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Do Not Copy or P O mercado mundial de exportaçã o de flores e produtos relacionados a flores foi de quase US $ 30

bilhõ es em 2009, tendo crescido mais de cinco vezes desde 1998. A Holanda era a líder dominante
no comé rcio global de flores desde que foi pioneira nesta indú stria no sé culo XVII. Em 1998, a
Holanda possuía o maior e mais sofisticado cluster de flores do mundo em termos de tecnologia e
penetraçã o internacional.

Desde 2003, a concorrê ncia vinha aumentando nos países em desenvolvimento da Amé rica
Latina, Á frica e Á sia, enquanto as preocupaçõ es ambientais relacionadas ao cultivo de flores
cresciam. Em 2010, os líderes da indú stria holandesa procuraram traçar uma estraté gia para
permitir que a Holanda sustentasse sua posiçã o no sé culo XXI.

A Holanda
A Holanda era um país pequeno e densamente povoado do norte da Europa, com 16,4 milhõ es de
habitantes, localizado no Mar do Norte, limitado pela Alemanha e Bélgica. Tinha uma á rea de 16.485
milhas quadradas, pouco mais do que o dobro do tamanho de Massachusetts (ver anexo 1). O
governo era um sistema parlamentar com uma rainha que desempenhava principalmente papéis
cerimoniais.

A Holanda tinha uma longa tradiçã o de comércio internacional, tanto na Europa como no resto do
mundo. A Companhia Unida das Índias Orientais Holandesas (VOC em holandês), estabelecida no
século XVII com investimentos de comerciantes, autoridades governamentais e nobreza rica, já havia
operado quase 2.000 navios em toda a Á sia. Isso ajudou a Holanda a se tornar o centro logístico,
comercial e financeiro da Europa, onde os produtos do norte e do sul podiam ser armazenados,
processados, vendidos e distribuídos.1,2

Em 2009, a Holanda era a 22ª maior economia do mundo, com o nono maior PIB per capita de US
$ 41.367, bem acima da mé dia da UE-15 de US $ 35.2373. A produtividade do trabalho de US $ 53 por
funcioná rio por hora foi compará vel ao Reino Unido e superior à de outros vizinhos europeus, como
Suíça e Alemanha.4 O desemprego ficou em 3,7%; no entanto, muitos trabalhadores holandeses
(11,2%) optaram por trabalhar menos de trê s dias por semana, sob regime de trabalho flexível.
Alé m disso, uma proporçã o significativa da populaçã o se beneficiou de programas generosos de
invalidez, com 8,7% da populaçã o entre 20 e 65 anos recebendo benefícios por invalidez em 2006,
bem acima da mé dia da OCDE de 6,7%.5

Caso LACC # 719-P11 é a versão traduzida para Português do caso # 711-507 da HBS. Os casos da HBS sã o desenvolvidos somente como base
para discussõ es em classe. Casos nã o devem servir como aprovação, fonte primária de dados ou informação, ou como ilustração de um
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A Holanda possuía uma extensa rede logística e investiu intensivamente em seus sistemas de
transporte, alocando 6% do PIB em 2008 em comparaçã o com a média da UE de 4,1%. O Aeroporto
Schiphol de Amsterdã movimentou 10,2% dos passageiros da Europa e foi o quarto maior volume de
passageiros em um aeroporto da Europa e um dos mais eficientes do mundo. Ofereceu serviço para
2.000 destinos internacionais, com mais de 200 voos diretos para 82 países. O porto de Roterdã era o
maior da Europa. A Holanda também possuía uma densa rede de ferrovias, rodovias e estradas
secundá rias que ofereciam acesso a muitos destinos internacionais. Canais e rios, como o Reno,
criaram um sistema eficiente de distribuiçã o e transporte para o coraçã o da Europa. Na primeira
década do século XXI, os holandeses fizeram grandes investimentos em infraestrutura, como a
ampliaçã o de rodovias em 2001, uma expansã o de 20% do porto de Roterdã em 2006 e a construçã o
de uma conexã o ferroviá ria de alta velocidade com a Alemanha em 2008 .

A Holanda possuía uma força de trabalho bem-educada e sofisticada, quase 33% dos quais
possuíam diploma superior. Existiam 15 universidades, com Utrecht e Leiden entre as 100 melhores
do mundo. O mercado de trabalho holandê s era fortemente regulamentado e inflexível em relaçã o a
outros países. A Holanda ficou em 123º lugar entre 183 países em contrataçã o de funcioná rios (as
dificuldades que os empregadores enfrentam para contratar e demitir trabalhadores) no ranking
Facilidade de Fazer Negó cios do Banco Mundial, à frente de apenas Alemanha (158) e França (155)
na Europa.9

No geral, a Holanda ficou em 30º lugar geral em facilidade de fazer negó cios em 2009, de acordo
com World Bank’s Doing Business Report. Para iniciar uma empresa exigia-se taxas governamentais
três vezes mais altas que a média da OCDE, devido principalmente a políticas antifraude e
conformidade rigorosas. Demorava mais tempo para obter licenças de construçã o devido a
regulamentos rigorosos sobre impacto ambiental e planejamento espacial.

A bolsa de valores de Amsterdã era a mais antiga do mundo, e a Holanda fora o local da primeira
bolsa de opçõ es na Europa e era líder em opçõ es de açõ es e índices de açõ es. Os holandeses estavam
entre os principais fundadores da primeira bolsa de valores européia transfronteiriça, a Euronext.10

A taxa de imposto de renda das empresas de 25,5% (para médias e grandes empresas
estrangeiras) foi inferior à s mé dias da UE-25 (25,8%) e da UE-15 (29,5%), tendo sido reduzida em
2006. As empresas holandesas possuíam algumas das empresas mais desenvolvidas no que se refere
a padrõ es de governança no mundo11

A Holanda nã o tinha barreiras comerciais ou de investimento significativas, 12 e os holandeses


foram fortes defensores do livre comé rcio em fó runs internacionais como a Organizaçã o Mundial do
Comé rcio (OMC) e a Organizaçã o para Cooperaçã o e Desenvolvimento Econô mico (OCDE). A
Holanda tinha tratados fiscais com muitas naçõ es para evitar a dupla tributaçã o sobre renda e
capital.

Historicamente, a Holanda era relativamente “frouxa” com relaçã o a carté is e monopó lios. A Lei
de Concorrê ncia de 1998 e a Nederlandse Mededingingsautoriteit (NMa), a Regulaçã o de
Concorrê ncia de 1999, havia alinhado as políticas holandesas com o restante da UE. A NMa foi
reforçada pela Lei da Concorrê ncia de 2007, que expandiu drasticamente suas capacidades de
fiscalizaçã o. A Autoridade do Consumidor foi criada em 2007 para garantir prá ticas comerciais
justas. No entanto, o governo holandê s ainda era considerado um dos mais permissivos na Europa
em relaçã o à s atividades de fusõ es e aquisiçõ es, e tanto a Autoridade do Consumidor quanto a
Autoridade da Concorrê ncia dependiam fortemente da auto regulaçã o da indú stria.13

A Holanda possuía um dos programas de ajuda ao desenvolvimento mais generosos do mundo,


ocupando o quinto lugar entre os países da OCDE em Ajuda ao Desenvolvimento como um

2
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percentual da Renda Nacional Bruta (RNB) em 2008, atrá s apenas da Sué cia, Noruega, Luxemburgo
e Dinamarca. O percentual de RNB de 0,82% foi quatro vezes superior à dos Estados Unidos, com
quase um terço da ajuda destinada à Á frica.14

Os serviços representavam 73% do PIB e incluíam importantes posiçõ es em transporte,


distribuiçã o, logística, serviços comerciais, bancos e seguros. A indú stria manufatureira representou
24% do PIB, liderada por metalurgia (32% da contribuiçã o industrial), petroquímica (incluindo refino
de petró leo - 24%) e processamento de alimentos (19%).

Petró leo e gá s representaram 9,4% da receita de exportaçã o holandesa em 2008. A Holanda era o
terceiro maior produtor e o segundo maior exportador líquido de gá s natural da Europa. Roterdã
tornou-se um dos principais centros mundiais de comércio de petró leo bruto, refino e produçã o
petroquímica. A Companhia Holandesa de Exploraçã o de Gá s (NAM em holandês) estava sob
controle do governo desde 1963, e o governo possuía a rede de transporte de gá s e participava do
comércio de energia. Os recursos domésticos de gá s deveriam ser esgotados até 2030, no entanto, e os
Países Baixos estavam cultivando relacionamentos com fornecedores alternativos, como Argélia,
Cazaquistã o, Líbia, Catar e Rú ssia. Por exemplo, a Gasunie, de propriedade do governo, detinha uma
participaçã o de 9% no gasoduto Gazprom, que transportava gá s da Rú ssia para a Alemanha no mar
Báltico.

O cluster marítimo, centrado no porto de Roterdã , 15 era composto por 11.500 empresas e 133.000
funcioná rios e contribuiu com 2,6% do PIB com exportaçõ es de US $ 20,8 bilhõ es.16 Os holandeses
eram líderes em tecnologias de dragagem, controlando pelo menos 15% do mercado em cada um dos
três principais tipos de equipamentos e construçã o naval, onde eles detinham 2,6% das exportaçõ es
mundiais. O cluster possuía uma extensa rede de fornecedores especializados e prestadores de
serviços que operavam internacionalmente.

A agricultura, uma importante atividade tradicional holandesa, representava 2% do PIB e 3% do


emprego,19 mas 17% do total das exportaçõ es holandesas em 2008 (ver Anexo 2). As principais á reas
de produtos incluem floricultura (35% das exportaçõ es agrícolas), pecuá ria (26%), e produtos
laticínios (20%). A agricultura holandesa era conhecida por grandes cooperativas agrícolas, incluindo
Campina Melkunie em laticínios, Vion em carne e The Greenery em vegetais.

As flores cortadas representaram 27% da produçã o agrícola na Holanda em 200820 e meio milhã o
de empregos diretos e indiretos em tempo integral.21 Os produtos de floricultura (flores cortadas,
vasos de plantas e material de propagaçã o) foram uma importante categoria de exportaçã o
holandesa, com vendas acima de US $ 16,7 bilhõ es (incluindo reexportaçõ es) em 2008.22

Floricultura
As flores cortadas eram "partes de plantas, incluindo inflorescê ncias e alguns materiais vegetais,
mas nã o incluindo raízes e solo".23 Altamente perecível, uma flor cortada geralmente durava no
má ximo 5 a 8 dias sem o uso de conservantes. Os vasos de plantas eram produtos mais durá veis que
compartilhavam algumas das mesmas características da cadeia de suprimentos, mas eram
frequentemente produzidos por empresas separadas de criaçã o e cultivo e vendidos atravé s de
canais de mercado especializados.

As principais flores negociadas foram rosas, cravos e crisâ ntemos. Outros tipos principais de
flores incluíam tulipas, lírios, gerberas, cymbidium, frésias, antú rios e hippeastrum (ver Anexo 3).
Havia uma variedade enorme e crescente de tipos e variedades de flores. Por exemplo, havia pelo

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menos 100 espécies e milhares de variedades de rosas de todas as cores, exceto azul e preto. 24 Os
crisâ ntemos podiam ser criados em diferentes formas e texturas e até mesmo artificialmente
coloridos, tornando-os uma flor preferida para buquês.

O cultivo de flores começou com a reproduçã o, que melhorou as características das flores ao longo
de geraçõ es pela reproduçã o repetida. As variedades de flores foram modificadas para atender à s
necessidades dos produtores e atingir segmentos de consumidores especializados.25 Os produtores,
por exemplo, buscavam diminuir os requisitos para pesticidas, energia, fertilizantes e á gua, além de
obter melhor poder de germinaçã o, rendimento, semeadura, saú de e uniformidade de plantas jovens.
Texturas mais fortes reduziram os danos ao produto durante o manuseio. Os consumidores
valorizavam cores mais intensas, maior comprimento do caule e tamanho da cabeça maior. Criar
novas variedades bem-sucedidas de flores havia sido um processo demorado, difícil e caro, mas a
tecnologia do DNA revolucionou as técnicas de criaçã o, permitindo que os criadores inserissem,
excluíssem ou modificassem genes individuais, criando novas variedades com características
benéficas sem sacrificar as características desejá veis. Em geral, a criaçã o de novas lâ mpadas era um
processo muito mais complexo e demorado do que a criaçã o de novas sementes.

A vida produtiva de uma planta com flores foi estimada em cerca de três anos. Cada planta tinha
um rendimento diferente e diferentes requisitos de produçã o. Por exemplo, os crisâ ntemos comuns
tinham uma flor por haste, mas a variedade de pompom tinha quatro a seis flores muito maiores por
haste.26

O tempo de crescimento e a produtividade variavam significativamente por flor. As rosas, por


exemplo, levaram oito meses para amadurecer de uma semente para uma flor completa, enquanto as
tulipas que amadurecem com bulbos precisavam apenas de quatro meses. Luz solar, á gua e
fertilizantes adequados eram todos componentes do desenvolvimento da planta. O controle de
temperatura também era importante, e muitos produtores utilizavam estufas com sistemas de
irrigaçã o complexos para otimizar as condiçõ es ambientais. A poda frequente também era necessá ria
para muitas flores removerem folhas mortas que podem apodrecer e prejudicar o resto da planta.

A colheita, a classificaçã o e a embalagem eram geralmente feitas à mã o. A classificaçã o incluiu


fatores como a retidã o do caule, a força do caule, o tamanho da flor, a vida do vaso, a ausência de
defeitos, a maturidade, a uniformidade e a qualidade da folhagem, elementos importantes para o
consumidor.27 Depois de cortadas, as flores eram extremamente perecíveis. Refrigeraçã o e vá rias
soluçõ es químicas foram empregadas apó s a colheita para manter a qualidade das flores, como
nitrato de prata e açú car, para evitar o amarelecimento das folhas. Mã o-de-obra e insumos para o
processo de cultivo e colheita podem constituir 60% a 80% dos custos totais de cultivo, com os custos
de energia para estufas de energia sendo responsá veis pelo restante.

Caixas protegiam flores durante o transporte. Havia vá rios tamanhos de caixas longas com
desenhos telescó picos e com diferentes níveis de durabilidade. O design das caixas e a maneira como
as flores eram presas nas caixas procuravam permitir o resfriamento e minimizar os danos durante o
transporte. Frequentemente, as cabeças de flores eram protegidas individualmente por papel ou
outro material de amortecimento, como madeira desfiada e lã de papel, com flores delicadas, como
rosas, que precisam de mais embalagem do que flores mais duras, como cravos. Algumas variedades,
como os gladíolos, foram acondicionados em cabazes especiais para evitar a curvatura.

O controle da temperatura foi extremamente importante durante a cadeia de suprimentos pó s-


colheita. Apó s a colheita e o acondicionamento, a maioria das flores precisava ser mantida entre 0 e
2 graus centígrados, com exceçã o das flores sensíveis ao frio, como antú rio, ave-do-paraíso e
orquídeas tropicais, mantidas em temperaturas acima de 10 graus. O resfriamento normalmente
utilizava ar

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forçado através dos orifícios nas extremidades da caixa, mas tecnologias mais recentes, como os
pacotes de resfriamento, também estavam sendo utilizadas. Os custos de transporte de flores
enviadas para o exterior variaram de 60% a 90% do custo total para produzir uma flor, embora
tenham variado significativamente com base na distâ ncia de transporte e com que cuidado as flores
precisavam ser embaladas.

As flores cortadas viajavam através de um sistema de distribuiçã o sofisticado e complexo,


envolvendo casas de leilã o, atacadistas e depois floristas, butiques ou supermercados que à s vezes as
reuniam em buquês antes de vendê-las aos consumidores finais. Os varejistas de flores de corte
consideravam qualidade, longevidade e preço como as três características mais importantes do
produto. Em alguns países, os produtores venderam algumas flores diretamente para floristas,
grandes varejistas e, à s vezes, consumidores.

Os consumidores compraram flores para presentes, ocasiõ es especiais, como casamentos e


funerais, e para melhorar a estética de casas e locais pú blicos. Os consumidores de flores cortadas
podem ser divididos em compradores de "impulso" e "ocasiã o" (por exemplo, dia dos namorados). O
mercado europeu foi caracterizado como um mercado ocasional, embora a Holanda e o Reino Unido
tivessem fortes compras por impulso. Nos Estados Unidos, a maioria das flores foi vendida como
presente (74%), com o dia dos namorados e o dia das mã es representando 18% do consumo total. As
preferências do consumidor variaram ao longo do tempo, com diferentes cores, tamanhos e tipos de
flores populares de estaçã o para estaçã o.

Os preços das flores variavam substancialmente com base na raridade, qualidade e estaçã o do
ano. Os preços estavam no nível mais baixo durante os meses de verã o, quando a produçã o nos
países "do norte" atingiu seu pico, e mais alta em novembro e dezembro. Os níveis médios de preços
permaneceram praticamente está veis na década de 2000 em termos nominais em dó lares. Como os
consumidores tinham dificuldade em julgar a qualidade na compra, a reputaçã o do varejista era
importante.

Os países mais ricos tendiam a ter o maior consumo per capita de flores cortadas, embora
houvesse uma alta variaçã o. Em 2008, o cidadã o holandês médio comprou US $ 80 em flores por ano,
enquanto o americano médio gastou US $ 33. Na Alemanha, a porcentagem de famílias que
compraram flores foi de 76% contra 63% na Grã -Bretanha, 60% na França e 28% nos Estados Unidos.
O consumo per capita na China foi estimado em menos de US $ 1.29

O consumo per capita de flores cortadas na Holanda foi o terceiro mais alto do mundo, depois da
Suíça e da Noruega, em 2008. Com sortimentos maiores, maior qualidade e melhor serviço, cerca de
50% das vendas de flores holandesas foram realizadas por floristas. No entanto, houve uma crescente
concorrência de outros canais de varejo, como supermercados. Embora a Internet respondesse por
menos de 1% do total de vendas, esperava-se que sua participaçã o aumentasse significativamente no
futuro. As vendas diretas entre produtores e varejistas estavam se tornando mais importantes.

Os principais países produtores de flores cortadas incluíram Holanda, Colô mbia e Estados
Unidos, enquanto os principais exportadores foram Holanda, Colô mbia, Equador e Quênia (Anexo
5). O mercado europeu foi abastecido principalmente pela Holanda, Israel e Quênia; Colô mbia e
Equador vendidos principalmente para o mercado norte-americano; e o mercado asiá tico foi
fornecido pela China, Taiwan, Nova Zelâ ndia e Holanda.

A Alemanha foi o maior importador de flores cortadas do mundo, seguido pelo Reino Unido,
Estados Unidos, Holanda e França. Os holandeses importaram grandes quantidades de flores para
leilã o e depois foram reexportadas para a Uniã o Europeia (UE) e outros países. Por exemplo, flores

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exó ticas reembaladas do Oriente Médio, América do Sul e Á frica Oriental constituíam 30% das
exportaçõ es holandesas de flores.

História do Cluster de Flores Holandesas


A tulipa, a origem do cultivo holandê s de flores, veio da Turquia e foi importada pela primeira
vez para a Holanda por volta de 1570. Em 1593, a francesa Carolus Clusius plantou o primeiro bulbo
de tulipa para pesquisa acadê mica na Universidade de Leiden. Atravé s da tulipa plantada em seu
jardim começaram a surgir mais tulipas e fizeram com que se espalhassem localmente. Os terrenos
arenosos da Holanda se mostraram fé rteis para o cultivo de flores, e a popularidade das tulipas
aumentou.30 As primeiras exportaçõ es de bulbos de tulipas ocorreram no início do sé culo XVII.

Entre 1610 e 1637, os bulbos de tulipa tocaram uma bolha especulativa sem precedentes. No seu
auge, os bulbos de tulipa tornaram-se uma forma de moeda e os bulbos da variedade “Semper
Augustus” eram comercializados a um equivalente a três vezes o custo de uma residência principal
de Amsterdã .

À medida que as condiçõ es sociais na Europa melhoravam, as flores se tornaram acessíveis a mais
partes da sociedade. O cultivo comercial de flores foi primeiramente concentrado em torno de
Haarlem e gradualmente expandido para o sul, em direçã o a Leiden, uma á rea que passou a ser
conhecida como a Regiã o do Bulbo. O uso de estufas para o cultivo de flores começou por volta de
1850. Durante os séculos XIX e XX, o cultivo se espalhou para novas á reas do país (ver Anexo 6).

Na virada do sé culo XX, as estufas haviam evoluído para estruturas construídas inteiramente de
vidro e aquecidas com gá s natural, aumentando os rendimentos. O ambiente constante e
regulamentado tornou possível o cultivo de flores durante o ano todo. Desde o início do sé culo XX,
houve uma inovaçã o contínua no cultivo das flores, na qualidade do produto e no desenvolvimento
de novas variedades.

Os primeiros mercados de flores holandesas foram Alemanha, França, Reino Unido, Rú ssia e
países escandinavos. A primeira organizaçã o comercial de flores, o Conselho Holandês de
Horticultura (Nederlandse Tuinbouwraad, ou NTR), foi fundada em 1908. Dois leilõ es (Bloemenlust e
Centrale Aalsmeerse Veiling) foram estabelecidos em 1912 por cooperativas de produtores para
combater o crescente poder dos intermediá rios na indú stria. . As casas de leilã o estavam localizadas
perto de cursos de á gua, permitindo que as flores fossem entregues localmente de barco e bicicleta e
servindo como pontos de coleta para a produçã o dos produtores vizinhos. As ferrovias ofereciam
transporte eficiente entre os leilõ es e o centro de transporte de Amsterdã .

Em 1923, a associaçã o de produtores de bulbo e associaçõ es comerciais, De Narcis, estabeleceu o


Serviço de Inspeçã o de Bulbos de Flores (BKD), um serviço voluntá rio que inspecionava narcisos
enviados para os Estados Unidos que estavam enfrentando problemas fitossanitá rios. A inspeçã o
passou a ser regulamentada por lei e a BKD foi encarregada de testar todos os vírus conhecidos em
1980. Desde 1998, a BKD havia sido designada pelo governo holandês como um ó rgã o administrativo
independente, conduzindo a inspeçã o de campo de todo o cultivo de flores com inspetores treinados
que examinavam o estoque no campo de doenças e anormalidades.

Nos anos 60, os dois leilõ es holandeses foram atendidos por uma empresa de transporte
cooperativo (Bloemenexpresse) que distribuiu flores holandesas para o mercado europeu por
caminhã o. Embora os trens de passageiros de alta velocidade circulassem entre a maioria das grandes
cidades europeias, o transporte de carga e passageiros no mesmo trem era proibido. A partir da

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década de 1960, o Aeroporto Schiphol de Amsterdã começou a desempenhar um papel significativo


nos envios de flores para Nova York e Tó quio. Os principais exportadores europeus começaram a
estabelecer bases permanentes perto dos locais de leilã o holandeses, e a KLM Royal Dutch Airlines
estabeleceu uma instalaçã o de expediçã o em Aalsmeer.32 Em 2009, a KLM estava enviando 10.000
libras de flores para os Estados Unidos todos os dias. 33 Em maio de 2009, uma nova variedade de
tulipas foi desenvolvida e batizada de KLM em homenagem ao aniversá rio de 90 anos da companhia
aérea.

A partir do final da década de 1950, o cluster holandês começou a desenvolver vínculos com
outros países produtores de flores em todo o mundo. Os fornecedores holandeses começaram a
atender outros países e houve disseminaçã o da tecnologia de produçã o, informaçõ es sobre melhores
prá ticas e inovaçõ es de produtos. Empresas holandesas investiram em produçã o estrangeira, logística
e subsidiá rias de fornecedores.

Os holandeses foram pioneiros em numerosas inovaçõ es na produçã o de flores, como sistemas


especializados para gerenciar o processo logístico (1972), iluminaçã o artificial (1978), estufas
climatizadas (1983) e novas técnicas de cultivo e colheita mecanizadas, permitindo a produçã o
durante todo o ano (1985). O Milieu Project Sierteelt (MPS) na província de Westland foi introduzido
em 1993, um programa de certificaçã o de sustentabilidade ambiental que atraiu 1.000 produtores até
o final de 1994. Em fevereiro de 2005, o programa se tornou a autoridade de certificaçã o de todas as
casas de leilã o holandesas, juntamente com a LTO, a Organizaçã o Holandesa de Agricultura e
Horticultura. O MPS rapidamente se tornou o padrã o internacional para reduzir o impacto ambiental
da floricultura.

Uma série de fusõ es de casas de leilõ es a partir de 1973 resultou em quatro leilõ es restantes até
2002: Aalsmeer Flower Auction (VBA), de longe o maior; Leilã o de flores FloraHolland, com sede em
Westland; Leilã o de flores de Oost-Nederland; e Leilã o de Flores Vleuten. Para aumentar o volume e
reduzir os custos, o VBA permitiu que produtores estrangeiros se tornassem membros plenos em
2006. Em janeiro de 2008, a Oost-Nederland e a Vleuten se uniram à Plantion e, ao mesmo tempo, a
VBA e a FloraHolland se fundiram sob o nome de FloraHolland, com US $ 6 bilhõ es em volume
combinado. A FloraHolland operou em seis locais importantes, incluindo o grande Leilã o Aalsmeer
(VBA), com 45% de todo o comércio de flores cortadas e 70% das exportaçõ es em 2009. Embora a
FloraHolland esperasse finalmente consolidar suas localizaçõ es, investimentos crescentes em
logística, manuseio e buquê a produçã o nos locais menores atrasou a transiçã o. A organizaçã o
combinada tinha 5.124 membros, 22% dos quais eram estrangeiros. Em 2004, a Aalsmeer investiu US
$ 900 milhõ es na expansã o das instalaçõ es de leilõ es e na melhoria das TIC, incluindo o uso de robô s
para transportar flores dentro da casa de leilõ es.

Na primavera, quando os campos de bulbos estavam cobertos de flores, a indú stria holandesa de
flores atraiu muitos turistas estrangeiros. Somente o leilã o da VBA atraiu 125.000 turistas por ano. Os
leilõ es iniciaram planos para criar centros de visitantes. Também houve exposiçõ es de flores na
Holanda, como o Keukenhde, que atraiu 856.000 visitantes em 2009.34

Cluster Holandês de Flores em 2009


As flores holandesas, incluindo reexportaçõ es, representaram 60% das exportaçõ es globais de
flores e 66% das exportaçõ es de flores para a Europa em 2009. Mais de 90% das importaçõ es de flores
na Alemanha, França, Dinamarca, Finlâ ndia, Hungria, Eslovênia e Estados Bá lticos As exportaçõ es
para mercados com produçã o local substancial como Espanha e Itá lia foram menores, com flores
holandesas representando 20% e 29% do mercado, respectivamente.36

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Seis bilhõ es de unidades foram produzidas na Holanda em 2009, cerca de 50% dos volumes
mundiais de exportaçã o. A produçã o na Holanda representou 100% dos volumes mundiais de
exportaçã o de tulipas e anthodium, enquanto a produçã o de rosas na Holanda representou 34% dos
volumes mundiais de exportaçã o (Ver Anexo 7).

Produtores Em 2007, 3.770 cultivadores holandeses competiram em variedade, qualidade do


produto e preço. Os produtores começaram a realizar atividades adicionais de valor agregado, como
marketing, e as cooperativas de produtores estavam empregando seus pró prios vendedores.

Como a Holanda teve estaçõ es tã o marcantes, estufas foram usadas para o cultivo de flores
durante o ano todo. As estufas també m permitiram o controle completo das condiçõ es de cultivo que
poderiam ser modificadas para diferentes variedades.

Os trabalhadores envolvidos no cultivo primá rio eram principalmente imigrantes da Polô nia e de
outros países da Europa central, que comandavam salá rios mais baixos do que os trabalhadores
holandeses com formaçã o compará vel.

De 2003 a 2007, o valor da produçã o de flores aumentou anualmente 10% e atingiu US $ 5,6
bilhõ es em 2007. No entanto, a á rea total de produçã o de flores cultivadas em vidro diminuiu 3% ao
ano (ver Anexo 8) com estufas menores que dois hectares desaparecendo. A produçã o estava
diminuindo em produtos bá sicos, como rosas e dedranthema, e mudando para tipos mais caros,
como antú rio e gé rberas.

A LTO, a Organizaçã o Holandesa de Agricultura e Horticultura, promoveu os interesses sociais e


econô micos dos agricultores, bem como prá ticas agrícolas e hortícolas sustentá veis. A LTO executou
programas para melhorar as habilidades de gerenciamento e marketing, bem como para disseminar
prá ticas de cultivo sustentá veis. Também apoiou as relaçõ es dos produtores com países estrangeiros,
facilitando viagens de estudo aos países da Á frica e da América do Sul.

A maioria dos produtores era membro do Conselho Holandês de Flores e da Associaçã o dos
Grupos de Pesquisa do Cultivador Holandês de Flores.38 Outras organizaçõ es, como o Dutch Milieu
Project Sierteelt (MPS), administravam a certificaçã o de prá ticas ambientais e trabalhistas. Essas e
outras associaçõ es comerciais de cluster, bem como os leilõ es, ofereceram treinamento e workshops
especializados para os funcioná rios de seus membros.

O governo holandê s estava buscando acordos concretos dos produtores para reduzir seu impacto
ambiental, incluindo zonas livres de pulverizaçã o ao longo de valas de drenagem, permissõ es e
inspeçõ es de pulverizaçã o, mantendo registros de fertilizantes, o uso de esterco animal injetado no
solo, em vez de se espalhar por cima, e o cultivo de bulbos cultivados organicamente.

Fornecedores A Holanda era líder mundial no desenvolvimento e fornecimento de material


de propagaçã o da floricultura e lar de organizaçõ es de melhorias de plantas de classe mundial que
permitiam a comercializaçã o contínua de novas variedades. Criadores e propagadores realizaram a
tarefa de multiplicar sementes e mudas e cultivar plantas jovens para venda aos produtores. Este foi
um processo de trabalho intensivo no qual apenas algumas tarefas puderam ser mecanizadas. Para
proteger o capital intelectual e o investimento substancial necessá rio para o desenvolvimento de
novas variedades, as empresas de melhoramento registraram e protegeram novas variedades
atravé s de organizaçõ es como o Instituto Comunitá rio das Variedades Vegetais (ICVV) da UE. As
plantas jovens foram transferidas para estruturas em crescimento com solo esterilizado a vapor e
temperaturas controladas, e depois cultivadas até a maturidade em estufas ou campos.

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Vinte empresas holandesas com receita combinada estimada em US $ 350 milhõ es eram
construtoras especializadas de estufas. Eles detinham uma participaçã o de mercado mundial de 80%,
com estufas usadas principalmente nas zonas climá ticas moderadas dos EUA, Canadá , Rú ssia e
Europa. Novas tecnologias de efeito estufa estavam sendo constantemente desenvolvidas. O governo
holandês forneceu financiamento para pesquisa e créditos tributá rios por meio de cronogramas de
depreciaçã o acelerada ou dupla deduçã o de capital para os construtores.

Em resposta ao aumento dos custos de energia e aos esforços para melhorar a sustentabilidade,
foram desenvolvidas estufas com maior eficiê ncia energé tica, com financiamento parcial de fundos
governamentais de inovaçã o designados para acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias. Os
cultivadores de flores holandeses começaram a operar estufas que poderiam conservar o excesso de
calor gerado durante os meses de verã o para o inverno ou convertê -lo em eletricidade. As estufas
estavam ligadas à rede elé trica holandesa para absorver a energia gerada nos meses de verã o e
fornecer energia no inverno. Outro esforço para reduzir os custos de energia foi o uso de
biocombustíveis para aquecer as estufas em vez de gá s natural. 41 Outros desenvolvimentos
promissores em 2009 incluíram estufas que contribuíram para a reduçã o de CO2 e estufas que
flutuavam na á gua. A associaçã o de energia (AgroEnergia) estava se tornando um ator importante na
indú stria (ver Anexo 11). Ainda assim, os custos de energia representaram até 30% do custo final
de
uma flor entregue no leilã o (ver Anexo 12).

As empresas holandesas de fertilizaçã o e irrigaçã o produziram insumos críticos que influenciaram


fortemente a qualidade das flores e seu frescor apó s o corte.

Os produtores empregaram tecnologias de colheita intensivas em capital desenvolvidas e


fabricadas na Holanda, como má quinas automatizadas que cortam, desfolham e empacotam caules
de flores, garantindo consistência e economia de mã o-de-obra. Os investimentos nessas má quinas
foram financiados principalmente através do Rabobank, um banco cooperativo agrícola
especializado.

Leilões Plantion e FloraHolland negociaram 20.000 variedades diferentes de flores, com cerca
de 1.220 a 1.500 novas variedades trazidas ao Mercado todos os anos. O volume de flores vendidas
em leilõ es holandeses havia crescido rapidamente, levando ao investimento contínuo em
infraestrutura dos leilõ es. Até 2009, 44.8 milhõ es de flores foram vendidas em cerca de 125.000
transaçõ es diá rias. Em 2009, as principais flores que passaram pelo leilã o da FloraHolland foram as
rosas ($604 milhõ es); crisâ ntemos ($359 milhõ es); tulipas ($294 milhõ es); e lírios ($213 milhõ es).

Os leilõ es de flores criaram um mercado para os produtores e permitiram que compradores de


atacado e varejo comprassem flores a granel que eram entã o reembaladas e revendidas para varejistas
ou consumidores finais. Os clientes do leilã o incluíram comerciantes, atacadistas e varejistas. Os
comerciantes operavam em salas separadas, onde podiam monitorar o processo de negociaçã o em
diferentes leilõ es simultaneamente nas telas. Cada vez mais comerciantes nos leilõ es holandeses eram
empresas estrangeiras da Rú ssia, Lituâ nia e Europa Oriental. Os comerciantes competiam em preço,
acesso a mercados, canais de distribuiçã o e novos conceitos de produtos, como buquês e embalagens.
Os varejistas e supermercados capturaram a maior parcela da margem de lucro, até 50% do preço
final ao consumidor.

As flores foram enviadas para o leilã o em grandes pacotes, onde má quinas automatizadas, muitas
das quais operadas por importadores que alugavam espaço na FloraHolland, reembalaram as flores
para permitir lotes menores e melhor exibiçã o para as licitaçõ es. Para certas variedades de flores,
outras má quinas classificaram as flores por qualidade com base no tamanho da cabeça da flor. As

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verificaçõ es aleató rias da qualidade das flores foram realizadas dependendo de um algoritmo
complexo com base na confiabilidade anterior da qualidade do cultivador.

No leilã o, um reló gio acompanharia os preços começando em um nível alto e caindo a uma taxa
constante a cada segundo até que um comprador parasse o reló gio para significar um preço aceitá vel.
O comprador especificou a quantidade a ser comprada e o reló gio retomou o caminho para as flores
restantes no lote do cultivador. Esse processo continuava até que todo o lote fosse vendido. Esse
sistema resultou em preços de venda geralmente mais altos do que nos mercados convencionais. O
sistema de leilã o holandês permitia aos compradores licitar apenas uma parte de cada lote de flores
oferecido. O tamanho médio dos pedidos ficou abaixo de 200 euros. Depois que um pedido era feito,
os lotes eram transportados automaticamente usando carrinhos especiais para o local do comprador.
Muitas vezes, um ú nico comprador representava vá rios varejistas, que mais tarde reuniam as flores
em buquês em suas lojas. As flores passaram no má ximo 12 horas entre a entrada física no local do
leilã o e a venda.

As vendas em leilã o eram monitoradas com tecnologia de informaçã o e comunicaçã o (ICT)


avançada, alé m de intercâ mbio eletrô nico de dados (EDI), possuindo a capacidade de rastrear hastes
individuais. Esforços estavam em andamento para melhorar as instalaçõ es de comé rcio eletrô nico. A
FloraHolland permitiu aos compradores verem o suprimento de leilõ es do dia seguinte e facilitou a
compra remota por meio de um reló gio virtual em tempo real. O sistema informatizado chamado
Flower Access ofereceu uma maneira para floristas individuais e centros de jardinagem comprarem
diretamente dos produtores a preços fixos.

Os leilõ es tiveram margem inferior a 0,1% nas flores, contando com alto volume e serviços
auxiliares para obter lucros. Os leilõ es permitiam termos mais favorá veis do que qualquer produtor
individual poderia ter obtido. Os custos do leilã o foram de 5% a 10% do preço final para os membros
e quase o dobro para os nã o membros. Para cobrir os custos da açã o, produtores e compradores
pagaram taxas anuais e comissã o com base nos valores de rotatividade e transaçã o, respectivamente.
Como um grupo, os produtores pagam 80% dos custos da açã o, enquanto os compradores pagam
20% do custo nas vendas de reló gios. Os investimentos em expansã o e modernizaçã o foram
determinados pelos membros do leilã o (produtores) juntamente com a administraçã o.

Estima-se que 80% do comércio holandês de flores cortadas passou pelos leilõ es, 44 e os leilõ es
holandeses estavam envolvidos em mais de 60% de todo o comércio internacional de flores. Os leilõ es
originaram flores de um grande nú mero de países. O Quênia (37%) foi o principal fornecedor,
juntamente com o Equador (13%), Israel (7,4%), Etió pia (6,5%), Colô mbia (5%), Zimbá bue (3,8%) e
Uganda (3,8%). A maioria das flores comercializadas na Holanda era destinada ao consumo na
Europa (80%). Em média, os produtos importados eram vendidos a preços mais baixos que os
nacionais, devido à menor variedade e qualidade.

Alguns produtores ignoraram o leilã o e distribuíram suas flores diretamente através de contratos
de preço fixo com importadores ou vendas de consignaçã o a atacadistas. Nas vendas em consignaçã o,
os atacadistas recebiam uma porcentagem fixa do preço de atacado. Os atacadistas pertenciam à
VGB, uma organizaçã o que negociava termos de troca e políticas de leilã o.

Os leilõ es eram de propriedade dos produtores através de uma estrutura cooperativa. Por
exemplo, na FloraHolland, um percentual das vendas através do leilã o era mantida como um
"empréstimo", que determinou quantos votos cada membro tinha na Reuniã o anual do Membro.
Nove produtores participaram do Conselho Cooperativo FloraHolland, com três membros
substituídos a cada quatro anos. O Conselho Cooperativo estabeleceu as prioridades estratégicas para

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a FloraHolland e nomeou os quatro membros nã o-produtores do Conselho de Administraçã o, que


administrava as operaçõ es diá rias do leilã o.

A Associaçã o Holandesa de Leilõ es de Flores (VBN) era uma associaçã o industrial que
representava os dois leilõ es de flores. Forneceu uma plataforma para trocar conhecimentos e
melhorar a cooperaçã o na cadeia de suprimentos e soluçõ es coordenadas para problemas comuns,
incluindo qualidade do produto, logística, informaçõ es de mercado, lobby, questõ es legais e
comunicaçã o. 45

Logística e distribuição Apó s a venda, seja diretamente ou através de um leilã o, as flores


seguiram vá rias rotas até seu destino. Havia 693 empresas exportadoras de flores na Holanda em
2008, 41 das quais manuseavam materiais de propagaçã o. O nú mero de empresas exportadoras com
faturamento superior a US $ 60 milhõ es aumentou de 21 em 2005 para 25 em 2008. Em 2007, 152
empresas holandesas estavam envolvidas na importaçã o de flores, vendendo para quase 900
atacadistas locais e estrangeiros.3 Estimou-se que 10% de todos os caminhõ es na estrada na Holanda
estavam carregando flores para ou do leilã o. Os custos de transporte para o leilã o representaram
cerca de um quinto do custo total no leilã o.

A maioria das exportaçõ es de flores destinadas a mercados pró ximos foi transportada em
caminhõ es refrigerados por terra, trem e transporte marítimo de curta distâ ncia. A entrega ao
atacadista, supermercado ou florista geralmente acontecia na manhã seguinte.

As demais exportaçõ es vendidas para destinos distantes foram transportadas por via aérea e
entregues no dia seguinte. Essas flores foram transferidas do produtor ou do leilã o para o aeroporto
em caminhõ es refrigerados. O Aeroporto de Schiphol tinha instalaçõ es de refrigeraçã o a vá cuo para
reduzir a temperatura das flores antes de carregar nos aviõ es com compartimentos refrigerados.
Como o custo do frete aéreo das flores foi baseado no volume e nã o no peso, alguns produtores.

Uma vez no destino, as flores eram inspecionadas quanto à presença de doenças nocivas, pragas
ou substâ ncias ilegais. Regulamentaçã o e certificaçã o extensivas relativas a padrõ es de saú de e
ambientais das plantas foram rigorosamente aplicadas e os distribuidores frequentemente realizavam
suas pró prias inspeçõ es de qualidade. O Grupo de Sustentabilidade Mais Rentá vel (MPS) fornecia
certificaçõ es com base em requisitos nacionais e produtores testados quanto ao uso de fertilizantes,
uso de energia, processamento de resíduos e uso de agentes de proteçã o permitidos para ECO e
culturas orgâ nicas. Os custos de transporte de flores cortadas do exportador eram tipicamente
inferiores a 1% do custo total de flores em leilã o. A associaçã o holandesa do setor de transporte e
logística possuía um subgrupo de transportadores de flores cortadas, que incluía cerca de 60
empresas associadas certificadas.

Em 2009, varejistas e supermercados em todo o mundo estavam cada vez menos dispostos a
realizar inventá rios e a exigir produtos feitos na hora, just-in-time. O tamanho médio dos pedidos
caiu.

Organizações de pesquisa O centro Internacional de Pesquisa de Plantas da Universidade


de Wageningen era um renomado instituto de pesquisa especializado em muitos aspectos do sistema
de flores cortadas, do uso de herbicidas a marcadores bioló gicos para a reproduçã o. 48 Os projetos de
pesquisa incluíam os efeitos das abelhas, a criaçã o de combinaçõ es ideais de horticultura em estufa, e
proteçã o de culturas, bem como tentativas de aumentar a variedade, melhorar o gerenciamento da
fazenda e da cadeia de suprimentos e aumentar o controle de qualidade relacionado à s flores. O
Flower Bulb Research Center, um instituto privado em Lisse, fundado em 1917, realizou pesquisas
em á reas que variavam da fisiologia ao impacto ambiental, e tinha uma mesa de diagnó stico onde

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amostras de plantas doentes podiam ser trazidas para aná lise e possíveis conselhos. O jardim
botâ nico da Universidade de Leiden teve um papel fundamental no desenvolvimento, coleta e
preservaçã o da biodiversidade das flores.

A Holanda possuía seis Institutos Educacionais para Agricultura (AOCs) e sete centros
educacionais regionais. Dos 27.212 estudantes que frequentam essas instituiçõ es, 3.000 especializados
em floricultura. Muitas universidades oferecem cursos e treinamentos especializados voltados para a
indú stria de flores, como o Bacharel em Ciências em Gerenciamento de Alimentos e Flores, oferecido
pela Universidade de Ciências Aplicadas da Fontys.
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Competidores
Em 2009, haviam 10 países com exportaçõ es anuais de flores cortadas de pelo menos US $ 100
milhõ es (ver Anexo 5). Colô mbia, Equador e Quênia emergiram como os três principais fornecedores
do Hemisfério Ocidental. O consumo e a produçã o da China estavam crescendo e era esperado que
ele se tornasse um concorrente significativo no mercado mundial.

Colômbia A Colô mbia foi o segundo maior produtor mundial de flores, depois da Holanda 50,
com uma participaçã o global de 13% no mercado de exportaçã o em 2008. 51 Em todo o mundo, a
Colô mbia foi responsá vel por mais de 60% dos cravos, 20% dos pompons, 8% dos crisâ ntemos e 4%
dos rosas cultivadas, 95% das quais foram exportadas para o exterior. 52

A Colô mbia foi o principal exportador de cravos e o principal exportador de flores cortadas para o
mercado dos EUA. Os exportadores colombianos forneceram 5% de todas as flores comercializadas
nos leilõ es holandeses em 2007 e 53% de todos os cravos. As exportaçõ es de cravos para a Holanda
cresceram 5,3% ao ano entre 2003 e 2007, e novos mercados de exportaçã o foram abertos na Rú ssia,
no Reino Unido e no Japã o.

As flores comerciais foram plantadas pela primeira vez na á rea de Bogotá , na Colô mbia, em 1962,
para venda nos mercados europeus. A indú stria decolou depois que um estudo de 1966 revelou
condiçõ es ideais de cultivo para cravos. 54 O país atraiu investimentos locais e estrangeiros para
estabelecer fazendas, principalmente dos Estados Unidos. As primeiras exportaçõ es para o mercado
dos EUA foram cravos no início dos anos 70, seguidas por pompons e crisâ ntemos.

A localizaçã o da Colô mbia sendo perto do Equador garantiu amplas condiçõ es de luz solar e um
voo de aviã o de três horas para o porto de entrada dos EUA para flores, Miami. O cultivo de flores
estava geograficamente concentrado perto do Aeroporto Internacional Eldorado, na Savana de
Bogotá , responsá vel por 90% da produçã o nacional. Em 2008, a Colô mbia produzia mais de 50
variedades de flores em 7.870 hectares.55 Custos crescentes representavam menos da metade da
produçã o holandesa (nã o incluindo transporte).

A indú stria empregava 80.000 trabalhadores diretamente na produçã o e mais de 110.000 em


remessas, embalagens e outros serviços. As flores representaram cerca de 25% do emprego rural
Colombiano em 2007. O trabalho para cultivar e colher representou cerca de 15% do custo total de um
cravo antes do transporte, enquanto as rosas foram quase a metade.

Havia mais de 500 fazendas de flores, com empresas normalmente devendo mais de uma
fazenda. A produçã o utilizou vá rios tipos de revestimentos, como o polietileno, para proteger as
plantas de temperaturas extremas e insetos. O crescente conhecimento e tecnologia foram
importados principalmente da Holanda por meio de fornecedores especializados. A maioria dos
custos crescentes estava em pé de igualdade com outros países que produziam flores cortadas,
mas a capacidade de

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cultivar flores sem estufas reduziu drasticamente os custos de energia. Devido ao seu forte foco nos
mercados norte-americano e holandês, a Colô mbia foi obrigada a desenvolver boas prá ticas
ambientais e trabalhistas.

O cluster Colombiano havia desenvolvido uma forte rede de fornecedores. Vá rias empresas
holandesas com subsidiá rias locais forneceram de tudo, desde equipamentos de irrigaçã o e corte a
produtos nutricionais, ferramentas gerais, sementes e plantas jovens. As empresas holandesas
também estavam fortemente envolvidas na logística, principalmente no manuseio, gerenciamento da
cadeia de frio e remessas marítimas. A FloraHolland havia criado uma empresa em Bogotá em 2009, a
FH Services Colô mbia Ltda, para expandir sua posiçã o na América Latina. Também participou da
exposiçã o “Proflora”, a mais importante feira internacional de flores cortadas das Américas.

A Colô mbia tinha capacidades logísticas limitadas e grande parte do processamento das flores
teve que ser concluída quando as flores chegaram ao seu destino. O custo do transporte das flores foi
de 70% a 85% do custo total de entrega da flor, dependendo da delicadeza das flores. O envio de
flores para a Europa custa cerca de duas vezes mais do que o envio para os EUA, mas a FloraHolland
colaborou com empresas como Chiquita, Dole e a empresa holandesa Intergreen por 2 a 3 anos para
desenvolver contêineres marítimos especializados que permitiriam que as flores resistissem. a
jornada de 25 dias. O transporte marítimo poderia economizar até 40% dos custos de logística, mas as
flores tinham que ser de alta qualidade e cuidadosamente embaladas para sobreviver à viagem.

A associaçã o de exportadores de flores da Colô mbia (Asocolflores) foi criada em 1973 como uma
organizaçã o sem fins lucrativos para promover as exportaçõ es de flores da Colô mbia. Em 1978, a
associaçã o liderou uma política de diversificaçã o para cultivar rosas e outras variedades de flores
tropicais. A partir de 1999, a associaçã o realizou uma feira comercial (Proflora), na qual
participaram em 2009 mais de 1.500 compradores internacionais de mais de 40 países. Em 2004, a
Asocolflores fundou um centro de pesquisa (Ceniflores) financiado por suas afiliadas para promover
inovaçõ es para melhorar a sustentabilidade, a substituiçã o de pesticidas e outras prá ticas
ambientalmente sustentá veis.

Equador Entre 1998 e 2008, as exportaçõ es equatorianas de flores cresceram a uma taxa anual
de 13%,57 chegando a um valor de US $ 566 milhõ es. Eles foram enviados principalmente para três
destinos: EUA (72%), Rú ssia (10%) e Países Baixos (6,7%) em 2008. O Equador foi o principal
exportador de rosas para os EUA e o terceiro maior exportador mundial com um 8% das exportaçõ es
totais de flores em 2008.4 O Equador atendeu ao mercado de butiques dos EUA, enquanto os
produtos colombianos foram mais direcionados ao mercado de massa.

A indú stria de flores cortadas no Equador remonta ao início dos anos 80, mas a Lei Andina de
Preferê ncia Comercial (ATPA), assinada em 1991, acelerou seu crescimento. O ATPA foi uma
iniciativa liderada pelos EUA que concedeu acesso ao mercado com tarifas zero para produtos
selecionados, incluindo flores cortadas, para compensar a participaçã o do Equador na luta contra as
drogas. Investidores equatorianos, norte-americanos e holandeses desenvolveram a indú stria de
flores na regiã o de Cayambe, perto de Quito.5

As excelentes condiçõ es climá ticas do Equador, pró ximas ao equador, com elevaçõ es mais altas
maximizaram a luz do sol e permitiram uma produçã o de alta qualidade. Isso permitiu o cultivo de
410 variedades diferentes de rosas (74% da á rea cultivada) no Equador, contra cerca de 50 na
Colô mbia, com um comprimento médio do caule de até 30 cm. Os custos da mã o-de-obra
representaram 80% do custo da mã o-de-obra na Colô mbia.

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O Equador tinha cerca de 700 fazendas com um total de 4.000 hectares cultivados em 2009. Quatro
das maiores fazendas eram de propriedade holandesa. Mais de 50.000 trabalhadores estavam
empregados em operaçõ es de produçã o direta, 70% dos quais eram mulheres. As empresas
holandesas haviam estabelecido subsidiá rias no Equador que forneciam sementes e plantas jovens
usando a produçã o local. A maioria dos agroquímicos foi importada da Colô mbia. O financiamento
era escasso para novos empreendimentos.

A maioria das fazendas estava localizada perto de Quito, perto do aeroporto Mariscal Sucre, que
era servido por mais de 15 companhias aéreas de carga.61 O Equador experimentou custos de
transporte aéreo mais altos do que a Colô mbia em termos absolutos, mas custos logísticos gerais
semelhantes como porcentagem do custo total (70% a 85% do custo final da flor). As empresas
logísticas holandesas consolidaram o produto no país e cuidaram da maior parte do transporte para o
cluster. Em 2005, a FloraHolland abriu um escritó rio em Quito para fornecer informaçõ es, facilitaçã o
do comércio e apoio logístico aos produtores. A FloraHolland investiu em alternativas de transporte,
consolidando carga aérea e marítima para colocar o produto equatoriano no mercado europeu. As
fazendas equatorianas poderiam alcançar clientes em toda a Europa. As empresas holandesas
também testaram e implantaram novas tecnologias no Equador, como o uso de contêineres especiais
e tecnologia de armazenamento para transportar flores por mar entre portos do Equador com
Roterdã.

A Expoflores, a principal associaçã o nacional de produtores e exportadores de flores fundada em


1984, foi a principal organizaçã o da indú stria. Criou a FlorEquador em 1998 para certificar boas
prá ticas ambientais, sociais e legais. O programa certificou 97 fazendas em 2010.62

Quênia Em 2009, a indú stria de flores cortadas do Quênia foi a terceira maior fonte de moeda
estrangeira do país, depois do turismo e do chá . Foi o principal exportador para o mercado europeu e
o quarto maior produtor mundial, com 6% de participaçã o em 2008.6 com 2.180 hectares em cultivo
em 2008. O cluster queniano havia desfrutado de uma taxa de crescimento anual composta de 19%
entre 1998 e 2008.

As principais exportaçõ es quenianas foram rosas e cravos, a maioria destinada à Holanda (65%),
Reino Unido (23%), Alemanha, França e Suíça. O Quê nia produziu 35% das flores vendidas no
mercado europeu, com a maioria passando pela Holanda. Em 2009, a crise econô mica reduziu a
demanda de flores na Europa e a FloraHolland ajudou os produtores quenianos a desenvolver
mercados alternativos no Japã o e na Rú ssia. Esforços estavam em andamento para diversificar os
mercados da Amé rica e do Oriente Mé dio.65

Em 1980, o governo queniano, o Ministé rio Holandê s de Ajuda ao Desenvolvimento e um grupo


de produtores holandeses haviam financiado um estudo sobre o potencial do país para um cluster de
flores, conduzido por uma empresa de consultoria holandesa. O Quê nia poderia produzir produtos
de alta qualidade durante todo o ano. Em 1982, um grupo de produtores holandeses começou a
produçã o de rosas e cravos no Quê nia, usando a abundâ ncia de á gua na á rea da montanha do Quê nia
e aproveitando o sol durante o ano todo. Os custos dos insumos foram semelhantes aos dos
concorrentes do Quê nia, com a falta de estufas mantendo os custos de energia baixos. Em 1982,
quase
5.000 quenianos estavam empregados nas fazendas holandesas.

A produçã o inicial da década de 1980 foi caracterizada pela produçã o simples em campo aberto,
com variedade limitada. Na década de 1990, o Quênia atraiu grandes novos fluxos de IDE,
especialmente de investidores holandeses, para criar fazendas em grande escala perto do Aeroporto
Internacional de Nairó bi, que foram verticalmente integradas do estoque da fá brica para a
distribuiçã o direta do varejista. Os produtores começaram a mudar para as variedades intermediá rias

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e de rosas que exigiam prá ticas pó s-colheita mais mã o-de-obra para empacotar flores cortadas no
Quênia antes da exportaçã o.66 O cluster queniano havia mudado para flores de maior valor
cultivadas em estufas de plá stico na década de 1990, e as empresas israelenses de efeito estufa
especializadas em regiõ es de alta temperatura se tornaram grandes fornecedores e empresas
holandesas. No entanto, a maior parte da produçã o de flores ainda estava ao ar livre, e o suprimento
de flores era altamente variá vel de estaçã o para estaçã o, dependendo das condiçõ es climá ticas.

Em 2008, 70% da produçã o de flores cortadas no Quênia pertencia a produtores holandeses, sendo
o grosso vendido à Europa através dos leilõ es holandeses. Os outros 30% eram de propriedade de
produtores quenianos que enviavam principalmente rosas e cravos diretamente para grandes lojas do
Reino Unido como a Tesco. O cluster empregava 60.000 pessoas diretamente. 7 Apesar de uma força
de trabalho relativamente bem-educada em comparaçã o com alguns de seus concorrentes, a
produtividade do trabalho era baixa. Além disso, fraquezas na infraestrutura bá sica, como estradas
pavimentadas e eletricidade, continuaram sendo um impedimento para os exportadores de flores
cortadas.68

Haviam partidas diá rias de frete aéreo para os principais destinos de exportaçã o. A empresa
holandesa Van Puttern havia estabelecido instalaçõ es de refrigeraçã o perto do aeroporto, de
propriedade dos produtores holandeses e dos leilõ es holandeses. Os custos de transporte, de aviã o do
Quênia para a Europa, foram um quinto mais baixos que os da Colô mbia para cravos e um terço
menor para rosas. O escritó rio local da FloraHolland prestou apoio na exportaçã o, logística e coleta e
disseminaçã o de dados de produçã o e mercado em toda a cadeia de suprimentos.

A associaçã o industrial holandesa Plantum NL tinha um escritó rio de vendas no país e prestava
consultoria aos produtores. Esse grupo se concentrou no cultivo de materiais vegetais para todas as
principais variedades comerciais existentes em todo o mundo. As empresas e propagadores
holandeses de sementes também estabeleceram instalaçõ es locais e estavam desenvolvendo sementes
especiais para o ambiente queniano desde 1988, permitindo rosas de alta qualidade com
características como comprimentos de haste mais longos, menor necessidade de á gua e maior
durabilidade para sobreviver ao transporte aé reo.

Desde 1994, a Universidade de Wageningen, juntamente com os Ministérios da Agricultura da


Holanda e do Quênia, estabeleceu programas de intercâ mbio para estudantes. O Conselho de Flores
do Quênia (KFC), uma associaçã o fundada em 1996, representava 60% das exportaçõ es de flores69 e
incluiu 25 membros associados, incluindo representantes de leilõ es e distribuidores holandeses de
flores cortadas na Europa. Os membros associados estavam envolvidos na importaçã o de material
“mã e”, suprimentos agrícolas e serviços relacionados. Em 2007, a mídia holandesa chamou a atençã o
para baixos salá rios, baixa proteçã o química e baixos padrõ es de vida para os trabalhadores florestais
quenianos. Isso fez com que os produtores quenianos adotassem os padrõ es MPS, e a KFC adotou
có digos de conduta e conformidade com padrõ es ambientais e certificaçõ es trabalhistas. Segundo o
presidente do Conselho, Rod Evans: "Nossos membros entendem que é do nosso pró prio interesse
preservar o meio ambiente”70

China Em 2005, uma empresa holandesa, Van den Berg Roses, construiu uma estufa de ú ltima
geraçã o em Kunming, com um arrendamento de terras por 30 anos do governo local, usando
financiamento do governo holandê s via PSOM (Programas para Estimular o Desenvolvimento de
Negó cios em Mercados Emergentes) . Van den Berg també m se tornou o agente local de uma
empresa holandesa de criadores e experimentou a criaçã o e propagaçã o de 70 variedades diferentes
de rosas na á rea de Kunming. A empresa trouxe conhecimentos de construçã o de estufas, té cnicas de
fertilizaçã o, metodologias de suprimento de á gua, sistemas de suprimento de energia e
aquecimento,

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conhecimentos de informá tica e software, padrõ es holandeses de produçã o e gerenciamento e


requisitos e medidas de higiene para a China. Outras empresas holandesas começaram a entrar em
joint ventures com empresas chinesas para fornecer bulbos de lírio, antú rios, cravos, alimentos para
flores cortadas, armazenamento a frio e logística.8 No total, 27 empresas holandesas formaram o
NABSO, Escritó rio de Apoio ao Agronegó cio da Holanda Kunming.72

Embora produzisse menos de 1% das exportaçõ es mundiais, o aglomerado de flores chinês estava
crescendo rapidamente.73 Mais de 90% da produçã o chinesa de flores foi para as principais cidades
da China, como Xangai e Pequim, impulsionadas pelo aumento da renda e pelo crescente turismo. O
Japã o foi o principal destino de exportaçã o de flores chinesas em 2008 (participaçã o de 60%), seguido
pela Tailâ ndia e Cingapura (8% e 7%).74 Os três principais tipos de flores exportados foram rosas,
cravos e crisâ ntemos.75 A China tinha a ambiçã o de aumentar as exportaçõ es e esperava se tornar a
segunda no mundo depois da Holanda em 10 a 15 anos.76

Em 2007, a China registrou a maior á rea cultivada de flores cortadas de qualquer país, com 72.700
hectares de estufa e 224.600 hectares de culturas de flores abertas. 77 As fazendas estavam localizadas
nas províncias de Yunnan, Xangai, Zhejiang e Pequim. A á rea em torno de Kunming, no sul da
China, havia se tornado um importante centro comercial e de logística para a indú stria de flores,
embora o Aeroporto Internacional de Kunming nã o tivesse voos diretos para centros internacionais
de comércio de flores. Os custos de transporte eram até 20% mais altos que o Equador e quase o
dobro do Quênia; portanto, as flores eram geralmente reservadas ao consumo local.

A maior parte do estoque de plantas veio originalmente da Holanda, mas a produçã o local de
materiais de plantio estava crescendo. A China possuía uma variedade de condiçõ es de cultivo
semelhantes à Holanda, Colô mbia e Quênia,9 permitindo produzir todas as flores comerciais
conhecidas. No entanto, existiam grandes preocupaçõ es sobre controle de qualidade e pirataria de
variedades vegetais. O governo chinês estava tomando medidas em ambas as frentes. Em 1999, a
China tornou-se membro da Convençã o Internacional para Proteçã o de Novas Variedades de Plantas,
e vá rios ministérios governamentais criaram escritó rios para manter a integridade de novas
variedades de plantas. Em 2009, no entanto, estimou-se que 80% do antú rio vendido na China
provinha de có pias.79

Um leilã o de flores foi estabelecido na província de Yunnan em 1997, imitando muitas das
características do sistema de leilã o holandê s. Em 2002, a FloraHolland participou com 5% desse
leilã o e começou a fornecer assistê ncia de treinamento, transferê ncia de software e tecnologias de
reló gio e assistê ncia no desenvolvimento de procedimentos de inspeçã o. Em 2008, as açõ es da
FloraHolland foram vendidas de volta aos agricultores chineses locais.

Em 1990, foi estabelecida a cooperaçã o científica entre a Academia Chinesa de Ciê ncias Agrícolas
e a Universidade Wageningen, na Holanda. A Universidade Agrícola de Yunnan, em Kunming,
també m mã o-de-obra na produçã o de flores cortadas e té cnicas agrícolas gerais.

Outros Países No início dos anos 90, um grupo de cultivadores espanhó is tentou desenvolver
um conjunto de flores especializado em cravos. A falta de infraestrutura e conhecimento resultou em
cravos de qualidade inferior que nã o se saíram bem no mercado mundial. Mais tarde, a Espanha
tentou novamente cultivar e exportar rosas, com resultados semelhantes.

Em pequenos países em crescimento como Israel, Etió pia, Zimbá bue e Japã o, as empresas
holandesas estavam presentes para consolidar remessas para a Holanda, a fim de reduzir os custos
para os produtores e melhorar a qualidade do produto, reduzindo o nú mero de vezes que cada flor
foi manuseada. As casas de leilã o holandesas também prestaram assistência técnica a outros leilõ es

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internacionais sobre padrõ es comerciais e regulató rios, inclusive no Brasil e na Colú mbia Britâ nica
(Canadá ). O estabelecimento de um leilã o em Dubai também estava sendo considerado.

Informaçõ es e conhecimentos sobre criaçã o e propagaçã o de sementes estavam sendo


compartilhados com universidades de países produtores de flores, como a Universidade de Koba, no
Japã o. Investimentos em instalaçõ es portuá rias refrigeradas foram feitos em Marrocos.

A iniciativa holandês-russa Grow2gether foi fundada em 2002 com mais de 90 membros em todo
o cluster holandês de flores cortadas, apoiado pelo governo holandês, como uma iniciativa de
parceria pú blico-privada com forte envolvimento de consultores privados para fornecer soluçõ es
estruturadas da Holanda e programas de treinamento em tecnologia de criaçã o e estufa. A iniciativa
Grow2ogether obteve sucesso ao permitir o estabelecimento de consó rcios entre bancos, produtores e
investidores russos e construtores, criadores e propagadores de estufas holandeses.

Desafios Futuros
O cluster de flores holandês estava enfrentando crescentes custos e desafios ambientais. Entre
2006 e 2008, o preço do gá s natural, um insumo importante, aumentou mais de 100%. O aumento dos
custos de transporte significava que os participantes do cluster estavam explorando maneiras
alternativas de mover as flores com eficiência. As pressõ es ambientais também estavam aumentando
para os produtores que produziam flores no campo e nas estufas. Os produtores enfrentaram pressã o
para reduzir sua dependência de agentes químicos, fertilizantes e energia baseada em carbono

Mais clientes de leilã o queriam usar apenas partes do sistema de leilã o, como suporte logístico, em
vez do conjunto completo de serviços de leilã o. Empresas de varejo e atacado fora da Holanda
começaram a negociar diretamente com produtores holandeses, ignorando ou usando apenas partes
da infraestrutura logística e financeira do leilã o. Um nú mero crescente de transaçõ es ocorria pela
internet.

FloraHolland estava em uma encruzilhada. Os holandeses, como muitos argumentaram, deveriam


parar de cultivar flores e se concentrar exclusivamente em atividades de maior valor agregado,
como desenvolvimento de variedades e apoio logístico? Ou era preciso haver produçã o local para se
manter competitivo?

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Anexo 1 Mapa da Holanda

Fonte: Escritores de casos - baseados no mapa Nations Online (2010).

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Anexo 2a Exportaçõ es por Cluster, Holanda, 1997–2009
719-P11 -19-

Fonte: Projeto International Cluster Competitiveness, Instituto de Estratégia e Competitividade, Harvard Business School; Richard Bryden, diretor de projeto. Dados subjacentes extraídos do Banco de
Dados de Estatísticas de Comércio de Mercadorias da ONU e Estatísticas do BOD do FMI (2009).
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Anexo 2b Produtos agrícolas holandeses, exportaçõ es por subcluster, 1997–2009
719-P11 -20-
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Fonte: Projeto International Cluster Competitiveness, Instituto de Estratégia e Competitividade, Harvard Business School; Richard Bryden, diretor de projeto. Dados subjacentes extraídos do Banco de
Dados de Estatísticas de Comércio de Mercadorias da ONU e Estatísticas do BOD do FMI (2009).
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Anexo 3 Principais variedades de flores

Nome Nome em latim Imagem Volume negociado em Preço por haste no


leilão holandês 2009 leilão holandês
(milhões de hastes) 2009 (euro)
Orquídea Cymbidium 30 1.980

Antúrio Anthurium 80 0.406

Eustoma Eustoma 114 0.301


Russelianum Russelianum

Cravos Dianthus 162 0.135

Alstroemeria Alstroemeria 218 0.150

Freesia Freesia 308 0.140

Lírio Lilium 350 0.402

Gerbera Gerbera 862 0.124


jamesonii

Margarida Chrysanthemum 1,239 0.188


dourada

Tulipa Tulipa 1,534 0.130

Rosa Rosa 3,511 0.198

Source: FloraHolland.

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Anexo 4 Cadeia Global de Valor das Flores

Landgard, Germany
FloraHolland Auction,
The Netherlands
Ontario Flower Growers
Co-operative, Canada
Florabella, Italy Kunming Flora Ota Floriculture
Auction, China Auction, Japan

Taipei Flowers Auction, Taiwan

Veiling Holambra, Brazil

World Export Leader, Cut FloraMax Flower


Flowers International Flower Auctions, New
Auction Zealand

Fonte: Casos de autores.

Anexo 5 Principais Exportadores e Importadores de Flores Cortadas

CAGR CAGR

2008 (Milhões $) 1998–2008 (%) 2003–2008 (%)

Principals Export adores


Holanda 4,450
7.7 8.5
Colô mbia 1,097
7.0 9.9
Equador 566
13.3 13.9
Quênia 527
19.7 24.1
Estados Unidos 225
3.1 7.5
Itália 223
0.8 3.6
Bélgica 196
11.9 18.5
Zimbábue 186
17.5 25.5
Dinamarca 139
6.1 4.9
Israel 116
-4.9 -4.8
Pincipais Importadores

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CAGR CAGR

2008 (Milhões $) 1998–2008 (%) 2003–2008 (%)


Alemanha 1,365
1.1 6.5
Estados Unidos 1,160
3.2 5.8
Inglaterra 1,116
7.2 3.2
Holanda 1,083
6.9 9.7
França 660
3.9 4.6
Russia 580
32.5 56.6
Japão 343
7.2 9.7
Bélgica 279
8.9 13.7
Itália 259
5.6 4.8
Suíça 228
2.6 3.8

Fonte: Comtrade - Banco de Dados de Estatísticas do Comércio de Commodities da ONU.

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Anexo 6 Localizaçã o da indú stria holandesa de flores cortadas

Fonte: Redatores de casos com base no Guia Geográ fico - Mapas da Europa, 2010..

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Anexo 7 Do Not Copy or Pos


Produçã o sazonal na Holanda, em milhõ es de hastes, 2009

Total Total de Produção por estação


711-507 -25-

Tipo de Flor Ano (Milhões de hastes) Primavera Verão Outono Inverno


Alstroemeria 2009 30 11 8 2 10
Antúrio 2009 77 15 22 21 20
Cravos 2009 102 17 27 37 22
Eustoma Russelianum 2009 55 3 17 26 9
Freesia 2009 208 36 69 63 41
Gerbera 2009 303 81 102 66 54
Margarida Dourada 2009 331 61 86 108 77
Lírio 2009 880 188 274 238 180
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Orquídea 2009 1,418 298 393 386 341


Rosa 2009 1,521 1,036 328 6 151
Tulipa 2009 1,147 242 312 333 259
Todos 2009 6,073 1,988 1,637 1,285 1,163
Fonte: FloraHolland.

Anexo 8 Desenvolvimento de á rea cultivada na Holanda, nú mero de produtores

Área Fechada Área Aberta

Tamanho Tamanho

Ano Area No. de médio das Areaa No. de médio das


(hectares) Produtores empresas (ha) (hectares) Produtores empresas (ha)

2000 3,727 4,112 0.91 2,552 2,251 1.13


2001 3,606 3,788 0.95 2,379 2,097 1.13
2002 3,578 3,576 1.00 2,684 1,955 1.37
2003 3,499 3,454 1.01 2,607 1,850 1.41
2004 3,401 3,255 1.04 2,528 1,823 1.39
2005 3,250 3,026 1.07 2,513 1,736 1.45
2006 3,093 2,818 1.10 2,603 1,677 1.55
2007 3,003 2,248 1.18 2,573 1,522 1.69

Fonte: Banco de Dados de Informaçõ es de Mercado da CBI - CBS Landbouwstatistiek 2008.


a Flores cortadas e produtos relacionados incluídos.
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719-P11 O Cluster de Flores Holandesas

Anexo 9 Indicadores Econô micos, Países Selecionados

Indicador Ano Holanda Alemanha Colômbia Equador Quênia

População
População, total (milhão) 2008 16.4 82.1 44.5 13.5 38.5
População Crescimento (annual %) 2008 0.4 -0.2 1.2 1.0 2.6
Urbanaa População (% de total) 2008 81.8 73.6 74.5 65.6 21.6
Indicadores Econômicos Gerais
GDP (atual $b) 2008 877.0 3,673.1 240.8 54.7 29.6
Média GDP Taxa de Crescimento (últimos 5 anos, %) 2008 2.7 1.8 5.5 5.4 5.1
Média GDP Taxa de Crescimento (últimos 10 anos, %) 2008 2.4 1.5 3.5 3.7 3.6
Média GDP Taxa de Crescimento (últimos 20 anos, %) 2008 2.8 2.0 3.6 3.3 3.0
GDP, PPP (atual international $b) 2008 677.5 2,918.5 397.2 108.4 60.4
GDP per capita, PPP (atual international $) 2008 40,558 35,539 8,229 7,786 1,712
GDP per capita Crescimento (anual %) 2008 3.6 3.5 3.1 7.3 2.0
Inflação, preços ao consumidor (anual %) 2008 2.2 2.8 7.0 8.4 13.1
Dívida externa, total (DOD, atual $b) 2007 2,613.8 5,116.9 44.5 17.4 7.4
Estrutura GDP (% de GDP)
Agricultura, valor adicionado (% de GDP) 2008 1.7 0.9 8.6 6.7 27.0
Industria, valor adicionado (% de GDP) 2008 25.5 30.2 36.5 40.6 18.8
Serviços, etc., valor adicionado (% de GDP) 2008 72.9 69.0 54.9 52.7 54.2
Fluxos de comércio e investimento
Exportação de bens e serviços (atual $b) 2007 560.5 1,572.9 34.2 16.1 7.1
Exportação de bens e serviços (% de GDP) 2007 74.9 46.9 16.9 35.1 26.0
Exportação de bens e serviços (% Crescimento anual) 2007 6.4 7.8 11.4 2.2 5.7
Importação de bens e serviços (atual $b) 2007 491.2 1,336.6 37.4 15.6 10.1
Importação de bens e serviços (% de GDP) 2007 66.3 39.9 21.0 34.2 37.1
Importação de bens e serviços ((% Crescimento anual) 2007 5.7 5.0 13.9 7.3 11.1
Bens e serviços comerciais líquidos (atual $b) 2008 69.3 236.2 (3.2) 0.5 (3.0)
Saldo atual da conta (% de GDP) 2007 8.7 7.9 (2.8) 3.6 (3.8)
FDI, entradas líquidas (atual $b) 2007 120.4 56.5 9.0 0.2 0.7
FDI, entradas líquidas (% de GDP) 2007 15.5 1.7 4.4 0.4 2.7
Saúde e Educação
Expectativa de vida no Nascimento, total (anos) 2007 80.2 79.7 72.8 75 54.1
Taxa de Mortalidade infantil (por 1,000 nascimentos) 2007 4.4 3.7 17.0 22 79.8
Despesas com saúde, total (% de GDP) 2006 9.4 10.6 7.3 5.3 4.6
Despesa com saúde, per capita (atual $) 2006 3,872.0 3,718.0 217.0 166 29.0
Gastos Públicos em educação, total (% de GDP) 2006 5.6 4.4 4.7 N/A 7.1
Tecnologia da Informação
Largura de banda internacional da Internet (bits por 2007 78,156.0 25,654.2 1,171.3 324.2 8.9
pessoa)
Usuários de Internet (por 100 pessoas) 2007 84.8 72.5 27.8 14.6 7.9
Assinantes de banda larga fixa (por 100 pessoas) 2007 33.6 23.8 2.7 0.2 0.0
Computadores pessoais (por 100 pessoas) 2006 91.2 65.6 5.7 13.0 N/A
Linhas Telefônicas principais (por 100 pessoas) 2007 45.2 64.8 17.9 13.7 0.7
Assinantes de planos de celulares (por 100 pessoas) 2007 117.7 117.0 76.5 74.5 30.1
Mercados Financeiros
Crédito ao setor privado (% de GDP) 2008 193.2 107.8 34.2 26.1 30.0
Crédito interno concedido pelo setor bancário (% de GDP) 2008 196.0 125.7 43.1 17.3 40.1

Fonte: Compilado a partir de Indicadores de Desenvolvimento Mundial (2009), Hub da Dívida Externa do Banco Mundial e
Fundo Monetá rio Internacional, World Economic Outlook Database, outubro de 2009.

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Anexo10 Ranking de indicadores de competitividade, Países Baixos versus países


selecionados, 2009

Classificaçã o contra 133 países (classificaçã o mais baixa é melhor)

Holanda Alemanha Colômbia Equador Quênia


Infraestrutura logística 8 3 95 98 80
Infraestrutura de comunicação 3 14 73 86 107
Sofisticação do mercado financeiro 10 15 60 80 78
Solidez dos bancos 111 116 45 78 64
Disponibilidade de capital de risco 17 63 74 103 30
Qualidade das instituições de pesquisa científica 9 5 86 129 44
Disponibilidade de cientistas e engenheiros 23 36 90 122 70
Escolarização superior 25 43 67 90 124
Patentes de utilidade por milhão de pessoas 13 9 90 92 104
Sofisticação do comprador 12 23 74 79 106
Presença de padrões regulatórios exigentes 5 1 75 92 69
Rigorosos regulamentos ambientais 5 1 86 101 79
Estado do desenvolvimento de cluster 17 13 50 92 40
Extensão da comão-de-obraação em clusters 13 9 59 100 52
Cooperação nas relações trabalho-empregador 9 21 56 114 79
Remuneração e produtividade 82 56 104 130 59
Impacto da tributação nos incentivos ao trabalho e ao
investimento 52 100 124 120 117
Proteção da propriedade intelectual 10 11 102 127 95
Prevalência de barreiras comerciais 22 30 130 133 100
Intensidade da concorrência local 8 1 81 109 59
Baixo domínio do Mercado por grupos empresariais 8 2 126 120 58
Força de proteção do investidor 86 71 24 100 71
Flexibilidade de emprego 84 89 35 111 20
Qualidade regulatória 7 19 65 127 79
Barreiras tarifárias baixas 7 7 91 89 107

Fonte: Relató rio Global de Competitividade 2008-2009: Índice de Competitividade Empresarial, Fó rum Econô mico Mundial

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Anexo 11 Principais Organizaçõ es Holandesas de Flores

No. Organizações Descrição


1 Leilã o de flores de Aalsmeer O VBA foi formado em 1968 a partir da fusã o de dois leilõ es;
(VBA) Bloemenlust e Centrale Aalsmeerse Veiling. Com 100 hectares de
superfície, foi o maior edifício comercial do mundo. Em 2007, a VBA
e a FloraHolland se fundiram em um leilã o com o nome de
FloraHolland (consulte também o nº 9 "FloraHolland").
2 AgroEnergia Associaçã o de compras de energia
3 Associaçã o de Comércio A organizaçã o do setor para o comércio atacadista de flores e
Atacadista de Produtos plantas. Ela esteve envolvida em muitas iniciativas no setor,
Hortícolas (VGB) incluindo logística, tecnologia de informaçã o e comunicaçã o de
mercado e controle de qualidade. Também representou o setor
atacadista em vá rias instituiçõ es do setor e negociou com o governo
questõ es como acordos coletivos de mã o-de-obra para o setor. Ele
desenvolveu o programa de qualidade Florimark para garantir
informaçõ es
completas e confiá veis sobre os produtos, dos produtores aos leilõ es e
comerciantes.
4 Bloemenbureau Holland Uma organizaçã o que promoveu e comercializou produtos
(BBH), O Conselho das Flores floriculturais em todo o mundo e foi financiada pelos membros do
da Holanda setor. Suas atividades (por exemplo, aná lise de mercado, promoçã o de
vendas, treinamento e suporte e publicidade) beneficiaram os
materiais de flores, plantas e propagaçã o e foram direcionados a todos
os atores envolvidos nas vendas, desde floristas locais a atacadistas e
exportadores. Também participou de feiras internacionais e
administrou déficits internacionais de satélites em importantes
mercados de flores, como Alemanha, França, Itá lia e Reino Unido.
Materiais de propagaçã o e destinava-se a todos os atores envolvidos
nas vendas, desde floristas locais a atacadistas e exportadores.
Também participou de feiras internacionais e geriu déficits de satélite
internacionais em importantes mercados de flores, como Alemanha,
França, Itá lia e Reino Unido.
5 A Associaçã o Holandesa de Organizaçã o comercial para leilõ es cooperativos holandeses de flores.
Leilõ es de Flores (VBN) Nesta funçã o, o VBN foi responsá vel por coordenar e representar os
interesses dos leilõ es de flores holandeses nos níveis nacional e
europeu.
6 Conselho de atacado agrícola Todas as empresas atacadistas holandesas foram registradas na
holandês (HBAG) HBAG, que fornecia informaçõ es e serviços especiais ao setor.
7 EU, Diretiva sobre Aspectos EU ó rgã o regulador com políticas que afetaram o setor.
Fitossanitários.
8 EU, Directiva relativa ao EU ó rgã o regulador com políticas que afetaram o setor.
comércio de material de
propagaçã o
9 FloraHolland Leilão de flores A FloraHolland foi fundada em 2002, uma fusã o entre dois leilõ es
cujas origens remontam a Westland no início do século XX
10 FlorEcom Uma joint venture da VBA, FloraHolland e VGB, criada em 1999 para
desenvolver e coordenar padrõ es e sistemas para comércio eletrô nico.
11 Floriade Anexo Mundial para horticultura, iniciado pelo Conselho Holandês de
Horticultura, que acontecia a cada 10 anos.
12 Serviço de Inspeçã o Uma organizaçã o independente supervisionada pelo Ministério da
Flowerbulb ( BKD) Agricultura, Natureza e Qualidade dos Alimentos, que monitorou e
melhorou a qualidade e a saú de dos bulbos.
13 Green-ports Nederland Fundada em 2005, essa organizaçã o monitorou a execuçã o de acordos
de política feitos para melhorar a indú stria hortícola holandesa em

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cinco principais regiõ es hortícolas ("green-ports") na Holanda;


Aalsmeer, Boskoop, Duin e Bollenstreek, Westland / Oostland, Venlo.

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Anexo11 (continuação)

14 Keukenhde Um anexo permanente anual de flores ao ar livre que atraía de 600.000 a


700.000 visitantes por ano. A grande maioria deles eram turistas
estrangeiros.
15 Land Tuinbouw Organisatie Organizaçã o para empreendedores e empregadores de flores que
Nederland (LTO), promoveu os interesses sociais e econô micos de agricultores e
Organizaçã o Holandesa de cultivadores, bem como uma indú stria agrícola e de horticultura
Agricultura e Horticultura sustentá vel. Mais recentemente, a LTO estimulou iniciativas que
melhoraram as habilidades de gerenciamento e marketing, bem como
aumentaram o uso de prá ticas de cultivo sustentá vel.
16 Milieu Project Sierteelt (MPS) Os participantes deste programa permitiram que os produtos
fossem avaliados com base no desempenho de sustentabilidade
ambiental, qualidade e performance da responsabilidade social.
Quando os
padrõ es eram atendidos, esses produtos eram certificados pelo MPS.
17 Nederlandse Tuinbouw Raad Uma das mais antigas organizaçõ es de horticultura (fundada em 1908)
(NTR), Conselho Holandês de ainda ativa na Holanda, que compreendia uma variedade de
Horticultura organizaçõ es envolvidas na horticultura. Representava os interesses
coletivos de produtores, leilõ es e comerciantes das indú strias de flores,
plantas, á rvores e bulbos. Os objetivos do Conselho eram promover a
imagem da indú stria hortícola holandesa dentro e fora da Holanda e
apoiar a venda de produtos hortícolas. Como parte desses esforços,
organizou os anexos hortícolas do mundo da Floriade.
18 Serviço de Inspeçã o de Certificou as origens de uma cultivar e a qualidade do produto (pureza,
Holanda para Horticultura doenças e ervas daninhas).
19 Plant Research International Um instituto de pesquisa de renome científico, especializado em
na Universidade de inovaçõ es em agrossistemas, biodiversidade, melhoramento,
Wageningen biointeraçõ es, fitossanidade, biometria e biociê ncia. Além de fazer
pesquisas fundamentais nessas á reas, o instituto diferiu uma gama de
produtos para todas as atividades da cadeia, incluindo iscas de
feromô nios para capturar insetos nocivos, marcadores bioló gicos para
reproduçã o, algoritmos de software e métodos para reduzir o uso de
herbicidas.
20 Plantum NL Fundada em 2001 a partir de uma fusã o de três associaçõ es industriais
que representam melhoramento vegetativo (CIOPORA), propagaçã o e
cultivo (NVP) e produçã o e comercializaçã o de sementes (licenciadas)
(NVZP). Mais tarde, a seçã o da Associaçã o de Atacadistas Holandeses
em Produtos Floriculturais (VGB), que atuava na propagaçã o e no
cultivo de produtos floriculturais, ingressou na Plantum NL. A
associaçã o representou cerca de 500 membros e focou na criaçã o,
propagaçã o e cultivo de material vegetal de horticultura.
21 Rabobank Um banco cooperativo holandês com foco no setor de agronegó cio.

Source: Criado por escritores de cases a partir das seguintes fontes : Agro Energia, http://www.agro-energia.nl/; VGB,
http://www.vgb.nl; Bloemenbureau Holland (BBH), http://www.flowercouncil.org/; “About VBN,” The Dutch
Association de Flower Auctions, http://www.vbn.nl/en-US/AboutVBN/Pages/default.aspx; Dutch Agricultural
Wholesale Board (HBAG), http://www.hbagbloemen.nl/; FlorEcom, http://www.florecom.nl; Floriade,
http://www.floriadeaustralia.com/; Flowerbulb Inspection Service,
http://www.bloembollenkeuringsdienst.nl/English.aspx; Green-ports Nederland; Greenport Holland,
http://www.greenportsnederland.nl; Keukenhde, www.keukenhde.nl; MPS, http://www.my-mps.com/;
Nederlandse Tuinbouw Raad (NTR), http://www.tuinbouwraad.nl/; “Holanda Inspection Service for
Horticulture,” ISHS, http://www.actahort.org/books/568/568_14.htm; “LTO-Nederland,” Organization for
Agriculture and Horticulture, http://www.onderzoekinformatie.nl/en/oi/nod/organisatie/ORG1239959/; Plant
Research International, http://www.pri.wur.nl/UK/; Platnum NL,
http://www.plantum.nl/englishversion/indexengl.htm; Rabobank Group, http://www.rabobank.com/content/.

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Anexo12 Estrutura de custos relativos de produtores de flores cortadas, variedades selecionadas,


2009

CRAVOS Holanda Quênia Colômbia Equador


($/100 hastes)
Receita 25.6 29.9 36.6 33.7
Custo 24.1 23.8 28.9 31.3
energia 2.7 0.3 0.2 0.2
mão-de-obra 9.7 1.0 1.2 0.9
transporte para leilão 4.6 16.1 20.6 22.9
sementes / outra produção 7.2 6.5 6.9 7.0

ROSAS Holanda Quênia Colômbia Equador


($/m2)
Receita 134.9 127.5 168.6 188.9
Custo 127.8 104.0 156.2 168.3
energia 42.2 2.1 4.2 7.5
mão-de-obra 51.1 7.7 10.2 8.2
transporte para leilão 24.3 85.0 133.6 145.7
sementes / outra
produção 10.2 9.2 8.2 8.5

Fonte: FloraHolland.

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Notas Finais

1
Reinout Schaatsbergen, “De geschiedenis van Amsterdam,” October 23, 2002, Amsterdam.nl website,
http://amsterdam.nl/stad_in_beeld/geschiedenis/de_geschiedenis_van, accessed April 2011.
2
Koninklijk Instituut voor Taal-, Land- en Volkenkunde project website, http://VOC-kenniscentrum.nl, accessed April 2011.).
3
CBI Market Survey: The Cut Flowers and Foliage Market in the Netherlands, 2008.
4
Ibid.
5
Ginger Thompson, “Behind Roses’ Beauty, Poor and Ill Workers,” New York Times, February 13, 2003.
6
United Nations, Comtrade Database, 2008.
7
Kenya Flower Council, “The Flower Industry in Kenya and Market Data,”
http://www.kenyaflowercouncil.org/floricultureinkenya.php, accessed November 9, 2009.
8
“Economie Kunming en Yunnan,” Holland in China website, http://www.hollandinchina.org, accessed February 19, 2010.
9
FAO, “Cut Flower production in Asia,” 1998.

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