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Em 27 de outubro de 1962 no auge da crise dos mísseis de Cuba, navios militares

americanos detectaram um submarino soviético B-59 submerso nos arredores da ilha


caribenha, e para conseguir realizar uma identificação positiva do submarino, os navios
despejaram no mar cargas de profundidade utilizadas em treinamento, com o intuito de
fazer com que o submarino soviético emergisse.

O B-59 ao detectar as cargas de profundidade pensou se tratar de um ataque real, e já que


estava sem comunicação com Moscou tiveram de decidir ali mesmo o que seria feito.
Guiados pela crença de que aquele suposto ataque desferido contra eles fosse apenas um
reflexo do início de uma guerra declarada contra os Estados Unidos, decidiram disparar um
torpedo nuclear T-5 nos navios americanos que os rodeavam.

No mesmo dia algumas horas mais cedo um avião espião americano U-2 foi abatido em
Cuba, e uma hora depois da explosão do torpedo nuclear T-5 ter acabado a frota americana
que o rodeava, outro U-2 americano fora abatido, mas dessa vez este foi interceptado
dentro do espaço aéreo soviético. Nesse dia as tensões internacionais se elevaram de tal
forma que nem o mais hábil diplomata poderia sequer sonhar com a palavra "paz", uma
crise econômica abalou o mercado global de tal forma que todas as bolsas de valores do
mundo tiveram de cessar suas operações por tempo indeterminado, o caos urbano reinou
com protestos, tumultos e suicídios em massa por todo o globo.

Em 25 de dezembro de 1962, as famílias de todo o mundo se reuniam para aproveitarem o


que aparentava ser o fim de suas vidas, ou pelo menos como elas a conheciam, já que no
mesmo dia foi proclamado o que seria o fim de uma era, os Estados Unidos da América e
União Soviética enfim proclamaram declaração de guerra.

Com a queda dos mísseis e surgimento dos cogumelos o destino da humanidade parecia
ser única e exclusivamente a extinção, mas nem mesmo o colapso socioeconômico global,
a queda dos princípios morais e éticos, a radiação no mar ou o inverno nuclear conseguiram
os matar, e pouco a pouco a sociedade se reestruturou mesmo que por através da dor,
evoluindo mais uma vez de caçadores coletores até agricultores, utilizando os restos do
antigo mundo para criar uma nova civilização que pudesse sobreviver ao inferno gélido.

Com os fragmentos do mundo antigo a tecnologia pode evoluir novamente em uma incrível
escala, mesmo que a cultura e costumes não tenham acompanhado o mesmo ritmo, a
mesma energia que antes devastou o mundo agora fornece meios para a humanidade
prosperar. Novos governos derivados dos antigos impérios nucleares surgiram para
ajudarem suas populações a se reestruturarem, até mesmo sendo cooperativos entre si,
mas em um mundo onde recursos são limitados, e todos se vêem podendo ser o novo
grande império deste mundo devastado, não é preciso dizer que novos grandes conflitos
surgiram muito rápido.

Nesse contexto, uma corrida armamentista aconteceu e uma nova arma nuclear floresceu,
feita à própria imagem e semelhança dos homens, monstros de aço foram criados gerando
novas tensões em um mundo já devastado, tão frágil pela inconsequência dos homens que
poderia não sobreviver a um segundo impacto.

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