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Café

SITUAÇÃO ECONÔMICA MUNDIAL

o Brasil é o maior produtor mundial de café (em 2020 produziu


69.000.000 de sacas de café - cada saca de café possui 60kgs), em
seguida do Vietnã e Colombia
o cultivo se dá principalmente na região tropical devido as condições
edafoclimáticas
as produções não são iguais nos três países, visto que o Vietnã
produz apenas Coffea canephora/arabica, a Colombia produz apenas
Coffea arabica e o Brasil as duas espécies. Tal fato faz com que a
qualidade e o preço da bebida seja diferenciada em cada um dos
países

PRODUÇÃO BRASILEIRA
a produção de café canephora está concentrada principalmente no
Acre, Rondônia e norte do Mato Grosso, além de algumas regiões em
Minas Gerais e Espírito Santo
a produção de café arabica já possui uma distribuição mais ampla,
que vai desde a região nordeste (pioneira no cultivo) seguidas das
regiões centro-sul e sul
estima-se que existam aproximadamente 2.200.000 hectares
cultivados no país
Minas Gerais é o estado responsável pela maior produção, seguido
do Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná.
Na década de 60 o Paraná era o maior estado produtor
dentro do país, chegando a ser responsável por 30% da
produção mundial, porém, fatores limitantes como a
ocorrência de geadas fez com que o estado perdesse
potência
a produção brasileira tem como característica uma alternância de
produção, sendo denominada de bienalidade negativa e positiva. Na
bienalidade negativa a produção é menor e na safra seguinte a
produção total de grãos é maior, sendo conhecida como bienalidade
positiva (fenômeno mais representativo quando se trata de café
arábica e mais sutil em café conilon )
a produtividade média brasileira é de 33 sacas/ha para o arábica e 38

sacas/ha para o conilon


nos meses de junho a agosto ocorre a maior concentração da
produção de grãos de café no país

PRINCIPAIS ESPÉCIES CULTIVADAS NO


BRASIL
-CAFÉ ARÁBICA
Coffea arabica L.
planta tropical de altitude, de meia sombra
origem: altiplanos da Etiópia (altitude 1.000 - 2.000m|)
temperatura média anual: 18-23 graus
baixa produtividade
maior valor comercial
possui aroma e sabor diferente conforma a região
produtora
necessita de técnicas apuradas e elevado custo de
produção
cultivado em regiões mais amenas
os diferentes graus de maturação dos grãos na mesma
planta é um dos fatores que pode promover a qualidade da
bebida

-CAFÉ CONILON / ROBUSTA


Coffea canephora Pierre
planta equatorial de baixa altitude, de meia sombra
origem: regiões quentes e úmidas da bacia do Congo
temperatura média anual: 21-26 graus
alta produtividade
menor valor comercial
aroma e sabor não é diferenciado
mais rústico, não necessita de tanto investimento
cultivado em regiões mais quentes

teor de sólidos totais elevados


maior teor de cafeína

MORFOLOGIA
as raízes do cafeeiro são pivotantes e tendem a crescer, em sua
maioria, até os 60 cm de profundidade (maior concentração nos 30
cm iniciais). A partir dessa profundidade, a planta forma as chamadas
raízes-cordão, que auxilia na tolerância a seca.
na parte área, há formação de diferentes ramos: o ramo principal ou
tronco é chamado de ramo ortotrópico e é o responsável pelo
crescimento vertical da planta, ou seja, sua estatura.
os ramos laterais são chamados de plagiotrópicos, e possuem
crescimento horizontal. São nesses ramos que serão formados os
frutos do cafeeiro. Esses ramos ainda podem ter ramificações,
chamadas de secundárias e terciárias (quando essas partem das
secundárias)
a produção dos frutos do cafeeiro se dá nos ramos
plagiotrópicos a partir das gemas seriadas após a
formação dos pares de folhas

o fruto leva em torno de 300 dias para estar totalmente maduro


(período de enchimento de grãos e de maturação - mudança de cores)
o grão seco pode ser utilizado para o plantio (produção de mudas),

levando em média 60 dias para a emergência das mudas


entre as fases de "palito de fósforo" e "orelha de onça" (70 a 75 dias)
identificam o momento para realizar o transplantio para os tubetes e
posterior aclimatação.
quando a planta atinge de 4 a 8 pares de folhas, é realizado o
transplantio para o campo
quando a planta atinge de 8 a 10 pares de folhas, há o começo da
formação dos ramos plagiotrópicos
após a planta estar apta para entrar em processo de florescimento,
acontecerá a emissão de flores (hermafroditas) a partir das gemas
seriadas presentes nos ramos plagiotrópicos. O florescimento se dá
de acordo com a idade cronológica dessas gemas, o que resultara em
flores e posteriormente frutos com diferentes estádios dentro da
mesma planta.
o cafeeiro arábica é uma planta autógama, ou seja, é capaz de realizar
autofecundação
o cafeeiro canephora realiza fecundação cruzada
FASES FENOLÓGICAS
os ramos plagiotrópicos são formado ao longo dos anos
no primeiro ano, há a formação de pares de folhas no ramo
plagiotrópico , que só estarão aptos para a indução ao florescimento
no ano seguinte.
no segundo ano, a planta continua seu desenvolvimento , com novos

pares de folhas e induz o florescimento das gemas seriadas que


foram formadas no ano anterior. Portanto, a planta realiza uma fase
vegetativa e uma de frutificação ao longo do mesmo período.
portanto, em anos que o cafeeiro forma menos pares de folhas, são
anos que ocorreram maiores produções de frutos.
a planta leva dois anos para representar seu crescimento e
desenvolvimento e fechar seu ciclo reprodutivo (ano fenológico 1 e
2).

SET - temperatura e precipitação aumentando: estimula crescimento


vegetativo (folhas e ramos plagiotrópicos e ortotrópico)
MAR/ABR - temperatura e precipitação diminuindo, dias mais curtos:
com a diminuição da radiação essas plantas têm a indução do
florescimento (com o aparecimento das gemas seriadas, latentes)

SET (ano 2) - a planta volta a ter boas condições de temperatura e


precipitação e as gemas formadas no início do outono começam a se
transformar em flores e frutos posteriormente (média de 4 meses)
JAN/MAR (ano 2)- fase de enchimento dos frutos
ABR/JUN (ano 2)- fase de maturação dos frutos
JUL/AGO (ano 2) - fase de repouso e senescência dos ramos que
foram produtivos
somente no estado de maturação plena (frutos em plena maturação
e que atinjam a fase de coloração cereja) o café atinge o seu máximo
valor qualitativo. Antes e depois a qualidade vai declinando
ordem de importância para qualidade final da bebida:
ESPÉCIE -> REGIÃO -> CUIDADOS PRÉ-COLHEITA -> CUIDADOS E TIPOS
DE COLHEITA -> CUIDADOS E TIPO DE PREPARO -> CUIDADOS NO
ARMAZENAMENTO E BENEFICIAMENTO -> CUIDADOS NO PREPARO DOS
LOTES, TORRAÇÃO E EMBALAGEM -> QUALIDADE FINAL DO PRODUTO
normalmente, nas propriedades o café é acondicionado em sacas de
40 litros. Cada saca dessas, em média, se transformará em 20 kg de
café beneficiado. A partir disso, surge a regra de 3/1, ou seja, são
necessários 3 sacas de café em coco (de 40 litros) para formar 1
saca de 60 kgs de café beneficiado. o rendimento depende de
fatores climáticos e do nível tecnológico das lavouras
cada fruto de café possui, em geral, 2 sementes, mas esse número

pode variar de uma (moca:semente arredondada) a três, fato que


altera no rendimento da lavoura.

COMPONENTES DE RENDIMENTO

MANEJO DE VARIEDADES
morfológicas: porte, diração dos ramos, folhas estreitas, brotação
maturação: precoce, média, tardia e relação de idade da planta, local,
ano e adensamento
resistência a pragas (bicho mineiro, broca do café, cigarrinha),
doenças (ferrugem, mancha aureolada, cercospora) e nematóides.
qualidade: cafeína e outros componentes
cultivares - classificação grupos: porte alto, porte baixo, resistência a
ferrugem, café arábico e café robusta.
cultivares mais utilizadas para o plantio de C. arabica: bourbon
vermelho, catura, bourbon amarelo, novo mundo, acaiá, catuaí
vermelho e catuaí
quando se fala de C. canephora, as plantas obtidas são clones. As
principais cultivares são: kouillou (conilon),
critérios para a escolha das variedades: zoneamento agroclimático,
nível do produtor, tipo de plantio e colheita, ciclo de maturação,

qualidade e finalidade de produção

-ESCOLHA DO LOCAL
devem ser levados em consideração:
-exigências climáticas
café arábica: clima úmido e com temperaturas amenas
18-21 graus, em altitudes que variam de 400 a 1.000
metros. Em regiões onde a temperatura ultrapassa os 21
graus, os cafeeiros podem enfrentar problemas com a
frutificação devido ao abortamento das flores, sendo
necessário irrigação artificial

café robusta: suporta temperaturas mais elevadas, de


22-26 graus e deve ser cultivado em altitudes abaixo de
400 metros. Aprecia a disponibilidade de água no solo,
porém, tem maior resistência ao déficit hídrico (estudos
mostram que o robusta suporta um déficit de até 200mm).

-relevo:
suave ondulado à ondulado, em que ocorrência de erosões
é menor e é possível a mecanização da lavoura
no relevo montanhoso é necessário o cultivo manual
o relevo plano tende a ter má drenagem da água, o acúmulo
de ar frio e a ocorrência dos ventos.

-solo
o solo deve oferecer profundidade para o desenvolvimento
de seu sistema radicular, além de condições hídricas e
nutricionais equilibradas.
realizar práticas conservacionistas do solo: vegetativas
(roçada do mato, culturas intercalares, vegetação em
corredores, herbicidas) e/ou mecânicas (plantio em nível,
terraços, subsolagem, canais escoadouros)

-PLANTIO

principais sistemas: convencional e adensado


escolha do produtor deve estar relacionada: ao número de
mudas/ha, mecanização de tratos culturais e colheita,
disponibilidade de mão-de-obra, a topografia, o clima, a
produtividade, recursos financeiros, variedade
o número adequado de plantas busca o IAF ideal <7,99
plantio adensado: população cafeeira entre cinco a dez mil
plantas/ha. Produzem mais por unidade de área do que nos
demais sistemas, porém há limitações na utilização de
maquinário e aumento da necessidade de mão-de-obra .
abertura e preparo do sulco:
- em áreas mecanizáveis: 50 cm profundidade, 40 a 50 cm de
boca e 4 a 5 cm de fundo
- em áreas montanhosas: 40 cm profundidade, 40 cm de boca e
4 cm de fundo
o transplantio das mudas deve ser feito no início do período
chuvoso, e devem ter de 4 a 8 pares de folhas definitivas
(antes de começarem a emitir os primeiros ramos
plagiotrópicos).

-CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS


broca do café (frutos), bicho mineiro (folhas), nematóides
(solo)
ferrugem, phoma, bactérias, cercosporiose, etc.
-CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
conjunto de métodos de controle
evitar germinação e o desenvolvimento das plantas
infestantes, procurando-se evitar prejuízos econômicos e
ambientais
controles: físico e químico (uso de herbicida pré ou pós

emergentes) e manejo integrado.


capinas: quatro por ano, sendo que no período de seca o
cafeeiro deve ser mantido limpo e no período de chuvas as
capinas devem ser alternadas.

-ARBORIZAÇÃO DOS CAFEZAIS


requisitos exigidos das árvores a serem utilizadas na
arborização:
- adaptadas ao clima local
- não excessivamente concorrente com água e nutrientes
- sem perda de folhas com geadas e ventos fortes
- não susceptível as mesmas pragas e doenças
efeitos: produção de internódios mais longos e de frutos de
maior tamanho, microclima mais ameno, redução de
diferenças no ciclo bienal de produção, frutos mais moles e
açucarados, alongamento no período de maturação e
aumento no número de ramos primários e secundários.

-PODA
recupera a produtividade
recupera os cafeeiros atingidos por geadas, chuvas de
granizo, excesso de hastes, fechamento das plantas na rua
outras finalidades
adoção para as podas de formação
devem ser efetuadas após uma grande safra
a época mais indicada é o período entre o término da
colheita e o início das chuvas, normalmente de
agosto/setembro até outubro
podas leves devem ser realizadas mais cedo, para
possibilitar a abertura das plantas e melhoria das floradas

podas drásticas devem ser retardadas pois quando


antecipadas, dentro do período seco, podem provocar
aumento da morte das raízes e até morte de algumas
plantas
as podas mais usadas no manejo do cafeeiro são: recepa,
decote e esqueletamento

RECEPA: após geada severa, chuva de granizo ou em


lavouras adultas superadensadas. Um bom exemplo é
dividir a lavoura em 3 talhões e fazer a recepa em um
talhão a cada ano.
DECOTE: é um tipo de poda alta, de 1,20 até 2,00 metros,
podendo ser realizado na metade superior da planta.
ESQUELETAMENTO: poda nos ramos laterais do cafeeiro,
corte com distância de 20 a 30 cm e é feito em lavouras
superadensadas

com relação ao sistema de produção:


- sistema de condução multi-caule: utiliza-se a poda de
formação/desbrota para controlar o número de ramos verticais
e a poda de produção para renovar os ramos improdutivos e
esgotados, facilitando a colheita e os tratos culturais,
reduzindo o tamanho da planta e a invasão de ramos na rua.
- sistema de condução monocaule: contendo apenas um ramo
vertical, procura explorar a produção dos ramos laterais
primários, secundários e terciários plagiotrópicos, utiliza-se
espaçamentos que preservam os ramos laterais inferiores
(saia) por anos, e as podas de produção, decote e
esqueletamento.
-CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
conjunto de métodos de controle
evitar germinação e o desenvolvimento das plantas
infestantes, procurando-se evitar prejuízos econômicos e
ambientais
controles: físico e químico (uso de herbicida pré ou pós

emergentes) e manejo integrado.


capinas: quatro por ano, sendo que no período de seca o
cafeeiro deve ser mantido limpo e no período de chuvas as
capinas devem ser alternadas.

FATORES QUE AFETAM A PRODUTIVIDADE


a geada é uma das ocorrências climáticas que mais preocupa os
produtores de café
condições locais que diminuem o potencial de dano causado pelas
geadas:
- terrenos expostos ao norte e a leste, recebem mais raios solares e tem
uma constante térmica mais elevada, sendo menos sujeito a formação
de geadas
- solo encharcado (ligeiramente úmido favorece a ocorrência) , porém
causa menor desenvolvimento da planta pela restrição do crescimento
radicular
- ar úmido opõe - se a geada e favorece às neblinas e garoas (ar
ligeiramente úmido favorece a ocorrência)
danos da geada sobre o cafeeiro:
o frio, ou mata os órgãos vegetativos como folhas e talos,
ou perturba as funções dos órgãos restantes
a geada destrói grande número de flores, impedindo
assim, que muitas delas se transformem em frutos
o cafeeiro é pouco tolerante ao frio e as temperaturas de
-2 graus próximas as folhas já provocam danos aos
tecidos, os frutos em formação e os que sobrevivem são
mal formados
o frio suficientemente intenso e prolongado pode
provocar a morte da planta por completo
o zoneamento climático é uma importante ferramenta para a adoção
das espécies cultivadas pensando na ocorrência das geadas
o Sistema de Alerta a Geadas desenvolvido e executado pelo IAPAR é
um serviço muito útil aos cafeicultores pois alerta, com antecedência

(24 a 48h) o risco da ocorrência de geadas no estado, o que permite a


realização de alguns manejos a fim de controlar os danos
o uso de arborização / quebra-ventos também podem reduzir o
potencial de danos pelo efeito das geadas
a proteção das mudas pode ser realiza por meio do enterrio ou pela
utilização de cobertura morta
em plantios adensados, as geadas de baixa intensidade atingem mais
as lavouras, com queimas que chegam até 50 centímetros do topo da
planta, porém, a recuperação da produtividade após a ocorrência de
geadas é maior pois dá-se em função do número de plantas e não da
produção de cada uma
para lavouras de 6 meses a 2 anos, pode ser realizado o chegamento
de terra nos troncos, que consiste na amontoa de terra até o primeiro
ramo lateral, evitando assim a temida geada de canela, que congela a
seiva do caule (pode ser colocada de maio até final de agosto)
pragas, doenças e nematóides são fatores bióticos que também
afetam a produtividade das lavouras de café e o potencial de dano
pode ser reduzido a partir de plantas mais resistentes (enxertadas)

PRODUÇÃO DE MUDAS
priorizar mudas de qualidade, certificadas (para garantir a qualidade
genética)
viveiro pode ser natural ou artificial, de duração permanente ou
provisória e de cobertura alta ou baixa
sementes:
- Coffea arabica: semente deve ser coletada na fase de cereja, despolpa-
la, secar até 12% de umidade e então estará apta a ser semeada
-Coffea canephora: por ser uma espécie que realiza fecundação cruzada,
é multiplicada via vegetativa, portanto precisa-se fazer um jardim clonal
tipos de muda: meio ano, ano, aparadas / raiz nua / enxertadas
semeadura:
- direta (diretamente no campo)
- indireta (utilizando os viveiros), onde há a fase de germinação e de
transplantio

*cuidado com pião torto

-PRODUÇÃO DE MUDAS DE CAFÉ


ENXERTADAS
substituição do sistema radicular (visando resistência a
nematóides)
lavouras altamente produtivas
exploração de maior volume de solo
procurar absorver maior quantidade de água (visando
resistência a estresse hídrico)
maior abertura estomática e taxas fotossintéticas
maior desenvolvimento da parte aérea - maior eficiência na
absorção de nutrientes
porta enxerto (raíz): deve ter sistema radicular mais
agressivo, volumoso e resistente a nematóides - variedade
rústica
enxerto (copa): parte aérea da planta que ganha em
produtividade - variedade produtiva, de qualidade
método de garfagem em cunha
realizada no estágio palito-de-fósforo
necessita de um ambiente úmido para o pegamento
há ainda a produção de mudas "encostadas", onde com o
primeiro ou segundo par de folhas faz-se a encostia, com a
exposição da região do câmbio das mudas. Após, realiza-se
o amarrio usando uma fita biodegradável e quando já
estão juntas a um tempo, faz-se o corte da parte que serviu
como porta-enxerto

COLHEITA
a maturação não é homogênea pois como há varias floradas numa
mesma planta, ocorrem diferentes estádios de maturação,

resultando em desuniformidade
tipos de café: verde, cereja e seco/passa
ideal é que a colheita seja realizada quando o cafezal apresenta no
máximo 5% de grãos verdes em anos favoráveis. Em anos
desfavoráveis, tolera-se até 20% de grãos verdes
tipos de colheita: manual, semi-mecanizada e mecanizada.
etapas:
- arruação: limpeza das ruas, abaixo da saia do café
- varrição: varrição do café que caiu naturalmente embaixo do pé
- colheita
- esparramação: para dar início ao processo de secagem

-COLHEITA MANUAL
derriça no chão: faz-se a derriça manual e a amontoa dos
grãos abaixo do pé, após, realiza-se a abanação para a
retirada de impurezas dos grãos
derriça no pano: faz-se a retirada dos grãos diretamente
nos panos, após coloca-se em bags para o transporte e
posterior limpeza dos frutos
colheita seletiva: são retirados apenas os frutos que estão
em fase cereja, deixando os frutos verdes para colher
posteriormente. Esse tipo de colheita é o que garante maior
qualidade de bebida, além de evitar perdas por não conter
grãos verdes.

-COLHEITA SEMI-MECANIZADA E
MECANIZADA
na colheita semi-mecanizada, utiliza-se um derriçador
mecanizado e operador manual
na colheita mecanizada, existem máquinas mais simples
até aquelas que derriçam, recolhem, abanam e ensacam o
café colhido
a colheita representa de 25 a 30% dos custos diretos da
produção

BENEFICIAMENTO

-PROCESSO DE LIMPEZA E
SEPARAÇÃO DE IMPUREZAS
peneiramento manual (abanação)
ventilação forçada por separadores de ar e peneira
lavagem com água (café boia)
pode ser realizado também o processo de despolpa
há ainda os processos de desmucilagem e a degomagem

-SECAGEM
pode ser feita em terreiro de chão batido, de piso revestido
ou de tela suspensa
podem ser utilizados secadores horizontais, verticais e de
barcaça, tornando o processo bem mais rápido, porém a
secagem que garante o grão de melhor qualidade é uma
secagem lenta.
secagem mista: pré-secagem em terreiro e secagem em
secador mecânico, proporcionando maior uniformidade de
seca dos grãos e maior redução do tempo

-ARMAZENAMENTO
em armazéns-padrão quando café coco ou beneficiado
na propriedade quando café em coco
armazenar o café evitando o teor de umidade > que 12%
-CLASSIFICAÇÃO CAFÉ BRASILEIRO

a classificação do café brasileiro compreende duas fases


distintas de classificação: tipos ou defeitos e qualidade da
bebida
essa forma de classificação é baseada pela Tabela Oficial
Brasileira de Classificação, sendo que a escala de avaliação
compreende sete tipos de valores, que podem variar de 2 a
8. A análise é feita através de uma amostra de 300 gramas
de grãos, os quais serão separados de acordo com os
defeitos

qualidade da bebida:
- prova da xícara: provador avalia o gosto e aroma do café, tem
como objetivo determinar a qualidade do café a ser
comercializado e definir ligas ou blends

o café brasileiro apresenta sete escalas de bebida:


torração:
- fina: cor uniforme para todos os grãos, não há defeitos
- boa: cor mais ou menos uniforme, há alguns defeitos - regular:
a torração não é uniforme e, a um golpe de vista, constata-se
bom número de defeitos - má: grande quantidade de defeitos,
como grãos verdes, ardidos e pretos que dão péssimo aspecto
a torração

-SECAGEM
-CLASSIFICAÇÃO

BENEFICIAMENTO
qualidade da bebida: - prova da xícara: provador avalia o
gosto e aroma do café, tem como objetivo determinar a
qualidade do café
na colheita a ser comercializado
semi-mecanizada, e definir
utiliza-se ligas ou
um derriçador
blends
mecanizado e operador manual
na colheita mecanizada, existem máquinas mais simples
até aquelas que derriçam, recolhem, abanam e ensacam o
café colhido
a colheita representa de 25 a 30% dos custos diretos da
produção
priorizar mudas de qualidade, certificadas (para garantir a qualidade
Se precisar fazer alguma observação
genética)
viveiro pode ser natural ou artificial, de duração permanente ou
provisória e de cobertura alta ou baixa
qualidade da bebida: - prova da xícara: provador avalia o
gosto e aroma do café, tem como objetivo determinar a
qualidade do café a ser comercializado e definir ligas ou
blends

-SECAGEM
-CLASSIFICAÇÃO

BENEFICIAMENTO
peneiramento manual (abanação)
ventilação forçada por separadores de ar e peneira
na colheita semi-mecanizada, utiliza-se um derriçador
lavagem com água (café boia)
mecanizado e operador manual
pode ser realizado também o processo de despolpa
na colheita mecanizada, existem máquinas mais simples
há ainda os processos de desmucilagem e a degomagem
até aquelas que derriçam, recolhem, abanam e ensacam o
café colhido
a colheita representa de 25 a 30% dos custos diretos da
produção
priorizar mudas de qualidade, certificadas (para garantir a qualidade
Se precisar fazer alguma observação
genética)
viveiro pode ser natural ou artificial, de duração permanente ou
provisória e de cobertura alta ou baixa

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