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Dinamarca (em dinamarquês: Danmark PRONÚNCIA) é um país nórdico da Europa

setentrional que compõe o Reino da Dinamarca. É o mais meridional dos países


nórdicos, a sudoeste da Suécia e ao sul da Noruega, delimitado no sul pela
Alemanha. As demais fronteiras da Dinamarca são marítimas, ao norte e leste com o
Mar Báltico e ao oeste com o Mar do Norte. O país é composto por uma grande
península, a Jutlândia, e 443 ilhas, das quais 78 habitadas, com destaque para a
Zelândia (Sjælland), Funen (Fyn), Vendsyssel-Thy, Lolland, Falster e Bornholm,
assim como centenas de ilhas menores, muitas vezes referidas como o Arquipélago
Dinamarquês.[7] A Dinamarca há muito tempo controla a entrada e a saída do mar
Báltico, já que isso só pode acontecer por meio de três canais, que também são
conhecidos como os "Estreitos Dinamarqueses".

A língua nacional, o dinamarquês, é próxima do sueco e do norueguês. A Dinamarca


compartilha fortes laços históricos e culturais com a Suécia e com a Noruega. 82,0%
dos habitantes da Dinamarca e 90,3% da etnia dinamarquesa são membros da Igreja
Estatal Luterana. Cerca de 9% da população tem nacionalidade estrangeira, sendo que
uma grande parte deles são provenientes de outros países escandinavos.

O país é uma monarquia constitucional com um sistema parlamentar de governo. Possui


um governo central e outros locais em 98 municípios. O país é membro da União
Europeia desde 1973, embora não tenha aderido ao euro, e um dos membros fundadores
da Organização do Tratado do Atlântico Norte e da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico.

A Dinamarca, com uma economia mista capitalista e um estado de bem-estar social,[8]


possui o mais alto nível de igualdade de riqueza do mundo, sendo considerado em
2011, o país com menor índice de desigualdade social do mundo. A Dinamarca tem o
melhor clima de negócios no mundo, segundo a revista estadunidense Forbes.[9] De
2006 a 2008, pesquisas[10] classificaram a Dinamarca como "o lugar mais feliz do
mundo", com base em seu princípio de saúde, bem-estar, assistência social e
educação universal; O Índice Global da Paz de 2009 classificou a Dinamarca como o
segundo país mais pacífico do mundo, depois da Nova Zelândia.[11] A Dinamarca
também foi classificada como o país menos corrupto do mundo em 2021, pelo Índice de
Percepção de Corrupção, compartilhando o primeiro lugar com a Finlândia e a Nova
Zelândia.[12]

Etimologia
A etimologia da palavra Dinamarca e, especialmente, a relação entre os
dinamarqueses e a Dinamarca e a unificação do país como um único reino, ainda são
assuntos que atraem debate.[13][14] Esta discussão é centrada principalmente no
prefixo "Dan" e se refere aos danos ou uma pessoa histórica chamada Dan. A questão
é ainda mais complicada por uma série de referências a vários danos na Escandinávia
ou em outros lugares na Europa em fontes gregas e romanas (como Ptolomeu, Jordanes
e Gregório de Tours), bem como na literatura medieval (como Adão de Bremen,
Beowulf, Widsith e Edda em verso).

A maioria dos manuais considera a origem da primeira parte da palavra,[15][16] bem


como o nome das pessoas, de uma palavra que significa "terra plana", relacionada
com as palavras em alemão tenne e em sânscrito dhanus (धनुस्; "deserto"). O sufixo
marca provavelmente significa marca (território), mas, no entanto há quem lhe
atribuía como sendo "floresta" ou "fronteira", com referências prováveis para as
florestas de fronteira no sul do Schleswig.[17]

História
Ver artigo principal: História da Dinamarca
Ver também: História da Groenlândia
Pré-história
Os primeiros achados arqueológicos da Dinamarca remontam ao período interglacial de
Eem, de 130 000 a 110 000 a.C.[18] A Dinamarca é habitada desde cerca de 12 500
a.C. e a agricultura é evidente desde 3900 a.C.[19] Uma garota provavelmente com
cabelos escuros, pele escura e olhos azuis, caçadora-coletora morava no sul da
Dinamarca há 5 700 anos.[20] A Idade do Bronze Nórdica (1800–600 a.C.) na Dinamarca
foi marcada por túmulos, o que deixou uma abundância de descobertas, incluindo lurs
e o carro solar.[21]

Durante a Idade do Ferro pré-romana (500 a.C.–1 d.C.), os grupos nativos começaram
a migrar para o sul, e os primeiros dinamarqueses tribais chegaram ao país entre a
Idade do ferro pré-romana e a alemã,[21] na Idade do ferro romana (1–400 d.C.). As
províncias romanas mantinham rotas comerciais e relações com tribos nativas na
Dinamarca, e moedas romanas foram encontradas na Dinamarca. Evidências de forte
influência cultural celta datam deste período na Dinamarca e em grande parte do
noroeste da Europa e estão entre outras coisas refletidas na descoberta do
caldeirão de Gundestrup.

As estruturas de defesa de Danevirke foram construídas em fases a partir do século


III e o tamanho dos esforços de construção em 737 d.C. é atribuído ao surgimento de
um rei dinamarquês.[22][23] Um novo alfabeto rúnico foi usado pela primeira vez na
mesma época e Ribe, a cidade mais antiga da Dinamarca, foi fundada por volta de 700
d.C.

Viking
Do século VIII ao X, a região escandinava mais ampla foi a fonte dos vikings. Eles
colonizaram, invadiram e negociaram em todas as partes da Europa. Os Vikings
dinamarqueses eram mais ativos nas Ilhas Britânicas do leste e sul e na Europa
Ocidental.

Antiguidade, Idade Média e Era Moderna

A vila viquingue de Aarhus em 950


A origem da Dinamarca está perdida na pré-história. Sua fortaleza mais velha é
datada do século VII, ao mesmo tempo que o novo alfabeto rúnico. A Dinamarca foi
unida por Haroldo Dente-Azul por volta de 958 d.C.

Após o século XI, os dinamarqueses ficaram conhecidos como viquingues, colonizando,


invadindo e negociando em toda a Europa.[24]

Em vários momentos da história, a Dinamarca controlou a Inglaterra, Noruega,


Suécia, Islândia, parte das Ilhas Virgens, partes da costa Báltica e o que é agora
o norte da Alemanha. A Escânia foi parte da Dinamarca na maior parte de sua
história, mas foi perdida para a Suécia em 1658.

Século XIX
A união com a Noruega foi dissolvida em 1814, quando Noruega entrou em uma nova
união com a Suécia (até 1905). O movimento liberal e nacional dinamarquês teve seu
momento culminante em 1830, e após as revoluções europeias de 1848, a Dinamarca
tornou-se uma monarquia constitucional em 1849. O ducado de Schleswig tornou-se
propriedade pessoal do rei da Dinamarca em 1460. As tentativas feitas a partir de
1846 pela Dinamarca para anexar o ducado de Schleswig, assim como também o ducado
de Holstein, fracassaram durante a guerra dos Ducados (1864). Depois da guerra
austro-prussiana em 1866, a Prússia, vitoriosa na guerra, anexou ambos os ducados e
aproveitou para dissolvê-los transformando-os numa única unidade a província do
Schleswig-Holstein. Estes ducados sempre fizeram parte do Sacro Império Romano
Germânico até Napoleão dissolver este Império em 1806.

Derrotado Napoleão, após o Congresso de Viena em 1815, os ducados Schleswig e


Holstein passaram a fazer parte da Confederação Germânica, herdeira natural do
Sacro Império Romano Germânico, visto que estes ducados nunca pertenceram à
Dinamarca, mas eram apenas propriedade pessoal dos seus soberanos simultaneamente
reis da Dinamarca;um século depois em 1920, mediante plebiscito realizado devido à
derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, uma das regiões plebiscitárias, o
norte do Schleswig (Abstimmungsgebiet) foi cedida à Dinamarca, onde ainda hoje há
alguns núcleos populacionais maioritariamente de língua alemã, cujos direitos como
minoria nacional estão reconhecidos internacionalmente.Depois da Segunda gGuerra de
Schleswig em 1864, o rei da Dinamarca teve que ceder os ducados de Schleswig e
Holstein à Prússia em resultado da sua derrota pessoal, este episódio por simbiose
marcou profundamente a identidade nacional dinamarquesa.

Século XX

Durante a ocupação alemã, o rei Cristiano X tornou-se um poderoso símbolo da


soberania nacional. Esta imagem data do aniversário do rei, em 26 de setembro de
1940.
Após a derrota frente à Prússia, a Dinamarca adotou uma política de neutralidade,
permanecendo neutra na Primeira Guerra Mundial. Em 9 de abril de 1940, a Dinamarca
foi invadida pela Alemanha Nazista (operação Weserübung) e permaneceu ocupada
durante toda a Segunda Guerra Mundial, apesar de alguma pequena resistência
interna. O país tentou ser o mais neutro possível e não ceder o seu poder interno
ao controle nazista, sendo socialista na época, tentando inclusive persuadir
dinamarqueses a não se afiliarem ao exército alemão, que ao fim da guerra, começou
a intensificar este. Ao fim de 1944, poucos dinamarqueses apoiavam o regime de
Hitler — ainda menos do que em 1940, justificando assim o aumento da resistência
interna com atentados a soldados nazistas.

A mudança constitucional em 1953 levou a um parlamento de câmara única eleito por


representação proporcional, a adesão feminina ao trono dinamarquês, e da
Groenlândia se tornando parte integrante da Dinamarca. Os social-democratas
lideraram uma série de governos de coalizão pela maior parte da segunda metade do
século XX em um país geralmente conhecida por suas tradições liberais.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Dinamarca tornou-se um dos membros fundadores da


Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) e das Nações Unidas. Durante os anos 1960, os países da EFTA
eram muitas vezes referidos como os Sete Exteriores, ao contrário dos Seis
Interiores do que era então a Comunidade Econômica Europeia (CEE).[25]

Em 1973, juntamente com o Reino Unido e a Irlanda, a Dinamarca aderiu à Comunidade


Econômica Europeia, que posteriormente iria formar a União Europeia (UE) após um
referendo público. O Tratado de Maastricht, que envolvia uma maior integração
europeia, foi rejeitado pelo povo dinamarquês em 1992; ele só foi aceito depois de
um segundo referendo, em 1993, e pela adição de certas disposições para a
Dinamarca. Os dinamarqueses rejeitaram o Euro como moeda nacional em um referendo
em 2000. A Groenlândia ganhou governo próprio em 1979 e foi premiada com a
autodeterminação em 2009. A Groenlândia e as Ilhas Faroé não são membros da UE; as
Ilhas Faroé saíram da CEE em 1973 e a Groenlândia em 1986, em ambos os casos por
causa de políticas de pesca.

Geografia
Ver artigo principal: Geografia da Dinamarca

Imagem de satélite da Dinamarca


A Dinamarca compartilha uma fronteira de 68 km com a Alemanha no sul e é cercada
por 7 314km de mar (incluindo pequenas baías e enseadas).[26] Possui área total de
43 094 km². Desde 2000, a Dinamarca está ligada à Suécia pela Ponte do Øresund. A
Dinamarca consiste na península da Jutlândia (Jylland) e de 443 ilhas com nome, das
quais 76 são habitadas, e entre as quais as mais importantes são Fiónia e a
Zelândia (Sjælland) onde localiza-se Copenhaga a capital do país. A ilha de
Bornholm localiza-se um pouco para leste do resto do país, no mar Báltico. Muitas
das ilhas estão ligadas por pontes.[27]

O país é, em geral, plano e com poucas elevações, os pontos mais elevados são o
Møllehøj, o Ejer Baunehøj e o Yding Skovhøj, todos com altitude apenas uns
centímetros acima dos 170 m. O clima é temperado, com invernos suaves e verões
frescos. As cidades principais são a capital, Copenhague (na Zelândia), Aarhus (na
Jutlândia), Odense (em Fyn) e Aalborg (na Jutlândia). [28]

A Dinamarca encontra-se na zona de clima temperado. O inverno não é muito frio, com
temperaturas médias em janeiro e fevereiro de 0 °C, e o verão é fresco, com uma
temperatura média em agosto de 15,7 °C.[26] A Dinamarca tem uma média de 712 mm de
precipitação por ano; o outono é a estação do ano mais chuvosa e a primavera é a
mais seca.

Natureza e meio ambiente


A Dinamarca é o lar de cerca de 30 mil espécies de plantas, fungos e animais.
Florestas cobrem aproximadamente 11% do território nacional, sendo tanto decíduas
como coníferas, e constituindo o ecossistema mais diverso do país. Os ecossistemas
marinhos também são diversos, com mais de 500 espécies de invertebrados nas águas
interiores dinamarquesas. A biodiversidade do país está em declínio, com 1 514
espécies sendo colocadas na lista vermelha da União Internacional para Conservação
da Natureza. A área ocupada por habitats abertos, como pântanos, dunas de areia e
brejos está a diminuir, de 12,5% do território nacional em 1965 para 9,2% em 2000.
A área ocupada por florestas, no entanto, está a crescer, devido à políticas de
reflorestamento.[29]

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