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Sociologia

Definição A Sociologia é uma ciência; o estudo científico da sociedade humana, ainda, a ciência dos grupos humanos. Estudo das ações cotidianas, não se
envolve com as exceções (estudo da antropologia).

 A Sociologia se define como ciência da sociedade, e a sociedade tem de ser definida pela Sociologia.
 Auguste Comte inventou a palavra sociologia.
 Não cabe a Sociologia dizer como a sociedade deve ser, mas constatar e explicar como ela é.
 A realidade é complexa e a teoria científica é a representação simplificada da realidade.
 Nunca uma generalização vai corresponder a uma lei.
Teoria
 Conjunto de leis que procuram explicar a realidade. Quando há generalizações, há leis. Se existem padrões, existem teorias. Quais são as nossas
teorias? Por que pensamos de determinada maneira? Nossas teorias necessitam de revisão.
Ideologia
 A Sociologia como todo o conhecimento, nasce da própria sociedade. Assim, ela também pode refletir interesses de alguma categoria social, ter
função ideológica, contrariando o ideal da objetividade da ciência.
 Ideologia é toda forma de conhecimento decorrente da situação social específica de alguma categoria social e representativa dos interesses dessa
categoria.
 A ideologia pode ser usada para manipular, direcionar e/ou limitar a visão das pessoas sobre determinado assunto ou questão.
 O sociólogo deve fazer todo o esforço possível para não permitir que seus valores morais interfiram preconceituosamente na sua percepção e
interpretação da realidade social.
 Conjunto de ideias, valores, maneiras de pensar das pessoas e grupos ou ideias distorcidas, incompletas, falsas sobre a realidade. Versões sobre
realidades:
1. Teorias em Sociologia:
Cosmovisões - Maneiras de encarar a realidade
- Visão de mundo
2. Teoria Positivista Funcionalista:
Positivo - "Positum" no latim = posto, colocado
então,
A realidade é o que está dado, posto, colocado, estabelecido. O que é visto, concreto, palpável, tangível.
Sinônimo de Teoria Funcionalista: Organicismo, Biologismo, Absolutismo, Academicismo.
Acrescenta que a sociedade forma um sistema organizado onde tudo o que existe deve ter uma função (razão instrumental e
utilitarista).
3. Teoria Histórica Crítica:
Algo que passa, é transitório, incompleto (antes-durante-depois)
"Tudo o que é criado é histórico."
Tudo o que existe e é histórico, é também relativo.
4. Teoria Crítica:
A realidade apresenta múltiplas faces positivas e negativas.
5. Teoria Utópica:
A realidade como projeto de futuro.
A mudança (transformação) faz parte da teoria, as coisas não estão nunca prontas e acabadas mas em processo de
aperfeiçoamento.
Esta teoria interessa aqueles que não se beneficiam como modelo de pensamento ou sistema dominante e desejam renovação.
A criticidade pretende ultrapassar a face aparente dos fatos evidenciando sua complexidade.
Ciência
 A verdadeira Sociologia termina por incomodar as categorias cujos interesses sejam afetados pela revelação das relações sociais que estejam na
origem dos problemas sociais. Mas para que isso aconteça é necessário, antes de mais nada, que o sociólogo faça ciência e não doutrinação política
rotulada de “Sociologia".
 As doutrinas sociais interessam ao sociólogo apenas como um componente da vida social.
 Conjunto de teorias (conjunto de leis). Nem as leis, nem as teorias, nem a ciência dizem tudo sobre a realidade: leis, teorias e a ciência são sistemas
incompletos, parciais.
 É o estudo da sociedade, observando as ações e comportamentos. Não trata de como ela deve ser ou por quê ela é assim, somente para dizer como
ela é.
 Incorpora-se a esta ciência, ideias do historicismo que trouxeram para a prática da investigação o pressuposto de que o conhecimento depende da
compreensão dos processos sócio-históricos.

Participação
 O estudo científico da sociedade demanda não a simples apreensão dos fenômenos sociais através da observação, mas, sobretudo, a sua
compreensão através da participação.
 No estudo dos fatos naturais, é clara a distinção entre sujeito que conhece e objeto conhecido. Mas, no estudo da sociedade, esta distinção nem
sempre é clara, pois o pesquisador é parte do objeto que ele estuda, e muito do que ele conhece dos fenômenos sociais é fruto de sua participação
na sociedade.
 O sociólogo não só apreende os fatos pela observação, mas, sobretudo os compreende pela participação.

Objetivo
 A Sociologia não almeja explicar tudo o que ocorre na sociedade, mas apenas o que é de algum modo observável nas relações sociais.
 A sociologia se ocupa apenas daqueles fatos que apresentam alguma regularidade no seu modo de ser.
 Só é possível fazer generalizações a respeito de fatos regulares, de fenômenos que se repetem de forma padronizada.
 Então, a Sociologia estuda as manifestações padronizadas da vida social.
 A teoria sociológica é uma tentativa de simplificação do conhecimento da sociedade.
 Indicar e descrever suas generalizações para que os órgãos responsáveis pela administração de uma determinada sociedade possam mudar o
planejamento e tomar decisões cabíveis em cada situação.
 Também auxilia o entendimento da formação do sistema social, o lugar onde cada indivíduo está inserido pelas generalizações.
Método Qual a relação entre realidade e teoria científica?
 A realidade é complexa, a teoria científica é a representação simplificada da realidade.
 O cientista formula generalizações a respeito da realidade e não existem, na ciência, critérios para se determinar que uma generalização, por mais
bem fundamentada que seja na observação dos fatos, corresponda a uma lei inflexível da realidade.

Problemas Sociais Qual a relação entre Sociologia e solução dos problemas sociais?

 Supor que a Sociologia tenha como objeto de estudo os problemas sociais e como objetivo resolvê-los é um equívoco. A ciência tem como objetivo
explicar os fatos observáveis, como ele socorrem e, sobretudo, as suas causas. Se as explicações forem realmente científicas, isto é, resultante da
observação sistemática dos fatos, elas poderão constituir subsídio confiável para a resolução daqueles problemas.
 Qualquer pessoa (político, planejador, assistente social, administrador, líder sindical ou comunitário) pode fazer uso dos resultados da teoria e da
pesquisa sociológica para tentar resolver problemas sociais, mas não cabe ao sociólogo, enquanto tal, resolver tais problemas.

SOCIOLOGIA CLÁSSICA
 POSITIVISMO -Uma primeira forma de pensamento social -século XVIII
Primeira corrente teórica sistematizada de pensamento sociológico, seu representante Auguste Comte.
Tentativa de derivar as ciências sociais das ciências físicas (Física Social).
 A Filosofia Social Positivista se inspirava no método de observação da natureza, a própria sociedade foi concebida como um organismo constituído
de partes integradas e coesas ( que o todo deve ser ordenado).
 Desordenamento (pobreza) > capitalismo > combater essa realidade, porém mantê-la para a sobrevivência dessa economia.
 Procurava resolver os conflitos sociais através da coesão do todo social.
 Embora Comte seja considerado o pai da sociologia, Durkheim é apontado como um dos seus primeiros grandes teóricos. Ele lutou para emancipar a
sociologia das demais teorias sobre a sociedade e constituí-la como disciplina rigorosamente científica.
 Definiu como objeto da sociologia os fatos sociais.
 Durkheim aconselhava o cientista a estudar os fatos sociais como coisas, fenômenos que lhe são exteriores e podem ser observados e medidos de
forma objetiva.
 POSITIVISMO: Corrente de equilíbrio, estabilidade e manutenção da ordem social.
 ÉMILE DURKHEIM(França - Séc. XVII/XVIII)
Consciência Coletiva: a sociedade não é simples soma de indivíduos, e sim sistema formado pela associação.
Fatos Sociais: consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores aos indivíduos,dotados de um poder de coerção em virtude do qual se
lhe impõe.
 MAX WEBER (Alenhanha - Séc. XIX)
Ação Social: conduta humana dotada de sentido, isto é, de uma justificativa subjetivamente elaborada. É o homem que dá sentido à sua ação social,
estabelece a conexão entre o motivo da ação social, a ação propriamente dita e os seus efeitos.
Poder: perpassa todos os níveis da sociedade: a possibilidade de um homem ou um grupo de homens realizar sua própria vontade numa ação
comunal, mesmo contra a resistência dos outros que participam da ação.
Fontes de poder: tradição (pais sobrefilhos), carisma (líderes políticos e religiosos), conhecimento técnico racional(tecnocratas).
 DURKHEIN -FATOS SOCIAIS
Coerção social: forças que os fatos exercem sobre os indivíduos subordinados a determinado código de leis; são previstas sanções legais ou
espontâneas para quem se rebelar; a educação formal e informal exerce uma importante tarefa para conformação do indivíduo a sociedade
contribuindo para que as regras sejam internalizadas e transformadas em hábito, sem que sequer seja pensado a respeito.
Exterioridade: os fatos sociais existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade; as regras sociais, os costumes e as leis já
existem antes do nascimento das pessoas e são a elas impostas por mecanismos de coerção social.
Generalidade: É social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou na maioria deles. Ex. formas de comunicação, habitação, os
sentimentos e a moral.
Materialismo Histórico: Ideal revolucionário, ação política efetiva.

 Karl Marx (Alemanha, França e Inglaterra - Séc. XIX)


Relações de Produção: Na produção social da sua existência, os homens travam relações determinadas, necessárias, independentes de sua vontade;
essas relações de produção correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. O conjunto dessas
relações forma a estrutura econômica da sociedade, a fundação real sobre a qual se levanta um edifício jurídico e político, e a que correspondem
formas determinadas de consciência social. O modo de produção de vida material domina em geral o desenvolvimento da vida social, política e
intelectual. Não é a consciência dos homens que determina a sua existência, é pelo contrário, a sua existência social que determina a sua
consciência.
As normas, os valores, os sentimentos, os modos de pensar e de agir em sociedade são um reflexo das relações entre os homens para conseguir os
meios necessários à sobrevivência.
As relações de produção entre os homens dependem das suas relações com os meios de produção (terra, máquinas, ferramentas, fábricas etc.).De
acordo com essas relações, que podem ser de propriedade ou de nãopropriedade os homens são diferenciados em classes sociais.
Os proprietários dos meios de produção podem apropriar-se do trabalho dos que, não possuindo esses meios, tem que vender a sua força de
trabalho para sobreviver.
- Na perspectiva Marxista, a ideologia é um conceito que denota "falsa consciência": uma crença mistificante que é socialmente determinada e que
se presta a estabilizar a ordem social vigente em benefício das classes dominantes.
Capitalismo

 Capitalismo: Sistema sócio econômico em que os modos de produção são propriedade privada de uma classe social em contraposição a outra classe
de trabalhadores não proprietários.
 O capitalismo está associado a especulação, concorrência, lucro, relações desiguais e consumo.
 Relações de Trabalho: O trabalho sob o capital é alienado, isto é, cedido em troca de um salário a um "outro", o qual conhece o propósito específico
de cada atividade, podendo determinar seu caráter, seu ritmo, sua forma.

Sociologia do Desenvolvimento
 Crescimento: Dimensão econômica= acumulação de capital, aumento de produção, progresso industrial
 Desenvolvimento: Dimensão Social e Mudança na organização das desigualdades sociais.
 Subdesenvolvimento:
- Dependência Econômica: Dívidas externas, Inflação e Prejuízos Cambiais
- Dependência Cultural: Indústria Cultural, Padrões de Consumo (Publicidade e MCM-Meios de Comunicação em Massa)
- Dependência Política: Alinhamentos ideológicos.
- Dependência Tecnológica: Limitada produção de pesquisa em tecnologia.

Imperialismo: Manifestação do fenômeno da dominação entre nações com características capitalistas.


Imperialismo Externo (Colonialismo interno ou Dualismo): Fenômeno da dominação entre territórios de uma mesma nação.
Subimperialismo: Nações subdesenvolvidas (em desenvolvimento) exercendo domínio sobre outras em condições econômicas mais precárias.
Dinâmica Social

Sociedade: Indivíduos articulados participando de uma teia de interações, expectativas, sentimentos e compreensões.

Sistema Social: Padrões regulares de comportamento observados nos membros de uma sociedade. Assim como os sistemas biológicos interligam os diversos
órgãos, realizando uma função vital, o sistema social seria o mecanismo que integra as diversas instâncias sociais.
Os sistemas apresentam tensões e desequilíbrios, sendo sua estabilidade instável, temporária e resultante de forças em oposição.
Os sistemas podem ser considerados como abertos ou fechados, flexíveis ou inflexíveis, no entanto, os sistemas abertos, mais permeáveis, adaptáveis e
passíveis de transformação, são os que mais têm chances de sobreviver.

Papel Social: é o comportamento que o grupo social espera de qualquer pessoa que ocupe determinado status (posição social, é o aspecto dinâmico do status,
a relação dos direitos e deveres referentes ao status social).

Status Social: É a posição social ocupada pelo indivíduo no sistema de estratificação social, esta posição determina o conjunto de direitos e deveres que
caracteriza o indivíduo na sociedade, o status básico ou principal, é o status pelo qual o indivíduo é classificado e por cuja referência sua conduta é julgada, a
personalidade "status" ou personalidade padrão é o tipo ideal de personalidade, exigida como referência a determinado status; status atribuído é o que não é
escolhido voluntariamente pelo indivíduo e não depende de suas ações ou qualidades; status adquirido é detido em função das qualidades pessoais do
indivíduo, de sua capacidade ou habilidade.

Interação Social: É a reciprocidade de ações sociais entre indivíduos que os:


 Associam: se aproximam, comunicação que os unem:
o cooperação: É a forma de interação social na qual diferentes pessoas, grupos ou comunidades trabalham juntas para um mesmo fim.
o acomodação: é o ajustamento a uma situação de conflito através de uma mudança externa,sem modificação de valores interiores. Todo
conflito tem um fim. Termina ou é adiado temporariamente, pela acomodação.
o assimilação: é o processo social que dá solução definitiva ao conflito social, é pela assimilação que se suspendem os conflitos, trata-se de
um processo de ajustamento pelo qual os indivíduos ou grupos diferentes tornam-se mais semelhantes; difere da acomodação porque
implica modificações internas no indivíduo e no grupo, sendo geralmente inconscientes e involuntários, é uma forma interiorizada de
solução dos conflitos.
o aculturação: é o contato entre culturas diferentes que se influenciam mutuamente.
o a própria socialização.
 Dissociam: se afastam, a comunicação os separam:
o isolamento: é a ausência de contatos sociais devido a fatores físicos, psíquicos ou sociais.
o competição: é a luta quase completamente inconsciente, por "bens" ou "status". Quando esta competição se torna completamente
consciente e área de atrito, transforma-se em conflito havendo o propósito de destruir ou frustrar o adversário.
o conflito: é o processo social que decorre da luta pelo status social. Quando os indivíduos ou grupos procuram derrotar ou destruir um rival
de forma consciente e pessoal, surge o conflito.

Instituições Sociais
Instituição: Costume ou prática estabelecidos, uma organização formal ou informal de funções em determinada estrutura. Uma infinidade de instituições
moldam e controlam o comportamento humano. As escolas, as igrejas e as famílias podem ser consideradas instituições sociais que exercem formas de coerção
sobre os indivíduos. Elas pressionam para o cumprimento de valores preestabelecidos.
Principais intituições que regulam a vida social:
 Família: responsável por inserir o novo membro na sociedade, desenvolvendo-lhe a "natureza humana".
 Escola: responsável pela propagação dos conhecimentos teóricos e práticos, bem como pela formação emocional, social, vocacional e ética.
 Religião: Explica a "origem" da família e do casamento, assim como o seu papel e tem uma posição bem clara com relação ao "social".
 Instituições Políticas: Estado=organização que administra, através de um governo, a vida de um povo (soberania, ordem, bem-estar social)
 Instituições Econômicas: Interesses econômicos que dominam toda a vida social (bancos, comércio, indústria, bolsa de valores, etc)

Cultura
Etimologia "Colere, culturs" = cultivado em oposição ao natural. A cultura é social, é um fenômeno de interação entre os indivíduos. Toda cultura é simbólica e
se transmite de geração em geração. Como termo geral, cultura significa a herança social total da humanidade; como termo específico, uma cultura significa
uma determinada variante da herança social. Assim, a cultura como um todo, compõe-se, de grande número de culturas, cada uma das quais é característica de
um certo grupo de indivíduos (Linton 2000)
 Sociedade: União moral de seres humanos, localizados em limites geográficos bem definidos que compartilham certos objetivos como comuns.
(Povo que pratica a cultura).
 Cultura: Modo de vida desta mesma sociedade. (costumes do povo)
 Cultura Objetiva: Está associada aos padrões de comportamento de um grupo, elaborados pelos homens e que regulam o comportamento deste
grupo. Relativo a sociedade.
 Cultura Subjetiva: Está associada às experiências e vivências particulares do ser social, considerando faculdades como inteligência, vontade,
memória exclusiva de cada indivíduo.
 Sentidos da Cultura:
 Amplo: Modos de vida que os homens desenvolveram no transcorrer do tempo, reunidos em sociedade. Expressa a totalidade da experiência
humana, acumulada e socialmente transmitida.
 Estrito: Modos de vida específicos de determinado povo ou variante cultural.
Cultura Organizacional É antropológica, estuda as exceções. Pode ser tratada como uma variável. Muitas empresas têm dificuldade de promover mudanças no
comportamento de seus funcionários no ambiente de trabalho porque as crenças, valores e atitudes que compõem a cultura organizacional influenciam seus
comportamentos.
Etimologia: Organização deriva do grego "organon" e significa ferramenta ou instrumento.
As organizações podem ser entendidas como instrumentos utilizados pelo homem para desenvolver determinadas tarefas, não possíveis para um indivíduo em
particular.
- Sistema social devidamente estruturado para alcançar determinados objetivos.
- Apresenta limites perfeitamente identificáveis.
- Constitui-se num conjunto complexo, diversificado e harmônico.
- É um sistema aberto.

Temática
Estudo da Cultura: Permite compreender, dentre outros aspectos, relações de poder, regras estabelecidas não-escritas, interesses de grupos determinados,
comportamentos contraditórios.
A cultura tornou-se um tema de interesse daqueles que estudam a dinâmica das organizações a partir dos anos 80 e 90 devido aos seguintes fatores:
-Os estudos do comportamento humano a partir da influência da escola das Relações Humanas;
- O surgimento de tecnologias de gestão de pessoas;
- A necessidade de entender as características das organizações num momento de reestruturação produtiva a partir do comportamento humano e sua
resistência às mudanças de paradigmas;
- O papel desempenhado pela cultura nos processos de fusão, incorporação e terceirização;
- A necessidade de ampliar o papel desempenhado pelos empregados nas organizações em busca de um maior protagonismo dos mesmos;
- A necessidade de entender o homem e seu comportamento dentro da organização em função das mudanças constantes nas estratégias de mercado, vendas,
produção e na empresa como um todo em função da revolução científico-tecnológica que vivemos.

Ser Humano. Ao se privilegiar o estudo cultural de uma organização, privilegia-se o ser humano.
Cotidiano: Nos relacionamentos com variadas organizações no nosso cotidiano.
Habilidade: Desenvolvemos nossos conhecimentos e habilidades em organizações.

Diferenças: As diferenças organizacionais são percebidas ao tomarmos contato com a estrutura organizacional que se manifesta nos objetivos materiais,
atitudes e comportamentos das pessoas, modos de falarem, de se vestirem.

Rede: Toda organização constitui-se de uma rede de pessoas que compõem seu sistema social.
Sistema: As organizações podem ser compreendidas como sistema técnico e social em que ambos estão estreitamente relacionados, constituindo um sistema
aberto em interação constante com o meio ambiente.
Setores: Os setores público, privado ou no terceiro setor apresentam culturas características. Cada uma das organizações destes setores tem sua própria cultura
individualizada, uma espécie de identidade organizacional.

Definição de Cultura para os Especialistas em Organizações: Cultura é um conjunto de valores, crenças, ideologias, hábitos, costumes e normas que
compartilham os indivíduos nas organizações e surgem da interação social, gerando padrões de comportamento coletivo que estabelece uma identidade entre
seus membros, identificando-os com a organização a qual pertencem e diferenciando-se de outras.
Culturas: A concepção de cultura pressupõe a existência de culturas, pois cada grupo social apresentará diferenças adquiridas e consolidadas por sua maior
convivência em relação aos demais.
Subculturas: Culturas que apresentam traços distintivos dentro de uma cultura geral.
De acordo com Edgar Schein, a organização integra elementos formais e informais:
Relações Formais: Elementos mais estruturados (recursos materiais e humanos, resultados, custos, lucros, estrutura, tipo, hierarquia, tecnologias).
Relações Informais: Aqueles que não aparecem na estrutura formal. Hábitos, práticas e costumes que correspondem a valores compartilhados por
determinadas pessoas dentro das organizações. Subculturas dos membros da organização.

Diversidade Cultural
Enfrentar a diversidade da força de trabalho, exigindo uma competência diferenciada dos gestores pertencentes as empresas mais heterogêneas.
Conceito: Dotado de tradição na área, Cox Jr. (1993) aborda a diversidade cultural como "a representação em um sistema social de pessoas com afiliações a
grupos claramente diferentes em termos de significado cultural."
A questão da diversidade em um contexto de sistema social é caracterizada por um grupo majoritário que corresponde aos membros que têm
historicamente mais poder e recursos econômicos, quando comparados aos membros dos grupos minoritários, isto é, aqueles grupos com menor
representatividade no sistema social, comparados ao majoritário.

Relações intergrupais
Alderfer e Smith (1982) desenvolveram uma teoria das relações intergrupais especificamente para as organizações. Esta teoria postula dois tipos de grupos
existentes no interior das organizações: grupos de identidade e grupos organizacionais. A teoria das relações interculturais reconhece que os indivíduos não
abandonam suas identidades etnicas, sexuais e etc, quando estão em uma organização.

Grupos de Identidade
São aqueles cujos membros compartilham alguma característica biológica comum (gênero) , que participam de experiências de vida semelhantes, estão
atualmente, sujeitos a forças sociais similares e, como resultado, tem visões consoantes de mundo. Assim, os grupos de identidade mais comumente
reconhecidos são os baseados em gênero, família, etnia, idade.

Grupo Organizacional
É aquele em que os membros participam de cargos organizacionais comuns, compartilham de experiências de trabalho equivalentes e como consequência, têm
visões de mundo harmônicas.
Classificação das Organizações
Organizações Monolíticas: são altamente homogêneas e poucas ações são efetivadas para integrar grupos de minorias no grupo majoritário.
Organizações Pluralistas: são mais heterogêneas que as monolíticas e adotam ações para integrar pessoas de diferentes grupos culturais que diferem do grupo
dominante. Enfatizam as ações afirmativas e representam uma típica empresa americana de grande porte da década de 90.
Organizações Multiculturais: não apenas possuem diversidade, mas a valorizam; apresentam ampla integração estrutural e também de redes informais.
Tendência à redução de preconceitos e discriminações; mínima lacuna na identificação organizacional baseada na identidade cultural dos grupos e baixo nível
de conflito intergrupal.
Ações Afirmativas: Estiveram no centro da abordagem empresarial quanto a diversidade dos empregados nos EUA. Permitiu criar uma força de trabalho
diversificada. Procurou-se uma mistura em que novos empregados pudessem abandonar suas diferenças, assumindo as normas de comportamento
organizacional existentes.
A assimilação das diferenças se destinaria a assegurar a minimização das diferenças e a conformidade de comportamento. O resultado foi a
diversidade assimilada que é, de fato, uma aparência superficial da diversidade. Acreditava-se que esta abordagem seria um meio de criar uma força de
trabalho diversificada e facilitaria a mobilidade ascendente de minorias. Um dos principais benefícios foi a inclusão destes grupos em grandes empresas. Mas
este progresso é difícil de sustentar apesar dos motivos legais, morais e de responsabilidade social.

A presença do Social na Administração Contábil


A entidade econômico-administrativa é patrimônio de propriedade pública ou privada que tem como elementos indispensáveis: o trabalho, a administração e o
patrimônio, e tem finalidades: sociais, econômicas e sócio-econômicas.
 Social: São aquelas que possuem a riqueza como meio para atingir seus fins. Exemplo: associações beneficentes, educacionais, esportivas, culturais e
religiosas.
 Econômicas: São as que têm a riqueza como meio e fim e têm como objetivo aumentar o patrimônio, obtendo lucro. Ex: Empresas, indústrias e
prestadoras de serviços.
 Sócio-Econômicas: são aquelas que possuem a riqueza como meio e fim, porém o aumento do patrimônio que possuem serve para beneficiar a
comunidade. Ex: Instituto de Aposentadorias, Fundos, Pensões e Fundações.
A contabilidade divide-se em duas grandes ramificações:
 Pública: Ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito público e da representação gráfica de seus patrimônios
visando três sistemas distintos: orçamentário, financeiro e patrimonial, ramificando-se em federal, estadual e municipal.
 Privada: Ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito privado, tanto as físicas quanto as jurídicas, além da
representação gráfica de seu patrimônio dividindo-se em civil e comercial.
 Civil: é exercida pelas pessoas que não tem como objetivo final o lucro, mas sim, a sobrevivência ou o bem-estar social. Divide-se em:
1. Contabilidade Doméstica: exercida pelas pessoas físicas em geral
2. Contabilidade Social: criada pelas pessoas que tem como objetivo final, o bem-estar social da comunidade, tais como:clubes,
associações, sindicatos e igrejas.
3. Contabilidade Comercial: É exercida pelas pessoas que objetivam o lucro. Divide-se em Mercantil, Industrial e de Serviços.
Áreas de Atuação Geral:
- Fiscal
- Pública
- Comercial
- Financeira
- Auditoria
- Perícia Contábil

Áreas de Atuação Específica:


- Análise econômica e financeira de projetos
- Ambiental
- Atuarial Social - informa sobre a influência do funcionamento da entidade na sociedade, sua contribuição na geração de valores e riquezas, além dos custos
sociais.
-Agronegócio

Abordagens utilizadas para o estudo da Teoria Contábil:


- Abordagem ética: prima pela fidedignidade, transparência e linearidade profissional, buscando a imparcialidade frente a quaisquer interesses.
- Abordagem da Teoria do Comportamento: Ligada a sociologia e a psicologia do comportamento, enfatiza que a informação deve ser divulgada de acordo com
sua utilidade a cada usuário.
- Abordagem Macroeconômica: Apresenta a contabilidade relacionada com a economia. A informação deve considerar as políticas econômicas adotadas.
- Abordagem Sociológica: afirmando que a Contabilidade deve divulgar as relações entre entidade e sociedade fornecendo informações qualitativas que
demonstrem o favorecimento do bem estar social.
- Abordagem da Teoria da Comunicação: Declara a necessidade de clareza e objetividade na divulgação dos resultados.
- Abordagem Programática: Enfoca a praticidade, a utilidade e a relação custo-benefício da informação.

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