O conflito entre Rússia e Ucrânia envolve eventos da história antiga e
moderna. É como um jogo de xadrez entre as fronteiras dos dois países. A
cada movimento da Rússia ou da Ucrânia a tensão entre eles só aumenta. E o atual capítulo da história entre os dois países abriu precedentes para um gatilho para Vladmir Putin (presidente da Rússia): a aproximação da Ucrânia com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte – uma aliança militar criada depois do fim da segunda guerra mundial). Tendo os Estados Unidos como liderança, a OTAN tinha como objetivo proteger a Europa e manter os então soviéticos longe. Então a resposta da Rússia foi o pacto de Varsóvia. Formado por países socialistas. Atualmente a OTAN é formada pela união de 30 países. Futuramente a OTAN poderia incluir a Ucrânia e a Geórgia, dois países que fazem fronteira com a Rússia, que um dia foram integrantes da antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). O fato é que Putin não está nem um pouco satisfeito com a possibilidade de bases militares da OTAN tão próximas da Rússia. Então ele tem exigido que a Ucrânia nunca faça parte da OTAN. Em 2014 a Rússia fez uma operação para anexar uma região da Ucrânia chamada de Criméia, com a justificativa de proteger cidadãos russos que vivem lá. Soldados chamados separatistas ligados à Rússia também tomaram controle de duas regiões estratégicas para os ucranianos: Donetsk e Lugansk. As duas regiões junto possuem uma média de 2 milhões e meio de habitantes, e mais da metade deles falam ou até mesmo se consideram russos. Entretanto, a Ucrânia que encontramos em 2022 é bem diferente da Ucrânia de 2014, principalmente do ponto de vista militar. É um país muito melhor preparado e recentemente chegou a receber por diversas vezes equipamentos militares da Europa e até mesmo dos Estados Unidos. Sendo assim, a Rússia não imaginava que iria encontrar tamanha resistência por parte da Ucrânia. Além disso, como a OTAN não reagiu militarmente, seus países como Estados Unidos e vários outros, inclusive da União Europeia, promoveram sansões contra a Rússia, com a intensão de isolá-la tanto economicamente bem como também politicamente.