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REPERCUSSÕES RESPIRATÓRIAS E
HEMODINÂMICAS DA VENTILAÇÃO
MECÂNICA
EMILIA NOZAWA
ANGELA S. INOUE
THIAGO M. LARA
n INTRODUÇÃO
O avanço tecnológico e científico favoreceu o desenvolvimento de ventiladores de última geração,
como os microprocessados, com novos softwares e novas modalidades, que permitiram a otimização
do processo curativo do paciente crítico e do seu cuidado preventivo, utilizando terapias mais
eficientes e, por vezes, menos agressivas.
Uma oferta adequada a órgãos e sistemas depende do equilíbrio entre o oxigênio consumido e o
ofertado. A relação entre o débito cardíaco e o conteúdo de oxigênio no sangue arterial é responsável
pela oferta de oxigênio aos tecidos.
LEMBRAR
Sempre que houver desequilíbrio entre o consumo e a oferta de oxigênio, com aumento
do consumo superior à oferta, haverá hipóxia tecidual e disfunção orgânica.
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A VM pode interferir tanto na oferta, agindo sobre o débito cardíaco, como no conteúdo de oxigênio
REPERCUSSÕES RESPIRATÓRIAS E HEMODINÂMICAS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA
arterial, alterando a relação entre oferta e consumo. No entanto, aumentar o conteúdo arterial de
oxigênio pode prejudicar o débito cardíaco, prejudicando a oferta aos tecidos. Por isso, compreender
as interações entre os sistemas cardiovascular e respiratório durante a VM é essencial para a
definição da conduta adequada.
n OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
n ESQUEMA CONCEITUAL
Volume pulmonar
Caso clínico
Conclusão
n REPERCUSSÕES RESPIRATÓRIAS
Classicamente, os objetivos da VM são:2
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Tabela 1
VARIÁVEIS QUE PODEM INDICAR A NECESSIDADE DE VM
VOLUME PULMONAR
Com o aumento do volume pulmonar, seja pela elevação do volume inspirado ou pela
aplicação da pressão positiva expiratória final (PEEP), ocorre também o aumento da
capacidade residual funcional (CRF) e a prevenção ou a reversão de atelectasias,
situação comum em pacientes acamados, hipoativos ou ainda em pós-anestesia geral.
Além dos aspectos mecânicos relacionados à VM, estão associados fatores neuro-humorais, como
a regulação neural da complacência venosa, a resistência para o retorno venoso e a contratilidade
cardíaca (Figura 1).
O colapso pulmonar também está presente, em maior ou menor grau, em situações como a injúria
pulmonar aguda ou, ainda, com a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) (Figura 2).
A B
Figura 2 - Tomografia computadorizada de tórax. A) Campos pulmonares expandidos. B) Áreas de colapso alveolar nas
regiões pulmonares dependentes de gravidade.
Fonte: Borges e colaboradores (2006).3
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as células epiteliais alveolares não podem retirar apropriadamente a água e os solutos do espaço
alveolar. Dessa forma, a lesão e o edema aumentam a resistência e a elastância pulmonar.
LEMBRAR
A PEEP é uma das principais ferramentas utilizadas para melhorar a oxigenação e
diminuir áreas de shunt pulmonar.3-6
Durante a estratégia de ventilação protetora, com uso de volumes correntes baixos (6mL/kg),
pode haver o comprometimento da ventilação alveolar, ocasionando hipercapnia e acidose
respiratória. No entanto, o impacto desse comprometimento é menor se comparado aos eventos
adversos decorrentes da hiperdistensão alveolar, provocados pela utilização de altos volumes
correntes e baixa PEEP, o que causam alterações na permeabilidade do endotélio e do epitélio,
além de hemorragia e colapso alveolar.1
Deve-se ter especial atenção a níveis superiores a 30cmH2O de pressão de platô durante
a VM. A pressão de platô elevada geralmente está associada ao óbito, além de aumentar
a incidência de lesão induzida pela ventilação (VILI), caracterizada pela hiperdistensão
alveolar (volutrauma), ruptura alveolar (barotrauma), recrutamento/desrecrutamento
alveolar colapsado (atelectrauma) e ativação do processo inflamatório (biotrauma).4,6
Além disso, níveis de pressão de platô elevados podem ocasionar hipotensão induzida pelo
ventilador mecânico pelo aumento da pós-carga no ventrículo direito. Nesses casos, é necessário
reduzir a pressão de insuflação, especialmente a pressão de platô.
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REPERCUSSÕES RESPIRATÓRIAS E HEMODINÂMICAS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA
4. Quais os cuidados que devem ser observados em caso de pressão de platô elevada?
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TROCA GASOSA
O aumento de variáveis – como VC, PEEP, tempo inspiratório e pressão média de vias
aéreas –, favorece a elevação da pressão intracraniana, o que aumenta a morbidade e
a mortalidade dos pacientes. A manutenção da condição normocápnica evita a elevação
aguda da pressão intracraniana em doentes com lesão cerebral e o aumento do trabalho
cardíaco e da resistência vascular pulmonar.8,9
A troca gasosa também pode estar prejudicada durante a anestesia geral. Esse tipo de anestesia
pode diminuir a capacidade residual funcional, o que favorece colapsos alveolares, reduz a
ventilação alveolar regional, principalmente em áreas pulmonares gravidade dependente, e eleva
o shunt pulmonar com consequente redução da relação ventilação/perfusão. Em contrapartida, as
áreas não dependentes do pulmão encontram-se na porção superior da curva pressão-volume, o
que representa elevação do espaço morto alveolar com aumento da relação ventilação-perfusão
(Figura 4).
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Figura 4 - A) Representação gráfica da curva pressão x volume. B1) Zona dependente (colapso) e B2) zona não
dependente (hiperdistensão)
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
LEMBRAR
A monitorização contínua da via aérea, com observação das curvas gráficas e da
capnografia, pode evitar a hipoxemia e a injúria pulmonar induzida por VM.10
Em situações nas quais há queda do débito cardíaco, a oxigenação pode parcialmente ser
sustentada com a utilização da PEEP, prevenindo a queda da oxigenação tecidual, mesmo com o
débito cardíaco reduzido.11
O repouso muscular poupa o sistema cardiovascular de desviar grande parte do débito cardíaco
para a musculatura respiratória, e permite uma boa oferta para outros órgãos mais importantes,
prevenindo sua deterioração.
Deve-se ressaltar que a simples conexão a um ventilador mecânico, por si só, não resolve
o problema e, portanto, ajustes dos modos e dos parâmetros devem ser realizados de
forma eficiente para o conforto do paciente e resolução do quadro.2
LEMBRAR
Embora a redução do trabalho muscular respiratório seja uma das principais indicações
do início do suporte ventilatório, existem evidências indicando que o uso prolongado
da VM leva à fraqueza diafragmática, seja pela atrofia ou pela disfunção contrátil.
5. Por que a troca gasosa pode estar prejudicada durante a anestesia geral?
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7. Em relação ao trabalho muscular respiratório, considere as seguintes afirmativas.
Está(ão) correta(s):
A) apenas a afirmativa I.
B) as afirmativas I e II.
C) as afirmativas II e III.
D) todas as alternativas.
n REPERCUSSÕES HEMODINÂMICAS
A interação coração-pulmões pode ser entendida com base no efeito da alteração na pressão
intratorácica e no volume pulmonar sobre o retorno venoso e a ejeção ventricular esquerda, bem
como no conhecimento da energia criada para gerar essas mudanças.15,16
Os principais efeitos do aumento do volume pulmonar e da pressão de vias aéreas observado sobre
os ventrículos separadamente estão resumidos no Quadro 1.
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REPERCUSSÕES RESPIRATÓRIAS E HEMODINÂMICAS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA
Quadro 1
EFEITOS DO AUMENTO DO VOLUME PULMONAR E DA PRESSÃO DE VIAS AÉREAS
Ventrículo direito Ventrículo esquerdo
n Diminuição da pré-carga n Redução da pré-carga
n Aumento da pós-carga n Redução da complacência
n Redução da contratilidade n Redução da pós-carga
n Compressão do coração na n Compressão do coração na fossa cardíaca
fossa cardíaca
n Efeitos variados na contratilidade (controle do sistema nervoso
autônomo)
Fonte: Adaptado de Smeding e colaboradores (2010).11
n função miocárdica;
n volemia;
n pressão intratorácica;
n complacência do sistema respiratório;
n reflexos (receptores intrapulmonares e vasculares);
n liberação de substâncias neuro-humorais que repercutem no tônus autonômico intrínseco.
Alguns fatores humorais – seja em resposta ao aumento do volume pulmonar pela aplicação da
pressão positiva seja como resposta compensatória às alterações hemodinâmicas – são importantes
no controle do volume intravascular.
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LEMBRAR
A pressão positiva pode induzir a retenção de fluidos pelos receptores de estiramento
atrial direito, que aumenta a liberação de norepinefrina plasmática, de hormônio
antidiurético e da atividade plasmática de renina e reduz a atividade do peptídeo
natriurético atrial.15
10. Quais as principais variáveis responsáveis pela capacidade dos pacientes em tolerar
a VM?
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À medida que o volume pulmonar sobe acima da capacidade residual funcional, os vasos alveolares
são comprimidos, ocasionando aumento da resistência vascular pulmonar. Isso ocorre, por exemplo,
durante elevado VC ou PEEP, e geralmente está acompanhado do aumento da pós-carga ventricular.
Quando o aumento da pós-carga predomina sobre a redução do retorno venoso, ocorre um aumento
do volume diastólico final, e pode deprimir a função ventricular pelo desequilíbrio entre a oferta e
a demanda de fluxo sanguíneo coronariano.
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REPERCUSSÕES RESPIRATÓRIAS E HEMODINÂMICAS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA
LEMBRAR
A ocorrência de cor pulmonale agudo pode ser minimizada com a utilização de volumes
pulmonares e PEEP mais baixos.
Outro fator que também pode contribuir para a redução da pré-carga ventricular é a compressão
do coração pelos pulmões na fossa cardíaca, sugerindo que a repercussão da pressão positiva
seja menor quando o indivíduo está com o tórax aberto – por exemplo, após esternotomia durante
a cirurgia cardíaca – devido ao aumento da complacência.11
Em situações com função ventricular esquerda normal, durante a VM, o aumento da pressão
intratorácica diminui o débito cardíaco em função da redução da pré-carga ventricular esquerda.
Isso ocorre em consequência ao aumento da resistência vascular pulmonar e à redução do retorno
sanguíneo para o átrio esquerdo.
Quando a função cardíaca está debilitada, o débito cardíaco pode aumentar com a
utilização da pressão positiva por causa de uma redução simultânea da pós-carga
ventricular esquerda.
A influência da PEEP no ventrículo esquerdo é complexa, porém sabe-se que ela melhora a
oxigenação arterial e diminui o shunt intrapulmonar. Pelo fato de a PEEP aumentar a pressão ao
redor do tórax, observa-se que o diferencial de pressão gerado entre o ventrículo esquerdo e os
vasos da circulação sistêmica (pressão transmural sistólica), assim como a constante pressurização
arterial, diminui a força necessária para o ventrículo esquerdo ejetar o sangue, melhorando a
contratilidade miocárdica.2,17
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LEMBRAR
Os pacientes com insuficiência cardíaca beneficiam-se particularmente com a VM, uma
vez que ocorre o aumento do débito cardíaco com menos consumo de oxigênio devido
à redução do volume ventricular e à diminuição da pós-carga ventricular esquerda.17
Durante o desmame da VM, com o paciente iniciando a respiração espontânea, a pressão negativa
intratorácica gerada resulta em aumento do retorno venoso e da pós-carga ventricular esquerda.
Em resposta a esse novo regime, observa-se um aumento na demanda metabólica e consequente
elevação do débito cardíaco.
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falha no processo de desmame está fortemente associada à presença e à gravidade da disfunção
cardíaca. Essa situação caracteriza-se por fração de ejeção menor do que 50%, avaliada por
ecocardiodopplercardiografia, necessidade de medicamentos vasoativos, insuficiência renal dialítica
e pneumonia.20,21
Figura 7 - Despressurização pulmonar influenciando o comportamento hemodinâmico. Observar que há uma queda na
PCP em ambos os grupos.
Fonte: Galas e colaboradores (2010).22
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LEMBRAR
Também estão associadas à resposta cardiovascular adversa do processo de
desmame as instabilidades, as alterações hemodinâmicas, a isquemia miocárdica,
a disfunção autonômica e a arritmia cardíaca. A resposta compensatória do sistema
nervoso autônomo às alterações hemodinâmicas pode estar prejudicada, com o
paciente apresentando uma variabilidade da frequência cardíaca reduzida, o que, por
sua vez, está associado ao aumento da morbidade e da mortalidade.11
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n CASO CLÍNICO
A.G.N., 55 anos, 1,70m, 80kg, submetido à cirurgia de revascularização do miocárdio. Está
evoluindo com VM prolongada na modalidade SIMV = 25cmH2O, VC exalado = 480mL,
frequência respiratória = 12rpm, pressão inspiratória de pico (PPI) = 25cmH2O, OS =
20cmH2O, PEEP = 8cmH2O, FiO2 = 0,4, SpO2 = 93%. A gasometria arterial apresenta pH
= 7,30, PaCO2 = 58mmHg, PaO2 = 70mmHg, SaO2 = 92%, HCO3 = 23, excesso de bases
(BE) = +2. A tomografia computadorizada apresenta áreas de atelectasia lobar nas regiões
posteroinferiores (região gravidade dependente).
A partir do que foi visto neste artigo e das informações descritas no caso clínico, responda às
questões a seguir.
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16. Qual a conduta adequada nessa situação clínica?
n CONCLUSÃO
O conhecimento da interação cardiorrespiratória é de extrema importância e desafiador para os
profissionais que atuam em unidades de terapia intensiva (UTI). O avanço tecnológico – com o advento
de novos métodos de avaliação e a facilidade de acesso a exames como a ecocardiografia, tomografia
computadorizada, monitorização hemodinâmica não invasiva e exames clínicos laboratoriais mais
específicos – tem possibilitado melhorar a conduta aplicada aos pacientes críticos sob VM.
Atividade 3
Resposta: V, V, F, F
Comentário: III) O colapso pulmonar também está presente, em maior ou menor grau, em situações
como a injúria pulmonar aguda ou, ainda, na SDRA. IV) A PEEP é uma das principais ferramentas
utilizadas para melhorar a oxigenação e diminuir áreas de shunt pulmonar.
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Atividade 7
Resposta: D
Comentário: Todas as alternativas estão corretas em relação ao trabalho muscular respiratório.
Atividade 8
Resposta: B
Comentário: A CPAP é o modo em que não se aplica suporte ventilatório, impondo maior carga à
musculatura respiratória e aumentando o trabalho respiratório. SIMV e PSV ofertam algum grau
de suporte, consequentemente, reduzem o trabalho.
Atividade 9
Resposta: 2, 1, 1, 2
Atividade 11
Resposta: B
Comentário: A VM por pressão positiva aumentando a pressão intratorácica diminui o fluxo das veias
sistêmicas para o átrio e ventrículo direitos. O desempenho do ventrículo direito pode estar otimizado,
principalmente em pacientes com insuficiência cardíaca, por redução do retorno venoso e moderando
a função cardíaca. O volume diastólico final do ventrículo esquerdo diminui devido à redução do fluxo
sanguíneo pulmonar. Não ocorre desvio de septo interventricular na ausência de PEEP.
Atividade 12
Resposta: A
Comentário: Os principais efeitos da pressão positiva sobre o ventrículo esquerdo são redução da
pré-carga, da pós-carga, da complacência e do volume diastólico final em reposta ao aumento da
pressão intratorácica e consequente compressão cardíaca em um compartimento fechado delimitado
pelo tórax. A VM estimula a liberação do hormônio antidiurético, favorecendo a formação de edema.
Atividade 13
Resposta: C
Comentário: No regime de respiração espontânea, é observado aumento no retorno venoso,
consequentemente aumento na pré-carga das câmaras ventriculares, o que permite um fluxo
pulmonar adequado e resulta em aumento do volume sistólico do ventrículo esquerdo, finalizando
em débito cardíaco satisfatório. Já no regime de respiração por pressão positiva, no qual ocorre a
compressão dos vasos torácicos, observa-se aumento da pressão venosa central, consequentemente
diminui o retorno venoso, o que diminui a pré-carga das câmaras ventriculares, diminuindo, assim
o volume sistólico do ventrículo direito e o fluxo sanguíneo pulmonar, o que resulta em uma queda
do débito cardíaco.
Atividade 15
Resposta: F, V, V, F
Comentário: I) Pacientes que ocasionalmente são encorajados para a extubação, mas estão
com função respiratória e muscular limítrofes, podem rapidamente falhar ao realizar a respiração
espontânea. Nesses pacientes, os efeitos circulatórios da interação coração-pulmões podem
prejudicar o desmame. IV) Atualmente, novos indicadores de desmame com ênfase na micro-
hemodinâmica têm demonstrado que a falha do desmame em pós-operatório imediato de cirurgia
cardíaca está associada à maior dosagem de inotrópicos, maior nível sanguíneo de peptídeo
natriurético tipo B (BNP), diferença arteriovenosa de O2, extração de oxigênio periférico (ERO2) e
menor saturação venosa de O2 (SvO2).
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Atividade 16
Resposta: C
Comentário: O colapso pulmonar pode ser responsável pela hipoxemia e hipercapnia, devido
a áreas aumentadas de shunt. A aplicação de PEEP e manobras de recrutamento alveolar são
comprovadamente eficientes para a reversão de atelectasias. O aumento do volume minuto – seja
pelo aumento do VC ou da frequência respiratória ou pela atividade cíclica da abertura e fechamento
das vias aéreas – favorece a indução de lesões pulmonares.
Atividade 17
Resposta: A
Comentário: A aplicação de PEEP elevada aumenta a pressão intratorácica, reduzindo o retorno
venoso e aumentando a pós-carga de ventrículo direito. Pelo mesmo motivo, pode ocorrer a
compressão de capilares pulmonares, somando-se à redução volumétrica, o que resulta em
queda do débito cardíaco. O tempo de esvaziamento pulmonar diminui com a frequência cardíaca
aumentada e, possivelmente, a vasoconstrição hipóxica foi revertida com a aplicação da PEEP.
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