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Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia lançou uma invasão militar em larga escala contra

a Ucrânia, um de seus países vizinhos a sudoeste, marcando uma escalada acentuada para um
conflito que começou em 2014. Vários analistas chamaram a invasão de a maior invasão
militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.[24][25][26]

Após a Revolução da Dignidade na Ucrânia em 2014, a Rússia anexou a Crimeia, enquanto as


forças separatistas apoiadas pelo governo russo tomaram parte da região do Donbas no
sudeste da Ucrânia.[27][28] Desde o início de 2021, um acúmulo de presença militar russa
ocorreu ao longo da fronteira Rússia-Ucrânia. Os Estados Unidos e outros países acusaram a
Rússia de planejar uma invasão da Ucrânia, embora as autoridades russas repetidamente
negassem que tinham essa intenção.[29] Durante a crise, o presidente russo Vladimir
Putin descreveu a ampliação da OTAN pós-1997 como uma "ameaça à segurança" de seu país,
uma afirmação que a OTAN rejeita,[30] e exigiu que a Ucrânia fosse permanentemente
impedida de ingressar na OTAN.[31] Putin também expressou opiniões irredentistas russas[32] e
questionou o direito de existir da Ucrânia.[33][34] Antes da invasão, tentando fornecer casus
belli, Putin acusou a Ucrânia de cometer "genocídio" contra seus cidadãos que falam russo, o
que foi amplamente descrito como falso e infundado.[35][36]

Em 21 de fevereiro de 2022, Putin reconheceu a República Popular de Donetsk e a República


Popular de Lugansk, duas regiões autoproclamadas como Estados que controladas por
separatistas pró-Rússia em Donbas.[37] No dia seguinte, o Conselho da Federação da Rússia
autorizou por unanimidade o uso da força militar e as tropas russas entraram em ambos os
territórios.[38] Em 24 de fevereiro, Putin anunciou uma "operação militar especial",
supostamente para "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia.[39] Minutos depois, mísseis
atingiram locais em toda o território ucraniano, incluindo Kiev, a capital. A Guarda de Fronteira
Ucraniana relatou ataques a postos fronteiriços com a Rússia e a Bielorrússia.[40][41] Pouco
depois, as forças terrestres russas entraram na Ucrânia.[42] O presidente ucraniano Volodymyr
Zelenskyy promulgou a lei marcial e clamou por uma mobilização geral no país.[43][44]

A invasão recebeu ampla condenação da comunidade internacional, incluindo novas sanções


impostas à Rússia, o que começou a desencadear uma crise financeira no país.[45] De acordo
com o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, mais de um milhão
de ucranianos fugiram do seu país durante a primeira semana da invasão.[46] Protestos globais
ocorreram contra a invasão, enquanto que os protestos que aconteceram na Rússia foram
respondidos com prisões em massa e o governo russo aumentou significativamente a
repressão à mídia independente.[47][48] Um grande número de empresas iniciou um boicote à
Rússia e à Bielorrússia. Vários Estados forneceram ajuda humanitária e militar à Ucrânia.[49] Em
resposta à ajuda militar, Putin colocou as forças nucleares da Rússia em alerta máximo,
aumentando as tensões com o Ocidente, enquanto levantava a possibilidade de uma escalada
para uma guerra nuclear.[50]

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