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Um pequeno contexto histórico: Estados Unidos e União Soviética surgiram como

superpotências mundiais logo após o final da Segunda guerra mundial. Começava a


Guerra Fria, o confronto ideológico travado entre norte-americanos, que lideravam
as nações capitalistas, e os soviéticos, liderando os países comunistas.
O conflito entre as duas superpotências não ocorreu de forma direta, por isso se
chamou Guerra Fria. Porém, guerras regionais foram motivadas por causa desse
embate ideológico. Tanto Estados Unidos como União Soviética objetivavam ampliar
suas zonas de influência conquistando o apoio de outros países por meio da força
militar ou por empréstimos financeiros.

Mas o que realmente desencadeou essa crise foram os acontecimentos em 1961


quando a CIA, agência de inteligência norte-americana, organizou uma missão com
o intuito de invadir Cuba e derrubar Fidel Castro do poder. Essa missão se iniciou 3
meses após a candidatura de John Kennedy, a ideia inicial era desembarcar na Baía
Dos Porcos mas ao chegar lá se depararam com soldados de Castro que os
derrotaram. Mesmo com a derrota, aviões norte-americanos mantiveram a vigilância
na ilha.

Em 1962 os Estados Unidos instalaram 15 mísseis nucleares, chamados Júpiter, na


Turquia e 30 mísseis na Itália. A distância desses mísseis até Moscou era de 2.400
quilômetros. Sentindo-se ameaçada e decidida a revidar essa ação
norte-americana, a União Soviética ordenou a instalação de mísseis nucleares em
bases cubanas. No dia 14 de outubro de 1961, aviões norte-americanos
fotografaram a região de São Cristóvão, em Cuba, registrando a imagem dos
mísseis. Kennedy fez um pronunciamento na televisão denunciando os mísseis em
Cuba e ordenando que fossem retirados, caso contrário, haveria uma guerra, essas
ameaças deixaram o mundo ainda mais apreensivo com a hipótese de uma nova
guerra a caminho.

Logo após o anúncio de que mísseis soviéticos estavam instalados em Cuba e


apontados para os Estados Unidos, Nikita Kruschev, primeiro-ministro da União
Soviética, respondeu que os mísseis eram defensivos e foram instalados para evitar
uma invasão norte-americana à ilha cubana. A diplomacia foi fundamental para que
as duas superpotências negociassem a retirada dos mísseis e evitassem um novo
conflito mundial.

Outro acontecimento importante, o auge da crise foi no dia 27 de outubro de 1962


em Cuba. Um avião espião dos Estados Unidos foi abatido enquanto sobrevoava a
ilha, e seu piloto morreu. As negociações entre as duas superpotências ficaram
cada vez mais difíceis. Eram constantes os telefonemas de embaixadores em
Washington contatando os representantes soviéticos em Moscou.

A resolução veio depois de 13 dias de muita tensão, negociações e acordos


secretos, no dia 28 de outubro, Kruschev decidiu retirar os mísseis de Cuba sob a
seguinte condição: os Estados Unidos retiraram seus mísseis da Turquia e jamais
voltariam a invadir a ilha cubana.

Fontes: https://www.todamateria.com.br/crise-dos-misseis/ ,
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/crise-dos-misseis.htm ,
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_dos_mísseis_de_Cuba ,
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise-dos-misseis.htm .

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