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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO

PARÁ
INSTITUTO DE LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES
FACULDADE DE ESTUDOS DA LINGUAGEM
LETRAS PORTUGUÊS

LINGUÍSTICA ROMÂNICA
Prof. Dr. Lucivaldo da Silva Costa.

DISCENTES:
Beatriz Carneiro da Silva;
Emilly Silva Moraes;
Raqueline Ramos Serrão;
Rejane César Araújo;
Sâmia Regina Mourão de Sousa
Wállery Karulina Santos de Menezes.
A língua portuguesa se torna hegemônica no Brasil.
O português brasileiro heterogêneo e polarizado:

Brasil, única sociedade extraeuropeia em que a língua portuguesa se tornou a


língua primeira da maioria absoluta da população;
Hegemonia não significa, claro, homogeneidade;
Português brasileiro culto (ou standard) x Português brasileiro Popular;
Termo culto e suas variações;
Cultura e o sentido restrito;
Diversificação do português no Brasil desde 1950;
Polarização da língua portuguesa de forma distintiva em grupos sociais: a camada
superior.
Contribuições da variação português:
a) A existência (praticamente à margem da consciência social) das quase duas centenas
de línguas indígenas (pequena parcela que restou do genocídio e glotocídio do processo
colonizador – a maior parte a caminho da extinção);
b) As perto de duas dezenas de línguas de herança (desde as mais antigas, trazidas por
imigrantes germânicos, eslavos, italianos, árabes e japoneses, até as mais recentes, trazidas
por imigrantes holandeses, coreanos, sul-americanos ou haitianos);
c) Os resquícios da línguas africanas nas cerimonias ritualísticas das religiões afro-
brasileiras;
Contribuições da variação português:
d) A língua brasileira de Sinais (LÍBRAS);
e) E a rede relações interlinguísticas, um quase bilinguismo, que se desenvolve nas
fronteiras principalmente com o espanhol, mas também com outras línguas como o guarani,
o francês e a língua crioula da Guiana Francesa, o inglês e a língua crioula da República da
Guiana.
A unificação territorial e política do Brasil e seus
efeitos linguísticos:
“Descobrimento do Brasil” em desconstrução;
Territorialidade da América Portuguesa;
Socialização entre o período de 1700 a 1720 do estado de MG e a região Nordeste;
Ligações entre São Paulo e Sul, e com a Bahia e o Nordeste, acrescida da ligação com
o Rio de Janeiro (principal porto de embarque de ouro e desde 1763, se tornou a nova sede
dos principais poderes coloniais em substituição a Salvador;
Século XIX, independência das ilhas coloniais.
A partir do século XX, nas décadas de 1920 a 1940. segmentos da intelectualidade
brasileira, consideravam que faltava ao brasil efetiva “unidade nacional”;
Revolução de 1930;
Seguindo o viés político-ideológico, entre 1930-1940 é preciso ter claro que os efeitos
econômicos e sociais da descoberta do ouro no século XVIII, tais como:
a)A progressiva unificação territorial do espaço colonial;
b)O deslocamento de grandes contingentes populacionais para a região aurífera;
c)A vinda maciça de portugueses metropolitanos atraídos pela nova riqueza mineral;
d)As redes comerciais que se criaram para o abastecimento das MG
(unindo o Centro, o Nordeste, o Sul, São Paulo e o Rio de Janeiro e nesse sentido,
favorecendo o trânsito inter-regional da língua portuguesa);
e) O estabelecimento de uma sociedade urbana em grau até então nunca visto nos espaços
coloniais (o que fez surgir e crescer um segmento socioeconômico médico e letrado
praticamente inexistente nos séculos anteriores).

 A hegemonia da língua portuguesa na sociedade brasileira não se deu, portanto, do dia


para a noite, nem estava dada já no século XVI;

 Século XVIII, a língua portuguesa predominava apenas na Bahia e no Nordeste;

 Em São Paulo e em suas áreas de influência (o Sul e parte do Centro-Oeste), acredita-se


que a língua portuguesa era minoritária, vivendo em concorrência com a chamada língua
geral paulista, originária de uma língua indígena do tronco tupi;
 População indígena e mestiça relativamente numerosa;

 São Paulo, caldeirão de línguas, meados de XVIII;

 Amazônia, século XVIII, densamente multilíngue.


Língua geral amazônica:
Originária da língua tupinambá;
Perdeu falantes e cedeu sua hegemonia ao português a partir da segunda metade do
século XIX, em decorrência de fatores, como:
a)A violenta repressão à Cabanagem (1835-1840), um dos conflitos mais sangrentos do
período. Tinha uma forte base popular e calcula-se que a repressão oficial ao movimento
acabou por eliminar aproximadamente 40 mil pessoas, um quarto da população recenseada
da região, a maioria falante da língua geral Amazônica;
b)A grande migração de aproximadamente 500 mil nordestinos (todos falantes de
português) no tempo do ciclo da borracha;
c)A introdução da navegação a vapor, que desestruturou o sistema tradicional de
navegação e comercio regional,
substituindo a comunicação de curto alcance e favorecendo, assim, o abandono pelas
populações ribeirinhas da língua geral amazônica e a adoção do uso generalizado da língua
portuguesa.
Línguas indígenas e línguas gerais:

A partir do século XVI, Portugal começou a ver a nova terra achada a Oeste;
Portugal: Mercantilismo, empreendimento econômico;
Projeto ideológico de conversão dos povos autóctones ao cristianismo católico
romano;
Exploração econômica materializada pelo extravismo do pau-brasil e principalmente
pelo cultivo, para exportação, da cana de açúcar, a principal riqueza agrícola daquele
período;
América em geral;
Direções evolutivas;
Intervenção colonial: Favorecimento da escravização dos indígenas.
Guerras Justas: Autorização a escravização – brechas que se abriam, tornando a

legislação da letra morta;


Eram consideradas justas, as ações bélicas contra os indígenas que atacavam os

colonos, resistiam a suas investidas, amotinavam-se nos aldeamentos ou eram acusados de


antropofagia;
Aldeamentos causaram também a extinção de expressivos contingentes populacionais: a

proximidade com os europeus provocou a disseminação de vírus e bactérias para os quais os


indígenas não tinham resistência;
 1554: havia falantes monolíngues de português, falantes monolíngues da língua tupi e

de outras línguas não tupi, falantes bilíngues de português e língua tupi, além de índios não
tupi, resultando assim na língua geral paulista;
Fenômeno linguístico denominado como: Língua geral.
O diretório dos Índios e a língua geral
amazônico:
No século XVIII a língua geral amazônica esteve no centro dos conflitos políticos;
Tratado de Madri de 1759 foi o principal motivo de desentendimento;
Como consequência do tratado era preciso garantir a presença portuguesa em toda a
vasta área amazônica, sob demarcações de fronteiras;
1751 – 1759: Pombal e Francisco Xavier de Mendonça Furtado;
Supervsionação de Mendonça Furtado na Amazonia pela execução do Tratado de
Tordesilhas;
Instruções Régias: Programa de governo cm metas de fortalecimento de economia,
promoção da defesa territorial e um esforço de ocupação das regiões do Norte;
1755: Emancipação dos índios, restituiu-se a eles a liberdade, retirando-os da tutela
dos missionários e das situações de escravidão.
Casamento entre portugueses e índias.
Diretório: ambicioso projeto, obra de gabinete inspirada pela crença iluminada de que
com a régua e o compasso era possível construir uma outra sociedade, desconsiderando, as
condições reais da sociedade externa existentes;
Questão linguística: Paragrafo 6 do Diretório;
A politica linguística da coroa portuguesa da Coroa Portuguesa para suas colônias foi
bastante frágil até meados do século XVIII.
Línguas africanas:
4 a 5 milhões de pessoas nos 300 anos em que perdurou o tráfico, veio de inúmeros
lugares da África;
O povo africano se caracterizavam por grande diversidade étnica e linguística; Há
aproximadamente entre 200 a 300 anos;
Nenhuma língua de fato foi colocada no mercado;
Antônio da costa Peixoto;
Línguas francas abandonadas em favor do português;
Século XIX, grande contingente de africanos escravizador, talvez o período mais
intenso do tráfico, apesar da proibição em lei de 1830;
Estudos dos anúncios de escravizados fugidos que parecem com frequência na
imprensa carioca, mostra que a cidade era um verdadeiro: “museu de línguas africados;
Um dos maiores motivos do abandono das línguas francas africanas, de mais
importância, tenha sido o comercio interno de escravizados;
O aprendizado do português se dava por meio de transmissão linguística irregular, ou
seja, o aprendizado não sistematizado e , nesse sentido, precário de uma língua segunda de
contextos sócio históricos específicos.
Bases do Português popular brasileiro:

 A linguista brasileira Rosa Virgínia Mattos e Silva concluiu que foram os africanos e

afrodescendentes os grandes responsáveis pela difusão pelo território brasileiro do chamado


português popular:
- “O português, na experiência interacional de milhões de aloglotas [...], foi passando
por transformações”;
- “ Essas transformações simplificaram ou eliminaram certas estruturas, como: O
emprego das regras de concordância”;
 - “Portanto, o contato entre línguas e a adoção do português como língua segunda por
aloglotas escravizados que nascem as variedades do português popular [...]”;
- “As elites recusam essa variedade criando a polarização sociolinguística do Brasil”;
- “tal polarização é "efeito direto da profunda divisão socioeconômica e da
transmissão linguística irregular”;
- “Esse panorama explica o conjunto de variedades populares do português brasileiro,
sua extensão territorial é relativa uniformidade e o desprezo às variedades populares”.
O português brasileiro culto:
O Grupo social dominante [...] constituiu, como falante de variedades prestigiadas da
língua, o polo responsável pela "lusofonização por cima" da sociedade brasileira, garantindo
por seu turno, a relativa uniformidade do português brasileiro culto";
 Grupo sempre pequeno; mantinha laços com a metrópole; tinha acesso à formação
escolar; e muitos frequentavam os cursos superiores em Coimbra, principalmente o curso
jurídico;
 O curso jurídico, possuía um papel essencial, segundo o historiador José Murilo de
Carvalho: fornecia um núcleo homogêneo de conhecimentos, habilidades, valores é
perspectivas ideológicas;
A classe senhorial perpassava por todos os setores de comando da sociedade.
Responsável pela construção do Estado Imperial,
consolidação e difusão do modo de falar a língua portuguesa;
Durante o Império, essa classe senhorial detinha a grande propriedade rural e ocupava
os altos cargos;
 Dos grandes cargos ocupados, há dois em especial atenção: O de Henrique de
Beaurepaire Rohan, autor do Dicionário de vocábulos brasileiros; e Antônio Joaquim de
Macedo Soares, autor do Dicionário brasileiro da língua portuguesa, ambos publicados em
1889;
 O Grupo dominante recebeu grande impulso com a vinda da família real.- Os
aristocratas eram imitados em seus comportamentos pelos comerciantes e ruralistas. A
pequena elite se reforçava e junto reforçava seu modelo de língua com os suportes vindos de
fora:
a)a impressa régia;
b)a missão artística francesa;
c)a criação da Escola de Medicina da Bahia;
d)e da academia Militar no Rio de Janeiro;
e)a criação das Faculdades de Direito de São Paulo e Olinda e a rede escolar de ensino
para os filhos da elite.
 Com isso fica claro que falar da história sociopolítico do Brasil requer falar

de todos lados que a compõem desde a colonização. Vale ressaltar:

a) por quase 300 anos a publicação de livros e jornais era impedida no Brasil;

b) a prática da manuscrita era presente;

c) há estudos sobre as escritas por mais inábeis;

d) desenvolveu-se nesse período o exercício da escrita literária e o teatro de

autoria do padre Anchieta (XVI);

e) a produção poética de Gregório de Matos (XVII);

f) a produção dos poetas arcades;

g) os trabalhos de historiografia de Frei Vicente do Salvador é Sebastião Rocha

Porta.
Caminhos modernos:
 As profundas mudanças socioeconômicas levam as trilhas do culto e do popular a um
redesenhamento do perfil sociolinguístico do Brasil a partir da dialética de interpenetrações;
 Esse processo dialético é lento e complexo, mas constante e irreversível;
 Continuam presentes a polarização sociolinguística e as discriminações;
Mas, os efeitos sobre a realidade sociolinguística do Brasil são perceptíveis, com:
a)a industrialização;
b) a urbanização intensiva;
c) as movimentações de expressivos segmentos populacionais entre as várias regiões;
d) a maciça presença dos meios de comunicação social; a expansão da rede escolar;
Tais fatores citados anteriormente, segundo o historiador Daniel Aarão Reis,
constituiu uma verdadeira revolução.- Fica em aberto a necessidade de estudos mais
sistemáticos que reexaminem e reditem toda a condição sociolonguistica do país;
A sociedade brasileira está sendo desafiada a reconhecer sua cara linguística,
conhecer sua história sociolinguistico e responder aos desafios linguistico-culturais.
O Brasil multilíngue e multicultural:
O processo de conhecer a história e a realidade sociolonguistica do Brasil requer a
quebra do um dos mitos que envolvem essa história: a de que o Brasil é monolíngue.
Derrubar esse mito é importante para a percepção do multiculturalismo e
multilinguismo do país e para a compreensão e reconhecimento da heterogeneidade do
português falado no Brasil.
O esforço da classe dominante é para que as diferenças sejam apagadas, uniformizadas
e homogeneizadas.
O primeiro passo para essa uniformização foi o interdito geral sobre a língua
amazônica em 1757 pelo Diretório dos Índios, de pouco impacto, mas acolhido pela alta
burocracia contribuiu para o desenho do mito monolíngue.
O segundo passo foi o interdito simbólico em desprezo ao português popular,
reforçando a política do Diretório
Num primeiro momento, os escritores românticos defenderam um certo
abrasileiramento da língua escrita, mas a elite conservadora reagiu à ideia.
O problema não é mais as línguas indígenas.
Agora, o que incomoda a elite é o dialeto grosseiro, atravessado, resultado das
misturas: O português popular em geral, em especial o falar atravessado dos africanos.
Não há registros dessas falas;
O que há são representações estereotipadas pela imprensa da época
 Do Diretório dos Índios ficou a ideia de um Brasil monolíngue. E o século XIX e suas

polêmicas trouxeram o desprezo pela cara linguística e a toda variedade e heterogeneidade


do português popular.
O interdito do século XIX leva à afirmação de que os brasileiros não sabem falar a
própria língua.
Vale lembrar que, também no século XIX foram conduzidos os processos de
normatização da língua. Norma gramatical e norma culta entre a norma predicada e a
praticada. E o conflito perdura.
 A campanha de nacionalização do Estado Novo foi a última intervenção maciça do
Estado em questões de línguas. Tal política reforçava a uniformidade da língua, fazendo das
línguas de imigração o seu alvo que, eram vistas como ameaça à unidade territorial.
"O primeiro artigo determinava que todos os órgãos públicos eram Obrigados a
colaborar para a perfeita adaptação dos brasileiros descendente de estrangeiros ao meio
nacional"
 "O artigo 15° proibia o uso de línguas estrangeiras nas repartições públicas, no
recinto das casernas e durante o serviço militar.“
 medidas como as citadas acima faziam parte do discurso que apontava as colônias de
imigrantes como " perigosos quistos". Ameaçadores da unidade territorial e nacional.
Os imigrantes alemães eram mencionados com maior vigilância com a alegação de
lealdade à sua pátria.
 Durante o ano de 1938/39, após o golpe do Estado Novo, decretos-lei foram
estabelecidos como garantia do monolinguismo no país.
Os imigrantes não europeus vieram para o Brasil desde as primeiras décadas do século
XIX. Mas, "a grande imigração" só veio a acontecer entre 1870 e 1920. Com um cálculo de
aproximadamente 4 milhões de imigrantes nos nesse período.
A política de estímulo à imigração em larga escala tinha três grandes objetivos:
a)mão de obra para o café;
b) ocupação das zonas desabitadas do sul;
c)incentivar o branqueamento da população;
Os imigrantes diversificaram o país, cultural e étnica e linguisticamente apesar das
políticas repressivas;
A importância dos imigrantes para o país ainda é pouco estudada;
Sua contribuição tem sido vista mais como exceção do que relevância;
No entanto, a presença de populações bilíngues de origem imigrante é significativa e
representativa historicamente;
É recente o Começo do reconhecimento e valorização da variedade linguística no
Brasil;
 Foi em 1988 que, na Constituição se reconheceu o direito dos povos indígenas;
Há levantamentos acerca das influências de outras línguas o português, como
indígenas e africanas, porém faltam dados;
 Mas não há estudos sistematizados de eventuais influências das línguas.
O nome da língua no Brasil:
Recortar um conjunto de variedades linguísticas e lhe dar um nome que o identifique

como uma língua não é tarefa fácil.


No Brasil, a língua do colonizador, que progressivamente foi se tornando a língua

majoritária e hegemônica da sociedade, foi designada por diferentes expressões, oscilando,


conforme a conjuntura histórico-política, entre português/ língua portuguesa, língua/ idioma
nacional/língua pátria, brasileiro/língua brasileira, português do Brasil/ português brasileiro
entre outras de menor curso.
Até a Independência, as referencias à língua europeia no brasil se faziam, sem

tibuteio, pelas expressões português ou língua portuguesa.


Padre Anchieta (1534-1597);
No início do século XIX, Frei Caneca, herói da Revolução de 1817, escreveu seu Breve

compendio de gramatica portuguesa , estendida a gramática portuguesa como “a arte que


ensina falar, ler e escrever corretamente a língua portuguesa;
Em 1826, na Câmara dos Deputados, José Clemente Pereira apresentou um projeto

propondo que os diplomas dos médicos cirurgiões fossem redigidos “em língua brasileira, o
que é mais próprio”;
Em 1832: a expressão Língua brasileira voltou no decreto de regência, de 12 de abril,

que regulamentou a lei de 7 de novembro do ano anterior que extinguiu (em tese) o tráfico
de escravizados;
A língua brasileira não fez, de fato, história no século XIX;
Ainda em 1832, língua brasileira apareceu no título do dicionário organizado por Luis

Maria da Silva e publicado em Ouro Preto.


Uma ou duas línguas:
Parte dos pesquisadores universitários portugueses e brasileiros da área de linguística
tem insistido, nas últimas décadas, em dar destaque maior às diferenças que às semelhanças
entre a língua de Portugal e a do Brasil.
Argumentam não apenas pelas diferenças mais evidentes (lexicais ou fonético-
fonológicas), mas principalmente pelas diferenças sintáticas – que já não se trata de uma
língua, mas, inexoravelmente, de línguas diferentes.
A tese de que estamos diante de duas línguas diferentes é antiga no Brasil. Aparece já
no período imediatamente pós-Independência e retorna de tempos em tempos, seja pelas
mãos de seus apologistas, seja pelas mãos de seus críticos
Representatividade dos filólogos: Celso Cunha, brasileiro, e Lindley Cintra, português.
Até hoje, tem prevalecido o que decidiu a Comissão prevista na Constituição de 1946
para deliberar sobre o nome da língua: o “idioma nacional” do Brasil é o português;
Diferenças gramaticais e faladas entre o Português brasileiro (PB) e o Português
Europeu (PE);
Culturas e caminhos distintos;
Somente uma língua no Brasil, segundo Faraco: Português brasileiro.
Considerações:
 Diante o exposto, entramos em concordância com o pensamento de Faraco, ao

dizer que o Português brasileiro e o Português europeu, possui diversas características,

contextos que, nesse sentido possui os seus caminhos divergentes, sem poder ter

assim, a unificação das duas línguas no Brasil e respectivamente em Portugal.


 Entretanto, a língua está em constante mudança, de acordo com a Verdade que cita

o filósofo Foucault, que se altera conforme a fala em diferentes épocas, da sociedade,

como bem explicaram Sâmia e Rejane, contribuem positiva e em algumas ocasiões

negativamente, portanto o português brasileiro, bem como suas variações recebeu de

igual forma e em alguns casos, até mais que em outros lugares do mundo muitas

influências de seu contexto social, cultural e geográfico.


Considerações:

Acreditamos também na importância do reconhecimento da contribuição da língua


indígena, africana e amazônica para a população brasileira, que assim como na fala,
contribuíram também para a formação da sociedade, Da riqueza cultural e identitária do
Brasil e por extensão dos brasileiros.
Referência Bibliográfica:
FARACO, Carlos Alberto. A língua portuguesa se torna hegemônica no Brasil. In:
FARACO, Carlos Alberto. História do português. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2019.
(Coleção Linguística para o ensino superior).

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