Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Neste trabalho iremos abordar o tema da Emigração em Portugal, que nos permitiu ter uma
noção mais clara das taxas de emigração no nosso país e dos anos em que se registaram
maiores fluxos e migração assim como os fatores que levam as pessoas a emigrar e iremos
apresentar-vos um testemunho de um emigrante.
A emigração é o ato de deixar o local de origem com intenção de se estabelecer num país
estrangeiro. Um indivíduo ou família que se encontra nesta situação é denominado no seu
país de emigrante.
Portugal é hoje o país da União Europeia com mais emigrantes. O número de emigrantes
portugueses supera os dois milhões, o que significa que mais de 20% dos portugueses vive
fora do país.
O Reino Unido é hoje o país para onde emigram mais portugueses cerca de 30 mil.
Seguem-se, como principais destinos dos fluxos, a Suíça, a França e a Alemanha. Fora da
Europa, os principais países de destino da emigração portuguesa integram o espaço da
CPLP: Angola, Moçambique e Brasil.
França continua a ser o país do mundo onde vivem mais emigrantes portugueses.
Fatores sociopolíticos
A emigração não é um fenómeno exclusivo deste período, mas nesta década os valores
atingidos em Portugal foram bastante alarmantes, pois causaram a desertificação das
regiões mais carenciadas do país, onde os números da emigração atingiram valores mais
elevados.
Em Portugal a emigração, atingiu o seu pico pouco em 1970, ano em que saíram do país
mais de 180 mil pessoas, este pico foi interrompido em 1974, devido à mudança das
políticas migratórias nos países de destino como a França e a Alemanha que, em resposta à
crise económica de 1973, adotaram medidas restritivas opostas às que tinham posto em
prática nas décadas anteriores.
A partir dos anos 80, registou-se um crescimento em particular desde a adesão de Portugal
à então Comunidade Económica Europeia, em 1986, nesta altura a retoma à emigração foi
de início lenta e dirigida tanto para novos destinos como para os destinos europeus como: a
Suíça, logo desde 1979, a Alemanha, nos anos da reconstrução que se seguiram à queda do
Muro de Berlim, com um pico em 1996, e, já no século XXI, a Espanha primeiro, a França
e o Reino Unido num segundo fase.
No gráfico podemos observar a linha de cor azul que indica a tendência da emigração em
Portugal como curiosidade temos também a linha laranja que indica a imigração e o gráfico
de barras que representa o saldo migratório. O intervalo da amostra é entre o ano de 2004 a
2014, onde podemos verificar que a emigração não era muito acentuada. Podemos concluir
que no ano de 2004 até 2009, o saldo migratório manteve se positivo e constante sendo que
após 2010 o saldo migratório começou a decrescer passando para negativo o que nos
traduz que a emigração teve um aumento significativo. Assim os portugueses passaram a
sair em maior número de Portugal.
O segundo gráfico indica-nos os anos mais recentes a quantidade de emigrantes que
abandonaram o nosso país. Existe um ponto de inflação em 2014 em que a emigração
começou a abrandar. Em 2014 tinhas 12.9 mil habitantes que abandonaram Portugal. Em
2021 apenas 6.4 mil habitantes mostrando assim a diminuição de habitantes que emigram.
Tal facto é fruto do débil desempenho económico português, os jovens qualificados sentem
falta de oportunidades de desenvolvimento pessoal e uma quebra das expectativas
profissionais. Paralelamente, encontram na União Europeia uma maior probabilidade de
encontrar um emprego de acordo com os graus académicos e melhor remunerado com a
possibilidade de melhorar consideravelmente as suas condições de vida.
A crise económica motivada pela Pandemia por Covid-19 e A Guerra na Ucrânia estão a
ter consequências diretas no nosso país com uma notória a degradação das condições de
vida, com quedas do produto interno bruto (no ano de 2020 e, no contexto de Guerra) e
aumento dos valores do endividamento.
Assim podemos dizer que Portugal atualmente oferece aos jovens qualificados é: a falta de
emprego compatível com as qualificações, empregos temporários, a tempo parcial, mal
remunerado e altamente taxado pelos impostos praticados.
1- Habilitações Literárias?
2- Quais as razões para ter emigrado?
3- Conseguiu trabalho na sua área de formação? Se não qual a atividade profissional
que exerce?
4- Quais as maiores dificuldades que sentiu?
5- Quando emigrou já tinha família constituída?
6- Qual o custo médio de vida nesse país?
7- Pondera regressar num futuro próximo e integrar o mercado de trabalho em
Portugal?
As redes sociais entre migrantes e entre estes e os seus círculos de pertença presentes e
anteriores, nos países de destino e de origem, são estruturas de circulação de informação,
de confiança e de recursos materiais e culturais que facilitam a transformação do potencial
migratório em realidade migratória.
Slide 14 – Referências
Porto Editora – Emigração massiva dos anos 60 na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-
https://journals.openedition.org/spp/7787?lang=en
https://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/world/20200624STO81906/explorar-as-
razoes-da-migracao-porque-e-que-as-pessoas-migram
https://www.dinheirovivo.pt/opiniao/este-pais-nao-e-para-jovens-qualificados-
14907759.html
https://www.pordata.pt/subtema/portugal/migracoes-34
https://portaldascomunidades.mne.gov.pt/images/GADG/Relat%C3%B3rio_da_Emigra
%C3%A7%C3%A3o_2020.pdf