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Também cabe notar que a pandemia já vinha gerando notável repercussão nos
projetos gerenciais envolvendo recursos humanos. Não apenas pelos novos
procedimentos comportamentais, mas também por formas até então inéditas de
desenvolver as atividades mais usuais dos processos produtivos.
Inicialmente, vamos analisar quatro questões que parecem gerais, mas afetam
diretamente a Gestão da Qualidade.
Questão 1.
Quais os impactos e as consequências da COVID-19?
Uma alteração permanente, sem dúvida, é a revolução digital. E até muito mais
do que isso: na verdade, a pandemia vai consolidar a tendência da competência
digital. Apenas organizações que detém plataformas realmente eficazes sobreviverão,
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Todos (todos, sem exceção) os setores da economia formal (e até informal) têm
observado a necessidade de investir em modelos digitais de negócios nos últimos 3
anos. E estão passando por estes cenários de transição. O comércio e agronegócio
já são os setores onde o impacto do desenvolvimento tecnológico está sendo mais
sentido. Mas outros setores vão na mesma direção. A telemedicina tem se
estabilizado de forma definitiva. A onda atingiu também, com furor e determinação, os
microempresários individuais. Serviços públicos estão apostando no atendimento à
distância e ampliar interações com o uso de recursos tecnológicos. Pessoas também
têm sentido esta mutação. Todas as profissões precisaram das novas tecnologias. E
vão precisar cada vez mais se consolidarem (o que implica atualização constante).
Já as repercussões que podem ser fugazes compõem uma lista longa e talvez
comece com demonstrações de solidariedade; atenção e reconhecimento aos
motoboys e aos profissionais da saúde; relógios mais pausados; reuniões com família;
atenção a fenômenos e práticas incrivelmente usuais e que agora despertam atenção,
como o nascer do sol e a arte de cozinhar; menos poluição; mais silêncio e menos
ruído; pessoas mais calmas, mais lentas, mais atentas e mais sensíveis.
Questão 2.
O que fazer no curto prazo para atenuar o impacto econômico, empresarial e
social?
E aí aparece uma constatação que parece surpreendente, mas não tem nada
de inusitado ou imprevisível:
Questão 3:
Quais os reflexos mais imediatos do conflito no Leste Europeu para o resto do
mundo?
5. SANÇÕES E PUTIN: Putin sai enfraquecido, muito menor agora do que quando o
conflito começou. Seu erro: achar que o conflito seria muito rapidamente resolvido.
A Rússia poderia não esperar tantas sanções ao país e nem ao próprio presidente
Vladimir Putin. Não se previa uma resposta coordenada do Ocidente contra o
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ANÁLISE: POSSÍVEL FIM DO CONFLITO: É difícil prever por mais quanto tempo a
batalha durará, com alguns ataques podendo reaquecer o confronto. Sabe-se como
começa uma guerra, mas não se sabe como ela termina nem quanto tempo ela leva.
A incursão pode se estender por mais alguns meses, já que a Rússia emprega uma
estratégia de arrastar o conflito. Guerras longas geram desinteresse da opinião
pública e menor pressão sobre os governos. Hoje: Não há sinalização concreta de
negociações de paz. Esse conflito tende a se arrastar.
1.2.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DOS MERCADOS PRODUTORES E
CONSUMIDORES
Questão 4.
Que características serão observadas nos mercados produtores e
consumidores?
Demanda
Tendência Prazo Setores
Atual (Crise)
Ensino à distância; Entretenimento on-line;
Altíssima Manutenção Longo Ferramentas para Trabalho Remoto;
Telemedicina; Saúde
Alimentação; Recursos da Internet;
Altíssima Estabilização Longo
Limpeza e higiene; Proteção individual
Inversão Eletrodomésticos; Roupas; Calçados
Retração Médio
(Forte) Bens e serviços de beleza
Inversão Artes; Espetáculos; Eventos; Turismo
Retração Médio
(Fraca) Hotéis; Companhias aéreas; Restaurantes
3. Padrões de consumo
4. Governança pública
Aqui, um exemplo prático. Ter um veículo de passeio, qualquer que fosse, foi o
sonho da geração nascida nos anos 1970 e 1980. Na segunda década desde século,
ter um carro próprio deixou de ser relevante, por força dos modelos de Economia
Compartilhada, que criaram aplicativos de transportes.
Anos atrás, adolescentes sonhavam chegar logo aos 18 anos para ter sua
carteira de habilitação e poder dirigir. A uberização do transporte também atingiu este
processo e as pessoas começaram a ver importância crescentemente menor em ter
licença legal para dirigir.
Agora, porém, nestes primeiros meses de 2023, o preço dos carros novos
assombra os consumidores. Será uma nova revolução a caminho? Veremos mais à
frente que, sim, há uma nova revolução nesta área em andamento.
1.3.
O PAPEL DA QUALIDADE NA BUSCA DE OPÇÕES
PARA MINIMIZAR A CRISE
Focando na questão central desta disciplina: Como a qualidade e a gestão
podem ajudar para a saída da crise?
1.4.
A GESTÃO DA QUALIDADE E OS NOVOS PROCESSOS DE GESTÃO
É interessante notar que os conceitos que compõem a estrutura teórica da
qualidade não são novos. De fato:
Isto significa dizer que a Gestão da Qualidade seria uma área desatualizada?
Não necessariamente. Há, pelo menos, duas razões para dar sustentação à
afirmação de que a Gestão da Qualidade se compõe de um suporte teórico atualizado
e de um embasamento prático de uso corrente em nossos dias.
1.5.
QUALIDADE 4.0 (A GESTÃO DA QUALIDADE E INDÚSTRIA 4.0)
Gestão da Qualidade em novos ambientes de negócios: esta é a prioridade da
Gestão da Qualidade hoje.
A Qualidade 4.0 está perfeitamente definida pelo conceito visto no item anterior,
qual seja, a qualidade definida como o conjunto de opções que organizações
produtivas, instituições governamentais ou mesmo pessoas selecionam para criar
uma forma específica de estruturar processos de relacionamento com os mercados e,
mais em geral, com a sociedade.
Para quem acha que a indústria 4.0 é ficção cientifica, alguns exemplos reais,
que já existem e estão ajudando a melhorar processos mundo afora, mostram o
contrário:
1.6.
QUALIDADE 5.0 (A GESTÃO DA QUALIDADE E A INDÚSTRIA 5.0)
Edson Pacheco Paladini
UFSC / Academia Brasileira da Qualidade
Erra feio quem considera que o movimento chamado Indústria 4.0 significa
automatização das atividades produtivas em larga escala.
Comete equívoco mais vigoroso quem associa a Indústria 5.0 com fábricas sem
recursos humanos, operadas apenas por máquinas e robôs.
O próprio nome Indústria 4.0 decorre da ideia que se trata da Quarta Revolução
Industrial. E a automação já era elemento marcante da Terceira Revolução Industrial,
consolidada nas últimas décadas do século passado.
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E a Indústria 5.0?
Mas outra exigência se impõe, e, aí, nota-se claramente o ponto comum entre
a Indústria 4.0 e Indústria 5.0: a qualificação dos recursos humanos.