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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FECULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS


DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ANÁLISE
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

OS IMPACTOS DA COVID 19 NA ECONOMIA DO BRASIL E AS


MEDIDAS GOVERNAMENTAIS ADOTADAS NESTE PERÍODO

GIOVANI MEDEIROS SILVA

MANAUS
2022
GIOVANI MEDEIROS SILVA

OS IMPACTOS DA COVID 19 NA ECONOMIA DO BRASIL E AS


MEDIDAS GOVERNAMENTAIS ADOTADAS NESTE PERÍODO

Monografia apresentada à Faculdade de


Estudos Sociais da Universidade Federal do
Amazonas como requisito obrigatório à
obtenção do título de Bacharel em Ciências
Econômicas, sob orientação do Profa.
Marília

MANAUS
2022
INTRODUÇÃO

No ano de 2020 o mundo vivenciou uma das maiores crises sanitárias já


registrada pela história, trazendo grandes inquietações e conturbações para os
países e para o Brasil, pois estava-se diante de uma doença denominada de
COVID-191 que vinha se alastrando pelo mundo inteiro. Isso levou a Organização
Mundial da Saúde (OMS) a declarar, no dia 11 de março de 2020, que estava em
curso uma pandemia, ou seja, experimenta-se uma enfermidade epidêmica com alto
grau de disseminação.
O vírus expandiu-se rapidamente pelo mundo, ocasionando impactos
profundos na saúde pública e choques sem precedentes nas economias e nos
mercados de trabalho (COSTA, 2020), além de impulsionar vários problemas de
ordem social. Isso exigiu que os países adotassem medidas de contenção do vírus,
dentre elas o isolamento social. Tal medida fez com que a economia diminuísse
drasticamente seu ritmo de produção e consequentemente, os impactos também
foram sentidos no mercado de trabalho (BOSQUEROLLI et. al, 2020).
No tocante a economia brasileira, o cenário trágico na saúde pública
produziu reflexos que foram sentidos de imediato e igualmente, previstos para o
longo prazo, o governo federal brasileiro, assim como governos no mundo todo,
implantaram políticas públicas para tentar diminuir os impactos da crise sanitária,
econômica e social (BOSQUEROLLI et. al, 2020). E assim, tendo como medidas,
além do isolamento social, também restrições de circulação de pessoas, isso, com o
intuito de conter o avanço do vírus.
Entretanto, as medidas adotadas com a finalidade de conter o avanço da
pandemia desencadeou profundas mudanças no cotidiano das pessoas e no
funcionamento das instituições, as quais tiveram que inovar estratégias e adaptá-las
às contingências. No âmbito da educação, escolas e universidades adotaram a
modalidade de ensino remoto. As mudanças também ocorreram no mundo trabalho,
pessoas tiveram que se adaptar à nova rotina de trabalho em casa, com o Home
Office e outras até mesmo a se reinventar para poder sobreviver a essa crise
pandêmica. Segundo dados do Ministério da Economia, os setores mais afetados

1
Infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, potencialmente grave, de elevada
transmissibilidade e de distribuição global (BRASIL, 2020).
foram os de alimentação fora de casa, turismo e de transporte, ou seja, trabalhos
informais (BRASIL, 2020), mostrando que os trabalhadores informais foram os mais
atingidos, pois muitos necessitavam ir às ruas para poder trazer sustento para sua
família, mas com a restrição de circulação de pessoas, nem eles podiam vender e
nem outras pessoas podiam comprar.
E assim o governo federal teve que intervir e criar medidas para minimizar
esses efeitos, entre as medidas adotadas para o enfrentamento da pandemia do
coronavírus (COVID-19), surgindo a criação do Auxílio Emergencial instituído pela
Lei nº 13.982, de 2020. O Auxílio Emergencial é um benefício financeiro destinado a
trabalhadores informais, Microempreendedores Individuais (MEI), autônomos e
desempregados e teve por objetivo fornecer proteção emergencial no período de
enfrentamento à crise causada pela pandemia do Coronavírus (BRASIL, 2020). Com
isso, Cardoso (2020), comenta que houve muitos fatores importantes e inovadores
na implementação do Auxílio Emergencial, como: a criação de soluções de
requerimento remoto, tais como aplicativos e site, e a criação da Poupança Social
Digital, que foram adotadas com o objetivo de evitar aglomerações, colaborando
para as medidas de distanciamento social.
Para ser beneficiário do auxílio emergencial as pessoas tinham que
corresponder a alguns critérios, o principal era não ter um emprego formal, ou seja,
não ter registros na carteira de trabalho. O auxílio era de 600 reais, variando o valor
em alguns critérios, como, mães chefes de família que poderia receber o valor em
dobro, contudo, foi pago para trabalhadores informais, desempregados e aqueles
que são Microempreendedor Individual (MEI), era necessário também ter mais de 18
anos de idade, exceto mães adolescentes, que podiam receber mesmo sendo
menores de idade, ter renda mensal de até três salários-mínimos (R$ 3.135) por
família e não receber benefício previdenciário ou assistencial, exceto o Bolsa
Família.

Fazendo referência ao Keynesianismo que é a doutrina político-econômica


que prega que o Estado exerce papel dominante na organização de uma nação, ou
seja, defende a proposta de que a figura do Estado deve oferecer condições sociais
aos trabalhadores, como deveres a serem cumpridos. Tendo como características:
defesa da intervenção estatal em áreas que as empresas privadas não podem ou
não desejam atuar, posição ao sistema liberal, redução de taxas de juros, equilíbrio
entre demanda e oferta, garantia do Pleno Emprego e introdução de benefícios
sociais para a população de baixa renda, a fim de garantir um sustento mínimo
(HENRIQUE, 2019).

Paniago (2012), explica que a estratégia keynesiana de intervenção na


economia, é “retirando” da iniciativa privada algumas das suas funções antes
exercidas com exclusividade, tendo por finalidade encontrar novas formas de
manutenção da ordem do sistema reprodutivo dominante, e garantir a expansão do
capital, dado o esgotamento da fase do predomínio das “livres” leis do mercado, ou
seja, o poder público deveria investir em áreas em que as empresas privadas
negligenciavam.
Embora, muito se sabe que o atual governo vinha apresentando ideologia
voltada para o liberalismo, que é outra doutrina político-econômico, e tem como
ênfase a limitação do estado para a consequente ascensão da liberdade individual,
dando a ideia da meritocracia, onde as pessoas só devem alcançar ou conseguir
algo através de mérito, onde a diferença do grau de esforço traz como resultados o
alcance dos objetivos, e defende o Estado Mínimo, mas não o liberalismo em si mas,
especificamente uma vertente do liberalismo, que é o: Neoliberalismo.
O Neoliberalismo contrapõe a tudo que o keynesianismo defende. Trata-se de
uma doutrina prática, voltada a ações econômicas concretas, já que poucos
acadêmicos de fato se definem como neoliberais ou desenvolvem uma filosofia
política ou econômica neoliberal. Também não existem muitas tentativas de
definição rigorosa do termo (BLUME, 2016). O que difere o liberalismo do
neoliberalismo, é que o liberalismo abriga várias formas de pensamento entre si,
enquanto o neoliberalismo é mais específico. Contudo, o conjunto de regras
neoliberais seria: disciplina fiscal, redução dos gastos públicos, reforma tributária,
juros de mercado, câmbio de mercado, abertura comercial, investimento estrangeiro
direto, privatização de empresas estatais, desregulamentação (flexibilização de leis
econômicas e trabalhistas) e direito à propriedade intelectual (BLUME, 2016).
Como já dito o neoliberalismo defende a privatização de empresas estatais,
coisa que o atual governo vinha propondo constantemente, além da não intervenção
Estatal, mas devido a condição de pandemia e com todas as medidas de prevenção
propostas pela OMS, o governo teve que intervir com soluções imediatas, visto isso,
faz-se necessário averiguar os principais impactos da pandemia na saúde pública e
no mercado de trabalho, e fazer uma análise quanto às medidas de mitigação do
impacto da pandemia, principalmente o auxílio emergencial e como a população
conseguiu se reinventar nessa crise.

Objetivo Geral:

Averiguar os principais impactos decorrentes da pandemia da COVID-19 na


saúde pública, dando especial relevo ao mercado de trabalho brasileiro e na renda
da população, bem como verificar as medidas adotadas pelo governo para mitigar os
efeitos da pandemia.

Objetivos específicos:

- Analisar o contexto da pandemia do coronavírus e seus efeitos na saúde pública


brasileira;
- Identificar os principais impactos no mercado de trabalho e renda da população;
- Verificar as políticas públicas adotadas pelo governo brasileiro para mitigar os
impactos
REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 Breve histórico sobre a Pandemia do COVID-19


A pandemia do coronavírus foi um dos momentos históricos em que a sociedade
mais precisou se autoavaliar. Segundo dados da OPAS (Organização Pan-
Americana da Saúde), no dia 31 de dezembro de 2019 a OMS (Organização
Mundial da Saúde) recebeu um alerta sobre uma grande quantidade de casos de
pneumonia acontecendo na cidade de Wuhan, na Província de Hubei, na República
Popular da China, posteriormente os casos foram descobertos como uma nova cepa
(uma nova variante) de coronavírus que não havia sido categorizada em seres
humanos.

No mundo todo, até o final de setembro de 2020, foram confirmados


33.249.563 casos e 1.000.040 óbitos. No Brasil, foram 4.732.309 casos
confirmados e 141.741 mortes. Buscando compreender melhor a dimensão
desses números, foram registrados no Brasil, em 2018, 1.316.179 óbitos,
sendo 357.770 por doenças do aparelho circulatório, 155.191 por doenças
do parelho respiratório e 54.679 por doenças infecciosas e parasitárias.
(Santos, 2021, p.1)

No decorrer da História pode-se destacar que houveram 6 momentos anteriores


em que foram declarados como emergências globais.

Data Surtos de Atenção Global


25 de Abril de 2009 Pandemia do H1N1
5 de Maio de 2014 Surto Internacional de Poliovírus
8 de Agosto de 2014 Surto de Ebola na África Ocidental
1 de Fevereiro de Zika Vírus e aumento nos casos de microcefalia e más
2016 formações congênitas
18 de Maio de 2018 Surto de Ebola na República Democrática do Congo
Adaptado pelo Autor (2022), disponível em: https://www.paho.org/pt/covid19/historico-da-pandemia-covid-19

Segundo dados da OMS (2022), o primeiro caso de morte confirmado de Covid-


19 foi no dia 06 de janeiro de 2020, desde então o vírus tem se multiplica ao ponto
em que no dia 30 do mesmo mês a Organização declarou o surto do vírus, e então
no dia 11 de março do mesmo ano o Covid-19 foi declarado como uma Pandemia.
Segundo Sandoval, a primeira morte oficial nos Estados Unidos aconteceu no
Vale do Silício, Califórnia no dia 06 de fevereiro de 2020, contrariando o pensamento
popular de que o primeiro óbito teria sido nos arredores de Seattle no dia 29 de
fevereiro (2020).

O Vale do Silício foi um dos primeiros lugares onde o coronavírus foi


detectado nos Estados Unidos. No final de fevereiro, quando o novo vírus
era um problema apenas na cidade chinesa de Wuhan, no Irã e na Itália,
foram confirmadas nessa área da Califórnia os dois primeiros casos de
transmissão local no país. Naquele momento, havia 63 pessoas
diagnosticadas nos EUA. Todas elas haviam viajado para a China,
conviviam com alguém que tinha feito isso ou eram passageiros repatriados
do primeiro cruzeiro onde foi detectado o vírus. A descoberta de dois
pacientes que não tiveram nenhum contato conhecido com os focos de risco
confirma que o vírus já estava circulando no país havia semanas
(SANDOVAL, 2020)

Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), o primeiro caso


confirmado de Covid-19 na Europa aconteceu no dia 24 de janeiro de 2020, na
França, e até o janeiro de 2022 mais de 1,5 milhões de pessoas no continente
europeu vieram a óbito após contrair o vírus, a organização afirma também que mais
de 123 milhões de pessoas no continente contraíram o vírus. (COVID, 2022)
“A Organização Mundial da Saúde, OMS, revela que praticamente duas entre
três pessoas em território europeu contraíram a Covid-19 pelo menos uma vez.”
(COVID, 2022).

O primeiro caso confirmado de no Brasil ocorreu no dia 26 de fevereiro de


2020, na cidade de São Paulo, segundo dados da UNA-SUS. (2020).
Ao confirmar o primeiro caso no país, o ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, reforçou que já era esperada a circulação do vírus, mas
que, diferente dos demais países com transmissão, o Brasil ainda não está
no inverno – período em que há maior risco de contágio. “É mais um tipo de
gripe que a humanidade vai ter que atravessar. Das gripes históricas com
letalidade maior, o coronavírus se comporta à menor e tem
transmissibilidade similar a determinada gripes que a humanidade já
superou”, explicou. (Ascom SE /UNA-SUS, 2020)

1.2 Fatores epidemiológicos que ocasionaram o Isolamento Social


Segundo Santos, é necessário que as autoridades olhem para as pandemias
com um olhar mais atento, uma vez que a história confirma uma carência sanitária
como uma das principais causas do ocasiona mento de surtos epidemias. A história
afirma que más condições de vida, fome, más condições de moradias, o alto nível
acumulativo de lixo, a falta de higiene bem como a ausência de esgotos sanitários e
falta de água tratada são condições extremamente favoráveis para a proliferação de
grandes epidemias (2021)

No Brasil, dados publicados em 2017 mostraram que 61,4% da população


contavam com rede coletora de esgotos e 42,6% com coleta e tratamento,
sendo a região Sudeste a única em que o tratamento dos esgotos chegava
a mais da metade da população (Santos, 2021, p.3)

1.3 Regras de distanciamento recomendadas pela Organização Mundial da


Saúde

1.4 Paralização do comércio seguindo as diretrizes de Isolamento Social

RESULTADOS E DISCUÇÕES
Políticas Públicas no Brasil
Pandemia: riscos e efeitos nos pequenos negócios no Brasil

Segundo a Lei Complementar nº. 123/2006, também conhecida como o


Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, é a lei que
estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, sendo Microempresa
(ME): quando a receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000,00, Empresa de
Pequeno Porte (EPP): quando receita bruta anual superior a R$ 360.000,00 e igual
ou inferior a R$ 4.800.000,00, e Microempreendedor Individual (MEI): receita bruta
anual até R$ 81.000,00 (Brasil, 2006). As diferenças principais entre esses tipos de
negócio dizem respeito ao faturamento anual máximo e ao total de empregados
(Manzano e Borsari, 2020).

Os Pequenos Negócios estão concentrados nas atividades de serviço e


comércio (Quadro 1), o que expressa dois traços gerais da dinâmica produtiva e
sócio-ocupacional da economia brasileira. Em primeiro lugar, o excedente estrutural
de força de trabalho, característico de economias latino-americanas, acompanha a
trajetória da constituição do mercado de trabalho pouco estruturado brasileiro. O
segundo elemento que essa distribuição setorial expressa está diretamente
relacionado ao primeiro, e diz respeito ao lento e perceptível processo de
desindustrialização precoce que passa a economia brasileira nas últimas quatro
décadas, marcando a perda relativa da participação da indústria de transformação
no PIB e dos empregos industriais no total de empregos. (Manzano e Borsari, 2020).

Fonte: Sebrae (Pesquisa Online de 30/04 a 05/05/2020, disponível em: https://bit.ly/3f1uigy)


Elaboração: Manzano e Borsari (2020)
METODOLOGIA
A seguinte pesquisa, trata-se de uma análise histórica sobre os principais
impactos decorrentes da pandemia da COVID-19 na Saúde Pública e como eles
refletiram no mercado de trabalho brasileiro, a partir do ponto de vista de
especialistas em economia e estatística em artigos científicos publicados entre os
anos de 2020 e 2022, das plataformas digitais Biblioteca Eletrônica Científica Online
– SCIELO (do inglês: Scientific Electronic Library Online) banco de dados do Instituto
de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA) – IpeaData, banco de dados do Banco
Mundial no Brasil (do inglês: The World Bank – Brazil) e Banco da Dados do Banco
Central do Brasil.
A análise desta pesquisa é de característica documental e exploratória, onde
serão analisados dados primários e secundários, e posteriormente serão
correlacionados com a finalidade de descrever os fatos históricos ocorridos da forma
mais confiável possível. Este tipo de estudo, reúne documentos, escritos ou não,
que se denominam como fontes primários, pois possuem dados coletados no
momento em que o fato ou fenômeno ocorreu (LAKATOS; MARCONI, 2021 p.118 e
119).
Esta pesquisa possui abordagem quali-quantitativa, pois a discussão irá
apresentar os dados numéricos coletados nos bancos de dados, sobre os impactos
da pandemia do COVID-19 no mercado de trabalho brasileiro, como também textos
e fontes para descrever os fatos históricos ocorridos na sociedade da época. Para
Lakatos e Marconi (2021), este tipo de pesquisa permitirá que o pesquisador
questione os fenômenos numéricos deste público, e assim descrever as principais
causas desses fenômenos.
O método de procedimento estatístico a ser utilizado será de documentação
indireta, mais especificamente uma pesquisa bibliográfica a partir de publicações em
livros, artigos científicos impressos ou eletrônicos, imprensa escrita, material
cartográfico e estatístico, como também dados disponíveis em meios eletrônicos.
Ainda assim, para avaliação do nível de evidências nos artigos científicos, será
utilizada a escala de classificação de níveis de evidência, descrita no quadro 2, a
seguir.
Logo após a pesquisa de artigos científicos e obtenção de dados, estes serão
compilados em grandes grupos, para avaliação do ano de publicação, título,
objetivos e resultados. Esta fase será realizada com auxílio do programa Microsoft
Excel, para averiguar e fichar os dados relevantes para a síntese discursiva desta
pesquisa.

Quadro 2 – Escala de classificação dos níveis de evidência. Baltimore, MD, Estados


Unidos da América, 2010.

Nível Descrição da evidência


I Evidências provenientes de revisão sistemática ou metanálise, de
todos os relevantes ensaios clínicos randomizados controlados, ou
oriundas de diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de
ensaios clínicos randomizados controlados;
II Evidências derivadas de pelo menos um ensaio clínico randomizado
controlado bem delineado;
III Evidências obtidas de ensaios clínicos bem delineados sem
randomização;
IV Evidências provenientes de estudos de coorte e de caso-controle
bem delineados;
V Evidências originárias de revisão sistemática de estudos descritivos e
qualitativos;
VI Evidências derivadas de um único estudo descritivo ou qualitativo;
VII Evidências oriundas de opinião de autoridades e/ou relatório de
comitês de especialistas.
Fonte: Melnyk e Fineout-overholt.

Em primeiro momento, foi proposto a escolha do tema da pesquisa,


inicialmente o tema da pesquisa viria a ser “os impactos do Covid 19”, se
encaixando no eixo de história econômica. Junto ao título inicial, porém a quantidade
de produção cientifica existente não supriria a necessidade produtiva da pesquisa.
Dessa forma, a delimitação da temática bem como o título desta pesquisa voltou-se
para “Os impactos da covid 19 na economia do brasil e as medidas governamentais
adotadas neste período”.
A partir dessa temática foram propostos os objetivos da pesquisa e um
fichamento para levantamento de dados científicos para embasamentos teórico.
O objetivo Geral proposto por esta pesquisa é averiguar os principais
impactos decorrentes da pandemia da COVID-19 na saúde pública, dando especial
relevo ao mercado de trabalho brasileiro e na renda da população, bem como
verificar as medidas adotadas pelo governo para mitigar os efeitos da pandemia. A
partir deste ponto ele foi delimitado em 3 objetivos específicos. O primeiro é analisar
o contexto da pandemia do coronavírus e seus efeitos na saúde pública brasileira;
Seguido de Identificar os principais impactos no mercado de trabalho e renda da
população; e por último, verificar as políticas públicas adotadas pelo governo
brasileiro para mitigar os impactos.
Segundo Köche, o fato é que o problema está delimitado da forma mais eficaz possível
quando a pergunta problema especifica de forma clara a, ou as, dúvidas pré sequenciais da
pesquisa. (KÖSCHE, 2002, p. 130)
A pergunta problema escolhida para pesquisa bem como sua justificativa
permeiam a partir da seguinte sentença proposta a partir da temática do trabalho.
“Qual o impacto da pandemia da covid 19 na economia brasileira?”. Essa pergunta
delimita o fato histórico do comportamento humano frente a pandemia,
especificamente no Brasil.
Retomando a etapa preparatória da pesquisa, é importante destacar que o
corpo da pesquisa inicialmente seria feito a partir de uma revisão da literatura,
posteriormente abordando análises estatísticas existentes para descrever os fatos
históricos em cada momento perscrutado.
O objetivo da revisão da literatura é o de aumentar o acervo de informações
e de conhecimentos do investigador com as contribuições teóricas já
produzidas pela ciência para que, sustentando-se em alicerces de
conhecimentos mais sólidos, possa tratar o seu objeto de investigação de
forma mais segura. (KÖSCHE, 2002, p. 131)

Quanto a coleta de Dados, a investigação preliminar permeou através da


leitura de Artigos científicos já publicados, de materiais publicados de forma
eletrônica em plataformas públicas e privadas, bem como na atualização dos dados
governamentais publicados em seus portais de transparência. Levantando assim
dados de fontes primárias (estatísticos, informativos, documentais...) e secundários
(obras de imprensa, publicações não oficiais, podcasts de opinião pública).

REFERÊNCIAS

Santos, Vanessa Prado dos. O desafio da pandemia da COVID-19: o que podemos


aprender com a história?. Jornal Vascular Brasileiro [online]. 2021, v. 20.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1677-5449.200209>. Epub 19 Mar 2021.
ISSN 1677-7301. https://doi.org/10.1590/1677-5449.200209.
Acesso: em 24 de junho de 2022.

World Health Organization. WHO Coronavirus Disease (COVID-19) Dashboard.


2020. Disponível em: https://covid19.who.int/. Acesso em: 25 de junho de 2022.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Escritório Regional Para As


Américas da Organização Mundial da Saúde (org.). Histórico da pandemia de
COVID-19. 2022. Disponível em: https://www.paho.org/pt/covid19/historico-da-
pandemia-covid-19. Acesso em: 04 de julho 2022.

DATASUS. Sistema de informações sobre Mortalidade (Org.). 2022. Disponível em:


http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def. Acesso em: 05 de
julho de 2022

Ascom SE /UNA-SUS (org.). Coronavírus: Brasil confirma primeiro caso da


doença. 27 de fevereiro de 2020. Disponível em:
https://www.unasus.gov.br/noticia/coronavirus-brasil-confirma-primeiro-caso-da-
doenca. Acesso em: 06 de julho 2022.

SANDOVAL, Pablo Ximénez de. Primeiras mortes por Covid-19 nos EUA


ocorreram semanas antes do que se pensava. 2020. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-04-22/primeiras-mortes-por-covid-19-nos-
eua-ocorreram-semanas-antes-do-que-se-pensava.html. Acesso em: 08 de julho de
2022.

COVID-19 na Europa: OMS acredita que situação irá se estabilizar dois anos após
primeiro caso. ONU News. 2022. Disponível em:
https://news.un.org/pt/story/2022/01/1777352. Acesso em: 09 de julho de 2022.

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