Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS

Medicina Veterinária – 5° fase

CCR: Semiologia

Introdução a semiologia
 A semiologia envolve três funções primordiais
o Fazer a obtenção do histórico do paciente (anamnese)
o Fazer um bom exame físico
o Tentar avaliar um processo investigativo com base na anamnese e nos exames físicos
 Serve para descobrir se será necessário ou não um exame complementar
 Ficha clínica  documento que é propriedade do tutor
 A semiologia é a parte da medicina que estuda os métodos de exames clínico, pesquisa os sintomas
e os interpreta – diagnóstico e “prognóstico”
o Semion = sintomas/sinais
o Logos = ciência/ estudo

Todos os pacientes que vierem para exame físico, independente da causa, é necessário que se faça o
exame físico geral
Ex.: para um animal que foi atropelado, é necessário que seja feito todos os exames físicos
 Na veterinária, nós analisamos os sinais clínicos e não os sintomas
 Com base nos dados do exame físico é possível saber qual exame complementar será pedido
o 80% do diagnóstico é feito a partir da conversa com o tutor

CONCEITOS GERAIS
 Sintomas  é todo fenômeno anormal, orgânico ou funcional pelo qual as doenças se revelam no
animal
o Na veterinária não é possível analisar os sintomas, no entanto, existem sinais clínicos que
refletem os sintomas
 Ex.: quando o paciente sente incômodo ao movimentar alguma parte do corpo
(sintoma: dor)
 Diarréia (manifestação clínica)  o sintoma pode ser a cólica
 Sinais clínicos  Não se limita a observação da manifestação anormal apresentada pelo animal,
mas principalmente, a avaliação e a conclusão que o clínico retira do (s) sintoma (s) observado (s)
e/ou por métodos físicos de exame
o Ex.: edema (sintoma  aumento de volume)

Sinal de Godet positivo

Sinal de balotamento positivo
CLASSIFICAÇÃO DOS SINAIS
 Locais  quando as manifestações patológicas aparecem claramente circunscritas e em estreita
relação com o órgão envolvido
o Ex.: hiperemia da conjutiva palpebral por irritação
 Gerais  são manifestações patológicas resultantes do comprometimento orgânico como um todo
(endotoxemia), ou por envolvimento de um órgão ou determinado sistema, levando a prejuízos de
outras funções do organismo (neoplasia mamária – metástase pulmonar)
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 Principais  fornecem subsídios sobre o provável sistema orgânico envolvido (dispneia nas
afecções pulmonares)
 Patognomônico  só pertencem ou só representam uma determinada enfermidade
o Sinal específico de uma doença
 Inspeção  primeiro item a se realizar no exame físico
CLASSIFICAÇÃO DOS SINAIS (EVOLUÇÃO)
 Iniciais  primeiros sinais observados ou revelados da doença
 Tardios  quando aparecem no período de plena estabilização ou declínio da enfermidade
o Ex.: casos de diarreia na parvovirose
 Residuais  quando se verifica uma aparente recuperação do animal
o Ex.: mioclonias que ocorrem em alguns casos de cinomose

CLASSIFICAÇÕ DOS SINIS CLÍNICOS (MECANISMOS DE PRODUÇÃO)

 Anatômicos: dizem respeito à alteração da forma de um órgão ou tecido
o Ex.: esplenomegalia; hepatomegalia
 Funcionais  estão relacionados com a alteração na função dos órgãos
o (claudicação)
 São originados longe da área COMPLETAR

 Síndrome  conjunto de sinais clínicos, de múltiplas causas e que afetam diversos sistemas;
quando adequadamente reconhecidos e considerados em conjunto, caracterizam uma
determinada enfermidade ou lesão
o Ex.: síndrome cólica
o Febre  conjunto de sinais, pois em decorrência dela ocorre ressecamento da boca,
aumento da frequência respiratória e cardíaca, perda parcial do apetite, oligúria
 Quando o animal apresenta febre, ele terá um conjunto de sinais derivados do
estado febril
 Diagnóstico  grego = diagnosis  ato de discernir, de reconhecer
o Reconhecer uma dada enfermidade por suas manifestações clínicas, bem como o de prever
a sua evolução, ou melhor o seu prognóstico
o Para o clínico, cada diagnóstico representa um desafio a ser vencido
 Diagnóstico clínico  reconhecimento de uma doença baseado na anamnese, exame clínico,
exames complementares
 Diagnóstico terapêutico  baseado na resposta favorável da terapia
o Ex.: escabiose canina
 Diagnóstico etiológico  refere-se a doença e ao agente causador
o Ex.: tétano
 Diagnóstico presuntivo  com a observação diária da progressão da doença, exclui-se ou insere-se
alguns diagnósticos (pré-estabelecidos)
 Diagnóstico anatômico  especifica o local e o tipo de lesão
o Ex.: fratura cominutiva em determinado osso
 Diagnóstico histopatológico  determinado pelo estudo microscópico dos tecidos
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 Diagnóstico anatomopatológico  exame macro e/ou microscópico de peças cirúrgicas, biópsias ou
exame post mortem