Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
1 INTRODUÇÃO
1
Nesse trabalho vão ser discutidos a importância da inclusão dos alunos com
autismo no ensino regular, visando o bem-estar dos alunos no meio social.
A escolha pelo tema surgiu diante das dificuldades vivenciadas no período de
estágio no que diz respeito ao apoio às crianças com necessidades especiais,
inseridas nas salas de aula do ensino regular. Sendo assim, considera-se
necessário conhecer e compreender um pouco sobre esta síndrome e sobre as
ações pedagógicas implantadas para trabalhar o desenvolvimento global das
crianças autistas.
A garantia da lei para com esses alunos e a qualificação de professores
dispostos a inserir esse aluno ao ambiente escolar, abordando a inclusão nos dias
atuais com a utilização da tecnologia e as atividades lúdicas.
A Declaração de Salamanca (1994) fala sobre a inclusão de pessoas com
dificuldades de aprendizagem no ensino regular possibilitando oportunidades
educacionais. Não podendo confundir a inclusão como colocação, sendo assim de
assegurar a esses alunos que a permanência se dê com qualidade.
O objetivo principal do estudo é pesquisar métodos e técnicas para a
compreensão da inclusão de um aluno autista em um ensino regular. Para que se
pudesse alcançar tal objetivo foi realizado um estudo bibliográfico, tendo como base
os teóricos especialistas no tema.
No primeiro momento procurou-se descrever o que é o autismo e suas
características; o segundo a inclusão na escola, no seu período histórico e o terceiro
priorizou-se os métodos e as estratégias de ensino para o aluno autista na sala de
ensino regular, quais os métodos a serem utilizados para proporcionar sua
aprendizagem nos dias atuais.
2
A palavra “autismo” deriva do grego “autos”, que significa “voltar-se para si
mesmo”. A primeira pessoa a utilizá-la foi o psiquiatra austríaco Eugen
Bleuler para se referir a um dos critérios adotados em sua época para a
realização de um diagnóstico de Esquizofrenia. A expressão referia-se a
tendência do esquizofrênico de “ensimesmar-se”, tornando-se alheio ao
mundo social – fechando-se em seu mundo, como até hoje se acredita
sobre o comportamento autista. (NETO, 2010, s/p.).
3
A síndrome de Rett ocorre preferencialmente no sexo feminino, reconhecido
entre 5 e 30 meses com a desaceleração do crescimento do crânio, com retardo
intelectual e fortes quadros convulsivos, com o transtorno desintegrativo já são
analisados antes dos 24 meses, com o predomínio no sexo masculino, com a
sociabilidade e comunicações carentes e frequência da síndrome convulsiva e
prognóstico privado e os transtornos abrangentes não especificados com idade
variados, predominante no sexo masculino, comprometido na sociabilidade, com sua
comunicação e com o seu cognitivo.
As crianças são seres em desenvolvimento, desde quando nasce passam por
estímulos do seu meio e expressão compreensão e afetos, olham em direção ao
chamado, seguram os dedinhos dos pais, volta-se para sons ou vozes e até sorriem,
em contraste com as maiorias dos autistas tem bastante dificuldade em participar
deste convívio diariamente social. Mesmo nos primeiros meses não costumam ter o
contato visual, eles parecem ser indiferentes a outras pessoas como se preferissem
estarem sozinhos, não se envolvendo a apegos como abraços, beijos e carinhos
para os pais que anseiam a alegria de abraçar, educar e beijar podem sentir
esmagados por essa falta de comportamento esperado ou típico do autista. As
crianças com autismo demonstram ser mais devagar, em assimilar ou interpretar o
que os outros estão pensando, sentindo ou vivendo no momento, sem habilidades
de interpretar gestos faciais ou expressões, tendo o mundo sem significados,
desconcertante. Para dificultar o autista tem dificuldade em enxergar as coisas da
perspectiva da outra pessoa.
As crianças geralmente com mais de cinco anos compreendem que outras
pessoas têm objetivos, informações e sentimentos diferentes de outras, já a pessoa
com autismo falta a compreensão; essas dificuldades deixam incapazes de prever
ou assimilar as ações de outros indivíduos. Quando estão num ambiente estranho
ou ameaçador, ou são irritados, podem reagir com agressividade com si própria ou
com quem estiver próximo.
São grandes as dificuldades de comunicação e geralmente as crianças
autistas falam e balbuciam durante os primeiros meses de vida, mas logo param.
Desenvolvendo a linguagem entre cinco e nove anos. Algumas crianças
podem aprender a utilizar meios de comunicação alternativos, tais como figuras ou
linguagem gestual, muitos que falam utilizam a linguagem de maneira incomum,
4
sendo incapazes de combinar palavras em frases, uns falam apenas palavras
isoladas enquanto outros repetem várias vezes algumas palavras que é chamada
“condição de ecolalia”. É comum falar em voz alta, cantando, monotônico ou voz de
robô.
O comportamento repetitivo pode ser sutil ou extremamente alterado,
agitando repetidamente os braços ou andando na ponta dos pés. Como crianças
passam horas alinhando os carros e trens, ao contrário de fingir que estar brincando,
quando é interrompido com o brinquedo, fica inteiramente chateado, com uma
pequena mudança em sua rotina faz com que pode ser perturbador no seu dia a dia.
A inclusão configura-se como tarefa desafiadora, podendo realmente romper
as barreiras ideológicas que marcaram na época a escola com os alunos excluídos
formando assim em práticas que proporcionem a integração, parece simples, mas é
um processo bem complexo porque implica com todo o vínculo escolar já
estabelecido, sujeito a novas descentralizações.
Quanto às características comportamentais Santos (2008), nos dá subsídios
para entender os distúrbios da criança com autismo.
5
Cunha (2017, p. 19) afirma que, “trata-se de uma síndrome tão complexa que
pode haver diagnósticos médicos diferentes. Tem em seus sintomas incertezas que
dificultam, muitas vezes, um diagnóstico precoce. ” Percebe-se que o autismo tem
suas incertezas em relação as suas causas, e sintomas, e que em sua grande
maioria permanece desconhecido entre às pessoas. Como afirmou Cunha, o
diagnóstico tem quadros diferentes, variando de criança para criança e o grau que
apresentam. Entende-se que, um conhecimento das particularidades e
principalmente da caracterização do quadro de TEA são fundamentais para um
planejamento e aplicação prática nos ambientes escolares, a fim de proporcionar
momentos de crescimento e de formação a essas crianças.
A cada dia a inclusão vem conquistando cada vez mais seu espaço no meio
social, exercendo seu direito na sociedade atual, mas muitas foram às lutas, até
chegar às vitórias. Segundo Carvalho, Rocha e Silva (2006) foram encontradas
diferentes formas de tratamentos ao longo desse período histórico- social, onde a
principal forma desse modelo era o abandono e o extermínio, da inclusão, da
institucionalização e da integração. Os entendimentos explicativos para as causas
com deficiência, podem ser agrupados nos modelos místicos, sociológicos e
biológicos.
De acordo com Bianchetti e Carvalho (1995), Rocha e Silva (2006), na
sociedade primitiva as pessoas com algumas dificuldades ou com restrições de
locomoção, de seguir a comunidade nômade, buscando a sobrevivência em
alimentos como pescar e caçar, as pessoas que tinham dificuldades de acompanhar
esse grupo eram deixadas para trás para morrer e expostos ao tempo.
Na sociedade grega, buscava-se o ser humano com o corpo perfeito e
preparavam para guerra. Quando nascia um indivíduo com qualquer tipo de
necessidades especiais que não faziam parte dos padrões desejados pelos gregos
eram eliminados, ato chamado por Binchetti (1995) de uma eugenia radical.
No período feudal, onde começa a valorização da alma, onde a religião o
catolicismo dominava, dizendo que se algum indivíduo nascesse com dificuldades
6
era para pagar ou era alguma força demoníaca, com toda essa evolução, a antiga
visão rompeu-se gradativamente, sendo suplantada pelo progresso científico.
7
alunos necessitam de uma metodologia de ensino diferenciada e facilitadora do
processo de ensino aprendizagem, pois cabe ao professor ser o mediador de um
conteúdo propício para atender a todos, quando não ocorre essa interação de
professor, escola e aluno no ambiente de ensino fica inapropriado o processo da
inclusão, cedendo lugar não satisfatório para todas as crianças. Isso aponta para a
reestruturação da necessidade de um ambiente prazeroso de ensino aprendizagem
que leva o sistema escolar e social para a inclusão ser efetivada.
A inclusão adequada leva diversidades de aprendizagem, mesmo que a
criança tenha alguma dificuldade de aprendizagem ou dificuldades cognitivas,
levando em relação os conteúdos curriculares comuns, podendo ser beneficiar com
estímulos de experiências com a convivência dentro da sala em suas diversas
culturas simples do seu dia a dia, podendo ser tornar mais autônomas e
independentes, conquistando o seu lugar na sociedade, na família e na escola.
A escola deve colaborar dando sugestões aos pais e aos familiares de como
eles podem ajudar seus filhos no ambiente familiar, de maneira que se torne
coautores do processo de inclusão de seus filhos. Muitas vezes as estratégias
usadas na escola não são colocadas em prática em casa por vários motivos. “A
família se constitui, portanto, no fator determinante para a detonação e manutenção
ou, ao contrário, para o impedimento do processo de integração. ” (GLAT, 2003,
p.46).
8
Alguns pontos são específicos para o atendimento para esses indivíduos.
Como por exemplo: Pronunciar seu próprio nome; verificar várias vezes as suas
atividades; ter um amigo para acompanhar em suas tarefas até que se torne a sua
rotina, sentar perto e na frente do educador; em qualquer tipo de ecolalia ou
estereotipia que o aluno se encontrar no momento o educador deve suspender o ato
e deixar para o próximo momento, integração família/aluno/professor (FACION,
2008).
É importante que o professor conheça a realidade do seu aluno especial para
sua interação com os outros, não impondo ao aluno seu interagir com o próximo é
sim fazer de uso estratégias para sua interação ao meio (FACION, 2008).
Como afirma Vygostsky, (1983), quando a criança é portadora de alguma
deficiência, isso não quer dizer que ela seja menos desenvolvida que as demais,
simplesmente ela apenas tem uma forma mais lenta de se desenvolver.
No ambiente escolar o professor estimula os alunos com elogios, motivação e
com muita calma para obter comportamentos favoráveis na sala de aula, passando
tranqüilidade e segurança para os alunos. Schwartzman e Salomão Junior (1995)
que o professor proporcione o interagir do aluno com autismo com os outros alunos
do ensino regular.
Para Papert (1994), o computador é utilizado como uma ferramenta de ensino
aprendizagem gerando nas crianças com autismo satisfação através de figuras,
desenhos educativos e imagens, auxiliando como forte recurso didático.
9
Muitos pais com a chegada da criança com deficiência, não sabe como agir
na situação deixando assim para médicos, professores, entre outros, essa
responsabilidade.
A relação dos professores com os familiares deve ser de colaboração. Em
uma sociedade inclusiva a família deve estar presente em todo momento participar e
fazer valer os direitos de todos.
Para Ackeman (1986), à família representa o núcleo, vivenciado por
experiências do cotidiano humano, é também de grande responsabilidade no
crescimento e no desempenho dos seus filhos com síndrome do autismo. Todos os
membros da família do autista são vistos como pessoas necessárias para seu
tratamento, utilizando da afetividade e de seu comprometimento com o aprendizado
dessa criança, que necessita de cuidados específicos para seu desempenho social.
A família contribui muito tendo parceria com a escola e a criança é quem se
beneficia em todos os aspectos.
É necessário o educando ter cautelas em selecionar objetos a serem
trabalhados na área psicopedagógica para não ficar acima de suas condições
cognitivas.
O professor deve ter um papel significativo para o aluno, pois maiores serão
as chances para obter as suas habilidades com a segurança explícita do professor
com o seu modo de agir em sua prática. È fundamental a rotina diária, e oportunizar
os alunos todas as suas etapas.
11
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1 REFERÊNCIAS
12
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política
Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2004.
13