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Malária

FICHA DE CLASSIFICAÇÃO
Nome científico
Cinco espécies de protozoários do gênero Plasmodium podem causar a malária humana.

No Brasil, as espécies Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum e Plasmodium malariae apresentam maior
importância epidemiológica nos casos de malária em humanos.

O Plasmodium ovale está restrito a determinadas regiões do continente africano e a casos importados de malária no
Brasil.

O Plasmodium simium (parasita de Primatas não Humanos em áreas de Mata Atlântica) tem sido registrado em casos
humanos no Sudeste do Brasil.

O Plasmodium knowlesi (parasita de Primatas não Humanos na Ásia) tem sido registrado em casos humanos no
Sudeste Asiático.
Sintomas
O quadro clínico típico é caracterizado por febre precedida de calafrios, seguida
de sudorese profusa, fraqueza e cefaleia, que ocorrem em padrões cíclicos,
dependendo da espécie de plasmódio infectante. A crise aguda da malária
caracteriza-se por episódios de calafrios, febre e sudorese. Tem duração variável
de 6 a 12 horas e pode cursar com temperatura igual ou superior a 40ºC.
Contágio
Ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, quando infectada pelo Plasmodium spp.

Ao picar uma pessoa infectada, os plasmódios circulantes no sangue humano, na fase de gametócitos,
são sugados pelo mosquito, que atua como hospedeiro principal e permite o desenvolvimento do
parasito, gerando esporozoítos no chamado ciclo esporogônico. Os esporozoítos (forma infectante do
protozoário) são transmitidos aos humanos pela saliva do mosquito no momento das picadas seguintes.

O ciclo do parasito dentro do mosquito tem duração variada conforme as espécies envolvidas, com
duração média de 12 a 18 dias, sendo, em geral, mais longo para P. falciparum do que para P. vivax.
Profilaxia
Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão o uso de mosquiteiros, roupas
que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas e uso de repelentes.[1]
A vigilância epidemiológica da malária objetiva:
(i) Estimar a magnitude da morbidade e mortalidade da malária;
(ii) identificar grupos, áreas e épocas de maior risco;
(iii) detectar precocemente epidemias;
(iv) investigar autoctonia de casos em áreas onde a transmissão está interrompida;
(v) recomendar as medidas necessárias para prevenir ou reduzir a ocorrência da doença; e
(vi) avaliar o impacto das medidas de controle.
Formas de reprodução
Os esporozoítos entram na circulação sanguínea e
atingem as células do fígado, onde se dividem,
No trato digestivo do mosquito, os gametócitos se
produzindo inúmeros merozoítos. Quando as
desenvolvem em gametas, possibilitando
células do fígado se rompem, os merozoítos são
reprodução sexuada. O zigoto formado após a
liberados e infectam os glóbulos vermelhos
fecundação é incorporado ao estômago do
(eritrócitos).
mosquito e inicia a produção de esporozoítos, que
Ainda nos glóbulos vermelhos, os merozoítos serão liberados pelas glândulas salivares do
iniciam seu ciclo reprodutivo assexuado, mosquito na próxima picada, reiniciando o ciclo.
multiplicando-se por mitoses. Alguns deles
formam gametócitos, os quais são aspirados
quando uma fêmea do mosquito Anopheles pica
uma pessoa infectada.
Estrutura de locomoção
Diferente dos outros protozoários, os apicomplexos constituem um
grupo de organismos parasitas; não possuem qualquer estrutura de
locomoção e formam esporos, estruturas celulares especializadas e
responsáveis pelas infecções em hospedeiros.

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