Escola Secundária Martins Sarmento

Geografia C

A Guerra Fria: A crise dos mísseis em Cuba

Rute Fernandes nº24 12ºLH3

Guimarães
07/11/2022
Conteúdo
Introdução........................................................................................... 3

Contexto histórico da Crise dos Mísseis em Cuba..............................3

Causas da Crise dos Mísseis em Cuba.................................................5

A Crise dos Mísseis em Cuba...............................................................7

Sábado negro....................................................................................... 7

Resolução da Crise dos Mísseis em Cuba............................................8

Consequências da Crise dos Mísseis em Cuba....................................8

Conclusão............................................................................................ 9

Bibliografia.......................................................................................... 9

Introdução
 A Crise do Mísseis em Cuba durou 13 dias, ocorreu entre 14 e 28 de
outubro de 1962 e foi o momento de maior tensão da Guerra Fria. Os Estados
Unidos acusaram a União Soviética de instalar mísseis em Cuba. No ano
anterior, os norte-americanos instalaram mísseis na Turquia e na Itália e
consequentemente, a União Soviética sentiu-se ameaçada.

Durante os 13 dias, as duas superpotências ficaram extremamente perto

de um conflito nuclear, que desencadearia a Terceira Guerra Mundial. A crise
acabou com um acordo que retirou os mísseis de Cuba e da Turquia e limitou o
uso de armas nucleares.

Contexto histórico da Crise dos Mísseis em Cuba

Os Estados Unidos e União Soviética surgiram como
superpotências mundiais logo após o final da Segunda Guerra Mundial.
Começou a Guerra Fria, o confronto ideológico travado entre norte-americanos,
que lideravam as nações capitalistas, e os soviéticos, que lideravam os países
comunistas.

O conflito entre as duas superpotências não ocorreu de forma direta,

sendo assim nomeado Guerra Fria. Apesar disso, guerras regionais foram
motivadas por causa deste conflito.

Os norte-americanos e os soviéticos possuíam armas nucleares, e um

conflito direto entre ambos contaria certamente com essas armas, que, de tão
potentes, poderiam destruir o mundo.

Em janeiro de 1959, um grupo de guerrilheiros liderados por Fidel Castro

(Fig.1) e Ernesto Che Guevara (Fig.2) desceram da Sierra Maestra, em Cuba,
para derrubar Fulgêncio Batista do governo (Fig.3). Com êxito, e, em pouco
tempo, os cubanos estavam sob um novo governo, que prometia adotar medidas
de cunho social. Este acontecimento foi apelidado de Revolução Cubana.
Fig.1 – Fidel Castro Fig.2 – Ernesto Che Guevara Fig.3- Fulgêncio
Batista

A Revolução Cubana não foi apenas um presidente derrubado pelos seus

opositores, mas também o começo de um governo que, meses depois de chegar
ao poder, se alinhou com a União Soviética. A adesão do governo Castro ao
comunismo fez com que os Estados Unidos percebessem que o perigo da
influência soviética tinha ultrapassado a Cortina de Ferro (Fig.4) na Europa e
que estava bastante próximo do seu território.

Fig. 4 – Cortina de Ferro

Pelo lado soviético, a adesão de Fidel Castro ao comunismo foi muito

bem recebida. Além da ajuda financeira e logística a Cuba, essa aliança
possibilitaria à União Soviética a posse de um satélite próximo aos Estados
Unidos, ameaçando-os quando fosse necessário.

A década de 1960 aprofundou a rivalidade entre norte-americanos e

soviéticos, e “o mundo tremeu na expectativa de uma nova grande
guerra” com o uso de armas nucleares.
 Causas da Crise dos Mísseis em Cuba
A rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra
Fria não aconteceu no campo de batalha, mas sim em outras áreas.
O desenvolvimento científico e tecnológico recebeu vultuosos investimentos das
duas superpotências. A tecnologia era usada para espiar o inimigo e vigiar os
seus passos, para que cada um dos lados não fosse apanhado de surpresa.

Em 1961, a CIA (Fig.5), agência de inteligência norte-americana,

organizou uma missão paramilitar no intuito de invadir Cuba e derrubar Fidel
Castro do poder. A ação aconteceu três meses depois de John Kennedy assumir
a presidência dos Estados Unidos. A missão desembarcou na Baía dos Porcos,
em Cuba, mas foi derrotada por militares fiéis a Fidel e mostrou que uma
intervenção norte-americana para derrubar o líder cubano não seria fácil.
Apesar do fracasso, aviões norte-americanos mantiveram vigilância sobre a ilha.

Fig.5 – Logotipo da CIA

No mesmo ano, os Estados Unidos instalaram 15 mísseis nucleares,

chamados Júpiter (Fig.6), na Turquia e 30 mísseis na Itália. A distância desses
mísseis até Moscou era de 2.400 quilômetros. A União Soviética sentiu-se
ameaçada e decidiu revidar essa ação norte-americana e assim ordenou a
instalação de mísseis nucleares em bases cubanas (Fig.7). No dia 14 de outubro
de 1961, aviões norte-americanos fotografaram a região de São Cristóvão, em
Cuba, registando a imagem dos mísseis.
Fig.6 – Mísseis nucleares “Júpiter” Fig.7 - Mísseis nucleares em bases cubanas

O presidente John Kennedy (Fig.8) fez um pronunciamento na televisão

a fim de denunciar a presença de mísseis soviéticos em Cuba e ameaçar utilizar
a força militar caso os soviéticos não os removessem do território. O medo de
uma nova guerra fez com que o mundo ficasse apreensivo com as reações das
superpotências.

Fig.8 - John Kennedy

 A Crise dos Mísseis em Cuba
Logo após o anúncio de que mísseis soviéticos estavam instalados em
Cuba e apontados para os Estados Unidos, Nikita Kruschev (Fig.9), primeiro-
ministro da União Soviética, respondeu que os mísseis eram defensivos e foram
instalados para evitar uma invasão norte-americana à ilha cubana. A diplomacia
foi fundamental para que as duas superpotências negociassem a retirada dos
mísseis e evitassem um novo conflito mundial.

As publicações de documentos secretos revelaram os passos do governo

Kennedy nesse período e a sua busca por apoio na América Latina caso
houvesse uma guerra.

Fig.9 - Nikita Kruschev

Sábado negro
O auge da Crise dos Mísseis em Cuba aconteceu em 27 de outubro de
1962. Um avião espião dos Estados Unidos foi abatido enquanto sobrevoava a
ilha, e o piloto morreu. As negociações entre as duas superpotências ficaram
cada vez mais difíceis.

Resolução da Crise dos Mísseis em Cuba

Depois de 13 dias de muita tensão, negociações e acordos secretos, no dia
28 de outubro, Kruschev decidiu retirar os mísseis de Cuba sob a seguinte
condição: os Estados Unidos retirariam os seus mísseis da Turquia e jamais
voltariam a invadir a ilha cubana.
 Consequências da Crise dos Mísseis em Cuba
A principal consequência da Crise dos Mísseis em Cuba foi a assinatura
de um acordo entre Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra que limitava o
uso de armas nucleares. O Tratado de Não Proliferação Nuclear (Fig.10) trazia
em seu texto a proibição de testes nucleares na atmosfera, em alto-mar ou no
espaço. A fabricação de armas nucleares foi limitada, e a tecnologia nuclear
seria permitida desde que apresentasse fins pacíficos.

Com o acordo, a rivalidade entre os norte-americanos e os soviéticos

mudou de foco e o mesmo passou para a corrida espacial. As duas
superpotências disputariam a liderança na conquista do espaço. Além disso, um
canal de comunicação entre Washington e Moscou foi estabelecido para evitar
que outra crise como a de 1962 pudesse acontecer novamente.

Fig.10 - Tratado de Não Proliferação Nuclear

Conclusão
Concluo assim, com a informação obtida através da realização deste
trabalho, que no decorrer da guerra fria, houve vários incidentes, sendo este um
dos mais impactantes, visto que poderia ter sido sucedido por uma Terceira
Guerra Mundial, que levaria a uma destruição total.
 Bibliografia

https://www.preparaenem.com/historia/crise-dos-misseis-em-cuba.htm

Fig.1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Fidel_Castro

Fig.2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Che_Guevara

Fig.3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Fulgencio_Batista

Fig.4 https://pt.wikipedia.org/wiki/Cortina_de_Ferro

Fig.5 https://es.wikipedia.org/wiki/Director_de_la_Inteligencia_Central

Fig.6 https://pt.wikipedia.org/wiki/PGM-19_Jupiter

Fig.7 https://travel.sygic.com/pt/poi/crise-dos-misseis-de-cuba-poi:6082800

Fig.8 https://www.politico.com/story/2018/11/20/kennedy-order-bars-housing-bias-1962-1000423

Fig.9 https://ideiasradicais.com.br/quem-foi-nikita-khrushchev/

Fig.10 https://ceiri.news/50-anos-do-tratado-de-nao-proliferacao-nuclear/