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A etnia alemã e a sua presença no mundo

São consideradas alemãs étnicos aquelas pessoas que falam a língua alemã, seguem
a cultura dominante da Alemanha/Áustria/Suíça e possuem origens no espaço
germanófono (em alemão deutscher Sprachraum). Atualmente, a maioria dos alemães
étnicos vive no território da República Federal da Alemanha. Até a década de 1920, a
maior parte da população da Áustria se considerava alemã, mas hoje em dia, após
anos de independência, apenas entre 5-10% dos austríacos declararam-se como
etnicamente alemães, apesar de todos (salvo ínfimas minorias de origem eslavo)
serem alemães étnicos. O terceiro país que, predominantemente, faz parte do "espaço
germanófono" é a Suíça, que, naturalmente, inclui fortes minorias de língua francesa e
italiana bem como uma pequena minoria reto-românica. Pertencem ainda ao mesmo
espaço o Luxemburgo (que tem uma minoria de francófonos e outra de lusófonos) e
o Liechtenstein. Como é evidente, os habitantes da Alemanha, da Áustria, da Suíça,
do Luxemburgo e do Liechtenstein têm hoje identidades sociais nacionais claramente
distintas, referidas aos estados a que pertencem.
Fora do "espaço germanófono" existem populações etnicamente alemãs, maiores ou
menores, numa grande diversidade de países.

Na Itália existe uma população de cerca de 400 000 pessoas na região autônoma
do Tirol Meridional (em alemão: Südtirol, em italiano: Alto Adige) que falam a língua
alemã. Trata-se de uma parcela do Império Austro-Húngaro que, por razões históricas,
foi anexada pela Itália, após a Primeira Guerra Mundial. Na região
de Alsácia e Lorena, na França, a população é na sua maioria etnicamente alemã, e
ao longo da história as duas regiões pertenceram durante longos períodos à
Alemanha, durante outros à França. Desde o fim da Primeira Guerra Mundial, a
França seguiu uma política assimilacionista que fez com que hoje apenas uma minoria
ainda fale o alemão, embora os falantes do dialeto alemão alsaciano sejam cerca de
1,5 milhão.[nota 7] Outras populações falantes do alemão podem ser encontradas
nos Países Baixos (300 mil), Bélgica (60 mil) [nota 8] e Dinamarca (15 mil). No primeiro
caso, trata-se do resultado de migrações transfronteiriças que vão nos dois sentidos.
Na Bélgica trata-se de uma das três comunidades linguísticas oficialmente definidas,
com a particularidade de que a "Comunidade de Língua Alemã" compreende, para
além das pessoas de nacionalidade belga, um contingente crescente de nacionais da
Alemanha que decidiram fixar-se naquela parte da Bélgica. No caso da Dinamarca
existe uma larga zona, que se estende de ambos os lados da fronteira com a
Alemanha, onde alemães e dinamarqueses se misturam; deste modo, existe na
Alemanha uma Comunidade de Língua Dinamarquesa, oficialmente reconhecida como
tal, e na Dinamarca o equivalente para os alemães étnicos.
Nos países vizinhos ou próximos da Alemanha, como a Polônia, a República Checa,
a Hungria e a Roménia, a população etnicamente alemã sempre foi numerosa; porém,
após a Segunda Guerra Mundial, a maioria dessas populações foi expulsa pelos
governos desses países (com exceção da Hungria) ou de tal modo limitada nos seus
direitos que preferiu voltar para a Alemanha; mesmo assim, permanecem naqueles
países minorias relativamente significativas. Na Rússia, os alemães do
Volga representam uma significativa população desde o século XVIII. Durante
a Segunda Guerra Mundial, foram deslocados para a Sibéria e para o Cazaquistão.
Muitos deles voltaram para a Alemanha, mas também neste caso mantém-se na
Rússia uma comunidade significativa.

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