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PROJETO DE INTERVENÇÃO
Dando voz à sua dor: um olhar voltado para as mulheres vítimas de violência doméstica
ALTO ALEGRE
2021
NAYRA ARAÚJO SILVA
ALTO ALEGRE
2021
RESUMO
O presente trabalho consiste em um projeto de intervenção apresentado ao curso de
Bacharelado em Serviço Social.
Este projeto tem por público alvo mulheres vítimas de violência doméstica, assistidas pelo
CREAS na cidade de Joselândia. Conta com revisão bibliográfica para embasamento e
contextualização, e demais conteúdos metodológicos que descrevem as etapas do projeto
de intervenção e respondem aos questionamentos levantados acerca da violência
doméstica. Almeja-se, através deste projeto, rastrear os casos de violência doméstica e
minimizar os danos provocados por essa prática danosa às mulheres, através de terapias
ocupacionais e tratamentos conjuntos e interdisciplinares entre a equipe de Psicologia e
equipe de Assistência Social do CREAS, a serem detalhados no decorrer do projeto.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................4
2. OBJETIVOS..............................................................................................................................6
3. REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................................................7
4. METODOLOGIA.......................................................................................................................9
5.RECURSOS.............................................................................................................................1
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6.AVALIAÇÃO..........................................................................................................................11
7.CRONOGRAMA.................................................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO
3. REVISÃO DE LITERATURA
A condição de violência é, antes de tudo, uma violação dos direitos humanos. Pode estar
associada a problemas variados, de naturezas diferentes, questões conceituais referentes à
diferença entre poder e coação, vontade consciente e impulso, determinismo e liberdade. A
violência contra a mulher é um fenômeno multicausal, multidimensional e multifacetado.
(FONSECA; RIBEIRO; LEAL, 2012)
Profissionais inseridos nos serviços de atendimento à vítimas se deparam com situações
de violências domésticas que começam de modo silencioso, a ponto de não serem
percebidas sequer pelas vítimas. Os primeiros sinais de violência que o agressor doméstico
manifesta e, ainda que não em todos os casos, geralmente acarreta violências mais graves e
danosas. De forma lenta e silenciosa, a violência se inicia e progride em intensidade e
consequências. O autor da violência não começa com agressões físicas, mas com
intimidações, cerceamento, humilhações e exigências que privem a vítima de sua
integridade, dignidade e liberdades individuais, até que obtenha total controle emocional
sobre a vítima. (SILVA; COELHO; CAPONI, 2006).
Agressão, morte e estupro são fenômenos mais naturalizados do que deveriam ser
historicamente. Em todos os países civilizados e dotados de ordem, moral e civismo,
independente da economia e da política, são situações mais naturalizadas do que deveriam
ser. No entanto, as realidades são diferentes e a magnitude das agressões também variam. É
mais frequente em países de cultura masculina, portanto patriarcal e machista, e menor em
culturas que procuram soluções igualitárias para diferenças de gênero. Órgãos
internacionais começaram a se mobilizar contra esse tipo de violência depois de 1975,
quando a ONU implementou o Dia Internacional da Mulher, no entando foi na Reunião de
Viena de 1993 que a Comissão de Direitos Humanos incluiu um capítulo de denúncia e
medidas para dirimir a violência de gênero. (BLAY, 2003)
Com uma frequência muito grande, o problema da violência contra a mulher repercute
para a saúde e a qualidade de vida das mulheres. Violência conjugal e estupro têm sido
aspectos frequentemente relacionados à aumento das taxas de suicídio, abuso de drogas e
álcool, cefaleia, distúrbios psíquicos, gastrointestinais. A violência contra a mulher também
tem seus efeitos reprodutivos, aumentando o índice de doenças sexualmente transmissíveis,
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4. METODOLOGIA
O projeto de intervenção ocorrerá segundo as seguintes etapas: sondagem das
mulheres que cheguem ao CREAS de Joselandia apresentando indícios de serem vítimas de
violência sexual; feito isto, as mulheres serão abordadas pelo profissional psicólogo e grupo
de assistência social do CREAS; o grupo selecionado que aceite participar das terapias
ocupacionais e escutas acolhedoras serão submetidos à estas, de modo a atenuar os danos
causados pelos episódios de violência, e aquelas que necessitarem de acompanhamento
médico, serão encaminhadas. Espera-se que empregando certas terapias ocupacionais,
utilizando a escuta como meio terapêutico e os devidos encaminhamentos médicos, possa-
se compreender a realidade da violência doméstica na comunidade, bem como dirimir seus
danos.
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5. RECURSOS
A avaliação do andamento e sucesso do projeto será feita após a aplicação dos recursos
terapêuticos e tratamentos, consultando e entrevistando o grupo de mulheres a respeito de
como as iniciativas do projeto as ajudaram a melhorar sua qualidade de vida.
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7.CRONOGRAMA
de artesanato) em
conjunto com
psicólogos no
CREAS
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REFERÊNCIAS
BLAY, Eva Alterman. Violência contra a mulher e políticas públicas. Estudos avançados, v. 17,
n. 49, p. 87-98, 2003.
CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Violência doméstica. Lei Maria da Penha,
2007.
FONSECA, Denire Holanda da; RIBEIRO, Cristiane Galvão; LEAL, Noêmia Soares Barbosa.
Violência doméstica contra a mulher: realidades e representações sociais. Psicologia &
Sociedade, v. 24, n. 2, p. 307-314, 2012.
SCHRAIBER, Lilia Blima et al. Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção
primária à saúde. Revista de Saúde Pública, v. 36, n. 4, p. 470-477, 2002.
SILVA, Luciane Lemos da; COELHO, Elza Berger Salema; CAPONI, Sandra Noemi Cucurullo de.
Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência física
doméstica. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 11, p. 93-103, 2007.