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AMESG - Autarquia Municipal do Ensino Superior de Goiana


FADIMAB - Faculdade de Ciências e Tecnologia Prof.º Dirson Maciel de
Barros

AUTISMO E INCLUSÃO: A INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM


TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) NA ESCOLA
REGULAR

Nome da Autora: SOUZA, Yasminne Tavares Dias de; ¹

Resumo

O presente resumo expandido tem como tema “A inclusão dos alunos com
Transtorno do Espectro Autista (TEA) na escola regular”. Possui o objetivo de avaliar
se estes alunos estão devidamente inseridos na escola regular e como acontece o
processo de inclusão na escola. Este presente resumo tem uma abordagem bibliográfica
do Transtorno do Espectro Autista e a inclusão escolar das crianças TEA, ressaltando as
características do autismo e seus primeiros pesquisadores. O tema vem sendo discutido
com mais frequência nas escolas atualmente devido à grande demanda de alunos
autistas que são inseridos em um ambiente escolar regular. A partir do conhecimento
histórico levantou-se através de aplicação de questionário com professores com a
intenção de verificar as dificuldades da prática pedagógica encontradas devido as
demandas exigidas para os alunos autistas. Estudar o autismo contribui para ampliar o
conhecimento na área, porém é necessário o investimento na formação de professores
em uma perspectiva psicoeducacional com o objetivo de garantir o acesso e
permanências dos alunos em sala de aula regular, o desenvolver políticas públicas mais
efetivas para as crianças com autismo.

Palavras-Chave: Transtorno do Espectro Autista; Inclusão escolar; Educação


especial

¹ Docente do curso de pedagogia da Faculdade de Ciências e Tecnologia Prof.º Dirson


Maciel de Barros (FADIMAB) – Goiana; Yasminnesouza1992@gmail.com
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Abstract

This expanded abstract has as its theme “The inclusion of students with Autistic
Spectrum Disorder (ASD) in regular school”. Its purpose is to assess whether these
students are properly inserted in the regular school and how the inclusion process in the
school takes place. This present abstract has a bibliographical approach of the Autistic
Spectrum Disorder and the school inclusion of ASD children, emphasizing the
characteristics of autism and its first researchers. The theme is being discussed more
frequently in schools nowadays due to the great demand of autistic students who are
inserted in a regular school environment. From the historical knowledge, a
questionnaire was applied to teachers with the intention of verifying the difficulties of
the pedagogical practice found due to the demands demanded by the autistic students.
Studying autism contributes to expanding knowledge in the area, but investment in
teacher training in a psychoeducational perspective is necessary in order to ensure
access and permanence of students in regular classrooms, to develop more effective
public policies for children with autism.

Keywords: Autistic Spectrum Disorder; School inclusion; special education

1. Introdução

O Autismo ou Transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno do


neurodesenvolvimento que se caracteriza por prejuízo em três área do desenvolvimento
humano: Habilidades socioemocionais, comunicação e o comportamento, desta forma
apresenta várias características, como: dificuldades de estabelecer ou manter contato
visual, estereotipias motoras ou vocais, interesses restritos, dificuldade em comunicar,
imitar o outro, seguir instruções simples, brincar de forma funcional, etc.
O termo Espectro e caracterizado por que cada pessoa afetada apresenta
diferentes características, de acordo com a intensidade e frequência destas
características, é possível classificar o TEA em 3 níveis. Nível 1, autismo leve: precisa
de menos suporte; Nível 2, autismo moderado: precisa de mais apoio para determinadas
atividades; Nível 3 autismo grave: precisa de muito ou total suporte para a realização de
atividades da vida diária. Podendo varias de acordo com as intervenções, aspecto/
critérios diagnósticos podendo assim se classificado. A palavra autismo vem do grego
“autos” e significa “voltar-se para si mesmo”, quem descreveu o autismo pela primeira

¹ Docente do curso de pedagogia da Faculdade de Ciências e Tecnologia Prof.º Dirson


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vez foi Eugen Bleuler em 1911, um psiquiatra Suíço que em seus estudo buscava
descrever características da esquizofrenia, porem somente em 1943, quando Leo Kanner
publicou sua pesquisa que levou o seu nome a ser associado ao autismo: "Autistic
disturbances of affective contact", nela Kanner descreveu o caso de onze crianças que
apresentava as mesmas características desde o início da vida descrevendo como “um
isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da
mesmices”. Ele observou que essas crianças tinham comportamentos repetitivos,
ecolalia, inversão de pronomes e comunicação não funciona, Kanner acreditava que “o
isolamento autistico”, estava presente desde a infância, não se tratando de um distúrbio
inato. Em 1944, um médico chamado Hans Asperger realizou um trabalho de descrição
de uma criança, que era muito semelhante à criança descrita no trabalho de Kanner,
Asperger identificou que as crianças tinham comportamentos esteteriotipados, ausência
da fala ou vocabulário variado, porém com monotonia. Em 1944 Hars Asperger também
observou comportamentos restritos em 4 crianças que tinham dificuldades interagir e na
comunicação verbal, não demostravam empatia com os pares, além de dificuldade na
coordenação motora global, Hans qualifica a condição de "psicopatia autista" e
destacando o isolamento social como sua principal característica.

[...] Cuidar de uma criança diagnosticada com


autismo requer um aprendizado constante e uma
enorme capacidade de comemorar pequenos
progressos. Felizmente, a ciência está avançando
rapidamente e já se conhece uma boa parte da
tarefa sobre como lidar com uma criança
diagnosticada com autismo [...] (BORBA e
BARROS, 2018, pág. 2)

É importante ressaltar que a história do indivíduo com autismo, possui


profundas características de exclusão social. Diante disso, nenhuma ajuda foi prestada a
esse público, impedindo-o de ingressar no ambiente escolar e em outras áreas da
sociedade. Instituições regulares de ensino. O gatilho é que a incidência é de 1 a 51, ou
seja, 1% da população mundial são autistas. Portanto, ao trazer o plano para a escola,
que recebe os estudantes autista, os professores precisam transformar as suas ações
pedagógicas em relação ao TEA, pois, teoricamente, eles realizarão práticas

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pedagógicas inclusivas que atendam às necessidades e particularidade dos alunos


autistas.
As famílias das crianças com autismo têm uma grande contribuição para o seu
desenvolvimento, não é nada fácil receber um diagnóstico de autismo, o processo de
aceitação demanda tempo, pois o dia a dia destas famílias e bastante complexo e difícil,
a família precisa está disposta a auxiliar o autista em sua inclusão escolar e tratamentos
indicados, os mesmos devem estar presentes em saber qual o PEI para a criança e sua
execução.
A participação destas famílias e de suma importância para a escola e para o
aluno, pois auxilia o processo de desenvolvimento, aumentando as suas potencialidades
e capacidade de interação, pois quanto mais estimuladas adequadamente, maior o
resultado, por este motivo a importância da participação da família.
A educação pública e gratuita e um direito de todos, garantido na nossa
constituição e em todas bases e diretrizes curriculares brasileira. E direito dos autistas a
inclusão no sistema de ensino regular, porém essa inclusão precisa ser estudada e
calculada adequadamente para atende as particularidades de cada autista, com a
finalidade de promover a construção de conhecimento e desenvolvimento de habilidades
dos mesmos, por fim um planejamento adequado, pois diversos fatores podem ser
prejudiciais a estes alunos caso não ocorra de maneira adequada.
A escola tem o dever de incluir os alunos TEA e estimular a suas habilidades,
estudar formas de ensinar que atender as características de cada aluno. Deve ser
trabalhado o respeito da sociedade, aceitando que todos somos diferentes com
características únicas e necessidades diferentes.
A escola deve estar preparada para atender as crianças, com estrutura física
adequada, acompanhamento especializado, professores capacitados, apoio pedagógico
individualizado em sala, caso necessário, deve ser investido na capacitação de
professores para os mesmos serem capaz de ensinar os alunos autistas. É importante que
o professor esteja disposto a trabalhar com as dificuldades que irão aparecer durante a
sua pratica educacional, o professor precisar está em constante atualização e não
acomodado em conteúdo de sua graduação.
A escola tem grande notoriedade na vida da criança autista, pois o ambiente
promove a socialização com outras crianças, desenvolve habilidades que só seria
possível em ambiente escolar.

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2. Metodologia

A partir da literatura referente ao Transtorno do Espectro Autista e à inclusão


escolar, a pesquisa se direciona a um estudo bibliográfico com caráter exploratório,
utilizou-se de base livros e artigos científicos, com abordagem qualitativa, utiliza-se de
entrevista com professores da rede pública e particular, fazendo uso de questionários
com os mesmos sobre a inclusão das crianças com TEA na escola regular e as
dificuldades encontradas pelos educadores.

3. Resultados e discussão

Diante dos referenciais abordados pode se analisar que quem trabalha com
alunos que apresentam o transtorno do espectro autista é um desafio para qualquer
professor, pois apesar de conhecer as características do TEA, cada aluno tem sua
particularidade e contexto familiar.
Os professore sentem dificuldades em incluir os alunos em sala regular pela falta
de capacitação, falta de apoio especializado e auxiliar de sala para os alunos que tem
maior demanda de atenção. Muitos recorrem ao familiar para que fiquem em sala
auxiliando seu parente, porém está pratica vai de contra ao direito da criança autista.

4. Considerações Finais

O desenvolvimento de uma criança com autismo pode ser bastante interessante e


desafiador. Há caso em que a criança consegue fazer coisas bem difíceis como montar
um quebra-cabeça bem complexo, porém essa mesma criança pode apresentar
dificuldade em atender uma pessoa que o chama pelo seu nome ou dá um simples
“Tchau”.
Diante do que foi observado no trabalho, percebe-se a necessidade de investir na
formação continuada dos professores, capacitando-o para atender a crescente população
de crianças com autismo, observamos que muitos são despreparados para lidar com
comportamento problema das crianças TEA, se faz necessário o uso do Plano
educacional individualizado (PEI) para atender a individualidade de cada educando e
focar no desenvolvimento de suas potencialidades. A pesquisa estudada traz a
importância da inclusão das crianças TEA em escolar regulares para proporcionar a
experiências de socialização nas atividades diárias, tornando-as o mais independente
possível.

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E preciso que os demais alunos, respeitem e entendam os comportamentos das


crianças com Transtorno do Espectro do Autista. Observa-se que a educação e feito
transdisciplinar entre escola, família e comunidade e todos devem trabalhar em prol da
criança TEA, garantindo o acesso e permanências dos mesmo em sala de aula, sendo
assim para obter uma educação para "todas as pessoas", é necessário o
comprometimento dos alunos, professores, pais e da comunidade, ou seja, o
comprometimento de todos na vida escolar das crianças com autismo. A pesquisa deixa
clara a necessidade de realizar um estudo mais aprofundado ao tema autismo e inclusão,
existe uma grande falta de preparo dos professores em geral para lidar com as crianças.
É perceptível a falta de políticas públicas que favoreçam a escola em suas
dificuldades, fornecendo assim apoio, qualificação e recursos necessários para
promover a inclusão das crianças Autistas.

5. Referências

BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de


Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Brasília, 27
de dezembro de 2012; 191º da Independência e 124º da República.
BONDY, Andy; FROST Lori. Picture Exchange Communication System, training
manual. 2. ed. Newark. EUA: Pyramid Educational Consultants. 2002
CARTEIRA DE IDENTIFICAÇÃO DA PESSOA TEA. Disponível em:
https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2020/01/presidente-
bolsonaro-sanciona-lei-que-institui-a-carteira-nacional-do-autista. Acesso em: 24 maio.
2021
FONSECA, Maria Elisa G; Ciola, Juliana de Cassia B. Vejo e Aprendo, Fundamentos
do Programa TEACCH, o ensino estruturado para pessoas com Autismo. 1. ed. São
Paulo: Book Toy. 2014.
GOMES, Camila Gracielle S G; SILVEIRA, Analise Dutra. Ensino de habilidades
básicas para pessoas com autismo, manual para intervenção comportamental
intensiva. 1. ed. Curitiba: Appris, 2016
MOREIRA, Márcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto de. Princípios básicos de
análise do comportamento. 2. ed. Porto Alegre: Artmed. 2019
O QUE É AUTISMO OU TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA).
Disponível em: https://tismoo.us/saude/o-que-e-autismo-ou-transtorno-do-espectro-do-
autismo-tea/. Acesso em: 24 maio. 2021

¹ Docente do curso de pedagogia da Faculdade de Ciências e Tecnologia Prof.º Dirson


Maciel de Barros (FADIMAB) – Goiana; Yasminnesouza1992@gmail.com

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