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Cerca de 11% do território da Dinamarca é designado como áreas protegidas, um terço

das quais estão nas categorias I e II da UICN. A Rede Natura 2000 consiste um total
de 16 638 quilômetros quadrados, dos quais 3 591 são terrestres e 13 047 marinhos.
De acordo com um estudo da Agência Europeia do Ambiente publicado em 2020, o país é
o segundo pior em conservação ambiental na União Europeia, a frente apenas da
Bélgica e atrás da Espanha. Há um total de 13 planos de manejo de espécies de
plantas e animais, um plano de subsídios encoraja donos de terras privadas a
plantarem florestas e a educação ambiental é promovida por uma série de ações
escolares, que trouxeram resultados positivos.[29][30]

Demografia

Gráfico da evolução demográfica da Dinamarca (1960 -2010)


De acordo com estatísticas de 2012 do governo dinamarquês, 89,6% da população de
mais de 5 580 516 habitantes da Dinamarca é de ascendência dinamarquesa (definido
como tendo pelo menos um pai que nasceu na Dinamarca e tem nacionalidade
dinamarquesa). Muitos dos 10,4% restantes são imigrantes ou descendentes de
imigrantes recentes de países vizinhos, além de Turquia, Iraque, Somália, Bósnia e
Herzegovina, Sul da Ásia e do Oriente Médio.[31]

A idade média é de 41,4 anos, com 0,97 homens por mulher. 99% da população (acima
de 15 anos) é alfabetizada. A taxa de fecundidade é de 1,73 filhos por mulher (est.
2013). Apesar da baixa taxa de natalidade, a população continua a crescer a uma
taxa média anual de 0,23%.[32]

As línguas dinamarquesa, feroesa e groenlandesa são as línguas oficiais da


Dinamarca continental, das Ilhas Faroé e da Gronelândia, respectivamente. O alemão
é uma língua minoritária oficial no antigo condado sul de Jutlândia, perto da
fronteira com a Alemanha. O dinamarquês é falado em todo o reino e é a língua
nacional da Dinamarca. O inglês e alemão são as línguas estrangeiras mais faladas.
[33]

A Dinamarca é frequentemente classificada como o país mais feliz do mundo em


estudos internacionais sobre níveis de felicidade entre a população.[34][35][36]
[37][38][39][40]

Em 2002, o governo conservador e nacionalista impôs a chamada regra dos 24 anos: os


dinamarqueses só podem casar com estrangeiros se ambos os envolvidos tiverem mais
de 24 anos de idade e cumprirem um rigoroso conjunto de condições. Em 2015, o país
adotou uma lei de confisco altamente controversa, que permitiu apreender dinheiro e
objetos de valor superior a 1 340 euros pertencentes a migrantes. Em 2018, o
Parlamento autorizou a transformação da pequena ilha de Lindholm num centro de
detenção para estrangeiros condenados à prisão, mas que as convenções
internacionais impediram de ser reenviados para o seu país de origem. Em 2019, os
pedidos de asilo atingiram o seu nível mais baixo desde 2008.[41]

Composição étnica
De acordo com censos de 2009, 90,5% da população da Dinamarca era descendente da
etnia dinamarquesa. O restante eram imigrantes — ou descendentes de imigrantes —
vindos da Bósnia e Herzegovina, países vizinhos e Ásia. A população da Dinamarca é
de 5 475 791 pessoas, com uma densidade demográfica de 129,16 habitantes por km².
[26] Grande parte da população encontra-se no litoral, principalmente em áreas
próximas a capital Copenhague.

O dinamarquês é falado em todo o país, embora um pequeno grupo perto da fronteira


alemã também fale alemão.

Religião
Ver artigo principal: Religião na Dinamarca
De acordo com as estatísticas oficiais de janeiro de 2014, 78,4% da população da
Dinamarca é composta por membros da Igreja Nacional da Dinamarca, a denominação
religiosa oficialmente estabelecida, que é luterana na tradição.[42][43] Isto
representa uma queda de 0,7% em relação ao ano anterior e 1,3% inferior em relação
a dois anos antes. Apesar dos valores elevados de adesão, apenas 3% da população
religiosa afirmam frequentar regularmente os cultos dominicais.[44][45]

Religião na Dinamarca
Religião Porcentagem
Cristianismo

83,71%
Agnosticismo

9,94%
Islamismo

3,05%
Ateísmo

1,42%
Budismo

0,38%
Outros

0,50%
A Constituição do país estabelece que os membros da família real devem ser
seguidores da Igreja Nacional da Dinamarca, que é a igreja do estado, embora o
restante da população seja livre para aderir a outras religiões.[43][46] Em 1682, o
Estado concedeu o reconhecimento limitado a três grupos religiosos dissidentes da
Igreja Estabelecida: o catolicismo romano, a Igreja Reformada e o Judaísmo,[46]
embora a conversão desses grupos vista pela Igreja da Dinamarca permaneceu ilegal
inicialmente. Até os anos 1970, o Estado reconhecia formalmente as "sociedades
religiosas" por intermédio de um decreto real. Atualmente, os grupos religiosos não
precisam de reconhecimento oficial do governo na Dinamarca, podendo ser concedido a
estes o direito de realizar casamentos e outras cerimônias, sem este
reconhecimento.[46]

Os muçulmanos na Dinamarca compõem cerca de 3% da população e formam a segunda


maior comunidade religiosa do país, além da maior minoria religiosa.[47][48] Desde
2009, há dezenove comunidades muçulmanas reconhecidas na Dinamarca.[48] De acordo
com o Ministério das Relações Exteriores dinamarquês, outros grupos religiosos
correspondem a menos de 1% da população individualmente e cerca de 2%, quando
considerados em conjunto.[49]

Conforme uma pesquisa feita pelo Eurobarómetro, em 2010, 28% dos cidadãos
dinamarqueses entrevistados responderam que "acreditam que existe um Deus", 47%
responderam que "acreditam que existe algum tipo de espírito ou força vital" e 24%
responderam que "não acreditam que haja qualquer tipo de espírito, Deus ou força
vital". Outra pesquisa, realizada em 2009, constatou que 25% dos dinamarqueses
acreditam que Jesus Cristo é o filho de Deus, e 18% acreditam que é o salvador do
mundo.[50][51]

Urbanização
verdiscutireditarCidades mais populosas da Dinamarca
Maiores cidades da Dinamarca - GeoNames

Copenhague
Aarhus
Posição Localidade Região Pop.
1 Copenhague Capital 518,574
2 Aarhus Central 303,318
3 Odense Sul 187,929
4 Aalborg Norte 196,292
5 Esbjerg Sul 114,244
6 Vejle Sul 104,933
7 Randers Central 94,221
8 Kolding Sul 87,781
9 Horsens Central 81,565
10 Roskilde Zelândia (região) 80,687
Política
Ver artigo principal: Política da Dinamarca

Interior do Parlamento da Dinamarca, em Copenhague


Em 1849, o Reino da Dinamarca passou a ser uma monarquia constitucional com a
adaptação de uma nova constituição. O monarca (O Rei Frederico X) é efectivamente o
chefe de estado, a sua função é essencialmente de representação máxima do Estado e
do povo. É, à semelhança da generalidade dos chefes de estado das monarquias do
norte da Europa, titular de um papel cerimonial que representa a tradição e cultura
enraizada do respectivo povo. O poder executivo é exercido pelos ministros, sendo o
primeiro-ministro um primeiro entre iguais (primus inter pares). Os tribunais da
Dinamarca são funcional e administrativamente independentes dos poderes executivo e
legislativo. O atual monarca da Dinamarca é o Rei Frederico X. Seu filho, o
Príncipe Christian é o herdeiro do trono.[52]

Vista aérea do conjuntos de Palácios de Amalienborg, residência da Família Real


Dinamarquesa.
O Folketing é o parlamento nacional, o órgão legislativo supremo do reino. Em
teoria, ele tem a autoridade legislativa suprema de acordo com a doutrina da
soberania parlamentar. O parlamento é capaz de legislar sobre qualquer assunto e
não é vinculado às decisões de seus antecessores. Entretanto questões sobre
soberania têm sido antecipadas por causa da entrada da Dinamarca na União Europeia.
Parlamento é composto por 175 membros eleitos por maioria proporcional, além de
dois membros da Groenlândia e das Ilhas Faroé cada.[53] As eleições parlamentares
são realizadas pelo menos a cada quatro anos, mas está dentro dos poderes do
primeiro-ministro pedir ao monarca para chamar para uma eleição antes do prazo
decorrido. Em um voto de confiança, o parlamento pode forçar um único ministro ou
todo o governo a demitir-se.[54]

O sistema político dinamarquês tradicionalmente tem gerado coligações A maioria dos


governos dinamarqueses do pós-guerra foram coalizões minoritárias governando com o
apoio dos partidos não governamentais.[55]

Relações exteriores
Ver também: Missões diplomáticas da Dinamarca

A ex-primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt na cúpula do Conselho Nórdico de 2012


A política externa dinamarquesa é baseada na sua identidade como uma nação soberana
na Europa. Como tal, o seu principal foco na política externa é em suas relações
com outras nações como uma nação independente. A Dinamarca há muito tempo tem boas
relações com outras nações. O país esteve envolvido na coordenação da ajuda
ocidental para os países bálticos (Estônia,[56] Letônia e Lituânia).[57]

Após a Segunda Guerra Mundial, a Dinamarca terminou com a sua política de


neutralidade de mais de duzentos anos. A Dinamarca tem sido um membro da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde a sua fundação, em 1949, e a
participação na aliança militar continua a ser altamente popular.[58] Houve vários
confrontos sérios entre os Estados Unidos e a Dinamarca sobre a política de
segurança entre 1982 e 1988, quando uma maioria parlamentar alternativa forçou o
governo a adotar posições nacionais específicas sobre as questões nucleares e de
controle de armas. Com o fim da Guerra Fria, no entanto, a Dinamarca tem apoiado os
objetivos da política dos Estados Unidos dentro da OTAN.[58]

Forças armadas

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