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Invasão Russa na Ucrânia

Na madrugada do dia 24 de fevereiro, o


presidente Putin autorizou o que chamou de
uma “operação militar especial” na Ucrânia.
Os principais países envolvidos nos
esforços são os aliados na Otan
(Organização do Tratado do Atlântico
Norte) e na União Europeia (UE) e as
nações vizinhas, que têm sido responsáveis
por receber a maior parte dos ucranianos
fugindo da guerra.Mas a ajuda não acaba aí.
O apoio à Ucrânia também foi manifestado
nas vias diplomáticas, por meio de
declarações oficiais e votos nas Nações
Unidas, por centenas de países que se
opuseram à ação militar russa.
"De maneira geral, o mundo tem se
mostrado bastante simpático à causa
ucraniana. Esse apoio pode ser percebido
por meio dos 141 votos a favor da
resolução que condenou a Rússia pela
invasão na Assembleia-Geral da ONU",
avalia Demetrius Pereira, professor de
Relações Internacionais da ESPM.
A Crise Política na Ucrânia está relacionada
com a disputa de influência no país entre
União Europeia e Rússia.
"Em novembro de 2013 iniciou-se, na
Ucrânia, uma onda de protestos em torno do
parlamento do país, cuja motivação
principal era a não assinatura de um tratado
de livre-comércio comércio com a União
Europeia. Esse episódio acirrou ainda mais
as diferenças entre os dois principais grupos
políticos ucranianos: os “pró-ocidente” e os
mais próximos à Rússia.
A decisão de “adiar” o acordo, tomada pelo
governo ucraniano, foi em grande parte
motivada pela influência russa no país, que
não vê com bons olhos a sua aproximação
com o bloco europeu. Uma significativa
parcela da população e grupos político
opositores ficaram bastante descontentes
com a postura submissa do governo e
iniciaram as manifestações que, apesar da
renúncia do primeiro-ministro Mykola
Azarov em janeiro de 2014, parecem ainda
estar longe de acabar.

A Ucrânia é um país de regime


semipresidencialista, ou seja, o gabinete e
as funções executivas nacionais são
divididos entre o presidente (com mandato
de cinco anos) e o primeiro-ministro, além
de uma influência mais destacada do
parlamento. O presidente ucraniano é
Viktor Yanukovich, uma personalidade
polêmica no país em virtude dos eventos
eleitorais relacionados com a Revolução
Laranja de 2004, o que o torna inimigo de
uma poderosa e influente oposição “pró-
ocidente”, a mesma que atualmente lidera
boa parte das manifestações no país."
A Rússia vem reforçando seu controle
militar em torno da Ucrânia desde o ano
passado, acumulando dezenas de milhares
de tropas, equipamentos e artilharia nas
portas do país.
Em dezembro de 2021, Putin apresentou à
Otan – Organização do Tratado do
Atlântico Norte, uma aliança militar
ocidental – uma lista de exigências de
segurança. A principal delas era a garantia
de que a Ucrânia nunca entrasse na Otan e
que a aliança reduzisse sua presença militar
na Europa Oriental e Central.
As negociações não avançaram, e o
acúmulo de força militar nas fronteiras não
arrefeceu, apesar do esforço diplomático
empreendido no começo de 2022.
Dias antes de iniciar a invasão, nomeada
até hoje pelos russos de “operação militar
especial”, Vladimir Putin reconheceu a
independência de duas áreas separatistas
pró-Rússia da Ucrânia, autodenominadas
República Popular de Donetsk e República
Popular de Luhansk.
No dia da invasão, Putin se justificou por
uma declaração gravada exibida na TV. O
russo afirmou haver um “genocídio” em
curso no leste ucraniano, promovido por
tropas “neonazistas” do país contra russos
étnicos e separatistas da região.
O acordo proposto por Putin, negociado
primeira vez na última segunda-feira (14)
envolveria Zelensky rejeitando a Otan e
prometendo não hospedar bases militares
estrangeiras ou armamento em troca de
proteção de aliados como Estados Unidos,
Reino Unido e Turquia.
Em recente pronunciamento, o presidente
da Ucrânia deu um passo atrás nas
intenções de integrar a aliança militar
ocidental, afirmando que “a porta da Otan
não está aberta” para admissão.
O maior ponto de discórdia continua sendo
a exigência da Rússia de que a Ucrânia
reconheça sua anexação da Crimeia e a
independência de dois estados separatistas
na região da fronteira oriental de Donbas.
MAPA DA INVASÃO DO INICIO AO
FIM

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