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Protozoários Parasitos do Homem V

Malária
Profa. Dra. Fernanda Avelino
Ordem Coccidiida
Sub-ordem Haemosporidiidae
Família Plasmodiidae
Gênero Plasmodium 100sp.
(todos relacionados com a malária!)
Malária
 Plasmodium vivax (Grassi & Feletti, 1890)
 Plasmodium falciparum (Welch, 1897)
 Plasmodium malariae (Laveran, 1881)
 Plamodium ovale (Stephens, 1922)
Malária
Depois da picada os Plasmodium ficam na
corrente sanguínea por cerca de meia
hora até migrarem para o fígado;

Homem – hospedeiro
natural do P.
Malária falciparum, P.
malarie, P. vivax e
P. malarie;
 Apenas o P. malarie
contamina outros
animais
(chipanzés);
Malária Plasmodium vivax Plamodium ovale

Plasmodium malariae Plasmodium falciparum


Malária
 Vetor Invertebrado
 Ordem Diptera, Família Culicidae, Gênero
Anopheles - Sub-gênero: Anopheles, Cellia,
Nyssorhyncus e Kerteszia
 400 sp. – 60 são vetores;
 Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi Root,
1926
 Anopheles (Nyssorhynchus) albitarsis
Lynch Arribalzaga, 1878
 Anopheles (Nyssorhynchus) aquasalis
Curry, 1932
 Anopheles (Kerteszia) causei Dyar &
Knab, 1908
Malária Anopheles darlingi Anopheles albitarsis

Anopheles aquasalis Anopheles gambiae


Malária
Malária
 Origem – África; distribuição por áresaa tropicais e
subtropicais de todo mundo.
 Egito – múmias de mais de três mil anos com
esplenomegalia.
Malária
 Grécia Antiga – conhecida desde 1000 anos antes de
Cristo, sendo bem caracterizado pelos médicos gregos
descreveram os tipos febris: cotidiano, terção e quartão.
 Hipócrates – descreveu clinicamente a moléstia
chamando a atenção não só para a esplenomegalia e
hepatomegalia, como para a cura do paciente.
 1874 – Meckel: cor escura dos órgãos – observou
pigmento nos órgãos dos mortos.
 1880 – Leveran: descoberta do parasita.
Malária
 Golgi – descreveram o ciclo assexuado;
 Manson – propôs a teoria de que a malária deveria ser
transmitida de maneira semelhante;
 Ross – investigou e este problema na Índia,
demonstrando a evolução do mesmo em pássaros por
intermédio de mosquito;
 1900 – Grassi: descreveu o ciclo completo dos parasitas
da malária humana em anofelinos;
 1948 – Short & Garnham: ciclo pré-eritocíticos
passando pelo fígado.
 Apogeu – 300 -350 milhões de infectados no
mundo;
 1ª e 2ª guerra – baixas nos exércitos;
 1957 – 4 milhões em 125 países;
Malária • Campanhas de
erradicação – 1971, 400
mil casos/ 33 países;
• Brasil – 300 mil casos
por ano;
Municípios prioritários para malária em 2019 e
estratificação de acordo com o percentual do
total de casos autóctones
 Ciclo reprodutivo
 Fase sexuada exógena (esporogônio) –
multiplicação dos parasitas em
espécies do gênero Anopheles;
Malária
 Fase assexuada endógena
(esquizogônica) – no hospedeiro
humano;
Esporozoíta na saliva do
mosquito são inoculados Multiplicação
no hospedeiro humano exoceritrocitária nas
células do fígado
Multiplicação
exoceritrocitária nas
células do fígado

Malária
esquizonte maduro
Microgametócito
fêmea esquizonte maduro Merozoítas
Microgametócito
macho Trofozoíta maduro
Penetração nas hemácias

Trofozoíta em anel
https://www.youtube.com/watch?v=CRAHOSuImI8&ab_channel=CasadasCi%C3%AAncias
Ciclo no mosquito fêmea – Esporogônia
Microgametócito
fêmea zigoto Oocineto – zigoto móvel
Microgametócito
macho

Penetração na
camada externa da
Malária Esporozoítas
na saliva do
parede do estômago
do mosquito -
mosquito Oocisto cresce (estágio de encistamento
divisão múltipla; ruptura do
cisto para liberar esporozoítas)

Esporozoítas atravessam a
cavidade celomática e atingem
as glandulas salivares

https://www.youtube.com/watch?v=XQAj4Y2cA1c&ab_channel=CasadasCi%C3%AAncias
Malária - Sintomas
 Calafrios – 15min a 1h;
 Sensação de calor, rosto fogueado
e cefaléia – temperatura em
elevação – 39° a 41°C – de duas a
4hs;
 Sudorese, queda de temperatura;
• Repetição depende do parasito:
• P. vivax e P. ovale - 24/24hs;
• P. malarie – 72/72hs;
 Recrudescência – acesso de malária após alguns dias
devido a persistencia do ciclo hemático;

Malária -  Recaídas – meses ou anos depois; pode ser por


Sintomas incubação dos hipnozoítas nos tecidos;

 Pode haver formas crônicas;


 Sangue – destruição das hemácias
– anemias;
 Sistema macro-linfoide –
hiperplasia dos macrófagos e
demais células do SFM, que ficam
Alterações repletas de parasitos e restos
celulares fagotitados;
Anátomo e
 Baço – aumento; mudança da
Fisiopatológicas coloração;
 Fígado – aumento e algumas
alterações histológicas;
 Cérebro – embolias, edemas e
tromboses;
 Malária cerebral;
 Anemia grave;
 Insuficiência renal;
 Edema agudo do pulmão;
 Sangramentos;
 Choque ou colapso circulatório;
 Convulções generalizadas;
Formas  Acidemia – sangue fica básico;
Graves
 Imunidade natural:
 Alguns tipos de Plamodium não conseguem parasitar
humanos e outros animais;
 Negros que vivem na faixa da Mauritania à República
dos Camarões são refratárias ao P. vivax;
Imunidade  Experimentos demonstraram que brancos possuem
96% de infectabilidade ao P. vivax contra 23% dos
negros;
 Explicação pode estar na composição das paredes das
hemácias, grupos sanguíneos e fator genético destas
populações;
 Imunidade adquirida:
 Depende das condições do paciente,
espécie, linhagem e número de parasitos
inoculados;
 Regiões hiperêndemicas – IgG por via
placentária no primeiro trimestre da
Imunidade gravidez;
 Imunidade humoral herdada;
 Tolerância clínica – pacientes jovens
suportam mais os sintomas que os mais
velhos;
 Esfregaço;
 Diagnóstico
imunológico;

Malária -
Diagnóstico
Tratamento
 Cloroquina – esquizonticida rápido e
gametocitocida; deve ser associada a
primaquina para ter efeito amplo;
 Primaquina – efeito esquizonticida
hepático e gametocitocida;
 Quinina – interfere no metabolismo da
Malária - glicose no protozoários; era o único
tratamento antes dos sintéticos;
Diagnóstico resistência pelo P. falciparum;
 Tetraciclinas e doxiciclina – ação
antibiótica lenta sobre os esquizontes;
 Clindamcina – ação antibiótica de largo
espectro; esquizonticida ;
 Mefloquina, halofantrina e artemisina –
esquizonticida de ação rápida;
 2015 - o Brasil lançou o primeiro plano de eliminação de malária
no Brasil que tinha a proposta de eliminação do P. falciparum.
 Com o desenvolvimento das discussões e das estratégias e de
Plano acordo com documentos publicados pela OMS ampliou-se a
proposta de eliminação no Brasil para todas as espécies.
Nacional de
 O plano está em elaboração e será discutido e pactuado com os
Eliminação da estados.
Malária no  O plano nacional de eliminação tem como objetivo estabelecer
diretrizes técnicas para que a malária deixe de ser um problema
Brasil de saúde pública no Brasil, por meio do alcance da meta de
menos de 14 mil casos registrados em 2030, o que representa
redução de 93% em relação a 2018, e eliminação da doença
até 2035.
 As metas são:
1. Registrar menos de 14 mil casos
Plano em 2030.
Nacional de 2. Eliminar a transmissão de malária por P.
Eliminação da falciparum até o ano de 2030.
Malária no 3. Eliminar a transmissão de malária até o
Brasil ano de 2035.
4. Reduzir o número de óbitos para zero até
o ano de 2030.
Principais
Ações do
PNCM
 Brasil, 2020. Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em
Saúde Ministério da Saúde. Malária. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-
Para saber br/media/pdf/2020/dezembro/03/boletim_especial_malaria_1dez20_fi
nal.pdf
mais...
 Neves. Cap. 17.
 Rey, 2000. Parasitologia. Cap. 26, 27, 28 e 29. Págs. 335-396.

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