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EUROPA 2018

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• População jovem em declínio e idosa em elevação.
Por causa do baixo crescimento natural ou vegetativo da população europeia, a
proporção de jovens no continente tem diminuído ao longo dos anos. Ao mesmo
tempo, com o elevado padrão de vida da maioria da população (com alimentação
e assistência médica adequadas, renda mensal média ou alta etc.), a esperança
de vida média aumentou (figura 18).

Consequentemente, a proporção de idosos no total da população também


aumentou. Em 2005, a população europeia com mais de 65 anos era
numericamente igual à de 0 a 14 anos. Estima-se que, se for mantida a tendência
atual, em 2050 a população idosa deverá ultrapassar a população de até 14 anos
em mais de 87 milhões de pessoas.
Falta de mão de obra e pesados encargos sociais para o Estado
Diante do baixo crescimento natural da população e do aumento numérico
da população idosa, se não houvesse fluxos migratórios para a Europa ocorreria
um colapso socioeconômico no continente.
A população em idade ativa ou apta a trabalhar seria insuficiente, e os
Estados não teriam condições financeiras de arcar com as aposentadorias e com
as despesas com saúde, sobretudo da população idosa.
Desse modo, muitos países europeus vivem um dilema: ao mesmo tempo
que adotam políticas de restrição à entrada de imigrantes, necessitam deles.
Calcula-se que, em 30 anos, aproximadamente, um quarto da população de
vários países europeus — Alemanha, França, Reino Unido, Áustria, Itália, Espanha
etc. — estará aposentada (figura 19).

Incentivos à natalidade Alguns países


europeus têm estimulado a natalidade por meio da concessão de alguns
benefícios. Na Alemanha, por exemplo, o governo estendeu o prazo da licença-
maternidade para até três anos após o nascimento da criança, sem corte de
salário; há também outros benefícios, como abonos em dinheiro, disponibilidade
de vagas em berçários e creches, ampla assistência médica e redução de
impostos. Essa política demográfica de natalidade tem sido seguida por outros
países europeus. ( pg. 91)
• Migrações internas e imigração
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, seguiu-se um período de
recuperação econômica na Europa, no qual se destacaram os seguintes países:
França, Reino Unido, Alemanha e Itália. Consequentemente, intensificaram-se os
fluxos migratórios intracontinentais para esses Estados, principalmente de
portugueses, espanhóis, gregos e turcos, cujos países não absorviam a mão de
obra disponível.
Após o fim do socialismo nos países do Leste Europeu e na União Soviética,
no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, outro fluxo migratório
intracontinental se formou. Populações dos países que deixaram de ser socialistas
(Polônia, Hungria, Albânia, Romênia etc.) se deslocaram para os países europeus
que ofereciam melhores condições de vida.
Entre os albaneses migrantes, por exemplo, muitos foram ilegalmente para
a Itália, que passou a adotar medidas severas para conter esse fluxo.
Além das migrações intracontinentais, destaca-se o fluxo de migrantes
ilegais da África, Ásia e América Latina em direção à Europa.
Esses migrantes têm enfrentado forte resistência de setores da sociedade
europeia que os responsabilizam pelo desemprego e por outros problemas
econômicos, o que leva as autoridades europeias a intensificar a fiscalização nas
fronteiras e a adotar políticas de imigração rígidas e restritivas.
A questão da imigração despertou em parcelas da população europeia o
preconceito, a segregação, o racismo e a xenofobia. Esse ambiente de aversão à
população imigrante acentua o dilema europeu de restringir a imigração e de
necessitar dos imigrantes para compensar o baixo crescimento populacional no
continente.
A alternativa encontrada por alguns países foi estimular a entrada somente
de imigrantes qualificados profissionalmente. Veja a quantidade de imigrantes
nos países europeus na figura 20.

(pg. 92)

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