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Estudo de Caso II – The Cuban Missile Crisis: United States Deliberations and
Negotiations at The Edge of the Precipice.
Situada dentro do contexto geral da Guerra Fria, a Crise dos Mísseis Cubanos
ocorrida em Outubro de 1961 e considerada o momento no qual o mundo
chegou mais próximo de um confronto nuclear é o evento a ser estudado nesse
caso. O início da crise consiste na instalação de mísseis nucleares soviéticos
em território cubano, um ponto de influência soviética situado dentro da esfera
de influência dos EUA e extremamente próximo do território americano, como
resposta à instalação de mísseis feita pelos Estados Unidos na Turquia.
Alegada por Khrushchev como uma manobra apenas defensiva –
principalmente após a invasão americana à Baía dos Porcos – não fora assim
vista pelos Estados Unidos, que a consideraram como um ato de guerra.
Incertos sobre as consequências trazidas pela escalada do conflito que
resultariam no inevitável uso de armamentos nucleares, optaram por evitar
manobras militares e passaram 13 dias lidando com o impasse sob clima de
tensão e iminente evolução do conflito resultando em uma destruição mútua.
Como resolução do conflito fora designada a remoção dos mísseis soviéticos
de Cuba e a secreta remoção dos mísseis americanos do território turco.
Tendo já sido instalados os mísseis, ambos os atores devem lidar agora com a
resolução da crise sem que esta caminhe para uma situação que não acabe
por prejudicar ambas as partes. Discutem-se hipóteses que levaram à ação da
URSS e respostas que os Estados Unidos devem dar a ela, tentando sempre
assegurar que a crise não evolua para um conflito nuclear. Apesar de os
Estados Unidos terem Cuba como um país sob a sua tutela desde o início de
seu processo de independência, a revolução cubana em 1959 foi arruinando
aos poucos as relações entre os dois e o caráter da revolução foi trazendo a
influência soviética cada vez mais próxima, tornando Cuba um núcleo soviético
dentro do campo de influência americano. Esse rompimento com os Estados
Unidos e aproximação com a União Soviética dá margem para serem
pensadas inúmeras hipóteses pelos americanos que levaram à decisão de
instalação dos mísseis em território cubanos e compreender que a ameaça
dessa ação, antes de ter caráter militar, possuía um caráter político e
ideológico, pois dependendo da resposta americana, a instalação desses
mísseis poderia afetar a percepção que o mundo tem do poder americano,
principalmente quanto aos seus aliados, que poderiam questionar a capacidade
americana de se ater aos seus princípios e ideais, além de também ameaçar a
estrutura de poder criada a partir dos EUA, sobre a qual ele se colocava e
visava manter. Sendo assim, para serem tomadas as medidas adequadas para
a resolução da crise, era necessário traçar os motivos por trás dessa ação para
que as medidas não surtissem efeitos negativos para a imagem dos EUA
mesmo que efetivas quanto à remoção dos mísseis.