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Steve Freitas dos Santos F-Fisioterapia IP-ESSUA

Fisiopatologia
Doença – do grego “pathos”, sofrimento.
Patologia – estudo da doença. O objetivo final desta ciência é identificar as causas e os
mecanismos e características das doenças para que se possam desenvolver procedimentos
diagnósticos, terapêuticos e de prevenção à doença. Situa-se entre a ciência básica
(anatomia) e a pratica clinica.
Fisiopatologia – estudo da disfunção orgânica (fisio - função).
Nosologia – classificação das doenças. Estas são classificadas em: inflamatórias,
degenerativas (ex. alzeimer ou Parkinson) e tumorais (benignos ou malignos).
Saúde – (segundo OMS) corresponde ao estado de bem estar físico, mental e social.
Homeostasia - equílibrio dinâmico que permite manter o meio interno dentro dos
parâmetros considerados normais, apesar das contínuas agressões a que é sujeito.

O meio ambiente contem agentes potencialmente agressivos aos quais os indivíduos se


devem adaptar (homeostasia). Se houver falha de adaptação ocorre a doença.

Doença
Condição que implica a perda de saúde. Prevê uma manifestação clinica, através de sinais
e/ou sintomas, de uma anormalidade estrutural e/ou funcional.
A doença difere no âmbito cultural, social e histórico. Pode ser considerada normal/usual
ou ainda benéfica (ex. anemia falciforme com a malaria).

Qualidade de vida – Grau em que as esperanças e as ambições de uma pessoa


correspondem e são satisfeiras pela realidade. Difere entre populações mas em todas tem o
ponto de ter saúde.
Patogenese – mecanismo de desenvolvimento da doença.
Alteracoes morfológicas – sinais e sintomas de uma doença.
Clínica – consequências funcionais das alterações morfológicas.

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Etiologia (causa da doença)


Uma doença pode ser idiopática (não tem causa conhecida), genética (causada pelo DNA
da pessoa), congénita (contraída durante a vida intrauterina) ou adquirida (90% das
doenças – causas externas que causam a doença, adquirimos a doença).
A etiologia pode ser externa, causada por agentes físicos (lesao mecânica, pressão
atmosférica, esao térmica, electricidade e radiações), agentes químicos, agentes vivos ou
por fatores psico-sociais. Pode também ser interna em que a doença é genética ou
congénita.

Doenca cogenita – a doença nasce com o individuo.


Doenca iatrogénica – doença induzida por acão
médica.
Patogenia – mecanismo através do qual a etiologia
opera de forma a produzir manifestações patológicas e
clinicas. Mecanismo para qual uma causa leva à uma
doença. A patogenia pode ser por ação direta ou por
reação do hospedeiro (inflamação, resposta imunitária,
degeneração ou carcinogénese).

Periodo de latência – período de incubação da doença.


Seminologia – estudo da doença mediante a interpretação dos sintomas e sinais.
Sintomas – sensações anormais descritas pelo doente. São subjetivos e obtêm-se da
historia clinica.
Sinais – alterações detetáveis pelo observado. São objetivos e obtêm-se da exploração
direta.
Sinais e sintomas – podem ser musculo-esqueleticos, cardio-circulatorios, neurológicos,
respiratórios, gastro-intestinais ou renais.
Alteração patognomónica – característica única de uma doença que faz o diagnostico.
Diagnostico – determinação do tipo de doença. Feito por recolha de dados que prevê
anamnese, um exame físico e exames complementares. E por analise e interpretação dos
dados e por isto precisamos de sensibilidade e especificidade (dos testes).

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Síndroma – conjunto de sinais e sintomas que permitem diagnosticar uma doença (ex.
S.de Down, S. Nefrótico e S. de Cushing). Contrario do patognomónico. Ex. na síndroma
Nefrotico temos edema generalizado, albuminúria e hipobumnemia.
Diagnostico diferencial – analise das diferentes hipóteses de diagnóstico.
Patocronia – evolução da doença no tempo.

Terapêutica – tratamento da doença.


Prognostico – previsão da evolução da doença.

Fim/lise da doença – pode resultar em: cura em que desaparecem a causa e as


manifestações clinicas/fisiopatológicas da doença, invalidez em que temos lesões
permanentes ou residuais (permanecem alterações morfológicas, funcionais ou
psicológicas/mentais), ou em morte em que cessam as funções vitais.

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A vida é uma doença sexualmente transmissível que é invariavelmente fatal.

Léxico Medico
Termos cirúrgicos
Ectomia- exérese ou remoção de um órgão (ex. apendicectomia, cistectomia, gastrectomia,
etc.).
Otomia – abertura ou incisão de numa cavidade ou órgão (ex. laparotomia, toracotomia,
etc.).
Ostomia – ligação entre duas estruturas (ex. jejunostomia, ileostomia, etc.).
R(r)afia – sutura de um órgão (ex. tenorrafia, perineorrafia, etc.).

Prefixos
Ana – ausência (anafilaxia).
Hiper – exesso em relação ao normal (hiperglicemia).
Hipo – redução em relação ao normal (hipotiroidismo).

Sufixos
Ite – processo inflamatório (apendicite, cistite).
Oma – tumor (adenoma, sarcoma, sarcoma).
Penia – falta (leucopenia).
Plasia – desordem do crescimento (hiperplasia, hipoplasia).
Ectasia – dilatação (bronquiectasia, caliectasia).

Patologistas – estudam as alterações bioquímicas, estruturais e funcionais que ocorrem as


células, tecidos e órgãos. Anatomopatologistas identificam alterações macro ou
microscópicas em células (citologia) ou tecidos (histologia). Alterações bioquímicas em
fluidos corporais são identificadas por patologistas clínicos.

A medicina há 50 anos tinha só (reconhecidos) médicos e enfermeiros. Depois evolui-o e


agora temos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, genetistas, nutricionistas, etc. Isto
aconteceu por: imigração e alterações demográficas, informação mais frequente, maior
capacidade económica e por uma nova legislação.

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Medicina baseada em evidencias – uso criterioso, explicito e consciente das melhores


evidencias acurais na tomada de decisões relativas à assistência de cada doente. (sackett)

Os internamentos hospitalares 5-10% são iatrogénicos.

Medicina – arte e ciência.


Medicina ocidental
Composta por medicina convencional e a medicina alopática. Estas medicinas tiveram o
efeito de aumentar a esperança media de vida. De menos de 25 anos no inicio da era Cristã
à mais de 80 atualmente.
A medicina ocidental não tem muito efeito nas lombalgias, fadiga, ansiedade, artrite,
alergias, etc.
Como especialidades na medicina temos a medicina alternativa, complementar,
integrativa, não tradicional, não convencional, holística, não ortodoxa e natural.

MCA (Medicina Complementar e Alternativa)


Amplo espectro de fontes de cura que engloba todos os sistemas de saúde, modalidades e
práticas e as teorias e crenças que as acompanham. Em harmonia com a maioria dos
valores da pratica medica. Por ano 15-50% e anda a aumentar.
A classificação da MCA compreende: sistemas médicos alternativos, intervenções corpo-
espirito, terapêuticas baseadas na biologia, métodos de manipulação corporal e
terapêuticas pela energia.

1.Sistemas médicos alternativos


Compreende ayurveda, medicina tradicional chinesa, homeopatia, naturapatia e medicina
ambiental.

Medicina Tradicional Chinesa (MTC)


Temos um trabalho feito sobre os desequilíbrios nas energias YIN (frio, hummido, pesado
e negativo) e YANG (quente, seco, leve e positivo). Este é se calhar o sistema medico mais
antigo.
Esta medcina prevê 5 dimencoes inseparáveis nos seres humanos: o QI (energia primaria q
resulta da interação entre YIN e YANG), o JING (material genético do corpo), o SHEN
(espirito e mente), o sangue (manifestação física do QI) e os fluidos JIN YE (para
lubrificação e humidificação do órgãos).
Nesta medicina temos também a teoria dos 5 elementos (madeira, fogo, terra, metal e
agua) que correspondem a 5 redes energéticas de órgãos: fígado/vesicula biliar,
coracao/intestino delgado, baço/estomago, pulmão/colon, rim/bexiga.
Segundo a MTC, o corpo contém uma série de vias energéticas conhecidas por sistemas de
meridiano, através dos quais QI e outras energias vitais fluem alimentando o corpo.
Há 12 meridianos major – sítios específicos ao longo das vias (acupoints) dão acesso ao
sistema de meridiano.
Há centenas de acupoints, cada um correspondendo a órgãos particulares e às suas
funções.

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Como terapia contem: acupuntura, ervanária chinesa, dieta, terapêutica física, exercício
(TAI CHI ou QIGONG) e a meditação.

Acupuntura
Agulhas de 30-36 gauge são inseridas nos acupoints de maneira indolor e deixadas no
local durante 20-40 minutos. Causa: libertação de endorfinas, ativação do hipotálamo e
hipófise, alteração da função imune, alterações dos neurotransmissores e alterações neuro-
hormonais. Mas é preciso ter cuidado, porque na agupuntura temos historia de
convulsões, carriers de hepatite B e C, infeção HIV, doenças hemorrágicas,
trombocitopenia e infeções da pele.

2. Intervenções corpo-espirito
TAI-CHI - sequência de movimentos estandardizados (“form”) e sincronizados com a
respiração. Reduz a dor na fibromialgia, diminui a gordura corporal, aumenta a captação
pulmonar de O, melhora a flexibilidade da coluna e diminui as quedas nos idosos.

Espiritualidade – compreende religiosidade, meditação, apreciar a natureza, literatura de


inspiração, convívio com amigos e familiares, ajuda aos outros, etc.

3.Terapeuticas baseadas na biologia


ERVA
Planta ou parte da planta que produz e contém substâncias químicas que atuam no corpo.
25.000 espécies de plantas usadas em todo o mundo. 80% da população usa algum tipo.
30% dos fármacos derivam de plantas. As ervas poem ser toxicas, cancerígenas, podem ter
potencia variável com o processamento, podem ter contaminação (pesticidas ou metais),
podem dar atraso no tratamento medico e podem ser contraindicadas (gravidas, lactentes
ou idosos com d. hepática ou cardíaca).
Como principais ervas temos: camomila, gingko biloba, ginseng e valeriana.

4.Metodos de manipulação corporal


Terapêutica Quiroprática – restaurar e manter a saúde ao alinhar adequadamente a coluna
vertebra. Cura: algias da coluna, alterações músculo-esqueléticas, cefaleias, dismenorreia e
zumbidos.

Toque terapêutico - O corpo humano é um sistema de energia aberto e há um fluxo


balanceado dessa energia. Na TT a doença resulta de energia não balanceada. A TT
restaura o balanço de energia. Tem efeito de: promoção do sono, redução da ansiedade,
agitação, dor pós-operatória, cefaleias de tensão e stress, melhoria da resposta imune e
melhoria da cicatrização de tecidos.

Termas – boas para ir visitar.

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Livro – Fisiopatologia e Genética


O termo “genética” foi cunhado em 1905, por William Bateson. Desde o entendimento
empírico da hereditariedade até o descobrimento dos nucleótidos do ADN, a genética foi
sempre estudada e reconhecida como importante.
As informações no ser humano, nos animais e em todos os seres que se multiplicam por
divisão mitótica e meiótica são contidas no ADN (acido desoxirribonucleico) e no ARN
(acido ribonucleico). O genoma humano contem cerca de 6x109 par de bases.
No ser humano a transcrição do ADN diz respeito ao processo pelo qual a célula sintetiza
ARNm a partir do modelo proporcional do ADN. A transcrição d ARN é feita de modo
complementar, como a replicação do ADN. No ARN, em lugar do nucleótido Timina
temos o Uracilo e a desoxirribose é substituída por ribose. Aida dentro do núcleo, ocorre o
splicing do ARN heterogéneo, pelo qual são excitados os intrões e reorganizado os exões.
O ARNm forma-se a partir dos exões.
A expressão genica ocorre a diversos níveis: ADN, transcrisao em ARN, splicing, tradução
e pós-tradução.
A “normalidade” na expressão génica não pode ser olhada de forma absoluta e linear.
Devem ser consideradas a variáveis relativas à: quantidade, qualidade, tempo de
ocorrência (o momento) e o lugar.

Quantidade – se um gene se apresenta em numero maior ao normal (ex. trissomia) causa


maior produção de proteína codificada o que pode afetar o equilíbrio funcional e conduzir
a comportamentos celulares anormais. Uma redução do numero de copias ou ausência
desses genes (ex. monossomias ou as deleções genicas) pode produzir também
comportamentos celulares anormais por reação inversa.

Qualidade – pode ser modificada de uma forma fisiológica por splicing alternativo ou por
uma mutação.

Tempo – presente na expressão sequencial de genes. Uns genes devem estar ativos em
determinadas fases e quiescentes noutras (ex. hemoglobina).

Lugar – tem efeito sobre as células como fator que favorece ou não as suas funções,
atividades ou a sua replicação (ex. células tumorais que devem estar no lugar certo para
poder replicar).

A expressão de um gene pode ser influenciada pela presença de outros genes e/ou por
fatores ambientais.

Mutações do ADN e doença


A taxa de mutação define o numero de mutações/gene/geração e reflete a probabilidade
de ocorrência de uma alteração grave num gene e não a totalidade das mutações que um
gene ou o genoma podem sofrer. A ordem de medida é entre 10-4 e 10-6 por gameta. A
probabilidade de uma mutação num gene depende de fatores intrínsecos (mutações
espontâneas) e de fatores extrínsecos (mutações induzidas).

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As mutações podem ser muito extensas (numero/estrutura de cromossomas) ou muito


pequenas (mutações genicas). Uma mutação pode ocorrer em regiões genicas
codificadoras (exões) e causam muitos problemas ou em zonas não codificadoras (intrões)
que não causam nenhum ou algum. Algumas mutações não dão grandes problemas (ou
nenhum), sobretudo se é no ultimo nucleótido de cada codão porque por muitas vezes da
no mesmo aminoácido.

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