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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

UFMS/ CPAR
Curso de Administração de Empresas

Título: Contabilidade aplicada a área Pública.

PARANAÍBA-MS
2023
MARIANA SOCORRO TEIXEIRA
MARIA IZABELA DOS SANTOS SOARES

Título: Contabilidade aplicada a área Pública.

Artigo apresentado como requisito para


conclusão Da Matéria Tópicos em extensão
universitária da Universidade Federal de Mato
Grosso do SUL- UFMS/CPAR. Orientador (a):
Prof. Dr. Fabiano Martins Tiossi.

PARANAÍBA-MS
2023
INTRODUÇÃO
Serão abordados nesse artigo os seguintes tópicos: Receitas e
despesas públicas; Orçamento Público; Princípios orçamentários e Ciclo
orçamentário.
Esse artigo visa trazer informações acerca de como funciona as receitas
e despesas públicas, como que é feito um orçamento público, quais são os
princípios orçamentários e ciclos orçamentários da gestão pública. E o mais
importante, como podemos ajudar a divulgar melhor esses resultados em
nossa cidade, município e até mesmo pais e alertar as pessoas que ainda não
sabem como são divulgados tais assuntos de extrema relevância como esse
citado a cima.
A secretária do Tesouro Nacional vem nos mostrar que desde 2017 e
2021 o Brasil sofre um déficit de 247 bilhões é o que marca a lei LDO no ano
de 2021. Podemos dizer que se passou uma década e cada vez mais torna-se
mais difícil ter uma estratégia para estabilizar tal número.
O Tesouro Nacional vem nos alertar que podem vir tanto do lado de
despesas quanto o lado de receitas ou com ambas as partes. Nesse caso do
ano 2000 e 2020, dados mostram que teve um aumento nas despesas públicas
aproximadamente de 6% ao ano, comparadas a um valor aproximado do PIB
de 2% segundo o IBGE. Como sabemos os cortes com as despesas públicas é
um assunto bastante discutido no meio político. Com isso a carga tributária
vem nos mostrar que a carga no Brasil teve um aumento de 32% do PIB no
ano de 2020, ou seja a arrecadação por meio de impostos torna-se cada vez
maior, sendo assim torna-se uma pratica cada vez menos aceitável pelas
pessoas.
Nessa situação qual é o modelo melhor para ser aplicado? Como
podemos restabelecer o equilíbrio fiscal? Quais recomendações políticas são
as mais adequadas, essas questões levam em conta o tamanho de governo e
quais são os instrumentos que ele possui para fazer ajustes nas contas
públicas. Na literatura econômica possuem quatro atributos que podemos
destacar, sendo eles: arrecadar- gastar; gastar- arrecadar; sincronização fiscal
e neutralidade fiscal.
Além desses dados vale ressaltar que os mesmos podem ser
influenciados por diversos motivos econômicos, assim como influenciam
também podem vir a serem influenciados em decorrência das despesas e
receitas públicas brasileiras. Um dos exemplos seria os choques
discricionários, como projetos de elevação dos gastos públicos sem
contrapartidas de receitas ou no mesmo contexto choques de ofertas como:
petróleo, problemas climáticos entre outros que possam vir a surgir no decorrer
do caminho.
Podemos ver que tem se intensificado muito mais nas contas públicas
do pais para curto prazo, porém pode ser agravado caso aja um descasamento
em contas de longo prazo, quanto mais se tem choques acumulativos de
ambas as partes mais difícil de se chegar a uma conclusão fica. Outra questão
para ser abordada seria as receitas e as despesas, será que elas respeitam o
ciclo econômico do nosso pais?
O argumento que se tinha antigamente era por decorrência de guerras,
que por sua vez causariam impacto na elevação dos impostos, já no segundo
caso que é citado no artigo um autor vem nos trazer que realmente estaríamos
enfrentando um problema real, porem defendendo leis de limitações tributarias
como “solução”. No mesmo foi apresentado a curva de Laffer, uma
demonstração pratica que mostrava que a capacidade de arrecadação do
governo era limitada.
No decorrer da história a interpretação entre as receitas, despesas e
tamanho do governo se diversificaram no caminho entre eles é a sincronização
fiscal, tem uma igualdade entre os custos marginais/tributos e o benefício
marginal das despesas decisões e gastos fiscais sejam tomados na mesma
proporção. Já a neutralidade fiscal onde juntam arranjos institucionais e órgãos
de arrecadação e de gastos fazem com que a despesa e receitas passam a
não se influenciarem.
Com base nessa primeira parte podemos notas que nos gastos públicos ambas
as partes têm que estar de acordo para não correr o risco de sobrecarregar
alguma parte, ambas têm que estar em sincronia, pois como citado
anteriormente, corre-se o risco de aumentar os impostos e vir afetar a classe
menos favorecida, aumentando assim o valor do combustível, da comida entre
outros tantos impostos. (Neto, Benedito Adelmo Salomão; Da Silva, Cleomar
Gomes. Assimetrias e causalidades entre receitas de despesas públicas
no Brasil. Estudos econômicos. Volume XL. Julho de 2023).
Como todas essas informações podemos verificar a possibilidade do
crédito extraordinário no Brasil, porem tem que ser verificado com bastante
rigorosidade essa situação. Com isso cabe fazer o reajuste financeiro, se
programar para tal tomada de decisão. Porém pode ocorrer operação não
descritas no decorrer do exercício governamental os exemplos mais comuns
são: omissões e erros para fazer a correção de tal é preciso deixar de lado os
chamados mecanismos retificadores do orçamento, cabendo entre eles o
crédito extraordinário. (Da Rocha, Diones Gomes; Marcelino, Gileno
Fernandes; Santana, Cláudio Moreira. Orçamento público no Brasil: a
utilização do crédito extraordinário como mecanismo de adequação da
execução orçamentária brasileira. Revista de Administração. Outubro,
novembro e dezembro 2013).
Esse tipo de credito vem sendo usado no brasil desde os anos de 1850
com a lei n 589 no dia 9 de setembro, ano e tais que tais vigências foram
criadas. Deixando bem clara que o uso de credito extraordinário deve ser
usado somente em casos graves como epidemia ou qualquer outra calamidade
pública. Porém desde essa época o parlamento vinha tentando fazer um meio
para burlar esse sistema. Passado um período de 160, o credito concedido
passou a ser usado de maneira exagerada digamos assim. Fazendo com que
no ano de 2010 chegássemos aos 304 bilhões de credito extraordinário usado.
Podemos usar como exemplo a COVID-19 onde com certeza o governo
deu auxílio aos mais necessitados e com isso precisou-se usar esse credito e
teve que pagar pelo mesmo ou ainda está pagando. Os mesmos podem
resolver duas situações governamentais são elas: falta de recursos para fazer
o pagamento de suas despesas e também arcar com as despesas que irão ser
realizadas. Para a primeira forma pode se usar o credito suplementar já na
segunda teria que ser usado o credito especial ou até mesmo o credito
extraordinário.
Por fazer uma alteração no orçamento o crédito vem sendo bastante
observados, fazendo com que se tornem vilões ao invés de ajudar.
Constata-se, pois, a preocupação em manter os créditos adicionais e,
em especial, o crédito extraordinário no menor nível possível, adstrito, apenas,
às hipóteses previamente previstas na legislação (Da Rocha, Diones Gomes;
Marcelino, Gileno Fernandes; Santana, Cláudio Moreira. Orçamento público
no Brasil: a utilização do crédito extraordinário como mecanismo de
adequação da execução orçamentária brasileira. Revista de Administração.
Outubro, novembro e dezembro 2013).
Na antiga legislação brasileira o credito poderia ser resgatado somente
como dito anteriormente, em casos de calamidades públicas, porém com a
nova lei e constituição federal de 1988 lei 4.320/ 64 irá retratar que o recurso
de crédito extraordinário pode ser pedido a qualquer momento, para cumprir os
gastos de suas despesas sendo de responsabilidade do poder executivo que
deve ser comunicado imediatamente ao o poder legislativo. (Da Rocha, Diones
Gomes; Marcelino, Gileno Fernandes; Santana, Cláudio Moreira. Orçamento
público no Brasil: a utilização do crédito extraordinário como mecanismo
de adequação da execução orçamentária brasileira. Revista de
Administração. Outubro, novembro e dezembro 2013).
O orçamento público tem como origem controlar a aplicação do dinheiro
público e autorizar o mesmo, com o desenvolvimento da democracia em nosso
pais, elegemos uma pessoa que é responsável por cuidar do dinheiro e
administrar da melhor forma possível, sendo assim essa pessoa é responsável
em fazer a distribuição do mesmo para regular a forma e o bem-estar da
faculdade. É dever do estado arcar com as necessidades públicas.
Durante muito tempo a ideia de orçamento público ficou fechada em 2
obrigações sendo elas as receitas e as despesas. Com o passar dos anos essa
ideia foi sendo ampliada. Com isso passou a ser implementado as políticas
públicas, nada mais nada menos do que o direito das pessoas, já que as
mesmas pagam tributos estatais, querem ver retorno, na educação, saúde,
segurança entre outros âmbitos e é um direito dos mesmos. (De Oliveira,
Cláudio Ladeira; Ferreira, Francisco Gilney Bezerra de Carvalho. O Orçamento
Público no Estado Constitucional Democrático e a Deficiência Crônica na
Gestão das Finanças Públicas no Brasil. Sequencia Florianópolis. Agosto de
2017).
Temos várias regras e princípios para a organização orçamentaria e
financeira de nossos estados, municípios e do Distrito Federal.
O primeiro plano a ser destacado é o plano PPA – Plano Plurianual:
Para a Administração Pública Federal, o mesmo estabelecerá diretrizes a ser
cumprida, com objetivos e metas para a despesa de capital e outros gastos
decorrentes e para programas relativamente continuados.
Já o próximo é o LDO – Lei de Diretrizes Orçamentarias: irá
compreender as metas e prioridades da Administração Pública federal, dando
continuidade nas despesas de capital para exercícios financeiros
subsequentes, fazendo uma orientação para a lei orçamentaria anual.
Por última ficou a LOA – Lei Orçamentaria Anual trazendo consigo uma
maneira de compreender os orçamentos no âmbito fiscal de acordo com os
Poderes de União do mesmo, sendo direto ou indireta, tendo direito ao voto.
Abrangendo todas as entidades e órgão, ligados, sendo a administração direta
ou indireta, como fundos ou até mesmo fundações mantidas e instituídos pelo
poder público. O orçamento público tem três aspectos que podem ser
considerados como principais o primeiro deles é o: tem a característica
partidária ou seja está ligada a política, o parlamento leva para votação a
necessidade coletiva como um todo, porem logo são colocados que obtém
pouco recurso, sendo assim visam uma melhor e mais analisada distribuição
dos mesmos (recursos).
Junto também entra em pauta a questão econômica, tentando manter o
equilíbrio entre as contas públicas e o bem da coletividade como um todo.
Ainda podemos destacar a atuação do Estado na Economia, fazendo aumento
ou a diminuição dos gastos públicos.
Já compondo a parte jurídica, o processo orçamentário é guiado por leis
e normas, onde compõe o ordenamento jurídico brasileiro.
Temos também alguns princípios
Princípio da universalidade
Dentro do orçamento deve conter todas as receitas e despesas que se
referem ao Poder da União, seus fundos, órgãos e entidades administrativas
sendo elas diretas e indiretas como mostra a lei 4320/64.
Princípio da Unidade
Nele fala que o orçamento deve ser uno, ou seja, o único entre ele, para
cada ente da federação em cada período financeiro. O objetivo principal é que
não tenha nenhum exercício paralelo e o mesmo também consta na lei
4320/64.
Princípio da Totalidade
Existe por necessidade de se deixar tudo em uma coexistência de
diversos orçamentos, onde os mesmos devem ser consolidados. Existe um
modelo que segue o princípio de totalidade. Nele não se preocupam em a
unidade documental, ao contrário, os documentos são subordinados a uma
orientação política, em uma hierarquização dos objetivos a serem atingidos e
na uniformidade de uma estrutura de sistema integrado.
Princípio Periodicidade/ anualidade
De acordo com esse princípio o orçamento deve ser elaborado no
período de um ano. É o que o art. 165 vem falar. De acordo com a lei 4320/ 64
o orçamento deve ter vigência de um ano civil. Porém existem exceções em
princípio de anualidade, como por exemplos os créditos adicionais especiais e
extraordinários autorizados nos últimos quatro meses dos exercícios que
podem vir a ser reabertos no exercício posterior com os seus respectivos
valores. Sendo assim pode se viger até o término desse exercício financeiro.
Princípio da Unidade Tesouraria (ou Caixa)
Todas as receitas devem ficar em uma conta somente, com o objetivo de
confrontar os totais e fazer o apuramento do resultado deficitário, superavitário
ou até mesmo o nulo. A CF/88 define qual destino deve ser dado as
responsabilidades. A lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) na lei complementar
101 de 4 de maio do ano de 2000, vem nos mostrar que a mesma estabelece
as normas de finanças públicas voltadas a gestão fiscal, no artigo 43 vem falar
que o caixa por uso da Providencia Social deve ser separado dos demais
caixas sendo separados entre as mais disponibilidades públicas.
Princípio do Orçamentário Bruto
No âmbito público existem despesas que consequentemente geram
receitas, por outro modo existem as receitas que consequentemente quando
possuem arrecadações geram despesas, seguindo esse raciocínio um exemplo
corriqueiro seria o pagamento de salários. Quando ocorre pagamento, no caso
o estado realiza uma despesa. Porém a partir de um valor, pode mostrar uma
incidência de imposto de renda, sobre esse valor pago. Sendo assim torna-se
uma receita para o Ente Público. A lei 4320/64 vem nos falar sobre isso.
Princípio de equilíbrio Orçamentário
Esse princípio já vem assegurar que as despesas autorizadas não
tenham o valor superior á previsão de receitas.
A própria lei de responsabilidade fiscal vem nos mostrar que a Lei de
Diretrizes Orçamentarias (LDO) seja responsável em tratar do equilíbrio entre
as duas partes, sendo elas despesas e receitas. Sendo assim o CF/88 vem
destacar a possibilidade do déficit orçamentário, onde as receitas são menores
que a despesa.
Princípio de Exclusividade
Esse princípio mostra o seu objetivo principal é evitar que o orçamento
seja usado para aprovações materiais que não coincidem com o conteúdo
orçamentário.
Com isso a lei orçamentaria, deve em regra conter apenas a previsão de
receitas e a fixação das despesas, fazendo a autorização de credito
suplementares e operações de credito, mesmo que tenha antecipação na
receita.
Princípio da Publicidade
De acordo com as normas esse princípio é o que deve ser seguido à
risca na administração pública deve ser seguido juntamente com os outros
princípios de Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e Eficiência.
Princípio da não- vinculação ou não afetação das receitas
Nenhuma receita de impostos poderá ser ou comprometida a atender
acertos e determinado gastos conforme disposto na CF/88. O objetivo de início
é determinar a vinculação que possam vir a reduzir a liberdade do
planejamento por parte do administrador público.
Porém existem algumas ressalvas para serem feitas tais como destinar
uma parte para a educação, saúde, para atividades tributarias administrativas,
entre outras.
Princípio da Legalidade
Coloca o poder público em matéria orçamentaria, com subordinação as
prescrições legais.
Sendo assim as leis orçamentarias LOA, LDO e PPA bem como os
créditos adicionais são encaminhados para o Poder Executivo, sendo discutido
e tendo aprovação por parte do Congresso Nacional, portanto a aprovação do
orçamentado deve ser observado no processo legislativo como fala a CF/88
Art.165. (Dos Santos, Silvana Duarte. Contabilidade Pública e Princípios
Orçamentários)

METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a verificação e apuração dos dados foram
artigos relacionados com o tema proposto.
Verificamos que os mesmos utilizaram bases teóricas para a coleta de
dados da Administração Pública Brasileira, tem alguns artigos usados um
pouco antigo porem podemos notar que as mesmas observações feitas podem
ser aplicadas até hoje na legislação.

CONSIDEREÇÕES FINAIS
Podemos concluir o artigo falando o quanto é essencial para a
população saber como é regido a Administração Pública nos nossos estados,
pais e até mesmo no nosso próprio município.
O conhecimento é uma base fundamental para totó e qualquer cidadão,
os mesmos conhecendo tem o direito sim de cobrar, algo que não está
relacionado ao bem próprio, mas sim um bem de todos, como é o caso da
saúde, moradia e educação.
Também é importante ressaltar que todos os dados estão disponíveis no
site da transparência, podem ser acessados por todas as pessoas que queiram
saber mais ou até mesmo o que se trata a administração pública, como é
gerida, qual o valor ou porcentagem destinadas a educação, fazendo assim
como o próprio site diz, transparecer os dados daquilo que é um bem
público/coletivo.

REFERENCIAL TEORICO

(Da Rocha, Diones Gomes; Marcelino, Gileno Fernandes; Santana, Cláudio


Moreira. Orçamento público no Brasil: a utilização do crédito
extraordinário como mecanismo de adequação da execução orçamentária
brasileira. Revista de Administração. Outubro, novembro e dezembro 2013).
Acessado em 25/10/2023:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0080210716303107

(De Oliveira, Cláudio Ladeira; Ferreira, Francisco Gilney Bezerra de Carvalho.


O Orçamento Público no Estado Constitucional Democrático e a
Deficiência Crônica na Gestão das Finanças Públicas no Brasil. Sequencia
Florianópolis. Agosto de 2017).
Acessado em 03/11/2023:
https://www.scielo.br/j/seq/a/Hk9xHVqXVHpw9bxFDwnpSjb/?
format=pdf&lang=pt

(Neto, Benedito Adelmo Salomão; Da Silva, Cleomar Gomes. Assimetrias e


causalidades entre receitas de despesas públicas no Brasil. Estudos
econômicos. Volume XL. Julho de 2023).
Acessado em 25/10/2023: file:///C:/Users/User/Downloads/Dialnet-
AssimetriasECausalidadesEntreReceitasDeDespesasPub-8730362.pdf

(Dos Santos, Silvana Duarte. Contabilidade Pública e Princípios


Orçamentários)
Acessado em 04/11/2023:
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/contabilidadepublicaeprincipiosorca
mentarios.pdf

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