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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ORIENTADA

DADOS DO PROJETO
TÍTULO: PREVENÇÃO E COMBATE AO BULLYING E A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

ESCOLA ESTADUAL JOSE BERNADINO LINDOSO Data da pesquisa:14/05/2023

DADOS DO GRUPO
Nome completo Curso Matrícula
Nadine Giovanna Maciel Araújo Marketing 2377767
Bianca Maciel Moreira Alves Marketing 2378787
Kevellyn Monteiro de Souza Administração 2387633
Paulo Roberto da Cruz Braga Administração 2273468
Tereza de Jesus Pacheco Oliveira Administração 2272020
Maria Alexandra de Menezes Farias Administração 2379805
Rosana dos Santos Pimentel Administração 2375432
Kaio Wesley Oliveira Nunes Administração 2382159
Maycon Douglas Rocha dos Santos Administração 2380536
Cheiliane Arante de Oliveira Logística 2387967
Rainere dos Anjos Cardoso Logística 2273592
PESQUISA EM CAMPO SOBRE PREVENÇÃO E COMBATE AO
BULLYING E A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS, ENTENDENDO CONTEXTO E
BUSCANDO SOLUÇÕES

1. INTRODUÇÃO

HISTÓRIA E CONCEITO DE BULLYING O bullying está intrínseco na educação escolar,


porém começou a ser estudado, em âmbito internacional, no início da década de 70,
quando o professor norueguês Dan Olweus iniciou investigações para uma maior
compreensão do problema que havia entre os agressores e suas vítimas, a princípio as
pesquisas não tinham apoio das entidades educacionais, situação que se inverteu duas
décadas após quando, no ano de 1993, iniciou-se a Campanha Nacional Anti-Bullying nas
escolas norueguesas (Lopes, 2003, p. 01).

De acordo com Silva (et Al, 2017), vários estudos apontam que o dano decorrente do
Bullying afeta a saúde, a qualidade de vida, o desenvolvimento psicossocial e as trajetórias
educacionais de inúmeros indivíduos no mundo inteiro, levando essas pessoas em muitos
dos casos, a terem pensamentos suicidas e baixo rendimento escolar. Bullying, segundo
Silva (2009), é um termo de origem inglesa, que atualmente vem sendo adotado por muitos
países para denominar, ou seja, nomear ações deliberadas de maus tratos contra outra
pessoa, colocando-a em situações sob tensão constantemente, ou seja, fisicamente,
psicologicamente ou as duas possibilidades de uma única vez.

O Bullying é nomeado como atos de violência física e psicológica que ocorre numa prática
frequente, ou seja, constantemente, e não apenas uma única vez, uma vez que o mesmo
reflete ainda todas as formas de atitudes agressivas, que baseiam-se na intencionalidade e
repetitividade, que consequentemente ridiculariza outro indivíduo, com isso, o mesmo
normalmente encontra-se incapaz de se defender, por estar na maioria dos casos numa
relação desigual de poder, intimidado, com medo e moralmente afetado perante os demais
ali presentes. Segundo Neto (2011), as agressões podem se apresentar ainda de diversas
formas, como, por exemplo, através do: Bullying Físico, Bullying Psicológico, Bullying
Moral.

2. BULLYING NAS ESCOLAS

2.1 Tipos de bullying


O termo bullying é de origem inglesa, até o momento sem tradução adequada para a
língua Portuguesa, é utilizada para rotular comportamentos violentos nas entidades
educacionais (Silva, 2009, p. 23). Que pode ser

Bullying verbal: Ocorre através de xingamentos, insultos, criação de apelidos pejorativos


que humilham a vítima diante dos demais colegas.
Bullying sexual: Pode ser constatado como um assédio, ou até mesmo em alguns casos
chegando à indução ou abuso de determinada pessoa.
Bullying social: Demonstrado pelas ações de exclusão, isolamento, ignorando o colega
do convívio social com os demais e o afastando para que ninguém se relacione com
aquela pessoa.
Bullying material: Quando se é roubado, furtado ou até mesmo destruído pertences da
vítima.
Bullying virtual: Se dá em humilhar o outro pelas redes sociais, sendo através de envio
de mensagens, falsificando dados pessoas, criando grupos para zoar a vítima.

2.2 CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Segundo Neto (2011), a prática do Bullying pode acarretar as seguintes possíveis


consequências para as vítimas:
Depressão: como uma síndrome que inclui alterações cognitivas além das alterações de
humor, como sono e apetite, ou como uma doença que pode ser classificada de forma
diferente, como depressão associada à melancolia e transtorno bipolar.
Agressão: pode terminar com a vítima se tornando um agressor e atacando uma pessoa
mais fraca, ou depois de um tempo se torna um agressor vingativo radical.

Além dessas consequências existem várias outras, como, por exemplo, a perda de
autoestima, o medo de se expressar, a automutilação, dificuldade de aprendizagem,
suicídio.

2.3 Soluções para o enfrentamento do Bullying

Nesse contexto, é preciso formar agentes de proteção, que modificam condições de risco a
que estão expostos crianças e adolescentes vitimizados pelo bullying (Yunes, Szymanski,
2001).

Há três formas de se tratar a violência: a repressiva, que propõe a busca a instâncias


penais, abandonando o processo pedagógico; a patológica, que atua sobre a violência com
olhar clínico; a do diálogo, que trata a violência como algo a ser combatido com conversas,
como um conteúdo pedagógico. (Tavares dos Santos, Machado, 2010).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as pesquisas foi percebido que os autores enfatizam sobre o tema
abordado, a fim de que a comunidade, possa entender essa questão nas escolas, no que
tange a relevância de se fazer um trabalho, principalmente mostrando o quão o diálogo e
o ensino aprendizagem se fara pertinente nesse item.
Priotto (2008) assinala em sua pesquisa a reposta dos entrevistados em relação à
proposta de ações para diminuir a violência escolar que permitiu categorizá-la em
propostas sociais e/ou educacionais, as quais são definidas em: a) Enfoque de política
social: ações que determinam o padrão de proteção social complementado pelo Estado,
voltadas em princípio, para a redistribuição dos benefícios sociais, visando à diminuição
das desigualdades estruturais produzidas pelo desenvolvimento socioeconômico; e b)
Enfoque de política educacional: respaldado nos artigos 205 e 206 da Constituição Federal
de 1988. Dentre as propostas cabe destacar: Integração da escola com a família e a
comunidade, ações pedagógicas, valorizar o diálogo, necessidade de práticas educativas
para favorecer a prevenção e diminuição da violência, contribuição do estado e sociedade.
E ainda importante destacar essa autora que descreve em suas pesquisas, a violência nas
escolas, e associar a parceria entre comunidade, escola e alunos.

Abramovay (2002) descreve que em sua pesquisa, sobre medidas para contenção das
violências nas escolas, dentre as propostas mais citadas, a proposta de aumentar a
vigilância policial nas escolas e imediações obteve maior proporção de adesões, assim
como a proposição de diálogo entre alunos, professores e diretoria e a parceria entre
escola e comunidade. A autora destaca como um indicador positivo, a vontade de pais,
alunos e funcionários em apostar em medidas de resolução compartilhada do problema,
tendo em vista a indicação do diálogo entre alunos, pais e professores e da parceria entre
Escola e comunidade, como dispositivos importantes para conter o fenômeno nocivo a
todos.

REFERÊNCIAS

ABRAMOVAY, Miriam. Violências nas escolas. Brasília/DF: Unesco, 2002. 400 p.


desafio social contemporâneo. In: X CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO –

EDUCERE, 2011, Curitiba: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, p.


estudantes. Publicado em 2005; Acesso em 2023.
http://www.scielo.br/pdf/ep/v44/1517-9702-ep-S1517-9702201703157305.pdf.
interdisciplinar. Rio de Janeiro: Renovar, 1996. 720 p.

MARILENA Ristum Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia


(Ufba) Professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) APRENDER – Cad. De
Filosofia e Pisc. Da Educação, Vitoria da Conquista, ano II n.2 P59-68.

NETO, Aramis Antonio Lopes. Bullying — comportamento agressivo entre

OLIVEIRA, Eny da luz Lacerda. Prevenção e Combate a Violência Escolar: um

PEREIRA, Tânia da Silva. Direito da Criança e do Adolescente: Uma proposta


práticas educativas. 2008. 200 f.
redução de violência em meio escolar. Proposições, Campinas, vol.13, nº 3 (39), p.

SILLVA, Bianca Aparecida Goes da. "Assédio moral." (2018). Acesso em 12/05/2023.
Sociais no espaço.
SPOSITO, Marília Pontes. Percepções sobre jovens nas políticas públicas de
Temático: Violências e convivência nas Escolas: Fatores, manifestações e relações

TOGNETTA, Luciene Regina Paulino – Unifran Irpaulino@uol.com.br Eixo


ISSN 1518-3483 Ver. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9. N. 26. P. 161-179. Jan./abr. 2009
Revista Dialogo Educacional Elis Palma Priotto, Lindomar Wessler Bonetib

O adolescente autor de ato infracional: aspectos jurídicos. Revista Brasileira de


Psicoterapia 2010, p. 284-296.

SILVA, Flaviany Ribeiro da; ASSIS, Simone Gonçalves. Prevenção da violência


escolar: uma revisão da literatura. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 44, e157305, 2018.

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