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ENDOCARDITE INFECCIOSA

A profilaxia antibiótica ainda é necessária?


Revisão de literatura

D I S C E N T E S : V I T O R I A M A N H Ã E S E J O Ã O P A U L O S O A R E S

RAFAEL ROSSINI
Porto Alegre
2016

OBJETIVO
GERAL
Coletar e analisar informações da literatura
científica mais recente disponível sobre a
validade da profilaxia antibiótica na odontologia,
mais especificamente em cirurgias orais, com o
intuito de prevenir endocardite infecciosa.

ESPECÍFICO
Apontar quais os riscos envolvendo a prescrição
de profilaxia antibiótica com a cirurgia oral na
odontologia;
Exemplificar quais as mudanças no perfil da
doença na atualidade.
Para o presente estudo, foi realizada
uma revisão de literatura. A pesquisa foi
efetuada entre novembro de 2015 até a
data atual, nos bancos de dados
MEDLINE, PubMed e Lilacs.
MATERIAIS E
Palavras chaves:
MÉTODOS infectious endocarditis, dentistry, oral
surgery, epidemiology, antibiotic
prophylaxis, endocardite infecciosa,
cirurgia oral, profilaxia antibiótica e
epidemiologia. Não foram utilizados
critérios de exclusão.
O QUE É
ENDOCARDITE
INFECCIOSA?

Inflamação das estruturas internas do


coração, principalmente das válvulas
cardíacas.

É uma doença rara, porém, com grande


potencialidade letal. A estimativa anual de
incidência de 3 a 9 casos por 100.000
pessoas, em países industrializados.

Patógenos clássicos da EI: S. aureus,


Streptococcus spp., e Enterococcus spp.
FATORES DE RISCO

Fatores Fatores de médio Fatores


predisponentes risco predisponentes coexistentes
Portadores
de válvula Doenças cardíacas HIV;
cardíaca; reumáticas crônicas;
Diabetes;
Shunts pulmonares; Lesão de válvula
relacionada ao Abuso de drogas
Cardiopatas congênitos; envelhecimento; intravenosas.

Pacientes com histórico Hemodiálise


prévio de endocardite
infecciosa.
O QUE É
PROFILAXIA
ANTIBIÓTICA?
Administração de antibióticos antes de
procedimentos cirúrgico, com intuito de
prevenir infecções locais ou sistêmicas.

Essa prática nos últimos anos vem se


restringindo apenas a alguns tipos
procedimentos e cardiopatas.

A literatura atual não apresenta evidências


suficientes que comprovam a efetividade da
prática da profilaxia, nem seu abandono.
DIAGNÓSTICO

Métodos:

Ecocardiograma transesofágico
Ecocardiograma transtorácica

Junto a esses dois métodos, é importante


realizar a cultura microbiológica para
reconhecimento do patógeno.
Local da infecção
Patógeno em questão
Mecanismos de defesa contra a infecção
Envolvimento de material protético
Intervalo entre o aparecimento dos
sintomase o estabelecimento do
diagnóstico.

PROGNÓSTICO Enquanto não são obtidos resultados dos


testes, deve ser realizado um tratamento
experimental, levando em consideração que
o S. aureus é o microoganismo mais
associado a doença.

Se o diagnóstico sugerir que o


microorganismo é resistente a meticilina,
então deve ser ministrado antibióticos
glicopeptidicos para tratamento.
Outras características da condição de saúde
de pacientes com morte associada a EI:
Idade avançada
Diabete Mellitus
Imunodeficiência

PROGNÓSTICO Hemodiálise
Insuficiência Hepática.

EI em pacientes com válvula protética, tende a


necessitar de intervenção cirúrgica mediata, e
mais frequente, que em pacientes com válvula
nativa.
PROFILAXIA
ANTIBIÓTICA E A
CIRURGIA ORAL
A premissa básica de sua prática é dada em uma
Por muitos anos, acredita-se que
teoria de três partes:
as bactérias que causam
endocardite são introduzidas na Bacteremia provoca EI em pacientes com
corrente sanguínea a partir da lesões em válvula;
cavidade oral, representando um
risco para pacientes com Pacientes que sofrem procedimento
anormalidades cardíacas. invasivos terão bacteremia;

Em estudos com animais, antibióticos


Portanto, era necessário realizar
antes destes procedimentos reduziram
uma profilaxia antibiótica prévia significantemente o seu nível. No
para pacientes submetidos a entanto, a relevância destes resultados
tratamentos dentários invasivos. em humanos é questionável.
PROFILAXIA
ANTIBIÓTICA E A
CIRURGIA ORAL
80% dos casos a EI não possui uma causa prévia identificada;
O risco de desenvolver EI em pacientes com problemas cardíacos, mesmo sem
profilaxia antibiótica é baixo;

Um estudo francês apontou que


apenas uma pequena proporção de Embora a prática da profilaxia antibiótica
pacientes com problemas cardíacos não tenha eficácia comprovada, o risco de
desenvolveu EI após um procedimento EI após procedimentos dentários é de:
dentário sem profilaxia:
1 a cada 46.000 sem profilaxia antibiótica;
1 a cada 10.700 adultos com prótese 1 a cada 150.000 com profilaxia
valvular antibiótica.
1 a cada 54.300 adultos com vávula
nativa lesionada.
PROTOCOLO DE
POFILAXIA
ANTIBIÓTICA

Os antibióticos recomendados
são penicilinas e clindamicina
para pacientes com alergia à
primeira.

Administração oral: 1 a 2
horas antes do procedimento.
Intravenosa ou intramuscular:
30 minutos antes.
As práticas de profilaxia antibiotica na
prevenção de EI vem mudando.
Devido a falta de ensaios clínicos
randonizados não há dados estatísticos
que aprovam ou não a profilaxia
antibiótica.
Deve-se levar em consideração o risco e
CONCLUSÃO beneficio da antibiticoprofilaxia por causa
de seus efeitos adversos e o prognostico da
doença.
Contudo profilaxia antibiótica é indicada na
odontologia para pacientes de alto risco
que serão submetidos a procedimentos
invasivos com potencial de sangramento.
OBRIGADO!
D I S C E N T E S :
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