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ALUNA: LIDIANE WANDROFSKI FAGUNDES - TURMA 217

ATIVIDADES DO MÓDULO 9 DO CURSO DE ASB CEAPES

NOÇÕES DE ENDODONTIA e PERIODONTIA

Trabalho 1

A placa bacteriana, também conhecida como biofilme dental, é uma película transparente e pegajosa que se forma
sobre a superfície dentária. Ela é formada através do acúmulo de bactérias, restos alimentares e outros
microorganismos que, devido a uma má higienização, se aderem ao dente. Pensando nisso, podemos dizer que a
placa bacteriana é um acúmulo muito prejudicial para a saúde bucal. Porque ela é precursora das mais diferentes
doenças bucais, como cáries, tártaro e gengivite.

O cálculo dental pode ser visto ao longo da linha da gengiva.

 Cálculo ou tártaro, em Odontologia, é o resultado da mineralização da placa bacteriana ou biofilme maduro.

 Após aproximadamente 21 dias, caso o biofilme bacteriano não seja removido, há o estabelecimento de uma
comunidade estável de bactérias.

Para evitar a placa bacteriana dos dentes é preciso escovação no mínimo por três vezes ao dia e uso diário do fio
dental entre os dentes e sob a gengiva, local onde a escova não alcança.

Existem dois tipos de tártaro. O denominado supragengival é caracterizado por aderir a parte aparente do dente,
ficando acima da borda da gengiva. Ele é facilmente identificado por sua coloração amarelada ou esbranquiçada.
Quando já está aderido ao dente, o tártaro só pode removido pelo profissional no consultório, com raspagem ou a
popular limpeza. Já o tártaro subgengival não pode ser visto ao exame visual, ficando aderido ao dente em sua
porção abaixo de gengiva. A cor deste é mais escura ou esverdeada e requer uma técnica mais apurada, para ser
raspado abaixo da gengiva.

Fonte: https://sorrisologia.com.br/w/tartaro-supra-e-subgengival-entenda-as-diferencas_a7159;
https://vocepergunta.com/library/artigo/read/668155-como-e-formada-a-placa-dental-o-que-influencia-a-
formacao-da-placa-o-que-e-placa-sub-e-supra-gengival-o-que-e-o-calculo-dental
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NOÇÕES DE ENDODONTIA e PERIODONTIA

Trabalho 2

A doença periodontal afeta os tecidos que estão ao redor do dente e que garantem a sua sustentação e proteção, ou
seja, o periodonto, composto pela gengiva, ligamento periodontal e o osso alveolar.
Consiste em uma inflamação ou infecção crônica cuja evolução e não tratamento traz consequências sérias, como:
retração gengival, reabsorção dos tecidos periodontais, formação de abscessos com pus, mobilidade dentária e
perda do elemento dentário.
Além dessas complicações restritas à cavidade bucal, está relacionada com complicações sistêmicas. Pois as
bactérias que se proliferam no local afetado podem migrar para o organismo, atingindo os pulmões e o coração,
podendo desencadear a endocardite bacteriana e favorecer a instalação de outras infecções.
A doença periodontal se dá em função do acúmulo da placa bacteriana (biofilme) associado ao descuido com a
higiene bucal e a falta de manutenção da dentição junto ao dentista. Isso porque, se não for devidamente removida
por meio da escovação, a placa bacteriana sofre um processo de mineralização com passar do tempo.
Consequentemente, causando uma gengivite, inflamação que fica restrita ao tecido gengival. A falta de tratamento
desse processo inflamatório evolui para a instalação dessa mesma inflamação nos tecidos periodontais,
desenvolvendo a doença periodontal.
Embora o principal motivo para a sua manifestação seja o descuido com a higiene e a falta de manutenção, existem
alguns grupos de risco com maior propensão para o desenvolvimento desse problema. Esse é o caso dos fumantes e
pessoas diabéticas. Pode acontecer quando há alterações hormonais, como em mulheres gestantes, ou no período
da menopausa, em pessoas com a osteoporose e outras deficiências sistêmicas e ósseas, devido a uma condição
propícia para a instalação da inflamação.
É mais fácil conter a inflamação quando ela ainda é uma gengivite. Isso porque o problema está restrito, sendo
facilmente revertido por meio da adoção de uma boa higienização e do controle no consultório do dentista. Mas, a
doença periodontal pode ser tratada, porém a abordagem depende do grau do problema, que pode ser leve,
moderado ou severo. A primeira abordagem é a remoção da placa bacteriana e do tártaro por meio da raspagem
simples, sem intervenção cirúrgica. Depois de realizado esse tratamento inicial, o paciente passará por uma nova
avaliação para verificar os resultados alcançados, se há necessidade de refazer a limpeza e raspagem ou se o
profissional precisará de um acesso cirúrgico.
Se for o caso, ele é feito para alcançar áreas mais profundas ou para promover a reconstrução do tecido periodontal
por meio de enxertos gengivais e/ou ósseos. Tudo isso depende muito da resposta que a pessoa teve ao tratamento
e das suas necessidades.
Há quem acredite que o creme dental é quem faz a limpeza dos dentes e da boca, mas não é bem assim que
acontece. É verdade que esse produto é indispensável para complementar a higiene bucal, no entanto, a escova de
dente tem um papel ainda mais importante.
Não podemos esquecer de que os resíduos de alimento também se depositam na região subgengival, espaço que
fica entre o dente e a gengiva. Sendo assim, é essencial optar por uma escova que consiga penetrar delicadamente
ali e remover o máximo de resíduos, para que não se forme o tártaro subgengival. Por isso, ao escolher sua escova
de dentes, fique atento a:
 Verifique a classificação da cerda - Existem escovas com cerdas duras, médias, macias e extra macias. Cada
uma delas tem indicações diferentes, mas, de um modo geral, o ideal é sempre optar pelo último tipo, em
função de promover uma limpeza mais delicada e suave;
 Analise o tamanho da cabeça - O ideal é que você prefira uma que tenha cabeça pequena, pois assim ficará
mais fácil alcançar todas as regiões da boca, como aquelas bem ao fundo, onde estão os dentes de siso. As
cabeças
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menores se encaixam com facilidade entre os lábios, bochechas e os dentes, permitindo escovar de forma
mais eficaz a região anterior;
 Esteja atento ao formato da escova - Se o material for liso, será ainda melhor para não provocar atrito na
mucosa bucal e procure optar por modelos que tenham uma cabeça mais arredondada, porque aqueles com
acabamento quadrado oferecem um risco maior de lesões na boca por causa dos seus cantos;
 Veja se o cabo é anatômico - Ele se encaixa com mais comodidade na mão, dando total suporte para os
dedos e permitindo essa segurança que precisamos em todos os ângulos da escovação, para evitar traumas
na cavidade bucal e em toda sua mucosa;
 Considere suas necessidades - Há quem apresente necessidades específicas, como é o caso de crianças,
quem usa aparelho ortodôntico, próteses ou tem dentes sensíveis. Caso fique em dúvida, pode conversar
com seu dentista e pedir para que ele indique um modelo que melhor lhe atenda.

Além da escolha correta da escova dental, não se pode esquecer da importância do uso do fio dental.
O fio dental é uma ferramenta fundamental para realizar uma limpeza completa e traz uma série de benefícios para
saúde bucal do paciente. Prevenir doenças periodontais, por exemplo, é o principal entre eles. Isso porque o uso
diário do fio dental impede o acúmulo de restos alimentares que servem de alimento para bactérias que, por sua
vez, causam inflamações que comprometem a saúde bucal. Nesse sentido, saber como passar fio dental
corretamente pode ajudar a retirar o tecido inflamado que dá início à gengivite. Outros problemas bucais que
podem ser evitados com a utilização do fio dental são o mau hálito e a cárie. Assim como a gengivite, eles surgem
através do acúmulo de resíduos de alimento depositados sobre ou entre os dentes. Além destes, o desgaste dentário
e as manchas nos dentes também são incômodos que podem ser prevenidos através do uso do fio dental. Embora
sejam problemas vistos como “estéticos”, eles surgem devido às agressões químicas e mecânicas, que incluem uma
má higiene bucal.

Fonte: https://blog.sinimplantsystem.com.br/doenca-periodontal/; https://dentaly.com.br/noticia/descubra-como-


escolher-a-escova-de-dente-ideal/; https://sorrisologia.com.br/w/a-importancia-do-fio-dental
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Trabalho 3

O tratamento endodôntico, também conhecido como tratamento de canal, é um procedimento responsável por
realizar a remoção da polpa dentária. Após a remoção da polpa dentária, é feita uma limpeza para remover as
impurezas e logo em seguida é realizada a selagem das raízes para evitar novos problemas de contaminação. Assim
que a selagem das raízes é realizada, é feito um preenchimento do interior do dente, normalmente utilizando-se
resina odontológica. Através desse preenchimento do interior do dente o paciente reganha as funcionalidades do
dente, visto que seu dente retornará ao formato funcional.

Principais tipos de complicações que podem levar à necessidade de se realizar esse tratamento:

 Avanço de cáries - é um problema formado pelo acúmulo de bactérias na superfície dos dentes que
geralmente ocorre por conta da má higienização dos dentes. Essas bactérias acumuladas se alimentam das
partículas de alimentos presentes na boca e esse processo acaba resultando na produção de um ácido, que é
corrosivo para os dentes, criando pequenos furinhos em sua superfície que futuramente chegam a polpa do
dente e acabam comprometendo-a. Desse modo, ao chegarem no interior do dente e comprometerem a
polpa dentária, é necessário realizar um tratamento endodôntico a fim de evitar que o dano causado por ela
se propague para outras estruturas da boca.
 Fraturas dentárias - podem ocorrer pelos mais diversos motivos, sejam elas por acidentes, traumas ou até
mesmo devido ao bruxismo. Algumas vezes elas podem ocorrer de forma que a fratura ocorra apenas de
forma externa ao dente, ou seja, somente no esmalte dentário, o que por sua vez não compromete o dente
em nada. Por outro lado essas fraturas podem ser mais profundas e comprometerem a polpa dentária, o que
pode causar dor e incômodo ao paciente, além da possibilidade de causar outros problemas como a necrose
da polpa.

Fonte: https://dentalvidas.com.br/tratamento-endodontico/
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Trabalho 4

Instrumentais utilizados na endodontia e sua utilidade:

1. Seringa e agulhas descartáveis: utilizadas para lavar o canal com hipoclorito de sódio, soda clorada ou soro
fisiológico.
2. Lençol de borracha sintética: para isolar o dente que será tratado.
3. Grampos: para prender o lençol ao dente do qual será tratado o canal.
4. Arco para lençol: utilizado para manter o lençol esticado dentro da cavidade bucal do paciente.
5. Perfurador de lençol: utilizado para perfurar o lençol visando ao encaixe do arco para lençol.
6. Pinça porta-grampo: apropriada para fazer a colocação do grampo.
7. Calcador: utilizado para fechar o canal com cimento endodôntico; para fazer a obturação do canal com
outros materiais, como guta-percha por exemplo.
8. Sugador de canal: para ser acoplado em uma das conexões do compressor para sugar sangue e solução
utilizada para lavar o canal.
9. Limas: utilizadas no tratamento e no preparo de canais. São classificadas por números e pela cor do cabo.
10. Tamboréu: é utilizado como suporte para as limas.
11. Régua milimetrada: utilizada para medir as dimensões dos canais.
12. Cursor de silicone: para marcar nas brocas as dimensões dos canais a serem tratados.

Fonte: https://www.cpt.com.br/cursos-consultorios-odontologicos/artigos/endodontia-instrumentais-utilizados-nos-
procedimentos
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Trabalho 5

Isolamento Absoluto do Campo Operatório

Procedimento através do qual isolamos a coroa ou remanescente dental, dos tecidos moles da cavidade bucal,
mediante o uso de um lençol de borracha especialmente preparado para este fim (De Deus, 1992), com a finalidade
de impedir que a saliva chegue ao campo de trabalho, construindo ao redor do dente uma “barreira” intransponível
aos líquidos bucais e aos líquidos irrigadores à cavidade oral.

Suas vantagens são:

 Campo operatório seco e limpo


 Mantém as condições de assepsia
 Facilita as manobras operatórias
 Melhora a visibilidade
 Impede a difusão de medicamentos
 Evita a deglutição ou aspiração de instrumentos

Indicações do uso do isolamento absoluto:

 Dentística
 Endodontia
 Odontopediatria
 Preventiva
 Prótese

Contra indicações do uso do isolamento absoluto:

 Questões técnicas locais


 Alergia ao Látex do material (lençol de borracha)

Grampos Comuns:

 200 – 205 = molares


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 206 – 209 = pré-molares

 210, 211, 212 = anteriores

Grampos Especiais:

 00, 0, 1, 1A, 2, 2A, 8, 8A, 11, 11A, 12A, 13A, 14, 14A, W8, W8A, 26, 28N, W56

Técnicas de Isolamento Absoluto

1. Conjunto: grampo + lençol + arco

2. 1º grampo, 2º lençol + arco

3. 1º lençol, 2º grampo, 3º arco

Técnica auxiliar: técnica com o uso do cianoacrilato

Não somos responsáveis pelas bactérias encontradas na lesão periapical, mas altamente responsáveis pelos
microrganismos que possamos levar inadvertidamente ao canal radicular.

O preparo químico-mecânico é um conjunto de procedimentos químicos e mecânicos que se emprega para


promover a limpeza e a desinfecção do canal radicular. Para isso, utilizam-se meios físicos e químicos, através da
irrigação e aspiração e meios mecânicos, através da instrumentação.

Todas as limas são instrumentos que ampliam os canais através de movimentos de rotação ou tração contra as
paredes do canal. Inicialmente, os instrumentos endodônticos eram fabricados em aço de carbono, possuindo baixa
resistência à fratura. Posteriormente, o uso de aço inoxidável melhorou a qualidade dos instrumentos, constituindo
a maior parte deles. E mais recente, houve a introdução da liga de níquel-titânio (NiTi) na fabricação de instrumentos
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endodônticos, o que mostrou considerável melhora na modelagem dos canais, em razão da sua maior flexibilidade e
memória de forma, em comparação ao aço inoxidável.

Lima Endodôntica tipo K:

São os instrumentos mais antigos para cortar e remover dentina dos canais. Elas são feitas de aço inoxidável, com
secção transversal quadrangular ou triangular. Os ângulos definidos pela secção transversal definem o ângulo de
corte. Desse modo, instrumentos com secção triangular têm um ângulo de corte de 60°. Em consequência, têm
maior poder de corte que um instrumento com secção quadrangular, que possui um ângulo de 90°. Em resumo,
quanto menor o ângulo de corte, maior a capacidade de corte do instrumento.

De acordo com qual secção transversal a lima apresenta, também podemos ter maior ou menor flexibilidade. Um
instrumento com secção triangular possui uma maior flexibilidade, já aqueles que apresentam secção quadrangular,
por apresentarem uma maior quantidade de massa por milímetro de comprimento, são menos flexíveis.
Instrumentos menos calibrosos são mais flexíveis e acompanham melhor a forma dos canais.

As cinemáticas mais empregadas durante o preparo dos canais, utilizando uma lima K, são os movimentos de
alargamento (rotação) e de limagem (vaivém). Limas de aço inoxidável podem ser pré-curvadas para o formato
desejado para facilitar a inserção e minimizar o risco de transporte do canal. Mas, rotacionar um instrumento
manual em um canal curvo pode ser arriscado, por isso, o movimento de rotação é mais indicado em canais retos.

Quando se observa uma deformação permanente no instrumento, ele não deve mais ser utilizado. Essa deformação
ocorre quando as espirais da lima sofrem grande alteração ou ficam mais abertas. Os instrumentos podem fraturar
durante movimentos no sentido horário após a deformação plástica. Isso acontece quando o instrumento
permanece travado, enquanto a força de rotação continua. Embora a força necessária para a falha seja a mesma em
ambas as direções de rotação, a falha ocorre no sentido anti-horário na metade do número de rotações exigidas
para falha no sentido horário. Por isso, os instrumentos tipo K devem ser empregados com muita atenção quando a
pressão é aplicada no sentido anti-horário.

Partes do Instrumento:

As limas manuais são divididas em quatro partes: cabo, intermediário, parte ativa e ponta do instrumento.

 O cabo apresenta um desenho relativo à forma da secção transversal da sua haste (quadrado ou triângulo) e
um número relativo ao menor calibre da parte ativa do instrumento (junto à ponta). Esse número também
pode ser identificado pela coloração do cabo.
 O intermediário é o segmento entre o cabo e a parte ativa, não tem poder de corte e varia de tamanho de
acordo com o comprimento do instrumento.
 A parte ativa, ou laminar, é a parte mais importante do instrumento, tem como função principal cortar e
remover dentina do canal e possui comprimento aproximado de 16 milímetros.
 A ponta do instrumento, também chamado de guia de penetração, fica no extremo da parte ativa, tem
forma de lança e deve apresentar um ângulo padrão de 75°, sendo aceitáveis variações de mais ou menos
15°.

A conicidade de uma lima é demonstrada como a medida do aumento do diâmetro em cada milímetro da parte
ativa, desde a ponta do instrumento em direção ao cabo da lima. Como padrão ISO, uma lima manual convencional é
classificada e padronizada com uma conicidade de 2% para uma superfície ativa de 16 mm de comprimento, mas
hoje em dia as limas possuem uma ampla variação de comprimento e conicidades de superfície de trabalho.
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Série, numeração e cor do cabo:

A tabela abaixo mostra a relação entre o número, a cor do cabo e a série que o instrumento pertence:

Limas Rotatórias e Reciprocantes:

Os sistemas rotatórios geralmente se apresentam como uma sequência de limas que devem ser usadas na ordem
determinada e realizam movimento rotacional completo dentro do canal. Já os sistemas reciprocantes usualmente
são limas únicas, que mudam o sentido de rotação durante sua cinemática.

Esses dois tipos de sistemas não acionados por motores pneumáticos, entregando maior rapidez na execução da
técnica.
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Duas propriedades principais da liga de NiTi são de particular interesse na endodontia: superelasticidade e alta
resistência à fadiga cíclica.

Essas duas características permitem que instrumentos rotatórios ou reciprocantes sejam continuamente utilizados
em canais radiculares curvos.

Instrumentos mecanizados de NiTi têm diminuido consideravelmente a ocorrência de diversos problemas


clínicos (como: obstruções, degraus, desvios, perfurações), mas acredita-se que eles também fraturem com mais
facilidade que instrumentos manuais. Esse fato não ocasiona doença pós-tratamento; apesar disso, um fragmento
do instrumento limita o acesso da solução irrigadora ao sistema de canal radicular, possivelmente impedindo a
eliminação adequada dos micro-organismos. O ângulo de corte, o ângulo helicoidal e a conicidade podem variar ao
longo da parte ativa nesses tipos de limas, e as taxas de variação podem não ser as mesmas entre instrumentos de
um mesmo sistema. Uma mudança em algum desses fatores pode interferir na efetividade da lima e a sua
propensão à fratura durante sua ação no interior do canal radicular, o que pode explicar por que algumas limas
agem fora de suas características, comparadas com outras limas da mesma série.

A partir disso, o profissional deve fazer um estudo dos sistemas do mercado e analisar qual se adapta melhor aos
casos clínicos do consultório, visto que cada sistema possui sua particularidade e é mais indicado para determinadas
situações.

Eficácia e Durabilidade dos Instrumentos:

Embora as publicidades estejam cheias de informações sobre as várias formas de superioridade das configurações
das limas, poucas informações podem ser observadas nas publicações científicas endodônticas. Não há padrões para
a eficácia e o poder de corte das limas endodônticas, nem são claras as condições necessárias sobre à resistência ao
desgaste.

A elasticidade, deformação e fratura variam em instrumentos de mesma origem, dependendo do calibre e do


movimento empregado. Em princípio, os instrumentos menos calibrosos demandam um menor esforço para que
aconteça uma deformação permanente. Desse modo, distorcem ou fraturam mais facilmente do que os mais
calibrosos.

A substituição dos instrumentos, mesmo dos mais novos, deve ser feita quando for observada qualquer modificação
na sua forma. Dobra em ângulo vivo ou corrosão e distorção ou abertura das espirais da parte ativa, obrigam a
renovação do instrumento de forma imediata. Áreas de corrosão e oxidação, causadas pela ação de restos orgânicos
e pelo uso de soluções irrigadoras, principalmente o hipoclorito de sódio, contribuem para a ocorrência de fratura.
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Além do mais, após algum tempo de uso, os instrumentais perdem o corte, diminuindo sua eficiência no preparo dos
canais. Nesses casos, também devem ser desconsiderados.

Os instrumentos de série especial (06, 08 e 10) são considerados praticamente descartáveis, visto que sofrem
deformação com bastante facilidade, desde o seu primeiro uso, sendo aconselhável realizar uma inspeção constante.

Importante salientar que o processo de esterilização também ocasiona alterações superficiais nos instrumentos,
resultando em uma diminuição na capacidade de corte e na microdureza.

O preparo biomecânico dos canais radiculares é realizado através da instrumentação, complementada pela irrigação
e sucção, com soluções anti-sépticas nos casos de necropulpectomias, e/ou com função de limpeza mecânica, nas
biopulpectomias.

Quais são os momentos da irrigação?

Antes da instrumentação:

 BIOPULPECTOMIA: penetração mecânica asséptica ao interior do canal radicular;

 NECROPULPECTOMIA: neutralizar parcialmente produtos tóxicos e restos orgânicos, antes de sua


remoção mecânica (penetração desinfectante);

Durante a instrumentação: Manter úmidas as paredes do canal, favorecendo a instrumentação;

Após a instrumentação: Remover detritos mecânicos, evitando seu acúmulo sobre o coto pulpar ou tecidos
periapicais.

Objetivos da irrigação:
 eliminar restos pulpares, sangue e raspas de dentina;
 eliminar flora bacteriana;
 umedecer e lubrificar as paredes facilitando a instrumentação;
 remover a camada residual ou smear layer;
 diminuir a tensão superficial das paredes do canal radicular

Quais são os requisitos para uma solução irrigadora?

 dissolver tecidos
 poder bactericida
 permeabilidade dentinária
 biocompatibilidade
 hidrossolúvel – limpeza

As soluções mais utilizadas em endodontia são:

 Compostos halogenados

 Solução de hipoclorito de sódio a 0,5% (Líquido de Dakin).


 Solução de hipoclorito de sódio a 1% (Solução de Milton – Lab. Lepetit S.A.).
 Solução de hipoclorito de sódio a 2,5% (Solução de Labarraque).
 Solução de hipoclorito de sódio a 4-6% (Soda clorada duplamente concentrada).
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O cloro exerce uma função antibacteriana sob a forma de ácido hipocloroso não dissociado. Em solução neutra ou
ácida, o ácido hipocloroso não dissocia, exercendo uma acentuada ação bacteriana. Essa ação ocorre por oxidação
da matéria orgânica, aonde o cloro substitui o hidrogênio do grupo das proteínas.

 Hipoclorito de Sódio: Detergente, necrolíltica, antitóxica, bactericida, desodorizante, dissolvente e


neutralizante.

Propriedades:
 Baixa tensão superficial.
 Neutraliza parcialmente os produtos tóxicos.
 Bactericida.
 Favorece a instrumentação.
 pH alcalino.
 Dissolvente.
 Desidrata e solubiliza as substâncias protéicas
 Ação rápida.
 Dupla ação detergente.
 Não irritante.

Indicações:
 Soluções de hipoclorito de sódio a 2,5%
 Neutralização parcial dos produtos possibilitando penetração imediata aos canais radiculares,
em casos de necro II.
 Durante o desbridamento foraminal (“patência apical”) em casos de necro II.
 Como coadjuvante do preparo biomecânico dos canais radiculares de dentes despolpados e
infectados em casos de necro II.
 Durante a remoção de obturações parciais do canal radicular.
 Soluções de hipoclorito de sódio a 0,5% (Dakin) e/ou 1,0% (Milton)
 Na neutralização do conteúdo séptico pulpar, nos casos de necro I.
 Como coadjuvante do preparo biomecânico.
 Nos casos de desbridamento foraminal em dentes despopados com processos periapicais
agudos.

 Solução de Clorexidina: A solução de clorexidina (CHX), em diferentes concentrações, na forma de sal, seja
gluconato, acetato ou hidrocloreto, vem sendo utilizada como anti-séptico bucal, em forma de bochechos,
irrigação sub-gengival, géis, dentifrícios ou chicletes, desde a década de 505. Foi utilizada pela primeira vez
em Odontologia em 1959, sob a forma de bochechos de gluconato de clorexidina.

Propriedades
 Ação complementar ao uso do hipoclorito de sódio.
 Reduz a quantidade de S.mutans, altamente sensíveis a este agente.
 Pode ser usada por longos períodos, sem que ocorrammudanças nos parâmetros hematológicos
e bioquímicos do sangue.
 Graus extremamente baixos de toxicidade, tanto local quanto sistêmica.
 Amplo espectro de ação contra bactérias G+ e G-.
 Capacidade de adsorção aos tecidos bucais e superfícies mucosas.
 Liberação gradual, prolongada e em níveis terapêuticos (substantividade), de até 72 horas após
o preparo biomecânico, quando é utilizado o gluconato de clorexidina a 2% como solução
irrigadora.
 Biocompatibilidade
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A grande afinidade da clorexidina a 2% pelas bactérias, provavelmente deve-se ao fato de uma interação
eletrostática entre a molécula da mesma, que é carregada positivamente, e a parede celular bacteriana, com
grupos carregados negativamente. Isso faz aumentar a permeabilidade da parede celular bacteriana,
permitindo a penetração da clorexidina no citoplasma do microrganismo, ocasionando sua morte.

 Detergentes sintéticos: São substâncias químicas semelhantes ao sabão e, portanto, baixam a tensão
superficial dos líquidos. Desempenham a ação de limpeza, penetrando em todas as reentrâncias e
canalículos do canal radicular, fazendo com que os restos orgânicos e microrganismo fiquem suspensos e
sejam removidos por nova irrigação e sucção.

Indicações:
Indicados somente em casos de biopulpectomia, pois além de serem inócuos aos tecidos vivos,
preservam a vitalidade do coto periodontal apicais e remanescentes laterais, que se constituirão na
matriz de uma possível mineralização.

 Quelantes: apresentam radicais livres na extremidade de suas moléculas que se unem aos íons metálicos do
complexo molecular ao qual se encontram entrelaçados, fixando-os por união coordenada que se denomina
quelação. A quelação é, portanto um fenômeno físico-químico pelos quais certos íons metálicos são
seqüestrados dos complexos de que fazem parte sem constituir numa união química com a substância
quelante, mas sim numa combinação. Este processo repete-se até se esgotar a ação quelante. O ácido
etilenodiaminotetracético, o EDTA, é um quelante específico para o íon cálcio e, consequentemente, para
dentina.

Indicações:
As soluções quelantes são indicadas como auxiliares no preparo biomecânico de canais atresiados ou
calcificados, não sendo indicadas como solução irrigadora. Inócuos aos tecidos periapicais, os
quelantes são indicados tanto em casos de biopulpectomia como necropulpectomia, sendo utilizado
como toilete final com o objetivo de remover a camada residual (“smear layer”).

Os materiais de obturação dentária são utilizados em odontologia para a reconstrução parcial de peças ou estruturas
dentárias danificadas ou deterioradas.

As principais finalidades pretendidas com a utilização do material de obturação dentária são as seguintes:

1. Deter a evolução de um processo de cárie e evitar que a deterioração do dente prossiga o seu curso.
2. Recuperar a funcionalidade da peça dentária deteriorada. Neste sentido, é fundamental que o material
utilizado proporcione elasticidade e resistência suficientes, sobretudo nas peças posteriores.
3. Devolver à peça dentária a sua estética original e uma aparência natural.

Dada a sua finalidade, estes materiais devem cumprir uma série de requisitos essenciais:

 Resistência à abrasão, especialmente nas zonas expostas à mastigação.


 Resistência aos fluidos orais e baixa solubilidade.
 Grande capacidade de selamento de cavidades.
 Boas propriedades de manuseamento.
 Baixa condutividade térmica.
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Podemos classificar os materiais de obturação nas duas categorias seguintes:

 Temporários ou provisórios, como vernizes, cimento de óxido de zinco-eugenol, cimento de óxido de zinco,
cimentos plásticos e outros obturadores temporários.
 Permanentes, tais como amálgamas, ligas de ouro, cimentos permanentes, porcelana, resinas compostas,
ionómero de vidro, etc.

Materiais de obturação dentária mais importantes e habitualmente utilizados na prática clínica:

 Resinas compostas
 Adesivos
 Ácido Ortofosfórico
 Cimentos de obturação provisória
 Cimentos definitivos
 Ionómeros de vidro
 Amálgamas
 Vernizes

Fonte: https://www.odontoup.com.br/isolamento-absoluto-em-endodontia/; https://blog.dentalspeed.com/limas-


endodonticas-principais-modelos-e-funcoes/; https://www.dentaleader.com/dentablog/materiais-de-obturacao-
dentaria-que-material-se-deve-utilizar/; https://www.odontoup.com.br/solucoes-irrigadoras/

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