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Em português e alemão
O alemão também é falado na América do Sul, em certas regiões do sul do Chile, em algumas comunidades da Argentina e do Paraguai, e principalmente em certas porções do Brasil: na área
meridional (nos estados de Rio Grande do Sul e de Santa Catarina), no Espírito Santo e em comunidades mais restritas no Paraná e em São Paulo.
Na América do Norte, os amish e alguns menonitas, entre outros grupos, também falam uma forma ou outra do alemão. Por exemplo, em cidades como Leavenworth (Washington) e em várias
localidades do Texas e da região central dos Estados Unidos.
Vale notar que o alemão clássico é muito difundido nos meios intelectuais e acadêmicos deste país. A língua alemã também é uma das preferidas por estudantes secundários e universitários. Cerca
de 100 milhões de pessoas, ou um quarto dos europeus, têm o alemão como língua materna.
É também a língua materna de grandes músicos (Mozart, Bach, Bach (filho), Beethoven, Händel, Wagner, Mendelssohn, Liszt, Haydn, Schubert, Strauss (pai), Strauss (filho), Brahms, Schumann,
Mahler, Orff etc.), escritores (Goethe, Schiller, Thomas Mann, Heinrich Mann, Brecht, Kafka, Zweig, Hölderlin, Hesse, Heine, Büchner, Trakl, Grass, Böll, Handke, Tucholsky, Rilke, Jelinek,
Müller, Broch etc.) e físicos, matemáticos, químicos, psicanalistas, biólogos, sociólogos e filósofos ou pensadores (Einstein, Planck, Wegener, Röntgen, Mendel, Herschel, Diesel, Schrödinger,
Gauss, Kepler, Boltzmann, Braun, Hahn, Ohm, Lilienthal, Otto, Fraunhofer, Hertz, Zeppelin, Wundt, Ebbinghaus, Riemann, Hilbert, Wöhler, Heidegger, Spengler, Ehrlich, Bloch, Schweitzer,
Koch, Humboldt, Marx, Kant, Lessing, Schopenhauer, Engels, Freud, Rorschach, Cassirer, Mannheim, Hegel, Feuerbach, Haeckel, Jung, Benjamin, Wittgenstein, Husserl, Dilthey, Nietzsche,
Haber, Fichte, Weber, Leibniz, Popper, Watzlawick, Habermas, Luhmann, Simmel, Tönnies, Adorno, Marcuse, Elias, Horkheimer, Arendt, Schelsky, Berger, Luckmann, Sombart, Beck, Hoppe
etc.).
Distribuição aproximada de falantes nativos de alemão ou de uma variante do alemão fora da Europa (de acordo com Ethnologue 2015[18], a menos que referencia
O número de falantes não deve ser somado por país, pois há provavelmente uma considerável sobreposição; a tabela inclui variantes com status controvertidos de língua s
Nova Áfr
Argentina Austrália Belize Bolívia Brasil Canadá Chile Israel Cazaquistão México Namíbia Paraguai Rússia
Zelândia do
Alemão oficial 400.000 79.000 — 160.000 1.500.000 430.000 35.000 200.000 178.000 — 22.500 36.000 166.000 394.138 12.
Hunsriqueano
— — — — 300.000 — — — — — — — — — —
riograndense
Baixo-
4.000 — 6.900 60.000 8.000 80.000 — — 50.000 40.000 — — 40.000 — —
alemão/Plautdietsch
Alemão da
— — — — — 15.000 — — — — — — — — —
Pensilvânia
Alemão de Hutterite — — — — — 23.200 — — — — — — — — —
História
Os dialetos sujeitos à segunda mutação consonântica germânica[20] durante a Idade Média são considerados parte da língua alemã moderna.
Como consequência dos padrões de colonização, da migração dos povos ou migrações dos povos bárbaros, das rotas de comércio e de comunicação (principalmente os rios) e do isolamento físico
(montanhas íngremes e florestas escuras), desenvolveram-se dialetos regionais muito distintos.
Esses dialetos, muitas vezes mutuamente incompreensíveis, foram utilizados por todo o Sacro Império Romano-Germânico. Como a Alemanha estava dividida em muitos Estados distintos, não
havia uma força unificadora ou uma padronização alemã até que Martinho Lutero traduziu a Bíblia (o Novo Testamento em 1521 e o Velho Testamento em 1534). Graças à tecnologia inventada
pelo compatriota de Lutero, Johannes Gutenberg, a difusão da língua estandardizada foi muito facilitada (ver Revolução da Imprensa).
A variedade regional (dialeto) na qual Martinho Lutero traduziu a Bíblia hoje em dia é considerada o modelo sobre o qual foi construído o alemão padrão clássico ou Hochdeutsch. Hoch, "alto" e
Deutsch significa "alemão clássico", e não alto-alemão. Quase todo material utilizado pelas empresas de comunicação e quase todo material impresso é produzido principalmente nessa variedade
ou dialeto oficial alemão. O alemão clássico é compreendido por todo o país, mas todas as regiões possuem seus distintos dialetos.
O primeiro dicionário dos Irmãos Grimm, ou Gebrüder Grimm, do qual dezesseis partes foram lançadas entre 1852 e 1960, permanece como o guia mais compreensivo das palavras do idioma
alemão. Em 1860, regras gramaticais e ortográficas apareceram pela primeira vez no Duden Handbuch. Em 1901, o Duden foi declarado o padrão definitivo do idioma alemão, em relação a esses
assuntos linguísticos. Somente em 1998, algumas dessas regras foram oficialmente revisadas.
Classificação
O alemão é um membro do ramo ocidental da subfamília das línguas germânicas, que faz parte da família das línguas indo-europeias.
Língua oficial
O alemão é a única língua oficial na Alemanha, Liechtenstein e Áustria. É língua cooficial na Bélgica (com francês e neerlandês),
Luxemburgo (com francês e luxemburguês), Suíça (com francês, italiano e romanche), na Itália (no Tirol Meridional), em Sopron
(com a língua húngara), em Voivodia de Opole (com a língua polaca). [nota 1] É uma das 21 línguas oficiais da União Europeia,
assim como uma das três línguas de trabalho da Comissão Europeia (com o francês e o inglês).
Língua minoritária
É também uma língua minoritária na Dinamarca, França, Rússia, Tajiquistão, Brasil, Polónia, Roménia, Togo, Camarões, Estados
Unidos, Namíbia, Paraguai, Hungria, República Checa, Eslováquia, Países Baixos, Eslovénia, Ucrânia, Croácia, África do Sul,
Moldova, Austrália, Letónia, Estónia e Lituânia.
O alemão já foi a língua franca das Europas central, ocidental e do norte. As duas guerras mundiais, na primeira metade do século
XX, diminuíram pela metade o território alemão, consequentemente diminuindo a população que falava o alemão como língua
nativa. O alemão permanece como uma das mais fortes e populares línguas estrangeiras ensinadas pelo mundo. O alemão é a língua
mais falada na União Europeia, mas a maioria são falantes nativos. O idioma estrangeiro mais popular na União Europeia, depois do
inglês, ainda é o francês[carece de fontes?]. Tendo perdido mais ou menos um terço dos seus territórios originais nas duas guerras
Conhecimento de alemão nos países da União
mundiais, ainda existem comunidades minoritárias germano-falantes em várias regiões da Europa, como Polônia, França, Países Europeia.
Baixos, Bélgica, Dinamarca, Lituânia, Kaliningrado (antigo Königsberg alemão), Eslováquia e Ucrânia.
Dialetos
O termo Deutsch, "alemão", é usado para diversos dialetos da Alemanha, nos países circunvizinhos e na América do Norte e na
América do Sul, por exemplo, no Brasil (Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), na Argentina,
Chile e Paraguai, entre outros países da América do Sul.
Os dialetos da Alemanha são geralmente divididos em baixo-alemão, médio-alemão e alto-alemão. Nem todos os dialetos alemães
são mutuamente inteligíveis.
Os dialetos do baixo-alemão ou baixo-saxão, como são algumas vezes mais conhecidos, são mais próximos dos dialetos Baixo-
Francônicos, como o neerlandês, do que dos dialetos do alto alemão e, por uma perspectiva linguística, não são parte da língua
alemã oficial.
Os dialetos do alto-alemão, falados por comunidades germânicas nos antigos países da União Soviética e pelos judeus asquenazes,
têm várias características únicas e são geralmente considerados uma língua separada: o iídiche. Estatuto legal do idioma alemão na Europa:
"Sprachraum alemão": o alemão é a língua oficial (de
Existem também dialetos distintos do Alemão que são ou foram falados na América, incluindo o alemão da Pensilvânia, o alemão jure ou de facto) e a primeira língua da maior parte da
colonieiro, o alemão do Texas, o Hutterite German, e o Riograndenser Hunsrückisch (Hunsrückisch), falado em toda a região sul do população
Alemão é a língua co-oficial, mas não a primeira língua
Brasil, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e mesmo em grande parte de São Paulo, Argentina, Paraguai e Uruguai que
da maior parte da população
fazem fronteira com o sul do Brasil.
Alemão (ou um dialeto alemão) é realmente
reconhecido como uma língua minoritária
Os modernos dialetos do alemão oficial são divididos em médio-alemão e alto-alemão. O alemão padrão é um dialeto do médio-
Alemão (ou uma variedade do alemão) é falado em um
alemão, enquanto as variantes austríacas e suíças fazem parte do alto-alemão.
território considerável, mas sem reconhecimento legal
É fundamental ressaltar que as palavras "alto-", "médio-" e "baixo-" em relação ao idioma alemão se referem às regiões
demográficas ocupadas pelos povos germânicos, sendo que mais ao norte encontram-se as regiões mais baixas, planas e quase ao nível do mar; já as regiões mais ao sul correspondem aos Alpes e
às regiões mais altas e montanhosas. No sul do Brasil, frequentemente, as pessoas imaginam que os falares dialetais germânicos locais têm palavras como Platt ("plano" ou "baixo") associadas aos
seus nomes por sua língua ser de qualidade inferior e indesejável no universo dos idiomas.
No Brasil
Há quem argumente que o alemão falado no Brasil é de fato um regionalismo brasileiro e não simplesmente uma língua estrangeira (sendo que o
mesmo argumento poderia ser feito referente ao talian, um dialeto ítalo-brasileiro com raízes no língua vêneta e que é falado nas regiões vinícolas
do Rio Grande do Sul).
Cidades como Pomerode,[22][23] Jaraguá do Sul, Blumenau, Brusque, Schroeder, Teutônia, Rolândia, Marechal Cândido Rondon, Santa Cruz do
Sul são apenas alguns exemplos de localidades onde se pratica a língua alemã. Todavia, muitos teuto-falantes também moram no campo e estão
ligados à agricultura. Os dois dialetos do alemão mais difundidos no Brasil são o hunsriqueano rio-grandense ou (Riograndenser Hunsrückisch) e o
pomerano (Pommersch/Pommeranisch). O Hunsrückisch original é um dialeto falado na Alemanha e classificado como um dos dialetos que
formam o grupo Moselfränkisch, falado na Renânia-Palatinado (Rheinland-Pfalz).
Já o pomerano (Pommersch/Pommeranisch) é preservado na região montanhosa do Espírito Santo e interior de Rondônia por meio da colonização
capixaba na região (o dialeto não deve ser confundido com o idioma cassúbio, um idioma eslavo que partilha o mesmo nome); as primeiras
migrações alemãs no Brasil foram em direção às colônias lá localizadas, e havia dois grupos que muitas vezes chegaram a rivalizar: os Pomeranos e
os Baixo-Alemães. Com o tempo o governo capixaba designa a educação destas localidades ao governo alemão, que envia professores de lá, assim
o baixo alemão passa a ser ensinado nas escolas; o pomerano passaria a ser uma língua mais falada que escrita, até hoje muitos habitantes de lá
falam ambos os dialetos mas escrevem apenas o baixo-saxão. Em 1975 as escolas são definitivamente em português, e muitas cidades passam a ter
o alemão como língua minoritária. É comum encontrar falantes de ambos os dialetos, mas que sabem escrever apenas o baixo saxão; hoje muitos
Localidades em Espírito Santo onde
sabem escrever apenas o português. Nos últimos anos o governo do Espírito Santo incentiva o ensino do pomerano nas escolas locais. Embora até o alemão é co-oficial
hoje quase todas as famílias pomeranas falem a língua materna, as falantes do baixo saxão estão perdendo suas tradições. É comum encontrar
placas de trânsito escritas em alemão em cidades como Santa Maria de Jetibá na Serra Capixaba. Muitas rádios locais destinam parte de sua
programação, especialmente nos finais de semana (quando os agricultores estão em casa), para a língua alemã de dialeto pomerano nestas cidades capixabas.
Vale lembrar que ambos os dialetos são provenientes de regiões da Europa onde surgiram originalmente.
Muitos imigrantes de outras regiões da Alemanha que iam para o sul acabavam adotando o Riograndenser Hunsrückisch no Brasil, depois de uma ou mais gerações. O idioma alemão do Brasil é
mantido principalmente no lar, nas comunidades e, desde a Segunda Guerra Mundial, passou a ser mais uma língua falada do que escrita, sendo que a língua portuguesa tomou o seu lugar nas
escolas e na imprensa.
A expansão nacional dos meios de comunicação e dos transportes também contribui muito para o declínio do alemão do Brasil. Se a história e, mais tarde, a modernização serviram para
desvalorizar este regionalismo, a Internet hoje em dia, supremo meio de comunicação, vem permitir àqueles/as interessados/as aperfeiçoarem seus conhecimentos linguísticos de forma sem
precedentes.
No ano de 2004, comemoraram-se os 180 anos da imigração e do regionalismo teuto-brasileiro. Note-se que a maioria dos teuto-brasileiros que é bilíngue somente fala o dialeto com as pessoas
mais próximas e, portanto, o dialeto passa despercebido na maioria dos casos.
Também foi aprovada, em agosto de 2011, a PEC 11/2009, emenda constitucional que inclui no artigo 182 da Constituição Estadual a língua pomerana, juntamente com a língua alemã, como
patrimônios culturais do Espírito Santo.[24][25][26][27]
Gramática
Sistema de escrita
O alemão é escrito utilizando o alfabeto latino. Além das 26 letras padrão, possui três vogais com Umlaut (ä, ö e ü) mais a consoante eszett ou scharfes es ("ß"). A forma do ß lembra a do beta (β)
grego, mas a pronúncia é a mesma do "ss". Esse som pode ser escrito tanto com essa letra como com "ss": Straße e essen. Segundo a ortografia nova do alemão, o ß é usado depois de uma vogal
estendida ("Straße") e o ss é usado depois de uma vogal curta ("essen").
Existe também a escrita do alemão gótico, um alfabeto que entrou em declínio na Primeira Guerra Mundial, e cai por definitivo ao fim da Segunda Guerra Mundial. Hoje é muito raro encontrar
quem saiba ler, e muito menos escrever, este alfabeto; os poucos com tal aptidão são em geral pessoas que foram alfabetizadas até o entre-guerras.
Ver também
Reforma da ortografia alemã de 1996
Umlaut, ß
LEO.org
Küchendeutsch
Notas
1. Em Antônio Carlos, município de Santa Catarina (Brasil), há um projeto de lei municipal tentando tornar a língua alemã co-oficial com a língua portuguesa.[21]
Referências
15. Soma do alemão padrão, alemão suíço, e todos os dialetos alemães não listados
1. Mikael Parkvall, "Världens 100 största språk 2010" (The World's 100 Largest como "alemão padrão" em Ethnologue (18a. ed., 2015)
Languages in 2010), in Nationalencyklopedin
16. Marten, Thomas; Sauer, Fritz Joachim, eds. (2005). Länderkunde – Deutschland,
2. Ammon, Ulrich (Novembro de 2014). «Die Stellung der deutschen Sprache in der Österreich, Schweiz und Liechtenstein im Querschnitt [Regional Geography – An
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12. Eurostat – Foreign language learning statistics (http://ec.europa.eu/eurostat/statistic 26. Emenda Constitucional na Íntegra (http://claudiovereza.files.wordpress.com/2011/0
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Bibliografia
Curme, George O. A Grammar of the German Language (1904, 1922)
Langer, Kai: Kontrastive Phonetik: Deutsch - Brasilianisches Portugiesisch. (https://web.archive.org/web/20101123134510/http://wwwhomes.uni-bielefeld.de/klanger/phonetik.
html) Frankfurt am Main 2010
Ligações externas
Em português e alemão
Praias riograndenses e salva-vidas poliglotas (http://www.brasilalemanha.com.br/portal/index.php?p=noticias&getID=4760)
Instituto Goethe no Brasil (http://www.goethe.de/br/prrindex.htm)
Instituto Martius Staden (http://www.martiusstaden.org.br)
Cento e oitenta anos da presença do idioma alemão no sul do Brasil (http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/consnac/imigra/alemaes/apresent.htm).
Dicionário Português ↔ Alemão (http://pt.bab.la/dicionario/portugues-alemao/)
Intercâmbio Acadêmico Brasil Alemanha (http://rio.daad.de)
Um Vocabulário Fundamental da Língua Alemã para o Certificado Deutsch als Fremdsprache (http://udel.edu/~weiher/Grundwortschatz.html)
Dicionário alemão-português (http://www.transdept.de)
Dicionário de alemão austríaco e alemão padrão: Datenbank zur deutschen Sprache in Österreich, Gregor Retti (http://oewb.retti.info/oewb/index.html) (sítio em alemão
padrão)
Sprachatlas des Deutschen Reichs (http://www.diwa.info/)
Verein Deutsche Sprache (http://www.vds-ev.de)
Dicionário on-line português-alemão/alemão-português (http://rio.pauker.at/pauker/DE_DE/PT/wb/)
Dicionário on-line alemão ↔ português/inglês/francês/espanhol/italiano/chinês/russo/polaco (http://www.leo.org/)
Os números em alemão (http://www.languagesandnumbers.com/como-contar-em-alemao/pt/deu/)
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