a. Quais os novos inputs e outputs do tecido empresarial português em resultado da
Pandemia do Covid-19. O aparecimento da pandemia provocou a introdução de novos processos produtivos e de novas atividades. Inúmeras empresas não tiveram a capacidade de se reestruturar e adaptar ao novo contexto, contudo, outras cresceram, orientaram-se para os mercados externos e incorporaram mais inovação nos seus produtos e processos. A situação pandémica aliada à Covid-19 veio afetar vários setores em Portugal. O comércio, a restauração, o alojamento, as atividades artísticas e recreativas, o turismo e todas as outras atividades ligadas ao mesmo, foram das áreas mais afetadas por este problema. Nos primeiros tempos da pandemia, o turismo foi afetado por restrições à mobilidade, incluindo a suspensão de voos e o fecho das fronteiras por todo o mundo. Como o turismo tem um enorme peso na economia de Portugal, torna-se então uma área muito vulnerável à crise. Considerando output como o resultado de um processo de produção, alguns dos outputs do tecido empresarial português resultantes da pandemia são: o teletrabalho, as máscaras para combate ao vírus, a produção de álcool gel em massa, as barreiras de acrílico, as empresas de entrega de vários produtos, o aumento das compras via online, a desinfeção de ambientes em poucos minutos e as plataformas e aplicações que monitorizam a Covid-19. A existência de novas necessidades levou a um aumento do número de empresas. É notório que a paralisação das economias, por razões sanitárias, pode fazer com que falte componentes imprescindíveis a várias empresas, como os seus inputs, isto é, os produtos que usam para o fabrico de bens e serviços, levando à interrupção dos seus processos produtivos. Também a alteração dos perfis de procura poderá ter consequências em todo o mundo. Utilizando o modelo World Input-Output Database (WIOD), dividimos os produtos em essenciais e não essenciais, existindo uma quebra para metade da procura final dos não essenciais. Nalguns países, as exportações diminuíram mais do que as importações, desestabilizando assim a balança comercial. Tal significa que, no médio prazo, terão de reestruturar a sua economia, de modo a poderem encontrar outros produtos de especialização, ou seja, que sejam capazes de exportar com sucesso. Contudo, há a necessidade de tomar atitudes com maior agilidade e resiliência, entender melhor os hábitos dos clientes, perceber a necessidade de reestruturação, construir novos recursos para aproveitar novas oportunidades e focar na tecnologia para reforçar o sucesso.
b. Que medidas corretivas identifica de regulação no tecido empresarial português
resultante da Pandemia do Covid-19 As várias vagas da Covid-19 criaram um clima de incerteza e os investidores tornaram- se mais ponderados e reticentes na aplicação de capital nas empresas, havendo uma recessão económica e, por isso, foi necessário elaborar soluções para o país. Para dar resposta ao impacto da pandemia, o Banco Central Europeu aplicou medidas de política monetária como operações de cedência de liquidez de prazo alargado e taxas de juro negativas, que permitiram que os bancos concedam créditos às empresas. Além disso, as regras fiscais da Zona Euro foram suspensas temporariamente aplicando estímulos orçamentais. Em Portugal, para combater a crise provocada pela pandemia e com vista ao desenvolvimento da economia nacional, à facilidade do acesso ao financiamento para as pequenas e médias empresas e à criação de emprego, houve também a necessidade de recorrer ao Plano de Recuperação e Resiliência.
c. Explique quais os desequilíbrios que podem ocorrer nos subsistemas técnico e
social das empresas portuguesas em resultado do Covid-19. Em resultado do COVID-19, as circunstâncias normais do funcionamento das empresas alteraram-se, levando a desequilíbrios nos subsistemas técnico e social. Desta forma, é possível delinear alguns dos possíveis cenários desta desarmonia. A aplicação da medida de teletrabalho obrigatório pode ter levado algumas empresas a ver as suas instalações como uma despesa desnecessária e optarem por não as manter. Assim, o trabalho remoto passará a ser a única opção para que os trabalhadores efetuem as suas tarefas. Isto pode reduzir as despesas empresariais, porém, a falta de convívio e interação entre empregados pode levar à desmotivação, individualização e até mesmo a um questionamento dos valores da empresa. Esta nova forma de trabalhar leva a novas exigências na tarefa que o salariado desempenha, pois, novas tecnologias foram exploradas. Contudo, mesmo que estes tenham de ter a capacidade de se adaptarem a novas situações, isto pode levar a uma certa discriminação. Ao passo que gerações mais jovens se ajustaram de forma mais rápida e com mais facilidade a este mundo online, gerações mais envelhecidas tem maior dificuldade, podendo levar a um fraco desempenho da sua tarefa. Assim, a capacidade dos trabalhadores de cumprir o que lhes compete pode ser comprometida e não representar as suas verdadeiras habilidades. Ao contrário das outras áreas, o setor industrial não parou de trabalhar de forma presencial. Isto levou a um estado de medo e receio por parte dos funcionários que temiam ficar contaminados e até mesmo contaminar as suas famílias. Esta situação em que se encontravam também não permitia conviver com os seus colegas de trabalho levando a uma grande individualização e isolamento. Desta forma, a produção manteve-se, mas o subsistema social das empresas sofreu uma quebra. d. Na sua opinião, que medidas poderiam ser adotadas para voltar a reequilibrar os dois sistemas. Os desequilíbrios que ocorrerem nos subsistemas técnico e social das empresas portuguesas em resultado do Covid-19 tornam-se insustentáveis para um bom funcionamento da empresa e é necessário tomar medidas que visam o reequilíbrio dos sistemas. A fim de atingir esse objetivo, considerámos necessária a continuação do trabalho presencial. Contudo, para diminuir o medo dos funcionários das indústrias e o risco de contaminação, sugerimos a organização de turnos de trabalho e a criação de medidas de rastreio ao Covid-19 e de incentivos à vacinação. Apesar da importância do trabalho presencial, o teletrabalho é uma ferramenta indispensável para as empresas. Por esse motivo, a organização de convívios online pode contribuir para uma melhor interação entre os trabalhadores, fortalecer as suas relações e promover um sentimento de normalidade com as circunstâncias. O fortalecimento das relações e, consequentemente, a integração dos trabalhadores pode resultar também da promoção de uma cooperação entre os mais velhos e os mais novos, onde os jovens auxiliam os mais velhos a compreender e a utilizar de forma mais correta e rápida as novas tecnologias necessárias para o teletrabalho. Assim, a administração da empresa deve disponibilizar-se para organizar estas atividades e conceder algum tempo para a sua realização. Como descrito, para colocar em prática tais medidas é essencial a colaboração entre a administração e os trabalhadores da empresa e o foco na realização de um objetivo comum a todos.
Trabalho realizado por:
o Ana Flora de Sousa Rodrigues a99338 o Bruna Vanessa Vieira da Silva a97620 o Liliane Isabel Cunha Silva a99234 o Mariana Silva Ferreira a95650