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HIV
CONCEITO AIDS/HIV
EPIDEMIOLOGIA
• AGENTE ETIOLÓGICO
• CICLOS
• TRANSMISSÃO
• MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PRECAUÇÃO
• CUIDADOS DE ENFERMAGEM
O QUE É AIDS E HIV ?
 A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês).
Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As
células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias
de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
 HIV: É um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae e é uma Infecção Sexualmente
Transmissível. Esses vírus possui:
• Reservatório: homem
• Período de incubação 1 a 3 semanas;
• Período de latência Após a infecção aguda, o tempo de desenvolvimento de sinais e sintomas da aids é em
média de 10 anos.
• Suscetibilidade, vulnerabilidade e imunidade No Brasil, os gays e outros homens que fazem sexo com homens
(HSH), as mulheres profissionais do sexo, travestis, transexuais e pessoas que usam drogas;
• Supressão do sistema imune.
EPIDEMIOLOGIA
 No Brasil, desde os anos de 1980, a vigilância epidemiológica da aids é baseada na notificação
compulsória de casos.
 Objetivo: Monitorar o comportamento do HIV/aids e seus fatores condicionantes e determinantes, com
a !nalidade de recomendar, adotar medidas de prevenção e controle e avaliar o seu impacto.
 A notificação compulsória da infecção pelo HIV permite caracterizar e monitorar tendências, perfil
epidemiológico, riscos e vulnerabilidades na população infectada, com vistas a aprimorar a política
pública de enfrentamento da epidemia.
 A vigilância da infecção pelo HIV e da aids está baseada num modelo de vigilância dos eventos: infecção
pelo HIV, adoecimento (aids), e óbito, por meio de sistemas de informação de rotina e de estudos
seccionais e longitudinais.
 A vigilância epidemiológica do HIV e da aids baseia-se em dados fornecidos pelo Sistema de Informação
de Agravos de Notificação (Sinan), do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), Sistema de
Controle de Exames Laboratoriais (Siscel), Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom) e
Sistema de Monitoramento Clínico das pessoas vivendo com HIV (SIMC).
AGENTE ETIOLÓGICO
 HIV-1 e HIV-2 são retrovírus.
 Família Lentiviridae;
 Grupo dos retrovírus citopáticos e não
oncogênicos necessitando, para se
multiplicar, de uma enzima denominada
transcriptase reversa, responsável pela
transcrição do ácido ribonucleico (RNA)
viral para uma cópia do ácido
desoxirribonucleico (DNA), que pode
então se integrar ao genoma do
hospedeiro.
CICLOS
1. Ataque: Proteínas do HIV se acoplam a
receptores CD4 presentes em glóbulos
brancos (células de defesa) do sangue.

2. Cópia dos genes: o HIV faz uma cópia


de seu próprio material genético.

3. Replicação: O vírus aloja a cópia de


seus genes no DNA da célula hospedeira.
Quando essa célula começa a se
reproduzir, partes do vírus também são
reproduzidas.

4.Novo vírus: As partes do vírus se unem


perto da parede celular, originando um
novo vírus HIV.
TRANSMISSÃO
 Desde o momento da aquisição da infecção, o portador do HIV é transmissor.

• via sexual (esperma e secreção vaginal) • sangue (via parenteral), vertical (gestação,
parto e amamentação).

• reutilização e compartilhamento de seringas e agulhas • acidente ocupacional


MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
 Fase aguda:
• Esta fase da doença é também chamada de síndrome retroviral aguda ou infecção primária
caracteriza-se tanto por viremia elevada, quanto por resposta imune intensa e rápida queda na
contagem de linfócitos T CD4+ de caráter transitório, é autolimitada e a maior parte dos sinais e
sintomas desaparece em 3 a 4 semanas. Os sintomas podem variar, desde quadro gripal até uma
síndrome que se assemelha à mononucleose.
exantema adinamia mialgia
adenopatia
artralgia

ulcerações hiporexia
Perda de peso

febre
hepatoesplenomegalia Alguns paciente podem
Náuseas apresentar candidíase oral,
e vômito neuropatia periférica,
meningoencefalite
asséptica e síndrome de
cefaleia faringite Guillain-Barré.
 Fase assintomática ▪ Fase sintomática inicial  Aids/doenças oportunistas
• Pode durar de alguns meses • Pode apresentar sinais e  Uma vez agravada a
a alguns anos; imunodepressão, o portador da
sintomas inespecíficos de infecção pelo HIV apresenta
• Os sintomas clínicos são intensidade variável; infecções oportunistas (IO),
causadas por microrganismos não
mínimos ou inexistentes. considerados usualmente
• Duração superior a 1 mês,
patogênicos, ou seja, não capazes
• Os exames sorológicos para o sem causa identificada de desencadear doença em
HIV são reagentes e a pessoas com sistema imune
• Processos oportunistas de normal.
contagem de linfócitos T CD4+
menor gravidade;  No entanto, microrganismos
pode estar estável ou em
normalmente patogênicos
declínio. • Candidíase,linfadenopatia também podem, eventualmente,
• Alguns pacientes podem generalizada, diarreia, febre, causar IO. Porém, nessa situação,
astenia, sudorese noturna e as infecções necessariamente
apresentar uma assumem um caráter de maior
linfoadenopatia generalizada perda de peso superior a gravidade ou agressividade, para
10%. serem consideradas oportunistas.
persistente.
 Aids/tumores associados
• Sarcoma de Kaposi, linfomas não Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical.

IMPORTANTE: Além das IO, tumores, nefropatia e alterações neurológicas, a infecção pelo HIV pode agravar o
prognóstico e a progressão de outras doenças transmissíveis como: tuberculose, hepatites virais, sífilis, entre outras.
DIAGNÓSTICO
 Janela diagnóstica é o tempo decorrido entre a
infecção e o aparecimento ou detecção de um
marcador da infecção, seja ele RNA viral, DNA
proviral, antígeno p24 ou anticorpo. A duração
desse período depende do tipo do teste, da
sensibilidade do teste e do método utilizado para
detectar o marcador.
 A soroconversão é o período que denota o
processo de desenvolvimento de anticorpos contra
um patógeno específico.
 Em caso de suspeita de infecção pelo HIV,
uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias
após a data da coleta desta amostra.
TESTE RÁPIDO
 Dois testes rápidos (TR1 e TR2) diferentes são usados
sequencialmente, com amostras de sangue, com o
objetivo de melhorar o valor preditivo positivo.
 A amostra de sangue pode ser obtida por punção da
polpa digital ou por punção venosa em tubo contendo
anticoagulante. O sangue total obtido por punção
digital deve ser preferencialmente utilizado, porque
permite a testagem na presença do indivíduo.
TRATAMENTO
 Os objetivos do tratamento são melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida, pela redução da carga
viral e reconstituição do sistema imunológico.
 Iniciar o tratamento logo após a confirmação do diagnóstico.

 A periodicidade das consultas médicas deve adequar-se à fase do tratamento e às condições clínicas do
paciente.
 Após a introdução ou alteração da TARV, recomenda-se retorno entre 7 e 15 dias com o propósito de se
observar eventos adversos e dificuldades que possam comprometer a adesão; em seguida, retornos mensais até
a adaptação do paciente à TARV.
 Pacientes com quadro clínico estável poderão retornar para consultas em intervalos de até 6 meses; nesses
casos, exames de controle também poderão ser realizados com periodicidade maior
PRECAUÇÃO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Acolher o paciente;
 Realizar o teste rápido;
 Orientar sobre HIV;
 Orientar voltar com 30 dias para repetir o teste rápido;
 Caso dê positivo iniciar o tratamento;
 Solicitar acompanhamento multiprofissional.
 Facilitar a adesão do usuário ao tratamento;
▪ Três momentos da terapia antirretroviral merecem especial atenção e cuidado da equipe multidisciplinar na abordagem do
paciente:
• início da terapia;
• mudança de esquema terapêutico;
• retorno de abandono.
• Em cada um desses momentos, é recomendado que todos os usuários, mesmo aqueles que entendem e aceitam o tratamento e
que são pacientes já aderentes à terapia e conhecedores de sua condição e da doença, passem por consultas individuais com
profissionais da equipe, conforme a identificação de suas necessidades, emergentes em cada momento.
REFERÊNCIAS:
 BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para manejo da infecção para HIV em adultos.
Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 416 p.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Recomendações para terapia antirretroviral em adultos infectados pelo HIV –
2008, Brasília, 2010
 Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Critérios de de"nição de casos de aids em adultos
e crianças. Brasília, 2005
 Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual técnico para o diagnóstico da infecção
pelo HIV. Brasília, 2014
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de Risco à Infecção pelo HIV. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017b.

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