por estes para minimizar
o sofrimento. Assim, as estratégias defensivas desenvolvidas e utilizadas, tanto de forma
individual, quanto coletiva, permitiram realizar um recorte das situações e vivências dos
maqueiros do atual centro e referência no tratamento da contaminação pela Covid-19, o
Hospital Municipal Pedro I. Logo, não como um produto acabado e completo, mas como um
ponta pé para pesquisas e estudos futuros acerca da relação entre os maqueiros e sua atuação
frente aos efeitos da pandemia do Covid-19, este pode ser útil à difusão do trabalho dessa
categoria que não é visibilizada nem valorizada no contexto profissional e social. Salienta-se a
importância de redimensionar/oficializar o lugar desses trabalhadores à categoria de
profissionais de saúde.
REFERÊNCIAS
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 66
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
disponíveis comercialmente, como o Oculus Rift e o IREX, entende-se que se faz necessária
uma maior exploração da realidade virtual em jogos ativos. Diante disso, este estudo tem por
objetivo levantar os benefícios do uso da realidade virtual na reabilitação do portador de
encefalopatia crônica não progressiva da infância.
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Tendo como base a literatura pesquisada, apenas 50% dos artigos eram ensaios
clínicos experimentais. Com relação a esses estudos, os ambientes de intervenção
predominantes foram o clínico e o laboratorial (83%). El-Shamy e El-Banna(2020)
verificaram que a população que recebeu intervenção clínica e domiciliar apresentou, ao fim
da intervenção,melhora na espasticidade, com aumento da força de preensão e ganho de
funcionalidade; diferentemente da população que só recebeu intervenção domiciliar. Essa
população não manteve os escores após 12 semanas de intervenção.
Dentro dos ensaios clínicos e dos estudos de caso, verificou-se uma grande variação
nas idades das amostras (média de 11 e12 anos), no tempo de intervenção (média de 21,5
intervenções) e nas plataformas virtuais utilizadas (Nintendo Wii, Xbox 360° Kinect,
GRAIL).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Sensewear Armband.
EL-SHAMY; EL- Nintendo Wii 36 sessões, 40min por dia. Escala de Ashworth
BANNA, 2020 modificada, dinamômetro
manual e hidráulico, MACS
e escala de desenvolvimento
motor Peabody.
Legenda: Medida da Função Motora Grossa (GMFM); Sistema de Classificação Manual (SMC); Inventário de
Avaliação Pediátrica de incapacidade (PEDI); Teste de caminhada de seis minutos (TC6); Escala de Equilíbrio
Pediátrica (PBS); Timed Up and Go (TUG); Questionário de Atividades Funcionais (FAQ); Classificação de
capacidade manual (MACS).
Fonte: Autores, 2021.
A crescente motivação e o interesse por parte dos pacientes na terapia com realidade
virtual corroboram a teoria do fluxo, de Csikszentmihalyi (1975). Conforme essa teoria,
indivíduos que gostam de determinada atividade provavelmente irão querer repeti-la. A
persistência do paciente pediátrico influencia de forma direta os resultados da terapia, como
comprovado por Luna-Oliva et al. (2013), em que os maiores valores avaliados de força
muscular estavam acompanhados dos maiores escores de motivação.
Certamente, a independência da terapia consiste em um diferencial da reabilitação por
meio da realidade virtual, visto que esta pode ser realizada tanto na clínica quanto em
domicílio. Estudos comprovam a eficácia da reabilitação até mesmo no ambiente escolar da
zona rural (ROSIE e tal., 2015). Uma de suas principais vantagens é o livre acesso, sem a
necessidade da supervisão de um profissional ou estar inserida em um ambiente específico.
Mesmo os estudos comparativos, nos quais o lar apresentou-se inferior ao ambiente clínico, a
avaliação da qualidade de vida do paciente foi equivalente (CHIU; ADA; LEE, 2014). Neste
sentido, pode-se afirmar que, dentre os benefícios da terapia com a realidade virtual,
destacam-se a acessibilidade e a crescente motivação do paciente.
Nos estudos analisados, os resultados mais favoráveis foram observados nas
intervenções que utilizaram mais de um tipo de jogo ativo (CHEN; FANCHIANG;
HOWARD,2018). Estabelecendo uma comparação entre o estudo de Park et al.(2017) e o de
Pavão et al.(2014), que analisaram a mesmas variáveis e população, nota-se que o primeiro,
ao utilizar o triplo de jogos ativos, obteve os mesmos resultados positivos que o segundo, mas
em um tempo menor (metade do tempo) de intervenção. Sendo assim, é importante ressaltar
que os jogos escolhidos devem compartilhar a ativação do mesmo grupo muscular ou o
mesmo objetivo de tratamento.
Apesar dos muitos benefícios do console Nintendo Wii, este não é indicado em
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
pacientes com hipertonia de flexores de punho, pois o manuseio do controle para captação dos
movimentos pode reforçar o padrão patológico. Em casos específicos como esse, alguns
autores recomendam o uso do sensor Kinect (WU; LOPRINZI; REN, 2019).
A plataforma japonesa Nintendo Wii foi a mais utilizada para o treino de equilíbrio. A
despeito do pouco tempo de intervenção (média de 4,5 sessões), houve melhoras nos valores
do Escala de Equilíbrio Pediátrica (PBS), como demonstrados pelos estudos de Santos Júnior
et al. (2018) e Nascimento et al.(2018). A intervenção por meio da plataforma Xbox 360°
Kinect foi a segunda mais utilizada na amostra (Tabela 3). Mesmo apresentando variações no
tempo de intervenção, todos os estudos obtiveram bons resultados no tocante ao equilíbrio, à
consciência corporal e à coordenação motora.
Importa mencionar que a realidade virtual tem como propriedade o biofeedback visual,
que promove estímulo de autocorreção postural, além de condutas terapêuticas relacionadas
com o jogo escolhido. Todo esse processo favorece a evolução do equilíbrio e da coordenação
motora, o que justifica a melhora dos escores, independentemente do tempo de intervenção.
É consensual na literatura que o objeto estudado tem uma boa adaptação e aceitação,
principalmente por seus benefícios físicos e sociais (KASSEEet al., 2017; ARNONI et al.,
2018). A parte recreativa e lúdica faz com que o dispositivo tenha maior adesão pelo paciente.
Entretanto, é perceptível a limitação dos protocolos, das intervenções dos dispositivos e de
seus respectivos resultados, devido à sua variabilidade (LOPES et al., 2017), o que inviabiliza
a padronização de um protocolo.
CONCLUSÃO
A terapia de realidade virtual é atrativa e bem aceita pelos pacientes, sendo acessível e
de fácil manuseio. Além disso, não possui restrições para o uso doméstico. Os benefícios da
intervenção são inúmeros, a saber: melhora no equilíbrio, no controle motor, na motricidade,
na funcionalidade, na força muscular e na coordenação motora, além de promover a evolução
nas interações sociais, a autoimagem e a motivação. Ressalta-se, todavia, que, para se
alcançar os objetivos propostos, é preciso traçar um plano de intervenção, determinando o
tempo, o tipo de jogo, o ambiente, bem como se haverá ou não terapia convencional
combinada.
Como limitação do estudo, importa mencionar a falta de consenso na literatura sobre a
implementação da terapia. A despeito disso, os autores pesquisados concordam que o treino
de realidade virtual é mais eficaz quando se emprega mais de um tipo de jogo e que os
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 67
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Estrutura Celular. Os critérios de exclusão adotados foram quaisquer artigos publicados que
não estivessem na língua portuguesa ou inglesa e que não correspondessem ao objetivo do tema
proposto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O FILO APICOMPLEXA
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O Filo Apicomplexa compreende duas classes, sendo a classe Sporozoea, importante por
compreender espécies de importância médica e veterinária. Esta classe apresenta três
subclasses, sendo a mais importante a Coccidia (Tenter et al., 2002).
O grupo dos Coccídios caracteriza-se por apresentar o oocisto, uma forma de resistência,
contendo ou não esporocistos e um número variável de esporozoítos que migram para a
glândula salivar do inseto vetor e são inoculados, através da picada, em um novo hospedeiro
vertebrado (Schmidt e Roberts, 1996). Os insetos hematófagos, por exemplo, anofelinos,
culicídeos, culicoides, simulídeos e tabanídeos são responsáveis por disseminar esses parasitos.
Os coccídios vivem no epitélio do trato digestivo, fígado, rins, células sanguíneas, e outros
tecidos de vertebrados e invertebrados. Logo, os coccídios desenvolvem o ciclo de vida em um
hospedeiro (ciclo monoxeno) ou em mais de um (ciclo heteroxeno facultativo ou obrigatório),
apresentando reprodução assexuada (esquizogonia) e sexuada (gametogonia) dentro das células
do hospedeiro (fase endógena) e esporogonia no meio externo, com a formação de esporozoítos
infectantes (fase exógena) (Ruppert et al., 2005).
Os esporozoítos podem penetrar nas células do hospedeiro vertebrado, transformando-se
em uma forma denominada trofozoíto, que se multiplica por merogonia (esquizogonia),
originando merontes. Após a divisão nuclear ocorre a formação de merozoítos, os quais
escapam da célula hospedeira e penetram em uma nova célula. Estas formas podem iniciar novo
processo esquizogônico ou transformar-se em gametócitos (gametogonia). Os gamontes
produzem microgametócitos (gamonte macho) ou macrogametócito (gamonte fêmea). Assim
que o hospedeiro vertebrado é sugado por um inseto vetor, o microgametócito (macho) produz
um pequeno número de microgametas flagelados, onde um destes fertiliza o macrogametócito
(fêmea). Os macrogametocitos fertilizados formam o zigoto móvel (oocineto), desenvolvendo-
se no interior do esporo (oocisto), o qual funciona como proteção durante a transferência para
novos hospedeiros.
Dentre o grupo Coccidia há três ordens, sendo a ordem Eucoccidia considerada a mais
importante. Esta ordem apresenta três subordens: Adeleina, Emeriina e Haemosporida. A
subordem Haemosporina compreende quatro famílias: Plasmodiidae; Leucocytozoidae;
Haemoproteidae e Garniidae. As famílias leucocytozoidae e garniidae são objetos de estudo
deste trabalho.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O gênero Garnia apresenta dez espécies, destas a Garnia morula, uma das espécies
objeto de nosso estudo, que infecta eritrócitos, trombócitos e linfócitos do lagarto Mabuya
nigropunctata (Scincidae). A família Garniidae (Lainson et al., 1971) foi definida na subordem
Haemosporida para abrigar parasitos de lagartos que sofrem esquizogonia e gametogonia
dimórfica nos eritrócitos, sem a produção de pigmento malárico. Por estas características, as
espécies do novo gênero Garnia foram diferenciadas daquelas pertencentes às três famílias
então existentes na subordem Haemosporina: Plasmodiidae e Haemoproteidae pela ausência
de pigmentos maláricos, e Leucocytozoidae e Haemoproteidae pelo ciclo assexuado no sangue.
Os protozoários do gênero Garnia caracterizam-se por apresentar merogonia e gametogonia
nos eritrócitos do sangue periférico de alguns répteis. Estes protozoários diferem da família
Plasmodiidae por não apresentarem pigmento malárico (Lainson et al., 1971; Boulard et al.,
1987; Diniz et al., 2000).
CONCLUSÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Deste modo, foi possível constatar que os protozoários das famílias Leucocytozoidae e
Garniidae possuem um ponto de vista biológico interessante, por realizarem parte do seu ciclo
evolutivo em linfócitos, monócitos, trombócitos e neutrófilos, os quais normalmente não são
alvos desse tipo de inter-relação (Diniz et al., 2000; Silva et al., 2005 e 2006). No caso da
espécie Saurocytozoon mabuyi existe a particularidade, onde parte do ciclo evolutivo ocorre no
interior de monócitos e em linfócitos, células normalmente eficazes na defesa do organismo.
Enquanto a espécie Garnia morula, tem parte de seu ciclo evolutivo no interior de eritrócitos,
linfócitos e curiosamente em trombócitos, fragmentos de megacariócitos que estão relacionados
com a cicatrização de lesões. Esses sistemas são de grande interesse para o estudo de aspectos
básicos, ao nível celular, do processo de interação entre microorganismos e células hospedeiras.
O estudo da biologia celular é de grande interesse para o esclarecimento dos aspectos
ultraestruturais básicos do ciclo biológico destes parasitos, assim como para descrições de
novas estruturas celulares, como por exemplo, o cinetoplasto e o glicossomas de
tripanosomatídeos (Parsons, 1995; De Souza, 1995), hidrogenossomas em microorganismos
anaeróbicos (Muller, 1993; Benchimol et al., 1996), roptrias, micronemas e corpos densos em
Apicomplexa (Pfefferkorn, 1990). No caso específico de protozoários encontrados na
Amazônia, o conhecimento dos aspectos ultraestruturais e da interação com a célula hospedeira
permitirá uma melhor compreensão dos aspectos estruturais de interação com as células
hospedeiras.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 68
Página 757
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
INTRODUÇÃO
A pandemia da Covid-19 se tornou um dos grandes problemas de saúde pública nas
últimas décadas, causando mais de quatro milhões de mortes segundo dados da Organização
Mundial da Saúde - OMS (OMS, 2021). A partir de seu primeiro caso em dezembro de 2019,
em menos de três meses o diretor-geral da OMS declarou que o mundo começou a vivenciar
uma pandemia (OMS, 2020). Diante da alta transmissibilidade do vírus e de poucas
informações científicas a respeito dessa nova doença, efeitos adversos principalmente na
saúde mental da população tornaram-se cada vez mais evidentes, a exemplo de respostas
emocionais associadas ao medo e a incertezas (SHIGEMURA et al, 2020).
No que diz respeito à educação, segundo a Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a pandemia do coronavírus mudou a forma
como o ensino é repassado, implicando em efeitos significativos a curto e a longo prazo
(UNESCO, 2020). Nesse contexto, é válido ressaltar as preocupações que o ensino à distância
causou e, atrelado a isso, a falta de convívio social, o que favoreceu o aumento de quadros de
ansiedade e de outros distúrbios psicológicos (RODRIGUES et al, 2020).
Com o aumento da vacinação e a flexibilização das normas de segurança, o ensino à
distância começou a dar o lugar de volta ao ensino presencial, o que tem gerado inúmeras
preocupações acerca da absorção do aprendizado nas atividades remotas, do futuro
profissional e de uma possível contaminação pelo coronavírus. Desse modo, no que tange ao
estudante universitário, o período de confinamento trouxe uma carga emocional repleta de
instabilidades (GARVEY et al, 2021).
O isolamento social, a perda da rotina pré-pandemia e o medo de ser infectado pelo
novo coronavírus, além de seus possíveis agravamentos, levaram parte da população a
desenvolver sintomas relacionados a quadros de depressão e ansiedade (ROSSI, 2021). Como
visto, a quebra do modo de vida das pessoas no momento de distanciamento levou ao
aumento de casos de quadros de distúrbios psicológicos. A rotina dos estudantes também
sofreu uma grande alteração de ritmo - passando em vários casos para a modalidade on-line.
Em pesquisa realizada com estudantes de Medicina 81,4% dos participantes relatam ter
percebido em si alguma mudança psicológica ou comportamental durante o período de
distanciamento (TEIXEIRA, et al 2021).
Nessa perspectiva, a presença de sofrimento psicológico nesses estudantes é um fator a
ser analisado ocasionado pelo período de distanciamento social durante a pandemia Covid-19,
visto que tais perturbações à saúde mental podem interferir negativamente nos âmbitos
pessoal e profissional da vida dos universitários.
Página 758
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
MÉTODOS
O estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa. Este método possibilita
sumarizar as pesquisas publicadas e obter conclusões a partir da pergunta norteadora. Uma
revisão integrativa bem realizada exige os mesmos padrões de rigor, clareza e replicação
utilizada nos estudos primários (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
A revisão integrativa da literatura é a mais ampla abordagem metodológica dentre as
revisões, visto que permite a utilização de estudos experimentais e não-experimentais para
uma compreensão mais completa do fenômeno analisado (TEIXEIRA et al., 2013).
Este estudo foi operacionalizado por meio de seis etapas as quais estão estreitamente
interligadas: elaboração da pergunta norteadora, busca na literatura, coleta de dados, análise
crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa
(SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
A questão norteadora dessa pesquisa é: Qual a relação entre sofrimento mental,
estudante universitário e as consequências do período de distanciamento?
A busca na literatura foi realizada entre os meses de agosto e novembro de 2021 nas
bases de dados PubMed, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO); utilizando-se a combinação de
descritores controlados, aqueles estruturados e organizados para facilitar o acesso à
informação cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DECS) (SILVEIRA, 2008):
“Sofrimento mental” AND “Estudantes universitários”. Estabeleceram-se como critérios de
inclusão: artigos científicos que contemplassem a temática, publicados no período de 2015 a
2021.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da combinação dos descritores foram obtidos 17 estudos que compuseram a
amostra final desta revisão integrativa da literatura. Os estudos foram reunidos em 3 grupos
temáticos, que permitiu avaliar os níveis de evidências, bem como identificar a necessidade de
investigações futuras acerca da temática.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
relacionado como uma das principais causas de incapacitação no mundo do trabalho, sendo
associado à depressão, ao transtorno bipolar, à esquizofrenia, ao alcoolismo e ao transtorno
obsessivo-compulsivo (ALBUQUERQUE et al. 2018).
O sofrimento mental é definido por um conjunto de males que acometem as pessoas,
incluindo dores que se apresentam por meio de angústias, de lutos mal resolvidos, da
violência cotidiana em suas várias formas, das ansiedades e do sofrimento social, podendo
evoluir para condições crônicas e agravando-a, sendo responsável pelo início de patologias a
esquizofrenia. O tratamento dessa patologia pode ser medicamentoso, e associado a outras
terapias, cabe ao médico avaliar qual será a assistência mais eficaz para o paciente (SILVA;
TULESKI, 2015).
A saúde mental por muito tempo foi considerada precária, uma vez que antes da
reforma psiquiátrica as pessoas associavam tudo aos hospitais psiquiátricos e à medicalização.
Atualmente a saúde mental conta com uma boa estruturação de uma rede de saúde psíquica
ordenada a partir dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que é em base territorial e
atuação transversal com outras políticas específicas (SILVA et al., 2017).
É muito importante que as pessoas com sofrimento mental sejam acolhidas pela
sociedade, em especial pela família, sendo inseridas em ações no contexto social. Tornando-
se, então, imprescindível a realização de trabalhos com a finalidade de auxiliar a sociedade na
compreensão mais realista e menos estigmatizada das pessoas em sofrimento psíquico
(SOUSA; MACIEL e MEDEIROS, 2018). Cabe ressaltar o importante papel transformador
das escolas e universidades, é crucial que abordem de maneira crítica e ativa temáticas sobre a
saúde mental (TOSTES et al., 2018).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
faixa etária, há 23.343 jovens com menos de 18 anos (0,27%). Entre 18 e 24 anos são
4.323.580 (51,16%), de 25 a 29 anos são 1.614.821 (19,1%), de 30 a 39 anos são 1.664.336
(19,69%) e de 40 a 64 anos, 815.805 (9,65%) (ABRES, 2021).
Uma nova pesquisa realizada pela Secretaria de Modalidades Especializadas de
Educação (SEMESP) em 2020, obteve que somente 18,1% dos jovens entre 18 e 24 anos
estão matriculados no ensino superior, ou seja, uma queda com mais de 50% em relação aos
anos anteriores (CNN BRASIL, 2021). Isso aconteceu, pois de acordo com esse mesmo
Instituto, mais 70% dos jovens cursavam em universidades privadas e não tinham condições
de bancar com o financeiro, consequentemente, ocorreu aumento da evasão dos alunos nas
faculdades, visto que os estudantes não conseguiam conciliar a rotina entre trabalho e estudos.
Giusti et al. (2021) confirmam a necessidade emergente de monitoramento e trabalho
sobre fatores de risco “modificáveis” para baixo desempenho acadêmico relacionado à EAD,
que ocorreu durante o ano letivo 2019/2020 e continuará nos próximos meses, para atender às
necessidades dos alunos universitários. Os objetivos são garantir a continuidade da relação
educacional entre professores e alunos, o bem-estar psicológico dos alunos, mesmo durante a
pandemia do COVID-19, e seu sucesso nos estudos.
Devido ao impacto avassalador da COVID-19 no estado psicológico em estudantes
universitários, intervenções simples a multidimensionais e em vários níveis podem ser
necessárias. É o momento de cada indivíduo, estudante, comunidade e nação pensar em
estratégias diferentes para um estado psicológico sólido dos estudantes universitários durante
tempos de incertezas trazidos pela pandemia (BHANDARI e BHATTA, 2020).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CONCLUSÃO
Este trabalho possibilitou compreender o grande impacto negativo da pandemia da
COVID-19 nos estudantes universitários. Afinal, esta foi responsável por gerar modificações
bruscas nas rotinas desses alunos. Assim, em meio às instabilidades vividas e diminuição do
contato social, problemas de origem mental se tornaram frequentes. Para entender veemente
esse fato, houve um avançado estudo de artigos que abordam a saúde mental desse público-
alvo, bem como foi percebida, em vivência, a grande incidência de danos psicológicos nesse
grupo.
Página 762
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Página 765
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 69
Página 766
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
1 INTRODUÇÃO
2 RELATO DE CASO
(FIGURA 1)
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
(FIGURA 2)
(FIGURA 3)
Ao Laboratório: Creatinina 0,9; TGO 21; TGP 19; VHS 120; PCR ++++;
Anti CCP negativo; Fator Reumatóide látex positivo; EFP aumento de alfa 2,
beta 2 e gama; FAN positivo 1/160, com padrão citoplasmático pontilhado fino
denso; Anti-Ro positivo; Anti PL12 positivo; Anti Jo1 negativo; Anti PMSCL
negativo.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
3 DISCUSSÃO
O caso discutido neste estudo chama atenção por se tratar de um paciente
do sexo masculino apresentando quadro pulmonar sem melhora associado à
xeroftalmia, xerostomia, artralgia e achados típicos ao exame físico.
Página 770
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A SS deve ser cogitada em pacientes com olhos secos e que cocem, com
boca seca, glândulas salivares aumentadas, neuropatia periférica, púrpura ou
acidose tubular renal. Tais pacientes devem receber testes diagnósticos que
Página 771
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
4 CONCLUSÃO
A Síndrome de Overlap como uma associação rara de determinadas
doenças autoimunes evidencia a necessidade de uma boa interdisciplinaridade
entre especialidades clínicas. Ressaltamos a importância de valorizar a
sintomatologia do paciente com um olhar holístico e a necessidade da realização
de protocolos específicos para uma melhor abordagem diagnóstica e terapêutica
Página 773
Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
desses tipos de casos, uma vez que existem poucos estudos abordando a
correlação incomum da síndrome antissintetase com a síndrome de sjogren. A
vigilância permanente no seguimento destes doentes é fundamental, em termos
de reavaliação do seu diagnóstico e de eventuais intervenções terapêuticas.
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
CAPÍTULO 70
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
1 INTRODUÇÃO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
2 MÉTODO
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Estudos mais recentes apontam que a origem dos sintomas parece ser devida
às alterações do Sistema Nervoso Central (SNC), em especial dos mecanismos de
percepção e modulação da dor, tendo como causa o desequilíbrio de substâncias
analgésicas do cérebro (serotonina) e as substâncias que promovem a dor
(substância P) (KOTAKA,2017, p. 201). Estas alterações percebidas servem como
um ponto de partida para um tratamento mais assertivo e direcionado.
No Brasil, os dados, mais recentes, e que servem de base a estudos médicos,
referem-se a levantamento realizado na cidade de Montes Claros, Minas Gerais. (..)
A prevalência observada na população é de 2,5%, a maioria sendo do sexo
feminino, das quais 40,8% com 35 a 44 anos de idade. (SENNA et.al, 2004 apud
BESSET et.al., 2010, p. 1249).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Para Kotaka (2017, p. 205) a síndrome ocorre após algum fato traumático
marcante ou de fatos traumáticos repetidos menos intenso, ou, ainda, após um
quadro infeccioso. [...] os traumas podem ser devidos a causas físicas, tais como
acidentes e agressões, mas podem ser emocionais [...], após perda de posições
ocupadas profissionalmente, [...] doenças causadas por vírus, especialmente,
Hemophilus influenza, o Parvovírus, o Coxsackie B e o Epstein-Barr.
Nesse contexto, o peso dos códigos e das limitações socioculturais, mas
também psicológicas, para todo paciente convidado a relatar sua experiência de dor,
deveria ser levado em consideração. (BESSET et.al.,2010, p. 1254). Se objetivamos
saber o sentido do sofrimento dos nossos pacientes, bem como, o sentido de nosso
próprio sofrimento, a lente da teoria freudiana é certamente uma ferramenta
indispensável para desvendarmos a psicogênese da dor. (GUIMARÃES, 2011, p.
13).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
O único fato de que há certeza é que a dor – inicialmente e por via de regra
– nasce quando um estímulo que ataca na periferia rompe os dispositivos
que protegem contra estímulos e passa a agir como um estímulo instintal
constante, diante do qual são impotentes as ações musculares normalmente
eficazes, que subtraem ao estimulo o local estimulado. (FREUD, 1926-1929,
p. 121).
Se o afeto original não foi descarregado no reflexo normal, mas sim num
“reflexo anormal”, também esse volta a ser desencadeado pela lembrança; a
excitação proveniente da ideia afetiva é “convertida” num fenômeno corporal.
(FREUD, 1893-1895, p. 292).
Com isso Angerami-Camon (2012, p. 171), evidencia que após observações e
estudos de Freud que nos casos de histeria, o que existia de fato era uma
2 Na personalidade psicossomática - seu sentido primordial é econômico; é uma energia libidinal que
se transforma, se converte, em inervação somática. A conversão é correlativa do desligar-se da libido
da representação no processo do recalcamento; a energia libidinal desligada é então “... transposta
para o corporal”. (LAPLANCHE E PONTALIS, 1991). Na personalidade histérica - apresentam
quadros clínicos muito variados. As duas formas sintomáticas mais bem identificadas são a histeria
de conversão, em que o conflito psíquico vem simbolizar-se nos sintomas corporais mais diversos,
paroxísticos (exemplo: crise emocional com teatralidade) ou mais duradouros (exemplo: anestesias,
paralisias histéricas, sensação de “bola ” faríngica, etc.), e a histeria de angústia, em que a angústia é
fixada de modo mais ou menos estável neste ou naquele objeto exterior. (LAPLANCHE E PONTALIS,
1991).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
Fernandes (2003) apud Kotaka (2017, p. 214) salientou, ainda, que fatores
socioculturais, biológicos e psicológicos podem se apresentar interligados e se
retroalimentarem, levando ao surgimento e à manutenção das dores crônicas. Outro
aspecto, que deve ser considerado como fato importante aventado por CALDEIRA
(2001) apud Kotaka (2017, p. 214), seria o de que o alcoolismo paterno parece
apresentar casuística significativa, ao sugerir maior probabilidade da ocorre
ocorrência do quadro de fibromialgia, mas, consideramos o fato de que, em muitos
casos, há relatos de maus-tratos sofridos na infância por causa do alcoolismo
paterno, trazendo decepções na história de vida do sujeito.
As questões psicológicas do sujeito acometido pela Fibromialgia se destacam
pelo seu discurso onde encontramos traumas que não foram trabalhados para que
não causassem sofrimento. Assim como escutamos nas pacientes diagnosticadas
com a Síndrome da Fibromialgia, a dor localiza-se ao lado dos fenômenos
psicossomáticos ou, retomando a classificação freudiana, ao lado das neuroses
atuais. (LEITE e PEREIRA, 2003).
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
A Síndrome da Fibromialgia está cada vez mais presente em nosso dia a dia,
por meio de divulgação de campanhas ou por conhecer uma pessoa que sofra com
as dores crônicas, porém os estudos desta doença ainda são poucos, principalmente
na investigação de um diagnóstico mais eficaz e eficiente, auxiliando em uma melhor
qualidade de vida para o sujeito.
Apesar de algumas pessoas da área médica considerem a Fibromialgia como
uma somatização ela apresenta-se com muitos componentes da antiga histeria e
porque não denominar de uma histeria contemporânea fazendo uma atualização ao
correlacionar a teoria psicanalítica da época a qual foi desenvolvida com a
atualidade no que diz respeito à constituição social, ambiental e histórica dos
sujeitos.
Este artigo teve como propósito esclarecer alguns critérios atuais para o
diagnóstico da Síndrome da Fibromialgia e assim estimular mais estudos tanto na
área da psicologia como da medicina sobre a doença, principalmente de forma
multidisciplinar vendo o sujeito em seu contexto familiar, social e cultural como um
ser único e atuante. E destacar como psicoterapia de cunho psicanalítico pode ser
efetiva no tratamento desta doença que impossibilita muitas pessoas de realizar
suas tarefas diárias por causa das dores fortes e debilitantes.
A importância para sociedade e para a psicologia em dialogar sobre a dor
crônica, da síndrome da fibromialgia, além dos seus sintomas com a psicanálise e
as condições de “cura” pela fala ou alívio do sintoma, se faz importante para todos e
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Pesquisas e Inovações Nacionais em Ciências da Saúde e Biológicas
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