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ÍNDICE
Abstrato.............................................................................................................................................1
Introdução..........................................................................................................................................1
Revisão Bibliográfica..........................................................................................................................2
Emigrantes portugueses.....................................................................................................................2
Remessas de Emigrantes....................................................................................................................3
Empreendedorismo dos Emigrantes Portugueses..............................................................................6
Retorno dos Emigrantes Portugueses................................................................................................7
A Imigração como Solução para a Escassez de Mão-de-Obra em Portugal........................................9
A importância da imigração em Portugal nas políticas de saúde e segurança no trabalho..............10
Conclusão.........................................................................................................................................12
Bibliografia.......................................................................................................................................13
INTRODUÇÃO
Portugal é conhecido como um país de origem e destino de grandes movimentos
migratórios, e o seu papel no cenário global da migração é complexo. Esta dualidade coloca
o país numa posição única, com consequências significativas para a economia, o mercado
de trabalho e as políticas que são implementadas. Ao examinar algumas das tendências
observadas em Portugal, podemos obter uma compreensão mais profunda do fenómeno.
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impulsionando a criatividade e o crescimento económico em Portugal e nos países de
acolhimento.
Por outro lado, o retorno dos emigrantes portugueses e os programas de apoio fornecidos
mostram a dinâmica constante dos fluxos migratórios e os esforços do governo e da
sociedade civil para reintegrar esses indivíduos na comunidade nacional.
Sob outra perspetiva, a crescente procura por mão-de-obra em certos setores levou à
intensificação do recurso à imigração. Isso trouxe desafios e oportunidades únicas para as
políticas de integração e para o mercado de trabalho.
Por fim, as condições de trabalho dos imigrantes mais vulneráveis mostram o quão
importante é implementar políticas de saúde e segurança no trabalho para atender às
necessidades desses trabalhadores e garantir que todos tenham os mesmos direitos.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para este trabalho inicialmente dou um contexto da emigração em Portugal, utilizando
indicadores relevantes INE. Durante o seguimento do projeto, são destacados diversos
gráficos que ajudam a uma melhor compreensão dos problemas abordados. Estes são
retirados de artigos de jornal, nomeadamente Diário de Notícias, artigos científicos e sites
da internet onde podemos localizar informações relevantes, principalmente sobre apoios/
medidas do Governo.
Foi crucial para o seguimento deste trabalho a análise de relatórios realizados nos últimos
anos, como o “Condições de vida e inserção laboral dos imigrantes em Portugal: o efeito da
crise de 2007-2008” e “Indicadores de Integração de Imigrantes: Relatório Estatístico
Anual” do Observatório das Migrações e “Emigração Portuguesa 2022” do Observatório da
Emigração.
EMIGRANTES PORTUGUESES
A definição de emigrante é dependente do estatuto jurídico que lhe é dado, porém,
consideramos um emigrante alguém que é natural de um país, isto é, que nasceu neste, e se
muda para outro por diversos motivos possíveis, sendo os principais, a busca de melhores
condições de vida, nomeadamente a busca por salários mais altos ou melhores
oportunidades de emprego.
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Os emigrantes portugueses pelo mundo são cada vez mais e têm sofrido mutações ao longo
dos anos sendo os principais destinos de emigração tradicionalmente a França,
principalmente entre 1960 e 1970, a Suíça, EUA, Reino Unido, Brasil, Canadá e Alemanha.
Nos últimos anos, tem se observado uma diversificação dos países de destino, com um
aumento no EUA e outros países não europeus como África do Sul, e a redução na França,
Reino Unido e Suíça.
A emigração portuguesa tem aumentado desde 2000, principalmente a partir de 2010, após
a Crise Financeira de 2007/2008. É de relevar o pico atingido em 2014, com 120 000
saídas, que se seguiu de uma descida não regular no número de emigrantes até 2020. Nos
últimos anos o este número tem vindo a aumentar e tem tendência a crescer.
REMESSAS DE EMIGRANTES
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Os principais países de origem das remessas recebidas em Portugal são França, Suíça,
Reino Unido e Alemanha, mas como é possível observar na tabela elaborada pelo
Observatório da Emigração, tem existido nos últimos anos uma diversificação dos destinos
dos emigrantes portugueses. Houve um aumento percentual significativos das remessas
recebidas da África do Sul e da Bélgica.
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Gráfico 2 - Remessas de emigrantes e remessas de emigrantes em percentagem do PIB
Fonte: Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Banco de Portugal
(remessas) e do Instituto Nacional de Estatística (PIB)
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EMPREENDEDORISMO DOS EMIGRANTES PORTUGUESES
A literacia dos emigrantes portugueses tem vindo a melhorar ao longo dos anos, o que se
pode dever ao aumento do acesso ao ensino superior em Portugal e à escolaridade
obrigatória, o que significa que os indivíduos que saem do país são cada vez mais
experientes e qualificados. Isto são fatores que contribuem para um aumento do
empreendedorismo entre estes.
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Gráfico 4 - Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos,
A dinâmica da emigração para a Europa mudou quando Portugal entrou para a CEE e para
a UE. Estudos recentes da comunidade portuguesa em França mostraram que os emigrantes
agora optam por uma abordagem de integração que mantém fortes laços com Portugal por
meio de visitas frequentes e associação local. Além disso, graças aos direitos de cidadania
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europeia, muitos continuam a viajar para o país de emigração, tanto para visitar os seus
familiares quanto para receber cuidados médicos. O fluxo anual de retornados reflete
principalmente o retorno dos emigrantes que atingiram a idade da reforma, bem como o
retorno dos emigrantes transoceânicos devido a crises em países como Brasil, Venezuela e
África do Sul, contrariando a previsão de um retorno em massa (Rato, 2001).
Os programas de apoio ao retorno, que oferecem várias iniciativas e incentivos para ajudar
os emigrantes a reintegrarem-se na sociedade portuguesa, têm desempenhado um papel
fundamental neste contexto. Estes programas abrangem uma variedade de tópicos,
incluindo aconselhamento jurídico e apoio financeiro, bem como apoio na procura de
emprego e no acesso a serviços de saúde.
O "Programa Regressar", que foi criado pelo governo português em 2019, é um dos
programas mais notáveis. O objetivo deste programa é ajudar os emigrantes portugueses e
as suas famílias a voltar a Portugal, oferecendo benefícios como isenção de impostos sobre
o rendimento durante os primeiros anos após o retorno, apoio financeiro para despesas de
transporte e reinstalação, bem como assistência na procura de emprego e formação
profissional.
Além disso, os esforços do governo central para incentivar o retorno dos emigrantes são
complementados por iniciativas locais e regionais desenvolvidas por municípios e
organizações da sociedade civil. Estas políticas podem incluir incentivos específicos para o
empreendedorismo e o estabelecimento de negócios, bem como programas de acolhimento.
É crucial enfatizar que o retorno dos emigrantes não se limita aos benefícios financeiros
proporcionados pelos programas de apoio. Muitos emigrantes retornam a Portugal em
busca de novas oportunidades de vida e carreira, reencontro com as suas raízes culturais e
familiares e um sentido de pertença. Ao trazer experiências e informações adquiridas no
exterior, este retorno enriquece e diversifica a sociedade portuguesa.
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A IMIGRAÇÃO COMO SOLUÇÃO PARA A ESCASSEZ DE MÃO-DE-OBRA
EM PORTUGAL
Atualmente, o principal fator que determina a variação da população em países
desenvolvidos é a migração, e Portugal não é exceção. A diminuição da taxa de
fecundidade, o aumento da esperança média de vida, o aumento dos índices de
envelhecimento e o despovoamento de certas regiões são algumas tendências notáveis
(Costa, Estevens, Barroqueiro, 2005). Essa tendência resulta em escassez de mão-de-obra
em setores chave da economia, como agricultura, construção civil, turismo e saúde. A
imigração surge como solução crucial para colmatar essa lacuna e garantir o crescimento
económico e a sustentabilidade do país.
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infraestruturas. O turismo, em expansão, necessita de profissionais em hotelaria,
restauração e serviços turísticos, que podem ser supridos por imigrantes. Na área da saúde,
a imigração de profissionais qualificados é crucial para garantir o acesso a cuidados de
qualidade para todos (Observatório das Migrações, 2023).
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Gráfico 6 - Escalão de horas de trabalho da população empregada no Alentejo, segundo a
nacionalidade ou grandes grupos de nacionalidades, 2011 (%)
A título de exemplo podemos observar a situação laboral no Alentejo, na qual é possível
perceber que, no caso dos imigrantes de países não europeus, como PALOPs, China e
Índia, existe disparidade em relação ao número de horas de trabalho quando comparadas
com as de portugueses ou mesmo imigrantes da EU-15. O número de horal de trabalho é
assim um indicador relevante das condições laborais desta parte da população e transparece
a sua fragilidade.
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computadores e acesso à internet limitado. Essas respostas institucionais visam abordar os
problemas específicos que os imigrantes enfrentam durante períodos de instabilidade
econômica em Portugal. (Esteves 2017)
Ainda assim, as atuais políticas de segurança e saúde no trabalho estão a falhar como
podemos analisar em notícias e indicadores, e devem ser reavaliadas de forma a estarem em
conformidade com as necessidades atuais destes trabalhadores. É importante garantir que os
trabalhadores imigrantes desempregados não são excluídos do sistema de segurança social
devido à perda de emprego, agilizar os processos de regularização, promovendo uma
articulação construtiva entre diferentes entidades, e é crucial para evitar que trabalhadores
estrangeiros, ao perderem o emprego, enfrentem situações de irregularidade. Essas medidas
visam promover uma integração mais eficaz e justa dos imigrantes no contexto
socioeconômico português. (Esteves, 2017)
CONCLUSÃO
Portugal vive uma situação difícil devido à migração. A emigração histórica do país e a
imigração crescente redefinem a sua demografia. Esta dinâmica complexa afeta as políticas
públicas, o mercado de trabalho e a economia. Portanto, exige uma análise cuidadosa e
soluções completas.
O retorno de emigrantes, também em ascensão, é motivado por diversos fatores. Algum dos
principais motivos incluem a crise nos países de acolhimento, a melhoria das condições em
Portugal e o desejo de estarem mais próximos da família. Embora o governo português
disponibilize programas de apoio ao retorno, ainda há muito trabalho a ser feito para
melhorar a reintegração no mercado de trabalho.
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fomentem a interculturalidade e o acesso a serviços básicos como saúde, educação e
habitação.
BIBLIOGRAFIA
Esteves A., Esteves Al., Amílcar A., MCGarriGle J., Malheiros J., Moreno L., Fonseca M.,
Pereira S., (2017), “CONDIÇÕES DE VIDA E INSERÇÃO LABORAL DOS
IMIGRANTES EM PORTUGAL: EFEITOS DA CRISE DE 2007-2008”, Observatório das
Migrações
Marques, José Carlos, Pedro Gois, Pedro Candeias e Bárbara Ferreira (2019), “França”,
OEm Country Reports, 5, Lisboa, Observatório da Emigração, CIES-IUL, ISCTE-IUL,
DOI: 10.15847/CIESOEMCR052019
Pires R., Vidigal I., Pereira C., Azevedo J., Veiga C., (2022) “Emigração Portuguesa 2022”,
Observatório da Emigração
Rato, H. (2001), “O retorno dos emigrantes”. Janus 2001: actualidade das migrações.
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Vieira, P. (2014). “Empreendedorismo Emigrante Português: O Caso do" Mercado da
Saudade" (Doctoral dissertation, Universidade do Porto (Portugal)).
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