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História
Ver artigo principal: História de Espanha
Pré-história e Antiguidade
Ver artigos principais: Pré-história da Península Ibérica, Conquista romana da Península
Ibérica e Hispânia
Pintura rupestre de um bisão na Caverna de Aqueduto de Segóvia, construído
Altamira durante o domínio romano
Os primeiros humanos modernos chegaram à Península Ibérica no território da atual
Espanha há 35 mil anos. No período histórico o território foi invadido e colonizado
por celtas, fenícios, cartagineses, gregos e cerca de 218 a.C., a maior parte da Península
Ibérica começou a formar parte do Império Romano, sendo o rio Ebro a fronteira entre a
Espanha romana e cartaginesa.[29]
Durante a Segunda Guerra Púnica, uma expansão do Império Romano capturou colônias
comerciais cartaginesas ao longo da costa do Mediterrâneo, cerca de 210 a 205 a.C. Os
romanos levaram quase dois séculos para completar a conquista da Península Ibérica,
apesar de terem o controle de boa parte dela há mais de 600 anos. O domínio romano era
unido pela lei, idioma e as estradas romanas.[30]
As culturas das populações celtas e ibéricas foram
gradualmente romanizadas (latinizadas) em diferentes níveis e em diferentes partes
da Hispânia (o nome romano para a Península). Os líderes locais foram admitidos na
classe aristocrática romana. A Hispânia serviu como um celeiro para o mercado romano e
seus portos exportavam ouro, lã, azeite e vinho. A produção agrícola aumentou com a
introdução de projetos de irrigação, alguns dos quais permanecem em uso. Os
imperadores Trajano e Teodósio I e o filósofo Séneca nasceram na Hispânia.
O cristianismo foi introduzido na província no século I d.C. e tornou-se popular nas cidades
no século II.[31] O termo "Espanha", as línguas, a religião e a base das leis atuais da
Espanha se originaram a partir deste período.[30]
Idade Média
Reino Visigótico
No século VIII, quase toda a Península Ibérica foi conquistada (711–718) por exércitos
de mouros muçulmanos provenientes principalmente do Norte de África. Essas conquistas
fizeram parte da expansão do Califado Omíada. Apenas uma pequena área montanhosa
no noroeste da Península conseguiu resistir à invasão inicial muçulmana.[32]
Sob a lei islâmica, os cristãos e os judeus receberam o estatuto subordinado de dhimmi.
Esse estatuto permitia que cristãos e judeus praticassem suas religiões como "povos do
livro", mas eles eram obrigados a pagar um imposto especial e eram sujeitos a certas
discriminações.[33][34] A conversão ao islamismo prosseguiu a um ritmo cada vez maior.
Acredita-se que os muladi (muçulmanos de origem étnica ibérica) compreendiam a maioria
da população de Al-Andalus até o final do século X.[35][36]
A comunidade muçulmana na Península Ibérica era diversificada e atormentado por
tensões sociais. Os povos berberes do Norte de África, que tinham fornecido a maior parte
dos exércitos invasores, entraram em choque com a liderança árabe do Oriente Médio. Ao
longo do tempo, grandes populações árabes se estabeleceram, especialmente no vale
do rio Guadalquivir, na planície costeira de Valência, no vale do rio Ebro (no final deste
período) e na região montanhosa de Granada.[36]
Córdova, a capital do califado, era a maior, mais rica e sofisticada cidade na Europa
Ocidental na época. O comércio e o intercâmbio cultural no Mediterrâneo floresceram. Os
muçulmanos importaram uma rica tradição intelectual do Oriente Médio e do Norte da
África. Estudiosos muçulmanos e judeus desempenharam um papel importante na
renovação e ampliação da aprendizagem clássica grega na Europa Ocidental. As
culturas romanizadas da Península Ibérica interagiram com as culturas muçulmanas e
judaicas de forma complexa, dando, à região, uma cultura distinta.[36] No século XI, os
territórios muçulmanos fragmentaram-se em reinos rivais (as chamadas taifas), permitindo,
aos pequenos Estados cristãos, a oportunidade de ampliar enormemente seus
territórios.[36]
A chegada das seitas islâmicas dominantes dos Almorávidas e Almóadas, do Norte da
África, restaurou a unidade na Península Ibérica muçulmana, com uma aplicação mais
rigorosa e menos tolerante do islã, provocando uma recuperação das fortunas
muçulmanas. Este Estado islâmico reunido experimentou mais de um século de sucessos
que reverteram parcialmente as vitórias cristãs