Você está na página 1de 10

GRUPO PALAVRAS DE VIDA

Naviraí, 24 de Novembro de 2016


I. IDENTIFICAÇÃO

1.1 Nome do Projeto: Palavras de Vida


1.2 Nome da Instituição: Centro de Referência da Assistência Social I
1.3 Endereço: R.: Júlio Soares Filho, 568 - Telefone: (67) 3461-0274
1.4 Responsável pela elaboração do Projeto: Heloisa Bortolotto da Silva - psicóloga
1.5 Público  Beneficiário: Famílias em situação de vulnerabilidade social cujo membro
possua algum tipo de deficiência
Local de Realização: Centro de Referência da Assistência Social I

II. INTRODUÇÃO:

Dentre os principais serviços ofertados pelo Centro de Referência da Assistência


Social destaca-se o PAIF, Programa de Atenção Integral a Família. Consiste no trabalho
social com famílias, de caráter continuado. Prevê o desenvolvimento de potencialidades
e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por
meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo (MDS, 2015)
Constituem usuários do PAIF as famílias territorialmente referenciadas ao
CRAS, em situação de vulnerabilidade social. Dentre alguns dos elementos de
vulnerabilidade, a NOBSUAS (2005) aponta questões relacionadas à precariedade de
infraestrutura; presença de crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência em
famílias com renda até meio salário mínimo, responsáveis analfabetos ou com baixa
escolaridade e mulheres chefes de famílias sem cônjuge, famílias com responsáveis
desempregados, família em situação de trabalho infantil ou com presença de crianças e
adolescentes em idade escolar obrigatória fora da escola, dentre outros.
A equipe de referência do CRAS deve privilegiar a oferta de serviços
socioeducativos para famílias conforme especificidades do território. Caracterizam-se
por encontros periódicos organizados segundo planejamento prévio, de modo a
desenhar um percurso com um conjunto de famílias agregadas em grupos, por meio de
algum de seus membros que assume o papel de responsável (MDS,2009). Esse serviço
objetiva incentivar as famílias a discutir e refletir sobre as situações vivenciadas e
interesses comuns que se referem à função protetiva das famílias, os direitos que as
famílias e seus membros possuem, os meios de acessá-los e demais temáticas que
possam fortalecer os vínculos familiares e comunitários.
O grupo Rompendo Barreiras faz parte da oferta do PAIF, tem como público
famílias beneficiárias de programas de transferência de renda cujo membro possua
algum tipo de deficiência. Trata-se de um processo de caráter continuado e planejado,
por período de tempo determinado, no qual há, a partir de vulnerabilidades, demandas e
potencialidades apresentadas pelas famílias, a definição dos objetivos a serem
alcançados. Os participantes podem ser membros que possuam algum tipo de
deficiência ou algum responsável familiar. Os encontros serão realizados mensalmente
no espaço físico do Centro de Referência da Assistência Social I no período matutino.
A PNAS (2004) afirma que a família é o “espaço privilegiado e insubstituível de
proteção e socialização primárias”. As famílias devem ser vistas enquanto sujeitos de
direitos e protagonistas, sendo acolhidas, esclarecidas e apoiadas em suas demandas.
Importante destacar que na execução das reuniões, será preciso compreender a
realidade do grupo familiar do território, buscando a inserção das famílias nas ações do
serviço ou em outras ações, a fim de proporcionar a atenção integral, negando a
segmentação do atendimento socioassistencial e materializando a matricialidade
sociofamiliar. Assim, a técnica do trabalho em grupo será mais que orientador ou o
fomentador da junção de várias pessoas para dialogar sobre um tema, mas sim elo para a
interação social e vínculo entre os participantes.
Neste sentido, assinala-se a relevância de investimento em dinâmicas que
favoreçam a socialização e integração dos participantes dos grupos de acompanhamento
familiar, buscando estimular a criação de vínculos entre seus membros. O
estabelecimento do vínculo entre os participantes favorecendo a participação, interação,
exposição de opiniões, idéias e experiências.

III. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral


Promover o protagonismo e a participação social dos beneficiários com
deficiência do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC, por
meio da superação de barreiras, fortalecimento da autonomia, acesso à rede
socioassistencial e de outras políticas.

3.2 Objetivos Específicos

 Proporcionar conhecimento referente aos direitos das pessoas com deficiência;


 Fortalecer a função protetiva da família;
 Favorecer os vínculos familiares e comunitários;
 Possibilitar a ampliação das redes sociais de apoio e o acesso a benefícios,
programas de transferência de renda, serviços socioassistenciais, políticas
públicas setoriais e órgãos de defesa de direitos;
 Fomentar vivências que questionem padrões estabelecidos e estruturas desiguais,
estimulando o desenvolvimento de autoestima positiva dos membros das
famílias;
 Possibilitar a discussão sobre as situações vivenciadas pelas famílias e as
diferentes formas de lidar com tais situações, por meio da reflexão sobre os
papéis desempenhados e os interesses dos membros das famílias;
 Romper com preconceitos, estereótipos e formas violentas de interação e
repensar os papéis sociais no âmbito da família;
 Estimular a identificação das vulnerabilidades e recursos do território e seus
impactos na vida das famílias, promovendo a reflexão sobre a realidade
vivenciada, o fortalecimento das redes sociais de apoio, a identificação das
articulações intersetoriais necessárias e a mobilização para a potencialização da
rede de proteção social do território;
 Proporcionar o compartilhamento de experiências, o desenvolvimento das
habilidades de negociação e mobilização, com vistas ao exercício do
protagonismo e autonomia.
IV METODOLOGIA

Serão realizadas reuniões mensais no espaço físico do Centro de Referência de


Assistência Social I no período matutino com as famílias beneficiárias do Benefício de
Prestação Continuada cujo membro possua algum tipo de deficiência. As temáticas
abordadas no encontro incluem: Direitos das pessoas com deficiência; Diversidade e
preconceito; Direito à renda: Benefício de Prestação Continuada e Programa Bolsa
Família; Direitos e Deveres das Famílias; Especificidades do Ciclo de Vida; entre
outros.

4.1 Planejamento dos Encontros

Todos os encontros serão realizados no espaço físico do Centro de Referência da


Assistência Social no período matutino com início às 8h30min e término às 9h30min.

Data Tema Materiais


Janeiro  Quem somos nós? Acolhida do grupo;  Barbante
11 apresentação dos participantes; identificação das  Balão
necessidades trazidas pelos participantes;
objetivos do grupo; regras e combinados.
 Dinâmica de grupo: Estourando balões – quebra
gelo entre os participantes.

Fevereiro
15  A sociedade e a pessoa com deficiência.
Palestrante Sérgio (ANPEDE); Conselho
Municipal da Pessoa com Deficiência,
orientações
Março  Roda de Diálogo a respeito dos Direitos  Estatuto da
15 assegurados a pessoa com deficiência. Estatuto Pessoa com
da pessoa com Deficiência: LEI Nº 13.146, DE 6 Deficiência
DE JULHO DE 2015.
Parte I

Abril  Roda de Diálogo a respeito dos Direitos  Estatuto da


05 assegurados a pessoa com deficiência. Estatuto Pessoa com
da pessoa com Deficiência: LEI Nº 13.146, DE 6 Deficiência
DE JULHO DE 2015.
Parte II

Maio  Cachorro quente


09  EDUCAÇÃO INCLUSIVA - Art 54 do ECA,  Refrigerante
Lei de Diretrizes e Bases Educacionais.  Bolo
Atendimento educacional especializado às  Data Show
pessoas com deficiência preferencialmente na  Computador
rede regular de ensino, já que toda a criança e
adolescente têm direito à educação para garantir
seu pleno desenvolvimento como pessoa,
preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho.

Junho  Tema: Diversidade e preconceito  Sucatas: lata de


7  Vídeo: Programa de prevenção e combate a cerveja/refrigera
violência contra a pessoa com deficiência nte amassada;
http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/videos papelão; garrafa
Bonecos, disponível em: peti.
http://www.ibdd.org.br/videos%20e%20fotos.asp?t=
 Roda de diálogo sobre os tipos de Violência e
como preveni-las
 Dinâmicas: Quero pertencer ao grupo (Anexo
IV)
Trabalhando com Sucata
Valores: concordo/discordo

Julho  FESTA JULINA INTEGRADA  Bandeirinhas


14  Atividade de convívio intergeracional:  Comida típica
integração entre os participantes do SCFV  Aparelho de
idosos e crianças e adolescentes com as famílias Som
que participam do CRAS

Agosto  Tema: Tutela e Curatela


09  Palestra com representante do núcleo jurídico da
UEMS

Setembro  LEI Nº 11.133, DE 14 DE JULHO DE 2005 -  Tortas, bolos,


13 Institui o Dia Nacional de Luta da Pessoa refrigerantes
Portadora de Deficiência - 21 de Setembro -  Aparelho de
 Filme de comédia alusivo a família e pessoas som
com deficiência  Brindes
 Confraternização e comemoração; sorteio de
presentes.

Outubro  Comemoração do dia das crianças – encontro


06 integrado, participação de todos os grupos.

Novembr  Tema: Família, cooperação, valores, resiliência.


o  Dinâmica Zoológico (Anexo V)
08 Percepção das diferenças, papéis dos participantes
dos grupos e vida familiar.

Dezembro  Festa de Encerramento; confraternização entre  Tortas, bolos,


08 os grupos – atividade de convívio refrigerantes
intergeracional, favorecimento dos vínculos  Aparelho de
comunitários. som
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME


Orientações Específicas por serviço/ação do PAIF; disponível em:
http://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/assistencia-social/psb-protecao-
especial-basica/servico-de-protecao-e-atendimento-integral-a-familia-2013
paif/ORIENTACOES%20ESPECIFICAS%20PARA%20O%20PAIF.PDF
Acesso em 08 de Setembro de 2015

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME


SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DEPARTAMENTO DE
BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS PROGRAMA BPC TRABALHO – PASSO A
PASSO; disponível em:
http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/beneficiosassistenciais/bpc/bpc-trabalho/passo-
a-passo-bpc-trabalho.pdf; Acesso em 15 de Setembro de 2015

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME


NOBSUAS – Norma Operacional Básica do Sistema Único da Assistência Social;
Brasília; 2005

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME


Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais; texto da resolução n°109 de 11 de
novembro de 2009, publicada no diário oficial da união em 25 de novembro de 2009

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME; PNAS


Política Nacional de Assistência Social; Brasília, 2004

SERRÃO, M.; BALEEIRO, M.C.; Aprendendo a Ser e a Conviver; FTB Fundação


Odebrecht; São Paulo, 1999.

http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/legislacao; acesso em 15 de Setembro de


2015

http://www.ibdd.org.br/; acesso em 15 de Setembro de 2015

ANEXOS
Dinâmicas sobre pessoas com deficiência:
http://escoteiros.org.br/arquivos/jogos/jogos_e_dinamicas_de_grupo-
pessoa_com_deficiencia.pdf

Dinâmica A Bala do Momento (Anexo I)


Objetivo: Levar os presentes a compartilhar momentos de sua vida e assim se
conhecerem melhor, criar vínculos e se identificarem.
Material:
 Balas de sabores sortidos (uma para cada participante).
Desenvolvimento:
 Antecipadamente, faça uma relação de sabores com o que deseja que a pessoa
compartilhe. Exemplo: bala de laranja -> momento alegre, bala de uva ->
momento triste, bala de morango -> um testemunho marcante, bala de abacaxi -
> uma provisão de Deus. Enfim, cada um faz a relação como achar mais
apropriado.
 Na reunião, passe as balas pedindo pra que cada um pegue uma, mas não coma.
 Sugira que compartilhem os momentos indicados conforme o sabor escolhido.
 No final, autorize que comam a bala.

Dinâmica Confiança (Anexo II)


Material: Venda para os olhos.
Desenvolvimento : Formar duplas com todo o grupo.
Em cada dupla, uma pessoa é vendada e a outra a conduz para dar um passeio fazendo-a
passar por situações diversas ( se possível ) Escadas, por meio de cadeiras. Depois de
alguns minutos, inverter os papéis. No final, fazer uma avaliação: Como foi a
experiência, como se sentiu?, como foi ser conduzido?, como foi conduzir?

Dinâmica Caneca no Vaso – Anexo III


Objetivo: Sensibilizar o grupo para o convívio com Pessoa com Deficiência.
Material:
• Barbante;
• Caneca com asa;
• Vaso ou recipiente que caiba a caneca;
• Vendas para olhos (metade do Nº de participantes).
Procedimento:
• Todos os integrantes em circulo de pé recebem um barbante, o qual uma ponta deverá
ser presa na cintura do participante e a outra ponta presa a uma tesoura que se encontra
no centro do círculo. A tesoura presa no centro do círculo deverá estar com a ponta
voltada para baixo. O grupo deverá tentar colocar a tesoura no vaso que se encontra no
chão debaixo da tesoura. No circulo, de forma intercalada, ficará um sem a visão (com
vendas) e a outra sem a fala, novamente outra pessoa sem a venda e depois outra pessoa
sem a fala e assim sucessivamente. A missão do grupo é inserir a tesoura presa no
centro do círculo no vaso. Após o cumprimento da missão, fazer uma reflexão com o
grupo, sobre as principais dificuldades apresentadas durante a vivência, e como nos
comportamos ao conviver no cotidiano com Pessoas com Deficiência.
Dinâmica Quero Pertencer ao Grupo (Anexo IV)
Objetivos:
• Vivenciar o sentimento de exclusão do grupo;
• Desenvolver o sentimento de ser aceito e pertencer ao grupo.
Desenvolvimento:
• Com os participantes, faça um círculo apertado e entrelaçado no Centro da sala. Uma
pessoa tenta penetrar neste grupo, da melhor maneira que achar possível, usando a
força bruta ou dialogando.
Fechamento:
• Quais os sentimentos despertados nos indivíduos quando são excluídos Do grupo?
• O que leva o grupo a excluir uma pessoa?

Dinâmicas do livro Aprendendo a Ser e a Conviver (Anexo V)


Margarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro
Fundação Odebrecht 2° Edição
São Paulo 1999

 Trabalhando com Sucata (Pág 92)


 Nome e Qualidade (pág 110)
 Escolha cuidadosamente suas palavras ( pág118)
 Valores concordo/discordo (pág 128)
 Dinâmica Zoológico (pág 175)

Você também pode gostar