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1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Prurido estrófulo
o Tratamento: uso de repelentes e corticóides
tópicos
Herpes Zoster
Emagrecimento
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Manifestações Clínicas
A apresentação clínica é variada, de acordo com a topografia das
lesões cerebrais, e, habitualmente, tem curso subagudo.
As manifestações clínicas mais comuns são cefaleia, sinais focais A melhora do quadro clínico ocorre em torno de 10 a 14
(hemiparesia, disfasia e outras alterações motoras). dias de tratamento.
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
A TARV pode ser iniciada nas 2 primeiras semanas de Manifestação cutânea – Criptococose
tratamento antiparasitário.
Sinais meníngeos nem sempre estão presentes; entretanto, na
Profilaxia primária manifestação de hipertensão intracraniana (HIC), pode haver
Indicação: vômitos, diplopia, confusão mental (confundidos com quadros
CD4 <100cels/mm3 & IgG anti T. gondii reagente psiquiátricos), coma e papiledema.
EXAME SÉRICO
Látex para antígeno criptocócica no plasma
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Profilaxia primária
Não se indica profilaxia primária para criptococose.
Profilaxia Secundária
Droga: Fluconazol VO O tratamento agudo dos linfomas primários do SNC requer
controle do edema cerebral com uso de corticoides.
Critério de Suspensão:
Em estudos observacionais da TARV e em um único ensaio
Término do tratamento de indução e consolidação e pelo
clínico do rituximabe, a taxa de sobrevivência pareceu melhorar.
menos 1 ano de manutenção, assintomático e LT-CD4+
>200 céls/mm3 por mais de 6 meses.
AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Conduta terapêutica
A escolha do esquema terapêutico é guiada pela gravidade
clínica do paciente. Assim, para fins terapêuticos, classifica-se a
pneumonia em leve a moderada ou moderada a grave.
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Suporte ventilatório não invasivo (CPAP) ou invasivo por meio Nos pacientes com imunossupressão grave, as formas
de intubação orotraqueal pode ser necessário em casos de extrapulmonares e disseminadas da TB devem fazer parte das
insuficiência respiratória. investigações sobre IO.
A necessidade de suporte ventilatório está associada a um
pior prognóstico, com mortalidade de aproximadamente A tuberculose em paciente com AIDS se manifesta de forma
60%. disseminada e não cavitária como habitualmente ocorre em
outros pacientes. Isso dá devido a imunossupressão grave
Profilaxia primária desses pacientes, condição que deixa o organismo sem defesa
Indicação: LT-CD4+ <200 céls/mm3 (ou <14%) ou presença de para manter a infecção localizada (como ocorre na cavitária) e
candidíase oral ou febre indeterminada com mais de duas com isso o BK se dissemina por todo o parênquima, sendo esse
semanas de duração ou doença definidora de AIDS. visto com aspecto micronodular na radiografia.
Droga:
SMZ-TMP - VO - 3 vezes por semana
ALÉRGICOS A SULFA: Dapsona
Critérios de Suspensão:
Boa resposta à TARV com manutenção de LT-CD4+ >200
céls/mm3 por mais de 3 meses;
Reintroduzir profilaxia se LT-CD4+ <200 céls/ mm3.
Profilaxia Secundária
Droga:
SMZ-TMP – VO – 3 vezes na semana
ALÉRGICOS A SULFA: Dapsona Aspecto de TB disseminada em radiografia de tórax
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Profilaxia primária
Considera-se como profilaxia primária para TB o tratamento de
ILTB.
Para o tratamento de TB meningoencefálica e osteoarticular o tempo de
tratamento é de 1 ano (2 meses na fase intensiva e 10 meses na fase de
manutenção).
SARCOMA DE KAPOSI
Recomenda-se que pacientes com LT-CD4+ abaixo de O Sarcoma de Kaposi (SK) é um tumor vascular multicêntrico
50céls/mm³ ou com sinais de imunodeficiência avançada causado por herpes-vírus do tipo 8. Sítios de acometimento:
comecem a TARV dentro de 2 semanas após o início do
tratamento para TB. Nos demais pacientes, deve-se iniciar a Pele e mucosas
TARV na 8ª semana. Não se recomenda o início concomitante Acomete principalmente pele e mucosas, se apresentando
do tratamento para ambos os agravos. como lesões vinhosas, arredondadas que, com o passar dos dias,
Na meningite por TB a TARV sempre é iniciada após 8ª tornam-se purpúricas, elevadas e com distribuição multifocal.
semana de tratamento independente do CD4. Características: pápulas eritemato-violáceas indolores, evoluem
para placas arroxeadas; com grandes dimensões podem
Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune (SIR): a SIR ou comprimir estruturas adjacentes, levando a dor e edema, com
reação paradoxal pode levar a uma resposta inflamatória limitação de movimentos quando acomete membros.
exacerbada, a qual estimula a formação de granulomas,
resultando em agravamento de lesões pré-existentes ou
aparecimento de novos sinais, sintomas ou achados radiológicos
de novas lesões, tais como linfadenomegalias com sinais
flogísticos, que podem evoluir para fistulização e compressão de
estruturas nobres ou levar à perfuração de órgãos (como o
intestino). Esse fenômeno ocorre em resposta a antígenos
micobacterianos e não caracteriza falha no tratamento da TB
nem no da TARV
INDICAÇÕES:
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Manifestações clínicas
Acometimento hepático
As doenças diarreicas nos pacientes com HIV geralmente
apresentam-se com diarreia volumosa, desidratação, a dor
Olhos: as lesões, indolores, podem acometer pálpebras e abdominal, náuseas, vômitos, febre e prostração.
conjuntivas.
Nos pacientes com contagens de células TCD4+ inferiores a 200
células/mm³, é frequente que o quadro gastrointestinal se
prolongue além de duas semanas.
DIAGNÓSTICO ESPECÍFICO:
Exame histopatológico da lesão, obtendo-se o material por
biópsia.
TRATAMENTO:
Tratamento anti-retroviral e quimioterapia (quando há Desidratação grave em paciente com CD4 < 200 sugere infecção
acometimento visceral ou lesão dermatológica extensa). por Criptosporidium.
DIARREIAS INFECCIOSAS
(Amebiase, giardiase, estrogiloidiase, criptosporiase, isosporiase)
Importante causa de morbidade em pacientes com HIV
É um quadro multifatorial, podendo ser causado por: Diarreia aquosa = diarreia secretora
Doenças infecciosas
Doenças infiltrativas
Efeito adverso da TARV
Enteropatia direta pelo HIV
Patologias não relacionadas ao HIV (viagens, Clostridium
difficile)
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Pesquisa de coccídeos: Criptosporidia, Isosporidia e Candidíase esofágica dor retroesternal difusa, disfagia e/ou
Microsporidia (Método: Zielh-Neelsen) odinofagia, normalmente sem febre.
Conduta terapêutica
Hidratação
Antieméticos
Alimentação adequada
Antipiréticos/analgésicos
Tratamento específico:
Ciprofloxacino ou levofloxacino – VO – 5 dias
Abrangem a maioria das bactérias:
Esofagite por Candida
Escherichia. Coli, Shigella sp e Salmonela sp;
Tratamento
Metronidazol – VO – 7 dias
Entamoeba histolytica e Giardia lamblia
Fluconazol
VO ou EV nos casos de disfagia importante – 7 a 14 dias
Albendazol VO 2 a 4 semanas
ou
Microsporidium sp
Itraconazol
VO – 7 a 14 dias
Nitazoxanida + antidiarreicos
Cryptosporidium sp.
Nao se indica a profilaxia secundaria para candidiase esofágica.
SMZ-TMP – VO – 10 dias
Isospora belli.
Esofagite por CMV e HSV
A esofagite por CMV é muito mais comum do que o HSV.
Nos casos de diarreia crônica sem febre e sem muco ou sangue
nas fezes, está indicado uso de Loperamina (Imosec) após de A esofagite viral ocorre principalmente quando a contagem
cada episódio diarreico. de CD4+ é < 200/μl.
Cryptosporidium Odinofagia intensa pode ser secundária a ambas as
infecções.
A endoscopia com citologia ou biópsia costuma ser
necessária para o diagnóstico.
Tratamento
O HSV é tratado com aciclovir, IV ou VO, por 7 dias.
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
AFECÇÕES OFTÁLMICAS
Aspecto das células infectadas pelo CMV – grandes e com inclusões intranucleares
.
Tratamento
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Critério de Suspensão:
Boa resposta à TARV com manutenção de LT-CD4 >100
céls/mm3 por mais de 3-6 meses.
Profilaxia Primária
Não se indica profilaxia primária.
Recomenda-se diagnóstico precoce de retinopatia por
meio de fundoscopia rotineira em PVHIV com LT-CD4+ <50
céls/mm3.
OUTRAS INFECÇÕES
Manifestações Clínicas
Provoca um quadro sistêmico:
Febre persistente
Sudorese noturna
Diarreia com sinais de má absorção
Emagrecimento
Invasão de medula óssea (anemia/leucopenia)
Hepatomegalia
Esplenomegalia
Acometimento pulmonar
Linfonodos intra-abdominais
Elevação de fosfatase alcalina
Diagnóstico
Hemocultura e/ou cultura para micobactérias (de material
obtido por biópsia)
Tratamento
Claritromicina ou azitromicina + Etambutol + Ciprofloxacina
Profilaxia
Profilaxia primária (CD4 < 50 cels/mm³)
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
O LCR de um paciente HIV positivo possui muito mais Orofaringe com lesões esbranquiçadas em palato e mucosa
microrganismo (Criptococcus ou BK) do que o LCR de um jugal.
paciente não HIV e por isso a resposta inflamatória com o
aumento do CD4 pode ser demasiadamente intensa ao AR: MV rude com estertores crepitantes difusos bilateralmente.
ponto de ser prejudicial ao paciente.
Com isso, esperamos a infecção estar mais controlada Abdome sem visceromegalias.
pelos fármacos para depois melhorar a imunidade, ou seja,
para depois iniciar o tratamento para o HIV. Pele com cicatriz hipocrômica em região torácica seguindo o
trajeto intercostal, restrito ao lado direito do corpo (herpes
Se o paciente desenvolveu neurotoxoplasmose, isso é indício que zoster).
ele possui menos de 100 linfócitos CD4/mm3.
Desse modo, devemos fazer profilaxia secundária para Radiografia de tórax revela infiltrado intersticial bilateral.
Toxoplasmose com Sulfadizina/Pirimetamina/Ácido Folínico,
mesmo que já tenha iniciado o antirretroviral (o sistema Esse caso tem um diagnóstico mais desafiador pois existem várias
imune precisa de tempo para se recompor, ou seja, para ter os causas de dispneia e por isso a ANAMNESE/EXAME FÍSICO são
níveis de CD4 elevados). fundamentais.
Acompanhamento do paciente: quando a contagem de CD4 O paciente apresentou cicatriz de Herpes zoster...
for >200cels/mm3 em duas dosagens consecutivas num Patogenia: reativação do vírus Varicela que permaneceu
latente nos gânglios da raiz dorsal (sensitivos) após uma
intervalo por 3 meses (período de 6 meses) podemos encerrar
primo-infecção (Varicela, normalmente na infância).
a quimioprofilaxia para toxoplasmose.
Quando o Herpes zoster cicatriza forma uma lesão
Esse mesmo esquema deve ser seguido para Pneumocistose. hipercrômica que às vezes demora a clarear.
O Herpes Zoster é muito comum em pessoas HIV positivas.
Diagnósticos Diferenciais Em pessoas de qualquer idade que se apresentem com
Leucoencefalopatia Zoster, devemos, com todo cuidado, oferecer o teste de
Padrão mais difuso HIV. Porém, ressalta-se que muitas vezes uma queda da
imunidade decorrente do estresse já é suficiente para
Linfoma primárico do SNC recrudescência dessa infecção.
A dose para tratamento do Herpes zoster é quase o dobro
Meningite criptocócica da dose para tratamento de herpes simples e os
Cefaleia intensa (aumento da pressão liquórica); profissionais devem estar atentos para isso.
Sinais meníngeos discretos (há pouca inflamação);
LCR pouco inflamado (quase normal) devido à baixa taxa
Entendendo o caso...
de inflamação;
Quadro Respiratório + alteração em radiografia de Tórax num
Nanquim mostrará o fungo no meio pois ele não penetra na
paciente HIV positivo é sugestivo de:
capsula fúngica (gelatinona) e com isso deixa o fungo
Tuberculose disseminada ou Pneumocistose
contrastado em relação ao meio tingido.
Tratamento: iniciar Anfotericina B (fase aguda) e depois
Nessa história pensamos mais em pneumocistose porque,
continuar com fluconazol (fármaco de boa penetração no
diferente da TB, a febre não é um sintoma importante, a queixa
SNC).
principal do paciente é a dispneia (não tosse, como TB).
O fluconazol é mantido até CD4 > 100cels/mm3 (como
Motivo: O fungo acomete, principalmente o interstício
profilaxia secundária).
pulmonar, e isso compromete a troca gasosa – principalmente
o aporte de O2 (gás menos difusível que o CO2) e por isso o
Sífilis meningovascular
paciente se apresenta com hipoxemia (na história inclusive há
Solicitar VDRL sérico, se positivo, em uma pessoa com lesão
descrição de cianose). A retenção de CO2 ocorre
cerebral isquêmica na vigência de HIV, temos que tratar a
principalmente com doenças obstrutivas, que não é o caso do
sífilis como NEUROSSÍFILIS.
paciente. Já, as doenças de interstício, PRIMEIRO provocam
Consideramos o VDRL sérico, porque a chance de encontrar
hipoxemia.
VDRL no LCR num paciente com sífilis é de 50%. Desse modo,
é mais confiável utilizar o VDRL sérico como parâmetro.
O infiltrado intersticial é descrito como vidro fosco na TC.
Tratamento: Penicilina Cristalina (IV) por 10 a 14 dias
(tratamento em internação).
Agente etiológico da pneumocistose: Pneumocystis jirovecii
A penicilina benzatina não penetra no SNC.
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Exames complementares para confirmação do diagnóstico: Não se faz profilaxia secundária, somente a primária.
Amostra: escarro
Esquema da profilaxia primária:
Testes para Pneumocistose: Isoniazida – 6 a 9 meses, o ideal é fazer por 9 meses.
Pesquisa direta de P. jirovecii: coloração Giemsa ou Grocott; o Quanto menor o CD4, mais tempo (9 meses).
Pesquisa de antígeno de P. jirovecii em escarro com anticorpo Para quem se indica? Todo paciente com HIV e PPD >5.
monoclonal; Porém, ultimamente, para paciente HIV com CD4 < 350, tem-
Não se faz cultura para Pneumocystis jirovecii não há se feito a quimioprofilaxia. Tem-se optado por isso, porque a
crescimento em meios de culturas conhecidos. frequência de TB é muito alta entre PVHIV e à medida que a
imunidade reduz, o PPD se torna cada vez mais falso-negativo
Teste para Tuberculose (num paciente HIV com sintoma (não consegue reagir por falta de imunidade).
respiratória deve sempre ser realizado, mesmo que não seja a A profilaxia primária corresponde ao tratamento da TB
principal hipótese): latente.
Pesquisar BK
o Baciloscopia BAAR (Ziehl-Neelsen) HIV e PAC
ou A infecção MAIS comum no HIV é a PAC por Pneumococo e por isso
o Teste rápido molecular para TB o HIV está no grupo da população com indicação da vacinação
+ Pneumocócica.
o Cultura
CASO 7C
Na tuberculose podemos ainda dosar o IGRA (dosagem sérica de Paciente de 28 anos, sexo masculino, engenheiro, natural do Rio
interferon). de Janeiro, com infecção pelo HIV, volta para o Rio de Janeiro
após trabalhar 2 anos na África.
A determinação do diagnóstico de TB ou não é determinante para Antes de viajar para fora do país apresentava uma carga viral de
o isolamento respiratório – pois esse é necessário para TB, mas não 40.000 cópias/ml e uma contagem de linfócitos CD4+ de
necessário para pneumocystis. 280/mm3 (17%).
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
Criptosporidium (difícil a tratar, não responde a quase nenhum PA: 100/70 mmHg, FC: 100bpm, FR: 40irm.
fámarco) – melhora com a elevação do CD4.
Eczema seborreico em face.
Podemos usar loperamida (imozec) até melhora da
imunidade. Ausculta respiratória com estertores esparsos.
Hipóteses diagnósticas:
Hoje, não fazemos mais todos esses testes, podemos começar o
tratamento de forma empírica.
Neurotoxoplasmose
Não houve comprometimento focal e isso dificulta um pouco
CASO 7C
o diagnóstico;
Paciente de 28 anos, sexo masculino, engenheiro, natural do Rio
de Janeiro, com infecção pelo HIV, volta para o Rio de Janeiro
Meningite criptocócica
após trabalhar 2 anos na África.
Antes de viajar para fora do país apresentava uma carga viral de
CASO 7B 40.000 cópias/ml e uma contagem de linfócitos CD4+ de
LFS, sexo feminino, 24 anos, natural de MG, estudante de 280/mm3 (17%).
pedagogia. Procura a unidade de pronto atendimento
queixando-se de muito cansaço, tosse e febre “baixa” (não Refere que emagreceu 7 quilos nos últimos 6 meses.
aferida).
Há 7 dias apresenta quadro de diarreia liquida, que vem
Informa que há aproximadamente 3 semanas têm apresentado aumentando progressivamente. Hoje já foi ao banheiro mais
tosse seca e que procurou atendimento na primeira semana, de 10 vezes.
sendo prescrito Azitromicina por 5 dias.
Ao exame: emagrecido, desidratado 3+/4, hipocorado.
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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Doenças Infecto-Parasitárias
TB cavitária
PA: 90/50mmHg, FC: 112bpm. Esse tipo de TB não ocorre em paciente com AIDS, os quais em geral
desenvolvem a forma disseminada, pois esse paciente não tem
Orofaringe com lesões esbranquiçadas múltiplas compatíveis
imunidade para conter o foco num só local.
com candidose. Presença de eczema seborreico na face.
Outras causas de acometimento pulmonar em paciente HIV:
Histosplasmose: outro comprometimento pulmonar importante.
DIARREIAS
Sistema Respiratório
A enteropatia pelo próprio HIV causa diarreia intensa e sem
Infecções oportunistas mais comuns em pacientes HIV;
tratamento; ocorre em pacientes que não estão em
O paciente com HIV tem mais ocorrência de sinusite, otite,
tratamento.
PAC, TB cavitária e recrudescência de Herpes Zoster, mesmo
Giardíase: pode causar secretora ou esteatorreia).
com CD4 normal.
Coprocultura: E. coli enterro-toxigênica / Salmonella /
Shighela.
Profilaxias Primárias
Paramomicina: droga que pode ser usada para
CD4<50: Neurotoxoplasmose, Pneumocistose e
cryptosporidium, mas não tem no Brasil
Micobacteriose atípica
CD4 entre 50 e 100: Pneumocistose e neurotoxoplasmose.
CD4 entre 100 e 200: Pneumocistose
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